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O aparecimento dos primeiros selos, em 1840, deram origem, poucos anos depois, ao aparecimento dos primeiros colecionadores, dos primeiros comerciantes e das primeiras revistas filatélicas, por volta dos anos 60 do século XIX. Estas proliferaram um pouco por todo o lado e foi raro o clube que não tivesse editado revistas. Atualmente, no contexto nacional e até mundial, torna-se proibitivo à maioria das Agremiações, dedicadas ao colecionismo, editarem revistas em papel, com uma edição de poucas centenas de exemplares, para envio aos seus sócios. Com o desenvolvimento das modernas tecnologias começaram a aparecer, um pouco por todo o lado, publicações de livros e revistas digitais tendo como ferramenta principal um computador. Em boa hora surgiu "O Mensageiro do Algarve", no panorama filatélico nacional. É uma revista publicada on-line, sem subsídios de qualquer espécie, fruto de muita carolice e trabalho dos elementos das Agremiações Filatélicas desta província que, numa união de esfor
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O Mensageiro do AlgarveO Mensageiro do AlgarveO Mensageiro do Algarve J U L H O 2 0 1 4J U L H O 2 0 1 4 P U B L I C A Ç Ã O P U B L I C A Ç Ã O T R I M E S T R A LT R I M E S T R A L —— A N OA N O I I I I N . º 6N . º 6
N E S T A
E D I Ç Ã O :
Philip de Ferrary
O maior filatelista do
Mundo
2
A Carreira Lisboa
Algarve a todo o Vapor
4
Atividades filatélicas no Algarve de Abril a Junho
12
Próximos eventos filatélicos
18
Outras notícias 22
EditorialEditorialEditorial O aparecimento dos primeiros selos, em 1840, deram origem, poucos anos
depois, ao aparecimento dos primeiros colecionadores, dos primeiros comercian-
tes e das primeiras revistas filatélicas, por volta dos anos 60 do século XIX.
Estas proliferaram um pouco por todo o lado e foi raro o clube que não tivesse
editado revistas.
Atualmente, no contexto nacional e até mundial, torna-se proibitivo à maioria das
Agremiações, dedicadas ao colecionismo, editarem revistas em papel, com uma
edição de poucas centenas de exemplares, para envio aos seus sócios.
Com o desenvolvimento das modernas tecnologias começaram a aparecer, um
pouco por todo o lado, publicações de livros e revistas digitais tendo como ferra-
menta principal um computador.
Em boa hora surgiu "O Mensageiro do Algarve", no panorama filatélico nacional.
É uma revista publicada on-line, sem subsídios de qualquer espécie, fruto de
muita carolice e trabalho dos elementos das Agremiações Filatélicas desta pro-
víncia que, numa união de esforços, resolveram lançar-se neste desafio.
A edição trimestral permite dar-lhe uma panorâmica das atividades realizadas
durante os últimos três meses e noticiar o programa para o trimestre seguinte
incentivando os colecionadores no Algarve.
Com o seu envio para largos milhares de endereços o Mensageiro contacta
grande número de filatelistas e de instituições que, de outro modo, não teriam
informação sobre a nossa atividade filatélica. Provavelmente será a revista filaté-
lica portuguesa mais lida em todo o mundo.
Não podemos deixar de destacar dois eventos relevantes levados a efeito, neste
trimestre, no Algarve. Em Abril a Mostra Filatélica dedicada ao Mar, pelo Núcleo
de Filatelia Juvenil de Armação de Pêra – “O Bichinho do Selo", que está integra-
da na Escola E. B. 2/3 Dr. António Costa Contreiras de Armação de Pêra e, em
Junho, o II Encontro Int. de Colecionismo de VRSA pela Sec. de Colecionismo
da Assoc. Humanit. dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António.
Entramos num novo trimestre e prepara-se a quinta Algarpex, um marco impor-
tante da Filatelia do Algarve, no próximo mês de Setembro. Aproveitando o acon-
tecimento assinalam-se, também, os 150 anos da criação da palavra "Filatelia"
pelo francês Herpin, no ano de 1864, palavra que foi imediatamente adotada.
Efeméride esquecida em Portugal a merecer ser referenciada.
Com este sexto número de "O Mensageiro do Algarve" e o sétimo já em prepara-
ção, esperamos continuar a não desiludir os nossos leitores dos quais aguarda-
mos, com toda a satisfação, as suas opiniões e sugestões.
Philip Ferrary de la Renotière é considerado o maior
filatelista de todos os tempos. De origem genovesa,
nasceu em Paris, no Palácio de Matignon (atual
residência do Primeiro Ministro Francês), em 11 de
janeiro de 1850, filho dos duques da Galliera e neto do
embaixador da Sardenha em França.
A mãe de Ferrary, a Duquesa de Galiera, após a morte
do marido o Barão de Ferrary, propôs a Philip a ocupação da parte direita
do Palácio Matignon que ocupa até à sua partida para a Suiça, em 1914. A
Duquesa desencantada com o ambiente que se vivia em Paris, saiu da
cidade e deixou o Palácio ao Imperador Austro-hungaro, que fez dele a sua
embaixada em França. Ferrary renunciou a todos os títulos e pediu para ser
adotado pelo Conde de La Renotière, austríaco, passando a ter nacionali-
dade austríaca. A partir daí, preferiu o nome, "Ferrary". Nos seus cartões
de visita lê-se "Philip de Ferrary". Entre colecionadores e comerciantes, em
geral, foi sempre referido como "Ferrary".
Apesar de ter renunciado a todos os títulos, herdou, após a morte dos pais,
uma enorme fortuna, tanto parte da mãe como do pai que era o acionista
principal da Sociedade dos Caminhos de Ferro e fundador do Crédito Imo-
biliário de França, fortuna de cerca de 120 milhões de francos franceses.
Incentivado pela sua mãe, inicia-se no colecionamento de selos aos 18
anos. Como colecionador compulsivo, permite-se comprar todas as peças
únicas e muito raras tanto em selos como em moedas, que iam
aparecendo, pagando preços.
Em 1874 contrata Pierre Mahé, importante distribuidor de selos de Paris e
grande especialista filatélico, para organizar e manter a sua coleção, cargo
este que ocupa até à sua morte, em 1913, coadjuvado por duas
secretárias.
P Á G I N A 2
Philip de FerraryPhilip de FerraryPhilip de Ferrary
O maior filatelista do MundoO maior filatelista do MundoO maior filatelista do Mundo
O M E N S A G E I R O D O A L G A R V E
Philip de Ferrary
Selo emitido pelo Liech-
tensten em 1968 sobre
Philip de Ferrary
Com o início da 1.ª Guerra Mundial e em virtude da simpatia que nutria pelos países
da Europa Central e a sua antipatia pela França, fixa residência em Lausane e
naturaliza-se suíço.
Em 1915 pretende regressar a França para junto da coleção que deixara em Paris
mas, na fronteira, foi-lhe impedida a entrada.
Magoado pelo impedimento de regressar a França, faz um testamento em Lausane
e decide doar a sua coleção ao Museu Postal de Berlim. Ferrary vem a falecer na
Suíca, vítima de ataque cardíaco, a 20 de Maio de 1917.
A coleção, que guardava em Paris, foi confiscada como reparação pelos danos de
guerra, devido à sua nacionalidade suíça. Era contituída por mais de 375.000 selos
e 80.000 inteiros postais, espalhados por centenas de albuns. O enorme conjunto
foi leiloado entre 1921 e 1926, em 14 de vendas separadas, alcançando, as vendas,
cerca de 1.600.000 dólares.
Do seu acervo faziam parte os selos mais raros do mundo. Destacamos, entre mui-
tas outros, o "one-cent magenta" da Guiana Inglesa, o único exemplar do
"Treskilling Yellow" (três schilling amarelo em cor branca) da Suécia de 1857, o
"Two Cent Hawaii Missionary of 1851" do Havai, o tête-beche horizontal dos
"Barquitos"da Argentina. Hoje estão depositados em cofres como investimento
seguro ou espalhados por inúmeras boas coleções onde ostentam, orgulhosamen-
te, a designação "ex-Ferrary", aumentando consideravelmente a sua importância e
valor. Quando vendidos em leilão atingem valores elevadíssimos.
Na numismática reuniu, também, uma grande coleção de moedas raras. A coleção
de moedas britânicas e das colonias foi vendida, em leilão realizado em Londres
com 710 lotes e 15 placas, de 27 a 31 março 1922. Do resto da coleção, onde pre-
dominavam as moedas francesas e as antigas e raras, as vendas foram realizadas
em Paris.
Philip Ferrary era tímido, muito excêntrico e nunca teve uma profissão. Considerado
um dos homens mais ricos do seu tempo, viajava muito, falava várias línguas e a
sua grande paixão era o colecionamento de selos. Vivia modestamente, sem luxos,
vestia por vezes roupas já muito usadas. Não deixa descendentes diretos. No seu
testamento, além de doar a sua coleção de selos ao Museu Postal de Berlim, deixa
a sua grande fortuna a 50 pessoas e a onze municípios com doações ou legados. O
após guerra e a localização de muitos dos seus bens em certos países impediu, em
grande parte, a plena concretização da sua vontade. testamentária.
