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SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
DO RIO GRANDE DO SUL - SEC
XIII ENCONTRO ESTADUAL DE COORDENADORES (AS) DE ENSINO RELIGIOSO DAS CRE
Prof. Me. Pedro Francisco de Moraes
e-mail: [email protected]: http://pedromoraesfilosofia.blogspot.com
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PANORAMA DA HISTÓRIA DAS RELIGIÕES
O interesse pelo estudo sistemático da religião, entre os povos ágrafos, teve incremento em meados do século passado. Etnógrafos e etnólogos constataram, de imediato, que o fenômeno religioso é universal. Seria demasiado longo citar todos os autores e sua concordância unânime quanto a esse ponto. Citamos um, apenas, com seu depoimento, que, porém, retrata a ideia de todos, sejam do século transato, sejam de nosso tempo:
“Nenhuma sociedade foi vista com ausência de ideias e atos supernaturalísticos. Nenhuma careceu de crenças em almas e seres espirituais ou concepções de uma pós-vida” (Norbeck, 1964, apud Tax, p. 214. (in: ULLMANN, Reinholdo Aloysio, 1991. p. 161)).
DEFINIÇÃO DE RELIGIÃO
Antes do mais, deve dizer-se que, entre os primitivos, não existe um termo explicito para designar o que os civilizados chamam de religião. Praticam-na. E suas práticas e seus ritos fazem jus a que se denominem com a palavra por nós empregada para tais atos: expressão de uma relação com algo superior e transcedente vale dizer religião.
Verdade é que, no século dezenove, houve afirmações de que, por exemplo, os Fueguinhos, na Terra do Fogo, não tinham religião alguma. Tal asserto, porém, não passou de rotundo e crasso erro.
Por quê? Pelo fato de a permanência entre eles, por parte de quem os observara, não ter sido suficientemente longa, para detectar o fenômeno religião, e pelo fato de não lhes haver sido conhecida a língua São dois fatores de importância para o estudo de qualquer aspecto cultural, mormente da religião.
A relação do homem com o transcendente, seja qual for a maneira de sua manifestação, é verificável em todos os povos do globo.
Deixando de parte aspectos etimológicos da palavra, isto é, se religio provém de religare, religari ou reeligere, vamos à essência de seu significado. A religião pode ser definida como relação do ser humano ao fundamento de sua própria natureza, existência e sentido. Subjaz, evidentemente, a essa definição um pressuposto filosófico de que não carecem os primitivos.
Constitui, a religião, um elo existencial com um ser “estranho” ao mundo, um ser “santo”, um ser não apenas diferente, mas, na maioria dos casos “outro”. Dizemos não ser apenas diferente porque, de fato, casos há em que seres humanos ou algo essencialmente humano são elevados à categoria de divindades. Isso ocorre, por exemplo, no manismo e no animismo. São seres diferentes dos mortais comuns, porém não são “outros”, em sentido ontológico.
ALGUMAS DISTINÇÕES Para correta compreensão do fenômeno religioso é mister distinguir os
seguintes pontos:
•Religião de um povo: é aquela em que há deuses locais, não pertinentes a povos vizinhos. Caracterizam-se pelo henoteísmo e/ou politeísmo. Os gregos, por exemplo, tinham deuses próprios, que, depois, os romanos adotaram. Entre muitas religiões tribais, há, igualmente, deuses locais, desconhecidos de tribos limítrofes.
•Religiões universais: são aquelas que têm um fundador específico, cuja mensagem é dirigida a todos os homens, oferecendo-lhes um caminho de salvação. Centram sua atenção numa divindade suprema, razão por que se denominam de religião monoteísta. Quais são elas? o Judaísmo, o Cristianismo, o Islamismo.
•Religiões naturais: recebem tal nome as que vigem entre os povos primitivos, em oposição à religião cristã. O nome está vinculado ao termo alemão Naturvoelker. Não se trata, pois, de culto à natureza, como poderia, à primeira vista, parecer.
•Religiões culturais: denominam, - se assim as que são típicas dos povos civilizados. A expressão deve sua origem ao termo Kulturvoelker.
QUAL TERIA SIDO A PRIMEIRA FORMA DE RELIGIÃO?
Sobre este ponto já se escreveram milhares e milhares de páginas, a partir, mormente, de meados do século transato. Resumidamente, pode dizer-se que há duas linhas divergentes: o evolucionismo unilinear e o difusionismo histórico-cultural.
O evolucionismo unilinear pensa que a primeira religião, teria sido o animismo, vindo, depois, o animatismo, mana, politeísmo e, finalmente, o monoteísmo. É a corrente liderada por E. B. Tylor.
Émile Durkheim, francês, julgou que o totemismo, crença numa afinidade
mística entre o homem e certos animais ou plantas, marcasse a forma original
de religião, na humanidade. Por que chegou a essa conclusão? Porque, entre as
tribos australianas, era perceptível, predominantemente, o totemismo. Ora, os
australianos, com sua cultura rudimentar, eram julgados por Durkheim e,
depois, pela Escola histórico-cultural, como representantes lídimos dos
primeiros homens.
O difusionismo de Wilhelm Schmidt diverge do evolucionismo unilinear. Tem como ponto de partida o monoteísmo primigênio, revelado por Deus aos primeiros homens, o qual, no decorrer dos tempos, pela separação de grupos humanos, em diversos pontos geográficos, teria degenerado para todos os outros “ismos”.
Por faltarem a ambas as Escolas provas escritas, referentes ao remoto passado, carecem de fundamento as duas teorias. Talvez possamos dizer consoante as interpretações mais modernas, que diversas formas de religião coexistiram, desde o princípio.
Como o homem não apareceu de repente na face da terra, nem manifestou de súbito as suas
capacidades criativas, mas evoluiu penosamente ao longo de milhares de anos, é costume distinguir na
sua lenta evolução as seguintes etapas:
Sob o ponto de vista da História das Religiões, o homem da pré-história só começa a interessar-nos quando se mostra capaz de uma cultura, ou seja, de costumes e tradições que criam uma mentalidade, coisa impossível entre os animais.Ora, este fenómeno cultural só se verifica com o homem do Crô-Magnon, que se expandiu pela Europa e pela Ásia à medida que recuava a glaciação de Wurm, a última que cobriu o hemisfério norte da terra.
Embora já a raça anterior, chamada de Neandertal, tenha feito uso do fogo e criado instrumentos com pedras lascadas (lanças, facas, machados etc.), contudo só a raça do Crô-Magnon manifestou a capacidade de aperfeiçoar industrialmente estes instrumentos, de empregar o fogo para fins metalúrgicos e, principalmente, domesticar animais e criar a agricultura. Ela é, em realidade, a raça precursora da atual, pelo que os seus costumes e tradições interessam vivamente à História das Religiões.
O HOMEM DA PRÉ-HISTÓRIA
Paleolítico Superior
100000 a 30000 a.C.
(pedra lascada, predomínio da economia de caça)
Crença em um ser supremo
“Senhor dos animais” “Mãe terra” “Senhora das águas”
Criação de animais e agricultura
Mesolítico
30000 a 10000a.C.
(pedra polida, arcos e flechas, pastoreio e agricultura incipiente)
Neolítico
10000 a 5000 a.C.
Paleolítico
• Manifestação
artística
Mesolítico
• Homem agricultura
Neolítico
• Tempo de Estatuetas
(cerâmica, início da civilização urbana)
Idade do bronze
5000 a 1500 a.C.
(início das culturas superiores, dos grandes impérios)
A utilização industrial do bronze e do ferro não coincidem cronologicamente em todas as regiões da terra,
. Ainda em tempos atuais, encontramos povos estacionados no tempo e no espaço, cultivando ainda culturas antigas.
Idade do ferro
1500 a 500 a.C.
(início da civilização europeia: Grécia , Roma)
Achados arqueológicos da pré história
Túmulos Habitações Utensílios
De cultura primitiva, cujo núcleo é a famíliaCultura tribal, que se concentra no chefe da tribo, e por isso é chamada
“patriarcal”.Cultura agrária, na qual a mulher desempenha importante papel econômico e
social, pelo que é chamada “matriarcal.Cultura superior, que se desenvolve nas cidades, e por isso é chamada “urbana”
Religião e cultura primitiva
Sua religião é muito simples, e primária. Acreditam na existência de um ser Supremo, solitário, transcendente e criador. Logo abaixo dele vem o primeiro
par humano, por ele criado, que povoa a terra
Cultura do Bumerangue
O Ser Supremo é muitas vezes confundido com o culto do homem primordial,
isto é, do primeiro ser humano criado por Deus, com dimensões cosmológicas, cuja morte e consequênte esquartejamento da origem a todos os seres.
