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Preparação para o Culto do Natalício de Meishu – Sama Parte 3 Centro de Aprimoramento Bauru – Área Araçatuba 1

Natalício de Meishu Sama - parte 3

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Preparação para o Culto do Natalício de Meishu – Sama

Parte 3Centro de Aprimoramento Bauru – Área Araçatuba

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Leve ao conhecimento do mundo os males e efeitos colaterais causados pelos remédios.

Fui solicitar Johrei para Meishu-Sama, juntamente com o dirigente da minha Igreja. Quando terminou de ministra-lo ao dirigente, eu me aproximei. Ele fez com que eu chegasse bem perto, faltando pouco para que os nossos joelhos se encontrassem e, primeiramente, ministrou Johrei na parte superior da minha cabeça. Nesse momento, falou: “Levando-se ao conhecimento das pessoas do mundo inteiro os males e efeitos colaterais causados pelos remédios, o mundo será salvo, sabe? A salvação da humanidade depende unicamente disso.” Eu já havia recebido esse Ensinamento muitas e muitas vezes, lendo os seus textos ou ouvindo Suas palestras, mas aquelas palavras ficaram gravadas no fundo da minha alma, causando-me uma profunda impressão. Após fazer difusão no Havaí, mudei-me para o continente e, à medida que ia conhecendo gradativamente a situação do povo americano, fui entendendo que aquelas palavras que ouvira de Meishu-Sama, pouco antes de partir para os Estados Unidos tinham um significado ainda mais profundo do que eu conseguira captar no momento em que as tinha ouvido.

Um Ministro- Reminiscências sobre Meishu-Sama vol.4

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A Fé obtida através da salvação altruísta.

Fui pela primeira vez à casa de Meishu-Sama, por causa da doença do meu irmão mais novo. Naquela ocasião, Meishu-Sama falou-me sobre o caminho da fé correta, e concluiu dizendo: “A fé não deve ser apenas para a própria salvação, ela deve ser cultivada através da salvação altruísta. A nossa Igreja ensina justamente esse caminho da salvação altruísta e qualquer pessoa pode realiza-la. Você tem essa missão, por isso deve entrar neste caminho e praticá-la.” Eu nunca havia pensado em fé ou na salvação das pessoas e como não tinha auto-confiança, disse-Lhe: “O senhor pratica-a há dezenas de anos e, por isso, diz claramente que eu consigo, mas até agora nunca pratiquei nenhuma ação religiosa; portanto, isso é impossível para mim.” Então, Ele me respondeu serenamente: “É natural pensar assim. Mas, qualquer pessoa consegue seguir esse caminho, sem maiores problemas. Você vai entender mais tarde!” Despedi-me e voltei para a sala de espera, onde fiquei observando os doentes que ali estavam. As pessoas em sofrimento recebiam Johrei e iam embora, andando com facilidade. Assim, achei que Meishu-Sama tinha razão e comecei a me interessar. Na vez seguinte, Meishu-Sama perguntou-me: “Como é? Você gosta ou não gosta destas coisas?” – Gosto! – respondi-Lhe e, naquele momento, tomei a decisão de seguir unicamente a Obra Divina, ingressando na Igreja Messiânica Mundial.

Um Ministro- Reminiscências sobre Meishu-Sama vol.4

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Para purificar aquilo que é impuro.

Até tornar-me fiel, eu tinha uma barbearia. E com o ingresso na Fé, abandonei a tesoura e a máquina de cortar cabelo decidido a empenhar-me unicamente na Obra Divina. Em 1931, Meishu-Sama resolveu realizar duas viagens missionárias à região Kansai, na primavera e no outono. Pela gentil atenção do dirigente da Igreja, durante a sua estadia em Quioto, recebi a incumbência de fazer a barba de Meishu-Sama e no primeiro dia pernoitamos na casa de campo Kimura. Como já fazia tempo que não lidava com aquele serviço, comprei material de barbearia inteiramente novo e pedi a Deus que pudesse fazer a dedicação sem cometer qualquer falha. Assim, com muito receio, aproximei-me pela primeira vez de Meishu-Sama. A que Igreja você pertence? - Qual o seu endereço? Quando Ele assim me perguntou, por achar muito modesto o lugar onde morava, respondi mais ou menos envergonhado: “É no distrito de Saijo de Ossaka. Onde fica a zona de meretrício de Hilda. É um lugar realmente vergonhoso!” Eu me sentia assim, porque aquele lugar onde morava, bairro de Sant’no do distrito de Saijo, era perto do famoso cabo de Kama-ga-Saki, um lugar cheio de ociosos, que fazia par com o bairro de Sanya, em Tóquio.

