Power Points Dos Testes Wechsler

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Power Points Dos Testes Wechsler

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Antecedentes das ESCALAS DE WECHSLER

>>> 1ª - Escala de David Wechsler - Wechsler – Bellevue –

(1939):

Escala para adultos composta por 2 tipos de provas: - provas verbais e de realização (caracterizam todas as

Escalas de Wechsler posteriores.

>>> WISC –Wechsler Intelligence Scale for Children -1949 -sujeitos dos 5 aos 15 anos e com uma estrutura de

provas semelhante à W-B.

>>> A necessidade de actualização – 1ª revisão da prova em

1974, dando origem à WISC-R.

>>> Teste de capacidade cognitiva mais administrado

universalmente - crianças e jovens com idades entre os 6 e os 16 anos e 11 meses de idade.

>>> Versão actual WISC – III, (1991) equipa de

investigadores, destacando-se:

- Jerome Doppelt e Dr. David Herman

experiência prévia de trabalho com D. Wechsler –

contribuiu para assegurar a abordagem característica

das Escalas de Wechsler.

>>1ª adaptação da WISC - Equipa do Prof. Ferreira Marques – (1970).

>> WISC-III - trabalho de parceria ente FPCE – UC e

GEGOC iniciado em 1999 (coordenado pelo Mário Simões);

WISC-III representa um avanço muito significativo em relação às duas versões anteriores.

Adaptações portuguesas:

WISC-III: Fundamentação Teórica

� Natureza da escala:� Instrumento clínico;

� Aplicação individual;

� Medida da capacidade intelectual;

� Crianças de 6 anos a 16 anos e 11 meses.

� Concepção de Inteligência

Capacidade do indivíduo de agir com propósito, pensar racionalmente e lidar efectivamente com o seu meio-ambiente

� As diferentes capacidades avaliadas pelos subtestes são valorizadas em graus variáveis na nossa cultura;

� Nenhum subteste pretende reflectir todo o comportamento inteligente.

Concepção subjacente de Inteligência

� Subtestes diferentes podem avaliar uma mesma capacidade específica;

� O teste reflete a característica multifacetada da capacidade intelectual;

� Outros factores, não avaliados pelo teste, influenciam no desempenho da criança/jovem nas tarefas intelectuais. Ex.: planeamento, impulsividade, ansiedade, persistência;

� Os factores não intelectuais devem ser considerados na avaliação da inteligência, através da história de vida do indivíduo e observação do comportamento durante a avaliação;

� A capacidade intelectual é apenas um aspecto da inteligência.

Aplicações da WISC-III

� Medida da capacidade intelectual geral:

� Avaliação psicoeducacional, clínica e neuropsicológica;

� Planeamento e colocação educacional;

� Diagnóstico de crianças excepcionais em idade escolar;

� Pesquisa.

� Diagnóstico de Deficiência Mental:

� Funcionamento intelectual;

� Comportamento adaptativo.

� Diagnóstico de Superdotados:

� Potencial de desempenho excepcionalmente superior em várias áreas.

� Diagnóstico de deficiências neuropsicológicas

� A avaliação da capacidade intelectual geral, especialmente a avaliação qualitativa, integra a maioria das avaliações neuropsicológicas

�WISC-III: Aplicação

Tempo:10 subtestes- 60-90 min.

3 subtestes suplementares- 10-15 min.

Preferencialmente numa sessão, embora possa ser

necessário realizar em duas (motivação e disponibilidade da

criança/jovem);

Condições ambientais:

Além das normas comuns a todos os testes, ter em atenção a:

- Altura da mesa

- Posição do examinador e arrumação do material;

- Cronómetro e 2 lápis nº. 2 sem borracha.

� Cuidados:

� A criança não deve visualizar o protocolo de registo ou o manual (Deixar o anteparo de pé, para arrumar os itens e anotar as respostas);

� O material e o cronómetro de preferência não devem estar àvista da criança.

