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Pedagogia Artigo Original A CONTRIBUIÇÃO DO JOGO PEDAGÓGICO NO DESENVOLVIMENTO MOTOR DAS CRIANÇAS DO 1º PERÍODO DA EDUCAÇÃO INFANTIL THE CONTRIBUTION OF THE CHILDREN EDUCATION GAME ENGINE DEVELOPMENT 1st PERIOD OF
EARLY CHILDHOOD EDUCATION
Gerrana do Egypto marques
1, Patrícia Tomaz Mattão Rodrigues
2
__________________________________________________________________
Resumo Este artigo tem por objetivo apresentar a contribuição do jogo pedagógico no desenvolvimento motor da criança. E durante esse
processo não podemos deixar de citar o começo da Educação Infantil. As conquistas nas últimas décadas foram grandes e importantes para sociedade. No inicio antes da criação da pré-escola, a educação da criança era responsabilidade da família, após muita luta para ter um lugar apropriado para as mães deixarem seus filhos enquanto trabalhavam surgiram a creche e a pré-escola, que além de fornecer uma Educação apropriada fornecia as crianças um cuidado que elas teriam no âmbito familiar.
A creche e a pré-escola não tinham apenas o intuito de cuidar da criança, mas sim forma cidadãos críticos capazes de conviver em sociedade, e para que isso pudesse acontecer novos métodos de ensino foram surgindo, e um desses métodos é através das práticas lúdicas. O lúdico se posiciona como aliado para motivar essas crianças dando-lhes oportunidade para aprender de forma mais
prazerosa. Mas que essas práticas lúdicas seja eficazes e necessárias o uso diário e continuo. O jogo pedagógico alternativas interessantes o processo de ensinamento da criança.O jogo pedagógico como atividade lúdica, possui fundamental importância no que concerne ao desenvolvimento dos aspectos cognitivo, social e afetivo e das habilidades motoras do indivíduo. É excelente inst rumento motivador da aprendizagem.
Palavras-chave: Educação Infantil, Jogos Pedagógicos e desenvolvimento motor.
Abstract This Article has the objective of presenting the contributions of pedagogical objectives for the motor development of children. During this
process we cannot forget to mention the early stages of infant education. The contest in recent decades have been of great importance for society at the beginning, before the creation of preschools, the child‟s education was the responsibility of the family. After a long struggle. To have appropriate locations for mothers to leave their children‟s whilst they worked caused rise to daycare and pre-schools
that beyond providing an appropriate education would also provide the infants with the level of care that they would receive in the family environment.The daycare and pre-school do not only have the initiative to look-after children, but to also create critical citizens capable living together within society, new methods of teaching are emerging on of these methods is through the ludic practice. The ludic positions it self as to motivate the children giving the opportunities to learn in the most pleasure some ways ., but for lud ic practice to be
efficient, the must be applied daily and continually. The pedagogical game has interesting alternatives in the teaching or education process of children. The pedagogical field in terms of the ludic practice has a fundamental importance in that it concerns the development of the cognitive aspects, social and emotional, and also the motor skills of the individual an excellent instrument for
motivation and learning.
Keywords: Early Childhood Education , Pedagogical Games, m vbvbyuotor development.
Contatos:e-mail das autor
1 Graduanda do curso de Pedagogia. 2 Professora Especialista do Curso de Pedagogia Icesp Promove.
INTRODUÇÃO
Durante muito tempo, a educação da
criança era responsabilidade das famílias ou do
meio social ao qual ela pertencia. Através do
contato com adultos e com outras crianças, ela
aprendia a fazer parte de um grupo social, a
partir das tradições que a criança começava a
dominar alguns conhecimentos. Por um longo
período da história, não havia nenhuma
instituição responsável pela formação das
crianças.
Após muita luta, e conquistas as creches e
pré-escolas foram surgindo, e as crianças eram
cuidadas como se estivesse em seu próprio
ambiente familiar. E com isso elas deixavam de
ter apenas uma referência e passa ter várias.
Com tudo a creche e a pré-escola não
tinham apenas o intuito de cuidar da criança, mas
sim formar cidadão críticos, e para que isso
acontecesse novos métodos de educar foram
surgindo, e um desses métodos é através das
praticas lúdicas. O lúdico se posiciona como
aliado para motivar essas crianças dando-lhes
oportunidade para aprender brincando.
No entanto, procurar novos métodos para
ensinar precisa ser uma prática diária, pois os
alunos encontram muitos obstáculos para
compreender os conteúdos abordados e jogos
pedagógicos são alternativas interessantes para a
solução dos problemas da prática pedagógica.
O jogo pedagógico como atividade lúdica,
possui fundamental importância no que concerne
ao desenvolvimento dos aspectos cognitivo,
social e afetivo e das habilidades motoras do
indivíduo.É excelente instrumento motivador da
aprendizagem, pois possibilita maior
envolvimento, dedicação, desperta o interesse e
desejo em participar das atividades propostas. É
fundamental para a aprendizagem o fator lúdico
para a criança, considerando que as atividades
trabalhadas de maneira planejada são excelentes
instrumentos do ensino-aprendizagem.
Jogando a criança aprende a importância
da interação, do grupo, da colaboração e da
competição saudável. O jogo insere a criança no
grupo social, ela sai do seu egocentrismo,
compartilhando idéias e considerando outros
pontos de vista.
Porém, a utilização do jogo pedagógico
Educação Infantil exige do professor uma
mudança de atitude, abandonando o papel de
transmissor e assumindo o papel de facilitador,
observador, problematizando e incentivador,
auxiliando o aluno na construção do seu
conhecimento.
O objetivo geral consiste em analisar a
contribuição do jogo pedagógica no
desenvolvimento motor da criança da Educação
Infantil.
