Cultura da batata (solanum tuberosum)

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    Aula: Cultura da batataAula: Cultura da batata

    Prof. Dr. Paulo Csar Tavares de MeloUSP-ESALQ

    Departamento de Produo Vegetal

    09/2006

    Agradecimentos ao ps-graduando CassioMitsuiki (USP/ESALQ-Departamento de

    Produo Vegetal) autor de diversas imagens e dos filmetes exibidos nesta aula.

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    Botnica sistemtica

    Famlia: Solanaceae

    Gnero: Solanum

    Espcie: tuberosum

    Subespcie: tuberosum

    Subespcie: andigena

    Existem cerca de 200 espcies silvestres consideradas taxonomicamente distintas, a maioria forma tubrculo;

    O nmero cromossmico varia desde o nvel diplide (2n = 2x = 24) at o hexaplide (2n = 2x = 72).

    Botnica sistemtica

    So reconhecidas oito espcies cultivadas de batata:

    Solanum stenotomum S. phureja S. gonicalyx S. x ajanhuiri S. x juzepzuchii S. x chaucha S. tuberosum S. x curtilobum

    Fonte: CIP

  • 3

    Diversidade genDiversidade gentica em tica em SolanumSolanum sppspp..

    Fonte: CIP

    Regio andina: utilizada pelos povos americanos pr-colombianos quando os espanhis dominaram a zona andina era a base da alimentao desses povos;

    Domesticao: ocorreu na Amrica do Sul cerca h mais de 8000 anos seleo de tipos livres de glicoalcalides e, portanto, comestveis;

    rea provvel de domesticao: planalto da Bolvia-Per, perto do Lago Titicaca (registros arqueolgicos so escassos devido a pouca conservao dos rgos vegetais em condies de alta umidade relativa);

    Distribuio: as espcies de batata distribuem-se por uma grande gama de habitats que vo desde o sul dos EUA at o sul do Chile. A maioria das espcies ocorre na Amrica do Sul.

    Centro de origem/distribuio

  • 4

    Expanso do consumo da batata

    Introduo na Europa: no sculo XVI (1570) a partir de portos da Colmbia ou do Panam (Solanum tuberosum ssp. andigena, adaptada a dias curtos e grandes altitudes); a quantidade de material introduzido no era representativo da variabilidade gentica existente na Amrica do Sul;

    Descrio: O botnico Lcluse autor da Histria de plantas raras, de 1601, apresentou a primeira descrio e ilustrao da batata;

    Mudana adaptativa: seleo para cultivo sob condies de dias longos capacidade de tuberizao em dias longos e temperatura amena;

    Incio do cultivo e uso: irlandeses (introduo da batata entre 1586-1588) foram os primeiros a reconhecer o valor alimentcio da batata; mais de um sculo depois de sua introduo era apenas uma curiosidade.

    Expanso do consumo da batata

    Fome irlandesa da batata: alimento bsico da Irlanda no sculo XIX. Em 1845 e 46 ocorreu severa incidncia de requeima (Phytophtora infestans) e destruio das lavouras provocando fome com morte de mais de 2,5 milhesde pessoas e imigrao em massa para os EUA;

    Introduo nos EUA: por volta de 1620 e s passou a ser alimento importante a partir do sculo XX;

    Introduo no Brasil: final do sculo XIX era explorada por imigrantes espanhis e portugueses sendo cultivada em hortas at o incio do sculo XX;

    Cultivo comercial: Monte-Mor e Divinolndia foram os locais onde comeou o cultivo em larga escala em SP. Cultivo expandiu-se a partir de 1920.

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    Batata: origem e domesticao

    Batata: valor nutricional mdio

    22,5Slidos totais

    0,6 Fibras

    19,4Carboidratos totais

    0,1 Lipdeos

    2,0 Protenas

    77,5gua Mdia (%)Componentes*

    *Tubrculo de 70gFonte: SMITH,O. Potatoes, storing, processing

  • 6

  • 7

    Importncia scio-econmica

    Alimento universal arroz, trigo, milho, batata 19 milhes de ha 308 milhes de t Uso culinrio altamente verstil consumo

    fresco e processado Alto contedo protico 1,4 kg/ha de protena

    (perde apenas para o ovo e leite) Fonte importante de fsforo, de vitamina C e de

    vitaminas do complexo B Importante fonte energtica 55 mil kcal/dia No Brasil responde por US$ 400 milhes do PIB

    e emprega mais de 300 mil pessoas

    Pas rea Produo Rendimento(mil ha) (milhes t) (t/ha)

    China 4.202 64,0 15,2Federao Russa 3.335 34,5 10,3USA 502 20,2 40,2Polonia 1.194 20,4 17,0India 1.341 25,0 18,6Ucrnia 1.596 13,5 8,4Alemanha 280 10,9 38,9Belarus 725 8,7 12,0Pases Baixos 169 7,7 45,5Mundo 19.301 308.2 15,9Fonte: FAO, dados atualizados at maio 2002

    Rank dos 10 pases maiores produtores de batata, 2002

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    Participao percentual das principais regies mundiais de produo de batata

    42,439,2

    9,1

    4,7 4,1

    0,50

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    40

    45

    % P

    rodu

    o

    EU sia A.Nor A.Sul fr. Oce.

