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Meu Bairro Centro - Abril

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Page 1: Meu Bairro Centro - Abril

SUPL

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CLUS

IVO

DOJO

RNAL

ACI

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CENTROCENTRO

MEUBAIRROA CIDADE

SÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016

UMA VIDATRANSFORMADAPELOS LIVROSAOS 86 ANOS, OMAR BARBOSA VAI TODASAS SEMANAS À BIBLIOTECA ALTINO ARANTES

MINHAHISTÓRIA

MEULUGAR

MINHABRONCA

GAROTO CANTOR VENDECOCADAS PARA GRAVAR CD

O MANDARIMDO CALÇADÃO

BURACOS ATRAPALHAM NARUA MARIANA JUNQUEIRA

noMILENA AUREA / A CIDADE

Page 2: Meu Bairro Centro - Abril

2 A CIDADE SÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016

As muitas históriasde um lugar único

O Centro é um lugar especial em qualquer cidade e, em RibeirãoPreto não é diferente. É no Centro que se encontra a alma da cidade, assuas origens, as suas referências históricas e, claro, personagens que otornam um local único.

Esta edição do A Cidade no Meu Bairro fala do Centro de RibeirãoPreto e de pessoas fantásticas que você pode encontrar ao passar porlá. São pessoas como Omar Garcia Barbosa, que fez da Biblioteca AltinoArantes uma extensão da sua casa.Aliás, a própria biblioteca, em si, já éum pedaço interessante da história de Ribeirão Preto.

Nesta edição mostramos também a história de um menino de 13anos que tem um sonho e, todos os dias, está no Centro para realizá-lo.

Quer saber qual é? Nas páginas 6 e 7 contamos tudo. E, no resto docaderno, mostramos porque o Centro de Ribeirão é, antes de mais nada,um lugar único. Boa leitura!

NOSSA OPINIÃO

tá bomMELHORIAS NA NOVEA Coordenadoria de Limpeza

Urbana podou e recolheu os galhosdas árvores da avenida Nove deJulho. Além disso, o canteiro cen-tral recebeu manutenção e plantio,dando uma nova aparência à via.

tá ruim

ASFALTO DANIFICADOA rua Barão do Amazonas está

com o asfalto danificado em diver-sos pontos. Próximo ao cruzamen-to com a rua São Sebastião, moto-ristas e pedestres têm que desviardos buracos para evitar acidentes.

tá indoOBRA FAZ ANIVERSÁRIOA obra do Calçadão completa

hoje quatro anos e está na fase deretirada dos postes. Primeiro, serãoretirados 14 dos 50. O projeto prevêfiação subterrânea em todo o trechoque compreende a revitalização.

FOTOSF.L.PITON/ACIDADE

EDIÇÃOJosé Manuel Lourenço

e Angelo Davanço

REPORTAGEMJacqueline Pioli

EDITOR DE ARTEDaniel Torrieri

EDIÇÃO DE FOTOGRAFIAMariana Martins

TRATAMENTO DE IMAGENSFrancielly Flamarini

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOAntonio Carlos Coutinho Nogueira

José Bonifácio Coutinho Nogueira FilhoAndré Coutinho Nogueira

José Bonifácio Coutinho Nogueira NetoMarcos Frateschi

Fernando Corrêa da Silva

GERENTE DE PUBLICIDADEMarco Vallim

[email protected]

DEPARTAMENTO [email protected]

TELEFONE (16) 3977-2172

REDAÇÃORua São Sebastião, 610, Centro

Fone (16) 3977-2175CEP 14015-040 - Ribeirão Preto (SP)

JORNAL DO GRUPO

A CIDADE DESDE 1905 MEUBAIRROA CIDADE no

DIRETOR DE JORNAISE MÍDIAS DIGITAIS

Josué Suzuki

EDITOR-CHEFEThiago Roque

CENTRONESTA EDIÇÃO

ZONA LESTEPRÓXIMA EDIÇÃO

Page 3: Meu Bairro Centro - Abril

3A CIDADESÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016

meulugar

CALÇADÃODE RIBEIRÃO

ARTE DEA

RUA NO

TRABALHO DO ARTISTAIMPRESSIONA O PÚBLICO

Após rodar o mundo, EduardoMartins de Souza, 56, setransforma em estátua três vezespor semana no Centro da cidade

F.L.PITON / A CIDADE

[email protected] / www.riberfestas.com.br

Av. Antonio e Helena Zerrenner, 555 - Ribeirão Preto - SPTelefone: 3633 1868 - 3633 3629

ARTIGOS PARA FESTASEMBALAGENS E DESCARTÁVEIS

Linha completa para festas:Doces, Chocolates, Artigos para cestas

MELHOR PREÇO DA REGIÃOATENDIMENTO PERSONALIZADO

FÁCIL ESTACIONAMENTO

CURSOS

VARIADOS

ATACADO

E VAREJO

Page 4: Meu Bairro Centro - Abril

4 A CIDADE SÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016

ESTÁTUA?

É OU NÃO É

UMAO

CHINÊSDO

CALÇADÃO

meulugar

fFANTASIA DE MANDARIM FOICONFECCIONADA POR EDUARDO MARTINS DE

SOUZA, QUE DESDE OS 20 ANOS TRABALHACOMO ARTISTA DE RUA; HÁ DOIS MESES, ELE

RESOLVEU SER UMA ESTÁTUA VIVA

F.L.PITON / A CIDADE

Page 5: Meu Bairro Centro - Abril

5A CIDADESÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016

“Tive paralisia infantil aos oito mesesde idade e perdi o movimento da pernaesquerda. Mas, isso nunca me fez ficarparado. Pelo contrário, foi um incentivo.Sou artista de rua desde os 20 anos. Jámostrei meu trabalho e distribuí exemplospor esse mundão afora.