� Metodologia:� Introduzir o teste após a criança estar à vontade;

� Pequena conversa entre os subtestes se necessário;

� Encorajar, sem dar feedback sobre o resultado;

� Não interromper um item mesmo que o tempo tenha se esgotado (pontuar só o item completado no tempo).

>> 3ª edição da Escala de Inteligência para crianças e jovens de

David Wechsler, está completamente revista e actualizada.

>> Mantendo a mesma estrutura que a WISC e a WISC-R, a WISC-III apresenta várias novidades, designadamente:

ao nível dos materiais (p.e. estímulos visuais impressos

a cores);

dos conteúdos (p.e. substituição de itens que se

mostraram desactualizados);

os procedimentos de administração e da análise dos resultados.

WISC - III

>> WISC-III - desenvolvida tendo em consideração a

concepção da inteligência como uma entidade agregada e global,

ou seja:

capacidade do indivíduo para raciocinar, lidar e operar com objectivos, racionalmente e efectiva-mente com o seu meio ambiente.

Subtestes seleccionados com o objectivo:

de investigar muitas capacidades mentais diferentes, mas que juntas, oferecem uma estimativa da capacidade intelectual geral da criança/jovem.

>> A WISC-III inclui 12 subtestes da WISC-R, bem como um

novo subteste: Pesquisa de Símbolos.

>> O desempenho das crianças e adolescentes pode ser analisado

em termos de subtestes e de 3 resultados compósitos: QI Verbal, QI de Realização e QI da Escala Completa.

>> As várias análises factoriais, realizadas com base nos dados da

amostra de aferição da WISC-III, corroboraram a presença de três factores.

>> O utilizador poderá recorrer ao cálculo dos seguintes Índices Factoriais: Compreensão Verbal,

Organização Perceptiva e Velocidade de Processamento.

>> Como medida da capacidade intelectual geral, a WISC-III pode ser utilizada para diferentes finalidades, como:

avaliação psicoeducacional,

diagnóstico de crianças excepcionais em idade escolar,

avaliação clínica, neuropsicológica e pesquisa.

>> Pode ser útil não apenas para diagnósticos de deficiências ou

avaliações de uma criança, mas também para:

identificar as forças e fraquezas do sujeito e

fornecer informações relevantes para a elaboração de uma programação educacional específica para cadacaso.

Organização da escala

Conjunto de modelos geométricos bidimensionais, feitos com cubos ou

impressos, que o sujeito deve reproduzir usando os cubos de cores.

Cubos

Conjunto de problemas aritméticos que o sujeito deverá resolver

mentalmente e responder oralmente.

Aritmética

Conjunto de gravuras coloridas, apresentadas desordenadas. O sujeito

deverá dispor as gravuras para criar uma história com sequência lógica.

Disposição de

Gravuras

Pares de palavras, apresentadas oralmente, para as quais o sujeito

deverá identificar e justificar as semelhanças entre os objectos ou os

conceitos propostos.

Semelhanças

Uma série de formas simples (parte A – dos 6 aos 7 anos) ou números

(parte B – dos 8 aos 16 anos), cada um associado a um símbolo simples.

O sujeito deverá fazer a correspondência entre os símbolos e as formas

geométricas (Folha de resposta faz parte da Folha de Registo).

Código

Conjunto de questões orais, que avaliam o conhecimento do sujeito a

respeito de factos, objectos, locais ou pessoas.

Informação

Conjunto de gravuras coloridas que representam objectos ou situações

familiares. Sujeito deve identificar a parte em falta em cada gravura.

Completamento

de Gravuras

DescriçãoSubteste

Organização da escala

DescriçãoSubteste

Conjunto de labirintos de dificuldade crescente, que o sujeito deverá

resolver com um lápis.

Labirintos

Sequências de números, apresentadas oralmente. O sujeito deverá

repetir os números na mesma ordem (Dígitos em sentido directo) ou na

ordem inversa (Dígitos em sentido inversa).

Memória de

Dígitos

Conjunto de símbolos - Parte A (6-7 anos) e Parte B (8-16 anos). O

sujeito deve decidir se um símbolo ou dois símbolos se repetem ou não

numa série de símbolos à frente.