Para nortear o desenvolvimento do trabalho
em questão, descreve-se os seguintes objetivos
específicos: entender o processo histórico da
Educação Infantil; Trajetória do Jogo; Jogo
Pedagógico; Importância do Jogo,
Desenvolvimento Motor; Práticas Lúdica; A
contribuição dos jogos no desenvolvimento da
criança.
REFERENCIAL TEÓRICO
Nesta seção, será desenvolvido o
referencial teórico, que norteará a análise
bibliográfica.
1-TRAJETÓRIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Durante muito tempo, a educação da
criança era direcionada a família ou grupo social
que ela pertencia, com a influência de pessoas
mais velhas com quais as crianças conviviam, ou
seja, a educação da criança era responsabilidade
da família.
Com o tempo a sociedade foi mudando
suas concepções de infância percebendo a
necessidade de uma Educação voltada para a
criança, percebendo as mudanças ocorridas
durante as gerações.
Como destaca Kuhlmann Júnior (2001,
p.81):
“[...]a história das instituições pré-escolares
não é uma sucessão de fatos que se somam, mas a interação de tempos, influências e
3
temas, em que o período de elaboração da proposta educacional assistencialista se
integra aos outros tempos da história dos homens.” Kuhlmann Júnior (2001, p.81):
Com a necessidade de trabalhar fora as
famílias precisavam de um lugar acolhedor, que
recebessem seus filhos da mesma forma que eles
eram tratados em seu leito familiar. Com o
decorrer dos anos donas de casa recebiam as
crianças em suas próprias casas, com o intuito de
ajudar as mães que tinha que trabalhar, com
forme o aumento de crianças ouve-se a
necessidade de ampliar o local de acolhimento.
Então ouve o surgimento de creches e pré-
escola está associada com o trabalho materno
fora do lar, como isso, dentro do seu ambiente
familiar a criança deixa de ter uma referência e
passa ter várias, já que a estrutura familiar com o
passar do tempo se modificou.
“[...] o que se pode notar, do que foi dito até
aqui, é que as creches e pré-escolas surgiram a partir de mudanças econômicas, políticas e sociais que ocorreram na sociedade: pela
incorporação das mulheres à força de trabalho assalariado, na organização das famílias, num novo papel da mulher, numa nova relação
entre os sexos, para citar apenas as mais evidentes. Mas, também, por razões que se identificam com um conjunto de ideias novas
sobre a infância, sobre o papel da criança na sociedade e de como torná-la, através da educação, um indivíduo produtivo e ajustado às exigências desse conjunto social.” (Bujes, 2001, p.15)
O intuito das pré- escolas era traçar o
destino social dessas crianças, ou seja, o que
elas viam a se tornar com a educação oferecida
com a intervenção governamental para torna-lás
sujeitos úteis na sociedade.
Com a necessidade de se ausentar do seu
lar, as mulheres procuravam instituições que
pudessem acolher seus filhos, tais instituições
traziam como foco o cuidar, que tem como
significado os cuidados primários: higiene, sono e
alimentação. Essa atenção antes oferecida pela
família agora é de responsabilidade das creches
e pré-escolas.
Um processo indissociável do cuidar é o
educar, entendemos por educar a implementação
de novos hábitos, costumes e valores que são
transferidos de geração à geração, ela vai se
formando através de situações presenciadas e
experiências vividas por cada indivíduo ao longo
da sua vida.
“A criança vive um momento fecundo, em que a interação com as pessoas e as coisas do
mundo vai levando-a a atribuir significados àquilo que a cerca. Este processo que faz com que a criança passe a participar de uma
experiência cultural que é própria de seu grupo social, é que chamamos de educação. No entanto, esta participação na experiência
cultural não ocorre isolada, fora de um ambiente de cuidados, de uma experiência de vida afetiva e de um contexto material que
lhes dá suporte.“ Carmem Craidy e Gládis E, Kaercher ( Educação infantil : Pra que te quero. Pag. 16)
De acordo com o filósofo teórico Hubert, a
educação é um conjunto de ações e influências
exercidas voluntariamente por um ser humano em
outro, normalmente de um adulto em um jovem.
Essas ações pretendem alcançar um determinado
propósito no indivíduo para que ele possa
desempenhar alguma função nos contextos
sociais, econômicos, culturais e políticos de uma
sociedade (René Hubert, 1996, Lexicoteca, Vol.
7, p.94)
Entende-se que a família e o educador ou
qualquer outra individuo têm em comum preparar
a criança para viver em uma sociedade como um
cidadão critico consciente dos seus direito e
deveres.
O direito á Educação Básica, tornou
conhecida pela Constituição Federal de 19883,
para garantir a cidadania de todos. Pela Lei nº
9.131/953 foi elaborado a Diretriz Curricular
Nacionais para a Educação Básica fazendo a
junção da Educação Infantil, mostrando os
direitos das crianças e familiares. Os educadores
e outros segmentos vêm lutando ao longo dos
anos para garantir melhor condições para as
crianças mais novas. Porém, ainda há
necessidade de mudanças, e reconhecimento
social e político, para que reconstrua
3 A Constituição Federal de 1988 assegurou diversas
garantias constitucionais, com o objetivo de dar maior efetividade aos direitos fundamentais.
4
gradativamente um processo de ensino-
aprendizagem de qualidade.
2-TRAJETÓRIA DO JOGO
Segundo Huizinga (2005),o lúdico é toda
tarefa que envolve bem estar, prazer. Afirma
ainda que o jogo é tão essencial quanto o
raciocínio e a fabricação e que sua existência
antecede a cultura, civilização humana, podendo
ser percebido entre os animais, nas suas
brincadeiras.
Nota-se sua presença desde os tempos
remotos, onde os homens por meio de jogos,
experimentavam, criavam e transformavam o
mundo.