    Batata: consumo fresco per capita em pases/regies selecionadas

    27MUNDO13Pases em desenvolvimento75Pases desenvolvidos22Amrica Latina

    3frica13ndia14China1515BRASILBRASIL60Argentina70Alemanha

    Consumo (kg/hab/ano)Pas/Regio

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    Regio/Estado Produo (t) rea colhida

    (ha) Rendimento

    (t/ha)

    Nordeste 136.580 4.621 29,6 PB 4.580 521 8,8 BA 132.000 4.100 32,2

    Sudeste 1.709.252 67.976 25,1 MG 948.955 37.264 25,4 ES 8.837 562 15,7 SP 751.460 29.970 25,0

    Centro-oeste 2.375 95 25,0

    Sul 989.678 62.999 15,7 PR 575.691 28.875 19,9 SC 121.530 8.630 14,0 RS 292.457 25.494 11,5

    Brasil 2.837.885 135.691 20,9 Fonte: IBGE

    Produo, rea colhida e rendimento de batata por regio de cultivo no Brasil, 2004.

    rea colhida: 3,5%Produo: 4,8%

    rea colhida: 50,0%Produo: 60,2%

    rea colhida: 46,4%Produo: 34,9%

    rea colhida: 0,1%Produo: 0,1%

    Brasil: Participao (%) de cada regio geogrfica no total da rea colhida e da produo de batata em 2004.

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    Sucesso de Safras de Batata no Brasil

    As condiAs condies climes climticas brasileiras ticas brasileiras permitem colher e plantar batata em permitem colher e plantar batata em

    todos os meses do anotodos os meses do ano

    Safra das guas(Maior)

    Safra da seca

    Safra de inverno

    Sucesso de safras de batata nas principais regies produtoras do Brasil

    Planta: agosto a dezembro

    Planta: abril a julho

    Planta: janeiro a maro

  • 11

    GO/DFRSSC-PSSC-PNPR-SMSPR-PGPR-CUR.MG-T/APMG-SULSP-SOSP-VG

    deznovoutsetagojuljunmaiabrmarfevjanRegio-Estado

    PICO DE SAFRA SAFRA DAS GUAS SAFRA DA SECA SAFRA DE INVERNO

    Sucesso de safras de batata nas principais regies produtoras do Brasil, Cepea-Esalq, 2003

    Aspectos botnicos: Aspectos botnicos: morfologiamorfologia

    Lenticelas

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    Morfologia floral da batata

    EstoloEstolo

    TubTubrculorculo--meme

    Sistema radicularSistema radicular

  • 13

    EstEstdios fenoldios fenolgicos ou fases do ciclo de gicos ou fases do ciclo de desenvolvimento da cultura da batata*desenvolvimento da cultura da batata*

    *Conhecendo-se a fenologia da planta, com os fenmenos relevantes e as exigncias em cada uma das fases de desenvolvimento, poder-se- orientar com eficincia as prticas culturais, sobretudo a adubao da cultura.

    Estdio I - Perodo relativamente curto, compreendido entre o plantio e a emergncia das hastes (10 dias). A plntula se desenvolve graas s reservas do tubrculo-me.

  • 14

    Estdio II - Perodo de desenvolvimento vegetativo. Intervalo entre a emergncia e o incio da tuberizao (20 dias). Neste perodo esto presentes, de forma balanceada, todos o hormnios promotores de crescimento (auxinas, giberelinas e citoquininas). O estabelecimento da cultura se d a partir de 20-30 dm2 / planta de rea foliar. Ao final desse estdio, efetua-se a adubao de cobertura e posteriormente a amontoa.

    Estdio III - Esse estdio caracterizado pelo desenvolvimento acelerado da parte area e acumulao de fotoassimilados nos tubrculos. O processo de tuberizao inicia-se por volta dos 35-40 dias aps o plantio. O crescimento dos tubrculos muito rpido, com durao de cerca de duas semanas.

    Estdio IV - Nesse estdio, a planta atinge o seu mximo de desenvolvimento vegetativo. Verifica-se um incremento substancial do peso dos tubrculos (aumenta cerca de uma tonelada/dia/ha). A maturao dos tubrculos se estende dos 80 at aos 110 dias, variando conforme o cultivar.

  • 15

    Estdio V - caracterizado pela senescncia e seca da parte area. Aps a morte da folhagem, conveniente esperar duas semanas para o incio da colheita para firmar a casca do tubrculo e reduzir, dessa forma, perda da qualidade por esfolamento.

    EstEstdios fenoldios fenolgicos da batateiragicos da batateira

    Emergncia Crescimento vegetativo

    Enchimento dos tubrculos

    Senescncia e maturao

  • 16

    25 DAP 35 DAP

    46 DAP 56 DAP

    69 DAP

  • 17

    81 DAP81 DAP

    106 DAP106 DAP

  • 18

    Cv. Agata: ndice de rea foliarS = 0.51072915r = 0.94720812

    Dias Aps Plantio

    ndi

    ce d

    e

    rea

    Folia

    r

    24 36 48 60 72 84 960.0

    1.0

    2.0

    3.0

    4.0

    5.0

    Cv. Agata: no de hastes/plantaS = 2.18253964r = 0.78526013

    Dias Aps Plantio

    Has

    tes

    por P

    lant

    a (N

    um)

    0 15 30 45 60 75 90 1050

    3

    6

    9

    12

    15

  • 19

    Cv. Agata: produo comercialS = 10.70660060

    r = 0.93079103

    Dias Aps Plantio

    Pr. C

    omer

    cial

    (t/h

    a)

    0 15 30 45 60 75 90 1050

    15

    30

    45

    60

    75

    90

    A performance de uma lavoura de batata depende:

    do ambiente no qual o tubrculo se desenvolveu; da incidncia de pragas e doenas; do estado fisiolgico do tubrculo-semente determinado pelas condies ambientais durante o desenvolvimento e armazenamento da semente.

