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MIGRAÇÃO DE SISTEMAS LEGADOS Atualização de Sistemas de Controle e Automação Industrial
1 MÁRCIO VENTURELLI
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Márcio Venturelli
MIGRAÇÃO DE SISTEMAS LEGADOS
Atualização de Sistemas de Controle e
Automação Industrial
MIGRAÇÃO DE SISTEMAS LEGADOS Atualização de Sistemas de Controle e Automação Industrial
2 MÁRCIO VENTURELLI
É tema recorrente na área de manutenção industrial atualizar
sistemas, modernizar sistemas, melhorar sistemas, e por ai vai,
tudo com o mesmo propósito, dar longevidade aos sistemas
existentes, conhecidos como Sistemas Legados.
A caracterização de um sistema que necessita ser atualizado,
normalmente passa por um ou mais fatores abaixo
relacionados, onde normalmente não se consegue mais:
• Ampliar o sistema – não permite mais por motivos
tecnológicos ou de custo;
• Integrar o sistema – não consegue mais fazer o sistema
“conversar” com a rede da planta;
• Modificar o sistema – por falta de documentos,
conhecimento ou código.
Desta forma, temos o que chamamos de Sistemas Legados,
que são sistemas que já operam na planta há algum tempo e
estão nas seguintes situações abaixo:
• Um sistema antigo ou ultrapassado;
• Apresentam documentação desatualizada;
• Difícil de modificar e entender.
Os Sistemas Legados têm um alto impacto na manutenção
industrial, se caracterizam como desafios, pois apresentam-se
da seguinte forma:
• Tem alto custo de OPEX – custo de operação e
manutenção;
• São obsoletos – não permite manutenção;
• Não integra com os sistemas existentes;
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Vamos ver os principais problemas dos Sistemas Legados:
• Hardware obsoleto, sem suporte ou peça de reposição;
• Em geral na empresa não existe um entendimento
completo a respeito do funcionamento;
• Difícil encontrar pessoal especializado, aumentando o
custo de manutenção;
• Difícil integração com sistemas novos, barreiras
tecnológicas;
• Programação com linguagem e estruturação obsoleta;
• Problemas de desempenho, estabilidade e
disponibilidade são comuns nestes sistemas.
Então, qual seria a solução para os Sistemas Legados? Fazer a
Migração, esta é a resposta técnica para este desafio. Logo, o
que é Migrar?
Migrar é mudar, evoluir a tecnologia, mantendo a mesma
função, com os seguintes benefícios:
• Obter ganhos de performance;
• Adquirir novas ferramentas;
• Facilidades de O&M Operação e Manutenção.
No caso dos Sistemas Legados, relacionamos a principal
estratégia de migração:
• Passar de um Sistema Inflexível para um Sistema
Moderno;
• Passar de um Sistema Frágil para um Sistema Robusto;
• Passar de um Sistema Difícil de Manter para um Sistema
a Prova de Futuro.
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Os sistemas a prova de futuro têm uma diretriz baseada na
conectividade de sistemas, devendo ter a capacidade de
comunicação vertical, isto é, ser capaz de entender variáveis no
nível mais baixo de automação até o nível mais alto,
dispensando conversões, utilizando a variável real e sendo
disponibilizada em toda a rede de comunicação, de forma
horizontal. Hoje temos o conceito de SOA (Arquitetura Orientada
a Serviços) que é a base dos projetos modernos de
automação.
Antes de pensar em Migração de Sistemas Legados é
importante saber que, normalmente se cometem erros
estratégicos para este tipo de solução, isso ocorre porque:
• As ações são de curto prazo;
• Ataca-se problemas pontuais;
• Limita-se o escopo da solução.
Conclusão sobre estes erros estratégicos, normalmente
continuam os mesmos problemas, porém mais “sofisticados”.
