Upload
teresa-castilho
View
35.555
Download
6
Embed Size (px)
Citation preview
Técnicas de Depilação
Técnicas de Epilação
Maria Teresa Castilho Sousa
Conteúdos
1. ANATOMIA DA PELE (SISTEMA TEGUMENTAR)
2. CLIENTE E ESTETICISTA: Higiene Pessoal
3. DIFERENÇAS ENTRE DEPILAÇÃO E EPILAÇÃO
4. MÉTODOS DE DEPILAÇÃO
5. MÉTODOS DE EPILAÇÃO
6. BIBLIOGRAFIA
2
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
É o sistema de protecção dos corpos
dos seres vivos e engloba:
Pele
Pêlos
Unhas
Glândulas Sudoríparas e
Sebáceas.
1. Anatomia da Pele –
Sistema Tegumentar 3
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
Estruturas anexas
Os anexos da pele são estruturas especializadas que tem origem na epiderme .
São assim designados correntemente os folículos pilossebáceos (pêlos e glândulas
sebáceas anexas), as glândulas sudoríparas écrinas e apócrinas e as unhas.
A distribuição dos anexos e respectivas funções são muito complexas e variadas
Colaboram em mecanismos de protecção da pele e do organismo em geral.
4
Pêlos
Distribuição: Todo corpo, excepto palmas das mãos e
plantas dos pés
Funções principais: Protecção da pele
Unhas Distribuição: Dedos
Funções principais: Protecção e cooperação na actividade
manual (preensão).
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
Glândulas sebáceas
Distribuição: Todo corpo, excepto palmas das
mãos e plantas dos pés
Funções principais: Secreção de gordura para
lubrificação da superfície da pele
Glândulas Sudoríparas Écrinas
Distribuição: Todo corpo
Funções principais: Produção de suor, para ajudar à
dissipação calórica no controlo da regulação térmica do
indivíduo
Glândulas Sudoríparas Apócrinas
Distribuição: Axilas, virilhas, região genital
Funções principais: Secreção apócrina, responsável Pêlo odor
corporal. É possível que este contribua para mecanismos
complexos de estimulação sexual , por meio de hormonas
voláteis (feromonas)
5
Estruturas anexas
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
Pele
A pele é um órgão que faz parte do
sistema tegumentar, é uma capa
protetora sem a qual a vida se tornaria
impossível.
A pele não é uniforme em toda a
superfície cutânea, uma vez que se
adapta, segundo as zonas e as funções
que tem que desempenhar.
A espessura da pele varia: Note que nas
pálpebras é mais fina do que nas costa.
A epiderme é um epitélio multiestratificado, formado por várias camadas (estratos)
de células achatadas (epitélio pavimentoso) justapostas.
A camada de células mais interna, denominada epitélio germinativo, é constituída
por células que se multiplicam continuamente; dessa maneira, as novas células
geradas empurram as mais velhas para cima, em direção à superfície do corpo. À
medida que envelhecem, as células epidérmicas tornam-se achatadas, e passam a
fabricar e a acumular dentro de si uma proteína resistente e impermeável, a
queratina. As células mais superficiais, ao se tornarem repletas de queratina,
morrem e passam a constituir um revestimento resistente ao atrito e altamente
impermeável à água, denominado camada queratinizada ou córnea.
Toda a superfície cutânea está provida de terminações nervosas capazes de captar
estímulos térmicos, mecânicos ou dolorosos.
6
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
Pele
Essas terminações nervosas ou receptores cutâneos são especializados na recepção
de estímulos específicos.
Não obstante, alguns podem captar estímulos de natureza distinta. Porém, na
epiderme não existem vasos sangüíneos.
Os nutrientes e oxigênio chegam à epiderme por difusão a partir de vasos
sangüíneos da derme.
Nas regiões da pele providas de pêlo, existem terminações nervosas específicas
nos folículos capilares e outras chamadas terminais ou receptores de Ruffini. As
primeiras, formadas por axônios que envolvem o folículo piloso, captam as forças
mecânicas aplicadas contra o pêlo. Os terminais de Ruffini, com sua forma
ramificada, são receptores térmicos de calor.
7
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
Pele
8
Receptores de Superfície Sensações Percebidas
Receptores de Krause
Frio
Receptores de Ruffini
Calor
Discos de Merkel Tacto e pressão
Receptores de Vater-Pacini
Pressão
Receptores de Meissner
Tacto
Terminações nervosas livres Principalmente dor
Nas camadas inferiores da epiderme estão os melanócitos, células que produzem
melanina, pigmento que determina a coloração da pele.
As glândulas anexas – sudoríparas e sebáceas – encontram-se mergulhadas na
derme, embora tenham origem epidérmica. O suor (composto de água, sais e um
pouco de uréia) é drenado Pêlo ducto das glândulas sudoríparas, enquanto a
secreção sebácea (secreção gordurosa que lubrifica a epiderme e os pêlos) sai
Pêlos poros de onde emergem os pêlos.
A transpiração ou sudorese tem por função refrescar o corpo quando há elevação
da temperatura ambiental ou quando a temperatura interna do corpo sobe,
devido, por exemplo, ao aumento da atividade física.
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
Pele
Derme A derme, localizada imediatamente sob a epiderme, é um tecido conjuntivo que
contém fibras protéicas, vasos sangüíneos, terminações nervosas, órgãos sensoriais e
glândulas.
As principais células da derme são os Fibroblastos, responsáveis pela produção de
fibras (colagénio, elastina e reticulina) e de uma substância gelatinosa, a
substância amorfa, na qual os elementos dérmicos estão mergulhados.
A epiderme penetra na derme e origina os folículos pilosos, glândulas sebáceas e
glândulas sudoríparas.
Na derme encontramos ainda: músculo eretor de pêlo, fibras elásticas
(elasticidade), fibras colágenas (resistência), vasos sangúíneos e nervos.
