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( A Saúde na Escola:
análise de livros didáticos de la a 4a séries.
Adriana Mohr
.,
Nome dos
Componentes da
Banca Examinadora
,
I
Dissertação apresentada aos Srs.:
Esther Maria de Magalhães Arantes Orientadora
Adauto José
Maria Lúcia do Eirado Silva
Visto e permitida a impressão
Rio de Janeiro, 2Z/~ 1~~4
Coordenador Geral do IESAE
•
A Saúde na Escola: análise de livros didáticos de 13 a 43 séries.
Adriana Mohr
Orientadora: Prof Dra. Esther Maria de Magalhães Arantes
Dissertação apresentada como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Educação .
Fundação Getúlio Vargas Instituto de Estudos Avançados em Educação
Rio de Janeiro, fevereiro de 1994.
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Para
Cléia e Udo, mãe e pai, duplamente professores.
Martina, Fábio e Leonardo, irmãos, colegas de prQfissão.
Fernando, companheiro de todos os percursos e viagens.
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Vivrais-je cent ans, je n 'oublierai jamais I' affreuse conjúsion que laissa dans ma jeune tête
la lecture de mon premier livre.
Louis Figuier, 1883. La Terre .'Ivant le Déluge. Paris, Hachette .
... mas pensei também nas crianças que, por nada saberem, tudo descobrem .
Érico Veríssimo, 1973. Solo de Clarineta, vol. l. Porto Alegre, Globo.
SUMÁRIO
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Agradecimentos 1
• 1. INTRODUÇÃO ....
-' 1. 1. Os Programas de Saúde 4 1.2. O Livro didático 5
2. BffiLIOGRAFIA UTILIZADA 14
3. MATERIAL 17
4. MÉTODOS 19
5. ANÁLISE E RESULTADOS 5. 1. Conteúdos analisados 22
i 5.2. Fichas de análise 24
ti 6. DISCUSSÃO
'" 6.1. Coleção Integrando o Aprender 55 6.2. Coleção Aquarela 63 6.3. Coleção Aprender com Alegria 67 6.4. E então: que saúde nos livros didáticos? 70
7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 7. 1. Conclusões quanto aos Programas de Saúde
apresentados nos livros didáticos 77 7.2. Conclusões quanto à escolha dos livros didáticos 78 7.3. Recomendações 78
8. REFERÊNCIAS BffiUOGRÁFICAS 80
9. ANEXOS I 9. 1. Anexo 1 - Figuras 85
• 9.2. Anexo 2 - Sumários das Coleções 89
•
i
•
AGRADECIMENTOS
A minha orientadora, Dra. Esther Maria de Magalhães Arantes, pela
amizade e competência acadêmica.
A Fernando Dias de Avila Pires, com quem muito aprendo, não só sobre
saúde e educação.
Ao Departamento de Ciências Biológicas da Escola Nacional de Saúde
Pública, Fundação Oswaldo Cruz, na pessoa de seus sucessivos chefes Df. Adauto José
Gonçalves de Araújo e Dra. Keyla Belízia Marzochi, pelo constante estímulo e por
proporcionar as condições para a realização desta dissertação.
Às professoras Maria Luiza Queiroz, da F acuIdade de Educação da
Universidade Federal do Rio de Janeiro e Regina Maria de Almeida Moura, ex-Diretoras
do Colégio Sion, Rio de Janeiro, por acreditarem e incentivarem, na prática, modelos
inovadores de ensino de Ciências e Programas de Saúde.
À professora Rita de Cássia A. Peralta, da Coordenadoria de Apoio ao
Aluno, da Secretaria de Estado da Educação do Rio de Janeiro, pelo acesso à listagem
dos livros distribuídos pelo MEC no Estado do Rio de Janeiro.
À chefe do DEPROlFundação de Assistência ao Estuante, Brasília, Sra.
Edvirgem Maria Dan Ramos, pelo envio de informações sobre o Programa Nacional do
Livro Didático (PNLD).
Às funcionárias da Biblioteca Lincoln de Freitas, da Escola Nacional de
Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, na pessoa de sua Chefe Jussara Long e, em
especial, a Anna Maria, pelo auxílio sempre prestimoso e eficiente para a obtenção da
bibliografia necessária a esta dissertação.
À Sra. RacheI Fullin de Mello, Bibliotecária Chefe, Seção de Referência da
Biblioteca Central da Universidade Estadual de Campinas, pelo envio da obra Que
sabemos sobre o livro didático. Catálogo analítico.
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As editoras Ática, Scipione, FTD, Moderna e Saraiva e seus
representantes no Rio de Janeiro, pelo envio de coleções de livros didáticos.
Ao Sindicato Nacional dos Editores de Livros, Rio de Janeiro, pelo envio
da Produção editorial brasileira - 1991.
A minha mãe, Cléia Vianna Mohr, pela revisão e correção dos textos.
A CAPES, pela concessão de bolsa de mestrado.
Aos funcionários do Instituto de Estudos Avançados em Educação
(IESAE), pelo espirito sempre pronto a colaborar e encontrar soluções para os problemas
surgidos ao longo do curso.
Aos colegas de curso e professores do IESAE, pela amizade, competência
e coragem demonstrados ao longo desses três últimos e dificeis anos do Instituto, marco
no ensino e na pesquisa educacionais no Brasil, desmontado e fechado pela total falta de
perspectiva histórica e estreiteza de visão da Direção e da Superintendência da Fundação
Getúlio Vargas, Rio de Janeiro .
I
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1. INTRODUÇÃO
A dissertação tem como objetivo analisar e discutir o conceito de saúde
presente nos livros didáticos de 13 a 43 séries componentes das três coleções mais
compradas pela Fundação de Assistência ao Estudante doMinistério da Educação e do
Desporto (MEC), dentro do Programa Nacional do Livro Didático - 1991, para o Estado
do Rio de Janeiro.
O estudo se justifica dada a atual importância do livro didático como
recurso pedagógico nas escolas brasileiras. O volume de livros e os custos envolvidos na
sua compra e distribuição às escolas estão a solicitar avaliações sobre a qualidade das
obras adquiridas pelo referido Ministério. Além disso, a presente dissertação pretende ser
uma c.ontribuição aos professores envolvidos nos Programas de Saúde escolares que,
como responsàveis pela indicação dos livros didáticos a serem adquiridos pelo MEC, têm
o dever de realizá-la fundamentados em análises e avaliações criteriosas dos títulos
disponíveis.
A escolha do tema 'saúde', direito fundamental do ser humano, deu-se em
virtude da importância que atribuo a sua presença no currículo escolar, com o objetivo de
desenvolver conhecimentos que subsidiem ações e comportamentos do cidadão na
conservação, melhoria ou recuperação da saúde individual e coletiva.
A circunscrição da análise a livros didáticos destinados aos quatro
primeiros anos de escolaridade deveu-se à importância que assume esse segmento escolar
no atual quadro educacional brasileiro. Dados recentes do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (ffiGE, 1989) indicam que o número médio de séries concluídas
pelos alunos evadidos da escola, no período de 1978 a 1988, foi de 4,2 séries para a
região Sudeste, 3,0 para a Nordeste e 3,7 séries na média do país. No que se refere à
evasão, os dados apresentados pela mesma fonte projetam, a continuar o mesmo perfil da
década de 1980, apenas 55% da coorte de alunos 1988/1989 concluindo a 43 série e só
22% a 83.
As primeiras séríes devem, portanto, ser objeto prioritário do estudo das
deficiências apresentadas pelo excludente sistema educacional brasileiro: não só porque
. elas representam a única educação formal a que tem acesso uma enorme parcela da
população, mas, também, porque neste periodo podemos identificar alguns dos problemas
que concorrerão para a evasão escolar.
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1.1. Os Programas de Saúde
A lei 5.692/71, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional,
determina em seu artigo 7° que a educação em saúde, na escola, seja desenvolvida através
de atividades diversificadas ao longo de todo o l° e 2° graus - nos denominados
'Programas de Saúde' (Ministério da Educação, 1971). Em parecer, o Conselho Federal
de Educação dispõe sobre as diretrizes para o desenvolvimento destas atividades
(Conselho Federal de Educação, 1974). De acordo com este parecer, o programa de
saúde, tal como prescreve e conceitua a lei atual, não deve, necessariamente, ser dado
em todas as séries do r e r graus, como disciplina, e sim na maioria delas, de modo
pragmático e contínuo, através de atividades. Especialmente, deve ser instituído e
reforçado pela contribuição das diferentes áreas e disciplinas. Acentua ainda, tal
documento, que A escola deve possuir seu programa de saúde individualizado,
indicando em que área de estudo ou disciplina será desenvolvido. Em geral, nas quatro
primeiras séries do 1 ° grau, a educação em saúde é desenvolvida dentro da área de
atividades de Ciências. Da 5a à 8a série há, geralmente, no currículo escolar, uma área de
estudo específica denominada Programa de Saúde, com carga horária própria e avaliação
individualizada no boletim escolar. No 2° grau o programa de saúde é desenvolvido em
uma das três séries, comumente na primeira, e caracterizado como disciplina
individualizada.
A educação em saúde, na escola ou fora dela tem sido, cada vez mais,
reconhecida como um elemento indispensável às ações de saúde pública. Na Conferência
Internacional sobre Atenção Primária em Saúde, realizada em Alma-Ata, em 1978, a
educação em saúde foi listada como o primeiro de oito elementos essenciais aos cuidados
primários de saúde, que, por sua vez, foram identificados como chave para atingir o
objetivo estabelecido pela Organização Mundial da Saúde - Saúde para Todos no Ano
2000. (Green, 1983).
O desenvolvimento de atividades de educação em saúde, na escola,
reveste-se de importância fundamental. Seu objetivo maior deve ser o de possibilitar aos
alunos a aquisição de conhecimentos que fundamentem, orientem, justifiquem e que
levem à adoção de comportamentos necessários para que o cidadão intervenha, a nível
individual e coletivo, na manutenção e melhoria das condições de saúde, sua e da
comunidade onde vive. As aulas podem e devem propiciar estes conhecimentos e ser
momento de discussões de temas relativos à saúde da comunidade local ou da população
em geral. Assim, a educação ambiental e a educação em saúde assumem um caráter
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muito mais amplo do que a mera (mas importante e indispensável) aquisição de
conhecimentos, passando a ser um momento de reflexão e questionamento das
condições de vida, suas causas e consequências, e se tornando um instrumento para a
construção e consolidação da cidadania. (Mohr e Schal1, 1992).
1.2. O livro didático
A definição do que seja 'livro didático' merece uma breve discussão.
Para isso, utilizar-me-ei das considerações de Richaudeau (1979) como,
aliás, também o fizeram Oliveira et ai. (1984).
Aquele autor considera o livro didático (manuel scolaire) como 1111
matériel imprimé, structuré, destiné á être utilisé dans un processlls d' apprentissage et
de formation concerté. Como reconhece que tal definição é ampla o suficiente para
englobar também atlas, dicionários, enciclopédias e, no limite, qualquer texto impresso -
jornal, obra literária, filosófica, dentre outras, prefere distinguir duas grandes categorias
de livros didáticos: les ollvrages présentant une progression systématique, d' une part,
les ollvrages de consultation et de référence, d' azttre parto Para uma obra pertencer ao
primeiro tipo, enumera quatro critérios que devem ser satisfeitos:
1. Valeur de l'information (quantité, choix, valeur scientifique).
2. Adaptatioll de cette information à l'environnement et à la situatioll culturelle et
idéologiqlle.
3. Accessibi/ité de cette information: existence de tab/es, d' index, faci/ités de repérage,
intelligibilité de l' information, lisibi/ité matérielle (clarté typographique, lisibi/ité
linguistique, etc.).
-I. Cohérence pédagogique: une cohérence interne (ordre et découpage des 1Illités,
équi/ibre des apports d' information, des exercices, des instruments de contrôle, etc.),
mais allssi cohérence plus générale avec les modeles pédagogiques préconisés par les
autorités scolaires et les enseignants, et prise en compte du niveau tant des é/eves que
des maitres.
Quanto às obras de consulta e referência diz Richaudeau que quelle que
soit leur strllctllre propre, ils proposent lln ensemble d' informations allxqllelles i/ est
possible de se référer en cas de besoin, mais qui n' impliquent en soi aucune
organisation de l' apprentissage. Argumenta ainda que, para tal tipo de texto impresso, o
quarto critério listado acima não é aplicado, além de os três primeiros o serem de forma
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menos rígida: on peut 'consulter' 1In ouvrage dépassé, incomplet ou inadapté au niveau
précis des é/eves, à condition que I' enseignant ail, lui, une compétence suffisante pOlir
apporter les complémellfs ou les explications indispensables.
Na presente dissertação o termo livro didático será aplicado para designar
os textos pertencentes à primeira categoria.
A despeito de novas tecnologias educacionais disponíveis, o livro didático
constitui-se no recurso pedagógico mais difundido, não só no Brasil como no resto do
mundo. Altbach (1983) constata que nOlhing has ever replaced lhe printed word as a key
element in lhe educational process and, as a result, textbooks are central to schooling aI
ali leveis. Richaudeau (1979) afirma que .. . dans la majorité des cas et des pays, le
manuel scolaire reste le média le plus économique, et qu'i! est toujours, de loin, le plus
employé pllisqu'i! absorbe à ce jOllr 85% des dépenses mOlldiales de matériel
pédagogique.
Especificamente no Brasil, numerosos estudos têm demonstrado que a
importância do livro didático na atividade escolar é muito significativa.
Na área de estudos sociais, Hofling (citada por Molina, 1987) constatou
que 78,6% dos professores entrevistados seguem exclusivamente o livro didático. 80%
dos 347 professores de história (2° grau), questionados por Franco (1982) utilizavam-se
de livros didáticos em suas atividades docentes. Pondé et aI. (1984) afirmam ser o livro
didático, por excelência, o recurso utilizado na escola brasileira não só dos grandes
centros urbanos como também das outras áreas. Um estudo de Moura (1990) constata
que 85,3% dos professores pesquisados sobre o ensino da nutrição valem-se do livro
didático como material de apoio para a organização do conteúdo.
Pretto (1988) vai mais além, dizendo que Com uma série de mediadores
que comandam a escola, restou ao professor um papel secundário onde não lhe cabe
decidir mais nada. Resta-lhe a boa vontade e o esforço para, em condições tão
adversas, conseguir fazer algo. E este fazer algo, na maioria das vezes, é seguir um
manual didático que lhe servirá de programa, de instmmento de planejamento, de livro
de estudo e de caderno de atividades. Restou ao professor única e exclusivamente o
livro didático e a tarefa de reproduzí-lo. Na mesma linha de constatação, Barbieri (1992)
registra que, freqüentemente, o professor descarta a licenciatura que cursou e fica com
o livro didático.
Verificamos, assim, quão freqüentes são as críticas dirigidas à
transformação do livro didático de 'um' dos recursos pedagógicos disponíveis em o 'único'
material didático utilizado, substituindo, às vezes, o próprio professor.
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Conseqüência de vários fatores, que vão do despreparo à falta de tempo
hábil para a organização e planejamento do curso, o professor acaba por adotar o índice
do livro didático como programa de curso para o período letivo. O livro, ao longo do ano
escolar assume, assim, caráter de único instrumento de trabalho de professores e alunos:
o livro didático é a fonte das informações, dos textos e das ilustrações utilizadas em aula;
assim como são do livro os exercícios que se realizam na classe ou como tarefa de casa.
Claro está que este fenômeno não se resume à simples relação professor
livro didático, mas comporta determinantes e condicionantes que obrigatoriamente devem
ser considerados na análise da questão: número de alunos presentes em cada turma, carga
horária destinada ao professor, o tempo que este pode dedicar-se ao estudo e atualização,
além da remuneração devida aos docentes. Outro problema é a falta de alternativa ao
livro didático. São raras as escolas que possuem bibliotecas adequadas. Estas poderiam
facultar a alunos e professores uma diversificação de fontes de consulta, desde que estes
dispusessem de tempo, habilidades e hábitos de frequentá-las. Também são escassas
publicações do tipo divulgação científica dirigidas para o público em idade escolar.
A importância da utilização de um livro didático satisfatório, na escola,
aumenta se considerarmos o fato de que ele ... pode ser, muitas vezes, o lÍnico livro com
o qual a criança tem contacto. Considerando-se o fato de que, ao deixar a escola, pode
ocorrer que jamais tornem a pegar em livros, percebe-se que, para muitos cidadãos, o
livro didático termina por ser '0' livro. (Molina, 1987).
Sem dúvida, o recurso pedagógico representado pelo livro didático tem
muito a contribuir na estruturação e desenvolvimento das atividades na escola. Ele pode
apresentar uma síntese escolhida, lógica e adequadamente ordenada, dos conhecimentos
de determinada área; pode conter um conjunto de exercícios e atividades a ser proposto
aos estudantes, além de possuir grande valor afetivo para a criança, principalmente das
séries iniciais. Contudo, algumas dessas características positivas do livro, se não forem
apresentadas com critério e estruturadas com extremo cuidado, podem encerrar
limitações muito negativas, quais sejam a circunscrição demasiada do conteúdo,
apresentando-o como acabado e imutável, além de dissimular as lacunas de
conhecimentos e ignorar as controvérsias que existem nos diferentes campos do
conhecimento. As sucessivas reimpressões fazem com que o livro didático permaneça
igual, não incorporando aquisições importantes de conteúdo e de abordagem que
caracterizam a dinâmica do conhecimento científico ou da produção literária. Por fim,
toda a riqueza de pontos de vista, opiniões e diferentes enfoques se perde com a
utilização de uma única fonte de consulta.
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Os números referentes ao livro didático no mercado editorial brasileiro
também demonstram a importância deste produto.
O Sindicato Nacional de Editores de Livros (SNEL) publica anualmente
um balanço da produção editorial brasileira (SNEL, 1993). Embora os dados de tal
entidade deixem a desejar em termos de cobertura de informação, como declarado na
Apresentação, eles podem dar uma idéia aproximada do volume dos livros didáticos no
Brasil.
De acordo com esta publicação no ano de 1991, a categoria 10 grau
representava, em termos de títulos editados, 19,74% (2.294 títulos) do total publicado
naquele ano (11.620 títulos), só perdendo para a literatura infanto-juvenil (20,07% com
2.332 títulos). Segundo a tiragem, os livros didáticos de 10 grau representavam a maior
fatia do mercado editorial brasileiro (44,94%), significando um volume de 90.030.121 do
total de 200.343.752 exemplares.
O Ministério da Educação, através do Programa Nacional do Livro
Didático, constitui-se no maior comprador destes livros. Em 1991, adquiriu .. . um total de
67,2 milhões de exemplares de livros didáticos para distribuição a alunos e professores
das escolas públicas do País ... (FAE, 1991c) .
É interessante notar, ainda, que no quadro Posição das Editoras
Conforme a Tiragem (SNEL, 1990) 6 dentre as 10 primeiras editoras possuíam títulos no
Manual para Indicação de Livro Didático - 1991.(F AE, 1990).
A Fundação de Assistência ao Estudante (F AE), órgão vinculado ao
Mínistério da Educação, é a responsável pelo Programa Nacional do Livro Didático
(PNLD). O programa atualmente desenvolvido teve sua origem no Programa do Livro
Didático - Ensino Fundamental (PLIDEF), da extinta Fundação Nacional de Material
Escolar (FENAME).
Segundo Franco (1980 e 1982), que historia as ações governamentais no
campo do livro didático a partir de 1938, o ano de 1961 marca o início da ação do
Estado como produtor/financiador de livros didáticos, tendo sido, então, o Banco do
Brasil designado para financiar obras didáticas, que ... 0 faz prioritariamente.
promovendo traduções de obras clássicas, principalmente destinadas aos cursos
superiores das áreas médicas. (Franco, 1982). Em 1967 é criada a Fundação Nacional de
Material Escolar com a finalidade básica de produzir e distribuir material didático às
instituições escolares. (Franco, 1982). Em 1970, modifica-se a política de produção de
obras didáticas e a participação do governo passa a se dar através de co-edições com
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editoras privadas, programa sob responsabilidade do Instituto Nacional do Livro (INL).
Em 1976, tais atividades desenvolvidas pelo INL passam a ser do âmbito da FENAME.
A Fundação de Assistência ao Estudante (F AE) resultou da fusão do
Institlllo Nacional de Assistência ao Educando - INAE -, criado em 1981, a partir da
Campanha Nacional da Alimentação Escolar - CNAE -, que, por sua vez, já
incorporava atividades do Ex-Departamento de Assistência ao Estudante - DAE-MEC -
com a Fundação Nacional de Material Escolar - FENAME - a qual teve alterada sua
denominação e ampliadas as suas funções. (F AE/IRHJP, 1988). De acordo com Pretto
(1985), em 1983, existiam na F AE, além da linha de produção própria, cinco programas
especiais responsáveis pela distribuição gratuita e pela co-edição de livros: Programa do
Livro Didático - Ensino Fundamental (PLIDEF), Programa do Livro Didático - Ensino
Médio (PLIDEM), Programa do Livro Didático - Ensino de Computação (PLIDECOM),
Programa do Livro Didático - Ensino Supletivo (PLIDESU) e Programa do Livro
Didático - Ensino Superior (PLIDES). Nestes programas, em especial no PLIDEF, os
livros a serem editados ou co-editados pela FENAME eram escolhidos por comissões
constituídas pela própria FENAME. Após selecionados e publicados, esses títulos
passavam a compor uma lista, conhecida por 'Listão', que era distribuída às escolas para
escolha dos títulos.