    Em geral, a idade fisiolgica dos tubrculos-semente julgada visualmente.

  • 20

    Estdios fisiolgicos dos tubrculos-semente

    a) Dormncia no h brotao; o perodo de dormncia depende de vrios fatores (slideseguinte);

    b) Dominncia apical inibio da brotao das gemas laterais, surgindo apenas um ou poucos brotos apicais resulta na emisso de poucas hastes por rea, independentemente do tamanho da semente;

    c) Brotao normal brotos do pice ramificados; ocorre brotao nas gemas laterais;

    d) Senescncia brotos laterais muito ramificados.

    Dormncia dos tubrculos

    Dormncia = perodo compreendido entre a colheita e o incio da brotao do tubrculo

    Fatores que afetam o perodo de dormncia: Cultivar tardias apresentam perodo mais prolongado de

    dormncia do que as precoces Maturidade do tubrculo na colheita tubrculos imaturos

    apresentam maior dormncia Condies ambientais durante o cultivo perodo de

    dormncia menor em cultivo sob condies de dias curtos e temperaturas elevadas

    Condies de armazenamento sob temperaturas baixas, perodo de dormncia maior

  • 21

    Quebra de dormncia dos tubrculos-semente

    Finalidade da operao: uniformizar a brotao e a emergncia;

    Mtodos para forar brotao da semente: Qumico

    Bissulfureto de carbono as caixas de sementes devem ser tratadas em cmaras de expurgo ou em valetas tipo silo-trincheiras ou, simplesmente, cobertas com lona plstica; a dosagem varia conforme a cv., sendo 10 cm3 para Monalisae Baraka e 20 cm3 para Bintje/Jaette-Bintje;

    cido giberlico - concentrao de 5 a 15 ppm (5 a 15 g em 1000 L de gua) imerso dos tubrculos de 5 a 20 minutos; tempo varia conforme a cv.

    Quebra de dormncia dos tubrculos-semente

    Outras tcnicas

    Choque de temperaturas deixar a semente sob temperatura de 2 a 4 oC e 85% de UR por 30 dias; em seguida deixar a semente alguns dias em temperatura ambiente;

    Armazenamento em altas temperaturas 20 a 35 oC, no escuro.

  • 22

    Brotao do tubrculo-semente

    Brotao

    Estado normal de brotao dos tubrculos-semente

  • 23

    Dormncia Dominncia Apical Brotao Normal Esgotado

    Visualizao do desenvolvimento da brotao durante o processo de envelhecimento dos tubrculos-semente.

    Fisiologicamente Fisiologicamente jovemjovem

    Fisiologicamente Fisiologicamente envelhecidoenvelhecido

    Mudanas na idade fisiolgica dos tubrculos-sementes

    Efeito do estdio de brotao do tubrculo na produo de batata

  • 24

    Armazenamento dos tubrculos-semente

    O armazenamento dos tubrculos-semente sob baixa temperatura promove:

    diminuio da taxa de envelhecimento fisiolgico;

    supresso da dominncia apical;

    encurtamento do perodo de dormncia;

    desenvolvimento de brotaes e de hastes.

    Devido ao aumento dos nDevido ao aumento dos nveis de giberelinaveis de giberelina

    Armazenamento dos tubrculos-semente

    No caso dos tubrculos-semente serem plantados em curto prazo aps o fim do perodo de dormncia, devem ser armazenados a 4oC por um perodo de no mnimo duas semanas para retardar a iniciao da brotao;

    Todavia, quando a brotao inicia, ela comea simultaneamente em diversas gemas devido a suspenso da dominncia apical maior nmero de hastes e maior uso efetivo da semente.

  • 25

    Exigncias de temperatura na cultura da batata

    Melhor aptido mxima entre 20 e 30 oC mnima entre 8 e 10 oC

    Temperatura tima para a fotossntese 20 C

    A cada 5 C de aumento reduo de 25% na taxa de fotossntese

    A cada 10 C dobra a respirao foliar

    Efeito do fotoperodo na cultura da batata

    Dias curtos causam:

    a) Reduo no desenvolvimento vegetativo;b) Supresso do florescimento;c) Tuberizao precoce;d) Enchimento rpido dos tubrculos;e) Maturao precoce.

  • 26

    Efeito de ventos na cultura da batata

    a) Acamamento precoce antes da amontoa;

    b) Maior transpirao e consumo de gua;

    c) Disseminao de patgenos;

    d) Quebra de hastes e maior incidncia de canela preta (Erwinia).

    Solo ideal para a cultura da batata

    a) Profundos;

    b) Slico-argilosos;

    c) Porosos, com boa drenagem;

    d) Levemente cidos;

    e) Boa topografia facilita a mecanizao.

