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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JARAGUÁ DO SUL UNERJ PRÓ-REITORIA ACADÊMICA CURSO DE ADMINISTRAÇÃO COM HABILITAÇÃO EM MARKETING PROGRAMA DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO ADMINISTRAÇÃO MERCADOLÓGICA COMUNICAÇÃO INTEGRADA DE MARKETING PARA O VAREJO JORGE LUÍS SEDREZ MENDES JARAGUÁ DO SUL NOVEMBRO/2007

TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

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Page 1: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JARAGUÁ DO SUL – UNERJ

PRÓ-REITORIA ACADÊMICA

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO COM HABILITAÇÃO EM MARKETING

PROGRAMA DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

ADMINISTRAÇÃO MERCADOLÓGICA

COMUNICAÇÃO INTEGRADA DE MARKETING

PARA O VAREJO

JORGE LUÍS SEDREZ MENDES

JARAGUÁ DO SUL

NOVEMBRO/2007

Page 2: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

2

JORGE LUÍS SEDREZ MENDES

COMUNICAÇÃO INTEGRADA DE MARKETING

PARA O VAREJO

Trabalho de conclusão de curso como

pressuposto parcial para obtenção do grau

bacharel em Administração - Habilitação em

Marketing do Centro Universitário de Jaraguá do

Sul - UNERJ.

Professor Orientador: Edson Ewald

Professora Responsável de Estágio: Fabiane

Aparecida Medeiros Maiochi

JARAGUÁ DO SUL

NOVEMBRO/2007

Page 3: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

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FICHA DE APROVAÇÃO PÓS-BANCA

JORGE LUÍS SEDREZ MENDES

COMUNICAÇÃO INTEGRADA DE MARKETING

PARA O VAREJO

Este Relatório de Conclusão de Estágio foi apresentado e aprovado em Banca

Examinadora pública do Curso de Administração com Habilitação em Marketing do

Centro Universitário de Jaraguá do Sul – UNERJ.

Local: Sala 202 Bloco F

Data: 07/12/2007

Hora: 19 horas

BANCA EXAMINADORA:

Profª. Fabiane Aparecida Medeiros Maiochi

Prof. Edson Ewald

Prof. Marcio Izidoro

Professor Orientador Específico: Edson Ewald

Área/Disciplina do Estágio: Administração Mercadológica

Turma: 2007/02

Jaraguá do Sul, 13/12/2007

Page 4: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

4

AGRADECIMENTOS

Primeiramente quero agradecer a Deus e minha mãe, que apesar de todas as

dificuldades, foram os que me deram forças para continuar e não desistir. Em especial,

agradeço a minha mãe, que me deu a vida, seu amor e esteve sempre me apoiando

nas minhas decisões e me incentivando.

Agradeço também ao meu pai, que me colocou neste mundo, mas que não pode

fazer parte dele, comigo, pôr muito tempo, finalizo mais esta etapa de minha vida,

graças a ele. Quero agradecer a duas pessoas, que nesta minha trajetória, me

incentivaram no começo, mas infelizmente não estarão presentes no final, meu avô

Artur e minha tia Teresa.

Agradeço a todos os meus orientadores, principalmente, ao professor Edson,

que acreditou em mim, me acompanhou, me apoiou, me deu forças e me preparou para

a conclusão deste trabalho desafiador; a professora Fabiane que me ajudou a fazer

sempre o melhor e a todas as suas “sugestões”, que fizeram com que meu trabalho

ficasse cada vez mais completo; ao professor Nelson que em um momento confuso me

mostrou a ‘luz no fim do túnel’; a Zélia, responsável pôr todos os estágios na empresa,

que desde o começo me incentivou e deu idéias; e ao Thiago que foi, na empresa,

responsável pôr me acompanhar.

Pôr fim agradeço ao meu irmão, ao meu padastro, a minha família e aos meus

amigos que estiveram sempre comigo, me ajudando, me acolhendo e fazendo com que

esses quatro anos fossem mais fáceis; aos meus colegas de trabalho e de faculdade

que me acompanharam na realização deste trabalho; ao Breithaupt, a UNERJ e a todos

os professores que fizeram parte do meu crescimento acadêmico e profissional, que

levarei para toda a vida; e a todos os entrevistados, que dispuseram seu tempo, e

compartilharam sua experiência e conhecimento comigo.

O MEU MUITO OBRIGADO!!!

Page 5: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

5

“Eu aprendi que para se crescer

como pessoa é preciso me cercar

de gente mais inteligente do que eu.”

Willian Shakespeare

“O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário.”

Albert Einstein

“O pessimista se queixa do vento, o otimista espera que ele mude

e o realista ajusta as velas.” William George Ward

Page 6: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

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RESUMO

Mendes, Jorge Luís Sedrez Mendes. Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo. Professora Responsável de Estágio: Profª. Fabiane Aparecida Medeiros Maiochi; Prof. Orientador: Prof. Edson Ewald; Jaraguá do Sul: Unerj, 2007, 101 fls., Trabalho de Conclusão de Curso. Este trabalho de conclusão de curso trata do estudo da importância da comunicação de marketing integrada para o varejo. Esse nome todo “comunicação de marketing integrado para o varejo”, a princípio, pode parecer complexo e difícil, mas não é. Difícil é fazer com que as pessoas e empresas entendam a importância da comunicação em nosso mundo. Falar com a pessoa certa, no lugar certo, na hora certa e com a mídia certa, não é algo impossível, mas sim, fundamental hoje em dia, principalmente para o varejo, que precisa cada vez mais compreender seu cliente e fortalecer sua marca. E, é nesta linha de pensamento, que este trabalho está alinhado. Na revisão de literatura encontra-se todo o estudo teórico para a realização deste trabalho. Será abordado marketing, comunicação, comportamento do consumidor e marca, onde os autores referências foram Kotler, Keller e Dias e Shimp. Temos na metodologia a forma como foram desenvolvidas os estudos que auxiliaram na realização dos objetivos propostos. No capítulo quatro, foi feito uma análise dos resultados obtidos, que foram fundamentais para o fortalecimento deste trabalho. Ao final, segue todas as considerações sobre o desenvolvimento deste trabalho, concluindo o mesmo, com as referências e os anexos. Palavras-chave: comunicação, marketing, integração, comportamento do consumidor, segmentação, posicionamento e marca.

Page 7: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS.......................................................................................................09

LISTA DE QUADROS.....................................................................................................10

APRESENTAÇÃO..........................................................................................................11

1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................11

1.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO................................................................14

1.2 SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA...................................................................................17

1.3 OBJETIVOS..............................................................................................................18

1.3.1 Objetivo Geral........................................................................................................18

1.3.2 Objetivos Específicos.............................................................................................18

1.4 JUSTIFICATICA........................................................................................................19

2 REVISÃO DE LITERATURA.......................................................................................20

2.1 ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING........................................................................20

2.1.1 Marketing................................................................................................................22

2.2 MARKETING INTEGRADO.......................................................................................25

2.3 ENDOMARKETING...................................................................................................26

2.4 TELEMARKETING....................................................................................................28

2.5 ADMINISTRAÇÃO DE VENDAS...............................................................................30

2.6 PONTO DE VENDA..................................................................................................34

2.7 MARKETING DE VAREJO........................................................................................37

2.8 COMUNICAÇÃO.......................................................................................................41

2.9 COMUNICAÇÃO INTERNA......................................................................................44

2.10 COMUNICAÇÃO DE MARKETING.........................................................................45

2.11 COMUNICAÇÃO CORPORATIVA..........................................................................50

2.12 COMUNICAÇÃO INTEGRADA DE MARKETING...................................................52

2.13 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR..............................................................60

2.14 MARCA...................................................................................................................66

3 METODOLOGIA..........................................................................................................68

3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA ........................................................................... 69

Page 8: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

8

3.2 DEFINIÇÃO DA ÁREA OU POPULAÇÃO-ALVO......................................................69

3.3 COLETA E ANÁLISE DE DADOS.............................................................................71

4 ANÁLISES DOS RESULTADOS.................................................................................72

4.1 ENTREVISTAS COM GESTORES DA EMPRESA...................................................72

4.2 ENTREVISTAS COM PROFISSIONAIS DE MARKETING E COMUNICAÇÃO.......80

4.3 REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................................87

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................91

5.1 SÍNTESE DOS RESULTADOS.................................................................................92

5.2 SUGESTÕES DE MELHORIA..................................................................................92

5.3 LIMITAÇÕES DA PESQUISA...................................................................................95

5.4 SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS..........................................................96

REFÊRENCIAS...............................................................................................................97

ANEXOS.......................................................................................................................100

ANEXO A – ROTEIRO ENTREVISTA INTERNA.........................................................100

ANEXO B – ROTEIRO ENTREVISTA EXTERNA........................................................101

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Comunicação e varejo ............................................................................ 40

Figura 2: Relação custo-benefício e disposição comprador .................................. 45

Figura 3: Relação comunicação de marketing e brand equity ............................... 49

Figura 4: Renda do consumidor brasileiro .............................................................. 64

Page 10: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

10

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Importância da área para os clientes .................................................... 72

Quadro 2: Comunicação com os clientes ............................................................... 74

Quadro 3: Comunicação entre setores .................................................................. 74

Quadro 4: Comunicação com o setor de marketing ............................................... 76

Quadro 5: Como está a comunicação interna ........................................................ 77

Quadro 6: Como está a comunicação de marketing .............................................. 78

Quadro 7: Como melhorar a comunicação integrada ............................................. 79

Quadro 8: Importância do marketing para as empresas de varejo ......................... 80

Quadro 9: Resultado das ações de marketing ........................................................ 80

Quadro 10: Comunicação integrada de marketing com o mercado ........................ 83

Quadro 11: Diferença entre comunicação integrada e comunicação interna .......... 84

Quadro 12: Exemplo de sucesso com CIM .............................................................. 86

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APRESENTAÇÃO

DO ACADÊMICO:

JORGE LUÍS SEDREZ MENDES

Ocupação: Coordenador de Marketing da Empresa Breithaupt S.A.

Endereço: Rua Governador Jorge Lacerda, 277 - Jaraguá do Sul - SC

Fone residencial: (47) 3371-5468 / Celular: (47) 8407-1008

E-mail: [email protected]

DA EMPRESA:

COMÉRCIO E INDÚSTRIA BREITHAUPT LTDA.

Endereço: Av. Getúlio Vargas, 268 - Jaraguá do Sul - SC

Fone/Fax: (47) 3372-9999

Ramo de Atividade: Comércio varejista nos ramos de supermercado, materiais de

construção, máquinas e ferramentas e centro automotivo.

Setor: Marketing

Supervisor do estágio na empresa: Thiago Mothci Sarmanho

E-mail / Site: [email protected] / www.breithaupt.com.br

Page 12: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

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1 INTRODUÇÃO

Comunicação é primordial para a humanidade. Todos se comunicam, sem

exceção, de alguma forma ou de outra, através de palavras, símbolos, escrita, gestos,

sinais, expressão, enfim, existem várias maneiras e formas. Porém, mesmo com todas

as formas possíveis de se comunicar, ainda a comunicação num todo é falha, ou seja,

não é prioridade, e com isso, as pessoas não se entendem, assim também, como não

se fazem entender.

Comunicar-se é preciso. Em um mercado cada vez mais concorrido, uma

empresa que não se comunica com seus clientes, não se torna competitiva. A

comunicação integrada é hoje uma realidade, não há mais como fazer uma separação

entre a comunicação institucional e a comunicação mercadológica, como não se pode

separar o produto ou serviço da organização. Portanto, a integração das atividades será

possível pela ação conjunta de profissionais de várias áreas, em ações conjugadas,

garantindo coerência da linguagem, racionalizando atividades e, ao mesmo tempo,

respeitando as diferenças e especificidades de cada setor.

Toda comunicação de uma empresa está ligada direta ou indiretamente ao

departamento de marketing. Como a preocupação com o marketing, na maioria das

empresas, não existe, ou está apenas “engatinhando”, podemos deduzir que este é o

principal fator da má comunicação, ou até mesmo, da falta dela nas empresas.

O presente estudo se dará no departamento de marketing da empresa Comércio

e Indústria Breithaupt, uma empresa que atua a mais de 80 anos no comércio varejista,

no estado de Santa Catarina, nos segmentos de material de construção, máquinas e

ferramentas, eletrodomésticos, móveis, centro automotivo, shopping center e

supermercados. Para a realização deste trabalho serão abordadas, além da área de

marketing, as principais áreas que se comunicam com os clientes da empresa, de forma

direta ou indireta.

Page 13: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

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A comunicação integrada de marketing é um grande desafio para qualquer

empresa, e para uma empresa como a Breithaupt esse desafio se torna ainda maior,

devido a sua atuação em vários segmentos de mercado. Conseguir se comunicar de

forma integrada, ou seja, homogênea, para que todos os setores da empresa,

colaboradores, fornecedores e clientes tenham a mesma linha de comunicação, não

depende apenas do setor de marketing, mas sim de todos os setores envolvidos com a

comunicação, como talentos humanos, telemarketing, endomarketing, vendas, entre

outros.

O mercado está ai, saturado. Não se tem mais como expandi-lo, ainda mais no

varejo. Hoje em dia, empresas de diferentes segmentos podem se considerar

concorrentes, como por exemplo, as que trabalham com presentes (CDs, livros,

perfumes, flores, etc.), sendo muito difícil a fidelização de clientes, e ainda mais, a

conquista de novos clientes. Com planejamento, pesquisas, ações de marketing

persuasivas e uniformes, análise dos resultados, fatalmente a comunicação integrada

de marketing será a principal ferramenta das empresas para a valorização da marca

pelos consumidores, conseqüentemente o posicionamento dela perante os mesmos.

O presente trabalho levará ao desenvolvimento de uma análise sobre o modelo

de comunicação aplicada na empresa, onde sabe-se que a comunicação da mesma

não é totalmente integrada, sendo necessário realizar um estudo interno na empresa,

para se comparar com um estudo externo, aonde no final será elaborada uma proposta

para uma comunicação integrada de marketing para a empresa.

O presente trabalho encontra-se internamente organizado da seguinte forma:

num primeiro momento descreve-se a parte introdutória destacando-se a caracterização

da organização, situação problemática, objetivos e justificativa. Segue-se apresentando

a revisão de literatura, metodologia e por fim a análise dos resultado, finalizando com a

conclusão.

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1.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E SEU AMBIENTE

Em nove de dezembro de 1926, dois irmãos, Walter e Arthur Breithaupt, se

lançaram num empreendimento arrojado para a época. Abrem-se as portas de

Breithaupt e Cia em Jaraguá do Sul (SC). A imponente casa de negócio reflete uma

cultura de construção sólida, ampla para a época (casa comercial), estilo prático,

espaços na fachada utilizados para o marketing de serviços que a nova empresa

oferece ao público: PRODUTOS COLONIAIS: lingüiça, banha, açúcar mascavo,

fazendas, armarinhos, louças, ferragens, secos e molhados, etc. E ainda transporte de

cargas, com um caminhão fazendo o trajeto Jaraguá – Blumenau, e com despachos e

redespachos juntos à estrada de ferro SP – RS.

Em 1950 a razão social é transformada para Comércio e Indústria Breithaupt

S.A.. Nesta época já funcionava o setor de ferragens. Em 1970 houve a instalação de

uma seção especializada em tecidos e confecções. No mesmo ano, na edificação da

empresa iniciou, um supermercado com área de 700m². Em 1972 obteve-se a

instalação de seção de eletrodomésticos. Em 1973 a implantação da loja de materiais

de construção e móveis.

Em 1980 foi feita a inauguração do supermercado V, avenida Marechal Deodoro

da Fonseca. No mesmo ano, inauguração da filial de São Bento do Sul

(eletrodomésticos, pneus, ferragens, material de construção, material elétrico,

decoração e móveis). Em 1981 a inauguração na Barra do Rio Cerro: Supermercado VI,

loja de material de construção, artigos para decoração e presentes, ferragens e

eletrodomésticos.

Em 1982 abriu-se uma filial em Mafra (pneus, ferragens, materiais de

construção, eletrodomésticos). Em 1986 em Joinville (materiais de construção,

ferragens, pneus, material elétrico). Em 1987, tem-se a inauguração de uma loja em

Guaramirim (material de construção, ferragens, pneus, móveis e material elétrico).

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Em novembro de 1999 foi inaugurado o Shopping Center Breithaupt, com área

de 14057m² de área locável, dividida entre 95 lojas, 3 cinemas, praça de alimentação e

play/lazer, além de um hipermercado e loja de Confecções Breithaupt, como âncora do

empreendimento.

No final de março de 2001, a rede Breithaupt inaugurou a loja de Varejo Virtual

de máquinas e equipamentos, o www.breithaupt.com.br, oferecendo via internet a

possibilidade de adquirir as diversas máquinas e equipamentos comercializados pela

empresa, no ramo de construção civil, como betoneiras, máquinas elétricas Bosch e

Makita, vibradores compressores de ar, máquinas de roçar grama, lavadoras de alta

pressão, motores elétricos, equipamentos para marcenaria e oficinas, inicialmente

atendendo o mercado catarinense.

Em 2005 amplia e re-inaugura a Loja de Joinville, e expande seus negócios para

Canoinhas, com uma Loja e um centro automotivo.

Em 2006 inaugura sua primeira Loja no litoral, em Itajaí.

Em 2007 a empresa inaugura sua décima segunda loja, em Balneário Camboriú.

Para 2008, a empresa continuará com sua expansão.

A empresa está no mercado varejista 80 anos e a responsabilidade de prestar

serviços e modernizar é uma constante.

O empreendimento Comércio e Indústria Breithaupt S.A., atualmente conta com

mais de 1500 colaboradores, 12 Lojas, seis Supermercados, um Shopping e um Centro

Automotivo, e está situado nas cidades de Jaraguá do Sul, Guaramirim, Joinville, São

Bento do Sul, Mafra, Canoinhas, Brusque, Itajaí e Balneário Camboriú.

Page 16: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

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Aproximadamente são comercializados 70 mil itens de produtos, estes sendo da

linha de materiais de construção, ferragens, máquinas e ferramentas, pneus, móveis,

eletrodomésticos, computadores, confecções, e ampla variedade de alimentícios.

Oferecendo entre o mix de produtos, qualidade aliada a uma política justa de preços,

marcas estas que são o sucesso da empresa.

NEGÓCIO

Comercio varejista nos ramos de: supermercado, materiais de construção,

máquinas e ferramentas e centro automotivo.

MISSÃO

Comercializar produtos e serviços com qualidade, profissionalismo e ética,

buscando a satisfação de nossos clientes.

VALORES

- Honestidade

- Ética

- Idoneidade

- Persistência

- Credibilidade

- Confiabilidade

- União

POLÍTICA DA QUALIDADE

Superar as necessidades dos clientes, com atendimento e serviços de qualidade,

através do constante aperfeiçoamento dos talentos humanos e comprometimento com

seu mercado, ocupando sempre a posição de destaque e vanguarda na administração

do empreendimento.

Page 17: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

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1.2 SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA

Atualmente a comunicação da empresa não encontra-se devidamente integrada.

O departamento de talentos humanos, vendas, telemarketing, comercial e as lojas

(PDV), que são hoje os principais responsáveis pela comunicação da empresa,

juntamente com o departamento de marketing, tem uma comunicação paralela ao setor

de marketing.

Hoje em dia, o marketing é um setor inerte para os demais setores, sendo acionado

apenas para execução, e não para o planejamento das ações de comunicação e

marketing dos outros setores, ficando assim, cada setor responsável por planejar e

controlar suas próprias ações, onde deveria ser ao contrário, o departamento de

marketing deveria acionar e trabalhar em conjunto com os demais setores no

planejamento, controle e execução de todas as ações de comunicação, fazendo-as de

forma integrada.

Com um mercado cada vez mais saturado, com a concorrência cada vez mais

acirrada e com clientes cada vez mais exigentes, ter uma comunicação integrada é hoje

cada vez mais primordial para a sustentabilidade de uma empresa no mercado.

Comunicação integrada de marketing não é a pulverização de verba em diversas

mídias, mas sim, se comunicar de forma homogênea com todos que tem ligação com a

empresa. A comunicação integrada de marketing, principalmente para um grupo como

o Breithaupt, que atua com lojas, supermercados, shopping e auto center, consegue

segmentar e dar um posicionamento para a empresa, fortalecendo assim sua marca,

deixando a mesma de ser um sinal gráfico, para se tornar um símbolo na mente do

consumidor, que na verdade é o desejo de toda a empresa, e conseguir fidelizá-lo.

Como a comunicação da empresa é pouco integrada, será feito um estudo sobre

o modelo de comunicação, para que posteriormente possa se elaborar uma proposta de

melhoria para a comunicação integrada da mesma

Page 18: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

18

1.3 OBJETIVOS

Para a realização do objetivo geral e dos objetivos específicos, foi feito uma

análise sobre a atual situação da comunicação da empresa, através de observação e

ligação direta com este processo, por parte do acadêmico.

1.3.1 Objetivo Geral

• Desenvolver um estudo crítico acerca do modelo de comunicação aplicado na

empresa.

1.3.2 Objetivos Específicos

• Fazer uma análise diagnóstica do modelo de comunicação adotado pela

empresa;

• Realizar estudo a fim de definir um modelo ideal de comunicação integrada

para a empresa;

• Elaborar proposta para uma comunicação integrada na empresa.

1.4 JUSTIFICATIVA

Atualmente a comunicação constitui uma ferramenta estratégica de gestão,

porém, para que a comunicação seja eficaz, pressupõem-se estrutura, organização e

sobre tudo integração.

Page 19: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

19

Percebe-se que a empresa, alvo da pesquisa, não explora essa poderosa

ferramenta de forma homogênea. Com uma comunicação eficientemente integrada, a

empresa terá maior solidez em suas ações de marketing, trazendo mais resultados com

menos gastos, se comunicando eficazmente com os clientes, colaboradores e

fornecedores, fortalecendo assim, ainda mais, a marca da empresa.

Será feito um amplo estudo buscando, nos melhores autores, o fundamento

teórico e a base para a realização deste projeto, contando ainda com o auxílio de

artigos, publicações e palestras sobre comunicação de marketing, fortalecendo assim a

aprendizagem e argumentação sobre o assunto.

O grande benefício para a empresa, tendo uma comunicação integrada de

marketing, é que todos os departamentos e setores estarão por dentro das ações e

estratégias de marketing, fortalecendo assim a integração entre os mesmos,

aumentando o poder de persuasão com os clientes. Outro fator importante é que toda a

empresa estará com o mesmo foco, integrada no mesmo objetivo, ou seja, com uma

comunicação uniforme.

Ter lucro, com o menor custo possível, conseguir fortalecer cada vez mais o

valor da marca e fidelizar os clientes, são algumas das principais vantagens que as

empresas almejam sobre seus concorrentes, buscando constante se tornar cada vez

mais forte perante os mesmos, onde esse é o grande objetivo da maioria das empresas.

