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01 a T ua L CATAGUASES/LEOPOLDINA • 10 DE JULHO DE 2013 Ano V • Nº 130 R$ 1,00 Cataguases/Leopoldina • 10 de julho de 2013 Circuito Serras e Cachoeiras apoia passeios de cunho ecológico. Pág. 5 Cinta Moderna participa do Salão Moda Brasil A Cinta Moderna, indústria sediada em Cataguases, par- ticipou da 10ª edição do Sa- lão Moda Brasil, evento in- ternacional de moda íntima, praia e fitness, têxtil e avia- mentos, realizado de 16 a 18 de junho em São Paulo. Considerado o maior even- to do gênero da América La- tina, contou com 320 marcas expositoras com cinco mil lançamentos. Cerca de 21 mil visitantes acompanharam o lançamento das tendências de Primavera/Verão 2014. Foi o caso da empresária Rosany Cortes Lima, propri- etária das Lojas Intimidades, com matriz em Cataguases e filial em Leopoldina. Sempre antenada e à procura de no- vidades, Rosany, revendedora da Cinta Mo- derna, esteve no Salão Moda Brasil. Ela disse ter ficado "feliz e orgulhosa pela par- ticipação da Cinta Moderna" no evento:... continua na pág 6 Mirainox presente na 41ª Expomaq, no Expominas de Juiz de Fora manuais para: bandeja, copo, garrafa, pote,. tan- ques, equipamentos em aço INOX. A linha de produção ainda contempla linhas de lavagem, extração e envase de água de côco e suco e alguns equipamentos para a linha de cosméticos, de- tergentes e temperos. Votorantim Metais abre oportunidades de emprego PÁGINA 5 Em Leopoldina, manifestantes se concentraram no centro da cidade Sediada em Miraí, a Mirainox, fabricante de equipamentos para laticíni- os em geral, vai participar da 41ª Expomaq, que será realizada no Expominas de Juiz de Fora, de 15 a 18 de julho. A feira é considerada um das mais importantes do Brasil sobre leite e deriva- dos, sendo referência para in- dústria laticinista na América Latina. Pertencente ao empresário Claudiomir Vieira, a Mirainox produz caldeiras de todos os tipos e equipamentos para refrescose sorveteria. A em- presa trabalha com envasadoras automáticas e Senac vai ministrar três oficinas no Festival de Viola e Gastronomia de Piacatuba Cresce a cada ano a participação do SENAC no Festival de Viola e Gastronomia de Piacatuba, o que confere qualificação e capacitação aos participantes, com evidentes benefícios para a legião de visitantes. Para essa edição do festival, o orientador de curso do Senac Juiz de Fora, Ary Fortes, vai apresentar três oficinas durante o dia no "Quintal Minei- ro", ao lado do Palco, de 10 as 12 horas, de quarta a sexta feira. Ary conta que a proposta é sempre voltada para a culinária mineira, mas neste ano prome- te surpresas. Segundo ele, nos dias que ante- cedem as oficinas, o orientador das oficinas vai buscar entre os moradores algum ingrediente peculiar e agregar ao cardápio. "Esta é uma oportunidade de liberar a criatividade e a opor- tunidade de valorizar a cultura e o regionalis- mo desta maravilhosa cidade que por concep- ção acolhe e recebe a todos tão bem", entusi- asma-se Ary...Continua na pág 3 1º Fórum Dissonâncias vai debater a música brasileira contemporânea O que é e o que pensa a música brasileira contempo- rânea? Quem e para quem se faz música hoje no Bra- sil? Questões como estas es- tarão na pauta do o 1º Fórum Dissonâncias, que acontece de 11 a 13 de julho no Centro Cultural Humberto Mauro, numa pro- moção do o Projeto Usina Cultural, coordenado e pro- duzido por Fausto Menta. Além da presença de pro- dutores, jornalistas, pesqui- sadores, três artistas com trabalhos bem distintos vão se apresentar: os cataguasenses do Kashymir, o ex-brega e agora cultuado Odair José e os matogrossenses do Vanguart. Depois de fazer circular por Cataguases o que há de mais inventivo, autoral e conceitual, o Usina Cultural O cantor e compositor Odair José: show e participação em debates quer propor uma discussão em torno desta nova música Usando as palavras de Rômulo Fróes, um dos participantes e integrante do grupo Passo Torto, será o momento de apresentar o que pensa e pro- duz uma geração de "artistas- operários, surgida em plena derrocada das grandes grava- doras e que, alijada da indús- tria, se viu obrigada a dar conta de todo o processo de construção de uma obra mu- sical. Agora, de posse de sua obra e de sua carreira, é che- gada a hora dessa geração conquistar uma voz mais for- te, que diga a que veio e que rompa a barreira do anoni- mato imposta à ela"...continua na pág 6 Estande da Cinta Moderna no Salão Moda Brasil em São Paulo Ary Fortes, orientador de curso do Senac Juiz de Fora, ministrará oficinas em Piacatuba FOTO RICARDO QUINTEIRO

Jornal Atual ed. 130

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Page 1: Jornal Atual ed. 130

01aTuaLCATAGUASES/LEOPOLDINA • 10 DE JULHO DE 2013

Ano V • Nº 130 R$ 1,00 Cataguases/Leopoldina • 10 de julho de 2013

Circuito Serras e Cachoeiras apoia passeios de cunho ecológico. Pág. 5

Cinta Moderna participa do Salão Moda BrasilA Cinta Moderna, indústria

sediada em Cataguases, par-ticipou da 10ª edição do Sa-lão Moda Brasil, evento in-ternacional de moda íntima,praia e fitness, têxtil e avia-mentos, realizado de 16 a 18de junho em São Paulo.

Considerado o maior even-to do gênero da América La-tina, contou com 320 marcasexpositoras com cinco millançamentos. Cerca de 21 milvisitantes acompanharam olançamento das tendênciasde Primavera/Verão 2014.

Foi o caso da empresáriaRosany Cortes Lima, propri-etária das Lojas Intimidades,com matriz em Cataguases efilial em Leopoldina. Sempreantenada e à procura de no-vidades, Rosany,revendedora da Cinta Mo-derna, esteve no Salão ModaBrasil. Ela disse ter ficado"feliz e orgulhosa pela par-ticipação da Cinta Moderna"no evento:...continua napág 6

Mirainox presente na 41ª Expomaq,no Expominas de Juiz de Fora

manuais para: bandeja,copo, garrafa, pote,. tan-ques, equipamentos em açoINOX. A linha de produçãoainda contempla linhas delavagem, extração e envasede água de côco e suco ealguns equipamentos paraa linha de cosméticos, de-tergentes e temperos.

Votorantim Metais abreoportunidades de emprego

PÁGINA 5

Em Leopoldina, manifestantes se concentraram no centro da cidade

Sediada em Miraí, aMirainox, fabricante deequipamentos para laticíni-os em geral, vai participarda 41ª Expomaq, que serárealizada no Expominas deJuiz de Fora, de 15 a 18 dejulho. A feira é consideradaum das mais importantes doBrasil sobre leite e deriva-

dos, sendo referência para in-dústria laticinista na AméricaLatina.

Pertencente ao empresárioClaudiomir Vieira, a Mirainoxproduz caldeiras de todos ostipos e equipamentos pararefrescose sorveteria. A em-presa trabalha comenvasadoras automáticas e

Senac vai ministrar três oficinas no Festivalde Viola e Gastronomia de Piacatuba

Cresce a cada ano a participação do SENACno Festival de Viola e Gastronomia dePiacatuba, o que confere qualificação ecapacitação aos participantes, com evidentesbenefícios para a legião de visitantes. Para essaedição do festival, o orientador de curso doSenac Juiz de Fora, Ary Fortes, vai apresentartrês oficinas durante o dia no "Quintal Minei-ro", ao lado do Palco, de 10 as 12 horas, dequarta a sexta feira.

Ary conta que a proposta é sempre voltadapara a culinária mineira, mas neste ano prome-te surpresas. Segundo ele, nos dias que ante-cedem as oficinas, o orientador das oficinas vaibuscar entre os moradores algum ingredientepeculiar e agregar ao cardápio. "Esta é umaoportunidade de liberar a criatividade e a opor-tunidade de valorizar a cultura e o regionalis-mo desta maravilhosa cidade que por concep-ção acolhe e recebe a todos tão bem", entusi-asma-se Ary...Continua na pág 3

1º Fórum Dissonâncias vai debatera música brasileira contemporânea

O que é e o que pensa amúsica brasileira contempo-rânea? Quem e para quemse faz música hoje no Bra-sil? Questões como estas es-tarão na pauta do o 1ºFórum Dissonâncias, queacontece de 11 a 13 de julhono Centro CulturalHumberto Mauro, numa pro-moção do o Projeto UsinaCultural, coordenado e pro-duzido por Fausto Menta.

