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Configuração de Sistemas Configuração de Sistemas Operacionais de Rede Operacionais de Rede (CSOR) (CSOR) Tecnologia em Redes de Computadores Tecnologia em Redes de Computadores Prof. Esp. Juan Carlos Oliveira Lamarão Prof. Esp. Juan Carlos Oliveira Lamarão Abril - 2016

Unidade 3.4 Conhecendo e Manipulando o Sistema Linux

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Configuração de Sistemas Configuração de Sistemas Operacionais de Rede Operacionais de Rede (CSOR)(CSOR)Tecnologia em Redes de ComputadoresTecnologia em Redes de ComputadoresProf. Esp. Juan Carlos Oliveira LamarãoProf. Esp. Juan Carlos Oliveira LamarãoAbril - 2016

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Plano de AulaPlano de Aula

Unidade III: Servidores Linux

Introdução ao Sistema Operacional Linux

Instalação do Sistema Operacional Linux

Estrutura de Diretórios Linux

Conhecendo e Manipulando o Sistema Linux

Permissões e Propriedades de Arquivos

Recursos do Shell Bash

Comandos de Gerenciamento de Usuário e Processos

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RecapitulandoRecapitulando

Quais arquivos estão guardados no diretório /etc?

Qual a Função do comando whereis?

Quem pode executar arquivos do /bin?

Quem pode executar arquivos do /sbin?

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CONHECENDO E MANIPULANDO O SISTEMA LINUX

Unidade 3

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Características dos ArquivosCaracterísticas dos Arquivos

O arquivo é o elemento estrutural em um sistema Linux. O sistema de arquivos apresenta e guarda todas as informações em forma de arquivos, sejam eles dispositivos, arquivos de rede ou de qualquer outro tipo.

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Características dos ArquivosCaracterísticas dos Arquivos

Uma descrição de um sistema Unix, também aplicável ao Linux, é a seguinte:

“Em um sistema UNIX, tudo é um arquivo; se algo não é um arquivo, então é um processo.”

Esta é uma das principais características de um sistema operacional Linux. Dispositivos de hardware, comandos executados, os diretórios em si, sockets de comunicação e, é claro, os próprios arquivos, tudo se encaixa na definição de arquivo.

O SO não sabe, por exemplo, a diferença entre diretório e arquivo: para o mesmo, um diretório é somente um arquivo contendo nomes de outros arquivos. Além disso, a extensão no nome de arquivo é apenas de natureza informativa, não sendo utilizada para determinar se, por exemplo, um arquivo é executável ou não (para isso, utiliza o esquema de permissões).

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Informações sobre os ArquivosInformações sobre os Arquivos

Quando um novo arquivo é criado, o sistema de arquivos do Linux guarda suas informações em um inode (estrutura particular do sistema operacional), que conterá informações como:

Proprietário e grupo do arquivo (UID e GID)

Tipo do arquivo

Data e hora da criação, e também da última modificação

Número de links deste arquivo

Tamanho do arquivo

Um endereço, definindo a localização real dos dados do arquivo

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Informações sobre os ArquivosInformações sobre os Arquivos

Para visualizar o inode de um arquivo é necessário usar o comando ls com a opção -i

$ ls -i exerc.txt guardar.log

231362 exerc.txt

274305 guardar.log

Obs.: ao comprar qualquer dispositivo que armazene arquivos há um espaço no mesmo para o inode.

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Informações sobre os ArquivosInformações sobre os Arquivos

A única informação que não é incluída no inode é o nome do arquivo/diretório, que é armazenado em diretórios de arquivos especiais. Comparando os nomes dos arquivos e o número dos inodes, o sistema pode construir a estrutura em árvores que é apresentada para o usuário.

A maioria dos arquivos do sistema são os chamados arquivos regulares. Eles contém dados convencionais, como por exemplo arquivos texto,arquivos de programas e imagens. Entretanto outros arquivos são diferenciados dentro do sistema, dependendo da sua função:

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Informações sobre os ArquivosInformações sobre os Arquivos

Diretórios: arquivos que são lista de outros arquivos.

Arquivos especiais: arquivos que são usados como mecanismo para a conexão com dispositivos (portas de I/O, discos, etc). A maioria destes arquivos residem em /dev.

Links: um sistema Linux pode fazer um arquivo (regular) ou diretório ficar visível em vários locais na árvore de diretórios do sistema, criando links.

Sockets: são mecanismos usados como forma de comunicação entre processos de rede, protegido pelo controle de acesso do sistema de arquivos.

Pipes: similares aos sockets, fornecendo maneiras dos processos se comunicarem uns com os outros, porém não utilizam o conceito de rede.

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Informações sobre os ArquivosInformações sobre os Arquivos

O método mais simples e comum de verificar o tipo de um arquivo é através do comando ls, com a opção -l

$ ls -l documento.txt

-rw-r--r-- 1 aluno grupo01 36720 Jul22 14:25 documento.txt

O comando mostrado serve para exemplificar como listar as informações sobre um arquivo. A primeira informação retornada por esta listagem é um conjunto de 10 caracteres.