Mas isso não acontece do nada, ou com o esforço de apenas um funcionário ou setor,

tem que haver uma comunicação integrada coerente com o marketing.

O presente estudo poderá contribuir como parâmetro para que a empresa possa vir

a melhorar sua comunicação, objetivo principal deste trabalho.

Page 20: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

20

2 REVISÃO DA LITERATURA

Busca-se como revisão de literatura linhas de pesquisas de autores específicos,

artigos e publicações que contemplam a área da comunicação. Os autores utilizados

como base neste trabalho foram Kotler, Keller, Dias, Shimp, Levy e Salomon.

Grande parte da revisão da literatura está focada nas principais áreas que atuam

diretamente com comunicação de marketing e marketing, onde também serão

abordadas algumas áreas do marketing, comunicação, comportamento do consumidor

e marca. Este trabalho seguirá a seguinte lógica: iniciará com administração de

marketing, falará de comunicação, abordará o comportamento do consumidor e

finalizará com marca.

2.1 ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING

Para se ter uma administração de marketing competente e precisa é necessário

planejamento, controle, estrutura e coerência nas ações. Kotler e Keller (2007, p. 04)

afirma que “administração de marketing é a arte e a ciência da escolha de mercados-

alvos e da captação, manutenção e fidelização de clientes por meio da criação, da

entrega e da comunicação de um valor superior para o cliente”. Assim, conhecer as

pessoas, suas necessidades, seus desejos e seus hábitos de compra torna-se

fundamental para a eficácia da administração mercadológica. A necessidade é o estado

de carência que provoca a motivação para o consumo, já o desejo se inclui bens e

serviços específicos que vão além da sobrevivência. Saber se um produto ou serviço é

uma necessidade ou desejo para o cliente, é uma das funções do marketing, e

chamamos isso de demanda. A demanda é a procura pelo produto ou serviço, e a

disposição que o cliente tem para pagá-lo. Um simples aparelho celular, por exemplo,

para um representante comercial é uma necessidade, já para uma dona de casa pode

ser um desejo. O simples fato, que nem sempre é tão simples assim, de saber

Page 21: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

21

diferenciar se é uma necessidade ou desejo do cliente, já é uma forma de

segmentação, um dos fatores essenciais hoje em dia para o sucesso das ações de

marketing.

Segundo Kotler e Keller (2007, p. 04) “a administração de marketing acontece

quando pelo menos uma parte em uma relação de troca potencial procura maneiras de

obter respostas desejadas das outras partes”. É função da administração de marketing

identificar os clientes com a marca, satisfazer suas necessidades ou desejos por meio

de produtos e serviços. Ogden (2002, p. 04) fala que o processo de gerenciamento de

marketing é “um fluxo de etapas claramente definido e ordenado, conduzido para

assegurar que todas as funções do marketing sejam executadas e integradas para

fornecer um plano de marketing da mais alta qualidade e o mais eficaz possível”. Para

os administradores conhecer melhor seus clientes, e os potenciais clientes, a

segmentação de mercado é uma estratégia de marketing importantíssima, pois

identifica grupos de clientes de acordo com suas características, buscando a fidelização

do cliente com a marca. Para se conseguir segmentar uma marca é necessário uma

comunicação coerente e integrada, onde compreender o consumidor é um dos desafios

para se ter sucesso, fator esse essencial na administração de marketing, para que se

possa cumprir plenamente seus objetivos no desenvolvimento, na produção e na

colocação no mercado, sendo capazes de satisfazer as necessidades e os desejos dos

consumidores, contribuindo efetivamente para o sucesso do negócio. É nessa função

primordial que se inicia todo o processo de administração mercadológica e é em torno

do consumidor que giram todas as atividades de marketing da empresa, pois o que

mais se deseja, hoje em dia, é o fortalecimento da marca, do valor que o cliente dá para

a mesma, posicionando-a na cabeça do mesmo, buscando sua fidelização.

Administração de marketing é importante para todas as empresas, pois é o

responsável por se comunicar e se relacionar com os clientes, suprindo suas

necessidades, entendendo os mesmos e fortalecendo a marca. Mas para uma empresa

de varejo, uma boa administração de marketing é ainda mais importante pois o

relacionamento que se tem é o B2C (empresa para consumidor).

Page 22: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

22

2.1.1 Marketing

Hoje em dia falar que o mercado está cada vez mais competitivo, acirrado, e às

vezes até desleal, não é novidade para ninguém, muito menos para os gestores e

administradores das organizações. E, por causa disso, o marketing ganha cada vez

mais importância e atenção dentro das empresas, ou ao menos, deveria ganhar. Kotler

e Keller (2007, p. 04) citam que a American Marketing Association define marketing

como uma “função organizacional e um conjunto de processos que envolve a criação, a

comunicação e a entrega de valor para os clientes, bem como a administração do

relacionamento com eles, de modo que beneficie a organização e seu público

interessado”.

Já Blessa (2003, p. 17) conceitua marketing como “processo de planejamento,

execução, preço, comunicação e distribuição de idéias, bens e serviços, de modo a

criar trocas (comércio) que satisfaçam aos objetivos individuais e organizacionais”. Hoje

em dia todas as ações de marketing tem como foco principal o cliente, onde muito mais

do que satisfazer os mesmos, uma empresa precisa conquista-los, manté-los e fideliza-

los, tudo isso está ligado a função do marketing. Kotler e Keller (2007, p. 04)

resumidamente falam que marketing “supre necessidades lucrativamente”, ou seja,

supre a necessidade do cliente, dando lucro para a organização. Para Shimp (2005, p.

31) “marketing é o conjunto de atividades através das quais as empresas e outras

organizações criam transferência de valor (trocas) entre elas próprias e seus clientes”.

Para Ogden (2002, p. 01) de maneira resumida, o conceito de marketing

“estabelece que uma empresa deve satisfazer os desejos e necesidades do consumidor

em troca de lucro”. Ou seja, a empresa deve manter seus esforços nos clientes,

oferecendo serviços ou produtos que eles desejam ou necessitam, com isso, as

empresas satisfazem os clientes, aumentando suas vendas, e conseqüentemente, seus

lucros. Dantas (2000, p. 25) fala que o marketing exige uma responsabilidade

inovadora, criativa, envolvendo o planejamento e desenvolvimento de novos produtos

que venham satisfazer o mercado, e principalmente os consumidores. Em resumo,

Page 23: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

23

marketing é uma estratégia empresarial dinâmica, que tem de estar preparada paras as

constantes mudanças no mercado e sempre atento aos clientes.

Realmente o marketing está por tudo, e em todo lugar, seja ele acidental ou

intencional. Uma pessoa comum, que dá uma entrevista para a TV com uma camisa da

Nike, está fazendo um marketing acidental, já um jogador famoso que está usando a

mesma camisa da Nike, faz um marketing intencional. Em ambos os casos houve a

divulgação da marca, mas a diferença é que o marketing intencional não é por acaso, é

o resultado de um planejamento cuidadoso, pois no caso do jogar famoso, seu poder de

influência para a marca, em relação aos consumidores, é infinitamente maior, desde

que os mesmos se identifiquem com o jogador. O grande equívoco das pessoas é

achar que marketing cuida apenas da propaganda, estas pessoas estão profundamente

enganadas. Marketing é muito mais do que isso, não é nada fácil, pois para o bom

marketing existir tem que ter planejamento, organização, controle, saber executar,

estrutura, tudo isso focado no grande objetivo: o consumidor. O que torna o marketing

uma função nada simples é justamente ter que entender o comportamento do

consumidor, que na maioria das vezes são influenciáveis e inconstantes. Kotler e Keller

(2007, p. 06) dizem que “os profissionais de marketing envolve-se no marketing de

bens, serviços, eventos, experiências, pessoas, lugares, propriedades, organizações,

informações e idéias”, ou seja, muito mais que propaganda.

Hoje em dia, na grande maioria das empresas, ainda não se dá o valor

necessário ao marketing. A importância do marketing nas organizações é muito maior

do que os gestores imaginam. Uma empresa existe com o objetivo de ter lucro, e para

isso ela precisa de clientes, sendo o marketing o setor responsável pela prospecção,

conquista e manutenção dos mesmos. Para que as empresas obtenham sucesso

financeiro, muitas vezes estas depende da habilidade do marketing, pois Kotler e Keller

(2007, p. 02) afirma que “finanças, operações, contabilidade e outras funções de

negócios não terão sentido se não houver uma demanda para produtos e serviços

suficientes para que a empresa obtenha lucro”.

Page 24: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

24

Segundo Kotler e Keller (2007, p. 701) o papel do marketing está mudando nas

organizações, ele afirma que os profissionais de marketing, na grande maioria,

exerciam o papel de intermediário, apenas entendendo as necessidades dos clientes e

transmitindo-as para as demais áreas. Em uma empresa interligada, todas as áreas tem

contato direto ou indireto com os clientes, podendo interagir com os mesmos; sendo

assim, o marketing não é mais o único responsável pela interação com os clientes. O

que o marketing deve fazer hoje “é integrar todos os processos que mantêm interface

com os clientes, de modo que estes vejam um único ‘rosto’ e ouçam uma única ‘voz’ ao

interagir com a empresa”, ou seja, que a empresa tenha uma comunicação integrada,

administrada pelo marketing. Ogden (2002, p. 02) fala que as organizações tem que

repensar sua definição do conceito de marketing, substituindo a expressão “satisfazer

as necessidades do cliente” por “superar as expectativas dos clientes”. A Wal-Mart diz

que é uma ‘loja de desconto’, mas além de preços baixos, ela oferece, banheiros

limpos, políticas liberais de devolução de produtos e serviços superiores a concorrência.

Isso tudo vai além das funções de marketing, dependendo diretamente da integração

de todos os setores.

As empresas precisam saber como operar e competir em um novo ambiente de

marketing, cada vez mais se exige uma abordagem completa e coerente. E para que

isso ocorra, o marketing holístico ganha cada vez mais força. Kotler e Keller (2007, p.

15) falam:

O marketing holístico pode ser visto como o desenvolvimento, o projeto, e a implementação de programas, processos e atividades de marketing, com o reconhecimento da amplitude e das interdependências de seus efeitos. Ele reconhece que no marketing ‘tudo é importante’ – o consumidor, os funcionários, outras empresas e a concorrência, assim como a sociedade como um todo – e que muitas vezes se faz necessária uma perspectiva abrangente e integrada. Os profissionais de marketing devem lidar com uma variedade de questões e certifica-se de que as decisões em uma área são coerentes com as decisões em outras.

Em outras palavras, marketing holístico se preocupa com tudo, para a

sobrevivência de uma empresa.

Page 25: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

25

2.2 MARKETING INTEGRADO

Uma das funções do profissional de marketing segundo Kotler e Keller (2007, p.

17) é delinear as atividades de marketing, montando programas de marketing

totalmente integrados na criação, comunicação e valorização junto aos consumidores.

Marketing visa o aumento de valor a marca a ser percebido pelo cliente, onde as

atividades de marketing podem assumir várias formas. Uma maneira tradicional de

descreve-las é em termos do composto de marketing, que é o principal conjunto de

ferramentas que a empresa usa para perseguir seus objetivos de marketing. McCarthy

apud Kotler e Keller (2007, p. 17) classificou essas ferramentas em quatro grupos

amplos que denominou os 4Ps do marketing: produto, preço, praça (ou ponto de venda)

e promoção.

Os 4Ps do composto de marketing tem ligação direta com os 4Cs do consumidor,

Kotler (2007, p. 17) cita que Robert Lauterborn sugeriu que os 4Ps do vendedor

(empresa) correspondem aos 4Cs do cliente:

4Ps = 4Cs

Produto = Cliente (solução para o)

Preço = Custo (para o cliente)

Praça = Conveniência

Promoção = Comunicação

Toda empresa busca atender às necessidades dos clientes, com redução nos

custos, obtendo maior lucro, mas esta redução tem que ser conveniente e integrada.

Kotler e Keller (2007, p. 18) mencionam que dois são os temas fundamentais do

marketing integrado: “muitas atividades de marketing diferentes são empregadas para

comunicar e entregar valor e todas as atividades de marketing são coordenadas de

modo que seus efeitos conjuntos sejam maximizados”. Ou seja, as atividades de

marketing dependem direta, ou indiretamente, de outros setores da empresa, para que

haja uma comunicação integrada com o cliente.

Page 26: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

26

2.3 ENDOMARKETING

Endomarketing é o marketing voltado para dentro das empresas, ou seja, o foco

principal são os colaboradores e setores, criando valores para poder servir melhor o

cliente. Mas para que isso ocorra, tem que haver comprometimento entre os

funcionários para com a empresa. Bekin (1995, p. 02) fala que “o comprometimento

implica a adesão de valores e objetivos da empresa por meio do Endomarketing e

pressupõem o trabalho em equipe, num contexto marcado pela cooperação e

integração dos vários setores da empresa”.

Bekin (1995, p. 02), define endomarketing como ações de marketing para o

público interno – funcionários – das empresas e organizações, onde o objetivo é facilitar

e realizar trocas construindo relacionamento com o público interno, compartilhando os

objetivos da empresa ou organização, harmonizando e fortalecendo estas relações.

Bekin utilizou endomarketing pela primeira vez em 1975, quando era gerente de

produtos na Johnson & Johnson, e sentiu a necessidade devido a baixa integração

entre os diversos departamentos, visões discrepantes sobre as funções de cada um

deles, o pouco conhecimento dos funcionários em relação a empresa, ou seja, o

problema que Bekin constatou em 1975, fazer o marketing para dentro da própria

empresa, ainda hoje não é feito em grande parte das empresas, seja ela de pequeno,

médio ou grande porte.

O endomarketing melhora o nível de comunicação da empresa com seus

funcionários, em todos os níveis, integrando os mesmos com a empresa. Uma empresa

não sobrevive apenas com uma pessoa ou departamento, mas sim em um conjunto,

que tem de estar com o mesmo pensamento organizacional, e conseguir passar isso ao

cliente. ‘Vender’ a marca da empresa para os colaboradores é o papel do

endomarketing, pois o marketing não se deve fazer apenas externamente, mas

internamente também, afinal, os funcionários devem ser os primeiros clientes a serem

conquistados na empresa.

Page 27: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

27

Bekin (1995, p. 34) afirma que “o objetivo do endomarketing consiste em atrair e

reter o cliente interno – os funcionários – com a função de obter resultados eficientes

para a empresa, atraindo e retendo os clientes externos”. Endomarketing é um conjunto

de ações de marketing voltada para o público interno - colaboradores, fornecedores,

acionistas, diretores – envolvendo comunicação para que a empresa possa fortalecer

sua imagem junto aos colaboradores. O trabalho do endomarketing nas empresas

geralmente é institucional, se trabalha internamente com funcionários, gestores,

acionistas, fornecedores, sendo que todos são os primeiros clientes da empresa, onde

é mais fácil e viável, fidelizar os clientes internos, do que os externos.

O endomarketing possui uma importância estratégica para a empresa, pois faz

com que os funcionários vistam a camisa da empresa, sendo assim, não se pode

separar do marketing. Para que de fato os funcionários “vistam a camisa” da empresa,

eles primeiramente tem que estar motivados, segundo Bekin (1995, p. 68) “todo

processo de motivação forma uma seqüência construída pelas seguintes etapas:

estímulo, esforço, desempenho, valorização, recompensa, satisfação e

comprometimento”, onde com a motivação os funcionários se integram com os objetivos

da empresa.

Outro objetivo do endomarketing segundo Bekin (1995, p. 34) é “fazer com que

os diversos departamentos e seus funcionários compartilhem os valores e objetivos da

empresa. Deste modo, surge um processo de coesão e comunicação no ambiente

interno”. Já a função do endomarketing é “integrar a noção de cliente nos processos

internos da estrutura organizacional para propiciar melhorias substanciais na qualidade

de produtos e serviços”, ou seja, atrair e reter o cliente interno, obtendo resultados

eficientes para a empresa, consequentemente, atraindo os clientes externos.

Em resumo Bekin (1995, p. 35) fala que o objetivo do endomarketing é que os

funcionários ‘comprem’ a empresa, dando a eles a consciência do objetivo estratégico.

Funcionários informados e motivados com certeza trabalharam muito melhor, e os

resultados se reverterão a favor da empresa.

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28

2.4 TELEMARKETING

O telemarketing é uma variação do marketing, sendo muito mais que a venda por

telefone, para esta função específica se denomina televendas. Na verdade, hoje, o

telemarketing é um canal de comunicação entre o cliente e a empresa. Dantas (2000, p.

69) define telemarketing como “a utilização planejada de recursos de telecomunicações

e informática como a forma de se obter lucro direto ou indireto, através da satisfação do

mercado consumidor de qualquer bem ou serviço”. O telemarketing se aplica em 3

canais: comunicação, venda e institucional.

Antigamente telemarketing era a promoção de vendas e serviços via telefone.

Atualmente, o termo foge deste foco, podendo abranger também a cobrança via

telefone, atendimento ao consumidor e o suporte técnico. Dantas (2000, p. 68) afirma

que o telemarketing pode cobrir toda a região do pais de forma produtiva e reduzindo os

custos, sendo uma ferramenta de marketing utilizada em empresas de todos os setores

da economia, exigindo um planejamento bem elaborado.

O objetivo do telemarketing é expandir o mercado, de modo econômico.

Segundo McHatton (1990, p. 02) “usado corretamente e por profissionais, o telefone é o

meio de custo mais eficiente, mais flexível e estatisticamente comprovado que existe”.

Mas o telefone é intimo e pessoal, pois possibilita uma conversa pessoal e flexível. O

autor complementa que “com a proliferação da tecnologia do telefone, surgiu uma

necessidade de profissionais altamente treinados e qualificados. Os homens de

negócio, em todas as atividades, perceberam a importância do telemarketing”.

Segundo Kotler e Keller (2007, p. 613) telemarketing é o uso de operadores de

telefone “para atrair novos clientes, entrar em contato com clientes atuais, aferir o nível

de satisfação ou receber pedido. O telemarketing ajuda as empresas a ampliar a

receita, reduzir custo de vendas e aumentar a satisfação do cliente”. Hoje algumas

empresas usam o call center (central de atendimento), que podem ser receptivo, usado

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29

para receber ligações dos clientes, ou ativo, quando se contata clientes atuais ou

potenciais. Complementa o autor que as empresas usam quatro tipos de telemarketing:

- Televendas: para receber pedidos de produtos anunciados e contatar clientes.

- Telecobertura: para manter o relacionamento com clientes importantes, e dar

atenção as contas negligenciadas.

- Teleprospecção: para gerar novos clientes.

- Serviço ao clientes e suporte técnico: para perguntas e questões técnicas.

Segundo McHatton (1990, p. 04) o telefone comanda a atenção, quando ele toca,

dificilmente é ignorado, todos nós já fomos interrompidos por um telefonema. O autor

exemplifica “suponha simplesmente que o vendedor com o qual seu cliente estivesse

falando fosse seu concorrente. Você teria viajado, talvez uma grande distância, com

tempo ruim, para encontrar-se com seu cliente e ver seu concorrente efetuar a venda”.

O telemarketing é uma ferramenta importantíssima de marketing direto, Dantas

(2000, p. 30) define marketing direto como uma ferramenta de comunicação com o

mercado para venda direta ou estímulo às vendas, e primordial para a comunicação de

uma organização. Kotler e Keller (2007, p. 701) afirmam que para um telemarketing

eficaz é preciso boa escolha dos operadores, bom treinamento e incentivos de

desempenho.

Para McHatton (1990, p. 05) “o marketing por telefone é um componente vital do

mix da propaganda multimídia. Quando usado em combinação com outros meios de

propaganda, o telefone aumenta a eficiência”. Mesmo podendo aprimorar ou dar apoio,

o autor complementa que “nenhuma outra ferramenta de marketing sozinha oferece o

impacto imediato ou custo preciso de um bem executado programa de marketing por

telefone”. Com o telemarketing, tanto ações de marketing como vendas podem ser

facilmente controladas e planejadas, onde se pode analisar os custos. Hoje em dia, o

telemarketing evolui, sendo denominado muitas vezes call center, que na verdade é um

poderoso canal de comunicação entre empresa e clientes.

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30

2.5 ADMINISTRAÇÃO DE VENDAS

Segundo Las Casas (2005, p. 21) a Associação Americana de Marketing define

administração de vendas como planejamento, controle e direção à venda pessoal,

“incluindo recrutamento, seleção, treinamento, providencias de recursos, delegação,

determinação de rotas, supervisão, pagamento e motivação, à medida que estas

tarefas se aplicam a força de vendas”, onde hoje, além da força de vendas, o

administrador de vendas tem que cuidar de “inovação, pesquisa, planejamento,

orçamento, preço, canais, promoção, produção e até localização de fábricas”.

Vendas tem um papel importante dentro do composto de marketing (4Ps –

produto, praça, promoção, ponto-de-venda), ficando dentro do “P” de promoção, e

responsável por comunicar os clientes do segmento em que atua, todas as

características, vantagens e benefícios que o produto ou serviço oferece, segundo

Megido (2002, p. 28) “é esse trabalho direto e indireto que garante a determinada

organização participação no mercado e, conseqüentemente, retorno financeiro”. Para

Las Casas (2005, p. 15) “venda não é uma atividade isolada; ela depende de uma

estratégia de marketing bem elaborada, que inclui produtos, preços, sistemas de

distribuição e outras atividades promocionais”, para se estudar vendas é preciso ter

conhecimento das demais atividades mercadológicas e seus relacionamentos”.

Para Kotler e Keller (2007, p. 618) a forma mais antiga de marketing direto é a

visita de vendas. As empresas hoje em dia buscam uma força de venda profissional,

que identifique e traga novos clientes, tendo grande importância no mix de marketing,

porém, as empresas estão cientes dos altos custos, com salários, comissões,

bonificações, despesas de viagens e benefícios. Os vendedores são os elos pessoais

entre cliente e empresa, ou seja, representam pessoalmente a empresa, e os

responsáveis de também trazerem informações, muito mais detalhadas, sobre os

clientes. Por isso, a importância de alguns cuidados quando formar uma equipe de

vendas, principalmente com os objetivos, estratégias, estrutura, tamanho e

remuneração.

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31

Megido (2002, p. 28) define vendas como “a ação que consiste em uma troca

entre, no mínimo, duas partes, envolvendo, de um lado, bens e serviços e, de outro

determinado valor monetário”, vendas é o único departamento da empresa que gera

receita direta, os outros setores auxiliam indiretamente nas vendas, por isso, a

importância de se ter vendedores motivados e treinados, dispostos a atender as

necessidades dos clientes, satisfazendo-os, pois de nada adiantará ter a melhor

propaganda, a marca mais forte, o produto ideal, ou o menor preço, se a empresa tiver

péssimos vendedores.

