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ANEXO XI – PROJEÇÃO DE DEMANDA
PROJEÇÕES DA RECEITA DO PROJETO
SUMÁRIO EXECUTIVO
Introdução
Recife está desenvolvendo um estádio de padrões internacionais que pode sediar até três clubes de
futebol usuários, com bases de fãs entre 1,8 e 3,0 milhões. O aumento no comparecimento
(freqüência) ao novo estádio deverá ser auxiliado pelo constante crescimento da economia de Recife
observada nos últimos anos, com o PIB dobrando entre 1996 e 2005 e atingindo um total de R$ 16
bi, embora o impacto das atuais dificuldades financeiras ainda não seja conhecido. O crescimento da
população constitui um outro fator favorável. Porém, ainda mais importante, o nível de freqüência do
público presente em jogos de futebol nos próximos anos provavelmente crescerá motivada pela
realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. A freqüência média na Liga de Futebol Alemã
cresceu 4,7% por ano entre 2000/01 e 2005/06, a temporada que antecedeu a realização da Copa do
Mundo no país. Desde 2006, a freqüência média nos jogos dos três principais times de Recife
cresceu 10,7%.
Resumo da Receita de Produtos Prêmium
O resumo da receita oferece projeções para as vendas de produtos Premium, que incluem
camarotes, business seats, assentos prêmium e pacotes de jogos, para clientes Corporativos e para
Consumidores. Tais vendas ocorrerão com base em contratos de longo prazo, e portanto não
incluem receitas derivadas da venda individual de ingressos para eventos, tais como os
disponibilizados para arquibancadas comuns. Nota-se que os pontos de preço aqui considerados
refletem apenas a menor demanda observada entre torcedores de diferentes clubes de forma a
manter o conservadorismo dos resultados.
A pesquisa revela um grande interesse geral e uma atitude positiva em relação ao novo estádio, o
que foi amplamente constatado em outras cidades durante os projetos de pesquisa de estádios no
Brasil realizados pela Comperio. Embora a pesquisa tenha ocorrido durante uma época de
turbulência econômica, os índices revelados pela pesquisa de mercado se mantiveram nos níveis
observados pré-crise. Isto se deve provavelmente ao maior interesse geral, decorrente da paixão
nacional pelo futebol, e a empolgação por parte de consumidores e clientes corporativos motivada
pela realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
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Três clubes de futebol de Recife estão sendo considerados como possíveis usuários do Novo
Estádio: Náutico, Sport Recife e Santa Cruz. Adotando-se uma média de 30 jogos com mando de
campo realizados anualmente por clube e uma premissa base de 60 eventos esportivos realizados
por ano no estádio, o cenário com três clubes considera somente os 20 melhores jogos de cada time
disputados no novo estádio.
Tabela 1: Conteúdos dos Pacotes Comparados em Diferentes Cenários
Eventos por Ano por pacote
Pacote para Consumidores
Pacote Corporativo
3 Times 3 Times
Futebol
Série A Nacional 14 42
Campeonato Estadual Campeonato Pernambucano 5 15
Libertadores 0 0 Copa do Brasil 1 3
Seleção Nacional - 0,5
Música/ Entretenimento Evento de Música/Entretenimento - 2,5
TOTAL 20 63
» O Pacote Corporativo inclui todos os clubes jogando no Estádio de Recife. A quantidade de
eventos no Pacote Corporativo permanece em 63 ainda que um dos times não queira
mandar seus jogos no estádio.
» Pacotes para Consumidores só incluem o conteúdo de um único time em cada um dos
quatro cenários. Assim sendo, os pacotes consumidores incluem 20 jogos no cenário com
três times..
Assim:
» Com base no Cenário com três times, o total das vendas de produtos prêmium geraria uma
receita de R$ 73,26 milhões no Ano 1, ou R$ 732,58 milhões ao longo de 10 anos.
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Cenário – Náutico + Sport Recife + Santa Cruz
No cenário com três times, a venda de pacotes prêmium geraria um fluxo de receita de R$ 732,58
milhões em 10 anos.
Tabela 2: Resumo da Receita do Cenário Um*
Mercado Produto Receita - 1 Ano
(R$ M) Receita - 10 anos (R$ M.)
Corporativo
Camarote Corporativo R$ 13,4 R$ 133,9
Business Seats R$ 16,5 R$ 164,7
Assento Prêmium R$ 2,6 R$ 25,7
Sub Total R$ 32,43 R$ 324,33
Consumidor (Náutico, Sport Recife & Santa
Cruz)
Assento Prêmium R$ 15 R$ 150
Pacotes de Jogos R$ 26 R$ 259
Sub Total R$ 40,82 R$ 408,25
Total R$ 73,26 R$ 732,58
* 60 eventos no Pacote Corporativo, 20 eventos incluídos no Pacote para Consumidores
Definições de Bilhetes de Público Geral (General Admission)
São os bilhetes destinados aos Clubes para geração de receita com o público geral. É composto por todos os assentos comercializáveis do estádio com exceção daqueles de Receita Premium (camarotes, business seats, assentos Premium, ingressos de temporada)
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Observações sobre as Projeções de Receita
Várias observações sobre a metodologia de pesquisa e presunções da análise estão abaixo:
1. Comportamento relatado versus verdadeiro – As projeções de receita baseiam-se no
comportamento relatado dos participantes pesquisados, que podem diferir do
comportamento verdadeiro.
2. Distribuição de assentos – As capacidades das seções de assentos projetadas nos
cenários podem ser diferentes das configurações das áreas de assentos disponíveis no
estádio futuramente, o que impactaria diretamente os preços à serem cobrados e,
conseqüentemente, a capacidade de geração de receitas por linha de produto..
3. Corte de demanda e teste de estresse – Este modelo não considerou nenhum corte
devido à margem de erro ou conservadorismo no comportamento alegado pelo
entrevistado.
Ajustes das Projeções de Receita
1. Excesso de demanda do consumidor – Devido à oferta de assentos e o preço do menor
clube no cenário em questão, existe uma potencial demanda excessiva de milhares de
pacotes.
2. Demanda de Microempresas – Apenas empresas com mais de 20 funcionários foram
incluídas no estágio de estimativa de demanda como compradores potenciais. Pode haver
demanda adicional por parte de empresas com menos de 20 funcionários..
3. Empresas fora de Recife – Somente foram incluídas na estimativa de demanda empresas
de Recife. Pode haver empresas de fora de Recife interessadas em hospitalidade no novo
estádio de Recife.
4. Marketing – A atual estimativa de demanda não inclui os impactos positivos que as
campanhas de marketing têm sobre as vendas.
Metodologia e Abordagem
Uma pesquisa de mercado de duas fases foi realizada para investigar o potencial de receita dos
produtos de assento prêmium e pacotes de jogos.
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Fase 1 (Qualitativa): Seis grupos de focos e 30 entrevistas corporativas aprofundadas foram
realizadas. As descobertas desta fase oferecem uma compreensão qualitativa dos incentivos,
experiências passadas e expectativas de cada mercado-alvo, além de formar uma base sólida para a
definição do pacote teste e os pontos de preço para a segunda fase.
Fase 2 (Quantitativa): A Comperio realizou 88 entrevistas corporativas e 288 entrevistas com
consumidores na fase quantitativa. Esta fase foca-se na validação do pacote e a estratégia de preço
desenvolvida na Fase 1.
Em resumo, este estudo de duas fases resulta nas seguintes validações:
» Os tipos de produtos de hospitalidade adequados ao mercado de Recife.
» As faixas de preço adequadas para utilização nas projeções de receitas com os produtos
propostos.
» Os indicadores de viabilidade econômica do desenvolvimento proposto.
A Fase 2 analisou o potencial de receita dos seguintes produtos: camarote corporativo, Business
Seats, assentos prêmium e pacote de jogos. A estimativa de demanda foi feita para os mercados de
clientes potenciais com Alto Poder Aquisitivo (APA), corporativos e Público Geral (PG). Cada
segmento-alvo só foi testado com um subgrupo de produtos de hospitalidade adequados. A Tabela 3:
Mercado-Alvo para Cada Produto
oferece maiores detalhes sobre os mercados nos quais cada produto de assento foi testado:
Tabela 3: Mercado-Alvo para Cada Produto
Produto Mercado-alvo Informações adicionais Camarote Corporativo Corporativo Empresas em Recife com receita superior a US$ 1 milhão e mais de 20
funcionários
Business Seats
Corporativo Empresas em Recife com receita superior a US$ 1 milhão e mais de 20 funcionários
Consumidores com alto poder aquisitivo (APA)
Domicílios na cidade de Recife com renda mensal domiciliar superior a R$ 8.200 (classe socioeconômica A1)
Assentos Prêmium
Corporativo Empresas em Recife com receita superior a US$ 1 milhão e mais de 20 funcionários
Consumidores com alto poder aquisitivo (APA)
Domicílios na cidade de Recife com renda mensal domiciliar superior a R$ 5.000 (classes socioeconômicas A1, A2)
Pacotes de Jogos
Consumidores com alto poder aquisitivo (APA)
Domicílios na cidade de Recife com renda mensal domiciliar superior a R$ 5.000 (classes socioeconômicas A1, A2)
Público Geral (PG) Domicílios em Recife com renda média domiciliar entre R$ 1.600 – 4.999 (classes socioeconômicas B1, B2)
Para realizar a análise de demanda para os produtos propostos, foi feita a seguinte amostragem:
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» 88 pesquisas corporativas, realizadas com empresas localizadas na cidade de Recife
com receita superior a US$ 1 milhão.
» 623 ligações telefônicas, entrevistas realizadas para determinar o tamanho do mercado
corporativo, com 88 destas ligações sendo entrevistas válidas e completas, feitas sem
informações prévias.
As faixas de número de funcionários para os 88 entrevistados corporativos estão descritas na Tabela
4: Pesquisas Corporativas Completadas, por faixas de funcionários
Tabela 4: Pesquisas Corporativas Completadas, por faixas de funcionários
Faixa de número de
funcionários
Empresas pesquisadas
20 – 49 funcionários 17
50 – 249 funcionários 41
250 funcionários ou mais 30
Total 88
» 288 pesquisas com consumidores foram realizadas com domicílios em Recife. Os
entrevistados foram selecionados com base em suas preferências por times de futebol e
nível de renda domiciliar mensal. Apenas domicílios com interesse no Náutico, Sport Recife
ou Santa Cruz e com renda domiciliar mensal superior a $1.600 foram selecionados.
» 642 ligações telefônicas foram feitas a consumidores de Recife, com entrevistados
selecionados através da amostragem probabilística de conglomerados. Este método
assegura que os domicílios no grupo populacional têm chances iguais de ser contatadas.
Há três estágios no processo de amostragem – seleção aleatória de 40 regiões
participantes, seleção aleatória de domicílios e, finalmente, a aplicação dos critérios
descritos no item acima. 288 entrevistas foram completadas.
As faixas de segmento para estes 288 consumidores entrevistados e estudados estão listados na
Tabela 5.
Tabela 5: Pesquisas de Consumidores Completadas, por Renda Domiciliar e Time Preferido
Renda domiciliar mensal (Classe social)
Náutico Sport Recife Santa Cruz Total
7/49
Acima de R$ 15.000 (A0) 10 10 10 30 R$ 8.200 - 14.999 (A1) 20 18 20 58 R$ 5.000 - 8.199 (A2) 17 16 19 52 R$ 2.750 - 4.999 (B1) 28 32 31 91 R$ 1.600 - 2.749 (B2) 17 19 21 57
Total 92 95 101 288
Cálculo da Demanda
O projeto de pesquisa foi realizado para obter um melhor entendimento do mercado para os produtos
de assentos prêmium e pacotes de jogos no Novo Estádio de Recife e também para determinar o
tamanho destes mercados. A metodologia segue um processo semelhante e direto:
1) Compilação de Dados
» Dados referentes à venda de ingressos foram adquiridos através de uma amostragem
aleatória dos grupos-alvo na Área de Inclusão, que relataram seus comportamentos de
compras futuros após conhecer os preços propostos e a configuração do estádio.
