View
220
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
1/156
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
2/156
2MEDIUNIDADE
TUDO O QUE VOC PRECISA SABER
RICHARD SIMONETTI
Algumas pessoas contestam os fen-menos espritas precisamente porque tais
fenmenos lhes parecem estar fora da leicomum e porque no logram achar-lhesqualquer explicao.
Dai-lhes uma base racional e a dvida
desaparecer. A explicao, neste sculo emque ningum se contenta com palavras,constitui, pois, poderoso motivo de convic-o.
Da o vermos, todos os dias, pessoas,que nenhum fato testemunharam, que noobservaram uma mesa agitar-se, ou um m-dium escrever, se tornarem to convencidasquanto ns, unicamente porque leram ecompreenderam.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
3/156
3Se houvssemos de somente acredi-
tar no que vemos com os nossos olhos, abem pouco se reduziriam as nossas convic-es.
Allan Kardec, captulo II de O Livrodos Mdiuns, item 17
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
4/156
4Sumrio
Antipasto
Mdium Homem e Homem MdiumInfluncias Espirituais
Desajustes EspirituaisInfluncias AmbientesPasse MagnticoPassistasExotismoIniciaoIniciao MedinicaPor que ParticiparEspritos SofredoresReunies PrivativasDireo dos Trabalhos
Doutrinaes SimultneasHorrioCeqncia
VibraesAinda as Vibraes
Preparo
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
5/156
5AnimismoConcentraoSupostas DoenasImpedimentosPsicografia
VidnciaIncorporao
Dificuldades IniciaisDesistnciaParticipantesMaterializaoReceiturio Medinico
Mdiuns CuradoresNatureza das ReuniesReunies Domsticas
Ambiente FsicoDificuldades
GuiasO Grande Exemplo
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
6/156
6ANTIPASTO
Nos servios de atendimento fraterno,no Centro Esprita Amor e Caridade, em Bau-ru, deparamos, freqentemente, com pesso-as envolvidas em situaes perturbadoras:
Enxergam vultos estranhos... Ouvem sons de origem desconheci-
da... Objetos desaparecem e reaparecem,
inusitadamente...
Males fsicos vm e vo, sem etiolo-gia definida...
Idias estranhas e impertinentes ins-talam-se em sua mente...
Sentimentos contraditrios, da eufo-
ria depresso, da alegria tristeza, do bomnimo ao desalento, alternam-se misterio-samente...
Desentendimentos injustificveis as-saltam seu lar...
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
7/156
7Descontando alguma dose de imagi-
nao que costuma marcar relatos dessanatureza, podemos considerar a possibilida-de de estarmos diante de fenmenos medi-nicos, envolvendo a interferncia dos Espri-tos.
Por ignorarem o assunto, afligem-seos consulentes, julgando-se "ruins da cabe-a" ou a lidar com o "tinhoso". O Espiritismo abenoada luz que clareia os caminhos emrelao a essas ocorrncias, oferecendo-nos
ampla viso do mundo espiritual, com o co-nhecimento dos mecanismos que regem ocontato entre os que vivem l e ns outros,que vivemos c, aprisionados no corpo.
O objetivo destas pginas oferecerao leitor uma iniciao nos domnios do co-nhecimento esprita, ajudando-o a lidar comfenmenos dessa natureza. Elementar a ne-cessidade de aprendermos a controla-los,
afim de no sermos controlados por eles.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
8/156
8No nos move a pretenso de um
tratado sobre o assunto, mesmo porque fal-ta-nos competncia para isso. Ademais, j otemos, perfeito, nas pginas de O Livro dosMdiuns, indispensvel aos interessados emconhecer os mecanismos que regem o inter-cmbio entre o plano fsico e o espiritual
Este apenas uma entrada, o "anti-pasto" dos italianos.
Espero lhe parea degustvel, moti-
vando-o ao prato principal, a obra monu-mental de Allan Kardec.
Bom proveito e "buono appetito "!
Bauru, dezembro de 2002
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
9/156
9MDIUM HOMEM E HOMEM M-
DIUM1 - O que mediunidade?Em sua expresso mais simples, trata-
se da sensibilidade influncia do mundo
espiritual. o "sexto sentido ", que nos colo-ca em contato com o mundo dos Espritos,assim como o tato, o paladar, o olfato, a vi-so e a audio nos colocam em contatocom o mundo dos homens.
2 - Isso significa que todos somosmdiuns?
Todos temos sensibilidade que noshabilita a receber influncias espirituais. Nemtodos, entretanto, somos suficientemente
sensveis para produzir fenmenos medini-cos.
3 - O que determina essa diferen-a?
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
10/156
10Imaginemos algum vestindo com-
pacta armadura que o impea de ver e ouviro que se passa ao seu redor. o que ocorreconosco, quando reencarnamos. Vestimosdenso traje de carne que
inibe nossas percepes espirituais. O m-
dium algum com uma abertura nessa"blindagem".
4 - Essa abertura de ordem fsi-ca? Est no corpo?
A mediunidade uma faculdade espi-ritual, inerente a todos os Espritos. Quandoreencarnamos, fica sujeita s condies docorpo. Neste aspecto podemos dizer que orgnica, porqanto subordinada a uma es-
trutura fsica que no iniba o contato maisamplo com o mundo espiritual.
5 - Tem algo a ver com a heredi-tariedade?
A mediunidade no se subordina gentica. O intermedirio entre os dois pla-
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
11/156
11nos algum que foi preparado para issono Mundo Espiritual, submetendo-se a estu-dos e operaes magnticas, bem como auma adequao do corpo fsico, de forma ater a sensibilidade necessria.
6 - E quando os filhos de um m-
dium experimentam fenmenos medi-nicos? No h a um componente gen-tico?
Da mesma forma que temos famliasde msicos e de mdicos, podemos ter fam-
lias de mdiuns, no por hereditariedade,mas por afinidade. So Espritos afins. Li-gam-se pelos laos da consanginidade pararealizar determinadas tarefas.
7 - Como denominar esses doistipos de sensibilidade maior e menor?Podemos definir mdium homem co-
mo uma condio inerente ao ser humano.Todos sofremos a influncia dos Espritos. E
h o homem mdium, o indivduo dotado de
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
12/156
12uma sensibilidade maior, que o habilita aointercmbio com o Alm.
8 - No seria mais fcil usar ter-mos diferentes para distinguir um dooutro, o geral, do particular?
No, porque no so faculdades dis-
tintas em essncia. Apenas particularidades.H pessoas que tm o chamado "ouvido mu-sical"; reproduzem qualquer msica, semestudo; e h as incapazes de dedilhar a maissingela cano. Em ambos os casos, so ca-
ractersticas de uma mesma faculdade a au-dio. Algo semelhante acontece com a me-diunidade. Todos temos "ouvidos" para omundo espiritual; alguns "ouvem" melhor,habilitando-se comunicao com os Espri-
tos.
INFLUNCIAS ESPIRITUAIS
1 - Geralmente as pessoas tm di-
ficuldade para manter a estabilidade
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
13/156
13emocional. Variam muito, da tristeza alegria, da depresso euforia, dobom nimo ao desalento. Nem sempreessas emoes esto associadas ao dia-a-dia. Tem algo a ver com mediunida-de?
Sem dvida! Essa ciclotimia, essa di-
versificao inexplicvel de estados emocio-nais, est associada natureza dos Espritosque se aproximam de ns, das influnciasque sofremos.
2 - As almas dos mortos?Sim. Homem desencarnados, libertos
da matria, mas presos aos interesses hu-manos. Permanecem entre ns e nos influ-enciam, motivam e at conduzem. Na ques-
to 459, de O Livro dos Espritos, os mento-res espirituais que respondem a Kardec in-formam que essa influncia to intensaque, no raro, so eles que nos dirigem.
3 - Por que fazem isso? Qual oseu propsito?
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
14/156
14 As motivaes desses Espritos a-
tendem sua prpria condio. H os queesto perplexos e querem ajuda; os que sedivertem em atazanar os encarnados; os queexercem vingana; os que se vinculam aosvcios e desejam intermedirios para satisfa-zer-se...
4 - Como distinguir nosso pensa-mento daquele que inspirado por umdesencarnado?
Em princpio difcil, porquanto o flu-
xo mental dos Espritos aos quais nos associ-amos exprime-se em nossa mente como sefossem nossos pensamentos, algo de nossontimo.
5 - Isso significa que tanto pen-samentos quanto emoes podem re-fletir simplesmente o que se passa como Esprito que se aproxima?
Exatamente, mas preciso considerar
a questo da sintonia. Geralmente essas en-
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
15/156
15tidades guardam compatibilidade comnossa maneira de ser, tendncias e idias.
6 - Segundo esse princpio, seriaimpossvel, por exemplo, um Espritoinduzir ao suicdio algum que jamaiscogitasse de tal iniciativa?
Sim, se o desencarnado consegue in-cutir na
pessoa o desejo de matar-se, certamente ela simptica a essa idia, admite-a e chega a
acalent-la.
7 - Como podemos superar essasinfluncias negativas, habili tando-nosa receber apenas boas influncias?
Na questo 469, de O Livro dos Espri-tos, Kardec faz essa mesma pergunta. Omentor proclama, incisivamente: Praticandoo Bem e pondo em Deus a vossa confiana...Temos a precioso roteiro para nos livrarmos
de influncias negativas.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
16/156
168 - Como funciona?
A confiana em Deus sustenta o equi-lbrio das emoes, nas situaes difceis,evitando os estados depressivos que nostornam vulnerveis s influncias inferiores;a prtica do Bem nos coloca em sintonia comas fontes da Vida, facultando a infalvel pro-
teo dos benfeitores espirituais.
DESAJUSTES ESPIRITUAIS
1 - comum a pessoa com pro-blemas, envolvendo depresso, angs-tia, doenas crnicas, ser informada noCentro Esprita: "voc mdium". Devedesenvolver sua mediunidade para sa-rar?
o que dizem os dirigentes espritasmenos avisados. No podemos confundirdesajuste espiritual com mediunidade a de-senvolver.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
17/156
172 - Mas h casos em que a pes-
soa vivencia fenmenos espirituais,vendo e sentindo os Espritos...
Se estiver tensa, doente e nervosa,em face de seus problemas existenciais, ex-perimentar uma superexcitao psquicaque poder lev-la a ver e sentir o mundo
espiritual. No significa que tenha mediuni-dade a desenvolver.
3 - O que deve fazer?Tratar-se espiritualmente, procurando
um Centro Esprita bem orientado, onde fun-cione o "atendimento fraterno", e um com-panheiro esclarecido que a oriente quanto sprovidncias necessrias em favor de suaestabilidade fsica e psquica.
4 - Ao falar em Centro Espritabem orientado voc quer dizer que hos que no tm boa orientao?