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Eu havia instalado uma Casa de Difusão nesse local e ali me dedicava, mas, pelo que dizia a vizinhança, só o fato de residir em Saijo já era um grande obstáculo, até para se ingressar na Universidade ou nas Escolas de segundo Grau. Não sei até que ponto isso era verdade, mas entre os fies também havia pessoas que evitavam vir à Casa de Difusão, porque o local não era bom. Essa era uma das coisas que me atormentavam e não sei quantas vezes pensara em me mudar de lá. Quando terminei de falar, Meishu-Sama, que até então estava sorrindo alegremente, súbito mostrou uma expressão severa e disse em voz alta: “Por que sente que é vergonhoso? A Igreja Messiânica existe para purificar o que é impuro! Purificar e tornar belos o homem e os lugares, essa é a missão que Deus lhe deu! Desenvolver a Obra Divina num lugar assim é a missão que foi atribuída a você. Não há nada por que se humilhar. Faça-o com todo orgulho.” E assim, Ele continuou me orientando com suas palavras significativas, mas não consegui fixa-las porque estava tremendo de tanta emoção. Depois, enquanto eu Lhe fazia a barba, Meishu-Sama acabou dormindo profundamente. Apesar de estar entregue aos meus cuidados pela primeira vez, Ele nem me disse como desejava seu cabelo e barba, e dormiu tranquilo.

Um Ministro- Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol.4

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Antes de falar dos outros olhe para si mesmo.

Certas pessoas costumam ver as outras com olhos aguçados a fazer críticas a seu respeito. Quando pessoas assim fariam comentários sobre os outros com Meishu-Sama. Ele logo dizia: “Isso não é de sua conta. Você deve preocupar-se consigo mesmo.” E perguntava: “E você, será que é perfeito?” Muitas vezes, vi pessoas ficarem totalmente desarmados por essas reprimendas.

Kantyo – (Presidente)- Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol.4

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Não dê ouvidos a falatórios.

Certa vez, começou um falatório no cômodo contíguo àquele em que Meishu-Sama se encontrava. Eu estava no mesmo aposento que Ele e percebi quando o tom das vozes do outro lado foi aumentando tanto, que o que falavam ficou perfeitamente audível para nós. O pior é que o assunto versava sobre o próprio Meishu-Sama. Era uma discussão assim: “Ele é entendido” ou “Ele não é entendido”, o que me levou a ficar inquieto e trêmulo de medo. Entretanto, Meishu-Sama permaneceu totalmente alheio a tais comentários. Lembro-me que fui profundamente tocado por aquele seu modo de agir, conservando-se compenetrado no que estava fazendo, em perfeita conformidade com seu Ensinamento que diz: “Não dê ouvidos a falatórios.” Kantyo – (Presidente) Se o fizerem de bobo, faça-se de bobo Não é que me julgasse esperto, mas vieram acontecendo tantas coisas que, aborrecido, disse a Meishu-Sama: “Estão me fazendo de bobo!” Ao que Ele respondeu: “Se o fizerem de bobo, faça-se de bobo! Veja eu por exemplo.”

Um Ministro

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Não se vanglorie.

Quando nós, servidores, pensando que havíamos feito alguma coisa muito boa, dizíamos a Meishu-Sama: “Meishu-Sama, desta vez conseguimos fazer tal coisa”, Ele respondia: “Isso foi Deus quem fez.” E nós ficávamos desapontados. Entretanto, quando um de nós ficava preocupado, sozinho, pensando: “fiz algo a respeito do que não sei como proceder”, e resolvia pedir orientação, recebia palavras cheias de amor: “Isso é Deus quem está fazendo. Não se preocupe!” Assim, quando nos sentíamos orgulhosos, Meishu-Sama reprimia-nos imediatamente e quando estávamos decepcionados, ao invés de chamar nossa atenção, orientava-nos de modo a não deixar que nos sentíssemos pessoas imprestáveis.

Kyokaityo, (Um Dirigente do Templo), Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol.4

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Infundir na pessoa a confiança de que será salva.

