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WORKSHOP WORKSHOP Certificação Energética e Ambiental do Certificação Energética e Ambiental do Edificado Edificado Aveiro, 27 de Maio de 2010 Aveiro, 27 de Maio de 2010 SISTEMA DE SISTEMA DE CERTIFICAÇÃO VOLUNTÁRIA DA CERTIFICAÇÃO VOLUNTÁRIA DA EFICIÊNCIA HÍDRICA DE PRODUTOS EFICIÊNCIA HÍDRICA DE PRODUTOS Armando Silva Afonso Armando Silva Afonso Presidente da ANQIP Presidente da ANQIP - Associação Nacional para a Qualidade nas Instalações - Associação Nacional para a Qualidade nas Instalações Prediais Prediais Professor da Universidade de Aveiro Professor da Universidade de Aveiro

Armando Silva Afonso - ANQIP

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O enfoque deste Workshop está na demonstração das oportunidades de intervenção que resultam da actual conjuntura no âmbito da CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA E DA QUALIDADE DO AR EM EDIFÍCIOS, dando relevo à CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA E AMBIENTAL DO EDIFICADO.

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WORKSHOPWORKSHOP

Certificação Energética e Ambiental do Certificação Energética e Ambiental do EdificadoEdificado

Aveiro, 27 de Maio de 2010Aveiro, 27 de Maio de 2010

SISTEMA DE SISTEMA DE

CERTIFICAÇÃO VOLUNTÁRIA DA CERTIFICAÇÃO VOLUNTÁRIA DA EFICIÊNCIA HÍDRICA DE PRODUTOSEFICIÊNCIA HÍDRICA DE PRODUTOS

Armando Silva AfonsoArmando Silva AfonsoPresidente da ANQIP Presidente da ANQIP - Associação Nacional para a Qualidade nas Instalações - Associação Nacional para a Qualidade nas Instalações PrediaisPrediaisProfessor da Universidade de Aveiro Professor da Universidade de Aveiro

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A IMPORTÂNCIA DA A IMPORTÂNCIA DA EFICIÊNCIA HÍDRICAEFICIÊNCIA HÍDRICA

Devido não só ao crescimento demográfico mas, Devido não só ao crescimento demográfico mas, fundamentalmente, ao desenvolvimento económico e fundamentalmente, ao desenvolvimento económico e ao nosso estilo de vida, a água potável é hoje um ao nosso estilo de vida, a água potável é hoje um recurso escasso que, de bem comunitário e recurso escasso que, de bem comunitário e patrimonial, se transformou ao longo das últimas patrimonial, se transformou ao longo das últimas décadas em bem económico. décadas em bem económico. As alterações climáticas têm agravado este cenário e As alterações climáticas têm agravado este cenário e prevê-se que em alguns países, como Portugal, a prevê-se que em alguns países, como Portugal, a previsível redução da precipitação ou a alteração do previsível redução da precipitação ou a alteração do seu regime possam a curto/médio prazo agravar as seu regime possam a curto/médio prazo agravar as situações de crise.situações de crise.

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Saliente-se que, actualmente, a humanidade já utiliza Saliente-se que, actualmente, a humanidade já utiliza cerca de 50% dos recursos de água doce disponíveis. cerca de 50% dos recursos de água doce disponíveis.

Em 2025 essa percentagem subirá para 75%!Em 2025 essa percentagem subirá para 75%!

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Fonte: World Water Council

Stress HídricoStress Hídrico

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Em termos de oportunidades de poupança de água Em termos de oportunidades de poupança de água em Portugal, estima-se que, actualmente, as em Portugal, estima-se que, actualmente, as ineficiências totais sejam superiores a 3.000 x 10ineficiências totais sejam superiores a 3.000 x 10 66

mm33/ano /ano (Programa Nacional para o Uso Eficiente da (Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água).Água).

O valor económico destas ineficiências será superior O valor económico destas ineficiências será superior de 750 x 10de 750 x 1066 €/ano, representando cerca de 0,65% do €/ano, representando cerca de 0,65% do Produto Interno Bruto nacional.Produto Interno Bruto nacional.