Pesquisa de

símbolos

Conjunto de perguntas apresentadas oralmente. Solicita-se ao sujeito

que solucione problemas quotidianos, ou que revele compreender

regras e conceitos relacionados com a vida social.

Compreensão

Conjunto de puzzles representando objectos comuns, cujas peças são

apresentadas ao sujeito de uma forma estandardizada. A tarefa consiste

em juntá-las de modo a obter uma forma coerente e significativa.

Composição

de objectos

Conjunto de palavras apresentadas oralmente, que o sujeito deverá

definir oralmente.

Vocabulário

Subtestes: Escala verbal e Escala de Realização

� Verbal:� 2. Informação

� 4. Semelhanças

� 6. Aritmética

� 8. Vocabulário

� 10. Compreensão

� 12. Memória de Dígitos

� Realização:� 1. Completamento de Gravuras

� 3. Código

� 5. Disposição de Gravuras

� 7. Cubos

� 9. Composição de Objectos

� 11. Pesquisa de Símbolos

� 13. Labirintos

Soma das notas ponderadas:

� �

QI Verbal QI de Execução

QI Total

Índices Factoriais

� Factor I: Compreensão Verbal - ICV� Informação, Semelhanças, Vocabulário e Compreensão

� Factor II: Organização Perceptiva - IOP� Completamento de Gravuras, Disposição de Gravuras, Cubos e Composição de Objectos

� Factor III: Velocidade de Processamento - IVP� Código e Pesquisa de Símbolos

2 – Informação – 30 perguntas requerem conhecimentos

globais de factos.

4 – Semelhanças – 19 pares de palavras requerem indicação

de como os itens são semelhantes.

6 – Aritmética – 24 problemas de aritmética (cronometrados)

requerendo uma resposta sem o uso de papel e lápis.

ESCALA VERBAL

8 – Vocabulário – 30 palavras que requerem uma definição

ou sinónimo.

10 – Compreensão – 18 situações problemáticas requerendo

uma capacidade prática de resolução.

12 – Memória de digítos – repetição (normal ou inversa) de

dígitos. Este subteste é facultativo devido à sua baixa

correlação com os restantes subtestes.

1 – Completamento de gravuras – 30 ilustrações comuns,

requerendo todas elas a identificação de um elemento

essencial que falta.

3 – Código – símbolos, tal como linhas verticais e círculos

que devem ser copiados relacionando-os com números.

5 – Disposição de gravuras – 14 conjuntos de séries de

gravuras requerendo a sua colocação numa sequência lógica.

3 – Cubos - 12 desenhos abstractos que devem ser copiados

usando cubos de duas cores (vermelho e branco).

ESCALA DE REALIZAÇÃO

9 – Composição de objectos - 5 puzzles de objectos comuns

que requerem a sua resolução.

11 – Pesquisa de Símbolos - Conjunto de símbolos - Parte A

(6-7 anos) e Parte B (8-16 anos). O sujeito deve decidir se um

símbolo ou dois símbolos se repetem ou não numa série de

símbolos à frente.

13 – Labirintos - 10 labirintos que requerem da criança /

jovem sair sem ficarem bloqueados. Este subteste é

facultativo.

Regras de administração:

� Sequência de apresentação dos subtestes: seguir a ordem da

folha de cotação, testes alternados iniciando com um de

Realização;

� Se necessário pode modificar-se a ordem, caso as

necessidades do sujeito o exijam (manifeste dificuldade

particular face a um subteste ou se recuse a responder,

regressando a este mais tarde);

�Atenção aos critérios de início (regra do retrocesso) e

interrupção dos subtestes (constantes na folha de cotação);

�Atenção à cronometragem das provas.