Elkonin (1998), afirma que os jogos e a arte
são atividades que surgiram como resultado do
trabalho humano e manuseio de ferramentas,
tornando o lúdico essencial para desenvolver
habilidades e realizar diversas tarefas
necessárias à sobrevivência.
Ao longo da história o jogo ganha
diferentes significações, dependendo da época e
contexto em que está inserido.
Segundo Kishimoto (2002) em Roma os
jogos eram frequentes como atividade física para
a formação de soldados e cidadãos obedientes.
Na Grécia o objetivo do jogo era a formação
estética e espiritual.
Nos registros de Horácio (65-8 a.C.) e
Quintiliano (35-95 d.C.), nota-se o interesse pelo
jogo nas guloseimas em forma de letras,
confeccionadas em docerias de Roma, com
objetivo de facilitar o aprendizado das mesmas.
Na antiga Roma e Grécia (século VII a.C)
deu-se início a estudos e reflexões sobre o jogo,
notou-se a importância do mesmo como recurso
facilitador da aprendizagem.
Platão (428-347 a.C.) sugere a utilização
de jogos como meio para que a aprendizagem
aconteça ao invés da violência e repressão.
Aristóteles (384-322 a.C.) sugere que as crianças
utilizem jogos que imitem atividades realizadas
pelos adultos, como forma de preparo para o
futuro.
Porém, a utilização do jogo como recurso à
aprendizagem sofre alguns entraves. Durante a
era do Cristianismo (século II-XIV), as escolas
passaram a ter um caráter mais rigoroso devido
às ideologias cristãs e a educação disciplinadora.
Nesse contexto não há meio para expandir
o jogo que passa a ser visto como transgressor
da ordem e da disciplina, perdendo espaço na
educação. Aos professores cabe a tarefa de ditar
lições, corrigir cadernos, aos alunos, memorizar
conteúdos.
Essa ideia errônea do jogo foi sendo
desconstruída ao longo dos séculos. Durante o
Renascimento (séculos XV-XVI), surge uma nova
concepção de Educação que reconsidera e
resgata o jogo e a brincadeira como participantes
da formação educacional.
No século XIII, Rousseau (1712),
Comenius (1593) e Pestalozzi (1746) defendem a
ideia de uma educação voltada para as
particularidades da criança, esse novo olhar
valoriza a infância e ajuda essa categoria
conquistar seu espaço enquanto sujeito social.
No século (XX) com base nas ideias
concebidas anteriormente, Froebel (1782-1852),
Montessori (1870-1909) e Decroly (1871-
1932)realizaram pesquisas que contribuíram para
superar o ensino tradicional, uma nova
abordagem que respeitasse e compreendesse as
crianças como seres pensantes e ativos.
Froebel (1782), entende que o jogo deve
fazer parte da história da Educação Infantil.
Destaca a importância do jogo livre para o
desenvolvimento integral da criança e também
como auxílio à prática pedagógica, quando
utilizado como material educativo pelo professor.
No século XX intensificou-se o uso dos
jogos na educação, Decroly (1871) e Montessori
(1871) criaram jogos e brinquedos educativos
para o desenvolvimento infantil, com o objetivo de
facilitar a aprendizagem nas diversas áreas do
conhecimento, pelos alunos com dificuldades
mentais, auxiliando-os no desenvolvimento da
inteligência.
Percebe-se a importância do jogo na
história da educação, como instrumento que
atende as necessidades da criança em brincar,
interagir, raciocinar e facilitar a aprendizagem.
Os jogos e os Parâmetros Curriculares
Nacionais trazem um novo conceito que visa
orientar de maneira coerente, as políticas
educacionais em suas localidades, para melhorar
a qualidade da educação. Na proposta dos PCNs
está situada a participação construtiva da criança
com a intervenção do professor no espaço
escola, onde a informação em que a
aprendizagem de novos conteúdos e o
desenvolvimento de habilidades operatórias,
5
sendo assim favorecendo a inclusão da criança
na sociedade.
Os jogos também fazem com que a criança
construa o significado das atividades de sua
aprendizagem através de multidisciplinaridade
que os jogos oferecem.
Podemos observar, mais recentemente,
uma tentativa da pré-escola de utilizar materiais
didáticos, jogos pedagógicos e recursos lúdicos
de ensino. O RCNEI 4(BRASIL, 1998, p. 58)
destaca a importância de se valorizar atividades
lúdicas na Educação Infantil, visto que “as
crianças podem incorporar em suas brincadeiras
conhecimentos que foram construindo”.
Friedmann (1996) esclarece o conceito do
brincar, do jogar e do lúdico mostrando que:
“... brincadeira refere-se à ação de brincar, ao
comportamento espontâneo que resulta de uma atividade não estruturada: jogo é compreendido como uma brincadeira que envolve regras: brinquedo é utilizado para
designar o sentido de objeto de brincar: atividade lúdica abrange, de forma mais ampla, os conceitos anteriores.” FRIEDMANN (1996, p. 12).
Um dos recursos lúdicos utilizados dentro
de sala de aula são os jogos pedagógicos, que
tem como objeto de suporte a brincadeira que
auxilia no desenvolvimento motor da criança.
De acordo com TEZANI (2004) o jogo não
pode ser considerado apenas um “passatempo”,
servindo como distração para os alunos, sua
função de sala de aula corresponde a ação
natural da criança e ocupa lugar de extrema
importância educação escolar. Favorece o
crescimento e o desenvolvimento, a coordenação
muscular, as faculdades intelectuais, a iniciativa
individual, favorecendo ainda o advento e o
progresso da palavra. Instiga a observar e
conhecer as pessoas e as coisas do ambiente em
que se vive. Através do jogar o aluno pode brincar
naturalmente, testar hipóteses, explorar toda a
sua espontaneidade criativa. O jogo é de
4 O RCNEI surgiu com um compromisso de desenvolver a
educação infantil nos apontando direções plausíveis para que
possamos desenvolver um trabalho com maior desenvoltura e
eficácia, atender de fato a necessidade de cada criança.
fundamental importância para que a criança
manifeste sua criatividade, utilizando suas
potencialidades de maneira integral. Somente
sendo criativo que a criança descobre seu próprio
eu.