  • 27

    Cultivares mais plantadasCultivares mais plantadas

    Agata Monalisa Mondial

    Bintje Atlantic Asterix

    Rodelas fritas (chips) e batata palha

    Tubrculo mdio, oval-arredondado, pele esbranquiada, meio-spera, olhos meio-profundos, polpa branca; maturao meio-tardia

    Muito altoAtlantic

    Cozida e fritas (chips, palito e palha)

    Tubrculo alongado, pele amarela, geralmente lisa, olhos superficiais, polpa amarelo-clara; maturao meio-tardia

    AltoBintje

    Cozida e fritas (chips, palito e palha)

    Tubrculo grande, oval-alongado, olhos superficiais, pele vermelha, spera, polpa amarelo-claro; maturao meio-tardia

    AltoAsterix

    Cozida e assadaTubrculo oval-alongado, casca amarela, polpa amarelo-clara, olhos superficiais; maturao tardia

    Baixo-mdioMondial

    Cozida e assadaTubrculo oval-alongado, pele amarela e lisa, polpa amarelo-claro, olhos superficiais; maturao precoce

    BaixoMonalisa

    Cozida e assadaTubrculo grande, oval, olhos superficiais, pele amarelada e lisa, polpa amarelo-claro; maturao precoce

    Muito baixoAgataUso culinrioCaractersticasTeor de MSCultivar

    Caractersticas varietais e uso culinrio das principais cultivares de batata em cultivo no Brasil, 2005

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    Alta capacidade produtiva e estabilidade de produo;

    Ciclo precoce (menos de 100 dap);

    Baixa exigncia em fertilizantes;

    Perodo de dormncia curto ou facilidade de quebra da mesma;

    Boa capacidade de preservar suas caractersticas durante o transporte e armazenamento pelcula e tubrculos firmes, pouco sensveis ao esverdeamento;

    Resistncia s principais doenas causadas por agentes biticos;

    Baixa tendncia de apresentar distrbios fisiolgicos dos tubrculos embonecamento, rachaduras, corao-oco, corao-preto, mancha

    chocolate.

    Cultivares de batata: principais caractersticas requeridas

    1. Fisiolgicas e fenolgicas:

    Pelcula amarela, lisa e brilhante

    Formato dos tubrculos uniformes e regulares alongados ou oval-alongados, tipo bintje

    Olhos superficiais

    Cultivares de batata: principais caractersticas requeridas

    2. Caractersticas morfolgicas:

    Cv. Bintje

  • 29

    1. Para consumo na forma cozida:

    Teor mdio de matria seca

    Olhos pouco profundos

    No h exigncia quanto ao formato

    No rompimento da casca no cozimento

    Principais caractersticas das cultivares de batata de acordo com o uso culinrio

    2. Para processamento: Alto teor de matria seca;

    Baixo teor de acares redutores;

    Tubrculo alongado (ideal para palitos);

    Tubrculo arredondado (ideal para chips).

    Cv. Atlantic

    Cv. Lady Rosetta

    Principais caractersticas das cultivares de batata de acordo com o uso culinrio

  • 30

    Qualidade culinria da batata para produo de palito frito

    1. Alto teor de matria seca;

    2. Baixo teor de aucares redutores;

    3. Tubrculo alongado.

    Cv. Russet Burbank

    Batata em supermercado na Austrlia Novembro 2004

  • 31

    Batata em supermercado na Austrlia Novembro 2004

    Sementes de batata

    Importaes vs. Multiplicaes

    Produo de mini-tubrculos

  • 32

    Classes de batata-semente Gentica produzido sob responsabilidade e controle

    direto do melhorista e mantido dentro das caractersticas de pureza gentica;

    Pr-bsica oriunda de mini-tubrculos de cultura de meristema e telados; resulta as multiplicao de semente gentica, realizada de forma a garantir sua identidade e pureza gentica, sob responsabilidade e controle direto da instituio que o criou ou introduziu;

    Bsica resulta da multiplicao da semente gentica ou pr-bsica destinada renovao dos campos sob certificao; pode ser oriunda de seleo clonal e/ou cultura de meristema; a produo feita de acordo com normas oficiais e supervisionada pela entidade certificadora e responsabilidade da entidade que a criou ou a introduziu;

    Classes de batata-semente Registrada a resultante da multiplicao da

    semente bsica ou registrada destinada renovao dos campos sob certificao, produzida sob as condies e normas tcnicas de forma a assegurar o seu padro de sanidade de acordo com os nveis estabelecidos; Os campos so supervisionados pela entidade certificadora;

    Certificada a resultante da multiplicao da semente bsica, registrada ou certificada (subclasse A), produzida sob as condies e normas tcnicas pr-estabelecidas, de forma a assegurar o seu estado de sanidade, de acordo com os nveis de tolerncia fixados comprovados, opcionalmente, pelo teste de pr-cultura e laboratrio.

  • 33

    Tipificao dos tubrculos-semente

    Os tubrculos-semente so tipificados em seis categorias, de acordo com suas dimenses: Tipo 0 > 60 mm Tipo I entre 51 e 60 mm Tipo II entre 41 e 50 mm Tipo III entre 29 e 40 mm Tipo IV entre 23 e 28 mm Tipo V < 23 mm

    Semente de batataMultiplicao de mudas em laboratrio

    Mudas produzidas por micropropagao: meristema apical, segmentos nodais, razes e tuberizao in vitro

    Produo em ambiente assptico

  • 34

    Semente de batataMultiplicao de mudas em laboratrio

    Vantagens

    Utiliza pouco espao para armazenamento de matrizes;

    Rapidez de se obter um lote grande e uniforme;

    Obteno de mudas indexadas, livres de viroses e de outros patgenos.

    Sistemas de produo de minitubrculos de batata

    Produo em bandejas Produo em vasos

  • 35

    Produo de batata-semente em cultivo hidropnico com substrato

    Utilizam-se plantas oriundas de micropropagao;

    Possibilidade do controle ambiental na estufa (temperatura, luminosidade, nutrio e fitossanidade);

    Produtividade comparvel ao cultivo convencional;

    Maior nmero de tubrculos se comparado ao cultivo tradicional.

