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CAPÍTULO 24 - O impressionante apelo
– Agosto/1939 - Notícias da 2ª Guerra Mundial, então prestes a eclodir...
Ouve-se em “Nosso Lar” apelos de uma emissora espiritual, solicitando
voluntários à assistência a coletividades terrenas indefesas, que
sofrerão os horrores de uma grande guerra...
3
As comunicações entre as coletividades espirituais são
amplamente abordadas em toda a obra de André Luiz,
destacando-se uma rádio espiritual que solicitava auxílio
para as vítimas de flagelações de guerra na Europa,
transmitindo apelos em favor da paz e concórdia entre as
nações que se preparavam para o conflito.
Em outros momentos, espíritos mais elevados fazem uso do
pensamento para transmissão de informações, solicitações e
apelos, enquanto outros, menos libertos das amarras de vida
física, ainda têm de fazer uso de dispositivos de comunicação
desenvolvidos para esse fim. Isso está de pleno acordo com o
que a espiritualidade nos informa sobre o progresso dos
fenômenos telepáticos no atual momento evolutivo dos
espíritos que habitam as diferentes esferas do orbe terreno.
4
A guerra européia – Nos primeiros dias de
setembro de 1939, "Nosso Lar" sofreu o mesmo
choque que abalou outras colônias espirituais
ligadas à civilização americana. Era a guerra
européia. Muitas entidades não conseguiam
disfarçar o imenso terror de que estavam
possuídas. O Governador determinou cuidado na
esfera do pensamento. As nações agressoras não
são consideradas inimigas pelos Espíritos
superiores, mas como nações desordeiras cuja
atividade criminosa é preciso reprimir.
Evidentemente, todas elas pagarão por isso um
preço terrível. Tais países convertem-se em
núcleos poderosos de centralização das forças do
mal. Seus povos embriagam-se ao contato dos
elementos de perversão, que invocam das
camadas sombrias, e legiões infernais precipitam-
se sobre as grandes oficinas de trabalho,
transformando-as em campos de perversidade e
horror.
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Guerra iminente – Músicas suaves eram transmitidas pela TV entre um e
outro apelo em favor da paz. Mas a guerra, que acabou acontecendo e
durou vários anos, era iminente. As nações haviam-se nutrido de orgulho,
vaidade e egoísmo feroz. Agora experimentavam a necessidade de expelir
os venenos letais, explicou Lísias a André Luiz.
Apelo feito em
português.
Só os que se afinam
podem permutar
pensamentos.
Apelo de “Moradia”, colônia de serviços muito ligados às
zonas inferiores
Agosto de 1939- Prenúncio da Segunda Guerra Mundial
6
Guerra iminente
A humanidade carnal, como personalidade coletiva, está nas condições
do homem insaciável que devorou excesso de substâncias no banquete
comum. A crise orgânica é inevitável. Nutriram-se várias nações de
orgulho criminoso, vaidade e egoísmo feroz. Experimentam, agora, a
necessidade de expelir os venenos letais. (Lísias, cap. 24).
A Segunda Guerra Mundial foi um conflito militar global que durou de
1939 a 1945, envolvendo a maioria das nações do mundo – incluindo
todas as grandes potências – organizadas em duas alianças militares
opostas: os Aliados e o Eixo. Foi a guerra mais abrangente da história,
com mais de 100 milhões de militares mobilizados. Em estado de
"guerra total", os principais envolvidos dedicaram toda sua capacidade
econômica, industrial e científica a serviço dos esforços de guerra,
deixando de lado a distinção entre recursos civis e militares. Marcado
por um número significante de ataques contra civis, incluindo o
Holocausto e a única vez em que armas nucleares foram utilizadas
em combate, foi o conflito mais letal da história da humanidade, com
mais de setenta milhões de mortos.
7
Muitos dos que não se envolveram inicialmente acabaram aderindo
ao conflito em resposta a eventos como a invasão da União
Soviética pelos alemães e os ataques japoneses contra as forças
dos Estados Unidos no Pacífico em Pearl Harbor e em colônias
ultramarítimas britânicas, que resultou em declarações de guerra
contra o Japão pelos EUA, Países Baixos e Britânico.
Geralmente considera-se o ponto
inicial da guerra como sendo a
invasão da Polônia pela Alemanha
Nazista em 1 de setembro de 1939 e
subsequentes declarações de guerra
contra a Alemanha pela França e pela
maioria dos países do Império
Britânico. Alguns países já estavam
em guerra nesta época, como Etiópia
e Itália na Segunda Guerra Ítalo-
Etíope e China e Japão na Segunda
Guerra Sino-Japonesa.
8
A guerra terminou
com a vitória dos
Aliados em 1945,
alterando
significativamente o
alinhamento político
e a estrutura social
mundial.
Enquanto a
Organização das
Nações Unidas era
estabelecida para
estimular a coo-
peração global
e evitar futuros conflitos, a União Soviética e os Estados Unidos emergiam
como superpotências rivais, preparando o terreno para uma Guerra Fria
que se estenderia pelos próximos quarenta e seis anos. Nesse ínterim, a
aceitação do princípio de autodeterminação acelerou movimentos de
descolonização na Ásia e na África, enquanto a Europa ocidental dava
início a um movimento de recuperação econômica e integração política.
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Principais líderes
Líderes Aliados
Winston Churchill
Joseph Stalin
Franklin Delano Roosevelt
Outros
Líderes do Eixo
Adolf Hitler
Hirohito
Benito Mussolini
outros
ALIADOS - Vítimas
Soldados:
mais de 16 milhões
Cidadãos:
mais de 45 milhões
Total:
mais de 61 milhões
EIXO - Vítimas
Soldados:
mais de 8 milhões
Cidadãos:
mais de 4 milhões
Total:
mais de 12 milhões
2° grande
guerra mundial
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Livro dos Espíritos> Q.742. Que é que impele o homem à guerra?
“Predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual e transbordamento
das paixões. No estado de barbaria, os povos um só direito conhecem - o do mais
forte. Por isso é que, para tais povos, o de guerra é um estado normal. À medida
que o homem progride, menos freqüente se torna a guerra, porque ele lhe evita as
causas, fazendo-a com humanidade, quando a sente necessária.”
743. Da face da Terra, algum dia, a guerra desaparecerá?
“Sim, quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus.
Nessa época, todos os povos serão irmãos.”
744. Que objetivou a Providência, tornando necessária a guerra?
“A liberdade e o progresso.”
a) - Desde que a guerra deve ter por efeito produzir o advento da liberdade,
como pode freqüentemente ter por objetivo e resultado a escravização?
“Escravização temporária, para esmagar os povos, a fim de fazê-los progredir mais
depressa.”
745. Que se deve pensar daquele que suscita a guerra para proveito seu?
“Grande culpado é esse e muitas existências lhe serão necessárias para expiar
todos os assassínios de que haja sido causa, porquanto responderá por todos os
homens cuja morte tenha causado para satisfazer à sua ambição.”
Capítulo 24- O impressionante apelo
– Emissora do Posto Dois, de "Moradia“: Continuamos a irradiar o
apelo da colônia, em benefício da paz na Terra. Concitamos os
colaboradores de bom ânimo a congregar energias no serviço de
preservação do equilíbrio moral nas esferas do globo.
Ajudai-nos, quantos puderem ceder algumas horas de cooperação
nas zonas de trabalho que ligam as forças obscuras do Umbral à
mente humana. Negras falanges da ignorância, depois de
espalharem os fachos incendiários da guerra na Ásia, cercam as
nações européias, impulsionando-as a novos crimes.
Nosso núcleo, junto aos demais que se consagram ao trabalho de
higiene espiritual, nos círculos mais próximos da crosta, denuncia
esses movimentos dos poderes concentrados do mal, pedindo
concurso fraterno e auxílio possível. Lembrai-vos de que a paz
necessita de trabalhadores de defesa! Colaborai conosco na medida
de vossas forças!... Há serviço para todos, desde os campos da
crosta às nossas portas!...
Capítulo 24- O impressionante apelo
“A humanidade encarnada é
igualmente nossa família. Unamo-
nos numa só vibração. Contra o
assédio das trevas, acendamos a
luz; contra a guerra do mal,
movimentemo-nos na assistência do
bem.
Rios de sangue e lágrimas
ameaçam os campos das
comunidades européias.
Proclamemos a necessidade do
trabalho construtivo, dilatemos
nossa fé…Que o Senhor nos
abençõe.”
Obsessão
coletiva de
nações
13
O livro “Guerra no Além”, de Abel Glaser,
pelo espírito de Caibar Schutel, descreve a
ação de agremiações espirituais das
trevas sobre os encarnados, criando
condições para que as grandes guerras
mundiais tivessem início e interferindo com
os destinos dos povos, ao mesmo tempo
em que atacam os seus adversários no
plano espiritual contíguo à crosta e mesmo
os postos de socorro das colônias
espirituais, como os postos da colônia-
cidade Alvorada Nova, a mesma citada por
André Luiz em “Nosso Lar”.
Muitos dos desencarnados nas grandes
guerras continuam lutando suas batalhas
do outro lado da vida, em função das
perseguições que seus oponentes passam
a fazer.
14
Vejamos um trecho sobre o assunto (“Libertação”, página
41): (...) Há milhões de almas humanas que se não afastaram,
ainda, da Crosta Terrestre (....). Morrem no corpo denso e
renascem nele, qual acontece às árvores que brotam sempre,
profundamente arraigadas no solo.
Recapitulam, individual e coletivamente, lições
multimilenárias, sem atinarem com os dons celestiais de que
são herdeiras, afastadas deliberadamente do santuário de si
mesmas, no terreno movediço da egolatria inconsequente,
agitando-se, de quando em quando, em guerras arrasadoras
que atingem os dois planos, no impulso mal dirigido de
libertação, através de crises inomináveis de fúria e sofrimento.
Destroem, então, o que construíram laboriosamente e
modificam processos de vida exterior, transferindo-se de
civilização.
15
... desligou Lísias o aparelho e vi-o enxugar discretamente uma lágrima,
que seus olhos não conseguiam conter. Num gesto expressivo, falou,
comovido:
– Grandes abnegados, os irmãos de "Moradia"! Tudo inútil, porém -
acentuou, triste, depois de ligeira pausa -, a humanidade terrestre pagará,
em dias próximos, terríveis tributos de sofrimento.
– Não há, todavia, recurso para conjurar a tremenda catástrofe?
– Infelizmente - acrescentou Lísias em tom grave e doloroso – a situação
geral é muito crítica. Para atender às solicitações de "Moradia" e de outros
núcleos que funcionam nas vizinhanças do Umbral, reunimos aqui
numerosas assembléias, mas o Ministério da União Divina esclareceu que
a humanidade carnal, como personalidade coletiva, está nas condições do
homem insaciável que devorou excesso de substâncias no banquete
comum. A crise orgânica é inevitável. Nutriram-se várias nações de
orgulho criminoso, vaidade e egoísmo feroz. Experimentam, agora, a
necessidade de expelir os venenos letais.
Demonstrando, entretanto, o propósito de não prosseguir no amarguroso
assunto, Lísias convidou-me a recolher.
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COMPLEMENTANDO
PROBLEMAS CULTURAIS
E DE IDIOMAS
Quando André Luiz recebe notícias da crosta durante os anos
de guerra, em função de problemas culturais e de idiomas, as
colônias europeias chegaram a mandar intérpretes para
Nosso Lar e outras colônias americanas.