Infelizmente, sim. Nem sempre os di-
rigentes preocupam-se com o estudo dasobras bsicas da Doutrina, particularmente O
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
18/156
18Livro dos Mdiuns, em se tratando de me-diunidade. Fazem um Espiritismo " moda dacasa", distanciando-se das normas.
5 - Como a pessoa vai saber seseus problemas so decorrentes do de-sabrochar de uma faculdade medinica
ou mero fruto de desajustes espiritu-ais?
Em princpio no deve se preocuparcom isso. Ainda que tenha mediunidade adesenvolver, fundamental que faa o tra-
tamento espiritual e supere seus desajustes.Depois se cogitar dessa possibilidade.
6 - Mas, se for mdium, como po-der ajustar-se sem freqentar reuni-
es medinicas?Seu equilbrio no est subordinado aessa participao. Sua presena, em princ-pio, contraproducente. Se for mdium,ampliar sua sensibilidade, sem saber como
control-la. Acentuar os prprios desajus-tes.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
19/156
197 - No que consiste esse "trata-
mento espiritual"?Basicamente, seria a aplicao de
passes magnticos, o encaminhamento deseu nome s reunies medinicas adequadasa essa assistncia, o uso da gua fluidificada
e a assimilao de orientao doutrinria,envolvendo reunies pblicas e leitura delivros espritas indicados.
8 - No raro a pessoa est sob
cuidados mdicos. Como fica?Deve ser alertada de que o tratamen-
to espiritual no dispensa o concurso do m-dico. Psiquismo exacerbado por influnciasespirituais ou desajustes medinicos tm
repercusso no corpo fsico, originando, noraro, problemas que exigem a ateno deespecialistas. O ideal, portanto, ser conju-gar ambos os tratamentos.
INFLUNCIAS AMBIENTES
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
20/156
20
1 - difcil encontrar pessoas queguardam perfeita estabilidade emocio-nal e fsica. Tem algo a ver com a sen-sibilidade medinica?
Tem tudo a ver. Vivemos mergulhadosnum oceano de vibraes mentais, emitidaspor Espritos encarnados e desencarnados.
Assim como podemos ser contaminados porvrus e bactrias, tambm sofremos conta-minaes espirituais que geram alteraesem nossos estados de nimo.
2 - Isso explica por que as pesso-as tendem a ficar deprimidas num vel-rio e felizes num casamento?
Sem dvida. O ambiente e as situa-
es exercem grande influncia. Lembro-meda morte de Arton Senna. Provocou imensacomoo popular, at naqueles que no a-companhavam suas proezas no automobilis-mo. A emoo se expande e pode envolver
multides.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
21/156
213 - Explica, tambm, as atrocida-
des cometidas por soldados, numaguerra?
A guerra produz lamentveis epidemi-as de maldade, em face de nossa inferiorida-de. A crueldade tem livre acesso em cora-
es ainda dominados pelos impulsos instin-tivos da animalidade. Propaga-se com a ra-pidez de um rastilho de plvora.
4 - No lar parece acontecer algo
semelhante, quando as pessoas perdemo controle e se agridem com gritos epalavres, descendo no raro agres-so fsica...
Em nenhum outro lugar demonstra-
mos com maior propriedade nossa inferiori-dade. No lar rompe-se o verniz social. Aspessoas mostram o que so. Como no hsantos na Terra, conturba-se o ambiente,favorecendo contaminaes de agressivida-
de, que envolvem os membros da casa.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
22/156
225 - Como evitar isso? preciso desenvolver e fortalecer de-
fesas espirituais, elevando nosso padro vi-bratrio, sintonizando numa freqncia quenos coloque acima das perturbaes do am-biente.
6 - Como funciona essa questoda sintonia?
Tomemos, por exemplo, as ondashertzianas, nas transmisses radiofnicas.Elas se expandem dentro de freqncia es-
pecfica. Para ouvir determinada emissoragiramos o dial e a sintonizamos. Nossa men-te um poderoso emissor e receptor de vi-braes e tendemos a sintonizar com multi-des que se afinam mentalmente conosco.
7 - Que providncias devemostomar para uma
sintonia saudvel?Consideremos, em princpio, que ela
determinada pela natureza de nossos pen-samentos. Lembrando o velho ditado "dize-
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
23/156
23me com quem andas e te direi quem s ",podemos afirmar "dize-me a natureza deteus pensamentos e te direi que influnciasirs assimilar".
8 - Isso significa que equilbrio edesequilbrio, paz ou inquietao, ale-
gria ou tristeza, agressividade ou man-suetude, dependem, essencialmente,de ns?
Exatamente. Embora nossos proble-mas fsicos e psquicos possam ser amplifica-
dos por influncias ambientes, a origem de-les est em nossa maneira de pensar e agir.Se quisermos o Bem em nossa vida, fun-damental que pensemos e realizemos o Bem.
PASSE MAGNTICO
1 - O que o passe magntico,aplicado nos Centros Espritas?
Em sua expresso mais simples,
uma doao de energia magntica, seme-
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
24/156
24lhante transfuso sangnea. Se o paci-ente est anmico, o sangue transferido parasuas veias o revitaliza. Se h problemas comsua Alma, exprimindo-se em angstias e per-turbaes, o passe o ajuda a recompor-se.
2 - Como podemos definir esse
magnetismo?Trata-se de uma forma de energia a
expandirse dos seres vivos. No passe ela controlada e exteriorizada por um ato davontade. o que faz o passista quando se
posta junto ao paciente, guardando o prop-sito de benefici-lo.
3 - O passista um mdium?No no sentido literal. Ele no entra
em transe, no atua como intermedirio.Conta, porm, com a indispensvel colabora-o de
benfeitores espirituais que controlam o servi-
o. Eles emitem um magnetismo espiritual
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
25/156
25que, associando-se ao magnetismo huma-no, torna o passe mais eficiente.
4 - O passe aplica-se apenas aosproblemas da Alma?
Atende a todos os nossos males, tantofsicos quanto psquicos. Quando a pessoa
no consegue lidar com determinadas situa-es, pondo-se tensa e nervosa, sofre o quechamaramos de "hemorragia magntica".Perde vitalidade, fragilizando-se. Torna-se,ento, vulnervel a influncias espirituais
deletrias. Revitalizando-a, o passe a ajuda asuper-los.
5 - Qual a condio bsica paraque o paciente se beneficie?
A f. Isso est bem claro nas lies deJesus. Ele costumava dispensar os benefici-rios de suas curas dizendo-lhes: A tua f tesalvou. O Mestre no premiava a f. Apenasdemonstrava que sem ela fica difcil estabe-
lecer a indispensvel sintonia com o passista.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
26/156
266 - Qual deve ser a postura do
paciente, no momento do passe?Orar com fervor, pedindo a proteo
divina. Alm da orao e da f, h outro fa-tor importante: o
merecimento. Como ensinava Jesus, "a cada
um, segundo suas obras". Se os sentimentosque cultivamos naquele momento so impor-tantes, fundamental o Bem que faamossempre.
7 - O passe estanca a "hemorra-gia magntica"?
Se o paciente tem uma anemia, de-corrente de pequena hemorragia interna, atransfuso de sangue ser mero paliativo.
preciso atacar esse problema, com medica-mentos ou cirurgia. Algo semelhante ocorrecom a desvitalizao magntica. As causasdevem ser eliminadas. Caso contrrio, o tra-tamento no ter efeito duradouro.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
27/156
278 - Como lidar com isso, tendo
em vista os problemas e contrariedadesdo cotidiano?
Nossos males no decorrem dessesdissabores, inerentes existncia humana. Aorigem est na maneira como lidamos comeles. Se cultivarmos a compreenso, a tole-
rncia, a pacincia, a caridade e os demaisvalores insistentemente preconizados e e-xemplificados por Jesus, evitaremos destem-peros verbais e mentais que favorecem osdesajustes que nos perturbam.
PASSISTAS
1 - preciso uma condio espe-cial para aplicar o passe magntico?
Sendo uma emisso de energia mag-ntica, que obedece ao da vontade, to-dos o exercitamos, inconscientemente, emnumerosas situaes, independente de con-dies especiais.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
28/156
282-No dia-a-dia?Exatamente. A me que acalenta um
filho, o mdico empenhado em atender opaciente, o professor que ministra uma aula,a pessoa que cuida de uma planta, identifi-cam-se todos numa atividade comum: exte-riorizam magnetismo, envolvendo os benefi-
cirios de suas iniciativas.
3 - E quais os resultados?Se exercem suas atividades com dedi-
cao, amando o que fazem, realizam prod-
gios: a criana se acalma, o paciente melho-ra, os alunos se comportam melhor, a plantafica mais viosa...
4 - Para aplicar o passe no Centro
Esprita basta o desejo de servir e a boavontade?So fatores importantes, mas, tratan-
do-se de uma atividade especializada, o pas-sista dever freqentar um curso preparat-
rio e submeter-se s disciplinas que lhe soinerentes.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
29/156
295 - Os Centros Espritas minis-
tram esses cursos?Devem faz-lo. A boa orientao
manda que tenham monitores encarregadosde preparar as pessoas interessadas em in-tegrar equipes de passistas.
6 - H vrias tcnicas para a apli-cao do passe?
Sim, mas demandam estudo mais acu-rado, uma especializao maior. Nas reuni-
es pblicas, no Centro Esprita, onde apli-cado o passe, suficiente a imposio demos, conservando o propsito de ajudarcom boas vibraes.
7 - Basicamente quais seriam asdisciplinas para o servio?Alm do conhecimento doutrinrio re-
lacionado com o magnetismo, o passista de-ve cultivar existncia saudvel, em dois as-
pectos: fsico ausncia de vcios, regime ali-
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
30/156
30mentar, exerccios, cuidados de higiene,trabalho disciplinado;
espiritual - o cultivo das virtudes evanglicas,estudo, meditao, orao...
8- O passista despreparado para oservio, que cultive vcios ou uma certa in-
disciplina mental, pode prejudicar o pacienteao aplicar o passe?
Seria possvel se estivesse desejandoo mal do paciente com vibraes deletrias.Como a inteno ajudar, se no estiver em
boas condies, simplesmente, no ajudar.Seu passe ser incuo, sem aquele potencialde intensidade e pureza que faz a eficinciadesse servio.
EXOTISMO
1 - Em alguns Centros Espritas aspessoas levam peas de roupas de fa-miliares para serem magnetizadas.
Funciona?
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
31/156
31O resultado no satisfatrio, por-
qanto tecidos no so bons receptoresmagnticos. E considere-se que a assimila-o dos fluidos ali depositados precariamentevai depender do fator sintonia, envolvendo af do beneficirio, algo complicado. Geral-mente, ele nem mesmo tem conhecimento
do que est sendo feito.