Nasci em Ribeirão Preto e comecei atrabalhar fazendo bicos com 14 anos.Aos20, surgiu a ideia de ser artista de rua.Precisava ganhar dinheiro. Então, comeceia fazer embaixadinhas com as muletas.Fazendo isso, rodei o Brasil,América doSul e até Europa. Conheci Inglaterra, Áus-tria, Luxemburgo, França,Alemanha, Suíçae Itália. Fui no peito e na raça.

Fiz um curso básico de inglês aquie lá fui me aperfeiçoando. Hoje, falo umpouco de alemão, italiano e francês, onecessário para me comunicar. Só erro umpouco no português. Fiquei quase 15 anosfora do Brasil indo e voltando e há seteanos voltei de vez.

Há pouco tempo, estava trabalhandocomo porteiro aqui em Ribeirão. Mas,houve redução do número de funcionáriose acabei voltando para a rua de novo. Fazdois meses que resolvi trabalhar comoestátua viva no Calçadão.

Eu queria fazer algo diferente. Nãoqueria ser apenas uma estátua. Queriaque as pessoas tivessem curiosidade e asurpresa. Por isso, sou uma estátua queentrega mensagens de autoajuda e umpresentinho.

Eu mesmo fiz a fantasia de man-darim.Vou adaptando de acordo com aminha acessibilidade. Estou fazendo outrotipo de cadeira, mais confortável e queeu tenha apoio. Esse assento que uso eraum criado mudo que achei. Fiz uns efeitosespeciais com espuma, purpurina, plásticoe pano.

A concentração é técnica. Eu trabalhoo lado psicológico para deixar o povo nadúvida se sou uma estátua ou não. Temgente que tenta me assustar, me dá beijona boca, me abraça, tira foto, uns mechamam de capeta, outros de Deus.

Ser artista de rua sempre foi o meucaminho e o calçadão de Ribeirão é olugar certo para esse trabalho.Aqui tenhoespaço e aglomeração de pessoas”.

fEDUARDO MARTINS DE SOUZA, 56 ANOS,TRABALHA COMO ESTÁTUA VIVA NA RUA GENERALOSÓRIO, CALÇADÃO DE RIBEIRÃO PRETO.

Aos 20 anos, ele começoufazendo embaixadinhascom muletas e hoje é‘estátua’ no CalçadãoComo artista, o ribeirão-pretano EduardoMartins de Souza já conheceu o mundo

F.L.PITON / A CIDADE

ACidadeON.com/ribeiraoAcesse o site e confira a transformaçãode Eduardo de Souza em uma estátuaviva de mandarim

Page 6: Meu Bairro Centro - Abril

6 A CIDADE SÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016

CARREIRADE CANTOR

MENINOfRODRIGO JUNIOR, 13 ANOS, VENDE COCADAS HÁ TRÊS ANOS NA RUA SALDANHA MARINHO

SONHA COMDOM

MUSICALÉ DE

FAMÍLIA

Vendendo cocadas no Centro de Ribeirão Preto, Rodrigo Junior,13, está prestes a realizar o sonho de lançar o seu primeiro CD. Ogaroto canta desde os quatro anos de idade, aprendeu a tocar vio-lão sozinho e, desde que chegou em Ribeirão, há três anos, decidiuvender doces na rua para juntar dinheiro e começar a construir acarreira profissional.

O dom da música era um sonho da mãe de Rodrigo.Após amorte do irmão que era músico, a vendedora Flávia Cabral, 35 anos,desejou um dia ter um filho cantor. (Leia mais na página ao lado).

Rodrigo nasceu em Itápolis (SP).Aos quatro anos, o elogio deuma amiga despertou o gosto pela música.“Minha mãe deu caronapra uma amiga dela. No carro, estava tocando um CD do Daniele eu comecei a cantar junto.A moça ouviu e falou que eu cantavamuito bem. Depois disso, comecei a cantar mais e a pegar instru-mentos para tocar”, conta o menino.

Com cinco anos, Rodrigo ganhou o primeiro violão da avó ede um tio. Ele aprendeu a tocar sozinho e logo também começou acompor suas próprias canções.

“Sou bem eclético. Gosto de rock, funk, mas meu estilo mesmoé o sertanejo romântico. Me inspiro no CristianoAraújo, Luan Santa-na e na dupla Edson e Hudson”.

Mesmo com a pouca idade, Rodrigo diz usar a própria experi-ência de vida para escrever suas composições.“A música tem de terhistória, senão não tem sentido.A maioria das coisas que aconte-cem comigo viram música.As letras são, geralmente, românticas. Seique ainda são poucas, mas já tenho histórias para contar”.

Quando se mudou para Ribeirão, em 2013, Rodrigo teve aideia de vender cocadas. O plano inicial era usar o dinheiro paracomprar jogos de videogame. Mas, ele percebeu que poderia come-çar a construir sua carreira profissional com a venda dos doces.“Euestudo de manhã e, à tarde, vendo as cocadas. Geralmente, vendoumas 30 em meia hora.Tenho um lucro de R$ 1,20 em cada uma”,conta o cantor.

A simplicidade, a força de vontade e a voz de Rodrigo encan-tam clientes, que não deixam de comprar os doces, e fizeram comque as primeiras portas para o sucesso fossem abertas.

Na rua, ele conheceu produtores musicais, já gravou dois clipese, recentemente, conseguiu um patrocínio de R$ 15 mil para gravarum CD com seis faixas.

“São músicas inéditas, mas não são minhas. Sou perfeccionista,quero melhorar as minhas letras ainda, mas não queria gravar mú-sicas de outros cantores, porque não quero ser ‘cover’, quero ser oRodrigo Junior”. O garoto também foi convidado pela dupla Edsone Hudson para gravar uma participação no próximo CD deles.

