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OPINIÃOSALVADOR TERÇA-FEIRA 3/9/2013A2

Participe desta página: e-mail: opiniao@grupoatarde.com.brCartas: Redação de A TARDE/Opinião - R. Professor Milton Cayres de Brito, 204, Caminho das Árvores, Salvador-BA, CEP 41822-900

opiniao@grupoatarde.com.br

ESPAÇO DO LEITOR

Ninguém é de ninguémMuito feliz e sensato o artigo Ninguém é deninguém, escrito em 1º/9 pelo Dr. Renato Si-mões , no qual são relatadas as omissões dasautoridades para coibir o abuso dos que estãotumultuando a vida das pessoas e ainda aeconomia do País, impedindo o trânsito daspessoas que necessitam trabalhar, cuidar dasua saúde ou mesmo daqueles que vão aten-derpacientesquenecessitamdeatendimentoàs vezes de urgência. Alguém determinouque, se morrer um gato tal, a rua deve serbloqueada, seumapessoa for atropelada (ain-da que acidentalmente) tem-se que quebrarcarros ou queimar ônibus etc. Chega, nãoaguentamosmais.Nãoestá sendoasseguradoodireitode livre trânsitodocidadão.Chegadebaderna no País. ORLANDOVILAS, SALVADOR -BA, ORVILAS@ATARDE.COM.BR

Perigo na ruaHá cinco meses chamei a atenção da pre-feitura sobre um problema que até hoje nãofoi resolvido, apesar de ser facílimo. Quempassa pela rua Dr. Augusto Viana, do ladooposto ao prédio da Reitoria, corre o risco deser ferido por espinhos de várias plantas queestão na calçada do Edifício Cidade de Itagi.Não sei como a prefeitura permite tal aber-ração, pois aquela via é muito utilizada porquem se dirige às diversas clínicas médicasexistentes nas proximidades, de modo quepor ali transitam inúmeras pessoas, sobre-tudo idosas. Como as plantas são baixas, comcerca de meio metro, o pedestre distraídocorre o risco de ferir-se nas pernas com es-pinhos de grande tamanho que podem oca-sionar sérios problemas à saúde. A prefeituradeve acionar o síndico do citado prédio pararetirarosespinheiros, colocandoemseulugarflores que sirvam para adorno sem causarmales aos pedestres. GILBERTO SANTOS, SAL-VADOR-BA, TANGOGIL@HOTMAIL.COM

Aumento do PIBOministroMantega teve o desplante de dizerque o inesperado aumento do PIB significaque o pior já passou, que saímos do fundo dopoço, e inescrupulosamente compara onossoPIB com o de países evoluídos – que, ao con-trário do Brasil, já estão com todas as in-fraestruturasmontadas. Issoéprópriodepre-dador de ideologia de esquerda que tem aver-são à verdade. Ele sabe, e qualquer predadorsocialista também sabe, que no próximo dis-curso terá que inventar outro motivo parajustificar o fracasso passado em decorrênciade não ter feito o que deveria, mas tudo pelacausa, porque, para eles, os fins justificam osmeios, e o povo que se dane. Vejamos: nessetrimestre, o aumentodoconsumodogovernofoi de 0,5%, e o das famílias, 0,3%. Até quandoteremos que aturar espoliação? O governoexiste porque existe povo e não o contrário,como certamente pensam esses governantes.ARTUR LARANGEIRA FILHO, ARTUR_LARANGEI-RA@UOL.COM.BR

Injustiça no IPTUManifestominha indignação com os projetosde aumento do IPTU. Quero informar ao pre-feito que o fato de morar em um bairro ouprédiomelhorzinhonãosignificaquesetenhadinheiro sobrando para, além de pagar o seupróprio IPTU, ter que pagar o IPTU pelos ou-tros, pois vai acabar sobrando para nós, umavez que no projeto o número de imóveis isen-tos de pagamento do IPTU triplicou. Querolembrar ao prefeito que, além do IPTU, temosoutros impostos e outras despesas para pagar,a classe média está vivendo com a corda nopescoço. JUDY SILVA, JUDYSILVA@AEIOU.PT