2 - Nessa mesma linha de racioc-nio podemos situar os banhos de defe-sa e defumaes, recomendados para
afastar Espritos impuros?Os banhos de defesa, com a utilizao
de ervas e sal grosso, tm propriedades me-dicinais. Podem proporcionar algum bem-estar. As defumaes perfumam o ambiente
e afastam pernilongos.
3 - No tm nenhum efeito, espi-ritualmente?
precrio e depende da natureza das
entidades que nos perturbam. Se de atiladainteligncia, conscientes do que fazem, acha-
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
32/156
32ro tudo muito engraado, sem nenhumainfluncia sobre elas. Por outro lado, h ain-da a questo da f. Se a pessoa acredita quetais prticas lhe fazem bem, espiritualmente,ter reaes favorveis e ficar fortalecida,inibindo a ao dos obsessores.
4 - E os exorcismos das igrejasortodoxas? Parece funcionar em algunscasos.
Se for um Esprito perturbado e infelizque se aproxima, carente, sem noo do que
est acontecendo, podemos afast-lo comprticas ritualsticas, assustando-o. Se estiverconsciente do que faz, haver de rir.
5 - E os amuletos, envolvendo
ferradura, correntinhas, p de coelho,pedras, imagens...Se o portador acredita piamente, po-
der neutralizar influncias nocivas, no pormrito do amuleto, mas por mero exerccio
de f. Convicto de que est protegido, mobi-lizar suas prprias defesas.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
33/156
336 - Sob o ponto de vista esprita,
nada disso recomendvel?O esprita chamado a mudar essa
maneira de ser. Devemos nos libertar de pr-ticas exteriores, ritos e rezas, e tudo maisque envolva condicionamentos e dependn-
cia.
7 - Como enfrentar os problemasexistenciais e as influncias espirituaisnegativas, sem essas prticas?
Nossas defesas espirituais devem es-tar relacionadas com o estudo incessante, ameditao construtiva, o esforo da solidari-edade, o trabalho de reforma ntima, o exer-ccio da orao legtima, a disciplina dos sen-
timentos. E isso que melhora o nosso padrovibratrio, tornando invivel qualquer inten-o das sombras a nosso respeito.
8 - Por que essas orientaes
nem sempre so observadas pelos Cen-tros Espritas?
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
34/156
34 que, no empenho de prestar be-
nefcios em relao sade humana, funcio-nam como hospital, para atendimento demales fsicos e psquicos. Descuidam do en-sino doutrinrio, que o mais importante. OCentro Esprita deve ser, acima de tudo, umaescola, onde aprendemos a lidar com os de-
safios da vida de forma equilibrada e produ-tiva valorizar a escola, para que as pessoasno precisem do hospital.
INICIAO
1 - A par dos recursos mobiliza-dos pelo Centro Esprita, em favor daspessoas com problemas fsicos e espiri-tuais, o que mais pode ser feito?
O mais importante compete ao prpriointeressado, no cumprimento das orientaesrecebidas. Destacaramos, por fundamental,o aprendizado da Doutrina Esprita, ondeest o roteiro de nosso crescimento espiritual
e a superao dos males que nos afligem.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
35/156
352 - Como seria esse aprendizado?Pela freqncia s reunies doutrin-
rias, a participao em cursos de Espiritismo,que todo Centro Esprita bem orientado devemanter e, sobretudo, a leitura e estudo doslivros espritas. O livro , sem dvida, o mais
eficiente recurso de aprendizado. Sempre nossa disposio, vai conosco onde o quei-ramos levar, pronto a nos atender a qualquermomento e disposto a repetir incansavel-mente suas lies, at que as assimilemos.
3 - Que livros voc indicaria paraum iniciante?
preciso levar em considerao a cul-tura e a familiaridade da pessoa com a litera-
tura. Se for algum habituado, com facilida-de de concentrao, deve ler, inicialmente, OLivro dos Espritos, O Livro dos Mdiuns e OEvangelho Segundo o Espiritismo. Nessastrs obras de Allan Kardec, temos, na mesma
ordem, o trplice aspecto do Espiritismo: Filo-sofia, Cincia e Religio.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
36/156
364 - Por que somente essa classe
de leitores, que constituem minoria emnosso pas?
Essas obras bsicas foram escritas emplena Paris do sculo XIX, ento a metrpolemais culta do Mundo, denominada a Cidade
Luz. Sua linguagem de difcil entendimentopara quem que no tem o hbito salutar daleitura, o que ocorre com a maioria da popu-lao brasileira.
5 - O Evangelho Segundo o Espiri-tismo o livro esprita mais vendido.Isso no atesta que bem assimilado?
, sem dvida, um livro muito vendi-do, mas, infelizmente, pouco lido. Raros fre-
qentadores de Centros Espritas o apreciampor inteiro. Para muitos dirigentes ele tempropriedades mgicas. Recomendam: "Emqualquer dificuldade abra ao acaso e leia. OsEspritos faro cair num texto
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
37/156
37adequado. ler e todas as ms influnciassero afastadas". H quem sugira que osEspritos o faro enxergar textos inexisten-tes, de acordo com suas necessidades. Puramagia, incompatvel com a racionalidadepreconizada por Kardec.
6 - Devemos substituir os livrosda Codificao, ao indicarmos a leituraao iniciante?
A Codificao est em primeiro lugar. a base, o fundamento da Doutrina Esprita.
Apenas devemos evitar indic-la a quem notem condies para entend-la, comeandocom uma literatura mais amena.
7 - Em sua bibliografia h livros
para iniciantes?H vrios, dentre eles Uma Razo pa-ra Viver, espcie de cartilha para as pessoasque buscam orientao e ajuda para seusmales. Funciona como pequeno curso de
Espiritismo, com a abordagem de todos os
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
38/156
38temas bsicos da Doutrina e orientaespara o leitor, ao final de cada captulo.
8 - Que outros livros voc reco-mendaria?
A bibliografia esprita extensa. Reite-ro que a melhor iniciao feita pelos livros
de Allan Kardec, mas aquele que faz a indi-cao deve ter o bom senso de avaliar se oleitor ter condies para apreci-los ou seconstituiro mero enfeite de biblioteca.
INICIAO MEDINICA
1 - H cursos sobre mediunidadeno Centro Esprita?
Alguns se estruturam para isso, ofere-
cendo aos freqentadores a oportunidade deum aprendizado disciplinado e eficiente. um servio a ser institudo em todos os Cen-tros Espritas, na medida em que seus diri-gentes se compenetrem de sua importncia.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
39/156
392 - Qual a vantagem para quem
no mdium?Reitero que todos estamos em per-
manente contato com o mundo espiritual. Oconhecimento dos mecanismos que regemessa ligao fundamental, em favor denossa estabilidade. A maior parte dos pro-
blemas fsicos e psquicos que nos afligemest diretamente relacionada com a ao deEspritos perturbados ou perturbadores.
3 - A ajuda que recebemos no
Centro Esprita, quando freqentamosas reunies doutrinrias e recebemos opasse magntico, no suficiente paraneutralizar essa influncia?
Se o paciente tem uma ferida, nobasta espantar moscas. preciso cur-la. Osrecursos de ajuda espiritual, no Centro Esp-rita, afastam Espritos perturbadores, maseles podem retornar ou viro outros.
4 - preciso fechar a porta?
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
40/156
40Exatamente. Significativa, nesse
particular, a advertncia de Jesus, quandoafirma que um Esprito impuro afastado re-tornar, trazendo outros, e que o estado desua vtima ficar pior. Portanto, precisoque desenvolvamos nossas prprias defesas.Isso implica em mudana de atitude perante
a vida, fruto de disciplinas de estudo e a-prendizado a respeito do assunto.
5 - Como funcionam e qual a du-rao desses cursos?
No h sistemas rgidos. Dependemuito das disponibilidades do prprio Centroe do preparo de monitores. Seria razovelum curso de dois anos, envolvendo, no pri-meiro ano, a abordagem dos temas bsicos
do Espiritismo; no segundo, o estudo da Me-diunidade.
6 - Como fazer se o Centro nomantm cursos de Espiritismo e Mediu-
nidade?
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
41/156
41Se a pessoa est se dando bem no
Centro, continue a freqent-lo, mas nodeixe de procurar
outro onde, paralelamente, possa fazer oaprendizado. Nem sempre os Centros valori-zam os cursos, o que um erro. A melhor
maneira de aprender em ritmo de escolari-dade, com monitores, currculo, aulas regula-res, compromissos de estudo e freqncia.
7 - H quem reclame que ao inici-
ar um curso de Espiritismo sentiu quemuitos problemas surgiram, particu-larmente no dia de sua participao?Por que isso acontece?
natural. So as "moscas" que no
querem que o ferimento se feche. So osnossos "amigos" que pretendem impedir quedesenvolvamos defesas que neutralizem suainfluncia. Criam embaraos, procurando nosdesestimular.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
42/156
428 - Nossos mentores espirituais
no nos protegem?Eles no so babs nossa disposi-
o. Sua funo orientar, geralmente peloscondutos da intuio, mostrando-nos os me-lhores caminhos. No podem caminhar porns, nem nos carregar no colo. preciso
sustentar a assiduidade s reunies e o inte-resse pelo aprendizado. Se formos persisten-tes, os "amigos" acabaro por se afastar,desistindo de nos apoquentar.
POR QUE PARTICIPAR
1 - Todo esprita deve participarde reunies medinicas?
Sem dvida. o aspecto transcenden-
te do Espiritismo. Foi por intermdio delasque Allan Kardec desenvolveu a codificao.
A prpria denominao, Doutrina dos Espri-tos, sugere o intercmbio com o Alm, afavorecer a sustentao de nosso ideal.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
43/156
432 - H quem diga que o tempo
do fenmeno passou, que devemos co-gitar da disseminao dos princpiosespritas e de sua aplicao prtica nomeio social...
uma idia equivocada e perigosa. Onegligenciamento do movimento cristo em
relao ao intercmbio sustentado por Jesuse pela primitiva comunidade, foi um dos fa-tores que precipitaram os desvios do Cristia-nismo.
3 - E se a pessoa no tem mediu-nidade a desenvolver?
Uma reunio medinica no feitaapenas de
mdiuns. H o dirigente, os que colaboramna doutrinao, os passistas e, sobretudo, ossuportes, companheiros que ajudam a darsustentao psquica aos trabalhos com suaateno e boa vontade.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
44/156
444 - Alm de cultivar o aspecto
transcendente do Espiritismo, h algumbenefcio?
Sim, a comear pela assistncia espiri-tual que recebemos. Durante seu transcurso,os benfeitores espirituais podem nos ajudarde forma mais efetiva, com aplicaes mag-
nticas, orientaes e afastamento de enti-dades que porventura nos perturbem, vul-garmente chamadas de "encosto".