    Formao de estoque bsico

    Sistema de cultivo hidropnico

  • 36

    Cultivo hidropnico de minitubCultivo hidropnico de minitubrculos de batatarculos de batata

    Sistema hidropnico IAC usando argila expandida como substrato

  • 37

    Produo de minitubrculos

    Sistema alternativo (brotos descartados)

    b Pequenos produtores;b Baixo investimento e custo;b Irrigao controlada;b Fcil execuo.

    Produo de minitubrculos

  • 38

    Escolha da rea de plantio

    Itapetininga, SPItapetininga, SP

    Escolha da rea de plantio

    Itapetininga, SPItapetininga, SP

  • 39

    Manejo qumico do solo: correo

    A batata A batata muito tolerante muito tolerante acidez do solo acidez do solo pHpHH20H20 = 5,0 ~ 6,5, por= 5,0 ~ 6,5, porm m exigente em exigente em CaCa. Satura. Saturao por bases ideal para a cultura = 60 %; o gesso o por bases ideal para a cultura = 60 %; o gesso

    agragrcola demonstra excelentes resultados na cultura da batata (cola demonstra excelentes resultados na cultura da batata (VittiVitti, 2000)., 2000).

    Manejo quManejo qumico do solo: corremico do solo: correoo

    DistribuiDistribuio de calco de calcriorio

  • 40

    Cristalina/GO

    Roagem (milho) Arao Subsolagem Adubao Plantio

    Cascavel/BA

    rea virgem: Trincha Gradagem (Calagem) Arao (Calagem) Subsolagem Adubao - Plantio

    OBS: 1.800 kg ha-1 de 04-30-10

    OBS: 4.000 kg ha-1 de 04-14-8

    Preparo do solo

    Preparo do solo: incorporao de biomassa

  • 41

    Preparo do solo: rotativa

    Manejo qumico do solo e nutrio mineral da planta

    Os fertilizantes respondem por 15 % dos custos totais de produo da cultura da batata;

    Anlise do solo deve ser realizada para direcionar a calagem e a adubao;

    Cultura de ciclo curto e alta produtividade requer grandes quantidades de nutrientes em forma prontamente assimilvel;

    A adubao mineral de plantio de acordo com a produtividade esperada e a anlise do solo (tabela no slide seguinte).

  • 42

    Recomendao de adubao mineral de plantio conforme anlise de solo

    01210015025010020030040-80

    B, kg/haK2O, kg/haP2O5, kg/haN

    kg/ha

    >0,600,21-0,600-0,20>3,01,6-3,00-1,5>6025-600-25

    B gua quente, (mg/dm3)

    K trocvel, (mmolc/dm3)

    P resina(mg/dm3)

    N

    Fonte: APTA-IAC, 1996.

    Manejo qumico do solo e nutrio mineral da planta

    Adubao nitrogenada 40-80 kg/ha no plantio; em cobertura, aplicar mesma dose de N antes da amontoa, levando em conta as seguintes observaes:

    as doses de N variam de acordo com a temperatura e a poca de plantio sob temperatura elevada aplicar doses menores e, sob temperatura amena aplicar doses maiores;

    no cultivo de variedades de ciclo precoce (ex. Agata), aplicar doses menores de N e K20.

  • 43

    Manejo qumico do solo e nutrio mineral da planta

    Sugesto de adubao (Vitti et al.,2002):Sulco de plantioa) Doses de nutrientes:

    N: 40 a 60 kg/haP205: 150 a 450 kg/ha (fonte de S = Superfostato Simples)K20: 110 a 140 kg/haB e Zn: 2 e 4 kg/ha, respectivamente

    b) Formulaes:05-30-10 + 0,2%B + 0,4%Zn + 4%S 1000 - 1250 kg/ha03-30-10 + 0,15%B + 0,3%Zn + 3%S 1500 kg/ha

    Manejo qumico do solo e nutrio mineral da planta

    Sugesto de adubao (Vitti et al.,2002):Por ocasio da emergnciaa) Doses de nutrientes:

    N: 80 a 100 kg/ha*K20: 110 a 140 kg/ha* Fonte de S = Sulfato de amnio

    b) Formulaes:20-00-30 400 a 1500 kg/ha

    Obs. A prtica da fosfatagem deve ser adotada em solos arenosos (teor de argila < 25%), que apresentam menor fixao de P, e com baixos teores desse nutriente (P resina < 10 mg.dm-3); deve ser realizada aps o preparo profundo do solo, antes da gradagem e do nivelamento. Para calcular a quantidade de P2O5 a ser aplicada, adota-se como critrio a seguinte expresso: P2O5 total.ha = 5 kg P2O5 x % argila.

  • 44

    AdubaAdubao de plantioo de plantio

    Tratamento para quebra de dormncia de tubrculos-semente

    A imerso dos tubrculos-semente em solues de cido giberlico na dose de 5-15 mg L-1 por 10 a 15 minutos uniformiza a emergncia das brotaes.

  • 45

    Comparao entre os sistemas de plantiosemi-mecanizado e mecanizado

    23No de tratores

    1323No de trabalhadores

    MecanizadoSemi-mecanizado

    Comparao entre os sistemas de plantiosemi-mecanizado e mecanizado

    < Mo-de-obra< Compactao do solo> Falhas< Estande> Quebra de brotos

    > Mo-de-obra> Compactao do solo< Falhas> Estande< Quebra de brotos

    MecanizadoSemi-mecanizado

  • 46

    Mecanizao da cultura da batata

    Plantio Plantio semisemi--mecanizadomecanizado

    OperaOperao de plantioo de plantio

  • 47

    Espaamento (cm) entre tubrculos-semente de diferentes tipos vs. variedades

    12-1518-2028-3035Mondial

    10-1215-1825-2830-32 Monalisa

    28-30

    Tipo II

    35

    Tipo I

    18-20

    Tipo III

    12-15Agata

    Tipo IVTamanho

    Cultivar

    Qual tamanho de semente proporciona maior rendimento?