2) Perfil dos entrevistados
» Informações de fundo adicionais foram oferecidas sobre a maturidade do mercado de
ingressos, a natureza dos consumidores interessados na compra e uma indicação de como
o comportamento relatado de compra se compara aos atuais hábitos de gastos.
» Necessidades não atendidas, questões difíceis, barreiras à adesão e o desenvolvimento e
refinamento de mensagens de marketing foram identificadas para superar estas barreiras e
educar o mercado.
3) Determinação do Tamanho do Mercado
» A razão de conversão de vendas para a venda de assentos prêmium e pacotes de jogos foi
derivada de uma amostra aleatória de contatos não conhecidos no programa de pesquisas
face-a-face e telefônicas.
» Índices de conversão de vendas foram projetados ao longo do sub-segmento com
entrevistados de todo o mercado-alvo.
4) Modelagem de Demanda e Receita
» Estimativa de níveis de preço nos quais a receita pode ser maximizada e um resumo dos
fluxos de receita ideais.
5) Cenários Múltiplos
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» Estimativa de variações de fluxo de receita dependendo do número de eventos e times
incluídos no pacote.
6) Pressupostos, Observações & Ajustes
» Foram listados os ajustes efetuados para assegurar o conservadorismo das projeções,
enquanto as observações são lembretes dos pressupostos e margens de erros existentes
na interpretação de projeções
Interpretação dos Resultados da Pesquisa de Mercado
Todas as estimativas de demanda refletem o número de compradores na cidade de Recife que,
estima-se, comprarão cada um dos produtos testados.
Todas as estimativas de demanda baseiam-se no comportamento alegado pelos participantes
entrevistados, e podem ser diferentes de seus comportamentos reais – no entanto, representam a
estimativa mais precisa possível, antes dos produtos serem levados ao mercado.
Todos os dados foram limpos (respostas incompletas retiradas, rota da entrevista seguida) e
verificados quanto ao sentido (removidos padrões de respostas erradas e intenções de compras não-
realistas em relação à renda ou receita).
Assim como em qualquer estatística, as estimativas baseiam-se em uma amostra de cada mercado,
consumidor e corporativo. Há uma margem de erro associada a todos os procedimentos de
amostragem que diminui na medida em que aumenta o tamanho da amostra. Os erros de
amostragem para as estimativas de consumidor e corporativa estimados em um intervalo de
confiança de 95% são::
» Mercado corporativo: Tamanho da amostra = 88 Erro de Amostragem = ±10,4%
» Mercado de consumidores: Tamanho da amostra = 288 Erro de Amostragem =
±5,8%
Isto significa que podemos ter 95% de certeza de que, se fossemos fazer múltiplas entrevistas com a
mesma população, os resultados seriam os mesmos, mais ou menos 10,4% e 5,8%,
respectivamente.
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ANÁLISE DE DEMANDA
Mercado corporativo
O Ministério do Trabalho estimou 3.082 empresas em Recife com 20 ou mais funcionários. A
amostragem empresarial é dividia em três categorias, empresas com entre 20 e 49 funcionários,
empresas com entre 50 e 249 funcionários e empresas com 250 funcionários ou mais. Além disso,
somente aqueles com receita superior a US$ 1 milhão serão entrevistados e incluídos na estimativa.
Tabela 6: Panorama do Mercado Alvo
RECIFE
Categoria INDÚSTRIA 20 - 49
funcionários (pequena)
50 - 249 funcionários
(média)
>250 funcionários
(grande) Total Porcentagem
A
Agricultura, atividades florestais e de pesca 15 9 1 25
10,3% Indústria extrativista 2 3 1 6
Indústria de transformação 195 73 18 286
B
Eletricidade e gás 3 2 3 8
7,9%
Água, esgoto e atividades de manejo de dejetos e descontaminação
6 3 2 11
Atividades administrativas e serviços complementares 121 70 32 223
Organizações internacionais e outras instituições extraterritoriais
0 0 0 0
C
Construção 180 124 22 326
27,0%
Hospedagem e alimentação 194 71 3 268
Atividades financeiras de seguradoras e serviços relacionados 106 33 3 142
Atividades imobiliárias 4 6 0 10 Administração pública e segurança social 10 30 47 87
D
Comércio, consertos de máquinas, automóveis e motocicletas 615 215 26 856
34,6% Transporte, armazenamento e correios 90 42 13 145
Informação e Comunicação 34 24 8 66
E
Atividades científicas e profissionais e técnicas 60 24 4 88
20,2%
Educação 109 70 10 189
Serviços de saúde e sociais 67 45 24 136
Artes, cultura, esporte e recreação 23 8 1 32
Outros serviços 116 51 11 178
Serviços domésticos 0 0 0 0
Total 1.950 903 229 3.082
Porcentagem 63,3% 29,3% 7,4% 100,0%
Fonte: Ministério do Trabalho, 2007/08
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Definição do Tamanho do Mercado Corporativo
Através de 623 ligações aleatórias, 88 compradores corporativos foram identificados buscando
hospitalidade no estádio de Recife. Com base na razão estimada, concluímos que haja 354
compradores em Recife, com mais da metade dos compradores localizados na seção de médias
empresas e um terço na seção de pequenas empresas.
Tabela 7: Determinação do Tamanho do Mercado Corporativo de Recife
Faixa de funcionários Panorama Corporativo de Recife
Tamanho do mercado
Porcentagem
20 - 49 funcionários (pequena) 1,950 111 31.3% 50 - 249 funcionários (média) 903 190 53.6% 250 funcionários or above (grande) 229 54 15.2% Total 3,082 354
Perfil do Mercado corporativo
Cinco por cento dos compradores corporativos indicaram ter renda acima de US$1 bilhão, seguidos
por um quinto que declarou receita inferior a US$1 bilhão, mas superior a US$50 milhões. Mais da
metade tem receita anual inferior a US$50 milhões e um quarto não estava disposto a compartilhar
informações de receita.
Tabela 8: Receita Corporativa
Receita Porcentagem dos
entrevistados US$1M a US$4.99M 24% US$5M a US$9.99M 14% US$10M a US$49.99M 11% US$50M a US$99.99M 11% US$100M a US$499.99M 4% US$500M a US$999.99M 7% Acima de US$1 bilhão 5% Não respondeu 23%
Base: 88 entrevistados
Hospitalidade em eventos esportivos e culturais é usada com bastante freqüência pelas empresas
entrevistadas, com mais ou menos um quarto dos entrevistados corporativos usando pacotes de
hospitalidade corporativa 2 – 4 vezes ao ano. Um sexto das empresas entretém convidados, clientes,
fornecedores e/ou funcionários ao menos uma vez por mês.
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Tabela 9: Frequência de Hospitalidade Corporativa
Freqüência de hospitalidade
Porcentagem dos entrevistados
Nunca 12%
Menos de uma vez por ano 4%
Uma vez por ano 14%
2 a 4 vezes por ano 28%
5 a 11 vezes por ano 6%
Uma vez por mês 17%
2 a 4 vezes por mês 15%
Mais de 4 vezes por mês 3%
Base: 88 entrevistados
Um terço dos entrevistados corporativos indicou que seu orçamento para hospitalidade é entre R$
10.000 e R$ 99.999 por ano e um terço de todas as empresas gastam menos do que isso 1% das
empresas tem orçamentos de hospitalidade de mais de R$ 1 milhão. 27% dos entrevistados
recusaram-se a comentar.
Tabela 10: Orçamento de Hospitalidade Corporativa
Orçamento de Hospitalidade
Porcentagem dos entrevistados
Abaixo de R$ 10.000 28%
R$ 10.000 a 99.999 38%
R$ 100.000 a 999.999 5%
R$ 10.000.000 ou mais 1%
Prefere não dizer 1%
Não sabe 27%
Base: 88 entrevistados
O número de convidados que freqüenta cada função corporativa é menos de 40 em metade dos
casos. Um quinto das empresas entretém 11 – 40 convidados por função. Um quinto das empresas
entretém grupos de mais de 100 convidados.
Tabela 11: Número de Convidados
Número de Convidados
Porcentagem dos entrevistados
01-05 convidados 14%
06-10 convidados 12%
11-40 convidados 26%
41-100 convidados 24%
101-500 convidados 15%
500 convidados 7%
Não respondeu 3%
Base: 88 entrevistados
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Área de Inclusão
A área de inclusão primária é definida como a cidade de Recife, a capital do estado de Pernambuco,
com uma população de 1,5 milhão. É a capital do estado de Pernambuco. A Região Metropolitana
de Recife, que inclui mais quatro milhões de habitantes, foi tratada como a segunda área de inclusão.
Os produtos para consumidor propostos incluem assentos prêmium e pacotes de jogos. Os produtos
de assentos prêmium são voltados para indivíduos com alto poder aquisitivo, enquanto os pacotes de
jogos voltados para um público mais amplo. Indivíduos com alto poder aquisitivo são definidos como
sendo aqueles com rendas domiciliares mensais superiores a R$ 5.000. Os pacotes de jogos,
embora voltados a alvos de alto e baixo poder aquisitivo, exclui domicílios com rendas mensais
menores que R$ 1.600. Estima-se que a cidade de Recife tenha um total de 26.212 domicílios com
renda domiciliar mensal acima de R$ 5.000 e 87.561 com renda domiciliar abaixo de R$ 5.000, mas
acima de R$ 1.600.
Figura 1: Área de Inclusão
Fonte: maplandia.com
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Tabela 12: Panorama do Mercado Consumidor em Recife
Classe econômica % da População
Número de
domicílios
Número de indivíduos (3,58 indivíduos por
domicílio)
Renda mensal domiciliar
média
APA
Acima de R$ 8.200 (A0 & A1)
1,80% 4.968 17.785 R$ 14,262
R$ 5.000 - 8.199 (A2) 7,70% 21.244 76.054 R$ 8,544 Total 9,50% 26.212 93.839
PG R$ 2.750 - 4.999 (B1) 13,70% 32.795 117.406 R$ 4,833
R$ 1.600 - 2.749 (B2) 21,50% 54.766 196.062 R$ 2,862
Total 35,20% 87.561 313.468
Total do Alvo 44.70% 113,773 407.307
Determinação do Tamanho do Mercado de Consumidores
A pesquisa localizou fãs do Náutico, Sport Recife e Santa Cruz dentre os residentes de Recife. Com
642 contatos desconhecidos, podem-se encontrar 288 consumidores que têm interesse em produtos
de assentos no Novo Estádio. Em média, uma em cada três pessoas no mercado-alvo de
consumidores consideraria comprar os pacotes propostos. Na classe social A1, dois de cada cinco
tinham interesse em um dos pacotes de assentos de um clube de futebol no Novo Estádio, enquanto
que apenas um a cada sete na classe social B2 teriam este mesmo interesse. Conclui-se que cada
clube seja preferência de entre 14.000 a 17.000 domicílios; é este o tamanho potencial de mercado
para a venda de hospitalidade no Novo Estádio.
Tabela 13: Determinação do Tamanho do Mercado de Consumidores
Renda domiciliar mensal (Classe social)
Tamanho do mercado
Náutico Sport Recife
Santa Cruz
APA
Mais de R$ 8,200 (A0 & A1) 3.587 3.348 3,587
R$ 5,000 - 8,199 (A2) 2.033 1.913 2,272
Total 5.620 5.261 5,859
PG R$ 2,750 - 4,999 (B1) 5.794 6.622 6,415
R$ 1,600 - 2,749 (B2) 3.518 3.932 4,346 Total 9.312 10.554 10,761
Total 14,932 15.815 16.620 *Baseado em 642 contatos desconhecidos
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Perfil do Mercado de Consumidores
Metade dos entrevistados são empregadores, gerentes ou autônomos. A grande concentração no
nível empresarial e na posse da empresa são devidos à triagem de renda e a natureza prêmium dos
produtos. Existe um décimo em profissões não-manuais e um décimo com profissões de baixa
habilidade ou manuais.