Cerca de Cerca de metademetade deste valor corresponde a deste valor corresponde a oportunidades de poupança no sector urbano (redes oportunidades de poupança no sector urbano (redes públicas e prediais).públicas e prediais).

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Assim, a necessidade de aumento da eficiência no Assim, a necessidade de aumento da eficiência no uso da água no seu ciclo urbano:uso da água no seu ciclo urbano:

→ → Corresponde a um imperativo ambiental, de Corresponde a um imperativo ambiental, de sustentabilidade;sustentabilidade;

→ → Corresponde a uma necessidade estratégica Corresponde a uma necessidade estratégica de Portugal, face aos riscos de de Portugal, face aos riscos de stressstress hídrico; hídrico;

→ → Corresponde a um interesse económico das Corresponde a um interesse económico das entidades e dos cidadãos, que pode ser entidades e dos cidadãos, que pode ser concretizado sem prejuízo da sua qualidade de concretizado sem prejuízo da sua qualidade de vida e da salvaguarda da saúde pública.vida e da salvaguarda da saúde pública.

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- RREDUZIR EDUZIR OS CONSUMOS →OS CONSUMOS → EFICIÊNCIA EFICIÊNCIA

HÍDRICA DOSHÍDRICA DOS PRODUTOSPRODUTOS

- RREDUZIR AS PERDAS E OS EDUZIR AS PERDAS E OS DESPERDÍCIOSDESPERDÍCIOS

- RREUTILIZAR A ÁGUAEUTILIZAR A ÁGUA

- RRECICLAR A ÁGUAECICLAR A ÁGUA

- - RRECORRER A ORIGENS ECORRER A ORIGENS ALTERNATIVASALTERNATIVAS

}EFICIÊNCIA EFICIÊNCIA HÍDRICA HÍDRICA DOSDOS EDIFÍCIOSEDIFÍCIOS

No sector predial, em particular, deve No sector predial, em particular, deve considerar-se um considerar-se um Princípio de 5R: Princípio de 5R:

Page 8: Armando Silva Afonso - ANQIP

Actualmente, a promoção da eficiência junto dos Actualmente, a promoção da eficiência junto dos cidadãos é feita, em geral, com recurso a mecanismos cidadãos é feita, em geral, com recurso a mecanismos de certificação e rotulagem, de carácter obrigatório ou de certificação e rotulagem, de carácter obrigatório ou voluntário.voluntário. Estes procedimentos são já correntes em Estes procedimentos são já correntes em alguns sectores da habitação, como, por exemplo, na alguns sectores da habitação, como, por exemplo, na energia.energia.

COMO PROMOVER A EFICIÊNCIA NO USO COMO PROMOVER A EFICIÊNCIA NO USO DOS RECURSOS NO CICLO PREDIAL?DOS RECURSOS NO CICLO PREDIAL?

Page 9: Armando Silva Afonso - ANQIP

Como é evidente, qualquer destes modelos (para Como é evidente, qualquer destes modelos (para produtos ou para edifícios) pode facilmente ser produtos ou para edifícios) pode facilmente ser transposto para o recurso “água”…transposto para o recurso “água”…

Page 10: Armando Silva Afonso - ANQIP

No espaço europeu, existem já modelos deste tipo no No espaço europeu, existem já modelos deste tipo no Reino Unido, na Irlanda e nos países nórdicos. Reino Unido, na Irlanda e nos países nórdicos. Fora do espaço europeu, são diversos os exemplos Fora do espaço europeu, são diversos os exemplos que podem ser referidos (Austrália, EUA, Japão, Nova que podem ser referidos (Austrália, EUA, Japão, Nova Zelândia, etc.). Zelândia, etc.).

Page 11: Armando Silva Afonso - ANQIP

O PAPEL DA O PAPEL DA ANQIPANQIP EM PORTUGAL EM PORTUGAL NA PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA NA PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA HÍDRICA NO SECTOR PREDIALHÍDRICA NO SECTOR PREDIAL

A ANQIP (A ANQIP (Associação Nacional para a Qualidade nas Associação Nacional para a Qualidade nas Instalações PrediaisInstalações Prediais) é uma ONG sem fins lucrativos, do ) é uma ONG sem fins lucrativos, do tipo “Universidades-Empresas”, que tem entre os seus tipo “Universidades-Empresas”, que tem entre os seus associados (actualmente cerca de 120) diversas associados (actualmente cerca de 120) diversas Universidades e Institutos Politécnicos, empresas de Universidades e Institutos Politécnicos, empresas de referência, Entidades Gestoras e técnicos em nome referência, Entidades Gestoras e técnicos em nome individual, cujos objectivos essenciais são a promoção e individual, cujos objectivos essenciais são a promoção e a garantia da qualidade e da eficiência nas instalações a garantia da qualidade e da eficiência nas instalações prediais.prediais.