Segundo Las Casas (2005, p. 19) vendas é “um importante instrumento de

comunicação com o mercado, com o qual a empresa conta para a geração de

recursos”. A venda pode ser pessoal, onde envolve uma estrutura de venda, que pode

ser estruturadas de duas maneiras: direta, onde o vendedor mantém vinculo

empregatício com a empresa; e indireta, onde não se mantém vinculo empregatício (ex.

representante comercial). Já a venda impessoal é a que não existe presença de

vendedor (ex. auto-serviço).

A segmentação é fundamental para se fazer uma venda eficaz, Megido (2002, p.

29) afirma que a segmentação de mercado “define o público alvo, suas condições

econômicas, culturais, psicológicas, localização”, sendo assim, “vendas tem condições

de estabelecer parâmetros para a realização de suas atividades”. O autor complementa

que, com segmentação se consegue: dimensionamento da equipe de vendas;

qualificação da equipe; estruturação por cliente/por produto/por região geográfica;

roteirização das visitas aos clientes; carga de visitação; previsão de vendas; metas para

cada vendedor; controles da atuação da força de vendas; potencial e demanda do

segmento.

O pricing é o fator determinante em um mercado cada vez mais competitivo,

onde preços justos e qualidade andam cada vez mais integrados, buscando sempre a

redução de custos. Pricing, segundo Megido (2002, p. 29), nada mais é que “a

determinação do preço para os produtos de uma empresa”. O contato diário com os

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32

clientes, dão ao departamento de vendas o valor mais exato que o mercado está

pagando pelo seu produto, aumentando assim a importância de vendas no pricing, pois

Megido (2002, p. 30) sita que “com esse conhecimento, a área de vendas contribui

significativamente no estabelecimento de políticas de preço, condição de pagamento,

descontos etc. Vendas e marketing são os responsáveis para mostrar o diferencial de

seus produtos ou serviços, e garantir margem a empresa, pois hoje em dia além de

preço, os clientes estão atrás de benefícios e vantagens, pois Megido complementa que

“quanto mais emocional e menos racional for o motivo da compra, menor a

sensibilidade ao preço. Cabe à força de vendas estar atenta ao que o cliente diz”.

Megido (2002, p. 30) diz que “o papel desempenhado por vendas é fazer com

que tudo o que foi divulgado pelos meios de comunicação seja colocado em prática. Em

outras palavras, o vendedor deve satisfazer às necessidades de seus clientes, que

foram impactados pela propaganda”, sendo assim, fica claro a forte ligação entre

propaganda e vendas, e a importância de estarem integrados.

Kotler e Keller (2007, p. 619) falam do tempo em que vendas apenas ‘vendia’ já

se foi, hoje em dia, o vendedor deve além de vender, diagnosticar e resolver o

problema do cliente, mostrando ao mesmo como ele pode ter mais lucro. A empresa

tem que definir os objetivos que a força de venda tem que atingir, especificando as

principais tarefas dos vendedores, conforme descritas abaixo:

- Prospecção: busca de clientes em potencial.

- Definição de alvo: dividir o tempo entre clientes potenciais e novos.

- Comunicação: passar informações produtos ou serviços.

- Venda: aproximação, apresentação, resposta a questionamentos e fechamento

da venda.

- Atendimento: oferecer vários serviços ao cliente, agregando valor.

- Coleta de informação: pesquisa de mercado e trabalho de inteligência.

- Alocação: definir os principais clientes, para que não falte produto para os

mesmos, em momento de escassez.

Page 33: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

33

Megido (2002, p. 31) cita que o plano de vendas, que é o roteiro necessário para

uma organização estruturar suas atividades de venda, deve obrigatoriamente

contemplar as seguintes respostas: o que vender; a quem vender; como vender; quanto

vender; quando vender; por quanto vender; quem venderá; qual a rentabilidade dessa

venda; quanto custará o esforço de vendas.

Complementa o autor que o gerenciamento do plano e seu sucesso ou fracasso

dependem de variáveis como:

- formulação do Plano Estratégico de Vendas e seu entendimento por parte dos

envolvidos em sua realização;

- motivação das pessoas para que elas mantenham o ritmo de atingimento das

metas estipuladas;

- controles bem definidos e claros, para que todo o time entenda como ele será

avaliado;

- segmentação de Mercado adequada, que permita à força de vendas colocar os

produtos neste com o menor desgaste.

Megido (2002, p. 32) afirma que para realizar um plano de vendas, as

informações que servem de base são: dos clientes, da empresa, dos fornecedores e

dos concorrentes. Todas devem ser pesquisadas e analisadas, para se poder fazer um

plano de vendas eficiente e eficaz.

Kotler e Keller (2007, p. 619) afirmam que “as empresas devem distribuir a força

de vendas estrategicamente, de modo que ela possa visitar os clientes certos, no

momento certo e da maneira certa”, quem trabalha com vendas hoje, pode ser definido

como ‘gerente de conta’, tendo que obter contatos produtivos, mantendo o foco no

mercado, analisando dados de vendas, medindo o potencial de mercado, reunindo

inteligência de mercado e desenvolvendo estratégicas e planos de marketing.

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2.6 PONTO DE VENDA

Uma ferramenta fundamental do marketing para incrementar as vendas de um

produto é a promoção no ponto de vendas, ou merchandising. O merchandising faz

com que os clientes, através de uma comunicação visual e física no local da venda,

comprem impulsivamente, devido à propaganda, promoção ou exposição que o produto

recebe. Para Blessa (2003, p. 22) ponto-de-venda (PDV) é a exposição de produtos no

estabelecimento comercial, voltado para a venda aos consumidores. Alguns exemplos

de PDV são: supermercados, farmácias, shoppings, padarias, entre outros.

Shimp (2005, p. 196) fala que para os profissionais de marketing, o ponto-de-

venda da a última oportunidade de afetar o comportamento do consumidor, e convence-

lo, “o ponto-de-venda é o momento ideal para comunicar-se com os consumidores

porque é nesse momento que muitas decisões sobre a escolha de produtos e de

marcas são tomadas”, pois consumidor, dinheiro e produto, os três elementos de

vendas, se reúnem no ponto-de-venda, e é neste momento que se pode causar um

impacto nos consumidores, onde os mesmos estão mais acessíveis a novos produtos e

marcas. Os profissionais de marketing estão percebendo que para se fazer promoções

eficazes, não podem deixar de se explorar o ponto-de-venda, até porque essa é a sua

última grande chance de fazer a diferença. Utiliza-se no ponto-de-venda, para

influenciar os clientes nas decisões de compra, displays, letreiros, banners, móbiles,

stoppers, entre outros meios de comunicação.

Segundo Blessa (2003, p. 18) merchandising é “qualquer técnica, ação ou

material promocional usado no ponto-de-venda que proporcione informação e melhor

visibilidade aos produtos, marcas ou serviços, com o propósito de motivar e influenciar

as decisões de compra dos consumidores”. Merchandising é a integração entre

marketing e comunicação com o intuito de identificar, controlar, ambientar e promover

produtos no ponto-de-venda, buscando sua maior rotatividade.

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Pode-se resumir merchandising como o produto adequado, no lugar certo, com a

apresentação adequada, combinados com o momento e o preço certo. O

merchandising têm como objetivo dar vida ao produto, criar ambiente e tornar o ponto

de venda atraente, colocando o produto nas mãos do consumidor e atrair a atenção

para produtos específicos. Um fator determinante no ponto-de-venda é o layout da loja.

Segundo Levy (2000, p. 474) um bom layout de loja precisa “equilibrar muitos objetivos

– que quase sempre entram em conflito. Primeiro o layout deve instigar os clientes a se

moverem por ela para que comprem mais mercadorias do que tinham planejado

originalmente”. A atmosfera da loja, é fundamental para um bom layout de loja, Levy

(2000, p. 489) fala que a atmosfera refere-se ao design da loja, onde a comunicação

visual, iluminação, cores, música e aromas são fatores que estimulam as percepções

emocionais dos clientes, e afetam o comportamento de compra. Blessa (2003, p. 154)

fala que montar um layout de loja ocupando os espaço é simples, mas montar um que

agrade os usuários é muito mais complicado, e é isso que vai definir o sucesso ou

fracasso, pois não basta ser bonito, o layout tem que ser funcional. Classe social,

instrução, sexo são alguns dos fatores que devem ser levados em consideração na

hora de planejar o layout de uma loja, sendo o mesmo prático e com condições de ser

modificado periodicamente, para que o consumidor tenha uma sensação de constante

melhoria.

A relação do consumidor com o ponto de venda é ajudada pelo processo

psicológico de compra, através da exposição, informação e embalagem dos produtos,

despertando o interesse do consumidor, através da trajetória pela loja, ou seja, pela

exploração do layout de loja. Cabrino (2002) cita alguns dados importantes no processo

de compra, como a “velocidade dos olhos percorrendo as gôndolas é de

aproximadamente 100 Km/h; o tempo de atração que gera o impulso da compra é de

aproximadamente 12 milésimos de segundo; a tomada de decisão é de

aproximadamente 4 segundos”. As técnicas de merchandising, juntamente com as

técnicas de vendas, qualidade no atendimento e ações de marketing planejadas, com

certeza podem impulsionar as vendas, e determinar se uma empresa cresce ou

desaparece do mercado. Segundo Blessa (2003, p. 77) 85% dos brasileiros que vão

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36

aos supermercados decidem suas compras no PDV, enquanto que a média mundial é

de 60% a 74%.

Shimp (2005, p. 198) afirma que as empresas estão investindo cada vez mais no

ponto-de-venda. Os investimentos estão sendo focados em materiais para PDV, que

tem utilidade para os participantes do processo de marketing: fabricantes, varejistas e

consumidores. Onde as funções desses materiais são divididas em: informar, lembrar,

incentivar e promover. Shimp (2005, p. 203) cita “que os estudos de comportamento de

compra do consumidor mostram que uma grande proporção das compras em

supermercados, drogarias e outras lojas de varejo não são planejadas”, isso significa

que a maioria das decisões de escolha são feitas no próprio ponto-de-venda. Por isso a

importância dos materiais no PDV, provavelmente o fator determinante, capaz de

influenciar as compras não planejadas.

Keller (2006, p. 171) fala que a propaganda em PDV abrange anúncio nos

carrinhos, corredores, prateleiras, demonstração na loja, amostras, sistema de som,

pois é ai que a maioria dos consumidores tomam as decisões de compras. Ao iniciar um

projeto no ponto-de-venda, as empresas devem estar estruturadas para iniciar as

operações, para conseguir monitorar as informações e as ocorrências de campo,

fornecer material de apoio, acompanhar e analisar os relatórios, selecionar bons

promotores, pois a estes cabe a função de verificar estoques, a falta de produtos no

PDV, manter os espaços nas gôndolas, pilhas e ilhas, fazer pesquisas de preços e

estar atento as ações dos concorrentes. Tudo isso gerará informações, onde o

departamento de marketing poderá analisar, avaliar, adaptar e monitorar todas as

ações de PDV.

O ponto-de-venda é a última, e também a melhor, chance de fazer com que o

cliente compre mais, por isso deve ser planejado com coerência e inteligência. Parente

(2000, p. 293) fala que para o varejo todas as ações de marketing convergem para a

loja, “é na loja que ocorre a interface entre varejista e consumidor, e onde todas as

atividades do varejo se reúnem”.

Page 37: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

37

2.7 MARKETING DE VAREJO

Marketing de varejo segundo Blessa (2003, p. 17) é “a atividade comercial

responsável por providenciar mercadorias e serviços desejados pelos consumidores”, é

no varejo que ocorre a venda para o consumidor final. O varejo também é conhecido

como Trade-Marketing, que é o responsável pelo relacionamento entre fornecedor e

ponto-de-venda, criando uma ligação entre marketing e vendas nas empresas. Varejo é

a venda de produtos em pequenas quantidades para o consumidor final, ou seja,

aquele que irá consumir o produto, diferente do atacado, que vende em grandes

quantidades. Kotler e Keller (2007, p. 500) falam que o varejo “inclui todas as atividades

relativas à venda de produtos ou serviços diretamente ao consumidor final, para uso

pessoal e não comercial”, toda a organização – fabricante, atacadista ou varejista -

onde seu faturamento dependa da venda em pequenas quantidades, para os

consumidores finais, é um comércio varejista, e não importa como os produtos ou

serviços são vendidos, e nem onde eles são vendidos.

Para Levy (2000, p. 23) varejo é “um dos maiores setores da economia mundial”,

onde os varejistas estão ligados as mudanças na demografia e necessidade dos

consumidores, pois os mesmos não possuem, hoje, mais tempo para as compras.

Consumidores informados, exigentes, procurando melhores serviços e atendimento,

são a realidade do varejo atual. As lojas deixaram de ser apenas um lugar de compras,

para se tornar um local de entretenimento para os clientes, devido aos grandes

investimentos no ponto-de-venda. A função do varejo segundo Levy (2000, p. 26) é

aumentar o valor do produto e do serviço vendido, da seguinte forma: fornecer uma

variedade de produtos e serviços; dividir lotes grandes em pequenas quantidades;

manter estoque; fornecer serviço.

Dias (2006, p. 160) fala que uma das características de um varejista de sucesso

“é a capacidade de entender adequadamente como o mercado funciona e saber como

atuar nesse mercado”, pois desta forma ele pode entender, explicar, prever e influenciar

o comportamento de compra dos consumidores. Um dos aspectos fundamentais para

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38

um bom entendimento, está ligado diretamente à velocidade dos negócios no varejo,

totalmente diferentes da indústria, onde ações e reações são rotineiras, e visam a

conquista dos consumidores. Todas as ações do varejo estão ligadas a um objetivo, o

volume de vendas, que são acompanhados de perto pelo alto escalão das empresas,

pois devido a menor margem no varejo, quanto mais se vende, mais se ganha. A fatia

de mercado é um fator determinante e está ligado diretamente ao volume de vendas de

uma loja, Dias (2006, p. 162) afirma que “ela depende do grau de esforço do marketing

em relação ao esforço do marketing dos concorrentes”. Literalmente o marketing tem

que ‘brigar’, para conquistar os consumidores, pois são eles que explicita ou

implicitamente, avaliam as ações de marketing das empresas, que pode agradar ou

não, e está distinção é o que influencia na compra. Para que a fatia de mercado de uma

empresa cresça, as ações de marketing terão que ser mais rápidas e eficientes que a

da concorrência, essas ações que compõem o esforço de marketing são conhecidas

como composto varejista, englobando os fatores controláveis do varejo para conquistar

os consumidores. Esse composto varejista é formado pelos 6Ps:

- Mix de Produto: variedade da linha, qualidade, serviços;

- Preços: preços, crédito, benefício/custo;

- Promoção: propaganda, ofertas, sinalização;

- APresentação: loja, departamento, planograma;

- Pessoal: atendimento, rapidez, serviços;

- Ponto: localização, acesso, visibilidade.

Kotler e Keller (2007, p. 501) falam que hoje existe uma ampla variedade de

organizações de varejo, onde o tipo de varejo mais conhecido é a loja de departamento.

Os autores complementam que os principais tipos varejistas são:

- Loja de especialidade: possui linha restrita de produtos.

- Loja de departamentos: possui variada linha de produtos.

- Supermercados: opera com auto-serviço, baixo custo e margem, alto volume,

atendendo principalmente as necessidades de alimentação, higiene doméstica.

Page 39: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

39

- Loja de conveniência: lojas geralmente pequenas, próximo a áreas

residenciais, horários prolongados na semana, linha limitada de produtos.

- Loja de descontos: possui mercadorias padrão ou especializadas vendidas a

preços mais baixos, com margem menor e volume maior.

- Varejista off-price (de liquidação): possui sobras de mercadorias, pontas de

estoque e produtos com defeito vendidos a preços inferiores aos de varejo.

- Superloja: área de vendas grande, oferecendo o que o consumidor costuma

comprar, além de serviços como lavanderia, consertos e pagamentos de contas.

- Showroom de vendas por catálogo: ampla seleção de mercadorias e preço

elevado, alta rotatividade de marcas vendidas com desconto.

Para Parente (2000, p. 293) “as decisões sobre a loja, sua atmosfera,

apresentação externa, apresentação interna, layout, exposição dos produtos, devem

visar não só construir a imagem e conquistar as preferências do público-alvo da loja”,

mas também devem aumentar a produtividade na área de venda. As decisões do

composto varejista devem estar integradas e em harmonia com as decisões sobre a

linha de produto, preço, promoção, pessoal e localização. Parente complementa que

“todas as decisões de marketing do varejista devem ser consistentes com seu

posicionamento e com o mercado-alvo escolhido”.

Segundo Kotler e Keller (2007, p. 501) a teoria da roda de varejo explica por que

surgem novos formatos de loja, “as lojas de varejo convencionais costumam ampliar

seus serviços e elevar os preços para cobrir os custos. Esses custos maiores dão

oportunidade para o aparecimento de novos formatos de lojas que ofereçam preços

baixos e menos serviços”, surgindo assim novos formatos de lojas para atender os

diferentes tipos de consumidores e níveis de serviços. São quatro os níveis de serviços:

- Auto-serviço: é a base de todas as operações de desconto. Pela economia,

muitos clientes procuram, compram e selecionam os produtos.

- Seleção: os próprios clientes encontram os produtos que querem comprar, mas

podem pedir ajuda.

Page 40: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

40

- Serviço limitado: são expostas mais mercadorias à venda, e os clientes

precisam de mais informações e ajuda. As lojas também oferecem serviços.

- Serviço completo: os vendedores estão prontos para ajudar em todas as fases

do processo (procura, comparação e seleção). Resulta em um alto custo.

Levy (2000, p. 29) afirma que o varejo “afeta todas as facetas da vida. Pense em

quantos contatos você faz com varejistas, quando você se alimenta, mobília seu

apartamento, conserta seu carro e compra roupas para uma festa ou entrevista”. Onde

as empresas de varejo, ao contrário do que pensam as pessoas, na grande maioria,

não são grandes.

A comunicação no varejo é fundamental, para ser obter informação do mercado

e dos clientes, conforme mostra figura 1.

Figura 1: Comunicação e varejo Fonte: Adaptação de Samara e Morshc (2005)

A maioria das pessoas vêem o varejo somente como a venda de produtos em

lojas, mas segundo Levy (2000, p. 27) o varejo envolve também a venda de serviço, na

verdade, varejo “é um conjunto de atividade de negócios que adiciona valor a produtos

e serviços vendidos a consumidores para seu uso pessoal e familiar”. Por isso é

importante entender o varejo e saber que tipos de ações de marketing são eficazes

para o mesmo, Kotler e Keller (2007, p. 505) falam que no varejo é necessário examinar

todas as decisões de marketing como mercado-alvo, sortimento e suprimento de

produtos, serviços e ambiente de loja.

Page 41: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

41

2.8 COMUNICAÇÃO

É preciso nos comunicarmos, para poder viver. Existem várias formas de nos

comunicar, através de sinais, símbolos, gestos, expressões, fala, escrita, enfim, são

inúmeras as formas de nos expressarmos e falarmos o que queremos, através da

comunicação. E, desde cedo nós aprendemos a nos comunicar, por exemplo, quando

uma bebe está chorando, só pelo tipo de choro os pais já sabem o que ele quer. Quem

não conhece aquele famoso sinal com o polegar levantado e a mão fechada, para se

pedir carona; ou quando estamos no trânsito e vimos àquela placa vermelha escrita

“PARE”.

Para Shimp (2005, p. 31) “comunicação é o processo pelo qual os pensamentos

são transmitidos e o significado é compartilhado entre pessoas ou entre organizações e

pessoas”. Toda troca de informação pode ser considerada um meio de comunicação,

onde neste processo existem várias maneiras para se explorar a comunicação,

podendo ser ela unilateral, quando anotamos nossos compromissos em nossas

agendas, estamos nos comunicando com nós mesmo; bilateral quando existe à troca

de informação entre duas partes, quando recebemos uma ligação; ou multilateral,

quando uma parte se comunica com várias partes, a propaganda é o melhor exemplo

para esse caso.

Falar de comunicação realmente é um assunto muito amplo e sua aplicação é

ainda maior, pois cabe a cada receptor interpretar o que está se comunicando. Por isso

podemos afirmar que, este é um dos motivos pelo qual nossa comunicação, apesar de

ser fundamental, muitas vezes é precária. Nas famílias, nas empresas, na sociedade

em geral, muitas vezes a comunicação não existe, ou se existe, é fraca. Existem duas

questões para se explorar, sobre esta questão: a primeira é quando a parte que está se

comunicando, não a faz de maneira correta ou de fácil entendimento; e a segunda,

onde se deve trabalhar mais a fundo, é quando a parte receptora não se faz entender

ou, literalmente, não quer entender.

Page 42: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

42

Segundo Kotler e Keller (2000, p. 570) “atualmente, há uma nova concepção da

comunicação como um diálogo interativo entre empresa e seus clientes que ocorre

durante os estágios de pré-venda, venda, consumo e pós-consumo”. Hoje em dia a

preocupação das empresas não deve ser apenas “Como chegaremos aos nossos

clientes?”, mas também, principalmente, “Como nossos consumidores chegarão até

nós?”. Para uma empresa se manter no mercado, fatalmente ela terá que se comunicar.

Para isso ela pode utilizar as mídias tradicionais como jornais, rádio, telefone, televisão,

ou as ‘novas’ mídias como internet, celular e pager.

O dilema de todas as empresas é saber qual a melhor forma de se comunicar,

diminuindo os custos e aumentando o número de clientes. As novas mídias são para

muitas empresas a saída deste dilema, pois investindo menos na comunicação de

massa, que sem dúvida é um investimento muito alto, e se preocupando mais com uma

comunicação e um diálogo pessoal, direcionado e personalizado. No entanto, a

comunicação da empresa vai além desses meios tradicionais de comunicação. Preço,

cor e a forma da embalagem, a roupa e o comportamento do vendedor, o layout do

local, a identidade visual da empresa – tudo comunica algo aos compradores. Todo

contato com a marca transmite uma impressão que pode fortalecer ou enfraquecer a

visão do cliente sobre a empresa. O mix de marketing completo deve estar integrado a

fim de transmitir uma mensagem coerente e um posicionamento estratégico.

Para despertar o interesse dos consumidores há a necessidade de algum

estímulo, para isso precisamos de algum meio de comunicação, mas está cada dia

mais difícil. Para Keller (2006, p. 157) vários modelos foram propostos para explicar a

comunicação e o processo de persuasão, ao longo dos anos, mas, segundo William

Mcguire, um psicólogo social de Yale, afirma que “para uma pessoa ser persuadida por

qualquer forma de comunicação (um comercial de TV, um editorial de jornal, uma

conferência em sala de aula, etc)”, é preciso ocorrer seis etapas para que o consumidor

seja persuadido e a comunicação seja bem-sucedida, caso contrário, havendo alguma

interrupção neste processo de comunicação, a mesma fracassará. Segue abaixo as

seis etapas:

Page 43: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

43

- Exposição: a pessoa deve ver ou ouvir a comunicação.

- Atenção: a pessoa deve notar a comunicação.

- Compreensão: a pessoa deve entender a mensagem ou argumentos da

comunicação.