“Em breve, vou substituir as cocadas pela venda do meuprimeiro CD”.

minhahistória Garoto vendecocadas no Centropara lançar seuprimeiro CDRodrigo Junior, 13 anos, sonha como reconhecimento no cenário damúsica sertaneja romântica

MAT

HEUS

UREN

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ACI

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Page 7: Meu Bairro Centro - Abril

7A CIDADESÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016

fFUTURO MUSICAL “ACREDITO QUE QUANDO ACABA UMSONHO, COMEÇA UM NOVO”, DIZ RODRIGO JUNIOR

minhahistória

O sonho de Flávia de ter um filho cantorsurgiu muito antes do nascimento de Rodrigo. Em1997, a vendedora perdeu o irmão Luciano, queera o músico da família. Ele morreu aos 26 anos,vítima do uso de drogas. “Quando ele faleceu ficouum silêncio musical na família. No dia do enterrodele, eu pedi a Deus que se um dia eu tivesse umfilho, seria para ele ser cantor, pois eu sempre fuiapaixonada pela música”, diz a mãe de Rodrigo.

Flávia conta que, apesar de ter esse desejo,nunca forçou o filho a cantar. Segundo ela, o domsurgiu naturalmente. “Se um dia ele não quiser maisisso, vou apoiá-lo. Já sinto muito orgulho de tudoque ele conquistou”.

Mas Rodrigo nem pensa em desistir de sercantor. Estudante do oitavo ano da Escola EstadualProfessor Rafael Leme Franco, ele diz que vai cursarFaculdade de Música e pretende fazer cursospara aperfeiçoar a voz e aprender a tocar maisinstrumentos.

“Sei tocar violão, já fiz dois anos de violoncelo,e, agora, estou fazendo teclado pelo Projeto Guri.Quero aprender a tocar também ukulele e fazer aulade canto, mas ainda não temos dinheiro pra isso”.

O menino pretende conquistar esses objetivosem breve para já pensar em próximos projetos.“Acredito que quando acaba um sonho, começa umnovo”.

Após a morte doirmão músico, mãe deRodrigo desejou terum filho cantor

MAT

HEUS

UREN

HA/

ACI

DAD

E

ACidadeON.com/ribeiraoAssista ao vídeo de Rodrigo Juniorvendendo cocadas e cantando noCentro de Ribeirão Preto

Av Presidente Vargas, 1442/1446(16) 3443-4172 | 3446-8683

Segunda a sexta das 06:00 as 22:00Sábado 06:00 as 20:00

Domigos e feriados 06:00 as 21:00

Page 8: Meu Bairro Centro - Abril

8 A CIDADE SÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016

Seu Omar, 86 anos,aprendeu e fezhistória na BibliotecaAltino ArantesAposentado que estudou em escola por apenasquatro anos deve seu conhecimento aos livros

Pelo menos duas vezes por sema-na, Omar Garcia Barbosa, 86 anos, vaià Biblioteca Altino Arantes para buscarou devolver um livro que pegou em-prestado. Ele mantém essa rotina des-de 1980. “A biblioteca é uma extensãoda minha casa”, diz o aposentado.

Com 84 anos de história, sendo61 como biblioteca, o casarão da ruaDuque de Caxias faz parte da vida doSeu Omar e de tantos outros amantesda leitura. Por isso, a Fundação Edu-candário, que hoje é responsável pelopatrimônio, pretende reformar a antigaresidência da família Junqueira parapreservar essa memória e conquistarnovos públicos. (Leia mais nas páginasa seguir).

Órfão de mãe aos cinco anos eabandonado pelo pai, Omar viveu umainfância triste e solitária em orfanatose casas de parentes. Aprendeu a leraos sete anos de idade e frequentoua escola somente por quatro anos, atéconcluir o ensino primário. O únicodiploma que conquistou ainda é guar-dado com orgulho.

“Quando minha tia disse que meensinaria a ler, eu nem sabia o que era

aquilo, sabia que era uma coisa boa.Mas, quando eu descobri as letras, meapaixonei pela leitura”.

O primeiro livro que Omar leu foi“Reinações de Narizinho”, de Mon-teiro Lobato. Hoje, ele diz que estápróximo de chegar à marca de trêsmil livros lidos. “Leio de tudo, masbiografia é o meu encanto. Apesar depouco tempo de escola, tenho muitoconhecimento da história e isso sedeve à leitura”. Em 2009, Omar lançouum livro contando sua própria história.O local escolhido para o lançamentodo “Disso eu me lembro” não poderiaser outro local a não ser a BibliotecaAltino Arantes.

Carinho de NoelO Papai Noel José Franklin

Winston Teixeira de Andrade, 71 anos,também tem um carinho especial pelabiblioteca. “Frequentei muito aqui nosanos 60. Morava numa casa no calça-dão e gostava de estudar aqui. Hoje,venho menos porque tenho dinheiropara comprar os livros. Mas, ainda gos-to de fazer uma visita, pegar um livro esentar aqui para ler”, conta.

meuorgulho

BIBLIOTECA ALTINO ARANTESLOCALIZADA NA RUA DUQUE DE CAXIAS, 547, O LOCAL FUNCIONA

DE SEGUNDA A SEXTA-FEIRA, DAS 8H ÀS 18H. PARA FAZER O CADAS-

TRO, BASTA LEVAR RG E COMPROVANTE DE RESIDÊNCIA.

Page 9: Meu Bairro Centro - Abril

9A CIDADESÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016

Há um ano, a FundaçãoEducandário, mantenedora dabiblioteca, protocolou na prefeitura opedido para realizar obras no prédio.

Com um investimento de R$ 12milhões, o espaço passaria de 602m2 para 1,5 mil m2, além de recebermelhorias como ar-condicionado ecomputadores com acesso à internet.

Porém, o projeto ainda não saiudo papel e agora aguarda parecer doMinistério Público (MP).

“O projeto foi aprovado peloConppac e agora vamos encaminhá-loao Condephaat. Depois, ele voltarápara a Secretaria do Planejamentopara que a obra seja aprovada.Esperamos que ao final desse processoo promotor do Ministério Públicotenha se manifestado”, afirma opresidente da Fundação Educandário,Marcos Awad.