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No que se refere concretamente aos No que se refere concretamente aos produtosprodutos(autoclismos, chuveiros, etc.), a ANQIP decidiu (autoclismos, chuveiros, etc.), a ANQIP decidiu tomar a iniciativa de lançar em Portugal um tomar a iniciativa de lançar em Portugal um sistema voluntário e de base consensual, para asistema voluntário e de base consensual, para a

CERTIFICAÇÃO E ROTULAGEM DA EFICIÊNCIA CERTIFICAÇÃO E ROTULAGEM DA EFICIÊNCIA HÍDRICA DE PRODUTOS, HÍDRICA DE PRODUTOS,

baseado em Especificações Técnicas (ETA) baseado em Especificações Técnicas (ETA) desenvolvidas por Comissões Técnicas da ANQIP desenvolvidas por Comissões Técnicas da ANQIP e em ensaios realizados por Laboratórios e em ensaios realizados por Laboratórios Acreditados pelo IPAC ou aprovados pela ANQIP.Acreditados pelo IPAC ou aprovados pela ANQIP.

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A ANQIP elabora Especificações Técnicas (ETA) para A ANQIP elabora Especificações Técnicas (ETA) para os diversos produtos, de modo a criar e estabelecer os diversos produtos, de modo a criar e estabelecer os necessários valores de referência para atribuição os necessários valores de referência para atribuição de cada uma das letras e também as condições de de cada uma das letras e também as condições de realização dos ensaios de certificação.realização dos ensaios de certificação.

As empresas aderentes ao sistema estabelecem um As empresas aderentes ao sistema estabelecem um protocolo com a ANQIP através do qual são definidas protocolo com a ANQIP através do qual são definidas as condições em que podem emitir e utilizar os as condições em que podem emitir e utilizar os rótulos.rótulos.

A ANQIP controla o processo, através de ensaios A ANQIP controla o processo, através de ensaios periódicos e de carácter aleatório dos produtos periódicos e de carácter aleatório dos produtos colocados no mercado com rotulagem.colocados no mercado com rotulagem.

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A certificação e rotulagem ANQIP da eficiência A certificação e rotulagem ANQIP da eficiência hídrica de produtos está a ser implementado de hídrica de produtos está a ser implementado de acordo com o seguinte plano:acordo com o seguinte plano:

- Autoclismos (1º semestre de 2009) √Autoclismos (1º semestre de 2009) √- Duches (2º semestre de 2009) √Duches (2º semestre de 2009) √- Torneiras e fluxómetros (1º semestre de 2010)Torneiras e fluxómetros (1º semestre de 2010)- Outros dispositivos (2º semestre de 2010)Outros dispositivos (2º semestre de 2010)

Pelo facto de corresponderem aos maiores Pelo facto de corresponderem aos maiores consumos no sector predial em Portugal (mais de consumos no sector predial em Portugal (mais de 60%), os autoclismos e duches foram considerados 60%), os autoclismos e duches foram considerados prioritários.prioritários.

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Note-se que a eficiência considerada ideal, tendo em Note-se que a eficiência considerada ideal, tendo em atenção a conforto das utilizações, questões de saúde atenção a conforto das utilizações, questões de saúde pública e a pública e a performanceperformance dos dispositivos, dos dispositivos, corresponde à letra “A”.corresponde à letra “A”.

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No caso dos AUTOCLISMOS, por exemplo, os No caso dos AUTOCLISMOS, por exemplo, os rótulos são aplicados de acordo com as categorias rótulos são aplicados de acordo com as categorias referidas no Quadro seguinte.referidas no Quadro seguinte.

