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1 União Espírita Deus Amor E Caridade Rua Índio Piragibe, 182, Fone (83)3221-8000 – João Pessoa/PB Estudo Sistematizado Do Evangelho – ESE* Cap. XI, Item 10 60º Roteiro – A Lei do Amor Objetivos Enumerar as qualidade que caracterizam e distinguem aquele que ama, no sentido profundo do termo, e enfatizar por que é necessário que nos elevemos acima da matéria. A Lei do Amor SANSÃO Membro da Sociedade Espírita de Paris, 1863 10 – Meus queridos condiscípulos, os Espíritos aqui presentes vos dizem pela minha voz: Amai muito, para serdes amados! Tão justo é este pensamento, que nele encontrareis tudo quanto consola e acalma as penas de cada dia. Ou melhor: fazendo isso, de tal maneira vos elevareis acima da matéria que vos espiritualizareis antes mesmo de despirdes o vosso corpo terreno. Os estudos espíritas ampliaram a vossa visão do futuro, e tendes agora uma certeza: a do vosso progresso para Deus, com todas as promessas que correspondem às aspirações da vossa alma. Deveis também vos elevar bem alto, para julgar sem as restrições da matéria, e assim não condenar o vosso próximo, antes de haver dirigido o vosso pensamento a Deus. Amar, no sentido profundo do termo, é ser leal, probo, consciencioso, para fazer aos outros aquilo que se deseja para si mesmo. É buscar em torno de si a razão íntima de todas as dores que acabrunham o próximo, para dar-lhes alívio. É encarar a grande família humana como a sua própria, porque essa família irá reencontrar um dia em mundos mais adiantados, pois os Espíritos que a constituem são, como vós, filhos de Deus, marcados na fronte para se elevarem ao infinito. É por isso que não podeis recusar aos vossos irmãos aquilo que Deus vos deu com liberalidade, pois, de vossa parte, seríeis muito felizes se vossos irmãos vos dessem aquilo de que tendes necessidade.

60º roteiro – a lei do amor

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União Espírita Deus Amor E Caridade Rua Índio Piragibe, 182, Fone (83)3221-8000 – João Pessoa/PB

Estudo Sistematizado Do Evangelho – ESE* Cap. XI, Item 10

60º Roteiro – A Lei do Amor

Objetivos

Enumerar as qualidade que caracterizam e distinguem aquele que ama, no sentido profundo do termo, e enfatizar por que é necessário que nos elevemos acima da matéria.

A Lei do Amor

SANSÃO Membro da Sociedade Espírita de Paris, 1863

10 – Meus queridos condiscípulos, os Espíritos aqui presentes vos dizem pela minha voz: Amai muito, para serdes amados! Tão justo é este pensamento, que nele encontrareis tudo quanto consola e acalma as penas de cada dia. Ou melhor: fazendo isso, de tal maneira vos elevareis acima da matéria que vos espiritualizareis antes mesmo de despirdes o vosso corpo terreno. Os estudos espíritas ampliaram a vossa visão do futuro, e tendes agora uma certeza: a do vosso

progresso para Deus, com todas as promessas que correspondem às aspirações da vossa alma. Deveis também vos elevar bem alto, para

julgar sem as restrições da matéria, e assim não condenar o vosso próximo, antes de haver dirigido o vosso pensamento a Deus.

Amar, no sentido profundo do termo, é ser leal, probo, consciencioso, para fazer aos outros aquilo que se deseja para si

mesmo. É buscar em torno de si a razão íntima de todas as dores que

acabrunham o próximo, para dar-lhes alívio. É encarar a grande família humana como a sua própria, porque essa família irá reencontrar um dia em mundos mais adiantados, pois os Espíritos que a constituem são, como vós, filhos de Deus, marcados na fronte para se elevarem ao infinito. É por isso que não podeis recusar aos vossos irmãos aquilo que Deus vos deu com liberalidade, pois, de vossa parte, seríeis muito

felizes se vossos irmãos vos dessem aquilo de que tendes necessidade.

É O AMOR UNIVERSAL = ÁGAPE
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A todos os sofrimentos, dispensai pois uma palavra de ajuda e de esperança, para vos fazerdes todo amor e todo justiça.