Cultura conhecida como “totemismo”.(crença na existência de parentesco ou de afinidade mística entre um grupo humano ou pessoa , e um totem).
A religião dos Siberianos
Damos o nome genérico de siberianos aos povos primitivos estabelecidos na vasta região da Ásia Central e da Sibéria, entre os montes Urais e o Estreito de Behring
Religião Xamâ
A religião dos Ameríndios
Costuma-se equiparar o “animismo” dos ameríndios ao de outros povos primitivos.
Quanto a origem dos primitivos habitantes do grande continente, divergem os pesquisadores. Os antropólogos de orientação norte-americana pensam que a América foi povoada por povos vindos da Ásia Siberiana (mongóis), os quais atravessando o estreito de Behring, entre os anos 20000 e 10000 a. C. dirigiram-se gradativamente para o sul, até a terra do fogo.
Já os antropólogos europeus, acrescentam que a estes povos, os esquimós e outras etnias , também se juntaram , os polinésios e os australianos.
A religião
Tupi Guarani e Caraíba
indígenas
Gê Tapuias
brasileiros
Aruaque
Não é fácil definir o sistema religioso dos indígenas do Brasil, primeiro porque se trata de vários povos, com culturas diversas, segundo porque, devido à grande movimentação destes povos pelo vasto território brasileiro, os seus costumes e, portanto, também a sua religião sofreram contínuas e profundas modificações através do tempo.
Os antropólogos admitem em geral que se trata de povos de origem mongólica (mongóis siberianos), que teriam atravessado do estreito de Behing, povoando o continente americano desde o Canadá até a Terra do fogo. É possível que algumas levas de semitas, talvez de fenícios, tenham navegado até o México, e mesmo que povos da Melanésia tenham abordado a costa do Pacífico, penetrado no interior da América do Sul. Mas trata-se de hipóteses sem fundamento consistente, e, em todo o caso, não foram tão importante que alterassem de modo sensível a etnia mongólica de nossos indígenas. O fato é, que de um modo ou outro, cada grupo reverencia seu ser ao transcendente.
A religião dos povos primitivos da INDOCHINA
CAMBOJA
VIETINÃ
LEOS
A Indochina , ou Ásia meridional, é constituída atualmente pelos seguintes países:
Os espíritos atuas em todos os elemento
s da natureza
A escatologia
tem de particular a crença em
várias “almas”, ou “espíritos”
os quais por ocasião da morte,
tomam diferentes destinos
Culto dos antepassado
s e dos mortos
A noção de ser Supremo e Criador não é muito clara
Povos Oceânicos
Povos do antigo Egito
Povos Celtas
Povos Eslavos
Povos da antiga
Mesopotâmia
Povos Australianos
Povos Africanos
Povos Indo-Europeus
Povos Germânicos
Segue as diversas culturas religiosas dos povos primitivos
Antigos Gregos
Antigos Romanos
Povos semitas
Povos Cananeus
Segue as diversas culturas religiosas dos povos primitivos
Antiga China
Antigo Japão Astecas Mayas
Segue as diversas culturas religiosas dos povos primitivos
A religião dos incas
A religião de Mani
Segue as diversas culturas religiosas dos povos primitivos
3º DinastiaUR
2090 - 1960Mesopotâmia
1900 1800Patriarcas
ABRAÃO ISAAC
“Meu Pai era um ARAMEU errante(Deuteronômio 26,5)
IMPÉRIO MÉDIO
ABRAÃO faz caminhoPara CANAÃ
?
1785
XIII
HAMURABI Rei da BABILÔNIA
Unificou a Baixa MesopotâmiaCódigo de HAMURABI
XII Dinastia Os SENUSRET
JACÓ
1700 1600
JOSÉ
ORIGEM DOS HITITAS
XIV Dinastia
Os HICSOS introduzem o cavalo e o carro1720
Os HICSOS (Asiáticos)1580 1560 1530
AKMÉS AMENÓFIS I TUTMÉS I
XV e XVI Dinastia XVII Dinastia XVIII Dinastia
1500 1400
Época no Egito
ORIGEM DO MITANI
• GRANDE INVASÃO ARIANARuina de Creta
CASSITAS NA BABILÔNIAO Rei da BABILÔNIAConquista a ASSIRIA
TUTMÉS II TUTMÉSW III Amenófis II TUTMÉS IV Amenófis III
1500 1450 1410
IMPÉRIO EGÍPCIO com TUTMÉS III
1300 1200
Êxo
doO Êxodo durou 40 anos
Juízes
HOREMEB
Tutâncamon
AKhenaton RAMSÉS II
XIX Dinastia1315 1290
SÉTI I
MOISÉS GEDEÃODÉBORAJOSUÉ
APOGEU DOS
HITITAS
mais ou menos 1270em detrimento do EGITO
• 1278
• Libertação da Assíriado jugo da Babilônia
Primeiro acordo internacionalentre o Rei HITITA:HATOZIL III e RAMSÈS II
• GUERRA DE TRÓIA
• Ruina do império HITITAvencido pelo Rei MIDAS
Tomada de JERICÓEntrada em CANAÂ
• RAMSÉS III expulsa
os FILISTEUS
MOISÉS
1265 1225
Êxodo entre 1250-1225
Enfraquecimento do poderio Egípcio ou ascensão dos HITITAS OS RAMSÉS
XXI Dinastia
1100 1000
SANSÃOJEFTÉ SAMUEL DAVI SALOMÃOSAUL
os CANANEUS e os FILISTEUS
ASSÍRIA TEGLAT-FALAZAR I
CONQUISTA PROVISORIAMENTEO Oriente até Damasco
1114 1076
A ASSÍRIA no século X torna-se muito poderosa
Conquista do País de CANAÂ – Lutas contraDAVI toma a cidadeDos JEBUSEUS, que se tornaJERUSALÉM
+ ou – 1005*
+ ou – 1035 + ou - 1015 975
SALOMÃO fazConstruir o TEMPLO
XXI Dinastia
8591ª expansão
ASSÍRIA Os ETRUSCO
S na Itália
SALMANASAR III
800900 Reis
Assurnasipal II
JOSAFÁASAREBOÃO JOÁS
Cis
ma
JEROBOÃO II
JEROBOÃO
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JORÃ
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OMRI ACAB JEÚ JOACAZ JOÁS
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ÃO
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stru
ir T
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PLO
ISRAEL
JUDÁ
ELIAS ELISEU
Fundação de
SAMARIA
880*
887 875
842 732853 815 744784799
849915 842 738836 797 789873 733 716
ISAIAS
MIQUÉIAS
OSÉIAS
AMÓS
Adad-Nirari II
Adad-Nirari III Teglat Falazar III
Poemas HOMÉRIC
OSOs CELTAS
na GÁLIA
Os Tírios fundam CARTAGO
910
• 813
883 824 810 783 745
XXII Dinastia
SESAC
600700
ORIGEMOSÉIAS Dos SAMARITANOS
Cerco de JERUSALÉMPor SENAQERIB*701
SARGÂO SENAQUERIB
Apogeu da ASSÍRIA
BABILÔNIA
863* Os ASSÍRIOS
Tomam TÉBAS
ASSURBANIPAL NABOPALASSAR NABUCODONOSSOR IINABÔNIDES
HABACUQUE
NAUM
EZEQUIELSOFONIAS
JEREMIAS
Tomada e destruição De JURUSALÉM por NABUCODONOSSOR
586*
687 642 640 609 594 588 568
EZEQUIAS MANASSÉS JOSIAS
AM
ON
JOA
CA
Z
JOA
QU
IM
SED
EC
IAS
PÉRSIA
• Fundação deMARSELHA
pelos gregos*600
*597 *586 *581Deportação para a
Babilônia
XXIII Dinastia XXIII XXV Domínio Assírio
XXVI Dinastia
727 722 706 681 688 632 625 605
559
539CIRO
FELIPE
500 400
Cati
veir
o
ZACARIAS
ISAIASAGEU
MALAQUIAS
NEEMIAS
Idade de Ouro dos Salmos
Judaísmo
GUERRAS MÉDICAS PÉRICLESGRÉCIA
