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Cidadãos do Portovs
Democracia Participativao caso do Parque da Cidade
Os problemas• Os cidadãos dão pouca importância à política;
• Os cidadãos assumem uma atitude passiva face a
muitos problemas;
• Os políticos preocupam-se pouco com as verdadeiras
necessidades das pessoas;
• Os políticos decidem sem ponderar devidamente o
impacto dos seus actos.
PDM e Normas Provisórias
• PDM (1993)
• Normas Provisórias(1999)
Breve historial do processo1990-1993 •1ª fase do Parque da Cidade
1994-1998•2ª fase do Parque da Cidade (área total de 76 ha, quando em 1994 Fernando Gomes prometia 92 ha)
1997•Plano de Pormenor do Arq. João Paciência, nunca aprovado, com uma muralha de prédios a toda a volta do Parque
Set. 1999•Publicação das Normas Provisórias com 3 novas frentes urbanas no Parque
2001
Março•Constatação do problema e reuniões preparatórias para criação de um Movimento Cívico de protesto
Maio•Publicação do Manifesto do Movimento pelo Parque da Cidade (MPC) (não se aborda o referendo, porque havia ainda algumas dúvidas)
Junho
•Anúncio da intenção de promover um referendo local e início da recolha de assinaturas (5000, no mínimo)
•Projecto da Imoloc e negociatas ente a Câmara Municipal do Porto (CMP) e a imobiliária reveladas pelo JN.
Breve historial do processoJulho •Debate no Rivoli promovido pela CMP
•Teresa Lago, Pedro Abrunhosa e Eugénio de Andrade, entre outros, apoiam a causa do MPC. Nuno Cardoso reage e considera o MPC, novamente, de “demagógico”
•Nesta altura já todos os candidatos defendem o referendo, e Fernando Gomes é o único que defende “alguma construção”
Agosto •Público revela ilegalidades na construção do viaduto
Setembro •MPC já possui as 5000 assinaturas
Outubro •Publicada lista com mais de 120 personalidades apoiantes do Parque
•Marcha de solidariedade com o Parque da Cidade
Novembro •A golpada de Nuno Cardoso: o Presidente da CMP pretende deferir o pedido de informação prévia de construção, o que, caso venha a ocorrer, obrigará à indemnização dos proprietários se a licença de construção não for atribuída
•Projecto da Imoloc pode ser ilegal, diz o Público
A negociata entre CMP e Imoloc
• Em troca dos
terrenos que a
Imoloc possui no
miolo do Parque, a
CMP dá os que
possui na Feira
Popular (com
capacidade
construtiva), mais a
capacidade
construtiva da área
verde do Parque
pertencente à Imoloc
• Um pequeno grupo de pessoas
conseguiu formar um movimento
cívico para reivindicar a salvaguarda
daquela área verde. As principais
conquistas do MPC foram:
–alertar a cidade para o que a CMP pretendia fazer, e obrigá-la a explicar devidamente as
suas intenções;
–recolher mais de 7500 assinaturas para um referendo local;
–conseguir colocar na agenda política o tema, e obter o apoio de todos os candidatos à
Câmara para o referendo.
•De certa forma, pode-se dizer que o MPC foi capaz de vencer a inércia e
passividade que hoje existem face a tantos problemas;
•A polémica do Parque da Cidade já ultrapassou a dimensão do MPC, “saltando”
para a opinião pública e assegurando a devida pressão sobre o poder político.
Conclusão• Existem inúmeros problemas a resolver. No entanto, isso
não nos deve levar à resignação;
• Pequenos grupos com uma estratégia sólida podem
conseguir grandes feitos, alertando população e políticos
para questões que consideram de urgente resolução;
• A única certeza que há é esta: só a inactividade
conservará tudo como está. Por isso, em vez de se
descobrirem razões para nada fazer, importa passar à
acção!