Portanto vemos que nos planos próximos à crosta, levamos o
conhecimento adquirido nas nossas vidas passadas. Por
lá, falaremos a línguas que hoje utilizamos aqui, no plano
físico; usaremos vestimentas que foram produzidas em
unidades fabris, que empregam muitos milhares de operários
e serviçais.
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CAPÍTULO 25 - Generoso alvitre
No dia imediato, muito cedo, fiz leve refeição em companhia de Lísias e
familiares. Antes que os filhos se despedissem, rumo ao trabalho do
Auxílio, a senhora Laura encorajou-me o espírito hesitante, dizendo, bem-
humorada: Estou informada de que pediu trabalho há algum tempo...
Sei, igualmente, que não o obteve de pronto, recebendo, mais tarde, a
necessária autorização para visitar os Ministérios que nos ligam mais
fortemente à Terra. É justamente neste sentido que lhe ofereço minhas
sugestões humildes. Falo com o direito de experiência maior.
18
Detendo, agora, essa autorização
começando pela Regeneração...
abandone, quanto lhe seja possível, os
propósitos de mera curiosidade.
Não deseje personificar a mariposa, de
lâmpada em lâmpada. Sei que seu espírito
de pesquisa intelectual é muito forte.
Médico estudioso, apaixonado de
novidades e enigmas, ser-lhe-á muito fácil
deslizar na posição nova.
A curiosidade, mesmo sadia, pode ser zona mental muito
interessante, mas perigosa, por vezes. Dentro dela, o espírito
desassombrado e leal consegue movimentar-se em atividades
nobilitantes; mas os indecisos e inexperientes podem conhecer
dores amargas, sem proveito para ninguém; não se limite a
observar e albergar curiosidade, medite no trabalho e atire-se a ele
na primeira ocasião que se ofereça.
19
A curiosidade, mesmo sadia, pode ser zona mental muito interessante, mas
perigosa, por vezes.
Ao invés de albergar a curiosidade, medite no trabalho e atire-se a ele na
primeira ocasião que se ofereça. Aprenda a construir o seu círculo de
simpatias e não esqueça que o espírito de investigação deve manifestar-se
após o espírito de serviço.
Muitos fracassos, nas edificações do mundo, originam-se de semelhante
anomalia. Todos querem observar, raros se dispõem a realizar. Somente o
trabalho digno confere ao espírito o merecimento indispensável a quaisquer
direitos novos.
Não se considere humilhado por atender às tarefas humildes. Na Terra, o
maior trabalhador é o próprio Cristo e Ele não desdenhou o serrote pesado de
uma carpintaria.
A ciência de recomeçar é das mais nobres que nosso espírito pode aprender.
São muito raros os que a compreendem na crosta. Lembremos, contudo, o
exemplo de Paulo de Tarso, que voltou, um dia, ao deserto para recomeçar a
experiência humana, como tecelão rústico e pobre.
Trabalhe para o bem dos outros, para que possa encontrar seu próprio bem.
ORIENTAÇÕES DE DONA LAURA PARA ANDRÉ LUIZ
20
Por que a curiosidade, mesmo sadia, pode ser perigosa?
R. – Podemos caminhar para vários assuntos sem nos prendermos a
nenhum deles. Laura orienta-nos que o espírito de serviço deve
sobrepujar o espírito de investigação. Diz: "Todos querem observar,
raros se dispõem a realizar". Trabalhe para o bem dos outros, para
que possa encontrar seu próprio bem.
Temas para estudo: Curiosidade;
Amizade; Simpatia; Antipatia, Humildade;
Influencia do Bem; Missão dos Espíritos
Simpatias e Antipatias
Em “A Gênese”, capítulo XIV, itens 16-
18, Allan Kardec apresenta-nos
explicações muito claras sobre o
mecanismo das afinidades e antipatias.
“O Espírito, em se encarnando,
conserva o seu perispírito com as
qualidades que lhe são próprias,
e que, como se sabe, não está
circunscrito pelo corpo, mas
irradia todo ao redor e o envolve
como de uma atmosfera
fluídica...”
“...pela sua expansão, coloca o espírito encarnado
em relação mais direta com os Espíritos livres, e
também com os Espíritos encarnados”.
“... Desde o instante que estes
fluidos são o veículo do
pensamento, que o pensamento
pode modificar-lhes as
propriedades, é evidente que eles
devem estar impregnados de
qualidades boas ou más dos
pensamentos que os colocam em
vibração, modificados pela pureza
ou pela impureza dos
sentimentos.”
Assim, todos possuímos uma
atmosfera espiritual que
carregamos em nós e que é a
nossa identidade vibratória,
possibilitando-nos relações
simpáticas ou antipáticas com
os outros, fundamentadas na
lei de afinidade.
GERALMENTE
VEM
PRIMEIRO
INFLUÊNCIA
BONS
SÓ PARA O BEM
COMPETE-VOS DISCERNIR
IMPRESSÃO DE
QUE ALGUÉM
NOS FALA
NOSSOS SUGERIDOS
PRATICANDO O BEM
PONDO EM DEUS TODA
A CONFIANÇA
É UM PODEROSO AUXÍLIO
MAS... NÃO BASTAM PALAVRAS
DEUS ASSISTE OS QUE OBRAM,
NÃO OS QUE SE LIMITAM A PEDIR
FORÇA DA ORAÇÃO
São tão variadas que impossível fora
descrevê-las. Muitas há mesmo que não
podeis compreender. (LE – 569)
RECEBEM AS ORDENS DE DEUS
E AS TRANSMITE AO UNIVERSO
ELEVADOS
OCUPAÇÕES
APROPRIADAS
INFERIORES
OCUPAÇÃO
CONTÍNUA
TODOS TÊM DEVERES
A CUMPRIR
LE-P. 675 – Só devemos entender por trabalho as ocupações
materiais? R. Não, o Espírito também trabalha.
28
Dentre os trabalhos o mais dificil é o trabalho interior
(o nosso bem).
Por que?
DAS OCUPAÇÕES DOS ESPÍRITOS (LE-569 - Compl. Kardec)
As missões dos Espíritos têm sempre por objeto o bem. Quer como Espíritos,
quer como homens, são incumbidos de auxiliar o progresso da Humanidade,
dos povos ou dos indivíduos, dentro de um círculo de idéias mais ou menos
amplas, mais ou menos especiais e de velar pela execução de determinadas
coisas.
Alguns desempenham missões mais restritas e, de certo modo, pessoais ou
inteiramente locais, como sejam assistir os enfermos, os agonizantes, os
aflitos, velar por aqueles de quem se constituíram guias e protetores, dirigi-
los, dando-lhes conselhos ou inspirando-lhes bons pensamentos.
Pode dizer-se que há tantos gêneros de missões quantas as espécies de
interesses a resguardar, assim no mundo físico, como no moral. O Espírito se
adianta conforme à maneira por que desempenha a sua tarefa.
29
Eu sou eu; Você e você;
Eu faço as minhas coisas;
Você faz as suas;
Não vim ao mundo para corresponder as
suas expectativas;
E você não veio para corresponder as
minhas;
Se por acaso nos encontrarmos:
É lindo; Se não... NADA HÁ A FAZER"
Autor, Friederich Salomon Perls (também
conhecido por Fritz Perls, psicoterapeuta e
psiquiatra, desenvolveu uma abordagem de
psicoterapia que chamou de Gestalt-terapia
30
Trabalhe para o bem dos outros, para que possa encontrar seu próprio bem.
Não operamos num vácuo. As pessoas representam papéis
importantes na nossa vida e não podemos ser bem sucedidos a não
ser que possamos lidar com os relacionamentos de uma maneira que
o leve na direção de nossas metas
É nos momentos em que nos desentendemos com os outros que
mais temos que nos entender conosco mesmo.
Toda negatividade se origina de um certo descontentamento. Mas,
muitas vezes procuramos a raiz desse descontentamento no lugar
errado.
Saber se auto-observar e suportar o silêncio, gerado após de uma
descarga de insatisfações de ambas as partes, requer a habilidade
de se auto-acolher... buscar apoio em nós mesmos nos dá a
chance de reconhecer nossas próprias falhas.
31
se estivermos acostumados a depender do estado emocional alheio
para nos sentirmos bem, instintivamente começaremos a tentar
transformá-lo para que ele possa nos atender em nossa
necessidade de ser visto e acolhido.
todo esse processo de buscar se acalmar nas condições emocionais alheias ocorre, na maioria das vezes, sem que ambos estejam
conscientes de suas carências e intenções
Agredir o outro é uma forma de autoagressão. Pois a agressão nos impede de elaborar a nossa raiva interiormente.
O quanto o outro quer lhe agredir é uma questão dele, mas o quanto nos deixamos ser agredidos é uma questão
nossa.
Numa discussão, aquele que quer mais agredir é o mais fraco
interiormente
32
Não escute as palavras, elas são apenas a mente. Escute além das palavras.
Assim, você vai encontrar o coração e, de coração para coração, algo acontece.
NÃO HÁ FORÇAS MIRACULOSAS PARA OS
ESPÍRITOS, ENCARNADOS OU DESENCARNADOS.
SOMOS TODOS OBRIGADOS, EM QUALQUER
PLANO DA VIDA A TRABALHAR PELO NOSSO
PROGRESSO ESPIRITUAL.
EMMANUEL
34
CAPÍTULO 26 - Novas perspectivas
A. Luiz vai às “Câmaras de Retificação”, localizadas em
pavimentos de pouca luz, onde estão hospitalizados Espíritos
necessitados. Rafael, funcionário da Regeneração, conduz André,
de aeróbus, ao Ministério, onde é apresentado ao Ministro
Genésio. Recebe orientações do mesmo e logo depois acompanha
Tobias, servidor das câmaras de retificação para as observações
dos trabalhos ali desenvolvidos.
Câmaras de Retificação
Tobias
André seguia Rafael, rumo ao Ministério da regneração em
silêncio ao encontro com o Ministro Genésio.
Fixando em mim os olhos muito lúcidos, Genésio começou a
dizer: – Clarêncio falou-me a seu respeito, com interesse;...
recebemos pessoal em visita de observações que, na sua maior
parte, redundam em estágios de serviço.
– Este o meu maior desejo. Tenho mesmo suplicado às Forças
Divinas que me ajudem o espírito frágil, permitindo seja
convertida a minha permanência, neste Ministério, em estação
de aprendizado.
O Ministro estranha a nova atitude de André que pede seja
transformada a concessão de visitar em oportunidade de servir.
… É mesmo voce, o ex-médico?
“O Ministro Genésio abraçou-me, comovido, com palavras de
animação.
Quantas vezes nos
colocamos na posição de
simples observadores com
a desculpa de que “isso
não faz parte do meu
trabalho”?
36
No Ministério da Regeneração – Rafael, conduziu André, de aeróbus,
ao Ministério. Numerosos edifícios formavam o imponente órgão. Ali
estavam as grandes fábricas da colônia, dedicadas à preparação de
sucos, de tecidos e de artefatos em geral, onde mais de cem mil
criaturas trabalhavam. Em seguida, a pedido do Ministro Genésio,
Tobias levou André às Câmaras de Retificação.
André, ponderando as sugestões de D. Laura, caminha para novas
lições, numa postura de íntima reflexão e prece: Dava-me todo à
oração, pedindo a Jesus me auxiliasse nos caminhos novos, a fim
de que me não faltasse trabalho e forças para realizá-lo.