- Convencimento: a pessoa deve responder favoravelmente à mensagem

pretendidos da comunicação.

- Intenção: a pessoa deve planejar agir de maneira que a comunicação deseja.

- Comportamento: a pessoa deve agir de maneira que a comunicação deseja.

Para Caropreso (1997, p. 13) “muito antes da comunicação, vem o pensamento”,

ou seja, a comunicação, na maioria das vezes, é a forma como as pessoas pensam, e

para as empresas, a comunicação mostra para os clientes o que elas são.

Caropreso (1997, p. 16) fala que a “comunicação moderna está cada vez mais

dirigida, cada vez mais focada no indivíduo, cada vez mais falando diretamente com

você. É a segmentação”. Mesmo assim a massificação ainda é importante, e saber a

melhor forma de se trabalhar com a segmentação e a massificação, é o que fará a

diferença em uma comunicação bem planejada.

Assim como na vida pessoal, na vida profissional a comunicação é fundamental.

Segundo Furbino (2007) “é através da comunicação que alcançamos sinergia dentro de

uma organização, uma vez que a comunicação nos permite unir forças, promover a

integração e o inter-relacionamento entre pessoas e departamentos”. A comunicação

permite que todos, além de se conhecer, atuem de maneira a cooperar e integrar,

fortalecendo os objetivos organizacionais, procurando alcançar sempre a obtenção da

maximização dos resultados, por meio de um trabalho em equipe. O autor complementa

que “diante desse cenário, as empresas inteligentes já começam a entender, o

grandioso papel da comunicação dentro de uma organização e já iniciam

transformações como a reformulação de seus conceitos, filosofias e práticas”.

Page 44: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

44

2.9 COMUNICAÇÃO INTERNA

A comunicação interna é uma ferramenta fundamental para a comunicação

dentro das organizações. A comunicação interna informa, interage, evita re-trabalho.

Esta comunicação tem que ser unilateral, envolvendo organização, colaboradores e

setores. Para Kotler e Keller (2007, p. 701) “o marketing interno requer que todas as

pessoas da organização aceitem os conceitos e objetivos do marketing e se envolvam

na escolha, na prestação e na comunicação do valor para o cliente”.

Hoje em dia, segundo o artigo de Leite (2006), apesar de termos muitas formas

de obter informações, nem sempre estamos nos comunicando. Existe uma grande

diferença entre comunicação e informação, em uma empresa não é diferente. Segundo

o autor que “muitas informações são produzidas e causam impacto na vida dos

funcionários, mas nem sempre geram mudanças de atitudes, ou ainda, causam

confusão porque não foram divulgadas da forma adequada”. O grande problema das

empresas é que as informações sequer chegam aos verdadeiros destinatários, por

vários fatores, daí surge o valor da Comunicação Interna em uma organização. O autor

complementa que “a Comunicação Interna são as interações, os processos de trocas,

os relacionamentos dentro de uma empresa ou instituição”, a Comunicação Interna é a

responsável por fazer chegar as informações, em todos os níveis da empresa.

O autor também cita que a doutora em Ciências da Comunicação, Marlene

Marchiori, fala que:

A busca da valorização da comunicação interna deve ser entendida como estratégia básica dos empresários que desejam a efetividade de sua organização. Chega a ser irônico pensar que neste novo mundo, altamente tecnológico, com tantas transformações, o sucesso de um empreendimento continua a estar centrado nas pessoas. É por meio da comunicação que uma organização recebe, oferece, canaliza informação e constrói conhecimento, tomando decisões mais acertadas.

Comunicação interna é o meio pelo qual a empresa informa seus funcionários do

que está sendo feito na mesma, interagindo com eles.

Page 45: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

45

2.10 COMUNICAÇÃO DE MARKETING

Segundo Shimp (2005, p. 31) “a comunicação de marketing representa o

conjunto de todos os elementos no mix de marketing de uma marca que facilitam trocas

ao estabelecer significado compartilhado com os clientes daquela marca”. Hoje em dia,

todas as organizações usam vários meios de comunicação de marketing para dissipar

suas ofertas e atingir os seus objetivos, principalmente os financeiros. As principais

formas de comunicação de marketing abrangem propaganda, vendedores, sinalização

de loja, ações em ponto de venda, pacotes de produto, mala-direta, amostra grátis,

cupons, informes publicitários, entre vários outros instrumentos de comunicação, se

inclui aqui duas áreas importantíssimas do marketing: endomarketing e telemarketing.

Keller (2005, p. 158) afirma que “fica claro que programas de comunicação de

marketing devem ser executados cuidadosamente, para que se tenha o efeito desejado

sobre os consumidores”, sendo os meios de comunicação de marketing mais

importantes os seguintes: propaganda, promoção, eventos e patrocínios, relações

públicas e assessoria de imprensa, ponto-de-venda e venda pessoal.

Para Kotler e Keller (2007, p. 555) “a relação custo-benefício das ferramentas de

comunicação varia em diferentes estágios da disposição do consumidor para compra”,

conforme mostra a figura 2.

Figura 2: Relação custo benefício e disposição comprador Fonte: Kotler e Keller (2007)

Page 46: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

46

A diferença entre comunicação de marketing e comunicação social, segundo

Pancrazio (2000, p. 17) é que “a comunicação de marketing, de mercado ou

mercadológica é toda mensagem enviada a qualquer público com o objetivo comercial

de criar preferência pela marca de um produto ou serviço”, ou seja, visa a venda. O

autor complementa que “a comunicação social visa transmitir informações úteis ao

público por meio de revistas, jornais, história em quadrinhos, filmes, peças teatral,

programas de televisão, etc., sem qualquer expectativa de retorno comercial”, apesar

de serem veículos comerciais, a empresa busca vender sua imagem. Os

comunicadores de marketing, em suas várias especialidades, sejam eles publicitários,

vendedores, profissionais de relações públicas, entre outros, desenvolvem e transmitem

mensagens referentes a diferentes tipos de objetos: produtos, serviços, lojas, eventos e

até pessoas. Embora esses termos englobem diferentes tipos de objetos para o

marketing, um termo será suficiente para resumir os significados que descrevem todas

as formas e objetos do marketing, esse termo é a “marca”. Uma marca bem conhecida,

forte e respeitada é um bem inestimável.

Para Costa e Talarico (1996, p. 51) o processo de comunicação mercadológica é

uma cadeia que envolve os diversos públicos da empresa (clientes, funcionários,

fornecedores, etc.), onde que para cada público a empresa desenvolve canais de

comunicação completamente distintos. A comunicação não age isolada, ela tem o apoio

de todo o mix de marketing, onde as ações devem ser coordenadas e integradas,

auxiliando no resultado da comunicação. Para Costa e Talarico (1996, p. 52) o

processo de comunicação mercadológica é constituído dos seguintes elementos:

- O emissor: empresa que quer se comunicar algo para determinado público.

- A mensagem: traduz a idéia em seu conteúdo, podendo ser passada de várias

formas.

- Os símbolos ou sinais: fazem parte da linguagem contida na mensagem, e

deverão ser interpretados pelo público.

- Os canais de comunicação: podem ser tanto os convencionais (TV, rádio,

jornal, outdoor, etc.) como os alternativos (camisetas, faixas, balões, etc.).

Page 47: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

47

- As formas e mos modos: se utiliza imagem, som, textos; com apelo emocional;

fatores como cultura, hábitos e comportamento.

- O receptor: ou público alvo, escolhidos conforme os objetivos traçados no plano

de marketing/comunicação.

Hoje em dia, saber o poder de influência de todas as ferramentas e como

comunicar é uma necessidade para os profissionais de marketing, onde até as cores

comunicam algo. Segundo Angelo e Silveira (2001, p. 120) “a cor é um aspecto

expressivo em marketing e seu significado varia conforme as diferenças internacionais”,

onde para a comunicação visual a cor exerce uma ação tripla: impressiona, expressa e

constrói, abaixo segue características específicas das cores mais comuns:

- Amarelo esverdeado: muito usado para produtos ácidos. Cor de sucesso em

moda jovem, lojas de artigos esportivos, surfshops e surfwear.

- Amarelo: tendência a provocar um estado de ânimo impreciso. Dispersa a

atenção e não é indutor de uma ação de resolução.

- Azul: pela ciência que estuda as cores, seria calmante, teria efeito regenerador

celular e, para os crédulos, ‘limpar a aura’.

- Branco: para nós brasileiros, representa a pureza e a paz, enquanto é a cor de

luto em muitos países orientais.

- Cinza: mobiliza o ânimo para atitudes neutras e diplomáticas. É a cor preferida

dos que querem passar sem chamar muita atenção.

- Laranja: presente em embalagens de produtos doces

- Marrom e ocre: muito usados para pós (produtos solúveis).

- Prata: tornou-se, em 2000, a cor de moda para muitos produtos.

- Preto: embora pelas leis da física represente a ausência de cor,

psicologicamente gera sensação de algo absoluto e definitivo.

- Rosa mais forte: alimentos e guloseimas muito doces.

- Rosa suave: sugere que o produto que o apresenta é sobremaneira cremoso.

- Tons escuros: podem sugerir tanto algo sólido quanto compacto.

- Verde e azul claros: utilizados extensivamente em líquidos.

Page 48: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

48

- Verde: sua principal característica seria a de provocar sensação de imobilidade

contemplativa e de repouso. Inspira simpatia e cordialidade.

- Vermelho: usado para alimentos apimentados. Universalmente, é uma das cores

consideradas quentes: é ligada à paixão, à coragem, à guerra e ao fogo.

- Violeta: predispõe o ânimo para a tristeza e a reflexão. Induz a situações de

mistério e misticismo.

Segundo Pancrazio (2000, p. 19) o composto de comunicação de marketing é

formado por: propaganda, publicidade, relações públicas, marketing direto,

comunicação visual, promoção de vendas e merchandising.

Pancrazio (2000, p. 160) fala que nos primórdios da comunicação de marketing,

a propaganda era a única forma de comunicação com o mercado, já no mercado atual,

que é “muito mais complexo e mutável, não se pode mais pensar que uma única

ferramenta resolva, por si só, todo e qualquer problema de comunicação da empresa”.

Além de ser hoje, impensável uma empresa atuar com uma única ferramenta, a

interação das mesmas torna as ações de comunicação de marketing muito mais

eficazes e duradouras. Caropreso (1997, p. 13) cita que ferramentas como “marketing

direto, telemarketing, endomarketing, promoção, relações públicas, eventos, B2B, e

muitas outras disciplinas de comunicação vem surgindo na velocidade destes novos

tempos de consumo”, onde estas ferramentas são fundamentais, mais do que a

propaganda isolada, tendo que integrar todas essas ferramentas para se ter mais

eficácia nas ações de marketing. Caropreso complementa que a comunicação trabalha

a marca, não o produto, pois:

- Produto é desenvolvido por técnicos. Marca é formada na concepção das

pessoas.

- Produto é feito numa fábrica. Marca é preferida pelas pessoas.

- Produto é vendido em prateleiras. Marca é comprada antes.

- Produto pode ficar obsoleto. Marca é eterna.

- Produto pode ser copiado. Marca é única.

Page 49: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

49

Para Kotler e Keller (2007, p. 532) “a comunicação de marketing é o meio pelo

qual as empresas buscam informar, persuadir e lembrar os consumidores – direta ou

indiretamente – sobre os produtos e marcas que comercializam”, representando a ‘voz’

da marca, estabelecendo contato e construindo relacionamento com o consumidor,

colaborando de varias formas com os mesmos, pois eles podem conhecer o produto,

ver como é usado, por quem é usado, etc. A comunicação de marketing permite às

empresas ligar suas marcas a pessoas, lugares, eventos, experiências, sensações, etc,

mexendo com o psicológico dos consumidores, “posicionando a marca na memória e

criando uma imagem de marca, a comunicação de marketing pode contribuir para a

formação do brand equity”.

Segundo Kotler e Keller (2007, p. 534) a comunicação de marketing contribui

para o brand equity de várias maneiras, como “criando conscientização da marca;

vinculando as associações corretas à imagem da marca na memória dos consumidores;

despertando opiniões ou sentimentos positivos sobre a marca”, ou, simplesmente

facilitando a conexão entre consumidor e marca, conforme mostra a figura 3.

Figura 3: Relação comunicação de marketing e brand equity Fonte: Kotler e Keller (2007)

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2.11 COMUNICAÇÃO CORPORATIVA

Comunicação corporativa é a comunicação macro da empresa, segundo Dias

(2006, p. 240) a comunicação corporativa é a forma que a empresa usa para se

“comunicar com seu público e que consiste em diversos elementos, como marcas,

produtos e serviços, divulgações pela mídia, anúncios de propaganda, patrocínios,

eventos, relatórios, balanços financeiros, página na Internet, entre outros”, sendo os

clientes, distribuidores, empregados, fornecedores, concorrentes, investidores,

acionistas, governo, comunidades e imprensa os principais públicos que acompanham

com interesse as empresas. A imprensa dedica boa parte de seu espaço para divulgar

notícias sobre as empresas, com o intuito de aumentar a audiência, divulgando também

informações que geram controvérsias, podendo, às vezes, colocar em risco a imagem

das empresas, complementa o autor que “acusações legítimas ou falsas precisam ser

respondidas à altura e cabe a comunicação corporativa atuar nesses casos, já que ela

é a voz pela qual a empresa se comunica com seus públicos”.

Agregar valor à marca, aos produtos e serviços, constitui o grande desafio da

comunicação empresarial. Furbino (2007) fala que “portanto, pensar em

responsabilidade social, meio ambiente e cidadania corporativa, é imprescindível nos

dias atuais e o importante não é só a contemplação destas idéias, mas a

implementação das mesmas”, pois, além da empresa trabalhar para se ter um ambiente

transparente, respeitoso e acolhedor, é importante que também se tenha uma

comunicação rápida, clara e eficiente, zelando sempre pela sua imagem.

A comunicação corporativa tem a função de acompanhar as tendências sociais,

políticas, econômicas e culturais, para que a empresa possa criar uma imagem, de

preferência positiva, para seu público. Dias (2006, p. 241) afirma que cabe a

comunicação corporativa “aproveitar as oportunidades ou criar situações adequadas

para que as empresas possam se comunicar de maneira mais eficaz, entender e

capitalizar o interesse das audiências e escolher a melhor combinação possível de

canais de comunicação”.

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O autor complementa que para o ambiente interno, a comunicação corporativa

tem como finalidade “gerar a atmosfera de confiança, capaz de motivar as pessoas na

realização de suas funções”. Ela é usada de forma mais global e institucional pela

empresa, como um instrumento importante capaz de se “defender de ataques de

grupos contrários ou para evitar ou minimizar as conseqüências futuras de problemas

reais detectados em suas atividades operacionais”.

Para Furbino (2007) “criar e implementar uma política de comunicação não

constitui uma simples tarefa, pois, é preciso que haja mudanças no que tange a cultura

organizacional e isto não é fácil”, pois não podemos esquecer que as empresas são

feitas de seres humanos, onde estes vivem de relacionamentos e variação de

comportamento. O autor complementa que “o mundo mudou e nas organizações

também é preciso que haja mudanças”.

Segundo Furbino (2007) “assegurar que a liderança da empresa acredite que os

pilares do sucesso organizacional, passam por transparência e comunicação constitui

um avanço”.

Dias (2006, p. 241) cita que, segundo Jack Welch, considerado como um dos

maiores comunicadores corporativo, da atualidade e que presidiu GE, existe uma forte

ligação entre a comunicação corporativa e o planejamento estratégico, tanto que a

comunicação é um fator essencial para transformar uma empresa e sustentar sua

vitalidade. As empresas precisam contar com “processos contínuos de discussão das

melhores práticas empresariais, analisando o impacto de suas decisões junto aos

diferentes públicos, avaliando os sucessos e as falhas e discutindo novas idéias dentro

e fora da empresa”.

A comunicação corporativa vai muito além da comunicação interna ou da

comunicação de marketing, ela cuida da imagem e dos princípios da empresa, e conta

com esses dois canais de comunicação para divulgar os mesmos.

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52

2.12 COMUNICAÇÃO INTEGRADA DE MARKETING

Para Shimp (2005, p. 39) tem uma tendência bem distinta nos últimos anos em

direção a uma prática que é chamada de comunicação integrada de marketing, ou

simplesmente CIM. Essa nova tendência é uma das mais importantes desenvolvidas

pelo marketing, nos anos 90. Antigamente as empresas quase sempre lidavam com os

meios de comunicação de forma separada, “enquanto que a filosofia atual de marketing

sustenta que a integração é absolutamente imperativa para o sucesso”. O profissional

de marketing que conseguir coordenar o mix de comunicação de forma homogênea e

rigorosa que “você pode olhar de veículo (de propaganda) para veículo, de evento de

propaganda para evento de propaganda e verá instantaneamente que a marca está

falando uma única linguagem”, terá um grande destaque em relação aos outros

profissionais. Shimp afirma que “a razão básica para comunicação integrada de

marketing é que ela se constituirá na única vantagem competitiva sustentável das

organizações nos próximos anos”.

Muitas empresas tratam propaganda, PDV, endomarketing, telemarketing entre

outras ferramentas de comunicação como práticas separadas. Segundo Shimp (2005,

p. 39) essa resistência em mudar se dá ao paroquialismo gerencial e ao medo de que a

mudança leve a cortes no orçamento, principalmente em suas áreas de controle (como

propaganda), levando a com redução de autoridade e poder. Shimp diz que “CIM é o

processo de desenvolvimento e de implementação de várias formas de programas de

comunicação persuasivos com clientes existentes e potenciais no decorrer do tempo”.

Ogden (2002, p. XI) afirma que “no mercado competitivo de hoje, empresas e

profissionais devem certificar-se de que as mensagens que cheguem aos consumidores

sobre produtos e serviços sejam claras, concisas e integradas”. Ou seja, cada setor da

organização envolvido com marketing ou comunicação, e na comercialização de um

produto ou serviço, deve passar ao consumidor a mesma mensagem.

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53

Kotler e Keller (2007, p. 556) citam que a Amercian Association of Advertising

Agencies, associação norte-americana de agências de propaganda, defini comunicação

integrada de marketing (CIM) como:

Um conceito de planejamento de comunicação de marketing que reconhece o valor agregado de um plano abrangente, capaz de avaliar os papéis estratégicos de uma série de disciplinas da comunicação – propaganda geral, resposta direta, promoção de vendas e relações públicas, por exemplo – e combiná-las para oferecer clareza, coerência e impacto máximo nas comunicações por meio de mensagem integradas com coesão.

Para Kotler e Keller (2007, p. 556) “lamentavelmente, muitas empresas ainda

confiam em apenas uma ou duas ferramentas de comunicação”. Mesmo com a

expansão dos novos tipos de mídia, as crescentes exigências dos consumidores e da

fragmentação do mercado, cada um exigindo uma abordagem diferenciada, muitas

empresas ainda focam em poucas mídias. A grande quantidade de ferramentas de

comunicação, mensagens e público, torna imprescindível que as empresas evoluam

para uma comunicação integrada de marketing. Complementam os autores que “é

preciso adotar uma ‘visão 360 graus’ do consumidor para compreender plenamente

todas as diferentes formas pelas quais a comunicação pode influenciar seu

comportamento cotidiano”.

Com a comunicação integrada de marketing a marca se torna homogenia,

fortalecendo assim a mesma na mente do consumidor. Um bom exemplo disso é que

empresas gigantes como a Coca-Cola e a Nike, mantém sempre sua comunicação

integrada, deixando de serem simples sinais gráficos para se tornarem símbolos de

desejo. Ogden (2002, p. 2) cita a United Airlines que usa o slogan “fly the friendly skies”

(voar em céus amigos) em suas propagandas, mas se seus clientes eles não forem

tratados de uma maneira amigável, entrará em descrédito com seus clientes. Por isso

fortaceler a marca não é uma tarefa fácil, e nem depende apenas do setor de

marketing, todos os setores e membros da empresa devem estar envolvidos no

processo de CIM, e entender o que está sendo comunicado ao cliente. A empresa deve

assegurar que tudo o que se compromete, tanto no produto, como nos serviços, será

feito, e adotando o conceito de marketing, essa tarefa será mais fácil de se executar.

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54

Segundo Dias (2003, p. 272) a comunicação integrada de marketing, é uma das

quatro áreas integrantes do composto de marketing, é o “P” de promoção que abrange

ações integradas de comunicação e promoção, com os seguintes objetivos: a fixação

da marca na mente do consumidor; criar uma mensagem única sobre o produto;

divulgar e trazer informações para o consumidor; e gerar atitudes favoráveis dos

diversos segmentos de público para a empresa. Dias afirma que o conceito de

comunicação integrada “resulta do reconhecimento de que os objetivos da

comunicação de marketing só poderão ser eficazmente alcançados se todos os

elementos do programa de comunicação forem coordenados e integrados”, ou seja, a

comunicação tem que criar uma imagem única e consistente na mente do consumidor-

alvo. Se comunicar com o consumidor, visando torna-lo fiel aos produtos ou serviços da

empresa, tem sido o grande desafio para os profissionais de marketing. Muito dinheiro é

gasto sem o retorno desejado nas em vendas, e principalmente no lucro. Ogden (2002,

p. 3) fala que a comunicação integrada de marketing é uma “expansão do elemento de

promoção do mix de marketing. Ela é essencialmente o reconhecimento da importância

de comunicar a mesma mensagem para os mercados-alvos”, onde todas as variáveis

da CIM comunicam algo, existindo uma sobreposição na comunicação que essas

variáveis fornecem.

As principais características da CIM, segundo Shimp (2005, p. 42), que dão

suporte a sua filosofia e prática são:

- Afetar o comportamento: o objetivo da CIM é afetar o comportamento do

público das comunicações. A comunicação de marketing deve aumentar a

percepção pela marca.

- Começar com cliente ou prospecto: o processo começa com o cliente ou

prospecto e então retorna para o comunicador da marca, que deve determinar os

métodos mais apropriados e eficazes através dos quais programas de

comunicação persuasivos podem desenvolver.

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55

- Usar toda e qualquer forma de contato: a CIM usa todas as formas de

comunicação e todas as fontes de marca ou contatos da empresa como

potencias canais para divulgação da mensagem.

- Gerar sinergia: todos os elementos de comunicação (propaganda, pontos de

venda, promoção de vendas, eventos, etc.) devem falar uma única linguagem; a

coordenação é absolutamente fundamental para se atingir uma imagem de

marca forte e unificada e para levar os consumidores à ação.

- Construir relacionamento: a quinta característica da CIM é a crença em que a

comunicação de marketing bem-sucedida exige a construção de um

relacionamento entre marca e cliente. Pode-se dizer que a construção de

relacionamento é a chave para o marketing moderno e que a CIM é a chave para

a construção de relacionamento.