A partir de 1985, após a eleição de Tancredo Neves para a presidência da
república, o Ministério da Educação reformulou a política do livro didático. Foi criado o
Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), que visava alunos de 13 a 83 séries do 10
grau das escola públicas (federais, estaduais, municipais) e comunitárias. Desde então, o
governo federal passou a adquirir os livros de editoras particulares (ou títulos editados
por Secretarias de Educação) de acordo com as solicitações que recebe das escolas.
Em março de 1992, segundo informações obtidas na REF AE/DEMEC
Rio, a F AE estava estruturada em quatro Diretorias: Diretoria da Apoio Alimentar e
Nutricional (DAAN), responsável pelo programa de merenda escolar; Diretoria de Apoio
Didático Pedagógico (DADP), responsável pelo PNLD; Diretoria de Planejamento (DPL)
e Diretoria de Apoio Complementar (DIACOM), responsável pelo programa de salas de
leitura e saúde escolar. Um detalhamento maior da estrutura, funcionamento e objetivos
da FAE pode ser encontrada em FAEIIRHJP (1988) .
Desde a sua criação em 1985, o PNLD vem atuando nos moldes que
descrevo a seguir.
O Programa, através das Secretarias Estaduais e Municipais de Educação,
atende escolas públicas em todo o país. É de responsabilidade da equipe de professores
de cada escola a indicação do livro didático a ser distribuído a seus alunos. A seleção dos
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livros é feita através do Manual para Indicação do Livro Didático, editado e enviado
anualmente pela F AE para as escolas, por volta do mês de junho do ano anterior à
utilização do livro.
Nesse manual (F AE, 1990) constam instruções sobre a seleção e a
indicação dos livros escolhidos, além da listagem dos livros inscritos no PNLD, por série
e por componente curricular. Anexo ao manual existe um Formulário para Indicação de
Livro Didático (F AE, 1991 b ).
Para confecção do Manual, a F AE publica edital, convidando as editoras a
submeterem seus títulos para exame. A F AE avalia, nessa oportunidade, se os livros
atendem à condição sine qua non de não-descartáveis e os aspectos fisicos de cada um,
como qualidade do papel, grampeamento, colagem, impressão, capa, vinco de manuseio,
refile, etc., quesitos que devem propiciar uma razoável durabilidade do livro, visto que a
vida útil de cada exemplar deverá ser de, no mínimo, três anos. Uma vez aprovados
nesses itens,os títulos passam a constar do lv/anual para aquele ano. Com relação à
avaliação dos livros, à FAE não compete corrigir erros decorrentes de preconceitos 011
estereótipos, mas sim estimular os professores a lima análise mais crítica dos conteúdos
dos livros didáticos. Quando é detectado algum erro de impressão ou algum problema
quanto à encadernação ou grampeamento, a FAE entra em contato com a editora, que
faz a correção. Já um erro de conceito, seja ele de qualquer natureza, é mais difícil
solucionar devido à subjetividade que encerra. (F AE, 1987).
Ao professor cabe a análise dos títulos apresentados, a discussão com seus
colegas de escola e a indicação coletiva dos livros a serem utilizados em classe. Esta deve
ser expressa no Formulário (com segunda opção de títulos), enviado à Secretaria
Municipal de Educação, que, via Secretaria Estadual de Educação, o encaminhará a F AE
para compra dos livros solicitados.
A F AE determina que o livro didático distribuído não é propriedade do
aluno: eles pertencem ao 'Banco do Livro' da escola (exceção é feita aos livros de
alfabetização-cartilha, pré-livro e leitura intermediária, por serem doados aos alunos,
F AE, 1991 c). Isto significa que, ao final do ano letivo, os alunos entregam seus livros,
que serão reutilizados, ainda nos dois anos seguintes, por novos alunos. Desta forma,
anualmente, a escola tem o direito de solicitar livros de disciplinas e séries que não
tenham sido comprados nos últimos dois anos. Esta especificação consta no Formulário
enviado a cada uma delas. A F AE salienta que a não observância deste procedimento
inviabiliza o pedido da escola solicitante.
Em 1991, cada escola pôde solicitar dois livros para os alunos de r a ~a
série e três para os de ja a 8a. (F AE, 1990) .
I
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A F AE determina que é obrigatória a indicação de livros em primeira e
segunda opção: Para garantir o atendimento dos livros escolhidos pela escola, uma
segunda opção serve como alternativa no caso de ser impossível a compra pela F AE da
primeira indicação. Os livros escolhidos para as duas opções de cada série devem ser:
- da mesma matéria
-de editoras diferentes (F AE, 1990).
Tal procedimento tem como objetivo permItIr maIOr flexibilidade de
negociação entre a F AE e as editoras quanto à compra do livro didático (F AE, 1985) e
explica, parcialmente, as diferenças numéricas verificadas na listagem (F AE, 1991 a) e na
tabela 1 (pág. 12) entre os itens 'livros solicitados' e 'livros comprados'.
A tabela 2 (pág. 13) apresenta os componentes curriculares e o número de
títulos oferecidos para o ano letivo de 1991.
A dinâmica relatada acima, entretanto, nem sempre corresponde, na
prática, ao que se propõe o Programa. Fatores diversos concorrem para que o PNLD seja
bastante prejudicado em seus objetivos. Tais problemas vão desde a falta de discussão
entre os professores de uma mesma escola para a seleção conjunta do livro, até a crônica
falta de verbas do MEC para sua aquisição, o que acarreta atrasos significativos na
distribuição dos livros didáticos (por exemplo, segundo informações verbais da
REF AEIDEMEC-RIO, a 17 de março de 1992, dos livros destinados ao uso das escolas
no ano letivo de 1992, apenas as cartilhas haviam sido compradas, mas ainda não
distribuídas ).
Contudo, foge ao objetivo deste trabalho a análise do funcionamento e os
problemas de ordem administrativa e política do PNLD. Interessados nesta questão
poderão recorrer à publicação oriunda de debates promovidos pela F AE, objetivando sua
reestruturação para adaptar-se ao disposto na Constituição de 1988. (F AEIIRHJP, 1988) .
" 'r " .. , ., ..
TABEl A 1 - Colcçoes mais compradas / soliciladil:>, 1:,lad" do H 10 d,· J alie 11 ,). 1991 - lOllluldo de I'losran"", de Silll,k
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Coleçoes Conteúdo Autor Editora Serie,
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Integrando o Aprender port-mal-es-ci Bellucci, M.E. e Scipione 21922 1° 36,5 .t6487 1° 35.8 31955 2° 23.3 27108 2 Cavalcante, LG. 50825 la 52566 1° .t1666 2° 316·HI 2'
Coleçao Aquarela port-mal-es-ci Marote, D. Atica 8705 2° 14,5 .t2884 2° 33,1 41881 1° 25.8 3~.'i55 I" 38664 2° 46627 2° 4504tl la t2282 1°
Aprender com Alegria port-mal-es-ci Passos, L. et al Scipione 6492 30 1ll.8 11000 3° lU 11·185 J O 7.1 9298 4' 16949 3° 13266 40 !33~4 ]0 10672 4"
Caminhando es-cl-sau Saroni, F. FTD 2194 8" 3,6 338 15" U.26 7850 5" 4,8 12905 3" 4544 9" 6311 10" 93tlO ,50 15909 1°
... -_ .... --------.. ----------------------------------------------------------------------------------------------_ ... -- -----_ .. --- -- -_ .. -----_ .. -- -- -- -_ .... -- -_ .. -----.. --_ .. ------~_ .... ----- -_ .. ---_ .. -- _ .. -- -.. _ ... _ ... _ .... -_ .... ,. --TOTAL DAS COLEÇOES ACIMA 39313 65.5 1110709 77,7 99174 61.ll 881166
110982 61.8 118770 55,9 109360 5~.5 100<;03
-_ ..... _----------------------------------------------.. _-- ... -------_ ...... ---------- .. _---------------------------- ----- .. _------------- ----- ----- ------- --- --- -- ----- -- ----- --- ---_ .. ----_ .... - -- --- -- - , ....
TOTAL DOS UVROS COM CONfEUDO DE PROGRAMAS DE SAUDE 60053 100 1.!9611 100 162517 100 129921 VOLUMES EXCLUSNOS DE ClENCIAS E MULTIDISCIPLINARES 179532 100 212291 10ll 186852 100 152569
,",'
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~O,~
30,-1
7.1
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11" Ii\TU'
133:1 ': 176697
13302H
172613
382~5
5t2l1
232H7 3606~
32801,2 ,0%15
livl'OS (()nlprdd(,~
livros solicitados
livros <:omprados li\!TOS ,:olicitados
Ii\TuS comprados livros solicitados
liV[l)s <:olllprad.}s livros solicitados
liVJ'OS ~olllprados
Iivlos solicitados
livros <:omprados li\~'oi; solicitados
FONTE: Foodaçao de Assistencia ao ESludollte, Progrwllll Na,ional do l.ivTQ DidáJico, l.lvroS Pedidos t ('olllp"hlo> IH'" 111, i l )~; III 7."111 "'11 03'07"11, I"'.", 011; 'I·l')~. PNI I) ~I'I
N
f
•
•
TABElA 2 - Número de Tltulos constantes do Manual paralndicaçao do Livro Didátic:o - 1991.
COMP.CURRIC. sÉRIES
alfabet 1& 2& 3& 4&
cartilha 113 pré-livro 17 leil interm. 27 por1uguês 60 63 64 63 39 llllltelJl*iça 28 30 30 31 28 estsociai. 13 13 48 .50 ciênc:ias 20 23 23 24 29 multiditcipL(·) 27 34 34 43 1 mu1tidiscipl.(··) 19 24 23 36 bistória 32 geografia 20 educ.mJbieotal &lmcês inglês
TOTAL(-) 137 130 163 201 213 149
(.) livros mu1tidisciplinares - todos da úrie (") livros mu1tidisciplinarel com cooteúdos de cifociaslpro~ de sm'lde (") 1& a4& smel (+p&a8"smH Hmeoos ( •• )
+
39 39 40 27 27 27
28 27 26 1 1
32 33 30 21 24 22
2 18 8 73
148 131 14.5 2 99
Fome: FuDdaçao de ~a ao EItadIDe, 1990, M-.I para Indi~ de Liwo DicWâco • 1991_
13
TOTAL
113 17 27
407 228 128 202 143 104 127 87 20 8
73
1.508
•
"
l~
2. BIBLIOGRAFIA UTILIZADA
A bibliografia brasileira sobre o livro diático é extensa, diversificada e
encontra-se dispersa em um sem número de publicações. Inclui obras específicas sobre o
tema, capítulos de livros de didática, prática ou metodologias de ensino, de caráter geral
ou específico a cada área de conhecimento - língua portuguesa, matemática, história,
artes, fisica, ciências, dentre outras. No que diz respeito à presença desses estudos em
periódicos, ela é tão numerosa e variada quanto o são as publicações destinadas a
educação e áreas correlatas. Esta diversidade compreende desde revistas de caráter geral,
como Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Ciência e Cultura ou Educação e
Sociedade, dentre outras, até publicações de áreas específicas ou setoriais como, por
exemplo, a Revista de Ensino de Física, Revista de Ensino de Ciências, Cadernos de
Saúde Pública ou Leitura, Teoria e Prática.
Como fontes de bibliografia sistematizada encontramos duas obras
essenciais para os interessados no tema do livro didático.
A primeira, Freitag et ai. (1987), sob forma de publicação do
INEPIREDUC, posteriormante editada pela CortezlAutores Associados (Freitag et aI.,
1989), é um levantamento crítico da produção brasileira nesta área (Histórico, Política,
Economia, Conteúdo, Uso do livro didático e O livro didático no contexto).
A segunda, (Fracalanza et ai., 1989) resultou de um projeto que visava
sistematizar as informações disponíveis sobre o livro didático de maneira a criar
condições necessárias para a posterior divulgação dessas informações e, assim, o
desenvolvimento de pesquisas que permitam estabelacer o estado atual do conhecimento
sobre o livro didático no Brasil e, portanto, evitar desperdícios e garantir maior
eficiência no encaminhamento de adequadas soluções para o problema. Desta forma, o
catálogo comentado relaciona títulos classificados sob diversos assuntos: Geral, Língua
Portuguesa, Lingua Estrangeira, Matemática, Ciências, Estudos Sociais e Outras Areas
e inclui livros, dissertações de mestrado, teses de doutorado, artigos de revistas
científicas, pesquisas, trabalhos apresentados em eventos e outros tipos de documentos.
Nessas obras de referência podemos constatar a riqueza de enfoques
dedicados ao tema do livro didático: análises da ideologia e estereótipos veiculados por
ele, adequação psico-pedagógica, análise de conteúdos nas mais diversas áreas do
conhecimento objeto da atividade escolar, análise dos exercícios propostos pelo livro,
epistemologia subjacente à área de conhecimento específica da obra, entre outros.
I
15
Da extensa bibliografia consultada sobre avaliação de livro didático foram
de valor, para os objetivos desta dissertação, os abaixo relacionados.
No que diz respeito à importância das ilustrações, ressalto os trabalhos de
Witter ( 1981) e Ferreira (1984), criticando seu uso inadequado, o que resulta no aumento
do custo do livro.
Para a seleção dos critérios de análise, destaco os artigos de Melo (1983),
Morles (1983) e Lima (1984), além das obras de Richaudeau (1979 - publicado pela
UNESCO), Pacheco (1983), Oliveira (1984) e Matos e Carvalho (1984).
Especificamente na área do livro didático de Programas de Saúde,
destinados aiO e 2° graus, a bibliografia é escassa e se resume às seguintes.
Candeias (1984) discute a definição dos critérios para a seleção de temas a
serem incluídos no currículo escolar, em função dos interesses manifestados por
adolescentes da 33 série do 2° grau, em São Paulo.
O trabalho de Schall et aI. (1987a) descreve o processo de
desenvolvimento de uma coleção de livros paradidáticos, sob forma de histórias infantis -
a Ciranda da Saúde - abordando, em cada volume, um problema específico da área de
saúde: piolhos, cáries, febre amarela, esquistossomose, verminoses intestinais e doença de
Chagas.
Nascimento e Rezende (1988) relatam um projeto de educação em saúde,
na J3 e 43 série através da elaboração de textos e desenhos sobre temas relacionados à
saúde (doença de Chagas, verminoses, pneumonia, hidrofobia, pediculose e reprodução e
sexualidade) pelos próprios alunos em uma escola da periferia de Belo Horizonte.
Moura (1990), em estudo sobre o ensino da saúde, na cidade de
Campinas, com estudantes na sua maioria cursando a 53 série, verificou que assuntos
considerados de interesse pelos alunos nem sempre são os mesmos considerados pelos
professores. Outra constatação foi a de que 20,6% dos professores questionados
apontaram a necessidade de maior variedade de material didático.
Especificamente sobre análise de livro didático na área de saúde, para 1 ° e
2° graus encontramos a obra de Pretto (1985), na qual o autor avalia algumas coleções de
13 a 43 séries, com o objetivo de analisar a ciência apresentada no livro didático. Dentre
suas interessantes constatações, algumas dizem respeito ou se aplicam ao campo da
saúde.
Vargas et ai. (1988) realizam uma análise do conteúdo referente à unidade
corpo humano em quatro livros de Ciências de 73 série, com algumas observações e
implicações na área da saúde.
•
Ir
16
Nilda Alves (1987) resume os resultados de um projeto de pesqUisa
envolvendo análise de livros didáticos de várias áreas e seus comentários, por vezes,
referem-se a conteúdos relativos à saúde .
Neila G. Alves (1989) analisa o conteúdo de saúde de uma coleção de
livros de Ciências de 1 a a 8a séries. Algumas de suas conclusões são concordantes com
aquelas obtidas na presente dissertação.
Para informações técnicas sobre ciclos biológicos, doenças e prevenção
utilizei-me principalmente das obras de Benenson (1987) e Rey (1991).
Finalmente, sobre os conceitos de saúde e de doença e sua intricada
problemática, as obras clássicas de Canguillem (1982), Foucault (1987), Brockington
(1964) e Berlinguer (1988) foram de extrema valia ao reconhecerem sua relatividade.
•
•
17
3. MATERIAL
Utilizei livros didáticos de 13 a 43 séries do 10 grau, adotados nas escolas
públicas do Estado do Rio de Janeiro.
O critério de seleção dos mesmos, a serem analisados quanto ao conteúdo
de saúde, foi o volume numérico de exemplares distribuídos pelo PNLD no Estado do
Rio de Janeiro, em 1991. Tais livros foram selecionados de uma listagem da F AE que
traz o número de livros [do aluno], manuais [do professor] e cadernos [de exercícios] de
todas as séries e componentes curriculares solicitados e comprados pelo PNLD para o
Estado (F AE, 1991 a). Da listagem geral, identifiquei, por série, os livros com conteúdos
de ciências e programas de saúde, tanto na forma de volumes exclusivos como na de
multidisciplinares.
Estes títulos foram ordenados de duas formas: a primeira, em ordem
decrescente de distribuição dos 'títulos solicitados' pelos professores; a segunda, em
ordem decrescente de distribuição dos 'títulos comprados' pelo PNLD para as escolas. O
resultado dos quatro primeiros títulos encontra-se na tabela 1 (pág.12) .
Optei pela analise das três primeiras coleções presentes na tabela 1, por
representarem os três títulos mais solicitados e distribuídos, de 13 a 43 séries, exceto o
volume da 43 série da coleção Aprender com Alegria, que ocupa o 40 lugar.
A importância dos títulos selecionados em relação ao volume total dos
títulos comprados pode ser avaliada através dos percentuais expressos na tabela 1.
As coleções' selecionadas foram solicitadas às respectivas editoras.
A presente di~sertação foi, desta forma, desenvolvida a partir da análise
das seguintes obras, cujos sumários se encontram no ANEXO 2.
Bellucci, Maria Eugênia e Luiz G. Cavalcante. Integrando o Aprender, 93 edição, São
Paulo, Scipione, 1991. [coleção com um manual para o professor e os conteúdos de
português - matemática - estudos sociais - ciências e programas de saúde, 13 a 43
séries do 10 grau; o livro da 13 série possui, também, uma cartilha].
Marote, D'Olim. Coleção Aquarela, 33 edição, São Paulo, Ática, 1991 .[coleção com um
manual para o professor e os conteúdos de português - matemática - estudos sociais -
ciências e programas de saúde, 13 a 43 séries do 10 grau].
i
18
Passos, Lucina; Albani Fonseca e Marta Chaves. Aprender com Alegria, 6a edição, São
Paulo, Scipione, 1991. [coleção com um manual para o professor, e os conteúdos de
português - matemática - estudos sociais - ciências e programas de saúde, 1 a a 43
séries do 10 grau; o livro da 1 a séries possui, também, uma cartilha].
,
,
•
•
•
19
4. MÉTODOS
Para a consecução dos objetivos da presente dissertação, identifiquei
critérios de análise que pudessem revelar como a saúde é tratada nos livros didáticos
selecionados. Deste modo, não foram analisados outros aspectos também essenciais à
qualidade global do livro, tais como inteligibilidade dos textos, adequação do
vocabulário, características fisicas do livro (papel, capa ou encadernação).
Os critérios de análise aqui propostos e abaixo relacionados foram
organizados de modo a constituir uma ficha que expressa, assim, o resumo esquemático
da análise de cada volume. A íntegra das fichas encontra-se no capítulo de ANÁLISE E
RESULTADOS.
Nos livros selecionados, os conteúdos de saúde foram identificados nos
capítulos específicos de Programas de Saúde e, se presentes, nos de Ciências. A lista dos
conteúdos analisados em cada volume encontra-se no capítulo ANÁLISE E
RESULTADOS.
A DISCUSSÃO foi baseada nos resultados da análise de cada livro .
A normalização geral do texto, incluindo as citações bibliográficas, foi
feita de acordo com Araújo (1986). As citações, porém, são destacadas em itálico.
4.1. Critérios de análise
Os critérios constantes das fichas (item 5.2) foram os seguintes.
Para cada conteúdo apresentado no livro didático identifiquei, em primeiro
lugar, a presença ou ausência de conceituação ou definição. Quando explícitos, 'conceitos
e definições' podem aparecer no inicio ou no fim da exposição do tema. Se implícitos, o
texto deve fornecer elementos para sua formulação pelo próprio aluno. Quando
inexistentes na forma explícita ou pobres em subsídios para a formulação pelo aluno,
considerei como ausente .
Principalmente por se tratar de livros destinados aos primeiros anos
escolares, o texto deve ser claro, explicativo e acessível. Logo, é fundamental a avaliação
da qualidade no 'desenvolvimento dos conceitos e definições' e da 'explicação dos termos
técnicos' introduzidos. A adequação do vocabulário não-técnico foi desconsiderada na
,
20
análise, por ultrapassar os objetivos propostos, embora reconheça sua capital importância
para a inteligibilidade de qualquer texto escrito.
'Pré-requisitos' podem ser necessários para a compreensão do texto ou ser,
ainda, desnecessários. No primeiro caso, considerei-os presentes quando encontrados no
mesmo volume ou em volume anterior da coleção. Quando não suficientemente
adequados, foram classificados como parcialmente presentes.
A condição de tomar acessível ao aluno um dado conteúdo não deve, nem
precisa, ser feita com o sacrificio de sua 'correção científica'. Neste item identifiquei a
propriedade e atualidade dos textos, conceitos, definições.