Hipoderme ou Tecido subcutâneo Sob a pele, há uma camada de tecido conjuntivo frouxo, o tecido subcutâneo, rico
em fibras e em células que armazenam gordura (células adiposas ou adipócitos). A
camada subcutânea, denominada hipoderme, actua como reserva energética,
proteção contra choques mecânicos e isolante térmico.
9
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
Pele
Unhas e pêlos
Unhas e pêlos são constituídos por células epidérmicas queratinizadas, mortas e
compactadas.
Na base da unha ou do pêlo há células que se multiplicam constantemente,
empurrando as células mais velhas para cima. Estas, ao acumular queratina, morrem
e se compactam, originando a unha ou o pêlo.
Cada pêlo está ligado a um pequeno músculo erector, que permite sua
movimentação, e a uma ou mais glândulas sebáceas, que se encarregam de sua
lubrificação.
A renovação da pele é constante desde a camada mais superficial.
As funções básicas da pela são cinco :
1. Excretora
2. Protectora
3. Sensorial
4. Termorreguladora
5. Metabólica
Função Excretora È através da pele que eliminamos resíduos do metabolismo corporal.
A função excretora é representada pelas secreções sebácea e sudorípara, que têm
como objectivo excretar toxinas e resíduos metabólicos.
Em condições normais, através do suor que contém 99% de água, são eliminados
sais minerais, ureia, ácido úrico, ácidos gordos e colesterol.
10
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
Pele
Função Protectora Penetração de substâncias :
A pele opõe-se à penetração de substâncias porque a camada córnea forma uma
barreira capaz de neutralizar ácidos e bases diluídos e impede que a epiderme
absorva compostos tóxicos ou irritantes. Este sistema nem sempre funciona.
A epiderme pode ser invadida em pequenas quantidades. A absorção pode ser
por via transepidérmica (camadas epidérmica) ou por via transanexial (através do
folículo piloso e da glândula sebácea).
Os anéis ou anexos cutâneos intervêm ao nível da absorção de macro-moléculas,
representando a única via de penetração possível.
Factores específicos da substância :
Dimensão molecular.
Solubilidade (as substâncias lipófilas são melhor absorvidas).
Concentração no seu excipiente (quanto maior é a concentração, maior é o
fluxo).
Excipiente utilizado.
Fatores específicos da pele :
Espessura da camada córnea (condiciona sobretudo a rapidez de absorção).
Superfície de aplicação.
Integridade da camada córnea.
Hidratação da camada córnea.
11
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
Pele
Traumatismos :
Devido á sua textura especial e composição, protege os órgãos internos de
traumatismos físicos, mecânicos e químicos.
A pele, através da sua camada córnea, que forma uma couraça densa e resistente,
protege-nos da dessecação, evita a desidratação e permite que a água se difunda
lentamente através da epiderme.
A pele, por ser elástica, flexível e resistente, é capaz de amortizar golpes e resistir
a tracções sem se desgastar.
Radiações solares :
A pele também serve para proteger-nos dos raio U.V, pois possui dois mecanismos
que se dão simultaneamente:
1. Os raios U.V. estimulam a actividade dos melanócitos e estes sintetizam melanina
que impedem a passagem dos raios à derme.
2. Os raios U.V. estimulam as células basais, que se dividem activamente. Como
consequência aumentam a espessura da camada córnea e filtram os raios com
maior efectividade.
A camada córnea constitui uma importante barreira contra as agressões químicas (a
queratina é uma proteína muito resistente), além de assegurar uma protecção
natural contra radiações solares (a camada córnea exerce um efeito reflector,
enquanto que a melanina actua como uma espécie de filtro químico, absorvendo e
reflectindo estas mesmas radiações).
12
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
Pele
Germes patogénicos :
A pele também representa uma protecção contra agressões microbianas
(microrganismos). A acidez do manto hidrolipídico dificulta a multiplicação
bacteriana, ao mesmo tempo que a camada córnea actua como barreira, não
permitindo a entrada destas mesmas bactérias.
Função Sensorial: A estimulação das terminações nervosas receptoras permite-nos captar as
condições do nosso ambiente imediato.
A captação de sensações, tais como o tacto, pressão, dor, entre outros, é realizada
por receptores sensoriais que os transmitem ao sistema nervoso central.
Função Termorreguladora: Conjunto de mecanismos que permitem manter a temperatura corporal constante,
assegurando, desta forma, a luta contra calor e frio.
Se a temperatura aumenta, gera-se uma vasodilatação que activa a sudação.
Se a temperatura diminui, gera-se uma vaso contracção que ao mesmo tempo
activa mecanismos de termogénese para gerarem calor.
Função Metabólica: Síntese de Vitamina D : Esta vitamina é absolutamente importante, para que, a nível
intestinal, se dê a absorção de Cálcio proveniente da alimentação.
13
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
Pele
Reservatório energético: A hipoderme constitui a principal reserva energética do organismo. As células que
a integram, os adipócitos, são dotadas de uma intensa actividade metabólica,
participando em diversos processos :
Na síntese de lípidos ou lipogénese. O adipócito sintetiza triglicéridos de reserva a
partir de ácidos gordos e de glucose no sangue. A lipogénese é controlada pela
insulina.
No armazenamento de gordura, sob a forma destes mesmos triglicéridos.
Na libertação de lípidos ou lipólise, processo que é activado sempre que se verifica
um aumento de necessidades energéticas do organismo. (este processo esta sujeito
a uma influência neurohormonal) ex. Stress, jejum, diabetes trata-se de um processo
inverso ao da lipogénese. Neste caso, os triglicéridos são hidrolisados, dando
origem a libertação de ácidos gordos e são estes ácidos gordos que proporcionam
as necessidades energéticas do organismo, preservando as reservas de glucose.
14
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
Pêlo
Os pêlos são constituídos por células epidérmicas queratinizadas, mortas e
compactadas. Na base do pêlo há células que se multiplicam constantemente,
empurrando as células mais velhas para cima. Estas, ao acumular queratina, morrem
e compactam-se, originando a unha ou o pêlo.