Shimp (2005, p. 43) fala que a adoção da CIM “exige algumas mudanças

fundamentais na forma como as comunicações de marketing tem sido feitas

tradicionalmente”. As seguintes mudanças são particularmente importantes:

- Diminuição da crença na propaganda em veículos de massa: muitos

comunicadores de marketing hoje percebem que métodos de comunicação

diferentes da propaganda na mídia, em geral, atendem melhor às necessidades

de suas marcas

- Aumento da confiança em métodos de comunicação altamente dirigidos:

mala-direta, revistas, de interesse especial, TV a cabo e veículos alternativos,

como a internet, são apenas alguns métodos de contato que permitem

comunicação mais precisa do que a propaganda em veículos de massa.

- Maior demanda imposta aos fornecedores de comunicação de marketing:

os fornecedores de comunicação de marketing, como agências de propaganda,

empresas de promoção e vendas e agências de relações públicas, tem oferecido

historicamente uma variedade limitada de serviços, sendo agora cada vez mais

necessário os fornecedores oferecerem serviços múltiplos.

Page 56: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

56

- Aumento de esforços para avaliar o retorno sobre o investimento em

comunicação: a característica final da CIM é que o sistema exige que sejam

feitas análises sistemáticas para determinar se os esforços de comunicação

geram um retorno razoável sobre o investimento.

Segundo Kotler e Keller (2007, p. 559) a comunicação de marketing está

demorando a surtir efeito, e isso se dá por vários motivos, um dos motivos é que as

empresas em geral empregam diversos especialistas em comunicação para trabalhar

com o gerente de marca, que podem conhecer pouco sobre outras ferramentas de

comunicação. Outro fator que atrapalha são as empresas multinacionais que se utilizam

de várias agências de propagandas, localizadas em paises diferentes e que atendem

divisões diferentes, levando a uma comunicação descoordenada e prejudicando a

imagem da empresa. Porém, agências de propaganda de grande unificaram suas

opções integradas, comprando agências de promoção, relações públicas, design e

embalagem, web design, empresas de mala-direta, possibilitando aos clientes

adquirirem serviços de comunicação no mesmo lugar e integrados. Grandes empresas

decidiram apostar em uma única agência que resolva tudo, como foi o caso da IBM,

que transferiu sua conta para a agência Ogilvy, buscando uniformidade da marca, onde

o resultado é uma comunicação de marketing mais integrada e eficaz, e muito mais

barata. Kotler afirma que a comunicação integrada de marketing “é capaz de produzir

uma mensagem mais coerente e um impacto mais expressivo nas vendas”, forçando a

reflexão de como os clientes estabelecem contato, como a empresa se posiciona, a

importância de cada veículo e o timing, atribuindo responsabilidade a alguém,

unificando imagem e mensagens da marca à medida que passa pelas várias áreas e

atividades da empresa.

Para Kotler e Keller (2007, p. 559) a CIM “deve ser aprimorar a capacidade da

empresa de atingir os clientes certos com as mensagens certas, no momento certo e no

local certo”. Aos que defensores da CIM, eles defendem a idéia de que se pode

observar o processo de marketing como um todo, ao invés de focar partes individuais

deste processo, fragmentando as ações de marketing e perdendo força em sua

Page 57: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

57

comunicação. Empresas gigantes como Motorola, Xerox e Hewlett-Packard “estão

reunindo propaganda, marketing direto, relações públicas e especialistas em

comunicação em ‘superconselhos’, que se encontram algumas vezes por ano para

aprender e melhorar a comunicação entre si”. Outro exemplo de que a CIM é o caminho

para as empresas, a Procter & Gamble ao revisar seu planejamento de comunicação

ordenou que a agência de propaganda, agência de relações públicas, unidades de

marketing direto, empresas de promoção de produtos e operações de internet, devem

trabalhar todas juntas.

Os obstáculos para a implantação da CIM segundo Shimp (2005, p. 44) se da

pelo fato de gerentes de marca contratar vários serviços especializados para auxilia-lo,

onde “talvez o maior obstáculo à integração seja o fato de poucos provedores de

serviço de comunicação de marketing terem capacidade suficiente para planejar e

executar programas que integrem todas as principais formas de comunicação”. Isso se

dá porque geralmente as agências de propaganda são especializadas em campanhas

de propaganda de massa, e não propaganda direta para o cliente, promoção de

vendas, eventos ou propaganda publicitária. Embora muitas agencias tenham

expandido seus serviços, a CIM espera por uma mudança cultural nos departamentos

de marketing mas significativas, ante de se tornar uma realidade em grande escala.

Shimp diz que “sugeriu-se que as empresas deveriam criar um departamento que fosse

responsável por todas as formas de comunicação de marketing, e que esse

departamento seria dirigido por um executivo que se intitularia direto de MarCom”.

Por que é tão difícil se comunicar com o cliente? Segundo Ries e Trout apud

Dias (2003, p. 272) procuraram respostas para essa pergunta em seu famoso livro

Positioning: the battle for your mind (Posicionamento: a batalha da sua mente), lançado

em 1981. Como bem argumentam:

‘Diariamente milhares de mensagens publicitárias concorrem a um espaço na mente do consumidor. Portanto, não se engane. A mente é o campo de batalha’. Isso quer dizer que o efeito da comunicação de marketing só poderá ser medido com base na impressão causada na mente do consumidor. Como afirmaram Ries e Trout, “a propaganda é a psicologia na prática”, ressaltando a importância do estudo da psicologia para compreender como a mente humana

Page 58: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

58

funciona. A partir dessa constatação é que foi desenvolvido o conceito de posicionamento: ‘O posicionamento não é aquilo que você faz com um produto. Posicionamento é aquilo que você provoca na mente do cliente. Em outras palavras, você posiciona o produto na mente do cliente potencial’. O posicionamento é um conceito importante para a formulação e a operacionalização do plano estratégico de comunicação, porque a função da comunicação de marketing é criar imagem para um produto ou marca na mente do consumidor.

Segundo Keller (2006, p. 177) para desenvolver um programa de comunicação

integrada de marketing, os profissionais de marketing “devem ‘mesclar e compatibilizar’

opções de comunicação para construir brand equity, isto é, devem escolher uma gama

de opções de comunicação que compartilhem significado e conteúdo, mas também

ofereçam vantagens complementares”.

Keller (2006, p. 178) menciona que uma imagem de marca positiva pode afetar a

resposta do consumidor e gerar brand equity. Para o brand equity não importa como as

associações à marca são formadas, mas sim que a favorabilidade, força e exclusividade

das associações de marca sejam adequadas. Os profissionais de marketing devem

examinar todas as opções de comunicação, baseado nos clientes, para a construção de

brand equity, criando estruturas de conhecimento baseados em efetividade e custo. A

CIM visa a lembrança espontânea da marca, onde consistentemente com essa visão

Schultz, Tannenbaum e Lauterbon, conceituam comunicação integrada de marketing

em termos de contato, “eles definem contato como qualquer experiência carregada de

informações que um cliente atual ou potencial tenha com a marca, a categoria de

produto ou o mercado que se relacione com o produto ou serviço da empresa”.

Para Keller (2006, p. 180) existe varias formas de se criar programas de CIM.

Quando se analisa um programa de comunicação de marketing holisticamente, muitas

considerações tem que ser analisadas, tendo como premissa que o “profissional de

marketing já pesquisou cuidadosamente o público-alvo, suas percepções, atitudes,

comportamento e, portanto, sabe exatamente precisa ser feito em termos de objetivos

de comunicação”. A meta do programa de CIM é que o impacto seja efetivo e eficiente,

para se alcançar está meta existem seis critérios relevantes: cobertura, contribuição,

coesão, complementaridade, versatilidade e custo.

Page 59: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

59

Para o sucesso da CIM, é fundamental que todos os setores envolvidos com a

Comunicação de Marketing estejam literalmente integrados. Se o setor de marketing

estiver anunciando um produto, e o setor de telemarketing estiver anunciando que o

mesmo produto ainda não chegou, estará havendo conflito de informações, custando

tempo e dinheiro, deixando o consumidor confuso e a empresa em descrédito com o

mesmo. Outro fator conflitante é quando o setor comercial se compromete com algum

fornecedor de fazer uma ação de marketing, mas que está não é interessante para a

empresa, ou seu custo não está de acordo com a verba disponível, onde se poderia ter

sugerido outra ação. Por isso a integração é fundamental para uma organização, desde

o sistema operacional até as ações de comunicação de marketing.

Segundo Ogden (2002, p. 119) o último passo no processo de planejamento da

CIM, que na verdade é também em qualquer outro processo de planejamento, é o

“desenvolvimento das técnicas necessárias para identificar os resultados do plano. O

planejador deve avaliar objetivos, estratégias, orçamento e táticas de cada uma das

variáveis para se assegurar de que cada programa está obtendo o resultado desejado”.

A empresa deve saber se atingiu as metas globais estabelecidas no CIM, onde todos os

planos e programas devam ser avaliados, bem como sua eficácia. Complementa o

autor que essas avaliações são possível através do “volume de vendas, e valores não

relacionados a vendas, como conhecimento da marca, compreensão da mensagem,

mudança de atitude em relação ao produto, percepção da marca, empresa ou serviço e

percepção de compra”. Se os objetivos foram atingidos, e mostrados através das

avaliações, as táticas e estratégias foram bem-sucedidas. Mas caso contrário, ações

corretivas são necessárias para se atingir os objetivos, sendo necessário usar

diferentes elementos de comunicação, bem como a revisão da estratégia e da verba.

É fundamental traçar objetivos, para poder se avaliar o desempenho da CIM.

Segundo Ogden (2002, p. 121) “o método mais fácil e comum de avaliação é comparar

os resultados da campanha com seus objetivos”. Para o sucesso da CIM, ela deve ser

planejada, controlada e avaliada, deve ter ações integradas e objetivos específicos,

para se poder fazer uma avaliação e acompanhar seu desempenho.

Page 60: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

60

2.13 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR

Todos nós, sem exceção, somos consumidores. Precisamos diariamente nos

alimentar, nos vestir, nos locomover, nos divertir, etc, tudo isso para podermos viver.

Segundo Karsaklian (2004, p. 13) o consumidor é uma parte do ser humano, é uma

parte de todos nós, “e como todos nós, como todos os humanos, o consumidor tem lá

suas motivações para a busca de determinadas ambições, para a conquista de

determinados espaços, para a realização pessoal”. Todo o ser humano tem sua

personalidade, e é isso que o difere um dos outros, enquanto alguns gostam de uma

determinada marca, outro preferem outra. Todo consumidor tem suas preferências e

fazem suas escolhas de acordo com o que se identificam, seus gostos e ideais. O modo

como os consumidores encaram os produtos, a propaganda, a loja, a marca, enfim,

tudo o que está ligado a sua vida, se deve a sua percepção, que gera atitudes

positivas ou negativas de tudo o que se passa no seu dia-a-dia.

Segundo Alves (2004, p. 07) para se entender o cliente temos que vê-lo na

concepção humana e comportamental. Na visão humana porque “antes de ser cliente,

ele é um ser humano, que merece ser notado não como um produto, um objeto

inanimado, mas como um ser que tem alma, espírito, sentimento, que necessita de

carinho, amor, tolerância e compaixão”. Entender o lado humano do consumidor é

fundamental, ele não pode ser tratado como um objeto, onde o único interesse é o seu

dinheiro. Já na visão comportamental Alves complementa que “o cliente apresenta

comportamentos diferenciados e imprevisíveis, pois seu histórico no passado como um

bom pagador, por exemplo, não impede que ele se torne inadimplente”. O

comportamento humano não é algo fácil de se entender, pois existem vários outros

fatores que o levam a terem diferentes tipos de comportamento, pois um pai de família

honesto, por exemplo, pode virar um delinqüente, se perder o emprego e precisar

comprar comida para sua família.

Para Megido (2002, p. 89) “o ser humano é uma criatura complexa que pode ser

encarado e estudado sob muitos pontos de vista, e ainda assim não é inteiramente

Page 61: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

61

compreendido”. O comportamento humano é considerado variado e variável, afetado

pelo o que a pessoa é. Para entender o comportamento humano não basta analisar a

pessoa individualmente, pois ela depende da convivência em grupos e organizações,

onde a família é o principal deles, que também afetam seu comportamento,

principalmente seu processo de aprendizagem. Karsaklian (2004, p. 13) fala que o

consumidor “aprende, como aprendem todas as pessoas. Ele aprende o nome dos

produtos, o nome das lojas, a localização delas. Ele aprende também como utilizar

determinados produtos, como espelhar-se neles, como precisar deles”.

Para compreender os clientes Alves (2004, p. 08) fala que se deve ter uma “visão

aberta, clara e situacional, reconhecendo os clientes pelo que eles são e não pelo que

você pensa que eles são ou, ainda, pelo que você quer que eles sejam para você”.

Alves (2004, p. 09) fala que “os gregos classificaram a personalidade em quatro

temperamentos – colérico, sangüíneo, fleumático e melancólico – e essa divisão ainda

hoje é adotada por vários psicólogos”, onde normalmente as pessoas tem mais de um

dos comportamentos, mas um predomina. Alves complementa falando que “o ideal é

que todos esses quatros temperamentos estejam distribuídos igualmente na

personalidade do indivíduo”. As características principais de cada temperamento são:

- O cliente colérico: apresenta capacidade de visualização do futuro bem mais

ampla que nos outros temperamentos. Com objetivos definidos e sem rodeios,

normalmente ele é um cliente muito fechado, gosta de dar as cartas e que os

outros façam o que ele quer. Não gosta de ser contrariado e não precisa de outra

opinião.

- O cliente sangüíneo: normalmente este tipo de cliente tem múltiplos interesses,

essa característica faz com que ele não consiga acabar o que começou. Este

tipo de cliente quer estar e ficar de bem com a vida, acredita que tudo vai dar

certo, dificilmente é fiel, cumpre o que promete, mas é muito instável.

- O cliente fleumático: gosta de tudo dentro da normalidade, é muito organizado,

precisa de parâmetros objetivos, detesta altos e baixos, pois acredita que

qualquer variação gerará muitos conflitos. Normalmente não tem boa visão de

Page 62: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

62

futuro, vive na indecisão, confiando muito mais nos outros do que em si próprio.

Qualquer mudança é sinal de ansiedade e preocupação.

- O cliente melancólico: é um pessimista, para ele nada vai dar certo, está

sempre duvidando de tudo e com estado de espírito negativo, sempre

reclamando de tudo.

Karsaklian (2004, p. 14) fala que “contudo, além dos aspectos inerentes a sua

individualidade, o consumidor é também um ser social. Vivendo em sociedade, ele se

submete a certas circunstâncias e pressões que vão influenciar seu comportamento”.

Os grupos de referência, líderes de opinião, classes sociais, estilo de vida, são alguns

dos fatores em sociedade que influenciam no comportamento do consumidor.

Blessa (2003, p. 69) fala que o comportamento de consumo é definido como o

“comportamento de procura, compra, uso e avaliação de produtos ou serviços, pode ser

descrito como atividade física, mental e emocional realizada na seleção, compra e uso

de produtos ou serviços para satisfação de necessidades e desejos”. Entender o

comportamento do consumidor é um desafio que está sendo analisado por psicólogos,

analistas de consumo, publicitários e por economistas. Blessa diz que a psicologia

permite “entender as influências dos fatores psicodinâmicos internos e dos fatores

psicossociais externos que atuam sobre o consumidor, permitindo o desenvolvimento

de estratégias de marketing mais eficazes”.

Karsaklian (2004, p. 20) fala que o ato de compras não surge do nada, ela se dá

da seguinte forma:

Seu ponto de partida é a motivação, que vai conduzir a necessidade, a qual, por sua vez, despertará o desejo. Com base em tal desejo, surgem as preferências por determinadas formas específicas de atender a motivação inicial e essas preferências estarão diretamente relacionadas ao autoconceito: o consumidor tenderá a escolher um produto que corresponda ao conceito que ele tem ou que gostaria de ter de si mesmo. No entanto, e em sentido contrário à motivação, surgem os freios. Trata-se da consciência de risco que vem implícita ou explicitamente relacionada com o produto. Em meio ao dilema entre a força da motivação e aquela dos freios, impõem-se a personalidade do indivíduo, a qual desembocará no autoconceito.

Page 63: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

63

Blessa (2003, p. 73) fala que o modelo de comportamento de consumo,

comportamental e psicológico, decisório apresenta a seguinte seqüência:

- Reconhecimento do problema: é o resultado do processo de comparação. Se

o indivíduo percebe a necessidade de algum produto para restabelecer o

equilíbrio perturbado pelo desejo e tem condições de agir, teremos o início da

procura.

- Processo decisório: o reconhecimento do problema é freqüentemente apenas o

primeiro passo do complexo processo decisório, que inclui os seguintes estágios:

a procura de alternativas, a avaliação das alternativas e a compra.

- Procura de alternativas: algumas vezes, o problema será reconhecido, e o

indivíduo tem pouco conhecimento das alternativas para a ação. Procurará então

informações e formas de agir até que conheça o suficiente. Em outras situações,

no entanto, as alternativas são conhecidas e não haverá necessidade de

procura, passando-se imediatamente para a ação.

- Avaliação das alternativas: as informações conhecidas ou encontradas pelo

indivíduo serão pesadas e avaliadas e a ação é resultante desses julgamentos.

- Compra: finalmente, os passos precedentes podem levar à decisão de comprar.

E ao ato de compra. Entretanto, a ação poderá parar aí também em virtude das

circunstâncias.

- Resultado da compra: caso o indivíduo tenha passado para a ação da compra,

podem ocorrer dois aspectos adicionais:

1. dúvidas a respeito da aquisição podem desencadear uma procura de

informações para justificar a ação;

2. o resultado da compra pode mudar as circunstâncias de tal maneira que se

torne estímulo (positivo ou negativo) para futuro comportamento.

Segundo Blessa (2003, p. 73) “o comportamento do consumidor se dá por

motivos fisiológicos, psicológicos e sociológicos que determinam as respostas e as

reações aos apelos mercadológicos”. É preciso identificar como o consumidor toma as

decisões, analisando seu comportamento, através das motivações, conscientes ou

Page 64: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

64

inconscientes que determinam a escolha dos produtos no ponto-de-venda. Para Kotler

e Keller (2007, p. 172) “o comportamento de compra do consumidor é influenciado por

fatores culturais, sociais, pessoais e psicológicos. Os fatores culturais exercem a maior

e mais profunda influência”. Conhecer classe social, pôr exemplo, é fundamental para

uma empresa, pois com esta informação pode-se fazer ações de marketing mais

precisas, conforme mostra a figura 4.

Figura 4: Renda do consumidor brasileiro Fonte: Samara e Morshc (2005)

Page 65: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

65

O propósito de marketing é satisfazer as necessidades dos clientes. Estudar o

comportamento do consumidor possibilita entender como pessoas, grupos e

organizações fazem suas escolhas, compram, usam ou descartam produtos, serviços

ou marcas. Entender os clientes, ajudas aos profissionais de marketing e as empresas

a melhorar ou lançar produtos, determinar preços, meios de comunicação, e

desenvolver ações de marketing eficazes.

Kotler e Keller (2007, p. 172) afirmam que para o marketing ser bem-sucedido,

as empresas devem conhecer seus clientes, adotando o conceito de marketing holístico

isso significa entende-los – adquirindo uma visão completa, tanto do seu dia-a-dia,

como das mudanças que ocorrem ao longo de sua vida, “entender o cliente a fundo

ajuda a assegurar que os produtos certos estão sendo comercializados para os clientes

certos da maneira certa”.

O novo consumidor, segundo Samara e Morsch (2005, p. 246), é um indivíduo

que possuí várias faces: global, consciente, digital e mais bem informado, ele consome

“bens e serviços em um mercado global, é consciente de seus direito e exerce

plenamente sua dimensão de cidadão, bem como utiliza a web cotidianamente para

aprender, trabalhar e viver, além de ser mais bem informado”. Os consumidores

buscam hoje produtos e serviços originais, personalizados e autênticos.

Samara e Morsch (2005, p. 247) citam que Lewis e Bridges (2004) falam que as

características do novo consumidor são as seguintes: individualista, envolvido,

independente e informado. Tendo o mesmo, escassez no tempo e atenção, tendo

menos horas para comprar e um excesso de informações. O autor complementa que

“na era do marketing de relacionamento, prover confiança é fundamental para

conquistar e reter os consumidores, sobretudo o novo tipo”.

Page 66: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

66

2.14 MARCA

Keller (2006, p. 02) fala que a marca é utilizada e aplicada há séculos para

diferenciar bens e produtos de um fabricante para outro, “na verdade, a palavra brand

(marca, em inglês) deriva do nórdico antigo brandr, que significa ‘queimar’. Isso porque

as marcas a fogo eram, e de certa forma ainda são, usadas pelos proprietários de gado

para marcar e identificar seus animais”. Segundo a definição da American Marketing

Association (AMA), “marca é um nome, termo, símbolo, desenho ou uma combinação

desses elementos que deve identificar os bens ou serviços de um fornecedor ou grupo

de fornecedores e diferencia-los dos da concorrência”, ou seja, sempre que se criar um

nome, logotipo ou símbolo para um produto, se cria uma marca. A chave para se criar

uma marca, segundo a AMA, é conseguir encontrar um nome, logotipo, símbolo,

embalagem, ou outro atributo que consiga identificar o produto e diferenciar dos outros,

sendo esses diferentes componentes que a identificam, podem ser denominados

elementos de marca.

Para Wikipédia (2007) marca, segundo a lei brasileira, é todo sinal distintivo,

visualmente perceptível, que identifica e distingue produtos e serviços de outros

análogos, de procedência diversa, bem como certifica a conformidade dos mesmos com

determinadas normas ou especificações técnicas. Para obter o registro de uma marca,

é necessário apresentar o pedido ao INPI que o examinará com base nas normas

legais estabelecidas pela Lei da Propriedade Industrial e nos atos resoluções

administrativos.

Segundo Tavares (2007) muitas empresas estão reconhecendo cada vez mais a

“relevância estratégica da marca em seus negócios. As marcas são um componente

fundamental do marketing há mais de cem anos, mas só começaram a ser discutidas

seriamente em meados do século XX”. Complementa o autor que a revista HSM

Management (1998) que publicou uma reportagem intitulada ‘O poder da marca’,

conferindo a David Ogilvy - o lendário publicitário e um dos fundadores de uma das

mais importantes agências de publicidade do mundo, Standard Ogilvy & Mather - o

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67

título de pioneiro na discussão da marca como ativo principal das organizações e,

portanto, de extremo valor para ser explorada e diferenciada através de uma imagem

única e singular. Ogilvy, uma marca no meio publicitário mundial, iniciava em 1951 a era

das marcas. Ainda segundo a reportagem (HSM Management, março-abril, 1998),

somente a partir dos anos 80 é que o tema branding começou a ser considerado,

interpretado e analisado pelos profissionais, e desenvolvido por teóricos da área. O que

em muito se deve ao grande número de fusões e aquisições de empresas, que

propiciariam uma evidência irrefutável da substancialidade das marcas quando do

fechamento do valor dos contratos; isto é, as marcas eram a explicação definitiva que

justificavam a diferença entre o patrimônio declarado num balanço e os valores bem

maiores pago pelos compradores - o que hoje é chamado de brand equity, ou seja,

valor patrimonial da marca. A marca era tão valiosa, que chegava a ser no mínimo 5

vezes mais representativa que o valor contábil da própria empresa, retratado pelo

dossiê “O poder da marca” (HSM Management, março-abril, 1998). Um aspecto visto

como intangível antes, hoje percebido como “bem” tangível, e economicamente

considerado uma questão da estratégia empresarial. Uma marca quando bem

construída, oferece diferenciação e valor, estando acima do produto.