Tabela 14: Profissões dos Entrevistados
Profissão Porcentagem
Empregadores e Gerentes 22,9%
Autônomos 26,6%
Profissional de alto nível 2,5%
Profissional de nível mais baixo 4,2%
Não-manual 2,9%
Habilidades manuais 4,8%
Trabalho semi-hábil 4,8%
Sem habilidades 1,1%
Fazendeiros 0,7%
Outra profissão (favor especificar) 24,4%
Estudante 0,7%
Desempregado 0,7%
Aposentado 3,3%
Preferiu não dizer 0,4%
Base: 288 entrevistados
Quase um décimo dos entrevistados tem casa própria. 10% dos entrevistados alugam sua moradia.
Somente menos de 1% dos entrevistados mora em casas populares ou na casa dos pais.
Tabela 15: Posse Imobiliária dos Entrevistados
Posse de moradia Porcentagem
São proprietários (ou estão comprando) uma casa, apartamento ou quitinete
88,9%
Alugam uma casa particular, apartamento ou quitinete
10,4%
Alugam de um conselho / associação imobiliária
0,4%
Vive com os pais / Guardiões 0,3%
Base: 288 entrevistados
A maioria dos entrevistados tem experiência em freqüentar estádios locais para diferentes eventos.
Nove de cada dez já compareceu a eventos futebolísticos no estádio. Somente 3% a 7% dos
entrevistados participam de outros eventos, como shows musicais e de entretenimento.
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Tabela 16: Visitam os Atuais Estádios em Recife (múltiplas escolhas)
Visitam Estádios em Recife Porcentagem
Ilha do Retiro (Sport Recife) 77,6%
Arruda (Santa Cruz) 75,8%
Aflitos (Náutico) 73,7%
Base: 288 entrevistados
Tabela 17: Tipos de Eventos Comparecidos nos Atuais Estádios (múltiplas escolhas)
Tipo de Evento Porcentagem Futebol 94% Show musical 7% Evento de entretenimento 6%
Outros esportes 3%
Base: 288 entrevistados
Mais da metade dos entrevistados visitam estádio uma vez a cada três meses. Um décimo dos
entrevistados visita estádios ao menos uma vez por semana e mais um quinto dos entrevistados
visita estádios pelo menos uma vez por mês. Menos de um sexto dos entrevistados freqüentam
menos de uma vez ao ano.
Tabela 18: Frequência das Visitas
Frequência de visitas aos estádios atuais Porcentagem Mais de uma vez por semana 1,8%
Uma vez por semana 7,4%
Cada 1-2 semanas 6,1%
Cada 2-3 semanas 5,1%
Cada 3-4 semanas 7,7%
Cada 4-6 semanas (1 a 1,5 mês) 11,2%
Cada 6-8 semanas (1,5 a 2 meses) 4,6%
Cada 2-3 meses 14,4%
Cada 3-4 meses 8,9%
Cada 4-6 meses 7,2%
Cada 6-12 meses 12,2%
Menos de uma vez por ano 8,4%
Não esteve nos últimos dois anos, mas costumava ir
5,2%
Base: 288 entrevistados
Mais da metade dos entrevistados pagaria por conteúdos adicionais, seja por jogos nacionais ou
shows musicais. No entanto, há também um quarto dos entrevistados que gostariam de pagar por
eventos adicionais a cada evento. O valor extra obtido com a inclusão de eventos extras pode vir a
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ser compensado pela perda de participação de mercado, já que os que foram entrevistados mais
tarde tendem a ser excluídos do mercado se os eventos adicionais forem inclusivos.
Tabela 19: Conteúdo Adicional
Conteúdo Adicional Porcentagem
Sim, pagaria mais se fossem incluídos no pacote jogos nacionais e shows musicais 47,1%
Sim, pagaria mais se mais jogos nacionais fossem incluídos
14,1%
Sim, pagaria mais se shows musicais fossem incluídos 10,7%
Não, prefere pagar por eventos adicionais a cada evento 26,1%
Não, não tem interesse algum nestes eventos 2,1%
Base: 288 entrevistados
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APÊNDICE A – RESUMO DOS RESULTADOS QUALITATIVOS
Introdução
Durante a primeira fase do estudo de viabilidade, a Comperio Research realizou seis grupos de foco
com fãs dos times locais e 30 entrevistas face a face com empresas na cidade de Recife. O objetivo
foi coletar e analisar a atual experiência dos estádios e opiniões sobre o desenvolvimento proposto
do estádio. Os grupos de foco foram realizados no Lucsim Recife Hotel, enquanto que as entrevistas
aprofundadas foram realizadas nos escritórios de cada empresa. Os membros dos grupos de foco
incluíram fãs do Náutico, Sport Recife e Santa Cruz nas classes sociais A1, A2, B1 e B2. A idade dos
membros variava de 35 a 55 anos, com homens representando 70% dos grupos. Os entrevistados
face a face eram diretores de vendas e marketing de empresas com receitas superiores a 1,5 milhão
e mais de 20 funcionários.
Grupo de Foco de Consumidor
Tabela 20: Arquivos dos Grupos de Foco
Grupo Classe social* idade Clube No de participantes
1 PG 30-55 anos Náutico 8
2 APA 30-55 anos Sport Recife 8
3 PG 30-55 anos Santa Cruz 9
4 APA 30-55 anos Náutico 9
5 PG 30-55 anos Sport Recife 9
6 APA 30-55 anos Santa Cruz 9
Total 52
*Definições das Classes Sociais: APA= indivíduos com Alto Poder Aquisitivo (classes sociais A1, A2) PG= Público Geral
(classes sociais B1, B2)
Perfil dos fãs
A maioria dos fãs do Náutico vem das elites sociais. Eles vão aos jogos principalmente com suas
famílias, para encontrar amigos e relaxar. Eles são muito sensíveis em relação ao desempenho do
time e, quando este perde, tendem a ir à jogos com menor freqüência. Os fãs do náutico consideram
o Sport Recife o seu maior rival.
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Os fãs do Sport Recife são leais e tendem a acompanhar o time em todas as competições. Ser fã do
Sport Recife os torna exclusivos. Os fãs do Sport Recife vêem o Náutico como o principal rival.
Os fãs de Santa Cruz são dedicados a seus times – independentemente do desempenho, eles
tendem a comparecer aos jogos e apoiar o time. Vêem o Sport Recife como sendo seus principais
rivais e também como vândalos e causadores de confusão.
Experiência Atual
A atual experiência de todos os fãs é semelhante, independentemente do desempenho do time. Os
fãs que costumam ir com amigos e familiares, saem de casa horas antes do jogo começar e usam
camisetas do time. Muitos fãs viajam ao estádio de carro, enquanto que outros usam transporte
público, como ônibus e metrô. Durante o jogo, consomem lanches rápidos no próprio estádio.
Embora gostem de ficar com as torcidas organizadas por causa do ambiente, tendem a sair do
estádio antes do jogo acabar para evitar violência entre fãs e transito. Se os fãs não podem sair do
estádio antes do jogo acabar, permanecem por algum tempo até as torcidas organizadas terem ido
embora. Depois de uma vitória, os fãs preferem beber nos bares e restaurantes próximos ao estádio;
mas se perdem, preferem ir direto para casa.
A maioria dos fãs prefere o local dos estádios atuais – perto do centro da cidade e de fácil acesso.
Os fãs também gostam do fato de cada time ter seu próprio estádio. A maioria das características
negativas são comuns a todo o futebol brasileiro. Segurança e violência são as principais
preocupações.. O estado da infra-estrutura é uma questão importante; ambos os estádios do Náutico
e do Sport Recife foram construídos há 70 anos.
Visões sobre o desenvolvimento do estádio
O conceito de um novo estádio foi bem recebido. As principais preocupações estão abaixo:
» As ofertas do estádio são bastante diferentes da cultura brasileira atual
» O estádio não é amigável aos fãs de torcidas organizadas ou com menos renda – assim, a
atmosfera criada por estes fãs pode ser perdida
» Somente a elite social compareceria
» O preço seria alto demais para poder levar toda a família
» A violência pode permanecer inevitável
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Principais características propostas
Principais características do estádio
Com base na descrição da experiência atual, fica claro que o Novo Estádio pode melhorar as
experiências ao vivo de várias formas. Entre as características, o conforto e a segurança são as mais
essenciais. Outros fatores também receberam notas altas, como estacionamento, opções de
alimentação, lojas, bom acesso, infra-estrutura de qualidade, incluindo iluminação e banheiros e
opções para museus. Especificamente:
» A segurança é o fator mais importante para todos os três clubes
» O público geral do Sport Recife tem maior interesse por pacotes de jogos do que os dos
outros clubes.
Tabela 21: Visão do Consumidor sobre a Infraestrutura/Serviços
No Clube NÁUTICO SPORT RECIFE SANTA CRUZ
Total Média Classe social A1,A2 B1,B2 A1,A2 B1,B2 A1,A2 B1,B2 Grupo
4 1
2 5
6 3
1 Mais segurança
5,0 5,0
5,0 5,0
5,0 5,0
30,0 5,0
2 Estacionamento
4,7 4,9
4,6 5,0
4,9 4,9
28,9 4,8
3 Opções de alimentação
4,8 4,1
4,3 4,7
4,3 4,9
27,0 4,5
4 Lojas
4,3 4,5
3,8 4,8
4,7 4,9
26,9 4,5
5 Uso em dias sem jogos
4,3 3,9
4,1 4,7
4,4 4,9
26,3 4,4
6 Localização horizontal
4,4 4,0
4,3 4,3
4,0 5,0
26,0 4,3
7 Proximidade ao campo
4,0 3,4
4,5 4,8
4,2 4,9
25,8 4,3
8 Pacotes de Jogos
4,4 3,6
4,3 5,0
3,6 4,4
25,3 4,2
9 Atividades, antes e depois
4,6 4,1
3,8 4,2
4,1 4,4
25,2 4,2
10 Bares/boates
4,4 3,0
4,0 4,1
3,7 4,6
23,8 4,0
Conteúdo do Pacote para Consumidores
De modo geral, os jogos da Seleção e da Copa do Brasil são os eventos mais populares para todos
os consumidores.
» Náutico: fãs com APA também têm uma alta preferência por Libertadores e shows
nacionais e internacionais.
» Sport Recife: os fãs têm uma alta preferência por uma ampla gama de conteúdo, mas
menor preferência por jogos nacionais das séries B e C e jogos internacionais.
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» Santa Cruz: fãs demonstraram interesse nas séries nacionais abaixo da A, visto que o
desempenho do time não vem sendo tão bom.