Há dois tipos de pêlos: o pêlo fetal ou lanugo, que é a pilosidade fina e clara,
idêntica aos pêlos pouco desenvolvidos do adulto e denominados velus, e o pêlo
terminal, que corresponde ao pêlo espesso e pigmentado, que compreende os
cabelos, a barba, a pilosidade pubiana e axilar.
Os cílios e as sobrancelhas – que são pêlos especializados – protegem os olhos da
poeira e do sol: agem canalizando e expulsando os líquidos e os minúsculos
detritos que venham a encontrar-se nas suas proximidades.
15
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
Pêlo
Os pêlos do nariz prendem as partículas estranhas transportadas Pêlo ar antes que
consigam dirigir-se para os pulmões.
Os pêlos presentes sobre o couro cabeludo garantem um certo grau de isolamento
térmico.
Alguns folículos pilosos possuem uma rede de nervos muito desenvolvida em torno
deles, o que lhes permite fornecer informações sensoriais tocantes ao ambiente
circunstante.
Anatomia do Pêlo
A raiz é a porção do pêlo mais profunda em relação à haste. Penetra a derme
e certas vezes até na camada subcutânea.
Tanto a haste quanto a raiz consistem em 3 camadas concêntricas.
A medula (interna) é composta de 2 ou 3 fileiras de células poliédricas
contendo grânulos de pigmento e espaços preenchidos com ar.
A camada do meio, ou córtex, forma a maior parte da haste e consiste
de
células alongadas que contêm grânulos de pigmento em pêlos escuros.
A cutícula do pêlo, camada mais externa, consiste numa camada única
de células achatadas e delgadas, mais densamente queratinizadas. (Ex.:
telhas da casa).
16
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
Pêlo
Papila do pêlo
Contém tecido conjuntivo areolar, muitos vasos sanguíneos que nutrem o
folículo piloso em crescimento.
No bulbo também encontramos a camada germinal de células, chamada de
matriz.
17
Folículo piloso
Envolve a raiz do pêlo e é composto por
bainha externa da raiz e bainha interna
da raiz.
A bainha externa é o prolongamento da
epiderme indo em direção a derme.
A bainha interna da raiz forma uma
bainha tubular de células entre a bainha
externa da raiz e o pêlo.
A base de cada folículo piloso é uma
estrutura em forma de cebola, chamada
de bulbo.
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
Pêlo
Ciclo de Crescimento do Pêlo
Um fio de cabelo normal dura muitos anos e passa por três fases distintas: fase
anágena, fase catágena e fase telógena. O ciclo de crescimento não é
sincronizado em todo o cabelo. Todos os dias, alguns fios cairão e novos
começarão a crescer.
18
Fase Anágena Essa é a fase de crescimento do cabelo, que pode durar até 5 a 7
anos. Num adulto, aproximadamente 90 por cento do cabelo do
couro cabeludo está na fase anágena (anagénese). Os fios estão
na fase de crescimento activo e são muito sensíveis a alterações
nutricionais e químicas.
Fase Catágena Esse é o estágio mais curto de vida e dura somente algumas
semanas. O crescimento pára e a parte mais profunda do folículo
piloso torna-se mais curta, ficando mais próxima da superfície do
couro cabeludo.
Fase Telógena
Durante a fase telógena (telógenese), o cabelo entra em repouso e
não cresce. Um adulto comum apresenta aproximadamente 10%
dos cabelos do couro cabeludo na fase telógena. Ao final da fase
telógena, os fios caem. Mas antes disso ocorrer, um novo fio de
cabelo na fase anágena usualmente começa a crescer.
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
Pêlo
Cor do Pêlo
Deve-se primeiramente à quantidade e qualidade da melanina nas células
queratinizadas.
A melanina é produzida por melanócitos dispersos na matriz do bulbo e passa
para as células do cortex e medula.
O pêlo torna-se grisalho por declínio progressivo da enzima tirosinase, enquanto
o cabelo grisalho deve-se à acumulação de bolhas de ar na haste medular.
19
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
Pêlo
Características do Pêlo
Ao nascer, uma pessoa tem aproximadamente 3-4 mil folículos pilosos por
polegada quadrada, o que representa o total de 2 milhões de folículos pilosos
em todo o corpo.
Só nas pernas, estão aproximadamente 370.000 folículos pilosos. Porém, parte
significativa desses folículos produz pêlos finos e sem cor.
Em média, os pêlos crescem 7 mm por mês.
Uma mulher que depila as pernas remove aproximadamente 63 metros de pêlos
em um mês.
O comprimento do pêlo depende de uma série de factores, incluindo Genética,
Região do corpo em que cresce, Idade, Alimentação e Hormonas.
Está comprovado que os pêlos não crescem mais grossos à medida que são
raspados. A extremidade dos pêlos é mais fina que a base, geralmente com
menor pigmentação que o restante, por essa razão é macio e fino ao toque.
Quando o pêlo é cortado, esta ponta fina e macia desaparece para depois
crescer com a mesma espessura da haste do pêlo anteriormente cortado — por
esta razão parece ser mais grosso.
Os pêlos das axilas crescem em diferentes direcções e duas vezes mais rápido
que os das pernas.
20
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
Praticamente só não existe pêlos nas palmas das mãos e plantas do pé.
Há 1.500 a.C os pêlos do corpo eram removidos com um depilador
feito de sangue de diversos animais, gordura de hipopótamo e carcaça
de tartaruga. Os romanos também se referem a composições
depiladoras, algumas das quais continham soda cáustica como
ingrediente.
A Cleópatra já livrava-se dos pêlos por intermédio de faixas de tecido
embebidos em cera quente. No Brasil as índias valiam-se de conchas ou
da língua do peixe pirarucu, que quando seca fica ainda mais áspera,
parecendo uma gilete.
