Prevenção Das Doenças Da Mucosa Bucal

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Prevenção Das Doenças Da Mucosa Bucal

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PREVENÇÃO DAS DOENÇAS DA

MUCOSA BUCAL

Profª JAMILE MARINHO B. DE OLIVEIRA

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

A saúde da mucosa bucal

• Condições adquiridas do meio• Fatores – estilo de vida• Genética• Fatores biológicos, físicos e químicos

Integridade da mucosa

• Importante na proteção da boca

• Nutrição adequada

• Imunidade intacta

CARCINOMA DE CÉLULAS

ESCAMOSAS

HOMENS MULHERES

Países desenvolvidos 10ª 16ª

Países em desenvolvimento 7ª 9ª

América do sul 7ª 14ª

Brasil 6ª 10ª

Representação espacial das taxas brutas de incidência de câncer bucal por 100 mil homens, estimadas para 2008, segundo a Unidade da Federação.

MS / INCA, 2007

Warnakulasuriya (2009)

Representação espacial das taxas brutas de incidência de câncer bucal por 100 mil mulheres, estimadas para 2008, segundo a Unidade da Federação.

MS / INCA, 2007

Warnakulasuriya (2009)

MS / INCA, 2007

Estimativas para 2010 de no de casos novos por câncer em homens e mulheres segundo localização primária no Brasil

Estimativas para 2010 de no de casos novos de câncer por capital

MS / INCA, 2007

Diagnóstico tardio

Paciente – não conhece os sinais do câncer oral

Profissionais – despreparados

• Mais de 50% dos pacientes – metástases

(James Sciubba, 1999)

CÂNCER DE BOCACÂNCER DE BOCA

CARCINOMA EPIDERMÓIDECARCINOMA EPIDERMÓIDECarcinoma espinocelular ou de células escamosasCarcinoma espinocelular ou de células escamosas

FATORES FATORES INTRÍNSECOSINTRÍNSECOS

FATORES FATORES EXTRÍNSECOSEXTRÍNSECOS

FATORES NUTRICIONAIS FATORES IMUNOLÓGICOS HEREDITARIEDADE

AGENTES QUÍMICOS AGENTES FÍSICOS AGENTES BIOLÓGICOS

CÂNCER DE BOCACÂNCER DE BOCA

No tabaco e em sua fumaça existem cerca de 4.700

substâncias tóxicas, das quais 60 apresentam ação

carcinogênica:

•Hidrocarbonetos policíclicos•Nitrosaminas

TABAGISMOTABAGISMO

Carcinoma e epidermóide de rebordo inferior em paciente fumante de cigarro

industrializado há 30 anos

Paciente 40 anos mascador de fumo

• Presença de substâncias carcinogênicas: nitrosaminas,

hidrocrabonetos aromáticos

• Injúria celular produzida pelos metabólitos do etanol

• Deficiências nutricionais secundárias

ETILISMOETILISMO

• ALTO RISCO ONCOGÊNICO

mucosas – 16, 18, 31 e 35

HPVHPV

Anemia – ferro (manutenção das células epiteliais)

Vitamina A

Frutas e vegetais

“ Em geral, quanto mais um micronutriente correlacionava-se ao total de vegetais e frutas ingeridos,

maior era seu efeito protetor contra o câncer bucal.”

(Negri et al. 2000)

• SEXO

• IDADE

• RAÇA

• LÍNGUA

• LÁBIO INFERIOR

• ASSOALHO

• PALATO

• MUCOSA JUGAL

• GENGIVA INFERIOR

LOCALIZAÇÕES

Conduta:Esclarecimento

ao Paciente

Visitas periódicas DENTISTA

MONITORAMENTO

CONTROLE CLÍNICO

Medidas profiláticas

FOTOPROTEÇÃO

Eliminação de lesões cancerizáveis e malignas

CÂNCER ORALCÂNCER ORAL

Progressão biológica do tumor Progressão biológica do tumor

Núcleo de Câncer Oral, UEFS

FATORES DE RISCO A SEREM EVITADOSFATORES DE RISCO A SEREM EVITADOS

• FUMO

• ÁLCOOL

• EXPOSIÇÃO DEMORADA AO SOL SEM A DEVIDA

PROTEÇÃO

• PRESENÇA DE FATORES IRRITANTES NA BOCA

(próteses mal adaptadas, dentes e/ou restaurações

fraturados, tártaros)

Em quem procurar o câncer de boca?Em quem procurar o câncer de boca?

• ♂ com idade superior a 40 anos

• Tabagistas crônicos

• Etilistas crônicos

• Indivíduos com má higiene oral

• Indivíduos com fatores irritantes crônicos em mucosa oral

• Indivíduos sofrendo de desnutrição ou imunossuprimidos

• Posicione-se em frente ao espelho

• Caso faça uso de alguma prótese, retire-a

• Faça um bochecho ou escovação e lave bem as mãos

• Observe toda a pele da face e do pescoço

Apalpe toda a região do pescoço, procurando alguma modificação

Com um dos polegares apalpe todo o contorno do queixo

Puxe o lábio inferior para baixo e observe. Apalpe todo o lábio e faça o mesmo para o lábio superior

Com o dedo indicador e o polegar, percorra toda a gengiva superior e inferior

Com as pontas dos dedos indicadores afaste a bochecha para examinar sua parte interna. Faça isso dos dois lados

Coloque a língua para fora e observe sua parte de cima, apalpando-a. Depois levante a língua até tocar o palato (céu da boca) e observe. Apalpe todo o assoalho da boca

Puxe a língua para um lado e depois para o outro, observando as laterais da mesma.