A aprendizagem é mais eficiente à medida que os conteúdos e sua forma
de apresentação se identificam com situações e experiências vividas pelo aluno. Desta
forma, considerei importante verificar se os conteúdos adaptam-se à diversidade de
'realidades econômicas' e 'geográficas' presentes no Estado do Rio de Janeiro, pois alguns
dos títulos constantes do Manual têm especificação regional (A Criança e a Natureza -
versão Minas Gerais, Caminhando - Nordeste, Caminhando - o município - Rio de
Janeiro, etc).
Fundamental, também, é examinar os conteúdos quanto à 'adequação à
idade mínima' dos alunos aos quais os livros se destinam. Embora não tenha eu realizado
uma análise, como a requer um trabalho com objetivo específico de avaliar a adequação
do conteúdo ao desenvolvimento cognitivo dos alunos, a comparação de alguns
conteúdos pôde detectar certas incongruências.
O 'enfoque sanitário' dispensado aos conteúdos deve privilegiar as medidas
preventivas, mas não pode deixar de oferecer subsídios à compreensão dos
procedimentos curativos.
As 'ações requeridas e recomendadas', por sua vez, podem levar em conta
tanto os comportamentos individuais como aqueles de caráter coletivo.
Considerando-se que a saúde e a doença não são entidades independentes,
estáticas e que são influenciadas e condicionadas por fatores do 'ambiente', é de
fundamental importância que a abordagem dos programas de saúde tenha um enfoque
ecológico, inserindo o homem como parte do ecossistema.
Na análise das coleções, avaliei, também, o 'aprofundamento' dos
conteúdos apresentados e habilidades desenvolvidas em relação ao apresentado no
volume anterior, uma vez que os temas principais são recorrentes em todos os volumes
de cada coleção.
É desejável que as 'atividades propostas' contemplem a aquisição de
conhecimentos, a capacidade de análise, de critica e estimulem a iniciativa dos alunos.
•
..
21
Essas atividades constituem um fator decisivo para avaliação da qualidade do livro
didático. Desta forma, identifiquei os tipos de atividades propostas em cinco categorias.
Classificadas como análise estão aquelas que demandam formação de um conceito ou
compreensão do texto. Resolução de problemas caracteriza atividades onde o autor
sugere uma situação para a qual o aluno deve propor soluções. Cópia, corresponde ao
nível de questões literais e literais transformadas de Anderson (1972) (citado por Molina,
1987) que implica a identificação visual de elementos do texto, respectivamente em sua
forma literal e ligeiramente transformada. As atividades extra-livro são aquelas que não
se prendem ao livro didático. Resposta aberta caracteriza a atividade na qual o aluno
deve expressar uma opinião ou relatar comportamentos e experiências. F oi identificada a
forma de execução das 'atividades propostas', se individual ou para realização em grupo.
Por fim, a qualidade, a correção e a adequada inserção das 'ilustrações' no
texto são fatores importantes à compreensão dos conteúdos apresentados. Além disso,
elas podem constituir um componente importante nos custos de produção do livro .
•
22
5. ANÁLISE E RESULTADOS
5.1. Conteúdos analisados
A seguir, apresento uma lista dos conteúdos identificados e analisados em
cada volume das coleções.
Em letras maiúsculas estão indicados os títulos dos capítulos; os caracteres
em negrito correspondem a títulos ou destaques dentro dos capítulos.
Os itens assinalados com o asterisco (*) são conteúdos encontrados nos
capítulos destinados a Ciências que apresentam abordagem relacionada à saúde.
Coleção Integrando o Aprender venne acidentes prevenção
I" série: vacmas ~. série
NUTRIÇÃO SANEAMENTO BÁSICO cuidados com a eletricidade * alimentos lixo cuidados com combustíveis * HIGIENE esgoto poluição do ar * SAÚDE tratamento da água poluição da água * AGRAVOS À SAÚDE NUTRIÇÃO
acidentes 3" série alimentos
prevenção água potável e poluida * higi.ene alimentar
doenças poluição do ar * SAUDE
vacinas animais nocivos • SANEAMENTO BÁSICO
LIXO NUTRIÇÃO tratamento e abastecimento de
animais nocivos alimentos água alimentação rede e tratamento de esgotos
2" série HIGIENE coleta de lixo
animais domésticos * SAÚDE AGRAVOS À SAÚDE
animais que causam prejuízo· SANEAMENTO BÁSICO doenças
NUTRIÇÃO tratamento da água agentes etiológicos
alimentos rede de esgotos transmissão
higiene e hábitos alimentares coleta de lixo anticorpos
HIGIENE VERMINOSES vacinas
SAÚDE vennes verminoses
agravos à saúde lombriga esquistossomose
doenças ancilóstomo ancilostomose
doenças contagiosas tênia oxiurose
micróbios esquistossomo teniase
contágio oxiúro ascaridiase
verminoses PRIMEIROS SOCORROS PRIMEIROS SOCORROS
23
Coleção Aquarela corpo humano verminose
I" série alimentação parasita animais parasitas • alimentos lombriga raiva • doenças contagiosas ancilóstomo cuidados com alguns animais· micróbio tênia poluição • lixo esquistossomo desenvolvimento • esgoto primeiros socorros ALIMENTAÇÃO acidentes
.. alimentos 3" série HIGIENE água poluída • ",. série SAÚDE água contaminada • cuidados com a eletricidade • usos da água tratamento da água • cuidados com combustíveis * lixo poluição do ar • tratamento da água • acidentes animais que causam prejuízo • animais que causam prejuízo *
HIGIENE poluição do ar • 2" série SAÚDE poluição da água • , animais domésticos * alimentação HIGIENE animais que causam prejuízo * alimentos SAÚDE HIGIENE desnutrição alimentação SAÚDE saneamento básico alimentos desenvolvi men to tratamento da água higiene alimentar
lixo desnutrição rede de esgotos
11
fi
Coleção Aprender com Alegria
I" série doenças contagiosas ",. série cuidados com os órgãos dos SANEAMENTO cuidados com a eletricidade • sentidos • lixo cuidados com combustíveis • cuidados com o ar, a água e o esgotos poluição do ar • solo· poluição da água • cuidados com os animais 3" série NUTRIÇÃO domésticos • água poluída e água potável • alimentos animais que causam prejuizo • tratamento da água • HIGIENE ALIMENTAR ALIMENTOS poluição do ar • HIGIENE HIGIENE parasitas • SAÚDE SAÚDE animais que causam prejuízo SANEAMENTO BÁSICO SEGURANÇA NUTRIÇAO lixo
alimentos tratamento da água 2" série higiene alimentar esgotos poluição do ar • desnutrição DOENÇAS poluição e contaminação da HIGIENE VACINAS água • SAÚDE contágio verminoses • SANEAMENTO BÁSICO doenças infecciosas
• animais que causam prejuízo • coleta de lixo dengue e febre amarela cuidados com animais tratamento da água doença de Chagas domésticos • rede de esgotos raiva cuidados com os órgãos dos verminose tuberculose sentidos • lombriga tétano ALIMENTAÇÃO ancilóstomo verminoses alimentos tênia lombriga HIGIENE esquistossomo ancilóstomo SAÚDE PRIMEIROS SOCORROS esquis tos somo vacmas acidentes PRIMEIROS SOCORROS
•
23
5.2. Fichas de análise
o resultado da análise de cada coleção encontra-se expresso nas fichas que
apresento a seguir.
A anotação 'não há', na ficha, significa ausência ou insuficiência da
informação para proceder à análise.
O código 'n.a.' (não aplica) foi utilizado para indicar que não é possível
aplicar o critério àquele conteúdo considerado .
TItulo do Livro:lnlegI'W1do o Aprender Autor: BeUucci. M.E e L.G.CavaIcante 25 Série: 1- EdiIora: Scipione Ano: 1991 piQina: 112
CONTEUOO NUTRlÇAO alimentos HlGENE SAUOE AGRAVOS SAUOE acidentes prevençao
explicito preliminar conceitos e expficilo posterior
deliniçoes impAcito x x x ausente x x x x
bom
desenwlvimenlo dos aceitável conceiIos e de6niçoes insuticienle x x x x
inaceilável naohá naohá naohã
expIicaçao dos termos sim
desconhecidos nao nao há x x inexistentes naohá x x naohá
~ estao presentes x priKequisitos parcialmente
ausentes naohá nao há nao há
desnecessários x x x
boa
correçao cienIIica aceitável x x x incorreta naohá naohá naohã naohá
• adequaçao a sim x x x idade minima em parte
# nao naohá nao há nao há nao há
adequaçaoa sim
realidade econômica em parte x nao naohá x x naohá naohá naohá
adequaçaoa sim x x x realidade geogríica em parte
nao naohá naohá naohá naohá
enfoque sanilário preventivo x x x x CUI'IIINo naohá naohá nao há
açoes requeridas I indMduais x x x recomendada coIeMs naohá naohá naohá naohá
~ sin
com meio MIbienIe em parte
nao naohá x x naohá naohã x naohá
~reIIivoà sim
série lf1tMior nao n.a. n.a. n." n.a. n.a. n.a. n.a.
análise 2K tipos das lllividades resol.problemas
-; propostas cópia do l8)cIo
1IIMd . .-...wro 8Ic 15x 11l1c
l'8IfX'* Iberta x x x ~ x x x x
Ionna de 8QCI1Cj8O ~ X X x das lIIMdades propostas grupo n." n.a. n.a. n.a.
col1'8ta x x x i1uR'aqao aceiIíiIMI
incorreta
iMl~I"'''' x x X x
Tdulo do Livro:lnlqrando o Aprender Autor: Bellucci, M.E e L.G.Cavalcante , .. _o
Série: 1· EdiIora: Scipione Ano: 1991 página: 2J2
CONTEUDO doenças vacinas UXO animais
nocivos
explicito preliminar x conceitos e mcplicito posterior
.. deliniçoet imprlcito
ausente x x x
bom
desenvoMmenlo dos aceitável conceilos e deliniçoes insuliciente x x
inaceitável naohá x
8lCpIicaçao dos termos sim
desconhecidos nao nao há x inexistentes x x
• aslao presentes x pré-requisitos parcialmente
ausentes naohá x desnecessários x
boa x correçao cienlilic:a aceitável x
incorreta nao há x
ol adequaçao a sim x x idade mínima em parte
f nao nao há x
adequaçao a sim x x realidade econômica em parte
nao naohá x
adequaçao a sim x x x realidade geográlca em parte
nao naohá
enfoque sanitário preventivo x x curativo naohá naohá
açoes requeridas I individuais x x recomendadas coletivas naohá naohá
inluêncialrelacao sim
com meio ambiente empane
nao nao há x x x
aproMldamento relalliw à sim
série anterior nao naohá n.a. n.a. n.a.
análise
tipos das alMdades resol.problemas
propostas cópia do texto 2x ?
aIvid. exn.wro x resposta aberta x inexistante x x
forma de execuçao individual x x das alMdades propostas grupo n.a. n.a.
correta
iIumçao aceilável
incorreta x inexistente x x x
I
Titulo do Uvro:lntegrando o Aprender Autor: Bellucci. M.E e L.G.Cavalcanle 27 Série: 2" Editora: Scipione Ano: 1991 página: 1/3
CONTEUDO animais animais q. NVTRIÇAO alimentos higienelha- HIGIENE SAUDE agravos
dOm8s1coscausam prej. bitos alim. saúde
explícito prelimina x x conceitos e explícito posterior
l definiçoes implícito x x x ausente x x x
bom
desenvolvimento dos aceilável
conceitos e definiçoes insuficiente x x x x x
inaceilável x naohá nao há
expIicaçao dos termos sim x desconhecidos nao naohá nao há x
inexistentes x x x x
, estao presentes x x
pré-fequisitos parcialmente x
ausentes nao há naohá naohá
desnecessários x x
boa
correçao cienllca aceilável x x x incorreta x nao há x naohá nao há
.. adequaçao a sim x x x x x idade mínima em parte
I nao nao há nao há nao há
adequaçao a sim x x
realidade econômica em parte nao nao há x x x nao há naohá
adequaçaoa sim x x x x x realidade geogriica em parte
nao naohá nao há naohá
enfoque sanitário preventivo x x x x x curatiIIo nao há naohá naohá
açoes requeridas I indMduais x x )( )(
recomendadas coletivas naohá naohá nachá naohá
inIuinciaIrelacao sim
com meio ambienIe empane
nao x x naohá )( )( x naohá naohá
aproUIdamento reIIiIiw à sim sene..-rior nao x x naohá x x x naohá naohá
análise x 3x 4x 5x 5x tipos das aIividades resol.problemas
.. propostas cópia do la)do 2x ~ 5x aIMd. 8ICb-IMo resposta aberta x inexiIIenIe )( x )(
forma de a.cuçao individual x x x x )(
das IilMdades proposIU grupo n.a. n.a. n.a.
correta x x ilusnçao aceiUlYeI x
incorreta
inexisene x x x x x
TItulo do Uvro:lnlegrando o Aprender Autor: Bellucci. M.E e L.G.Cavalcante 28 Série: 21 Editora: Scipione Ano: 1991 PáGina: 2/8
CONTEUDO doenças doenças microbios contágio venninoses verme prevençao vacinas
contagiosas
exprlcito preliminar x x x x conceitos e explicito posterior
• deliniçoes implícito ausente x x x x
bom
" desenvolvimento dos aceitável
conceitos e deliniçoes ins~ente x x x x inaceitável nao há x x naohá
expIicaçao dos termos sim x x x x x desconhecidos nao naohá nao há x
inexistentes
4 estao presentes x x x x x prlHllquisilos parcialmente
ausentes naohá naohá )(
desnecessários
boa
correçao cienfilica aceitável )( )( )(
incorreta nao há )( )( )( nao há
adequaçao a sim )( )( x )( x )(
idade mínima em parte
J nao naohá naohá
• adequaçaoa sim )( )( )( )( )( )(
realidade econômica em parte
nao naohá nao há
adequaqao sim )( )( )( )( )( )(
relllidade geográIca em parte
nao naohá naohá
enfoque sanitário preventivo x )( x )(
curalivo naohá n.a. n.a. naohá
açoes requeridas I individuais )( )( x )(
recomendadas coletivas naohá n.a. n.a. n.ohá
inluencialrelacao sim
com meio lI1lbier8 empane
nao naohá )( )( )( x )( n.ohá )(
aproIundamento relMYo à sim conceieo conceito conceito conceito conceito
série anterior nao naohá novo novo novo novo novo naohá )(
análise tipos das alillidades resol.problemas
I' propostas cópia do taxto )( )( )(
aIMd. lDCIra-IMo
respoaallberta )(
inexisIenIe )( x
tonna de execIlçao indMduaI )( )( )( x x )(
dai lividades propostas grupo n.a. n.a.
correta iIushqao aceitável
incorreta naohá x naohá )( naohá naohá nachá naohá
inuistIInte x )( x )( x x
TItulo do Livro:~ o Aprender Autor: BeIIucci. M.E e L.G.Cavalcante 29 Série: 'P Editora: Scipione Ano: 1991 Páaina: 313
CONTEUOO SANEAM. lixo esgoto tratamento
BASICO água
explílto preliminar conceitos e explícito posterior
deliniçoes implicito ausente x x x x
bom
desenvoMmento dos aceitável
conceitos e definiçoes insuficiente x inaceilavel naohá x x
explicaçao dos termos sim desconhecido. nao x )( )(
inexistentes x
estao presentes
prlH'equisitos parcialmente
ausentes naohá desnecessários x )( x
boa
correçao cienlilca aceitável incorreta nao há x )( x
adequaçao a sim x x )(
idade mínima em parle
~ nao naohá
adequaçao a sim realidade econômica em parte
nao naohá )( x )(
adequaçaoa sim x x realidade geográIca em parte
nao naohá x
enfoque sanitário preventivo x x x curalivo nachá
açoss requeridas I inc:lMduais x x recomendada coIeWas naohá naohá
inIuinciaIreIac sim com meio ambienIe empan.
nao naohá x x x
~reIaIvoà sim conceito concelo seria arWerior nao naohá x nOl/O nOl/O
análise 4x tipos das atividades resol.problemas
propostas cópia do leXlo 4x aIiIIid. exIJa.IMo respotta .,... .....,...,.. x
forma de-.cuqao indMduIII x x x das lIIMdades propostas grupo n.a.
correta
iIusftçao aceiIáIIeI x incorreta intDCistenIe x x x
,
TItulo do Livro:lnteggndo o Aprender Autor: Bellucci. M.E e L.G.Cavalcante 30 Série: 38 Editora: Scipione Ano: 1991 piQina: 113
CONTEUDO águapot./ poluiçao animais NUTRIÇAO alimentos alimentaçao HIGIENE SAUDE poluida ar nocivos
expmlto preliminar x x x x conceitos e expOcilo posterior
• deliniçoes impOcito x x x ausente x
bom
deserwoMmento dos aceitável
conceitos e definiçoes insuficiente x x x x x x inaceitável x nao há
exp~caçao dos lermos sim x x desconhecidos nao x nao há x x
inexistentes x x
estao presentes x x pré-requisitos parcialmente
ausentes nao há
desnecessários x x x x x
boa
correçao cienifica aceitável x x x x x incorreta x x nao há
adequaçao a sim x x x x x x x idade mínima em parte
, nao nao há
adequaçao a sim x x x realidade econômica em parte x
030 naohá x x x
adequaçao a sim x x x x x realidade geográfica em parte x x
nao naohá
enfoque sanitário preventivo x x x x x curaIivo nao há naohá x nao há
8Ç08s requeridas I individuais x. x x x recomendadas coIeIivas x naohá naohá x naohá
inluincialrelacao sim
com meio ambiente em parte x x nao x naohá x n.a. x x
aprok.mdamento relaWo à sim x conceito x )(
série anterior nao novo x naohá )( )(
análise 9x tipos das atividades resol.problemas
propostas cópia do Iaxto ex 3K 7x ativid. exn-wro
resposta aberta
inexistente, x )( )(
forma de 8X8CI1çao indillidual )( )( )( )( x das atividades propostas grupo n.a. n.a. n.a.
correta )( )(
ilusnçao aceitável
incorreta
ir\existera x )( )( )( )( )(
Tdulo do Livro:lnlegrMdo o Aprender Autor: Bellucci. M.E e L.G.Cavalcante 31 Série: 3' Editora: Scipione Ano: 1991 piQina: 213
CONTEUDO SANEAM. tratamento rede coleta VERMINO- vennes lombriga ancilostomo
BASICO água esgotos lixo SES
explicito prelimina x x x conceitos e explícito posterior
~ definiçoes imprtcilo
ause" x x x x x
bom
desenvoMmenlo dos aceitável x x x conceitos e definiçoes insuicienle x x x x x
inaceilável
expIicaçao dos tennos sim x desconhecidos nao x x x
inexistentes x x x x
eslao presentes x pré-requisitos parcialmente
ausentes x x x desnecessários x x x x
boa
correçao cienIIica aceilável x x x x x x incorreta x x
adequaçao a sim x x x x x x x x idade mínima em parte
.. nao
adequaçao a sim x x x x x realidade econômica em parte
nao x x x
adeq. laça0 a sim x x x x x x x realidade geogrílica em parte
nao x
enfoque sanitário preventivo x x x x x curativo naohá naohá n.a.
açoes requeridas I indMduais x x x x x x recomendadas coIeIivu naohá n.a.
inIuinciaIreIac sim
com meio ambienle em parte x nao nao há x x x x x x
~ relalillo à sin x x conceito série ..,..,;o,. nao x x x x x novo
análise
tipos das aJividades resol.problemas
propostas cópia do texto 2x x x x aIMd. exlnHivro x resposta aberta inexistenles x
forma de execuc;ao individual x x x x x x x das aIMdades propostas grupo n.a.
correta x x iIumçao aceitável
incorreta x x inexistante x x x x
TItulo do Uvro:lntegrando o Aprender Autor: Bellucci. M.E e L.G.Cavalcante 32 Série: 311 Editora: Scipione Ano: 1991 página: 3IS
CONTEUDO tenia esquistos- o)(iuro PRIMEIROS acidentes
somo SOCORROS
expficito preliminar x conceitos e expficito posterior
deliniçoes impficito x ausente x x x
bom
desenvolvimento dos aceitável x x x conceitos e definiçoes insuficiente x x
inaceitável
explicaçao dos termos sim
desconhecidos nao x x ine)(js1entes x x x
estao presentes
pré-roqUlsilos parcialmente x ausentes x x x desnecessários x
boa
correçao cienlílica aceitável x x x incorreta x x
adequaçao a sim x x x x idade mínima em parte x
-nao
adequaçao a sim x x x x x realidade econômica em parte
nao
adequaçaoa sim x x x realidade geogriica emparle x x
nao
enfoque sanitário preventivo x x x x x curalivo
açoes requeridas I individuais x x x x x recomendadas coletivas
inluincialretacao sim
com meio ambiente em parte
nao x x x n.a. x
aprokJndamenIo relMYo à sim x conceito x conceito conceito
série ..-nor nao novo novo novo
análise
tipos das atividades resol.problemas propostas cópia do Ieldo 2>c x x x
alillid.lI)Cb.IMo
resposta liberta
inecistanles
forma de_cuçao indMdual x x x x x das alMdades propostas grupo
correta
iIuA'aqao aceitáIIeI incorreta x x ~ x x x
TItulo do Uvro:lntegrando o Aprender Autor: Bellucci. M.E e L.G.Cavalcante 33 Série: 4' Editora: Scipione Ano: 1991 página: 1/3
CONTEUDO cuidados cuidados poluiçao poluiçao NVTRIÇAO alimentos higiene SAUDE SANEAM. eletricidad. combustiv. ar água alimentar BASICO
explícito preliminar x x conceitos e explícito posterior
definiçoes implícito x x x x x ausente x x
bom
desenvolllimento dos aceilável x x x x conceitos e deliniçoes insuliciente x x x x
inaceitável naohá
explicaçao dos termos sim x desconhecidos nao
inexistentes x x x x x x x x
eslao presenles x x pré-requisilos parcialmente
ausentes
desnecessários x x x x x x x
boa
correçao cienllica aceitável x x x x x x x x incorreta nao há
adequaçao a sim x x x x x x x x idade mínima em parte
I nao nao há
adequaçaoa sim x x x x x realidade econômica em parte
nao naohá x x x
adequaçao a sim x x x x x x x x realidade geográica em parte
nao naohá
enfoque sanitário prevenWo x x x x x x x curativo nao há nao há
açoes requeridas I individuais x x x x x recomendadas coletivas x x naohá x naohá
inIui~ sim
com meio arnbierM empllle x x nao n." n.a. naohá x x x naohá
IpI"CIIundarnerm reIIiIivo à sm conceiIo conceiIo x x .érie..-no.. nao novo novo x nachá x x x
análise tipos das alMdades resol.problemas
propostas cópia do tedo 2x x x x )(
atMd. exIra-IMo 2x resposla liberta 3x inexittenles x
forma de 8X8CI1Ç8O indMduaI x x x x x x x x das atMdades propostas grupo n.a.