Como se referiu, a Como se referiu, a categoria de referência é a que categoria de referência é a que corresponde à letra “A” corresponde à letra “A” (eventualmente “B” em (eventualmente “B” em sanitários públicos), embora possam existir sanitários públicos), embora possam existir categorias “A+ “ e “A++” com aplicações limitadas categorias “A+ “ e “A++” com aplicações limitadas e condicionadas, como adiante se refere.e condicionadas, como adiante se refere.

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Volume Volume nominanominal (litros)l (litros)

Tipo de descargaTipo de descarga Categoria Categoria de de

Eficiência Eficiência HídricaHídrica

TolerânciaTolerância

(Volume máximo – (Volume máximo – descarga completa)descarga completa)

TolerânciaTolerância

(Volume mín. de (Volume mín. de descarga para descarga para

poupança de água)poupança de água)

4,04,0

5,05,0

6,06,0

7,07,0

9,09,0

4,04,0

5,05,0

6,06,0

7,07,0

9,09,0

4,04,0

5,05,0

6,06,0

7,07,0

9,09,0

Dupla descargaDupla descarga

Dupla descargaDupla descarga

Dupla descargaDupla descarga

Dupla descargaDupla descarga

Dupla descargaDupla descarga

C/ interrup. de desc.C/ interrup. de desc.

C/ interrup. de desc.C/ interrup. de desc.

C/ interrup. de desc.C/ interrup. de desc.

C/ interrup. de desc.C/ interrup. de desc.

C/ interrup. de desc.C/ interrup. de desc.

CompletaCompleta

CompletaCompleta

CompletaCompleta

CompletaCompleta

CompletaCompleta

A++A++

A+A+

AA

BB

CC

A+A+

AA

BB

CC

DD

AA

BB

CC

DD

EE

4,0 – 4,54,0 – 4,5

4,5 – 5,54,5 – 5,5

6,0 – 6,56,0 – 6,5

7,0 – 7,57,0 – 7,5

8,5 – 9,08,5 – 9,0

4,0 – 4,54,0 – 4,5

4,5 – 5,54,5 – 5,5

6,0 – 6,56,0 – 6,5

7,0 – 7,57,0 – 7,5

8,5 – 9,08,5 – 9,0

4,0 – 4,54,0 – 4,5

4,5 – 5,54,5 – 5,5

6,0 – 6,56,0 – 6,5

7,0 – 7,57,0 – 7,5

4,5 – 9,04,5 – 9,0

2,0 – 3,02,0 – 3,0

3,0 – 4,03,0 – 4,0

3,0 - 4,03,0 - 4,0

3,0 – 4,03,0 – 4,0

3,0 – 4,53,0 – 4,5

--

--

--

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Saliente-se que, para além de pretender Saliente-se que, para além de pretender disponibilizar aos cidadãos um conhecimento disponibilizar aos cidadãos um conhecimento adequado sobre a eficiência hídrica dos produtos adequado sobre a eficiência hídrica dos produtos no mercado, a ANQIP, através da certificação e no mercado, a ANQIP, através da certificação e rotulagem, pretende também orientar os cidadãos rotulagem, pretende também orientar os cidadãos na escolha dos produtos, de modo a evitar a na escolha dos produtos, de modo a evitar a adopção de soluções que não se revelem adopção de soluções que não se revelem adequadas do ponto de vista de desempenho adequadas do ponto de vista de desempenho técnico, conforto ou saúde pública.técnico, conforto ou saúde pública.

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Na verdade, a sensibilização crescente das empresas Na verdade, a sensibilização crescente das empresas e dos cidadãos para a importância da eficiência hídrica e dos cidadãos para a importância da eficiência hídrica tem levado, por vezes, à adopção de medidas de tem levado, por vezes, à adopção de medidas de eficiência hídrica que não se revelam adequadas do eficiência hídrica que não se revelam adequadas do ponto de vista de desempenho técnico ou que são ponto de vista de desempenho técnico ou que são susceptíveis de problemas de diversa índole nas susceptíveis de problemas de diversa índole nas instalações, apesar das intenções meritórias instalações, apesar das intenções meritórias subjacentes.subjacentes.