Antigamente avesso às manifestações da prece, agora a utilizava
como valioso ponto de referência sentimental aos propósitos de
serviço.
Capítulo 26- Novas perspectivas
Segui Tobias resolutamente. Atravessamos largos quarteirões,
onde numerosos edifícios me pareceram colmeias de serviço
intenso. Percebendo-me a silenciosa indagação, o novo amigo
esclareceu:
Temos aqui as grandes fábricas de "Nosso Lar". A preparação de
sucos, de tecidos e artefatos em geral, dá trabalho a mais de cem
mil criaturas, que se regeneram e se iluminam ao mesmo tempo”
38
O local: – Desçamos - disse Tobias em tom grave. Depois de extensos
corredores, deparou-se-nos vastíssima escadaria, comunicando com os
pavimentos inferiores. E notando minha estranheza, explicou, solícito:
– As Câmaras de Retificação estão localizadas nas vizinhanças do
Umbral. Os necessitados que aí se reúnem não toleram as luzes, nem
a atmosfera de cima, nos primeiros tempos de moradia em "Nosso Lar".
39
Nas Câmaras de Retificação localizadas nas vizinhanças do Umbral,
os necessitados não toleram as luzes, nem a atmosfera de cima; ainda
presas às sensações e interesses inferiores e exalando desagradáveis
emanações “verdadeiros despojos humanos”
Quando lemos as descrições da obra de A. L., não podemos esquecer de que
Nosso Lar e outras colônias se encontram na faixa vibratória mais próxima à
Terra, ligadas às colônias umbralinas e não refletem as vidas dos
desencarnados que habitam os planos intermediários e superiores, onde tudo
o que conhecemos é tranformado para uma realidade física muito diferente .
O que podemos fazer para preencher as lacunas é discutir o que existe nas
proximidades vibratórias da crosta terrena e nos preparar para encontrar o que
possivelmente se esconde no “mais além”. Os planos espirituais existem em
dimensões físicas que são paralelas à nossa mas que se interagem, não temos
maiores conhecimentos do que vem a ser a matéria que constitui esses planos,
ou como a matéria e energia se apresentam em dimensões espaço-temporais
diferentes da nossa. Nesse particular, sabemos apenas que as estruturas
materiais são mais plásticas aos efeitos da mente e podem ser mais facilmente
moldadas pela vontade e poder mental.
40
Lá vivem as almas que não são suficientemente perversas para
serem enviadas a colônias de reparação mais dolorosa, nem
bastante nobres para serem conduzidas a planos mais
elevados. É descrito que o Umbral começa na crosta terrestre,
como zona obscura para os recém-desencarnados.
É região em torno do planeta e de profundo interesse para os
encarnados. É local de grandes perturbações, pelas “legiões
compactas de almas irresolutas e ignorantes”. Lá existem
núcleos de malfeitores, verdugos e vítimas. Acha-se repleto de
formas-pensamento de encarnados, sintonizados com os
desencarnados que lá estão.
O Umbral concentra tudo o que não
tem finalidade para a vida superior e
que a Providência permitiu se criasse
como um departamento em torno do
planeta.
41
O Umbral funciona como região de esgotamento de resíduos
mentais; espécie de zona purgatorial, onde se queima o material
deteriorado das ilusões adquiridas numa existência terrena. Nunca
faltou no Umbral a proteção divina. Cada espírito lá permanece o
tempo que se faça necessário. (Lísias, cap. 12)
...está repleto de desencarnados e de formas-pensamento dos
encarnados, porque todo espírito é um núcleo irradiante de forças
que criam, transformam ou destroem. É pelo pensamento que os
homens encontram no Umbral os companheiros que afinam com
as tendências de cada um, pois toda alma é um ímã poderoso.
(Lísias, cap. 12)
42
O VALOR DO TEMPO - Nos círculos carnais, costumamos felicitar um
homem quando ele atinge prosperidade financeira ou excelente
figuração externa; mas, aqui a situação é diferente. Estima-se a
compreensão, o esforço próprio, a humildade sincera (Genésio).
... todos aqueles que acreditam que as mercadorias
propriamente terrestres têm o mesmo valor nos planos do
Espírito, supõem que o prazer criminoso, o poder do dinheiro, a
revolta contra a lei e a imposição dos caprichos atravessarão as
fronteiras do túmulo e vigorarão aqui também. São negociantes
imprevidentes. Esqueceram-se de cambiar as posses materiais
em créditos espirituais, não se animaram a adquirir os valores da
espiritualidade. Temos então os milionários das sensações
físicas transformados em mendigos da alma. (Tobias)
O VALOR DO TEMPO
VIDA NA COLONIA
43
O VALOR DO TEMPO - Os crentes negativos são os
intransigentes do egoísmo; ao invés de crerem na vida, no
movimento, no trabalho, admitem somente o nada, a imobilidade
e a vitória do crime. Converteram a experiência humana em
constante preparação para um grande sono e, como não tinham
qualquer idéia do bem, a serviço da coletividade, não há outro
recurso senão dormirem longos anos, em pesadelos sinistros.
(Tobias)
VIDA NA COLONIA - Nas belas descrições de “Nosso Lar” vemos a
presença de pôr-do-sol, nuvens, neblina, riachos, rios, lagos, pomares,
bosques e animais, mostrando que existe todo um ciclo natural, com
alternância de estações e de elementos da natureza; produção de
alimentos e roupas. Existem descrições de um aparato burocrático de
identificação das pessoas. Tudo isso reforça o conceito de que a vida
após a vida é uma continuação daquela que hoje envergamos aqui.
O VALOR DO TEMPO
VIDA NA COLONIA
44
Definitivamente deixando de lado a visão romântica dos Céus ou do Inferno
dos cristãos literalistas, no tocante à compreensão da vida após a morte,
André Luiz nos mostra outras realidades.
1- As colônias espirituais refletem a condição evolutiva de seus habitantes,
existindo colônias associadas ao progresso, em diferentes níveis, da mesma
forma que existem as comunidades organizadas nas trevas.
2- As colônias associadas ao progresso possuem uma organização
administrativa e todos os departamentos que temos em nossas grandes
cidades podem ser ali observados, embora o caráter de sua administração
seja diferente. Vemos nas obras de André Luiz, a escolas, fundações,
universidades, policiamento, poder judiciário, hospitais, áreas de reclusão
(com celas), governadoria e ministérios, sistema de transportes para a crosta
e entre as colônias, sistema de distribuição de mantimentos e materiais de
uso pessoal, departamentos e instituições ligadas à reencarnação, entre
muitas outras facetas.
3- A vida familiar prossegue e os relacionamentos amorosos se mantêm pela
vontade daqueles que se amam. Podemos ver, nesse último item, que a
expressão “até que a morte os separe” pode não ser verdadeira.
45
“Quando o servidor está pronto, o serviço
aparece”. Quando o discípulo está
preparado, o Pai envia o instrutor. O mesmo
se dá, relativamente ao trabalho. (Ministro Genésio)
Nas obras de André Luiz existem inúmeras menções a hospitais com
especializações nos mais variados ramos da medicina e saúde como um todo,
bem como postos de socorro fixos e volantes por todas as regiões umbralinas.
Mesmo nas áreas mais profundas das trevas, abnegados servidores
trabalham, localizando aqueles irmãos que possuem condições de resgate e
de viver em instituições de auxílio, localizadas nas áreas mais densas do
umbral. O tratamento de muitas enfermidades é descrito em detalhes, bem
como os preparativos realizados nessas instituições durante o reencarne de
espíritos tutelados.
São os Servidores: ...adotam postura ativa e consciente dos deveres que se
descortinam diante dos seus olhos...
... não é o que lemos ou os nossos adornos que elevam o nosso padrão
vibratório, mas sim aquilo que absorvemos e passamos a crer e praticar ao
longo de nossos dias, sempre que estivermos prontos!
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Quando o discípulo está preparado, o Pai envia o instrutor. O mesmo
se dá, relativamente ao trabalho. Quando o servidor está pronto, o
serviço aparece. (Genésio, cap. 26)
André: Quando recorrera a Clarêncio, não estava ainda bastante
consciente do que pedia. Queria serviço, mas talvez não desejasse servir.
No fundo, era o desejo de continuar a ser o que tinha sido até então - o
médico orgulhoso e respeitado, cego nas pretensões descabidas em que
vivia, encarcerado nas opiniões próprias.
Sutil alusão – Clarêncio falou-me a seu respeito, com interesse. Quase
sempre recebemos pessoal do Ministério do Auxílio, em visita de
observações que, na sua maior parte, redundam em estágios de serviço.
Nos círculos carnais, costumamos felicitar um homem quando ele atinge
prosperidade financeira ou excelente figuração externa; mas, aqui a
situação é diferente. Estima-se a compreensão, o esforço próprio, a
humildade sincera. (Genésio)
CAPÍTULO 27
O trabalho, enfim
47
CAPÍTULO 27 - O trabalho, enfim
– Nas “Câmaras de Retificação” A. Luiz impressionado com os
quadros de sofrimento, aceita a tarefa humilde de "observador" das
tarefas rudes das Câmeras de Retificação. Junto com Tobias e
Narcisa, ouve esclarecimentos acerca das entidades ali acolhidas,
ainda presas às sensações inferiores e exalando desagradáveis
emanações. Numa câmara anexa, onde repousam os "semi-mortos"
André inicia o seu trabalho.
48
Andre escreve: Nunca poderia imaginar o quadro que se desenhava
agora aos meus olhos. Não era bem o hospital de sangue, nem o
instituto de tratamento normal da saúde orgânica. Era uma série de
câmaras vastas, ligadas entre si e repletas de verdadeiros despojos
humanos. Singular vozerio pairava no ar. Gemidos, soluços, frases
dolorosas pronunciadas a esmo... Rostos escaveirados, mãos
esqueléticas, facies monstruosas deixavam transparecer terrível
miséria espiritual. Tão angustiosas foram minhas primeiras
impressões que procurei os recursos da prece para não fraquejar.
49
Tobias, imperturbável, chamou velha servidora (Narcisa), que acudiu
atenciosamente:
- Vejo poucos auxiliares - disse admirado -, que aconteceu?
- O Ministro Flácus - esclareceu a velhinha em tom respeitoso -
determinou que a maioria acompanhasse os Samaritanos para os
serviços de hoje, nas regiões do Umbral.
- Há que multiplicar energias - tornou ele sereno -, não temos tempo
a perder.
50
Numa câmara anexa, onde repousam os "semi-mortos" , após o
passe, essas entidades vertem uma substância negra e tóxica pela
boca, colocando-se Narcisa à tarefa de limpeza, em vão.
Esquecendo-se do honroso título de médico, André,
espontaneamente, num ato de humildade, se transforma em
auxiliar da limpeza de vômitos de substância negra e fétida.Tobias
e Narcisa aceitam com alegria o auxílio daquele que esquecia a
medicina para iniciar a educação de si mesmo, na enfermagem
rudimentar.
51
O caso Ribeiro – Nas Câmaras de Retificação, o quadro era
desolador. Gemidos, soluços, frases dolorosas pronunciadas a
esmo... Rostos escaveirados, mãos esqueléticas, facies
monstruosas deixavam transparecer terrível miséria espiritual.
De repente, um ancião, gesticulando e agarrado ao leito, à maneira
de louco, gritou por socorro. Ele queria sair, ele queria ar... Por que
Ribeiro teria piorado tanto? A explicação do Assistente Gonçalves
foi de que a carga de pensamentos sombrios, emitidos pelos
parentes encarnados, era a causa fundamental dessa perturbação.