Além da presença de pro-dutores, jornalistas, pesqui-sadores, três artistas comtrabalhos bem distintos vãose apresentar: oscataguasenses do Kashymir,o ex-brega e agora cultuadoOdair José e osmatogrossenses doVanguart.

Depois de fazer circularpor Cataguases o que há demais inventivo, autoral econceitual, o Usina Cultural

O cantor e compositor Odair José: show e participaçãoem debates

quer propor uma discussãoem torno desta nova músicaUsando as palavras de RômuloFróes, um dos participantes eintegrante do grupo PassoTorto, será o momento deapresentar o que pensa e pro-duz uma geração de "artistas-operários, surgida em plenaderrocada das grandes grava-doras e que, alijada da indús-

tria, se viu obrigada a darconta de todo o processo deconstrução de uma obra mu-sical. Agora, de posse de suaobra e de sua carreira, é che-gada a hora dessa geraçãoconquistar uma voz mais for-te, que diga a que veio e querompa a barreira do anoni-mato imposta àela"...continua na pág 6

Estande da Cinta Moderna no Salão Moda Brasil em São Paulo

Ary Fortes, orientador de curso doSenac Juiz de Fora, ministraráoficinas em Piacatuba

FOTO RICARDO QUINTEIRO

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02aTuaL CATAGUASES/LEOPOLDINA • 10 DE JULHO DE 2013

oPinião

O imediatismo dasmanifestações

eDiTORiaL

Uma publicação da Tribuna da Mata Leste Editora Ltda

SedeSedeSedeSedeSedeRua Cel.João Duarte, 64 – Sala 603 – Calçadão ShoppingCentro – Cataguases/MG CEP 36.770-032 / CNPJ: 09.080.444/0001-59TTTTTelefone: 32-8857-3292 / Email: [email protected]: 32-8857-3292 / Email: [email protected]: 32-8857-3292 / Email: [email protected]: 32-8857-3292 / Email: [email protected]: 32-8857-3292 / Email: [email protected]

CirculaçãoCirculaçãoCirculaçãoCirculaçãoCirculaçãoCataguases, Leopoldina, Astolfo Dutra, Palma, Miraí, Guarani, Recreio, São Sebastião da VargemAlegre, Santana de Cataguases, Dona Eusébia, Laranjal, Itamarati de Minas, Além Paraiba e Argirita

Jornalista responsável:Jornalista responsável:Jornalista responsável:Jornalista responsável:Jornalista responsável:Antonio Trajano Vieira Cortez / Reg prof: 2248 Mtb / (32) 8857-3292 - 3212-3292(32) 8857-3292 - 3212-3292(32) 8857-3292 - 3212-3292(32) 8857-3292 - 3212-3292(32) 8857-3292 - 3212-3292

EditoraçãoEditoraçãoEditoraçãoEditoraçãoEditoração: Jorge Carvalho - Telefone (32) 3728-0411 / 9973-9730 / 8858-2048

O Jornal Atual não se responsabiliza por opiniões em artigos ou colunas assinadasO Jornal Atual não se responsabiliza por opiniões em artigos ou colunas assinadasO Jornal Atual não se responsabiliza por opiniões em artigos ou colunas assinadasO Jornal Atual não se responsabiliza por opiniões em artigos ou colunas assinadasO Jornal Atual não se responsabiliza por opiniões em artigos ou colunas assinadasCartas e artigos assinados, com número da carteira de identidade e CPF e endereço podem serenviados para a redação do jornal ou pelo email: [email protected] no endereço acima

Desde o início de junho, oBrasil passa por manifesta-ções de norte a sul, de lestea oeste. Estas manifestaçõesse iniciaram contra o aumen-to de R$ 0,20 centavos nopreço das passagens de ôni-bus na capital paulista. Como auxilio da internet, elas fo-ram se agigantando e passan-do a não ter um foco especí-fico, abordando diversos te-mas, dos mais corriqueiros,como o transporte, aos maiscomplexos de serem entendi-dos, como a PEC 37.

As manifestações já conse-guiram derrubar o aumentoda passagem de ônibus emSão Paulo e em diversas ou-tras cidades. Conseguiramderrubar a PEC 37 e devemderrubar a chamada "CuraGay" e até já ajudaram a le-var um deputado federal paraa prisão.

As reações dos políticos eda nação, frente à intimida-ção popular, mostram três si-tuações: 1, que é possível fa-zer mais do que é feito na prá-tica; 2, que os políticos ainda

não entenderam as manifes-tações e que estão dispostosa fazer de tudo para mantero sistema político como está,tentando a todo custo acal-mar os ânimos; e 3, temos umpovo que não entende depolítica, não sabendo distin-guir as atribuições de cadapoder (legislativo, judiciário eexecutivo), pois não conse-gue analisar os problemas deforma aprofundada, aceitan-do a superficialidade das in-formações da mídia e dosinternautas, que também nãoestudaram os problemas afundo e que por sua vez sãoinfluenciados por pessoasque desconhecemos seus ob-jetivos.

Quanto ao resultado dapesquisa lançada peloDatafolha, que aponta que-da de 27% na aprovação dogoverno Dilma, em apenastrês semanas, fica claro queo povo é imediatista e que,portanto, o governo que eraaprovado há três semanas jánão serve mais. Em nenhumasociedade consciente do mun-

PERISCÓPIO - um pouco de tudo

do a taxa de aprovação dealguém deveria cair tanto, emtão pouco tempo e, principal-mente, porque não existenenhum escândalo envolven-do a presidenta. Os jornaiscompararam a queda deDilma com a de Lula em 2005,após o escândalo domensalão, e a de FernandoHenrique, em 1999, com opaís em crise. A situação deDilma não se compara a ne-nhuma das duas anteriores,o que mostra que o julgamen-to do povo não é pelos fatosem sim, mas pela projeçãoque eles têm.

Tratar as manifestaçõescomo problema que pode serresolvido com imediatismos écorrer o risco de levar o caosà sociedade e mais uma veznão avançarmos em nada. Osproblemas que ai estão nãoforam criados da noite parao dia, não são de responsa-bilidade unicamente de par-tido A ou B, eles vêm vem dedécadas, de descaso e que,por isso, devem ser tratadoscom seriedade..

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Beatriz H. Ramos Amaral

É no fluxo incessante de umrio (que sabe ser todos osrios), nas dobras de um teci-do policromático, onde des-pontam matizes e matrizes,curvas e precipícios, que Ro-naldo Werneck colhe o tem-po e a dança de sua palavrapoética. A coreografia dasmetáforas, os cartazes-quase-cataguases e o olho em câ-mara lenta, depurando me-mórias, desliza pelas camadasque compõem um universo depaisagens reais e intertextu-ais: a cidade, o estado de Mi-nas Gerais e o mundo inteirofluem, entreçados, na voz dopoeta.

Cataminas Pombas & outrosrios (2012, Dobra Editorial )tem história e memória: par-te dele, concebida pelo autorinicialmente em 1977, à épo-ca do centenário do municí-pio de Cataguases, ensejouum mergulho no espelho decidade-cenário e, graças àvocação cosmopolita do po-eta, retratou e esculpiu, nospassos e pegadas da gente-geografia, as margens-mira-gens de minas-mundo.

Como afirma o próprio Ro-naldo Werneck, em Filme In-findável, texto introdutório àobra, trinta e cinco anos de-pois da publicação original eda retomada do Pomba-Poe-ma em outro de seus livros,Minas em mim e o mar essetrem azul (1999), acrescen-tam-se à nova edição novospoemas e fotografias, por trás

RONALDO CAGIANO EM ESPANHOLA Fundação Biblioteca Nacional, vinculada do Ministério da Cultura, divulgou osnomes dos autores selecionados para o número 4 da Revi Revista Machado deAssis - Literatura Brasileira em Tradução, feita em coedição com o Itaú Cultural eem parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e a Imprensa Oficialdo Estado de S. Paulo. Para o número 4 foram selecionados 18 autores, um deleso cataguasense Ronaldo Cagiano, que participa com o conto La marca (Dicioná-rio de pequenas solidões). A tradução é do próprio Cagiano.

COBRANÇA PELA ÁGUAO Instituto de Gestão das Águas (IGAM) está se preparando para, no segundosemestre deste ano, dar sequência à implantação de processos de cobrançaspelo uso da água em mais cinco cursos d´água do Estado. As bacias a seremcontempladas a partir do próximo ano são as dos rios Pará, Preto, Paraibuna,Pomba e Muriaé, localizadas nas regiões do Centro-Oeste e Zona da Mata. Acobrança pelo uso da água foi iniciada em 2010, envolvendo usuários dos riosAraguari, Piracicaba e das Velhas. No ano passado, foi implantada em seis afluen-tes do Rio Doce: Piranga, Piracicaba, Santo Antônio, Suaçuí, Caratinga eManhuaçu.