Page 20: Armando Silva Afonso - ANQIP

No caso dos autoclismos, por exemplo, a adopção de No caso dos autoclismos, por exemplo, a adopção de modelos de 4 litros (exigida em alguns modelos de modelos de 4 litros (exigida em alguns modelos de certificação ambiental!...) tem-se revelado como um certificação ambiental!...) tem-se revelado como um factor de problemas ao nível do arrastamento de sólidos factor de problemas ao nível do arrastamento de sólidos nas redes prediais e públicas, exigindo-se para a sua nas redes prediais e públicas, exigindo-se para a sua adopção (incompatível com muitas das redes existentes adopção (incompatível com muitas das redes existentes em Portugal) uma alteração dos critérios habituais de em Portugal) uma alteração dos critérios habituais de dimensionamento das redes (inclinações mínimas de dimensionamento das redes (inclinações mínimas de 1,65%, segundo estudos recentes).1,65%, segundo estudos recentes).

Saliente-se que a Norma Europeia EN 12056-2 não Saliente-se que a Norma Europeia EN 12056-2 não permite mesmo a adopção de autoclismos de 4 litros em permite mesmo a adopção de autoclismos de 4 litros em redes prediais dimensionadas de acordo com o redes prediais dimensionadas de acordo com o chamado Sistema I da Norma, que é precisamente o chamado Sistema I da Norma, que é precisamente o sistema habitual em Portugal.sistema habitual em Portugal.

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Por outro lado, há que averiguar se o volume de Por outro lado, há que averiguar se o volume de descarga é compatível com as características da descarga é compatível com as características da bacia de retrete, assegurando as necessárias bacia de retrete, assegurando as necessárias condições de descargacondições de descarga

Habitualmente, a performance do conjunto Habitualmente, a performance do conjunto autoclismo-bacia é assegurada pelo cumprimento autoclismo-bacia é assegurada pelo cumprimento de Normas Europeias relativas à de Normas Europeias relativas à performanceperformance dos dos dispositivos ou aparelhos (no caso dos autoclismos dispositivos ou aparelhos (no caso dos autoclismos é a prEN 14055), pelo que a certificação de é a prEN 14055), pelo que a certificação de eficiência hídrica ANQIP pressupõe o cumprimento eficiência hídrica ANQIP pressupõe o cumprimento da normalização existente relativa à performance da normalização existente relativa à performance do conjunto.do conjunto.

Page 22: Armando Silva Afonso - ANQIP

Por estes motivos, a ANQIP estabeleceu para os Por estes motivos, a ANQIP estabeleceu para os autoclismos de pequeno volume categorias de autoclismos de pequeno volume categorias de eficiência hídrica “A+” ou “A++” (ou “A”, nalguns eficiência hídrica “A+” ou “A++” (ou “A”, nalguns casos), mas com indicação obrigatória no rótulo de um casos), mas com indicação obrigatória no rótulo de um aviso relativo à exigência de aviso relativo à exigência de performanceperformance do conjunto do conjunto e à existência de um e à existência de um dimensionamento adequado da dimensionamento adequado da rede de drenagemrede de drenagem..

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CategoriaCategoria Nº de Nº de certificações certificações

atribuídasatribuídas

A++A++ 00

A+A+ 22

AA 103103

BB 55

CC 00

DD 00

EE 00

Neste momento, estão já certificados mais de 75% Neste momento, estão já certificados mais de 75% dos autoclismos comercializados em Portugal (110 dos autoclismos comercializados em Portugal (110 referências comerciais!).referências comerciais!).

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A situação representada na tabela, com nenhuma A situação representada na tabela, com nenhuma certificação nas letras menos eficientes era certificação nas letras menos eficientes era expectável. Na verdade, tratando-se de um sistema expectável. Na verdade, tratando-se de um sistema voluntário, os fabricantes/importadores não voluntário, os fabricantes/importadores não solicitam, em geral, a rotulagem nas categorias solicitam, em geral, a rotulagem nas categorias menos eficientes.menos eficientes.