Ruínas de Atenas
ALEXANDRE
MACEDÔNIA
• PLATÃO • ARISTÓTELES
• SÓCRATES
Os Gaulesestomam ROMA
• 387
• ESDRAS em JERUSALÉM
Exílio na Babilônia
DOMÍNIO PERSA
INDEPENDÊNCIA EGÍPCIAXXVIII-XXX DinastiaI DOMÍNIO PERSA
ATENAS Guerra do PELOPONESO ESPARTA
CAP. 40-55 56-66
• EDITO deCIRO • Dedicação
Do TEMPLO• Retorna à
Palestina• 515
• 538
DARIO I XERXES I ARTAXERXES I DARIO II ARTAXERXES II
DOMÍNIO DOS SELÊUCIDAS
200300
LIVRO DEDANIEL
* Batalha de PANION
Judaísmo
DOMÍNIO DOS LÁGIDAS
IMPÉ
RIO
DE
ALEX
AND
RE Templo CismáticoSamaritanosobre oGARIZIMCompetiçãodeDIADOQUESBATALHAdeIPSOS
SELEUCO I ANTÍOCO I ANT. II SELEUCO II ANTIÓCO III SEL. IV ANT. IV
A SÍRIA SOB O DOMÍNIODOS SELÊUCIDAS
ALEXANDRE derrota DARIO IIIEm ISSOS333
323 261 247 226 223 187 175 163 150
PTOLOMEU I SOTER P. II FILADELFO P. III EVERGASTES
O EGITO sob o domínio dos LÁGIDAS
341 333 323 283 246 221 203 181 145
100
Jesus CristoRO
MA
NA
PELE
STIN
A
DOMÍNIO ROMANOTUTELA ROMANA
A síria TORNA-SEProvíncia ROMANA
RestauraçãoDo templo por HERODESPOMPEU toma
JERUSALÉM
ANTÍGONAHERODES
HIRCANO
76
• 168
104 67 63143 134 40 37
SIM
ÃO
Perseguição de ANTÍOCO IV EPIFÂNIO
INDEPENDÊNCIA JUDIA
*63*19
*63
GÁLIA ROMANA
AUGUSTO TIBÉRIO
*63
ROMA
146 138 125
133 122 107 87 78 58 52
• 143
• 31Fundação do Império• 31 Batalha de Actium
27 14
• 37 Antônio desposa CLEÓPATRA• 30 Otávio conquista o EGITO
antônio
POM
PEO
CÉSAR
MÁRIO SILA
• Martírio de PEDRO E PAULO
Perseguição de NERO*64-68
• 98 Morte de João• Último apóstolo
*30-31
*61 Martírio de TIAGO
*95Perseguição de DOMICIANO
Pentecostes martírio de ESTEVÃOConversão de Paulo
*70 Insurreição judiaRuína de Jerusalém
DOMÍNIO ROMANO – DOMÍNIO ROMANO – DOMÍNIO ROMANO
*Antônio desposa CLEÓPATRA *OTÁVIO conquista o EGITO
3730
Cláudio NERO Vespasiano Domiciano Trajano
CALÍGULA
37 41 53 68 69GalbaOton
vitélio
• O cristianismo se estabelece em Roma (inicio dos anos 40)
100 200
• Perseguição de Trajano
• 98 117
98- 117
Pio I - 142 -155
• Inicia em Roma o monoepiscopado
• Vitor I – (189-198) – primeiro papa a tentar impor padrões romanos em outros lugares (a respeito da data da Páscoa
189-198
• Heresias primitivas negam a humanidade de
Cristo (gnosticismo, docetismo) expansão
de sínodos e concílios.
• Hipólito (217-235) primeiro antipapa
• Ponciano (230-235) primeiro papa a
renunciar
• Imperadores Romanos: Tibério (14-37); Calígula (37-41);
Cláudio (41-54); Nero (54-68); Domiciano
(81-96)
• Imperadores Romanos: Trajano (98-117); Antonio Pio (138-161); Marco Aurelio (161-180); Septimio Severo (193-211)
300• 285 - Divisão do Império Romano em
do Ocidente e do Oriente
285258• Período de tolerância Imperial
• Perseguição iniciada por Diocleciano (303-
313 )
303-313
• 313 Edito de Constantino
• 311-314 – Constantino presenteia
Melquiades com o Palácio de Latrão
• 325 Primeiro Concílio de Niceia
• 330 – Construção da primeira Basílica de S. Pedro
• 320 – A sede do Império Romano é transferida para Constantinopla
• 381 - Primeiro Concílio de Constantinopla Credo
niceno-constantinopolitano
381• Heresia norte-africana - Donatismo
• 340 - Nova divisão do Império - Ocidente. e
Oriente.
• 392-395 – Teodósio o Grande – último soberano
do Imp. unido
392 395• 250-336 Arianismo
Arianismo: trata-se de uma heresia proposta por Ario (250-336), sacerdote de Alexandria no Egito. Ario afirmava o subordinacionismo, quer dizer: o Filho (como também o Espírito Santo) são subordinados ao Pai. Eles são criaturas sublimes, criadas antes do universo, por isso, não são Deus. Existe ainda o subordinacionismo adopcionista: o Filho foi, por graça do Pai, adotado como Filho, mas não possui a mesma natureza do Pai.
Donatismo: doutrina religiosa fundada por Donato bispo de Cartago durante o séc IV, que reclamou um tratamento severo (reprovada pela maioria da Igreja católica) para os cristãos que haviam fraquejado durante a perseguição do imperador romano Diocleciano
400
• 354-430 Agostinho de Hipona
354 430 440 451 461 482
• (440-461)Papa Leão Magno – proclamou a autoridade
suprema e universal do Papa
451 – Concílio de Calcedônia
482 - Cisma de Acácio
431 – Concílio Éfeso
• (401-417) Papa Inocêncio proclamou a suprema
autoridade doutrinal; sucedeu ao pai como papa
500
482 492 496 514 538
• 492 -4 96 – Gelásio primeiro
Papa a ser chamado de
vigário de Cristo
• 498 – 514 – Simaco primeiro
Papa a conceder o pálio a um bispo
fora da Itália
• 538 – Dedicação da igreja de Santa
Sofia, em Constantinopla
• 565 - Os lombardos expulsam os
bizantinos do norte da Itália
565
• Roma e Nápoles são anexadas ao Império (bizantino) do Oriente - 553
• João II (533-535) primeiro papa a mudar
o nome de batismo como
papa
600• 625 – 638 – Honório
condenado postumamente pelo
Concílio de Constantinopla III,
por causa do monotelismo.
Maomé 570 632
• Os Árabes conquistam Jerusalém (637 e
destroem Cartago (697)
Continua a exigência da aprovação das escolhas dos papas pelos imperadores bizantinos
• 680-681 – Terceiro Concílio de Constantinopla
680 681
• 600 -Termina as migrações bárbaras na
Europa ocidental
• Gregório Magno (590-604),
primeiro monge a ser papa;
governante civil virtual de Roma
Islamismo
Monotelismo: Doutrina religiosa do séc. VII que defendia a ideia de que Jesus Cristo possuía somente uma vontade divina .
700
• Controvérsia sobre a iconoclastia (726-843)
• Estevão II (III) (752-757): forma os Estados pontifícios (concedidos por Pepino III, 756).
• (700) Os muçulmanos eliminam o cristianismo no norte da África
• (771) Carlos Magno torna-se único
soberano do reino frâncico
• Sagração de Pepino III (768) como rei dos francos e protetor Roma
• (787) Segundo Concílio de Niceia
• 700 726 752 756 757 768 771 787
Iconoclastia: Aquele que nega veneração e se opõe às imagens sagradas. Partido que surgiu em Bizâncio, cuja atitude levou à “questão das Imagens” (725-843). Esta atitude é considerada uma heresia tanto na Igreja Católica Romana como entre as Ortodoxas. Leão III, Imperador, promulga uma lei tributária, exigindo inclusive que as pessoas jurídicas deveriam pagar impostos ao Império . Escreve ao Papa Gregório II, exigindo impostos sobre o patrimônio de São Pedro.