FORA DAS NOVAS TECNOLOGIASAs novas tecnologias digitais que farão parte da rotina das salas de aula a partirde 2014, introduzidas pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), aindasão uma grande novidade para os professores brasileiros, mesmo para aquelesacostumados ao uso da tecnologia em geral. Essa foi a constatação da equipeque por dois meses percorreu 80 cidades do País com a Caravana Digital, apre-sentando os novos objetos digitais que passam a compor o livro didático a maisde 15 mil professores, diretores de escola e representantes das secretarias deeducação.

CAPACITAÇÃO EM DEFESA CIVILA Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais (Cedec-MG) iniciou nodia 9 o curso de Capacitação Básica em Proteção e Defesa Civil ) em Juiz de Fora.O objetivo é capacitar os agentes municipais para a gestão em proteção e defe-sa civil, com o foco na Gestão do Risco de Desastres, por meio, principalmente,da instalação e operacionalização das Coordenadorias Municipais de Proteção eDefesa Civil (Compdec). O evento conta com participantes de 20 cidades da re-gião. Com três dias de duração, o curso abordará todas as ações relacionadas àminimização de desastres como enchentes, alagamentos, escorregamentos, ven-davais, seca, administração de abrigos, mapeamento das áreas de risco, além detecnologias e legislação vigente. Durante o treinamento são citados fatores re-levantes como as alterações climáticas, o crescimento desordenado de áreasurbanas e as inúmeras situações de vulnerabilidade sociais dos municípios.

ATINGIDOS PELA COPAÉ, já existe a categoria dos Atingidos pela Copa. No Rio, os índios foram atingi-dos. Já em Minas, foi formado o Comitê Popular dos Atingidos pela Copa (CopacBH),O governador Antonio Anastasia recebeu no Palácio da Liberdade, os represen-tantes do tal comitê dando continuidade ao diálogo com líderes das recentes mani-festações populares realizadas em Minas Gerais. Foram apresentadas as "pautasreivindicatórias" aprovadas pela Assembléia Popular Horizontal dos manifestantes.

ANTONIO TRAJANO

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CATAMINAS POMBAS & OUTROS RIOS

dos quais se desenham "nu-vens de palavras, manchasesparsas que flutuam sobre obranco, contrastando em cau-dal com a lenta cadência dorio, seu mágico mover imó-vel" (p.15). Para completar asexperimentações formais,apresenta expressiva variaçãotipográfica, que decompõe efertiliza a atmosfera oníricaem que habita a poesia.

Com o requinte estético deum cineasta/cronista/prota-gonista que trafega na simul-taneidade de infinitos planos,Werneck não fragmenta apalavra, não descolore a for-ça intrínseca de cada sílaba,mas a toma na inteireza e or-ganicidade, enfrentando eexplorando sua carga semân-tica e sígnica.

Sempre afinado, transbor-dante ou contido, assimila eerige seus próprios parado-xos, ajustando o foco de acor-do com a intensidade da pre-sença e da memória. O lon-ge-perto se expressa comouma vitrine. O rio de Herácli-to - em suas mesmas e sem-pre outras curvas - propõe odiálogo com as margens dodeslimite.

Suas rotas d'água engen-dram instâncias melismáticas.O ritmo se marca, às vezescom firmes acentos, na preci-são das cadências eleitas.Noutras vezes, o eixo de es-truturas polifônicas permiteque de cada ideia-palavra sedesprendam cachos, entre"caos de fios na paisagem /retorcida / por peixes de oca-

sião / do plano rio". São lan-ces ágeis que se trançam nummosaico. São faíscas "na linhado sol / o braço firme / pron-to o braço isca do acaso /pronta a esperança à espera/ do tremeluzir da água" (p.100/101)

Os rios de Minas trazem aosolhos a abundância das águas- se um retrato se esvai, ou-tro nasce. E Ronaldo Werne-ck dialoga com o Manuel Ban-deira e seu Rio Capibaribe.Também dialoga com JoãoCabral de Melo Neto dos Riossem discurso (A educaçãopela pedra). Itaipu-Catagua-ses-Cabrália o conduz porpontes e mares vicinais, trans-portando perfis e afinidadeseletivas, compondo um teci-do de rica intertextualidade.E relembra Alberto Caieiro,Augusto dos Anjos, Sophia deMelo Breyner, Guillaume Apo-llinaire.

Neste diapasão de estra-nhezas e imprevistas frestas,emerge o poema quase-qua-ses em saboroso minimalismorecoberto pelo manto hiper-melódico das anáforas e pelavalorização de bem construí-dos jogos fônicos. Rimas in-ternas, aliteração, elementosde predominância melopaicaconjugam-se na estratégiapoética de Werneck e forjama singularidade de seu canto:

Alargam-se os avessos, osfios de tempo, entre ruídos efalares em ritornello. Exten-sas fermatas contornam ocaudaloso rio, este imenso fil-me em que resíduos anafóri-

UM RIO SEMPRE OUTROcos de concreção e espessu-ra pós-moderna acordam"nos desvãos largos voleios".

Outros rios fluem a partirdos primeiros, sinalizandoculturas/amores/temores -Tejo, Tevere (Tibre), Tâmisa,Manzanares, Sena/Seine - nosquais corre(m)/escorre(m) otempo dos prismas e a forçadas margens/miragens, poissempre "vem e vai / um ven-to / sopra e sai / um som / dosena" (poema Villas & Minas:Paris, dedicado a Alberto Vi-llas - páginas 209/212).

Neste poema, inscreve mi-nas-mundo no cenário parisi-ense e entre suas águas cons-trói polifônica teia poética,entreabrindo sua autogeo-grafia, em que se insere, lei-tor-crítico

Entre olhos e âncoras,Ronaldo Werneck desfia o fiode água que o transpassa,revisita camadas e curvas dememória, enquanto o desafiodo rio contorna suas canções(lied), árias e peças camerísti-cas. O poeta fotografa, livre,em movimentos mallarmaicos,pontos de luz e som, numtempo de faróis e epifanias.Jograis e menestréis entoam,entre duas ou três margens,a singularidade de uma vozcentral, no amplo mosaicocontrapontístico da estéticacontemporânea: um e outrorio - pré-aquático / escultura /de sedimentos / tempo antesdo tempo." (p.49).

Beatriz Helena RamosAmaral, escritora, poeta eensaísta

O tempo prismático e a plurissiginificância das margens na poesia de Ronaldo Werneck

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cuLTuRa

Além da excelência das atra-ções musicais, umas das prin-cipais razões do sucesso doFestival de Viola e Gastrono-mia de Piacatuba são as delíci-as preparadas por moradores,chefs de cozinha e donos derestaurantes. Iniciado em2006, a parte gastronômicavem crescendo a cada ano,impulsionando ainda mais oFestival de Viola.

Por trás deste êxito, está apreocupação da coordenado-ra e produtora do festival,Maria Lúcia Braga, em estimu-lar a comunidade a participardo evento. Não foi difícil, poisa festa mexe com a autoesti-ma do povo de Piacatuba.

“A maior importânciadeste festival é o que ele fazpelos próprios moradores,que se sentem engrandecidoscom a presença dos artistas edos visitantes. Há um orgulho

Luiz Henrique Andrade, diretorde escola do Senac Juiz de Fora

dos moradores dizerem quesão de Piacatuba”, afirmaMaria Lúcia.

Nos últimos anos, uma im-portante parceria com o SE-NAC está contribuindo paracapacitar e profissionalizar osserviços. O resultado é que osvisitantes vão a Piacatuba nosfins de semana, em busca detranqüilidade e do bucolismotípicos do local sabendo quepodem encontrar restauran-tes com qualidade e tradição.

Para a receita não desandar,basta seguir as palavras deLuiz Henrique Andrade, dire-tor de escola do Senac Juiz deFora. Segundo ele “é impor-tante despertar a percepçãode que com a união dos es-forços da iniciativa privada,comunidade e especialistas, épossível projetar Piacatubacomo um novo polo gastro-nômico e cultural”.