Eu sou bonzo. No contato com os bonzos, as pessoas sempre se colocam em posição inferior. Mesmo que não as estejamos desprezando, elas presumem que, estamos agindo assim. Em todas as entrevistas, Meishu-Sama dizia-me rindo: “O seu sobrenome (Takatô) escreve-se com letras que significam cabeça alta, não?” No início, eu não entendia porque Ele me falava isso tantas vezes, mas, com o passar do tempo, fui compreendendo. Era porque, no meu contato com Meishu-Sama, eu mal sabia cumprimenta-Lo e me comportava como se estivesse me encontrando com um simples amigo. Assim sendo, Ele estava me repreendendo ocultamente. Meishu-Sama costumava dizer: “Eu acordo com a pessoa, é preciso mudar de atitude e também os trajes são importantes.” Eu pensava que estava fazendo tudo certo, mas Ele me disse: “É preciso fazer com que as pessoas, ao vê-lo, possam sentir – ‘Esta pessoa pode me salvar.’ ”

Kyokaityo, (Um Dirigente do Templo), Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol.4

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Deixe de usar palavras que possam dar ideias de menosprezo.

Meishu-Sama dava grande importância ao modo de falar. Há pessoas que, freqüentemente, põem suas dedicações em plano secundário, usando expressões depreciativas ao se referirem a elas. Por exemplo: “Já que estou folgado, vou ministrar Johrei.” Meishu-Sama sempre advertia sobre esta forma de falar, dizendo: “Está fazendo pouco caso de Deus.” Tempos atrás, fiquei sabendo que um Ministro disse a Meishu-Sama: “Como hoje e domingo, eu trouxe uma pessoa nova”, e que, depois, aquele Ministro fora severamente advertido por Ele: “O que você queria dizer com ‘Como hoje é domingo? ’Essa é um modo cruel de atormentar Deus.” Certa vez,quando Meishu-Sama expôs as suas obras de arte numa exposição em Tóquio, disse; “Eu havia me esquecido completamente que tinha uma obra como esta.” Então Lhe perguntei: “É por que o Senhor possui muitas graças?” ao que Ele imediatamente respondeu: “Não é porque tenho muitas que me esqueço. Só esqueço porque a obra não é de grande valor. Por maior quantidade que eu haja colecionado, se a peça for de boa quantidade, jamais me esqueço dela.”

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Realizou a entrevista coletiva suportando uma dor muito forte.

O seguinte fato aconteceu por ocasião de uma entrevista na Sede Provisória do bairro de Shimizu, em Atami, creio que por volta de 1949 ou 1950. Na ocasião, terminada a entrevista com os membros, assim que retornou ao seu aposento, Meishu-Sama começou a ministrar auto-Johrei com uma expressão de sofrimento, devido a dor de dente. Estava determinado que, logo que a entrevista terminasse, eu deveria cumprimenta-Lo e por isso acabei presenciando aquela cena. Durante toda a entrevista com os fiéis Meishu-Sama sentiu dores, mas na frente dos outros nada demonstrou, suportando-as impassível. Naquele momento, senti que Ele suportara a dor pelo desejo de não causar constrangimento aos presentes e me lembro de que recebi um silencioso Ensinamento com aquela sua atitude.

Um Servidor- Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol.4

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Por um mínimo descuido, somos golpeados.

Certo dia, quando estava mostrando as obras de arte a Meishu-Sama, recebi uma advertência. Isto aconteceu porque por esquecimento, deixei de comunicar-Lhe algo. Em resumo, lembro-me que fui admoestado severamente: “Tudo neste mundo é uma luta séria, na qual por um mínimo descuido, somos golpeados. Em qualquer situação, devemos estar sempre prontos e atentos. Desse jeito, você seria golpeado e estraçalhado. Se fosse uma luta real, você já estaria morto.”

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Se não conseguir executar as pequenas coisas.

... Meishu-Sama indagou a uma pessoa: “Qual a quantidade de arroz que costuma comer na sua casa em um mês?” Como era uma pergunta inesperada, ela ficou a pensar. Aí, Meishu-Sama lhe disse: “Deve estar sempre informado dessas coisas. Aqui somos uma grande família, mas sei exatamente quanto de arroz precisamos por mês.” E prosseguiu: “Mesmo as coisas grandes, são conjuntos de coisas pequenas. Portanto, se não conseguir executar perfeitamente as pequenas coisas, também não conseguirá fazer as coisas grandes.”

Um Servidor do Museu de Arte- Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol.4

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O Objetivo deve ser o mais amplo possível.