Tabela 22: Visão do Consumidor sobre Conteúdo do Pacote
Clube NÁUTICO SPORT RECIFE SANTA CRUZ
Total Média Classe social A1,A2 B1,B2 A1,A2 B1,B2 A1,A2 B1,B2
Grupo 4 1 2 5 6 3
Seleção (time nacional) 5,0 4,9 5,0 4,8 4,9 5,0 29,5 4,9
Copa do Brasil 4,8 4,8 5,0 5,0 4,9 4,8 29,2 4,9
Campeonatos estaduais 4,4 4,8 4,9 4,9 5,0 4,7 28,6 4,8
Série nacional A 4,7 4,4 4,9 5,0 4,9 4,6 28,4 4,7
Libertadores 5,0 4,5 4,9 4,9 4,7 4,2 28,2 4,7
Shows Nacionais 5,0 3,6 4,9 4,6 4,7 4,9 27,6 4,6
Shows internacionais 4,9 3,6 5,0 4,9 4,6 3,3 26,3 4,4
Série nacional B 4,1 3,8 4,6 4,4 4,9 4,2 26,0 4,3
Jogos internacionais 4,4 4,5 4,8 4,7 3,9 3,7 25,9 4,3
Eventos em feriados públicos 3,7 4,1 3,1 3,9 3,7 3,8 22,3 3,7
Série nacional C 3,3 2,8 3,3 3,8 4,1 4,2 21,4 3,6
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Entrevistas Corporativas Aprofundadas
Dos entrevistados corporativos, 57% eram empresas de médio porte com receita de R$ 15 - 150
milhões; 19% eram grandes corporações com receita anual superior a R$ 150 milhões. O restante foi
classificado como pequenas empresas, com receitas acima de R$ 1,5 milhão, mas abaixo de R$ 15
milhões.
Conforme esperado, o orçamento de marketing e de hospitalidade corporativa aumenta conforme o
tamanho da empresa. A média do orçamento de marketing de empresas de grande porte é de R$ 5,3
milhões em média, comparado a R$ 200.000 para empresas pequenas e R$ 1,3 milhão para
empresas de médio porte.
Tabela 23: Perfil do Entrevistado Corporativo – Receita
Tamanho da Empresa No. de
empresas (%)
Faixas de receita
Pequena 24%
R$ 1.500.000 a 7.500.000 R$ 4.500.000 R$ 7.500.000
Pequena R$ 7.500.000 a 15.000.000 R$ 11.250.000
Média 57%
R$ 15.000.000 a 75.000.000 R$ 45.000.000 R$ 75.000.000
Média R$ 75.000.000 a 150.000.000 R$ 112.500.000
Grande
19%
R$ 150.000.000 a 750.000.000 R$ 450.000.000
R$ 1.000.000.000 Grande R$ 750.000.000 a 1.500.000.000 R$ 1.125.000.000
Grande Mais de R$ 1.500.000.000 R$ 1.500.000.000
Total de respostas 100%
Empresas entrevistadas 29
Tabela 24: Perfil do Entrevistado Corporativo – Orçamento de Marketing
Tamanho da empresa
Orçamento de Marketing Orçamento de Hospitalidade Corporativa
% da Receita
R$ % da Receita
R$
% do Orçamento
de Marketing
R$ % do
Orçamento de Marketing
R$
Pequena 2,5% R$ 112.500 2,7% R$ 202.500
40% $45.000 45% $91.125
Pequena 2,9% R$ 326.250 50% $163.125
Média 1,8% R$ 810.000 1,8% R$ 1.350.000
27% $218.700 27% $364.500
Média - - - -
Grande 2,0% R$ 9.000.000
1,1% R$ 5.250.000
12% $1.080.000
11% $577.500 Grande - - - -
Grande 0,1% R$ 1.500.000 10% $150.000
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Características principais propostas
Entre as características propostas, a segurança é a mais importante para os entrevistados
corporativos. Características como estacionamento e entrada VIPs também obtiveram pontuações
altas. Os camarotes corporativos foram criticados por terem muito poucas vagas de estacionamento
(corporativos preferem uma vaga para cada dois assentos, em vez de uma vaga para cada quatro
propostos); também houve a preocupação de manter os camarotes não muito longe do campo e do
favorecimento a configurações de camarotes com grandes números de assentos. Em termos de
alimentação, 86% das empresas preferem pagar por evento ao invés de incluir no valor do pacote.
Tabela 25: Infra-estrutura/Serviços Preferidos por Corporativos
No. Infra-estrutura/Serviços Preferidos Nota (1-5) 5 = muito
importante
1 Segurança 4,76
2 Variedade de opções de alimentação disponíveis 4,45
3 Conteúdo 4,38
4 Estacionamento VIP (1 vaga para 4 assentos) 4,31
5 Uso do estádio em dias sem partidas 4,31
6 Entrada VIP 4,17
7 Localização horizontal dos assentos (LMC, A, AG) 4,10
8 Bares/boates 4,00
9 Localização vertical dos assentos (alta, média, baixa) 3,93
10 Lojas de merchandising no estádio 3,62
Produto Corporativo Proposto
Conteúdo
A Seleção representa o conteúdo mais atraente para os corporativos. Shows internacionais também
têm um grande apelo para os entrevistados corporativos; outros eventos populares de
entretenimento incluem o Cirque du Soleil, futebol americano, amistosos femininos e futebol de
juniores.
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Tabela 26: Evento Preferido por Corporativos
Tipo de Evento Conteúdo Nota 1-5 (5= muito importante)
1
Futebol
Seleção 4,62
2 Jogos internacionais 4,21
3 Jogos da série nacional A 4,45
4 Jogos da série nacional B 3,41
5 Jogos da série nacional C 2,24
6 Campeonatos Estaduais 3,97
7 Copa do Brasil 4,41
8 Libertadores 4,38
9 Futebol – Outro 1,97
11
Música & entretenimento
Música – shows internacionais 4,62
12 Música – shows nacionais 4,38
13 Entretenimento – Outro 3,28
15 Eventos em feriados públicos 2,97
24/49
Conclusão
Tanto os entrevistados corporativos quanto os consumidores têm um alto nível de interesse no Novo
Estádio de Recife.
O que mais atrai os consumidores é uma diminuição na violência e uma platéia mais civilizada,
permitindo que o estádio possa ser usada por toda a família como uma atividade de lazer nos fins de
semana. No entanto, a maioria dos consumidores tem medo que o novo estádio se torne elitista
demais e perca a atmosfera atual. Segurança e conforto são as características mais importantes para
consumidores. Outras características, como lojas e variedade de opções de alimentação também são
bastante populares e refletem que eles gostariam de passar mais tempo no estádio com a família e
amigos. Entrevistados corporativos também indicaram que gostariam de permanecer mais tempo no
estádio antes e depois das partidas.
Em termos de localização, os entrevistados ainda preferem ficar perto da cidade, dentro de um raio
de 20 km. Ainda mais importante, o local deve ser próximo de terminais de transporte público, como
o metrô.
Para os produtos de consumidor propostos, a maioria dos entrevistados APA e PG não
demonstraram interesse por business seats. No entanto, acreditam que o camarote seja importante
para usuários corporativos.
As empresas mostraram-se bastante positivas quanto às imagens do novo estádio, com 91% delas
dizendo que considerariam usar o Novo Estádio de Recife para hospitalidade corporativa.
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APÊNDICE B – CONSIDERAÇÕES ECONÔMICAS
A presente seção fornece uma visão geral da estrutura, tendências e condições da economia
brasileira, como uma introdução à análise mais detalhada que será fornecida ao longo do presente
relatório. Antes de fornecer uma análise detalhada sobre a demanda e as receitas associadas ao
investimento na construção de um novo estádio em Recife, iremos abranger os seguintes
motivadores de demanda que o atual relatório estimou:
» Ambiente empresarial
» Indicadores econômicos nacionais
» Setores & Estrutura industrial
» Economia regional de Recife
» Situação econômica atual & previsões
A economia está na ponta da língua do público em geral e dos líderes empresariais, bem como
investidores, dada a turbulência vivida recentemente em mercados globais. Embora os últimos 12
meses tenham se caracterizado por elevados níveis de volatilidade, pode ser útil considerar os
fundamentos subjacentes e a estrutura básica da economia para evitar uma reação exagerada à
exuberância dos mercados ao avaliar os riscos e as recompensas oferecidas por uma oportunidade
de investimento.
Ambiente empresarial
Ao longo dos últimos cinco anos, a comunidade empresarial do Brasil vem entrando numa nova fase
em seu desenvolvimento, graças ao êxito da implementação dos programas de estabilização
econômica, a reforma da política comercial e industrial e aumento dos preços que permite as
empresas brasileiras a ter uma posição forte em certas indústrias.
Após o grande sucesso das medidas adotadas para estabilizar a economia, o Brasil tem realizado
reformas menos conhecidas, mas igualmente importantes, dos seus sistemas de tributação e de
direito. Estas alterações foram acompanhadas de novas medidas para controlar as despesas
públicas do poder executivo federal, estadual e local. Extensos recursos têm sido investidos no
desenvolvimento institucional e no aumento da eficiência e confiabilidade da administração pública.
Políticas industriais e comerciais foram alteradas para incentivar as exportações, a indústria e o
comércio, criando assim oportunidades multilaterais para investidores e produtores locais e
internacionais.
Estas políticas permitiram que o Brasil a reduzisse a sua vulnerabilidade e dependência. O país
importa apenas nove por cento do petróleo que consome. Reduziu 50 por cento de sua dívida
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interna, através de certificados vinculados a taxas de câmbio e viu crescer as exportações em 15 por
cento ao ano. O regime cambial flexível do Brasil não exerce pressão sobre o setor industrial ou
sobre a inflação, em sete por cento ao ano.
Suporte para o setor produtivo também foi simplificado em todos os níveis de governo. Embora o
foco tenha sido anteriormente sobre a reforma judicial e legislativa, medidas mais recentes incluem a
criação de incentivo fiscal na forma de reduções fiscais. Uma recente redução de 30 por cento no
‘Imposto sobre Produtos Manufaturados’ irá estimular ainda mais o desenvolvimento industrial,
enquanto que o investimento de R$ dois bilhões em frotas de transporte rodoviário de carga vai
melhorar a distribuição logística, permitindo uma maior integração com os mercados globais. Mais
recursos garantem a propagação de call centers de informações e empresariais1.
Devido ao seu saldo positivo em conta corrente, políticas macroeconômicas favoráveis, elevados
níveis de investimento e baixos níveis de dívida externa, esperava-se que o Brasil pudesse ser
menos afetado pelo arrocho de crédito. No entanto, como os fluxos de investimento estrangeiro se
inverteram e os valores dos ativos diminuiu, o Brasil também tem sido afetado pelo arrocho de
crédito global, com os investimentos em grandes projetos de infra-estrutura e desenvolvimento sendo
severamente afetados.2
Visto que o desenvolvimento de infra-estrutura é uma questão premente, tanto para o
desenvolvimento industrial como para a agenda social do Brasil, os custos de capital da
modernização foram partilhados entre o Estado e o setor privado, através de parcerias público-
privadas (PPPs). No setor dos transportes, o país está melhorando um modelo multi-modal e está
investindo na ampliação e modernização de passagens que integram aeroportos, portos, ferrovias e
hidrovias. O governo investiu R $ 1,3 bilhões em 65 aeroportos com a única intenção de aumentar o
acesso a destinos turísticos populares e as zonas interiores do país.3
Em 2003, o Brasil lançou o seu Plano Nacional de Turismo, que visa impulsionar o crescimento do
turismo e atingir a taxa de nove milhões de visitantes estrangeiros por ano. Em 2008, o país foi
visitado por 4,7 milhões de estrangeiros, que procuram as praias do Nordeste e as áreas urbanas no
sudeste do país.
O crescimento econômico permitiu que ambos as empresas locais e as multinacionais se
beneficiassem de oportunidades em uma ampla gama de setores, incluindo infra-estrutura, materiais
básicos, bens de consumo e de varejo, bem como o setor bancário. Tendências de
1 Portal do governo brasileiro, 2008 2 Oxford Analytica, ‘Brazil: Credit Crunch Puts Infrastructure on hold.’ Nov de 2008 3 Brazil’s National Investment Information Network (Rede Nacional Brasileira de Informações sobre Investimentos), 2008
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desregulamentação e abertura ao comércio também ajudaram as empresas locais a aumentar a
eficiência e a produtividade enquanto obtém um crescimento voltado às exportações.4
O sólido crescimento econômico e ambiente empresarial favorável no Brasil tem chamado a atenção
de empresas estrangeiras, que estão cada vez mais buscando estender suas operações regionais
para o Brasil. As iniciativas governamentais têm contribuído para incentivar os investidores
estrangeiros a escolher do Brasil como uma opção privilegiada de investimento, bem como para
fornecer incentivos para o investimento a partir do interior faz fronteiras do próprio país, através de
programas de expansão, modernização e reestruturação em diversos setores da economia.