Marcos diz estar otimista, mas,segundo ele, dificilmente a obracomeçará antes de um ano.

“A ideia é que o espaço seja umcentro cultural na área central dacidade. Com mais conforto e atrativos,esperamos que a frequência semultiplique”.

“A sociedade mudou, então, abiblioteca precisa se transformar”,ressalta José Carlos Gomes, 67anos, encarregado administrativo daBiblioteca.

Seu Omar também é a favor darevitalização do espaço, mas ele nãogosta nem de imaginar como vai sera vida dele durante as obras. “Aqui,eles têm prazer em me atender. Eu leiouma crítica de livro no jornal, sugiroo livro e eles compram. O dia quefecharem a biblioteca para reforma, eunão sei o que vou fazer”.

fPRÉDIO HISTÓRICO O CASARÃO ONDE HOJE FUNCIONA A BIBLIOTECA ALTINO ARANTES FOICONSTRUÍDO EM 1932 PARA SER RESIDÊNCIA DO CASAL FRANCISCO MAXIMIANO JUNQUEIRA, OCORONEL QUITO JUNQUEIRA, E THEOLINDA DE ANDRADE JUNQUEIRA, CONHECIDA COMO SINHÁJUNQUEIRA (FOTOS ACIMA), QUE VIVERAM E MORRERAM NO LOCAL. A CASA SE TORNOU BIBLIOTECA EM1955, APÓS A MORTE DE SINHÁ JUNQUEIRA

Fundação aguardaparecer do MPpara iniciar obras

f AMANTE DOS LIVROS OMAR GARCIABARBOSA, 86 ANOS, APRENDEU A LER AOSSETE ANOS DE IDADE. ÓRFÃO DE MÃE EABANDONADO PELO PAI, VIVEU UMA INFÂNCIATRISTE E NÃO TEVE OPORTUNIDADE DEESTUDAR. FREQUENTOU A ESCOLA POR APENASQUATRO ANOS, MAS NUNCA DEIXOU DEAPRENDER COM OS LIVROS

FOTOS MILENA AUREA / A CIDADE

Quando minha tia disse que me ensinaria aler, eu nem sabia o que era aquilo, sabia queera uma coisa boa. Mas, quando eu descobrias letras, me apaixonei pela leitura.

Omar Garcia Barbosa86 anos, aposentado

Unidade 1: Rua Margarida, 26 |Jd. MacedoUnidade 2: Rua Thomaz Nogueira Gaia, 1574

Jardim Irajá - Ribeirão Preto SP

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Page 10: Meu Bairro Centro - Abril

10 A CIDADE SÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016

Funcionário maisantigo da bibliotecaquer conquistarnovos leitoresHá 53 anos trabalhando no prédio, José Carlos seentristece ao ver número de frequentadores diminuir

Construído em 1932 para sertornar a residência do coronel QuitoJunqueira e de Sinhá Junqueira, ocasarão da rua Duque de Caxias setornou biblioteca em 1955 e desdeentão passou a fazer parte da histórianão só da família Junqueira mas dosribeirão-pretanos.

José Carlos Gomes, 67 anos, é ofuncionário mais antigo do local. Há53 anos trabalhando no prédio, elevivenciou muitas transformações dabiblioteca e de seus frequentadores.

“Comecei a trabalhar aqui com 15anos. A bibliotecária da época, a Regi-na Helena, me chamou para organizaras fichas dos leitores. Na época, não ti-nha computador, eram fichas. Quandoo livro saía, eu tirava a ficha e marcavao número do leitor. Quando o livro vol-tava, eu tinha que dar baixa, colocar aficha no livro, separar por assunto paradepois colocá-lo nas estantes”, lembraJosé Carlos.

Amante da leitura, trabalhar emmeio aos livros era como um sonhopara ele.

“Antes de eu entrar aqui eu tinhauma estante na minha casa com livros

que eu ganhava de vizinhos. Eu lia detudo, até livros de medicina. Traba-lhar aqui foi a melhor coisa da minhavida”.

Mais do que gostar de ler, JoséCarlos sente prazer em incentivar apaixão pela leitura nos outros.

“Eu já orientei muitos trabalhosescolares do pessoal que vinha aquiestudar. Hoje, divulgo leituras, porqueacho importantíssimo ler. O ser huma-no que não lê não se educa e sem aeducação, voltamos a ser primitivos”.

Mas José Carlos se entristece aover que o movimento na BibliotecaAltino Arantes já não é mais o mesmo.

Segundo ele, o número de pessoasque ia ao prédio para fazer pesquisascaiu 90%. Já o de livros circulantesteve uma queda de 50%. Hoje, 1.500leitores frequentam a biblioteca pormês. “Felizmente, isso não significaque as pessoas estão deixando de ler,pois hoje temos a internet para pes-quisa e os livros virtuais. Mas, eu aindaacho que frequentar uma bibliotecatem um diferencial. No dia que euparar de trabalhar aqui, voltarei comoleitor”, diz José Carlos.

f PARTE DA HISTÓRIA HÁ 53 ANOS COMO FUNCIONÁRIO DA BIBLIOTECA ALTINO ARANTES,JOSÉ CARLOS GOMES, 67 ANOS, VIVENCIOU DIVERSAS TRANSFORMAÇÕES DO LOCAL E DE SEUSFREQUENTADORES. HOJE, ELE BUSCA CONQUISTAR NOVOS LEITORES

meuorgulho

CASARÃO HISTÓRICOO PRÉDIO SE TORNOU A BIBLIOTECA ALTINO ARANTES EM 1955 E

RECEBEU ESSE NOME PORQUE O EX-DEPUTADO ALTINO ARANTES

MARQUES ERA PARENTE DO CORONEL QUITO JUNQUEIRA

Page 11: Meu Bairro Centro - Abril

11A CIDADESÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016

A auxiliar administrativo HalannaOliveira, 41 anos, lembra com nos-talgia o tempo que frequentava aBiblioteca Altino Arantes.