Para Kotler e Keller (2007, p. 270) brand equity é o valor agregado atribuído a

produtos e serviços, “esse valor pode se refletir no modo como os consumidores

pensam, sentem e agem em relação à marca, bem como nos preços, na participação

de mercado e na lucratividade que a marca proporciona à empresa”, sendo um

importante ativo intangível que representa valor, tanto psicológico, quanto financeiro

para a empresa.

Tavares (2007) cita que em seu livro, Grandes marcas, grandes negócios,

Martins e Blecher falam que os componentes que formam uma marca são: identidade,

nome, design, proteção legal, comunicação, reputação e gerenciamento. Shimp (2005,

p. 185) comenta que o objetivo do comunicador de marketing é aumentar o valor da

marca, com o objetivo final de fixar a mesma na mente dos consumidores.

Page 68: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

68

3 METODOLOGIA

Neste capítulo descreve-se sobre o método, caminhos e recursos a serem

adotados para execução da pesquisa. É de suma importância definir com critério a

metodologia, pois garantirá maior exatidão e segurança nos resultados. Roesch (1999,

p. 118) afirma que “o estágio de prática profissional é uma oportunidade para aprender

e quem sabe modificar a realidade das organizações”. Para se ter embasamento neste

trabalho, foi elaborado dois tipos de roteiros de entrevista abertas: interno e externo.

Para Kotler e Keller (2007, p. 104) as perguntas abertas “ permitem a quem está

respondendo fazê-lo em suas próprias palavras”. Complementam os autores que “as

perguntas abertas são particularmente úteis em pesquisas exploratórias em que o

pesquisar está procurando saber como as pessoas pensam, e não mensurar quantas

pessoas pensam de modo determinado”.

Os roteiros internos e externos foram de entrevista exploratórias qualitativas com

perguntas abertas. Foram entrevistados internamente os profissionais das principais

áreas que se comunicam com os clientes, marketing, endomarketing, telemarketing,

vendas, comercial, talentos humanos e crediário. Já nas entrevistas externa se buscou

o conhecimento de profissionais com experiência na área de comunicação e marketing,

sendo entrevistados profissionais de marketing de outras empresas, agência de

propaganda, rádio, jornal, TV e web site.

Segundo Malhotra (2002, p. 44) a tarefa da pesquisa de marketing “é avaliar as

necessidades de novas informações e fornecer à gerência informações relevantes,

precisas, confiáveis, válidas e atuais. Kotler e Keller (2007, p. 98) definem pesquisa de

marketing “como a elaboração, a coleta, a análise e a edição de relatórios sistemáticos

de dados e descobertas relevantes sobre uma instituição específica de marketing

enfrentada pôr uma empresa”.

Page 69: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

69

3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Segundo Roesch (1999, p. 155) a pesquisa qualitativa “é apropriada para

avaliação formativa, quando se trata de melhorar a efetividade de um programa, ou

plano, ou mesmo quando é o caso da proposição de planos”, como o objetivo é

elaborar uma proposta de comunicação de marketing integrada, este método de

pesquisa se encaixa melhor no objetivo proposto. Para a autora a pesquisa qualitativa

serve para o pesquisador captar a perspectiva dos entrevistados, e será esse o

principal foco para a elaboração da proposta, tentar ‘captar’ as dificuldades e sugestões

dos gestores de diferentes áreas.

3.2 DEFINIÇÃO DA ÁREA OU POPULAÇÃO-ALVO

A pesquisa foi focada no setor de marketing, mas englobou as principais áreas

que se comunicam com os clientes, para poder ter uma visão mais macro da

comunicação da empresa, e propor melhorias. Para Roesch (1999, p. 128) o estágio se

concentra em um departamento, quando se visa o diagnóstico; ou englobar a

organização, quando se visa uma reestruturação.

Hoje o departamento de marketing, foco da pesquisa, está estruturado com

quatro profissionais, tendo um gerente, um coordenador, um técnico e um estagiário, se

reportando diretamente ao diretor comercial. O marketing, como toda a administração

da empresa, está situado em Jaraguá do Sul, cuidando do marketing de toda a rede,

exceto a do Shopping, que tem administração própria.

A pesquisa foi dividida em três etapas para as coletas de dados: entrevistas com

gestores, entrevistas com profissionais de comunicação e marketing e referencial

teórico.

Page 70: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

70

Para a primeira etapa foram feitas entrevistas com dez gestores da empresa, no

período de 22 à 29 de outubro, onde as pessoas entrevistadas foram as seguintes:

- Thiago M. Sarmanho (Gerente de Marketing)

- Fabiana Becker (Analista de Endomarketing)

- Karin Simm (Coordenadora de Telemarketing)

- Maristeu F. Pinto (Gerente de Vendas)

- Zélia B. Janssen (Coordenadora de Talentos Humanos)

- Giancarlo Piccolo (Gerente Comercial de Lojas)

- José Hermann (Gerente da Loja da Marechal)

- Odenir V. dos Santos (Gerente do Hipermercado do Shopping)

- Sérgio Kuchenbecker (Gerente Comercial de Supermercados)

- Luiz Alberto Francischini (Gerente de Crédito e Cobrança)

Para a realização da segunda etapa foram feitas mais dez entrevistas, no

período de 24 à 31 de outuro, com profissionais que atuam na área de comunicação e

marketing. Segue as pessoas entrevistadas:

- Karlan Muniz (Professor de Comunicação Integrada de Marketing da Unerj)

- Deisne de Araújo (Analista de Marketing da Weg)

- Iriane Lucia Lima Vieira (Assistente de Marketing da Unerj)

- Elias Raasch (Diretor de Criação da Agência Zoom Creative)

- Fernando Barth (Gerente Comercial RBS TV – Jaraguá do Sul)

- Rolf Dieter Teske (Gerente Comercial RBS Jornais – Jaraguá do Sul)

- Fernando Cristofolini (Diretor Administrativo da Fonix Multimídia)

- Sabrina Formigari (Líder do Grupo de Atendimento ao Lojista da Central de

Relacionamento Marisol)

- Evandro Carlos Canton (Diretor Comercial da Rádio 105FM)

- Emerson A. Gonçalves (Planejamento e Mídia da Agência Zoom Creative)

Page 71: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

71

Fechando a terceira e última etapa, com o referencial teórico de autores

especialistas na área: Philip Kotler, Terence A. Shimp, Sérgio Roberto Dias, James R.

Ogden, Juracy Parente e Michael R. Solomon.

3.3 COLETA E ANÁLISE DE DADOS

Conforme Roesch (1999, p. 128) se tratando de coleta de dados através de

entrevistas, “é importante especificar nesta seção a fonte dos dados (a população que

foi entrevistada), quando estes foram levantados e através de que instrumentos (anexar

os instrumentos, como roteiro de entrevistas ou questionário)”. Já no plano de análise

de dados tipo de dado coletado delimita as possibilidades de análise da pesquisa,

“nesta seção, sugere-se que o aluno imagine como fará a descrição e análise de seu

estágio. Poderá prever a utilização de gráficos, tabelas e estatísticas. Pensar e analisar

ajuda a criticar a própria coleta de dados”.

De acordo com os objetivos propostos, pode-se enquadrar uma entrevista de

profundidade, sendo de natureza exploratória e de caráter qualitativo, que para Roesch

(1999, p. 119) “o que se apresenta como análise é muitas vezes uma redação em que

se combinam algumas coisas ditas pelos entrevistados com a opinião do próprio autor”.

A coleta das informações foi através de entrevistas internas (anexo A) com as principais

áreas que se comunicam com os clientes, entrevistas externas (anexo B) com

profissionais da área de comunicação e citações de autores especialistas no assunto,

nos anexos se encontram os dois roteiros de entrevista. Também se uso a pesquisa

bibliográfica para poder fundamentar, com base em autores com experiência e

conhecimento, as pesquisas, bem como o próprio trabalho em si.

Page 72: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

72

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Este estudo tem como objetivo ressaltar e dar peso à importância da

comunicação integrada de marketing para o varejo.

Neste capítulo, serão apresentados os resultados alcançados com as entrevistas

realizadas e as principais citações de autores especialistas no assunto, onde a

apresentação dos resultados se dará da seguinte forma: entrevistas com gestores da

empresa, entrevistas com profissionais de marketing e comunicação e referencial

teórico.

4.1 ENTREVISTAS COM GESTORES DA EMPRESA

Buscou-se internamente, através de entrevistas, ter uma visão completa dos

principais setores da empresa, junto aos seus gestores, que se comunicam de alguma

forma com os clientes. Pois se sabe que a comunicação de uma empresa não se faz

apenas com o setor de marketing, mas com vários setores, sendo o marketing

responsável pela coordenação desta comunicação. Tentar entender, buscar novas

idéias e interagir com outros setores foi o objetivo principal desta pesquisa.

Segue as respostas dos gestores da empresa, com uma análise geral de todas

as respostas.

Na sua opinião, qual a importância da sua área para os clientes? Porque?

R1 Majoritária, pois o marketing é o gestor do elo entre marca e cliente. Marketing é o meio pelo qual as empresas se comunicam comercialmente como os mesmos.

R2 O endomarketing gera um ambiente motivador, através da informação, conhecimento, reconhecimento e motivação no ambiente de trabalho, tanto interno como externo.

Page 73: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

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R3

Internamente: com treinamento, benefícios, eventos, saúde, envolvimento, responsabilidade social. O setor de TH pensa nas pessoas e treina, o investimento é igual a prejuízo quando se perde funcionários. Externamente: colaboradores valorizados refletem na área de trabalho. Quando uma empresa está bem ou mau, seus colaboradores são o reflexo dela. É uma área estratégica para manter e conquistar clientes.

R4 Hoje o telemarketing facilita e agiliza a comunicação com o cliente, é uma tendência de mercado. O cliente quer mais comodidade, não quer sair de casa.

R5

A loja (PDV) é 50% da venda, desde que bem exposto, é um bom argumento para venda. Por exemplo, uma cerâmica o cliente quer ver, imaginar, como ficará na sua casa. A importância da loja se dá devido ao mix, que na região não se tem igual, além de trabalho diferenciado com arquiteto, além de financiamento á longo prazo. O público da loja é de classe A à C, onde 68% é pessoa física e 32% jurídica.

R6

Vendas gerencia quatro dos cinco canais de vendas da empresa, que são: representantes, telemarketing, venda técnica e venda pelo site. Ficando de fora apenas a venda pelo vendedor dentro da loja. A área é importante porque o cliente pode optar por um dos 4 canais para ser atendido, ou ir na loja.

R7

A área comercial é responsável por pesquisar novos mercados, e disponibilizar para os clientes novos produtos, com o intuito de realizar sonhos. A área comercial tem que estar em sintonia com o que o cliente deseja, realizando sonhos com preços e produtos que o cliente deseja.

R8 O setor comercial é fundamental dentro dos objetivos de uma empresa que busca, cada vez mais, uma maior fatia de mercado. Pois busca junto a fornecedores, produtos com qualidade e preços justos.

R9

A importância do hipermercado (PDV) é fundamental, a loja é o resultado final, é onde a empresa se comunica com o cliente. Não adianta ser 100% eficiente na propaganda e no PDV não for como o cliente espera. A loja é a vitrine da empresa. Mas hoje ela não está ideal, precisa melhorar. Em várias áreas como apresentação do imóvel, equipamentos e treinamento. Houve uma evolução, mas precisa se melhorar.

R10

Hoje em dia é vital, pois 70% das operações da empresa estão no crediário, hoje não se vende só à vista. Hoje para o cliente é vital o crediário por causa do parcelamento, possibilitando assim a aquisição de mercadorias de maior valor. Por exemplo, quantos podem hoje comprar um note book à vista? Talvez de 100 uns dois somente.

Quadro 1: Importância da área para os clientes Fonte: Gestores da empresa (Out/2007)

As respostas do quadro 1 mostram que realmente todas as áreas são

importantes para um bom funcionamento de uma empresa. Se comunicar hoje de

maneira clara e homogênea é o grande desafio, pois não adiante se ter, por exemplo, a

melhor propaganda, ou a melhor condição de pagamento, e o atendimento for péssimo,

ou o produto anunciado não estiver na loja. A integração dos setores é o que fará a

empresa ficar cada vez mais forte, pois com integração se aumentam os laços e se

melhora a comunicação. Todas as áreas são fundamentais para a empresa, cabe a

esta conseguir integra-las, com o foco sempre no cliente.

Page 74: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

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Como é feita a comunicação com os mesmos?

R1

Externo: estamos crescendo muito nos últimos dois anos, mas precisamos de posicionamento e segmentação, para investir com mais eficácia na comunicação, hoje o forte é propaganda. Interno: precisa implantar uma política de endomarketing, desde a parte comercial até motivacional, com o objetivo de fazer o funcionário se orgulhar de trabalhar na empresa, precisa ser melhorada.

R2 Via e-mail e jornal bimestral. Mas podem ser melhoradas com a internet, manuais, ferramentas para quem não tem acesso à internet (como murais), revistas (entregue nas casas dos colaboradores para haver a integração da família).

R3 Externo: não se tem comunicação direta, apenas através do SAC. A forma de se comunicar é indireta, através do colaborador. Interno: se dá através do momento em que o colaborador entra na empresa, através de integração e informação.

R4 Diretamente através de telefone, e-mail, e indiretamente por mala-direta.

R5 Através de distribuição porta em porta, flashes ao vivo, rádio, TV, outdoors, são os principias. Para profissionais, através do cadastro e contato principalmente via telefone.

R6 Através de mala-direta, jornal de ofertas e mailing são os principais meios.

R7 TV, jornal, mídia impressa e rádio são as principais. O impacto é pequeno, não é suficiente, mas hoje é nossa realidade. Para se melhorar tem que rever o orçamento, depende da diretoria.

R8 Nossa comunicação se dar por intermédio dos tradicionais veículos como rádio, impressos e jornais.

R9 É basicamente através da postura comercial da empresa, do posicionamento que se identifica, apesar de não ser muito definido. Essa comunicação tem que saber quem é o publico alvo, isso é fundamental, aumentando assim a possibilidade de não se ter erro.

R10 Se comunica através das ofertas, pega carona com o comercial. Para os clientes através de carta, telefone, balcão e serviço de crédito.

Quadro 2: Comunicação com os clientes Fonte: Gestores da empresa (Out/2007)

Existem inúmeras formas de se comunicar com os clientes, como mídia,

propaganda, PDV, internet, entre outros. As respostas do quadro 2 são basicamente o

que a empresa usa hoje em dia. Saber qual a melhor forma de se comunicar, como e

quando, são algumas questões que devem ser analisadas pelo marketing, mas para

isso, o marketing deve ter primeiramente estrutura, cooperação e integração dos

demais setores, para poder definir ações que tragam resultados para a empresa.

Na sua opinião, como está a comunicação entre os setores? Porque?

R1 Tem muito a melhorar, a informação é espalhada em forma de comentários, ao invés de ter uma comunicação oficial para os funcionários. Externamente estamos melhorando, mas hoje não temos estrutura adequada, onde a previsão de melhora é para início de 2008.

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R2 Deficiente. A informação não é muito aberta, as pessoas não conhecem os papéis e funções das outras, e muitas vezes não chegando à informação a quem se deve.

R3 Hoje a comunicação está suficiente. Mas pode ser melhorada, falta meios para isso, como intranet, quadros, com planejamento.

R4

A informação ainda não chega para quem deveria chegar, tem que existir uma metodologia apropriada. Ex.: não divulgação de cursos técnicos que são importantes para o telemarketing. Nem sempre se recebe as informações a tempo. A comunicação institucional está boa, melhorou.

R5 Não está clara, melhorou, mas ainda tem bastante coisa para se fazer. Por exemplo, solicitação de pedido para gerentes, sendo que se tam uma pessoa específica para fazer isso. Tem que ser mais bem divulgado as funções e responsabilidades de cada pessoa/setor.

R6 Tem que ser melhorado. È necessário um procedimento único, e um canal único, ampliando as políticas comerciais, no sentido de todos saberem.

R7 Precisa melhorar, tem que ser mais eficaz. A comunicação é completa quando se fala, e o mesmo entende e responde. Para se melhorar precisa criar uma ferramenta integrada (software), arrumar o processo.

R8

A nossa comunicação ainda há a necessidade de melhorias, não está 100%. O que se vê é que ações que o comercial faz, não estão chegando aos colaboradores e áreas de interesse, mas isso também se dá devido à rapidez das ações, como por exemplo, as reações à concorrência. Todas as áreas têm que realmente engajarem na divulgação das promoções.

R9

Melhorou, mas estamos ainda defasados, ainda se tem um caminho para percorrer. A falha se dá principalmente devido ao processo e cultura da empresa, onde os setores devem pensar na empresa como um todo, pois hoje cada um pensa no seu setor. Para se melhorar tem que investir na maturidade dos executivos da empresa, que conseqüentemente se fortalece o operacional, fortalecendo a união da equipe.

R10

Está ruim. Muitas informações se recebem em cima da hora, sem planejamento, e muitas vezes as informações não chegam a quem deveria chegar. Por exemplo, reclamações recebidas no SAC, não são repassadas para à área para tentar resolver. Para se melhorar primeiro deveria integrar todas as áreas que tem ligação com o que irá ser comunicado.

Quadro 3: Comunicação entre setores Fonte: Gestores da empresa (Out/2007)

Para que se tenha cooperação e integração, os setores devem se comunicar.

Este é um fator que terá que ser melhorado dentro da empresa, pois existem falhas, e

muitas vezes a falta, na comunicação. Conforme mostra o quadro 3, a má comunicação

da empresa foi unânime entre os entrevistados, apesar de ela ter melhorado. Foram

passadas sugestões simples, como colocar quadros nas lojas, até sugestões mais

complexas, como criar um sistema. A comunicação da empresa só melhorará a partir

do momento em que os setores se comunicarem mais entre si, mas para isso deverá

ser revisto todos os processos internos. A informação chegar ao destino, bem como as

pessoas saberem as funções e responsabilidades de cada setor, são algumas

premissas para a melhora da comunicação entre os setores.

Page 76: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

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E com o setor de marketing?

R1 (Pergunta: Como está a comunicação do marketing com os outros setores?) Estamos melhorando, mas hoje não temos estrutura adequada. Previsão de melhora para início de 2008.

R2 O setor é acessível de relacionamento e informação.

R3 Não se tem problemas.

R4

Funciona bem. O que se precisa do setor, sempre acontece. Mas vem tudo do marketing em cima da hora pro telemarketing, mas se sabe que também chega em cima da hora pro marketing. Hoje os impressos também vão por mailing e as ações estão mais integradas com o telemarketing.

R5

Ainda precisa se melhorar. Existem produtos anunciados na mídia que a loja não sabe. Existe demora em retirar outdoors que já acabou a campanha, bem como demora na chegada de banners e impressos das campanhas. Falta identificação nas lojas, a comunicação no PDV é deficiente.

O fato de se trabalhar em ilhas próximas ajudou bastante a melhorar a comunicação.

R7 Melhorou nos últimos meses, se arrumou o processo com reuniões e planejamento, passo a passo com comprometimento de quem está envolvido.

R8 Não se tem problemas. As áreas se comunicam da melhor forma possível, existe bom relacionamento e integração.

R9

Precisa melhorar, ainda é defensor que falta estrutura. Tem que ser dividido o marketing para lojas, supermercados e centro automotivo, pois são negócios diferentes. O marketing tem que conhecer a loja, participar mais de reuniões, conhecer a concorrência. Mas primeiro tem que se ter estrutura, para depois rever os processos.

R10 É uma boa comunicação. Tudo o que se precisou foi atendido.

Quadro 4: Comunicação com o setor de marketing Fonte: Gestores da empresa (Out/2007)

A comunicação com o setor de marketing, segundo o quadro 4, está boa. Mas

pode ser melhorada, e para isso o mesmo precisa de estrutura para poder atender a

demanda, pois hoje funções que seriam do marketing são feitas em outros setores ou

não existem. Muito mais que cuidar de propaganda, o marketing cuida de promoção,

preço, relacionamento, PDV, pesquisa, marca, enfim, cuida do plano de comunicação

de marketing da empresa, que não depende só dele para se planejar e executar.

O foco do marketing é o cliente, mas o mesmo não pode deixar de interagir com

os colaboradores, fornecedores e a sociedade como um todo, pois é a soma destes

fatores que fortalecerão ou enfraquecerão a imagem da empresa, dando valor à marca,

por isso a importância do marketing estar integrado com os demais setores, pois

existem atribuições que fogem do controle do marketing, mas que ao mesmo tempo

devem estar integrados com ele.

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Na sua opinião, como está a comunicação interna da empresa? Porque?

R1

Há a necessidade de maior estrutura no marketing para dar eficácia a comunicação interna com cunho comercial, sendo a marca institucionalmente muito forte. Talvez seja necessária certa constância da marca socialmente, como eventos sociais e ações de responsabilidade social.

R2 Existe, mas ainda está "engatinhando". A rádio "peão" tem mais força que as comunicações oficiais, atrapalhando comercialmente e institucionalmente o clima da empresa.

R3

Hoje é falha. Pelo porte da empresa está atrasado, com benchmark se vê que precisa ser investido. Ações pequenas podem ser feitas de imediato, por exemplo: comercialmente melhoraria na informação das promoções, socialmente divulgar o que a empresa faz institucionalmente melhor explorar os benefícios da empresa. Hoje o que prejudica também a comunicação é o turnover elevado, pois não se cria pessoas com conhecimento.

R4 Ela melhorou, mas ainda precisa ser melhorada. Existem informações que não chegam a tempo ou que não vem. Tem que mostrar o que está sendo feito, não apenas falar que terá mudanças. Ex.: novo CD.

R5

O meio mais usado é através dos gerentes, é passado para os mesmos as informações, que repassam para a equipe. Através de jornal interno e e-mail também é feita à comunicação. Pode-se melhorar, otimizar, com mais treinamento para o pessoal operacional, tendo mais atenção com os mesmo.

R6

É uma comunicação sem estratégia. É feita, mas não se tem estratégia, colaboradores e fornecedores têm que ter uma visão sistêmica da empresa. Para a melhoria teria que se elaborar um projeto específico de comunicação corporativa para o mercado, fornecedores, clientes e colaboradores.

R7 Institucional e para colaboradores funciona, o problema está na comunicação comercial, falta um pouco mais de conhecimento.