Tal concepção de jogo pode ser ampliada
com a ideia apresentada por MALUF (2003, p.
17), pois ela diz que brincar é:
“Comunicação e expressão, associando
pensamento e ação; um ato instintivo voluntário; uma atividade exploratória; ajuda
às crianças no seu desenvolvimento físico, mental, emocional e social; um meio de aprender a viver e não um mero passatempo.”
3-JOGOS PEDAGÓGICOS
Os jogos fazem parte da nossa vida desde
os tempos mais remotos, estando presentes
desde infância. O homem sempre busca
inovações, e a cada dia que passa isso contribui
para a evolução da humanidade.
Segundo Rizzo (1988), os jogos
desenvolvem a atenção, disciplina, autocontrole,
respeito a regras e habilidades perceptivas e
motoras relativas a cada tipo de jogo oferecido.
Podem ser jogados de forma individual ou
coletiva, sempre com a presença do educador
para mediar o processo, observar e avaliar o nível
de desenvolvimento dos alunos, diagnosticando
as dificuldades individuais.
Conforme Negrine (1994, p. 9), “jogo se
origina do vocábulo latino „iocus‟, quesignifica
diversão, brincadeira. Em alguns dicionários
aparece como sendo a „atividade lúdica com um
fim em si mesma, embora ocasionalmente possa
se realizar por motivo extrínseco”.
Os jogos podem ser ferramentas
instrucionais eficientes, pois eles divertem
enquanto motivam, facilitam o aprendizado e
aumentam a capacidade de retenção do que foi
ensinado, exercitando as funções mentais e
intelectuais do jogador, aluno.
Com jogos pedagógicos a criança aprende
a seguir regras, a brincadeira não é uma atividade
inata, mas sim uma atividade social e humana
6
que vem de um contexto social, a partir dos quais
a criança comanda uma nova realidade e
estabelece suas normas. Na maioria das vezes, o
ser humano conhece o “jogo” por incentivo de um
adulto, que passa sua experiência de forma
simples que a criança vai criando sua formação
social.
Segundo Vygotsky, no processo de desenvolvimento, a criança começa usando as mesmas formas de comportamento que
outras pessoas inicialmente usaram em relação a ela. Isto ocorre porque, desde os primeiros dias de vida, as atividades da criança adquirem um significado próprio num
sistema de comportamento social, refratadas através de seu ambiente humano, que a auxilia a atender seus objetivos. (OLIVEIRA,
1994 p. 43-46.).
Com esse contato com outras pessoas, o
cérebro da criança funciona como uma esponja,
absorvendo tudo o que a rodeia e favorecendo o
desenvolvimento de aptidões e competências por
meio da estimulação e da interação com pessoas
que as rodeiam.
O Jogo pedagógico faz com que a criança
participe do mundo da imaginação e do faz de
conta, fazendo com que ela enfrente incertezas e
desafios em busca de entretenimento com outras
crianças da sua idade. Contribui para novas
descobertas, desenvolve e enriquece sua
personalidade.
Para Piaget o jogo é de extrema
importância no processo de desenvolvimento:
“jogos não são apenas uma forma de
entretenimento para gastar a energia das crianças, mas meios que enriquecem o desenvolvimento intelectual.” Piaget j. (2005,
p.25)
Os jogos pedagógicos têm como
finalidades promover situações de ensino-
aprendizagem e aumentam a construção do
conhecimento, introduzindo atividades lúdicas e
prazerosas.
[...] os jogos podem ser empregados em uma variedade de propósitos dentro do
contexto de aprendizado. Um dos usos básicos e muito importantes é a possibilidade de construir-se a autoconfiança. Outro é o
incremento da motivação. [...] um método eficaz que possibilita uma prática significativa
daquilo que está sendo aprendido. Até mesmo o mais simplório dos jogos pode ser
empregado para proporcionar informações factuais e praticar habilidades, conferindo destreza e competência (Silveira, 1998, p.02).
Os jogos pedagógicos têm como objetivo
servir de apoio como elementos úteis no reforço e
aprimoramento dos conteúdos já apreendidos
anteriormente. Introduzindo atividades lúdicas e
prazerosas aumenta a capacidade de iniciação e
ação ativa e motivadora. É necessário que o
educador da Educação Infantil trabalhe de
maneira organizada e contextualizada a aplicação
dessas atividades, pois esses conhecimentos
terão significados concretos para a vida das
crianças.
“A exploração do aspecto lúdico, pode se tornar uma técnica facilitadora na elaboração de conceitos, no reforço de conteúdos, na
sociabilidade entre os alunos, na criatividade e no espírito de competição e cooperação, tornando esse processo transparente, ao
ponto que o domínio sobre os objetivos propostos na obra seja assegurado” (FIALHO, 2007, p. 16)
É de grande importância que o fato da
competição durante o jogo, porém é necessário
que haja uma relação com a aprendizagem, de
forma que seja marcado pela participação, tanto
do professor, quanto do aluno.
O jogo acontece em determinados
momentos do cotidiano infantil, o jogo é uma
necessidade que a criança tem desde o
nascimento. Na escola o jogo fica apenas
direcionado ao pátio destinado apenas a
preencher intervalos de tempo entre as aulas.
4–A IMPORTÂNCIA DO JOGO
7
O jogo é uma atividade natural que
desenvolve os processos psicológicos básicos5,
embora livre de imposição ou obrigação externa
necessita de norma, controle.
