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ADEX - seminario emprende 2012: supermercados casa fiesta
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"Brasil: Oportunidades para exportar a
empresas médias do setor de alimentos
- Por Marcelo Breda
América do sul:17.819.100 km quadrados.
12% da superfície terrestre.
6 % da população mundial
Brasil: 8.514.877 Km² = 48% da América do Sul.
Peru:1.285.220 Km² = 7,2% da América do Sul.
Extensão da
América do Sul:
7500 Km
(do mar do Caribe
ao Cabo Horn).
Proporção área territorial:
1 Brasil = 6 Peru
2
1
3 4
5
6
Brasil: responsável por 3/5
da produção industrial
sul-americana. Fonte: Dicionário Enciclopédico Ilustrado (volume 1). Editora e Gráfica Visor do Brasil Ltda., 2005.
Brasil =
Representatividade de produção
5,5 Argentinas ou
10 Chiles ou
14 Perus ou
119 Paraguais
FONTE: BANCO MUNDIAL
Valores em dólares americanos.
PIB DO BRASIL PIB DO PERU
FONTE: BANCO MUNDIAL
Valores em dólares americanos.
PIB DO BRASIL PIB DO PERU
Entenda melhor o processo de importação
no Brasil
A oportunidade de exportar para empresas de varejo
alimentar de médio e pequeno porte no Brasil passa pela
necessidade de entender o que ocorreu e vem ocorrendo
nesta fatia do segmento do canal de varejo alimentar, ao menos
a partir do período pré-plano real, ocorrido há duas décadas.
Nesta época...o Brasil era
praticamente fechado aos
investimentos externos, em
consequência de seu passado
inflacionário. (diga-se,
hiperinflacionário).
Havia o fantasma da suspensão do
pagamento da dívida externa,
ocorrido em meados dos anos
1980, gerando uma insegurança
jurídica.
A hiperinflação reinou no final do
último quarto do século passado – no
período intermediário da ditadura
militar e o início da consolidação
democrática brasileira.
O início da estabilidade econômica foi alcançada de forma
definitiva em 1º de julho de 1994 com a implantação do Plano
Real, (de inquestionável sucesso e que sucedeu diversos
outros planos econômicos frustrados).
Através da estabilidade econômica, o Brasil começou a
conquistar a confiança de investidores internacionais.
Fatos:
Nasceram os fundos de investimentos, atraídos também pelas
elevadas taxas de juros praticadas no Brasil, em relação ao
mercado internacional e praticadas até o início de 2012.
O cumprimento dos contratos dos governos anteriores
e a estabilidade democrática gerou segurança
institucional, assim ocorreu o zeramento virtual da
dívida externa em função das elevadas reservas do
Governo, transformando este débito em uma dívida
interna.
Chegadas dos estrangeiros no país
Além dos investidores de capital, também aportaram ao Brasil,
as grandes cadeias internacionais de supermercados e
iniciaram suas operações. Algumas já atuavam no país durante
o ambiente de hiperinflação.
As elevadas taxas de juros, além de dinheiro barato
obtido em seus países de origem, favoreceram o modelo
de atuação destas empresas varejistas estrangeiras que
mudaram o modelo de operação do varejo brasileiro,
com resultados baseados em receitas financeiras e não
em resultados de operações comerciais convencionais.
Após a estabilização econômica iniciado em 1994 e a
segurança jurídica plena e amplamente divulgada ao mundo dos
negócios, chegaram ao Brasil novas cadeias internacionais de
varejo de supermercados, as mais famosas tais como Grupo
Sonae, Walmart e Jerónimo Martins, entre outras.
Empresas estrangeiras, anteriormente instaladas e recém
chegadas, expandiram e iniciaram as suas operações através da
aquisição de pequenas e médias cadeias regionais, todas bem
posicionadas e com ótima projeção de suas marca junto aos
consumidores nas regiões de atuação.
Nesta primeira etapa não ocorreram aquisições de
varejistas nacionais de grande expressão e volume
de faturamento. Houve a tentativa, por parte das
incorporadoras internacionais, de consolidação das
operações, dificultando esta ação pelo grande
número de marcas adquiridas.
A consolidação da estratégia só aconteceu depois que a
gigante norte americana Walmart absorveu integralmente, no
final de 2005, a operação da portuguesa Sonae no Brasil, esta
operadora de inúmeras marcas e modelos.
Atualmente o grupo chileno do Cencosud está fazendo o
mesmo processo, concentrado suas aquisições
estrategicamente na região centro-nordeste brasileira.
Sobre produtos importados
As restrições aos produtos importados, no passado, eram
absurdas e inviabilizavam a importação direta por parte das
grandes empresas regionais de varejo.
