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Ferrugem-asiática da soja no Brasil:
passado, presente e futuro
Rafael Moreira SoaresEng.Agr.Dr. em Fitopatologia
FERRUGEM-ASIÁTICAPhakopsora pachyrhizi
Ocorrência mundial da Ferrugem Asiática
1934
19021957
1940
19661934
1998
2001
1999
2004
20012002
2003 1996
2004
IOWA, EUA
Safra 2000/01
Ocorrência
Ocorrência eEpidemia
Safra 2001/02
Ocorrência
Ocorrência eEpidemia
US$ 125,5 milhões
Safra 2006/07
Ocorrência
Ocorrência eEpidemia
Custo Ferrugem: US$ 2,257 bilhões
São Desidério, BA - 25/03/03 – A.C.B. Oliveira
3550 kg/ha 1470 kg/ha
Perdas : 58%
Custo Ferrugem no Brasil em 12 safras
2001
/02
2002
/03
2003
/04
2005
/06
2006
/07
2007
/08
2008
/09
2009
/10
2010
/11
2011
/12
2012
/13
2013
/140
0.5
1
1.5
2
2.5
3 Custo total (perdas + controle)Perdas na produçãoCusto do controle
US$
bilh
ões
Danos pela ferrugemTotal de Perdas em 12 safras (2001/2002 a 2013/2014):
Toneladas de soja = + 15,5 milhões
Custo total (perdas + controle)
US$ 23 bilhões
CONTROLE
Manejo cultural
Controle Químico
Cultivares resistentesMedidas Legislativas
IDM + IQo
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16
Cont
role
(%)
az+cpz
py+epz
pi+cpz
tr+ptz
pi+tbz
Redução da sensibilidade do FUNGO à fungicidas
ISDH + IQo; ISDH + IQo + IDM
2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/160
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
py+fluaz+benpy+flu+epztr+bix+ptz
SAFRAS
CON
TRO
LE (%
)
Redução da sensibilidade do FUNGO à fungicidas
Como a resistência se desenvolve
Populaçãoinicial
População após
multiplicação das
linhagens
População durante
aplicação do fungicida
População logo após
aplicação do fungicida
S S S S R SS R S S S S SS S S S S S S S
R R R R S S R R R S S S R S S S S SS
S S S S R S S R S S S S S S S S S S S S S
RRS
Controle Químico- Utilizar as misturas comerciais:
triazol + estrobilurina eestrobilurina + carboxamida
triazol + estrobilurina + carboxamida
- Aplicação de produtos de contato (multissítios)
- Seguir as recomendações técnicasTecnologia de aplicação
J.T. Yorinori
RESULTADO DE PULVERIZAÇÃO AÉREA COM EXCESSO DE VENTOFonte: Bruno Betarello/Pedro Singer, Balsas, MA, 2005.
SELEÇÃO DE CULTIVARES RESISTENTES
Genes de resistência identificados:
7 locos, com alelos dominantes:
Rpp 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7
RB TAN
Foto: Morel, W.
Tipo de lesão
nenhum
muitomoderado
pouco
Esporulação
1 23
6 54
RB 2
TAN 3
RT 1
Esporulação:0 - 1 - 2 - 3
Lesão:RB, RT, TR, TAN
BRSMG 780RR
Em fase de registro:BRS 511
TMG 7060 IPRO
Biologia molecularResistência a ferrugem
Sequenciamento de ITS (Internal Transcribed Spacer)
Marcadores microssatélites
Seleção por SNPs (Single Nucleotide Polymorphisms)
Piramidação de genes por retrocruzamentos
Resistência Não-Hospedeiro
. Vazio Sanitário da Soja
. Período de semeadura e colheita
Portaria 193 – 6/10/2015 – ADAPAR (2017)
Medidas legislativas
PERÍODO DE SEMEADURA : 16 DE SETEMBRO A 31 DE DEZEMBRO.
PRAZO PARA COLHEITA OU DESSECAÇÃO DA LAVOURA: 15 DE MAIO (A PARTIR DE 2017).
PROIBIÇÃO DA SEMEADURA E CULTIVO DE SOJA SOBRE SOJA NA MESMA ÁREA E NO MESMO ANO AGRÍCOLA.
. Suspensão de produtos
.Instrução Normativa 08/2014 – GO - Agrodefesa
.Instrução Normativa Conjunta Sedec/Indea-MT nº 002/2.015
Soja voluntária na entressafra, 2012. A) Sorriso, MT;
B) Lucas do Rio Verde, MT.
Fonte: Embrapa.
Soja guaxaIvaiporã, 740 m altitude. 27/7/2012
Fonte: Morel, W.
PA (1): Microrregiões de Conceição do Araguaia, Redenção, Marabá, São Feliz do Xingu, Parauapebas, Itaituba (com exc. municípios de Rurópolis e Trairão) , e Altamira (Distritos de Castelo dos Sonhos e Cachoeira da Serra). PA (2): Microrregs. de Paragominas, Bragantina, Guamá, Tomé-Açu, Salgado, Tucuruí, Castanhal, Arari, Belém, Cametá, Furos de Breves e de Portel. PA (3): Microrregs. de Santarém, Almeirim, Óbidos, Itaituba (municípios de Rurópolis e Trairão) e de Altamira (com exc. Distritos de Castelo de Sonhos e Cachoeira da Serra).
MA (1): Microrregs. de Alto Mearim, Grajaú, Balsas, Imperatriz e Porto Franco. MA (2): Microrregs. de Baixada Maranhense, Caxias, Chapadinha, Codó, Coelho Neto, Gurupi, Itapecuru Mirim, Pindaré, Presidente Dutra, Rosário, Paço do Lumiar, Raposa, São José de Ribamar, São Luís.
MT: semeadura até 31/12
GO: semeadura até 31/12
PR: semeadura até 31/12
TO: semeadura até 15/01
OUTUBROJUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO15 15 151 30
Estado15
NOVEMBRO301
GOMTMSDF
BA
MA (1)*MA (2)*
PRMGSP
Paraguai
TO
PA (2)*PA (1)*
ROPA (3)*
Períodos de Vazio Sanitário
SITEwww.consorcioantiferrugem.net
www.embrapa.br/soja
Participantes do Consórcio
www.consorcioantiferrugem.net
CONCLUSÕES
Ferrugem-asiática é a doença mais desafiadora da soja no Brasil
Novos químicos e cultivares resistentes são a maior esperança para manter a doença sob
controle, mas a adaptação do fungo aos fungicidas e aos genes de resistência demonstra que não há solução única.
Políticas públicas continuarão necessárias
Obrigado