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Sistemas de Vigilância
De Infecção e de Bactérias Multirresistentese Infecção e de Bactérias Multirresistentes
Eduardo Gomes da SilvaEduardo Gomes da Silva Centro Hospitalar de Lisboa Central Centro Hospitalar de Lisboa Central - EPE- EPE
PNCI – Coordenação Helics-UCIPNCI – Coordenação Helics-UCI
20092009
INFECÇÃO HOSPITALAR
A IACS atinge mais de 4 milhões por ano Causa directa de morte em aproximadamente 37 000/ano Nos hospitais esta infecção varia entre os 8 e os 12%
A Infecção Adquirida no Hospital condiciona: Aumento da demora média global em 3,1 - 4,5 d
Prolongamento da demora Hospitalar em 9,5 - 13,4 d Multiplicação dos custos por Quatro Acréscimo da mortalidade (4,3 a 7,4%)
Mortalidade atribuída pode atingir os 44%
INFECÇÃO HOSPITALAR
Bactérias multi-resistentes aos antimicrobianos (MRA)estão envolvidas em metade dos casos de morte por IACS
São devidas às sete bactérias multirresistentes mais frequentes
Em quatro das principais infecções. Bacteriémia Pneumonia Pele e tecidos moles Infecção urinária
Os dados estão subestimados
Suetens C & Monnet DL, ECDC
Epidemiologia – A Ciência
O estudo da distribuição e dos determinantes da doença em populações definidas.
Quantifica a existência de doença:
• Avaliando a frequência e a distribuição da ocorrência de doença− Endémica / Epidémica / PandémicaEndémica / Epidémica / Pandémica
• Procurando as medidas para quantificar a doença na população− Rácios / Proporções / TaxasRácios / Proporções / Taxas
Os dados epidemiológicos são usados para planear - Teoria e implementar as medidas de prevenção - Estratégia de
Intervenção.
“A recolha, análise e interpretação contínua e sistemática, de dados de saúde essenciais para o planeamento, implementação, e avaliação da prática de saúde pública, intimamente integrados com a divulgação em tempo útil desses dados àqueles que necessitam de os conhecer.”
CDC 1998
Vigilância Epidemiológica: O Método
A Vigilância ajuda a compreender a nossa percepção da infecção de modo a tomar decisões no que respeita à necessidade de intervir ou de prevenir.
In: Mayhall CG, ed. Hospital Epidemiology and Infection Control.
Vigilância Epidemiológica da InfecçãoVigilância Epidemiológica da Infecção
As UCIs devem ser dotadas de programas de Vigilância das
Infecções adquiridas na Unidade, acompanhando um
programa de Controle e Prevenção da Infecção (Haley)
Embora de Eficácia não provada em CI, a experiência
noutros sectores justifica a sua utilidade
Contribui para a melhoria da qualidade dos cuidados
prestados ( Horan)
Vigilância Epidemiológica: Os Tipos
Baseada em: Eventos sentinela
Indica falência dos sistemas de prevenção e requer análise individual
Apenas identifica os eventos mais sérios Não deve existir isolado Não existe denominador
Na população a estudar Vigilância de doentes com riscos semelhantes Tem um numerador (Infecção) e um Denominador (Nº de Dias Paciente exposto a um risco)
Ambos
Avaliar a população Seleccionar o evento (objectivo) ou processo a vigiar Escolher o método de vigilância tendo em mente a
necessidade de ajustar ao risco os dados obtidos Monitorizar o evento ou processo Aplicar definições de vigilância durante a monitorização Calcular as taxas e analisar os dados da Vigilância
Validar os dados Comunicar e usar a informação da Vigilância
Avaliar as modificações introduzidas
Am J Infect Control 1998; 26: 277-288 (adapted from)
Vigilância Epidemiológica: Elementos Essenciais
Vigilância Epidemiológica: Ciclo
Implementação da VE:Definição de objectivos, Protocolo
Medidas de Prevenção e correctivas
Comunicação dos dadosInterpretação e análiseComparação e discussão
Avaliação do Impactoda VE na IN (trends)
Vigilância Epidemiológica: Estratégias
Simplicidade Minimizar os custos e a carga de trabalho. Feedback fácil
Flexibilidade Permitir adaptações futuras
Aceitabilidade Elevada participação . Dados de qualidade
Consistência Definições e metodologia standard
Sensibilidade Consistência dos dados. Representatividade
Especificidade Definições precisas e treino dos investigadores
Vigilância Epidemiológica: Programa hospitalar
I. VE em UCI II. VE de utilização de antimicrobianos e de ResistênciasIII. VE do doente cirúrgico IV. VE da TP V. VE da Bacteriémia do doente hemato-oncológico
Vigilância Epidemiológica: Calendário
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
VE em UCI
VE de Consumo de Ab e de Resistências
VE de Infecção cirúrgica
VE da Bacteriémia em Hemato-oncologia
Vigilância Epidemiológica: Programa hospitalar
Quatro pontos vitais para a VE
Indicadores de Qualidade validados (Taxas ajustadas ao risco)
Comunicação rápida e eficaz
Implementação e intervenção apropriadas
Avaliação do impacto das intervenções através
de VE contínua (trends) e outros estudos.