Esta situação não é prejudicial para o sistema, Esta situação não é prejudicial para o sistema, antes pelo contrário. Face à grande adesão das antes pelo contrário. Face à grande adesão das empresas e consumidores ao sistema, a ausência empresas e consumidores ao sistema, a ausência de certificação destes autoclismos conduzirá à sua de certificação destes autoclismos conduzirá à sua progressiva retirada do mercado, contribuindo para progressiva retirada do mercado, contribuindo para o cumprimento dos objectivos pretendidos pela o cumprimento dos objectivos pretendidos pela ANQIP.ANQIP.

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Está neste momento em lançamento a certificação e Está neste momento em lançamento a certificação e rotulagem de eficiência hídrica de CHUVEIROS E rotulagem de eficiência hídrica de CHUVEIROS E SISTEMAS DE DUCHE.SISTEMAS DE DUCHE.

CAUDAL (Q)

(l/min)

Chuveiro Sistemas de duche

Sistema de duche com

torneira termoestática ou eco-stop

Sistema de duche com

torneira termostática e eco-stop

Q ≤ 5

5,0 < Q ≤ 7,2

7,2 < Q ≤ 9,0

9,0 < Q ≤ 15,0

15,0 < Q ≤ 30,0

30,0 < Q

A+

A

B

C

D

E

A+

A

B

C

D

E

A++

A+

A

B

C

D

A++

A++

A+

A

B

C

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Para os sistemas de duche e chuveiros, o modelo Para os sistemas de duche e chuveiros, o modelo implementado considera que a utilização ideal (letra implementado considera que a utilização ideal (letra A) é aquela que tem um consumo de água entre 5,0 A) é aquela que tem um consumo de água entre 5,0 litros/minuto e 7,2 litros/minuto. litros/minuto e 7,2 litros/minuto.

Os rótulos A e A+ aplicáveis a cabeças de duche Os rótulos A e A+ aplicáveis a cabeças de duche com caudal igual ou inferior a 7,2 l/min deverão ter com caudal igual ou inferior a 7,2 l/min deverão ter associada a indicação “Recomendável a utilização associada a indicação “Recomendável a utilização com torneiras termostáticas”, dado ser mais elevado com torneiras termostáticas”, dado ser mais elevado o risco de escaldão.o risco de escaldão.

Page 27: Armando Silva Afonso - ANQIP

As TORNEIRAS são o dispositivo mais comum, quer As TORNEIRAS são o dispositivo mais comum, quer nas habitações quer em instalações colectivas. nas habitações quer em instalações colectivas. Numa habitação comum existem, no mínimo, 3 a 5 Numa habitação comum existem, no mínimo, 3 a 5 torneiras.torneiras.

Para as torneiras de lavatório (residências), o modelo Para as torneiras de lavatório (residências), o modelo que se encontra actualmente em estudo considera que se encontra actualmente em estudo considera que a utilização ideal (letra A) é aquela que tem um que a utilização ideal (letra A) é aquela que tem um consumo de água de 2,0 l/minuto.consumo de água de 2,0 l/minuto.

Para as torneiras de cozinha, o modelo considera Para as torneiras de cozinha, o modelo considera que a utilização ideal (letra A) é aquela que tem um que a utilização ideal (letra A) é aquela que tem um consumo de água de 4,0 l/minuto. consumo de água de 4,0 l/minuto.

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CAUDAL (Q)CAUDAL (Q)(l/min)(l/min)

Torneiras Torneiras de de

lavatóriolavatório

Torneiras de lavatório Torneiras de lavatório com arejador ou eco-com arejador ou eco-

stopstop

Torneiras de Torneiras de lavatório com lavatório com

arejador e eco-stoparejador e eco-stop

Q ≤ 2.0Q ≤ 2.0 AA A+A+ A++A++

2.0 < Q ≤ 4.02.0 < Q ≤ 4.0 BB AA A+A+

4.0 < Q ≤ 6.04.0 < Q ≤ 6.0 CC BB AA

6.0 < Q ≤ 8.06.0 < Q ≤ 8.0 DD CC BB

8.0 < Q8.0 < Q EE DD CC

CAUDAL (Q)CAUDAL (Q)(l/min)(l/min)