António Borralho
P Á G I N A 3 P U B L I C A Ç Ã O T R I M E S T R A L — A N O I I N . º 6
“Do seu acervo
faziam parte (…)
"one-cent
magenta" da
Guiana Inglesa, o
único exemplar
do "Treskilling
Yellow" (três
schilling amarelo
em cor branca)
da Suécia de
1857, o "Two
Cent Hawaii Mis-
sionary of 1851"
do Havai, o tête-
beche horizontal
dos
"Barquitos"da
Argentina.
P Á G I N A 4
“Em 1798,
surgiriam as
primeiras ligações
terrestres regulares
entre Lisboa e
Coimbra, a Mala
Posta”
O M E N S A G E I R O D O A L G A R V E
A Carreira Lisboa AlgarveA Carreira Lisboa AlgarveA Carreira Lisboa Algarve
a todo o vapora todo o vapora todo o vapor No início de século XIX, as estradas em Portugal não só eram bastantes
incipientes, como a maior parte das ligações entre as localidades eram
servidas por caminhos que os próprios habitantes “construíram” pelo seu
próprio caminhar através do pisar contínuo e repetitivo, alterando-o cons-
tantemente conforme as condições do tempo o permitiam, excepção feita,
claro está, entre as principais cidades. Estas estavam ligadas por estradas,
leia-se caminhos, sem condições para circulação e à mercê de salteado-
res, o que dificultava a deslocação de pessoas, correio e bens entre as
localidades. D. Maria I haveria de nomear José Diogo de Mascarenhas
Neto como Superintendente Geral das Calçadas e Estradas em 1791, mas
as condições de circulação pouco melhoraram e as prioridades surgiram
sobretudo no norte e centro do
país.
Em 1798, surgiriam as primei-
ras ligações terrestres regula-
res entre Lisboa e Coimbra, a
Mala Posta, outras foram apa-
recendo mas quase todas elas
a norte do Rio Tejo, e excep-
ção seria a ligação Aldeia Galega (actual Montijo) até Badajoz, seria esta a
nossa única ligação à Europa através de diligência.
Com a conclusão da ligação ferroviária entre Lisboa e Vila Nova de Gaia a
7 de Junho de 1864, assegurava-se uma ligação mais rápida entre as duas
principais cidades do Reino, passando o transporte das malas de correio
de norte para sul e vice-versa de correio a ser assegurado por caminho-de
-ferro, uma vez que, já em 5 de Maio de 1860 seria aprovado por Carta de
Lei o contrato entre o Governo e a Companhia Real dos Caminhos de Fer-
ro, onde se assegurava o transporte gratuito de malas e respectivos con-
dutores nos comboios de maior velocidade.
O Serviço de Mala Posta
Deixo para o fim as ligações marítimas, embora desfasadas da cronologia das ante-
riores, já que estas irão ser o objecto deste escrito.
As ligações entre as cidades de Lisboa e do Porto surgiriam a 9 de Junho de 1821,
data em que o vapor “Duque de Palmela” fez pela primeira vez esta viagem, levando
quatro dias a percorrer a distância entre as duas cidades. As ligações a sul, só se
iniciariam a 23 de Julho de 1854.
As regiões a sul de Lisboa, o Alente-
jo e o Algarve, muito mais despidas
de população e economicamente
mais débeis, eram muito pouco
atractivas para as empresas de
navegação, no entanto não obstou a
que desde 1852 se iniciassem os
contactos para a criação de uma
empresa de explorasse a rota do sul.
Projectos havia-os, apoios financeiros
do governo para os viabilizar, também, só que demoraram a passar do papel à práti-
ca. Por esta altura, na capital chegou mesmo a ser publicado numa revista, a Revista
Popular, editada por Joaquim Henrique Fradesso da Silveira um prospecto que circu-
lou em Lisboa, do qual transcrevemos apenas alguns trechos e que se intitulava
“Empresa de navegação a vapor”: “Tomando em consideração as grandes vantagens
que podem resultar do commercio à navegação, à agricultura e à industria fabril de
Portugal pelo estabelecimento de uma empreza de navegação a vapor, que, tendo o
seu principal assento nesta capital, e ramificações em quaisquer outras partes do rei-
no, pozesse gradualmente n’um contacto mais intimo, primeiro de tudo os portos
mais importantes do paiz, despertando-os do lethargo em que actualmente jazem,
estendendo a empreza mais tarde as suas carreiras tambem até portos estrangeiros,
offerecendo ao mesmo tempo ao publico mais commodidade, decendia e rapidez
para as suas viagens, e o transporte de mercadorias, emcommendas e correspon-
dencias – resolvendo os abaixo-assignados formar uma companhia de accionistas,
combinando preliminarmente e com a reserva, que na primeira reunião de assignan-
tes tudo aquilo que nos seguintes artigos diz respeito ao futuro regulamento interno
da companhia, será submettido á discussão e final determinação da mesma reunião,
nas seguintes condições primitivas:
P Á G I N A 5 P U B L I C A Ç Ã O T R I M E S T R A L — A N O I I
“As regiões a
sul de Lisboa, o
Alentejo e o
Algarve, muito
mais despidas
de população e
economicamen-
te mais débeis,
(…)”
Rebocador a vapor “Veloz” de 1864, contemporâneo
dos Barcos a Vapor da carreira do Algarve.
P Á G I N A 6
“Foi uma outra
empresa, a
“Empreza de
Navegação a
Vapor” que, pela
primeira vez operou
nos portos do sul
(…)”
Art. 1º A tencionada empreza tem por fim estabelecer gradualmente
carreiras de vapores que o bem do paiz exige, e que por isso serão deseja-
das tanto pelo governo como pelo publico; a empreza se denominará Lusi-
tânia, e as suas carreiras começarão com um vapor de rodas de pouco
mais ou menos trezentas toneladas de arqueação e de uma força de oiten-
ta cavallos, percorrendo este vapor em dias determinados e com toda a
regularidade que for possivel, os principaes portos da costa desde Lisboa
até Vila-Real de Santo António”.A este articulado, seguiam-se mais nove
artigos que determinavam não só as condições de subscrição como tam-
bém as condições da futura gerência dessa empresa.É ainda conhecido o
orçamento para este investimento, que vinha apenso a este regulamento e
assinado por Christiano Schuster e do qual nos ficamos somente pelos
seus totais:
Total da receita annual 15:685$000
Total de despeza annual: 12.185$000
Obtendo-se assim um Lucro Líquido de 3:500$00 (trinta e cinco contos de
reis), o que corresponderia, ainda segundo Christiano Schuster, um resul-
tado líquido de 10% do Capital da Companhia, não estando aqui incluídas
a deterioração do vapor que se previa ser de 10% do seu valor e ainda de
5% referente aos encargos com o seguro. Cedo se começaram as fazer
projectos, mas esta empresa nunca haveria de ser constituída.
Foi uma outra empresa, a “Empreza de Navegação a Vapor” que, pela pri-
meira vez operou nos portos do sul. A primeira viagem, como dissemos, só
se realizaria a 23 de Julho de 1854, embora a viagem do vapor “D. Fernan-
do”, o vapor que primeiro operou para o Algarve, estivesse prevista para o
dia anterior. Este vapor tinha uma força de 120 cavalos e, logo na sua pri-
meira viagem para o Algarve transportou as malas de correio, sendo a
publicidade da saída destas malas de Lisboa sido publicada nos jornais
desta cidade por ordem da Administração Geral do Correio de Lisboa.
Também no regresso, foram várias as malas de correio, correspondente
aos locais de escala deste vapor.
A variedade de preços praticados distribuía-se por três classes, 1ª Câmara,
2ª Câmara e Convés, oscilando consoante a distância e a classe, havendo
descontos, com desconto para menores e restrições de bagagem.
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Não permaneceu por muito tempo a Empreza de Navegação a Vapor, nesta carreira,
a “Companhia Lloyd Lusitano” viria a substituí-la nas viagens para o Algarve. Esta
companhia, viria os seus estatutos aprovados em 30 de Novembro de 1854, que
incluíam a lista de subscritores, pedidos de subsídio ao Governo, inquérito à situação
financeira e por fim o Auto de Vistoria do vapor “D. Fernando”. O alvará de funciona-
mento foi concedido a 20 de Dezembro do mesmo ano, para “fazer navegar um ou
mais barcos movidos a vapor, do porto de Lisboa para os do Algarve ou de outros
quaisquer, cuja navegação de futuro possa convir aos interesses dessa Companhia”.