De acordo com os Parâmetros Curriculares
Nacionais 6desenvolve ainda o conhecimento de
si mesmo e o conhecimento dos outros. Por meio
dos jogos as crianças vivenciam situações que as
fazem entender o significado dos símbolos, o que
possibilita produzir linguagens, sujeitar as regras
e dar explicações. (Brasil, 1997).
Jogando a criança aprende a importância
da interação, do grupo, da colaboração e da
competição saudável. O jogo insere a criança no
grupo social, ela sai do seu egocentrismo,
compartilhando idéias e considerando outros
pontos de vista.
Na acepção de Oliveira (1998), o jogar
envolve atitude psicológica do sujeito, trabalha
estruturas do pensamento que o desequilibra,
levando o indivíduo a buscar estratégias de
resolução para participar do jogo.
O jogo possibilita a exploração de objetos,
o desenvolvimento do pensamento e expressão
dos desejos e sentimentos, discussão e análise
de regras e elaboração de estratégias que serão
essenciais para a resolução de situações-
problemas.
Segundo os Parâmetros Curriculares
Nacionais,
“A participação em jogos de grupo também representa uma conquista cognitiva, emocional e social para a criança, e um
estímulo para o desenvolvimento do seu
5 São caracterizadas na psicologia como Processos
Psicológicos Básicos, funções mentaisque trata-se de sensação, percepção, atenção, memória, pensamento, linguagem, motivação e aprendizagem.
6 Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN´s) são a
referência básica para a elaboração das matrizes de
refêrencia . Os PCN´s foram elaborados para difundir os princípios da reforma curricular e orientar os professores na busca de novas abordagens e metodologias.
raciocínio lógico”. (BRASIL, PCN, 2000, p. 49).
Na educação o jogo pode ser utilizado para
aprimorar ou introduzir novos conteúdos. Torna-
se fundamental que professores valorizem o jogo
como recurso de motivação para desenvolver os
alunos.
O jogo como atividade lúdica, possui
fundamental importância no que concerne ao
desenvolvimento dos aspectos cognitivo, social e
afetivo e das habilidades motoras do indivíduo. É
excelente instrumento motivador da
aprendizagem, pois possibilita maior
envolvimento, dedicação, desperta o interesse e
desejo em participar das atividades propostas.
Segundo Carvalho (1992), o jogo é
excelente recurso facilitador da aprendizagem.
Afirma que:
“[...] desde muito cedo o jogo na vida da criança é de fundamental importância, pois quando ela brinca, explora e manuseia tudo
aquilo que está a sua volta, através de esforços físicos e mentais e sem se sentir coagida pelo adulto, começa a ter sentimentos
de liberdade, portanto, real valor e atenção as atividades vivenciadas naquele instante.”
(CARVALHO,1992,p.14)
No entanto, para que o jogo provoque no
aluno interesse e prazer, aspectos relevantes no
processo de aprendizagem escolar, o professor
deve trabalhar pedagogicamente, definindo os
objetivos pretendidos, tornando o momento da
aprendizagem significante, de forma que o aluno
aprenda a se conhecer e conhecer o mundo que
o rodeia.
5-DESENVOLVIMENTO MOTOR
O desenvolvimento motor é considerado
um processo sequencial, contínuo e relacionado à
idade cronológica, pelo qual o ser humano
adquire uma enorme quantidade de habilidades
motoras, as quais progridem de movimentos
simples e desorganizados para a execução de
8
habilidades motoras altamente organizadas e
complexas. (HAYWOOD e GETCHELL, 2004).
Inicialmente, acreditava-se que as
mudanças no comportamento motor refletiam
diretamente as alterações maturacionais do
sistema nervoso central. Hoje, porém, sabe-se
que o processo de desenvolvimento ocorre de
maneira dinâmica e é propenso a ser moldado a
partir de inúmeros estímulos externos. A
interação entre aspectos relativos ao indivíduo,
como suas características físicas e estruturais, ao
ambiente em que está inserido e à tarefa a ser
aprendida é determinantes na aquisição e
refinamento diferentes habilidades motoras.
O desenvolvimento motor tem como
significado o movimento humano no processo de
desenvolvimento e aprendizado, do nascimento
até a morte, crescente em todos os aspectos:
físico, mental e social, “cada momento da vida é
uma continuação do momento anterior, embora
modificado” (VIEIRA, 2009, p. 23)
A natureza do movimento surge da
interação de 3 fatores: o indivíduo, a tarefa e o
ambiente. São eles que influenciam a produção
de movimento.
O indivíduo produz um movimento para
obedecer às demandas da tarefa, que está sendo
executada em um ambiente específico. A
habilidade do indivíduo cumpre as demandas da
tarefa por meio da interação com o ambiente, que
determina sua capacidade funcional. Entende-se
então que o desenvolvimento motor é um
conjunto de transformações no comportamento
motor, passando pelos processos de adaptação,
maturação, crescimento e aprendizagem. A
adaptação é resposta de um organismo para
determinada variação das condições exógenas. A
maturação é o resultado da manifestação de
características individuais, através de um
processo fisiológico e sob os efeitos do tempo. O
crescimento é a modificação quantitativa das
estruturas morfológicas e a aprendizagem pode
ser definida como “uma mudança interna no
individuo, deduzida de uma melhoria
relativamente permanente em seu desempenho,
como resultado da pratica.” (WOOLLACOTT,
M.H.; SHUMWAY-COOK, 2003).
Na pré-escola, a criança de 4 a 6 anos de
idade abrange a fase dos movimentos
fundamentais, com o surgimento de múltiplas
formas como correr, saltar, arremessar, receber,
chutar e suas combinações. Nesta fase, os
movimentos fundamentais vão servir de base
para as combinações em habilidades desportivas,
de modo que a aquisição dos movimentos
fundamentais (Gallahue & Ozmun, 2005).