    Resposta: Aquele que propicia a melhor relao fonte x dreno

    Ou seja, todo e qualquer tamanho de semente

    Desde que ajustados nas combinaes ideais para cada

    Tamanho, Espaamento e Estado Fisiolgico

    Semente miSemente mida da plantio adensado, dominncia apicalplantio adensado, dominncia apical

    Semente graSemente grada da menos adensado, ausncia de dominnciamenos adensado, ausncia de dominncia

  • 48

    Semente (g) Plantas/ha Hastes/tuber(nmero)

    ProduoTotal (t/ha)

    ProduoGrados

    (t/ha)18 (T-IV) 75.000 1.2 44.8 26.8

    35 (T-III) 62.500 1.6 45.2 25.4

    66 (T-II) 62.500 2.2 44.8 24.2

    100 (T-I) 50.000 2.9 45.6 25.6

    150 (T-0) 37.500 4.1 44.7 26.7

    Variedade Aracy: Ensaio de plantio

    Irrigao

    gua um dos fatores mais importantes na produo de batata gua compreende 90-95% dos tecidos da planta e 70-85% do tubrculo;

    Desempenha um papel relevante em diversos processos fisiolgicos e tambm serve de fonte de hidrognio e de oxignio planta;

    Necessidade de gua ou evapotranspirao total da cultura 350 a 600 mm/ciclo, dependendo das condies climticas predominantes e do ciclo da cultivar;

    So necessrios 1000 L de gua para produo de 4 a 7 kg de tubrculos.

  • 49

    Mtodos de irrigao

    Asperso mais utilizado (> 90 % da rea cultivada)

    Sistema convencional; Piv central novas fronteiras de

    produo; Sulco; Gotejamento escala insignificante (alto

    custo).

    Efeitos do dficit e excesso de gua nos diferentes estdios de crescimento da batateira

    Fonte: Niederwieser, J.G., 2003.

    Aumenta a incidncia de rachadura;O solo gruda nos tubrculos que dificulta a colheita e pode induzir a deteriorao no armazenamento.

    Tubrculos ficam sujeitos facilmente ao esfolamento;Torres causam danos mecnicos aos tubrculos.

    Colheita

    Aumento do tamanho das lenticelas;Retarda a senescncia e a fixao da pele dos tubrculos;Em cultivares para indstria, aumenta o teor de acares redutores.

    Os tubrculos ficam desidratados;O tecido vascular torna-se descolorido se a rama dessecada artificialmente.

    Maturao

    Promove crescimento exuberante da folhagem que pode predispor incidncia de requeima e de pinta preta;Aumenta a lixiviao de N;Incrementa o tamanho das lenticelas que deprecia a aparncia do tubrculo, alm de facilitar a infeco do tubrculo por bactrias (Erwinia spp.).

    Limita o desenvolvimento da folhagem e antecipa a senescncia;Reduz o tamanho do tamanho do tubrculo e, portanto, o rendimento reduzido;Favorece o desenvolvimento de sarna comum;Dficits alternados induzem desordens nos tubrculos (mancha chocolate, corao-oco, rachaduras e embonecamento).

    Enchimento do tubrculo

    Induz desordens (mancha chocolate e corao-oco) nos tubrculos sob temperatura < 12 oC.

    Limita o nmero potencial de tubrculos;Favorece a incidncia de sarna comum e de anomalias de tubrculos.

    Incio da tuberizao

    Prejudica o desenvolvimento de um sistema radicular vigoroso.

    Restringe o desenvolvimento da planta e a resposta adubao.

    Emergncia-incio da tuberizao

    Aumenta a formao de torres.Emergncia retardada e desigual; Menor nmero de hastes/semente.

    Brotao

    Excesso de guaDficit de guaEstdio de crescimento

  • 50

    Irrigao

    Sistema de irrigaSistema de irrigao com piv central, Fazenda o com piv central, Fazenda BagisaBagisa S/A S/A IbicoaraIbicoara, BA, BA

    Irrigao

    Lavoura de batata irrigada por sistema de asperso Lavoura de batata irrigada por sistema de asperso com piv central, Nascente/com piv central, Nascente/BagisaBagisa, , IbicoaraIbicoara, , BA.BA.

  • 51

    Lavoura de batata irrigada por sistema de asperso Lavoura de batata irrigada por sistema de asperso convencional, Itapetininga, SP.convencional, Itapetininga, SP.

    Operao de amontoa

    Prtica cultural de grande importncia no processo de tuberizao, alm de: Proporcionar maior nmero de tubrculos Evitar esverdeamento e escaldadura dos

    tubrculos Ajudar no controle de pragas

    Realizada 25-30 DAP, perodo em que se faz a adubao de cobertura

  • 52

    OperaOperao de amontoao de amontoa

    OperaOperao de amontoao de amontoa

  • 53

    AdubaAdubao de coberturao de cobertura

    Dessecao de rama

    Na produo de batata-semente tem a finalidade:

    Impedir a transmisso de vrus da parte area para os tubrculos;

    Propicia a colheita de tubrculos de menor tamanho.