“Era muito bom fazer os trabalhosde escola lá. Um ambiente agradável,organizado e um silêncio que chegavaa doer”, diz.

Halanna conta que as tarefasescolares eram sinônimo de festaquando tinham de ser realizadas nabiblioteca.

“Corríamos pra lá. O prédio sem-pre foi grande, imponente, completo,aconchegante. Fora os amigos quefazíamos, porque os trabalhos eramem grupo, então conversávamos ediscutíamos. Passávamos a manhãtoda lá”, lembra.

Com tantas boas recordações dolocal, a auxiliar administrativo se dizinconformada de saber que hoje osjovens não têm o hábito de frequentarbibliotecas.

“Acho um absurdo a geração daminha afilhada que está com 18 anosnão ter sido apresentada a esta expe-riência grandiosa”, afirma Halanna.

Mas, ela pretende que a filhaAlicya Maria, 5 anos, tenha o gostopela leitura e conheça espaços como aBiblioteca Altino Arantes.

“Hoje minha filha está começandoa alfabetizar e quero apresentar a elaeste lugar. O primeiro presente dela foilivro, vê se pode, não conseguia nemsegurar e ficava deslumbrada com ascores e formas. Hoje, ainda sem saberler e começando a escrever, brinca deescolinha, dá aula para as bonecas,pega os livros e ‘lê’ histórias lindas,mirabolantes, por isso, acho que vaificar maravilhada com as bibliotecas”,conta Halanna.

fTRADIÇÃO NO CENTRO O CASARÃO IMPONENTE, REGISTRADO NA MAQUETE DAFOTO DO ALTO, É UM DOS CARTÕES POSTAIS DA REGIÃO CENTRAL DE RIBEIRÃO PRETO.QUEM ENTRA NA BIBLIOTECA NÃO DEIXA DE ADMIRAR A DIVERSIDADE DE LIVROSDISPONÍVEIS E OS DETALHES ORIGINAIS DA CONSTRUÇÃO

Época de estudosna bibliotecadeixou saudade

ACERVOA BIBLIOTECA ALTINO ARANTES CONTA ATUALMENTE COM UM ACER-

VO DE 40 MIL VOLUMES À DISPOSIÇÃO DOS LEITORES,ALÉM DE 2

MIL EXEMPLARES EM BRAILE.

LOCAL DE ESTUDOSANTES DA INTERNET, OS TRABALHOS ESCOLARES ERAM REALIZA-

DOS NA BIBLIOTECA. SEGUNDO JOSÉ CARLOS, HOJE O NÚMERO DEPESSOAS QUE FAZEM PESQUISA NO LOCAL CAIU 90%.

FOTOS MILENA AUREA / A CIDADE

Page 12: Meu Bairro Centro - Abril

12 A CIDADE SÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016

Benjamin é o reizinho na casa darecém-vovó Ana Cláudia Germani

“O amor de vó é diferente, é maisgostoso.Acho que tinha que começar primeirosendo avó, depois ser mãe”, diz a vovó deprimeira viagemAna Cláudia Germani, 49anos. Há um ano, teve festa na rua Bernardinode Campos, quando a filha deAna, apsicóloga Giovanna Sturari, 25 anos, anuncioua gravidez.

“Casei em março de 2015 e já estavagrávida de três meses, mas não sabia. Fuipara a lua de mel, em Porto de Galinhas, e lácomecei a passar muito mal, com enjoo e dorde estômago”, conta Giovanna.A psicóloganem pensou em gravidez, acreditava que erauma crise de gastrite, devido ao estresse docasamento.

Mas, quando voltou a Ribeirão, resolveufazer um teste de farmácia.“Deu positivo, maseu nem contei ao meu marido, porque nemacreditava. Queria fazer um exame de sangue

para ter certeza. Contei para minha irmã epedi segredo. Mas, ela contou para minha avóe para minha mãe”, diz Giovanna.

No dia seguinte,Ana comprou um novoteste de farmácia para a filha e depois a levoupara fazer o exame de sangue. O resultadofoi aberto na sacada do apartamento da maisnova vovó.“Foi uma festa”, lembraAna.

Mãe de três filhas, a vovó torcia para seruma netinha.“Fiquei chocada com a notíciado menino.Achava que não saberia darbanho, levá-lo ao banheiro. Mas, hoje estouadorando. Menino é muito mais prático”.

Benjamin nasceu no dia 15 denovembro do ano passado e, desde então,é o reizinho da família.“Ele é lindo demais,muito bonzinho. Eu o amo muito. O vovôtambém está bobo. Quando a Giovanna vemnos visitar, nem a cumprimentamos, é só oBenjamin”, diz a vovó.

vida nova

Que saudade da risada, do humor deDona Violanda e, claro, da bacalhoada

Violanda Ferraz Picado teve uma vidadedicada à família. Mesmo nos últimosanos, sofrendo do Mal de Alzheimer esem reconhecer mais ninguém, ela aindademonstrava felicidade ao receber as visitasdos filhos, netos e bisnetos.

Violanda morreu no dia 27 de dezembrodo ano passado, aos 88 anos, após sofrer umacidente vascular cerebral (AVC).

Nascida em Ribeirão Preto, sempremorou na cidade e aqui conheceu o maridoHermínio Maia Picado, com quem foi casadapor mais de 60 anos. Hermínio morreu emsetembro de 2012.

Na infância e juventude,Violandamorou por muitos anos na Travessa Moreira,próximo à praça Sete de Setembro.“Elacontava que brincava muito na praça eadorava quando vinha uma banda tocar nocoreto. Ela também gostava de ir à Igreja

Metodista, na rua São Sebastião. Por muitotempo, fez parte do grupo de mulheres daigreja”, lembra a neta Camila Picado, 37anos.