Muitas vezes, quando estávamos desanimados, Meishu-Sama nos animava, ensinando: “O homem, mesmo que sofra as piores pressões e perdas e que mergulhe no fundo do abismo da aflição, se possuir a grande força de reagir, conseguirá obter grandes sucessos. Naturalmente, o mesmo acontece com o país. Mesmo que defronte com a desgraça de ser destruído, se o povo tem grande força de reação, sem dúvida, conseguirá levantar-se e um dia prosperará.” Também disse: “O homem deve ser até certo ponto, blasonador. Os grandes blasonadores, invariavelmente, conseguem um certo grau de sucesso.” Com isso não queria dizer que devemos mentir, mas que o homem Eva ter sempre um sonho e que seu objetivo seja o mais amplo possível.

Um Servidor do Museu de Arte- Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol.4

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Tornar-se pessoa que não se zangue, ao invés de evitar zangar-se.

Quando jovem, na casa dos vinte anos, eu era uma pessoa muito violenta, que ninguém conseguia conter, chegando a ser chamado de galo de briga. Porém, como eu era fraco, logo pegava algum objeto para bater. Ficava com medo de mim mesmo, pois após a briga, geralmente bebia e aprontava desordens. Quem me livrou completamente dessas condições foi Meishu-Sama que sempre me dizia: “Não se zangue, torne-se um bobo.” Então, perguntei-Lhe: “Mesmo ficando irritado, basta que não demonstremos, não é?” Aí, Meishu-Sama disse-me energicamente: “Não, não deve nem mesmo pensar.” Graças a isso, daí para frente, pouco a pouco, passei a não me irritar; tornei-me um “homem que naturalmente não se zanga, ao invés de viver evitando ficar zangado.” Também a respeito do meu mau costume de me irritar, uma vez Meishu-Sama ensinou: “Você disse que fica irritado e não consegue conter-se; mas quando um cachorro late para você, você briga com o cachorro? Se você faz algo com boas intenções para alguém, mas esse alguém antipatiza consigo, ele não pode ser considerado um homem. Entretanto, quando você é que se irrita a ponto de cometer uma agressão, lembre-se que o seu espírito estará rebaixado, nas mesmas condições do espírito desse alguém.” A coisa mais gratificante da minha vida é que passei a não mais me irritar. Reconheço, por outro lado, que fui homem de tomar, de cada vez, quase dois litros de saquê. Por isso, certa vez perguntei a Meishu-Sama: “Mesmo uma pessoa como eu pode se tornar membro?” Então, Meishu-Sama me respondeu: “Por ser uma pessoa como você, é que a fé lhe é necessária.”

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Sofrer também é bom.

Entre os membros a quem eu dava assistência, havia uma senhora que passava por uma purificação séria. Quando ela se restabeleceu da doença, vários outros problemas começaram a surgir, seguidamente. Porém, por estar ciente de que o fato de acontecerem coisas difíceis devia-se a suas máculas, foi conseguindo suportar. E também o Ensinamento: “Mesmo que Deus queira conceder graças a uma pessoa, se ela tem mácula, estas devem ser eliminadas antes”, animava-a muito. Porém, como a purificação se prolongasse por muito tempo, fui pedir a Meishu-Sama orientação sobre o seu encaminhamento. Enquanto relatava tudo, detalhadamente, Meishu-Sama ouvia em silêncio com a expressão: “Que purificação terrível!” Deve estar sofrendo bastante!” Terminado o relato, fiquei a pensar: “Que tipo de resposta Ele vai me dar?” Então, Meishu-Sama disse-me apenas, em tom firme: “É bom!” Repentinamente, despertei e algo gritou no meu interior: “É isto!” Naturalmente, transmiti fielmente as palavras de Meishu-Sama àquela pessoa. Através disso ela mudou por completo, passando a melhorar a olhos vistos.

Kyokaityo, (Um Dirigente do Templo), Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol.4

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O destino de servir, levando comigo as crianças.