A depilação é uma prática adoptada por razões de beleza e,
principalmente, por razões de higiene.
Como o processo de depilação sensibiliza a pele e deixa-a
ligeiramente vulnerável, uma vez que a pele é a maior barreira de
proteção do corpo humano, é preciso adoptar um protocolo de higiene
tanto para o cliente como para a depiladora, além da higienização
obrigatória do ambiente em que o procedimento será realizado, é
claro.
2. Cliente e Esteticista:
Higiene pessoal 21
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
Cliente
A Higiene com a cliente começa pela preparação da mesma
para receber o procedimento.
Essa preparação é iniciada com a entrega de uma tanga
descartável para a cliente vestir.
Depois, faz-se uma análise das condições da pele da
cliente.
Não havendo quaisquer problemas que impeçam a
realização do procedimento de depilação, procede-se a
limpeza da pele com uma loção adstringente.
A cera quente que for aplicada na cliente com espátula não deve ser reaproveitada.
Se for utilizado o aplicador roll on e a cera for aplicada diretamente na pele da
cliente, o resto da cera que ficar no dispositivo não deve ser utilizado para um(a)
novo (a) cliente – essa medida evita a contaminação dos próximos clientes, caso o
cliente anterior tenha alguma doença de pele não detectada pela Esteticista.
22
Esteticista
Esteticista
Deve estar sempre limpa, a higiene é a regra nº 1
Usar farda adequada, assim como sapatos
Cabelos bem apanhados
Brincos só muito pequenos e discretos
Não deve usar fios, pulseiras e anéis, alianças ou piercings
Usar máscara
Unhas rentes e bem arranjadas
Se tiver feridas nas mãos deve usar luvas na massagem
mas estas também vão ser necessárias para a realização
de vários outros tratamentos (esfoliação e envolvimentos)
Usar maquilhagem leve para um aspecto natural e
saudável
Deve ter uma pele cuidada
Não deve exalar qualquer odor, seja corporal, seja de
perfume
23
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
Materiais Necessários
Mesa de Trabalho
Máscara
Luvas descartáveis
Alcool
Luvas Turcas para Higienização
Taça de vidro para Higienização (Água + Anti-séptico)
Algodão
Cera Quente
Cera Baixa Temperatura
Espátulas de Madeira para cera quente
Espátula de Metal para cera de baixa temperatura
Bandas depilatórias
Pinça para acabamentos e sobracelha
Agulhas para desencravar Pêlos
Pó de Talco
Cliente
Bata de Cliente
Tanga descartável
Chinelos descartáveis
Fita para cabelo ou touca
24
Marquesa
Toalha
Resguardo
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
25
Até bem pouco tempo atrás costumava-se esterilizar materiais cirúrgicos e dispositivos
termo sensíveis com uma substância chamada Glutaraldeído.
Devido às várias desvantagens oferecidas Pêlo produto e principalmente para
diminuir os riscos ocupacionais (intoxicação, irritação de mucosas, etc...), foi
desenvolvimento nos fins do ano de 1990 o Ácido Peracético.
Devido ao grande poder desinfectante e ao seu baixíssimo risco ocupacional, o Ácido
Peracético, através da Portaria nº 122 de 29/11/1993, foi incluído na Portaria nº 15
de 23/08/1988 como princípio ativo para uso como desinfectante / esterelizante.
Características do Ácido Peracético:
Promove a desnaturação de proteínas e alteração de permeabilidade na parede
celular.
Mantém-se efetivo na presença de matéria orgânica e não promove a formação de
resíduos tóxicos.
É bactericida, fungicida, viruscida e esporicida.
Oferece segurança para o profissional.
Considerado ATÓXICO, NÃO ALERGÊNICO e IRRITANTE LEVE.
Oferece segurança para o paciente/cliente.
Além de considerado atóxico, não produz resíduo e ése decompõe em oxigênio e
água, ou seja, é biodegradável.
Ph entre 5,5 e 7,0
Acompanha um agente catalizador de agente anti-oxidante.
Ausência de vapores de ácido acéptico.
Esterelização de Materiais
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
26
Características do Ácido Peracético (Continuação):
Domínio da corrosão de metais ferrosos e não ferrosos.
Eficácia antimicrobiana.
Promove desifecção de alto nível em artigos termosensíveis.
É compatível com aço inoxidável e titânio.
Para sua preparação basta diluí-lo em água, na proporção de 45ml para 5 litros,
em uma cuba, 30 minutos antes de sua primeira utilização.
Como utilizar o Ácido Peracético:
O material a ser esterelizado deve estar previamente limpo e seco.
O material a ser esterelizado deve ser totalmente imerso na solução.
Deixe o material em imersão Pêlo tempo recomendado na embalagem do Ácido
Peracético (de 10 a 30 minutos).
Enxaguar o material em água esterelizada ou em DDD.
Esterelização de Materiais
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
27
Antes da depilação, seja qual for a técnica, evitar o sol.
Esfoliar a área a ser depilada, a esfoliação levanta os pêlos e ajuda a
desencravá-los.
Depois da depilação a pele fica avermelhada e sensível.
Evitar roupa interior e calças apertadas, deixando a pele respirar.
Aplicar máscaras relaxantes e hidratantes que minimizam os efeitos agressivos
da depilação.
Antes e depois da epilação
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
A remoção de pêlos pode ser realizada por dois modos: a
Epilação e a Depilação.
Epilação é quando ocorre a remoção por extracção dos pêlos
inteiros incluindo as porções abaixo da pele, como parte do
bulbo piloso.
Ex: pinças, ceras, aparelhos eléctricos que arrancam os pêlos,
laser, luz pulsada, electrólise.
Depilação é a remoção de pêlos rente à superfície da pele não
sendo atingido as porções internas dos folículos pilosos.
Os pêlos são anexos da pele, existentes em todos os seres
humanos normais, com distribuição típica em cada género
(masculino e feminino) e com funções específicas: protecção e
sensitiva.