O Festival de Viola eO Festival de Viola eO Festival de Viola eO Festival de Viola eO Festival de Viola eGastronomia, que tem  en-Gastronomia, que tem  en-Gastronomia, que tem  en-Gastronomia, que tem  en-Gastronomia, que tem  en-tre os seus méritos o detre os seus méritos o detre os seus méritos o detre os seus méritos o detre os seus méritos o deenvolver toda a comuni-envolver toda a comuni-envolver toda a comuni-envolver toda a comuni-envolver toda a comuni-dade,  tornou-se referên-dade,  tornou-se referên-dade,  tornou-se referên-dade,  tornou-se referên-dade,  tornou-se referên-cia para outros festivaiscia para outros festivaiscia para outros festivaiscia para outros festivaiscia para outros festivaissemelhantes que começamsemelhantes que começamsemelhantes que começamsemelhantes que começamsemelhantes que começama surgir na região. Qual éa surgir na região. Qual éa surgir na região. Qual éa surgir na região. Qual éa surgir na região. Qual éa importância e o grandea importância e o grandea importância e o grandea importância e o grandea importância e o grandeensinamento que Piacatu-ensinamento que Piacatu-ensinamento que Piacatu-ensinamento que Piacatu-ensinamento que Piacatu-ba pode dar?ba pode dar?ba pode dar?ba pode dar?ba pode dar?

  Luiz Henrique - Luiz Henrique - Luiz Henrique - Luiz Henrique - Luiz Henrique - Açõessistêmicas e organizadas pro-jetam a comunidade, fomen-tam a economia local e estimu-lam o empreendedorismo. Éimportante despertar a per-cepção de que com a uniãodos esforços por meio da ini-ciativa privada, comunidade eespecialistas, é possível proje-tar o distrito e consequente-mente a região como um novopolo gastronômico e cultural.O grande legado está no cor-porativismo e espírito de união

A parceria e a atuação do Senacpara o sucesso da parte gastronônica

PIACATUBA

disseminado a cada edição dofestival incluindo o evento nohall dos grandes eventos gas-tronômicos e culturais do es-tado.

Piacatuba é uma peque-Piacatuba é uma peque-Piacatuba é uma peque-Piacatuba é uma peque-Piacatuba é uma peque-na localidade onde, comna localidade onde, comna localidade onde, comna localidade onde, comna localidade onde, como Festival de Viola e Gas-o Festival de Viola e Gas-o Festival de Viola e Gas-o Festival de Viola e Gas-o Festival de Viola e Gas-tronomia, está sendo cri-tronomia, está sendo cri-tronomia, está sendo cri-tronomia, está sendo cri-tronomia, está sendo cri-ado um polo gastronômi-ado um polo gastronômi-ado um polo gastronômi-ado um polo gastronômi-ado um polo gastronômi-co, ainda que pequeno,co, ainda que pequeno,co, ainda que pequeno,co, ainda que pequeno,co, ainda que pequeno,na região. O que fazerna região. O que fazerna região. O que fazerna região. O que fazerna região. O que fazerpara que ele seja incre-para que ele seja incre-para que ele seja incre-para que ele seja incre-para que ele seja incre-mentado durante todo omentado durante todo omentado durante todo omentado durante todo omentado durante todo oano?ano?ano?ano?ano?

Luiz Henrique: Luiz Henrique: Luiz Henrique: Luiz Henrique: Luiz Henrique: Sensibilizare conscientizar a comunidadee empresários do setor gastro-nômico de que a capacitaçãopermanente aliada a profissio-nalização dos serviços comfoco na qualidade é o únicocaminho para gerar um even-to sustentável e criar um flu-xo permanente e perene oano todo.   

O que o Senac pode ofe-O que o Senac pode ofe-O que o Senac pode ofe-O que o Senac pode ofe-O que o Senac pode ofe-recer a Piacatuba - e co-recer a Piacatuba - e co-recer a Piacatuba - e co-recer a Piacatuba - e co-recer a Piacatuba - e co-munidades com o mesmomunidades com o mesmomunidades com o mesmomunidades com o mesmomunidades com o mesmoperfil - para estimular operfil - para estimular operfil - para estimular operfil - para estimular operfil - para estimular o

segmento gastronômico? segmento gastronômico? segmento gastronômico? segmento gastronômico? segmento gastronômico?  Luiz HenriqueLuiz HenriqueLuiz HenriqueLuiz HenriqueLuiz Henrique: A missão

do SENAC é contribuir para odesenvolvimento da socieda-de por meio de ações educa-cionais inovadoras visando àsatisfação dos clientes dentrode um processo contínuo demelhoria e evolução das pes-soas e organizações. Dentrodeste cenário e de forma iti-nerante a instituição promo-ve a inclusão social e inserçãono mercado de trabalho. Emparceria com entidades seto-riais e representantes de co-munidades é possível disponi-bilizar o acesso a todos os in-teressados sem limite de fron-teiras.

Dos fabricantes de do-Dos fabricantes de do-Dos fabricantes de do-Dos fabricantes de do-Dos fabricantes de do-ces caseiros às pessoasces caseiros às pessoasces caseiros às pessoasces caseiros às pessoasces caseiros às pessoasque planejam investir emque planejam investir emque planejam investir emque planejam investir emque planejam investir emrestaurantes, existe umarestaurantes, existe umarestaurantes, existe umarestaurantes, existe umarestaurantes, existe umafalta de conhecimento defalta de conhecimento defalta de conhecimento defalta de conhecimento defalta de conhecimento decomo transformar essacomo transformar essacomo transformar essacomo transformar essacomo transformar essavocação em geração devocação em geração devocação em geração devocação em geração devocação em geração derenda e emprego. O querenda e emprego. O querenda e emprego. O querenda e emprego. O querenda e emprego. O queo Senac pode fazer nesteo Senac pode fazer nesteo Senac pode fazer nesteo Senac pode fazer nesteo Senac pode fazer nestesentido?sentido?sentido?sentido?sentido?

Luiz Henrique: Luiz Henrique: Luiz Henrique: Luiz Henrique: Luiz Henrique: Um dos ei-xos educacionais de nossa ins-tituição abrange ações empre-endedoras. Possibilitar a cone-xão destes temas por meio depalestras, seminários,workshops e cursos para acomunidade é reduzir o ostra-cismo fazendo com que a co-munidade entenda que cadacidadão pode e deve investirde maneira sólida, sustentávele profissional e para tantotudo começa com a mudançade hábitos e cultura.

(Moíra Sales, assessoriade imprensa)

O Festival de Viola e Gas-tronomia de Piacatubatem produção e coordena-ção de Maria Lúcia Braga,com patrocínio master daEnergisa e governo de Mi-nas, através da Lei Estadu-al de Incentivo à Cultura;patrocínio da Bohemia,Zollern e da Prefeitura deLeopoldina, com apoio daFundação Cultural OrmeoJunqueira Botelho, WingsTurismo e Senac Minas.

Oficinas do Senac capacitam e qualificamprofissionais e interessados na gastronomia

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04aTuaL CATAGUASES/LEOPOLDINA • 10 DE JULHO DE 2013

ENTREVISTA - JOSÉ ANTONIO PEREIRA

Nascido em Cataguases,José Antonio Pereira foi cri-ado brincando na rua,aproveitou o que de me-lhor o Colégio Cataguasesoferecia. Foi morar no Riode Janeiro e São Paulo comuma boa bagagem e de-pois de alguns anos voltapara Cataguases no finaldos anos 1980 para os bra-ços dos amigos. Ele é Coau-tor do livro A Casa da RuaAlferes e outras crônicas(2006 – Editora Cataletras).

É também Autor dosinéditos A cidade equivo-cada (contos) e PalavrasHúmidas (poesia). Co-editacom Emerson Teixeira Car-doso a Chicos - e-zine quecircula exclusivamente pelainternet desde 2006 encon-trando-se atualmente emseu número 38, difundin-do basicamente autorescataguasenses. Agora pu-blica um livro de crônicassozinho, “ Fantasias deMeia Pataca”.

Ricardo Quinteiro:Ricardo Quinteiro:Ricardo Quinteiro:Ricardo Quinteiro:Ricardo Quinteiro:José Antonio, você jáJosé Antonio, você jáJosé Antonio, você jáJosé Antonio, você jáJosé Antonio, você jáqueria escrever antesqueria escrever antesqueria escrever antesqueria escrever antesqueria escrever antesde perambular porde perambular porde perambular porde perambular porde perambular porduas grandes capitaisduas grandes capitaisduas grandes capitaisduas grandes capitaisduas grandes capitaisdo país ou foi essa ab-do país ou foi essa ab-do país ou foi essa ab-do país ou foi essa ab-do país ou foi essa ab-sorção de outras cultu-sorção de outras cultu-sorção de outras cultu-sorção de outras cultu-sorção de outras cultu-ras que o levaram aras que o levaram aras que o levaram aras que o levaram aras que o levaram aproduzir literatura?produzir literatura?produzir literatura?produzir literatura?produzir literatura?