Para médias e pequenas empresas era impossível importar.
Esse modelo estimulou uma elite de grandes importadoras,
que conseguiram cotas de importação junto aos órgãos do
governo e gozavam de privilégios junto a fabricantes
exportadores do mundo todo.
Com a abertura econômica brasileira, poucas cadeias
nacionais tinham estrutura preparada para importações
próprias. As médias e pequenas mal podiam se imaginar
importando diretamente, então realizavam o abastecimento
com os importadores tradicionais.
Importadoras x Varejo
Importadores de todos os tamanhos, mal acostumadas,
praticaram e ainda praticam política de preços elevados, além
de executar poucas ações de desenvolvimento, apoio ou
degustação para produtos importados por elas.
O incentivador de importações próprias por parte das
empresas médias foi a lentidão e a falta de entendimento das
cadeias internacionais, que adquiriram os “gigantes locais”,
antes administrados por especialistas locais.
O desapontamento dos consumidores conduziu os médios e
pequenos varejistas ao processo de capitalização através do
crescimento de faturamento, maior lucro e também da
contratação de mão de obra capacitada, uma vez que havia
dificuldades na adaptação das equipes absorvidas pelos
estrangeiros, transferindo know how para os pequenos e
médios varejistas.
O passo seguinte dos médios e pequenos foi trabalhar com
marcas Premium e também com produtos importados.
Clientes das classes mais elevadas trocaram as lojas
tradicionais, adquiridas pelas cadeias estrangeiras, e aprovaram
a experiência.
Para os pequenos e médios, importar diretamente foi
consequência da quase inércia e falta de variedade e novidades
de produtos importados por parte das importadoras
tradicionais.
Os importadores tradicionais não enxergaram a
oportunidade que se abria e não atentaram-se
para este nicho, perdendo este mercado.
Depois do primeiro container adquirido, houve
uma verdadeira corrida em busca de novos
produtos importados, sendo inevitável a
comparação de preço pago das importadoras
tradicionais pelo que era pago por importação
direta. Esta prática está cada vez mais evidente e
consolidando-se no Brasil.
•Burocracia brasileira: para uma empresa poder importar
diretamente é preciso se tornar credenciado junto aos órgãos
federais.
•Legislação complexa, dúbia e confusa: interpretação
individualizada por parte dos órgãos fiscalizadores e do
próprio fiscal.
•Constantes modificações das leis e portarias, e criação de
novas exigências com o objetivo de dificultar as importações,
gerando uma cultura protecionista.
Obstáculos da importação
para as empresas médias
de varejo brasileiras:
•Capacidade de importação restrita a empresas que trabalham
com público de classes mais elevadas (custos).
•Falta de infraestrutura logística: portos obsoletos com
capacidade saturada, estradas sem manutenção adequada
propiciando a elevação desordenada de
•Uso do sistema como ferramenta de negociação dos
funcionários federais. (greves, paralisações e protestos).
• Hábitos de compra dos brasileiros bastante variados entre
regiões, mesmo que próximas.
• Dificuldade de entendimento do fabricante exportador nas
áreas de suporte, no marketing, promoção e nas estratégias
de projeção de marca do seu produto junto ao consumidor.
• Dificuldade de entendimento por parte dos funcionários do
exportador em relação as exigências documentais. Ex.:
certificados e análises laboratoriais.
“O varejo alimentar brasileiro não é dos franceses ou
dos americanos. Pelo menos, de cinco anos pra cá, as
redes de capital nacional nesse segmento - com 38 mil
lojas e R$ 224,3 bilhões em faturamento no país -
respondem pela maior parte das vendas locais e cresce
a taxas superiores a dos varejistas estrangeiros”.
Fonte: Valor Econômico – Edição: 29/06/2012
HIGHLIGHTS
...”no último ano houve avanço de 13% no número de novos supermercados no interior paulista, diante da
expansão de 8% na capital. Em Minas Gerais, a capital cresceu 10% nesse aspecto, enquanto no interior
cresceu 36%. Nos estados do Rio de Janeiro e Paraná a tendência é a mesma”.
“Vale ressaltar que esse crescimento não foi apenas no número de Autosserviços; 48% do crescimento
em valor dessas lojas veio das cidades do interior, o que indica que os consumidores estão gastando mais
e qualificando o seu consumo”.
Fonte: Nielsen Brasil – Twitter: @nielsenbr
“O relatório da associação dos supermercados mostra que redes varejistas
posicionadas entre a 101ª e 200ª colocações no ranking de 2011, com média de 8
lojas, mostram aumento nas vendas (por metro quadrado) de 16,7%. A média do
mercado foi de 11,8%.”
HIGHLIGHTS
Muchas gracias!
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