3. Diferenças entre
Epilação e Depilação 28
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
Lâmina
Cremes, Gel e Sprays Depilatórios
Pedra Pomes e Lixa
4. Técnicas de Depilação 29
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
Lâmina (Método Físico)
Se for escolhida a lâmina de barbear como
alternativa rápida, é muito importante ter
leveza nas mãos e delicadeza no momento de
depilar-se, pois é fácil obter cortes, ferimentos
e uma grande irritação da pele.
Se no dia seguinte desejar continuar a
―brincadeira‖, este método não deve ser
utilizado, pois a pele ficará cada vez mais
irritada e os pêlos mais fortes.
30
É muito importante não passar a lâmina em áreas irritadas, porque poderá
provocar inflamações da pele.
Vale a pena lembrar que a lâmina deve ser empregue em sentido contrário ao do
crescimento dos pêlos, evitando o movimento de vai-e-vem, pois irrita a pele.
A lâmina corta os pêlos somente pela metade, o que acaba dando força à parte
que continua na pele. Desta forma, os pêlos voltam a crescer rapidamente, mais
grossos e mais fortes num curto espaço de tempo.
Nunca se deve utilizar lâminas nas virilhas e deve evitar o seu uso nas axilas,
porque são áreas muito sensíveis.
Nestes casos, a cera é mais eficiente. A área depilada deve ser depois
desinfetada com álcool (ou outro desinfetante) e deve-se aplicar um creme
próprio para estas situações.
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
Cremes, Geis e Sprays depilatórios –
Métodos Quimico
Os métodos químicos de depilação actuam por
destruição da fibra capilar atacando
quimicamente a queratina.
A grande diferença do conteúdo de enxofre (oito
vezes mais) da cadeia poliptídica da fibra
capilar cistina, um aminoácido sulfatado, faz com
que o pêlo tenha resistência química menor frente
a certos redutores em meio alcalino, e estes
podem actuar desorganizando a queratina dos
pêlos, antes de produzir efeitos sobre a queratina
da pele.
31
A acção queratolítica dos sais de estrôncio ou cálcio de ácido tioglicólico, em
parte também de tioláctico.
Em poucos minutos o pêlo se transforma numa massa branda — uma vez rompidas
as pontes de dissulfeto da queratina.
O hidróxido de cálcio serve geralmente para ajustar o pH ao valor óptimo de 12.
A eficácia do depilatório depende do poder depilante do agente activo, do
tempo de contacto e da temperatura a que se aplica.
Os pêlos atacados são eliminados simplesmente com água ou com um pano hume-
decido. O inconveniente do procedimento consiste numa ligeira irritação da pele e
na apresentação ocasional de folicutite, porém, praticamente não ocorrem
alergias.
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
Devido à acção específica desses produtos, há necessidade de um cuidado
intensivo quanto ao seu uso e, principalmente, quanto aos testes prévios de
sensibilização.
Os depilatórios químicos são normalmente destinados à depilação de pernas e
cavidade axilar. Se não forem agressivos podem, também, ser utilizados para
aplicações faciais na estética feminina.
32
Pedra Pomes e Lixa (Método físico) Actuam por dermabrasão, são usadas nas pernas. São
autênticos depilatórios, económicos. Não são
aconselháveis para peles finas ou com pêlos espessos,
devido ao desgaste submetido à camada córnea.
Após o procedimento, aplicar um creme anti-séptico
para evitar o desenvolvimento de foliculite.
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
Linha
Cera Fria
Cera de Baixa Temperatura
Cera Quente
Luz Pulsada
Laser
Pinça
Electrólise
Depiladoras Eléctricas
Métodos Complementares
Desvantagens e Perigos
Antes e depois da Epilação
Esterilização de Materiais
Epilação Artística
5. Técnicas de Epilação 33
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
34
Linha Esta técnica consiste em separar um pedaço de linha
com comprimento entre 80cm e 1m e, usando o
indicador e o polegar das duas mãos, a profissional
cruza a linha sobre os pêlos, formando um ―X‖,
movimentando-a rasteiramente sobre a pele.
Com isso, os pêlos enroscam-se na linha e acabam
sendo retirados pela raiz. É feito com linha de costura,
100% poliéster, que foi criado Pêlos antigos egípcios e
é conhecido por diversos nomes como: iraniana,
israelense, árabe, oriental, iraquiana.
Permite arrancar os pêlos com maior eficiência do rosto, sobrancelhas, numa
seqüência de movimentos firmes da mão. Há quem recorra ao método na virilha ou
axila, porém costuma provocar mais dor nestas regiões.
Não provoca hematoma, nem flacidez na pele, nem ondulações. Quando realizada
em intervalos de 30 a 40 dias, é capaz de diminuir progressivamente o número de
pêlos na região, sem o risco de engrossar ou aumentar a quantidade.
A sua vantagem é a de arrancar os pêlos sem comprometer a estrutura da pele.
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
35
Cera Se a alternativa escolhida for a cera, existem várias
opções, mas as mesmas estão limitadas às
características da barba assim como às áreas
específicas do corpo, isto é, a barba cerrada não
poderá ser tratada com cera, mesmo quente, pois o
volume de pêlo não permitiria ser arrancado, tornando
o processo doloroso e ineficiente.
Para a depilação com cera fria ou quente é preciso
que os pêlos estejam longos, para se obter um melhor
resultado.
É importante destacar que a cera quente é mais
vantajosa que a fria, já que ajuda na abertura dos
poros e os pêlos são retirados mais facilmente, sendo
também mais econômica.
No entanto este tipo de cera ajuda no aparecimento
de derrames e varizes.
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
36
Cera Fria A depilação com cera fria é uma das mais fáceis e
comuns, resultando numa alternativa caseira.
Existem receitas sofisticadas e até domésticas, cujo
resultado dependerá especificamente das
características da área a ser depilada assim como do
volume e consistência do pêlo.