Uma das paixões da avó, segundoCamila, era cozinhar.“No almoço de Natalsempre fazia uma bacalhoada portuguesa,que virou tradição na família. Era muitoexagerada em relação à quantidade decomida, o que era motivo de brincadeira paranós. Sentia-se ofendida se não repetíssemoso prato. O que não era nenhum problema”.

Violanda e Hermínio tiveram três filhos.O sonho dela era ter uma menina, o que foicompensado nos netos. São seis netas, umneto, três bisnetos e uma bisneta.

“Ela era muito animada. Gostava deconversar, passear, de tomar uma cervejinhae de comer doce. Sinto falta da voz, da risadae do humor dela”, diz Camila.

memóriaARQUIVO PESSOAL

F.L.PITON / A CIDADE

Page 13: Meu Bairro Centro - Abril

13A CIDADESÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016

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UNIDADESDE SAÚDE

meuguia

Page 14: Meu Bairro Centro - Abril

14 A CIDADE SÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016

zoomcentroCENAS URBANAS

Um passeio pelo Centro de Ribeirão Preto é a certeza deencontrar cenas inusitadas, personagens curiosos, diversosaromas e sabores. Confira algumas das imagens clicadas pornossa equipe de reportagem.

Super-heróisCapitão América e Homem de Ferro fazem performance no

Super-heróiscalçadão de Ribeirão Preto.

FloresO porteiro Camilo da Silva exibe as orquídeas que ele cuida no

prédio onde trabalha, na rua Bernardino de Campos.

Cão abajurCachorro passeia na rua São Sebastião com um

Cão abajurcone na cabeça e chama a atenção pela semelhançacom um abajur.

F.L.PITON / A CIDADE

F.L.PITON / A CIDADE

MATHEUS URENHA / A CIDADE

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15A CIDADESÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016

Dança na ruaWellington é o Michael Jackson do Centro de Ribeirão Preto. Todos os dias

Dança na ruaele faz um show no calçadão.

F.L.PITON / A CIDADE

ManutençãoHomem faz manutenção de uma das câmeras Olhos de Águia

Manutençãoda Polícia Militar, na rua General Osório.

MATHEUS URENHA / A CIDADE

Dia de feiraÀs terças-feiras, a rua Marcondes Salgado se transforma em uma grande

feira livre, entre as ruas Bernardino de Campos e Lafaiete.

F.L.PITON / A CIDADE

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16 A CIDADE SÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016

centro COMIDASCULTURACURTIÇÃO

UMA RUA,DIVERSASOPÇÕES

A rua faz uma homenagema Prudente de Morais,o terceiro presidente daRepública brasileira, entreos anos de 1894 e 1898

EDUCAÇÃOO antigo Ginásio de Ribeirão Preto foi inaugurado em abrilde 1907. Foi o primeiro ginásio do interior de São Paulo. Em1953, a unidade passou a ser a Escola Estadual Otoniel Mota.

A rua Prudente deMorais é uma das princi-pais da região central deRibeirão Preto, abrangendoáreas da Vila Seixas, Centroe até da região da Baixada.

A via oferece inúme-ras opções de comércio,como lojas de confecções,serviços de saúde, bares,restaurantes e prestadoresde serviços.

COMIDA BOAO Bar e Restaurante do Nelson teve início em 1997,quando Nelson e sua mulher Neusa abriram a primeiracasa. Funciona de terça a sexta, a partir das 18h; aossábados, das 11h às 15h30 e das 18h à 0h; domingos eferiados, das 11h às 15h30.

Av.Ca

v.Pa

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Avenid

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Anel Viário Norte

Anel Viário Sul

Av. Bandeirantes

Av. D. Pedro I

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Av. Dr. Oscar de

Moura Lacerda

Av. Francisco

Junqueira

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Av. Pres. Castelo Branco

Av. Treze de Maio

Av. Maurílio Biagi

Av. Costábile Romano

Av. Pio XII Av. Novede Julho

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RUA

PRUDENTEDE MORAIS

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17A CIDADESÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016

RELIGIÃOAs missas na Igreja São Benedito ocorrem aos domingos, às 10h e

19h30, e de segunda a sábado, às 17h. Todos os dias, os fieis podemadorar ao Santíssimo Sacramento, das 8h às 17h.A igreja, fundada

em 1920, está localizada na rua Prudente de Morais, 667.

Av. Dr. Oscar de

Moura Lacerda

. Pres. Castelo Branco

areugnahnA.doR

PARA REFRESCARA Sorveteria Zero Grau oferece diversos sabores de sorvetes livres degordura hidrogenada. Tem também picolés especiais, tradicionais ecom cobertura de chocolate.Além disso, o local faz taças de sobre-mesa, tortas e açaí. Está aberta das 9h às 23h.

COMPRAS E LAZERInaugurado em 1999,o Shopping Santa Úrsula conta com lojas, cinema,sa-lão de beleza,pet shop,SPA e academia de ginástica.As lojas estão abertasde segunda a sábado,das 10h às 22h,e aos domingos e feriados,das 14hàs 20h.Alimentação e lazer funcionam todos os dias,das 11h às 22h.

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18 A CIDADE SÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016

156TODAS AS DEMANDAS RELATIVAS À PREFEITURA DEVEM

SER REGISTRADAS ATRAVÉS DO TELEFONE 156, SERVIÇO DE

ATENDIMENTO AO MUNÍCIPE, QUE ATENDE DE SEGUNDA A

SEXTA-FEIRA, DAS 7 ÀS 19 HORAS.

minhabroncaTrecho darua MarianaJunqueira estáesburacadoEntre a avenida Jerônimo Gonçalves e a ruaAmador Bueno, a rua Mariana Junqueira estátão danificada que em alguns locais há maisparalelepípedos do que asfalto

Três quarteirões da rua MarianaJunqueira estão esquecidos. O asfaltoda via a partir da avenida JerônimoGonçalves até a rua Amador Buenoestá tão danificado que em algunslocais há mais paralelepípedo do que amassa asfáltica.