Regras de administração (cont.):

� Examinador pode repetir questões e instruções apenas nos casos em que

o sujeito solicite a sua repetição ou pareça não ter compreendido a tarefa, a

não ser que as regras o proíbam (Memória de Dígitos);

� No caso do sujeito dizer “Não sei!” encorajá-lo dizendo: “Tenta mais uma vez!”, “Eu acho que tu consegues e podes fazer melhor”, ou “Tenta um pouco mais!”;

�Devem ser questionadas todas as respostas pouco claras ou ambíguas: “O que queres dizer com isso? Diz-me um pouco mais! ou Explica-me melhor!”

�Atenção às questões assinaladas com (Q) – resposta a questionar.

Cotação do teste:

� Cálculo da idade cronológica do sujeito – dias, meses e anos.

� Registo das respostas: anotar todas as informações úteis, a avaliação

qualitativa pode proporcionar informação clínica útil:

� Abreviaturas úteis:

S – Sucesso; I – Insucesso;

QR – Não responde; IQC – Incompleto;

Q – Questionamento; R- Rotação;

QSR – Não sabe responder; AI – Apontar incorrectamente;

AC – Apontar correctamente.

>> Depois da administração dos subtestes: obtém-se um

resultado bruto, número de respostas correctas obtido pelo

sujeito num determinado subteste. Cada um dos resultados brutos é transformado num resultado padronizado (quadros do Manual).

>> Ao somar os resultados padronizados da Escala Verbal, obtém-se um QI Verbal, consultando um Quadro do Manual. O mesmo procedimento deve ser aplicado para o QI de Realização.

>> Para se obter o QI Total, somam-se os resultados normalizados dos QI Verbal e de Realização e, em seguida

converte-se o resultado de acordo com uma tabela existente no Manual.

Cotação do teste:

Resultados padronizados, QIs, Índices Factoriais e Idades-teste:

Conversão dos resultados brutos em padronizados:

� Após cotação das respostas de cada subteste, através do

somatório dos resultados de cada item, transferir esses valores para a respectiva página de Resumo;

� Consultar Tabela 36 (pp. 259-280) para transformar os resultados brutos em padronizados, tendo como referencial a

idade cronológica da criança;

� Para calcular os resultados para os Índices Factoriais deverátambém inserir os resultados padronizados nas colunas

respectivas

Cálculo dos somatórios dos resultados padronizados:

� Resultado da subescala Verbal – somatório dos resultados

padronizados dos 5 testes verbais obrigatórios.

� Resultado da subescala Realização – somatório dos

resultados padronizados dos 5 testes de realização obrigatórios.

� Resultado da Escala Total – somatório dos resultados

padronizados nos 10 testes obrigatórios (verbais e de

realização).

Resultado dos Índices Factoriais – somatório dos resultados

padronizados que os compõem:

�Compreensão Verbal: Informação, Semelhanças,

Vocabulário e compreensão;

�Organização Perceptiva: Completamento de Gravuras e

Disposição de Gravuras, Cubos e Composição de

Objectos;

� Velocidade de Processamento: Código e Símbolos.

Cálculo dos QIs e Índices Factoriais:

�Tabelas 37-39 (pp.281-284) - equivalências dos resultados

das subescalas Verbal, Realização e Escala Completa para os

QIs.

- Resultados do QI da Escala completa (Tab 39) não se

estendem para além de 40 e 160 – qualquer resultado

fora, deve registar-se como inferior a 40 ou superior

a 160 – interpretação deve ser efectuada com

precaução.

�Tabelas 40-42 (pp.285-287) – conversão da soma dos

resultados padronizados em Indices.

Cálculo da Idade-Teste:

�Tabela – 44 (p. 289) - pode ser útil comparar os resultados

obtidos com as normas por idade – obtendo-se por cada teste ou

uma idade teste média (soma-se as idades teste média dos

diferentes subtestes e divide-se pelo número de subtestes).

QIs e Índices Factoriais:

�Tabela 13 (p.29) - interpretar a Correspondência entre os QIs

ou índices Factoriais relativamente à média (DP)

Qualificação qualitativa dos níveis de Inteligência

Embora qualitativa baseia-se em propriedades psicométricas,

nomeadamente intervalos de 10 em 10 pontos acima/abaixo da

média, tendo em conta a média de 100:

a inteligência média se, compreendida entre 90 e 100.

Classificação dos níveis de Inteligência:

Muito Inferior (Deficiente Mental ??)69 ou menos

Inferior70-79

Médio Inferior80-89

Médio90-109

Médio Superior110-119

Superior120-129

Muito Superior (Sobredotado??)130 ou mais

ClassificaçãoQ.I.

Informação que se pode extrair das Escalas Wechsler:

QI Escala Completa: representa pontuação total de

inteligência. Revela correlação com outras medidas de

inteligência e com o desempenho escolar.

QI Verbal:

� Bom preditor do desempenho escolar;

� Reflecte a capacidade verbal e linguística e a

familiaridade com a língua e cultura do país;

� Inclui muitos itens relacionados com educação/cultura;

para bom desempenho aluno necessita de aptidões e conhecimentos adquiridos na escola, casa e através da exposição à cultura.

O que se pode analisar para além dos QIs e dos Índices Factoriais?

� Comparação entre o QIv e o QIr;

�Dispersão intertestes:

- comparação entre o resultado de cada teste e a média

global dos testes – Análise do Scatter;

- comparação entre o resultado de cada teste da

realização e a média dos testes de realização;

- comparação entre o resultado de cada teste verbal e a

média dos testes verbais.

Análise resultados

QOTA BRUTA ���� obtém-se a nota bruta através do somatório dos pontos

atribuídos à criança, em cada item, de cada prova.

QOTA POQDERADA ���� a nota bruta é convertida em nota ponderada de

acordo com as tabelas que têm em consideração a idade da criança.

AQÁLISE IQTER – IQDIVIDUAL ���� nesta análise compara-se o resultado

obtido pela criança e os resultados obtidos por outras crianças da mesma

idade.

Q. I. t ����Quociente de Inteligência Global

Q. I. v ����Quociente de Inteligência Verbal

Q. I. r ����Quociente de Inteligência de Realização

Análise resultados

AQÁLISE IQTRA–IQDIVIDUAL � faz-se a comparação entre os

resultados obtidos pela criança/jovem nas várias provas que executou.

� Se a diferença entre o QI v e o QI r for igual ou superior a 12 significa que o resultado do teste não é muito fiável, pelo que a análise intra –

individual é a mais importante.

� Se a diferença entre o QI v e o QI r for igual ou superior a 12, a análise das provas tem que ser feita em dois grupos distintos: por um lado, a

análise das provas verbais; de outro, a análise das provas de realização.

(Faz-se através de dois Scatters) ���� RACIOCÍQIO HETEROGÉQEO

���� Se a diferença entre o QI v e o QI r for inferior a 12, os resultados são fiáveis, pelo que se elabora apenas um gráfico (um Scatter), com todas as

provas, comparando-as entre si ���� RACIOCÍQIO HOMOGÉQEO

Análise resultados

MÉTODO DOS SINAIS PARA A CONSTRUÇÃO DOS SCATTERSEncontra-se a média das diferentes provas e relacionam-se todos os valores

com esta média (total de cada prova, a dividir pelo número de provas).

O valor obtido é considerado 0 (média X) ao que se soma e se subtrai

sucessivamente o valor 1,5 de acordo com a regra presente no quadro.

Análise de Resultados

Analisar depois onde cada uma das provas recai e se a ela

corresponde um 0, +, ++; +++ ou -, --; ---.

Conforme a análise assim apela para áreas médias , mais elevadas ou

mais fracas.

Análise de resultados

QI Verbal:

� Crianças que não entendam bem a língua, de outra cultura ou que não tenham tido educação escolar formal -em desvantagem;

� Alunos com problemas auditivos, de fala, provenientes de ambientes pouco estimuladores do ponto de vista verbalestão em desvantagem.

Pode não constituir uma boa medida de inteligência;

deve considerar-se o contexto ambiental e história pré-

via da criança para interpretar os resultados; o QI de

realização pode nestas situações constituir uma medida

mais válida.

QI de Realização:

� Menos relacionado com conteúdos verbais e culturais;

� Possível obter-se QI de realização elevado sem proferir uma

palavra;

� Desempenho não depende de factores culturais – medida

mais justa e isenta;

� Fornece estimativa da capacidade fluida (Código, Cubos,

Pesquisa de símbolos);

� Alunos com problemas verbais, de linguagem ou de outros

contextos culturais podem obter QIr superior ao QIv;

� Pouco ou nada relacionado com o desempenho escolar.

O Que Mede a WISC-III ? – Subtestes Verbais2 - Informação - informação precedente da experiência e da educação

�conhecimentos adquiridos e factos globais; respostas certas muito dependentes da educação (aprendizagem formal);

�determina a quantidade de informação que o sujeito tomou do meio circundante; também reflecte a ambição intelectual enquanto influenciada pela educação cultural;

�indicações sobre o ajustamento/adaptação da personalidade da criança e sobre a sua pobreza ou fluidez verbal;

� pontuações altas indicam boa memória remota e reflectem uma viveza e interesse pelo meio ambiente circundante; criança intelectualmente ambiciosa;

�pontuação muito baixa pode indicar que se trata de uma criança com limitações intelectuais.

4 - Semelhanças – raciocínio lógico e abstracto

�determina os aspectos qualitativos das relações que o sujeito recolheu do ambiente;

�mede a capacidade verbal abstracta de resolver problemas;

�exige utilização das operações de memória remota, da capacidade de compreensão, do pensamento associativo e dos interesses e leituras do sujeito;

� capacidade para seleccionar e verbalizar as relações apropriadas entre 2 objectos ou conceitos aparentemente distintos;

�reflecte a capacidade para efectuar diferentes graus de abstracção;

�pode predizer sucesso escolar nas áreas verbais.

6 - Aritmética – raciocínio numérico e aritmético

�mede a memória auditiva de curto prazo;

� requer uma manipulação significativa de padrões complexos de pensamento;

�medida da potencialidade da criança para utilizar conceitos abstractos e operações numéricas que são medida do desenvolvimento cognitivo;

�proporciona meio para conhecer como a criança relaciona os factos cognitivos e não-cognitivos em termos de pensamento e execução;

� respostas correctas dependem ainda da capacidade de concentração;

�revela as atitudes da criança face aos seus resultados escolares;

� pontuação elevada pode indicar boa capacidade de concentração; pontuação baixa pode indicar distracção e pouca atenção ou resultados escolares fracos.

10 - Compreensão – conhecimento prático e juízo social

� capacidade de julgar, o conhecimento prático, o juízo social e a capacidade de raciocinar empiricamente;

� determinar a capacidade da criança para utilizar o juízo prático em actos sociais do dia-a-dia, até que grau interiorizou a cultura social e até que grau desenvolveu uma consciência madura ou sentido moral;

�determina se a criança pode utilizar de modo socialmente aceitável as experiências que recolheu do meio ambiente e indica até que ponto a criança assimilou os conhecimentos sociais convencionais;

�êxito depende tanto da informação prática das potencialidade para avaliar e utilizar a experiência passada de maneira socialmente aceitável;

�respostas certas dependem da variedade substancial de experiências;

�é influenciada pela capacidade de verbalização e reflecte o estado emocional da criança;

�pontuações altas podem indicar: astúcia, qualidades práticas, vasta experiência, organização superior do conhecimento, madureza social, capacidade para verbalizar bem;

�pontuações baixas podem indicar uma limitação da capacidade da criança para enfrentar o seu ambiente do dia-a-dia.

10- Compreensão – conhecimento prático e juízo social (cont.)

