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megaamiga-ina
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Na hora de listar as qualidades que a gente quer encontrar nas pessoas com quem iremos nos relacionar vida afora, está lá a
indefectível "sensibilidade". A gente quer que o patrão seja
sensível e não um grosso. A gente quer que nosso(a)
amigo(a) seja sensível e não um trator. A gente quer - e como quer! - que
nossa(o) namorada(o) seja sensível e não um brucutu.
Encontrar sensibilidade nos outros é meio-caminho andado para o entendimento.
E sermos, nós mesmos, sensíveis, também é um filtro
bem-vindo, é a sensibilidade que permite nossa comoção diante de um quadro, de uma música,
de um amor que nos arrebata ou de uma perda irreversível.
Mas admito que sinto uma certa inveja daquelas pessoas que são sensíveis mas não se
tornam vítimas da própria emoção.
Porque sensibilidade demais esgota a gente.
Tem horas em que o filtro não filtra coisa nenhuma: permite
que a gente seja atingido profundamente por coisas que mereceriam menos entrega.
Cultivamos mágoas por coisas que nos aconteceram 15 anos atrás, remoemos culpas que já foram mais que perdoadas e
esquecidas, temos nosso sistema nervoso totalmente abalado
porque alguém compreendeu mal nossas palavras, sofremos por questões insolúveis, sofremos,
sofremos, e sofrer dá uma senhora consistência à nossa
vida, mas como cansa.
Às vezes me farto dos ideais que persigo e que, por serem ideais,
nunca se concretizarão plenamente.
A vida é defeituosa, imprevisível, nada é exatamente como a gente
gostaria que fosse - e sensibilidade é algo que faz a gente aceitar isso e ser feliz do mesmo jeito. Já sensibilidade demais dá
nos nervos e fatiga à toa. Uma certa frieza nos faz andar mais rápido,
não nos retém.
Como se mede, se pesa, se percebe a
sensibilidade suficiente e a sensibilidade
excessiva?
No quanto ela joga a nosso favor ou
contra.
Sensibilidade suficiente refina você, lhe dá um foco na vida. Já a sensibilidade
excessiva faz de você protagonista de um
dramalhão mexicano.
Temos escolha?
Não se escolhe, é o que se é.
Os que são sensíveis na medida aproveitam a vida sem duras
cobranças internas. Já a turma dos excessivos pega canetas,
câmeras, pincéis, sapatilhas, instrumentos, e transforma o
excesso em arte. Ou faz besteiras. Cada um encontra onde colocar
sua sensibilidade, uns com leveza, outros com fartão de si mesmos.
Os únicos que seguem não entendendo nada são os
insensíveis.
CRÉDITO
Autor do slide: Prado Slides
E-mail: [email protected]
http://www.argonet.eti.br
Autora do texto: Martha Medeiros
Imagens: Internet/Cadê
Música:
Rossano - Ti Voglio Tanto Bene
Respeite o Autor.
Não retire e nem modifique os créditos!