José AntonioJosé AntonioJosé AntonioJosé AntonioJosé Antonio: Ricardo,algumas tímidas tentativasde escrever já ocorriam nostempos de estudante noColégio Cataguases; andei,como todos os meus ami-gos da época, rabiscandoalguns jornais mimeografa-dos, até o dia que toma-mos uma dura por causade uma piada besta quepublicamos. Ali, voltei a fi-car só por conta da leiturados bons livros que a Cecí-lia Peixoto nos recomenda-va lá na biblioteca do Colé-gio. Fora da escola líamostudo que caía em nossasmãos, best sellers que vi-ravam filmes, gibis sem ca-pas que o Sr. Armando Leo-ne vendia mais em conta,livros de bolsos como asérie ZZ7 em que, BrigitteMontfort, uma agente se-creto, era nossa heroína.

O Rio alargou minha vi-são, mas foi São Paulo comseu caleidoscópio humanoque substantivou muitasdas concepções que carre-go comigo até hoje. Ali,comecei a engatinhar naescrita, frequentando omagnifico acervo e algunscursos da Biblioteca Máriode Andrade.

Ricardo Quinteiro: DeRicardo Quinteiro: DeRicardo Quinteiro: DeRicardo Quinteiro: DeRicardo Quinteiro: Deque forma a cinemato-que forma a cinemato-que forma a cinemato-que forma a cinemato-que forma a cinemato-grafia entrou na suagrafia entrou na suagrafia entrou na suagrafia entrou na suagrafia entrou na suavida? Com certeza in-vida? Com certeza in-vida? Com certeza in-vida? Com certeza in-vida? Com certeza in-fluenciou no seu estilofluenciou no seu estilofluenciou no seu estilofluenciou no seu estilofluenciou no seu estilocriativo e na sua lingua-criativo e na sua lingua-criativo e na sua lingua-criativo e na sua lingua-criativo e na sua lingua-gemgemgemgemgem.

José AntonioJosé AntonioJosé AntonioJosé AntonioJosé Antonio: O cine-ma é algo muito presentena minha formação cultu-ral. O primeiro filme queeu vi, foi com meus pais;eles eram fãs dos filmesda Atlântida. Cresci entreos Cines Machado e o Ed-gard, assistindo de Ma-zzaropi - ainda vai virarcult - faroestes, policiais,comédias... enfim, eu emeus amigos assistíamosa tudo mesmo. Durantealgum tempo tudo era di-versão e entretenimento,até que, o realismo italia-no acertou um murro naboca do meu estomago.

No novo livro, mais doque simples memórias,um elogio à amizade

“Teorema” do Pasolinicriou um monte de incóg-nitas na minha cabeça. Ci-nema era meu cordão um-bilical com o mundo nomeio de uma feroz ditadu-ra. De fato me marcou, emuito, em tudo.

Ricardo Quinteiro: DeRicardo Quinteiro: DeRicardo Quinteiro: DeRicardo Quinteiro: DeRicardo Quinteiro: Deque forma o professorque forma o professorque forma o professorque forma o professorque forma o professorAdy Resende influen-Ady Resende influen-Ady Resende influen-Ady Resende influen-Ady Resende influen-ciou na sua jornada l i-ciou na sua jornada l i-ciou na sua jornada l i-ciou na sua jornada l i-ciou na sua jornada l i-terária?terária?terária?terária?terária?

José AntonioJosé AntonioJosé AntonioJosé AntonioJosé Antonio: MestreAdy, me deu ainda no gi-násio um grande presenteque só fui percebê-lo jáadulto. Me ensinou a olhar.Ver que no concreto da for-ma, existem possibilidadesdiversas nas curvas e retasque lhe dão volume e vári-as abstrações que a luz im-põe à sua cor. Esta outraforma de ler as coisas meinfluenciou sim, aprendi aolhar em todas as direções,mantendo o ouvido sempreatento aos ruídos da minhaaldeia.

Ricardo Quinteiro:Ricardo Quinteiro:Ricardo Quinteiro:Ricardo Quinteiro:Ricardo Quinteiro:Como você apresenta oComo você apresenta oComo você apresenta oComo você apresenta oComo você apresenta oseu l ivro seu l ivro seu l ivro seu l ivro seu l ivro Fantasias doFantasias doFantasias doFantasias doFantasias doMeia Pataca Meia Pataca Meia Pataca Meia Pataca Meia Pataca para nossospara nossospara nossospara nossospara nossosleitores?leitores?leitores?leitores?leitores?

José AntonioJosé AntonioJosé AntonioJosé AntonioJosé Antonio: Primeiro,ele é um elogio à amizade.Ali estão histórias vividas,ouvidas e contadas pormeus amigos, elas se mis-turam aos fatos. Depois,como muitos dos ambien-tes físicos sucumbiram aoprogresso, despretensiosa-mente tento deixar aos nos-sos futuros netos um regis-tro humano do que haviaentre os escombros em quea cidade se constrói e re-constrói diuturnamente, semodificando o tempo todo.

Ricardo Quinteiro: SuaRicardo Quinteiro: SuaRicardo Quinteiro: SuaRicardo Quinteiro: SuaRicardo Quinteiro: Suaveia mais forte é de umveia mais forte é de umveia mais forte é de umveia mais forte é de umveia mais forte é de umsaudosista ou de um me-saudosista ou de um me-saudosista ou de um me-saudosista ou de um me-saudosista ou de um me-morialista?morialista?morialista?morialista?morialista?

José AntonioJosé AntonioJosé AntonioJosé AntonioJosé Antonio: Minhassaudades são mais intimis-tas, cultivo-as mais para den-tro. Acho que caminho maispela linha memorialista. Cos-tumo dizer aos meus ami-gos, que aprendi muito maissobre uma quadra da histó-ria de Minas e da Zona daMata, lendo Baú de Ossosde Pedro Nava - O maior me-

morialista que li até agora- do que em muitos livroschatos de história que sórepetem uma enfadonhacronologia de fatos.

Ricardo Quinteiro: TRicardo Quinteiro: TRicardo Quinteiro: TRicardo Quinteiro: TRicardo Quinteiro: To-o-o-o-o-dos seus companheirosdos seus companheirosdos seus companheirosdos seus companheirosdos seus companheirosde brincadeira e da du-de brincadeira e da du-de brincadeira e da du-de brincadeira e da du-de brincadeira e da du-reza da vida dizem quereza da vida dizem quereza da vida dizem quereza da vida dizem quereza da vida dizem quesuas crônicas são l ír i-suas crônicas são l ír i-suas crônicas são l ír i-suas crônicas são l ír i-suas crônicas são l ír i-cas. A poesia está nacas. A poesia está nacas. A poesia está nacas. A poesia está nacas. A poesia está nasua vida da infânciasua vida da infânciasua vida da infânciasua vida da infânciasua vida da infânciaaos dias de hoje, ou aaos dias de hoje, ou aaos dias de hoje, ou aaos dias de hoje, ou aaos dias de hoje, ou apoesia está nas crôni-poesia está nas crôni-poesia está nas crôni-poesia está nas crôni-poesia está nas crôni-cas como um recursocas como um recursocas como um recursocas como um recursocas como um recursode encantamento aode encantamento aode encantamento aode encantamento aode encantamento aoleitor?leitor?leitor?leitor?leitor?

José AntonioJosé AntonioJosé AntonioJosé AntonioJosé Antonio: Gostode ler o que os poetas nospropõem desde os temposem que meus professoresdo Colégio me apresenta-ram a vários deles de di-versas épocas e distintasescolas. Um dos meus pro-fessores, nos afirmava queo poema está para a poe-sia, assim como a partitu-ra está para a música. Parase ouvir e gostar de músi-ca, não precisa, obrigato-riamente, saber ler umapartitura. Os grandes po-etas - para nosso conten-tamento Cataguases temmuitos deles - nos ensi-nam que a poesia está emtodo lugar. Ela é, aprendicom alguns deles, gestual.Está no beijo, no afago, nadespretensão do carinho,variando de intensidade,oscilando de um extremoao outro, alguns definemestas oscilações como aspaixões. Enxergar, traduzire viver tudo isto fica mui-to melhor, quando tenta-mos ser poetas em tudo oque fazemos. Sou dos queacham, que vale a penatentar.

Ricardo Quinteiro:Ricardo Quinteiro:Ricardo Quinteiro:Ricardo Quinteiro:Ricardo Quinteiro:Seus amigos sempre seSeus amigos sempre seSeus amigos sempre seSeus amigos sempre seSeus amigos sempre sereferem a você comoreferem a você comoreferem a você comoreferem a você comoreferem a você comouma pessoa que escre-uma pessoa que escre-uma pessoa que escre-uma pessoa que escre-uma pessoa que escre-ve muito e lê muito. Po-ve muito e lê muito. Po-ve muito e lê muito. Po-ve muito e lê muito. Po-ve muito e lê muito. Po-demos esperar depoisdemos esperar depoisdemos esperar depoisdemos esperar depoisdemos esperar depoisdesse livro, outro?desse livro, outro?desse livro, outro?desse livro, outro?desse livro, outro?