Tipos de Migração nos Sistemas Legados de Automação:
• Migração de HARDWARE
o Atualização de PLC/DCS
o Atualização de Drives de Acionamento
o Atualização de Instrumentação
• Migração de SOFTWARE
o Atualização do Scada/DCS
o Atualização Lógica e Controle
o Atualização ferramentas O&M
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• Migração de INFRA-ESTRUTURA
o Atualização de Servidores/PC
o Atualização da Rede de Comunicação
o Atualização do Sistema de Segurança
• Migração de DADOS
o Atualização de Banco de Dados
o Atualização de Relatórios
o Atualização dos Backups
O processo de planejamento para Migração deve passar por
uma avaliação da planta existente, definir parâmetros e
objetivos da atualização e focar na necessidade eminente, após
isso “encaixar” a solução dentro das verbas de CAPEX e OPEX.
Para elaboração de um escopo de Migração, é muito
importante estar baseado nas seguintes diretrizes, estas
norteiam os projetos de automação atualmente:
• Tecnologia a Prova de Futuro (comentado acima);
• TCO Custo Total de Propriedade (CAPEX + OPEX);
• Facilidades de O&M (Operação e Manutenção).
O principal roteiro de implantação dos Sistemas Legados,
relacionamos abaixo:
• Construir a estratégia da migração (AS-IS e TO-BE);
• Mitigar os riscos do projeto;
• Contingenciar as ações de risco;
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• Definir a estratégica de transição;
• Instalação e configuração do sistema;
• Comissionamento e partida da planta;
• Realização da transição (cut-over);
• Operação assistida;
• Validação, backup e documentação.
Considerando o projeto de Migração, a Transição é a etapa
mais crítica, onde a interação com o sistema legado é
cessada. Há três formas de efetivar a mudança:
• Cut-and-run: Desligar totalmente o sistema legado e
colocar o novo em operação;
• Interoperabilidade serial: Substituição gradual e seriada
dos módulos, por etapa;
• Operação paralela: Ambos os sistemas desempenham
as mesmas funções ao mesmo tempo, uma vez validado, há o
desligamento total do sistema antigo.
Benefícios de Migrar Sistemas Legados:
• Menos paradas no processo produtivo;
• Menor possibilidade de incidentes relacionado a
segurança;
• Mais segurança e consistência nas informações;
Vantagens na Migração dos Sistemas de Automação:
• Sistema estruturado para crescer e se integrar ao
controle operacional;
• Previsibilidade de custeio e risco de manutenção;
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• Reavaliação e recuperação do conhecimento do
funcionamento do processo;
Tendências tecnológicas da Automação na implantação de
Sistemas Legados:
• Sistemas com Gerenciamento de Mudanças;
• Sistemas conectados em Big Data;
• Foco na Cibersegurança.
Concluímos que a melhoria contínua do aumento da produção,
diminuição de custos e segurança na produção, passa pela
atualização dos sistemas de automação.
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SOBRE O AUTOR
JAN/2015 - R0
Márcio Venturelli trabalha no mercado de
automação industrial há 20 anos, tendo atuado
em diversos departamentos, tais como,
assistência técnica, treinamentos,
comissionamento, projetos, engenharia,
marketing e negócios.
Trabalhou em diversos projetos de implantação
de sistemas de automação de plantas de
bioenergia, transformação e manufatura, no
Brasil e no exterior.
Atualmente trabalha em desenvolvimento de
mercados e tecnologia, com foco em soluções
de sistemas de automação industrial, tendo
como diretrizes viabilidades técnicas e
financeiras, otimização e gestão industrial.
É professor universitário de pós-graduação de
automação industrial e gerenciamento de
projetos.
Membro Sênior da ISA (Sociedade Internacional
da Automação) e Presidente da Seção ISA
Sertãozinho-SP, Membro do PMI-SP (Instituto
de Gerenciamento de Projetos), Diretor de
Safety Bus da PI (Associação Profibus/Profinet
Internacional) e Coordenador do Comitê de
Automação Industrial do CEISE Br.
Graduado em Ciência da Computação –
Especialista em Automação Industrial, Pós-
Graduado em Gestão Industrial e Petróleo e
Gás. MBA em Estratégia de Negócios.
E-mail: [email protected]
http://about.me/marcio.venturelli