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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA II (Professor Cristiano Ferreira Cesarino) NATUREZA E ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO (AULA 03) Quando falamos em capital de (CG), estamos nos referindo aos recursos de curto prazo de empresa, ou seja, aqueles que podem ser convertidas em caixa o mais rapidamente possível num prazo máximo de um ano. Para que esses recursos possam ser convertidos em caixa rapidamente é necessário que seu ciclo de produção-venda-produção não ultrapasse um ano. Porém existem empresas que ultrapassam esse ciclo de um ano por exemplo, as atividades rurais, as atividades de estaleiros, a perfuração-extração-refino de petróleo etc. nesse s casos, a delimitação de um ano não costuma ser seguida por essas empresas prevalecendo, nessa situação, um ciclo operacional mais longo para se definirem os recursos correntes. Se os elementos do giro são aqueles de fácil conversão, em ano fica fácil identificar que esses recursos encontram-se no ativo circulante (AC) e no passivo circulante (PC). Em outros termos, encontram-se no curto prazo. Conhecido também por capital circulante, o capital de giro é representado pelo ativo circulante, no qual podemos identificar as aplicações correntes. Ainda nesses termos podemos definir o capital de giro como sendo os recursos demandados por uma empresa para suprir suas necessidades no curto prazo. O Capital de Giro Fixo e Variável O estudo do capital de giro pode ser abrangido em dois segmentos: O capital de giro fixo ou também chamado capital de giro permanente referindo-se ao montante necessário para manter a empresa em condições normais de funcionamento, por outro lado o capital de giro variável ou também chamado de capital de giro sazonal são as demandas de recursos para suprir as necessidades em certo período de tempo. Quando estudamos a administração do capital de giro nossa administração deve estar voltada para a administração de contas dos elementos de giro, ou seja dos ativos e passivos correntes. Para isso deve ser compreendido os seguintes fatores: O nível dos estoques que a empresa deve manter; Seus investimentos em crédito a clientes; O gerenciamento do caixa; As contas do passivo correntes.

Administração financeira e orçamentária ii aula 03

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA II (Professor Cristiano Ferreira Cesarino)

NATUREZA E ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO (AULA 03)

Quando falamos em capital de (CG), estamos nos referindo aos recursos de curto prazo de empresa, ou seja, aqueles que podem ser convertidas em caixa o mais rapidamente possível num prazo máximo de um ano. Para que esses recursos possam ser convertidos em caixa rapidamente é necessário que seu ciclo de produção-venda-produção não ultrapasse um ano. Porém existem empresas que ultrapassam esse ciclo de um ano por exemplo, as atividades rurais, as atividades de estaleiros, a perfuração-extração-refino de petróleo etc. nesse s casos, a delimitação de um ano não costuma ser seguida por essas empresas prevalecendo, nessa situação, um ciclo operacional mais longo para se definirem os recursos correntes. Se os elementos do giro são aqueles de fácil conversão, em ano fica fácil identificar que esses recursos encontram-se no ativo circulante (AC) e no passivo circulante (PC). Em outros termos, encontram-se no curto prazo. Conhecido também por capital circulante, o capital de giro é representado pelo ativo circulante, no qual podemos identificar as aplicações correntes. Ainda nesses termos podemos definir o capital de giro como sendo os recursos demandados por uma empresa para suprir suas necessidades no curto prazo. O Capital de Giro Fixo e Variável O estudo do capital de giro pode ser abrangido em dois segmentos: O capital de giro fixo ou também chamado capital de giro permanente referindo-se ao montante necessário para manter a empresa em condições normais de funcionamento, por outro lado o capital de giro variável ou também chamado de capital de giro sazonal são as demandas de recursos para suprir as necessidades em certo período de tempo. Quando estudamos a administração do capital de giro nossa administração deve estar voltada para a administração de contas dos elementos de giro, ou seja dos ativos e passivos correntes. Para isso deve ser compreendido os seguintes fatores:

O nível dos estoques que a empresa deve manter;

Seus investimentos em crédito a clientes;

O gerenciamento do caixa;

As contas do passivo correntes.

