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No Brasil, o número de fumantes permanece em queda. Segundo o Vigitel 2013 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), o percentual caiu 28% nos últimos oito anos. Em 2006, 15,7% da população adulta que vive nas capitais fumava. Em 2013, a prevalência caiu para 11,3%. O dado é três vezes menor que o índice de 1989, quando a Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (PNSN), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou 34,8% de fumantes na população. A meta do Ministério da Saúde é chegar a 9% até 2022.
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Levantamento de Leitos no Brasil – 2006 – 2014, 26.05.2014.
Os brasileiros e o tabagismo
O consumo do tabaco
� Pesquisa Vigitel 2013 aponta que 11,3% dos adultos que vivem nas capitais brasileiras fumam. Em 2006, o índice era de 15,7%
� O índice de adultos que fumam 20 cigarros ou mais em um dia também caiu. Passou de 4,6% para 3,4% em oito anos.
� 10,2% da população adulta convivem com fumantes dentro de casa � Os homens são os que mais fumam, com índice de 14,4%. O percentual entre as mulheres é de 8,6%. � Pessoas com baixa escolaridade fumam mais - 15% das pessoas com até oito anos de escolaridade,
fumam. O índice entre aqueles que tiveram 12 anos ou mais de estudo é de 7,4%. � 19,6% dos estudantes do 9º ano já tiveram contato com cigarro. O índice entre os estudantes de
escolas públicas é 20,85% contra 13,8% entre os de escolas privadas, segundo dados da Pense 2012.
Impactos na saúde
� Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o tabagismo é responsável por 200 mil mortes por ano no Brasil, o que equivale a 23 pessoas por hora.
� O câncer de pulmão é o que mais mata no país. Em 2012, houve 23.501 óbitos por câncer de pulmão, traqueia e brônquios.
� Cerca de 90% do câncer de pulmão ocorre por conta do cigarro. Entre os 10% restantes, 1/3 são de fumantes passivos.
� O tabaco responde ainda por 85% das mortes causadas por bronquite crônica e enfisema pulmonar, 45% das mortes por infarto agudo do miocárdio entre pessoas com menos de 65 anos.
� Em 2013, foram registradas 1,4 milhão de diárias de internações no SUS causadas por 19 doenças relacionadas ao tabaco, ao custo de R$ 1,4 bilhão.
Estimativa de câncer no mundo e no Brasil � Segundo a OMS, o tabagismo é responsável por aproximadamente 5,4 milhões de óbitos anuais. Até
2030, serão 8 milhões de óbitos, dos quais 80% ocorrerão em países em desenvolvimento. � Os usuários de tabaco têm cerca de 20 a 30 vezes mais risco de desenvolver câncer de pulmão
quando comparados aos não fumantes. � A estimativa do INCA é de 16.400 casos novos de câncer de pulmão entre homens e 10.930 entre as
mulheres em 2014 de câncer de pulmão. Tais valores correspondem a um risco estimado de 16,79 casos novos a cada 100 mil homens e 10,75 a cada 100 mil mulheres.
� Sobre câncer de laringe, para 2014, no Brasil, estimam-se 6.870 casos novos em homens e 770 em mulheres. O risco estimado é de 7,03 casos a cada 100 mil homens e de 0,75 a cada 100 mil mulheres.
� Em relação ao câncer da cavidade oral, são estimados 11.280 novos casos em homens e 4.010 em mulheres, o que corresponde a um risco de 11,54 novos casos a cada 100 mil homens e 3,92 a cada 100 mil mulheres.
� A última estimativa mundial de câncer de laringe apontou a ocorrência de cerca de 160 mil casos novos por ano, sendo responsável pelo óbito de, aproximadamente, 83 mil pessoas por ano.
Levantamento de Leitos no Brasil – 2006 – 2014, 26.05.2014.
Tratamento oferecido no SUS � Para pessoas que querem parar de fumar, o Sistema Único de Saúde oferece acompanhamento de
equipes de saúde, que podem ser realizados de forma individual ou em grupo, e medicamentos que ajudam a abandonar o hábito de fumar. Em todo o país, mais de 23 mil equipes estão aptas a atender esse público.
� O Ministério da Saúde investiu R$ 41 milhões na compra de medicamentos que ajudam a enfrentar a falta do cigarro, como goma de mascar, pastilhas e adesivos de nicotina e bupropiona.
Outras doenças relacionadas ao tabagismo: • hipertensão arterial; • aneurismas arteriais; • úlcera do aparelho digestivo; • infecções respiratórias; • trombose vascular; • osteoporose; • catarata; • impotência sexual no homem; • infertilidade na mulher; • menopausa precoce; • complicações na gravidez.