A prefeitura não prevê recapea-mento da rua, mas afirma que enviaráequipes da Operação Tapa-Buracos aolocal. (Leia mais ao lado)

Logo que entram na rua MarianaJunqueira, os motoristas já se deparamcom uma série de buracos e remendosmal feitos no asfalto.

Em frente aos pontos de ônibus asituação é ainda pior, pois nestes locaisa rua fica totalmente desnivelada.

No cruzamento com a rua José Bo-nifácio, os pedestres também têm queestar atentos, pois o buraco no asfaltoinvadiu a calçada e em vez de umapassagem segura para quem está a pé,há pedras de concreto soltas.

O quarteirão entre as ruas JoséBonifácio e Saldanha Marinho tambémestá em situação crítica. Os paralelepí-pedos já são maioria nessa parte.

Na faixa de pedestre da MarianaJunqueira, na esquina com a SaldanhaMarinho, mais um obstáculo para ospedestres: quem atravessa a rua ali têmque desviar de um enorme buraco bem

no meio da passagem. “Eu ando comcuidado, olhando para o chão, paranão cair”, conta a dona de casa JucéliaSoares de Assis Matos, 57 anos.

Apesar disso, Jucélia consegue veruma vantagem da situação do asfaltoda rua. “As ruas com paralelepípedonão inundam quando chove. Tantocimento deixa as galerias entupidas. Sefor para colocar asfalto tem que refor-mular para ele ficar bom de verdade enão ter enchente”, diz.

A pior parte da rua é o quarteirãoentre a Saldanha Marinho e a AmadorBueno. Em frente à Escola EstadualFábio Barreto, há um buraco profun-do, perigoso, principalmente, para osmotociclistas.

“Passar nessa rua exige bastanteatenção para não cair. Esses buracossão uma armadilha para a gente. Eujá estou com a roda da minha motoamassada por causa desses buracosda cidade. Tive sorte de ainda não tercaído”, conta o mototaxista LucianoRodrigues, 38 anos.

Segundo ele, a rua Mariana Jun-queira precisa ser recapeada. “Só taparos buracos não adianta. A situação estámuito feia aqui. Esse buraco mesmoaqui em frente à escola já foi tapadodiversas vezes e é só dar uma chuvapara abrir de novo”.

PROMESSAANTIGA Pelo menos desde 2013, o A Cidade no Meu Bairro, edição

Centro, mostra os buracos no asfalto da rua Mariana Junqueira.

Alguns já foram tapados diversas vezes pela prefeitura, mas é só

chover para abrirem novamente.

MOTORISTAS PEDEM QUE RUA SEJA RECAPEADA

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19A CIDADESÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016

fBURACO LOCALIZADO NA RUA MARIANAJUNQUEIRA, EM FRENTE A ESCOLA ESTADUALFÁBIO BARRETO, OFERECE PERIGO AMOTORISTAS, MOTOCICLISTAS E PEDESTRES

Questionada no dia 28 demarço sobre os problemas noasfalto da rua Mariana Jun-queira, a Secretaria Municipalde Infraestrutura afirmou queencaminhará uma equipe paraverificar as condições da via edirecionar os serviços da Opera-ção Tapa-Buracos ao local, comurgência.

Entretanto, a pasta nãoinformou quando essa visto-ria será realizada, tampoucoquando o serviço de reparo seráexecutado.

Apesar de ter sido questio-nada pela reportagem, a Secre-taria de Infraestrutura tambémnão informou se há projeto paraque a rua seja recapeada notrecho entre a avenida Jerôni-mo Gonçalves e a rua AmadorBueno.

Prefeitura prometetapar os buracoscom urgência

OUTRO LADO

FOTOS F.L.PITON / A CIDADE

“Eu ando com cuidado, olhandopara o chão, para não cair. A vanta-gem das ruas com paralelepípedos éque elas não inundam quando chove.Se for para colocar asfalto tem quereformular para ele ficar bom deverdade”JUCÉLIA SOARES DE ASSIS MATOS57 anos, dona de casa

“Passar nessa rua [MarianaJunqueira] exige bastante atençãopara não cair. Tive sorte de aindanão ter caído. Esses buracos são umaarmadilha para a gente. Só tapar osburacos não adianta. A situação estámuito feia aqui”.LUCIANO RODRIGUES38 anos, mototaxista

PEDESTRES E MOTOCICLISTASRECLAMAM DA SITUAÇÃO DAMARIANA JUNQUEIRA

(16) 9.9117-7802Tem algum problema no seu bairro?Envie uma mensagem pelo WhatsApp.

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Page 20: Meu Bairro Centro - Abril

20 A CIDADE SÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016

No cruzamento da rua Bernardino de Campos

com a Marcondes Salgado há um buraco profundo

com vazamento de água. O Daerp afirmou, no dia 30

de março, data do fechamento desta edição, que o

vazamento seria consertado naquele dia à noite e a

reposição asfáltica seria feita depois, com urgência.

Na rua Duque de Caxias, próximo ao

cruzamento com a rua Álvares Cabral, há um

enorme buraco no asfalto, onde a água da chuva

fica acumulada.A Secretaria de Infraestrutura

afirmou que uma equipe da Operação Tapa-

Buracos será direcionada ao local.

De uma lixeira localizada na calçada da rua

Américo Brasiliense, em frente ao número 661,

sobrou apenas o pé, que é um perigo para os

pedestres.A Secretaria de Infraestrutura afirmou

que tomará as providências necessárias para

solucionar o problema.

Na rua Florêncio de Abreu, em frente ao

número 591, o asfalto está danificado. Mas, o maior

problema é a calçada do local, que está quebrada.