R8

Comercialmente está funcionando, institucionalmente também, pois se avisa com antecedência, informa-se o que aconteceu. Para os colaboradores, se depende da comunicação dos gerentes, onde se tem uns mais comunicativos e outros menos. A melhora se dá com treinamento e um maior engajamento de quem passa as informações.

R9

Comercialmente precisa melhorar, achar uma forma de vender a marca para o funcionário, fazer com que o funcionário compre com nós, revendo descontos para os mesmos, fazer estudo para essa melhoria, que o funcionário venda a empresa. Institucionalmente vender melhor a imagem, mas tem que primeiro "ser", para depois vender esta imagem. É preciso criar um clima melhor, fazer uma pesquisa de clima organizacional, fazer melhorias para os colaboradores.

R10 Diria que está em desenvolvimento. Não está boa, mas está no caminho. A comunicação institucional ainda quase não se tem. Todas podem ser melhoradas.

Quadro 5: Como está a comunicação interna Fonte: Gestores da empresa (Out/2007)

Como existe falha na comunicação entre os setores, não é surpresa que a

comunicação interna também seja falha. Segundo as respostas do quadro 5, ela

melhorou, pois até algum tempo atrás mau existia. A comunicação interna precisa

melhorar muito, em todos os níveis, informando socialmente e comunicando

comercialmente, fortalecendo assim a empresa internamente. Para uma empresa ser

forte, ela precisa de uma base forte, por isso a importância da comunicação interna.

Page 78: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

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Na sua opinião, como está a comunicação de marketing? Porque?

R1 Está muito bem. Conseguimos atingir uma identidade na comunicação, principalmente para a linha de Supermercados, com uma linguagem amigável e mais focada no cliente moderno. Os pontos fortes, podemos destacar: força da marca, confiabilidade, tradição e presença em várias cidades, além da agilidade no tempo de reação ao mercado. Os pontos fracos: falta pró-atividade para ser pioneira em algumas ações, onde o principal ponto é a utilização indevida de algumas mídias, como por exemplo: outdoors mal posicionados, fachadas ultrapassadas e baixo investimento em PDV.

R2 Poderia ser melhor, mas conseguem fazer muita coisa, falta estrutura. O gerente tem que gerenciar e ser menos operacional.

R3 Evoluiu bastante, mas ainda se vê uma comunicação "fria". Muito se investe em mídia, mas pouco em relacionamento. Com o cliente interno também tem que melhorar o relacionamento. Devido ao grande número no turnover, não se cria vinculo entre colaborador e cliente, isso atrapalha no relacionamento entre empresa e cliente. Tem que ser investido na base.

R4 Melhorou bastante. Tornou-se "limpa" e objetiva. A do Dia dos Pais foi linda, mais focada para o consumidor, tentando sensibilizar os mesmos. A propaganda deveria ser uniformizada, por exemplo: promoções em Joinville que não passam em Jaraguá do Sul.

R5 A propaganda está legal. Uma coisa confusa são as fachadas, por exemplo, o cliente que vem de fora não vê uniformização, tem que ter uma padronização. Tem que se divulgar mais as ações de marketing que são feitas, como por exemplo, o patrocínio do piloto de Brusque.

R6 É fundamentalmente promocional., pois estamos com ações reativa, e não pró-ativa. A comunicação deveria ser por segmento, deveria se estudar o mercado, a comunicação deveria ser por produto e cliente.

R7 O marketing se comunica bem, mas pode melhorar, por exemplo, fazer comerciais de TV mais impactantes devido à quantidade de inserções, comerciais com política de guerrilha.

R8 Ela está 90% adequada a nossa realidade, pois procuramos nos comunicar com nosso público identificado, ou seja, público-alvo, através de pesquisas de veículos, que se identificam com nosso público. Os outros 10% são falhas normais, apenas melhorar a velocidade das ações, por exemplo, lona queijos e vinhos.

R9 Acredito que a imagem melhorou muito nos últimos 6 anos, se começou a ter marketing. Antes era no "achometro", mas ainda o marketing está distante da força de venda e do cliente, precisa criar sinergia com as demais áreas operacionais, pois já se teve mais no passado, hoje se perdeu um pouco essa harmonia com a área operacional, e isto reflete direto no cliente, pois, por exemplo, quando saiam às quinzenas, os banners e outdoors entravam juntos, a mídia toda entrava junta, hoje isso se perdeu. Para se melhorar, tem que investir em estrutura no setor, capacitação para a equipe, criar área especifica para cada divisão (lojas/supermercados), ter um marketing mais independente para criar e apresentar ações para a empresa.

R10 Está legal, mas pode ser melhorado, ser mais agressiva e criativa. A área tem que ser mais autônoma. Mas a comunicação é boa e clara.

Quadro 6: Como está a comunicação de marketing Fonte: Gestores da empresa (Out/2007)

Outra unanimidade foi a comunicação de marketing, todos afirmam que ela está

bem, mas pode melhorar. Realmente em relação à propaganda, ela está muito boa. O

que precisa ser melhorado é a comunicação segmentada, ou seja, fazer pesquisas,

separar por tipo de negócio as ações, melhorando o marketing de relacionamento,

interagindo com os clientes e fortalecer a marca.

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Na sua opinião, como se pode melhorar a CIM da empresa? Porque?

R1 Através de pesquisas, para se ter o perfil de clientes por negócio, posicionamento de mercado com objetivo de aperfeiçoar as ações de marketing. Comunicando a informação certa para o cliente certo, no momento certo, é o principal fator.

R2 Gerando fluxo contínuo de informação. Falta informação para clientes, fornecedores e colaboradores. O marketing cuida dos clientes e o endomarketing dos colaboradores.

R3

Precisa de um plano de comunicação bem definido, ações pontuais, mais envolvimento entre as áreas com ações casadas, pois hoje cada um faz a sua parte. Política de atendimento para fornecedores (ex.: brindes e treinamentos), melhorar ações e relacionamento com fornecedores. Relacionamento com todos (fornecedores/clientes/colaboradores), mas para isso precisa primeiro de estrutura e organização, para depois poder se relacionar.

R4 Para se melhorar, acredita no CRM, que hoje só se tem em nível de cobrança. Pelo tamanho da rede se deveria ter, para poder conhecer o cliente, estando integrado em todos os setores.

R5

Para os fornecedores, se tem que explorar mais a área de atendimento. Para os colaboradores, deve se explorar mais o refeitório, melhorar a comunicação, não apenas por e-mail. Deveria se ter uma política de crescimento para os mesmos. Na mídia, divulgar mais ações sociais, que é o que deixa a empresa mais simpática com o cliente.

R6

As áreas de marketing, compras, vendas, TH, informática e logística tem um papel importante no desempenho da comunicação eficiente, mas hoje não estão interagindo, não estando as mesmas alinhadas de uma forma comprometida com o marketing. Deveria se ter um projeto de comunicação empresarial envolvendo as áreas, e sancionado pela diretoria.

R7 Tem que ter planejamento de imagem de marca, se trabalhar profissionalmente é fundamental, com um cara bom em marca.

R8

Descrevendo corretamente procedimentos padrões, unificando a comunicação num só setor. Para se melhorar deve se descrever como se comunicar com cada público-alvo, tanto interno como externo, observando os mesmos padrões de comunicação, onde esta função deveria ser do setor de marketing.

R9

Investimento em melhoria contínua, marketing externo/interno, posicionamento da marca. Às ações tem que ser continuas, e o processo tem que ser gradativo, tanto em estrutura como política da empresa, não adianta só aumentar a estrutura, tem que ter melhorias no processo e na cultura da empresa.

R10

Tem que se conversar mais. Assuntos circulam sem critério, qualquer "resfriado vira uma pneumonia". Para se melhorar primeiro as pessoas responsáveis por cada área devem participar, resolvendo os seus problemas, e sendo comunicadas do mesmo. A centralização prejudica essa comunicação integrada. Tem coisas que se deve ser centralizada, mas a maioria não. O gerente tem que ter mais poder para resolver as coisas, dentro das premissas da empresa.

Quadro 7: Como melhorar a comunicação integrada Fonte: Gestores da empresa (Out/2007)

Conforme se concluí, e as respostas do quadro 7 fortalecem isso, a comunicação

integrada de marketing é fundamental para a eficácia da comunicação e fortalecimento

da marca, criar padrões e processos internos, onde todos tenham acesso as

informações e ter uma comunicação segmentada e homogênea, são alguns dos meios

para se ter uma comunicação integrada. A CIM é um processo continuo, onde está

transição tem que ser planejada e organizada.

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4.2 ENTREVISTAS COM PROFISSIONAIS DE MARKETING E COMUNICAÇÃO

Através das entrevistas externas, com profissionais de diversas áreas de

comunicação e marketing, buscou-se conhecimento prático, através da experiência e

conhecimento de cada profissional, para se ter uma visão melhor, das diversas áreas

de comunicação.

A seguir as respostas dos profissionais, com uma análise geral de todas as

respostas.

Qual a importância do marketing para o varejo?

R1 O marketing é fundamental porque é apenas com esse tipo de mentalidade que as empresas podem aperfeiçoar seus métodos de comercialização de produtos para um mercado. Tão importante quanto divulgar, é saber escolher o mix correto de produto com base no tipo de cliente que se deseja atingir.

Segmentar a atividade comercialmente envolve uma série de detalhes relacionados ao marketing, como layout interno, localização, precificação e outras ações que precisam ser gerenciadas de forma

coerente e consistente ao longo do tempo.

R2 Como para empresas de qualquer outra natureza, o marketing atua no varejo com o objetivo de dar maior visibilidade ao estabelecimento, promover o reconhecimento da marca, além de aumentar o

fluxo de consumidores nos PDV’s.

R3 O varejo tem uma competição muito acirrada, você está no mercado e tem que trabalha o marketing, senão fica inexpressivo, por exemplo, loja de calçados, tem que se mostrar, desde a vitrine, que é o

básico do básico. O marketing é muito acirrado, por exemplo, Casas Bahia têm um marketing pesado, sem isso desaparecem. O varejo trabalha B2C, já a indústria é B2B. A indústria usa mais marketing de

relacionamento, enquanto o varejo usa mais marketing promocional.

R4 Fundamental e imprescindível, onde o varejo não sobrevive sem. Com tanta concorrência, e ações de marketing novas, qualquer deslize é fatal.

R5 A sobrevivência da empresa está numa comunicação focada no seu respectivo público-alvo. O varejo necessita estabelecer uma relação com seus clientes e o marketing é a principal ferramenta para essa fidelização. É inconcebível para uma empresa de varejo que não tenha uma comunicação de massa

consistente e embasada em pesquisa.

R6 Na verdade o marketing, o objetivo principal é tornar o cliente menos sensível ao preço, fazer com que o mesmo crie relação com a marca. A importância é vital, sem o marketing você não é competitivo. Se

falar de varejo sem comunicação é ficar sem armas perante a concorrência.

R7 O marketing é importante para que a empresa possa mostrar suas características, sendo a melhor maneira de expor os diferenciais no mercado, onde o marketing bem feito leva ao marketing boca-a-

boca, sendo um dos que mais se tem resultado. Com a web, o marketing cria um canal com o consumidor final, e possibilita a empresa conhecer seu cliente. As pesquisas possibilitam conhecer os

clientes e o que eles querem, levando as ações de marketing com melhores resultados.

R8 O marketing é de extrema importância para qualquer negócio, hoje o marketing é essencial, pois é a cara da empresa, é a forma de tratar o cliente, é a publicidade e isso tudo é que faz a empresa

continuar ou parar.

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R9 O varejo vende de mercadoria em mercadoria, aos poucos, o marketing deve ser bem focado. Pois tem a necessidade de abranger muito mais gente.

R10 Hoje em dia é vital. Fazer bem o marketing é fundamental, pois se fala direto com pessoas. Notícia ruim corre sozinha, já a boa se paga caro para aparecer, pois, por exemplo, se abre uma loja, e 10

produtos são bons, o cliente acha obrigação, já se tem um ruim eles falarão mal. Cabe ao marketing saber anunciar e se relacionar.

Quadro 8: Importância do marketing para as empresas de varejo Fonte: Profissionais de marketing e comunicação (Out/2007)

O marketing é fundamental para qualquer setor, tanto para o varejo, como a

indústria ou o serviço, pois é através dele que a empresa se comunica com o mercado

e com os clientes. E as respostas do quadro 8 não poderiam ser diferentes.

Como no varejo a relação é B2C, ou seja, empresa e consumidor, a importância

do marketing aumenta, pois entender o comportamento e se relacionar com o mesmo,

requerem estudos, pesquisas e planejamento, e é exatamente está à função do

marketing, onde no varejo é muito mais explorada.

Qual a percepção dos resultados das ações de comunicação para uma empresa de varejo?

R1 A empresa de varejo tem um desafio na área comercial: precisa provocar o giro de seus produtos e serviços e precisa construir marca na cabeça de seus clientes, nesse sentido que a abordagem integrada usando mais de uma ferramenta pode ser fundamental.

R2

Ações promocionais para o varejo deve ser formatadas de forma à gerar resposta imediata dos consumidores, atraindo-os para a loja e aumentando o volume médio de compras. Promoções que geram experimentação do produto, como amostras grátis ou quiosques com distribuição do produto para degustação no local estimulam a compra por impulso, o cliente prova gosta e sente-se motivado a adquirir o produto. Já promoções que envolvem sorteio fidelizam o cliente ao estabelecimento, gerando o pensamento: “vou comprar na loja X por que quero concorrer ao carro que vão sortear!”.

R3

Hoje a parte de comunicação sendo bem utilizada, é uma ferramenta muito forte, o problema é a quantidade e como é usada. Por exemplo, mídia de TV já está automático, devido à poluição sonora, a Magazine Luiza é um exemplo, se sabe quando é seu comercial, não é mais atrativo. No rádio se tem os mesmo problemas, eles estão com programações muito comerciais, as propagandas são as mesmices, o público se interessa pelo novo. Por exemplo, o Breithaupt sempre tem a mesma propaganda em rádio, além da sinalização no PDV ser muito fraca.

R4

Os resultados são válidos, pode ser mensurado no faturamento e no crescimento do varejo, no Brasil, desde que bem feito. Não só no varejo, mas na indústria e serviço, o marketing é fundamental. Não adianta fazer promoção sem integrar, quando se consegue o resultado é excepcional, por exemplo, Jornais que aumentaram as vendas, crescimento de 6,7% no lucro, com muitas promoções feitas para se conseguir novos clientes.

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R5

Vê-se resultado na promoção desde que se tenha uma logística de distribuição do produto. De nada adianta uma promoção se o produto não estiver adequadamente no PDV. A promoção é uma forma bastante atraente de se comunicar com os clientes. Tem se observado muitas promoções realizadas pelo varejo que tem trazido substanciais resultados, um exemplo é a Banana Brasil, que licenciou a marca Malhação em seu supino, onde a logo estava na embalagem, e o público-alvo (target) do programa comprou, aumentando assim as vendas.

R6

A promoção é o principal para o consumidor, mesmo com uma campanha bem elaborada, o principal é a promoção. Não adianta a propaganda falar uma coisa e não se ter promoções na mesma linha. As Casas Bahia é líder porque trabalham a promoção integrada, desde a mídia em TV até o PDV, para ser eficaz tem que ser integrada, mas com planejamento. A eficiência das vendas se deve com planejamento e integração. Um exemplo é o SPOT do Moinho Jaraguá, desenvolvido pela agencia, que teve planejamento e aumento nas vendas em 27%, onde teve toda uma estratégia, com escolha do jingle, horário, voz, locutor, texto, etc.

R7

O P de promoção não trata somente de promoção de desconto, mas na promoção de conseguir se colocar no mercado, dar visibilidade, onde a percepção que se tem é que dá resultado. Percebe-se um melhor resultado e aproveitamento quando se tem um público-alvo definido.

R8 Com certeza o retorno tende a ser muito bom, pois chama a atenção do consumidor, o que pelo menos faz com que ele vá até a empresa para saber o que está acontecendo.

R9 Deve ser bem focado. O marketing deve ser feito onde está o cliente. No caso com pesquisa pode-se saber onde aplicar em marketing.

R10

É fundamental, desde que se anuncie como e quanto se irá pagar, assim como seus benefícios. A importância de se saber anunciar a promoção tem que ser igual a anunciar a maneira e condições de que se irá pagar. É preferível ser menos atraente, mas ser transparente. Ex.: anuncio que não sai preço, o cliente não tem interesse. Tem que se ter um limitador entre promoção e o que se é anunciado, usar a máxima do bom relacionamento, vender sim, negociar sim, enganar nunca.

Quadro 9: Resultado das ações de comunicação Fonte: Profissionais de marketing e comunicação (Out/2007)

Com certeza as ações de comunicação voltada para a propaganda, dão

resultados, e é o que mostra no quadro 9. Pois senão, gigantes como a Coca-Cola, não

estariam constantemente fazendo algum tipo de promoção. A promoção com certeza é

o melhor chamariz de clientes, pois está relacionada diretamente com ganho, seja de

descontos, brindes, serviços, entre outros.

Os clientes hoje em dia, além de comprar bem, querem ganhar algum benefício,

e cabe ao marketing, através das promoções, cederem esses benefícios reais ou

‘ilusórios’.

Page 83: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

83

O que você entende pôr CIM com o mercado?

R1 É a formulação e execução de uma estrutura de comunicação envolvendo mais de uma ferramenta, como propaganda, promoção, evento, patrocínio, marketing direto, de forma combinada e reforçada, visando conseguir um efeito na mente dos públicos-alvos, como por exemplo, construção da marca, venda e propaganda.

R2 A comunicação integrada acontece quando há análise e planejamento das estratégias e ações de marketing, aonde uma ação conduz automaticamente à outra. Quando a comunicação visual interage entre si nos diversos materiais produzidos (folder, site, outdoors, anúncios, etc). E principalmente, quando o discurso da comunicação condiz com a realidade da empresa e segue uma linha lógica, não alterando completamente a identificação para cada produto/serviço.

R3 CIM é olha para o cliente e mostra todas as ferramentas. Por exemplo, a Weg, o marketing corporativo, endomarketing, RH, criação, assessoria de imprensa. A CIM visa o relacionamento, onde se tem a mesma linguagem nas ferramentas de marketing para os clientes. Com visão de várias áreas, somando os esforços de cada área, entendendo melhor o cliente. Também envolve pesquisa de mercado (prospecção e satisfação), sendo muito importante a CIM se basear muito no banco de dados, fator fundamental para se conhecer os clientes e o mercado. Mas com a CIM não se consegue os 100% efetivamente de uma organização.

R4 Dispor do uso de todas as ferramentas de marketing, desde pesquisa, até interação com cliente, com logística, vendas, promoção. Todas as ferramentas para conhecer melhor os clientes, que estão cada dia mais exigente. O e-mail marketing é uma boa ferramenta. Ainda há o grande erro do pequeno varejista que não faz pesquisa, para poder avaliar seu negócio.

R5 CIM é a junção de todos os esforços disponíveis, como propaganda, promoção, relações públicas, para um produto, é o esforço dos profissionais de comunicação, que tem disponível para se comunicar com os clientes.

R6 A CIM é o conjunto de mídias que criam o ato de consumo, ou seja, o consumidor começa a ver produto sentado em casa na TV e termina em um stopper no PDV com a mesma identificação visual, é um conjunto de mídias estimulando as vendas na maioria das vezes. Onde uma ou duas mídias não é o suficiente. A mídia é a parte vendedora, fundamental, mas não adianta vender bem e não estar bem com a comunidade ou com os colaboradores.

R7 A CIM na verdade é a maneira que o varejista tem de se integrar e coordenar suas ações, dentro dos canais de comunicação, como rádio, TV, entre outros. Quando a CIM é feita de maneira inteligente, cada um desses canais de comunicação atinge uma parcela de clientes, de forma clara e objetiva. Se essa comunicação não for integrada, pode comunicar coisas diferentes para o mercado, e ao invés de somar, divide o público.

R8 Os vários meios de falarmos com os clientes sobre os produtos da empresa, as várias formas de expor os produtos e a empresa.

R9 Colocar a disposição do cliente seja em catálogos, tabelas, etc. O que realmente ele pode estar comprando. Apresentar de forma clara e objetiva os produtos oferecidos.

R10 Existe coisa que se anuncia para vender, já tem coisa que se anuncia para fortalecer. A CIM tem que ser implícita e explicita, mostrando o que se vende, e o que se faz para melhorar a sociedade. A CIM tem que fazer com que o consumidor se sinta sócio da empresa, tem que ter relacionamento com o mesmo, passando pela pré-venda, venda e pós-venda. Mostrar valores emocionais, mesmo sendo a maior parte racional, por exemplo, um slogan antigo: "comprar faz bem".

Quadro 10: Comunicação Integrada de Marketing com o Mercado Fonte: Profissionais de marketing e comunicação (Out/2007)

Page 84: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

84

A Comunicação Integrada de Marketing com o mercado, visa o envolvimento de

várias ferramentas de marketing, de forma integrada e planejada, para se relacionar

com o mercado e os clientes, conforme reforçam as respostas do quadro 10.

As ferramentas são às mais variadas possíveis, como pesquisas, propaganda,

promoção, eventos, marketing direto, cabe aos gestores de marketing integrar as

mesmas e utiliza-las conforme o planejamento e foco das ações.

A CIM não se resume apenas investir em vários meios de comunicação, de

qualquer maneira, mas sim, requer planejamento e coerência, para saber quais os

melhores meios para se chegar no consumidor, conforme o objetivo de cada ação, de

forma eficaz e integrada.

Qual a diferença entre CIM com o mercado e CI?

R1 Comunicação interna é um dos braços da CIM A CI é fundamental para dar suporte a postura que se deseja, para a equipe e para que o posicionamento seja refletido na organização.

R2

A comunicação com o mercado foca especificamente a visibilidade da empresa perante consumidores em potencial, busca fidelidade à marca, etc. A comunicação interna informa os colaboradores das políticas e estratégias da empresa com o mercado, preparando-os assim para interagir de maneira correta com os consumidores, além, é claro que manter a equipe motivada e satisfeita.

R3

CI muitas pessoas acham fácil, mas vender a empresa para os funcionários não é tarefa fácil. Na Weg foi criado grupos de endomarketing, ficam ouvindo os colaboradores. Tem-se ação, mas não se comunicam, dando muita importância para a comunicação externa, e pouca para a interna. O ideal é primeiro se vender para dentro da empresa, depois para fora. A CIM na parte externa tenta convencer os clientes dos benefícios, já na CI se tenta vender que no trabalho se tem retorno. O público externo espera retorno, pois produto com qualidade = retorno. O externo quer produtos de qualidade, buscando qualidade de vida. Por exemplo, a Natura preza pela qualidade de vida.

R4

Nas duas se tem o cliente, onde tem que cuidar dos dois, sem endomarketing não se chega informações importantes. A comunicação tem que ser eficiente em ambas, pois o funcionário também é cliente. A única diferença é que um cliente é externo e outro interno, mas ambos devem ter sua devida atenção. Pois não adiante se ter uma boa propaganda e promoção se o atendimento é ruim e desinformado, por isso a importância da CIM, logística e atendimento.