Para Le Boulch (1984, p.024) afirma que:
A educação psicomotora deve ser considerada como uma educação de base na escola infantil. Ela condiciona todos os aprendizados pré-escolares; leva a criança a tomar consciência de seu corpo, da lateralidade, a situar-se no espaço, a dominar seu tempo, a adquirir habilmente a coordenação de seus gestos e movimentos. A educação psicomotora deve ser praticada desde a mais tenra idade; conduzida com perseverança, permite prevenir inadaptações difíceis de corrigir quando já estruturadas [...].
Podemos observar que a educação
psicomotora7 na pré-escola tem o papel
preventivo na formação de base no
desenvolvimento motor, afetivo e psicológico,
podendo dar oportunidade por meio de jogos,
atividades lúdicas a conscientização sobre seu
corpo. Assim, a criança desenvolve um controle
mental de sua expressão motora, proporcionando
a aprendizagem das crianças em várias
atividades recreativas e na conservação da saúde
física, mental e no equilíbrio socio-afetiva.
Os projetos realizados para a Educação
Infantil levam o caráter lúdico, fazendo que as
atividades propostas sejam prazerosas
atendendo as necessidades. E esses projetos são
apoiados pela Secretaria e pelo Conselho de
Educação.
De acordo com DOHME uma das principais
características dos jogos é que:
“... eles têm um fim em si mesmo, os jogadores entram no mundo lúdico e praticam diversas ações com vontade, às vezes, com extremo vigor, mas
7 Para Le Boulch (1984, p. 24), a educação psicomotora
deve ser: Considerada como uma educação de base na escola infantil. Ela condiciona todos os aprendizados pré-
escolares; leva a criança a tomar consciência de seu corpo, da lateralidade, a situar-se no espaço, a dominar seu tempo, a adquirir habilmente a coordenação de seus gestos e
movimentos.
9
sabem que têm a garantia de voltar ao mundo real quando o jogo termina”.
Com isso entendemos que é na
brincadeira, a criança experimenta inúmeras e
mais variadas sensações que poderão ser usadas
na sua vida cotidiana, além de desenvolver sua
auto imagem e a de pessoas que participam do
seu cotidiano.
FRIEDMANN (1996, p. 12) esclarece o
conceito do brincar, do jogar e do lúdico
mostrando que:
“... brincadeira refere-se à ação de brincar, ao comportamento espontâneo que resulta de uma atividade não estruturada: jogo é
compreendido como uma brincadeira que envolve regras: brinquedo é utilizado para designar o sentido de objeto de brincar:
atividade lúdica abrange, de forma mais ampla, os conceitos anteriores.”
Desde a infância o verbo brincar nos
acompanha diariamente, pois essa é uma
importante atividade espontânea e muito
prazerosa, acessível a todo o ser humano, uma
comunicação associando o pensamento e a ação,
ajudando no desenvolvimento emocional e social
do indivíduo. Segundo Oliveira (2010), ao brincar,
a criança passa a compreender as características
dos objetos, seu funcionamento, os elementos da
natureza e os acontecimentos sociais.
A ação de brincar, segundo ALMEIDA
(1994) é algo natural na criança e por não ser
uma atividade sistematizada e estruturada, acaba
sendo a própria expressão de vida da criança.
RIZZI e HAYDT convergem para a mesma
perspectiva quando afirmam:
“O brincar corresponde a um impulso da criança, e este sentido, satisfaz uma
necessidade interior, pois, o ser humano apresenta uma tendência lúdica” (RIZZI e HAYDT 1987 p. 14).
De acordo com BRASIL (1998), o brincar é
umas das atividades fundamentais para o
desenvolvimento da identidade e da autonomia
da criança. O fato de a criança, desde muito
cedo, poder se comunicar por meio de gestos,
sons, e mais tarde representar determinado papel
na brincadeira, faz com que ela desenvolva a
imaginação. A diferenciação de papéis se faz
presente, sobretudo no faz-de-conta, quando as
crianças brincam como se fossem o pai, a mãe, o
filhinho, o médico, o paciente, heróis e vilões etc.
imitando e recriando personagens observados ou
imaginados em suas vivências, isso faz com que
o seu processo de aprendizagem e
desenvolvimento seja continuo e prazeroso.
Para CUNHA, “quando a criança brinca e
compete ela cria experiência que irão ajudá-la a
amadurecer emocionalmente” (CUNHA, 2007, p.
177). Ela ressalta que as diferentes habilidades
psicomotoras das crianças, podem ser integradas
através de jogos e brincadeiras, isto estimulará o
processo de desenvolvimento e tornará mais
adequado o seu aprendizado. Desse modo, o
lúdico proporciona à criança um melhor
desempenho e um melhor desenvolvimento no
ensino-aprendizado.
A ludicidade é tudo quanto diverte e
entretém o ser humano. Qualquer atividade
pode tornar-se lúdica, uma vez que a atitude de
quem a exerce esteja caracterizada pelo prazer,
espontaneidade e liberdade. Quando se estuda
em forma de jogos, é muito mais proveitoso.
A ludicidade atua tanto em torno do grupo
como das necessidades individuais; brincar é
educar, pois permite criar e satisfazer o espírito
do ser humano e oferece grandes possibilidades
culturais. Orientar através do lúdico é promover
prazer por atividades recreativas através das
quais o ser humano pode desenvolver-se em
seu máximo; lidar com crianças, adolescentes
ou adultos, estimulando-os a um contínuo
aperfeiçoamento. Com isto, busca-se a
verdadeira finalidade da educação, que é de
desenvolver e fortificar o corpo sob o ponto de
vista estático e dinâmico, contribuir para o
aperfeiçoamento total da criança começando
pelo ensino infantil.