Fraco e sem força mental para
desprender-se dos laços mais fortes do
mundo, Ribeiro não conseguia resistir.
Passes de prostração já tinham sido
aplicados, pouco antes, para acalmar o
enfermo. Tobias explicou então que era
preciso que a família dele recebesse maior
carga de preocupações, para deixar o
Ribeiro em paz.
52
Seguimos através de numerosas filas de camas bem cuidadas,
sentindo a desagradável exalação ambiente, oriunda, como vim a saber
mais tarde, das emanações mentais dos que ali se congregavam, com
as dolorosas impressões da morte física e, muita vez, sob o império de
baixos pensamentos.
- Reservam-se estas câmaras apenas a entidades de natureza
masculina.
...não contive a interrogação penosa: - Meu amigo, como é triste a
reunião de tantos sofredores e torturados! Por que este quadro
angustioso?
Tobias respondeu sem se perturbar: - Não devemos observar
aqui somente dor e desolação. Lembre, meu irmão, que estes
doentes estão atendidos, que já se retiraram do Umbral, onde
tantas armadilhas aguardam os imprevidentes, descuidosos de si
mesmos. Nestes pavilhões, pelo menos, já se preparam para o
serviço regenerador. Quanto às lágrimas que vertem, recordemos
que devem a si mesmos esses padecimentos. A vida do homem
estará centralizada onde centralize ele o próprio coração.
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Espíritos em sono – Trinta e dois homens de semblante patibular
permaneciam inertes em leitos muito baixos, evidenciando apenas leves
movimentos de respiração. Eram chamados crentes negativos:
indivíduos que converteram a vida em preparação constante para um
grande sono, em egoísmo feroz, sem nada de útil fazerem. Tobias lhes
aplicou passes de fortalecimento. Dois espíritos começaram, então, a
expelir negra substância pela boca, espécie de vômito escuro e viscoso,
com terríveis emanações cadavéricas. na enfermagem rudimentar.
"São fluidos venenosos que
segregam", explicou Tobias. André
Luiz instintivamente agarrou os
apetrechos de higiene e lançou-se
ao trabalho com ardor. Foi seu
primeiro serviço e ninguém poderia
avaliar sua alegria de um ex-
médico da Terra que recomeçava
a educação de si mesmo, no plano
espiritual,
54
•PODE UM ESPÍRITO SER PERTURBADO PELOS FAMILIARES
ENCARNADOS?
•R.: Sim. A carga de pensamentos sombrios, emitidos pelos parentes
encarnados, é a causa fundamental da perturbação de muitos Espíritos
situados na erraticidade. (Nosso Lar, cap. 27)
•A Este respeito temos no Livro O VOO DA GAIUVOTA – (Patrícia - Vera L M
Carvalho) o seguinte dialogo:
•“... Patrícia - perguntou Marília -, um encarnado pode obsedar um
desencarnado?
•- Pode. Se o encarnado ficar pensando no desencarnado, chamando-o, com
choro e desespero, não se conformando com sua desencarnação, pode
atrapalhá-lo. Mesmo se estiver abrigado em Colônias, sentirá esses
chamamentos, que o incomodarão. Se estiver vagando, quase sempre vem e
fica perto do encarnado, numa troca doentia de fluidos.
•Os encarnados devem ajudar os desencarnados que amam, sendo otimistas
orando por eles, desejando que estejam bem e felizes, e que aceitem a
desencarnação. O amor deve sempre nos levar a querer o melhor para o ser
amado...”
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Allan Kardec- O Céu e o Inferno - O PORVIR E O NADA
Vivemos, pensamos e operamos - eis o que é positivo. E que
morremos, não é menos certo. Mas, deixando a Terra, para onde
vamos? Que seremos após a morte?
Estaremos melhor ou pior? Existiremos ou não?
Ser ou não ser, tal a alternativa. Para sempre ou para nunca mais;
ou tudo ou nada:
Viveremos eternamente, ou tudo se aniquilara
de vez?
CAPÍTULO 28 - Em serviço
Depois da prece coletiva, ao crepúsculo, Tobias
ligou o receptor para ouvir os Samaritanos em
serviço no Umbral
57
AL:.. Sentia-me algo cansado pelos intensos
esforços despendidos, mas o coração
entoava hinos de alegria interior. Recebera a
ventura do trabalho, afinal.
E o espírito de serviço fornece tônicos de
misterioso vigor.
58
AL:.. Encerrada a prece
coletiva, ao crepúsculo,
Tobias ligou o receptor, a fim
de ouvir os Samaritanos em
atividade no Umbral.
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Comunicação com o Umbral:
As turmas de operações dessa
natureza se comunicavam com
as retaguardas de tarefa, em
horários convencionados.
Estabelecido o contato, foi
transmitido que grande multidão
de infelizes foi socorrida naquele
dia: os Samaritanos estavam
trazendo 29 enfermos, 22 em
desequilíbrio mental e 7 em
completa inanição psíquica.
Solicitavam providencias para a
chegada.
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AL:..tão logo silenciou a estranha voz, não
pude conter a pergunta que me desbordava
dos lábios:
- Como assim? Por que esse transporte em
massa? Não são todos espíritos?
Tobias sorriu e explicou:
- O irmão esquece que não chegou ao
Ministério do Auxílio de outro modo.
Conheço o episódio de sua vinda. É preciso
recordar, sempre, que a Natureza não dá
saltos e que, na Terra, ou nos círculos do
Umbral, estamos revestidos de fluidos
pesadíssimos. São aves e têm asas, tanto o
avestruz como a andorinha; entretanto, o
primeiro apenas subirá às alturas se
transportado, enquanto a segunda corta,
célere, as vastas regiões do céu.
61
... Tobias deixando perceber que o momento não comportava
divagações, dirigiu-se a Narcisa, ponderando: - É muito grande a leva
desta noite. Precisamos tomar providências imediatas.
Em seguida, levou a destra à fronte, como a ponderar algo muito sério,
e exclamou: - Resolveremos facilmente a questão da hospitalidade; o
mesmo, porém, não se dará no concernente à assistência. Nossos
auxiliares mais fortes foram requisitados em vista das nuvens de treva
que ora envolvem o mundo dos encarnados. Precisamos de pessoal de
serviço noturno, porqüanto os operários em função com os Samaritanos
chegarão extremamente fatigados.
- Ofereço-me, com prazer, para o que possa aproveitar – exclamei
espontaneamente (AL).
Tobias endereçou-me um olhar de profunda simpatia, mesclada de
gratidão, fazendo-me experimentar cariciosa alegria íntima.
62
E descortinou-se campo enorme de providências. Enquanto cinco
servidores operavam em companhia de Narcisa, preparando roupa
adequada e petrechos de enfermagem, eu e Tobias movíamos
pesado material no Pavilhão 7 e na Câmara 33.
Não poderia explicar o que se passava comigo. Apesar da fadiga dos
braços, experimentava júbilo inexcedível no coração.
Na oficina, onde a maioria procura o
trabalho, entendendo-lhe o sublime
valor, servir constitui alegria
suprema. Não pensava,
francamente, na compensação dos
bônus-hora, nas recompensas
imediatas que me pudessem advir do
esforço; contudo, minha satisfação
era profunda, reconhecendo que
poderia comparecer feliz e honrado,
perante minha mãe e os benfeitores
que havia encontrado no Ministério
do Auxílio.
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O caso Narcisa – André apesar da fadiga, experimentava júbilo muito
grande no coração. Na oficina de trabalho, servir constitui alegria
suprema. Impressionava-o, porém, a bondade espontânea de Narcisa,
que atendia a todos, maternalmente.
Havia mais de seis anos que ela trabalhava nas Câmaras de
Retificação; entretanto, faltavam mais de três anos para realizar seu
desejo, que era encontrar alguns espíritos amados, na Terra, para
serviços de elevação em conjunto. Veneranda prometeu-lhe avalizar
seu pedido, mas exigiu dez anos consecutivos de trabalho ali, para
que ela pudesse corrigir certos desequilíbrios do sentimento.
Ela era agora uma
pessoa feliz, certa
de que viverá com
dignidade espiritual
sua futura
experiência na
Terra
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A sós com o grande número de enfermeiros, passei a interessar-me
pelos doentes, com mais carinho. Dentre as figuras de auxiliares
presentes, impressionou-me a bondade espontânea de Narcisa, que
atendia a todos, maternalmente.
Ia manifestar a ela minha
profunda admiração, mas
um dos enfermos próximos
gritou: - Narcisa! Narcisa!
Não me cabia reter, por
mera curiosidade pessoal,
aquela irmã dedicada,
transformada em mãe
espiritual dos sofredores.
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Sentia-me algo cansado pelos intensos esforços despendidos, mas o coração
entoava hinos de alegria interior. Recebera, afinal, a ventura do trabalho. E o
espírito de serviço fornece tônicos de misterioso vigor. (André Luiz)
•A mente humana pode ser simbolizada um soldado que luta pela conquista de
posições. Conforme o esforço, a perseverança, o adestramento, ou a má vontade, o
desânimo e a inexperiência, ficará ele na retaguarda, entre mutilados e vencidos, ou
surgirá, vitorioso, na vanguarda.
•O soldado luta por vencer e destruir os inimigos externos. A mente luta por vencer
os inimigos internos, representados pelo egoísmo, crueldade, vingança, ciúme,
prepotência, ambição.
•O soldado empunhará a espada e o rifle, a granada e a metralhadora. As armas da
mente são a humildade, o espírito de serviço, a bondade com todos, a nobreza, a
elegância moral, a disciplina.
•Na retaguarda, para o soldado ou para a mente, o cenário é dantesco: amargura,
aflição, humilhação, sofrimento. É a resposta da Lei à preguiça e à negligência.
•Na vanguarda, para o soldado ou para a mente, a paisagem é expressiva: alegria,
felicidade, glória. É a resposta da lei ao trabalho e à boa vontade.
•A retaguarda, para a mente ociosa, significará estacionamento nas zonas inferiores,
após a desencarnação, ou reencarnações dolorosas no futuro. A vanguarda
podemos simbolizá-la no trabalho renovativo, no progresso, na iluminação, no
enriquecimento moral e intelectual.
66
CAPÍTULO 29 - A visão de Francisco
– A terrível angústia do Espírito que vê o próprio corpo e julga-o um
monstro a atormentá-lo (esse Espírito era excessivamente apegado
ao corpo físico e faleceu por desastre, só deixando-o quando,
tomado de horror, vê os vermes desfazendo os despojos).
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Impressionado com a bondade de Narcisa,
ia manifestar a ela minha admiração, mas
um dos enfermos próximos gritou: -
Narcisa! Narcisa!
Neste momento Andre foi informado de
que o chamavam ao aparelho de
comunicações urbanas. Era a senhora
Laura que pedia notícias.
AL.: esquecera-me de avisá-la sobre o serviço noturno e forneci
rápido relatório da nova situação. Através do fio, a genitora de Lísias
parecia exultar, compartilhando meu justo contentamento e disse,
bondosa:
- Muito bem, meu filho! apaixone-se pelo seu trabalho, embriague-se
de serviço útil. Somente assim, atenderemos à nossa edificação
eterna. Lembre, porém, que esta casa também lhe pertence.
Aquelas palavras encheram-me de nobres estímulos.
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Regressando... notei Narcisa a lutar heroicamente por acalmar um
rapaz que revelava singulares distúrbios. Procurei ajudá-la.