5 - Algo mais?
A oportunidade abenoada de cumprira orientao bsica da Doutrina Esprita -praticar a caridade. H multides de Espritosatormentados e inconscientes de sua situa-o, que podem ser ajudados. Para eles,
uma luz no caminho; para os participantes, ocorao iluminado.
6 - H alguma repercusso emnossa vida?
Sem dvida! Temos neles um espelho,a nos mostrar qual ser o nosso futuro, se
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
45/156
45no cultivarmos os valores do Bem e da
Verdade.
como se nos advertissem: "Cuidado! Somoso que voc ser amanh, se no tomar jei-to!"
7 -E se a pessoa no aprecia asreunies medinicas?
Nem sempre fazemos o que gosta-mos, mas, em nosso benefcio, devemos a-prender a gostar do que fazemos, principal-
mente quando somos convocados a umaatividade to produtiva e edificante quanto ointercmbio com o Alm.
8 - O que fazer em favor dessa
postura?O conhecimento fundamental. Seestudarmos a Doutrina, particularmente osprincpios da prtica medinica, conscienti-zando-nos dos benefcios que prestaremos e
colheremos, tenderemos a exercitar a boavontade, a base de uma participao agra-
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
46/156
46dvel e eficiente. Por isso importanteque tenhamos cursos de mediunidade, orien-tando as pessoas a respeito do assunto.
ESPRITOS SOFREDORES
1 - O que significa a expresso"Esprito sofredor"?E algum preso s impresses e an-
gstias da vida fsica. Sente-se perplexo eaflito, no raro inconsciente de sua situao,a vagar sem rumo.
2 - Qual a utilidade de sua mani-festao?
Esses Espritos situam-se como so-nmbulos, alienados da realidade espiritual.
Em contato com as energias do ambiente edo mdium, experimentam uma revitalizaoe um despertar, habilitando-se a dialogarcom o doutrinador.
3 - Porque "doutrinador"?
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
47/156
47Na verdade, esse termo inade-
quado, j que, em face de sua perturbaomental, a entidade no tem condies parareceber informaes doutrinrias. Entretanto,est consagrado pelo uso. O doutrinador algum que conversa com os Espritos mani-festantes. Pode ser o dirigente da reunio ou
um dos participantes, devidamente treinado.
4 - E o que faz o doutrinador?A principal providncia tirar o Espri-
to do trauma, relacionado com a chamada
"passagem". Se desencarnou num acidente,por exemplo, conserva as impresses domomento da morte, sofre como quem vivn-cia indefinidamente um tormento. Falandofirme, com carinhosa insistncia, procurar
demonstrar-lhe que no est mais naquelasituao. Encontra-se num pronto-socorro,foi medicado e est em recuperao.
5 - E o informar de que morreu?
o erro cometido por muitos doutri-nadores. Chegam a recomendar ao Esprito:
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
48/156
48"Suba, irmo! Voc no pertence mais aomundo dos vivos!" Subir para onde? Expres-so equivocada! O plano espiritual umaprojeo do plano fsico, uma dimenso queinterpenetra a nossa. E dizer-lhe que morreupoder deix-lo em situao pior. O sustoser grande.
6 - Quando o Esprito ser infor-mado?
No livro E a Vida Continua, psicogra-fado por Francisco Cndido Xavier, Andr
Luiz explica que devemos deixar o prprioEsprito perceber. Ele descreve um hospital,onde pacientes esto internados h meses,sem conhecimento de que desencarnaram.Isso no significa que nunca devamos infor-
m-lo, mas que o faamos em
carter de exceo, quando sentirmos queest "maduro" para encarar a realidade espi-ritual.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
49/156
497 - Esse trabalho de assistncia
no pode ser feito pelos mentores espi-rituais, com maior eficincia?
Sim, desde que haja condies favo-rveis. Ocorre que, quando o desencarnadose encontra em perturbao, na fase de a-daptao vida espiritual, no tem condi-
es para perceber a presena dos mento-res. Da a utilidade da manifestao no Cen-tro Esprita.
8 - Considerando a quantidade de
pessoas que morrem, diariamente, noMundo, os grupos medinicos prova-velmente no atendem nem a um porcento desse contingente. Como ficamos demais?
Se algum sofre uma queimadura eno h hospital para o tratamento adequado,o mdico o atender no consultrio, precari-amente. O mesmo ocorre com os desencar-nados, quando alienados da realidade espiri-
tual. Se no h equipes medinicas especia-lizadas, nem por isso deixam de ser socorri-
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
50/156
50dos pelos mentores, mas sem o magne-tismo humano de que carecem. Por isso,grupos bem estruturados so postos avana-dos de assistncia. Atendem uma minoria,hoje; atendero multides, amanh, medi-da que se ampliem esses servios.
REUNIES PRIVATIVAS
1 - Por que alguns Centros Espri-tas no realizam reunies medinicaspblicas?
Mais correto perguntar por que muitosas realizam. Pela sua prpria natureza, en-volvendo a necessidade de harmonizao doambiente, as reunies medinicas devem serprivativas.
2 - O que essa harmonizao doambiente?
Uma identidade de pensamentos emtorno dos objetivos da reunio, buscando a
comunho com a espiritualidade. Isso exige
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
51/156
51familiaridade com o assunto, o que no sepode esperar de um participante eventualque comparea reunio sem nenhuma no-o sobre o intercmbio.
3 - O que acontece se no h essaharmonizao?
O mdium ter dificuldade para captaro pensamento do Esprito comunicante; esteter dificuldade para exprimir-se. Possveisbenefcios a entidades sofredoras ficam pre-
judicados. E h, ainda, um problema: pesso-
as com desajustes
espirituais podem produzir manifestaesanmicas (de sua prpria alma) ou de Espri-tos em desequilbrio, tumultuando o ambien-
te.
4 - No se poderia conscientizaros freqentadores quanto seriedadedo assunto?
Uma reunio pblica pode envolverdezenas de participantes, o que, em si, j
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
52/156
52um entrave harmonizao. O outro pro-blema o ambiente heterogneo. Nefitos,sem nenhum conhecimento sobre o inter-cmbio, tendem a estranhar as manifesta-es. No raro acham tudo ridculo e atrapa-lham ao invs de colaborar.
5 - Como encarar os Centros Esp-ritas que desenvolvem as reunies me-dinicas pblicas, alegando que so e-ficientes e ajudam muitas pessoas?
Talvez isso acontea, eventualmente.
No obstante, devemos cogitar de dois prin-cpios, em se tratando de Espiritismo. Primei-ro, o cumprimento das orientaes de AllanKardec. Em O Livro dos Mdiuns ele deixabem claro que a pessoa deve se preparar
para a reunio medinica, familiarizando-secom os fenmenos. Isso envolve tempo ededicao ao estudo. O segundo o empe-nho por otimizar a reunio.
6 - O que otimizar?
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
53/156
53Como o prprio termo sugere, seria
tornar timo, fazer alcanar plenamente asfinalidades. Uma reunio medinica pblicapode estar beneficiando pessoas, mas comum potencial, digamos, de quarenta por cen-to. Otimizar seria aproximar-se dos cem porcento. Isso somente ser possvel tornando-a
privativa e reduzindo o nmero de partici-pantes. Pessoal consciente, esclarecido, afi-nado com os objetivos do intercmbio.
7 - Os Centros Espritas que rea-
lizam reunies medinicas pblicas a-legam que se as suprimirem perderofreqentadores, j que as pessoas que-rem mesmo o contato com os Espri-tos.
Se o Centro criar um servio de aten-dimento fraterno, com entrevistas, encami-nhamento ao passe magntico, trabalho devibraes, orientao para leitura, cursos deEspiritismo e mediunidade, fatalmente a fre-
qncia tender a aumentar, no a diminuir.A experincia demonstra isso.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
54/156
548 - H mdiuns de bom potencial
que esto habituados a essa prtica.Considerando seus mritos, no seriacomplicado impor-lhes mudanas?
Sem dvida, e preciso cuidado. Mas
possvel amenizar o problema com uma reci-clagem, envolvendo cursos e seminrios, emque se enfatize a importncia dessa discipli-na. Sempre mais fcil a renovao quando
as pessoas so esclarecidas e preparadas.Resumindo: mudemos a cabea das pessoasantes de mudar o servio que realizam.
DIREO DOS TRABALHOS
1 -Em alguns grupos, quando odirigente falta no h reunio. Comopode ser contornado esse problema?
As reunies medinicas no podem
sofrer soluo de continuidade. Em qualquer
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
55/156
55atividade, inconcebvel suspender o servi-o em face da ausncia do titular.
2 - E se o dirigente alega que noh ningum em condies de substitu-lo?
Passa atestado de incompetncia.
Uma de suas funes treinar companheirospara suprir suas eventuais ausncias, prepa-rando-os para a direo dos trabalhos e odilogo com os Espritos.
3 - Mais de um?Pelo menos dois ou trs, a fim de que
remota seja a possibilidade de suspender-sea reunio, o que frustraria a ao dos men-tores espirituais em relao s atividades que
programam.
4 - No seria conveniente um cur-so para dirigentes de reunies medini-cas?
Sem dvida. Consideremos, entretan-to, que a melhor maneira de aprender a diri-
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
56/156
56gir a reunio dirigindo; tanto quanto amelhor maneira de aprender a conversarcom os Espritos conversando. O aspectoprtico, aqui, mais eficiente do que o teri-co.
5 - Voc costuma treinar dirigen-
tes?Nos grupos que monitoro sempre ele-
jo trs ou quatro companheiros para esseservio, treinando-os em sistema de rodzio,a comear pela doutrinao.
6 - Alm da prtica e do estudo, oque faz o bom doutrinador?
A empatia, a capacidade de sentir oproblema do Esprito, captar a sua confiana
e atend-lo nas suas necessidades. E, tam-bm, essencialmente, gostar do que faz,sentindo a importncia desse servio.
7 - Quando um doutrinador inexperi-
ente substitui o titular, no corre o risco de
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
57/156
57no conseguir lidar com determinados Es-pritos, que exigem maior
desenvoltura, como um ardiloso obsessar,por exemplo?
Dificilmente, porqanto os mentoresespirituais costumam trazer reunio Espri-
tos compatveis com a capacidade do doutri-nador. Se inexperiente, tender a lidar ape-nas com sofredores do Alm, que necessitammuito mais de carinho e ateno.
8 - Mdiuns podem dirigir reuni-es medinicas?
Sim, desde que no exercitem as duasfunes numa mesma reunio. Ou trabalhamcomo mdiuns ou como dirigentes. Conside-
re-se, entretanto, que o mdium sempre en-contrar alguma dificuldade para exercitar adireo, porqanto no conseguir evitarcerto envolvimento medinico, o que com-prometer sua eficincia.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
58/156
58DOUTRINAES SIMULTNEAS
1 - O que dizer dos grupos que fazemdoutrinaes simultneas, lidando com doisou mais Espritos?