José AntonioJosé AntonioJosé AntonioJosé AntonioJosé Antonio: Continu-arei lendo livros e assistin-do filmes que os amigosme sugerem, conversandosobre tudo com todos queme cercam. E aí, quemsabe, antropofagicamentetudo acabe noutro livro.

O escritor José Antonio lança em breve o livroFantasias de Meia Pataca

LETRAS

Na Biblioteca Ascânio Lopes,o lançamento de dois livros

A Biblioteca Ascânio Lo-pes, localizada na ChácaraDona Catarina, será o palcode um lançamento em dosedupla no próximo dia 13 dejulho, a partir de 19h30. Sãoos livros "A poesia de Mar-tins Mendes no cotidiano daprovíncia", de Luiz Fernan-do de Sousa, e "Pequenahistória da literatura infan-tojuvenil em Cataguases",de Eliane Ferreira SerafimMilitão. Ambos os livros re-ceberam incentivo da LeiMunicipal de Cultura Ascâ-nio Lopes.

O primeiro livro fala a vidae a poesia de Martins Men-des, um dos participantesda Revista Verde, de 1927.Antônio Martins Mendesnasceu em 1903, na Fazen-da da Pedra Redonda, emAraponga, Minas. Estudan-te do Ginásio de Catagua-ses e posteriormente pro-fessor, viveu a maior partede sua vida em Cataguases

onde ainda foi advogado epromotor público. Começouseus estudos de Direito emBelo Horizonte, concluindo-o na Faculdade de Direito doRio de Janeiro, em 1929.Morreu em 1980, no Rio deJaneiro, para onde se trans-ferira, alguns anos antes,com a família. Deixou o livroTreze Poemas, escrito em1929

A obra é um resgate críti-co e poético sobre sua obrae biografia de Martins Men-des, um dos autores menosconhecido do MovimentoVerde. Luiz Fernando deSousa fez uma ampla pes-quisa para que se pudessedar a lume uma obra que in-terpreta os poemas e levan-ta dados biográficos atravésda busca em arquivos e doenriquecedor contato com afamília do escritor.

O poeta e professor Joa-quim Branco conta estar "li-gado intimamente a este es-

NO PRÓXIMO DIA 13

tudo, pois,se por um lado,fui orientador de Luiz Fer-nando na monografia de fi-nal de curso de Letras, poroutro conheci pessoalmen-te o homenageado e fui seualuno e amigo".

Já o livro de ElianeFerreira Serafim Militãomostra toda a trajetória daliteratura infantojuvenil emCataguases, desde os livrosde Celina Ferreira até os au-tores atuais. Nele estão ca-talogados escritores comoMauro Sérgio Fernandes daSilva, Lina Tâmega Peixoto,P.J.Ribeiro, Ruymar BrancoRibeiro, Luiz Lopez, Ronal-do Cagiano e outros.

Em "Pequena história daliteratura infantojuvenil emCataguases", Eliane Militão(aluna de Joaquim Branco eorientador da monografia)relaciona e analisa as obrasde acordo com a relaçãocronológica de seu surgi-mento no tempo.

Livro realiza levantamentosobre os festivais de música deCataguases em1969 e 1970

Os Festivais de Música de Cataguases ocor-ridos nos anos de 1969 e 1970 são o tema dolivro de Paulo Victor da Rocha Patrício. For-mado em Letras pela FIC em 2011, o autor éprofessor de Língua Portuguesa e Literatu-ra, mas também é músico, o que certamen-te contribuiu para ele elaborar um minucio-so levantamento sobre o tema, realizandoainda uma acurada análise do que aconte-cia na poesia e na música popular brasileiraem um período que vivia sob o signo da di-tadura militar, mas de grande efervescên-cia cultural.

Segundo o professor e poeta JoaquimBranco, "Anos de Vanguarda em Catagua-ses: os Festivais de 1969/70" é uma obramuito oportuna e aguardada há tempos,sendo "um registro histórico e cultural dosfestivais organizados pelo grupo literárioTotem, que alteraram a face da cidade e seconstituíram em significativos fenômenosde massa e de arte que a cidade protagoni-zou".

O livro lista as letras de todas as músicasclassificadas no I Festival (1969) e no II Fes-tival Audiovisual de Cataguases (1970), comfarta documentação sobre os eventos. "Estaobra deve sinalizar para os leitores qual foia dimensão cultural da cidade e qual a am-biência que tornou possível realizar taisacontecimentos", sintetiza Joaquim.

Nascido em Cataguases trinta anos depoisda realização destes festivais, Paulo Victorparticipou de vários projetos culturais na fa-culdade e na cidade, como "Memória e Pa-trimônio Cultural de Cataguases"; um mini-curso ("Poesia dos Anos 60"), um projeto deanimação ("Fábrica Animada") na Fábricado Futuro.

Em sua formação acadêmica, busca pon-tos de contato entre som, linguagem e ensi-no. Tem um livro publicado em conjunto comos colegas de Letras em 2010: 1 Machadopor 12 contos. Fez parte do grupo que ence-nou em 2011 Versos da vida severina, noCentro Cultural Humberto Mauro.

MEMÓRIA

Paulo Victor escreveu sobre os festivais demúsica de Cataguases

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05aTuaLCATAGUASES/LEOPOLDINA • 10 DE JULHO DE 2013

VARIEDADES

O secretário de Esporte, Lazer e Turismo de Laranjal, VanorAntônio da Silva, e a presidente do CSC, Sônia Dias

Laranjal, o novo integrante doCircuito Serras e Cachoeiras

O município de Laranjal é omais novo integrante do Circui-to Serras e Cachoeiras. O con-vênio foi firmado pelo Secre-tário de Esporte, Lazer e Turis-mo, Vanor Antônio da Silva, epela presidente do CSC, SôniaDias.

Para Sônia Dias, Laranjal, quetem um potencial turísticomuito grande, chega para so-mar e fortalecer ainda mais ocircuito, reconhecido como umdos mais atuantes pela SETUR- Secretaria de Estado de Turis-mo.

Vanor Silva lembra que a po-pulação de Laranjal é muitoacolhedora, com uma culináriasaborosa, conta com cachoei-ras e uma represa onde é prati-cado o turismo náutico comojetski e passeios de barco e lan-cha.

Com o apoio do Circuito, vá-rios projetos voltados para oincremento da atividade turís-tica serão executados aindaeste ano em parceria com ou-tras secretarias

Já fazem parte do CircuitoTurístico das Serras e Cachoei-ras os municípios de Além Pa-raíba, Argirita, Cataguases,Dona Euzébia, Itamarati deMinas, Leopoldina e Laranjal.

Outros municípios da regiãocomo Palma, Astolfo Dutra, San-tana de Cataguases, Miraí e Bi-cas já manifestaram interessede ingressar no CSC.

Passeio Cicloturístico dePasseio Cicloturístico dePasseio Cicloturístico dePasseio Cicloturístico dePasseio Cicloturístico deItamarati de MinasItamarati de MinasItamarati de MinasItamarati de MinasItamarati de Minas

No dia 28 de julho, será reali-zada a terceira edição do Pas-seio Cicloturístico de Itamaratide Minas, que vai percorrer edivulgar a região rural do muni-cípio, rico em belezas naturais.As inscrições podem ser feitasno local da saída, que aconte-cerá às 8 horas na Praça PadrePaulo Fada em direção à Estra-da da Fazendinha até à cantina

Conheça os sete vencedores daChamada Criativa Fábrica do Futuro

Foram 41 músicas inscritas, dediversos estilos musicais, 15 fi-nalistas para audição e votaçãona Internet, quase 5.000 votosna Internet e cerca de 16.000visualizações na rede social daFábrica do Futuro. Deflagradaem maio, a Chamada CriativaFábrica do Futuro - Videoclipes,divulgou os sete vencedoresque terão as suas músicas trans-formadas em filmes no Estúdio-escola da Fábrica do Futuro, emCataguases.

A gravação dos videoclipesserá realizada no estúdio-esco-la da Fábrica do Futuro, um es-paço especialmente adequadoe equipado para atender de-mandas de produção audiovisu-al e multimídia, situado no bair-ro Guanabara, em Cataguases.A produção envolve profissio-nais de diversas áreas e tem pre-visão de começar em setembro.

Participaram músicos de cin-co cidades da Zona da Mata:Cataguases, Leopoldina, Muri-

aé, Miraí e Itamati de Minas àexceção do último município, osdemais quatro terão represen-tantes no concurso, que repre-sentou um painel da música queé feita na região. Cataguasesteve o maior número de propo-nentes e teve também maiscanções entre as selecionadas.