6 - Vocabulário - conhecimento das palavras provenientes da experiência e da educação

�mede o conhecimento do significado de palavras;

�melhor medida isolada do nível de inteligência geral;

� proporciona excelente imagem do conjunto da capacidade de aprendizagem do sujeito, das suas informações, da riqueza das suas ideias, do tipo e qualidade da sua linguagem, do grau do pensamento abstracto e do carácter dos processos de pensamento;

�reflecte o nível de educação e o ambiente da criança;

�respostas correctas estão dependentes do nível de aprendizagem (educação formal);

�pode também, predizer sucesso escolar nas áreas verbais;

�pontuações boas indicam um bom ambiente cultural, familiar e uma boa escolarização.

12 - Memória de dígitos – atenção e memória mecânica

�mede a memória auditiva sequencial de curto prazo;

� determina o nível de capacidade de atenção e a memória imediata (atenção);

�o nível de agilidade mental é aqui importante;

�resultados dependem também da capacidade de concentração do sujeito;

�é um subteste que pode criar alguma ansiedade.

Subtestes de Realização 1- Completamento de gravuras – agudeza visual e memória visual

�requer a identificação visual de objectos, formas e utensílios familiares, com a consequente capacidade para identificar e isolar as características essenciais das não-essenciais;

�mede a capacidade de identificar visualmente detalhes comuns (vulgares) do dia-a-dia;

�este subteste também requer a capacidade de separar detalhes visuais essenciais dos não-essenciais;

�a atenção e a concentração são factores importantes nesta prova.

5 - Disposição de gravuras - interpretação das situações sociais

�está relacionada com factores como a percepção, a compreensão visual e o planeamento de situações consecutivas e causais e a sua síntese em conjuntos inteligíveis;

�pode indicar sensibilidade social;

�mede a capacidade visuo-motora de juntar as partes num todo;

�mede a capacidade de visualmente pensar sequencialmente;

�mede a capacidade de compreender a relação causa-efeito do comportamento humano;

�mede ainda a chamada inteligência social ou capacidade de adaptação social.

7 – Cubos - análise e síntese de factos abstractos

�permite explorar a percepção, análise, a síntese e a reprodução de desenhos abstractos;

�proporciona uma boa medida não-verbal de raciocínio;

�mede a capacidade abstracta não-verbal de resolver problemas;

�mede a coordenação visuo-motora e as relações espaciais;

� este subteste é talvez o mais importante dos subtestes de realização quanto à medição da inteligência básica não verbal.

9 - Composição de objectos – síntese de formas concretas

�requer uma percepção adequada, boa coordenação visuo-motora e capacidade para realizar composições;

�mostra uma certa antecipação visual das relações da parte com o todo e flexibilidade para trabalhar com uma meta que pode ser desconhecida ao princípio;

� requer capacidade de síntese de formas concretas visuais;

�mede a coordenação visuo-motora;

�mede as relações espaciais e a capacidade de juntar as partes num todo.

3 - Código – rapidez de aprendizagem e escrita de símbolos

�explora a destreza visuomotora e o manejo do lápis;

� requer capacidade para compreender um material novo apresentado num contexto associado;

� a rapidez e a precisão são importantes para o êxito nesta prova;

�mede a coordenação visuo-motora, a destreza manual e a flexibilidade (capacidade de mudar conceptualmente);

� este subteste é tido como um indicador da capacidade de aprender material novo;

�mede a memória visual.

13 - Labirintos – planeamento e seguimento de um modelo visual

�mede a capacidade de planear e antecipar e a coordenação visuo-motora.

INTERPRETAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA DA WISC

Hemisfério esquerdoHemisfério direito

Digítos

Lóbulo temporal esquerdoLóbulo frontal esquerdo

Vocabulário

Lóbulo frontal esquerdoSemelhanças

Formação reticularHemisfério esquerdo

Aritmética

Lóbulo frontal esquerdoÁreas frontotemporais esquerdos

Compreensão

Lóbulo frontal esquerdoLóbulo temporal esquerdo

Informação

ESTRUTURA QEUROLÓGICASUBTESTE

Lóbulo occipital direitoLóbulo temporoparietal direitoLóbulos frontais

Labirintos

Lóbulo occipital direitoLóbulo temporoparietal direito

Código

Lóbulo occipital direitoLóbulo parietal direito

Composição de objectos

Lóbulo occipital direitoLóbulo temporal direitoLóbulo parietal direito

Cubos

Lóbulo occipital direitoLóbulos frontais

Disposição de gravuras

Lóbulo occipital direitoLóbulo temporal direito

Completamento de gravuras

ESTRUTURA QEUROLÓGICASUBTESTE

INTERPRETAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA DA WISC

Índice de Compreensão Verbal:

Testes: Informação, Semelhanças, Vocabulário, Compreensão.

� Reflectem a influência da educação e da cultura;

� Baixa pontuação pode indicar: falta de oportunidades educativas e culturais; aptidões verbais pobres ou outro problema

cultural; problemas de linguagem, auditivos ou visuais;

�Elevada pontuação pode reflectir: boas aptidões verbais, boas oportunidades educativas e culturais; ambientes familiares

onde a escolaridade e cultura são altamente valorizados e

encorajados.

Índice de Organização Perceptiva:

Testes: Completamento de Gravuras, Disposição de Gravuras,

Cubos, Composição de Objectos.

� Medida da dimensão organizativa e perceptiva, reflecte a

capacidade para interpretar e/ou organizar material visual.

� Pode interferir com as pontuações os problemas visuais, nos

membros, e/ou motores ou visuo-motores.

�Baixa pontuação pode indicar: fracas capacidades de organização visual ou existência de problema perceptivo

(necessidade de avaliação médica, sobretudo se obtém QIV

superior).

Índice de Velocidade de Processamento:

Testes: Código, Pesquisa de Símbolos.

� Envolve o processamento de informação não verbal; o aluno

tem de processar a informação num tempo determinado e

reconhecer um símbolo ou número. Exige também memória a

curto prazo.

� Envolve:

- Rapidez cognitiva e motora;

- Capacidade de planificação;

- Memória visual;

- Coordenação visuo-motora;

- Atenção;

- Motivação para a realização.

Índice de Velocidade de Processamento (cont.):

�A velocidade ou rapidez é importante para um bom

desempenho; crianças mais lentas ficam em desvantagem;

� Desempenho pode ser influenciado negativamente pela

ansiedade;

� Muitas actividades escolares dependem da velocidade do

processamento (ex.: fazer correspondências entre palavras e

objectos);

� Está indirectamente relacionado com a distracção, requer que

o aluno preste atenção e se concentre.

WPPSI; WPPSI-R

� WPPSI - pré-escolar – dos 4 / 6 anos (3,9m/6,9m).

�WPPSI –R - pré-escolar – dos 3/ 6 anos e 6 meses (Vers. Portug.).

�Aplicação: Individual; Duração: 1 h e 30 m;

�Composição: 12 Testes (10 obrigatórios + 2 suplementares)

Escala de realização: 6 subtestes; tarefas essencialmente

perceptivo-motoras – resposta não verbal;

Escala Verbal: 6 subtestes; tarefas que suscitam resposta

essencialmente verbal.

Utilidade: aplicação em contexto escolar

� Valor preditivo em termos de rendimento escolar:

- quando se pretende tomar determinadas decisões sobre o futuro escolar da criança (adiamento ou antecipação na Escolaridade obrigatória);

�Em termos da QEE:

- contribuir para a identificação de crianças com QEE e subsequente planificação individualizada;

- revela-se útil no diagnóstico precoce de deficiênciamental (embora impossível aos 3 anos);

- na identificação de sobredotados (QI > 130)

Utilidade: aplicação em contexto escolar (cont.)

� Outros casos em que se pode justificar a sua aplicação:

� Atraso de Desenvolvimento Global, Dificuldades de Aprendizagem (tipicamente QI – média/média baixa QIr>QIv,

contido estes resultados também podem existir nas crianças sem

DA);

� Perturbações de linguagem (tipicamente QI - 1DP abaixo da

média;

� Antecipação e adiamento da matrícula no 1º ano de

escolaridade.