Mas este processo possui a vantagem de arrancar o
pêlo da raiz, deixando a pele lisa, o que garante um
período de 20 a 30 dias sem a sua presença.
Por outro lado, para poder ser feita nova depilação, é
necessário deixar crescer os pêlos, Pêlo menos, por
algum tempo até adquirir tamanho suficiente para a
remoção.
Este processo é doloroso e deve ser feito por outra
pessoa para ter um bom resultado.
Algumas barbas ralas e ainda em formação podem
ser depiladas sem problema, mas as mais cheias não
terão condições de remoção, pela resistência dos
pêlos.
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
37
Cera de Baixa Temperatura
A cera de baixa temperatura é aplicada a quente
mas pela sua fina película, arrefe rapidamente.
Para remover, faz-se aderir à cera uma banda de
papel especial.
Permite uma depilação mais rápida e é absolutamente
higiénica porque não é reutilizada.
A duração desta depilação é de cerca de três
semanas no Verão e de quatro semanas no Inverno.
São indicadas para peles muito sensíveis que são
acompanhadas de problemas vasculares e
circulatórios.
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
38
Cera Quente
Assim como a cera fria , a depilação com cera quente
retira os pêlos pela raiz, o que permite uma
durabilidade aproximadamente 20 dias.
Mas por abrir os poros com calor (vasodilatação),
quanto mais natural for a composição da cera, melhor
será para a sua saúde.
Para poder ser feita a depilação, é necessário deixar
os pêlos crescer, Pêlo menos, por algum tempo até
adquirirem o tamanho suficiente para a remoção.
Podem ser derretidas em banho-maria ou com
aquecedores especiais para cera. Este método
também tem as suas especificações para cada parte
do corpo, de acordo com a sensibilidade de cada
área.
Vale a pena acrescentar que a barba corresponde a
uma área extremamente sensível, devendo ser
depilada somente com cera quente e efecuada por
profissionais.
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
39
Cera Quente Uma vez escolhida a área de depilação, desinfecte o local com um algodão com
álcool para evitar riscos de infecção.
É indispensável secar a área antes da depilação. Poderá aplicar com um algodão
um pouco de pó de talco na zona a depilar (Axila, Buço, Virilhas).
Caso contrário, a cera não terá a aderência necessária e os pêlos não serão bem
removidos.
Por isso, evite utilizar óleos ou cremes hidratantes horas antes da depilação.
A seguir, aqueça em banho-maria a cera até que ela fique com consistência tipo
―mel‖ a temperatura deverá rondar os 40º C a 45º C. Verifique a temperatura
da cera numa área pequena da pele (zona anterior do pulso) para não se
queimar.
Aplique a cera sobre a região que será depilada com uma espátula, sempre em
sentido do crescimento dos pêlos.
Deixe arrefecer por alguns segundos, até que endureça um pouco para poder
puxar de uma só vez sempre no sentido contrário ao do crescimento dos pêlos.
Uma vez concluída a operação, desinfecte bem a área depilada com um
antisséptico por exemplo em gel com P.a. Calmante tais como: Aloé vera , azuleno
e P.a.Vasoconstritor : Mentol
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
40
Receita de cera quente (Cera Egípcia)
Ingredientes:
* 1 kg de açúcar
* sumo de 1 limão
* 1 chávena de água
Modo de preparar:
Colocar os ingredientes numa panela e cozinha até ficar em ponto de rebuçado.
Deixar arrefecer até a mistura ficar morna. Antes de aplicá-la, garantir que não
está quente demais.
Usar uma espátula para aplicar sobre os pêlos e esperar arrefecer
completamente de forma aque, ao puxar, os pêlos sejam arrancados.
Para manter a temperatura ideal, aquecer em banho-maria.
Obs.: Não é recomendado fabricar a própria cera pelo perigo de
contaminação. Para se fabricar a própria cera é necessário contar com um
ambiente extremamente higienizado e obedecer a um protocolo de higiene
específico, além de primar pela qualidade e integridade das matérias-primas a
serem utilizadas.
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
41
Luz Pulsada
A remoção de pêlo através de luz pulsada é baseada
na teoria da fototermólise selectiva, na qual a energia
óptica é utilizada para impedir o crescimento do pêlo.
Para obter esse efeito térmico, o pêlo necessita de
absorver selectivamente a luz pulsada e transformá-la
em calor.
Esta selectividade é atingida quando a elevada
energia óptica que é distribuída Pêlos tecidos é
maioritariamente absorvida Pêlo pigmento do pêlo,
enquanto a epiderme e o tecido circundante são
activamente arrefecidos (através de um mecanismo de
arrefecimento).
A melanina é o pigmento do pêlo responsável pela
absorção da luz, que produz o calor que eventualmente
impede o crescimento do pêlo. Quando o crescimento
do pêlo é impedido, o crescimento a longo prazo é
alcançado.
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
42
O tempo que demora a completar o ciclo de crescimento do pêlo varia de pessoa
para pessoa e da localização do pêlo no corpo, mas o habitual é entre 18 a 24
meses.
Durante grande parte do tempo, a maioria dos folículos na maior parte da pele estão
nas fases de descanso. Estes pêlos em descanso não serão afectados.
No entanto, os pêlos na fase de crescimento Anágena irão responder aos tratamentos.
É importante compreender que poderá ser necessário um ciclo completo de
crescimento para observar resultados quando utilizar o aparelho para remoção de
pêlos baseado na luz.
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
43
Laser
O uso do laser para depilação tem sido estudado
pela medicina desde há alguns anos.
O princípio da acção do laser é a fototermólise
selectiva, aproveitando o facto de algumas
estruturas do corpo captarem mais calor e energia
do que outras quando submetidas à exposição da
luz.
A melanina é uma substância escura existente no
pêlo que capta a luz da fotodepilação, enquanto a
pele capta menos.