Considerando a harmonizao vibrat-
ria que deve presidir o intercmbio com o Alm, parecem inconveniente. Como ficamos suportes, os companheiros que do sus-tentao fludica, em relao ateno? como estar numa sala tentando acompanhara conversa de dois ou trs grupos. Ficaremosperdidos.
2 - Alega-se que h a possibilida-de de atender mais Espritos, dandomaiores oportunidades aos mdiuns...
Se h vrios mdiuns e, necessaria-mente, vrios doutrinadores para a doutrina-o simultnea, que se divida o grupo emdois ou trs, trabalhando separadamente.Haver um aproveitamento melhor.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
59/156
593 - E se o motivo o espao
disponvel? Se o Centro tem apenasuma sala para a reunio?
Difcil encontrar uma situao dessanatureza.
Geralmente h outras salas que podem ser
aproveitadas. No obstante, se o problema esse, que se faa a diviso, aproveitando asala em outro horrio ou em outro dia.
4 - Consideremos, hipoteticamen-
te, que h apenas uma sala no Centro eque os participantes s possam compa-recer em determinado dia e horrio...
uma possibilidade remota. Se ocor-rer, que se faa a doutrinao simultnea,
considerando-se, todavia, que haver menoreficincia no trabalho, em face das dificulda-des apontadas.
5 - Se o grupo pequeno, com
dois ou t rs mdiuns, no seria provei-
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
60/156
60toso o trabalho simultneo para quemais Espritos sejam beneficiados?
razovel que o mdium transmitaduas ou, no mximo, trs manifestaes,atendendo-se a cada Esprito isoladamente.Isso pode ser feito no espao destinado prtica medinica, sem nenhum problema
quanto ao horrio.
6 - E se no h companheiros emcondies de dirigir os grupos que seformarem com a providncia sugerida?
A dificuldade principal, na direo do
trabalho medinico, o trato com os Espri-tos. Se o participante j faz isso, em gruposde manifestaes simultneas, poder perfei-
tamente ser treinado para assumir essa res-ponsabilidade.
7 - E quando h uma relao en-tre os Espritos que se manifestam?
Chegam at a dialogar entre si.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
61/156
61 A diferente. No h diviso do
grupo. Todos acompanham o dilogo, envol-vendo tambm o doutrinador, em perfeitaharmonia.
8 - H alguma observao deKardec a respeito do assunto?
Desconheo, mas creio que est impl-cita uma orientao a respeito quando o Co-dificador diz, no captulo XXIX, item 341, deO Livro dos Mdiuns, que deve haver um"recolhimento e silncio respeitosos, durante
as confabulaes com os Espritos". Ficameio complicado esse recolhimento se hvrios Espritos encarnados e desencarnadosa dialogarem.
HORRIO
1 - Costuma-se dizer que reuniomedinica tem horrio para comearmas no para acabar. assim mesmo?
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
62/156
62 um aforismo equivocado que
complica o trabalho. Como tudo o que sepretende fazer com eficincia e proveito, preciso ter regras na reunio medinica.Uma delas a fixao do horrio para come-ar e para terminar.
2 - No so os mentores espiritu-ais que determinam o encerramento,atendendo as necessidades das entida-des que se comunicam?
Esclarecido e experiente, o mentor
espiritual tambm observa normas. Obvia-mente, em algumas circunstncias o horriopoder ser ligeiramente extrapolado, masnada significativo, passvel de comprometera disciplina.
3 - E se o prprio mentor espiri-tual estende a reunio rotineiramente,enfatizando a necessidade de ajudar asentidades sofredoras?
Teremos que colocar em dvida o a-ceito de tal medida, ponderando quanto aos
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
63/156
63seus inconvenientes. Caberia at uma ava-liao do prprio mentor. Melhor que nin-gum, ele deve saber que h uma disciplinaa ser observada.
4 - Qual a durao ideal da reuni-o medinica?
A experincia demonstra que deve fi-car entre uma hora e meia a uma hora equarenta e cinco minutos. No mximo duashoras. Ultrapassado esse limite, raros parti-cipantes conservaro a concentrao, fun-
damental ao bom aproveitamento dos traba-lhos. Por outro lado, nada impede que a reu-nio seja reduzida a pouco mais de uma ho-ra, o que geralmente acontece com os gru-pos iniciantes.
5 - Se estiverem presentes cincomdiuns ou mais, no ser natural quese extrapole o horrio, para que todospossam cumprir sua tarefa?
A quantidade de manifestaes deveobedecer ao tempo disponvel. Se h vrios
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
64/156
64mdiuns, que cada qual transmita apenasuma manifestao. Se h muitos, que se di-vida o grupo em dois.
6 - E se o mdium continua a sen-tir a necessidade de transmitir mani-festaes, mesmo depois de cumprida
sua quota ou esgotado o horrio?Compete aos mentores espirituais o
controle para que isso s acontea em car-ter de exceo, quando haja necessidadepremente. Se ocorre com freqncia, h al-
gum problema com o mdium. Deve ser ori-entado.
7 - s vezes a reunio se estendeporque o dirigente fica esperando a
manifestao de um mentor. razo-vel?No. Nem sempre h mdiuns em
condies de receb-los. Nem sempre elesjulgam oportuno. Sero sempre bem recebi-
das suas manifestaes, mas sem criar con-
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
65/156
65dicionamentos nesse sentido, situando-aspor indispensveis.
8 - H quem considere necessriaa manifestao dos mentores de todosos mdiuns, para uma "limpeza psqui-ca", aps o contato com Espritos per-
turbados e perturbadores...Outra orientao equivocada. ele-
mentar, no treinamento, o mdium aprendera captar o pensamento das Entidades semabsorver suas vibraes desajustadas.
SEQNCIA
1 - Qual seria a seqncia idealpara a reunio medinica?
Depende do tipo de reunio. A maiscomum, de desenvolvimento, pode ser divi-dida em duas partes: a terica e a prtica.Primeiro o estudo, depois as manifestaes.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
66/156
662 - Os participantes devem es-
tudar sempre?Sem dvida. Sem estudo difcil sus-
tentar a conscincia de responsabilidade edesenvolver o potencial do grupo.
3 - Que tipo de estudo?
Dois livros podem ser adotados. Umsobre mediunidade; outro de contedo e-vanglico. O primeiro para o aperfeioamen-to das tcnicas de intercmbio; o segundopara o aprimoramento moral.
4 - O estudo ser feito pelo diri-gente da reunio?
Todos devem participar, em sistemade
rodzio para a leitura e o comentrio inicial.Complementa-se com a troca de idias entreos presentes. Quanto ao Evangelho, pode-sefazer a leitura de uma obra selecionada, com
ligeiros comentrios pelo dirigente.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
67/156
675 - Qual seria a durao da pri-
primeira parte?Perto de trinta minutos um tempo
razovel.
6 - E a segunda?Perto de uma hora. Entre a parte te-
rica e a prtica, o trabalho de vibraes, quetodo grupo medinico deve adotar. E ao fi-nal, aps a prece, a permuta de impressessobre os trabalhos, sob orientao do diri-gente, totalizando, como j comentamos,
perto de uma hora e quarenta e cinco minu-tos.
7 - O tempo despendido com oestudo inicial e a troca de impresses,
ao final, no seria melhor aproveitadona prtica medinica, a fim de que maisEspritos sejam beneficiados?
No devemos nos preocupar com aquantidade de Espritos que recebero ajuda
e, sim, com a qualidade dos benefcios que
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
68/156
68prestaremos. Para tanto so fundamentaiso estudo e a avaliao.
8 - E quanto participao dosmdiuns?
Depende da disponibilidade. Se temostrs mdiuns, razovel duas manifestaes
para cada um deles. Se temos dois, que es-tejam disponveis trs vezes, o mesmo acon-tecendo se for apenas um mdium. Em regrageral, nenhum mdium deve exceder, salvoem circunstncias excepcionais, trs mani-
festaes.
VIBRAES
1 - O que o trabalho de vibra-
es, na reunio medinica?Em sua expresso mais simples, trata-
se de um passe distncia. Os participantesconcentram-se no nome da pessoa, aten-dendo ao propsito de favorec-la com pen-
samentos de sade e paz. Forma-se um foco
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
69/156
69vibratrio, autntico banho de luz em fa-vor do beneficirio. Os resultados so not-veis.
2 - Como a rotina?O dirigente ou algum indicado l,
pausadamente, o nome, o endereo e a ida-
de dos beneficirios, detendo-se perto demeio minuto em cada registro, enquanto ogrupo faz a mentalizao vibratria. Podemos participantes imaginar-se junto pessoa,aplicando-lhe um passe, a dizer-lhe boas pa-
lavras, a desejar a melhoria de suas condi-es e soluo de seus problemas ou, sim-plesmente, orar em seu benefcio.
3 - Por que o endereo e a idade?
Funcionam como ponto de referncia.Tendo idia sobre a localizao e a idade dobeneficirio, os participantes tm maior faci-lidade para concentrar-se, direcionando asvibraes. Considere-se, ainda, que os men-
tores espirituais tambm se mobilizam paradar seqncia ao atendimento. Como no
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
70/156
70so mgicos, convm que facilitemos suatarefa, registrando aqueles dados.
4 - Quem f az as anotaes?No Centro Esprita "Amor e Caridade",
em Bauru, as pessoas interessadas preen-chem uma papeleta que fornecida na se-
cretaria. Os membros do grupo tambm po-dem indicar beneficirios.
5 - A pessoa que vai receber obenefcio deve ficar concentrada no
momento das vibraes?Seria o ideal. Que esteja entregue a
uma leitura edificante ou meditao, pondo-se a orar no horrio estabelecido. Isso favo-recer a assimilao dos recursos que sero
carreados em seu benefcio. Essa informaodeve ser passada aos interessados.
6 - preciso ter f?Sem dvida. Ela estabelece a necess-
ria
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
71/156
71sintonia entre o foco vibratrio e o pacien-te. preciso considerar, tambm, o fatormerecimento, to importante quanto a f. Apessoa pode at no acreditar em Deus, masse tem uma vida honrada e digna, empe-nhada no Bem, apresentar excelente recep-tividade. Padro vibratrio elevado e sintonia
so estabelecidos muito mais pelo amor quepelo fervor.
7 - E se a pessoa no tem conhe-cimento da mobilizao desses recursos
em seu benefcio?O resultado ser menos satisfatrio.
No obstante, quando se trate de problemasgerados por Esprito obsessor, instalado emseu lar, poderemos atra-lo reunio medi-
nica, com a colaborao de mentores espiri-tuais.