O pobrezinho, de olhos esgazeado dos que experimentam profundas
sensações de pavor, gritava, espantadiço:
- Acuda-me, por amor de Deus! Tenho medo, medo!...
- Irmã Narcisa, lá vem "ele"!, o monstro! Sinto os vermes novamente!
"Ele"! "Ele"!... Livre-me "dele" irmã! Não quero, não quero!...
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O caso Francisco – O rapaz desencarnara após um desastre
oriundo de pura imprudência. Muito apegado ao corpo físico,
foi difícil libertar-se do sepulcro. No plano espiritual tinha agora
visões que o assustavam muito. Era o seu próprio cadáver que
ele via.
Passes e água magnetizada faziam-lhe bem e ele se
acalmava; mas sua perturbação era tão grande, que não
reconheceu o próprio pai, generoso e dedicado, que o veio
visitar.
Da última vez que ali esteve, o pai ajoelhou-se diante do
enfermo e tomou-lhe as mãos, ansioso, como se estivesse a
transmitir vigorosos fluidos vitais; depois beijou-lhe a face,
chorando copiosamente. Desde esse dia, Francisco melhorou
bastante e sua demência total reduziu-se a crises cada vez
mais espaçadas
70
Calma, Francisco - pedia Narcisa - você vai libertar-se, ganhar
muita serenidade e alegria, mas depende do seu esforço.
Faça de conta que a sua mente é uma esponja embebida em
vinagre. É necessário expelir a substância azeda. Ajudá-lo-ei a
fazê-lo, mas o trabalho mais intenso cabe a você mesmo.
•O doente mostrava boa-vontade, acalmava-se enquanto ouvia os
conceitos carinhosos, mas volvia à mesma palidez de antes,
prorrompendo em novas exclamações.
•- Mas, irmã, repare bem... "ele" não me deixa. Já voltou a
atormentar- me! Veja, veja!...- Este fantasma diabólico!... -
acrescentava a chorar como criança, provocando compaixão.
•- Estou vendo-o, Francisco - respondia ela, cordata -, mas é
indispensável que você me ajude a expulsá-lo.- Confie em Jesus
e esqueça o monstro - dizia a irmã dos infelizes, piedosamente -,
vamos ao passe.
71
O fantasma fugirá de nós. E aplicou-lhe fluidos salutares e
reconfortadores, que Francisco agradeceu, manifestando imensa
alegria no olhar.
- Agora - disse ele, finda a operação magnética -, estou mais tranqüilo.
Narcisa explica a Andre: Não valeram socorros das esferas mais
altas, porque fechava a zona mental a todo pensamento relativo à
vida eterna. Por fim, os vermes fizeram-lhe experimentar
tamanhos padecimentos que o pobre se afastou do túmulo,
tomado de horror, a peregrinar nas zonas inferiores do Umbral; os
que lhe foram pais na Terra possuem aqui grandes créditos
espirituais e rogaram sua internação na colônia. Trouxeram-no
quase à força. Seu estado, contudo, é ainda tão grave que não
poderá ausentar-se, tão cedo, das Câmaras de Retificação.
Como tudo isso comove! - exclamei sob forte impressão.
Entretanto, como pode a imagem do cadáver persegui-lo?
- A visão de Francisco - esclareceu a velhinha, atenciosa -, é o
pesadelo de muitos espíritos depois da morte carnal
Capítulo 29- A visão de Francisco
• Ajoelhou- se diante do enfermo.
• Tomou-lhe as mãos, ansioso, como se estivesse a transmitir vigorosos fluidos vitais,
• Francisco, desde esse dia, melhorou bastante. A demência total reduziu-se a crises cada vez mais espaçadas.
Dedicação do pai
• A visão de Francisco é o pesadelo de muitos Espíritos depois da morte carnal
• Apegam-se demasiadamente ao corpo
• Não enxergam outra coisa, nem vivem senão dele e para ele, votando-lhe verdadeiro culto
Alerta
• Isto, porém, deve preocupar-nos,mas não deve ferir-nos
• A crisálida cola-se à matéria inerte, mas a borboleta alçará o vôo
Lição
73
CAPÍTULO 30
Herança e
eutanásia
André é convidado a acompanhar
Paulina em visita ao pai enfermo.
Um velho de fisionomia
desagradável, o olhar evidenciava
aspereza e revolta, semelhava-se a
uma fera humana enjaulada
74
76
CAPÍTULO 30 - Herança e eutanásia
Triste caso de eutanásia, associada a
interesses financeiros de um dos herdeiros.
A disputa entre familiares por herança...
- O ódio e o desentendimento causam
ruína e sofrimento nas criaturas
encarnadas ou desencarnadas. O indivíduo
que odeia fica com o semblante endurecido
e imune às sugestões do bem advindas
dos protetores espirituais. O ódio, como
sabemos muito bem hoje em dia, causa
doenças...
- O pensamento, em vibrações sutis,
alcança o alvo, por mais distante que
esteja. A permuta de ódio e
desentendimento causa ruína e sofrimento
nas almas...
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Ele não podia esquecer o filho
Edelberto, que lhe ministrou o
veneno mortal... Seu ódio era
grande... Paulina lhe falou sobre
o papel da paternidade e a
necessidade do perdão. Disse-
lhe que a permuta de ódio e
desentendimento causa ruína e
sofrimento nas almas.
O caso Paulina – O pai de Paulina encontrava-se enfermo, no
Pavilhão 5. Esbelta e linda, Paulina trajava uma túnica muito leve,
tecida em seda luminosa. O pai acusava desequilíbrios fortes. De
fisionomia desagradável, olhar duro, cabeleira desgrenhada, rugas
profundas, lábios retraídos, inspirava mais piedade que simpatia.
Quando Paulina se aproximou, o velho enfermo não teve uma palavra
de ternura para ela. Com um olhar que evidenciava aspereza e
revolta, semelhava-se a uma fera humana enjaulada.
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A mãe estava internada num hospício. Amália e Cacilda entraram em
luta judicial com Edelberto e Agenor, por causa dos bens deixados
pelo pai. Paulina disse-lhe então: "Aqui, vemo-lo em estado grave; na
Terra, mamãe louca e os filhos perturbados, odiando-se entre si. Em
meio de tantas mentes desequilibradas, uma fortuna de um milhão e
quinhentos mil cruzeiros. E que vale isso, se não há um átomo de
felicidade para ninguém?“ Depois de descrever os malefícios que
as vantagens financeiras trouxeram para
sua família, a filha pediu ao pai que
perdoasse; mas ele se mostrava ainda
incapaz de esquecer o gesto do filho que
o matou para entrar antecipadamente na
posse da herança. O velho, porém,
continuou a praguejar em voz alta. A
jovem preparava- se para discutir, mas
Narcisa endereçou-lhe significativo olhar,
chamando Salústio para socorrer o
doente em crise.
79
EUTANASIA - Os pacientes cujo ciclo de vida
carnal é interrompido pelos familiares acabam
desenvolvendo problemas ainda piores após o
desencarne, uma vez que o processo de
desenvolvimento da enfermidade física é parte
da expiação de débitos do companheiro ou é
capítulo do livro da vida daquele irmão,
constituindo lição que o indivíduo deveria
passar. Para aquele que prefere a morte ao
sofrimento dos últimos dias e, quase sempre,
solicita passar.
Quando interrompemos a vida, eliminamos os
breves momentos em que o moribundo teria,
com todo o auxílio espiritual, de refazer antigas
ideias que precisavam de nova abordagem.
Momentos para perdoar e pedir perdão por
exemplo.
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Se o próprio paciente solicita a eutanásia,
o que ocorre na maioria dos casos, suas
condições tornam-se ainda piores após o
desencarne, posto que, na condição de
suicida, não mais dispõe do corpo físico
para separá-lo de seus obsessores e
tampouco terá tempo para se recuperar da
morte.
Aquele que sofre com resignação seus estertores, acaba se
preparando melhor para o desencarne e sua recuperação é
significativamente mais rápida após a morte física.
Todo aquele que aprende com o sofrimento, tem auxílio na eliminação
dos vínculos que mantinham o seu perispírito ligado ao corpo
moribundo ou já destituído de vitalidade, o que impede a ação de
espíritos trevosos e obsessores no processo.
81
Os familiares deveriam tornar os
últimos momentos do portador
de enfermidades graves mais
proveitosos para ele mesmo,
sem dor e envolto em
amor familiar.
Evitar as crises emotivas,
geralmente associadas a
sentimentos de culpa pela
família. Isso pode ser difícil para
a família, mas não raro o
paciente passa a acusar seus
entes queridos de assassinato
após a prática da eutanásia.
“Procurei observar, acima do sofredor, o irmão espiritual.
Desapareceu a impressão de repugnância, aclarando-se-me os
raciocínios. Apliquei a lição a mim mesmo. Como teria chegado, por
minha vez, ao Ministério do Auxílio?”
“Quando examinamos a desventura de alguém, lembrando as
próprias deficiências, há sempre asilo para o amor fraterno, no
coração”
Repensar os pré-
julgamentos
São raros os que se preocupam em ajuntar
conhecimentos nobres, qualidades de
tolerância, luzes de humildade, bênçãos de
compreensão. Impomos a outrem os
nossos caprichos, afastamo-nos dos
serviços do Pai, esquecemos a lapidação
do nosso espírito. Ninguém nasce no
planeta simplesmente para acumular
moedas nos cofres ou valores nos bancos.
(Paulina)
Capítulo 30 - Herança e Eutanásia
Lição de Jesus que recomenda nos amemos uns aos outros. Atravessamos experiências consangüíneas, na Terra, para adquirir o verdadeiro amor espiritual
Nossos lares terrestres são cadinhos de purificação dos sentimentos ou templos de união sublime, a caminho da solidariedade universal
Troca de fluidos de amargura e incompreensão.
O pensamento, em vibrações sutis, alcança o alvo, por mais distanteque esteja. A permuta de ódio e desentendimento causa ruína e sofrimento nas almas.
Capítulo 30- Herança e Eutanásia
Todos arruinaram belas possibilidades espirituais, distraídos pelo dinheiro fácil e apegados à idéia de herança
Os casos de herança, em regra, são extremamente complicados. Com raras exceções, acarretam enorme peso a legadores e legatários. Neste caso, porém, vemos também a eutanásia
Deus criou seres e céus, mas nós costumamos transformarnos em Espíritos diabólicos, criando nossos infernos individuais.
O que vamos deixar
aos nossos filhos?
85
Sempre que pensamos em
alguém, “sintonizamos”
com essa pessoa, e
emitimos automaticamente
para elas uma parte de
nossas energias e fluidos.
A outra pessoa absorverá
ou não nossas energias,
fluidos, vibrações e
pensamentos, de acordo
com a afinidade e sintonia
que tenha conosco,
podendo ou não perceber
impressões dessas
energias, de acordo com
sua sensibilidade, com a
intensidade da emissão,
sua “qualidade”, etc.
Emanações Energéticas
características de cada
pessoa
PENSAMENTO
Transferência
Energética
“São raros os que se preocupam em ajuntar conhecimentos
nobres, qualidades de tolerância, luzes de humildade, bênçãos
de compreensão.
Impomos a outrem os nossos caprichos, afastamo-nos dos
serviços do Pai, esquecemos a lapidação do nosso Espírito”
Cap.31 : Vampiro - Atendimento negado
Capítulo 31- Vampiro
Eram 21 horas, quando fomos atender a dois enfermos, no Pavilhão
11, escutei gritaria próxima. Fiz instintivo movimento de aproximação,
mas Narcisa deteve-me, atenciosa:
- Não prossiga, localizam-se ali os desequilibrados do sexo. O quadro
seria extremamente doloroso para seus olhos. Guarde essa emoção
para mais tarde.