Respostas da prefeituraA Transalvador informa que na ruaMarechalFloriano, citada por um leitor, é permitido oestacionamento dos dois lados. Ainda assim,haverá fiscalização regular na via para im-pedir outros tipos de irregularidade, como oestacionamento sobre calçada ou em fila du-pla. A Sucop informaquea ruaNossa Senhorado Resgate, no Cabula, já foi vistoriada e asobras de tapa-buraco autorizadas e ressaltaque os serviços não começaram antes emconsequência do elevado índice de precipi-tação pluviométrica registrado nas últimassemanas. Em períodos chuvosos, não é pos-sível a usinagem e aplicação do material as-fáltico nos pavimentos molhados. ROBERTOMESSIAS, CHEFE DA AGECOM, SALVADOR - BA

Mais médicosOs médicos cubanos, a princípio, foram cha-mados para adentrar no Brasil nos rincõesmaisdistantes, porémoquenósestamosven-do é que as prefeituras estão demitindo osmédicosbrasileirosparareceber, semcusteio,os cubanos. Então, Sr. Pronzato, discordoquandorotulasosmédicosdecooperativistas,nós estamos apenas defendendo o emprego,o direito de trabalhar no nosso país com con-dições dignas para nós e nossos pacientes esalários justos. Quanto ao Che, que o senhorchama de solidário internacionalista, não seesqueça de que essa (solidariedade interna-cional) levou a fuzilamentos de milhares decubanos, muitos dos quais comandados pelopróprio médico guerrilheiro. É, Sr. CarlosPronzato, talvez, se o governo brasileiro ti-vesse importando cineastas cubanos, o se-nhor tivesse uma outra opinião. E como diz oditado popular: pimenta nos (olhos) dos ou-tros é refresco. DR. LUCIANO PEIXOTO, SANTOANTÔNIO DE JESUS - BA

Fernando AlcoforadoEngenheiro e doutor em PlanejamentoTerritorial e DesenvolvimentoRegional/Universidade de Barcelona

A partir da década de 1970, no con-texto da política do governo fe-deral de substituição de importa-

ções, a Bahia foi contemplada com váriosprojetos industriais que tinham por ob-jetivo a produção de bens intermediários(intensivos em capital e tecnologicamen-te modernos) complementar à matriz deprodução já desenvolvida na região Su-deste do Brasil. O processo de industria-lização da Bahia baseado na indústria debens intermediários começou com a im-plantação da Refinaria de Mataripe nadécada de 1950, aproveitando-se da dis-ponibilidade de petróleo existente no Es-tado, com a formação de um complexomínero-metalúrgico em Candeias na dé-cada de 1960, a implantação do CIA (Cen-tro Industrial de Aratu), do ComplexoPetroquímico de Camaçari e da meta-lurgia do cobre noinício da década de1980.Todo esse conjunto

de empreendimen-tos foi concentradona RMS (Região Me-tropolitana de Salva-dor) que respondepor 70% da produçãoindustrial do Estadoda Bahia. A consoli-dação da industriali-zação na Bahia fezcom que ocorressemprofundas transfor-mações na estruturaeconômica do Esta-do, com uma redu-ção do peso da agri-cultura e um aumen-to significativo da participação do setorsecundário no PIB estadual, principal-mente dos segmentos químico e petro-químico e extrativo mineral. O desen-volvimento desses setores fez com que aBahia se transformasse em uma das prin-cipais fornecedoras nacionais de maté-rias-primas e bens intermediários.No período de 1950 a 1970, o Estado da

Bahia passou por um processo sistemá-tico de planejamento, no qual se destacao Plano de Desenvolvimento da Bahia(Plandeb), concluído em 1959 sob a co-ordenação do grande baiano Rômulo Al-meida, que projetou um setor industrialobjetivando um equilíbrio entre a pro-dução de bens de consumo e de capital,além de enfatizar a prioridade para a

especialização das grandes empresasprodutoras de bens intermediários, apro-veitando alguns recursos naturais à épo-ca abundantes na região, como o petró-leo.O Plandeb propunha projetos que in-

tegrariam de forma sistêmica os setoresagrícola, industrial e comercial, objeti-vando o desenvolvimento equilibrado doEstado da Bahia e preconizando a in-dustrialização da Bahia mediante a suainserção no projeto nacional de desen-volvimento posto em prática pelo go-verno federal. Essa estratégia contempla-va a atração de grandes empresas pro-dutoras de bens intermediários que atua-riam como polos do desenvolvimento in-dustrial juntamente com as empresasprodutoras de bens finais que se ins-talariam a jusante nos centros e distritosindustriais criados para abrigá-las, tantona RMS quanto nas cidades do interior.Entre 1970 e 1980, com financiamentos

a juros subsidiados, isenção de impostose incentivos fiscais com o aporte de con-sideráveis recursos públicos a fundo per-dido oriundos dos organismos de fomen-to ao desenvolvimento do País, foramimplantados os distritos industriais dointerior e da RMS (o Centro Industrial de

Aratu e o ComplexoPetroquímico de Ca-maçari) e montado oparque produtor debens intermediáriosconcentrados nossegmentos da quími-ca/petroquímica edos minerais nãometálicos.Na atualidade, o

Estado da Bahia estáa exigir o resgate doplanejamento gover-namental sistêmico eestratégico que con-tribua para a supera-ção de três grandesproblemas do pontode vista do desenvol-vimento regional: 1)

Concentração econômica excessiva naRMS; 2) Declínio no desenvolvimento daregião cacaueira da Bahia; 3) Subdesen-volvimento da Região Semiárida da Ba-hia. Da década de 1950 até o momentoatual, os governantes da Bahia não foramcapazes de elaborar planos que contri-buíssem para superar estes problemaspromovendo o desenvolvimento econô-mico e social de todas as suas regiões. Épreciso, portanto, romper com a políticaque tem caracterizado a ação dos diver-sos governos da Bahia nos últimos 60anos baseada exclusivamente em inicia-tivas pontuais como, por exemplo, as deimplantação do parque automotivo daFord em Camaçari e da ponte Salva-dor-Itaparica, entre outras.

No período de 1950a 1970, o Estadoda Bahia passoupor um processosistemático deplanejamento,no qual se destacao Plano deDesenvolvimentoda Bahia (Plandeb),concluído em 1959

O inferno de cada diaAntigamenteotrânsitosómatavaquandoumcarro batia, capotava ou atropelava alguém.Agora tem também outro ingrediente, mataporque o carro não anda. Além do estressecom os monumentais engarrafamentos, asambulâncias não chegam às emergências.Nãoria,não,porqueocasoésério.Quemdiz

isso é aOrganizaçãoMundial da Saúde (OMS),conforme A TARDE divulgou ontem.O estudo feito pelo epidemiologista Carlos

Dora, a rigor, diz o inverso. Uma boa mo-bilidade faz bem à saúde. Donde se concluique o contrário obviamente faz mal.Se normalmente o trânsito de Salvador já é

na base do triscou, parou (um simples carroquebradotrava tudo), temosagora tambémostaisdosprotestos.Viroumodaqualquergrupoinsatisfeito com qualquer coisa fechar ruas eestradas. Em nome da democracia, tolera-se,mesmoqueissoesteja ferindoodireitomaior,o de viver dos doentes tentando chegar aoshospitais. Sábado, Salvador viveu o caos naParalela com três eventos, especialmente odos evangélicos no Parque de Exposições, to-dos autorizadospelas autoridades. Teve genteque ficou presa seis horas. Ontem, outra vezprotestos mais as mudanças dos ônibus daTancredo Neves, pela Transalvador (só trans-feriu o problema), e lá vem o inferno.Na cena, alguns engarrafados saltando do

carro para urinar na rua. Alguns reclamaram.É o lado visível do drama. Se fosse possívelouvir o grito de quantos já morreram nessabarafunda, seria um alarido.