8 - Vir a manifestar-se?Tenho observado que isso ocorre com
freqncia. a chance de se conversar comele, procurando modificar suas disposies.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
72/156
72No raro apenas algum em dificuldadepara adaptar-se vida espiritual, fixado nosfamiliares, que perturba inconscientemente.
AINDA AS VIBRAES
1 - Alguns Centros Espritas orga-nizam trabalhos especiais, s de vibra-es. Seria o ideal?
Entendo que se trata de um servioto importante que deveria estar presenteem reunies de desenvolvimento medinico,
de desobsesso, de assistncia espiritual, decura... Todos podem e devem participar des-sa atividade. gratificante para os que aexercem e altamente produtiva para os be-neficirios.
2 - No obstante, no seria opor-tuno ter grupos especializados?
Tudo o que faamos para ajudar pes-soas importante. Consideremos, entretan-
to, que difcil sustentar o esforo vibratrio
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
73/156
73por tempo longo, uma hora, por exemplo.O ideal seria distribuir as solicitaes por v-rios grupos, estendendo-se esse servio porcinco a dez minutos.
3 - Em que parte da reunio me-dinica so feitas as vibraes?
A experincia tem demonstrado que oideal logo aps os estudos, antes da parteprtica. O grupo est bem "aceso", atento,com plena capacidade vibratria, fundamen-tal para o sucesso do trabalho.
4 - Alguns grupos deixam parafazer a vibrao no final da reunio...
No me parece recomendvel. Quan-do se encerra a prtica medinica, os parti-
cipantes, que passaram perto de hora e meiaatentos, tero dificuldade para exercitar aconcentrao mais intensa exigida por esseservio, que no um simples "prestar aten-o". Alm disso, perde-se a oportunidade
de atrair para a reunio Espritos que esto
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
74/156
74perturbando pessoas cujos nomes foramincludos dentre os beneficirios.
5 - As vibraes devem ser repe-tidas vrias vezes?
Depende da disponibilidade. Se h aincluso de poucos nomes, pode-se faz-lo.
Normalmente uma vibrao suficiente,mesmo porque a partir dela mobilizam-sebenfeitores espirituais que passam a cuidardo caso.
6 - Podemos vibrar por Espritosdesencarnados?
Sem dvida, com timos resultados.Eles so mais sensveis. Mesmo o suicida,que se situa no plano espiritual em penoso
destrambelho perispiritual, experimenta ver-dadeiro refrigrio em seus tormentos.
7 - No seria interessante anotar,tambm, a natureza do mal que aflige
os beneficirios, de forma a direcionarmelhor as vibraes do grupo?
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
75/156
75No recomendvel, porqanto
devemos preservar a privacidade das pesso-as, principalmente quando a solicitao en-volve problemas de comportamento. Htambm a possibilidade de gerar condicio-namentos. O mdium pode envolver-se como problema e favorecer o animismo, em e-
ventual manifestao.
8 - possvel o exerccio das vi-braes isoladamente, fora da reuniomedinica?
Sim e o fazemos freqentemente, ain-da que no tomemos conscincia. Sempreque oramos por algum, estamos transmitin-do vibraes salutares, em conjuno combnos que se derramam do Cu em seu
benefcio.
PREPARO
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
76/156
761 - Por que se enfatiza a neces-
sidade de estarmos bem fsica e psi-quicamente para participar das reuni-es?
E que a produtividade e a eficincia deum trabalho medinico dependem da susten-tao fludica, formada pelas vibraes dos
presentes. Para que haja um padro vibrat-rio compatvel preciso que os participantesatendam a esses requisitos.
2 - H algum preparo especial,
envolvendo pensamentos, alimentao,comportamento...?
No a ideal essa postura de um diaperfeito para a reunio medinica. Nossopadro vibratrio no depende de eventuais
cuidados. preciso que sejamos cuidadososo tempo todo.
3 - Um exerccio para todos os di-as...
Para todos os momentos! No possoagir, em relao a esses valores, como quem
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
77/156
77abre e fecha uma torneira. Hoje, tenhoreunio medinica. Terei cuidado com o fluirda alimentao, dos
pensamentos, das aes, pondo freio nocaudal de minhas fraquezas. Nosso padrovibratrio obedece ao somatrio do que pen-
samos e fazemos o tempo todo, no s cogi-taes de algum tempo.
4 - Considerando que s os san-tos conseguem pensar e exercitar o
Bem o tempo todo, o que poderamosfazer, pelo menos nos dias de trabalhomedinico, para melhorar nossa parti-cipao?
Propormo-nos, desde o momento em
que despertamos, a conservar a serenidade,lembrando que seremos tentados, em varia-das circunstncias, irritao, agressivida-de, a pensamentos e sentimentos no com-patveis com nossos compromissos. aquele
"ora/ e vigiar, preconizado por Jesus.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
78/156
785 - Quanto alimentao, seria
razovel o jejum, com a ingesto delquidos apenas?
No estamos impedidos de nos ali-mentarmos como o fazemos usualmente, nosdias de reunio. Apenas que seja frugal. Se oestmago est sobrecarregado fica difcil
sustentar a concentrao, uma das bases dotrabalho medinico.
6 - Por que, justamente, nos diasem que participamos de trabalhos me-
dinicos, parecem surgir problemas,particularmente no lar?
Como j comentamos, sempre h Es-pritos
Pagina 89
contrrios nossa participao em atividadespassveis de nos libertar de sua influncia.Ento, procuram criar embaraos, influenci-
ando aqueles que nos rodeiam, a fim de nosatingir. Isso ocorre particularmente quando
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
79/156
79nos integramos em grupos medinicos, aatividade que mais os incomoda.
7- E como superar esses embara-os?
O jeito consider-los testes que de-vemos enfrentar com serenidade e boa dis-
posio. Se perseverarmos, esses Espritosacabaro por desistir, reconhecendo que suapresso no est surtindo efeito.
8 - Se ao longo do dia nos envol-
vemos com problemas e nos deixamosdominar por sentimentos e pensamen-tos no compatveis com o trabalhomedinico, seria razovel deixar decomparecer, admitindo que no esta-
mos em condies?Se agirmos assim, acabaremos pordesistir. O que se pede, fundamentalmente, que no relaxemos, isto , que no deixe-mos de lutar contra nossas mazelas. Enquan-
to o fizermos, haver sempre a proteo dos
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
80/156
80benfeitores espirituais, ajudando-nos asuperar as dificuldades.
ANIMISMO
1 - O que o animismo?
Na prtica medinica algo da almado prprio mdium, interferindo no inter-cmbio. Kardec empregou o termo sonambu-lismo, explicando, em Obras Pstumas,quando trata da manifestao dos Espritos,item 46: O sonmbulo age sob a influnciado seu prprio Esprito; sua prpria alma que, em momentos de emancipao, v, ou-ve e percebe alm dos limites dos sentidos.O que ele exprime, haure-o de si mesmo...
2 - O animismo est sempre pre-sente nas manifestaes?
O mdium no um telefone. Ele cap-ta o fluxo mental da entidade e o transmite,utilizando-se de seus prprios recursos.
Sempre haver algo dele mesmo, principal-
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
81/156
81mente se for iniciante, com dificuldadepara distinguir entre o que seu e o quevem do Esprito.
3 - Existe um percentual envol-vendo o animismo na comunicao?Digamos, algo como quarenta por cento
do mdium e sessenta por cento do Es-prito?
Se o animismo faz parte do processomedinico, sempre haver um porcentual aser considerado, no fixo, mas varivel, en-
volvendo o grau de desenvolvimento do m-dium. Geralmente os iniciantes colocam maisde si mesmos na comunicao. Quando ex-perientes, tendem a interferir menos.
4 - Pode ocorrer uma manifesta-o essencialmente anm ica, sem que oprprio mdium perceba?
comum acontecer, quando est sobtenso nervosa, em dificuldade para lidar
com determinados problemas de ordem par-ticular. As emoes tendem a interferir e ele
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
82/156
82acaba transmitindo algo de suas prpriasangstias, em suposta manifestao.
5 - Seria uma mistificao? No, porque no h intencionalidade.
O mdium no est tentando enganar nin-gum. vtima de seus prprios desajustes e
nem mesmo tem conscincia do que estacontecendo.
6 - E o que deve fazer o dirigenteda reunio quando percebe que um
componente do grupo est entrandonessa faixa?
preciso cuidado. O dirigente menosavisado pode enxergar animismo onde noexiste. Se a experincia lhe disser que real-
mente est acontecendo, deve conversarcom o mdium, em particular, saber de seusproblemas e encaminh-lo s reunies detratamento espiritual. Se persistir o proble-ma, o mdium deve ser orientado a partici-
par da reunio como suporte, sem dar passi-vidade.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
83/156
837 - Se o animismo mais eviden-
te em mdiuns iniciantes, qual a postu-ra de um dirigente de trabalhos lidandocom uma reunio de desenvolvimento?
Normalmente, a essas reunies com-parecem Espritos sofredores, com proble-
mas de adaptao vida espiritual, inconsci-entes de sua situao. O dirigente no preci-sa preocupar-se com o grau de animismoque envolve as manifestaes, limitando-se aajudar as entidades que se manifestam.
dar um tempo, sempre orientando os m-diuns para o estudo, a fim de que superemas dificuldades iniciais.
8 - Quando que o dirigente deve
preocupar-se com o animismo?Quando ocorre a manifestao de umorientador. preciso passar o que diz pelocrivo da razo, distinguindo no apenas umpossvel animismo, mas, tambm, uma misti-
ficao do Esprito comunicante.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
84/156
84CONCENTRAO
1 - O que concentrao? o convergir de nossos pensamentos
para determinado fim. Em sua expressomais simples, "prestar ateno".
2 - Por que, na reunio medini-ca, geralmente o dirigente recomendaconcentrao, reiteradas vezes?
O ato de concentrar-se a primeiranorma a ser observada pelos participantes.Devem estar atentos, desde o momento emque se inicia a reunio, prestando atenoao que est acontecendo.
3 - E se os participantes estive-
rem distrados?Estaro prejudicando o bom aprovei-
tamento. Diz Kardec, em O Livro dos M-diuns, item 331, que "uma reunio um sercoletivo, cujas qualidades e propriedades so
a soma de todas as dos seus membros, for-
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
85/156
85mando uma espcie de feixe". E ainda,"para que todos os pensamentos
concorram para o mesmo fim necessrioque vibrem em unssono, que se confundam,por assim dizer, em um s, o que no sepode dar sem concentrao ".
4 - preciso fechar os olhos?Num momento de prece, sim, se o
participante sentir-se melhor. Se no estiverorando, que fique de olhos abertos, acompa-
nhando o que acontece. Fechando os olhos,tender a abstrair-se, pensamento longe,predisposio ao sono. Tenho visto dormi-nhocos que chegam a ressonar, gerandoconstrangimentos.