André ficou com muitas interrogacoes, mas se recordou do conselho
da genitora de Lisias de não se desviar da obrigação justa.
... chegou alguém dos fundos do
enorme parque. Era um
homenzinho de semblante
singular, evidenciando a
condição de trabalhador
humilde. Narcisa recebeu-o com
gentileza, perguntando:
- Que há, Justino? Qual é a sua
mensagem?
Justino chega comunicando que uma mulher pede socorro no grande portão.
- E porque não a atendeu? - interrogou a enfermeira. - Segundo as ordens que nos regem, não pude fazê-lo, por que a pobrezinha esta rodeada de pontos negros.
- Que me diz? - revidou Narcisa, assustada.
Nós três seguimos para o portao que estava a mais de um quilometro. A mulher estava em chagas, com o rosto deformado. Narcisa me perguntou -- Não esta vendo os pontos negros? - Não - respondi.
Sua visao espiritual ainda nao esta educada.
Se estivesse em minhas mãos, abriria a nossa porta, mas tratanto-se de criaturas nestas condições, nada posso resolver por mim mesma. Precisamos recorrer ao Vigilante-Chefe, em serviço (Paulo).
…voltamos com Paulo, ele examinou a mulher
A prudencia em nossa assistencia e fundamental ao
tratamento.
- Filhos de Deus - bradou a mendiga -, dai-me abrigo à alma
cansada! Onde está o paraíso dos eleitos, para que eu possa
fruir a paz desejada.
Aquela voz lamuriosa sensibilizava-me o coração. Narcisa, por sua
vez, mostrava-se comovida.
- Esta mulher, por enquanto, não pode receber nosso socorro.
Trata- se de um dos mais fortes vampiros que tenho visto
até hoje. É preciso entrega-la a propria sorte (Paulo).
Senti-me escandalizado. Não seria faltar aos deveres cristãos
abandonar aquela sofredora ao azar do caminho? Narcisa, que me
pareceu compartilhar da mesma impressão, adiantou-se
suplicante:
- Mas, Irmão Paulo, não há um meio de acolhermos essa miserável
criatura nas Câmaras?
- Permitir essa providência - esclareceu ele -, seria trair minha função
de vigilante.
- Já notou, Narcisa, alguma coisa além dos pontos negros?
Agora, era minha instrutora de serviço que respondia negativamente.
- Pois vejo mais - respondeu o Vigilante-Chefe. Baixando o tom de
voz, recomendou: - Conte as manchas pretas.
Narcisa fixou o olhar na infeliz e respondeu, após alguns instantes: -
Cinqüenta e oito.
O Irmão Paulo, com a paciência dos que sabem esclarecer com amor,
explicou:
- Esses pontos escuros representam cinqüenta e oito crianças
assassinadas ao nascerem. Em cada mancha vejo a imagem mental
de uma criancinha aniquilada, umas por golpes esmagadores, outras
por asfixia.
Capítulo 31- Vampiro Narcisa rogou que cuidaria dela e Paulo diz que a mulher nao quer senao atrapalhar. Ele sugere que observem:
- Que deseja a irma , do nosso concurso fraterno? -Socorro, socorro – respondeu lacrimejante.
Paulo diz : devemos aceitar o sofrimento retificador.
- Quem me atribui essa infamia? Minha consciência esta tranquila, canalha!... Empreguei a existência auxiliando a maternidade na Terra. Fui caridosa e crente, boa e pura...
- Demonio! Feiticeiro! Sequaz de Sata !... Não voltarei jamais!... Estou esperando o céu que me prometeram e que espero encontrar.
Capítulo 31- Vampiro
- Paulo: Faça, então, o favor de retirar-se. Não temos aqui o céu que deseja. Estamos numa casa de trabalho, onde
os doentes reconhecem o seu mal e tentam curar-se, junto de servidores de boa-vontade.
Não lhe pedi remédio, nem serviço. Estou procurando o paraíso que fiz por merecer, praticando boas obras.
E, endereçando-nos dardejante olhar de extrema cólera,
perdeu o aspecto de enferma ambulante, retirando-se a
passo firme, como quem permanece absolutamente senhor
de si.
Acompanhou-a o Irmão Paulo com o olhar, durante longos
minutos, e, voltando-se para nós, acrescentou:
Capítulo 31- Vampiro Observaram o Vampiro?
- Exibe a condição de criminosa e declara-se inocente; é
profundamente ma e afirma-se boa e pura; sofre
desesperadamente e alega tranquilidade; criou um
inferno para si propria e assevera que esta procurando o
céu.
A ajuda chega
quando estamos
preparados.
Ante o silêncio com que lhe ouvíamos a lição, o Vigilante-
Chefe rematou:
- É imprescindível tomar cuidado com as boas ou más
aparências.
Naturalmente, a infeliz será atendida alhures pela Bondade
Divina, mas, por princípio de caridade legítima, na posição em
que me encontro, não lhe poderia abrir nossas portas.
95
- A experiência de Paulo detecta na infeliz que a hipocrisia
emite forças destrutivas e era preciso abandoná-la à própria
sorte, na instituição só se atende doentes que reconhecem o
seu mal e tentam curar-se, iria ela criar apenas perturbação e
influenciação inferior.
A profissional do infanticídio – A
mulher fora uma profissional de
ginecologia, a serviço do
infanticídio. A situação dela é pior
que a dos suicidas e homicidas
que, por vezes, apresentam
atenuantes de vulto .... Nem
mesmo remorso ela apresentava
e, ao ver que não seria admitida
em "Nosso Lar",
FORMAS DE OBSESSÃO
MEDIUNIDADE – OBSESSÕES – VAMPIRISMO
Mas, porque isso existe ?
97
Os Espíritos imperfeitos ainda predominam no planeta, determinando a
sua condição de inferioridade física e moral, e reduzindo os processos
de intercâmbio às expressões do mediunismo primário, onde as
obsessões prevalecem, desde as simbioses generalizadas dos
primórdios até os complexos vampirismos do presente.
Em Sexo e Destino, André narra: ... abordando Cláudio, sem
cerimônia. Um deles tateou-lhe os ombros e gritou: - Beber, meu caro,
quero beber!
Na parasitose mental, temos o vampirismo, por esse processo, os
desencarnados su gam a vitalidade dos encarnados, podendo
determinar nos hospedeiros doenças as mais variadas e até mesmo a
morte prematura.
Segundo o instrutor Alexandre, em Missionários da Luz: vampiro é
toda entidade ociosa que se vale, indebitamente, das possibilidades
alheias e, em se tratando de vampiros que visitam os encarnados, é
necessário reconhecer que eles atendem aos sinistros propósitos a
qualquer hora, desde que encontrem guarida no estojo de carne dos
homens.
“O AGENTE OPRESSOR INFLUENCIA DE TAL FORMA O
PACIENTE PERTURBADO QUE ORIGINA O
VAMPIRISMO ESPIRITUAL, POR PROCESSO DE
ABSORÇÃO DO PLASMA MENTAL.
O ESPÍRITO PARASITA BUSCA A VÍTIMA (...) O ÓDIO
TANTO QUANTO O AMOR DESVAIRADO CONSTITUEM
ELEMENTOS MATRIZES DESSAS OBSESSÕES
ESPECIAIS ”.
Manoel P. de Miranda – Obsessão Instalação e Cura – Pg 81
DMED- FEDERAÇÃO ESPÍRITA CATARINENSE – Responsável Esther Fregossi González
VAMPIRISMO ESPIRITUAL
“QUAL O PRIMEIRO DE TODOS OS
DIREITOS NATURAIS DO HOMEM?”
L.E. QUESTÃO 880
O DE VIVER. POR ISSO É QUE
NINGÚEM TEM O DIREITO DE
ATENTAR CONTRA A VIDA DO SEU
SEMELHANTE, NEM DE FAZER O
QUE QUER QUE POSSA
COMPROMETER-LHE A EXISTÊNCIA
CORPORAL.
O LIVRO DOS ESPÍRITOS – ALLAN KARDEC
Como a justiça divina encara o infanticídio?
1
1. SE A VIDA DA MÃE CORRER PERIGO
2. SE A GRAVIDEZ RESULTAR DE ESTUPRO
CÓDIGO PENAL PREVÊ DE 1 A 3 ANOS DE RECLUSÃO PARA A GESTANTE QUE O
PRATICA.
DE 1 A 10 ANOS PARA TERCEIRO QUE O PROVOCA.
(MEDICINA E SAÚDE – DR. ROBERT ROTHENBERG)
358. CONSTITUI CRIME A PROVOCAÇÃO DO ABORTO, EM QUALQUER PERÍODO DA
GESTAÇÃO?
“HÁ CRIME SEMPRE QUE TRANSGREDIS A LEI DE DEUS.
(O LIVRO DOS ESPÍRITOS – ALLAN KARDEC)
2
5º MANDAMENTO – NÃO
MATARÁS
UMA MÃE, OU QUEM QUER QUE SEJA, COMETERÁ CRIME SEMPRE QUE TIRAR A VIDA A UMA CRIANÇA
ANTES DO SEU NASCIMENTO.”
COMETERÁ SEMPRE UM CRIME AO SE IMPEDIRA ALMA
DE PASSAR PELAS PROVAS DE QUE NECESSITA.
QUANDO O ABORTO
É PERMITIDO ?
QUANDO A GRAVIDEZ
OFERECE RISCO À VIDA DA MÃE.
(O LIVRO DOS ESPÍRITOS – A. KARDEC – P. 359,360.)
EMMANUEL
359. CASO A GESTAÇÃO PONHA EM RISCO A VIDA DA
MÃE, DEVE-SE SACRIFICAR O SER QUE AINDA NÃO
NASCEU DO AQUELE QUE ESTÁ ATIVO. 360 .DEVE-SE TER PARA COM O FETO O MESMO RESPEITO
QUE SE TEM COM UMA CRIANÇA QUE VIVEU POUCO
TEMPO.
O ABORTO PROVOCADO, MESMO DIANTE DE REGULAMENTOS HUMANOS QUE O PERMITEM É UM
CRIME PERANTE AS LEIS DE DEUS. EMMANUEL
(QUEM TEM MEDO DA MORTE? – RICHARD SIMONETTI)
(LEIS DE AMOR - EMMANUEL)
• TRAUMA PROVOCADO PELA MORTE VIOLENTA.
• DESGOSTO PELA OPORTUNIDADE DE EVOLUÇÃO PERDIDA.
• NÃO RARO,TOMA-SE DE RANCOR,TRANSFOR- MANDO-SE EM OBSESSOR DOS PAIS.
AFASTA OS RECURSOS DE REABILITAÇÃO E
FELICIDADE QUE A MATERNIDADE OFERECE.
DESAJUSTES FÍSICOS E ESPIRITUAIS.
DESAJUSTES PSÍQUICOS: REMORSO, PESA-
DELOS, CRISES NERVOSAS, DEPRESSÃO ...
ADQUIREM DÍVIDAS PELA INFRAÇÃO DAS LEIS DIVINAS E TERÃO QUE REPARAR.
ATRAEM PARA SI OS SOFRIMENTOS DAS VÍTIMAS.
A VIDA
PERTENCE A DEUS !