correta x iIusnçao aceiIáveI
incorreta inexiàInte x x )( x x x x x
Tdulo do Livro:lnleQrando o Aprender Autor: Bellucci. M.E e L.G.Cavalcante 34 S6rie: 4- Editora: Scipione Ano: 1991 página: 2/3
CONTEUOO Ir./abut. redelUtam. coleta AGRAVOS doenças agentes lransmissao anliCOfPOS vacinas
água esgotos lixo ASAUDE etiológicos
expficito preliminar x x conceitos e explícito posterior
definiçoes impficito x x x ausente x x x x
bom
desenvolvimento dos aceitável x conceitos e deliniçoes insuficiente x x x x x x
inaceitável nao há x
exp~caçao dos termos sim x x x x desconhecidos nao x
inexistentes x x x x
astao presentes
prHequisitos parcialmenle x ausentes nao há x desnecessários x x x x x x
boa
correçao cientilica aceitável x x x x x x incorreta nao há x x
adequaçao a sim x x x x x x x x idade mínima em parte , nao nao há
adequaçaoa sim x x x x x realidade econômica em parte
nao x x x naohá
adequaçao a sim x x x x x x x realidade geográfica em parte
nao x nao há
enfoque sani\ário preventivo x x x x x x c:uraIiYo naohá n.a. n.a.
açoes requeridas I individuais x x x x x recomendadas coletivas naohá naohá n.a. n.a.
inluincia/relacao sim
com meio ambiente em parte nao x x x naohá x x )( x )(
aprofundamento relüvo à sim x x )( )( x )( conceiIo x série anterior nao naohá novo
análise
tipos das alMdades resol.problemas
propostas cópia do Ie)do 2x 2x x x x aIiIIid. uW.wro )(
resposta aberta )(
inexislentes x x )(
forma de 8X8CI1Ç8O individual )( x x x )( x das alividades propostas grupo n.a. n.a. n.a.
correta x )( x ilusnçao ~
incorreta
inexistenIe x x x x x x
TItulo do livro:lntegrMdo o Aprender Autor: Bellucci. M.E e L.G.Cavalcante 35 Série: 4' Editora: Scipione Ano: 1991 página: 313
CONTEUDO verminoses esquistos- anciIosto- oxiurose teniase ascaridiase PRf..tEIROS
somose mose SOCORROS
e~rtcito prelimina x x x x x x x conceitos e ~r.cito posterior
deliniçoes imp6cito
ausente
bom x x desenvolvimento dos aceitável x x x conceitos e deliniçoes insuiciente x x
inaceilável
e)(Jllicaçao dos lermos sim
desconhecidos nao x inexistentes x x x x x x
eslao presentes x x x )( )(
pré-requisitos plllcialmenle x ausentes
desnecessários x
boa x x x correçao cientlfica aceiláYel x x x
incorreta x
adequaçao a sim x x x x x x idade mínima em parte x , nao
adequaçaa a sim x x x x x x x realidade econômica empane
nao
adequaçaoa sim x x x x x realidade geogríAca em parte x x
nao
enfoque sanitário preventivo x x x x x x curaIivo x
açoes requeridas I individuais x x x x x x x recomendadas coletivas
inluincialrelacao sim com meio ambietW em parte x x
nao x x x x n.a.
aprokJndamenAo relalivo à sim x série anterior nao x )( x x )( x
análise tipos das lllividades resol.problemas
propostas cópia do tedo x 2x 1IMd . ...wro x relpOlta .t»erta x x inexisIenIes )( )( x )( )(
forma de axecuçao indMduaI )( )(
das lIIMdades propostas grupo n.a. n.a. n.a. n.a. n.a.
correia x iIushçao aoeiIáveI
incorreta x x inIIICistente x x x x
TItulo do Livro: Colec;ao Aqu ...... Autor: Marote. D. 3ó Série: 1· Editora: AIica Ano: 1991 página: 112
CONTEUDO animais raiva cuidados cI poluiçao desenvol- AUMENTA- alimentos HIGENE SAUDE parasias algo animais vimento ÇAO
expficito preliminar x x conceitos e expficilo posterior
definiçoes impficilo x x x ausente x x x x
bom desenvolvimento dos aceitável x conceitos e definiçoes insuficiente x x x x x
inaceitável x nao há naohá
explicaçao dos termos sim
desconhecidos nao inexistentes x x x x x nao há x x nao há
eslao presentes
pré-Jequisitos parcialmente
ausentes naohá naohá
desnecessários x x x x x x x
boa correçao cienlilica aceitável x x x x x
incorreta naohá x naohá naohá
adequaçao a sim x x x x x x x idade mínima em parte , nao nao há nao há
adequaçao a sim x x x x x realidade econômica em parte
nao nao há x x naohá
adequaçao a sim x x x x x x x realidade geogríica em parte
nao naohá naohá
enfoque sanitário preventivo x x x x curalivo nao há naohá naohá nao há nao há
açoes requeridas I individuais x x x x recomendadas coletivas nao há nao há x naohá nao há naohá
inftuinciatrelacao sim com meio ambiente em parte x
nao x naohá x x naohá x x nao há
aproMldamenIo relaivo à sim
série .menor nao n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a.
análise 4x 2x
tipos das atividades resol.problemas x propostas cópia do texto 7x 2x
aIvid. tDdI'a-Wro x x x x resposta aberta 3lc x inexistentes x x x
forma de execuçao indMdual x x x x x x das ati\/idades propostas grupo n.a. n.a. n.a.
correta x x x ilusnçao aceitável x
incorreta x x inexis1enle x x x
nulo do Livro: Coleçao Aquarela Autor: Marole. D. 3"7 Série: li Editora: Alica Ano: 1991 pigina: 212
CONTEUDO usos da lixo acidentes
água
e>cplicito preliminar x x conceitos e explicito posterior
definiçoes implicilo x ausente
bom
desenvolvimento dos aceitável
conceitos e definiçoes insuficiente x x x inaceitável
axpIicaçao dos termos sim x desconhecidos nao
inexistentes x x
eslao presentes
pré-fequisitos parcialmente
ausentes
desnecessários x x x
boa
correçao cienllica aceitável x x x incorreta
adequaçao a sim x x x idade mínima em parte , nao
adequaçao a sim
realidade econômica em parte x x nao x
adequaçaoa sim x x x realidade geogriIca em parte
nao
enfoque sanitário preventivo x x curativo naohá
açoss requeridas I indiIIiduais x )(
recomendadas coIeWas naohá
inluinciWtelacao sim com meio ambienAe em parte
nao x x x
aprolMamenIo relaiw à sim
série ""'or nao n.a. n.a. n.a.
anílise 7x 3x 4x tipos das alillidades resol.problemas
propostas cópia do taldo x 5x aIiIIid. 8ldra-Wro x x resposta aberta x x ine)cistenIn
forma de execuçao indMduIII x x x das alMdades propostas gNpo
correta x ilushlçao ~ x
incorreta x inexiseenta
nulo do Livro:Coleçao Aquarela Autor: Marote. D. 38 Série: 'ZA Editora: Alica Ano: 1991 página: 112
CONTEUDO animais animais q. HIGIENE SAUDE desenvol- corpo alimentaçao alimentos doenças
domesticos c.prejuizo vimento humano contagiosas
exp6cito preliminar x x x conceitos e explícito posterior
definiçoes imp6cito x x x x x ausente x
bom x desenvoMmento dos aceitável x conceitos e deliniçoes insuficiente x x x x
inaceitável nao há x x
expticaçao dos termos sim x desconhecidos nao x
inexistentes x x x nao há x x x
estao presentes
pré-fequisitos parcialmente
ausentes naohá
desnecessários x x x x x x x x
boa x x COfTeçao cienllica aceitável x x
Incorreta x naohá x x x
adequaçao a Sim x x X x x x x x idade mínima em parte
i nao nao há
adequaçao a sim x x x x x realidade econômica em parte
nao x naohá x x
adequaçao a sim x x x x x x x x realidade geográlca em parte
nao naohá
enfoque sanitário prevenlvo x x x x x x curativo n.a. nao há naohá
açoes requeridas I indMduais ~ x x x x x recomendadas coletivas n.a. naohá x naohá
inluencialrelacao sim
com meio ambiente em parte
nao x x x nao há x naohá x x x
aprolundamento relativo à sim conceito x conceito conceito x x conceito
seria anIerior nao novo x n.a. novo novo novo
análise x 2x 3x 3x 2x tipos das atividades resol.problemas
propostas cópia do texto x 3x 2x 3x 10x 7x 3x
aIMd. exlra-4ivro x resposta aberta x 2x inoistenles x
lorma de execuçao incillidual x x x x x x x x das atividades propostas grupo n.a.
correta x x x ilusnçao aceiIáIIeI x
incorreta
in4Dcistent8 x x x x x
TItulo do Livro: Coleçao Aqu ...... Autor: Marote, D. ,ü
Série: za Editora: Alica Ano: 1991 página: 212
CONTEUDO microbio lixo esgoto
explfllo preliminar x x conceitos e expficito posterior
definiçoes impficilo
ausenle x
bom
desenvolvimento dos aceitável
conceilos e deliniçoes insuficiente x x inaceitável x
explicaçao dos termos sim
desconhecidos nao x inexistentes x x
estao presentes
pré-fequisitos parcialmente
ausentes
desnecessários x x x
boa
correçao cienfifica aceitável x x incorreta x
adequaçao a sim x x x idade mínima em parte
; nao
adequaçaoa sim x x realidade econômica em parte
nao x
adequaçao a sim x x x realidade geográfica em parte
nao
enfoque sanitário preventivo x x curaIiw n.a
açoe. requeridas I indilliduais x x recomendadas coIeIiIIas naohá
inIIuencialrelacao sim com meio ambienIe em parte
nao x x x
aprofI.IldamenI reIaIvo à sim conceiIo x conceito
serie .w.rior nao novo novo
análise
tipos das alividade. resol.probIemas
propostas cópia do le)(Io x 3x aIiIIid . ......wro resposta liberta x inexistentes
fonna de execIlÇIIO indiIIiduaI x x x das lIIMdades propcmas grupo
correta
iIusnçao aceiIáveI x x x incorreta
inecistenIe
TItulo do Livro: Coleçao Aqu ... ela Autor: Marote. D. .+0 Série: 3" Editora: AIica Ano: 1991 página: 113
CONTEUDO água águacon- tratamento poluiçao animais q. HIGIENE SAUDE aJimentaçao alimentos poluída taminada água ar c.prejuizo
explicito preliminar x x x conceitos e expficito posterior definiçoes imprlCito x x x x x
ausente x
bom x desenvolvimento dos aceitável x conceitos e definiçoes insuficiente x x x x x x
inaceitável naohá
expücaçao dos termos sim x x x desconheCIdos nao x x
inexistentes x x x x
eslao presentes x prtHequisitos parcialmente
ausentes
desnecessários x x x x x naohá x x
boa x COfTeçao cientilica aceitável x x x
incorreta x x x nao há x
adequaçao a sim x x x x x x x idade mínima em parte x
nao nao há
adequaçao a sim x x x x x realidade econômica em parte
nao x naohá x x
adequaçao a sim x x x x x x realidade geográica empane
nao x x naohá
enfoque sanitário preventivo x x x x x curalívo naoha nao há nao há naoha
açoes requeridas I indilliduais x x x x x recomendadas coletivas nao há naohá naohá naohá
inIuinciaIrelacao sim com meio ambiente em parte x x x x
nao x x naohá x x
aprokJndamento rellllillo à sim COncMo conceito conceito conceito x x série anterior nao novo novo novo novo x n.a. x
análise 3x 3x 2x x tipos das alillidades resol.problemas
propostas cópia do IlUdo ~ 2x ~ 2x 12x alillid. extrHvro x resposta liberta 2x
ine*tentes x
forma de exeClIçao indMdual x x x x x x x x das lllilliclades propostas grupo n.a.
correta x x x x x iIushçao aceilável x )(
incorreta inexistante )( )(
TItulo do Livro: Coleçao Aquarela Autor: Marote. D. ..tI Série: a- Editora: Aica Ano: 1991 página: 2/3
CONTEUOO desnutriçao sane. tralamento lixo rede de verminose parasita lombriga ancilostomo mento água esgotos
explícito preliminar x x conceitos e explícito posterior
definiçoes imprlCito x ausente x x x x x x
bom
desenvolvimento dos aceitável x conceitos e definiçoes insuficiente x x x x x naohá x x
inaceitável
expIicaçao dos termos sim x desconhecidos nao nao há
inexistentes x x x x x x x
estao presentes
pré-fequisitos parcialmente x x x ausentes naoná desnecessários x x x x x
boa x correçao Clentilica aceitável x x x x x x x
incorreta nao há
adequaçao a sim x x x x x x x x idade minima em parte , nao nao há
adequaçao a sim x x x x x realidade econômica em parte
nao x x x naohá
adequaçaoa sim x x x x x x x realidade geográfica em parte x
nao nao há
enfoque sanitário preventivo x x x x curativo nao há nao há naohá naohá nao há
açoss requeridas I indMduais x x x x recomendadas coletivas naohã n.a. naonã naonã naohã
intluincialrelacao sim
com meio ambiente em parte x nao x x x x x nao há x x
aproIundamenIo relalw à sim conceito x conceito conceiIo conceito c:oncem série anlerior nao novo x x x novo novo novo novo
análise tipos das atividades resol.problemas propostas cópia do teldo x 2x x x
aIiIIid. 8)dra.lMo
resposta aberta inexistentes x
forma de execuçao individual x x x x x x x x das alividades propostas grupo n.a.
correta ilusnçao aceitáIIeI x x
incorreta x x inexistente x x x x x
Tdulo do Livro: CoIeçao Aquarela Autor: Marote, D. -12 Série: aa Editora: Atica Ano: página: 313
CONTEUDO tenia esquistos- primeiros acidentes
somo socorros
explícito preliminar x conceitos e explícito posterior
definiçoes implícito )(
ausente x x
Dom
desenvolvimento dos aceitável x conceitos e definiçoes insuficiente x x x
inaceitável
explicaçao dos termos sim
desconhecidos nao
inexistentes x x x x
estao presentes
pré-fequisitos parcialmente x x x ausentes
desnecessários x
boa
correçao cientilica aceitável x x x Incorreta x
adequaçao a sim x x x idade mínima em parte x , nao
adequaçao a sim x x x x realidade económica em parte
nao
adequaçao a sim x x realidade geográfica em parte x x
nao
enfoque sanitário preventivo x curativo naohá nao há x
açoes requeridas I individuais x x recomendadas cole....., naohá naohá
inlluincia/relacao sim
com meio ambienle em parte
nao x x n.a. x
aprofundamento relaliw à sim conceito conceito conceito conceito
série anterior nao novo novo novo novo
análise
tipos das atividades resol.problemas
propostas cópia do Ie)do x ~
aIivid. 8lCh-IMo resposta aberta x ine»stentes
forma de exacuçao individual x x x x das alividades propostas grupo
correta
iluslraçao aceilílvel x incorreta x x inexistente x
Tdulo do Livro: Coleçao Aqu ...... Autor: Marote. D. -B Série: 41 Editora: Alica Ano: 1991 págin.: 112
CONTEUDO cuidados cuidados 1ralamento animais q. poluiçao poluiçao HIGIENE SAUDE
eleWicidad . combustiv. água c. prejuizos ar água
e><pficito preliminar
conceitos e e><plícito posterior
definiçoes implícito x x x x x ausente x x x
bom
desenvolllimento dos aceitável x x conceitos e definiçoes insuficiente x x x x x
inaceitável naohá
e><plicaçao dos termos sim x desconhecidos nao x
inexistentes x x x x x nao há
eslao presentes
pré-fequisitos parCIalmente
ausentes nao há
desnecessários x x x x x x x
boa
correçao cientilica aceitável x x x x x x x incorreta x
adequaçao a sim x x x x x x x idade mínima em parte , nao naohá
adequaçao a sim x x x x x realidade econômica em parte
nao x naohá nao há
adequaçao a sim x x x x x x realidade geográlica em parte
nao naohá naohá
enfoque sanitário preventivo x x x x curalivo nao há nao há naohá naohá
açoes requeridas I indMduais x x x x recomendadas coletivas naohá naohá x x naohá naohá
inluincialrelacao sim
com meio ambiente em parte x x x nao x x x x naohá
aproIundamenlo relalivo à sim conceiIo conceito
série anterior 080 novo novo x x x x x naohá
análise
tipos das atividades resol.problemas
propostas cópia do teclo 3x aNdo tDCh-IMo resposta aberta x x intDcistenees x x x
forma de_cuçao indiIIiduaI x x x x x x das 1iIMdade. propostas grupo n.a. n.a.
correta x ilusnçao aceilável
incorreta ~ x x x x x x x
nulo do Livro: Colec;ao Aquarela Autor: Marote. D. 44 Série: 41 Editora: AIica Ano: 1991 pigina: 212
CONTEUDO alimentaçao alimentos higiene desnutriçao
alimentar
explicito preliminar x conceitos e explícito posterior
deliniçoes implícito x x ausente x
bom
desenwlvimento dos aceitável
conceitos e deliniçoes insuliciente x x x x inaceitável
explicaçao dos termos sim x x desconhecidos nao
inexistentes x x
estao presentes x x pré-fequisitos parCIalmente
ausentes
desnecessários x x
boa
correçao cientifica aceitável x l( x x incorreta
adequaçao a sim x x x x idade mínima em parte
, nao
adequaçao a sim x realidade econômica em parte x x
nao x
adequaçao a sim x l( l( l(
realidade geográfica em parte
nao
enfoque sanitário preventivo x x l(
curativo nao há
açoes requeridas I individuais x l(
recomendadas coletivas n.a. naohá
inluêncialrelacao sim
com meio ambiente em parte
nao x l( l( l(
aprofundamento reldvo à sim
série anterior nao l( l( l( l(
análise
tipos das alividades resol.problemas
propostas cópia do \e)d() x aIivid. mcIra-IMo
resposta aberta l(
inexistentes
forma de execuçao individual l( l( l( x das alividades propostas grupo l(
correta x iIusnçao aceiIáIIeI l( x
incorreta
inuistante x
rllulo do Uvro: Aprender com Alegria Autor: Passos. L. et ai. 45 Série: 1· Editora: Scipione Ano: 1991 pigina: 111
CONTEUOO cuid.clorg. cuid.clar. cuid.clanim. animais que AUMENTOS HIGIENE SAUOe SEGURANÇA
sentido aguae solo domesticos causam prejuizo
exprlCito preliminar x conceitos e expficilo posterior
definiçoes impficilo x x x x ausente x x x
bom
desenvoMmento dos aceitável
conceitos e definiçoes insuficiente x x x x x inaceitável nao há x nao há
explicaçao dos termos sim x x desconhecidos nao x
inexistentes x x x x naohá
eslao presentes
pré-requisilos parcialmente
ausentes x desnecessários x x x x x nao há x
boa
correçao cienlifica aceitável x x x x x incorreta naohá x naohá
adequaçao a sim x x x x x x x idade mínima em parte , nao naohá
adequaçao a sim x x x x x realidade econômica em parte
nao x x nao há
adequaçao a sim x x x x x x x realidade geográfica em parte
nao naohã
enfoque sanitário preventivo x x x x x x curativo naohã nao há
açoss requeridas I indilliduais x x x x recomendadas coletivas naohá n.a. naohá naohá
inIuIncialrelacao sim com meio lII'I'Ibienle em parte
nao naohá x x naohá x x naohá x
aproUldamenlo relativo à sim
série anterior nao n.a n.a n.a n.a n.a. n.a. n.a n.a
análise 4x 3x 11x ex 3x tipos das atiIIidades resol.problemas
propostas cópia do texto 8x aM/id. mcn-IMo x resposta aberta x x inexistentes x
forma de _alça0 indMdual x x x x x x x das alividades propostas grupo n.a.