5 - H quem diga que se trata deum desdobramento.
O Esprito afastado para colaborar, apartir da Espiritualidade. Dizem, tambm,
que, dormindo, ele fornece recursos fludicosque favorecem a reunio...
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
86/156
86No se pode negar aos confrades
que assim argumentam o dom da imagina-o. uma bela tentativa de enquadrar odorminhoco como participante. Se a modapega, muita gente vai esforar-se em "cola-borar", dormindo a sono solto.
6 - Qual a postura ideal para o m-dium?
Durante os estudos e comentrios ini-ciais,
olhos abertos, atento, interessado. Ao entrarna parte medinica, sentindo a aproximaodos Espritos, pode fechar os olhos, buscan-do aquela abstrao do ambiente e uma i-dentificao do ser que o influencia, men-
talmente, oferecendo-lhe condies para amanifestao.
7 - E quanto ao doutrinador, de-ver, tambm, conservar bem abertos
os olhos?
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
87/156
87Enquanto doutrinando, admissvel
que cerre os olhos, se assim preferir. Algunsdirigentes sentem-se mais receptivos s intu-ies da Espiritualidade, no trato com enti-dades perturbadas ou perturbadoras, quandoconservam os olhos fechados. Fazendo usoda palavra, a prpria dinmica da conversa
os manter despertos e atentos.
8 - Considerando que concentrar prestar ateno, os chamados supor-tes, os companheiros que do sustenta-
o fludica s manifestaes medini-cas, devem estar simplesmente aten-tos, durante toda a reunio?
Sim, e podero ampliar sua participa-o, "conversando" com Espritos perturba-
dos ou perturbadores que se manifestem,dirigindo-lhes, em pensamento, palavras decarinho e solicitude,
com o que estaro a envolv-los em saluta-
res vibraes, passveis de auxiliar o trabalho
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
88/156
88do doutrinador. Isso, s vezes, mais efi-ciente do que a prpria doutrinao.
SUPOSTAS DOENAS
1 - O mdium que se sinta enfer-
mo deve resguardar-se, deixando decomparecer reunio?Depende do tipo de problema que es-
teja enfrentando. Se fortemente gripado,febril, conveniente que se ausente, res-guardando tambm os companheiros, quepodem contrair seu mal. Mas h sintomasfsicos e psquicos que apenas revelam aproximidade de Esprito sofredor, no rarotrazido pelos mentores espirituais para umcontato inicial, a favorecer a manifestao.
2 - Nesse caso, mesmo no sesentindo bem, o mdium deve compa-recer?
Sim, porque o que est sentindo
parte de seu trabalho, exprimindo as angs-
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
89/156
89tias e sensaes do Esprito, relacionadascom a doena ou os problemas que enfren-tou na vida fsica.
3 - Isso significa que uma dor naperna, por exemplo, pode ter origemespiritual?
comum. Acontece principalmentecom o
mdium que tem sensibilidade mais dilatada.Ao transmitir a manifestao de um Esprito
que desencarnou por problema circulatrio,cuja perna gangrenou, tender a sentir dorsemelhante, no raro antes da reunio, de-vido aproximao da entidade.
4 - Ocorre o mesmo em relao semoes? freqente. Sintonizado com o Espri-
to, o mdium capta o que vai em seu ntimo.Se a entidade sente-se atormentada, aflita,
tensa, nervosa ou angustiada, experimentaralgo dessas emoes.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
90/156
905 - E se o mdium, imaginando
que esses sintomas fsicos e emocionaisesto relacionados com seus prpriosproblemas, decide no comparecer reunio?
Se algum nos confia um doente para
lev-lo ao hospital, e decidimos instal-lo emnossa casa, assumiremos o nus de cuidardele. Certamente nos dar muito trabalho,principalmente se for um doente mental.
6 - possvel que essa ligaocom entidades perturbadas ocorra in-dependentemente da iniciativa dosmentores espirituais?
o que mais acontece. Vivemos rode-ados por Espritos destrambelhados, semnenhuma noo da vida espiritual, que seagarram aos homens, como nufragos numatbua de salvao. Nem necessrio ter
mediunidade ostensiva. Todos estamos sujei-tos a sofrer essa influncia.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
91/156
917 - Digamos que o mdium rece-
ba influncia dessa natureza na segun-da-feira e s comparecer reunio nosbado. Sofrer durante a semana to-da?
Com a experincia e a dedicao ao
estudo ele aprender a lidar com esse pro-blema, cultivando a orao e dialogando in-timamente com a entidade que, com o con-curso de mentores espirituais, ser ampara-da.
8 - Devemos informar a esse res-peito pessoas que procuram o Centro,perturbadas por tais aproximaes?
preciso cuidado. Pessoas suscet-
veis, que guardam idias equivocadas, rela-cionadas com influncias demonacas, po-dem apavorar-se. Nunca mais poro os psno Centro Esprita. J vimos isso acontecer,por inabilidade dos atendentes.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
92/156
92IMPEDIMENTOS
1 - Reclamam os dirigentes dereunies medinicas da instabilidadedo grupo, quanto freqncia. Dificil-mente comparecem todos os partici-
pantes. Isso pode prejudicar os traba-lhos?Sem dvida. O grupo forma o que
chamaramos um "corpo medinico", me-dida que se harmonizem seus participantes,em torno dos objetivos da reunio. Quandoocorrem ausncias h uma quebra de poten-cial.
2 - Se determinado Esprito vai semanifestar por intermdio de um m-
dium e este no comparece, outro m-dium dever substitu-lo?
Sim, mas sem a eficincia desejada, jque a manifestao envolve uma harmoniza-o da entidade com o mdium, que costu-
ma acontecer antes da reunio. Se o m-
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
93/156
93dium, aps esse contato preliminar, nocomparece, o trabalho fica prejudicado.
3 - H dirigentes que colocam omdium de quarentena. Faltou a umareunio, fica outra sem trabalhar. Sefaltar a duas, ser mero suporte por
outras tantas. razovel?No conheo nenhuma base doutrin-
ria para esse procedimento, que me parecemais uma sano que uma disciplina. Antesde impor restries, seria conveniente con-
versar com o mdium, passando-lhe a idiade que sua presena importante. Quandoas pessoas so valorizadas, servem melhor,so mais assduas em seus compromissos.
4 - Essa disposio no conflitacom a orientao de certos dirigentesque entendem que jamais se deve elo-giar ou valorizar o trabalho do mdium,a fim de no envaidec-lo?
Certamente no conhecem o alcancede uma boa palavra. Estimular o companhei-
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
94/156
94ro, reconhecendo seus mritos um re-foro valioso. Obviamente, no vamos cairem artificialidade, como certo dirigente quedizia, com aparente seriedade, aos compa-nheiros: Voc a luz que ilumina nossa reu-nio! A rocha que d sustentao ao nossotrabalho! Elogio fcil e teatral soa ridculo e
vazio.
5 - Qual a postura ideal para queas pessoas no faltem aos compromis-sos espirituais?
Querido companheiro esprita, j de-sencarnado,
Homero Escobar, dizia, sabiamente: "A me-lhor maneira de atendermos aos nossos
compromissos espirituais ser encar-loscom a mesma seriedade com que atendemosaos nossos compromissos profissionais".
6 - S faltar por motivo relevan-
te?
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
95/156
95Exatamente. Para cumprir a jornada
de trabalho profissional, se est chovendo,pegamos o guarda-chuva; se faz frio, usa-mos o agasalho; se chega visita, pedimoslicena; se o automvel foi oficina, apa-nhamos o nibus ou txi. Nos compromissosespirituais tudo diferente. Qualquer desses
motivos nos inibe. No deveria ser assim. Afinal, se com o trabalho profissional aten-demos subsistncia fsica, com a ativida-de espiritual que alimentamos a alma, habili-tando-nos proteo dos benfeitores do A-
lm.
7 - No ser porque as pessoasno encaram com a devida seriedadeseus compromissos espirituais que os
grupos medinicos tendem a sofrer areduo de participantes?Infelizmente acontece. Devemos re-
conhecer, entretanto, que h outros motivos. A vida das pessoas sofre mudanas. Tenho
visto companheiros afastando-se porque co-
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
96/156
96mearam um curso, porque mudaram decidade, porque assumiram um
compromisso familiar, porque houve altera-o no horrio de sua atividade profissional.
8 - O que fazer se o grupo fica
muito reduzido?Depende dos que ficam. Um grupo
pode funcionar com cinco ou seis pessoas,envolvendo mdiuns e doutrinadores, desdeque todos sejam firmes na assiduidade e na
dedicao. Nada impede, tambm, que se- jam convidados companheiros reconhecida-mente preparados, ampliando o nmero departicipantes.
PSICOGRAFIA
1 - O exerccio da psicografia, oato de escrever sob influncia dos Esp-ritos, exige reunio medinica especi-
al?
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
97/156
97 A psicografia uma mediunidade
singular, neste aspecto. Desde que o m-dium observe as disciplinas do servio e es-teja bem treinado, pode ser exercitada emqualquer reunio.
2 - Tambm em casa?
Sim. Os mdiuns que tm sua produ-o medinica divulgada em livros e publica-es diversas adotam horrio determinadopara psicografar, geralmente em sua prpriaresidncia. Considerando que os Espritos
tambm tm compromissos e no vivem nossa disposio, todo trabalho medinicodeve envolver essa disciplina, para que pos-samos contar com sua presena, seja emcasa ou no Centro Esprita.
3 - No fica complicado para omdium conservar o necessrio reco-lhimento, numa reunio onde h mani-festaes pela psicofonia?
Em princpio, talvez. Com a prtica,conseguir abstrair-se do ambiente, centran-
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
98/156
98do sua ateno nas idias que fluem emsua mente, originrias do Esprito que secomunica por seu intermdio.
4 - Seria razovel, numa reuniode desenvolvimento medinico, quetodos os participantes tentassem a psi-
cografia?A psicografia envolve, em princpio, o
impulso de escrever. Devem, portanto, pen-sar no assunto, os participantes que o sin-tam, geralmente disparado pelos seus men-
tores espirituais, quando h essa faculdade aser trabalhada.
5 - O psicgrafo seria simples-mente um mdium que escreve ao in-
vs de transm itir, pela palavra articula-da, o pensamento do Esprito?Podemos assim considerar. H at
certa correlao quanto s variantes. M-dium psicgrafo mecnico equivale ao psico-
fnico inconsciente; semi-mecnico, ao semi-consciente. Intuitivo, ao consciente. H m-
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
99/156
99diuns que exercitam tanto a psicofoniaquanto a psicografia.
6 - A produo do mdium psic-grafo deve ser divulgada e, eventual-mente, transformada em livros?