Crede que estas sábias palavras: “Amai muito, para serdes amados”, seguirão os seus cursos. Esta máxima é revolucionária e segue uma rota firme e invariável. Mas vós já haveis progredido, vós que me escutais: sois infinitamente melhores do que há cem anos; de tal maneira vos modificastes para melhor, que aceitais hoje sem repulsa uma infinidade de idéias novas sobre a liberdade e a fraternidade, que antigamente teríeis rejeitado. Pois daqui a cem anos

aceitará também, com a mesma facilidade, aquelas que ainda não puderam entrar na vossa cabeça. Hoje, que o movimento espírita avançou bastante, vede com que rapidez as idéias de justiça e de renovação, contidas nos ditados dos Espíritos, são aceitas pela metade das pessoas inteligentes. É que

essas idéias correspondem ao que há de divino em vós. É que estais preparados por uma semeadura fecunda: a do último século, que

implantou na sociedade as grandes idéias de progresso. E como tudo se encadeia, sob as ordens do Altíssimo, todas as lições recebidas e assimiladas resultarão nessa mudança universal do amor ao próximo. Graças a ela, os Espíritos encarnados, melhor julgando e melhor sentindo, dar-se-ão as mãos até os confins do vosso planeta. Todos se

reunirão, para entender-se e amar-se, destruindo todas as injustiças,

todas as causas de desentendimento entre os povos. Grande pensamento de renovação pelo Espiritismo tão bem exposto em O Livro dos Espíritos, tu produzirás o grande milagre do século futuro, o da reunião de todos os interesses materiais e espirituais dos homens, pela aplicação desta máxima bem compreendida: Amai muito, para serdes amados!

(O Evangelho Segundo o Espiritismo por ALLAN KARDEC – Tradução de José Herculano Pires)

Fontes Complementares

Equilíbrio pelo Amor ( Livro: Lampadário Espirita – Joanna de Ângelis – Divaldo Pereira F. )

Se a dúvida, a respeito da imortalidade, te espicaça1 a mente,

sombreando tuas convicções de receio e angustia, interroga o amor, e ele te responderá com segurança que nada perece senão para se transformar e renascer sobre outra modalidade, com novas características.

Se a suspeita se insinua, utópica2, no conforto moral que haures no intercâmbio espiritual com os que transpuseram a vala de cinza e lama, inquire o amor e ele te afirmará que ninguém, que ame,

esquecerá os amores que ficaram, onde quer que se encontrem.

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Diante dos prepotentes do gozo, que parecem escarnecer dos objetos espirituais que acalentas, indaga do amor e ele te explicará

quanto á loucura que o prazer encerra, quando destituído de legitimidade.

Diante dos poderosos e frios depositários da vã cultura, que menosprezam as informações cristãs e espíritas que te enriquecem a vida, pergunta ao amor e identificarás, por ele, o nivelamento da matéria que verte todos os homens, mesmo quando parecem eretos...

Fita os que muito amaram e amando permanecem depois que

partiram os seus amados, e compreenderás que aqueles que se mantêm vigorosos e confiantes assim estão porque esperam o reencontro, abraçados que seguem, desde hoje, pelos que tiveram o corpo decomposto, mas não se extinguiram...

Mortos estão os usuários da rebeldia, os campeões da corrupção,

os enclausurados no primitivismo em que se comprazem. Nada vêem e possuem olhos, nada escutam, embora detentores

de caixa acústica, nada compreendem apesar de portadores da máquina racional...

Fixaram-se no que preferem como princípio, meio e fim da viagem física.

Enlouqueceram, conquanto a aparência enganosa da sanidade.

As plantas carnívoras têm luxuriantes contorno e atraem,

vigorosas... A metástese3 cancerógena se disfarça, muitos vezes, com

síndromes desconcertantes... O entorpecente aniquilador da sensibilidade parece inócuo4... A noite estrelada parece um dossel salpicado de gemas

pequeninas...

Parecem, mas não são!...

Conversando com o amor em todo lugar onde se revela, aprenderás a cantar felicidade, descobrindo a alegria plena nas pautas da convicção esposada, como normativa de vida espiritual.

Ouvirás com ele a voz de Jesus, há dois mil anos, apascentando os

caídos, desiludidos, enfermos, ignorantes e sofredores de todo o jaez5, pelos difíceis roteiros da elevação moral.

Acompanharás, também, com ele, a balada de Francisco de Assis, sobre o irmão sol, a irmã água, o irmão fogo, o irmão jumento...