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Todos estes fatores devem ser analisados no âmbito de gerir a rentabilidade e a liquidez. Capital de Giro ou Capital de Giro Circulante Líquido. É representado por: CCL= AC- PC Onde: CCL (capital circulante líquido), AC (ativo circulante) e PC (passivo circulante). Ou CCL= (PL + PNC) – ANC Onde: PL (patrimônio líquido), PNC (passivo não circulante) e ANC (ativo não circulante). Para este estudo existem duas possibilidades de CCL O Positivo e o Negativo; Capital de Giro Próprio É um indicador que denota a quantia de recursos oriundos de suas próprias fontes e que sustentam suas projeções de liquidez e investimentos. CGP= PL –ANC Onde: CGP (capital de giro próprio) , PL (patrimônio líquido) e ANC (ativo não circulante)

A importância do ciclo operacional, econômico e financeiro para o capital de giro. Sua finalidade é representar tecnicamente as dissonâncias decorrentes entre os ciclos que acontecem de maneira simultâneas mas que denotam uma coordenação entre elas para a gestão eficiente do capital de giro em relação ao tempo, são estes ciclos que representam diferentes etapas e que demandam de recursos monetários para os fins.

Observe a seguir

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PME PMF PMV PMC

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Compra inicio Fabr Fim da Fabr Venda Recebimento Vda

M Prima

Onde: PME: prazo médio de estocagem PMF: prazo médio de fabricação PMV: prazo médio da veda PMC: prazo médio de cobrança ou recebimento Ciclo Operacional Se inicia na aquisição da matéria prima e se finaliza com o recebimento pela venda do produto final. PME PMF PMV PMC

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Compra inicio Fabr Fim da Fabr Venda Recebimento Vda

Este ciclo é compreendido por todas as etapas do processo logo por essa razão é chamada de cilco operacional; Ciclo Financeiro Revela a distancia que existe entre o pagamento da matéria prima e o recebimento da venda. Trata-se de um hiato que ocorre nas empresas por falta de sincronização entre pagamentos e recebimentos. PME PMF PMV PMC

/------------------/--------------------/------------------------/-----------------------/

Compra inicio Fabr Fim da Fabr Venda Recebimento Vda

/-----------------------------------------------------------------------------/ Pgto fornecedor (PMPF) recebimento venda

PMPF: prazo médio de pagamento de fornecedores Ciclo Econômico O ciclo econômico começa na compra da matéria prima independentemente do seu pagamento e se encerra com a venda do produto independente do seu recebimento. É um conceito que nãos e prende aos momentos de pagamento e

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recebimento de numerário e tão somente aos momentos chave do processo de produção. PME PMF PMV PMC

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Compra inicio Fabr Fim da Fabr Venda Recebimento Vda

Representação dos ciclos simultaneamente: Operacional PME PMF PMV PMC

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Compra inicio Fabr Fim da Fabr Venda Recebimento Vda

Financeiro /-----------------------------------------------------------------------------/ Pgto fornecedor (PMPF) recebimento venda

Econômico PME PMF PMV PMC

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Compra inicio Fabr Fim da Fabr Venda Recebimento Vda

Uma vez reconhecido cada ciclo e suas especifidades, vejamos cada rubrica dos ciclos identificados: Ciclo operacional: PME (mp) + PMF + PMV + PMC Ciclo Financeiro: Ciclo Operacional - PMPF Ciclo Econômico= Ciclo Operacional - PMC Onde: PME= ( Prazo Médio de Estocagem) PME= estoque de matéria prima x número de dias Consumo de matéria prima

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PMF = (Prazo Médio de Fabricação) PMF = estoque de produtos em processo x número de dias Custo dos produtos elaborados PMV= (Prazo Médio de Vendas) PMV= estoque de produtos acabados X número de dias Custo dos produtos vendidos (CPV) PMC= Prazo Médio de Cobrança PMC= Duplicatas a receber X número dias Vendas PMPF= Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores PMPF = fornecedores a pagar X número de dias compras Vamos exercitar:

01) Com base nas Informações Contábeis da Cia W no primeiro trimestre de 2015, calcule o ciclo operacional, ciclo econômico e ciclo financeiro:

Tabela 01 Ativo Circulante Passivo Circulante

Duplic a receber 6.400 Fornec a pag 3.000

Estoques:

Matéria prima 200

Produtos em processo

400

Produtos acabados

800

Total 7.800 Total 3.000

Tabela 02

Vendas 18.000

CPV 6.000

MP consumida no trimestre 2.000

Compras realizadas no trimestre 5.000

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02) Com base nas Informações Contábeis da Cia W no segundo trimestre de 2015, calcule o ciclo operacional, ciclo econômico e ciclo financeiro e o capital de giro: Ativo Circulante Passivo Circulante

Duplic a receber 8.400 Fornec a pag 4.000

Estoques:

Matéria prima 400

Produtos em processo

800

Produtos acabados

1.000

Total 10.600 Total 4.000

Tabela 02

Vendas 24.000

CPV 8.000

MP consumida no trimestre 6.000

Compras realizadas no trimestre 8.000