O RESPEITO À VIDA É FUNDAMENTAL.
NENHUMA GRAVIDEZ
OCORRE POR ACASO.
O DIREITO SOBRE A VIDA DO OUTRO SÓ A
DEUS PERTENCE.
(QUEM TEM MEDO DA MORTE? – RICHARD SIMONETTI)
(LEIS DE AMOR - EMMANUEL)
(ENTENDER CONVERSANDO – EMMANUEL/CHICO XAVIER)
SE O ANTICONCEPCIONAL VEIO FAVORECER A
MOVIMENTAÇÃO DAS CRIATURAS, PORQUE
VAMOS LEGALIZAR OU ESTIMULAR A MATANÇA
DE CRIANÇAS INDEFESAS ?
ABORTO É UM DELITO GRAVE PERANTE A PRO-
VIDÊNCIA DIVINA, PORQUE A VIDA NÃO NOS
PERTENCE E SIM AO PODER DIVINO.
ASSIM, INICIADA A VIDA NA TERRA
PELA CONCEPÇÃO,INTERROMPÊ-
LA, DESTRUÍ-LA, CONSTITUI
GRAVE ERRO CONTRA A LEI
DIVINA UMA VEZ QUE JÁ
ESTABELECIDO,
PELA LEI NATURAL DA
REPRODUÇÃO UM VÍNCULO
ENTRE O ESPÍRITO
REENCARNANTE E OS
ELEMENTOS MATERIAIS
ORIUNDOS DOS PAIS, ALÉM DAS
LIGAÇÕES ESPIRITUAIS
E MORAIS GERADAS ENTRE
TODOS OS COMPROMETIDOS COM
AQUELA AÇÃO.
OS SALÕES VERDES
De volta, percorrendo o parque banhado
de luz, Narcisa fala dos salões verdes,
destinados ao serviço da educação no
Ministério do Esclarecimento, obra da
Ministra Veneranda.
CAPÍTULO 32 - Notícias de Veneranda
109
CAPÍTULO 32 - Notícias de Veneranda
Após o encontro com a estranha figura da mulher vampiro, André e
Narcisa penetraram o parque banhado de luz, onde André
experimentava singular fascinação. Arvores acolhedoras,
reclamavam sua atenção a todo momento. De maneira indireta,
provocava explicações de Narcisa.
- No grande parque - dizia ela - não há somente caminhos para o
Umbral ou apenas cultura de vegetação destinada aos sucos
alimentícios. A Ministra Veneranda criou planos excelentes para os
nossos processos educativos.
-Todo o nosso préstimo será pouco para retribuir as dedicações
dessa abnegada serva de Nosso Senhor. Grande número de
benefícios, neste Ministério, foram por ela criados para atender aos
mais infelizes. Sua tradição de trabalho, em "Nosso Lar", é
considerada pela Governadoria como das mais dignas. É a entidade
com maior número de horas de serviço na colônia e a figura mais
antiga do Governo e do Ministério.
-Permanece em tarefa ativa, nesta cidade, há mais de duzentos
anos.
110
Em Pedro Leopoldo é aquele espírito que na noite de 10 de julho de
1927 se materializa ou aparece à visão espiritualizada do jovem
Francisco Cândido Xavier, tinha, então, 17 anos de idade. A visita
daquele espírito de alta hierarquia espiritual era exclusiva para o
jovem Chico Xavier, em nome de Jesus.
Veneranda (Izabel de Aragão) e Chico Xavier
111
O (re)encontro de Chico Xavier e de Isabel de Aragão atesta a
grandeza espiritual do médium de Pedro Leopoldo e o milagre do
esquecimento pela lei da reencarnação.
Uma simples leitura de O LIVRO DOS MÉDIUNS, de Allan Kardec,
atesta o fato de que uma pessoa encarnada para ver e ouvir um
espírito iluminado precisa estar na mesma sintonia espiritual, tem
que haver simpatia, identidade espiritual entre ambos sem o que a
comunicação torna-se impossível em sua tangibilidade visual e
auditiva. Um espírito encarnado débil, hierarquicamente inferior, não
tem condições espirituais para perceber tangivelmente um espírito
iluminado.
Referências
BACCELLI, Carlos A. O Evangelho de Chico Xavier. 3. ed.
Votuporanga: Didier. 2001; ps. 92-96
112
A veneranda Rainha Santa de Portugal e
Algarves, Isabel de Aragão, transformando
pães em rosas.
Ontem - Rainha Isabel de Aragão.
Hoje - A VENERANDA DO LIVRO NOSSO
LAR.
Chico Xavier fala sobre Isabel de
Aragão, a Rainha Santa de Portugal,
com Caio Ramacciotti
113
Encantou-me no livro a
personagem ministra
Veneranda, que mais tarde vim
a saber tratar-se da mesma
Isabel de Aragão, a rainha santa
de Portugal, que orientava,
nesse tempo, os serviços de
intercessão do Hospital
Esperança e dispunha de uma
missão gloriosa junto nas terras
sofridas do continente africano,
em colônias portuguesas e
adjacentes.
Livro “os dragões”
WANDERLEY OLIVEIRA - pelo
espírito MARIA MODESTO
CRAVO
114
Há uma mensagem psicografada por Geraldo Lemos Neto, em reunião pública
no Centro Espírita Luz, Amor e Caridade, em Belo Horizonte-MG, na noite do
dia 30/06/2003, data em que se comemorou o primeiro aniversário da
desencarnação do querido médium, benfeitor e amigo FRANCISCO CÂNDIDO
XAVIER. Assinou esta mensagem o Espirito como “A GRATIDÃO”
Nota do médium: o espírito que se apresentou para escrever a mensagem era
o de luminosa senhora, que me impressionou vivamente as fibras mais
sensíveis do ser. Ao final da comunicação, ela se recusou a identificar-se,
assinando, simplesmente, A Gratidão. Comovido pela sua humildade, indaguei
de nossa benfeitora Neném Aluotto, quem se me havia apresentado durante a
concentração mental costumeira antes da tarefa mediúnica, ao que a estimada
amiga respondeu: “É o espírito de Veneranda!” Mais tarde, vim a saber tratar-
se do espírito de Isabel de Aragão, que vinha humildemente homenagear a
vitória espiritual de seu pupilo na Terra, Chico Xavier, um ano após a sua
desencarnação.
FONTE: ISABEL – A MULHER QUE REINOU COM O CORAÇÃO de Maria
José Cunha
115
Pontos de destaque para estudo:
1) Os “salões verdes” foram construidos por volta de 1900, tendo em vista que
André Luiz descreve fatos de 1939-1940. São exemplos de amor e respeito à
natureza, inspirados nas lições de Jesus.
Existem por toda parte. Um verdadeiro castelo de vegetação em forma de
estrela. Cada salão natural tem bancos e poltronas estruturados na substância
do solo, forrados de relva macia. No centro, funciona enorme aparelho
destinado a demonstrações pela imagem, semelhante ao cinematógrafo
terrestre.
Capítulo 32- Noticias de Veneranda
Narcisa explica a André que no grande
parque não ha somente caminhos para
o Umbral ou apenas cultura de
vegetação destinada aos sucos
alimentícios. Temos salões para serviço
de educação, realizando conferencias
de vários Ministérios para os
moradores e visitantes.
Veneranda foi chamada pela União
Divina para ajudar na organização
dos recintos. No parque de
educação do esclarecimento fez um
castelo em forma de estrela com 5
classes de aprendizado. No centro
enorme aparelho para imagem,
como um cinematografo. Podendo
levar 5 projeções variadas
simultaneamente
Investirmos na
educacao e estudo nos
preparara para uma
vida melhor no mundo
espiritual.
E o mobiliário dos salões? Tal como dos grandes recintos terrenos?
Narcisa sorriu e acentuou: Há diferença. A Ministra ideou os quadros
evangélicos do tempo que assinalou a passagem do Cristo e cada salão tem
bancos e potronas esculturados na substancia do solo, forrados de relva, lembrando as preleções do Mestre.
Para as palestras do Governador criou um recinto ao gosto dele com lagos
e pequenas pontes.
118
Pontos de destaque para estudo:
2) Natal: época de louvor e agradecimento ao Cristo.
Cada mês do ano mostra cores diferentes, em razão das flores que se vão
modificando em espécie, de trinta a trinta dias. A Ministra reserva o mais lindo
aspecto para o mês de dezembro, em comemoração ao Natal de Jesus,
quando a cidade recebe os mais formosos pensamentos e as mais vigorosas
promessas dos nossos companheiros encarnados na Terra e envia, por sua
vez, ardentes afirmações de esperança e serviço às esferas superiores, em
homenagem ao Mestre dos mestres. Esse salão é nota de júbilo para os
nossos Ministérios.
119
Pontos de destaque para estudo:
3) O governador visita, quase que semanalmente, aos domingos. Ali
permanece longas horas, conferenciando com os Ministros da Regeneração,
conversando com os trabalhadores, oferecendo sugestões valiosas,
examinando nossas vizinhanças com o Umbral, recebendo nossos votos e
visitas, e confortando enfermos convalescentes. À noitinha, quando pode
demorar-se, ouve música e assiste a números de arte, executados por
jovens e crianças dos nossos educandários. A maioria dos forasteiros, que
se hospedam em "Nosso Lar", costuma vir até aqui só no propósito de
conhecer esse "palácio natural", que acomoda confortavelmente mais de
trinta mil pessoas.
120
Pontos de destaque para estudo:
4) O exemplo de Veneranda: em 1936, recebeu troféu por 1 milhão
de horas de serviço útil, mas transferiu o mérito a toda colônia.
Os 11 Ministros que atuam com Veneranda na Regeneração ouvem-
na antes de qualquer providência especial. Com exceção do
Governador, a Ministra é a única entidade, em “Nosso Lar”, que já viu
Jesus nas esferas superiores. Mas nunca comentou esse fato e até
se esquiva à menor referência a tal respeito.
Capítulo 32- Noticias de Veneranda
A Ministra Veneranda além do
Governador é a única entidade de
Nosso Lar que já viu Jesus nas
esferas Resplandecentes.
Veneranda foi a única também a
ganhar em Nosso Lar a medalha do
Mérito de Serviço com 1 milhão de
horas.
ANDRÉ LUIZ VÊ
“FANTASMAS’’
CAPÍTULO 33 -
Curiosas
observações
123
CAPÍTULO 33 – Curiosas observações
A. Luiz sentindo só, pondera os acontecimentos desde o primeiro
encontro com o Ministro Clarêncio, quando socorrido no umbral. Que
teria sucedido a Zélia e aos filhinhos? Por que razão me prestavam
ali tão grande esclarecimentos sobre as mais variadas questões da
vida, omitindo, contudo, qualquer notícia pertinente ao meu antigo
lar?
Tudo indicava a necessidade de esquecer os problemas
carnais, no sentido de renovar-se intrinsecamente, e, no
entanto, penetrando os recessos do ser, encontrava a saudade
viva dos seus.
Narcisa permitiu a ida de AL até o
grande portão de entrada das
Câmaras de Retificação, para esperar
o grupo de Samaritanos que iam
chegar, conforme aviso recebido.