Por volta de 1934, acompanhado de três filhos menores, dedicava-me no Templo-filial. Eram dias realmente atarefadíssimos: ministrava Johrei diariamente, participava do Culto Mensal e viajava para divulgação em outras localidades. Na época, meu marido dedicava, quase por tempo integral, ao lado de Meishu-Sama. Um dia, desejando que ele voltasse para casa, telefonei para “Ojindo” (Cada de Difusão). Mesmo assim, ele não voltou. Após quatro ou cinco dias, fui até lá e ouvi as seguintes palavras de Meishu-Sama: “Seu esposo tem missão na Obra Divina, portanto, esteja ciente que ele não pode voltar sempre para casa, de acordo com sua vontade e conveniência.” Então eu Lhe disse: “Se não tivesse as crianças...”, e Ele respondeu: “Se as crianças são pesados fardos, Deus as tirará.” Espantei-me com essas palavras e pedi desculpas. Então, Ele me ensinou, detalhadamente, que “seu destino é servir levando as crianças junto.” Sinto, hoje, que falei a Meishu-Sama de maneira muito indelicada.

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Ordem – Quanto mais atarefados, maior cuidado devemos tomar.

Meishu-Sama era rigoroso com relação a ordem. Quando me atrasei por cinco minutos para receber o seu Johrei, chamou minha atenção severamente: “Você vai ser purificado por mim, portanto deveria ter chegado mais cedo que eu e ficar aguardando. Se a pessoa que vai purificar tiver que esperar por aquela que vai ser purificada, a ordem está subvertida.” E continuou me advertindo: “Quando a pessoa dispõe de tempo, segue corretamente a ordem, mas quando fica atarefada, desvia-se facilmente dela. Portanto, quando estiver atarefado, tome mais cuidado. Para isso, deve empenhar-se na leitura dos Ensinamentos. Isso impede a atuação do espírito maligno. Deixar de dormir uma ou duas noites não mata ninguém, por isso leia avidamente os Ensinamentos. Quando deixamos o espírito maligno atuar em nós, não conseguimos mais discernir a ordem.”

Um Artesão- Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol.4

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Um ensinamento rigoroso sobre a ordem, especialmente para os orientadores.

Por ocasião da primeira viagem missionária às diversas regiões do Japão, Meishu-Sama, passando pela cidade de Nagoya, foi a Quioto. Na sua volta, como desejava acompanha-Lo, dirigi-me até o vagão em que Ele estava, para cumprimenta-Lo. Naquele momento, Meishu-Sama conversava com o Presidente da Igreja, portanto fiquei aguardando do lado de fora até que terminassem, mas a conversa parecia não ter fim. Nisso, foi dado o sinal de partida para o trem; eu queria cumprimenta-Lo, pois pensava que seria incorreto embarcar e acompanha-lo sem nada lhe dizer. Assim, já estava ficando impaciente. Bem nessa hora, Nidai-Sama me perguntou: “O que deseja?” – e eu lhe respondi: “Desejo acompanha-los na viagem” e, ao olhar de relance para Meishu-Sama, vi que naquele mesmo instante Ele havia encerrado a conversa. Apressadamente, como o trem já ia partir, disse a Ele: “Vou acompanha-lo” e subi no trem. Assim que embarquei, a dedicante que O acompanhava veio a mim: “Meishu-Sama está chamando o senhor, venha rápido.” Dirige-me às pressas à cabine especial onde Ele se encontrava. Então fui severamente advertido: “Você não sabe o que é ordem?” Eu respondi: “Sim?!” embora não soubesse por que me chamava a atenção. Então, Ele continuou: “A minha esposa está aqui como minha acompanhante; onde já se viu cumprimentar primeiro minha acompanhante, me deixando para depois? Daqui em diante você precisará orientar muitas pessoas; portanto, quero deixar tudo isso bem claro”, e continuou rigorosamente, esclarecendo o quanto é importante manter a ordem.

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Eu quis me explicar, mas nada consegui dizer, além de: “Sim, senhor” e “Meishu-Sama concluiu: “Muito bem.” O caso ficou encerrado. Todavia, fui para o vagão-leito deprimido e nem consegui cochilar até chegar à cidade de Atami, a tal ponto me tocou o fato de ter sido repreendido. Depois disso, entretanto, senti algo diferente se formando no meu interior e adquiri auto-confiança em relação ao servir. Sempre que surgia um problema, ou me lembrava da expressão do rosto de Meishu-Sama dizendo: “Não sabe o que é ordem?” e logo que isso me vinha à mente, compreendia como deveria fazer para encontrar a solução desejada. Por isso, quando surgem problemas, lembro-me logo de Seu amor por mim, demonstrado naquela ocasião, e fico profundamente agradecido.

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Ao bocejar perante os outros.