correia
iIusnçao aoeiIáwI x x x x incorreta
inuistente x x x x
TItulo do LNro:Aprender com Alegria Autor: Passos. L. et alo 46 Série: 211 Editora: Scipione Ano: 1991 página: 1/2
CONTEUDO poluiçao poluiçJconl. verminoses animais que cuid.clani- cuid.clorg. AUMEN- alimen-do ar da água causam prej. mais domesl. sentido TAÇAO tos
exprlCito preliminar x conceitos e explícito posterior
definiçoes implícito x x x x ausente x x x
bom
desenvolvimento dos aceitável
conceitos e definiçoes insuficiente x x x x x x inaceitável x naohá
explicaçao dos termos sim x x desconhecidos nao x x
inexistentes x x x nao há
estao presentes x pré-requisitos parcialmente
ausentes )(
desnecessários x x )( x naohá x
boa
correçao cienlifica aceitável )( )( x x incorreta x )( x nao há
adequaçao a sim x x )( x x )( x idade mínima em parte
i nao nao há
adequaçao a sim x )( x )( x x realidade econômica em parte
nao naohá )(
adequaçaoa sim )( x x x )( )( x realidade geográfica empane
nao naohá
entoque sanitário preventivo )( )( )( )( )( )(
curativo ·nao há nao há
açoesrequeridasl individuais )( )( )( )( x x recomendadas coletivas naohá naohá
inluincialreiacao sim
com meio ambiente em parte x x nao x x x )( naohá )(
aproUldamento relalivo à sim conceito conceilo conceito x série anterior nao novo novo novo x x naohá x
análise 4x tipos das atividades resol.problemas
propostas cópia do texto 5x alllid. exi"a-livro x x 2x resposta aberta 3lc x inexistentes )( naohá
forma de ex.cuçao individual )( x )( x n.a. x )(
das alillidadas propostas grupo n.a.
correta
ilustraçao aceitável x x incorreta )(
inexistanle x x x x x
TItulo do Livro:Aprender com Alegria Autor: Passos. L. et al. 47 Série: 21 Editora: Scipione Ano: 1991 página: 2/2
CONTEUDO HIGIENE SAUDE vacinas doenças SANEA- lixo esgotos
contagiosas MENTO
expficito preliminar x x conceitos e expficito posterior
definiçoes impficito x )(
ausente x x x x
bom
desenvolvimento dos aceitável x x conceitos e definiçoes insuficiente x x
inaceitável nao há nao há x
explicaçao dos termos sim x desconhecidos nao nao há nao há x
inexistentes x x x
astao presentes
prlkequisitos parcialmente
ausentes nao há nao há
desnecessários x )( )( )( x
boa
correçao cientilica aceitável x x x x incorreta nao há nao há x
adequaçao a sim x l( x x x idade mínima em parte , nao nao há nao há
adequaçao a sim )( )( )(
realidade econômica empll1e )(
nao )( naohá naohá
adequaçaoa sim x x x x x realidade geográIca em parte
nao naohá naohá
enfoque sanitário preventivo x x x x x curativo nao há naohá
açoes requeridas I indilliduais x x x x x recomendadas coIeivat naohá naohá x
ir6JinciaIrelacao sim com meio ambiente em parte
nao x naohá naohá x x x x
aprok.lldamento reIaIivo à sim conceilo conceito conceilo conceilo
série anterior nao x naohá naohá novo novo novo novo
análise 2x tipos das atividades resol.problemas
propostas cópia do IlUdo 2x 2x x x 3K aIMd. exh-ivro 3K x resposta aberta x 3K ined ..... s x
forma de 8X8CI1ÇaD individual x x )( x )( )(
das alMdadel propostas grupo n.a.
correta
iIunaçao aceiIiveI x x )( )(
incorreta
~ x x x
, Titulo do Livro: Aprender com Alegria
Série: SI
CONTEUDO água potáveV
poluida
explícito pre/imina x conceitos e explícito posterior
definiçoes implícito
ausente
bom
desenvoMmenlo dos aceitável
conceitos e deliniçoes insuficiente x inaceitável
explicaçao dos termos sim x desconhecidos nao
inexistentes
estao presentes
prckequisitos parci~mente
ausentes
desnecessários x
boa
correçao cienllica aceitável
incorreta x
adequaçao a sim x idade mínima em parte , nao
adequaçao a sim x realidade econômica em parte
nao
adequaçao a sim x realidade geográlica em parte
nao
enfoque sanitário preventivo x curativo
açoss requeridas I indMduais
recomendadas coletivas naohá
inluincialrelacao sim
com meio ambiente em parte
nao x
aprotundamento relalivo à sim série anterior nao x
análise tipos das atividades resol.problemas
propostas cópia do texlo 5x ativid. 8ldra-livro resposta aberta
inexistentes
forma de execuçao individual x das alvidades propostas grupo
correta
ilustraçao aceitáYel
incorreta
inuistente x
Aukw:Passos.L.et~.
Editora: Scipione
tralamento po/uiçao parasitas
água ar
x
x x
x x x
x x x
x x x
x x x
x x x
x x
x
x x
x
x x n.a.
x x n.a.
x x naohá
conceito conceito
novo x novo
x )( )(
x n.a. n.a.
x
x x
B'~'. lOrtCA FUNDAÇÃO Gi:iÚUO VAR!X/Vi
-+8 Ano: 1991 página: 1/3
animais que NUTRIÇAO ~imentos higiene
causam prej. ~imentar
x x x x
x x x naohá
x nao há
x x
x naohá x x
x x x nao há
x x x
nao há
x
naohá x x
x x x
naohá
x x naohá n.a.
x naohá naohá n.a.
x nao há x x
x x naohá x
)(
)(
)( )( x n.a.
x
x x x
Tllulo do Uvro: Aprender com Alegria Autor: Passos, L. et aJo 49 Série: a- Editora: Scipione Ano: 1991 página: 2/3
CONTEUDO desnutriçao HIGIENE SAUDE SANEAMENTO coleta de tratamento rede de verminose
8ASICO lixo água esgotos
expficito preliminar x x conceitos e expficito posterior
definiçoes implícito x ausente x x x x x
bom
desenvolvimento dos aceitável x conceitos e definiçoes Insuficiente x x x x x
inaceitável nao ha x
explicaçao dos termos sim
desconhecidos nao x inexistentes x x nao há x x x x
estao presentes
pré-fequisitos parcialmente
ausentes x desnecessários x )( nao há )( )( )( x
boa
correçao cienlfica aceitável )( x )( x x x incorreta nao ha x
adequaçao a sim x )( x x x x x idade mínima em parte , nao nao ha
adequaçao a sim x x x realidade econômica em parte x
nao )( nao ha )( )(
adequaçao a sim x )( )( )( x x realidade geográfica em parte
nao naoha x
enfoque sanitário preventivo )( )( x )( x x curativo nao há naoha
açoes requeridas I individuais )( )( x x recomendadas coletivas naohá naoha x naohá
inluência(relacao sim
com meio ambiente em parta
nao )( )( naoha x )( x x )(
aprofundamento reIaIivo à sim conceiIo )( )( conceito
série anterior nao novo nao ha )( x )( novo
análise
tipos das alMdades resol.probtemas
propostas cópia do Iaxto )( 2x 2x Üllid. extr.IMo
resposta aberta 2x inexistanles )( )( )(
farma de execuçao indMdual x )( )( x )(
das alMdades propostas grupo n.a, n.a. n.a.
correta ilusnçao aceitáwI x )( x
incorreta inexistente x x x x x
, TItulo do Livro: Aprender com Alegria Autor: Passos. L. et alo 50 Série: a- Editora: Scipione Ano: 1991 página: 313
CONTEUDO lombriga anciloslomo tenia esquistossomo PRIMEIROS acidenlet
SOCORROS
explícito preliminar
conceitos e explicito posterior
deliniçoes implícito x x ausente x x x x
bom
desenvolvimento dos aceitável
conceitos e definiçoes insuficiente x x x x x x inaceitável
explicaçao dos termos sim
desconhecidos nao x inexistentes x x x x x
• estao presentes
pré-requisitos parcialmente x ausentes x x desnecessários x x x
boa
correçao cienlilica aceitável x x x x x x incorreta
adequaçao a sim x x x x x x idade mínima em parte
~ nao
adequaçao a sim x x x x x x realidade econômica em parte
nao
adequaçao a sim x x x x realidade geográlica em parte x x
nao
enfoque sanitário preventivo x x x x x curativo x
açoss requeridas I individuais x x x x x x recomendadas cotetivas
inluêncialrelacao sim
com meio ambiente em parte
nao x x x x n.a. x
aprofundamento relativo à sim conceito conceito conceito conceito conceito conceilo
série anterior nao novo novo novo novo novo novo
análise
tipos das alividades resol.problemas
propostas cópia do texto alivid. extr.Iivro x resposta aberta inexistentes x x x x x
lorma de execuçao individual x das atividades propostas grupo n.a. n.a. n.a. n.a. n.a.
correta
ilusnçao aceitável
incorreta
inexistente x x x x x x
~
TItulo do Uvro: Aprender com Alegria Autor: Passos. L. et ai. 51 Série: 4' Editora: Scipione Ano: 1991 página: 1/4
CONTEUDO cuidados com cuidados cI poluiçao poluiçao NUTRIÇAO alimentos higiene HIGIENE elelricidade combusfíveis ar água alimentar
explicito preliminar
conceitos e explicito posterior
definiçoes implicito x x x x x x x ausente x
bom
desenvolvimento dos aceitável x x conceitos e definiçoes insuficiente x x x x x
inaceitável nao há
explicaçao dos termos sim
desconhecidos nao x x inexistentes x x x nao há x x
, eslao presentes x x x
prHequisitos parcialmente
ausentes
desnecessarios x x nao há x x
boa correçao cientilica aceitável x x x x x x
incorreta x nao há
adequaçao a sim x x x x x x x idade mínima em parte
I nao nao há
adequaçao a sim x x x x realidade econômica em parte x
nao nao há x x
adequaçao a sim x x x x x x x realidade geográfica em parte
nao nao há
enfoque sanitário preventivo x x x x x x x curaIivo naohá
açoss requeridas I indMduais x x x x x x recomendadas colew.s n.a. naohá
inluincialrelacao sim
com meio ambienle em parte x nao x x x naohá x x x
aprc*Jndamento reIaIivo à sim conceito conceito x sn anterior nao novo novo x x naohá x x
análise 3x tipos das atividades resol.problemas
propostas cópia do \e)d() 7x 5x x alivid. exWa-Wro
resposta aberta x x 4K 9Ic inexistentes x x x
forma de ex.cuçao individual x x x x x das atividade. propostas grupo n.a. n.a. n.a.
correta
ilusnçao aceitável )( x incorreta ~ )( x x x x x
, TItulo do Livro: Aprender com Alegria Autor:Passos.L.et~. 52 Série: 4' Editora: Scipione Ano: 1991 página: 2/4
CONTEUDO SAUDE SANEAM. lixo tratamento esgotos DOENÇA VAONAS contágio BASICO água
expficito preliminar x x x conceitos e expficito posterior
definiçoes impficito x ausente x x x x
bom
desenvolvimento dos aceitável x x conceitos e definiçoes insuficiente x x x
inaceitável nao há naohá x
expUcaçao dos termos sim x desconhecidos nao naohá nao há
inexistentes x x x x x , estao presentes x
prlHequisitos parci~mente x ausentes nao há
desnecessários x x nao há nao há x
boa
correçao cienlílica aceitável x x x x incorreta naohá nao há x x
adequaçao a sim x x x x x x idade mínima em parte , nao nao há nao há
adequaçao a sim x x x realidade econômica em parte x
nao nao há x x nao há
adequaçao a sim x x x x x realidade geográlca em parte
nao naohá x naohá
enfoque sanitário preventivo x x x x x x curativo nao há naohá
açoes requeridas I individuais x x x x x recomendadas coletivas nao há nao há naohá
inluincialrelacao sim
com meio ambiente em parte
nao nao há x x x x nao há x x
aprok.wldamento relatillo à sim conceito conceito
série anterior nao naohá )( )( x )( naohá novo novo
análise
tipos das atividades resol.problemas
propostas cópia do texto )( )( 2x 7x aIMd. exlnHivro resposta aberta )( x inexistentes )( x
fonna de execuçao individual )( )( )( )( x x das alMdades propostas grupo n.a. n .•.
correia
ilusnçao aceitável x x x x incorreta
inecisten&e x x x x
TItulo do Uvro: Aprender com Alegria Autor: Passos, L. et ai. 53 Série: 4" Editora: Scipione Ano: 1991 pigina:314
CONTEUDO doenças dengu8l1eb. doença de raiva tuberculose tétano verminoses lombriga
infecciosas amarela Chagas
e>epficilo preliminar x x x x x conceitos e e>epficilo posterior
definiçoes impficilo
ausente x x x
bom desenvolvimento dos aceitável x x x x x conceitos e deliniçoes insuficiente x
inaceitável nao há x
e>epücaçao dos termos sim desconhecidos nao nao há x x x
inexistentes x x x x
eslao presentes x x x :< x pré-fequisitos parcialmente x x
ausentes nao há
desn .. 'C8ssários
boa
correçao cienlilica aceitável x x x x x x incorreta nao há x
adequaçao a sim x x x x x x x idade mínima em parte , nao nao há
adequaçao a sim x x x x x x x realidade econômica em parte
nao nao há
adequaçao a sIm x x x x x x re8Üdade geográfica em parte x
nao nao há
enfoque sanitário preventivo x x x x x x x curalivo nao há
açoes requeridas I individuais x x x x x x recomendadas coletivas naohá naohá
inluincia/relacao sim
com meio ambiente em parte
nao naohá x x x x x x x
aprofundamen&o relalivo à sim conceito conceilo conceilo conceito conceito x série anterior nao naohá novo novo novo novo novo x
análise
tipos das atividades resol.problemas
propostas cópia do \e)d() x x aIiIIid. exlnHivro x resposta lberta x x x inexistenles x x x x
forma de execuçao indillidual x das alillidades propostas grupo n.a. n.a. n.a. x n.a.
correta
itusnçao aceiIáIIeI incorreta x ~ x x x x x x x
f Titulo do Livro: Aprender com Alegria Autor: Passos, L. el alo 54 Série: 4· Editora: Scipione Ano: 1991 pigina: 414
ancilóslomo esquisloss. PRIMEIROS
CONTEUDO SOCORROS
expficito preliminar x conceitos e expficito posterior
... definiçoes impficito
ausente x x
bom x
• desenvoMmento dos aceitável x x conceitos e definiçoes insuficiente
inaceitável
explicaçao dos termos sim
desconhecidos nao x inexistentes x x
I estao presentes
pré-fequisitos parcialmente x x x ausentes
desnecessários
boa x correçao cienlifica aceitável x x
incorreta
.. adequaçao a sim x x idade mínima em parte x
~ nao
.. adequaçao a sim x x x realidade econômica em parte
nao
adequaçao a sim x x realidade geográfica em parte x
nao
enfoque sanitário preventivo x x curativo x
açoes requeridas I individuais x recomendadas coletivas nao há naohá
inlluincialrelacao sim
com meio ambiente em parte
nao x x n.a.
aprofundamento relaivo à sim x x x série anterior nao
análise
tipos das atividades resol.problemas
propostas cópia do texto x 6)(
aliviei. exIr.wro x resposta aberta
inexistentes x
forma de execuçao individual x x das alividades propostas grupo n.a. x
correta
iIu.traçao aceilávet x incorreta
inexistente x x
•
..
55
6. DISCUSSÃO
6.1. Coleção Integrando o Aprender
Texto
'Conceito' é utilizado, na presente dissertação, em sua significação mais
ampla de idéia ou noção geral acerca de algo. Assim, quando se fala de conceituação no
livro didático, entende-se que tal texto deva apresentar informações e explicações
desenvolvidas de tal modo que permitam' ao aluno a compreensão ou concepção geral
(ainda que pouco precisa e não formalizada) acerca do assunto em questão. A 'definição'.
por sua vez, é mais formal, mais rígida. Para definir há que ser preciso: é necessário
delimitar o objeto da definição à sua forma mais individual e restrita. Para a conceituação.
a presença da definição não é condição sine qua non; o que é geralmente falso na
situação inversa: sem a conceituação, nem sempre é possível compreender uma definição.
A falta de conceituação dos assuntos componentes dos Programas de
Saúde, assim como seu desenvolvimento, na maioria das vezes insuficiente ou inaceitável
do ponto de vista da correção científica, constituem-se num dos principais problemas e
falhas da coleção. Assim, a Ilutrição, constante de todos os volumes como título de
capítulo, não é, em nenhum momento, conceituada ou definida explicitamente, nem são
fornecidos os elementos para que o aluno elabore seu próprio conceito do que seja a
nutrição. O que os autores desenvolvem sob o título de nutrição refere-se a um de seus
componentes, a alimentação, apresentada unicamente sob o ponto de vista da ingestão de
alimentos. A falta de conceituação e desenvolvimento das idéias é evidente, também, no
tema saúde, nos volumes de 13,23 e 43 séries. Neste caso, não existe texto ou atividade de
síntese para que o aluno possa compreender a saúde como resultante das ações de
alimentação, higiene e ausência de doenças ou acidentes, apresentados separadamente
dentro dos volumes. Somente no destinado à 33 série (p.267) encontramos a definição de
saúde, feita de maneira explícita e incorreta porque negligencia o componente social
constante da definição da Organização Mundial de Saúde, que os autores citam de modo
incompleto: Saúde é o bem-estar físico e mental das pessoas. Elementos necessários à
conceituação de prevenção, agravos à saúde, doença ou lixo, idéias fundamentais em
qualquer currículo de educação em saúde, estão também ausentes ao longo da coleção.
Principalmente se considerarmos que a coleção atinge alunos no início do
contato formal com o conhecimento escolar, parece-me muito mais importante o
•
..
..
I
56
desenvolvimento dos conceitos do que os enunciados das definições. Não havendo a
possibilidade de formação de uma idéia geral, as definições transformam-se em meros
exercícios de memorização: Verminoses são doenças causadas por vermes que se
instalam 110 intestino do homem (33 série, p.269), Ascaridíase é a doença causada por
vermes chamados Ascaris /umbricoides ou simplesmente lombrigas. (43 série, p.317),
sem que seja possível a compreensão do fenômeno geral do parasitismo, nem do
problema da verminose e suas implicações e relações com o organismo humano.
Contrastando com a pobreza na conceituação, no desenvolvimento e na
explicação dos assuntos propostos, são abundantes as classificações, enumerações e
apresentação de fatos estanques, reforçando a idéia de que o conhecimento nada mais é
do que uma coleção de fatos. A classificação dos alimentos está presente em toda a
coleção: de acordo com a origem nos volumes destinados a 13 e 23 séries e de acordo
com a composição nos de 33 e 43. É exclusivamente morfológica e descritiva, na 43 série,
a apresentação do aparelho digestivo humano (p.307), quando nenhuma menção é feita à
alimentação, tratada em separado nos capítulos de Programas de Saúde. Da mesma forma
os agentes etiológicos são listados (43 série, p.315). Semelhante tratamento é dispensado,
em todos os volumes, ao saneamento básico, com a descrição sumária dos sistemas de
tratamento de água e esgotos e a coleta do lixo.
O fracionamento de assuntos complementares e interdependentes e a mera
apresentação de fatos não seria tão grave, se houvesse proposta de integração e síntese
dos conteúdos, antes ou após as análises particularizadas, o que não é o caso na presente
coleção. O tema saúde, por exemplo, é dividido em cuidados com a alimentação, com a
higiene, com o saneamento básico e com os agravos que pode sofrer. Estes assuntos são
tratados de maneira estanque ao longo da coleção, como se as relações mútuas existentes
entre eles não existissem. Nem mesmo dentro dos subtemas a visão de conjunto
sobressai. Os capítulos de agravos à saúde restringem-se a acidentes (na 13 série) e a
doenças contagiosas, que não incluem aquelas comuns na inflincia e as verminoses (na 23
e 43 série). No volume da 33 série não há o capítulo agravos à saúde (ele é substituído
pelas Verminoses). Não há nenhuma menção na coleção sobre as doenças congênitas,
hereditárias, crônico-degenerativas, envenenamento por medicamentos ou produtos
dornissanitários (neologismo utilizado na área de saúde para qualificar os produtos de
limpeza, anti-sepsia, praguicidas, etc., de uso domiciliar) ou, ainda, sobre as diarréias
infantis, todos eles assuntos que se referem a problemas e experiências da vida diária.
A falta de conceituação e o fracionamento dos temas propostos, somados
à quantidade de informações de caráter prescritivo e receituário dos conteúdos de saúde,
•
..
..
•
57
sem a devida conceituação, reduz os Programas de Saúde apresentados pela coleção em
regras a serem seguidas (figura 1, ANEXO 1). No volume de la série, 15 hábitos de
higiene para ter boa saúde (p.252), dez para evitar acidentes e conservar a saúde
(p.253), dois a respeito do lixo (p.255); na 2a série, 12 para ter higiene e para cultivar
bons hábitos alimentares (p.251), 13 de higiene para ter boa saúde (p.252), três para
evitar as doenças contagiosas (p.253), quatro para prevenirmos certas doenças (p.254).