Para esta Companhia foram transferidos os activos e efectivos da anterior Compa-
nhia e começaria a operar nesta rota em 24 de Julho de 1855 com um novo vapor, o
“Algarve”, um vapor novo, construído em Glasgow, com uma tonelagem de 181 tone-
ladas e 60 cavalos de potência, mas de muito má concepção, já que os defeitos eram
tantos que não chegou a ser utilizado um ano inteiro. Em 12 de Abril do ano seguinte
ao ano de estreia entrou no Tejo para não mais navegar.
À semelhança da anterior empresa, também nesta os preços praticados distribuía-se
agora por três classes, Câmara e Convés, oscilando consoante a distância e a clas-
se, com e restrições no transporte de bagagens.
Na primeira viagem fez escala em Setúbal, deixando, nas viagens seguintes, de utili-
zar este importante porto à entrada do Rio Sado.
Porque, a Companhia Lloyd Lusitano se viu privada do vapor “Algarve” e, como havia
adquirido todos os activos da anterior Companhia, viu-se obrigado a recorrer nova-
mente de um dos vapores que eram pertença dessa Companhia, o “D. Fernando”
que em Maio de 1856, retornou novamente à carreira do sul, permanecendo aqui
durante pouco mais de dois anos, mas com intermitência nestas viagens e parando
durante o Inverno. Estas viagens nunca tiveram grande afluência, apenas algumas
dezenas de pessoas a utilizavam regularmente, no entanto numa dessas viagens,
em 18 de Abril de 1858, transportou cerca uma centena pessoas de pessoas, o máxi-
mo alguma vez atingido por este vapor e por esta Companhia, que se dirigiram a Lis-
boa para ali assistir ao casamento real entre El-Rei D. Pedro V e D. Estefânia.
Uma avaria (quase irreversível) nas máquinas em 27 de Julho desse ano, haveria de
o encostar (quase) em definitivo, tendo entrado no Tejo a reboque do Vapor de Guer-
ra “D. Luiz”. Esta avaria no “D. Fernando” arrastou também consigo a própria Compa-
nhia Lloyd Lusitano que cessou a sua actividade e entrou em liquidação.
P Á G I N A 8
“Recuperou o vapor
“Algarve”,
rebaptizando-o agora
de “Tejo (…)”
O M E N S A G E I R O D O A L G A R V E
Com o fim desta companhia, surgiu no mercado uma outra, a “Companhia
União Mercantil”, constituída em 1858, com estatutos aprovados em 10 de
Maio desse ano, com o objectivo de estabelecer carreiras de barcos movi-
dos a vapor entre Lisboa e os portos dos Açores de África Ocidental
(publicados em Decreto Lei de 14 de Maio). Esta Companhia, não só que-
ria explorar a carreira do Algarve, como se propunha ainda explorar duas
outras carreiras, para as Ilhas Atlânticas e para África sendo somente
estas últimas que constavam dos seus estatutos iniciais. Envolvida desde
o início em negócios mais ou menos dúbios que viriam a ter consequên-
cias anos mais tarde, adquiriu o património da anterior. Por decreto assi-
nado a 1 de Setembro de 1858, foi autorizada a estabelecer carreiras
regulares, por barcos movidos a vapor, entre Lisboa e os portos do Algar-
ve, nos termos da auctorisação concedida ao Governo pela Carte de Lei
do 1º de Março d’este anno.
Os Directores desta Companhia, auctorisam o Illmo. Sr. Cândido Freitas e
Abreu, gerente da mesma Companhia, para outorgar no Contrato com o
Governo de Sua Magestade Fidelissima, para a navegação a vapor entre
Lisboa e os portos do Algarve, nos termos da respectiva proposta.
Nos termos do contrato, logo na Cláusula 1ª, constava “A Companhia
União Mercantil obriga-se a estabelecer a navegação regular, por barcos
movidos a vapor, entre Lisboa e os portos de Vila Nova de Portimão,
Olhão, Tavira, Villa Real de Santo Antonio e Sines, sempre que o tempo o
permitir”, para logo na Cláusula 4ª acrescentar “Obriga-se igualmente a
conduzir gratuitamente as malas de correio e a correspondencia official do
Governo, e a transportar os passageiros do Estado e o material de guerra
por metade dos preços das tabellas das passagens e cargas”. Ainda nos
termos deste contrato, o Governo comprometia-se a pagar um subsidio
annual de 9:600$00 reis, em prestações mensaes, depois de realisadas as
viagens, em vista de documento authentico. (Clausula 7ª), cessando este
pagamento em caso de incumprimento.
Recuperou o vapor “Algarve”, rebaptizando-o agora de “Tejo”, utilizando-o
numa fase posterior na carreira do Algarve e, nesta carreira utilizou ainda
os seguintes vapores: “Vesúvio”, que vinha sendo utilizado na carreira Lis-
boa/Porto, fez sete viagens ao Algarve entre Janeiro e Março de 1859;
seguiu-se-lhe o “Tejo” que foi utilizado de Abril a Junho do mesmo ano; o
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“Freia”, um navio que embora viesse para satisfazer as carreiras portuguesas, viajou
sempre sob a bandeira e comando ingleses.
O “Freia”, iniciou a sua actividade na carreira da Madeira, fez a sua estreia para o
Algarve em 18 de Outubro de 1859, mantendo-se nesta carreira até início do ano
seguinte; Seguiu-se o “D Luiz”, como quem diz, continuou tudo na mesma, uma vez
que o “D. Luiz” não foi mais do que o rebaptizar do “Freia” com aquele nome, mas
agora sob bandeira portuguesa. Reiniciou as viagens em 30 de Março de 1860 e foi
com este navio que se trouxe a normalidade às carreiras para o Algarve com uma
cadência de três viagens mensais com a lotação a variar entre as fracas lotações e
as lotações a atingir a centena.
Uma outra empresa que operou para o
Algarve foi a empresa “Alonso Gomes
& C.ª – Empresa de Navegação a
Vapor para o Algarve e Guadiana”, com
representação em Lisboa pela firma
“Alberto B. Centeno & C.ª”, com quem
mais tarde se associou e no Porto com
a firma José de Sousa Faria, actuando
estas firmas como agentes. Efectuou,
duas vezes por mês, a viagem de Lis-
boa para o Algarve, nos vapores da
sua companhia que se denominavam
“Gomes 1.º” a “Gomes VIII”, fazendo
também a viagem fluvial do Guadiana, ligando os portos de Vila Real de Santo Antó-
nio, Alcoutim, Pomarão e Mértola, fazendo transbordo de passageiros com a diligên-
cia Beja/Mértola, condicionada esta viagem às condições das marés.
Alonso Gomes, era natural de Mértola e filho de imigrantes espanhóis, onde se dedi-
cou à exploração mineira no Distrito de Beja, iniciou a carreira fluvial do Guadiana,
primeiramente para escoamento de minérios, fundando fundando para isso uma
Empresa de Navegação, mas porque foi bem sucedido nesta tarefa, foi convidado
pelo Governo para estabelecer uma carreira entre Lisboa e o Algarve, o que efectiva-
mente veio a acontecer, mercê de um contrato assinado com o Governo de Sua
Majestade, em 6 de Outubro de 1874. Para assegurar esta carreira viu-se na neces-
sidade de adquirir navios de maior porte, passando então a assegurar, não só a car-
reira marítima como também a fluvial.
P Á G I N A 1 0
“Não temos
conhecimento de
qualquer marca
postal marítima
específica utilizada
nestas carreiras
(…)”
O M E N S A G E I R O D O A L G A R V E
Durante o período que esta Companhia operou, Alonso Gomes adquiriu
oito navios, os quais baptizou de “Gomes 1º” a “Gomes VIII”, sendo que o
primeiro operou unicamente na carreira do Guadiana.
No contrato assinado com Governo, assegurava o transporte de correio,
desde Mértola para o Algarve e posteriormente para Lisboa
Reservamos para outro número de “O Mensageiro do Algarve”, uma análise
mais detalhada desta Carreira Fluvial.
Temos conhecimento que outros barcos fizeram viagens para o Algarve, de
forma esporádica e sem qualquer formalização contratual com o Governo.
Há ainda a notícia de uma companhia de navegação denominada
“Companhia Algarviana de Navegação a Vapor”, que terá operado por volta
de 1854, de que se conhecem os livros de accionistas, de actas e de caixa,
companhia esta que terá não só operado no Algarve, como também numa
ou noutra viagem a Lisboa. Até à presente data não conseguimos apurar se
nos seus activos constavam alguns barcos ou se operavam com barcos de
outras companhias.
Não será demais ainda referir, que todas estas viagens, até mesmo aquele
vapor que viajava sob bandeira inglesa, transportaram correio e mercado-
rias, facilitando grandemente a distribuição do correio de e para o Algarve.