5.1 ESQUEMAS CORPORAIS
O corpo é uma forma que temos de
expressar a individualidade. A criança percebe
as coisas que a cercam em função do seu
próprio corpo, assim conseguindo diferenciar os
objetos do seu meio tendo assim uma maior
habilidade de reconhecimento.
10
O desenvolvimento da criança é o
resultado da interação do seu corpo com o seu
meio, o contato com quem convive no dia-a-dia
onde estabelece ligações afetivas e emocionais.
O corpo é a maneira das maneiras mais
utilizadas pelas crianças para se expressar.
Qual quer pessoa constrói o seu mundo
através de experiências corporais. Morizt, diz
que:
“Toda relação corporal implica uma relação psicológica, pois o movimento não é um
processo isolado e está em estreita relação com a conduta e personalidade.”
Todas as experiências adquiridas ao longo
da vida da criança (prazer, a dor o fracasso e o
sucesso) são vividas corporalmente.
O jogo proporciona toda essa
experiência que a criança precisa para ter um
corpo “organizado” E a organização do próprio
corpo e o ponto de partida para que descubra
possibilidades de ações motoras.
Existem basicamente três fases de
atividades lúdicas para se trabalhar com acriança,
que caracterizam a evolução do jogo na criança,
são elas:
Jogo de exercício sensório-motor
É a fase que a crianças de 0 a 3 anos de
idade começa a descobrir a sua força utilizando
procedimentos simples que fazem parte do seu
cotidiano, como: subir, descer, segurar, soltar,
colocar, abaixar e levantar, usando como apoio
barras, e objetos de psicomotricidade.
Segundo Piaget, nessa fase do
desenvolvimento, o campo da inteligência da
criança aplica-se a situações e ações concretas.
Trata-se do período em que há o
desenvolvimento inicial das coordenações e
relações de ordem entre ações. É também o
período da diferenciação entre os objetos e o
próprio corpo.
● Jogo simbólico
É o jogo do “faz de conta”, imaginação, e
de imitação, é a forma lúdica que predomina nas
crianças de 2 a 5 anos de idade. Os jogos
simbólicos desenvolvem a partir dos esquemas
sensório-motor na medida em que é captados,
dando origem a imitação depois de representar a
atividades lúdicas. Esse período é o mais
importante para a criança, pois é nele que são
feitas as aquisições de conhecimento e
aprendizagem que são fundamentais no seu
desenvolvimento. É nesta fase que o cérebro da
criança funciona como uma esponja absorvendo
tudo aquilo que a rodeia.
A criança deste estágio:
É egocêntrica, 8centrada em si mesma, e
não consegue se colocar, abstratamente, no lugar
do outro.
Não aceita a ideia do acaso e tudo deve
ter uma explicação (é fase dos "por quês").
Já pode agir por simulação, "como se".
Possui percepção global sem discriminar
detalhes.
Deixa se levar pela aparência sem
relacionar fatos.
Jogos de regras:
Faz com que a criança tenha uma relação
interpessoal com outras crianças, os jogos
proporcionam para criança uma concepção de
viver em sociedade, onde cada local tem suas
regras e restrições e que devem ser seguidas e
respeitadas.
“O jogo de regras é a atividade de ser socializado e começa a ser praticado em torno dos setes anos,
quando a criança abandona o jogo egocêntrico das
8 Individuo que acredita que tudo deve caminhar a seu favor,por achar que o único merecedor, sem se preocupar com seus semelhantes.
11
crianças menores, em proveito de uma aplicação efetivo de regras e do espírito de cooperação entre os jogadores” (Piaget, 1971, p. 180).
O papel do jogo contribui na formação da
criança como sujeito, dando um espaço
importante ao meio que convive.
6- PRÁTICAS LÚDICAS
O ser humano, em todas as fases da sua
vida, está sempre fazendo novas descobertas e
aprendendo coisas novas, por meio do contato
com outras pessoas e pelo meio que vive.
O ser humano nasceu para aprender, para
descobrir e apropriar de todos os conhecimentos,
desde o mais simples ao mais complexo, isso
garante a sobrevivência e a integração na
sociedade com ser participativo, critico e criativo.
A prática lúdica está bem longe da
concepção ingênua de passatempo brincadeira
superficial. Ela é uma forma transacional em
direção a algum conhecimento.
A prática lúdica na Educação Infantil tende-
se ser positivas, pois o ambiente escolar é
aconchegante, rico em oportunidades e
experiência para o desenvolvimento da criança.
“ A criança, um ser em criação. Cada ato é para ela uma ocasião de explorar e de tornar
posse de si mesma ; ou, para melhor dizer, a cada extensão a ampliação de si mesma. E está operação, executa-a com veemência,
com fé: um jogo continuo. A importância decorre de conquista em conquista, uma vibração incessante.” ( Montessori,2011 p.15)
O educador deve proporcionar a criança à
curiosidade, incentivando o desenvolvimento da
criatividade. Fazendo das praticas lúdicas
excelente instrumento facilitador de ensino-
aprendizagem. Com a vontade dos educadores
de proporcionar em suas aulas as praticam
lúdicas garantindo o bem estar e entretenimento
das crianças, certamente irá contribuir para o
maior alcance do objetivo em seu plano
educativo.
O trabalho realizado na escola além de
pretender analisar as contribuições do lúdico no
processo ensino-aprendizagem na Educação
Infantil, busca também promover um ensino
natural e prazeroso, promover por meio da
atividade lúdica.
O uso de da prática lúdica que permita o
desenvolvimento da autoconsciência da criança,
a interação social, além de outros como o
cognitivo e afetivo.
7- A CONTRIBUIÇÃO DOS JOGOS NO
DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
Segundo Grossi (s.d., p. 86), “O jogo é uma
atividade rica e de grande efeito que responde às
necessidades lúdicas, intelectuais e afetivas,
estimulando a vida social e representando, assim,
importante contribuição na aprendizagem”.