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Informações sobre os ArquivosInformações sobre os Arquivos

Neste momento, será analisado apenas o caractere inicial, que indica o tipo de arquivo:

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Atributos de arquivos Descrição

- Arquivo regular

d Diretório

l Link simbólico

b Dispositivos orientados a bloco (disco, memória, CD-ROM)

c Dispositivos orientados a caracteres (modem, porta serial)

s Socket

p Pipe

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Arquivos EspeciaisArquivos Especiais

Como já mencionado, no Linux quase tudo é representado por arquivo. Entretanto, alguns tipos de arquivos são tratados de modo especial, no sentido de que são diferentes do que geralmente se encontra em outros sistemas operacionais diferentes do Unix/Linux. Os mais comuns são os Links e os arquivos de dispositivos. Os Arquivos Especiais.

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Links DiretosLinks Diretos

Links são referências, atalhos ou conexões lógicas entre arquivos ou diretórios. Através de um Link, é possível ter diferentes referências a um mesmo arquivo. Eles são criados para que possam ficar visíveis em vários locais na estrutura de diretórios do sistema, dependendo da necessidade de sua criação. Estas referências podem ser de dois tipos: links diretos (hard links) ou links simbólicos (symbolic links ou symlinks).

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Links DiretosLinks Diretos

Links diretos ou hard links são, na prática, diferentes nomes para um mesmo arquivo. Ou seja, uma determinada porção de dados em disco pode ter vários nomes apontando para ela. Quaisquer modificação em um deles é refletida em todos ou outros.

Todos os arquivos são compostos por pelo menos um hard link, que consiste no nome original do arquivo. No sistema de arquivos, todos os hard links existentes de um arquivo ocupam apenas um inode na área de inodes, e são usados quando estas referencias estiverem no mesmo sistema de arquivos.

A quantidade de links fazendo referência ao mesmo arquivo pode ser vista usando o comando ls com o argumento -l O valor que aparece após os 10 primeiros caracteres é referente ao número de conexões lógicas.

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Links DiretosLinks Diretos

$ ls -l documentos.txt

-rwxr-xr-x 4 aluno grupo01 36720 Jul 2 14:25 documento.txt

Neste caso, o arquivo original documento.txt possui 4 links diretos associados a ele. Quando qualquer um dos links é alterado, o original também é modificado, pois são o mesmo arquivo, apenas com nomes diferentes. *O original só será eliminado quando todos os seus links também forem*

Não é possível criar hard links para diretórios, e também é impossível criar hard links entre sistemas de arquivos, devido ao esquema de inodes usados por eles.

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Links SimbólicosLinks Simbólicos

Um link simbólico ou symlink é como um atalho para um arquivo. Ele consiste de um arquivo pequeno, contendo apenas um apontador para um nome de arquivo, ou seja, ao invés de apontar para uma porção de dados em disco, o link simbólico aponta para um nome de arquivo, incluindo seu caminho.

Os acessos ao link simbólico são direcionados ao arquivo original, sendo que este não está diretamente vinculado ao links simbólico. Pode-se ter links simbólicos quebrados, significando que estão apontando para arquivos que foram removidos ou que simplesmente não existem. O ato de se apagar um link simbólico não faz com que o arquivo original desapareça do sistema (somente o vínculo será apagado), mas apagando-se o arquivo original, os links simbólicos ficarão danificados.

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Links SimbólicosLinks Simbólicos

O link simbólico apenas aponta para um outro arquivo sem usar inodes para os links, o que permite que links simbólicos entre partições possam ser criados.

Existem vários motivos para se criar um link simbólico. Dentre eles, pode-se destacar:

Quando se deseja criar nomes mais significativos para chamadas a comandos. Como por exemplo, pode-se citar a chamada dos shells csh e sh, que muitas vezes são links simbólicos para os shells tcsh e bash;

Um outro uso para o comando é como atalho para diretórios com nomes complicados; o que não pode ser feito com hard links. Isso facilita o acesso a diretórios;

Criar um atalho para um arquivo para satisfazer requerimentos de instalação de um programa que espera que o arquivo esteja em outra localização.

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Arquivos de DispositivosArquivos de Dispositivos

Dispositivos instalados em cada máquina Linux (com exceção de interfaces de rede) são apresentados pelo sistema como uma entrada do diretório /dev. A vantagem deste modo como o sistema Linux trata dispositivos é que nem o usuário, nem o sistema precisam se preocupar muito sobre a especificação dos dispositivos, acessando-os de maneira uniforme.

Porém é interessante que o usuário tenha uma ideia dos principais arquivos de dispositivos presentes no diretório /dev.

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Arquivos de DispositivosArquivos de Dispositivos

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Arquivo Dispositivo acessado

consoleEntrada especial para o console atualmente usado

ttyS* Portas seriais

sr* Unidade ótica de CD ou DVD

sd[a-t][1-16]Suporte a discos rígidos ATA, SCSI ou unidades de armazenamento removíveis (como discos USB e flash drives

Input/mouse* Mouse

Input/event*Diferentes dispositivos de entrada conectados ao sistema, como teclado, mouse, touchpad, etc

snd/* Dispositivos de entrada e saída de som

mem Memória

rtc* Relógio de tempo real

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DicasDicas

Não é recomendável modificar os arquivos do diretório /dev. O próprio sistema, através do subsistema udev, se encarrega de criar links ou arquivos necessários para o acesso aos dispositivos.

Muitas vezes dispositivos como unidades de CD ou DVD podem ser acessados através de links simbólicos que apontam para o dispositivo apropriado, como /dev/cdrom, /dev/cdrw, /dev/dvd ou /dev/dvdrw.

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