Programas governamentais foram criados com a missão de atrair fundos e formar parcerias público-
privadas, através do Brasil Trade Net. Outro exemplo de um departamento do governo brasileiro
trabalhando com o sector privado é o Escritório para a Promoção das Exportações Brasileiras, uma
PPP encarregada da promoção comercial do Brasil nos mercados externos.
Indicadores Econômicos Nacionais
Observando a história econômica e política do Brasil, vemos que não foi fácil atingir seu recente
progresso econômico e sua estabilidade. Durante a década de 1990, o país experimentou
hiperinflação enquanto o setor público estava praticamente falido. Embora tenham sido empregados
remédios administrativos, altos níveis de corrupção e ineficiência atormentavam tanto o setor público
quanto o privado.
No final de 1993, tornou-se claro que, sem uma séria reforma fiscal, a inflação iria permanecer
elevada e a economia não iria sustentar o crescimento. Em 2001, o colapso financeiro na Argentina
provocou preocupações de que o candidato presidencial favorito no Brasil, Lula da Silva, declararia
moratória na dívida nacional. Preocupações quanto ao merecimento de crédito por parte do governo
brasileiro desencadearam um declínio econômico.
No entanto, o Brasil tem experimentado um crescimento econômico estável sem precedentes desde
2003, que curou a maior parte das cicatrizes deixadas pela época de turbulência. Na medida em que
a confiança é restaurada nas finanças nacionais e na saúde da economia, os fluxos de capital estão
recuperando sua força e a moeda vem apreciando. Embora a estabilidade e a valorização da moeda
do Brasil tenha desacelerado o crescimento de volumes exportados, tem facilitado o
desenvolvimento do seu setor financeiro, que irá apoiar Brasil no crescimento de longo prazo. Como
mostrado abaixo na Tabela 27: , o Brasil possui a décima maior economia do mundo. O Brasil
também tem mercados financeiros bem desenvolvidos que, por sua vez, contribuíram para o
crescimento dos setores da agricultura, mineração, manufatura e serviços.
4 The McKinsey Quarterly: “What’s ahead for business in Brazil”, Maio de 2007
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Tabela 27: Classificação do PIB Brasileiro, 2008
Classificação País PIB nominal1
(No.) (milhões de USD)
1 Estados Unidos 14.330.000 2 Japão 4.844.000 3 China (RPC) 4.222.000 4 Alemanha 3.818.000 5 França 2.987.000 6 Reino Unido 2.787.000 7 Itália 2.399.000 8 Rússia 1.757.000 9 Espanha 1.683.000 10 Brasil 1.665.000
1 Obs: O PIB nominal é medido em dólares de 2008, calculado ao longo da lista de países pelas taxas de câmbio do mercado. Fonte: CIA World Factbook
Com mais de 190 milhões de pessoas, o Brasil é o 5º mais populoso país do mundo, depois da
China, Índia, Estado Unidos e Indonésia. No entanto, a taxa de crescimento médio anual da
população foi de apenas 1,4 por cento entre 2000 e 2008, que é muito mais baixa do que na maioria
dos outros países em desenvolvimento. A Tabela 28: abaixo apresenta um panorama dos principais
fatos em relação à economia e à demografia do Brasil.
Tabela 28: Fatos Específicos ao País, 2008
Parâmetro do país Fatos e números
População 190,3 milhões (1o Dez 2008)
Capital Brasília
Maior Cidade São Paulo
Maior Religião Católica Romana (nominal) 73,6%
Expectativa de vida População total: 71.71, Homens: 69 anos, Mulheres: 76 anos
Moeda Real, BRL $
Principais produtos exportados Equipamento de transporte, minério de ferro, café, grãos de soja, calçados, carros
PIB per capita (PPP) $9.695 (R$ 15.803) Taxa de desemprego 9,3% (est. de 2007)
Fontes: CIA World Factbook, IBGE
As seguintes subseções analisarão os principais indicadores econômicos que, conjuntamente,
fornecem uma compreensão mais aprofundada da economia brasileira, incluindo a inflação, o PIB, a
política monetária, a dívida externa e saldos de conta corrente.
Inflação
As tendências inflacionistas do Brasil podem ser classificadas em três períodos desde 1975. De 1975
a 1985, o Brasil enfrentou uma inflação moderadamente crescente. A taxa de inflação estava
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crescendo, mas a um ritmo mais lento em comparação com os nove anos seguintes. Programas de
estabilização não foram capazes de reduzir abruptamente a taxa de inflação. De 1985 a 1994, o
Brasil experimentou um forte crescimento na sua taxa de inflação. Quando começou a IMG começou
a acompanhar a inflação no Brasil, em 1980, a taxa já chegava a 132 por cento. Entre 1980 e 1994, a
inflação culminou em uma espantosa taxa de 2.075%, com os preços de fim de ano 20 vezes
superiores em relação ao preço janeiro. Cinco programas de estabilização foram implementados,
envolvendo congelamentos de preço abruptamente implementados. A inflação foi finalmente
nocauteada em 1994, como resultado do "Plano Real".
A Figura 2, abaixo, mostra o baixo nível de inflação que o Brasil vem tendo desde 1996, com a taxa
raramente superior a 10 por cento. Embora a inflação tenha atingido 14,8 por cento em 2003, a
inflação média desde então, continuou relativamente baixa, em 7,2%.
Figura 2: Índices da Inflação Brasileira, 1995-2013
Obs: As estimativas começam em 2008, com base na mudança de preços percentual anual baseada nos níveis de preços Fonte: IMF World Economic Outlook, 2008
O FMI previu o declínio da inflação anual brasileira em relação à taxa de 2008 de 5,7 por cento, se
estabilizando em cerca de 4,5 por cento. As projeções da inflação apresentados acima na Figura 48
foram publicados pelo FMI em 2008, antes do agravamento da recessão mundial e preocupações
quanto a uma espiral deflacionista. Relatórios recentes indicam que a inflação estava em 5,84 no
início de 20085 e veio progressivamente aumentando para 5,9 por cento até março de 2009,
indicando que, até agora, as projeções têm proporcionado uma base bastante confiável de previsão
dos atuais níveis de inflação.
5 ChinaView.cn ‘Brazil’s Inflation Reaches 5.9 percent in February’. http://news.xinhuanet.com/english/2009-03/12/content_10996951.htm
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As tendências inflacionistas e projeções discutidas acima são relevantes para o estudo de viabilidade
do estádio de Recife de duas maneiras: 1) gestão de custos de construção e 2) diminuição da taxa
de obstáculos para avaliar o retorno sobre o investimento.
Em primeiro lugar, uma taxa de inflação estável ou em declínio permite uma gestão mais eficaz dos
custos de construção propostos para o estádio. A índice de custo de construção (ICC) nem sempre
se mover alinhado à inflação, visto que os mercados globais de commodities de aço, cimento,
gasolina, etc. também são motores essenciais do índice. No entanto, como a inflação está
diminuindo globalmente, com um risco de deflação entre os países desenvolvidos, seria de se
esperar que o CCI também estivesse em declínio. Como mencionado anteriormente, o declínio dos
fluxos de investimentos estrangeiros já reduziram o volume de projetos de infra-estruturas e outros
projetos de desenvolvimento. Reserva de capacidade e a falta de demanda no sector de construção
deverá proporcionar condições favoráveis para preços com descontos em uma ampla gama de
custos envolvidos em um grande projeto de desenvolvimento.
Em segundo lugar, as taxas de inflação são vinculadas às taxas de juro - a taxa de obstáculo para
avaliar a rentabilidade dos investimentos no estádio de Recife. Como demonstra uma comparação da
Figura 3 abaixo e da Figura 2 acima, taxas de inflação mais altas exigem taxas de juros mais
elevada. A taxa de juro em 1995 chegou a um pico de cerca de 85 por cento, oferecendo uma
margem de retorno para os investidores acima da taxa de inflação, de 65 por cento.
Figura 3: Taxas de Juros no Brasil, 1995-2007
Obs: A taxa de jutos representa a SELIC (Serviço Especial de Liquidação e Custódia) anual Fonte: Banco Central do Brasil
Após a inflação se estabilizar em 1996, as taxas de juros também caíram, embora as taxas de juros
tenham aumentado em resposta aos aumentos de inflação em mercados que reagiram
exageradamente aos receios do ressurgimento da hiper-inflação histórica que um dia houve no
31/49
Brasil. Quando a taxa de inflação permaneceu moderada, as taxas de juros retomaram o
monitoramento da inflação, com um acréscimo de aproximadamente 10%.
A taxa de juros SELIC aumentou para aproximadamente 13 por cento em 2008, Quando o Banco
Central buscava evitar a inflação. No entanto, em 2009, a SELIC diminuiu para 11,25 por cento, visto
que o Banco Central do Brasil quer estimular a economia. Ao avaliar os potenciais retornos sobre o
investimento gerados pela hospitalidade e receitas provenientes das entradas para o público geral,
os investidores locais irão comparar a taxa interna de retorno gerada pelo estádio de Recife para
reduzir as taxas de retorno oferecidas em outras áreas da economia.
Se as taxas de juro continuarem a diminuir no Brasil, devido à necessidade de estimular a economia,
os investidores podem tornar-se menos rigorosos em termos do retorno financeiro necessário,
parcialmente contrabalanceando as dificuldades em financiar um grande projeto de desenvolvimento
durante o atual arrocho de crédito.
Taxas de câmbio & Política Monetária
Uma taxa de câmbio flutuante, um regime contra a inflação e política fiscal rígida são as três
principais áreas do programa de crescimento econômico e estabilidade do Brasil. Esta situação tem
sido acompanhada por excedentes em conta corrente motivados por commodities, políticas
macroeconômicas sólidas que têm impulsionado as reservas internacionais para níveis
historicamente elevados e reduzido a dívida pública, assim como uma notável redução nas taxas de
juros reais. De 2003 a 2007, o Brasil vem registrando superávits comerciais e teve seu primeiro
superávit de conta corrente desde 19926.
Decisões de política monetária têm sofrido grandes alterações, em resposta aos principais
desenvolvimentos recentes da economia brasileira. Durante o primeiro ano de registro (1980), o FMI
registrou uma taxa de inflação de 132 por cento. 14 anos depois, a taxa estava em espantadores
2075 por cento. A hiperinflação dos anos 1980 e início de 1990 levou a várias tentativas infrutíferas
de estabilização, principalmente através da intervenção do governo e de congelamento de preços.
Depois de uma crise cambial em janeiro de 1999, o Brasil implantou um regime cambial flexível
combinado a metas inflacionárias. Alguns economistas acreditam que os mercados emergentes não
permitem que a taxa de câmbio flutue tanto quanto o anunciado e, portanto, sofrem com o medo da
flutuação. No entanto, o Banco Central do Brasil se preocupa muito mais com a inflação do que com
a volatilidade cambial. Controlar as taxas de inflação para níveis mais baixos pode ser
dinamicamente inconsistente e o Brasil poderia ser um exemplo notável. A Figura 4: abaixo ilustra as
6 Prospectos Globais do Brasil, Banco Central do Brazil. Abril de 2008
32/49
flutuações no valor do Real brasileiro contra dólar dos EUA, em gritante contraste com a estabilidade
das taxas de inflação mostradas na Figura 2: acima.