Cinco músicas foram escolhi-das pelo voto eletrônico e aívaleu a mobilização de fâs, ami-gos, familiares com direito asurpresas e reviravoltas dignasdas eleições mais acirradas. Sãoelas

"Sem sentir" - BesouroRosa da Esquina - Muriaé -658 votos

"Vou te Conquistar" - Ro-gério Franco - Miraí - 638 vo-tos

"Tema de Cinzas" - MitoCotidiano - Cataguases - 624votos

"Remote Control" - RadioCafé - Cataguases - 600 vo-tos

VIDEOCLIPES

"Rara Felicidade" - GrooveTrio - Cataguases - 550 vo-tos

Outras duas músicas foramescolhidas pelo júri técnico, apartir dos seguintes critérios:qualidade musical, possibilida-des de tradução audiovisual,proporcionalidade de númerode inscrição por cidade, bemcomo desempenho na votaçãopela internet. São elas:

"Mago das Cores" - Os Be-atinicks - Leopoldina - 469votos

"Narciso" - Couro de Cas-cavel - Cataguases - 334 vo-tos

O júri foi composto por CesarPiva, Gestor da Fábrica do Futu-ro e Diretor Executivo da Agên-cia de Gestão e Desenvolvi-mento do Polo Audiovisual daZona da Mata; pelo cineastaMarcos Pimentel, e pelo asses-sor da Agência de Desenvolvi-mento do Polo Audiovisual daZona da Mata. Erick Krulikowski

da Usina Maurício. Ao final dopasseio, haverá sorteio de brin-des

"Pelas T"Pelas T"Pelas T"Pelas T"Pelas Terras dos Bonserras dos Bonserras dos Bonserras dos Bonserras dos BonsVentos"Ventos"Ventos"Ventos"Ventos"

Outro evento onde a nature-za foi o grande destaque e queteve o apoio do CSC foi o IVPasseio Turístico, Ecológico eExpedição Fotográfica "PelasTerras dos Bons Ventos". Oevento aconteceu no últimodia 6 e foi organizado pela Se-cretaria Municipal de Cultura eTurismo da Prefeitura de Cata-guases. O percurso foi de seisquilômetros e percorreu a mar-gem esquerda do rio Pomba.

CIRCUITO TURÍSTICO

Serras e Cachoeiras

Visitantes na concha acústica da praça Rui Barbosa

Marília Bolonha visita Cataguases

RICARDO QUINTEIROPara grande alegria dos admi-

radores do Patrimônio Arquite-tônico de Cataguases, a cidaderecebeu a visita da designerMarília Bolonha, sobrinha do ar-quiteto Francisco Bolonha. Elaveio a convite de Ricardo Quin-teiro, que ficou sabendo de seudesejo de visitar as obras do tio.Ela que já havia concedido umaentrevista ao J.A. nº 121.

Durante a sua primeira visitaa Cataguases, manifestou suaalegria ao nosso colaboradorRicardo Quinteiro. Disse ela: "Foium imenso prazer conhecer deperto as obras realizadas pelomeu tio Francisco Bolonha, dasquais tanto ouvi falar na minhainfância. Depois do advento dainternet pude constatar sua im-portância na poligonal do cen-tro de Cataguases, onde estãoconcentradas as obras moder-nas! A visita guiada me trouxea luz do porquê Cataguases, e

ARQUITETURA

da razão pela qual o arquitetoFrancisco Bolonha fez parte des-se processo.".

Também estiveram aqui 45pessoas de Niterói. Que Cata-guases é uma cidade histórica,é notório. Mas que as visitasguiadas são cada vez mais fre-qüentes, ainda pode gerar umaboa discussão. Foram três diasde fomento. Os donos de hotéis,restaurantes e de todo o comér-cio ficaram satisfeitos nos dias18, 19, 20 e 21. Não é paramenos foram vinte e três es-tudantes e dois professoresda Escola de Arquitetura daUFF, gastando dinheiro trazi-do do Rio de Janeiro.

Teve visita guiada a monu-mentos, residências e prédi-os públicos e duas palestras ànoite na Casa de Cultura Si-mão com o professor RicardoQuinteiro, que fez uma apre-sentação da história da cida-de e sua evolução urbana. Na

Avenida Astolfo Dutra a resi-dência da D. Nélia Peixoto foiaberta aos visitantes e tam-bém a da D. Antonieta. Osprédios públicos e monumen-tos abriram suas portas tam-bém. No Educandário Dom Sil-vério, foram recebidos pelaIrmã Auxiliadora e o professorGilmar, que fizeram as honrasda casa.

Vale lembrar que no rankingturístico de Cataguases, o circui-to cultural ainda está em segun-do lugar, perdendo para o turis-mo de negócios, tendo tudopara empatar. Muitos ajustesainda precisam ser feitos. Masé primordial, se recuperar o va-gão onde funcionava o CENI-TUR- Centro de Informação Tu-rística e abrir uma ampla discus-são com a sociedade sobre osletreiros que escondem as fa-chadas dos prédios, de interes-se cultural no polígono de tom-bamento da cidade.

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06aTuaL CATAGUASES/LEOPOLDINA • 10 DE JULHO DE 2013

cULTURaGeRaLEMPRESAS

O estande da Cinta Mo-derna era um dos mais mo-vimentados do salão e cha-mava a atenção pela suabeleza. Cataguases deveter orgulho de ter uma em-presa como a Cinta Moder-na. É uma empresa com vi-são de futuro".

Rosany Cortes Lima con-ta que trabalha com osprodutos da Cinta Moder-na desde a abertura da lojade Cataguases, em 1989,ou seja, antes mesmo dachegada da empresa emCataguases em 1999. "Osseus produtos primam pelaexcelência, qualidade econforto, requisitos essen-ciais para consumidores elojistas. Eu amo a Cinta mo-derna!", afirmou

Com um amplo e funcio-nal estande, a Cinta Mo-derna mostrou produtosdos diferentes segmentosde sua fabricação. Além datradicional linha de lingerieestética com artigos direci-onados para a área médi-ca, e gestante, a empresaapresentou lançamentosde lingerie,incluindo as no-vidades como as coleçõesRenda Basic , Confort Ren-da e Moderna Teen.

Criada em 1927, noRio de Janeiro, a empresaestá sempre atenta às ne-cessidades do público con-sumidor. Amparada no tri-pé pioneirismo, qualidadee inovação, a Cinta Moder-

Cinta Moderna mostrou produtos dosdiferentes segmentos de sua fabricação

na conta com uma modernafábrica no distrito industrialde Cataguases.

Os produtos estéticos daCinta Moderna, como mode-ladores, cintas, faixas e ma-lhas compressivas em geral,voltados para o pós cirúrgi-co possuem selo de certifi-

cação da Anvisa (Agência Na-cional de Vigilância Sanitária)por atender os requisitosexigidos pelo órgão.

A linha de produtos daempresa vai muito além des-te segmento. Mais ligada aoramo da moda, a ModernaLingerie, confecciona sofis-

Marcello Mariotto, Rosany Cortes Lima, Ana Fajardo e a representante MeireIvanovitch

Dia 11 de julho (Quinta)Dia 11 de julho (Quinta)Dia 11 de julho (Quinta)Dia 11 de julho (Quinta)Dia 11 de julho (Quinta)19h: Abertura19h: Abertura19h: Abertura19h: Abertura19h: Abertura19h30: Mesa de Debates: “Um olhar sobre a Música Brasileira19h30: Mesa de Debates: “Um olhar sobre a Música Brasileira19h30: Mesa de Debates: “Um olhar sobre a Música Brasileira19h30: Mesa de Debates: “Um olhar sobre a Música Brasileira19h30: Mesa de Debates: “Um olhar sobre a Música Brasileira

Contemporânea”.Contemporânea”.Contemporânea”.Contemporânea”.Contemporânea”.Coordenação: Leonardo Lichote | Jornalista e Crítico Musical de O GloboParticipantes:  Plínio Profeta (Músico e Produtor); Hélio Flandres (Músico); Rômulo Fróes

(Músico); Ronaldo Evangelista (Jornalista e Crítico Musical)21h30: Show com a banda Kashymir21h30: Show com a banda Kashymir21h30: Show com a banda Kashymir21h30: Show com a banda Kashymir21h30: Show com a banda Kashymir

DIA 12 DE JULHO (SEXTDIA 12 DE JULHO (SEXTDIA 12 DE JULHO (SEXTDIA 12 DE JULHO (SEXTDIA 12 DE JULHO (SEXTA)A)A)A)A)19h: Abertura19h: Abertura19h: Abertura19h: Abertura19h: AberturaSabatina “Encontro de Ideias”: Sabatina “Encontro de Ideias”: Sabatina “Encontro de Ideias”: Sabatina “Encontro de Ideias”: Sabatina “Encontro de Ideias”: O jornalista e Crítico Musical Marcus Preto sabatina o cantor e compositor OdairOdairOdairOdairOdair