O pêlo e sua base possuem grandes quantidades
de melanina, o que facilita a captação da energia
através do pêlo e respectiva transmissão ao folículo
piloso, que acaba por ser destruído, eliminando-se
assim a possibilidade de geração de um novo pêlo.
As estruturas do corpo que possuem cor (por
exemplo: como a melanina, de cor preta, e a
hemoglobina, de cor vermelha) são chamadas
cromóforos.
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
44
Os equipamentos emissores de luz que têm como objectivo realizar a fototermólise
selectiva possuem características próprias que os fazem agir sobre os cromóforos.
Os que atingem a cor negra servem para a depilação, e os que atingem a cor
vermelha fazem o tratamento de pequenos vasos e varizes.
Existem outras características no laser, como tempo do pulso, comprimento da onda
e outras propriedades complexas. A combinação de diferentes características vai
originar diferentes tipos de lasers e também outros tipos de emissores de energia,
chamados de luz pulsada.
Para cada paciente (com o seu tipo de cromóforo e tipo de pele) haverá um
tratamento e um equipamento melhor indicado
Pinça
A utilização da pinça é adequada para a remoção
de alguns pêlos que ficam após depilação com
cera, e ainda para a remoção de pêlos para o
contorno das sobrancelhas.
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
45
Eletrólise
A eletrólise é um método já bastante antigo, e tem
como objetivo destruir as células regenerativas com
a introdução de uma agulha que descarrega um
choque elétrico.
Atinge primeiramente o bulbo e depois a glândula,
assim vai diminuindo a espessura dos pêlos aos
poucos até à sua extinção.
Este método pode provocar manchas em peles
sensíveis.É um método é muito doloroso e incomodo,
sendo e xtremamente lento, mas resulta numa
opção interessante para o nosso caso.
Depiladoras eléctricas
Este método utiliza aparelhos elétricos que
arrancam os pêlos pela raiz. Os aparelhos mais
modernos possuem um selector que permite ajustar
a velocidade com que os discos rotativos puxam os
pêlos.
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
46
Inibidores de Crescimento
Existem também substâncias que podem ser
aplicadas para inibir o crescimento dos pêlos e
prolongar o tempo de sua ausência.
Esses produtos actuam diretamente sobre as células
germinativas no momento exato em que é extraído
o pêlo.
Retardam o processo natural do crescimento e com
o uso freqüente, enfraquece a sua estrutura e
chegam a inibir o surgimento de novos pêlos.
É importante salientar que este é um processo
complementar às depilações que retiram o pêlo
da raiz, e que não resulta, pela sua aplicação,
numa depilação definitiva.
Estes produtos devem ser aplicados após a
depilação com cera, eletrólise ou pinça.
Métodos complementares
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
47
Linha: Trata-se de um trabalho manual delicado, no qual é necessário excelente
habilidade para manipular bem uma linha de costura que pode eliminar até 95% dos
pêlos sem agredir a estrutura deles nem o folículo piloso.
Se a linha não for bem manejada, corre-se o risco de sofrer cortes. A fricção da linha
pode irritar peles em tratamento.
Cada sessão dura em média 30 minutos.
Laser: A depilação a laser também tem algumas desvantagens: valor alto, risco de
queimaduras e formação de manchas. Até o momento não há relatos na literatura
médica comprovando complicações graves de longo prazo.
A única possível conseqüência tratável e não severa, é o de manchar a pele.
Infecções podem ocorrer apenas se o paciente manipular o local tratado com as unhas
ou mãos não lavadas, ou ainda, não realizar anti-sepsia prévia ao procedimento.
Cera Quente: As desvantagens são: o método é doloroso e pode causar
queimaduras e Foliculites (pequenas ―bolhas de pus‖ centradas por pêlo com discreta
vermelhidão ao redor).
Cera Fria: Esse método também é bastante significativo, assim como o método da
cera quente, só que é mais doloroso porque não muda a temperatura da pele
abrindo os poros. Pode causar Foliculite.
Desvantagens e perigos
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
48
Roll-on: Esse método do roll-on é higiénico e tem a mesma durabilidade das ceras
(20 a 30 dias), mas também pode causar foliculite.
Creme: Os cremes depilatórios são práticos e rápidos, só que podem provocar
alergias.
Além disso, os pêlos voltam a crescer muito rápido de um a três dias. Não funcionam
muito bem em áreas com pêlos muito grossos.
Depilação a Fio: É um método bastante dolorido e o preço é alto por ser também
mais demorado. A depilação é eficaz, mas é necessário a habilidade de um
profissional.
Desvantagens e perigos
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
Desvantagens e perigos
49
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
50
As sobrancelhas são os pilares centrais da estrutura do rosto, dão força e definem a
nossa expressão de olhar. As sobrancelhas bem arranjadas realçam a nossa beleza
natural.
Marcação das sobrancelhas
Epilação da Sobrancelha
Para manter as sobrancelhas bonitas elas devem estar sempre limpas, nem demasiado
curtas, nem demasiado finas. As sobrancelhas mais bonitas são aquelas que parecem os
mais naturais possíveis.
Depois há que ter em conta vários aspectos nomeadamente a fisionomia do rosto:
Olhos Grandes – necessitam de sobrancelhas fortes
Olhos Amendoados – nunca sobrancelhas redondas
Nariz proeminente – Nunca usar sobrancelhas rectas. Depilando mais entre as
sobrancelhas, o efeito óptico diminui o nariz
Olhos Próximos – retirar o excesso do meio das sobrancelhas para os olhos
parecerem mais afastados
Olhos muito afastados – não depilar em demasia o meio das sobrancelhas,
para que os olhos não pareçam ainda mais afastados
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
51
Epilação da Sobrancelha
E para cada rosto uma sobrancelha:
Rosto Redondo: Sobrancelha angulosa com cauda curta
Rosto Retangular (Longo): Sobrancelha reta
Rosto Quadrado: Sobrancelha angulosa com insistência no chapéu
Rosto Triangular: Sobrancelha Redonda
Rosto Coração (octogonal): Sobrancelha angulosa ou curvada
Rosto Oval: Sobrancelha ligeiramente angulosa
Tipos de Sobrancelha
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
52
A depilação da virilha artística é um dos métodos
depilatórios mais na moda e um dos mais ousados
do momento – resta saber se tem coragem!