Para finalizar, incline a cabeça para trás e abrindo a boca o máximo possível, examine e apalpe o palato (céu da boca). Em seguida diga Áááááá..... e observe a garganta.

O que procurar?O que procurar?

• Mudanças na cor da pele e mucosas (manchas

brancas, vermelhas, marrons e enegrecidas)

• Endurecimentos

• “Caroços”

• Feridas que não cicatrizam há mais de 10 dias

• Aumentos de volume

• Áreas dormentes

• Dentes “amolecidos”

CANDIDÍASE

Infecção fúngica oral mais comumGênero Candida (C. albicans)Microbiota oral

Virulência do fungoEstado imunológico

Meio ambiente bucal

PREVENÇÃO

• Estomatite por prótese• Não usar à noite • Escovação• Soluções para desinfetar: gluconato de clorexidina 0,12%

FATORES DO ESTILO DE VIDA NA

PREVENÇÃO DAS DOENÇAS DA MUCOSA

BUCAL

Causas de danos na mucosa oral:

• Estilo de vida

• Traumas

• Produtos químicos

Causas das lesões quimicamente induzidas

• Drogas (analgésicos, cocaína, tabaco sem fumaça)

• Colutórios ( clorexidina, com álcool)• Produtos odontológicos (ácidos, resinas)

“O diagnóstico é feito pela história e características clínicas.”

PREVENÇÃOIdentificando a causa e evitando-a!

AnamneseQuestionário

Exame Físico Visualização

doPaciente

PREVENINDO DOENÇAS DA MUCOSA ATRAVÉS

DA NUTRIÇÃO

“Deficiências nutricionais podem prejudicar a saúde da mucosa bucal e

as defesas imunes da boca.”

(Murray et al. 2005)

Defeitos nutricionais que causam doenças na mucosa bucal

• Deficiência de proteína• Ingestão excessiva de gordura e ácidos graxos• Deficiência de vitamina A• Hipervitaminose A• Deficiência de vitamina B1, B2, B6, B12• Deficiência de vitamina C, D, E, K• Deficiência de ácido fólico• Deficiência de ferro

Deficiência nutricional: manifestações bucais

• Candidose• Ulceração• Glossite• Estomatite angular• Síndrome da ardência bucal• Sangramento gengival• Hemorragia pós-extração

IMUNOCOMPROMETIDOS

“ As infecções bucais em pessoas imunocomprometidas podem ser

prevenidas pelo tratamento profilático, principalmente com agentes

antifúngicos e antivirais.”

ULCERAÇÃO AFTOSA RECORRENTE

Possíveis fatores associados:• Genéticos• Agentes infecciosos• Trauma• Estresse• Alimentos/ drogas• Defeitos imunes• Desequilíbrio hormonal• Fumo• Desordens gástricas

Alergia alimentar

Predisposição GenéticaDeficiências nutricionais

Anormalidades hematológicas

Influências Hormonais

Agentes infecciosos

Trauma

Estresse

Pesquisar doenças associadasPesquisar fatores precipitantes

Orientações preventivas

REAÇÕES ALÉRGICAS

“ As reações alérgicas que se originam na boca podem ser prevenidas

identificando a causa e evitando-a.”

• Abordagem do paciente

Queixa principalHistória da doença atual

História Médica

História odontológica

Exame físico

Revisão das informaçõesDiagnóstico diferencial

Testes clínicosTestes laboratoriaisEstudo por imagens

Diagnóstico definitivo

O exame clínico permite atribuir valores aos

sinais e sintomas

Genovese

Diálogo franco entre examinador e paciente

Examinador – disposição para ouvir

• As intervenções nos indivíduos e nos grupos sociais devem atuar sobre os fatores etiológicos

• Implementadas pelo Estado – restrição ao consumo do tabaco

• Campanhas de esclarecimentos

Considerações Finais

• Cirurgião-dentista – atividades de educação para a saúde

• Ação integrada

• Formulação de políticas – legislação, medidas fiscais, políticas de saúde bucal

Considerações Finais

Considerações Finais

“ A forma com que prevenimos e

tratamos uma doença depende do que

dela sabemos”

1. Brasileiro Filho, G. Bogliolo - Patologia Geral. 2ª edição, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 1998.

3. Neville, BW; Damm, DD; Allen, CMA; Bouquot, JE. Patologia Oral & Maxilofacial. Guanabara

Koogan, Rio de Janeiro, 2004.

4. Regezi, JA; Sciubba, JJ. Patologia Oral e Correlações Clinicopatológicas. 3ª edição. Guanabara

Koogan, Rio de Janeiro, 2000.

5. Tommasi, AF. Diagnóstico em Patologia Oral. 3ª edição. PANCAST Editora, São Paulo, 2002.

6. BORAKS, S. Diagnóstico oral. 2ª edição. Artes Médicas, São Paulo, 1999.

7. SILVERMAN, S.; EVERSOLE L.R.; TRUELOVE, E.L. Fundamentos de medicina oral. 2ª edição,

Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2004.

8. Instituto Nacional de Câncer Coordenação de Prevenção e Vigilância Estimativas 2008: Incidência de

Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2007. 

9. Instituto Nacional de Câncer; Ministério da Saúde. Câncer no Brasil: dados dos registros de base

populacional, vol 3. Rio de Janeiro (Brasil): INCA; 2003.

10. Departamento de Informação e Informática do SUS; Ministério da Saúde. Sistema de informação

sobre mortalidade 2003: dados de declaração de óbito. Brasília, DF (Brasil): DATASUS; 2005.

Referências

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