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Roberto Numeriano
Ninguém nos ensina a amar,
Mas já nascemos com medo.
Medo de amar.
Ninguém nos ensina a amar,
Mas já nascemos com medo.
Medo de amar.
Porque o amor é solto,Queda no desconhecido,
Um grande soco na mesa,O rasgo de grito no escuro.
Porque o amor é solto,Queda no desconhecido,
Um grande soco na mesa,O rasgo de grito no escuro.
Quantos anjos se perdem porque
Recusamos suas asas?
Quantas estrelas se apagam porque não
acreditamos no brilho essencial?
Quantos anjos se perdem porque
Recusamos suas asas?
Quantas estrelas se apagam porque não
acreditamos no brilho essencial?
Quantos deuses, avatares, santos e
místicosDeixam de nos habitar porque caminhamos na sombra do medo?
Quantos deuses, avatares, santos e
místicosDeixam de nos habitar porque caminhamos na sombra do medo?
Porém, é preciso viver o medo...
Descarná-lo.Descobrir-lhe o veneno.
Tirar-lhe a máscara.
Porém, é preciso viver o medo...
Descarná-lo.Descobrir-lhe o veneno.
Tirar-lhe a máscara.
Porque, maior que a perda,É o medo de amar.
Porque, maior que a perda,É o medo de amar.
Mas não há perda absoluta se já não estivermos
Perdidos em nós mesmos.Pois não se cria sombra nas
trevas.Nem é possível semear luz mais brilhante que o Sol.
Mas não há perda absoluta se já não estivermos
Perdidos em nós mesmos.Pois não se cria sombra nas
trevas.Nem é possível semear luz mais brilhante que o Sol.
O que nos resta, então, é tudo:
Ver a vida como transição biológica,
cármica, transcendente...O que quiseres!
O que nos resta, então, é tudo:
Ver a vida como transição biológica,
cármica, transcendente...O que quiseres!
Ver a morte como um ponto, mísero ponto, diante
Da grandiosidade do que nos cabe
Sentir e viver.
Ver a morte como um ponto, mísero ponto, diante
Da grandiosidade do que nos cabe
Sentir e viver.
Não há doença.Não haverá mentira.
Não há desilusão ou revolta que Possa apagar na espécie
O brilho de amar.
Não há doença.Não haverá mentira.
Não há desilusão ou revolta que Possa apagar na espécie
O brilho de amar.
Amam, os miseráveis.Amam, os assassinos.Amam, os derrotados.Amam, os rejeitados.
Amam, até, aqueles que recusam ser amados...
Amam, os miseráveis.Amam, os assassinos.Amam, os derrotados.Amam, os rejeitados.
Amam, até, aqueles que recusam ser amados...
Oh, trágica condição humana!Amar, sob a ameaça da
perda.Descrer, quando somos a
própria luz.
Fugir, quando há sinais, no céu e na terra, chamando-nos
Para o grande encontro de amar.É urgente amar sobre todos os
medos.É preciso abrir o peito para o encontro
da luz.
Fugir, quando há sinais, no céu e na terra, chamando-nos
Para o grande encontro de amar.É urgente amar sobre todos os
medos.É preciso abrir o peito para o encontro
da luz.
Formatação: Miriam Catão
Texto: Roberto Numeriano
Imagens: Internet
Música:The Platters Smoke Gets In Your Eyes
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