Com este método pretende-se retirar os pêlos da
zona púbica de modo a criar um determinado
desenho previamente escolhido, que pode ser
colorido conforme o nosso gosto.
Como se faz a Depilação Artística?
Esta técnica não é nada complicada. Para a
depilação intima, ou depilação genital, utilizam-se
moldes para depilação artistica (tipo decalque) de
modo a marcar a zona do desenho.
A restante área é depilada normalmente sendo a
dor exatamente a mesma da depilação comum.
O desenho poderá ser realizado tanto com cera
como com lâmina, contudo devemos ter em conta que
com a lâmina o pêlo cresce mais rápido. Caso
queira também pode colorir o desenho.
Existem algumas tintas especiais para as zonas
íntimas, mas a tinta para cabelo também serve
(desde que faça um teste de sensibilidade
primeiro)…
Epilação Artística
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
53
Opte por uma tinta anti-alérgica e tóxica de modo a não haver riscos de irritação
da pele.
Lembre-se que NUNCA deverá aplicar pintura nos lábios da vagina, a pintura só
pode ser aplicada na parte cima – nos pêlos.
Epilação Artística
O primeiro passo é a escolha do modelo.
O segundo passo é a higienização da área a ser depilada. Para isso, a mulher
veste uma tanga descartável e a Esteticista aplica uma loção adestringente com um
chumaço de algodão.
Em seguida, a depiladora analisa o pêlo, que pode ser de três tipos:
Penugem fina
Intermédio
Pêlo terminal
Uma curiosidade é que os pêlos da virilha podem ter um ciclo de vida de até dois
anos.
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
54
Sobre a púbis é colocado um molde do desenho escolhido e o excesso começa a
ser eliminado pela profissional com cera quente.
É preciso fazer acabamento com pinça, o que para muitas mulheres constitui na
parte mais dolorosa do processo.
Em alguns casos, quando esta possui pêlos ralos é preciso reforçar o desenho com
lápis, o que pode ser feito em casa posteriormente.
A sessão de depilação artística termina com a limpeza do que sobrou da cera na
região intima, que fica lisinha em torno da figura.
O material utilizado é totalmente descartável e 100% natural e atóxico, à base
de mel, própolis e cera de abelha, que agem como anestésico, antialérgico e
cicatrizante, minimizando as sensações dolorosos da epilação.
Para as mais ousadas ainda é possível colorir a púbis com tinta própria. Há
canetas e sprays para pêlos pubianos.
Outra tendência é apará-los com a inicial do nome do companheiro.
Também é possível colocar gel, pedrinhas de strass e lacinhos de velcro próprios
para bebês.
Porém os desenhos são a opção mais comum. Quem já fez garante que o
sofrimento da depilação íntima vale a pena.
Epilação Artística
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
55
Epilação Artística
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
56
Passo a passo para decorar
1. Higienize o local a ser depilado com a Loção Pré-Depilatória Depilisa ou
outra a seu gosto
2. Cole o molde sobre a região a ser depilada, pressionando-o com o dedo
durante alguns segundos.
3. Aplique a cera quente contornando o molde, sempre tomando cuidado para
não queimar a cliente. Procure não deixar o molde sair do lugar.
4. Se necessário, utilize uma pinça para o retoque ou remoção de algum pêlo
indesejado.
5. Feita a depilação, retire o molde e aplique o óleo removedor para remoção
dos resíduos de cera, experimente também aplicar o Gel Pós Depilatório ou o
Creme de Azuleno para calmare hidratar a pele ou outros produtos com os
quais esteja acostumada.
6. Caso queira utilizar algum tipo de tinta, caneta ou decorativo, não esqueça
de remover qualquer tipo de produto que esteja na pele, sejam ,óleos,
cremes ou géis. Não esqueça de verificar se as tintas são atóxicas e/ou
hipoalergênicas.
7. Não aplique as tintas e adereços sobre mucosas ou pele irritada.
Epilação Artística
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
57
Dicas e precauções
É um método prático e higiénico
Todo o material é usado uma única vez, sendo posteriormente descartado.
A cera é morna e aconselhada até para as peles mais sensíveis.
Os pêlos podem ser retirados mesmo quando curtos e grossos
É utilizada a cera de mel e a cliente pode optar Pêlo formato (coração, meia-
lua, bombom, estrela, ponto de interrogação, etc.) ou a retirada total dos
pêlos pubianos.
É uma técnica que oferece vários opções, tornando a mulher mais sexy e
elevarão a sua auto-estima.
Epilação Artística
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
Sites da internet:
http://www.corpoeplastica.com.br/edicao33/estetica.htm
http://brasil.business-opportunities.biz/2006/02/27/depilacao-
artistica-pintura-intima-aplicacao-de-strass-charme-e-ousadia-
da-mulher-brasileira/
http://delas.ig.com.br/materias/180501-
181000/180560/180560_1.html
http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/16744
http://www.mulherfeliz.com.br/2007/12/20/metodos-de-
depilacao/
http://www.mundodastribos.com/dicas-depilacao-e-metodos-de-
depilacao.html
http://nova.abril.com.br/edicoes/424/beleza/metodos-
depilacao.shtml
http://pesquisa.dnonline.com.br/document/?view=12456
http://www.objetosdedesejo.com/2006/tintura-para-Pêlos-
pubicos/
5. Bibliografia 58
Teresa Sousa - 10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia 2010/2011
Trabalho efectuado por:
Maria Teresa Castilho Sousa
10ª Acção de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia
59
2010/2011