    Na produo de batata consumo:

    Reduz o tamanho do tubrculo e, conseqentemente, a produtividade;

    Permite a antecipao de colheita melhor cotao de preos Melhora o brilho da pele dos tubrculos.

  • 54

    Em lavouras de batata-semente e batata-consumo, aplicar os dessecantes 75-80 DAP e 80-90 DAP, respectivamente;Deve-se esperar 10 dias, no mnimo, para ocorrer a fixao da pele evitar danos aos tubrculos na operao de colheita.

    Mecanizao da colheitab Reduo de custos

    b Maior flexibilidade e capacidade de colheita

    b Minimiza problemas de mo-de-obra

  • 55

    Colheita mecanizadaColheita mecanizada

  • 56

    Operao de colheita de batata semi-mecanizada com esteira

  • 57

    Acondicionamento dos tubAcondicionamento dos tubrculos em rculos em bagsbags

    Acondicionamento e transporte dos

    tubrculos em bags

  • 58

    Manejo de doenManejo de doenas e pragasas e pragas

    Pulverizao e irrigao simultneas (piv-barra)

    Fazenda Progresso Ibicoara, BA 05/2005.

  • 59

    Pulverizao

    Fazenda Bagisa S/A Ibicoara, BA - 2005

    a) Agente causal: Phytophthora infestans

    a) Partes afetadas: folhas, hastes e tubrculos

    a) Condies predisponentes: alta umidade relativa, 14 horas de molhamento das folhas e temperaturas amenas

    a) Controle qumico: obrigatrio

    Doenas fngicas da batateira1) Requeima

  • 60

    Doenas fngicas da batateira1) Requeima

    Doenas fngicas da batateira2) Pinta preta

    a) Agente causal: Alternaria solani

    b) Parte afetada: folha

    c) Condies predisponentes: alta umidade relativa, temperatura >20oC

    d) Controle qumico: obrigatrio

  • 61

    Doenas fngicas da batateira2) Pinta preta

    Doenas fngicas da batateira3) Crosta preta/asfalto/rizoctoniose

    a) Agente causal: Rhizoctonia solani

    a) Partes afetadas: brotos, hastes, estoles e tubrculos

    c) Condies predisponentes: alta umidade, temperatura amena, carncia de clcio e presena de matria orgnica em decomposio

    d) Controle qumico: desejvel

  • 62

    Doenas fngicas da batateira3) Crosta preta/asfalto/rizoctoniose

    Doenas fngicas da batateira4) Sarna pulverulenta

    a) Agente causal: Spongospora subterranea

    b) Partes afetadas: razes e tubrculos

    c) Condies predisponentes: gua livre no solo, solos com camada de compactao temperaturas amenas

    d) Controle qumico: eventual

  • 63

    Sarna pulverulenta

    a) Agente causal: Ralstonia solanacearum

    b) Parte afetada: toda a planta

    c) Condies predisponentes: temperatura e umidade elevadas

    d) Controle qumico: ineficaz

    Doenas bacterianas da batateira1) Murcha bacteriana ou murchadeira

  • 64

    Murcha bacteriana ou murchadeira

    a) Agente causal: bactrias do gnero Erwinia

    b) Parte afetada: toda a planta

    c) Condies predisponentes: temperatura e umidade elevadas

    d) Controle qumico: discutvel

    Doenas bacterianas da batateira2) Canela-preta, talo oco e podrido mole

  • 65

    Doenas bacterianas da batateira2) Canela-preta, talo oco e podrido mole

    Podrido mole

    Canela-preta

  • 66

    Transferncia de canos de irrigaTransferncia de canos de irrigao contribui para o contribui para a disseminaa disseminao de canelao de canela--preta na lavourapreta na lavoura

    a) Agente causal: Streptomyces scabies

    b) Parte afetada: tubrculo

    c) Condies predisponentes: ausncia de umidade, pH acima de 5,5

    d) Controle qumico: discutvel

    Doenas bacterianas da batateira3) Sarna comum

  • 67

    Sarna comum

    Sarna comum

    TubTubrculos infectados deixados na lavoura rculos infectados deixados na lavoura apaps a colheita: fator que contribui para s a colheita: fator que contribui para incrementar a incidncia da doenincrementar a incidncia da doena na a na rea.rea.

  • 68

    a) Classificao: Luteovirus

    b) Parte afetada: floema

    c) Relao com o afdeo vetor: circulatria ou de semi-persistncia

    d) Controle qumico: obrigatrio

    Doenas causadas por vrus1) PRLV: Vrus do enrolamento da folha da batateira

    PRLVPRLV--VVrusrus do enrolamento da do enrolamento da folha da batateirafolha da batateira

  • 69

    a) Classificao: Potyvirus

    b) Parte afetada: parnquima

    c) Relao com o afdeo vetor: estiletar

    d) Controle qumico: necessrio, mas no suficiente

    Doenas causadas por vrus2) PVY: Vrus do mosaico amarelo da batateira

    PVYPVY--VVrusrus do mosaico amarelo do mosaico amarelo da batateirada batateira

  • 70

    Tubrculos com leses tpicas do PVYNTN

    Nematide-de-galhas

    a) Classificao: Meloidogyne spp.

    b) Partes afetadas: razes e tubrculos

    c) Condies predisponentes: temperatura elevada, solos arenosos

    d) Controle qumico: eventual

  • 71

    Nematide-de-galhas

    Pipoca Pipoca -- MeloidogyneMeloidogyne sppspp..