... Certo dia, iniciada a entrevista coletiva com Meishu-Sama, começou-se a ouvir aqui e ali gemidos estranhos, tosses e soluços. E quando pensei comigo mesmo: “Que barulho incômodo!” De repente, uma pessoa a meu lado deu um enorme bocejo. Com um olhar penetrante, Meishu-Sama chamou sua atenção severamente: “Perante os outros não se deve abrir a boca desse jeito.” Por instantes, fez-se silêncio. Aí, Meishu-Sama, com uma fisionomia realmente alegre, desatou a rir em voz alta. E assim, criou um ambiente descontraído. Então, calmamente, colocando a mão sobre a boca, disse: “Deve-se colocar a mão na boca, deste modo”, e continuou a palestra.

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A essência da fé está em respeitar o próximo e cumprir as leis.

Esse fato aconteceu em 4 de fevereiro de 1950. Nesse dia, ao chegar na Sede Provisória no bairro de Shimizu, em Atami, para uma dedicação, vi Meishu-Sama saindo. As moças dedicantes reverenciaram-No respeitosamente e Ele, de dentro do carro, tirou o chapéu e acenou cortesmente. Vendo aquele procedimento, fiquei profundamente impressionado e rapidamente curvei a cabeça. Digo isso, porque à medida em que a pessoa é considerada ‘mestre’ pelas outras, mesmo que estas o cumprimentem com todo o respeito, geralmente ela não costuma se dar ao trabalho de tirar seja o chapéu, seja as mãos dos bolsos. A tendência é ter atitudes altivas, sendo que eu próprio, já passei por experiências desse tipo. Entretanto, Meishu-Sama – aclamado por muitos membros como Deus em pessoa – além de tirar o chapéu, acenou para simples dedicantes que ali vieram para Dele se despedir. Deparando-me com aquela cena, senti-me realmente agradecido e, ao mesmo tempo, profundamente emocionado. Parecia-me estar recebendo um grande Ensinamento, ao presenciar um ato que estava de acordo com as suas palavras: “A essência da fé está em respeitar o próximo e cumprir as leis.” Aquelas palavras calaram tão profundamente em mim que se tornaram uma lembrança inesquecível.

Kyokaityo, (Um Dirigente do Templo), Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol.4

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Ser bom ouvinte para obter conhecimentos.

Meishu-Sama era realmente um bom ouvinte. Quando convidava alguém, ficava sempre atento para deixar que aquela pessoa falasse, dando-lhe prioridade no diálogo. Conversava de forma agradável e sorridente, colhendo novos conhecimentos. Em se tratando de um assunto que Ele não conhecia, ficava realmente muito interessado. Fazia perguntas com seriedade, adotando um comportamento de quem falava com um mestre. Se Ele era assim nos seus últimos anos de vida, acredito que quando jovem fazia muito mais do que podemos imaginar.

Kantyo (Presidente), Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol.4

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Evolua para um segundo, um terceiro eu.

... Há muito tempo eu vinha trilhando o caminho religioso, conhecia a maioria dos Ensinamentos, mas o mais importante que é a prática, estava quase a zero. Quando descobri que não passava de um simples conhecedor de ensinamentos, senti vergonha e fiquei realmente desanimado. Num desses momentos de reflexão, recebi de Meishu-Sama as seguintes palavras: “O fato de se sentir desgostoso consigo mesmo significa o nascimento de um novo eu, ainda melhor, o que significa, também, que manifestou a capacidade de criticar seu velho eu, e isso é muito bom. Todo homem precisa evoluir para um segundo eu.” Dizendo assim, Ele me encorajou, reprovando o conservadorismo.

Um Servidor- Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol.4

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Faça seu relatório de acordo com a realidade.

No início do meu servir em Hagui, Estado de Yamaguti, por ser inexperiente, ainda não havia conseguido sequer um fiel. Mesmo assim, Meishu-Sama pediu-me o relatório. Portanto disse-Lhe: “Ainda não consegui nenhum membro.” Ele retrucou: “Conseguindo ou não, uma vez que você foi para lá como meu representante, pelo menos relate que não conseguiu.” Assim, continuei durante um ano fazendo constar do relatório que não havia conseguido nenhum membro. Passado um ano completo, comuniquei a Meishu-Sama: “Já completou um ano que estou servindo em Hagui, por isso creio que não há mais esperança.” Ele então me repreendeu: “Você fala como se fosse Deus, mas quem foi que lhe disse isso? Durante um ano você me enviou, sem falta, os relatórios, mesmo para relatar que não havia conseguido membros. Aquilo foi determinado por Deus para testar você. Portanto, desta vez, quando voltar pra lá, terá início um progresso incalculável. É agora que a coisa vai começar.” Ao ouvir isso estremeci, mas Hagui começou a crescer, realmente, depois que ouvi aquelas palavras de Meishu-Sama.

