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Falácias e Sofismas

Falácias e sofismas

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Principais falacias e sofismas aplicadas na argumentação, com seus respectivos contra argumentos.

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Falácias e Sofismas

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Quem eram os sofistas?

A Democracia ateniense, devido ao espírito de competição política e judiciária exigia uma preparação intelectual muito completa dos cidadãos.

Vindos de toda a parte do mundo grego, os sofistas (mestres de sabedoria), dedicam-se a fazer conferências e a dar aulas (ensinavam técnicas que auxiliavam as pessoas a defenderem o seu pensamento particular) nas várias cidades-estados.

Eles se opunham à filosofia pré-socrática dizendo que estes ensinavam coisas contraditórias e repletas de erros que não apresentavam utilidade nas pólis(cidades). Dessa forma, substituíram a natureza, que antes era o principal objeto de reflexão, pela arte da persuasão.

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“A argumentação se reduz, muitas vezes, a nosso interesse revestido de alguma racionalidade ou aparência lógica.”

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O que são falácias e sofismas?

Falácias e sofismas são designações dadas a silogismos e argumentos capciosos e falsos.

Constituem-se de raciocínios onde se cometem infrações contra algumas das regras logicas.

L

ó

g

i

c

a“ferramentas para o raciocínio correto”

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Cuidado com as palavras! Cuidado com o que você ouve, lê ou escreve. Você não deve acreditar em tudo o que ouve ou lê. Você deve ter habilidade para lidar com discursos, com textos, com o que lhe dizem, com argumentos que lhe apresentam nos debates do dia-a-dia. Deve distinguir o que o vulgo confunde. Deve ter critérios para aceitar ou rejeitar enunciados, argumentos, declarações feitas. Muitas carecem de fundamentação.

São ardilosas. Enganadoras. Fraudulentas. Falsas. Falaciosas.

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Alguns Tipos de Falácias

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Ataques pessoais (ad hominem)

Definição: Ataca-se pessoa que apresentou um argumento e não o argumento que apresentou. Ataca, por exemplo, o caráter, a nacionalidade, a raça ou a religião da pessoa. Pensa-se que, ao se atacar a pessoa, pode-se enfraquecer ou anular sua argumentação.

Exemplo: “Depois de Ana apresentar de maneira eloquente e convincente uma possível mudança na UFMT, Samuel pergunta aos presentes se eles deveriam mesmo acreditar em qualquer coisa dita por uma mulher que não é casada, já foi presa e, pra ser sincero, tem um cheiro meio estranho.”

Contra argumentação: Identifique o ataque e mostre que o caráter ou as circunstâncias da pessoa nada tem a ver com a verdade ou falsidade da proposição defendida.

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Apelo à autoridade

Definição: Você usa a sua posição como figura ou instituição de autoridade no lugar de um argumento válido.

Exemplo: “Um professor de matemática se vê questionado de maneira insistente por um aluno especialmente chato. Lá pelas tantas, irritado após cometer um deslize em sua fala, o professor argumenta que tem mestrado pós-doutorado e isso é mais do que suficiente para o aluno confiar nele.”

Contra argumentação: Mostre que a pessoa citada não é autoridade qualificada. Ou que muitas vezes é perigoso aceitar uma opinião porque simplesmente é defendida por uma autoridade. Isso pode nos levar a erro.

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Espantalho

Definição: Você desvirtua um argumento para torná-lo mais fácil de atacar. O argumentador, em vez de atacar o melhor argumento do seu opositor, ataca um argumento diferente, mais fraco ou tendenciosamente interpretado.

Exemplo: “Depois de Felipe dizer que o governo deveria investir mais em saúde e educação, Jader respondeu dizendo estar surpreso que Felipe odeie tanto o Brasil, a ponto de querer deixar o nosso país completamente indefeso, sem verba militar.”

Contra argumentação: Mostre que o argumento oposto foi mal representado, mostrando que os opositores têm argumentos mais fortes. Descreva um argumento mais forte.

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Apelo às consequências (ad consequentiam)

Definição: O argumentador, para “mostrar” que uma crença é falsa, aponta consequências desagradáveis que advirão da sua defesa.

Exemplo: “Não pode aceitar que a teoria da evolução é verdadeira, porque se fosse verdadeira estaríamos no nível dos macacos.”

Contra argumentação: Identifique as consequências e argumente que a realidade não tem de se adaptar aos nossos desejos.

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Apelo à Ignorância (ad ignorantiam)

Definição: Os argumentos desta classe concluem que algo é verdadeiro por não se ter provado que é falso; ou conclui que algo é falso porque não se provou que é verdadeiro.