A Fiscalização Geral enviará um fiscal para fazer a

vistoria. Quanto ao asfalto, a Infraestrutura incluirá o

serviço na programação da pasta.

Buraco e vazamento de água

Asfalto danificado Perigo para pedestresCalçada e rua com problemas

FALTA RESOLVER

FALTA RESOLVER FALTA RESOLVERFALTA RESOLVER

minhabronca

No dia 22 de março, a Coordenadoria de Limpeza Urbana

realizou a roçada na praça Sete de Setembro. Em fevereiro, foram

retirados 23 bancos quebrados do local e realizada a pintura nos

demais bancos que estavam em boas condições de utilização.Além

disso, foram instaladas 16 novas lixeiras e restauradas, com pintura,

26 já existentes. O coreto também foi pintado.

Praça Sete de Setembro revitalizada

MASTRANGELO REINO / A CIDADE

F.L.PITON / A CIDADEF.L.PITON / A CIDADE

F.L.PITON / A CIDADE

F.L.PITON / A CIDADE

RESOLVIDO

199ESTE É O NÚMERO DA DEFESA

CIVIL DO MUNICÍPIO, PARA QUE OCIDADÃO DENUNCIE O DESCARTE

IRREGULAR DE LIXO

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21A CIDADESÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016

A calçada da rua Visconde de Inhaúma,

próximo ao cruzamento com a rua São Sebastião,

está quebrada. Segundo a prefeitura, um fiscal

será encaminhado para vistoria e o proprietário

será notificado para que execute a regularização

do passeio.

O asfalto do ponto de ônibus da rua Visconde

de Inhaúma, em frente ao número 998, está

danificado. Quase não há mais massa asfáltica,

só paralelepípedos.A Secretaria de Infraestrutura

afirmou que enviará uma equipe da Operação

Tapa-Buracos ao local.

O coreto da praça das Bandeiras está

quebrado e as peças de concreto ficam

espalhadas pelo canteiro.A Secretaria de

Infraestrutura afirmou que enviará uma equipe

para avaliar o problema e tomar as providências

necessárias.

Calçada quebrada Ponto de ônibus sem asfaltoCoreto destruído

FALTA RESOLVER FALTA RESOLVERFALTA RESOLVER

F.L.PITON / A CIDADE

F.L.PITON / A CIDADE MILENA AUREA / A CIDADE

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22 A CIDADE SÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016

minhareceita

UMA FAMÍLIA APAIXONADAPELA CULINÁRIA

INGREDIENTES• 1 kg de pernil• 1 colher de sopa de sal• 1 cebola média• 2 dentes de alho• Meio copo de vinho tinto• Meio copo de suco de laranja• Suco de dois limões• 1 colher de sopa de salsinha picada

MODO DE PREPAROBata os ingredientes de tempero

no liquidificador e derrame sobre acarne.Antes disso, faça furos na peçapara que o tempero penetre. Deixedescansar por algumas horas, virandode vez em quando. Cubra a carne compapel alumínio e leve em forno médiopor aproximadamente 45 minutos.Virea peça algumas vezes para que toda acarne tenha sabor.Após o cozimento,retire o papel alumínio, dispense oexcesso de caldo, se necessário, deixedourar regando com o molho para nãoressecar. Bom apetite!

‘Tudo em minha casa se resolve em volta de umamesa farta e caprichada’, diz Isabel Faleiros Didier

A médica veterinária Isabel Faleiros Di-dier, 46 anos, vem de uma família apaixona-da por comida. O pai faz, segundo ela, o me-lhor cassoulet e a melhor feijoada do mundo.A mãe prepara um bolo de fubá imbatível.A sobrinha, de 9 anos, pediu de presente deaniversário uma batedeira profissional e afilha é especialista em doces e bolos.

“Tudo em minha casa se resolve em vol-ta de uma mesa farta e caprichada”, conta amoradora do Centro de Ribeirão Preto.

Até há três anos, a culinária era um ho-bby para Isabel. Mas, desde 2013, ela decidiuproduzir alimentos de forma comercial.

“Uma amiga me convidou para nosjuntarmos e explorarmos os nossos dons

comercialmente. No princípio, produzíamosmacarons e alfajores, mas, com menos de umano, minha sócia mudou-se para São Paulo eeu decidi continuar sozinha”.

Desde então, o carro-chefe de Isabelpassou a ser os chutneys de manga e maçã.Isabel explica que o chutney é um acompa-nhamento que fica entre um molho e umacompota.A receita, segundo ela, é complexae leva mais de 15 ingredientes.“O chutneytem origem indiana.Aprendi com minhamadrinha de casamento e essa receita man-tenho em segredo”.

Isabel diz que o chutney é ótimo paraacompanhar o prato que ela ensina a prepa-rar ao lado: o pernil ao vinho.

fEM 2013, ISABEL,46 ANOS, DEIXOU ACARREIRA DE MÉDICAVETERINÁRIA DE LADOPARA SE DEDICARÀ CULINÁRIA. ELAENSINA A PREPARAR OPERNIL AO VINHO4 PORÇÕES

Tem uma receita e quer compartilhar com a gente?Mande para [email protected]

FOTOS MILENA AUREA / A CIDADE

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23A CIDADESÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016

pontodeencontroUM GIRO PELO CENTRO

Todos que moram, trabalham ou passam pela região centralde Ribeirão Preto podem aproveitar as inúmeras opções de bares,restaurantes, lanchonetes, cafés e sorveterias. Confira quem estavapor lá nesta semana.

Aline Casalli Maria Aparecida de Almeida Fernanda Freitas

Antônio GuedesAndré da Silva e Vitória GabrieliMaira Guedes

Ana Cristina e Enrico Casaquia Isabela Bandeira Juliana Lima, da Sorveteria do Jô

FOTOS MILENA AUREA / A CIDADE

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24 A CIDADE SÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016