MORTO SEM CHEGAR — Otto Alencar, vi-ce-governador e secretário da Infraestrutura,estava entre os engarrafados e indignados deontem.LevouduashorasemeiaentreoCentroAdministrativo e o Iguatemi:– Na semana passada eu perdi um amigo,

o Nilton. Infartou em Feira e levou seis horaspara chegar aqui. Chegoumorto. Algo tem deser feito. O Ministério Público tem que res-ponsabilizar os líderes desses protestos.

AINDA ABACAXI — A presidente Dilma es-taránaBahiadepoisdeamanhã.Vaiinaugurar1.500 casas do Minha Casa, Minha Vida, emConquista, e a Via Expressa, em Salvador.Da última vez que ela esteve na área da Via

Expressa, estranhou o nome da ‘Rótula doAbacaxi’.Alguém deve avisá-la que o complexo de

viadutos lá construído pode ter grande ser-ventia para a Via Portuária, porque, em ma-téria de tráfego urbano, nada mudou.Oumelhor, a rótula continuaAbacaxi. Todo

dia é palco de gigantescos engarrafamentos,debaixo dos viadutos. Em cima, tudo limpo.

Embaixador do ventoO governador JaquesWagner vai receber hojeno Rio, no Brazil Wind Power, evento quereúne empresários da energia eólica, o títulode embaixador brasileiro do vento.É uma homenagem aos resultados obtidos

pelogovernonosetor.Saltou,nosúltimosseteanos, de zero MW para três mil, com inves-timentos da ordem de R$ 12,8 bilhões.Segundo o secretário James Correia (Indús-

tria e Comércio), se a Chesf liberasse linhas detransmissão, haveria mais investimentos.

Até o fimEm entrevista ontem a Raimundo Varela, noBalanço Geral (TV Itapoan), ACM Neto jogouuma pá de cal emquempensa que ele poderávir a disputar o governo, mesmo liderandotodas as pesquisas feitas até agora:–Não,nãosoucandidato.Nemqueeutenha

110%me candidatarei. Fui eleito prefeito parafazer um trabalho e vou fazer.

Vítimas duas vezesSobre a nota Vítimas duas vezes, dizendo quea Escola Gurilândia, na Federação, provocamonumentais engarrafamentos e a Transal-vador estámultandomoradores da área (Car-deal da Silva), a direção da instituição diz quea instalação da instituição no atual endereçosegue todas as exigências legais e foi feita apósaprovaçãodaviabilidadedoempreendimentoe da liberação do alvará pela Sucom.Diz também que tem um estacionamento

rotativo e uma área de transbordo, mais umprojeto de ampliação do estacionamento queduplicará o número de vagas e triplicará acapacidade da área de embarque e desem-barque, que aguarda apenas alvará.OK.Masquebagunçaotrânsitonaárea,não

há dúvida. E que osmoradores vizinhos estãosendo multados, é só consultar os próprios.

. OMinistério Público Federal realiza ama-nhã (a partir das 13h30) o 3º Seminário MPFpara Jornalistas. A ideia é traçar um painelsobre a instituição. No time dos que falarãoestarãooprocurador-chefe,WilsonAlmeidaNeto,Wladimir Aras, procurador daDivisãode Combate a Corrupção, e SidneyMadruga,procurador regional eleitoral.

Levi VasconcelosJornalista

tempopresente@grupoatarde.com.br

TEMPO PRESENTE Énecessário resgatar oplanejamento sistêmico

Editor interinoValmir Palma

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