Identificarás o Excelso Governador do Universo em toda a parte, fazendo germinar o grão no adubo e formar-se a galáxia na nebulosa colossal...

Porque o amor possui a linguagem clara e insofismável6 da

verdade consoladora, iluminativa e transcendental que tudo explica,

tudo elucida, tudo realiza.

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Atenazado, portanto, pela dúvida ou pelo desânimo, vigiado pela suspeita ou pelo medo, malsinado pelo desdém7 ou pelo escárnio8,

desacreditado pelo desprezo ou pelo reproche dos que a si se arrogam o direito da felicidade e somente a si permitem a melhor conquista, não te inquietes nem te perturbes.

O “Colosso de Rodes*”, imponente e majestoso, foi tragado por inesperado terremoto.

A dominadora Cleópatra** deixou-se fulminar por pequenino ofídio9.

Tibério César***, que dominou o mundo do seu tempo e em cuja governança transcorreu a tragédia da Cruz, partiu, também, da Terra, enlanguecido e acovardado, conduzido pelo veículo da desencarnação.

Consulta o amor sempre e a todos, amando-te também e fazendo-te harmonia em ti mesmo, na sinfonia da vida indestrutível, que reflete

o amor incessante do Nosso Pai Celestial.

Chamamento ao Amor ( Livro: Palavras de Vida Eterna – Espírito, Emmanuel – Chico Xavier )

“... E à ciência temperança, e à temperança paciência e à

paciência piedade.” – Pedro. (II PEDRO, 1: 6.) Aprender sempre, instruir-nos, abrilhantar o pensamento, burilar a

palavra, analisar a verdade e procurá-la são atitudes de que,

efetivamente, não podemos prescindir, se aspirarmos à obtenção do conhecimento elevado; entretanto, milhões de talentosos obreiros da evolução terrestre, nos séculos que se foram, esposaram a cultura intelectual, em sentido único, e fomentaram opressões que culminaram em pavorosas guerras de extermínio.

Incapazes de controlar apetites e paixões, desvairaram-se na

corrida ao poder, encharcando a terra com o sangue e o pranto de quantos lhes foram vítimas das ambições desregradas.

Toda grandeza de inteligência exige moderação e equilíbrio para não desbordar-se em devassidão e loucura.

Ainda assim, a temperança e a paciência, por si só, não chegam

para enaltecer o lustre do cérebro. A própria diplomacia, aliás sempre venerável, embora resida nos

cimos da suavidade e da tolerância, pelos gestos de sobriedade e cortesia com que se manifesta, em muitos casos não é senão a arte de contemporizar com o rancor existente entre as nações, segurando, calma, o estopim do ódio e da belicosidade para a respectiva explosão, na época que julga oportuna a calamitosas conflagrações.

O apontamento do Evangelho, no entanto, é claro e preciso. Não vale a ciência sem temperança e toda temperança pede

paciência para ser proveitosa, mas para que esse trio de forças se levante no campo da alma, descerrando-lhe o suspirado acesso aos

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mundos superiores, é necessário que o amor esteja presente, a enobrecer-lhes o impulso, de vez que só o amor dispõe de luz bastante

para clarear o presente a santificar o porvir.

Com Ardente Amor ( Livro: Pão Nosso – Espírito, Emmanuel – Chico Xavier )

“Mas, sobretudo, tende ardente caridade uns para com os

outros.” – Pedro. (1ª EPÍSTOLA A PEDRO, CAPÍTULO 4,

VERSÍCULO 8.)

Não basta a virtude apregoada em favor do estabelecimento do Reino Divino entre as criaturas.

Problema excessivamente debatido – solução mais demorada... Ouçamos, individualmente, o aviso apostólico e enchamo-nos de

ardente caridade, uns para com os outros. Bem falar, ensinar com acerto e crer sinceramente são fases

primárias do serviço. Imprescindível trabalhar, fazer e sentir com o Cristo. Fraternidade simplesmente aconselhada a outrem constrói

fachadas brilhantes que a experiência pode consumir num minuto. Urge alcançarmos a substância, a essência... Sejamos compreensivos para com os ignorantes, vigilantes para

com os transviados na maldade e nas trevas, pacientes para com os

enfermiços, serenos para com os irritados e, sobretudo, manifestemos a bondade para com todos aqueles que o Mestre nos confiou para os ensinamentos de cada dia.