Figura 4: Índice Real de Câmbio (em US$), 1995 – 2007
Obs: índice de câmbio comercial no final do dia (venda). Fonte: Banco Central do Brasil
A política monetária do Banco Central Brasileiro foi claramente dirigida para alvejar as taxas de
inflação, e não a gestão das taxas de câmbio - como é feito muitas vezes em mercados emergentes.
Como tal, o investimento no estádio de Recife precisará ter em conta as flutuações das taxas de
câmbio impulsionadas pelas forças do mercado.
A taxa de câmbio brasileira tende a flutuar de acordo com o spread do Emerging Market Bond Index7
(Índice de Títulos da Dívida de Mercados Emergentes, EMBI), devido a movimentos subjacentes dos
fluxos de capitais. Um aumento no prêmio de risco leva a uma parada súbita dos fluxos de capitais e
uma depreciação do valor de moeda necessário para gerar superávit comercial e compensar a
diminuição dos fluxos de capitais. Outra motivação da taxa de câmbio BRL / USD é a razão da dívida
pública em relação ao PIB, visto que cerca de metade da dívida do Brasil foi denominada em dólares,
entre 2001 e 2003.
O acompanhamento do EMBI e da dívida pública do Brasil versus PIB poderá fornecer indicações
úteis taxas de câmbio futuras, que oscilou de 1,6 para quase 4,0 BRL / USD ao longo dos últimos 10
anos.
7 O índice EMBI é calculado pela JP Morgan. O EMBI spread é a diferença entre o rendimento das obrigações expressas em um dólar emitidas pelo governo brasileiro e uma obrigação correspondente emitida pelo Tesouro dos EUA e é, portanto, uma medida da avaliação dos mercados da probabilidade de que o Brasil possa declarar mora sobre a sua dívida obrigações.
33/49
Produto Interno Bruto
O Produto Interno Bruto, ou PIB, mede a atividade econômica de um país. Como mostrado na
Figura 5: abaixo, a economia do Brasil tem crescido a um ritmo bastante estável entre 2004 e 2007.
Durante este período, o crescimento variou entre 3,2 a 5,7%, com média de aproximadamente 4,5%.
Como mencionado anteriormente na Tabela 27: , o PIB do Brasil é o décimo maior do mundo, logo
atrás apenas do PIB da Espanha.
Figura 5: Taxa de Crescimento Anual do PIB, 1991 – 2013
Fonte: IMF World Economic Outlook
Embora o crescimento econômico do Brasil tenha sido menos estável entre 1995 e 2004,
desacelerações em 1998 e 1999, o crescimento econômico aumentou e se tornou mais estável ao
longo deste período. Espera-se que o Brasil continue a sua tendência de crescimento estável, com
um crescimento ligeiramente decrescente durante 2009, devido à diminuição da demanda global,
mas depois retomando sua taxa prévia de aproximadamente quatro por cento.
Embora a taxa global de crescimento econômico seja motivada por determinadas regiões ou setores
da economia, enquanto outros estão em declínio, a tendência geralmente positiva de crescimento
econômico é um bom sinal para a expansão do mercado de hospitalidade corporativa no futuro.
Pode-se esperar que nossas estimativas atuais da dimensão do mercado de hospitalidade
corporativa cresçam alinhadas ao crescimento do PIB nos próximos anos.
Embora uma taxa média de crescimento anual de quatro por cento possa ser escala modesta, a taxa
de crescimento anual composta aumenta de ano a ano. Se o mercado de hospitalidade corporativa
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aumentasse a uma taxa de crescimento anual composta (TCAC) de quatro por cento, o mercado se
expandiria 48 por cento ao longo de 10 anos. Seções subseqüentes irão analisar a evolução
econômica por região e por sector, para fornecer uma base mais sólida para a projeção do
crescimento econômico do mercado da hospitalidade de Recife.
Estrutura, Setores & Tendências Industriais
Ofertas de produtos de hospitalidade são, em grande parte, orientada aos setores predominantes da
economia, que se caracterizam relacionamentos entre empresas e clientes. Como mostrado abaixo
na Figura 6: , o setor de serviços é o maior componente do PIB brasileiro, com 65,8 por cento,
seguido pelo setor industrial, com 28,7 por cento e agrícola, representando 5,5 por cento do PIB.
Figura 6: Participação por Indústria no PIB Brasileiro, 2007
Services, 65.80%
Agriculture, 5.50%
Industry, 28.70%
Fonte: CIA World Factbook – estimativas para 2007
O setor de serviços do Brasil é especialmente bem desenvolvido em relação à dimensão do seu
sector agrícola, especialmente em comparação a outros países da América do Sul, como a Argentina
(56,5 por cento de serviços, agricultura a 9,5 por cento), Paraguai (serviços a 52 por cento, a
agricultura com 31 por cento), e Bolívia (serviços a 43 por cento, a agricultura com 40 por cento).
Dentro da América do Sul, só o Uruguai tem um setor de serviços que compreende uma parte maior
de sua economia que o Brasil, com 76 por cento do PIB proveniente de serviços.8
O crescimento do mercado de hospitalidade corporativa segue de perto o crescimento destes
sectores da economia nacional. Se tivéssemos de avaliar o crescimento dos mercados de
hospitalidade do Brasil ao longo do tempo, ficaríamos preocupados antes de mais nada com as
tendências de crescimento nos vários sectores da economia. A Figura 7 mostra a taxa de
8 CIA World Factbook, estimativas de 2007
35/49
crescimento do PIB por indústria, desde o terceiro trimestre de 2007 até o segundo trimestre de
2008.
Figura 7: Taxa de Crescimento do PIB, por Indústria, 3o trimestre/2007 ao 2o trimestre/2008
5.7
1.9
1.3
1.9
1.1 1.21.6 1.8
-1.3
1.71.2
0.8
3.8
0.91.3
1.6
-2
-1
0
1
2
3
4
5
6
7
Agriculture Industry Services Total GDP
%
Q3/2007 Q4/2007 Q1/2008 Q2/2008
Fonte: IBGE
A indústria agrícola passou pelas maiores flutuações durante este período, caindo 1,3 por cento no
primeiro trimestre de 2008, seguido por um crescimento 3,8 por cento durante o trimestre seguinte.
Ambos os setores industrial e de serviços mantiveram um crescimento estável ao longo do ano, com
a taxa variando entre um e dois por cento. De forma geral, a taxa de crescimento trimestral total
subiu 1,5 por cento, com exceção do primeiro trimestre de 2008.
Panorama Corporativo por Setor da Indústria
Outra forma de avaliar a estrutura da atividade econômica no Brasil é analisar o número de
empresas ativas dentro de cada setor e os níveis de emprego atribuíveis a estes setores. Demanda
por hospitalidade corporativa é, em última instância, impulsionado pela demanda das empresas e o
número de potenciais clientes por setor pode diferir da contribuição de cada setor para o PIB, visto
que os tamanhos das empresas podem variar de setor para setor.
Como demonstrado na Tabela 37 abaixo, duas atividades principais dominam o panorama
corporativo do Brasil: comércio (48,8 por cento) e os serviços profissionais (14,1 por cento). Juntos,
eles representam 63 por cento do número de empresas que operam no país. Outros 17,7 por cento
são compostos por atividades de transformação e outros serviços: 9,3 e 8,4 por cento,
respectivamente. Estes quatro segmentos perfazem 80,6 por cento do total das corporações do país.
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Tabela 29: Perfis Empresariais no Brasil por Indústria
Setor industrial Número de empresas População empregada
(#) (%) (#) (%) Agricultura, Pecuária, Atividades Florestais 36.314 0,7 441.836 1,2 Pesca 2.747 0,1 19.321 0,1 Indústria extrativista 14.060 0,3 141.683 0,4 Indústria de transformação 496.938 9,3 7.019.167 18,7 Produção e distribuição de eletricidade, gás e água 2.128 0,0 236.554 0,6 Construção 128.092 2,4 1.346.865 3,6 Comércio (ex: conserto de carros e objetos) 2.623.022 48,8 8.725.863 23,2 Hospedagem e alimentação 357.962 6,7 1.420.240 3,8 Transporte, Armazenagem e Comunicações 196.424 3,7 1.901.551 5,1 Intermediários financeiros, Seguros, Seguridade Social, etc. 74.433 1,4 720.897 1,9 Atividades de propriedades, aluguel e serviços prestados a empresas
758.700 14,1 4.418.339 11,8
Administração pública, defesa e segurança pública 14.559 0,3 6.926.987 18,4 Educação 93.004 1,7 1.314.850 3,5
Serviços de saúde e sociais 120.873 2,3 1.281.334 3,4 Outros serviços públicos, sociais e pessoais 451.951 8,4 1.661.347 4,4 Organizações internacionais e outras instituições estrangeiras
84 0,002 686 0,002
Total 5.371.291 100.0 37.577.520 100.0 Fonte: Comperio & IBGE
O número de empregados no comércio é impulsionado, em parte, pela pequena dimensão das
unidades empresariais constituintes, uma vez que apenas 23,2 por cento da força de trabalho está
envolvida neste segmento, contra 48,8 por cento das empresas. Inversamente, a administração
pública representa cerca de sete milhões de empregos, mas é composto por apenas 0,3 por cento
das empresas (14.559 pessoas jurídicas).
Como as empresas abaixo de uma certa dimensão não fazem parte do mercado de hospitalidade
corporativa, discriminamos o panorama corporativo do Brasil por tamanho da empresa, na Tabela 30:
abaixo. Pequenas e médias empresas com quatro a 19 empregados representam 96,8 por cento das
empresas do Brasil. No entanto, elas ocupam apenas 34,9 por cento da força de trabalho. Médias
empresas brasileiras, com 20 a 99 empregados, representam apenas 2,6 por cento do mercado
corporativo, mas empregam 14,2 por cento da população ativa. Grandes empresas do Brasil, com
mais de 100 empregados são 0,6 por cento das empresas, mas empregam 51 por cento da força de
trabalho ocupada.
37/49
Tabela 30: Perfil de Empresa & Mercado de Hospitalidade no Brasil – Por Faixa de Funcionários
No. de Funcionários No. de empresas População empregada
(Amplitude) (#) (%) (#) (%)
0 – 4 4.457.436 83,0 6.711.191 17,9
5 – 9 499.618 9,3 3.213.447 8,6
10 – 19 242.295 4,5 3.173.633 8,4
20 – 29 63.925 1,2 1.513.420 5,0
30 – 49 45.216 0,8 2.705.728 4,5
50 – 99 30.556 0,6 2.100.558 5,6
100 – 249 18.194 0,3 2.795.350 7,4
250 – 499 7.131 0,1 2.477.265 6,6
500+ 6.910 0,1 13.886.928 37,0
Total de empresas 5.371.291 100,0 37.577.520 100,0
Mercado de hospitalidade 14.041 0,2 16.364.193 43,6
Fonte: Comperio Research & IBGE
Estimamos o mercado de hospitalidade corporativa com base na dimensão das empresas, partindo
do princípio que as empresas com mais de 250 funcionários terão recursos financeiros suficientes
para comprar produtos de hospitalidade. Geralmente, as empresas com mais empregados também
têm maior volume e lucro e têm, portanto, mais chances de buscar produtos de hospitalidade. Além
disso, um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica uma relação
estreita entre o tamanho da empresa e da receita. Portanto, a dimensão da empresa deve ser um
substituto útil para avaliar o tamanho do mercado de hospitalidade corporativa, na ausência de dados
de receitas.
Receita líquida & Tamanho de Empresas no Setor de Serviços do Brasil
De acordo com um levantamento da Comunicação Social do IBGE, existe uma estreita relação
estatística entre as receitas e número de empregados, o que é relevante para estimar o tamanho do
mercado de hospitalidade corporativa. A Tabela 31: ilustra os níveis de produtividade bem mais
elevados e receitas operacionais líquidas obtidas por empresas com mais de 250 funcionários,
versus as empresas menores.
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Tabela 31: Total de Empresas e Grandes Prestadoras de Serviços por Variáveis Selecionadas, 2006
Variáveis selecionadas Empresas pequenas
e médias (0 - 250 funcionários)
Grandes empresas (250+ funcionários)
Número de empresas 958.290 3.055
Pessoas empregadas 8.151.683 3.206.661
Número médio de pessoas empregadas pela empresa 9 1.050
Salários, débitos e outras compensações (R$ ‘000s) 95.065.890 47.149.161
Salário mensal médio (R$ ‘000s)1 2.7 3.3
Valor agregado (R$ ‘000s) 278.188.925 140.905.089
Produtividade (R$ ‘000s) 34.1 43.9
Receita operacional líquida (R$ ‘000s) 501.089.746 274.149.475
Receita operacional líquida por empresa (R$ ‘000s) 523 89.738
1 Obs: em salários mínimos, que eram R$ 4,400 em 2006 Fonte: Comunicação Social do IBGE
A receita operacional líquida das empresas com mais de 250 empregados foram 170 vezes
superiores aos das empresas com menos pessoal. Enquanto os valores de receita bruta não foram
fornecidos por empresa neste estudo, a receita operacional líquida (ou seja, os lucros) são uma
indicação de uma melhor capacidade de compra de produtos de hospitalidade. A rentabilidade
substancialmente maior das empresas com maiores níveis de pessoal refuta o contra-argumento de
que as empresas com maiores níveis de pessoal têm custos adicionais mas não são
necessariamente mais rentáveis ou capazes de comprar os produtos de hospitalidade. No mercado
brasileiro, os efetivos fornecem um substituto viável para dados corporativos acerca do volume de
negócios no dimensionamento dos mercados de hospitalidade corporativa.
A pesquisa do IBGE também demonstra que a rentabilidade das grandes empresas no setor dos
serviços foi crescente entre 2000 e 2006. Em 2006, havia 958.290 empresas no Brasil no setor de
serviços, com apenas 3.055 grandes empresas com mais de 250 empregados9. No entanto, a
proporção de trabalhadores empregados pelas grandes empresas aumentou de 31,7 por cento em
2000, para 39,3 por cento em 2006 - um aumento de 13,8 por cento em termos absolutos, com níveis
de emprego nas grandes empresas tendo crescido na ordem de 922 pessoas para chegar a 1050
pessoas durante o mesmo período. Isto foi contribuído principalmente por dois subsetores, que foram
o de serviços prestados a empresas (um aumento de 23,8 por cento) e de serviços prestados às
famílias (um aumento de 15,0 por cento).
A receita operacional líquida das grandes empresas aumentou 2,8 por cento para 54,7 por cento
durante estes seis anos, enquanto que o valor Agregado aumentou de 48,5 para 50,7 por cento. No
9 Comunicação Social do IBGE Social Communication, Pesquisa Anual de Serviços do PAS 2006, 30 de julho de 2008
39/49
entanto, o salário, saques e outras compensações permaneceram estáveis, em 49,6 por cento, o que
poderia ser uma das razões para o aumento da receita líquida.
A Tabela 32: mostra que as grandes empresas dentro do setor Serviços de Informação obtiveram a
média mais elevada das receitas operacionais em 2006, representando R$ 56.674.484, seguidas
pelos serviços de reparo e manutenção (R$ 9.855.440) e transportes, serviços auxiliares de
transporte e atividades de envio (R$ 8.688.604 ). Por isso, é razoável que o salário médio de grandes
empresas de serviços de informação Seja muito maior do que o dos outros setores, totalizando 9,4
salários mínimos em rendimentos, em foram R$ 4.400 em 2006.
Tabela 32: Comparação do Tamanho de Empresa Dentro do Subsetor de Prestação de Serviços
1 Note: O salário mínimo em 2006 era de R$ 4,400
Fontes: Comunicação Social do IBGE, 2006
Em conclusão, no setor de serviços, as grandes empresas geralmente fazem mais lucros, dão
maiores salários a seus empregados e também obtêm maiores produtividades. Isto valida ainda mais
a nossa decisão de usar grandes empresas como o alvo do mercado de hospitalidade corporativa,
graças ao aumento da proporção das receitas de grandes empresas.
Setor agrícola
Nos últimos anos, preços crescentes das mercadorias forneceram amplas oportunidades para o
Brasil para iniciar um substancial crescimento empresarial com base na exportação. Apesar do
crescimento dos preços de commodities ter abrandado, ou mesmo se invertido, devido à crise
econômico global, às mudanças estruturais em curso na economia mundial permitirão ao Brasil
Subsetor de Serviços
Empregos médios por empresa
Receita operacional líquida, por Empresa
Salário médio1
Todas as empresas
Grandes empresas
Todas as empresas
Grandes empresas
Todas as empresas
Grandes empresas
(#) (#) (R$’000s) (R$’000s) (R$’000s) (R$’000s)
Serviços prestados a famílias
6 993 14,9 5.387.0 1,5 2,3
Serviços de informação 9 1.162 229,4 56.674.7 6,3 9,4
Serviços para empresas 13 1.183 48,1 3.431.6 2,4 2,3
Transporte, serviços auxiliares de transportes e atividades de envio
15 867 118,2 8.688.6 3,2 4,1
Atividades imobiliárias e de aluguel 5 562 42,0 5.032.9 2,6 4,2
Serviços de manutenção e reparo
4 785 9,6 9.855.4 1,8 3,9
Outras atividades de serviços 5 - 24,9 4.166.3 2,6 2,5
Total 9 1.050 52,3 8.973.8 2,7 3,3
40/49
novamente colher os benefícios de sua rica base de recursos naturais. A forte demanda chinesa vai
fornecer ao Brasil uma excelente oportunidade para aumentar as exportações e o crescimento.
O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar e café e é também o maior produtor mundial de
minério de ferro, que está sendo avidamente consumido pela China e outras nações em
desenvolvimento. O Brasil responde por 25 por cento das exportações mundiais de cana brutas e
açúcar refinado. É também o líder mundial nas exportações de soja e é responsável por 80 por cento
do suco de laranja do planeta. Além disso, desde 2003, o Brasil teve a maior venda de carne de
frango de todos os países que atuam neste setor. Pioneiro e líder na fabricação de madeira de fibra
curta de celulose, o Brasil também tem alcançado resultados positivos no segmento de embalagem,
em que é o quinto maior produtor do mundo.
Setor Industrial
Em termos de seu crescimento industrial, o Brasil é a terceira maior nação industrializada nas
Américas, representando aproximadamente 60 por cento da produção industrial da América do Sul. A
diversificada gama de indústrias brasileiras inclui as indústrias de automóveis, aço, petroquímica,
computadores, aviões, bens duráveis e de consumo.
Com o aumento da estabilidade econômica trazida pelo pacote de emergência conhecido como
"Plano Real", indústrias brasileiras e multinacionais têm investido pesadamente em novos
equipamentos e em tecnologia. Estes investimentos têm resultado em fluxos de entrada médios de
US$ 20 bilhões por ano durante os últimos anos, em comparação a apenas US$ dois bilhões / ano
na última década, demonstrando um crescimento notável no setor. Empresas como a Embraer,
fabricante da aeronaves, são exemplos de sucesso de empresas que se beneficiaram da recente
ênfase tecnológica. A Embraer tornou-se uma concorrente mundial na indústria aeronáutica em um
período de tempo relativamente curto, demonstrando os benefícios da recente ênfase em tecnologias
orientadas para o desenvolvimento.
Outro setor que tem crescido rapidamente é o setor energético. Substanciais investimentos na
extração de biocombustíveis, uso de energia nuclear e hidrelétrica conferiram independência
energética ao Brasil. A produção de etanol no Brasil cresce rapidamente e é considerada como uma
das mais eficientes no mundo em desenvolvimento. Duas enormes reservas recentemente
encontradas ao largo da costa atlântica brasileira tem o potencial de catapultar o país ao topo da lista
dos 10 maiores produtores mundiais durante os próximos 10 anos. Embora os campos offshore
precisem de tempo e dinheiro para desenvolver, a Petrobrás, a companhia petrolífera estatal, já
concluiu uma série de perfurações de teste promissoras. As estimativas do tamanho exato dos
campos Tupi e Carioca variam, mas as reservas já foram aclamadas como os maiores achados do
petrolíferos dos últimos 30 anos.
41/49
Recursos minerais comprovados também são extensivos. As grandes reservas de ferro e manganês
são importantes fontes de matérias-primas industriais e de receitas de exportação. Depósitos de
níquel, estanho, cobre, chumbo, tungstênio, zinco, ouro, etc. e de outros minérios também estão
sendo explorados.
Serviços
O setor de serviços do Brasil é variado, tanto em termos de sub-setores e das dimensões do setor.
Nichos de alta tecnologia onde o país alcançou uma vantagem competitiva são setores que
provavelmente terão crescimento no futuro - com o crescimento do sector dos serviços ligados às
exigências dos principais setores industriais e agrícolas, bem como impulsionado por um crescimento
da população e a mudança de preferências dos consumidores. Se as reformas estruturais nacionais
continuarem e a estabilidade macroeconômica for mantida, o setor financeiro do Brasil
provavelmente continuará crescendo em termos da dimensão e amplitude dos serviços oferecidos.
Visão Econômica Regional
A parte do Sudeste do Brasil é a região com o mais alto PIB e mais alta população. O PIB desta
região representa 55% do PIB do Brasil, com uma população 78,5 milhões.
Recife é a quinta maior área metropolitana do Brasil e é a capital do estado de Pernambuco no
nordeste de Brasil. É a principal zona industrial do Estado de Pernambuco. Graças aos incentivos
fiscais do governo, muitas empresas industriais foram instituídas na década de 1970 e 1980. As
principais são as que produzem produtos de cana (açúcar e etanol), eletroeletrônicos, alimentos,
produtos químicos e minerais.
Recife tem a tradição de ser o mais importante centro comercial no nordeste de Brasil. Com climas
agradáveis e um belo litoral, a indústria do turismo desempenha um papel importante na economia
do Recife. A cidade atrai muitos visitantes por ano, principalmente devido às suas espetaculares
praias e ao entretenimento. O Carnaval recentemente realizado em Recife foi considerado como um
dos melhores do país. Há também uma série de igrejas antigas, monumentos e edifícios históricos,
centros comerciais, museus e teatros.
Recife é um dos principais centros empresariais do Brasil, principalmente porque tem dois portos.
Um está localizado na cidade em si e do outro está localizado a cerca de 40 quilômetros de distância.
A Região Metropolitana do Recife (RMR) representa cerca de 35% do PIB do nordeste brasileiro. No
Estado de Pernambuco, Recife é responsável por uma grande parte do PIB estadual, cerca de 82%,
conforme demonstrado na Tabela 41, abaixo.
Tabela 33: Crescimento Econômico em Pernambuco & Recife, 2002-2005
42/49
Cidade / Região 2002 2003 2004 2005 TCAC, 2002-2005
(R$ '000s) (R$ '000s) (R$ '000s) (R$ '000s) (%)
Recife 12.634.176 13.420.813 14.775.975 16.664.468 9,7%
Pernambuco 15.340.092 16.448.715 18.151.631 20.516.990 10,2%
% de Recife 82% 82% 81% 81% N/A
Fontes: IBGE e Comperio
Enquanto que o PIB de Pernambuco passou de R$ 15,3 para R$ 20,5 bilhões de 2002 a 2005, o
crescimento de Recife foi responsável por aproximadamente R$ 4,0 bilhões destes R$ 5,2 bilhões
em crescimento regional, com a taxa de crescimento anual tanto de Recife quanto de Pernambuco
superior à média nacional. Em 2005, a economia de R$ 16,6 bilhões de Recife era o dobro do que
fora 15 anos antes, em 1996.