No volume destinado à 3a série, 12 sobre os cuidados com a alimentação (p.266), 19
sobre hábitos de higiene que nos ajudam a manter lima boa saúde (267), nove cuidados
para evitar as verminoses (p.271), 10 para evitar acidentes (p.272). Finalmente, na 4a
série, nove sobre algumas regras de higiene alimentar (p.311), 11 para manter a saúde
do nosso corpo e da nossa mente .. [e] para viver bem em sociedade (p.312) e sete para
evitar as verminoses (p.317). O impressionante, além do número que atinge a soma de
136, é que tais recomendações não são explicadas. Bem fundamentadas, até que seriam
importantes na formação dos conhecimentos e comportamentos do indivíduo com relação
à sua saúde. Assim comer carnes sempre bem cozidas (3a, p.271), lavar as mãos antes
das refeições, após lIsar o sanitário e ao chegar da rua (2a, p.252), escovar os dentes ao
levantar, após as refeiçõs e antes de dormir (2a, p.252), ler somente com boa iluminação
(2a, p.252) não merecem nenhum desenvolvimento ou explicação, enquanto os autores
julgam importante justificar: Tomar cuidado ao subir em ánJores. Os galhos podem
quebrar, ou, ainda, mencionar Tomar cuidado para não tropeçar em objetos colocados
no chão. (1a, p.253). Outra demonstração do quanto é arcaico este tipo de enfoque pode
ser verificada no livro da la série onde (a título de exercício da nova habilidade de escrita
?) os autores as apresentam com a recomendação: copie no caderno o que precisamos
fazer para ter boa saúde ou evitar acidentes ... (1 a, p. 252, 253 e 255).
Outro problema gerado pela utilização de regras não explicadas e em
grande número, como vimos acima, é a confusão que elas podem gerar ao serem
repetidas, tentando abranger situações mais amplas. Um exemplo são as recomendações a
respeito da água própria para o consumo humano ao longo das quatro séries. Na 1 a
encontramos: Beber água pura, filtrada ou fervida; na 2a é recomendado: Beber água
filtrada. Não beber água de rios; na 3a a regra é: somente beber água tratada com cloro
ou filtrada e bem fervida e na 4a série encontramos: beber água filtrada ou fervida e
tomar água tratada e fervida. Seria muito mais proveitoso se, ao longo dos anos, os
autores desenvolvessem o conceito de que a água pode conter substâncias impróprias à
saúde e a necessidade indispensável que, mesmo advinda da estação de tratamento de
água, quando isto ocorre, ela seja tratada novamente na casa antes de bebida (este
,
..
lO
58
processo caseiro podendo consistir de filtros eficientes, fervura ou, ainda, aplicação de
substàncias bactericidas como cloro ou água sanitária).
Quando utilizados, os termos técnicos geralmente são explicados, ainda
que em alguns casos isto deixe a desejar. Problemas com relação a este item são
encontrados no volume da la série (p.254) no conteúdo sobre vacinas (com uma
quantidade enorme de termos sem nenhuma explicação: vacinas, intradérmica, dose,
reforço, poliomielite), com o de vacinas, novamente na 2a (p. 54); nos assuntos esgotos
(23, p.256 e 33, p.268), tratamento de água (23, p.256) e tratamento de esgotos (4a,
p.314).
Considerando, como visto anteriormente, que a coleção não apresenta os
conceitos, limitando-se a prescrições, conhecimentos factuais e episódicos, uma das
opções do professor seria de utilizar-se do livro como um dicionário ou enciclopédia.
Mas, para tal uso, a correção científica de muitos conteúdos compromete a obra. São
abundantes nos quatro volumes incorreções que vão de leves para que os esgotos não
cheguem diretamente aos rios e mares, devem ser construídas estações de tratamento de
esgotos (2a, p.256), ou, ainda, alguns invertebrados, como vermes e parasitas, vivem
dentro de outros animais (23, p.243) a absurdas como o conceito de animais úteis e
nocivos ao homem (13 e 23 séries), denunciando a idéia dos autores de que a natureza
existe para servir ao homem e a afirmação Grande parte dos insetos são nocivos. Eles
transmitem doenças, prejudicam as plantações e suas picadas são venenosas. (Y,
p.263).
Outros exemplos de um conteúdo apresentado de maneira errônea: a
verminose se transmite através dos ovos dos vermes (3a, p.269), ainda, Essas doenças
são transmitidas por seres vivos muito pequenos chamados vírus, bactérias e
protozoários. Outras doenças são transmitidas por parasitas maiores, que são os vermes
(43, p.315), ou Essas doenças são transmitidas por seres vivos muito pequenos,
chamados micróbios (23, p.253). Tais exemplos denunciam a ignorància dos autores
sobre a diferença entre agente etiológico e formas de transmissão.
Também são graves as incorreções cometidas pela má explicação ou
omissão de fatores importantes para compreensão de determinados conceitos. Um
exemplo típico é o capítulo referente à transmissão das doenças (23 série, p.253). Ali se
diz que a doença pode ser transmitida por contágio direto (aperto de mão, tosse, espirro,
etc.) ou indireto (copos, lenços, etc. que usamos depois de terem sido utilizados por
pessoas doentes). O texto dá exemplo de doenças contagiosas (gripe, sarampo, caxumba,
tuberculose, varicela), diz que podemos evitar as doenças contagiosas se tivermos os
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cuidados de tomar todas as vacinas, evitar o contato com pessoas doentes e ter lima
alimentação bem saudável. Com esse texto, conclui-se que a forma de contágio (o
correto seria usar transmissão) seria a mesma para todas as doenças. Não é de estranhar,
pois, o preconceito e a discriminação demonstrados com relação aos aidéticos.
portadores de hanseníase, síndrome de Down, epilepsia, entre outros, pois, de acordo
com o raciocínio acima, são doentes e precisam ser evitados.
Neste capítulo ignora-se a existência dos animais domésticos e sua
importância como reservatórios e transmissores de zoonoses. Aliás, em toda a coleção, a
raiva é citada em um texto de três linhas, uma única vez, no capítulo destinado ao estudo
dos animais, onde se mencionam as características dos animais domésticos e a
necessidade de vaciná-los (23 série, p.244). Com relação à transmissão, tampouco os
autores se referem à existência de vetores, como os mosquitos, e à forma de como
participam na dinâmica de uma enfermidade transmissível como o dengue, na época da
publicação, já um problema de saúde pública importantíssimo no Estado do Rio de
Janeiro .
Omissão de informação, deturpando sua correção, é encontrada também
nos conteúdos relativos ao tratamento da água. O fato de a água passar por uma estação
de tratamento (23, p.256 e 43
, p.313) necessariamente não a qualifica para consumo
humano em todos os pontos da rede de distribuição, pois entre a estação e a torneira da
cozinha a água está sujeita à contaminação nos encanamentos públicos, na rede e nos
reservatórios domésticos. Infelizmente esta explicação está ausente e, por isso, talvez o
conceito seja incompreendido, quando na 33 série (p.268) os autores, ao contrário do que
o fazem nos outros volumes, mencionam que para torná-la [a água] livre de impurezas,
existem, nas cidades, estações de tratamento de água. Mesmo assim, devemos fenJer ali
filtrar a água antes de bebê-la.
Erro grave é cometido, também, no conteúdo de primeiros socorros (33
série, p.272 e 43, p.318), ao instruir o uso não qualificado de pomadas para aliviar a dor,
no caso de queimaduras, ou, ainda, recomendar que se provoque o vômito na pessoa
envenenada, desconhecendo ser este procedimento indicado apenas no caso de
envenenamento com produtos não corrosivos. Omissão grave neste tema é não
mencIOnar, em nenhum volume, que uma das ações mais importantes, no caso de
acidentes, é procurar auxílio especializado o mais rápido possível. Por outro lado,
situações simples e corriqueiras na infância não são exploradas. Em nenhum momento, ao
longo da coleção, são apresentados conhecimentos que permitam a compreensão da
importância da assepsia imediata de cortes e arranhões, por menores e mais superficiais
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que sejam, para evitar um possível desenvolvimento do bacilo do tétano. Ao contrário, na
4a série (p.318), os autores recomendam: se o ferimento for muito profundo, a pessoa
deverá ir ao hospital para suturar, isto é, costurar o local, e tomar a vacina anti
tetânica.
Com relação aos pré-requisitos, a maioria dos conteúdos apresentados ou
não os requer ou os desenvolve anteriormente. Exceção feita aos conteúdos de vacinas
(1 a, p.254, 2a, p.253 e 4a
, p.315) que não podem ser entendidos sem noções básicas sobre
imunidade, ou, ainda, àqueles relativos a ciclos de algumas verminoses intestinais. Estes
requerem alguns conhecimentos de anatomia e fisiologia para a compreensão de que um
ovo de Ascaris, ao ser ingerido junto com o alimento, atravessa a parede intestinal já
como larva, ganha a circulação sanguínea, atinge o coração e os pulmões, migra até a
traquéia, atinge a faringe, onde é deglutido, e volta novamente ao intestino, para aí se
desenvolver como verme adulto.
No que diz respeito ao critério sobre a adequação à idade mínima, a
coleção como um todo se apresenta satisfatoriamente. Novamente, exceção é feita ao
conteúdo de vacinas na la série (p.254) que, como abordado, é totalmente inadequado
para este nível e, também, àquele relativo a primeiros socorros (3a p.272 e 4a p.318-319),
sugerindo alguns procedimentos que requerem habilidades incondizentes com a idade à
qual se destinam os volumes. Por outro lado, os conteúdos são incompletos e incorretos,
se os quisermos tomar como manual especializado.
A coleção apresenta conteúdos que se adaptam às distintas realidades
geográficas do Estado do Rio de Janeiro
O mesmo não ocorre com a adequação às diferentes realidades
econômicas. No conteúdos dos alimentos pressupõe-se que o leitor tenha acesso aos
alimentos de que necessite ou que escolha. Neste caso, mais proveitoso seria propor
textos e atividades que estimulassem a exploração do cotidiano alimentar dos alunos, os
acertos, as mudanças desejáveis e as carências verificadas. Para a higiene alimentar e
pessoal, do modo como o texto traz as recomendações, subentende-se a presença de uma
cozinha com seus utensílios, de uma pia com água encanada ou corrente para a lavagem
dos alimentos, de um banheiro provido de vaso sanitário, onde devem ser feitas as
necessidades, de uma pia, onde as mãos são lavadas e os dentes são escovados e de um
chuveiro para o banho diário (figura 1, ANEXO 1). O fato de não haver exploração do
que o aluno dispõe e do que lhe falta para poder ter a higiene descrita no livro, pode
gerar a idéia de algo inatingível e irreal, em algumas situações de carência Quando os
autores abordam os acidentes, omitem os perigos das janelas dos edificios, das linhas de
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trem, dos envenenamentos por medicamentos e produtos domissanitários, das
queimaduras sofridas dentro de casa. O perigo das vias públicas e do trânsito são
lembrados de uma maneira absolutamente inócua: respeitar os sinais de trânsito ao
atrm!essar a rua e não correr atrás da bola no meio da rua, sem olhar para os dois
lados (3 3, p.272). Em nenhum volume é mencionado o problema da violência que
responde atualmente por 46,05% dos óbitos na faixa etária de 5 a 14 anos, constituindo
se na maior causa de mortalidade nesta faixa etária (Minayo et aI., 1992), nem questões
relacionadas ao fumo, às drogas ou aos entorpecentes.
O enfoque sanitário privilegiado na presente coleção, excetuando-se os
conteúdos relativos aos primeiros socorros, é exclusivamente preventivo.
A maneira como são abordados os conteúdos não considera a influência
do meio ambiente nas condições de saúde e de doença. Ao invés de apresentá-las como
um estado dinâmico, dependente das interações que o homem mantém com os meios
biótico, fisico e social e das relações existentes em seu próprio corpo, os autores
preferem enfatizar a doença unicamente como uma entidade contagiosa e caracterizam a
saúde como a ausência de doença ou acidentes .
Finalmente, com relação ao aprofundamento dos conhecimentos e análises,
a obra deixa a desejar nos conteúdos relativos a higiene, alimentação, vacinas e
saneamento básico. Não é raro encontrarmos nestes capítulos livros de 13 ou 23 série mais
ricos que os de 3a e 4a.
Atividades
Em todos os volumes da coleção, as atividades propostas aos alunos
reduzem-se, quase que exclusivamente, a exercícios onde o aluno simplesmente deve
identificar, no texto anterior, o trecho relativo à questão que lhe é proposta e completar a
resposta com a frase do autor. Uma variação deste tipo de exercício pede ao aluno que
complete a palavra ausente na frase do exercício, repetindo o texto. Do total de 184
atividades, nos quatro volumes da coleção, 133 são deste tipo - 'cópia'; 33 são de
'análise', exigindo que o aluno responda a questão, sem apresentar a solução no texto. Em
12 ocasiões, o livro propõe exercícios de 'resposta aberta' (escreva como você cuida de
sua saúde [l3, p.252], quais são os seus divertimentos? [43, p.312], escreva o nome dos
alimentos que você costuma comer [la, p.251 D. As atividades 'extra-livro' didático são
propostas seis vezes ao longo da coleção (Faça uma pesquisa completa e organize no
caderno um trabalho com o título '0 tratamento de água em minha cidade.' [43, p.314]).
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Por duas vezes, entretanto, estas atividades resumem-se a pergunte a sua mãe e
responda: quais as vacinas que você já tomou?[23, p.254] ou, ainda, pergunte a seus
pais as vacinas que você já tomou e escreva no caderno [la, p.254]. Esta abordagem traz
problemas ao pressupor a presença da mãe, além de desestimular a iniciativa do aluno. O
comportamento positivo a estimular é que o próprio indivíduo se torne responsável pela
sua saúde, exigindo (da mãe, do responsável ou da autoridade competente) os meios de
preservá-la ou recuperá-la. Bastaria que o autor indagasse simplesmente 'Quais as vacinas
que você já tomou?'
A forma de realização das atividades propostas é exclusivamente
individual, perdendo-se a oportunidade, mesmo nas atividades que não são de cópia do
texto, de realizar debates e discussões entre membros de um pequeno grupo ou entre a
classe. Tal postura é coerente com a ênfase dada, como discutida acima, nas ações
individuais para o alcance e a manutenção da boa saúde .
Ilustrações
As ilustrações são desenhos coloridos, não havendo fotografias .
Existem falhas com relação a ilustrações técnicas. Há casos de desenhos
errados, como na página 270, 3a série e página 316, 4a série, onde um caramujo terrestre,
que pode ser encontrado em qualquer jardim, participa do ciclo da esquistossomose,
criando um temor infundado de que os moluscos terrestres são vetores desta doença, fato
já verificado por Schall (l987b) e Machado (1991).
Outras vezes são as legendas que não condizem com o desenhado. À
página 317, 48 série vêem-:-se dois adultos de Ascaris lumbricoides, mas a legenda diz
tratar-se de lanas. Na página 270, 3a série, um casal de esquistossomos em acasalamento
é legendado como esquistossomo.
O mais comum, entretanto, é a falta de indicação de escala nos desenhos.
Mosquitos são mostrados do tamanho de ratos (la, p.243 e 2a, p.245), os miracídeos e as
cercárias têm tamanho de sardinhas, senão maiores (3 a, p.270, e 4a, p.316). Ovos de
Ascaris, de Ancylostoma e de Taenia tornam-se gigantescos, quando comparados com
os seres humanos que os acompanham nas ilustrações (3a, p.269 e 270, e 48, p.317). Em
decorrência destas displiscências, teremos situações como as descritas por Schall (l987b)
quando diz que Ao especialista pode parecer pouco provável que uma criança,
obsenando um ambiente aquático, procure ali cercárias, que, pelos desenhos, imagina
ser do tamanho de peixinhos, mas tal fato ocorre com frequência. Na impossibilidade da
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utilização de exemplos reaiS, é possível desenhá-los em escala junto a objetos maiS
conhecidos como, por exemplo, uma cabeça de alfinete. Seres microscópicos podem,
ainda, ser representados sob uma lente de aumento. Desenhos de organismos maiores
devem incluir escala métrica ou outro referencial conhecido.
Em alguns casos, mesmo os desenhos não-técnicos, como a primeira
ilustração página 255, P série, reforçam erroneamente um texto já incompleto, quando
mostra os sacos de lixo sendo depositados na calçada, ao alcance de cães. Pior é o
desenho da página 253, 2a série, no qual, para ilustrar doenças infecciosas, são
desenhadas situações de transmissão direta e indireta, onde os personagens estão
uniformizados, caracterizando um ambiente escolar. Seria importante esclarecer a
necessidade do isolamento em alguns casos de doenças infecciosas, explicando quando e
como há o perigo da transmissão.
6.2. Coleção Aquarela
Texto
Em termos de conteúdos apresentados, esta coleção é menos densa do que
a Coleção Integrando o Aprender. Basicamente os Programas de Saúde compõem-se de
temas de alimentação, regras de higiene, problemas com o lixo, tratamento de água e
esgotos, que aparecem em todos os volumes da coleção. Os acidentes são tratados na 1 a
série (p.252) e na 33 (p.352), os primeiros socorros na 33 (p.351), as doenças contagiosas
e as vacinas só aparecem na 2a (p.286) e as verminoses somente na 33 (p.349 e 350).
Poluição é um conteúdo com abordagem de saúde que aparece em
destaque dentro dos capítulos de ciências (l3, p.237, 3a, p.313 e 321 e 43, p.428). Ainda
integrantes do conteúdo de ciências são aqueles sobre animais que causam prejuízos ao
homem (presente nas quatro séries), animais domésticos e a referência de que é
necessário vaciná-los (l a e 2a) .
Também nesta coleção encontramos a falta de conceituação dos conteúdos
propostos. Saúde, por exemplo, é título de capítulo em todos os volumes, mas, da
maneira como são apresentados e desenvolvidos os conteúdos relativos ao tema, toma-se
dificil a síntese ou elaboração de algo mais consistente do que simples regras. Outros
conteúdos não conceituados são raiva (l3, p.223), desnutrição (33, p.344 e 43, p.447) e
tratamento da água (33, p.348 e 43, p.313). As definições, ao contrário, são abundantes e
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geralmente explicitadas a priori: ammals parasitas (la, p.220), higiene (la, p.246, 2a,
p.285 e Y, p.345), lixo (la, p.250 e 2a, p.287), doenças contagiosas (2a, p.286),
saneamento (3a, p.348), alimentos (43
, p.446) dentre outras.
No que diz respeito ao desenvolvimento de conceitos e definições, a
presente coleção deixa muito a desejar. Na maioria das vezes ele é insuficiente; por
exemplo, quando o autor menciona que os animais parasitas (la, p.220 e 3a, p.349) vivem
dentro do corpo de outros seres, esquece-se dos ectoparasitas e da explicação do
fenômeno do parasitismo, que é fundamental para a compreensão não só das verminoses,
como das demais doenças infecciosas. Os alimentos são apresentados, em todas as séries,
segundo sua classificação, seja de origem (la, p.242 e 243 e 2a, p.282), seja de
componentes nutricionais (3a, p.342 e 343 e 4a, p.446). O corpo humano, na 2a série, é
alvo de uma descrição anatômica paupérrima (p.280). Sumárias, também, são as
abordagens das verminoses na 3a (p.349), da poluição e do tratamento da água na 4a
(p.425 e 428).
Como na coleção Integrando o Aprender, muitas vezes o que se apresenta
de um conteúdo são regras sem explicação ou qualquer fundamentação que permita sua
compreensão, como se faz ao tratar de higiene (la, 2a e Y), de acidentes (1 a e 3a) e de
alimentação (23, 3a e 4a
), totalizando aqui 92 regras.
É importante assinalar um conceito muito bem desenvolvido, no volume
da 3a série (sob o título para você saber, p.314). Trata-se de um texto sobre água poluída
e contaminada, que, inclusive, demonstra a inutilidade dessas definições simplistas dadas
anteriormente. Muito interessante também é a apresentação, na 2a série (p.278, ainda sob
o título para você saber) de um texto mencionando que nem todas as crianças, no Brasil
e em outros países em desenvolvimento, têm chance de desenvolver-se adequadamente, o
que é o tema do capítulo. A inclusão deste pequeno texto e de uma adaptação da
Declaração dos Direitos da Criança, que o segue, pedem a exploração das
desigualdades sociais e de suas implicações nos problemas de saúde e de doença.
Infelizmente, este tipo de conteúdo está presente apenas no volume 2 da coleção.
Com relação aos termos desconhecidos, notamos uma preocupação maior
em explicar (o que nem sempre é alcançado) o vocabulário técnico utilizado, geralmente
sob forma de nota de rodapé. Contudo, microscópio (23 p.286), vias respiratórias e
vitamina Bi (33, p.322 e 339) são termos novos que aparecem sem definição ou
explicação. Há explicações e definições tautológicas do tipo: os alimentos reguladores
ajudam a regular o funcionamento do organismo, os alimentos energéticos dão
energia. 00 (4a, p.446).
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Os pré-requisitos ou não são necessários ou estão explicados
anteriormente. Exceção à regra é o conteúdo referente a verminoses, apresentado na 33
série (p.350). Apesar de a ênfase não recair nos ciclos, mas na sintomatologia, sente-se
falta do conteúdo relativo a dinâmica e integração dos sistemas no corpo humano
(apresentado sob enfoque anatômico no volume 4) e do conceito de parasitismo .
Na presente obra também são constantes os absurdos de incorreção
científica. Merece destaque, no volume da la série (p.228), a idéia de que os ratos, as
moscas e os mosquitos gostam de sujeira e transmitem doenças. Ao coletivizar o que é
particular e minoria dentre as centenas ou milhares de espécies de ratos, moscas e
mosquitos, o livro induz a uma estigmatização negativa desses animais, pondo por terra a
feliz consideração de algumas linhas acima, quando o autor afirma que Todos os animais
são importantes na natureza. Estas associações errôneas provocam contradições
importantes, por exemplo, quando de campanhas como a de combate a Aedes, mosquito
transmissor da dengue e da febre amarela, pois as pessoas têm dificuldade em aceitar o
fato de que este vetor só se cria em coleções de água limpa. Como fazer com que a
criança, que conhece ou tem camundongos brancos ou hamsters em casa, convença-se do
fato de que esses animais podem tornar-se reservatórios de zoonoses, se ela os vê, ao
contrário do livro, tão graciosos e asseados ? Como não considerar a importância dos
mesmos ratos como animais de laboratório?