Santos Santos (1998) afirma que as atividades
lúdicas podem contribuir significativamente para o
processo de construção do conhecimento da
criança e que o jogo é uma fonte de prazer e
descoberta.
Vygotsky afirma que a influência do jogo no
desenvolvimento da criança é enorme. Através do
jogo a criança aprende a agir numa esfera
cognitivista, sendo livre para determinar suas
próprias ações. O jogo desenvolve a curiosidade,
a iniciativa e a autoconfiança, proporcionando o
desenvolvimento da linguagem, do pensamento e
da concentração.
PERCURSOS METODOLÓGICOS
A pesquisa bibliográfica está embasada
nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs),
nas idéias teóricas de pesquisadores e
educadores, que muito puderam contribuir com a
compreensão do assunto em questão buscando
refletir sobre a contribuição do jogo pedagógico
no desenvolvimento motor da criança No
presente artigo foi abordada a pesquisa
bibliográfica que segundo Fonseca (2002) é
construída a partir do levantamento de estudos e
pesquisas teóricas realizadas e publicadas
anteriormente, objetivando recolher dados ou
conhecimentos existentes sobre a contribuição. É
feita por meio de livros, artigos de periódicos,
teses e sites.
O método escolhido para realização desta
pesquisa foi a abordagem qualitativa, que para
Minayo (1995), trabalha com o conjunto de
significados, valores, motivos, crenças e
12
aspirações a fim de compreender os atos
humanos e qual significado é atribuído a esses
atos, que não podem ser quantificados,
descartando o uso de métodos e técnicas
estatísticas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este artigo foi desenvolvido por meio da
pesquisa bibliográfica. Esse estudo apresenta
uma analise qualitativa dos dados por meio da
leitura de diferentes autores, objetivando
averiguar a contribuição do jogo pedagógico no
desenvolvimento motor no processo de ensino-
aprendizagem da criança.
Analisando a trajetória lúdica notou-se a
grande contribuição da mesma para a educação,
sendo um meio eficiente para a construção de um
ensino inovador.
O que pode se afirmar é que os jogos
pedagógicos são um recurso útil para uma
aprendizagem diferenciada e significativa no
ambiente de ensino, traz efeito de felicidade e
facilitando a interação da criança com o outro,
sabendo respeitar regras e limites. Auxilia como
recurso nas atividades escolares, facilitando o
entendimento.
O aprender utilizando o jogo como um
recurso pedagógico motiva a criança a aprender,
a interessar pelas atividades escolares, a
exercitar as suas capacidades motoras e
cognitivas, a fazer novas descobertas e também
se inicia o processo de alfabetização, por meio de
utilização do jogo.
Podemos concluir que jogo pedagógico vai
além daquilo que ouvimos, quando inserido nas
atividades lúdicas das crianças, os jogos e as
brincadeiras contribuem para o desenvolvimento
motor além de lhe estabelecer uma sensação de
bem estar e felicidade.
Podemos observar que a educação
psicomotora na pré-escola tem o papel preventivo
na formação de base no desenvolvimento motor,
afetivo e psicológico, podendo dar oportunidade
por meio de jogos, atividades lúdicas a
conscientização sobre seu corpo. Assim, a
criança desenvolve um controle mental de sua
expressão motora, proporcionando a
aprendizagem das crianças em várias atividades
recreativas e na conservação da saúde física,
mental e no equilíbrio socio-afetiva.
A criança evoluir a cada pratica lúdico,
sendo independente dos estímulos físicos
estabelecidos pelo ambiente concreto que a ela
vive.
Conforme Vygotsky (1998, p. 126), “é no jogo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés de uma esfera visual externa, dependendo das motivações e
tendências internas, e não pelo dos incentivos fornecidos pelos objetos externos”.
A convivência da criança com as outras
pessoas do ambiente social são de fundamental
importância para o desenvolvimento da mesma.
E nesse convívio com outras pessoas e que as
crianças começam a ser mais independentes
das suas ações e movimentos.
A criança precisa ser estimulada e com os
jogos pedagógicos são fundamentais em seu
desenvolvimento, no sentido da aquisição de
habilidades motoras, mentais e sociais básicas,
como correr, andar, reconhecer cores, sons e
símbolos entre outras.
Com isso a criança busca experiências em
seu próprio corpo, formando conceitos e
organizando o esquema corporal. Com a
abordagem da do jogo pedagógico irá permitir a
compreensão da forma como a criança toma
consciência do seu corpo e das possibilidades
de se expressar por meio desse corpo,
localizando-se no tempo e no espaço.
E através das práticas lúdicas são
fornecidas atividades de caráter recreativo, que
favorecem a consolidação de hábitos, o
desenvolvimento corporal e mental, a melhoria
da aptidão física, a socialização, a criatividade;
tudo isso visando à formação da sua
personalidade.
13
REFERÊNCIAS
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resgate do jogo infantil. São Paulo: Moderna,
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adolescentes e adultos. 3 ed. São Paulo: Phonte,
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11- GROSSI, Esther Pillar (Org.). Escolas
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12-KISHIMOTO, T.M. - Jogo, brinquedo,
brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez,
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13- LEBOUCH, J.. Educação Psicomotora:
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prazer e aprendizado. Petrópolis, Rj: Vozes
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16- PIAGET, Jean. A formação do símbolo na
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17- RIZZI, Leonor & HAYDT, Regina Célia.
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18- TEZANI, Thaís Cristina Rodrigues. O jogo e
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19- VIEIRA, Martha Bezerra. Uma Expressão de
corporeidade na educação Infantil. Rio de
Janeiro: Shape, 2009.
20- VYGOTSKY, L. S. O Papel do Brinquedo no
Desenvolvimento. In: A Formação Social da
Recommended