124
Em verdade, muito amara a companheira
de lutas e, sem dúvida, dispensara aos
filhinhos ternuras incessantes; mas,
examinando desapaixonadamente a
(AL) - Torturavam-me as inquirições internas, mas, prendendo-me
então aos imperativos do dever justo, aproximei-me da grande
cancela, investigando além, através dos campos de cultura.
situação de esposo e pai, reconhecia que nada criara de sólido e útil
no espírito dos meus familiares. Tarde verificava esse descuido
125
(AL) - Tudo luar e serenidade, céu
sublime e beleza silenciosa! Extasiando-
me na contemplação do quadro,
demorei alguns minutos entre a
admiração e a prece. Instantes depois,
divisei ao longe dois vultos enormes que
me impressionaram vivamente.
Pareciam dois homens de substância
indefinível, semiluminosa.
FANTASMAS ?
Dos pés e dos braços pendiam
filamentos estranhos, e da cabeça
como que se escapava um longo fio
de singulares proporções.
Tive a impressão de identificar dois autênticos fantasmas. Não
suportei. Cabelos eriçados, voltei apressadamente ao interior.
Inquieto e amedrontado, expus a Narcisa a ocorrência, notando que
ela mal continha o riso.
NO MUNDO ESPIRITUAL ?
126
- Ora essa, meu amigo - disse, por
fim, mostrando bom humor -, não
reconheceu aquelas personagens?
Fundamente desapontado, nada
consegui responder, mas Narcisa
continuou:
- Também eu, por minha vez,
experimentei a mesma surpresa, em
outros tempos.
Aqueles são os nossos próprios irmãos da Terra. Trata-se de
poderosos espíritos que vivem na carne em missão redentora e
podem, como nobres iniciados da Eterna Sabedoria, abandonar o
veículo corpóreo, transitando livremente em nossos planos.
Os filamentos e fios que observou são singularidades que os
diferenciam de nós outros. Não se arreceie, portanto. Os encarnados,
que conseguem atingir estas paragens, são criaturas
extraordinariamente espiritualizadas, apesar de obscuras ou humildes
na Terra.
127
Kardec, recebeu informações que
descreviam o homem como constituído
de três elementos básicos: o corpo
físico, o espírito imortal e um corpo
“semi-material”, estruturado em
matéria em outra condição vibratória,
capaz de funcionar como um elo entre
o espírito propriamente dito e a matéria
ordinária que constitui nosso plano de
vida. A expressão kardecista de
perispírito é compatível com a ideia
de um conjunto de corpos que se
entrelaçam e intermedeiam o
Espírito (imaterial) e o corpo físico.
Antes das obras de André Luiz, de Emmanuel e outros espíritos, os
espíritas e os estudiosos dos fenômenos mediúnicos, espirituais e
psíquicos tinham uma ideia muito vaga sobre o corpo espiritual.
O PERISPÍRITO OU PSICOSSOMA
128
O Homem é composto de 3 elementos: ESPÍRITO (o ser inteligente, o individuo propriamente dito.) PERISPÍRITO (corpo de matéria em estado fluídico, imponderável aos instrumentos humanos e órgãos dos sentidos) CORPO FISICO (feito de matéria densa, tangível e mensurável)
129
O corpo físico é o veículo que permite nossas experiências na crosta
terrena, com baixa frequência vibratória. Envolvendo-o e expandindo-
se ao seu redor por alguns milímetros, temos o corpo vital, também
chamado de corpo etéreo ou duplo etéreo, que funciona como um
centro de captação de energias do universo e como elo de ligação
entre o perispírito e o corpo físico (através do chamado cordão
prateado e dos centros de força).
130
A morte física conduz à perda do
corpo físico e do corpo chamado
“duplo etérico”, enquanto que o
perispírito e os corpos superiores
são preservados no processo.
André Luiz e seus instrutores
discorrem sobre a relação entre a
mediunidade, o perispírito e a
glândula pineal, sede da ligação do
cordão de prata, que liga o
psicossoma ao corpo etéreo e ao
corpo físicointerconexão entre os
corpos que nos constituem.
É de relevância também no fenômeno
de dissolução dos vínculos fluídicos
por ocasião do desencarne, com a
eliminação final dos liames do cordão
de prata, que une os corpos (corpo
físico, duplo etéreo e o perispírito)
131
Emmanuel, no livro “Roteiro”, 1952, (páginas 31 a 33), nos informa:
O perispírito é, ainda, corpo organização que, representando o molde
fundamental da existência para o homem, subsiste, além do sepulcro,
de conformidade com o seu peso específico.
Formado por substâncias químicas que transcendem a série
estequiogenética conhecida até agora pela ciência terrena, é
aparelhagem de matéria rarefeita, alterando-se, de acordo com o
padrão vibratório do campo interno.
Organismo delicado, extremo poder plástico, modifica-se sob o
comando do pensamento. É necessário, porém, acentuar que o poder
apenas existe onde prevaleçam a agilidade e a habilitação que só a
experiência consegue conferir.
Nas mentes primitivas, ignorantes e ociosas, semelhante vestidura se
caracteriza pela feição pastosa, verdadeira continuação do corpo
físico, ainda animalizado ou enfermiço.
132
E, Narcisa, encorajando-me
bondosamente, acentuou:
- Vamos até lá. Os Samaritanos
não podem tardar.
Satisfeito, voltei com ela ao
grande portão. Lobrigava-se,
ainda, a enorme distância, os
dois vultos que se afastavam de
"Nosso Lar", tranqüilamente.
A enfermeira contemplou-os, fez
um gesto expressivo de
reverência e exclamou:
- Estão envolvidos em claridade
azul. Devem ser dois
mensageiros muito elevados na
esfera carnal, em tarefa que não
podemos conhecer.
- Lá vêm eles!
Identifiquei a caravana que avançava em nossa direção, sob a
claridade branda do céu. De repente, ouvi o ladrar de cães, a grande
distância. Os cães - disse Narcisa - são auxiliares preciosos nas
regiões obscuras do Umbral, onde não estacionam somente os homens
desencarnados, mas também verdadeiros monstros, que não cabe
agora descrever.
A enfermeira, em voz ativa, chamou os servos distantes, enviando um
deles ao interior, transmitindo avisos. Fixei atentamente o grupo
estranho que se aproximava devagarinho.
Seis grandes carros, precedidos de
matilhas de cães alegres e
bulhentos, eram tirados por animais
que, me pareceram muares
terrestres. Mas a nota mais
interessante era os grandes bandos
de aves, de corpo volumoso, que
voavam a curta distância, acima
dos carros, produzindo ruídos
singulares.
134
(AL)Onde o aeróbus? Não seria possível utilizá-lo no Umbral?
-Questão de densidade da matéria. Pode você figurar um exemplo
com a água e o ar. O avião que fende a atmosfera do planeta não
pode fazer o mesmo na massa equórea.
Poderíamos construir determinadas máquinas como o submarino;
mas, por espírito de compaixão pelos que sofrem, os núcleos
espirituais superiores preferem aplicar aparelhos de transição. Além
disso, em muitos casos, não se pode prescindir da colaboração dos
animais.
- Como assim? - perguntei, surpreso.
Os cães facilitam o trabalho, os muares suportam cargas
pacientemente e fornecem calor nas zonas onde se faça necessário;
e aquelas aves - acrescentou, indicando-as no espaço -, que
denominamos íbis viajores, são excelentes auxiliares dos
Samaritanos, por devorarem as formas mentais odiosas e perversas,
entrando em luta franca com as trevas umbralinas.
E distribuindo ordens de serviço, aqui e acolá, preparava-se
para receber novos doentes do espírito.
135
APONTAMENTOS
QUE ATIVIDADE DESENVOLVEM NO UMBRAL OS SAMARITANOS?
Samaritanos é o nome de uma caravana socorrista que presta
assistência, no Umbral, aos Espíritos em situação de sofrimento,
recolhendo para transporte até a Colônia os irmãos em condições de
adentrar os portões de Nosso Lar.
BIOSFERA ESPIRITUAL
Toda literatura espírita de qualidade suporta a ideia de que a vida após
a morte não representa um salto, mas se reveste de um contínuo. Nas
belas descrições de “Nosso Lar” vemos a presença de pôr-do-sol,
nuvens, neblina, riachos, rios, lagos, pomares, bosques e animais,
mostrando que existe todo um ciclo natural, com alternância de
estações e de elementos da natureza, como a chuva.
Existem descrições de um aparato burocrático de identificação das
pessoas. Tudo isso reforça o conceito de que a vida após a vida é uma
continuação daquela que hoje envergamos aqui.
Nada mais “pé-no-chão” do que a descrição de Dona Laura, mãe do
personagem Lísias, a respeito da origem dos alimentos e roupas em
Nosso Lar.
136
APONTAMENTOS BIOSFERA ESPIRITUAL
Vemos na lição, esferas e planos tão semelhantes que encadeiam uma
sequencia evolutiva, como a existência de uma biosfera própria, uma
vez que André Luiz descreve aves, animais domésticos, como o cão e
os muares, além de todos os demais elementos da biosfera terrena,
como bosques, flores, rios, oceano, montanhas, campinas e outros, em
um plano espiritual.
Passamos a entender o dito “plano fisico” como a esferas que se
interpenetram em que vivemos. Seria o equivalente a dizer que a morte
nos retira desse plano físico e nos transporta para outro, tão ou quase
tão “fisico” e palpável quanto o nosso, dependendo da evolução do
irmão.
No planeta Terra, em todos os locais em que existe uma fonte de
energia e os nutrientes podem ser encontrados, a vida abunda e
se diversifica. A literatura espírita mostra que os planos espirituais
próximos à Terra refletem a própria natureza do mundo material,
em ordem inversa, ou seja, o mundo físico é uma simplificação do
mundo espiritual.
137
1. Allan Kardec, Em “O Livro dos Espiritos”, Cap. XI, Dos três reinos.:
– sob orientação de Inteligências Celestes, registrou às questões 598 a 600, de
“O Livro dos Espiritos”, que os animais, ao morrer, mantêm sua individualidade,
permanecendo em vida latente sob cuidados de Espíritos especializados, que
os classificam e agrupam; nos animais a reencarnação não se demora; esse
princípio independente, individualizado, algo semelhante a uma alma
rudimentar, inferior à humana, dá-lhes limitada liberdade de ação apenas nos
atos da vida material;
2. André Luiz:
– narra no Cap. XII de “Evolução em Dois Mundos” — ... Desencarnados,
dilata-se-lhes o período de vida latente, na esfera espiritual, onde, com
exceção de raras espécies, se demoram por tempo curto, incapazes de
manobrar os órgãos do aparelho psicossomático que lhes é característico, por
ausência de substância mental consciente.
Quando não se fazem aproveitados na Espiritualidade, em serviço ao qual se
filiam durante certa quota de tempo, caem, quase sempre de imediato à morte
do corpo carnal, em pesada letargia, semelhante à hibernação, acabando
automaticamente atraídos para o campo genésico das famílias a que se
ajustam.
138
Essas informações considero-as fundamental para o entendimento
de como os animais vivem no Plano Espiritual, aguardando a
próxima reencarnação. Kardec registrou que após a morte os
animais são classificados e impedidos de se relacionarem com
outras criaturas; André Luiz, agora, diz a mesma coisa, de outra
forma, ao mencionar que os animais que não são destacados
para alguma tarefa, entram em hibernação e logo reencarnam.
sem qualquer relacionamento,
uns com os outros; assim, não
havendo ação de predadores
inexistem presas; mantidos em
hibernação não se alimentam,
não brigam, não reproduzem,
não se deslocam.
Depreendo, assim, que no mundo espiritual os animais não utilizados
em alguns serviços, não têm vida consciente, mas vegetativa, e isso
responde à pergunta de como vivem lá: