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Gabriela Leal Pinheiro

Bacia de pelotas

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Gabriela Leal Pinheiro

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INTRODUÇÃO

• Bacia de Pelotas é uma bacia marginal situada na parte submersa da Província costeira do Rio Grande do Sul preenchida por sequências clásticas continentais, transicionais e marinhas.

• formada durante a separação dos continentes há, aproximadamente, 115 milhões de anos (a partir do Jurássico).

• Estima-se que tenha sido acumulado mais de 10km de espessura de sedimentos desde sua formação.

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LOCALIZAÇÃO

• A Bacia de Pelotas compreende o trecho da margem continental sul-brasileira localizada entre o Alto de Florianópolis as latitudes de 28°30’S ao Norte (Cabo de Santa Marta- SC) e a fronteira com o Uruguai 34°S.

• A porção brasileira da bacia abrange uma área de aproximadamente 210.000 km²

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TECTÔNICA • Pré-rift: (Paleozóico)

- O foco magmático se dava de maneira intra-continental migrando no estágio

seguinte à formação de meio-graben e atividade basáltica

• Rift: (Neocomiano – Barremiano)

- Formação de falhas

- Fragmentação de rochas crustais

• Pós-rift: (Aptiano - recente)

- Altas taxas de sedimentação.

- O rápido soterramento propiciou a preservação de matéria orgânica e a formação de gás biogênico.

• Drift: (Albiano - Recente)

- Evolução do preenchimento sedimentar da bacia.

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As principais feições encontradas na Bacia de Pelotas :

• A Plataforma de Florianópolis; Florianópolis que apresenta seu limite norte e coincide com o alto de são Paulo e com a zona de fratura de Rio Grande (Gamboa & Rabinowitz, 1981).

• Zona de Falha do Rio Grande: falha normal de grande rejeito que marcaria o limite oeste de

uma bacia pré-terciaria (Miranda, 1970). • O Cone de Rio Grande: Um prisma sedimentar , com mais de 10.000 metros de espessura

que a brange o talude e a plataforma continental, uma feição de importância estratégica e econômica devido um grande volume de hidratos de gás, além disso devido sua estruturação, o cone pode ser considerado um alvo exploratório na busca de possíveis reservatórios de hidrocarbonetos (Martin, 1972).

• Lineamento de Poto alegre, caracterizada por altos de embasamento, (Zona de fratura Porto

Alegre de Alves ). • Arco de torres: também formado por altos de embasamento onde as rochas da bacia do

Paraná encontram-se sotopostas ao pacote mesozoico da bacia de pelotas (Dias, 1994). • Sinclinal de Torres: aparentemente representa a continuidade no continente do arco de

torres (Alves, 1997).

GEOLOGIA ESTRUTURAL

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A ultima atualização da carta estatigráfica da Bacia de Pelotas foi realizada por Bueno(2007), foi definido 21 sequências deposicionais , que compõe os estágios de:

• Pré-rift - Os estratos apresentam um perfil padrão tabular contrastando com um perfil de um

gráben assimétrico • rochas vulcânicas,

• Rift: - Rochas siliciclásticas grossas associadas a fluxos basálticos – Sistema de grandes falhas antitéticas • Pós-rift: - Ausência de evaporitos (Aptiano-Albiano) - ocorrência de hidratos de gás.

• Drift : - Preenchimento sedimentar da bacia. - Formação do Cone do Rio Grande

ESTATIGRAFIA

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E a megasseqüência pós-rifte, que representa a sedimentação marinha da bacia, pode ser subdividida

em algumas seqüências principais:

1) Albiano/Aptiano, com sua porção superior coincidente com o topo da seção de calcários

2) Cretáceo Superior, composta por sedimentos pelíticos, responsável pela deposição de areias e folhelhos na plataforma continental (Formação Atlântida);

3) Cretáceo Superior – Terciário Inferior, constituída por folhelhos e

delgadas camadas de arenitos;

4) Eoceno/ Oligoceno Inferior, composta por clásticos na área do baixo de Mostardas e por folhelhos na plataforma (Formação Imbé);

5) Oligoceno Superior ao Recente, de caráter progradante e composição

pelítica.

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• Os trabalhos de cunho bioestatigráfico realizados na bacia até o momento abordam a análise de associações de foraminíferos bentônicos, ostracodes, nanofósseis calcários e polinomorfomos.

• Com base na distribuição de ostracodes forneceram informações para a correlação dos sedimentos do mioceno - pleistoceno

BIOESTATIGRAFIA

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RECURSOS MINERAIS • Os esforços exploratórios de interesse da indústria

petrolífera são muito pequenos nesta região e consistem basicamente de apenas 20 poços perfurados.

• No entanto, a bacia sedimentar de Pelotas pode ser um grande atrativo para a indústria do petróleo pela presença de hidratos de gás.

• A tecnologia para este tipo de exploração e

utilização ainda é limitada mas estudos e prevem, para 2015, a produção comercial do composto.

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Estudos de prospecção mostram que existe uma grande reserva deste recurso mineral em especial na margem do Rio Grande do Sul, na região do Cone do Rio Grande (inserido na bacia). Um pacote sedimentar ao sul da Bacia Pelotas, próximo à desembocadura do Estuário da Lagoa dos Patos, formado no Mioceno Superior principalmente pelos sedimentos provenientes do Estuário da Lagoa dos Patos e do Rio da Prata.

O rápido soterramento propiciou a preservação de matéria orgânica e a formação de gás biogênico, registrando-se notável ocorrência de hidratos de gás em profundidades que estão entre 100 e 1.000 m na coluna sedimentar.

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Esta região chegou a atrair a atenção da indústria petrolífera, devido a registros sísmicos de hidratos de gás, e foi loteada e oferecida pela ANP em várias rodadas de licitações, onde a Petrobrás adquiriu 6 blocos dos 33 oferecidos.

Ocorrência de Hidrato de Gás • Área: 45.000 km2 • Direção: NE-SW • Lâmina d’água: 500 - 3.500 m • Volume estimado em condições de superfície: 22 trilhões de m³

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OS PRINCIPAIS FATORES A FAVOR DO USO DOS HIDRATOS DE GÁS COMO FONTES DE ENERGIA SÃO:

1. O vasto volume de hidratos submarinhos. Apesar de distribuição

dispersa,existem concentrações grandes o suficiente em alguns lugares que justificam a exploração econômica.

2. O crescimento do mercado para o metano (gás natural). O metano é muito menos poluidor que o óleo e o carvão, pois não contém enxofre e libera menos dióxido de carbono para a atmosfera por unidade de energia. Além disso, pode ser convertido em combustível líquido (metanol) ou hidrogênio com uso de catalisadores.

3. A presença de hidratos em águas territoriais de países como o Japão e a Índia, cujos países possuem poucos combustíveis fósseis convencionais, garante uma fonte nacional de combustível.

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REFERÊNCIAS

• ASMUS HE & PORTO R. 1972. Classificação das bacias sedimentares brasileiras segundo a tectônica de placas. In: Congresso Brasileiro de Geologia, 26: 1972, Blém. Anais... Belém: BG, 2: 67-90.

• MARTINS, L. R.; URIEN. C. M.; MARTINS I. R. Gênese dos Sedimentos da Plataforma Continental Atlântica entre o Rio Grande do Sul (Brasil) e Tierra del Fuego (Argentina). GRAVEL, vol. 3, p. 85-102. 2005.

• FONTANA, R. L. Evidências geofísicas da presença de hidratos de gás na Bacia de Pelotas – Brasil. Congresso da Sociedade Brasileira de Geofisica, Rio de Janeiro. Anais. Rio de Janeiro, 234-248p. 1989.

• Closs D. 1970. Estratigrafia da Bacia de Pelotas, Rio Grande do Sul. Iheringia (Série Geologia), 3:3-37

• VILLWOCK, J.A. 1984. Geology of the coastal province of Rio Grande do Sul, southern

Brazil: a synthesis. Pesquisas, 16:5-49.

• (Zalan et al, 1990 apud Bueno 2007).