Raciocínio pronto, habilitado a agir com desenvoltura na Terra, pode constituir patrimônio valioso; entretanto, se lhe falta coração para sentir os problemas, conduzi-los e resolvê-los, no bem comum, é

suscetível de converter-se facilmente em máquina de calcular. Não nos detenhamos na piedade teórica. Busquemos o amor fraterno, espontâneo, ardente e puro. A caridade celeste não somente espalha benefícios. Irradia

também a divina luz.

Divida de Amor ( Livro: Vinha de Luz – Espírito, Emmanuel – Chico Xavier )

“Portanto, dai a cada um o que deveis; a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.” - Paulo. (Romanos, 13:7.)

Todos nós guardamos a dívida geral de amor uns para com os outros, mas esse amor e esse débito se subdividem, através de inúmeras manifestações.

A cada ser, a cada coisa, paisagem, circunstância e situação, devemos algo de amor em expressão diferente.

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A criatura que desconhece semelhante impositivo não encontrou ainda a verdadeira noção de equilíbrio espiritual.

Valiosas oportunidades iluminativas são relegadas, pelas almas invigilantes, à obscuridade e à perturbação.

Que prodigioso éden seria a Terra se cada homem concedesse ao próximo o que lhe deve por justiça!

O homem comum, todavia, gravitando em torno do próprio “eu”, em clima de egoísmo feroz, cerra os olhos às necessidades dos outros. Esquece-se de que respira no oxigênio do mundo, que se alimenta do

mundo e dele recebe o material imprescindível ao aperfeiçoamento e à redenção. A qualquer exigência do campo externo, agasta-se e irrita-se, acreditando-se o credor de todos.

Muitos sabem receber, raros sabem dar. Por que esquivar-se alguém aos petitórios do fragmento de terra

que nos acolhe o espírito? por que negar respeito ao que comanda, ou atenção ao que necessita?

Resgata os títulos de amor que te prendem a todos os seres e coisas do caminho.

Quanto maior a compreensão de um homem, mais alto é o débito dele para com a Humanidade; quanto mais sábio, mais rico para satisfazer aos impositivos de cooperação no progresso universal.

Não te iludas. Deves sempre alguma coisa ao companheiro de

luta, tanto quanto à estrada que pisas despreocupadamente. E quando resgatares as tuas obrigações, caminharás na Terra recebendo o amor e a recompensa de todos.

Na Presença do Amor ( Livro: Fonte Viva – Espírito, Emmanuel – Chico Xavier)

"Aquele que ama a seu irmão está na luz e nele não há escândalo." João. (I João;(2:10.)

Quem ama o próximo sabe, acima de tudo, compreender. E quem compreende sabe livrar os olhos e ouvidos do venenoso visco do

escândalo, a fim de ajudar, ao invés de acusar ou desservir. É necessário trazer o coração sob a luz da verdadeira fraternidade,

para reconhecer que somos irmãos uns dos outros, filhos de um só Pai. Enquanto nos demoramos na escura fase do apego exclusivo a nós

mesmos, encarceramo-nos no egoísmo e exigimos que os outros nos amem. Nesse passo infeliz, não sabemos querer senão a nós próprios, tomando os semelhantes por instrumentos de nossa satisfação.

Mas se realmente amamos os companheiros de caminho, a paisagem de vida se modifica, de vez que a claridade do amor nos

banhará a visão.

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Ama, pois, e assim como a lama jamais ofende a luz, a ofensa não mais te alcançará.

Saberás que a miséria é fruto da ignorância e auxiliarás a vítima do mal, nela encontrando o próprio irmão necessitado de apoio e entendimento.

Aprenderás a ouvir sem revolta, ainda mesmo que o crime te procure os ouvidos, e cultivarás a ajuda ao adversário, ainda mesmo quando te vejas dilacerado, porque o perdão com esquecimento absoluto dos golpes recebidos surgirá espontâneo em teu espírito,

assim como a tolerância aparece natural na fonte que acolhe no próprio seio as pedras que lhe atiram.

Ama e compreenderás. Compreende e servirás sempre mais cada dia, porque então

permanecerás sob a glória da luz, inacessível a qualquer incursão das

trevas.

Progresso e Amor ( Livro: Bênção de Paz – Espírito, Emmanuel – Chico Xavier )

A caridade jamais acaba. - Paulo. (I Coríntios. 13 :8.)

Mais atenção para os fenômenos da vida e verificaremos a instabilidade de todos os processos de aperfeiçoamento a que se lhe atrela o carro evolutivo, com exceção do amor que lhe sustenta as

bases eternas. Muitas vezes afligem-se os cultivadores da fé perante os

exotismos que surgem nos caminhos do povo, nos tempos de mais intensiva renovação.

Obviamente é preciso guardar a chama da confiança em Deus, com absoluta fidelidade às leis do Bem Eterno, a cavaleiro de quaisquer

extravagâncias que alguém nos queira impingir; todavia, com a nossa lealdade ao Senhor é forçoso não conturbar a nossa tarefa com receios pueris.

* * * A caridade jamais acaba. .. asseverou o apóstolo Paulo, guiado

pela Inspiração Divina. Remontemos ao passado e observaremos, com apoio na História,

que as definições propriamente humanas sofrem transformações incessantes.

Leis terrestres, com raras exceções, são muito diferentes de século para século.

A Ciência é sempre clara no propósito de acertar, mas é um quadro de firmações provisórias, lidando incessantemente caminho de mais amplos contatos com os princípios que regem as atividades do

Universo.

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A cultura intelectual assemelha-se a largo movimento de idéias que procura esquecer a maior parte das concepções que valorizava

ontem, para lembrar o que precisa estudar hoje, de modo a atingir o que deve ser amanhã.

A arte modifica-se de época para época. * * *

Progresso, na essência, é mudança com alicerces na experimentação.

* * *

Tudo, na superfície da vida, é transformação permanente, mas por dentro dela vige o amor invariável. Não te assustes, assim, diante das inovações que caracterizam o espírito humano, insatisfeito e irrequieto, até que obtenha a madureza necessária à frente do Mundo e do Universo.

* * * Cultiva o amor que constrói e ilumina, na esfera de cada um de

nós, para a imortalidade, de vez que, enquanto aparecem e desaparecem as inquietações humanas, a caridade jamais acaba.

Na Exaltação do Amor ( Livro: O Espírito de Verdade – Espírito, Diversos – Chico Xavier )

A folha ressequida que cai, anônima, do pedúnculo em que

nasceu, é bem o símbolo do poder oculto de Deus em a Natureza. Poder que é força, vida e amor... Quem a recolheu? O Sol? Não. O Vento? Não. O Homem? Não. A folha desceu por si mesma, segundo os ditames

preestabelecidos pelas leis gerais do Universo, para o seio fecundante

da Terra, que a transforma em novo elemento no laboratório da incessante renovação.

Assim também se movem as criaturas e os destinos. A folha cai... Os mundos caminham... O homem evolve... Brilha o Sol, naturalmente, mantendo a família planetária nos

domínios da Casa Cósmica. Avança o vento, sem esforço, nutrindo a euforia das plantas.

Em princípios de soberana espontaneidade, constrói o homem a própria existência.

Saber não é tudo. Só o amor consegue totalizar a glória da vida. Quem vive respira. Quem trabalha progride. Quem sabe percebe. Quem ama respira, progride, percebe, compreende, serve e

sublima, espalhando a felicidade.

Siga, pois, seu roteiro, louvando o bem, esquecendo o mal e edificando sem repouso.

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Se o caminho é áspero e sombrio, prossiga com destemor. Lembre-se que na vanguarda há mais amplo local para a sua

esperança. Busque ouvir a mensagem do amor, onde passe. Estude amando. Responda aos imperativos da evolução, amando onde esteja. Atenda ao semelhante, amando com alegria. Satisfará, em tudo, a você mesmo, amando sempre. Na marcha ascendente para o Reino Divino, o Amor é a Estrada

Real. As outras vias chamam-se experiências que a Eterna Sabedoria, ainda por amor, traçou à grande viagem das almas para que o espírito humano não se perca.

Antes de você, o amor já era. Depois de você, o amor será.

Isso, porque o Amor é Deus em tudo. Viva, assim, a vida, amando-a para entendê-la.

Viver e amar... Amar e compreender... Compreender e viver abundantemente... Ângulos de uma verdade só – A Vida Eterna. No entanto, viver sem amar é respirar sem trabalho digno; querer

com exclusivismo tonteante é contemplar situações e circunstâncias

com apriorismos que geram a enfermidade e a morte. Se você sabe, portanto, o que é viver, por que não vive? Só vive realmente quem ama. Só ama efetivamente quem age para o bem de todos. Só age, sem dúvida, para o bem de todos, quem compreende que

o amor é a base da própria vida.

Fora dessa verdade, há também movimento e ação de sombra que

tornará fatalmente à luz em ciclos determinados de choro, provação e martírio.

Nada novo, sempre a Lei, que funciona compassiva, mas inexorável, restituindo a cada sementeira a colheita certa.

Comande a embarcação de seu destino e não atribua a outrem os erros que as suas mãos venham a cometer.

De você mesmo depende a própria viagem. Instrua a você, sem procurar encobrir, ante a própria consciência,

as faltas que lhe arrojam a alma ao desencanto ou ao agravo das próprias necessidades do espírito.

Ainda que a noite lhe envolva o passo, alente, no imo do ser, o dia eterno da fé.

Não se confie ao sabor da invigilância, para que a invigilância não

lhe arraste a existência ao sabor do sofrimento. Antes de nós, o Universo era o Santuário da Glória Divina.

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Lembremo-nos, pois, de que Deus nos criou para acrescentar- Lhe a grandeza.

Não Lhe diminuamos o esplendor, cultivando a treva... Enganaremos a forma. Jamais enganaremos a vida que palpita, triunfante, em nós

mesmos. Aprenda a buscar aquilo de que você carece no próprio

aperfeiçoamento, antes que alguém lhe ensine a preço de aflição. Busque o roteiro exato, antes que outros se lhe ofereçam, no dia

de sua perturbação, para guias de sua dor. Força é poder. Idéia é força. Mas só o amor condiciona o poder para a vitória da luz. Ame o caminho. Caminhe e vença.

Anote hoje os seus movimentos, no ritmo do trabalho e da oração, e o amanhã surgirá com brilho sempre novo.

Sorria para os lances mais difíceis da estrada e os panoramas próximos e remotos descerrar-se-ão sorrindo à sua alma.

Não pare senão para refazer o fôlego atormentado. Mais além, é a estrada de destino. Não escute o murmúrio das sombras senão para socorrer as

vítimas do mal, a fim de que os gemidos enganadores do nevoeiro não

lhe anestesiem o impulso de elevação. A fraternidade ser-lhe-á anjo sentinela entre os pântanos da

amargura. Cante o poema da caridade, seja onde for, e as criaturas irmãs,

ainda mesmo quando algemadas ao crime, responder-lhe-ão com estribilhos de amor.

Guarde compaixão e a paz ser-lhe-á doce prêmio.

Exemplifique a fé que lhe honra a inteligência e o mundo abençoar- lhe-á todas as palavras.

Amanheça todo dia no serviço que lhe compete e o dever retamente cumprido manterá você, invariavelmente, na manhã

luminosa da vida. Antes de amparar a você, ampare aqueles que, desde muito,

suspiram pela migalha de seu amparo. Antes de nossa vontade, a vontade do Senhor. Antes do bem para nós, o bem necessário aos outros. Seja para você a justiça que observa e corrige e seja para o irmão

de jornada a bondade que ajuda e absolve sempre. Sobretudo, guarde a certeza de que o amor se emoldura na

humildade que nunca fere.

Coloque você em último lugar e a vida encarregar-se-á de sua própria defesa em qualquer parte.

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Ainda mesmo com sacrifício, sob chuvas de fel e gritos de calúnia, renda diariamente seu culto ao amor e o amor na própria vida brilhará

em sua alma, convertendo-a em estrela para a Glória Sem-Fim. André Luiz

Perguntas

01 – O que significa “elevar-se acima da matéria”? 02 – Por que essa elevação é necessária?

03 – Quais as características do homem que ama, no sentido profundo desse termo? 04 – Se considerarmos o período dos últimos cem anos, podemos concluir que a humanidade, hoje, é melhor?

05 – Como esse melhoramento da humanidade ocorre e pode ser percebido?

06 – Que fazer diante do mal que tenta impedir nosso esforço renovador? 07 – Como o Espiritismo contribui para a melhoria da humanidade?

Conclusão

Amar, no sentido profundo do termo, é aceitar os outros como são, fazendo-lhes todo o bem ao nosso alcance.

Amar o próximo é receitar infalível de felicidade e condição para que nos elevemos acima da matéria, trilando o caminho de Deus.

Respostas das perguntas anteriores – 59º Roteiro

1º Resposta: As ações benéficas de pessoas bondosas, cujo

amor nos contagia. Em última instância, para os mais rebeldes, o tempo e a dor. “O amor é de essência Divina e todos vós, do primeiro ao último,

tendes, no fundo do coração, a centelha desse fogo sagrado.”

2º Resposta: É uma bênção de Deus, através da qual se reúnem inimigos do passado em uma mesma família, a fim de mutuamente se ajustarem diante da lei de amor. É a oportunidade que Deus nos concede de fazer o bem a quem tenhamos feito o mal.

“A reencarnação é, por isso, um dos instrumentos de aplicação

da lei de amor.”

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3º Resposta: Não. Jesus, ao proclamar o amai o vosso próximo como a vós mesmos, não estabeleceu limites para esse amor, Ao

contrário, simbolizou no próximo a Humanidade inteira. “A prática da lei de amor, tal como Deus a entende, consiste em amar a todos o nossos irmãos, indistintamente.” 4º Resposta: Melhoramento moral para a raça humana e felicidade durante a vida terrestre e após esta. Os mais rebeldes também a ela se ajustarão, ainda que mais tarde, quando

observarem os benefícios da prática dessa lei. “O Espiritismo contribui para essa lei seja mais claramente compreendida e seus efeitos rapidamente sentidos.” 5º Resposta: Não, porque esse endurecimento é temporário. Ao

contágio do verdadeiro amor, o coração humano cede, pois que se vê tocado pelo desejo de vivenciar a caridade, a humildade, a

paciência e todas as demais virtudes que o amor inspira. “A Terra, orbe de provação e de exilio, será então purificada por esse fogo sagrado e verá praticadas, na sua superfície, todas as virtudes filhas do amor.”

6º Resposta: Como primeiro passo, tolerar os que convivem

conosco, buscando perdoar quem nos ofende, auxiliando o próximo, na medida de nossas possibilidades, enfim, atendendo fielmente ao chamamento de Jesus, contido no amai-vos uns aos outros. “Não basta apenas o homem deixar de fazer aos outros aquilo que não quer que lhe façam, mas deve ele também fazer aos

outros tudo aquilo que gostaria lhe fizessem.” *Todo o roteiro deste estudo se encontra no livro “Roteiro Sistematizado, para estudo do livro ‘O Evangelho Segundo O Espiritismo’, Da editora Boa Nova, 3ª Edição de dezembro de 2005 e está disponível no site da

UEDAC.

Glossário

1 – espicaça : tornar aceso, vivo, desperto; despertar, instigar, estimular, atiçar

2 – utópica : que tem o caráter de utopia; que é fruto da imaginação, da fantasia, de um ideal, de um sonho; quimérico

3 – metástase : migração por via sanguínea ou linfática de produtos patológicos (vírus, bactérias, parasitas e esp. células cancerosas) provenientes de uma lesão inicial

4 – inócuo : que não causa dano material, físico, orgânico; que não é nocivo, prejudicial

5 – jaez : natureza ou qualidade fundamental; tipo específico; conjunto de traços ou características

6 – insofismável : não sofismável; que não se pode deturpar usando sofismas; indiscutível, irrefutável, incontestável

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7 – desdém : desprezo arrogante; altivez, soberbia, sobranceria

8 – escárnio : o que é feito ou dito com intenção de provocar riso ou hilariedade acerca de alguém ou algo;