Não temos conhecimento de qualquer marca postal marítima específica
utilizada nestas carreiras, sendo até mesmo muito improvável a sua exis-
tência, uma vez que as malas eram trocadas nos portos de partida ou desti-
no, sem que qualquer condutor nomeado dela Administração Geral do Cor-
reio as acompanhar. Muita da correspondência trocada entre o Algarve e as
outras partes do Reino, durante o período destas carreiras, possuidoras ou
não das marcas então em uso foram transportadas por alguns destes vapo-
res.
Conhecemos, no entanto uma carta circulada de Lisboa para Lagos, com a marca
manuscrita “Pelo Vapor D. Luiz”, datada de 20 de Agosto de 1861 (Carimbo
circular com cercadura de data amovível, não catalogado em Frazão) e
selada com selo de 25r (CE2), inutilizado pelo carimbo da 1ª Reforma Pos-
ta nº 1 (Lisboa). Carimbo de chegada a Lagos (carimbo de LGS 4, catálogo
Frazão). Foto retirada, com a devida vénia, do catálogo do Leilão de
“Grosvenor philatelic auctions”, cuja legenda incluímos conforme ori-
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-ginal: Venda: 25r Portugal: Correio marítimo: Lisboa: Correio marítimo interno: 1861
(20 de agosto) carta para envio de Factura de Lisboa a Lagos'' Pelo vapor D. Luís'',
franqueada 25r (1856-1858), boas margens, com carimbo tipo 2 Lisboa oval e oval
emoldurado de ''LAGOS''. Vendido por £ 90.]
Alguns dos barcos que fizeram a carreira Lisboa – Vila Real de Santo António
Outras viagens ao Algarve fora das carreiras regulares:
Era minha intenção, ilustrar o artigo com, pelo menos, um ou dois barcos que viajaram ao Algar-
ve, mas tal informação, apesar de solicitada, não me foi fornecida, em tempo útil, pelas autorida-
des competentes.
Francisco Matoso Galveias
Bibliografia Consultada:
CARDOSO, Eurico Carlos Lage – História dos correios em Portugal em datas e ilustrada, Ed.
Do Autor, Lisboa 1999.
GALVEIAS, Francisco Matoso – Cabotagem do Sul – Os Barcos, os Passageiros e o Correio,
Catálogo da ALGARPEX 2011 – 2ª Exposição Filatélica do Algarve, Vila Real de Santo António
12 a 17 de Dezembro de 2011.
VIEIRA, Armando Mário O. – Subsídios para a História do Correio Marítimo Português, Ed. Do
Núcleo Filatélico do Ateneu Comercial do Porto, Lisboa 1988.
CATÁLOGO nº 89 da Grosvenor Philatelic Auctions
INTERNET, Diversos Sites
LEGISLAÇÃO do Ministério das Obras Públicas, Comércio e indústria, Setembro de 1858
Visconde de Athouguia 15/3/1860 (a Lagos)
Torre de Belem 26/4/1863 (a vários portos do Algarve)
13/5/1863 (a Faro)
D. Fernando 23/7/1854 a Set/1854
Algarve 24/7/1855 a 12/4/1856
D. Fernando 17/5/1856 a 27/7/1858
Vesúvio (anteriormente Quinta do Vesuvio) Janeiro/1859 a Março/1859
Tejo (ex-Algarve) 30/4/1859 a 23/7/1859
Freia 18/10/1859 a início de 1860
D. Luiz (ex-Freia) Março de 1860 a 27/5/1864
Gomes 1º a Gomes VIII A partir de 6 de Outubro de 1874
P Á G I N A 1 2
Promovida pelo Núcleo de Filatelia Juvenil de Armação de Pêra – “O Bichi-
nho do Selo, que está integrada na Escola E. B. 2/3 Dr. António Costa
Contreiras de Armação de Pêra – Agrupamento Silves-Sul, realizou-se de
17 a 21 de Março, na Antiga Escola Primária, uma Mostra Filatélica dedica-
da ao Mar.
Estiveram patentes um lote de colecções dos elementos daquele Núcleo
que deliciaram todos os que as puderam apreciar. A coordenadora do
Núcleo, Manuela Lourenço, juntou à sua volta entre outras, a Alexandra
Jara, a Ana Vieira, a Ariana Dias, a Luana Chicambi, a Margarida Carvalho
e o Tomás Ferreira para apresentarem as suas colecções, bem como uma
colecção colectiva do próprio Núcleo. Colecções simples, mas bem estru-
turadas, adivinhando-se que em breve as veremos
O M E N S A G E I R O D O A L G A R V E
Mostra Filatélica - Tema Mar
Núcleo de Filatelia do Agrupamento Silves Sul
“O Bichinho do Selo”
Atividades filatélicas no Algarve de Atividades filatélicas no Algarve de Atividades filatélicas no Algarve de Abril a JunhoAbril a JunhoAbril a Junho
Sobrescrito comemorativo circulado com selo personalizado elaborado para o efeito
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noutros locais, esperamos nós, quiçá mesmo, fora do Algarve. O grupo de jovens fila-
telistas estavam em peso, como que para dizer aos visitantes, estamos aqui e quere-
mos continuar. Também os coleguinhas de Estoi, os “Amiguinhos dos Selos”, se fize-
ram representar nesta Mostra, onde o Diogo Fernandes, a Ana Varela, o Leandro
Baião, a Letícia Brito e a Eva Anjos, apresentaram as suas colecções, tendo também
sido apresentado uma colecção colectiva de todo o grupo.
No local, funcionou um Posto de
Correio, provida de um Carimbo
Comemorativo, representando uma
Caravela, onde a funcionária dos
CTT, a D. Maria José quase não
teve as mãos a medir, para satisfa-
zer todos os pedidos.
Como a Mostra Filatélica foi dedica-
da ao Mar, a organização fez emitir
um selo personalizado que nos
mostra o mar de Armação de Pêra.
Enquanto estivemos presentes, e foi um alargado espaço de tempo, a sala esteve
sempre cheia, tendo, na altura a exposição sido visitada pelo Sr. Presidente da Junta
de Freguesia de Armação de Pêra, o Sr. Ricardo Pinto, esperando para mais tarde a
visita do Sr. Director do Agrupamento de Escolas Silves-Sul.
Um aspecto do posto de correio
Jovens do Núcleo de Filatelia do Agrupamento Silves-Sul “O Bichinho do Selo”
P Á G I N A 1 4
O M E N S A G E I R O D O A L G A R V E
O Núcleo de Filatelia de Faro - ATAF associou-se às comemorações dos
40 anos do “25 de Abril”.
Para tal propôs ao Município de Faro a realização de uma mostra filatélica
itinerante pelas escolas sede de Agrupamentos no Concelho de Faro. Des-
de já agradece-se a Luís Brás, José Pintado e Francisco Paiva que disponi-
bilizaram as suas coleções para estarem presentes nas seguintes escolas:
Escola Secundária Pinheiro e Rosa;
Escola Secundária João de Deus;
Escola EB 2/3 Poeta Emiliano da Costa;
Escola EB 2/3 Afonso III;
Escola EB 2/3 Montenegro.
Destaque-se a boa aceitação que tivemos a esta proposta por parte do
Município de Faro e dos Agrupamentos de Escolas. Refira-se ainda que
juntamente com estas exposições está a decorrer uma campanha de anga-
riação de mais associados para o Núcleo Filatélico Infanto/Juvenil "Os Ami-
guinhos dos Selos", destaque-se também o apoio dos CTT Correios de
Portugal que para além do apoio que dá quer ao Núcleo de Filatelia de Faro
- ATAF e ao Núcleo Infanto Juvenil "Os Amiguinhos dos Selos", decidiu
colaborar nesta mostra filatélica itinerante disponibilizando folhas de selos
para serem oferecidas aos alunos que visitaram as exposições quer indivi-
dualmente quer em grupo na companhia dos seus professores.
Não podíamos terminar esta notícia sem referir o apoio do Dr. Vilhena Mes-
quita que lançou em primeira mão o repto para esta mostra filatélica itine-
rante e que na reunião do NFF - ATAF que se realizou 03 de Julho, p.p.
decidiu-se encetar contatos com o Município de Faro para programar um
conjunto de mostras filatélicas, sobre temas pertinentes para serem apre-
sentadas no próximo ano letivo em diferentes escolas do Município de
Faro.
Mostra Filatélica itinerante “25 de Abril”
(por várias escolas do Concelho de Faro)
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Na Loja CTT Cerro de Alagoa, em Albufeira, funcionou no dia 7 de Maio de 2104 um
Carimbo Comemorativo dedicado à AIPSP – Amicale Internationale des Postiers des
Stands Philateliques.
Sem outra qualquer manifestação que não fosse a apresentação do carimbo, estive-
mos no local e, logo ali, começámos a indagar o que seria esta Associação.
Contactados os Serviços de Filatelia dos CTT, logo nos puseram em contacto com
os promotores do evento e, ficámos a saber que se tratava de uma reunião anual da
Associação dos Expositores Filatélicos Internacionais dos Correios.
Mas o que é esta Associação.