    Desordens fisiolgicas(Doenas abiticas)

  • 72

    Doenas fisiolgicas1. Crescimento secundrio ou embonecamento

    a) Causa sob temperatura baixa, o crescimento do tubrculo paralisado; quando as condies de clima voltam ao normal, o crescimento ocorre apenas em algumas partes do tubrculo

    b) Partes afetadas tubrculos

    Doenas fisiolgicas2. Corao oco

    a) Causas desequilbrio das relaes fonte-dreno; solo muito frteis com excesso de N; desfolha intensa de plantas muito imaturas

    b) Parte afetada cavidade de forma irregular no centro do tubrculo, circundada por tecidos necrosados

  • 73

    Doenas fisiolgicas3. Mancha ferruginosa interna ou chocolate

    a) Causas oscilao brusca entre perdo chuvoso seguido de seca prolongada; de ocorrncia mais freqente em perodos secos (deficincia de umidade) e quentes (temperatura elevada)

    b) Parte afetada manchas de cor pardo-avermelhadas, irregularmente distribudas pela polpa, mas concentradas nas proximidades das gemas apicais

    Doenas fisiolgicas4. Rachaduras de crescimento

    a) Causas* crescimento desincronizado entre os tecidos internos e externos do tubrculo devido disponibilidade irregular de umidade do solo na fase de enchimento dos tubrculos e fornecimento de gua rpido e desuniforme;

    b) Parte afetada fendas longitudinais de profundidade e extenso variveis na superfcie dos tubrculos; deprecia o produto para o comrcio.

    *Podem ser causadas pelo efeito residual de herbicidas da classe das sulfonil-urias.

  • 74

    Rachaduras causadas pelo efeito residual deRachaduras causadas pelo efeito residual de herbicida do herbicida do grupo das sulfonilgrupo das sulfonil--ururias, Vargem Grande do Sul, 2004.ias, Vargem Grande do Sul, 2004.

    Doenas fisiolgicas5. Lenticelose

    a) Causas excesso de umidade do solo; solo argiloso com drenagem deficiente

    b) Parte afetada desenvolvimento anormal das lenticelas, originando pequenas pontuaes esbranquiadas e salientes no tecido superficial do tubrculo

  • 75

    Doenas fisiolgicas6. Unhaduras

    a) Causas desequilbrio no teor de gua no solo e, principalmente, alterao brusca e acentuada de perodo mido para seco

    b) Parte afetada na superfcie dos tubrculos surgem, aleatoriamente, sulcos curvados, como se fossem causados por uma compresso de unha

    Doenas fisiolgicas7. Tuberizao direta

    a) Causas Plantio de tubrculo-semente fisiologicamente velho, sob condies de temperatura baixa e alta umidade do solo;

    b) Parte afetada gemas apicais.

  • 76

    Doenas fisiolgicas8. Esverdeamento dos tubrculos

    a) Causas exposio direta dos tubrculos, em campo, luz solar que incrementa a formao de clorofila e solanina; a anomalia manifesta-se tambm no armazenamento pela exposio do tubrculo luz artificial;

    b) Parte afetada epiderme do tubrculo e, eventualmente, a polpa.

    Doenas fisiolgicas9. Corao preto

    a) Causas atribuda falta de suprimento adequado de oxignio aos tubrculos, seja por arejamento inadequado na armazenagem, seja por calor ou frio excessivos;

    b) Parte afetada no centro do tubrculo surge uma mancha de forma irregular e de cor cinza preta; s vezes, surge uma cavidade devido contrao sofrida pela massa de tecido.

  • 77

    Principais pragasPrincipais pragas

    Larva Larva minadoraminadora

    Larva Larva MinadoraMinadora TraTraaa

    TraTraaa

    MoscaMosca brancabranca

  • 78

    Praga Nome cientfico Controle qumico(ingrediente ativo)Traa da batata Phthorimaea operculella Cartap, methamidophos, chlorpyrifos, methomyl,

    Minador das folhas Liriomyza huidobrensis Cartap, carbosulfan, abamectin, cyromazine

    Pulges Myzus persicae e Macrosiphumeuphorbiae Imidacloprid

    Vaquinha ou bicho alfinete Diabrotica speciosa

    parathion-methyl, alpha+cypermethrin, chlorpyrifos

    Lagarta-rosca Agrotis ipsilon; Spodoptera spp. chlorpyrifos

    Doena Patgeno Controle qumico(ingrediente ativo)

    Requeima Phytophthora infestansMancozeb, chlorothalonil, oxicloreto de cobre,

    hidrxido de cobre, iprovalicarb+propineb, dimethomorph, cymoxanil+maneb, maneb

    Pinta preta Alternaria solaniMancozeb, chlorothalonil, oxicloreto de cobre, hidrxido de cobre, azoxystrobin, pyrimethanil,

    iprodione, difenoconazole, tebuconazole

    Rhizoctoniose Rhizoctonia solani pencycuron

    Manejo de pragas e doenas

    Beneficiamento e embalagem Beneficiamento e embalagem de tubde tubrculos de batatarculos de batata

  • 79

    TubTubrculos antes da lavagemrculos antes da lavagem

    Descarga dos tubrculos contidos em bags

  • 80

    Descarga de tubrculos transportados a granel Empresa Bagisa Nascente, Ibicoara, BA.

    PrPr--lavagem dos tublavagem dos tubrculosrculos

  • 81

  • 82

  • 83

    [email protected] Aula revisada em dez/2005Aula revisada em dez/2005