Kyokaityo (Dirigente do Templo),(Presidente), Reminiscências sobre Meishu-Sama vol.4

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Estamos comemorando hoje, no Culto do Natalício, o dia do nascimento de MeishuSama nesta Terra. A propósito, nós também nascemos aqui na Terra. Então, de que forma será que Deus está nos vendo? Geralmente, nós vivemos ocupados com o trabalho e os afazeres do dia-a-dia, e por isso achamos que não temos nenhuma ligação especial com a Obra da Criação de Deus. Porém, na verdade será que cada um de nós, sem nenhuma exceção, não está vivendo porque tem que servir em algum lugar, já preparado por Ele, dentro da Obra Divina? Por isso, nós não devemos achar que estamos apenas vivendo e se desenvolvendo como um simples ser humano. Devemos pensar que nascemos neste mundo porque somos necessários a Deus. Humanamente falando, podemos até achar que não somos tão importantes assim, mas tomando como base a Obra da Criação, eu acredito que Deus está fazendo com que cada um de nós renasça como seu verdadeiro filho. E é por isso que se Deus não tivesse o propósito de nos dar a chance de nascer novamente, ou seja, de nos consolidar como seus filhos, não haveria a necessidade dele nos outorgar a vida neste mundo.

KYOSHU-SAMA, em 23 de dezembro de 2006, Jornal Messiânico nº 360 (janeiro e fevereiro/2007)

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Para ser feliz, é necessário crer em Deus Absoluto, adorá-Lo, compreender e praticar a Sua Vontade, somar méritos e purificar o espírito de modo que o seu habitat espiritual se eleve ao Céu. Não há outro processo para alcançarmos a felicidade, e nisso reside o profundo significado do Johrei. SERMÃO, JOHREI E FELICIDADE, Alicerce do Paraíso, v. 1

AJOELHOU-SE AOS PÉS DE MEISHU-SAMA.

Este fato ocorreu por volta de 1949, quando houve um encontro com Meishu-Sama na Sede Provisória, situada no bairro de Shimizu, em Atami. Nessas ocasiões, após os encontros, Meishu-Sama sempre ministrava Johrei individualmente àqueles que lhe faziam solicitação especial. Se não me engano, eram os dirigentes e chefes de Igreja que faziam esse tipo de solicitação. Em sua rotina diária, Meishu-Sama permanecia na Sede Provisória até às três horas da tarde, encontrando-se com várias pessoas. Às vezes, ia até o Solo Sagrado de Atami e de lá retornava ao Hekiun-So. Numa dessas ocasiões, Miyako, filha de Meishu-Sama, sentiu-se mal subitamente e telefonaram imediatamente a Meishu-Sama, que estava em Shimizu.

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Como recebemos o comunicado de que ele retornaria imediatamente, Miyoko, uma servidora, ficou esperando-o à entrada do Hekiun-So. Meishu-Sama chegou em seguida, ofegante e bastante apressado. Ao ver Miyoko, que o esperava à entrada com uma fisionomia saudável, ele disse: “Ah! Você já melhorou? Que bom!” Meishu-Sama havia confundido o nome da servidora com o da filha, que eram muito parecidos, e pensou que a servidora era quem estava passando mal. Neste momento, Miyoko disse-lhe: “Não sou eu. É sua filha Miyako”. E ele respondeu aliviado: “Ah, é a Miyako?” Vendo tal reação, Miyoko, que pensava que Meishu-Sama havia voltado por causa da filha, constatou que ele retornara correndo achando que fosse ela, uma simples servidora. Além disso, o caminho de Shimizu até o Hekiun-So é uma ladeira íngreme, e até nós ficamos ofegantes se a subimos rapidamente. Ao sentir o amor de Meishu-Sama, que viera correndo para lhe ministrar Johrei, Miyoko ajoelhou-se aos seus pés, achando não ser merecedora de tamanha consideração.

Um Presidente.

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Muito Obrigado pela atenção e vamos mandar “BRASA”