O aluno que aprende as primeiras le-
tras, na escola, no pode ter a pretenso depublicar seus exerccios. o que ocorre como mdium que se inicia na psicografia. Estcomeando um trabalho que s vai amadu-recer, no raro, em futuras existncias.
7 - Isso explica por que temostantos livros medinicos fracos, tantosob o ponto de vista literrio quantodoutrinrio?
Infelizmente acontece, envolvendomeros exerccios. O mdium, no raro esti-mulado por companheiros que lhe incensama vaidade, fica convicto de que tem uma ta-refa nesse particular e quer, a todo custo,
ver sua produo medinica publicada. Saem
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
100/156
100livros que no acrescentam nada, umarremedo de literatura esprita.
8 - No deveriam as editoras es-pritas usar de critrios mais rigorososna avaliao dos textos que recebem,afim de evitar que isso acontea?
Normalmente h esse cuidado. Ocorreque hoje fcil publicar livros, tendo em vis-ta os recursos grficos modernos e os prod-gios da
informtica. Da proliferarem livros ruins pu-blicados, no raro, pelos prprios autores oupelo grupo do qual participam.
VIDNCIA
1 - Como definiramos a vidncia?Conforme ocorre, freqentemente, em
nosso idioma, o termo vidncia tem vriasacepes. Vidente todo aquele que exercita
o sentido da viso, utilizando-se dos olhos.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
101/156
101, tambm, o que adivinha o futuro, odotado da viso distncia, o indivduoperspicaz... Sob o ponto de vista esprita, apessoa que enxerga o mundo espiritual.
2 - Pessoas em estado de pertur-bao, enfrentando problemas ex isten-
ciais ou de sade, no raro tm vidn-cias. uma faculdade a ser desenvolvi-da?
No necessariamente. Assim comoocorre em relao a outros fenmenos en-
volvendo o mundo espiritual, a pessoa pode-r ter vidncias em decorrncia de uma su-perexcitao psquica. Aps submeter-se aotratamento espiritual, tendero a desapare-cer.
3 - comum os pacientes termi-nais reportarem-se presena de fami-liares desencarnados. Os mdicos di-zem tratar-se de alucinao, determi-
nada pela fraqueza. Seria isso?
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
102/156
102A Medicina tateia nessas questes,
tendendo s explicaes reducionistas, isto, a reduzir tudo a fenmenos envolvendo ocrebro. O que ocorre que, com o afrou-xamento dos laos que prendem o pacienteterminal ao corpo, agua-se a percepo es-piritual. Ele passa a ter vises relacionadas
com a presena de familiares desencarnados.Estes costumam assistir seus amados, noretorno vida espiritual. Estvo, o primeiromrtir do Cristianismo, experimentou essefenmeno. Aberta sua viso espiritual, quan-
do expirava, apedrejado, percebeu a presen-a de Jesus, que veio ampar-lo.
4 - Qualquer pessoa pode desen-volver a vidncia?
Com treinamento adequado e deter-minadas disciplinas e exerccios possvelcolher experincias elementares nesse senti-do. Para que o fenmeno ocorra de formamais intensa, fundamental que exista a
faculdade.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
103/156
1035- O mdium descreve uma
grande cachoeira e imenso rio, ou umgrupo de cavaleiros. Como possvelformarem-se essas imagens em plenorecinto da reunio?
H dois tipos de vidncia, a objetiva e
a subjetiva. A subjetiva surge na mente domdium, como uma imagem ideoplstica ouidealizada. Ento, quando ele diz que esttendo essas vises, trata-se de algo que seformou em sua tela mental.
6 - Qual a utilidade desse tipo devidncia?
Atendem s idias sugeridas pelosmentores espirituais, s quais o mdium re-
veste, d forma, de acordo com sua culturae conhecimento, com riqueza maior ou me-nor de detalhes. Surgem como simbolismos.Compete ao grupo interpretar.
7 - E a vidncia objetiva?
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
104/156
104O mdium contempla o ambiente
espiritual e os Espritos presentes. Em est-gio mais apurado, o mdium chega a ver deolhos abertos, sem concentrao ou transe.Jesus detinha essa faculdade. Em vrias pas-sagens evanglicas o vemos conversandocom Espritos perturbadores, ordenando-lhes
que se afastem de suas vtimas. Chico Xaviertambm possua essa vidncia, transmitindocom freqncia recados de desencarnadosaos seus familiares, presentes nas reuniesde que participava.
8 - Seria til contar com um m-dium vidente na reunio medinica, pa-ra ajudar o doutrinador?
meio complicado, considerando que
a maior parte das vidncias so subjetivas.Mesmo os que tm a viso objetiva podemse equivocar, no raro sob influncia de Es-pritos ardilosos a envolv-los. E a interfern-cia do vidente, em pleno processo de doutri-
nao, pode confundir o doutrinador. Prefe-rvel que as informaes dos videntes sejam
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
105/156
105passadas aps o encerramento da reuni-o, ajudando na avaliao das comunica-es. Quanto ao doutrinador, suas melhoresfontes de referncia so a intuio, o conhe-cimento e a prtica.
INCORPORAO
1 - O que a mediunidade de in-corporao?
Embora consagrado pelo uso, essetermo equivocado. Sugere que o Espritomanifestante entra no corpo do mdium paratransmitir seu pensamento, o que no acon-tece. Nosso corpo inalienvel, no pass-vel de ter substituto ou de, eventualmente,abrigar um Esprito. Quando muito, podemos
dizer que o mdium "incorpora" as impres-ses, idias e sensaes da entidade.
2 - Qual seria o termo adequado?Kardec fala em mdiuns falantes. No
pegou no Brasil. Usa-se a expresso psicofo-
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
106/156
106nia. Tambm equivocado, sugerindoque estaria a falar a alma do mdium, algomais prximo do animismo. No obstante,tanto incorporao quanto psicofonia estoconsagrados pelo uso.
3 - Todos os mdiuns psicofnicos
trabalham de forma idntica?Obviamente, todos transmitem o pen-
samento
dos Espritos pela palavra articulada. O que
varia a profundidade do transe medinico.Neste aspecto podemos dividir a psicofoniaem trs tipos: consciente, semi-consciente einconsciente.
4 - Como distingui-los?O mdium consciente conserva-sedesperto, captando o pensamento do Espritoe o transmitindo pela palavra articulada. Omdium inconsciente entra em transe mais
profundo e afasta-se do corpo; o comunican-te pode manifestar-se de forma mais direta,
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
107/156
107como se houvesse uma verdadeira incor-porao. Quanto ao mdium semi-consciente, rene algo das outras duas mo-dalidades. O transe no to profundo queproduza a inconscincia, nem to superficialque o mantenha plenamente desperto. Malcomparando, diramos que o mdium consci-
ente pensa para falar; o inconsciente falasem pensar; o semi-consciente pensa e falasimultaneamente.
5 - Por que, sendo a psicofonia
inconsciente mais autntica, to rarana atualidade?
Ocorre que, embora mais adequada experimentao, problemtica. Geralmenteo mdium dorme no incio da reunio e des-
perta ao final, sem envolver-se, sem umcomprometimento com os labores medini-cos. Se no tiver cuidado,
poder ser conduzido por mistificadores.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
108/156
1086 - No tem controle sobre as
manifestaes?Deve ter. Todavia, se no estiver a-
tento s suas responsabilidades, e realmenteintegrado no labor medinico, permanecerem estado de torpor que inibir qualquerpossibilidade nesse sentido.
7 - O ideal seria o mdium semi-consciente?
No se trata da modalidade ideal, masdo mdium ideal, aquele que esteja convicto
de suas responsabilidades, assumindo oscompromissos inerentes a esse servio.
8 - Nota-se que na atualidade osmdiuns, em maioria, so conscientes.
uma tendncia?Sim. Embora implique em maior difi-culdade para o mdium, ele sai lucrando. Apsicofonia consciente exige maior envolvi-mento com o estudo, a disciplina, a reforma
ntima, habilitando-o a transmitir com maior
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
109/156
109eficincia as manifestaes, sejam deobsessores, sofredores ou mentores.
DIFICULDADES INICIAIS
1 - Como funciona a mediunidade
consciente?O mdium capta o fluxo mental doEsprito, gerando idias e sensaes, comose houvesse a intromisso de outra menteem sua intimidade; como se estivesse a con-versar com algum, dentro de si mesmo.
2 - Ouve uma voz?Seria fcil, mas no bem assim. I-
dias surgem, misturando-se com as suas,como se fossem dele prprio.
3 - Parece complicado...E , sem dvida, principalmente para
mdiuns iniciantes, que no distinguem oque deles e o que do Esprito. Muitos
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
110/156
110abandonam a prtica medinica, em facedessa incerteza, que perturbadora.
4 - Como resolver esse problema? preciso confiar e dar vazo s idias
que lhe vm cabea, ainda que pareamembaralhadas, em princpio. Geralmente a
mediunidade desenvolvida a partir da ma-nifestao de Espritos sofredores, o que mais simples. No exige maior concatenaode idias ou esforo de raciocnio. Cumpre-lhe, em princpio, apenas exprimir as sensa-
es e sentimentos que o Esprito lhe passa.
5 - Qual o conselho para o m-dium que enfrenta esse impasse?
Sentindo crescer dentro de si o fluxo
de sensaes e pensamentos, que tomamcorpo independente de sua vontade, comecea falar, sem preocupar-se em saber se seuou do Esprito. A partir da o fluxo ir se a-
justando. como o motorista inexperiente
na direo de um automvel. Em princpio hsolavancos, mas logo se ajusta.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
111/156
1116 - O que pode ser feito para aju-
dar o mdium iniciante?A participao do grupo importante.
O mdium, nessa situao inicial, fica fragili-zado. Sente-se vulnervel e constrangido.Qualquer hostilidade ou pensamento crtico
dos companheiros,
revelando desconhecimento do processo,poder afet-lo.
7 - Seria razovel aplicar passesmagnticos no mdium iniciante, emdificuldade para iniciar a manifestao?
O passe pode ajudar, mas devemosser econmicos na sua utilizao, a fim de
evitar condicionamentos. H mdiuns queesperam pela interveno do dirigente, apli-cando-lhes passes, a fim de iniciar seu traba-lho.
8 - As manifestaes de mdiunsiniciantes so, no raro, repetitivas.
8/8/2019 RichardSimonetti-Mediunidade[A6]
112/156
112Como devem agir o dirigente e par-ticipantes do grupo?
Cultivar a compreenso e a boa von-tade, considerando que o animismo, a inter-veno do prprio mdium, expressivonessa etapa do desenvolvimento. Aos poucosele ir se ajustando, aprendendo a distinguir
melhor entre suas idias e as do Esprito.
DESISTNCIA
1 - Vemos, com freqncia, m-diuns dotados d
Recommended