Torneiras Torneiras de cozinhade cozinha

Torneiras de cozinha Torneiras de cozinha com arejador ou eco-com arejador ou eco-

stopstop

Torneiras de cozinha Torneiras de cozinha com arejador e eco-com arejador e eco-

stopstop

Q ≤ 4.0Q ≤ 4.0 AA A+A+ A++A++

4.0 < Q ≤ 6.04.0 < Q ≤ 6.0 BB AA A+A+

6.0 < Q ≤ 8.06.0 < Q ≤ 8.0 CC BB AA

8.0 < Q ≤ 10.08.0 < Q ≤ 10.0 DD CC BB

10.0 < Q10.0 < Q EE DD CC

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• Análise das possíveis economias numa Análise das possíveis economias numa habitação tipo, com utilização de produtos habitação tipo, com utilização de produtos eficientes, (letra A), por comparação com uma eficientes, (letra A), por comparação com uma habitação equipada com produtos não habitação equipada com produtos não eficientes, do tipo convencional (conforme o eficientes, do tipo convencional (conforme o Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e de Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais). Drenagem de Águas Residuais).

• Considerando que a ocupação média é de 2,7 Considerando que a ocupação média é de 2,7 pessoas por fogo.pessoas por fogo.

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• Utilizando produtos convencionaisUtilizando produtos convencionais

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• Utilizando produtos categoria A:Utilizando produtos categoria A:

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• Da análise das tabelas Da análise das tabelas

–Poupança de cerca de 48% de águaPoupança de cerca de 48% de água• Economia total (água+energia) cerca Economia total (água+energia) cerca

de 55% (256,60 €/ ano)de 55% (256,60 €/ ano)

Os resultados atrás expressos demonstram a Os resultados atrás expressos demonstram a importância das políticas de uso eficiente da importância das políticas de uso eficiente da água no sector predial, com benefícios água no sector predial, com benefícios significativos para os cidadãos e para a significativos para os cidadãos e para a sustentabilidade do Paíssustentabilidade do País..

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CONCLUSÕESCONCLUSÕES

O uso eficiente da água é um imperativo ambiental em O uso eficiente da água é um imperativo ambiental em qualquer país do mundo. Mas em alguns países, como qualquer país do mundo. Mas em alguns países, como Portugal, torna-se urgente desenvolver medidas neste Portugal, torna-se urgente desenvolver medidas neste âmbito, pois as disponibilidades do recurso poderão âmbito, pois as disponibilidades do recurso poderão estar significativamente afectadas a curto/médio prazo.estar significativamente afectadas a curto/médio prazo.

Assim, uma especial atenção deve ser dada ao uso de Assim, uma especial atenção deve ser dada ao uso de produtos eficientes, mas os consumidores devem ser produtos eficientes, mas os consumidores devem ser capazes de identificar os produtos eficientes, impondo-capazes de identificar os produtos eficientes, impondo-se a adopção de sistemas de rotulagem de fácil se a adopção de sistemas de rotulagem de fácil interpretação.interpretação.

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Esta tem sido a orientação da ANQIP, cuja iniciativa de Esta tem sido a orientação da ANQIP, cuja iniciativa de certificação e rotulagem vem seguramente ao encontro certificação e rotulagem vem seguramente ao encontro da necessidade crucial e urgente de intervenção que da necessidade crucial e urgente de intervenção que se detecta em Portugal, no sentido de racionalizar o se detecta em Portugal, no sentido de racionalizar o uso da água e contribuir para a garantia, em relação a uso da água e contribuir para a garantia, em relação a este recurso vital, das desejadas e indispensáveis este recurso vital, das desejadas e indispensáveis condições de sustentabilidade.condições de sustentabilidade.

O sucesso destas iniciativas de racionalização do uso O sucesso destas iniciativas de racionalização do uso da água, contudo, dependerá muito do envolvimento e da água, contudo, dependerá muito do envolvimento e do empenho que os intervenientes no sector coloquem do empenho que os intervenientes no sector coloquem nesse desígnio, assumindo de forma convicta o seu nesse desígnio, assumindo de forma convicta o seu papel no que se refere à aplicação, prescrição e papel no que se refere à aplicação, prescrição e promoção destas medidas.promoção destas medidas.

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Obrigado pela atenção dispensadaObrigado pela atenção dispensada

ARMANDO SILVA AFONSO AVEIRO, MAIO DE 2010

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