O Papa então responde que o Imperador deveria se entender diretamente com São Pedro, já que o patrimônio era dele. Naturalmente essa era uma resposta ousada. Então de um momento para o outro, o Imperador inicia uma perseguição às imagens, especialmente., àos ícones, isto é, aos quadros religiosos pintados nas paredes das igrejas e dos palácios. Queria que todos fossem destruídos.
Aquele que destroi imagens religiosa ou se opõe à sua adoração.
Veneração; Adoração?
800
(795-816 ), Leão III: coroou Carlos Magno imperador (800)
795 816 826 846 858 863 867 869 872 882 884 891 896
• (846), A Basílica de São
Pedro é saqueada por
piratas muçulmanos
• (858-867) Nicolau I excomunga o
patriarca Fócio de Constantinopla
(863)
(869-870) ,Quarto Concílio de Constantinopla
(872-882), João VIII, primeiro papa a ser assassinado
900
900 909 916 942 955 962 963 964 965 966 967 974 983 988 993 996 999
(942), A Hungria é Cristianizada
(955-964), João XII é eleito papa aos 18 anos; um dos papas mais corruptos da história
(963-965), Leão VIII primeiro leigo a ser eleito papa
• (966), A Polônia é
Cristianizada
• (974-983), Bento VII, as visitas ad limina a Roma
tornam-se comuns
• (988), A Rússia é
Cristianizada
• (993), Primeira
canonização papal
• (996-999),Gregório V, primeiro papa alemão
• (999-1003), Silvestre II, primeiro papa francês
• (909), É fundado o
mosteiro de Cluny
• (962; 967; 996), Oto I; II; e III, são
coroados Imperadores do Sacro Império
Romano
1000
1009 1046 1047 1054 1058 1061 1066 1073 1076 1084 1085 1089 1096 1099
• (1046-1047), Clemente II,
primeiro papa a continuar como
bispo de uma antiga diocese
(1054), Início do cisma entre Oriente e o Ocidente
(1058-1061), Nicolau II, as eleições papais ficam limitadas aos cardeais
• (1073-1085), Gregório VII papa
reformador; proclamou
autoridade sobre toda a Igreja
• (1084), Fundação dos cartuchos
• (1089), Estabelecida a Cúria Romana
• (1096-1099), Primeira Cruzada
• (1098), Fundação dos cistercienses
• (1009), Os muçulmanos
saqueiam a Igreja do Santo
Sepulcro em Jerusalém • (1076), Henrique
IV é excomungado por Gregório VII
• (1084), Henrique IV aprisiona Gregório VII
(1099), Os cruzados tomam Jerusalém
1100
1123 1139 1145 1146 1148 1153 1154 1159 1170 1179 1181 1182 1189 1192
(1123)
Primeiro Concílio de
Latrão (1139)
Segundo Concílio de
Latrão
(1111) Henrique V é coroado imperador do Sacro Império Romano
1111
• (1145-1153) Eugênio, primeiro• papa cisterciense• (1146-1148) Segunda Cruzada• (1154-1159) Adriano IV primeiro e único papa inglês• (1159-1181) Alexandre III decretou a necessidade de maioria de dois terços papa a eleição papal• (1179) Terceiro Concílio de Latrão• (1181-1185) Lúcio III estabeleceu os procedimentos para a inquisição• (1189-1192) Terceira Cruzada
(1154) Fundação dos Carmelitas
1200
1198 1202 1209 1215 1216 1227 1231 1245 1256 1274 1276 1277 1280 1288 1292 1294 1295
• (1198-1216) Inocêncio III proclamou autoridade sobre o mundo cristão
• (1202-1254) Quarta a Sétima Cruzadas• (1209) Fundação dos Franciscanos
• (1215) Fundação dos Dominicanos
• (1215) Quarto Concílio de Latrão
• (1227-1241) Gregório IX estabelece a Inquisição
Papal(1231)
• (1245) Primeiro Concílio de Lião
• (1256) Fundação dos
eremitas agostinianos
• (1254) Segundo Concílio de Lião
• (1276) Inocêncio V
primeiro papa dominicano
• (1276-1277) João XXI primeiro e único papa português
• (1277-1280) primeiro papa a
residir no palácio do Vaticano
• (1295-1303) Bonifácio VIII
declarou que todas as criaturas estão sujeitas ao papa
• (1294) Celestino V primeiro eremita a ser papa;abdicou depois de cinco
meses
1300
(1300) Primeiro ano Santo
(1309-1377) Papado de Avinhão
(1311-1312) Concílio de Viena
(1378-1389) Urbano VI último papa
eleito sem antes ter sido cardeal
(1378-1417) Grande Cisma Ocidental
1300 1311 1312 1347 1349 1378 1389
1300 1311 1312 1347 1349 1378 1389
(1311-1312) Concílio de
Viena
(347-1349) Peste negra na Europa
(1390) Os bizantinos
perdem para os turcos a última possessão na Ásia Menor
Ano Santo: Bonifácio proclamou 1300 um ano de jubileu (primeiro ano Santo) e concedeu indulgências plenárias (a remissão de todo castigo temporal no purgatório) às dezenas de milhares de peregrinos a Roma a aos santuários dos apóstolos. Começou a usar, uma vez ou outra, insígnias imperiais e a se declarar imperador além de papa.
Clemente V, francês, c. 1264-1314, papa de 5 de junho de 1305 a 20 de abril de 1314.No pontificado de Clemente V iniciou-se o “cativeiro babilônico” do papado
em Avignon, que durou setenta anos.
1400
• (1414-1418) Concílio de Constança
(1417-1431) Martinho V sua eleição encerrou o grande Cisma Ocidental
• (1449-1453) Constantino XI Paleólogo, último imperador bizantino
• (1453) Queda de
Constantinopla diante dos
Turcos
• (1431-1445) Concílio de Basiléia – Ferrara –
Florença-Roma
• (1447-1455) Nicolau V o primeiro dos papas da Renascença
• (1471-1484) Sisto IV construiu a capela
Sistina foi estabelecida a
Inquisição espanhola (1479)
• (1491-1503) Alexandre VI o papa mais infame da história
• (1456) A Bíblia de Gutenberg
• (1492) Cristóvão Colombo
descobre a América
• (1450) Surgimento do Hare Krisna, em 1968 para os EUA.
1500
1503 1513 1512 1517 1521 1522 1523 1534 1545 1548 1549 1563 1572 1585 1588 1590
(1503-1513) Júlio II papa guerreiro; autorizou a reconstrução da Basílica de São Pedro
(1512-1517) Quinto Concílio de Latrão
• (1513-1521) Leão X
excomungou Martinho
Lutero (1521)• Nasce o Luteranismo
• (1517) Início da Reforma
• (1522-1523) Adriano VI único
papa holandês; último papa não Italiano até João
Paulo II 1978
• (1534) Fundação da Companhia de Jesus
• (1534-1549) Paulo III estabeleceu o Santo Ofício;
convocou o Concílio de Trento
• (1566-1572) Pio V
reformou a liturgia;
excomungou a rainha
Isabel
• (1572-1585) Gregório XIII calendário gregoriano
• (1578) São descobertas
as catacumbas
romanas
• (1588) Inauguração da Biblioteca Vaticana
• (01/10/1517) Martinho Lutero
fixa as 95 teses na porta da Igreja do
Castelo de Wittenberg
1600
• (1600-1750) Catolicismo Barroco • (1605-1621) Paulo V censurou Galileu
• (1621-1644) Gregório XV
decretou que as eleições papais passariam a ser por escrutinio
secreto
• (1623-1644) Urbano VIII consagrou a
Basílica de S. Pedro (1626) Castel de
Gandolfo passa a ser a residência de verão
• (1623) Prisão de Galileu • (1640-1800) Jansenismo
• (1664) Fundação dos trapistas
• (1682-1789) Galicanismo
• (1600-1750) Catolicismo
Barroco
• (1636) fundação de Harvard College EUA
Galicanismo: movimento originado na frança , que defendia a independência administrativa da Igreja católica romana de cada país com relação ao controle papal.