Erro grave, presente nos volumes 1, 2 e 3, é a sinonimização do alimento
com energia. Deslize de correção é cometido, também, ao comentar os produtos
alimentares industrializados (23, p.283). Novamente, expondo a questão sem
fundamentação, ao autor resta apresentá-la de maneira dogmática e equivocada. Os
produtos químicos que podem provocar doenças não estão necessária e obrigatoriamente
presentes nos alimentos industrializados. Assim como não são inócuos certos alimentos
frescos e sucos naturais. No volume 4 (p.447), este raciocínio errôneo volta a aparecer
na recomendação Entre um refrigerante e um suco natural, dê preferência ao suco. Em
tempos do cólera, mais segura é a opção pelo refrigerante.
Outra incorreção grave em uma abordagem de saúde e acidentes é
encontrada no volume 3 (p.339). Ao dizer que Na cidade de São Paulo, existe um local
para atendimento de casos de pessoas picadas por animais venenosos. É o Instituto
Butantã, o autor deixa de instruir sobre o procedimento correto no caso de pessoas
vitimadas por animais peçonhentos, que é o encaminhamento imediato a um hospital de
emergência, pronto socorro, posto médico ou qualquer outro local que disponha do soro
específico. Além disso, tal texto não menciona outros institutos brasileiros como o Vital
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Brazil, em Niterói e o Ezequiel Dias, em Belo Horizonte, entre outros, que também se
destacam na produção de soros anti-ofidicos.
Não se verificaram problemas maiores com relação à idade mínima;
ressalva feita para os conteúdos de primeiros socorros que, como na coleção Integrando
o Aprender, exigem habilidades geralmente inexistentes nesta faixa etária e para o texto
acima referido sobre animais peçonhentos: Ele [o Instituto Butantã] recomenda que nós
capturemos as cobras para enviá-Ias ao Instituto, instrução perigosa quando destinada a
cnanças.
Quanto ao item adequação à realidade econômica, cabem os mesmos
comentários feitos quando da discussão da coleção Integrando o Aprender.
Considerei satisfatória a adequação à realidade geográfica do Estado do
Rio de Janeiro.
o enfoque sanitário é, como na coleção anterior, majoritariamente
preventivo. Seria interessante, contudo, desenvolver o conceito de soro que é apenas uma
citação de passagem (33, p.339).
Com relação às ações requeridas para a manutenção da saúde e a
prevenção da doença, seria conveniente dosar mais adequadamente o que diz respeito ao
indivíduo, maioria na coleção, e o que precisa ser feito a nível coletivo. Apresentam este
enfoque, muito superficialmente, os textos relativos à poluição do meio ambiente.
Os conteúdos analisados só abordam a influência do meio ambiente,
quando tratam do problema da poluição do ar e da água. No restante, tal relação está
ausente. Quando trata da origem dos alimentos, por exemplo, o leite é representado em
sua embalagem de supermercado (l3, p.242, 33, p.342 e 43, p.446), o mesmo acontecendo
com o mel (l3, p.242), a carne de vaca (l3, p.242, 23, p.282 e 43, p.446), o arroz (33,
p.342), assim como com todas as frutas e verduras apresentadas nos quatro volumes. Tal
abordagem gera o descrito por Machado (l991): ... Só que galinha, para a criança de
cidade grande, é alguma coisa que é sempre congelada, enrolada em plástico e
produzida pelo supermercado . ... É o caso de uma criança que viu uma galinha viva e
faloll assim: 'Olha, mãe, a galinha está toda suja de pena. '
O aprofundamento é feito através da apresentação de alguns novos
conteúdos em cada volume. Para aqueles já abordados em volumes anteriores, o
conteúdo e a complexidade são praticamente a mesma, inclusive com a repetição dos
mesmos textos: higiene na 13, 23 e 33 e lixo na 13 e 23 série.
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Atividades
Predominam exercícios do tipo 'cópia'; de 202 atividades propostas no
livro, 133 são deste tipo. Verificamos, entretanto, em relação à coleção anterior, um
pequeno aumento no número de exercícios que requerem 'análise' dos textos
apresentados (40 exercícios), exercícios do tipo 'resposta aberta' (20) e 'atividades extra
livro didático' (8). Há um exercício de 'resolução de problema' A quase totalidade das
atividades são propostas para execução individual.
Nesta coleção, assim como na Coleção Integrando o Aprender, os tipos
de atividades não se tornam mais complexos conforme o avanço da escolaridade.
Ilustração
A coleção apresenta fotografias e desenhos, ambos em cores.
As ilustrações tomam demasiado espaço no livro; muitas chegam a ocupar
três quartos de página (figura 2, ANEXO 1). Fica a impressão, pela disposição e tamanho
desnecessário de certas ilustrações, de que foram ali colocadas para suprir a falta do texto
escrito.
Ilustrações técnicas incorretas e de péssima qualidade são localizadas nas
páginas 220 (la) e 349 (3a) nas referências a parasitas e vermes, respectivamente. Nos
dois casos, falta escala: as lombrigas e ancilóstomos se parecem com minhocas (inclusive
com segmentação aparente) (figura 2, ANEXO 1). Há o desenho de um ovo de Ascaris
sem qualquer identificação, completamente desproporcional ao verme adulto colocado ao
lado. Naquele legendado como esquistossomo, o que se vê é um casal desses vermes em
cópula.
6.3. Coleção Aprender com Alegria
Texto
Novamente, na presente obra encontramos falta de conceituação de alguns
temas essenciais como saúde, nutrição e doenças. Há um bom número de conceitos
implícitos, como é o caso dos alimentos (la e 4a séries), animais que causam prejuízo (la,
2a e 3a séries), embora seu desenvolvimento deixe a desejar. Somado ao fato de o livro
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dedicar poucas páginas aos Programas de Saúde, ou mesmo causado por isso, resta
muito por fazer ao professor interessado em resultados satisfatórios.
A higiene, seja pessoal, doméstica, alimentar, social ou mental, é sempre
apresentada sob a forma de regras sem fundamentação perfazendo um total de 66. A
coleção atinge 96 instruções se somadas àquelas para cuidar da nossa saúde e segurança
(l3, p.I92), para prevenção das doenças contagiosas (23, p.I75), para evitar as
verminoses e acidentes.(33, p.208) e, novamente, para evitar as verminoses (43
, p.303).
Os alimentos são apresentados, como nas coleções anteriores, classificados e nada mais.
Insuficiente, por falta de fundamentação, é o desenvolvimento, no volume 2, da poluição
do ar (p. 163), dos cuidados com os animais domésticos e com nossos órgãos dos
sentidos (p.I71 e 173); no volume 3, de animais parasitas (p.203), desnutrição
(p.206),verminoses e acidentes (p.208); de higiene alimentar (p.296), lixo e esgoto
(p.299) no volume 4.
Identificamos alguns conteúdos com desenvolvimento insuficiente, devido
a incorreções ou definições mal feitas. É o caso do capítulo sobre água poluída e
contaminada (23, p.164, 33
, p.190 e 43, p.282). Ali se usa uma definição inútil de água
pura, potável, poluída e contaminada. A figura 3 (ANEXO 1) exemplifica a confusão
conceitual gerada ao explicar coisas que seriam simples, se bem fundamentadas. A água
clorada é potável, mas pode ter o cheiro da substância; a água pode, por exemplo,
também ser contaminada por metais pesados; pode haver uma água poluída que não
contenha sujeiras aparentes, não seja turva e nem tenha cheiro ou sabor desagradáveis. A
água não contaminada ou poluída dispensa qualquer tratamento para ser potável.
Ao longo dos volumes não há a troca, como verificada nas coleções
anteriores, do conceito de agente etiológico pelo de transmissor, a não ser uma vez,
quando se afirma que Os vermes transmitem doenças que podem causar até a morte. (23,
p. 164).
Novamente se verifica o problema da generalização com relação a uma
determinada espécie de animal que pode causar prejuízo ao homem (23, p.170 e 33
,
p.204). Nos conteúdos relativos às doenças contagiosas o mesmo comentário referido
anteriormente é válido para esta coleção que nos volumes 2 (p.204) e 4(p.300),
estigmatiza as doenças pela incorreção do texto. Positiva no volume 4 (p.300) é seguinte
inclusão, que não ocorre nas outras coleções: O contágio indireto acontece também
através de animais como pulgas, percevejos, mosquitos, moscas, ratos, etc. A lastimar o
fato de neste texto não se considerar, primeiro, a especificidade de cada vetor com cada
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tipo de doença, o que pode gerar um temor infundado com relação aos arumals e,
segundo, o uso de contágio em lugar de transmissão.
É inadmissível a forma como se aborda a questão do tratamento de
esgotos, constatando que Geralmente, os esgotos costumam ser jogados nos rios ou mar.
Existem cidades onde o esgoto é tratado em estações de tratamento, antes de ser jogado
nos rios 011 no mar (3 3, p.207), sem enfatizar a importância capital do tratamento dos
esgotos, como as autoras, aliás, o fazem nos outros volumes (23, p.176 e 43
, p.299).
No volume 4 (p.300), há dois erros em um quadro onde são apresentadas
as vacinas que hoje ... protegem nosso organismo contra as doenças. O primeiro é a
indicação da vacina contra a varíola, que desde 1979, dois anos após a ocorrência do
último caso registrado no mundo, foi considerada erradicada pela Organização Mundial
de Saúde e descontinuada a vacinação. O segundo é a inclusão da vacina anti-rábica. na
mesma categoria da polio ou tríplice, que são consideradas vacinas obrigatórias.
Na maioria das vezes, os pré-requisitos ou não são necessários ao
conteúdo apresentado ou foram desenvolvidos anteriormente. Algumas exceções se
verificam no caso dos cuidados com os animais domésticos (23, p.171), quando falta o
conceito de transmissão e na apresentação das verminoses (3 3 e 4a série), que requer um
mínimo de conhecimento da dinâmica de funcionamento do corpo humano (na 43 série o
enfoque do corpo humano é puramente anatômico e descritivo). No volume 4, a
compreensão das vacinas não se torna possível pela falta da apresentação simplificada do
que seja imunidade.
Com relação a adequação à idade mínima, realidade econômica e
geográfica e enfoque sanitárío, os mesmos comentários feitos às coleções anteriores são
válidos para a presente.
Em termos de ações requeridas ou recomendadas a semelhança também
ocorre. Apenas nos capítulos referentes à poluição e ao saneamento há um enfoque de
coletividade. Este, porém, como um bem coletivo: o ar, as estações de tratamento de
água e esgoto. Não há a preocupação de referência que algumas ações de saúde, embora
individuais, só têm sentido se coletivizadas. Um desses exemplos é o controle de Aedes
aegypti, quando pouco adiantam ações isoladas. Outro, são as campanhas de vacinação
contra a poliomielite ou o sarampo que, para serem eficazes no bloqueio da transmissão,
necessitam atingir mais de 95% da população em um prazo muito curto.
O conteúdo não menciona a influência do meio com o conteúdo abordado
deixa a desejar. Notamos uma breve referência quando as autoras apresentam a poluição
do ar e da água (23, p.163 e 164 e 33
, p.282). Ao tratarem de doenças como dengue,
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doença de Chagas, tétano e vermmoses (43 série), o ambiente é apenas citado de
passagem. Os alimentos são representados como os vemos no supermercado.
O aprofundamento com relação à série anterior é feito, na maioria das
vezes, através da introdução de novos conteúdos. Em poucos casos, podemos constatá-lo
a partir do aumento da complexidade de um mesmo conteúdo, como por exemplo no
volume 3 (p.205) que aborda a constituição molecular dos alimentos, quando no volume
2 foi considerada a origem dos mesmos. Na 4a série, apresenta-se a função dos nutrientes
no corpo humano.
Atividades
Do total de 183 atividades propostas, embora haja predomínio dos
exercícios de simples cópia do texto apresentado (88) e a análise represente 36
exercícios, na presente coleção encontramos um maior número dos outros tipos de
atividades: 47 permitem ou requerem uma resposta aberta e as atividades extra-livro
didático são solicitadas 12 vezes. Dentre estas últimas, cabe elogiar as propostas
presentes no volume 2 (p.164 e 170), onde as autoras sugerem, sem direcionar,
atividades de pesquisa sobre água contaminada e verminoses e sobre os prejuízos que
alguns animais podem causar ao homem. Propõe-se que, para realizar o trabalho, o aluno
pesquise em casa, na biblioteca e nos postos de saúde (p.164) e nas bibliotecas, nos
postos de saúde e em conversas com os pais e professores (p.170). No volume destinado
à 4a série, ao contrário das coleções anteriores, as autoras dizem procure saber os nomes
das vacinas que você já· tomou para se defender das doenças ... (p.301). Também no
volume 4 encontra-se a proposição de duas atividades em grupo (p.303 e 304); as demais
são de execução individual.
Ilustrações
Na presente coleção, como em Integrando o Aprender, da mesma editora,
as ilustrações são desenhos coloridos, coerentes com o texto que ilustram. Não há
fotografias.
Verifiquei, contudo, dois tipos de problemas. O primeiro diz respeito à má
qualidade dos desenhos nos capítulos de alimentos e nutrição, desenhos esses que
permitem dupla interpretação (la, p.190 e 3a, p.205, respectivamente). O segundo, como
nas coleções anteriores, refere-se à ausência de escala, o que causa uma confusão na
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identificação dos animais representados (23, p.169 e 170 e 43
, p.301): lombriga, tênia,
escorpião e Aedes. Isto é mais sério do que, a princípio, se pode imaginar. O Ministério
da Saúde, há alguns, anos elaborou material informativo para subsidiar a campanha de
controle de Aedes aegypti. Faziam parte dele cartazes de aproximadamente 50 x 70 em
com o mosquito desenhado em quase toda a mancha. A SUCAM, ao distribuir os
cartazes pelas comunidades, ouviu dos moradores que naquele local não haveria
problemas com o dengue ou a febre amarela, pois não havia tal mosquito: os pernilongos,
comuns na região, eram bastante menores.
6.4. E então: que saúde nos livros didáticos?
Como constatado, apesar de algumas pequenas e setoriais diferenças entre
as coleções, o conjunto das três é muito homogêneo quanto a conteúdos, metodologias e
abordagens. Realizadas as análises individualizadas de cada coleção, resta discutir como a
saúde, que deve ser o objetivo primeiro dos Programas de Saúde, emerge dos volumes
analisados.
Utilizando-me do ditado chinês, diria que a característica mais marcante
dos Programas de Saúde apresentados nos livros didáticos analisados é que eles dão o
peixe, mas não ensinam a pescar. A ênfase é dada aos fatos, não aos porquês. Assim, ao
invés de explorar o fenômeno do parasitismo e abordar algumas parasitoses como
exemplos, prefere-se detalhar as parasitoses e incluir tênue menção ao parasitismo. Isto é
válido, ainda, para a contaminação da água e dos alimentos. Ensina-se que eles podem
estar contaminados, mas não se menciona como e por que se contaminam. Ênfase distinta
capacitaria os alunos a, de posse de um princípio geral, identificar e prevenir situações
outras daquelas abordadas no livro. Muitos dos problemas surgidos, com relação ao
conteúdo das coleções, reside nesta abordagem, que acaba sendo estigmatizadora,
inibidora, preconceituosa e transformando o livro didático em 'cultura inútil'.
Estas falhas apresentadas pelas obras em questão assumem características
dramáticas, se considerarmos as taxas de escolaridade apresentadas na INTRODUÇÃO.
OS conhecimentos adquiridos nas primeiras séries deveriam permitir a aquisição de uma
base conceitual mais sólida e adequada. Esta possibilitaria a necessária visão crítica dos
aprendizados informais posteriores e subsidiaria mais criteriosamente ações, escolhas e
comportamentos do cidadão.
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Ao apresentarem melas verdades, os livros didáticos podem colocar o
indivíduo em uma situação de desconforto e temor infundados. Quantas pessoas se
sobressaltam ao encontrar um pirrocorídeo ou mirídeo dentro de casa: elas têm medo
porque o confundem com um barbeiro (reduvídeo). A este respeito comenta Machado
(1991), referindo-se ao ensino da zoologia: ... o ensino tradicional exagera no ensino de
animal e planta que tem veneno, que dá doença, que morde. Esses grupos são minoria
mas, no momento em que todo um curso é cellfrado nisso, distorce a imagem para o
negativo, ao contrário do que a geme quer. E continua comentando sobre o ensino que
irresponsavelmente cita Biomphalaria glabrata, mas não se preocupa em distingui-la dos
demais caramujos. Vem daí que eu ja l'i criança com medo daquele caramujinho de
jardim, que pode ser o tal da doença e pergunta à mãe, que fala: 'Eu não sei não, meu
filho, mas por via das dúvidas, vamos tirar esse bicho daí.' Não é tanto pelo caramujo,
mas também por ele, nós não temos o direito de ensinar nada a uma criança que a
coloque angustiada no jardim de sua própria casa. A educação ambiemal que eu
advogo, é libertadora. Nós devemos dar conhecimento às crianças e às pessoas, para
que elas sintam-se bem no jardim, no parque ou na floresta porque conhecem um
mínimo daqueles ambientes.
Se a ignorância dos princípios gerais e dos fatores causais contribui, por
um lado, para a aquisição desses temores sem fundamentos e de preconceitos, por outro,
concorre para a prática de comportamentos de risco que não são devidamente avaliados.
O exemplo da AIDS é contundente. A brutal discriminação social sofrida pelos
soropositivos, que chega às raias da crueldade em se tratando de crianças portadoras do
mal, contrapõe-se ao desleixo individual que expõe os indivíduos ao potencial contato
com o vírus através de agulhas e sangue contaminados ou, ainda, relações sexuais (sem o
uso da camisinha) com os portadores do HIV.
Outro problema importante diz respeito aos tipos de conteúdos e
exemplos abordados pelos livros didáticos. Independentemente da especificidade regional
ou da condição econômica de cada local onde o livro será utilizado, existem problemas
gerais comuns à infância. Gripe, diarréias, resfriado, sarampo, micoses, piolhos, cáries
dizem respeito à condição infantil. Ao invés de partir desse referencial conhecido e
vivenciado para introduzir conhecimentos mais gerais, os autores se limitam a descrever a
teníase ou a esquistossomose. Com isto não pretendo, de nenhum modo, sustentar a tese
de que não são importantes ou que se deva ignorá-los. Contudo, é muito mais
significativo para a criança adquirir conhecimentos a partir de exemplos de seu cotidiano.
O mesmo é válido para os alimentos. Qual a razão da descrição de seus componentes ou
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73
a identificação de sua origem, se não se propõe a exploração do regime alimentar do
aluno, dos alimentos disponíveis na lanchonete junto à escola, ou, ainda, no que é servido
como merenda escolar. Raciocínio semelhante pode ser aplicado aos hábitos de higiene.
Quando os livros didáticos se referem à situação ideal, sem explorar os comportamentos
manifestos do aluno e do que ele dispõe na escola e em casa, pode acontecer que a
distância entre o que está no livro e a vida real seja tão grande que os conteúdos
trabalhados em Programas de Saúde adquirem o mesmo status dos contos de fadas ou da
ficção científica: a fantasia.
Não se trata de reduzir ou circunscrever os conteúdos abordados ao
pequeno mundo de conhecimento e realidade do aluno e incorrer na situação criticada
por Freitag (1989) e por quem critica a produção regionalizada do livro didático
(Oliveira, 1983b e Silva, 1983) e, sim, partir de algo significativo e passível de
intervenção pelo aluno.
Infelizmente, quando abordam problemas mais próximos a ele, os autores
não os propõem com a ênfase acima. Exemplo claro é o conteúdo dedicado ao lixo. Em
todos os volumes analisados, da maneira como é tratada a questão, parece que 'lixo' só
merece esta designação quando no saco ou na lata. Não há, nunca, referência à produção
individual do lixo: o papel que embrulha a bala, o palito do picolé, a madeira do lápis que
é apontado, a cinza do cigarro, que vão parar no chão; a casca da laranja, o papel do
biscoito ou o copinho da água, que são jogados pela janela dos veículos. Até aí, estes
objetos não são 'lixo'. Eles serão assim denominados a partir do momento que forem
recolhidos e ensacados para, então, terem sua destinação final.
A perspectiva da responsabilidade individual não é desenvolvida. O que se
encontra em abundância, como visto anteriormente, são mandamentos de
comportamentos individuais completamente alijados de fundamentação ou justificativas.
Esta responsabilidade individual não se resume àquelas ações que dizem
respeito à saúde individual, mas, sobretudo, às que requerem a soma das ações
individuais. Se é verdade que as ações de um indivíduo podem, por exemplo, reduzir ou
evitar suas cáries dentárias, ou diminuir seu risco de contato com AIDS, hanseníase ou
tétano, o mesmo não acontece com o controle do mosquito transmissor do dengue, com
a poliomielite, o sarampo ou a tuberculose.
Se, por um lado, falta o desenvolvimento dos conceitos propostos, por
outro, a manter-se o padrão apresentado pelas obras, sinto enorme alívio com o pequeno
número de páginas destinadas aos Programas de Saúde: só assim não se vêem
multiplicados os erros cometidos com relação à correção científica.
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Algumas falhas são tão primárias quanto ensinar que dois mais dois são
cinco, ou, ainda, trocar a definição de verbo pela de sujeito. Certas incorreções não só
denotam a ignorância dos autores, como, também, sua displiscência em não consultar
fontes com um mínimo de credibilidade. Em qualquer biblioteca de faculdade de Medicina
ou Ciências Biológicas, os autores aprenderiam a diferença entre agente etiológico e
transmissor de uma dada doença. No mesmo local teriam acesso a ilustrações, onde
aprenderiam a distinguir lombriga de minhocas.