Exemplo: “Como os cientistas não podem provar que se vai ter uma guerra global, ela provavelmente não ocorrerá.”

Contra argumentação: Identifique a proposição em questão. Argumente que ela pode ser verdadeira (ou falsa) mesmo que, por agora, não o saibamos.

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Apelo à Novidade (argumentum ad novitatem)

Definição: Consiste no erro de afirmar que algo é melhor ou mais correto porque é novo, ou mais novo.

Exemplo: “Saiu a nova geladeira Polo Sul. Com design moderno, arrojado, ela é perfeita para sua família, sintonizada com o futuro.”

Contra argumentação: Mostre que o progresso ou a inovação tecnológica não implica necessariamente que algo seja melhor.

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Depois Disso, logo por Causa Disso (post hoc ergo propter hoc)

Definição: Um autor comete a falácia quando pressupõe que, por uma coisa se seguir a outra, então aquela teve de ser causada por esta.É o erro de acreditar que em dois eventos em sequência um seja a causa do outro.

Exemplo: “O chá de quebra-pedra é bom para cálculos renais. Tomei e dois dias depois expeli a pedra.”

Contra argumentação: Mostre que a correlação é coincidência, mostrando: 1) que o "efeito" teria ocorrido mesmo sem a alegada causa ocorrer, ou que 2) o efeito teve uma causa diferente da que foi indicada.

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Bola de Neve (reductio ad absurdum)

Definição: Para mostrar que uma proposição, P, é inaceitável, extraem-se consequências inaceitáveis de P e consequências das consequências... O argumento é falacioso quando pelo menos um dos seus passos é falso ou duvidoso.

Exemplo: “Se aprovarmos leis contra armas automáticas, não demorará muito até aprovarmos leis contra todas as armas, e então começaremos a restringir todos os nossos direitos. Acabaremos por viver num estado totalitário. Portanto não devemos banir as armas automáticas.”

Contra argumentação: Argumente dizendo que as consequências, os fatos, os eventos podem não ocorrer.

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Inversão do ônus da prova

Definição: Consiste em transferir ao ouvinte o ônus de provar um enunciado, uma afirmação.

Exemplo: “Deus existe. Você não acredita? Então prove que eu estou errado.”

Contra argumentação: Mostre que o ônus da prova, isto é, a responsabilidade de provar um enunciado cabe a quem faz a afirmação.

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Outras falácias

Falso dilema

Pergunta complexa

Apelo à motivos

Apelo à força

Apelo à Piedade

Apelo à preconceitos

Apelo ao povo

Fugir ao assunto

Estilo sem substância

Generalização precipitada

Amostra limitada

Falsa analogia

Indução preguiçosa

Omissão de dados

Falácia do acidente

Falácia inversa do acidente

Falácias causais

Causa genuína, mas insignificante

Tomar o efeito pela causa

Causa complexa

Petição de principio

Conclusão irrelevante

Equivoco

Anfibologia

Ênfase

Etc...

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Conclusão

Nem toda falácia é intencional. Conhecendo-as podemos nos abster de tal tipo de argumentação, que pode ser prejudicial pois induz ao erro, tanto á nós quanto a quem se dirigi a informação.

O conhecimento sobre falácias e lógica é sempre útil em conversas, debates, em qualquer ocasião que peça algum tipo de análise, construção e exposição de raciocínio ou argumentação. Dependemos disso pra nos relacionarmos uns com os outros, para nos fazer entender claramente, melhorar nossa forma de pensar e para resolvermos as coisas práticas da vida, pode ser bem útil conhecer e entender estes processos, ainda que superficialmente.

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Bibliografia

CABRAL, Gabriela. Sofistas. Mundo educação. Disponivel em http://www.mundoeducacao.com.br/filosofia/sofistas.htm. Acesso em 11 de maio 2013

Como evitar falácias. Pontifícia Universidade Católica, Rio grande do Sul. Disponível em: http://www.pucrs.br/gpt/falacias.php. Acesso em: 11 de maio 2013.

DOWNES, Stephen. Guia das Falácias. Universidade de Alberta, Canadá. Disponível em http://www.onegoodmove.org/fallacy/welcome.htm. Acesso em: 11 de maio 2013.

Escola Sofistica. Wikipédia. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_sof%C3%Adstica. Acesso em 11 de maio 2013.

RODRIGUES, Fabio. Não cometerás nenhuma dessas 24 falácias lógicas. Papo de Homem. Disponível em http://papodehomem.com.br/falacias-logicas/. Acesso em 11 de maio 2013.

Sofistas. A filosofia. Disponível em http://afilosofia.no.sapo.pt/sofistas.htm. Acesso em 11 de maio 2013.