caçoada, troça, zombaria

9 – ofídio : relativo aos ofídios; ofioideo

: Os ofídios são animais inteiramente sem membros, sem cinturas peitoral e pélvica, serpentes * O Colosso de Rodes foi uma estátua de Hélios, deus grego do sol, construída entre 292 a.C. e 280 a.C. pelo escultor Carés de Lindos. A estátua tinha trinta metros de altura, 70 toneladas e era feita de bronze. Tornou-se uma das sete maravilhas do mundo antigo. Já que o colosso tinha um pé apoiado em cada margem do canal que dava acesso ao porto, todas as embarcações que chegasse à ilha grega de Rodes, no Egeu por volta de 280 a.C. passaria obrigatoriamente sob as pernas da estátua de Hélios, protetor do lugar. Com 30 metros de altura, toda de bronze e oca, a estátua começou a ser esculpida em 292 a.C. pelo escultor Carés, que a concluiu doze anos depois. Na mão direita da estátua havia um farol que orientava as embarcações à noite. Era uma estátua tão imponente que um homem de estatura normal não conseguiria abraçar seu polegar. O povo de Rodes mandou construir o monumento para comemorar a retirada das tropas do rei macedónio Demétrio, que promovera um longo cerco à ilha na tentativa de conquistá-la. Demétrio era filho do general Antígono, que herdou de Alexandre, uma parte do império grego. O material utilizado na escultura foi obtido da fundição dos armamentos que os macedônios ali abandonaram. A estátua ficou em pé por apenas 55 anos, quando um terremoto atirou-a para o fundo da baía de Rodes, onde ficou esquecida até à chegada dos árabes, no século VII, pois os habitantes de Rodes não o reconstruíram (isso deveu-se ao fato de que eles visitaram um oráculo próximo dali, e esse recomendou-lhes não reconstruírem o colosso). Os árabes, então, venderam-na como sucata. Para ter-se uma ideia do volume do material, foram necessários novecentos camelos para o transportar. Aquela estátua, considerada uma obra maravilhosa, levou Carés a suicidar-se logo após tê-la terminado, desgostoso com o pouco reconhecimento público. ** Cleópatra foi a última Rainha da Dinastia ptolomaica que dominou o Egito após a Grécia ter invadido aquele país. Filha de Ptolomeu XII com sua irmã, ela subiu ao trono egípcio aos 17 anos de idade, após a morte do pai. Contudo, ela teve que dividir o trono com seu irmão, Ptolomeu XIII (com quem casou), e depois, com Ptolomeu XIV. Tinha uma grande preocupação com o luxo da corte e com a vaidade. Costumava enfeitar-se com jóias de ouro e pedras preciosas ( diamantes, esmeraldas, safiras e rubis ), que encomendava de artesãos ou ganhava de pessoas próximas e familiares. A luta pelo poder entre ela e seus irmão gerou uma forte instabilidade política e econômica para o Egito. Diante disso, ela acabou exilada e decidiu pedir o auxílio de Roma ( atual Itália ). Sedutora e extremamente inteligente, ela sabia utilizar-se muito bem do poder que detinha. Num plano audacioso e arriscado, ela enviou a si própria, embrulhada dentro de um tapete, como presente a Júlio César. Após desenrolar-se do tapete, seu argumento foi tão ousado quanto seu plano, ao dizer que havia ficado encantada com as histórias amorosas de César e assim queria conhece-lo. Tornaram-se amantes e ele a ajudou assassinar seu irmão em 51 A.C. Após isto, ela tornou-se a rainha e foi para Roma, onde deu a luz a Cesarion. A rainha retornou à terra natal após o assassinato de César, em 44 a.C. Ainda mais ambiciosa, ela tomou conhecimento da posição importante que Marco Antônio se encontrava na Anatólia, que ocupava o cargo de governador da porção oriental do Império Romano. Estimulada pela ambição que lhe era comum, a rainha seduziu este outro romano iniciando com ele um relacionamento amoroso em 37 A.C. Durante o período que estiveram em Alexandria, ela deu dois filhos a Marco Antonio que, em troca, devolveu-lhe os territórios de Cirene e outros, que até aquele momento, estavam sob o domínio do Império Romano. A atitude de Marco Antônio, que se deixava dominar cada vez mais pelo pode de sedução da rainha, devolvendo-lhe as terras que haviam sido conquistadas pelo Império Romano, incomodou de tal forma o Senado romano, que, este, declarou guerra a ambos. Após serem derrotados por Otávio na batalha naval de Ácio, ambos cometeram suicídio, tendo Cleópatra se deixado picar por uma serpente, em Alexandria, no ano 30 a.C. Após isto, o Egito voltou às mãos de Roma. *** Tibério Cláudio Nero César (em latim Tiberius Claudius Nero Cæsar; 16 de Novembro de 42 a.C. – 16 de Março de 37 d.C.), foi imperador romano 18 de setembro de 14 até a sua morte, a 16 de março de 37. Era filho de Tibério Cláudio Nero e Lívia Drusilla. Foi o segundo imperador de Roma pertencente à dinastia Júlio-Claudiana, sucedendo ao padrasto César Augusto.

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Anotações

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