Superada este tipo de limitação, talvez os autores pudessem consultar a
excelente coleção Ciência Hoje das Crianças, publicada desde março de 1987 pela
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Lendo tal periódico, que encanta
crianças e adultos, talvez percebessem que escrever para o público infantil não significa
despir os conceitos e apresentar sua caricatura, com pretextos excusos: sob a forma de
pequenos textos, escritos em uma linguagem direta, para facilitar a leitura e o
entendimento. Todos os textos são acompanhados por ilustrações elucidativas,
perfeitamente integradas a eles. Os textos apresentam lima complexidade crescente na
sua estrutura. Há um predomínio de gravuras, atendendo-se assim ao nível de leitura do
alfabetizando. li medida que se sucedem as séries, ampliam-se os textos (Coleção
Aprender com Alegria, Manual do Professor). Talvez aprendessem, também, que não é
necessário maquiar ou dissimular o conhecimento para torná-lo interessante ao aluno. Ao
contrário, é esta falta de substância intelectual dos autores e, em consequência, de seus
livros didáticos que muito contribuem para o fenômeno percebido por todos aqueles, de
alguma forma, relacionados à atividade escolar: a criança curiosa, atenta e interessada das
primeiras séries vai transformando-se num aluno desinteressado, entediado e
decepcionado à medida que avança sua escolaridade.
Embora os Programas de Saúde devam eminentemente revestir-se do
caráter preventivo, em alguns temas há falta de conhecimentos que poderiam embasar e
subsidiar as ações curativas, quando estas se fizessem necessárias. Exemplo nítido é a
abordagem das verminoses, onde não se menciona a importância do tratamento das
pessoas infectadas para o rompimento do ciclo de transmissão do parasita. Da mesma
forma ausentes encontram-se os conteúdos sobre soros. São de fundamental importância
os conhecimentos sobre os soros antitetânico e anti-rábico.
As coleções não abordam a saúde ou a doença segundo o enfoque das
influências dos fatores do ambiente - fisicos, biológicos, sociais e culturais. Talvez esta
seja a perspectiva mais indicada para que o indivíduo formule seus próprios conceitos.
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Dessa forma ele poderia avaliar, interpretar e integrar novos informações e adotar
conscientemente ações e comportamentos coerentes .
A predorninància absoluta dos exercícios de tipo cópia faz com que as
coleções analisadas limitem-se a explorar a habilidade mais elementar com relação ao
texto escrito, a identificação visual. Molina (1987) resume este tipo de atividade quando
diz que A afirmação é tomada, palavra por palavra, naforma literal do texto. Não são
evidência suficiente de compreensão, uma vez que podem ser respondidas emparelhando
seus elementos ortográficos ou fonéticos superficiais da comunicação original.
Sem dúvida, o período escolar ao qual se destinam as coleções,
caracteriza-se, dentre outros objetivos, pela aquisição e consolidação da capacidade e
habilidade de leitura e escrita. O lastimável é que, ao contrário do declarado nos manuais
para o professor, não seja aproveitada e estimulada nos alunos a capacidade de expressão
própria e criativa.
Outra deformação encontrada nas freqüentes questões do tipo Pergunte a
sua mãe sobre as vacinas que você já tomou ? é a subtração da capacidade de iniciativa
própria do aluno. Além disso, reforça a idéia de que qualquer autoridade é detententora
das informações, pelo fato de ser autoridade. Para se ter uma idéia da importància do
fenômeno, basta contabilizar o número de pessoas de nosso círculo de conhecimento que
adotam certos procedimentos ou argumentos porque o 'especialista' que apareceu no
último 'Fantástico' assim argumentou.
Em sua análise dos livros de ciências, Pretto (1985) também constata a
abundante presença de questões como as mencionadas acima.
Da maneira como se apresentam nas três coleções (para ressaltar nomes de
capítulo e temas), as ilustrações e o uso das cores parecem ter o objetivo primordial de
impressionar pais, alunos e professores, chamando a atenção para o colorido do livro e
promovendo sua venda, como observa Ferreira (1984). Também Witter (1981) ressalta
que não se justifica a inclusão de um elemento no material didático sem que tenha
alguma relação com o processo ensino-aprendizagem. Se a figura não exercer qualquer
controle sobre o repertório do aluno, não se justifica encarecer a produção do material
pela inclusão da mesma.
Considerando-se a falta de familiaridade visual com um ovo de lombriga
ou com um miracídio, ao contrário do que ocorre com laranjas ou automóveis, a inclusão
daqueles desenhos deve ser feita com mais rigor técnico. A estilização, neste caso, não
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tem nehuma razão de ser. Nesta linha, seria imperioso a consulta de obras especializadas
de parasitologia ou saúde pública, nas quais os autores poderiam encontrar
representações simples, mas fiéis.
Oliveira (1983), em estudo sobre os custos de produção, constata que a
utilização das ilustrações e o uso da cor no livro didático não são fatores desprezíveis .
Entretanto, este impacto é atenuado com tiragens acima de 30 mil exemplares.
De qualquer forma, urgem avaliações e modificações: para aperfeiçoá-las,
melhorarando sua qualidade gráfica, revisando a correção técnica e aprimorando sua
significação cognitiva ou suprimi-las. Um grande número dentre as atuais não faria falta,
ao contrário, talvez ajudasse a não aumentar a confusão causada por certos textos.
Infelizmente, ainda é imperioso admitir que as críticas feitas por Lins
(1977), de que os livros didáticos de português estavam acometidos do delírio
iconográfico, continuam atuais e válidas para as coleções analisadas. Chego à conclusão
que estas coleções também pertencem ao que denominou Disneylândia Pedagógica.
Após a análise, fica evidente que os volumes não proporcionam meios de
atingir os objetivos por eles mesmos propostos. Na orientação metodológica relativa à
área de estudos de Ciências e Programas de Saúde, que compõe o livro do professor da
Coleção Integrando o Aprender, encontro as seguintes considerações: Através do estudo
das ciências, o homem procura formular leis, compreender os fenômenos da natureza e
utilizar-se dos recursos naturais e tenta compreender a sua interação no ambiente. Para
a criança, estudar ciências significa conhecer o mundo que a cerca, entender a vida e o
porquê de cada fato. Sendo assim, a memorização não pode existir sem a pesquisa, a
obsenJação e a experiência. A curiosidade já existe na criança; cabe ao professor
aproveitar e manter esse interesse, levando-a a investigar e a procurar respostas,
interferindo apenas para fornecer informações e materiais necessários ao trabalho do
aluno. A medida que compreender os fatos, passará a respeitar a natureza e a valorizar
o ser vivo. Na Coleção Aquarela, verifico um plano de curso onde são listados dentre
outros objetivos instrucionais os seguintes: Identificar animais úteis ao homem,
Reconhecer a importância da alimentação, Reconhecer a necessidade de se formarem
hábitos de higiene mental e corporal, Identificar como as doenças contagiosas são
transmitidas, Reconhecer a importância do saneamento básico para a saúde. Na
coleção Aprender com Alegria os objetivos gerais da obra são os seguintes: Favorecer a
aquisição de técnicas e habilidades indispensáveis para a aplicação de conceitos na
resolução de problemas da vida prática, Propiciar ao aluno a aprendizagem de
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conceitos corretos, de acordo com uma sequência lógica e uma dosagem de dificuldades
que atendam aos diferentes níveis de seu aprendizado, Favorecer o desenvolvimento das
habilidades de observação, análise, julgamento, interpretação, síntese, de concluir e de
aplicar conclusões e conceitos na resolução de situações-problema do cotidiano .
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7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
7.1. Conclusões quanto aos Programas de Saúde apresentados nos
livros didáticos
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As coleções analisadas na presente dissertação apresentam os Programas
de Saúde baseados fundamentalmente em regras de higiene (corporal, mental, alimentar e
social) e de prevenção a algumas verminoses, doenças contagiosas e acidentes. Na
maioria das vezes, esses procedimentos são apresentados sem qualquer fundamentação
que os caracterizem como ações e escolhas conscientes. Se tal enfoque pode ser de valia
em campanhas temporárias e emergenciais, são totalmente contraproducentes e ineficazes
na perspectiva do curriculo escolar, que se propõe formador de indivíduos com
capacidade de análise e de crítica.
Nos volumes, o conteúdo dos Programas de Saúde é desenvolvido de
forma incompleta, inúmeras vezes com conceitos ausentes e mesmo informações
incorretas. Esses conhecimentos são apresentados como um aglomerado de fatos muito
mais propensos a estimular memorização do que compreensão dos princípios gerais,
capacidade de raciocínio, análise e critica do aluno. Além disso, são desenvolvidos quase
como uma ilustração das regras citadas acima.
° fato de se apresentarem desvinculados de situações e problemas reais e
significativos para os alunos pode introduzir a idéia dos Programas de Saúde puramente
teóricos e abstratos, que' servem, quando muito, para responder às questões de provas
escolares.
Ao considerar com certo rigor as quatro condições que caracterizam um
livro didático, apresentadas na INTRODUÇÃO, chego à conclusão que as coleções
analisadas não satisfazem tais exigências mínimas e não poderiam, portanto, nessas
condições, ostentar o título de 'livro didático'.
Para que o professor conseguisse superar as deficiências dessas coleções
(em termos de correção das informações, enfoque individualista, falta de relação com o
meio ambiente, caráter receituário, situações significativas para o grupo de alunos, dentre
outras), necessitaria de tal esforço que mais simples e fácil seria organizar as atividades
sem elas.
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7.2. Conclusões quanto à escolha dos livros didáticos
Tendo em vista a péssima qualidade dos livros analisados e a ampla
preferência que por eles demonstraram os professores quando da solicitação à F AE, no
PNLD - 1991, existem três hipóteses a considerar: (1) não há títulos melhores disponíveis
no Manual ou (2) os professores não estão avaliando os livros didáticos solicitados ou
(3) os professores não foram capazes de fazer uma avaliação satisfatória.
7.3. Recomendações
A importância do PNLD cresceu após a promulgação do texto
constitucional de 1988. No artigo 208, VII encontramos que o dever do Estado com a
educação será efetivado, dentre outros, mediante a garantia de atendimento ao educando,
110 ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático
pedagógico, transporte, alimentação e assistência à saúde.
Assim, é importante o aperfeiçoamento do Programa, não só em termos de
quantidade, mas, concomitantemente, de melhoria de qualidade do livro distribuído.
Além disso, o montante de recursos envolvidos não justifica a F AE como um mero
entreposto entre as editoras e os professores. Da mesma forma como é intolerável e
inimaginável a compra de alimentos deteriorados ou contaminados para o programa da
merenda escolar, a compra do livro didático merece mais atenção.
Os próprios objetivos do PNLD, que incluem o de buscar a elevação da
qualidade pedagógica e fisica do livro e tomar o professor um ativo participante nas
tarefas de análise, seleção e indicação do livro didático demonstram a importância de um
processo de avaliação mais criterioso e eficiente deste instrumento pedagógico.
Além disso, a importância do Programa no mercado editorial brasileiro
demonstra sua capacidade potencial de intervenção para o aperfeiçoamento dos livros
didáticos de 10 grau.
Contudo, tal ação deve pautar-se em dois princípios basilares, para evitar
erros do passado:
1. Não exercer ou se tomar um instrumento de censura ideológica ou
política e
2. Respeitar o direito de livre escolha dos livros didáticos pelos
professores.
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Feitas tais considerações, algumas sugestões poderiam ser esboçadas:
* A F AE, sem prejuízo de outras iniciativas de mesmo caráter, deveria
assumir a organização e coordenação do processo efetivo e regular de avaliação dos
livros didáticos inscritos no PNLD.
* A execução da avaliação dos livros didáticos, obrigatoriamente
multidisciplinar, deveria contar com a colaboração de especialistas das áreas
educacionais, das áreas de conhecimento de cada livro alvo, além de especialistas em
comunicação visual e editoração. Para isto, é condição essencial que a F AE articule-se
com as associações e conselhos profissionais e que estes sejam parte efetiva do processo.
* A avaliação dos títulos disponiveis deveria ocorrer visando objetivos a
curto prazo (corrigir as incorreções de conteúdo e ilustrações dos livros didáticos
existentes) e a médio e longo prazo (uma reformulação mais profunda quanto ao enfoque
e às metodologias neles utilizadas).
* Este processo de avaliação poderia ser realizado nos moldes das
consultorias ad hoc atualmente em uso pela CAPES e pelo CNPq, com previsão de
encontros e discussões periódicas.
* Os resultados dessas avaliações teriam a finalidade de subsidiar os
professores nas suas próprias análises dos livros didáticos e deveriam ser encaminhadas às
escolas, de forma clara e concisa, indissociada do Manual.
Mais importante que isto, entretanto, é o estímulo e a implementação das
atividades de análise e avaliação dos livros didáticos nos cursos de formação de
professores, tanto a nível de 2° quanto de 3° graus.
Ponta do Cacupé Grande, fevereiro de 1994.
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85 ..
•
•
ANEXO 1 - Figuras
..
•
86
Higiene e saúde
Para uma pessoa ter saúde, é necessário que seu corpo e sua mente estejam bem.
~I
Para termos boa saúde, precisamos ter bons hábitos de higiene.
Veja o que precisamos fazer para ter boa saúde:
J Lavar as mãos antes das refeições, após usar o sanitário e ao chegar da rua. , Escovar os dentes ao levantar, após as refeições e antes de dormir . J Cortar e limpar as unhas. ~ Tomar banho diariamente. • Comer nas horas certas e mastigar bem. j Alimentar-se com comidas variadas. ) Tomar sol, principalmente de manhã. , Praticar algum exercício físico: andar, jogar bola etc. ) Dormir oito horas por dia em quarto bem ventilado. ) Sentar-se corretamente. • Ler somente com boa iluminação. t Não usar roupas ou sapatos apertados. t Andar calçado .
252 fIgura 1 - Coleção Integrando oAprender, 28 série.
"
A baleia. vive na água.
-.",.. ... ~"....., '. , --- . ' ... ~ -' .-;1" ,. ..
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r
o jacaré vive tanto na terra como na água.
87
Alguns animais, como os pássaros por exemplo, vivem a maior parte do tempo no ar. Outros animais) chamados parasitas, vivem dentro do corpo dos animais. E o caso da lombriga.
220 ftgura 2 - Coleção Aquarela, la série.
..
•
)
88
·AÁGUA
~~~['J~~ -::-- i ~- .=&--L~~Ad_ 4-;;-Por que as pessoas, os animais e as plantas precisam
da água para viver? • A água mata a sede das pessoas e dos animais. • A água faz as plantas nascerem, crescerem e se desenvolve
rem. • A água é usada na higiene do corpo, dos alimentos e da ha
bitação . Onde a água é encontrada na natureza?
• A água é encontrada nos mares ou oceanos, nos rios, nos lagos, nas lagoas e nas nascentes.
Antes de ser bebida, a água precisa ser filtrada ou fervida. Assim ela se toma potável. A água potável não tem cheiro e nem cor.
Água poluída é a água que contém sujeiras. A água contaminada contém vermes ou micróbios. Os vermes transmitem doenças que podem causar até
a morte. A verminose é ~a doença que pode ser provocada pe
la água contaminada. A ágUa dos poços, dos reservatórios e das piscinas pre
cisa ser tratada com cloro ou cal, antes de ser usada.
164
figura 3 - Coleção Aprender com Alegria, ?
89
t
ANEXO 2 - Sumários das Coleções , ..
•
)
90
Coleçao Integrando o Aprender
1 a série: Cartilha 4 a 97 Português 98 a 135 Matemática 136 a 194 Estudos Sociais 195 a 233 Ciências e Programas de Saúde 234 a 255
1. O Sol - A Terra - A Lua 235 , 2. Os órgaos do sentido 236 3. Os seres - nascimento e desenvolvimento 237 4. As plantas 238 5. Os animais 241 6. Recursos naturais 248
< 7. Nutriçao 250 ... 8. Higiene e saúde 252 9. Agravos à saúde 253 10. O lixo 255
2a série: Português 4 a 96
" Matemática 97 a 180 Estudos Sociais 181 a 226 .. Ciências e Programas de Saúde 227 a 256
• 1. A Terra 228 2. Os recursos naturais 231 3. As plantas 235 4. Os animais 239 5. O corpo humano 247 6. A nutriçao 250 7. Higiene e saúde 252 8. Noçoes de saneamento básico 255
3a série: Português 4 a 97 Matemática 98 a 189 Estudos Sociais 190 a 235 Ciências e Programas de Saúde 236 a 272 ,.
1. A Terra 237
• 2. A água 247 3. O ar e o vento 249 4. As plantas 256
) 5. Os animais 259 6. Nutriçao 265 7. Higiene e saúde 267
91
...
8. N oçoes de saneamento básico 268 9. Verminoses 269 10. Primeiros socorros e como evitar acidentes 272
4a série: Português 4 a 100 Matemática 101 a 196 Estudos Sociais 197 a 290 Ciências e Programas de Saúde 291 a 320
1. Eletricidade 292 2. A combustao 297 3. O calor 298 4. A conservaçao dos recursos naturais 300 5. O corpo humano 303
I 6. Nutriçao 310 .. 7. Saúde fisica, mental e a participaçao social 312 8. Saneamento básico 313 9. Agravos a saúde dos seres vivos 315 10. Os primeiros socorros 318
Coleçao Aquarela
• la série: Língua Portuguesa 2 a 82 Matemática 83 a 160 Estudos Sociais 161 a 207 Ciências e Programas de Saúde 208 a 254
Nossos cinco sentidos 210 Os seres que nos cercam 214 Os animais 216 As plantas 230 Recursos naturais 236 Alimentaçao 242 Higiene e saúde 246
2a série: Língua Portuguesa 2 a 114 Matemática 115 a 192 Estudos Sociais 193 a 243 Ciências e Programas de Saúde 244 a 288
O espaço celeste 246 As plantas 256 Os animais 265 Higiene e saúde 276
92
38 série: Língua Portuguesa 2 a 138 Matemática 139 a 240 Estudos Sociais 241 a 302 Ciências e Programas de Saúde 303 a 352
A terra no espaço 302 A água 313 O ar 319 As plantas 329 Os animais 336 Higiene e saúde 342
48 série:
" Língua Portuguesa 2 a 150 Matemática 151 a 288 Estudos Sociais 289 a 412 Ciências e Programas de Saúde 413 a 448
Eletricidade 414 Combustao 420 Calor 422 O homem e os recursos naturais 424 O corpo humano 433 , Higiene e saúde 446
Coleçao Aprender com Alegria
18 série: Cartilha 3 a 86 Português 87 a 112 Matemática 113 a 158 Estudos Sociais 159a178 Ciências e Programas de Saúde 179 a 192
1. O nosso corpo 179 2. Os seres e os objetos 182 3. Os recursos naturais 183 4. As plantas 184 5. Os animais 187 6. Os alimentos 190 7. Higiene e saúde 191 8. Saúde e segurança 192
28 série: Português 3 a69 Matemática 70 a 127 Estudos Sociais 128 a 156
--- ._-_. __ ._-~------
93
Ciências e Programas de Saúde 157 a 176 1. ATerra, o Sol e a Lua 158 2. Os movimentos da Terra 159 3. As estaçoes do ano 160 4. Os nossos recursos naturais 160 5. As rochas e os minerais 161 6. O solo 162 7. O ar 163 8. A água 164 9. As plantas 165 10. Como se desenvolvem as plantas? 167 13. Os aniamais vertebrados 168 14. Os animais invertebrados 169 15. Os animais e o homem 170
~ 16. Os animais domésticos e os animais selvagens 171 .. 17. Como nascem e se desenvolvem os animais 171 18. O corpo humano 172
r 19. Os cinco sentidos 173 20. A alimentaçao 174 21. Higiene e saúde 174 22. Os cuidados com a saúde 175
• 23. Os serviços de saneamento 176
, 3a série: til( , Português 3 a 91 Matemática 92 a 150 Estudos Sociais 151a185 Ciências e Programas de Saúde 186 a 208
1. ATerra no sistema solar 187 2. A Terra, nosso planeta 188 3. Os estados da matéria 189 4. A água 190 5. Os estados fisicos da água 191 6. O ciclo da água na natureza 192 7. A superflcie terrestre 193 8. O solo 194 9.0ar 196 10. O vento 197
ti 11. A pressao atmosférica 198 12. A umidade do ar 199 13. A temperatura e a previsao do tempo 200 14. As plantas 201 15. As plantas se alimentam e se reproduzem 202 16. Os animais 203 17. Animais: utilidades e prejuízos 204 18. Animais: reproduçao 205 19. A nutriçao 205
---- -.----------~c_-_------------------- -.....,..", .. ,."."....----,---.---~--------
94 , ,
20. Higiene e saúde 206 21. Saneamento básico 207 22. As verminoses 208 23. Primeiros socorros 208
4a série: Português 3 a 100 Matemática 101 a 178 Estudos Sociais 179 a 276 Ciências e Programas de Saúde 277 a 304
1. A eletricidade 277 2. O calor 280 3. A combustao 281 4. Os recursos naturais 282 5. A cadeia alimentar 285 6. O corpo humano 286 7. Nutriçao 295 8. Higiene alimentar 296 9. Higiene e saúde 297 10. Saneamento básico 299 11. Doenças e vacinas 300 12. Primeiros socorros 303
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