A Figura 8 mostra que a Região Metropolitana de Recife é a quinta maior área metropolitana do
Brasil, com aproximadamente 3,7 milhões de residentes. Como um centro econômico e uma cidade
com serviços relativamente melhores do que os de seus vizinhas, Recife tem servido para atrair
novos imigrantes, embora este ritmo tenha se suavizado ao longo da última década. A cidade de
Recife também é uma das maiores cidades do país, com estimado 1,5 milhão de residentes.
Figura 8: População Metropolitana Estimada, 2008
3,731,719
-
2,000,000
4,000,000
6,000,000
8,000,000
10,000,000
12,000,000
14,000,000
16,000,000
18,000,000
20,000,000
São Pa
ulo
Rio de Ja
neiro
Belo H
orizo
nte
Porto
Aleg
re
Recife
Salvad
or
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Fonte: IBGE
Apesar de sua atração para o emprego e serviços, ou talvez por causa dela, Recife ainda sofre de
uma elevada taxa de pobreza e baixas condições de vida para grande parte da sua população. A
Figura 9, abaixo, indica que a Região Metropolitana do Recife também tem uma elevada taxa de
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desemprego, que é a região com a segunda mais elevada taxa de desemprego do país. Mesmo que
a taxa de desemprego tenha caído 2,6%, as taxas de desemprego em 2007 e 2008 foram superiores
à média nacional.
Figura 9: Índice Médio de Desemprego em Regiões Metropolitanas, 2007 – 2008
13.7%
12.0%
10.1%
7.6%7.3% 7.2%
9.3%
11.7%
8.0%
6.8%6.1%
6.8%
8.6%
9.4%
0.0%
2.0%
4.0%
6.0%
8.0%
10.0%
12.0%
14.0%
16.0%
Salvador Recife São Paulo Belo Horizonte Porto Alegre Rio de Janeiro Average rate
2007 Average Unemployment Rate 2008 Average Unemployment Rate*
Obs: O Índice Médio de Desemprego em Regiões Metropolitanas é calculado usando dados de Jan 2008 a Out 2008. Fonte: IBGE
Uma questão importante no Recife é o elevado nível de desigualdade, atualmente considerado o
maior no Brasil. As manifestações físicas da pobreza e da desigualdade são vistas mais claramente
nos grandes número de assentamentos informais em Recife. De fato, segundo o IBGE, Recife tem a
maior percentagem da sua população vivendo em assentamentos informais do que qualquer outra
cidade brasileira, representando 46 por cento do total. Os investimentos na requalificação física
urbana proporciona a oportunidade de se abordar questões políticas e institucionais mais amplas.
Este é um caso particular para os setores de habitação e de terrenos. O governo brasileiro está
tentando resolver estas questões com um programa de reformas abrangente, que visa melhorar o
setor público para reduzir a desigualdade.
Globalmente, Recife ainda está se desenvolvendo e tem grande potencial. Recentemente, Recife
recebeu um empréstimo do BIRD de a US$ 32,76 milhões, no Projeto de Inclusão Social e
Desenvolvimento Urbano de Recife, para apoiar a modernização das favelas na Bacia do Rio
Capibaribe e promover o desenvolvimento integrado e sustentável da região. Este projeto irá
beneficiar diretamente mais de 225.000 habitantes de áreas de baixa renda, melhorando a habitação,
saúde, educação e emprego através de mais e melhores serviços.
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Situação Econômica Atual & Previsões
O Brasil continua a buscar o crescimento industrial e agrícola e o desenvolvimento de seu interior,
com a Copa do Mundo 2014 proporcionando uma sensação de urgência para impulsionar projetos de
infra-estrutura, apesar da atual crise financeira e esfriamento econômico.
Ao longo da maior parte de 2008, o crescimento econômico no Brasil continuou a acelerar seu ritmo
e se aproximou da taxa de 6,8 por cento no terceiro trimestre. A taxa elevada e o crescente ritmo de
crescimento no Brasil em face da lentidão na maioria dos outros mercados globais fizeram com que
os analistas da KPMG a concluir, em dezembro de 2008, que "A crise financeira dos EUA não vai
descarrilar Brasil”.10
Dados recentemente publicados sobre o 4 º trimestre de 2008 indicam que a alta taxa de crescimento
no 3 º trimestre foi fortemente invertida, com uma contração da economia de 3,6 por cento em
relação à sua posição no final do 3 º trimestre. Esta forte reversão das fortunas no Brasil não alterou
os valores do crescimento global para 2008, amortecendo as taxas de crescimento anual para 5,1
por cento, alinhados às expectativas do mercado de 5,2 por cento do crescimento, como mostrado
na Figura 10 abaixo:
Figura 10: Crescimento Econômico Trimestral no Brasil, 2008
Fonte: IBGE
10 KPMG International, ‘Brazil’ High Growth Markets Magazine, Dezembro de 2008.
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Em 2008 como um todo, a economia brasileira cresceu 5,1 por cento após uma expansão de 5,7 por
cento em 2007, como mostrado na figura 11 abaixo. Isso foi alinhado às expectativas do mercado, de
5,2 por cento de crescimento anual, de acordo com a estimativa mediana de 20 economistas
pesquisados pela Reuters.
Figura 11: Crescimento Econômico Anual no Brasil, 2000-2008
Fonte: IBGE
Embora os números da taxa de crescimento anual pareçam promissores, Roberto Padovani,
economista-chefe da West LB Brasil, concluiu que a forte desaceleração no quarto trimestre
"estabelece o ambiente para uma acentuada desaceleração em 2009." Esta opinião é reforçada por
uma análise mais aprofundada dos motivadores subjacentes ao declínio econômico no quarto
trimestre - avaliando em quais setores o crescimento econômico é decrescente, como mostrado na
Figura 12 abaixo.
Figura 12: Crescimento Econômico Trimestral no Brasil por Setor, 2008
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Fonte: IBGE
A produção industrial diminuiu 7,4 por cento no quarto trimestre de 2008, seguido por nova redução
em janeiro de 2009. A confiança dos consumidores sofreu uma baixa histórica em fevereiro, e
empresas como a fabricante aviões Embraer, estão demitindo milhares de trabalhadores para fazer
face ao rápido declínio da demanda.
A indústria transformadora (manufatura) arrastou a economia para baixo no quarto trimestre, com as
indústrias siderúrgicas e montadoras reduzindo a produção a medida em que a demanda se
esgotava. A produção industrial caiu 7,4 por cento a partir do terceiro trimestre, a sua maior queda
desde o quarto trimestre de 1996.
Gastos de capital caíram 9,8 por cento no quarto trimestre, após subirem 6,7 por cento em relação
ao trimestre anterior, sinalizando que as empresas estão receosas de investir para aumentar a
capacidade em face a tantas incertezas econômicas.
O sector agrícola, um eixo da economia brasileira, contraiu 0,5 por cento no quarto trimestre em
relação ao terceiro, quando cresceu 1,5 por cento. O consumo domiciliar, que haviam sido um
grande motivador do boom econômico no Brasil nos últimos anos, encolheu dois por cento no numa
comparação trimestral. O sector dos serviços contraiu 0,4 por cento em relação ao terceiro trimestre,
quando havia se expandido 1,4 por cento.
Até recentemente, a meta de crescimento do governo para este ano era um eminente quatro por
cento, objetivo este que o ministro Guido Mantega declarou recentemente não ser mais viável.
Mantega, no entanto, salientou que a economia já estava mostrando sinais de recuperação e que o
Brasil não iria escorregar para uma recessão neste ano; "o Brasil é um de grupo muito restrito de
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países que vão ter um crescimento positivo este ano", disse ele em uma coletiva de imprensa em
Brasília, sem fornecer uma previsão para este crescimento.
O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um antigo líder sindical que presidiu o Brasil durante o maior
boom econômico em três décadas, chamou os números do quarto trimestre uma "bandeira
vermelha", mas também expressou confiança de que as medidas que o governo tem tomado para
estimular a concessão de empréstimos e o consumo daria frutos nos próximos meses, dando um
impulso à economia. Espera-se que o Banco Central do Brasil reduza as taxas de juros numa
tentativa de aumentar a concessão de empréstimos e de consumo para evitar um crescimento
negativo em 2009, com investimentos há muito devidos na área de infra-estrutura - tornados mais
urgente graças à aprovação do Brasil para sediar a Copa do Mundo em 2014 - susceptível de focar
as despesas do sector público e proporcionar foco para as políticas orçamentais destinadas
estabilizar a economia mundial durante a desaceleração.
Contudo, a previsão a longo prazo da economia brasileira é mais brilhante do que a de curto ou
médio prazo, que são ensombradas pelo esfriamento econômico global. A visão de longo prazo da
economia brasileira é sustentada por considerações estruturais e demográficas.
De acordo com cálculos do banco Goldman Sachs, o Brasil vai parar de ser a nona maior economia
do mundo (2007) para se tornar a quarta maior em 2050. Esta transformação está correlacionada a
vantagens demográficas do Brasil. A ONU prevê que a população brasileira será de
aproximadamente 212 milhões até o ano de 2020, o que significa um aumento em mais de um
sétimo da população atual em apenas 12 anos ou, em termos numéricos, um aumento de 25 milhões
de novos cidadãos.
Figura 13: Desenvolvimento das Maiores Economias do Mundo, 2007-2050
Fonte: Goldman Sachs Global Economics Paper No. 169, Junho de 2008
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Apesar do seu enorme potencial, o Brasil ainda enfrenta alguns desafios importantes que podem
limitar a extensão do seu crescimento econômico. Na Pontuação de Ambiente de Crescimento para
2007, que é um índice desenvolvido pela Goldman Sachs para acompanhar o ambiente de progresso
e crescimento para muitos países, o Brasil ficou trás da China e da Rússia, enquanto venceu a Índia
por quase um ponto, demonstrado na Figura 14 abaixo.
Figura 14: Pontuação do Crescimento Médio no Ambiente, 1997 – 2007
Fonte: Goldman Sachs Global Economics Paper No. 169, Junho de 2008
Embora o crescimento do Brasil tenha se desacelerado, os outros BRICS superaram suas projeções
e estimativas de suas respectivas taxas de crescimento. Segundo a Goldman Sachs, o Brasil está
aquém em relação aos outros BRICS em quatro áreas principais:
1. poupança e investimentos;
2. abertura ao comércio;
3. qualidade da educação e
4. reformas institucionais.
A Figura 15 abaixo dá uma indicação do desempenho relativo do Brasil em matéria de educação,
que está bem à frente da Índia e da China, mas está atrás da Rússia e dos países desenvolvidos.
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Figura 15: Pontuação do Crescimento Educacional no Ambiente, 1997 vs. 2007
Fonte: Goldman Sachs Global Economics Paper No. 169, Junho de 2008
Mesmo que os problemas enfrentados pelo Brasil sejam complexos, reformas e as alterações estão
a caminho. Uma das mais bem sucedidas reformas tem sido o "Bolsa Família", um benefício cujo
pagamento depende de que as crianças freqüentem a escola e clínicas que ajudaram cerca de 14
milhões de cidadãos até à data atual. Juntamente com o apoio de recursos públicos, a reforma
previdenciária teve um efeito muito positivo no desenvolvimento educacional ao longo dos anos.
Embora as reformas vão melhorar as perspectivas para o futuro crescimento da economia brasileira,
estes não irão contra as forças globais responsáveis pela redução na taxa de crescimento. Após a
retomada do crescimento econômico global, e se as amplas mudanças em políticas fiscais,
regulatórias e trabalhistas forem implementadas11, seria de se esperar que o Brasil retome o
crescimento econômico a uma taxa média de cerca de 4,0 por cento durante os próximos 10 anos.
11 Deutsche Bank Research, “Economic scenarios for the next 15 years”, Maio de 2006