Jansenismo: doutrina filosófica e teológica, baseada no Augustinus, obra de publicação póstuma (1640), do bispo holandês Cornélio Jansênio (1585-1638), que negava o “livre arbítrio e afirmava que a graça era um privilégio inato concedido a poucas pessoas. O jansenismo floresceu principalmente na França nos sécs. XVII e XVIII, tendo como centro o convento de Port Royal, em Paris, onde se instalaram os seus defensores mais acirrados, entre os quais Antoine *Pascal. Os jansenistas, que além de tudo adotavam uma moral rigorosa, foram combatidos pelos jesuítas e condenados como heréticos em várias bulas papais.
Bula Papal: documento expedido pelo papa, exemplo: concessão de indulgência a quem contribui materialmente para a fundação de seminários, reparação de edifícios eclesiásticos etc.
1700
(1769-1774) Clemente XIV suprimiu os jesuítas
• (1775-1799) Pio VI terceiro mais
longo pontificado; morreu prisioneiro
de Napoleão
• (1775-1799) Pio VI John Carroll, o
primeiro a ser sagrado bispo dos
EUA
1700 1721 1773 1775 1788 1789 1799
• (1717) A moderna Fundação da Maçonaria
em Londres, sua origem remonta para a antiga Grécia e antigo
Egito
Séc. XVIII - Surgimento da Igreja Metodista, fundada por Jonh Wesley. Nascida de dentro da Igreja Anglicana.
1800
Romantismo Católico
(1800-1823) Pio VII
aprisionado por
Napoleão; reintegrou os
Jesuítas (1814)
(1831-1846) Gregório
XVI último papa eleito
sem ser bispo
(1846-1878) Pio IX o mais longo pontificado; Dogma da Imaculada Conceição (1854)
(1846-1878) o mais longo pontificado; Dogma da Imaculada Conceição (1854)
(1860-1861) perda de quase todos os Estados pontifícios
(1869-1870) primeiro Concílio Vaticano
(1878-1903) Leão XIII Rerum Novarum - (1891); segundo mais longo pontificado
(1809-1882) Charles Darwin
(1888) É abolida a
escravidão no Brasil
(1890) Surgimento da Assembléia de Deus nos EUA.
(1872) Surgimento
dos Testemunhas de Jeová nos
EUA
(1830) Surgimento dos Mormons (Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias) nos EUA
(1857) Denizard Hipolyte Léon Rivail, (Allan Kardec), Escreve o livro dos Espíritos. É a fundação do Espiritismo.
(175 d.C )Amônio Sacas (Teosofia). Modernamente 1877.
1900
(1903-1914) Pio X juramento contra o modernismo (1910)
(1914-1922) Bento XV deteve a campanha antimodernista
(1922-1939) Pio XI primeiro papa a usar o rádio; condenou o nazismo
(1929) Tratado de Latrão
(1939-1958) Pio XII primeiro papa a usar a televisão
(1950) Dogma da Assunção
(1958-1963) João XXIII o papa mais querido de toda a
história
(1962-1965 - 1968) Concílio Vaticano II
(1963-1978) Paulo VI,
primeiro papa a viajar de avião
(1978) João Paulo I o
primeiro papa a não ser
coroado em um século ou mais
(1978) João
Paulo II primeiro
papa eslavo
(1989) Queda do comunismo (1993) Termina o apartheid na África do Sul
(1910) Surgimento da
Igreja Quadrangular
nos EUA.
1912 - Surge no Brasil, a Igreja Batista Filadelfia , almejada pelos colonos
Suecos, em Guarani das Missões RS.
1900 2000 2010
(1908) Fundação da Umbanda Rio de Janeiro
(1907) Surgimento da Congregação
Cristã Do Brasil
(1977) Fundação da Igreja Universal do Reino de Deus no Rio de Janeiro
(1950)Surgimento da Legião da Boa Vontade no Rio de Janeiro
• (1957) Início do Vale do
Amanhecer - Brasilia
• (1945 Fundação do Santo Daime
• (1970 Surgimento do Movimento Nova Era – na
Califórnia
(1910) Fundado o Racionalismo
Cristão em Santos SP
• (1956) vem para o Brasil Rosa- Cruz
• (1940) Fundação da Sicho-No-Iê
• 2005 Papa Bento
XVI, até atualidade
• (1914-1918) primeira grande guerra; (1939-1945) segunda grande guerra
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOFF, Leonardo. A trindade e a Sociedade. Petrópolis, RJ: Vozes, 1991.FOLCH, Gomes Cirilo. Antologia dos Santos Padres. São Paulo, SP: Paulinas, 1979.
FRANCA, Leonel Pe. Noções de história da filosofia. Rio de Janeiro, RJ: 23. ed. AGIR, 1987.
GIUSEPPE, Alberico. História dos Concílios Ecumênicos. São Paulo, SP: Paulus, 1995.
MEDEROS, José M. de. Panorama da história da Bíblia. São Paulo, SP: Paulinas, 1991.
MCBRIEN, Richard P. Os papas: de São Pedro a João Paulo II. São Paulo, SP: Loyola, 2000. SANTA ANA, Julio H. de. Ecumenismo e libertação. São Paulo, SP: Vozes, 1991
PIAZZA, Waldomiro, Pe. Religiões da humanidade. São Paulo, SP: Loyola, 1991.
ULLMANN, Reinholdo Aloysio. Antropologia o homem e a cultura. Petrópolis, RJ: Vozes, 1991.
GLOSSÁRIO SOBRE A TRINDADE E A SOCIEDADE
AÇÃO AD EXTRA: são as ações que a Trindade opera para fora do círculo trinitário como a criação do universo, a revelação, a salvação dos seres humanos.
AÇÃO AD INTRA: diz-se das ações intratrinitárias, dentro do círculo trinitário, como a geração do Filho e a espiração do Espírito Santo.
AÇÃO APROPRIADA: é uma ação atribuída a uma das Pessoas divinas, embora seja operada pelas três conjuntamente, por causa de uma afinidade com as propriedades daquela Pessoa. Assim, atribui-se ao Pai a criação, ao Filho a redenção e ao Espírito Santo a santificação.
AÇÃO PRÓPRIA: é uma ação específica de uma determinada Pessoa divina como a encarnação do Filho ou a vinda do Espírito Santo sobre Maria no momento da concepção de Jesus.
AFIRMAÇÃO ESSENCIAL: é aquela afirmação que se fundamenta na essência divina, igual e única nas três Pessoas. Uma afirmação essencial é, por exemplo, dizer: Deus é misericordioso, infinito, eterno; quer dizer: a essência divina é eterna, infinita e misericordiosa.
AFIRMAÇÃO NACIONAL: é aquela que se baseia somente nas Pessoas em sua distinção umas das outras. Há quatro afirmações nacionais: o Pai gera; o Filho é gerado; o Pai e o Filho (ou o Pai pelo Filho) espiram o Espírito Santo; o Espírito Santo é espirado pelo Pai e pelo Filho (ou através do Filho).
ANÁFORA: literalmente significa oferecimento; é a parte central da celebração eucarística, incluíndo a consagração, anamnese (recordação da paixão, morte, ressurreição, e ascensão de Cristo) e a comunhão.
ANAMNESE: literalmente significa memorial; é a recordação (depois da consagração do pão e do vinho) da paixão, morte, ressurreição, ascensão de Cristo.
APOFÁTICO: literalmente significa “sem palavra”; é a atitude do teólogo diante do mistério divino; após dizer tudo o que pode, respeitosamente guarda silêncio. Diz-se que há uma teologia apofática, que termina no silêncio da veneração e da adoração.
ARCHÉ: expressão grega para expressar o fato de o Pai ser princípio, fonte e causa única na geração do Filho e na espiração do Espírito Santo.
ARIANISMO: é uma heresia proposta por Ario (250-336), sacerdote de Alexandria no Egito. Ario afirmava o subordinacionismo, quer dizer: o Filho (como também o Espirito Santo) são subordinados ao Pai. Eles são criaturas sublimes, criadas antes do universo, por isso, não são Deus. Existe ainda o subordinacionismo adopcionista:o Filho foi, por graça do Pai, adotado como Filho, mas não possui a mesma natureza do Pai.
CARISMA: em grego significa graça; é um dom ou uma habilidade que o Espírito Santo deu a uma pessoa em vista do bem de todos.
CIRCUMINCESSÃO: significa a interpenetração ativa das Pessoas divinas entre si por causa da comunhão eterna que vigora entre elas. (veja pericórese)
CIRCUMINSESSÃO: significa o estar ou morar uma Pessoa na outra, com a outra, pela outra e para a outra. (veja pericórese)
DOXOLOGIA: fórmula de louvor (dóxa em grego). Geralmente aparece no final das orações nas quais se agradece ao Pai pelo Filho na unidade do Espírito Santo.
DS: abreviatura do nome dos teólogos Denzinger-Schönmetzer que publicaram o livro Enchiridion Symbolorum definitionum et declarationum de rebus fidei et morum, que é um elenco dos credos, das definições e declarações sobre assuntos de fé e de moral que o Magistério da Igreja (Concílios, sínodos e pronunciamentos oficiais do Papa) pronunciou ao longo da história do cristianismo. A primeira edição é de 1854 e a última (32ª) de 1963.
ECONOMIA: são as várias fases de realização do projeto de Deus na história ou da progressiva revelação do próprio Deus; no campo tyrinitário economia significa a ordem na processão a partir do pai: em primeiro lugar vem o Filho e em seguida o Espírito Santo.
EK: partícula grega que corresponde ao ex ou ao de do latim e significa a procedência de uma Pessoa divina da outra. Assim, o Filho é gerado do (ek ou ex ou de) Pai; ou o Espírito Santo procede do Pai e do Filho (segundo a teologia latina)
EKPÓREUSIS: termo grego para designar a procedência do Espírito Santo a partir do Pai que é sempre Pai do Filho. Em latim o termo é espiração.
EPÍCLESE: celebração na qual se invoca o Espírito Santo.ESPIRAÇÃO: ato pelo qual o Pai juntamente com o Filho faz proceder a
Pessoa do Espírito Santo (segundo os latinos) como de um único princípio. Os gregos fazem derivar o Espírito somente do Pai do Filho ou do Pai através do Filho.
ESSÊNCIA DIVINA: é aquilo que constitui Deus trino em si mesmo, a divindade; é o ser, o amor, a bondade, a verdade e a comunhão recíproca, na forma do absoluto e infinito. (Veja também Natureza e Substância).
FILIOQUE: literalmente: e do Filho; doutrina segundo a qual o Espírito Santo procede do Pai e do Filho como de um só princípio. Esta interpretação doutrinária se chama também de filioquismo; é frequente entre os teólogos latinos.
GÊNNESIS: termo grego para expressar a geração do Filho por parte do Pai.
GESTALT RELACIONAL: termo usado pelo teólogo alemão J. Moltmann para expressar a contribuição do Filho na espiração do Espírito Santo junto com o Pai; a Pessoa do Espírito provém do pai; a configuração concreta (Gestalt) da pessoa do Espírito Santo se deriva do Filho. É relacional porque as Pessoas estão sempre umas voltadas para as outras e dentro das outras.
HIPÓSTASE: termo grego para designar a Pessoa divina; veja Pessoa e Prósopon.
HOMOIÚSIOS: literalmente de natureza semelhante; heresia segundo a qual o Filho não tem natureza igual mas semelhante à do Pai.
HOMOOÚSIOS: literalmente da mesma e igual natureza; diz-se que o Filho e o Espírito Santo possuem a mesma e igual natureza do Pai. As Pessoas são consubstanciais.
INASCIBILIDADE: propriedade exclusiva do Pai, a de não ser gerado nem nascido nem principiado; Ele é princípio sem princípio.
KOINKÊNOSIS: expressão grega que significa aniquilamento e esvaziamento; é o modo que as Pessoas divinas (Filho e Espírito Santo) escolheram ao se autocomunicar na história. Opõe-se à doxa que significa o modo de glória.
ONIA: expressão grega para communio em latim e comunhão em português; é o modo próprio de relacionamento entre as pessoas, também as divinas.
MISSÃO: em sentido estrito significa a autocomunicação da Pessoa do Filho à natureza de Jesus de Nazaré e do Espírito Santo aos justos, a Maria e à Igreja.Trata-se da entronização da humanidade no seio do mistério trinitário.
MISTÉRIO: em sentido estrito significa a realidade da SS. Trindade como inacessível à razão humana; mesmo depois de comunicada, ela pode ser conhecida indefinidamente sem jamais ser captada totalmente pela mente humana; o Deus trino é mistério em si mesmo, não só para a mente humana, porque a Trindade é essencialmente infinita e eterna, sem sentido histórico-salvífico o Deus trino é um mistério que nos é comunicado pelas atítudes e palavras de Jesus e a ação dom Espírito Santo na comunidade eclesial e na história humana.
MODALISMO: doutrina herética segundo a qual a Trindade constitui apenas três modos de ver humanos do único e mesmo Deus, ou então três modos (mascaras) do mesmo e único Deus se manifestar aos seres humanos; Deus não seria trindade em si, seria estritamente um e único.
MONARQUIA: em linguagem trinitária significa a causalidade única do Pai; é o Pai que sozinho gera o Filho e espira (sendo o Pai do Filho) o Espírito Santo; é uma expressão típica da teologia greco-ortodoxa.
MONARQUIANISMO: é a negação da Trindade em nome de um estrito monoteísmo.
MONOTEÍSMO: é a afirmação da existência de um único Deus; o Antigo Testamento conhece um monoteísmo pré-trinitário, anterior à revelação da SS. Trindade; pode haver, depois da revelação do mistério da trindade, um monoteísmo a-trinitário : fala de Deus sem tomar em conta a trindade de Pessoas, como se Deus fosse uma realidade única e existindo só em sua substância; existe o monoteísmo trinitário: Deus é um e único por força da única substância que existe no Pai, no Filho e no Espírito Santo ou em virtude da comunhão eterna e a pericórese que vigora desde o princípio entre as três divinas Pessoas.
NATUREZA DIVINA: é a substância divina uma e única em cada uma das Pessoas; ela responde pela unidade ou a união em Deus.
NOÇÃO: são as características próprias de cada uma das Pessoas, diferenciando-se uma doas outras; plternidade e inascibilidade para o Pai; filiação para o Filho; espiração ativa para o Pai e o Filho; espiração passiva para o Espírito Santo; há, pois, cinco noções.
PATREQUE: literalmente “e pelo Pai” na Trindade todas as relações são ternárias; assim o Filho se relaciona com o Espírito Santo junto com o Pai ou pelo Pai; da mesma forma o Espírito Santo ama o Filho pelo Pai e junto com o Pai etc.
PEGHÉ: expressão grega para designar o Pai como fonte única e infinita da qual jorram o Filho e o Espírito Santo.
PERICORESE: expressão grega que literalmente significa uma Pessoa conter as outras duas (em sentido estático) ou então cada uma das Pessoas interpenetrar as outras e reciprocamente (sentido ativo); o adjetivo pericorético quer designar o caráter de comunhão que vigora entre as divinas Pessoas; veja Circumincessão e Circuminssesão.
PESSOA: em linguagem trinitária significa aquilo que em Deus é distinto; é a individualidade de cada Pessoa que simultaneamente existe em si e em eterna comunhão com as outras duas; veja Hipóstase e Substância.
PROCESSÃO: é a derivação de uma Pessoa partindo da outra, mas consubstancialmente, na unidade de uma mesma e única natureza, substância, essência ou divindade.
PRÓSOPON: literalmente significa máscara e cara; em linguagem trinitária ´r uma palavra grega para designar a Pessoa divina em sua individualidade; sinônimo de hipóstase; veja Pessoa.
RELAÇÃO: em linguagem trinitária significa a ordenação de uma Pessoa às outras ou a eterna comunhão entre os divinos Três; há quatro relações: paternidade, filiação, espiração ativa e passiva.
SABELIANISMO: heresia de Sabélio (dos inícios do século III em Roma), chamada também de modalismo: o Filho e o Espírito Santo seriam simples modos de manifestação da divindade e não Pessoas distintas; veja modalismo.
SÍMBOLO: em sentido técnico da teologia antiga designa os formulários pelos quais a Igreja resumia oficialmente a sua fé; é sinônimo de credo.
SPIRITUQUE: literalmente “e do Espírito Santo”; como as relações na Trindade são sempre ternárias, diz-se que o Pai gera o Filho junto e com o Espírito Santo ou que o Filho reconhece o Pai junto com o Espírito Santo etc.