JoséJoséJoséJoséJosé. 20h30: Mesa de Debates:20h30: Mesa de Debates:20h30: Mesa de Debates:20h30: Mesa de Debates:20h30: Mesa de Debates: ”Música popular: rótulo ou conceito? Quem faz eMúsica popular: rótulo ou conceito? Quem faz eMúsica popular: rótulo ou conceito? Quem faz eMúsica popular: rótulo ou conceito? Quem faz eMúsica popular: rótulo ou conceito? Quem faz e

para quem? “para quem? “para quem? “para quem? “para quem? “Coordenação: Ronaldo Evangelista (Jornalista e Crítico Musical)Participantes: Pena Schmidt (Produtor); Alex Antunes (Jornalista e Crítico Musical);

Marcus Preto (Jornalista e Crítico Musical); Leonardo Lichote (Jornalista e Crítico Musical)22h: Show com o cantor e compositor Odair José22h: Show com o cantor e compositor Odair José22h: Show com o cantor e compositor Odair José22h: Show com o cantor e compositor Odair José22h: Show com o cantor e compositor Odair José

DIA 13 DE JULHO (SÁBADO)DIA 13 DE JULHO (SÁBADO)DIA 13 DE JULHO (SÁBADO)DIA 13 DE JULHO (SÁBADO)DIA 13 DE JULHO (SÁBADO)19h: Abertura19h: Abertura19h: Abertura19h: Abertura19h: Abertura19h30: Mesa de Debates: “Ainda há espaço hoje para reflexões conceituais19h30: Mesa de Debates: “Ainda há espaço hoje para reflexões conceituais19h30: Mesa de Debates: “Ainda há espaço hoje para reflexões conceituais19h30: Mesa de Debates: “Ainda há espaço hoje para reflexões conceituais19h30: Mesa de Debates: “Ainda há espaço hoje para reflexões conceituais

nos projetos de música no Brasil?”nos projetos de música no Brasil?”nos projetos de música no Brasil?”nos projetos de música no Brasil?”nos projetos de música no Brasil?”Coordenação: Alex Antunes | Jornalista e Crítico MusicalParticipantes: Pena Schmidt (Produtor); Hélio Flandres (Músico); Daniel Figueiredo

(Músico e Produtor); Marcus Preto (Jornalista e Crítico Musical)21h30: Show com a banda V21h30: Show com a banda V21h30: Show com a banda V21h30: Show com a banda V21h30: Show com a banda Vanguartanguartanguartanguartanguart

PROGRAMAÇÃO

O grupo cuiabano Vanguart

Produtos da Moderna Têxtil em exibição no estandeda Cinta Moderna

Estande da Cinta Moderna recebeu grande númerode visitantes à procura de novidades

ticadas e confortáveis linhasde lingerie para vários seg-mentos de consumidoras.

Procurando diversificar ain-da suas atividades, começaa atuar também no setortêxtil, com a Moderna Têx-til, produzindo a sua própriamalha 100% algodão e algo-

dão com LYCRA.Sempre lançando novida-

des no mercado, a empresamantem-se na vanguarda,sempre preocupada com aqualidade de seus produtos.Empresa 100% brasileira, aCinta Moderna acompanha,ao longo de sua história, as

necessidades de seus con-sumidores, em especial damulher moderna que ne-cessita conforto, beleza equalidade em todos os mo-mentos de sua vida, ofe-recendo produtos degrande durabilidade e altaqualidade.

Forum propõe um olhar sobre a Música Brasileira ContemporâneaPROJETO USINA CULTURAL

O produtor Fausto Mentaprossegue: ”Neste momen-to de consolidação da impor-tância do Brasil no cenárioeconômico mundial, há umdebate urgente e que temsido feito à base de tensõese de enfrentamentos: queimagem de país as nossasmanifestações culturais pro-duzem? Não são poucos osque se debruçam sobre aquestão”.

Talvez seja no campo damúsica que as incursões maisapaixonadas estejam se dan-do. Abrangente, inventiva equase onipresente, a músi-ca brasileira é uma das nos-sas verdades, capaz de tra-duzir nossas contradiçõesculturais. Neste momento danossa história, a música vol-tou a ocupar papel de rele-vo nas nossas ideias de cons-trução da sociedade. .

Desde que assumiu a pro-dução e a programação doprojeto, Fausto Menta vemprocurando construir umaagenda de espetáculos vol-tada para as tendências con-temporâneas da cultura bra-sileira.

O 1º Fórum Dissonâncias émais uma aposta audaciosade Fausto. O Fórum está or-ganizado a partir de um gran-de eixo temático: ”Um olharsobre a Música BrasileiraContemporânea”, ”Ainda háespaço hoje para reflexõesconceituais nos projetos demúsica no Brasil?” e ”Músicapopular: rótulo ou conceito?Quem faz e para quem?.

O projeto Usina Cultural Usina Cultural Usina Cultural Usina Cultural Usina Cultural,conta com o patrocínioda ENERGISAENERGISAENERGISAENERGISAENERGISA, através daLei Estadual de Incentivo àCultura, e o apoio da Fun-dação Cultural Ormeo Jun-queira Botelho. 

OS DISSONANTESRonaldo EvangelistaRonaldo EvangelistaRonaldo EvangelistaRonaldo EvangelistaRonaldo Evangelista jornalista e dj de música bra-

sileira e jazz. Colabora com o jornal Folha de S.Paulo erevistas como Rolling Stone e Wax Poetics

Plínio ProfetaPlínio ProfetaPlínio ProfetaPlínio ProfetaPlínio Profeta Produtor. DJ. Compositor. Músico,autor da trilha sonora de filmes como “O Palhaço”

Rômulo FróesRômulo FróesRômulo FróesRômulo FróesRômulo Fróes cantor,  compositor e integrante dogrupo Passo Torto,

Marcus Preto: Marcus Preto: Marcus Preto: Marcus Preto: Marcus Preto: Jornalista, crítico e pesquisador mu-sical, redige matérias para o jornal Folha de São Pau-lo.

Leonardo Lichote:Leonardo Lichote:Leonardo Lichote:Leonardo Lichote:Leonardo Lichote: Crítico Musical, atualmente es-creve para o “Segundo Caderno” do Jornal O Globo e,entre outros trabalhos, participou do livro de memó-rias de Erasmo Carlos “Minha Fama de Mau”

Pena SchmidtPena SchmidtPena SchmidtPena SchmidtPena Schmidt é um produtor musical, ex-executivoe diretor de gravadoras (esteve na Warner Music e éo responsável direto pelo surgimentodos Titãs, Ira!, Ultraje a Rigor, Magazine e outros) DoTropicalismo, ao Rock Brasil, passando pelo Free JazzFestival, no fim da década de 70,, tudo tem um dedoseu. .

Alex Antunes- jAlex Antunes- jAlex Antunes- jAlex Antunes- jAlex Antunes- jornalista, escritor e produtor mu-sical, escreve ou já escreveu para a Rolling Stone, Veja,Folha Ilustrada, Bravo! e outras publicações. Foi dire-tor de redação das revistas Bizz e Set. Seu livro A Es-tratégia de Lilith foi adaptado para o cinema,

Hélio Flandres – VHélio Flandres – VHélio Flandres – VHélio Flandres – VHélio Flandres – Vocalista e violonista do gra-ocalista e violonista do gra-ocalista e violonista do gra-ocalista e violonista do gra-ocalista e violonista do gra-po Vpo Vpo Vpo Vpo VanguartanguartanguartanguartanguartVVVVVanguartanguartanguartanguartanguart - banda de folk rock formada no anode 2002 em Cuiabá, Mato Grosso, pelo vocal istae violonista Helio Flanders. Influenciado por artistas de rockalternativo, blues e rock clássico, tais como Johnny Cash, BobDylan, Lobão, The Beach Boys, The Velvet Underground,TheBeatles e Neil Young como também de estilos musicais típicosdo Mato Grosso

KashymirKashymirKashymirKashymirKashymir – Com nome inspirado na faixa homôni-ma do álbum duplo do Led Zeppelin “Physical Graffiti,o grupo cataguasense é formado por Samuel Athou-guia, nos vocais; Ricardo Webster, guitarra; MarceloBarbinha, bateria; e Renato Garcia, baixo e teclados.Além do grupo inglês, homenageiam nomes como JimiHendrix, Rolling Stonese ,Deep Purple.

Odair JoséOdair JoséOdair JoséOdair JoséOdair José - De ídolo brega ao status de artista cult,passando por um período de esquecimento, Odair Josétransformou em clássicos populares músicas como “EuVou Tirar Você Deste Lugar”, que falava de um homemapaixonado por uma prostituta. Foi perseguido pela cen-sura – sua música “Pare de Tomar a Pílula”, foi proibida.Chegou a fazer uma ópera-rock “O Filho de José e Ma-ria”. É um dos maiores nomes da música popular.