R5 CIM integra, tem como objetivo a venda do produto, e a CI o foco é quem faz os produtos.

Page 85: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

85

R6

É totalmente diferente. O mercado é muito grande e tem que se ter mensagens claras e objetivas. E com a CI você tem que ser mais específico, porque o colaborador sabe o que se acontece na empresa, é uma tarefa mais complicada do que com o consumidor, porque o colaborador sabe os detalhes, já o público de fora não conhece, e você escolhe o que vai passar para ele, já com o público interno isso não é possível.

R7

Na verdade internamente você acaba tendo menos canais, se usa o endomarketing, e se comunica por e-mail, comunicados, se restringindo um pouco os canais. A CIM se pode usar de vários outros meios para comunicar. Mas mesmo assim não se pode dizer que a CI é fácil, um exemplo é que a própria Wal-Mart tem dificuldades de se comunicar internamente, devido a grandeza da empresa. Essa má comunicação muitas vezes se dá pela questão cultural, pois pessoas que nunca leram um informativo podem questionar porque hoje tem que ler. Internamente ainda se tem que quebrar paradigmas, enquanto que externamente o público está mais aberto a novidades.

R8 A Comunicação integrada com o mercado visa mostrar seu produto para o público alvo, com intuito de venda, já a comunicação interna é mais institucional, visando mostrar o que acontece na empresa para o colaborador.

R9

A comunicação integrada é a melhor forma de apresentar algo ao cliente. Endomarketing seria o marketing interno. Marketing o todo do processo. PDV seria o material de apresentação. Comercial é a finalização de um trabalho. O contato direto com o consumidor ou cliente.

R10

A diferença esta na forma de abordagem. O nível de profundidade a CI é muito maior, só que a CIM cuida do endomarketing. Em ambas tem que se ter comprometimento, a equipe tem que vestir a camisa. A CI trabalha o lado emocional e o endomarketing o lado motivacional. Um exemplo é o Centro Weg que passa a idéia de que ali é o melhor lugar para se trabalhar, e os funcionários têm orgulho de andar com uniforme e crachá na rua. Apesar de a CI e CIM serem diferentes, elas se entrelaçam, onde o consumidor tem que se sentir bem atendido e o colaborador entender que o nome dele está junto a empresa. A CI e CIM quando bem trabalhadas se parecem uma coisa só.

Quadro 11: Diferença entre comunicação integrada e comunicação interna Fonte: Profissionais de marketing e comunicação (Out/2007)

A comunicação interna visa fortalecer a empresa interagindo internamente, pois

uma empresa forte internamente, terá muito mais força externamente e suas ações de

CIM serão mais eficazes. No quadro 11, as respostas falam que a CI e a CIM tem

ligação, e realmente elas têm.

A Comunicação Interna é uma ferramenta da Comunicação Integrada de

Marketing, pois trabalha internamente, visando a otimização dos resultados, mantendo

os colaboradores informados, motivados e satisfeitos. A CIM busca relacionamento,

posicionamento e fortalecimento da marca, e para isso conta com a CI.

Page 86: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

86

Você teria algum exemplo de sucesso no que se refere a CIM?

R1 As campanhas da SKOL, Havaianas, O Boticário, Docol, Lilica Repilica utilizam a CIM.

R2 O Boticário.

R3 O Boticário trabalha muito bem a CIM, a Wal-Mart e o Angeloni (tanto Supermercados como Farmácias), também trabalha bem a CIM.

R4

Magazine Luiza. Lançou a promoção das casas. Tudo começou com pesquisa, merchandising no Faustão, anúncios, jornais, rádio, TV, tudo integrado para promover a promoção. Onde nesta promoção o ganhador podia levar um amigo e o vendedor, para tentara ganhar mais prêmios e poder mobiliar a casa. Inclusive a primeira casa saiu para Jaraguá do Sul.

R5 Breithaupt. Usam-se muito bem as ferramentas de comunicação, onde se recebe informação comercial e institucional.

R6

A Fiat. Com a campanha de 70 anos, foi uma campanha institucional e que falava do futuro, com crianças, teve integração das mídias. No site tinha um espaço para deixar mensagens sobre temas específicos e importantes, TV, rádio, impresso, site e PDV estavam integradas, deixou o lado comercial e focou o institucional, fortalecendo a marca, onde a construção da mensagem final foi perfeita.

R7

A Bretzke, um case da própria Fónix. O Muky é seu carro chefe e a Bretzke elegeu o website como braço direito do produto. Foi criado um website para interagir com crianças de 7 a 12 anos, onde o Nescau era muito forte, e que a partir do website houve melhorias na embalagem, material de PDV, propaganda em canais de TV fechada, em grande porta como terra e MSN, onde tudo foi integrado. Onde se teve pesquisa e não focaram em esportes radicais como o Nescau, mas sim em jogos e na inteligência. O site do muky tinha média de acesso de 682 usuários/mês, onde em 15 dias de campanhas o site teve mais de 23.200 acessos. Até set/2007 o site tinha 46.138 usuários cadastrados

R8 Casas Bahia. Acho que é um case de sucesso no que se refere à Comunicação integrada de MKT.

R9 Não no momento.

R10

São Paulo Futebol Clube. É referência, sendo a torcida que mais cresceu nos últimos 10 anos, graças ao marketing. O SPFC é uma marca valorizada no Brasil e no mundo, onde a CIM é bem feita, desde a pintura do estádio, até as contratações, não se falta dinheiro, a categoria de base é forte, o endomarketing é forte, sendo o único time que faz divulgação em rádios.

Quadro 12: Exemplo de sucesso com CIM Fonte: Profissionais de marketing e comunicação (Out/2007)

Conforme a resposta do quadro 12, se tem vários exemplos de sucesso de CIM,

e em vários segmentos, desde automotivo, varejo, indústria, até esportivo.

Todos esses exemplos vêm reforçar, a importância da CIM, pois todos eles servem

de modelo, e são comprovados os sucessos. Cito outro exemplo de sucesso a Coca-

Cola.

Page 87: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

87

4.3 REFERENCIAL TEÓRICO

Através de citações de autores especialistas na área de comunicação e

marketing, se teve o embasamento teórico do trabalho, fortalecendo assim o mesmo, e

as entrevistas, que tiveram cunho prático.

Parente (2000, p. 22) fala que:

Varejo consiste em todas as atividades que englobam o processo de venda de produtos e serviços para atender a uma necessidade pessoal do consumidor final. O varejista é qualquer instituição cuja atividade principal consiste no varejo, isto é, na venda de produtos e serviços para o consumidor final.

A importância do varejo é fundamental para a economia, onde sem eles as

indústrias não iriam conseguir produzir e atender o que atendem hoje. Imagina uma

fábrica de açúcar vender para milhares de pessoas? É mais fácil está mesma fábrica

despachar seu produto para milhares de estabelecimentos, chamados de varejo.

Segundo Kotler e Keller (2007, p. 556):

Conforme definição da American Association of Advertising Agencies, associação norte-americana de agências de propaganda, comunicação integrada de marketing (CIM) é um conceito de planejamento de comunicação de marketing que reconhece o valor agregado de um plano abrangente, capaz de avaliar os papéis estratégicos de uma série de disciplinas da comunicação – propaganda geral, resposta direta, promoção de vendas e relações públicas, por exemplo – e de combiná-las para oferecer clareza, coerência e impacto máximo por meio de mensagens integradas com coesão. Lamentavelmente, muitas empresas ainda confiam em apenas uma ou duas ferramentas de comunicação. Essa prática persiste apesar da proliferação dos novos tipos de mídia, da crescente sofisticação dos consumidores e da fragmentação dos mercados de massa em uma infinidade de minimercados, cada um deles exigindo uma abordagem específica. A ampla gama de ferramentas de comunicação, mensagens e públicos torna obrigatório que as empresas se encaminhem para uma comunicação integrada de marketing. É preciso adotar uma ‘visão 360 graus’ do consumidor para compreender plenamente todas as diferentes formas pela qual a comunicação pode influenciar seu comportamento cotidiano.

Page 88: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

88

Esta citação do Kotler só vem reforçar a importância deste trabalho. Para o

sucesso da CIM, é importante todos os setores da empresa estarem alinhados com o

posicionamento da mesma e interagindo entre si. A CIM visa fortalecimento da marca,

posicionamento da mesma na mente do consumidor e relacionamento.

Shimp (2003, p. 39) afirma que:

Tem havido uma tendência bem-definida nos últimos anos em direção a uma prática que é chamada de comunicação integrada de marketing, ou simplesmente CIM. Na verdade, essa tendência é um dos mais importantes desenvolvimentos de marketing nos anos 90. No passado, as empresas normalmente tratavam os elementos de comunicação como atividades teoricamente separadas, enquanto que a filosofia atual de marketing sustenta que a integração é absolutamente imperativa para o sucesso.

O autor também defende a coerência da CIM. Se antigamente as empresas

usavam apenas um ou dois canais de comunicação, hoje em dia com a evolução do

mercado, clientes e marketing, isso não é mais possível, interagir com vários meios de

comunicação é fundamental para a sustentabilidade da empresa.

Ogden (2002, p. 3) diz que:

A comunicação integrada de marketing é uma expansão do elemento de promoção do mix de marketing. Ela é essencialmente o reconhecimento da importância de comunicar a mesma mensagem para os mercados-alvos. Além disso, é o reconhecimento de que todas as variáveis da CIM comunicam algo e que existe uma sobreposição na comunicação que essas variáveis fornecem. Cada uma das variáveis da CIM afeta o programa de marketing como um todo, de modo que, para garantir a eficácia, todas devem ser gerenciadas.

Como cita o autor, não basta apenas integrar essas ferramentas de

comunicação, elas devem ser controladas e gerenciadas, para que todas as ações

possam dar retorno, e se necessário fazer ajustes.

Page 89: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

89

Para Dias (2007, p. 240):

Os consumidores, distribuidores, empregados, fornecedores, concorrentes, investidores, acionistas, governo, organizações não-governamentais, comunidades e, em especial, a mídia são os principais públicos que acompanham com interesse as empresas. A comunicação corporativa é o processo que a empresa usa para se comunicar com seu público e que consiste em diversos elementos, como marcas, produtos e serviços, divulgação pela mídia, anúncios de propaganda, patrocínios, eventos, relatórios, balanços financeiros, página na internet, entre outros. Ela tem a função de acompanhar as tendências sociais, políticas, econômicas e culturais, de modo que as empresas possam criar imagens e projetar suas vozes. Cabe a ela aproveitar as oportunidades ou criar situações adequadas para que as empresas possam se comunicar de maneira eficaz, entender e capitalizar o interesse das audiências e escolher a melhor combinação possível de canais de comunicação. No ambiente interno das empresas, a comunicação corporativa tem como finalidade gerar uma atmosfera de confiança, capaz de motivar as pessoas na realização de suas funções.

Segundo o que diz o autor, se vê a comunicação integrada de marketing como

uma ferramenta da comunicação corporativa. A CIM tem como foco a comunicação

voltada para o consumidor, já a comunicação corporativa tem como objetivo cuidar da

imagem da empresa, numa visão macro, acompanhando a sociedade, política,

economia e cultura.

Solomon (2005, p. 24) afirma que:

O campo do comportamento do consumidor abrange uma ampla área: é o estudo dos processos envolvidos quando indivíduos ou grupos selecionam, compram, usam ou dispõem de produtos, serviços, idéias ou experiências para satisfazer necessidades e desejos.

O autor fala que comportamento do consumidor é o estudo das pessoas e suas

formas de adquirir os produtos, entender os consumidores e suprir suas necessidades,

não é tarefa simples, requer muitas informações e planejamento.

Page 90: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

90

Segundo Kotler e Keller (2007, p. 271):

A premissa dos modelos de brand equity baseados no cliente é que o poder de uma marca está naquilo que os clientes vêem, lêem, escutam, aprendem, pensam e sentem sobre ela ao longo do tempo. Em outras palavras, o poder de uma marca está na mente de clientes reais ou potenciais e na sua experiência direta ou indireta com ela.

Conforme cita o autor, a marca está no que o cliente vê, lê, escuta, aprende,

pensa e sente, isso vem mostrar ainda mais a importância da CIM, pois é ela que faz

com que todas as ferramentas de comunicação cheguem ao cliente de forma integrada

e homogênea.

Page 91: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

91

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para a realização deste trabalho, poderia ter sido escolhido um assunto menos

amplo, como PDV ou marketing de relacionamento, onde provavelmente seria mais

tranqüila a realização do mesmo. Mas acredita-se que antes de qualquer outro estudo,

a melhora na comunicação, de qualquer empresa, é primordial. De nada adianta ter o

melhor PDV, se a comunicação de uma empresa é falha, e afeta na entrega de

produtos ou na elaboração de promoções. Para se poder ter um relacionamento com o

cliente, antes de qualquer coisa, é necessário ter uma comunicação com o mesmo.

Comunicação, assim como clientes, são primordiais para uma organização. Sem

comunicação as informações não são passadas, muito menos recebidas, e sem cliente

não há o porquê de uma empresa existir.

A comunicação integrada de marketing não é uma ciência exata, mas sim uma

filosofia, que requer mudança nas organizações. É preciso não só saber quais os

melhores canais de comunicação para determinada ação, mas também ter

planejamento, pesquisas, setores alinhados, colaboradores motivados, canais de

relacionamento com clientes, tudo isso controlado e analisado, para conseguir cada vez

mais fortalecer a marca.

Conforme observado no capítulo anterior, na análise dos resultados, o estudo

correspondeu aos objetivos específicos e ao objetivo geral, onde foram feitos estudos e

análises para elaborar uma proposta de comunicação integrada de marketing para a

empresa.

Neste capítulo será apresentada uma síntese dos resultados, as sugestões de

melhorias para a comunicação integrada de marketing da empresa Breithaupt, as

limitações da pesquisa e as sugestões para pesquisas futuras.

Page 92: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

92

5.1 SÍNTESE DOS RESULTADOS

O presente estudo analisou a realidade da comunicação integrada de marketing

da empresa e seu desempenho, onde se partiu de uma dedução, até chegar a uma

conclusão, de que a mesma não está integrada, onde está integração é fundamental

para o fortalecimento da marca, tanto no âmbito interno como no externo.

O objetivo geral do trabalho foi desenvolver um estudo crítico acerca do modelo

de comunicação aplicado na empresa, e este estudo foi feito através das entrevistas

com os gestores, observação e ligação direta do acadêmico.

Já os objetivos específicos foram: fazer uma análise diagnóstica do modelo de

comunicação adotado pela empresa; realizar estudo a fim de definir um modelo ideal de

comunicação integrada para a empresa; elaborar proposta para uma comunicação

integrada na empresa. Todos os três objetivos foram alcançados também, através das

entrevistas com gestores, entrevistas com profissionais de marketing e comunicação e

referencial teórico de autores especialistas na área.

5.2 SUGESTÕES DE MELHORIA

Após o desenvolvimento de um estudo crítico acerca do modelo de comunicação

aplicado na empresa, onde para a realização do mesmo foram realizadas entrevistas e

pesquisas teóricas, se chegou a conclusão de que não depende apenas do marketing a

boa comunicação da empresa, mesmo quando o foco é o mercado, pois vários outros

setores, como comercial, vendas, TH, telemarketing, endomarketing, crediário, logística,

entre outros, também participam direta ou indiretamente deste processo.

Para que haja melhoria na comunicação como um todo na empresa, se chegou a

conclusão de que seria necessário a implantação de uma Comissão de Marketing e um

Comitê Corporativo.

Page 93: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

93

Esta mudança não acarretaria custos para a empresa, somente mudanças e

atitude. A idéia de implantar uma comissão e um comitê se deu, porque comunicação

não se faz somente no marketing, mas sim em todos os setores. Juntar profissionais de

diferentes áreas, com diferentes experiências e visões, em prol da empresa, parece a

coisa mais coerente de se fazer. A necessidade de melhoria na comunicação foi

levantada neste trabalho, mas foi comprovada e ratificada nas entrevistas com os

gestores da empresa. A empresa cresceu, e continua crescendo, e é normal que

existam falhas, uma empresa 100% não existe, mas nem por isso as empresas devem

deixar de fazer o seu melhor, e abrir mão de melhorias, que é um processo contínuo e

essencial para o crescimento de qualquer empresa.

A sugestão proposta é que a comissão de marketing fosse subordinada ao

comitê corporativa, onde a mesma teria um papel mais ativo no dia-a-dia da empresa,

cuidando mais das necessidades imediatas da empresa e alinhadas as premissas do

comitê corporativo. Segue a sugestão para elaboração da comissão:

- Comissão de Marketing

A proposta para a comissão de marketing é que ela se reúna uma vez por

semana, com duração de aproximadamente uma hora e meia, com dia e hora

marcados.

Ficaria a cargo de o coordenador agendar as reuniões, determinar a pauta e a

periodicidade das reuniões.

A sugestão para os membros da comissão se deu através da importância para a

comissão de marketing, ter uma visão mais mercadológica, onde os membros sugeridos

são os seguintes:

- 01 Coordenador (sugestão Thiago M. Sarmanho)

- 05 Membros (marketing, vendas, comercial, RH e logística)

Page 94: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

94

As atribuições da comissão de marketing sugeridas são as seguintes:

- Plano de Comunicação de Marketing;

- Gerenciamento de Marketing;

- Plano de Mídia;

- P.D.V;

- Eventos/ Cursos / Feiras;

- Pesquisa;

- Marketing de Relacionamento (cliente/fornecedor/colaborador);

- Representante/Vendedores;

- Manual da Marca.

Já a sugestão proposta para o comitê corporativo, é que o mesmo fosse

subordinado à diretoria, aonde teria um papel mais estratégico na empresa, cuidando

mais da empresa, numa visão mais macro, e alinhado ao planejamento estratégico.

Segue a sugestão para elaboração do comitê:

- Comitê Corporativo

A proposta para o comitê corporativo é que ela se reúna uma vez por mês, com

duração de aproximadamente uma hora e meia, com dia e hora marcados.

Ficaria a cargo de o coordenador agendar as reuniões, determinar a pauta e a

periodicidade das reuniões.

A sugestão para os membros do comitê se deu através da importância de se ter

membros alinhados com o planejamento da empresa, onde os membros sugeridos são

os seguintes:

- 01 Coordenadora (Zélia B. Janssen)

- 10 Membros – rodízio (comercial super, comercial lojas, TH, vendas, logística,

financeiro, marketing, crediário, operações e informática).

Page 95: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

95

As sugestões para as atribuições do comitê corporativo são as seguintes:

- Diretrizes do Plano de Comunicação;

- Cuidar da Marca (macro);

- Posicionamento;

- Supervisionar a Comissão;

- Delegar Funções;

- Deliberar Projetos;

- Institucional (Marketing Ambiental/Social/Patrocínio/Comunidade/Político);

- Planejamento Estratégico;

- Sinergia entre Loja e Áreas Estratégicas de Vendas;

- Análise do custo Global de Vendas e Despesas.

5.3 LIMITAÇÕES DA PESQUISA

Com certeza esta pesquisa foi muito desafiadora, onde se pode ter um

conhecimento adquirido extraordinário. Acredita-se ter superado as expectativas da

empresa e da universidade, pois a do autor foi superada.

Mas as limitações das pesquisas existiram. Como é um assunto muito amplo,

comunicação de marketing integrado, e é necessário assimilar uma série de fatores,

como, por exemplo, a importância de cada canal de comunicação, foi sentida certa

dificuldade em se achar mais livros sobre o assunto, temas co-relacionados e muitos

livros estavam de certa forma desatualizados.

De qualquer forma, apesar da dificuldade nas referências, foram alcançados

todos os objetivos propostos neste trabalho.

Page 96: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

96

5.4 SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS

Este trabalho foi muito gratificante de se fazer. Por isso as sugestões de

pesquisas seriam inúmeras, mas fica a sugestão sobre os seguintes assuntos:

- Fortalecimento da Marca;

- Marketing de Relacionamento;

- PDV;

- Comportamento do Consumidor;

- Comunicação Corporativa;

- Viabilidade de Implantação de um Setor de Comunicação.

Assunto é o que não faltaria para sugerir, mas acredita-se que esses, hoje,

seriam os mais relevantes para a complementação deste trabalho, bem como de maior

importância para a empresa.

Page 97: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

97

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Page 100: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

100

ANEXO A

ROTEIRO DE ENTREVISTA INTERNA EXPLORATÓRIA QUALITATIVA (PERGUNTAS ABERTAS)

Este roteiro de entrevista trata de uma parte do trabalho acadêmico de conclusão de curso (TCC), sobre Comunicação Integrada de Marketing, onde o objetivo é levantar dados e informações para poder desenvolver um estudo crítico acerca do modelo de comunicação aplicado na empresa.

Nome do entrevistado:_____________________________ Data: _____/_____/_____

Setor: ________________________ Função: ________________________________

Assunto: CIM Nome do entrevistador: Jorge L. S. Mendes

PERGUNTAS:

1) Na sua opinião, qual a importância da sua área para os clientes? Por quê?

2) Como é feita a comunicação com os mesmos (interno/externo)?

3) Na sua opinião, como está a comunicação entre os setores da empresa? Por quê?

4) E com o setor de marketing?

5) Na sua opinião, como está a comunicação interna da empresa (comercialmente/

institucionalmente/ colaboradores)? Por quê?

6) Na sua opinião, como está a comunicação de marketing? Por quê?

7) Na sua opinião, como se pode melhorar a comunicação integrada da empresa

(cliente/ colaborador/ fornecedor)? Por quê?

Page 101: TCC - Comunicação Integrada de Marketing para o Varejo

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ANEXO B

ROTEIRO DE ENTREVISTA EXTERNA EXPLORATÓRIA QUALITATIVA

(PERGUNTAS ABERTAS)

Este roteiro de entrevista trata de uma parte do trabalho acadêmico de conclusão de curso (TCC), sobre Comunicação Integrada de Marketing, onde o objetivo é levantar dados e informações para poder desenvolver um estudo crítico acerca do modelo de comunicação aplicado na empresa.

Nome do entrevistado:_____________________________ Data: _____/_____/_____

Setor: ________________________ Função: ________________________________

Assunto: CIM Nome do entrevistador: Jorge L. S. Mendes

PERGUNTAS:

1) Qual a importância do marketing para as empresas de varejo?

2) Focando no P= Promoção, mais voltado para a comunicação, qual a sua

percepção dos resultados das ações de comunicação para uma empresa de

varejo?

3) O que você entende por Comunicação Integrada de Marketing com o mercado

(clientes)?

4) Qual a diferença entre Comunicação Integrada com o mercado e a comunicação

interna (Endomarketing, Marketing, PDV, Comercial, etc)?

5) Você teria algum exemplo de sucesso no que se refere a Comunicação

Integrada de Marketing?