SUBORDINACIONISMO: é a heresia de Ario segundo a qual o Filho e o Espírito Santo estariam subordinados, em relação desigual, ao Pai, não possuindo de forma idêntica a mesma natureza; ou então seriam criaturas excelsas, mas apenas adotadas (adopcianismo) pelo Pai em sua divindade.
SUBSISTÊNCIA: é um dos sinônimos para Pessoa ou Hipóstase; como na Trindade não há nada acidental diz-se que as relações entre as Pessoas são relações subsistentes; a Pessoa é considerada uma relação subsistente.
SUBSTÂNCIA: em linguagem trinitária designa o que une em Deus e é idêntico em cada uma das Pessoas; veja Natureza e Essência.
TEOGONIA: processo de surgimento da divindade ou explicação do mistério da Trindade de tal forma que dá a impressão que as Pessoas não são co-eternas e co-iguais mas se produzem umas as outras.
TEOLOGIA; em linguagem trinitária designa a Trindade em si mesma, abstraindo de sua manifestação na história; a teologia se contrapõe à economia.
TRIAS: expressão grega para designar a trindade de Pessoas.TRINDADE ECONÔMICA: é a Trindade enquanto se auto-revelou na história da
humanidade e age em vista à nossa participação na comunhão trinitária.TRINDADE IMANENTE: é a Trindade considerada em si mesma, em sua eternidade e
comunhão pericorética entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
GLOSSÁRIO SOBRE ECUMENISMO E LIBERTAÇÃO
AGAPE: palavra grega utilizada pelos escritores do Novo Testamento para indicar aquele amor que é próprio de Deus. É diferente do amor humano (eros) e do afeto familiar (filia).
AGGIORNAMENTO: por ocasião do Concílio Vaticano II este termo foi aplicado para descrever o processo de a Igreja Católica Romana se “pôr em dia” com o mundo moderno.
ANABATISTA: Trata-se do movimento que surgiu por volta de 1521 entre os seguidores da reforma de Lutero, aglutinando os mais radicais e extremistas. Os anabatistas distinguem-se por uma pureza moral mantida através de uma grande disciplina pessoal e são contra o batismo de crianças.
ANAKEFALAIOSIS: Termo grego que significa recapitulação Foi empregado pelo autor da Epístola aos Efésios (1,10). Todas as coisas criadas serão recapituladas (postas sob a autoridade de Jesus Cristo) quando os tempos se realizarem.
ANOMIA: Termo grego aplicado nas ciências sociais e significa carência de ordem, falta de referência à lei. O sociólogo francês Emile Durkheim entende por anomia a “ausência de organização, de coordenação”, o que é uma situação de desajuste da pessoa em relação à sociedade.
APOSTOLICIDADE: Uma das características da Igreja mencionadas no Credo de Nicéia. Com isso se quer dizer que a Igreja está fundada sobre a confissão da fé dos apóstolos, ou seja, sobre eles mesmos, e em continuidade com eles.
BASE TRINITÁRIA: (do Conselho Mundial de Igrejas): Refere-se a Deus que é um em três pessoas: Pai, Filho, e Espírito Santo.
CANDOMBLÉ: Religião sfro-brasileira muito praticada no Nordeste do Brasil, sobretudo na Bahia. Segundo o candomblé há um Deus espiritual criador que deu origem a toda a realidade através de diferentes orixás (que também são espíritos). O praticante do candomblé procura de diversas maneiras manter a relação com o espírito através do que foi criado.
CHARISMATA: Palavra grega utilizada no Novo Testamento para significar os dons que cada pessoa recebe do Espírito Santo e que servem para a edificação do corpo de Jesus Cristo, a Igreja, e para o serviço aos outros.
CISMA: Divisão, discórdia, desavença que ocorre entre as partes que compõem um todo. Receberam este nome as separações profundas na vida da Igreja.
CLUNY: Pequena cidade da França, situada ao norte de Lyon, onde o duque Guilherme de Aquitânia fundou em 910 uma abadia beneditina que se tornou célebre, pois a partir dela o movimento cluniacense expandiu-se por quase toda a Europa. Na primeira época do movimento, sua ênfase esteve na pobreza pessoal, no trabalho e numa rígida disciplina moral. Isso permitiu que alguns de seus membros alcançassem posições de liderança na vida da Igreja do Ocidente. Mas, suas aspirações de reforma da Igreja não chegaram a se concretizar plenamente.
COLÉGIO APOSTÓLICO: O grupo dos apóstolos. A Igreja Católica Romana, segundo sua doutrina, pensa que os Bispos são os sucessores dos apóstolos. Consequentemente, quando os Bispos se reúnem, há uma reunião do colégio apostólico.
CONCÍLIO: Reunião ou congresso dos representantes das diversas igrejas particulares. Nela são discutidos assuntos referentes à doutrina e à missão das diversas igrejas. A comunidade conciliar é aquela da qual participam as igrejas através de seus representantes legítimos.
CRISTANDADE: Começou a existir a partir do século IV d.C. depois de Constantino decretar em 313 que o Cristianismo era uma religião tolerada no Império Romano. A partir de então começou a se tecer uma relação muito estreita entre o império e a instituição eclesiástica para administrar o poder e a partir dele a vida dos povos que haviam aderido ao cristianismo.
DARWINISMO: Segundo o naturalista inglês Charles Darwin, a transformação das espécies da natureza é produzida em virtude de uma seleção natural, causada pela luta pela existência e perpetuada pela herança. Por extensão, é aplicada também às instituições sociais: entende-se então que aquelas que se mantêm e sobrevivem o fazem em razão desta seleção natural.
DIAKONIA: Palavra grega que denota a função de serviço. Foi empregada pela primeira vez na Igreja quando foi criado o ofício de diácono (cf. At 6,1-6), cuja função era expressar a solidariedade com os pobres no serviço das mesas. Por esse termo se entende hoje a ação de serviço da Igreja na sociedade.
DIALÉTICA: Modo de pensamento que consiste fundamentalmente em reconhecer a inseparabilidade das contradições na realidade, ou seja, a impossibilidade de fazer distinções nítidas entre os elementos que a compõem. Este método de pensamento procura também descobrir o princípio desta união entre os contrários, que constitui o passo (momento dialético) para um nível superior da realidade.
DOCETISMO: Doutrina existente nos séculos II e III, que negava a existência de um corpo material a Jesus Cristo, que seria apenas espírito.
DONATISMO: Doutrina religiosa fundada por Donato, bispo de Cartago, durante o século IV, que reclamou um tratamento severo reprovado pela maioria da Igreja católica para os cristãos que haviam fraquejado durante a perseguição do imperador romano Diocleciano.
DO UT DES: Expressão latina que indica a reciprocidade que se espera ao se realizar uma ação: “eu te dou para que tu me dês”.
ECLESIAL: Relativo à Igreja. O caráter eclesial é o que denota a realidade da igreja na existência de uma comunidade dada.
EKKLESIA: Palavra grega que significa “assembléia”, reunião dos cidadãos de uma cidade (polis). Foi empregada pelos primeiros seguidores de Jesus Cristo para indicar suas reuniões. Quando se reunia a comunidade, reunia-se a ekkesia.
ENCOMENDA: Do espanhol “encomienda”. Sistema colonial utilizado pela Espanha. Nomeava-se um responsável para uma população, o qual tinha a função de receber os tributos e organizar a produção em função das necessidades da metrópole colonial. Incluía não só a dimensão geográfica desta população, mas também as pessoas que a constituíam.
ESCATOLOGIA: Parte da teologia que estuda o sentido definitivo já presente nos diversos aspectos da realidade, e o destino último desta mesma realidade.
ESTAGIRITA: Cognome que se dá a Aristóteles por ter nascido em Estagira.EVANGELICALS: Palavra inglesa que indica aqueles cristãos que enfatizam a
necessidade de um “novo nascimento” para serem considerados como pessoas de fé. Caracterizam-se por sua adesão a uma compreensão literal das Escrituras, por uma vida de piedade muito intensa e pela rigidez de suas convicções teológicas.
FETICHISMO: Idolatria ou culto aos fetiches, isto é, ídolos ou objetos que recebem um culto religioso. Consiste em tornar sagrado algo que não é mais do que uma criação do pensamento e do engenho humano.