Durante a Exposição JUVALUX 1998, realizada no Luxemburgo, os
encarregados dos Stands oficiais das Administrações Postais presentes,
delinearam a constituição de uma Associação que reunisse no seu seio
estes representantes de Administrações Postais, o que veio a concretizar-se no ano
seguinte.
Desde então, com uma cadência, mais ou menos anual, têm reunido alternadamente
nos países aderentes, foi o que aconteceu desta vez e, em Portugal que, com o
apoio dos CTT, conseguiu reunir 38 participantes na cidade de Albufeira.
Sobrescrito particular circulado com carimbo
comemorativo elaborado para o efeito
Os participantes no encontro, durante uma
visita ao Farol de Sagres
Carimbo Comemorativo
(AIPSP - Amicale Internacionale des Postiers des
Stands Philateliques)
P Á G I N A 1 6
“Esta exposição
decorreu entre 12
e 30 de Maio de
2014, e na qual
estiveram
expostas trinta
colecções, sendo
12 de Espanha e
as restantes de
Portugal.”
O M E N S A G E I R O D O A L G A R V E
Huelva e as instalações do Campus de La Merced da Universidade de
Huelva foram o local que o Cérculo Filatélico Y Numismático de Huelva
escolheu para a Onugarve 2014 – 4ª Exposición de Filatelia y Coleccionis-
mo Huelva-Algarve.
Esta exposição que decorreu entre 12 e 30 de Maio de 2014, e na qual esti-
veram expostas trinta colecções, sendo 12 de Espanha e as restantes de
Portugal.
No acto inaugural, o Sr. Reitor na Universidade, Francisco Ruiz, deu as
boas vindas aos numerosos filatelistas dos dois países aos quais, agrade-
ceu a presença ao mesmo tempo de teceu várias considerações sobre o
coleccionismo e a filatelia em particular, terminando com uma palavra espe-
cial para o Clube organizador.
Por parte dos filatelistas algarvios, Francisco Galveias agradeceu o convite
dos colegas espanhóis para ali se fazerem representar apresentando ao
mesmo tempo um agradecimento ao anfitrião, por receber na sua casa esta
Exposição Bilateral, lembrando que um convívio que já dura há quatro
anos, salientando a qualidade do material exposto.
Por último, falou o presidente do Círculo, Manuel Guadalupe Garcia, tam-
bém agradeceu ao Reitor por o ter recebido naquela casa, lembrando o
intercâmbio filatélico transfronteiriço e o bom relacionamento entre o clube
que preside e os diversos clubes filatélicos do Algarve.
Seguiu-se uma demorada visita à exposição, explicadas pelos próprios fila-
telistas, tendo sido uma boa jornada filatélica.
Na data de encerramento houve uma pequena cerimónia para a entrega de
diplomas de participação e lembranças.
ONUGARVE - 2014
4ª Exposición de Filatélia y Coleccionismo
Huelva - Algarve
Sobrescrito comemorativo
elaborado para o efeito
com selo personalizado e
marca dia
Francisco Galveias
discursando na inauguração
da exposição.
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Decorreu no passado dia 22 de Maio, pelas 21,30 horas, na Sala Polivalente da
Biblioteca Municipal de Lagoa, um local já habituado a “ver filatelia”, uma Tertúlia,
que teve como tema “Filatelia: Passatempo, Cultura e Arte”, foi apresentada pela
Dra. Maria Luísa Francisco e contou a presença do Dr. Feliciano Flor que desenvol-
veu o tema, tendo sido presenciada por vasto público bastante atento e participativo.
O Dr. Feliciano Flor é um filatelista que tem feito a sua aparição com as suas colec-
ções em diversas exposições filatélicas, nomeadamente nas Algarpex – Exposições
Filatélicas do Algarve, sendo ainda autor de vários textos em diversas revistas da
especialidade e outros órgãos de informação.
A Tertúlia foi uma parceria do Lions Clube de Lagoa e do Núcleo de Lagoa da Liga
dos Combatentes.
O NFF - ATAF para comemorar o Dia da Criança procedeu à distribuição de selos e
postais na Escola EB 1 de Vale Carneiros e na Escola EB 1 de S. Luís.
Com esta ação foram envolvidas mais de 600 crianças e ofertados mais de 3000
selos e postais (parte dos selos foram os que os CTT haviam ofertado para a exposi-
ção itinerante do 25 de abril e os restantes foram cedidos pelos filatelistas do NFF.
Quanto aos postais per-
tenciam ao Núcleo da sua
emissão alusiva a monu-
mentos pertencentes à
Direção Reg. de Cultura
do Algarve.
Tertúlia
“Filatelia: Passatempo, Cultura e Arte”
Dia da Criança
(NFF distribui selos e postais pelas escolas)
P Á G I N A 1 8
O M E N S A G E I R O D O A L G A R V E
Próximos Eventos FilatélicosPróximos Eventos FilatélicosPróximos Eventos Filatélicos
No próximo dia 11 de agosto abrirá ao público mais uma mostra filatélica
organizada pelo Núcleo de Filatelia de Faro - ATAF. Esta mostra filatélica
enquadra-se numa nova abordagem que o núcleo de filatelia definiu para a
publicitação quer da filatelia quer do Núcleo de Filatelia de Faro - ATAF.
Pretende o NFF capitalizar o afluxo de turistas ao Algarve no mês de Agos-
to para promover o Núcleo de Filatelia de Faro - ATAF e a filatelia em
geral, promovendo a realização de manifestações filatélicas em hotéis.
Mostra Filatélica “Hotel Baia Grande”
Selo Personalizado
Emissão de selo personalizado
“40 anos do G.D.C. Jograis António Aleixo”
No próximo dia 15 de agosto no âmbito da come-
moração do seu quadragésimo aniversário o Gru-
po Desportivo e Cultural Jograis António emitirá
um selo personalizado alusivo ao tema supra
mencionado. Os colecionadores interessados em
adquirir selos personalizados poderão entrar em
contato com a tesoureira do Grupo Sr.ª Nélia
Varela, email
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No âmbito do projeto “DiVam - Valorizar os Monu-
mentos” promovido pela Direção Regional de Cultu-
ra do Algarve que visa envolver parceiros culturais
tendo por base os 40 anos de Democracia o Núcleo
de Filatelia de Faro - ATAF, também se associou a
este projeto e no próximo dia 21 de Setembro abrirá
ao público uma mostra filatélica nas Ruinas de Mil-
reu em Estoi denominada “40 anos da Democracia
e as Jornadas do Património”, no qual apresentará
um conjunto de coleções ligadas ao 25 de Abril e ao
Património.
Para assinalar esta exposição será emitido um
selo personalizado sendo que os colecionado-
res interessados poderão encomendar os seus
selos no email: nucleofilateliafaro@gmail.com
Mostra Filatélica Escola de Infantes e Cadetes
Mostra Filatélica “40 Anos da Democracia e
Jornadas Europeias do Património”
Vai realizar-se de 30 de Agosto a 6 de Setembro de 2014, no Giná-
sio do Quartel de Bombeiros de Vila Real de Santo António, uma
Mostra filatélica dedicada à Escola de Infantes e Cadetes da asso-
ciação Humanitária dos Bombeiros Voluntários desta cidade.
Esta Mostra que contará com algumas colecções dedicadas à temá-
tica de bombeiros, tendo já sido convidados alguns filatelistas a
apresentar as suas colecções
Esta Mostra estará patente diariamente das 10 às 12 horas e das 14 às 18 horas, funcionan-
do o Posto de Correio no dia 1 de Setembro das 14H30 às 17H30 no local da exposição.
O carimbo comemorativo é baseado no logótipo daquela “Escola”
Cartaz do evento
Carimbo comemorativo
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O M E N S A G E I R O D O A L G A R V E
Conforme informámos na última edição da nossa revista,
vai realizar-se de 17 a 21 de Setembro a ALGARPEX
2014 - V Exposição Filatélica do Algarve, organizada
pela AFAL - Associação Filatélica Alentejo-Algarve.
Aproveitando Exposição assinalam-se, também, os 150
anos da criação da palavra "Filatelia", pelo francês Her-
pin no ano de 1864, palavra que foi imediatamente ado-
tada pelos colecionadores. Efeméride esquecida em Portugal a merecer ser assi-
nalada.
A Comissão Organizadora espera a maior recetividade por parte de todos os cole-
cionadores mesmo que sejam iniciados, naturais ou residentes no Algarve, A Expo-
sição não é competitiva e cada um pode mostrar o que tem.
O pedido de regulamento e a inscrição poderá ser feito para:
ALGARPEX 2014 -- Apartado 757 -- 8501-917 PORTIMÃO
Tm.:933256835 / 926879540 - Email: algarpex2014@gmail.com
Dia 17 18,00 horas Inauguração oficial e entrega da bandeira das ALGARPEX Visita guiada ao certame Dias 18/19 10.00 às 17,00 Visitas programadas das Escolas 15,00 às 19,00 e das 20,30 às 23,00 horas Abertura ao público Dia 20 10,00 horas Inauguração Feira de Colecionismo e Trocas 21,30 horas Tertúlia sobre " O Colecionismo e o seu futuro" Dia 21 10,00 horas Abertura do Posto de Correio com Carimbo Comemorativo Apresentação do material exposto, feito pelos expositores Feira de Colecionismo 13,00 horas Almoço convívio (grátis para os expositores) 17,00 horas Encerramento da Exposição e da Feira de Colecionismo
ALGARPEX 2014
V Exposição Filatélica do Algarve
Na ALGARPEX 2014
assinala-se os 150
anos da criação da
palavra filatelia
Carimbo comemorativo
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No âmbito das comemorações dos 100 anos do
nascimento da pintora silvense Maria Keil, pro-
movidas pelo Município de Silves, está a decor-
rer a exposição “Itinerários Artísticos” com
obras da artista, na Igreja da Misericórdia.
A 31 de Outubro haverá o encerramento deste
certame e a inauguração, no Museu de Silves,
de uma Mostra Filatélica inserida nas mesmas
comemorações, estando previsto um posto de
Correio com carimbo comemorativo. Dedicada
aos temas da Pintura e da Mulher, é organizada
pela AFAL, em parceria com o Município de Silves, Correios de Portugal e Funda-
ção das Comunicações e estará patente ao público até finais de Novembro.
Os nossos Correios lançaram, no dia 24 de março, a série "Vultos da História e da
Cultura Nacionais" do Plano Filatélico de 2014, a qual inclui a artista silvense , entre
as seis personalidades homenageadas nesta coleção. O selo com o valor facial de
0,50 €. teve uma tiragem de 120 000 exemplares.
Mostra Filatélica “Implantação da República”
Mostra Filatélica “Maria Keil”
De acordo com o solicitado no plano exposicional enviado para a Federação Portu-
guesa de Filatelia no ano
transato o Núcleo de Filate-
lia de Faro, no próximo dia
5 de outubro pelas 16:30,
abrirá ao público na capela
do Museu Municipal de
Faro, alusiva à implantação
da República.
Selo Personalizado Carimbo comemorativo
Foi vendido, no passado dia 17 de
Junho, num leilão realizado em
Nova Iorque pela leiloeira
Sotheby's, o selo de "one-cent
magenta" da Guiana Britânica, o
único exemplar conhecido, por 9,5
milhões de dólares, cerca de 7
milhões de euros. É o selo mais
caro do mundo.
Devido ao atraso do barco que
transportava os selos de Inglaterra
para a Colónia Inglesa e com a
falta dos mesmos, foi ordenada em 1856, como solução de emergência, a
emissão dos selos numa tipografia de um jornal local. Este selo, com as
dimensões de 2,5 por 3,2 centímetros, não é mais que um pedacinho de
papel muito fraco e de má qualidade, com fraca impressão, mal cortado e
bastante feio.
Foi descoberto por Vernon Vaughan, um escocês de 12 anos de idade, em
1873, num monte de cartas de um familiar. Vendeu-o por 6 shillings (cerca
de 1,20 euros nos dias de hoje).
A peça chega ao Reino Unido em 1878 e, pouco depois, em 1880, foi
comprado nos EUA por 750 dolares, pelo famoso colecionador conde
Philippe la Renotière de Ferrary, considerado ainda hoje o filatelista mais
importante da história.
A vasta coleção de Ferrary, confiscada pelo governo francês depois da 1.º
Grande Guerra, foi leiloada entre 1921 e 1926 e o selo, que se integrava
na fabulosa coleção, foi leiloado em 1922. O milionário americano, Arthur
Hind, pagou por ele 35.000 dólares, um número recorde para a época.
P Á G I N A 2 2
“one-cent magenta”
da Guiana Britânica
vendido por cerca
de 7 milhões de
Euros.
O M E N S A G E I R O D O A L G A R V E
O Selo mais caro do Mundo
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Selo “one-cent magenta” Guiana Inglesa
Depois de ter passado por vários
proprietários, em 1980 o magnata e
químico John Du Pond compra, num
leilão, o famoso selo por 935.000
dolares. Du Pont morre em 2010, na
prisão, condenado por homicídio. Os
herdeiros decidiram leiloar o "one-cent
magenta", em Nova Iorque, no passado
mês de junho, atingindo um preço
verdadeiramente espetacular de 9,5
milhões de dólares . Foi adquirido por
um colecionador que se mantem no anonimato.
Publicamente, este selo foi apresentado, pela primeira vez, numa exposição, em
1987. Mudou de proprietário oito vezes. Quatro dessas mudanças foi em leilão,
ultrapassando sempre todas as espetativas.
P Á G I N A 2 3 P U B L I C A Ç Ã O T R I M E S T R A L — A N O I I N . º 6
Selo da Guiana emitido em 1967 reproduzindo
o “one-cent magenta”
Capa de 3.ª venda do leilão da coleção de Philip de Ferrary em 1922 onde estava inserido o “one-
cent magenta” da Guiana Inglesa
P Á G I N A 2 4
O M E N S A G E I R O D O A L G A R V E
No dia 01 de Abril abriu ao público na Loja de turismo dos Paços do conce-
lho de Odivelas a exposição de Filatelia intitulada “O 25 de Abril na Filatelia
Portuguesa”, esta exposição organizada com o apoio do Clube Filatélico
de Portugal contou com uma coleção do colega Francisco Paiva alusiva à
supra referida temática. Desde já saudamos o Dr. Paiva por mais esta
nobre participação.
Exposição
“O 25 de Abril na Filatelia Portuguesa”
O agrupamento filatélico sediado em Évora, a Confraria Timbrológica Regional
“Armando Bóino de Azevedo, organizou uma Mostra Filatélica, em Santiago do
Cacém, no dia 26 de Abril e foi dedicada aos 30 Anos do Agrupamento 722 do
CNE desta localidade. O Auditório Municipal António Chainho, em Santiago do
Cacém foi o local escolhido para apresentar algumas das colecções portuguesas
dedicadas ao tema escutismo, entre as quais uma do Algarve, pertencente a Alba-
no Parra da Secção de Coleccionismo de Vila Real de Santo António.
No local funcionou ainda um Posto de
Correio, provido de um carimbo come-
morativo, tendo igualmente sido editado
um sugestivo sobrescrito e emitido um
selo personalizado, comemorativos dos
30 anos do Agrupamento 711 do CNE
de Santiago do Cacém.
Aqui fica o registo.
30 anos do Agrupamento do CNE de Santiago
do Cacém
Pormenor dos quadros de filatelia com coleção de F. Paiva e sobrescrito personalizado
circulado com carimbo comemorativo da referida exposição
Sobrescrito comemorativo circulado com
selo personalizado elaborado para o efeito
10.º aniversário da Assoc. Humanit. de Dadores de
Sangue da Beira Interior Sul
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Com a presença de uma colecção pertencente Francisco Matoso Galveias, um filatelista resi-
dente no Algarve e uma outra da Secção de Coleccionismo da Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António, decorreu em Alcains, de 21 a 27 de
Maio de 2014, uma Mostra Filatélica dedicada ao 10º Aniversário da Associação Humanitária
de Dadores de Sangue da Beira Interior Sul.
Esta Mostra Filatélica, que recebeu quase meio milhar de visitantes, foi inaugurada pela Presi-
dente da Junta de Freguesia de Alcains, Dra. Cristina Granada estando ainda presente outras
autoridades ligadas à Dádiva de Sangue. A Comunicação Social, fez a cobertura de um acon-
tecimento, incluindo uma Televisão Regional “Reconquista” que vai para o ar através da Inter-
net e que “fabricou” uma peça televisiva que pode ser consultada atrás do seu meio de difu-
são.
Para esta Mostra Filatélica foi confeccionado um selo Personalizado, representando a bandei-
ra dos “Dadores de Alcains” e um Carimbo Comemorativo representando o logótipo da Asso-
ciação Humanitária de Dadores de Sangue da Beira Interior Sul.
O Posto de Correio, que funcionou em 21 de Abril, na Junta de Freguesia de Alcains, local da
exposição, foi bastante concorrido.
Foram produzidos um sobrescrito e um Postal Máximo Triplo.
A todos os visitantes foi oferecido um Postal Ilustrado selado e obliterado com o Carimbo
Comemorativo.
Durante toda a semana a exposição foi visitada pelos alunos das diversas escolas de Alcains.
Sobrescrito comemorativo circulado com selo personalizado elaborado para o efeito
A tomada de posse dos Órgãos Sociais da Federação Portuguesa de Fila-
telia, APD, ocorreu no passado de 3 de Maio na sua sede em Lisboa. A
sessão foi presidida pelo Presidente do Congresso, Prof. António G. Borra-
lho, que, começou por dar as boas vindas aos presentes, após o qual e,
reeleito para o mesmo cargo, tomou e deu posse ao novo elenco, seguindo
-se a assinatura da acta de posse. De seguida, tomou a palavra o Sr. Pre-
sidente da Direcção, Dr. Vaz Pereira tecendo algumas considerações
sobre o futuro próximo da filatelia em Portugal, principalmente nesta nova
era após a nacionalização dos correios.
Finda a cessão, a nova Direcção reuniu pela primeira vez.
Do elenco, que aqui se reproduz, fazem parte alguns filatelistas do Algar-
ve.
MESA DO CONGRESSO: Presidente, António Borralho; 1º Secretário
Eduardo Sousa; 2º Secretário, José Pereira; Suplentes, Sérgio Pedro e
Francisco Ribeiro.
DIRECÇÃO: Presidente: Pedro Vaz Pereira; 1º Vice-Presidente, João Vio-
lante; 2º Vice-Presidente, Vitor Jacinto; Tesoureiro, João Soeiro; Secretá-
rio, Marcial Passos; Vogais, Rui Alves e Raul Leitão; Suplentes, Nuno
Cardoso e Fernando Calheiros.
CONSELHO FISCAL: Presidente, António Cavaco; Relator, Júlio Maia;
Vogal, João dos Santos; Suplentes, Carlos da Silva e Florival do Rio.
CONSELHO JURISDICIONAL: Presidente, José Vieira; Vogais, Ricardo
Cabral e Rui Januário; Suplentes, José Fernandes e Nelson Aniceto
COMISSÃO DISCIPLINAR: Presidente, José Oliveira; Secretário, José
Geada Sousa; Vogal, António Cristóvão; Suplentes, Francisco Galveias e
António Lopes.
P Á G I N A 2 6
Para o quadriénio
2014/2018 temos os
seguintes
representantes de
agremiações
algarvias nos órgãos
sociais de FPF:
António Borralho,
Francisco Galveias e
Sérgio Pedro
O M E N S A G E I R O D O A L G A R V E
Tomada de posse dos Órgãos Sociais da Federação Portuguesa e Filatelia
No dia 12 de Maio, a Associação Humanitá-
ria dos Bombeiros de Beja fizeram 125
Anos. A efeméride foi comemorada no fim-
de-semana seguinte com um vasto progra-
ma que se prolongou pelos dois dias, 17 e
18 de Maio, com presença, neste último
dia, do Secretário de Estado da Administra-
ção Interna, Dr. João Almeida. No dia 17,
pelas 19H30, destacamos a inauguração de uma exposição alusiva aos 125 anos,
onde se puderam apreciar verdadeiras relíquias históricas da instituição.
No dia 12, foi feito o lançamento de um selo personalizado, que reproduz uma via-
tura GMC de combate a incêndio de 1929 e que entrou em serviço naquela Corpo-
ração a 24 de Março de 1930, viatura que já tinha servido de base a Carimbo
Comemorativo emitido em 12/5/1998, durante uma Mostra Filatélica alusiva aos
109 anos dos Bombeiros de Beja.
A Direcção dos Bombeiros de Vila Real de Santo António e a sua Secção de
Coleccionismo, fizeram-se representar nestas cerimónias.
P Á G I N A 2 7 P U B L I C A Ç Ã O T R I M E S T R A L — A N O I I N . º 6
125 Anos dos Bombeiros Voluntários de Beja
Exposições de Colecionismo no G.D.C. Jograis
António Aleixo
Sobrescrito registado com selo
Não poderíamos deixar de noticiar aqui a opção que a Direção do Grupo Desporti-
vo Jograis António Aleixo em sempre que não houver exposições filatélicas progra-
madas ter em exposição na sua sala de convívio dois quadros de expositores para
quinzenalmente expor material de colecionis-
mo de colecionadores associados / amigos
dos Jograis que por norma não expõem.
Destaque-se esta iniciativa que incentiva os
jovens do grupo ao colecionismo, promove o
colecionismo junto dos Estoienses e estimula
os coleccionadores a reformularem as suas
coleções. Coleção de discos de Anabela Ramos
Teve lugar no Quartel dos Bombeiros, nos dias 7 e 8 de Junho, o II Encon-
tro Internacional de Coleccionismo de Vila Real de Santo António, reunindo
quase centena e meia de coleccionadores e acompanhantes que ocupa-
ram os quase 1500 metros quadrados do vastíssimo Parque de Viaturas
da Corporação.
Ali puderam se apreciado em mais de meia centena de bancas os mais
diversos objectos de colecção, como por exemplo lápis, bonecas “Barbie”,
dispensadores de pastilhas, portas chaves, autocolantes, pins, moedas,
pacotes de açúcar, selos, pedras, conchas, sobrescritos, veículos em
miniatura, postais, livros, isqueiros, galhardetes, marcadores de livros.
Entre os expositores destacamos dois de nacionalidade espanhola, não
porque se destacassem pelo aspecto físico, mas pela amplitude das suas
colecções: o Sr. Rafael Parra, detentor da maior colecção da Europa de
lápis de carvão que nos presenteou com uma pequena amostra da sua
colecção de mais de 12.000 lápis diferentes e o Sr. Angel Cornejo com a
colecção de Porta-chaves, que é reconhecida como a segunda maior da
Mundo, apresentando como prova destes feitos, falível é um facto, as pági-
nas de jornais onde as intitularam como tal.
P Á G I N A 2 8
“mais de meia
centena de bancas os
mais diversos
objectos de colecção,
como por exemplo
lápis, bonecas
“Barbie”,
dispensadores de
pastilhas, portas
chaves, autocolantes,
pins, moedas, pacotes
de açúcar, selos,
pedras, conchas,
sobrescritos, veículos
em miniatura, postais,
livros, isqueiros,
galhardetes,
marcadores de livros”
O M E N S A G E I R O D O A L G A R V E
II Encontro Internacional de Colecionismo de
Vila Real de Santo António
Aspecto geral do II Encontro Int. Coleccionismo de V.R. Sto. António
Numa outra parte do Parque de Viaturas, estiveram expostas as seguintes colec-
ções: Em filatelia: “Realizações exposicionais da Secção de Coleccionismo da
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo Antó-
nio”, “Cartografia – Bombeiros”, “Bombeiros Maximafilia”; Em fotografia:
“Instrução de Ataque a Matérias Perigosas – 16/3/2002”, “Exercícios Simulacro de
Matérias Perigosas – 24/3/2002”, “Treino de Resgate na Escola de Bombeiros do
Quartel, Aplicação da Tirolesa – 3/6/2002”, “Instrução a Mergulhadores, V. R. Sto
António – 8 e 9/6/2002”, “Simulacro na Costa da Caparica, B.V. de Cacilhas, Os
Bombeiros e o Sistema de Autoridade Marítima – 25/5/2003 e 3/10/2003”; Perigli-
cofilia (pacotes de açúcar) “Bombeiros, Prevenção, Cuidados de Socorro e Pro-
tecção Civil”.
Para este evento, foram lançados seis colecções pacotes de açúcar, num total de
cinquenta unidades, ilustrativas de temáticas como as actividades desenvolvidas
pelos bombeiros, os seus veículos, a cidade vila-realense nos anos 50 e 60 do
passado século, ou a fauna da Ria Formosa. Foi ainda lançado um selo de correio
personalizado, um sobrescrito e um postal com os quais se produziram excelentes
peças filatélicas para perpetuar este acontecimento.
Em simultâneo, realizou-se na Praça Marquês de Pombal, a sala de visitas da
cidade, a II Feira Internacional de Floricultura e Artesanato de V. R. Sto. António.
Estes eventos foram uma organização da Secção de Coleccionismo da Associa-
ção Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António e foram
inaugurados pela Sra. Vice-Presidente da Câmara Municipal, Dra. Conceição
Cabrita e pelo Presidente dos Bombeiros, Sr, Nuno Pereira, contando ainda com a
presença de outras entidades e que, à semelhança do transacto ano, se saldaram
por um grande êxito, tendo sido visitados por vários milhares de pessoas.
P Á G I N A 2 9 P U B L I C A Ç Ã O T R I M E S T R A L — A N O I I N . º 6
Alguns stands do II Encontro Int.
Coleccionismo de V.R. Sto. António
Sobrescrito particular circulado com selo
personalizado elaborado para o efeito
P Á G I N A 3 0
Publicações sobre filatelia e colecionismo
Reuniões das agremiações filatélicas do Algarve
Secção de Coleccionismo da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António: 2.ª quinta-feira de cada mês, no Quartel do Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António
AFAL - Associação Filatélica Alentejo-Algarve - 1.ª Quartas-feiras de cada mês, às 21,30 horas na Sede da Associação Secção Filatélica do Lions Clube de Portimão - 3.º Sábado de cada mês ás16,00 horas na Sede do Lions Clube de Portimão
Núcleo de Filatelia e Colecionismo da Escola EB 2/3 Dr. António da
Costa Contreiras de Armação de Pera - Agrupamento Silves Sul -"O
Bichinho do Selo": Reuniões semanais durante o período letivo:
- Segunda-feira às 15,30 horas na Biblioteca da Escola
- Sexta-feira às 18,00 horas na Sede do Agrupamento de Escuteiros
Núcleo de Filatelia Infanto Juvenil “Os Amiguinhos dos Selos”: reú-
nem-se no 2.º e 4.º sábado de cada mês das 14 horas às 16 horas no Gru-
po Desportivo e Cultural António Aleixo
Núcleo de Filatelia de Faro - ATAF / Amigos da Filatelia: reúne todas as
primeiras quinta-feira no Museu Municipal de Faro pelas 17 horas
O M E N S A G E I R O D O A L G A R V E
http://www.afsc.org.br/boletins/boletim67/
boletim67.pdf
http://www.philas.org.au/newcastle/
newsletter-2014-february.pdf
P Á G I N A 3 1 P U B L I C A Ç Ã O T R I M E S T R A L — A N O I I N . º 6
Feiras, Mercadinhos e outros eventos ligados ao
colecionismo Calendarização das feiras e mercados no qual poderão encontrar material filatélico
e/ou de colecionismo.
1.º Sábado (Tavira e Algoz);
1.º Domingo (Estoi e Portimão);
2.º Sábado (Vila Real de Santo António);
2.º Domingo (Almancil, Faro [junto Teatro Municipal] e Ferragudo);
3.º Sábado (Albufeira);
3.º Domingo (S. Brás de Alportel e Portimão);
4.º Sábado (Monte Gordo);
4.º Domingo (Quelfes).
O que dizem de nós O Diário do Alentejo, na sua edição de 20 de Junho de 2014, na coluna semanal de
Filatelia, Geada Sousa escreve:
“As conceituadas revistas filatélicas, «O Mensageiro Filatélico» e a «Cábula Filatéli-
ca» já saíram este mês.” sendo que de seguida Geada de Sousa apresenta resumi-
damente o conteúdo do boletim. A notícia poderá ser lida na sua totalidade em http://
issuu.com/diariodoalentejo/docs/da_1655/28
Também o Blog da Secção Filatélica da Associação Académica de Coimbra também
fez eco da saída do boletim n.º 5 do “O Mensageiro do Algarve”, dando os parabéns
por mais esta publicação. (http://sfaac-filatelia.blogspot.pt/2014/06/o-mensageiro-do-
algarve-n-5-online.html)
Estações de correios abertas fora de horas Os CTT vão animar as suas noites de verão. É com este lema que os Correios de
Portugal vão animar as noites daqueles que rumam ao sul para passar as suas
férias, abrindo quatro Lojas dos CTT, duas no Barlavento e outras tantas no Sota-
vento das 21 às 23 horas para dar a conhecer a experiência e actividades que têm
para toda a família.
Estão previstos ainda Workshops e surpresas para apresentar aos veraneantes e
residentes que durante aquele período se deslocarem em Agosto às Lojas de Lagos
(Portas de Portugal) no dia 5, de Portimão (Teixeira Gomes) no dia 6, Monte Gordo
no dia 13 e Vila Real de Santo António no dia 14.
P Á G I N A 3 2
O M E N S A G E I R O D O A L G A R V E
Marcofilia comemorativa em Portugal no 2.º
trimestre
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Inteiros postais emitidos pelos CTT no 2.º trimestre
09/5/2014 - Centenário da
Aviação Militar 18/5/2014 - Grupo Desportivo
Estoril Praia – 75 Anos
21/5/2014 – Francisco Antó-
nio Ciera, 1763-1814 28/5/2014
Jardim Zoológico – 130 Anos
7/6/2014 – 650 Anos de Eleva-
ção a Vila de Cascais 7/6/2014 – XXVII Jogos Nacio-
nais CTT – CDCR dos CTT
10/6/2014 – 70 Anos do estádio
de Jamor 12/6/2014 – Casamentos de
Santo António 14
10/7/2014 – Ano Internacional da
Agricultura Familiar 7/7/2014 – 350 Anos Batalha de
Castelo Rodrigo
Grandes Prémios da Arquitetura Portuguesa
Emissão: 07/04/2014 Selos: I20g Carimbos 1.º dia: Lisboa/Porto/Funchal/P. Delgada 40 Anos do 25 de Abril Emissão: 14/04/2014 Selos: N20g / I20g
Bloco: €3,00
Carimbos 1.º dia Lisboa/Porto/Funchal/P. Delgada 500 Anos do Nascimento de Andreas Vesalius
Emissão: 21/04/2014 Selos: €0,40 / €0,60 / €0,70 / €0,80 / €1,00 Carimbos 1.º dia Lisboa/Porto/Funchal/P. Delgada 500 Anos de Bartolomeu dos Mártires Emissão: 28/04/2014 Selos: €0,70
Bloco: €3,00 Carimbos 1.º dia: Lisboa/Porto/Funchal/P. Delgada
Homenagem a Eusébio
Emissão: 02/05/2014 Selos: N20g / E20g Bloco: €3,00 Carimbos 1.º dia Lisboa/Porto/Funchal/P. Delgada
8 Séculos de Língua Portuguesa
Emissão: 05/05/2014 Selos: €0,80 Bloco: €2,50 Carimbos 1.º dia Lisboa/Porto/Funchal/P. Delgada
P Á G I N A 3 4
No 2.º trimestre
de 2014 foram
colocadas em
circulação 12
séries de selos.
O M E N S A G E I R O D O A L G A R V E
Selos colocados em circulação pelos CTT no 2.º trimestre
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Europa - Instrumentos Musicais Nacionais
Emissão: 09/05/2014 Selos: 3 x E20g (iguais ao selo do lado da esquerda de cada bloco) Bloco: 6 x E20g Carimbos 1.º dia: Lisboa/Porto/Funchal/P. Delgada Celebração das Relações Diplomáticas Portugal / México
Emissão: 06/06/2014 Selos: €0,42 / €0,80
Carimbos 1.º dia: Lisboa/Porto/Funchal/P. Delgada 500 anos da Diocese do Funchal Emissão: 12/06/2014 Selos: €0,42 / €0,50 / €0,72 / €0,80 Blocos: €1,00 / €1,70
Carimbos 1.º dia: Lisboa/Porto/Funchal/P. Delgada Campeonato do Mundo de Futebol (Brasil 2014)
Emissão: 16/06/2014 Selos: €0,42 / €0,80 Bloco
Carimbos 1.º dia Lisboa/Porto/Funchal/P. Delgada
Jardins de Portugal Emissão: 26/06/2014 Selos: €0,42 / €0,80
Carimbos 1.º dia: Lisboa/Porto/Funchal/P. Delgada Patrimónios da Unesco (Univ. Coimbra / Fortificações de Elvas)
Emissão: 30/06/2014 Selos: €0,42 / €0,80 Bloco: €1,70
Carimbos 1.º dia Lisboa/Porto/Funchal/P. Delgada /Elvas
Entidades responsáveis pelo boletim
Endereços das Agremiações: AFAL - Associação Filatélica Alentejo Algarve Avenida 25 de Abril, Bloco 2, r/c 8500-610 Portimão Núcleo de Filatelia de Faro - ATAF Beco do Arco 8000 Faro Núcleo Infanto Juvenil “Os Amiguinhos dos Selos” G.D.C. Jograis António Aleixo Rua João de Deus, 31 - Estoi 8005-475 FARO Núcleo Filatélico Juvenil de Armação de Pera Sítio da Torre, Armação de Pêra, 8365-184 Silves Núcleo Juvenil de Filatelia e Colecionismo de Lagoa Biblioteca Municipal de Lagoa Largo dos dos Combates da Grande Guerra 8400-338 LAGOA Secção Filatélica do Lions Clube de Portimão Auditório Municipal Rua Miguel Bombarda 8500-299 Portimão Secção de Colecionismo da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António Rua Francisco Sá Carneiro S/N 8900-307 Vila Real de Santo António
Divulgando a filatelia e o coleccionismo do Algarve.
Participa nos nossos Blog’s, Páginas Web e/ou Página de Facebook
Blog’s:
http://omensageirodoalgarve.blogspot.pt/
http://osamigosdafilatelia.blogspot.pt/
http://nucleofilateliafaro.blogspot.pt/
Página Web
http://selos.org/assoc.php
Página de Facebook
https://pt-pt.facebook.com/pages/Sec%C3%A7%C3%
A3o-de-Coleccionismo-dos-BV-de-VRSA/334989464180
Revista online:
http://www.slideshare.net/mensageiro2013
http://issuu.com/mensageiro_algarve/docs
Colaboraram neste número:
António Borralho
Francisco Galveias
Sérgio Pedro
Paginação e Montagem:
Sérgio Pedro
Design:
Susana Andrade
Os artigos publicados são da
inteira responsabilidade dos
seus autores.
Email:
omensageirodoalgarve@gmail.com
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