FILIOQUE: Palavra introduzida na Igreja do Ocidente no artigo sobre o Espírito Santo no credo Niceno-Constantinopolitano. Diz-se que “procede do Pai e do Filho”, para expressar assim a dupla procedência do Espírito. Este acréscimo ao Credo não é aceito pelas igrejas Ortodoxas por considerá-lo doutrinal e canonicamente inaceitável.
FUNDAMENTALISMO: Este termo originou-se a partir de uma série de folhetos publicados entre 1910 1915 chamada Os Fundamentos (The Fundamentals), que se refere aos elementos centrais da doutrina cristã tradicional nas igrejas evangélicas: a divindade de Jesus Cristo, a inspiração literal das Sagradas Escrituras, a segunda vinda de Cristo, a existência do céu e do inferno, a necessidade da salvação pessoal para a qual é imprescindível o “novo nascimento”, etc. É uma corrente teológica conservadora, rígida e apologética.
GENTIOS: São as pessoas que não têm origem judia, as nações que não partilham da fé em Javé. Portanto, não fazem parte do povo eleito de Deus (Israel, ‘am). São os outros povos (goim), perante os quais o povo de Israel mantém certa distância e sente uma certa superioridade. (Algumas Bíblias, por exemplo a da Vozes, traduzem por “pagão”).
GLOSSOLALIA: É o “dom” de falar em línguas. Trata-se de uma prática religiosa conhecida tanto dentro como fora da Igreja Cristã. Atualmente é um elemento fundamental, segundo as Igrejas Pentecostais, para indicar a experiência do Espírito Santo.
HELENISMO: O tipo de cultura que prevalecia na área mediterrânea do Império Romano dos tempos de Jesus e da origem da Igreja. A base desta cultura era dada pelo pensamento e língua gregos e pela formação na tradição dos gregos.
HELENISTAS: Eram os gentios que aderiam ao judaísmo. Também aqueles que, embora de origem judia, haviam nascido em terras distantes da Palestina.
HUMANISMO: É a doutrina dos humanistas do Renascimento (séculos XV e XVI) que preconizavam o cultivo e o conhecimento das letras clássicas, o que levou a uma nova consciência da realidade do homem e do mundo muito mais autônomo em relação à autoridade religiosa do que a que predominou durante a Idade Média.
ICONOCLASTA: Aquele que nega veneração e se opõe às imagens sagradas. Partido que surgiu em Bizâncio, cuja atitude levou à “questão das imagens” (725-843). Esta atitude é considerada uma heresia tanto na Igreja Católica Romana como entre as Ortodoxas.
JAVÉ: Nome do Deus de Israel. Em geral é traduzido por O SENHOR.LIMBALU: Culto de origem africana praticado na costa atlântica da Colômbia.MARCIONITA: Adepto do pensamento de Marcião, um convertido ao cristianismo
durante o século II, que negava a existência de um só Deus. Afirmava que havia um Deus bom, revelado por Jesus Cristo, que é um ser de amor inefável. O outro Deus era o do Antigo Testamento, vingador e exigente através do cumprimento da lei. Por isso rejeitava totalmente o Antigo Testamento como texto válido para os cristãos. Suas posições forçaram a Igreja, durante o século II, a definir o cânon das sagradas Escrituras e, ao mesmo tempo, afirmar a unidade da Igreja na oikoumene daquela época. Os marcionitas distinguiram-se por uma vida austera. Muitos deles morreram no martírio.
MONARQUIANISMO: Doutrina heterodoxa do final do século II que rejeitava a concepção da Santíssima Trindade e proclamava a unicidade de Deus, patripassianismo. Negavam a doutrina da Trindade de Deus, e defendiam a “monarquia de Deus”.
NOLENS VOLENS: Expressão latina que significa “querendo ou não”.OIKIA: Palavra grega que quer dizer a família que mora numa casa. OIKOS: Termo grego que significa casa.OIKOUMENE: Termo grego que significa todo mundo habitado.ORTODOXIA: Literalmente: a doutrina correta. Na tradição das igrejas, são
chamadas Ortodoxas aquelas que se mantém na tradição dos oito primeiros concílios ecumênicos, isto é, são as Igrejas Orientais. A maioria delas aceita os termos do Credo de Calcedônia. Há uma minoria (a Igreja da Etiópia, a Igreja do Egito, a Igreja Armênia, a Igreja da Assíria) que se mantém na tradição ortodoxa apesar de não aderir ao dogma de Calcedônia.
ORTOPRÁXIS: É a prática correta.PACHA: Deidade no culto dos indígenas das terras do Altiplano sul-
americano.PATRÍSTICA: Parte da teologia que estuda o pensamento dos Padres da
Igreja.
PENTECOSTAIS: As Igrejas que enfatizam a necessidade da efusão do Espírito Santo. Na América Latina são a grande maioria das Igrejas Evangélicas.
PENTECOSTES: A palavra deriva do termo grego pentecoste, nome dado à festa judaica celebrada cinquenta dias depois da celebração da festa da páscoa e dos pães sem fermento. O dia da primeira festa deste tipo depois da morte e ressurreição de Jesus Cristo foi cenário da efusão do Espírito Santo sobre os discípulos de Jesus (cf. At 2,1-41).
PIETISMO: Movimento surgido dentro do Protestantismo durante os séculos XVII e XVIII, que procurou enfatizar a importância da “religião do coração” contra a aridez do escolasticismo luterano e calvinista.
PILGRIM FATHERS: Expressão inglesa que denota os primeiros colonos que chegaram à América do Norte, no navio Mayflower. De origem protestante, puritanos,. Tinham a intenção de fundar uma sociedade onde fosse possível o culto a Deus na sua forma mais pura.
PRESBITERIANOS: São os adeptos das Igrejas Presbiterianas, de origem calvinista que integram o ramo reformado de igrejas que aderiram à reforma Protestante do século XVI.
QUILOMBO: Significa o refúgio de negros escravos que fugiam das plantações onde trabalhavam, buscando sua liberdade. O mais famoso é o de Palmares, formado no século XVIII, quando se fundou a “República de Palmares”.
RELIGIÃO CIVIL: Nos EUA se designa este termo aquela formação religiosa que combina elementos do cristianismo com aspectos da vida nacional dos EUA,criando uma base que permite um “pacto nacional” e a manutenção de uma ideologia que enfatiza a importância dos EUA entre todas as nações do mundo.
SACERDÓCIO UNIVERSAL DOS CRENTES: Um dos princípios fundamentais do Protestantismo, que afirma a dignidadew de cada crente e a vocação que ele ou ela recebeu de Deus para contribuir para a vida da Igreja (cf. 1Pd 2,9-10)
SANTEIRA: Em cuba, culto de origem africana, semelhante ao Candomblé, ou Limbalu e à Umbanda.
SECULARIZAÇÃO: O processo pela qual a propriedade, o poder e o prestigio passam do setor religioso para o leigo. Em termos culturais significa uma perda de vigência e importância da religião.
SINCRETISMO: Sistema que procura conciliar iniciativas, ideias e doutrinas diferentes.
SOLA FIDE, SOLA GRATIA, SOLA SCRIPTURA: Expressões latinas que traduzem, princípios fundamentais do protestantismo relativo à salvação humana: apenas fé, pela graça e pelo testemunho das Escrituras se tem acesso à revelação de Deus e à salvação.
TEOLOGIA LIBERAL: A teologia desenvolvida a partir do começo do século XIX. Tem em Frederico Schleiermacher seu primeiro e maior expoente. Enfatiza especialmente a importância da experiência religiosa, o sentimento, procurando encontrar nele uma base firme, que a ciência não pode negar, para fundamentar a religião.
UMBANDA: Culto de origem africana, praticado sobretudo nas regiões urbanas do litoral sul do Brasil.
UNA SANCTA: Frase latina que designa a Igreja quando é considerada como indispensável e santa, em contraste com a possibilidade de ser dividida pelo pecado humano.
VODU: Religião de origem africana praticada no Haiti. Sua influência na independência, bem como em outros momentos da história dessa nação, é muito importante.
ZOÉ: Palavra grega que significa vida eterna (cf. Jo 10,10). Deve ser distinguida de bios (cf. (a ‘vida vegetativa) a de psyque (a vida pessoal).
FIM