Activa Prospectiva Patient-based Incidência Por objectivos Ajustada ao risco
Passiva Retrospectiva Baseada no Laboratório Prevalência Generalista Não ajustada
M étodos
Vigilância Epidemiológica da InfecçãoVigilância Epidemiológica da Infecção
Vigilância Epidemiológica – Que infecções vigiar Endémica vs Epidémica
Menos de 10% das IN surgem em surtos epidémicos
Vigilância contínua mede os índices das infecções endémicas
Taxas elevadas de infecções endémicas requerem abordagens múltiplas e complexas
Stamm W et al., Am J Med 1981;70:393-397
Vigilância Epidemiológica: Prevalência
Mede as infecções num determinado tempo em todo o hospital Equipa treinada identifica os doentes infectados num dia –
recolhe dados e factores de risco Taxa de prevalência
Sobrestima dos doentes em risco e da duração da infecção Omite os casos já resolvidos Nos pequenos hospitais a dimensão da amostra é escassa
Mas: Método simples, rápido e barato Sensibiliza o pessoal para a IN Aumenta a visibilidade da CCI Útil no início de um programa de controle de infecção Quando repetido pode monitorizar tendências
HELICS:C. Suetens. ESQH Workshop – Brussels 2001 : Pina e Silva 2004
Portu
gal (
2003
)
8.4%
Prevalence rate in EU – 7.9%
3,1
1,2
6,5
8,6
13,5
34,3
0 10 20 30 40
Outros
Ginecologia/Obst
Pediatria
Cirurgia
Medicina
UCI
www.dgs.pt/upload/membro.id/ficheiros/i008558.pdf
(%)
N= 1624
Prevalência da IN por área assistencial
Vigilância Epidemiológica: Incidência
Estudo prospectivo de novas infecções Equipa treinada monitoriza todos os doentes duma população
num período de tempo. Os doentes são acompanhados durante todo o internamento e por vezes após a alta
Taxa de Incidência Avalia surtos Taxas de infecção Monitoriza tendências Correlaciona o risco Comparável entre UCI e Hospitais
Mas: Consome pessoal Mais dispendioso Reservado a áreas problema Focalizada em determinados períodos
Vigilância Epidemiológica: Por Objectivos
VE orientada para a infecção Monitorizar infecções com impacto na mortalidade, morbilidade e
custos. Prioridades: Pneumonia associada à entubação – elevada mortalidade Infecção do local cirúrgico – custos e morbilidade após alta Bacteriémia associada ao cateter – elevada mortalidade Bactérias multirresistentes – MRSA; Klebsiella ESBL
Sobretudo baseada no laboratório que, para além do Alerta fornece os TSA dos microrganismos alvo
Orientada para ambientes problema Focalizada em áreas de elevado risco – UCIs; Hemato-oncologia;
queimados; Neonatologia Orientada por prioridades
Dedicada a um problema específico – ITU em doentes algaliados em cuidados continuados
Vigilância Epidemiológica – Ajustar ao Risco
Componentes da VE: População – doentes por tipo de UCI Infecção – Por local de infecção Denominador – total de dias de utilização de
dispositivos ou procedimentos de risco
A amostra deve ter volume suficiente para ter significado
Vigilância Epidemiológica – Ajustar ao Risco
Tipos de Risco Intrínseco
Doenças subjacentes Idade Peso do doente (Neonatologia)
Extrínseco Baseado na equipa
Práticas médicas Práticas da Instituição
Vigilância Epidemiológica – Ajustar ao Risco
Estratificação dos dados para controlar a influência de: Demora Média Utilização dos dispositivos Tipo de UCI Local de infecção e dispositivo associado
Ainda: Idade Sexo Trauma imunodeficiência SAPS II Ab 48 h antes da admissão
Vigilância Epidemiológica: Consumo de Antimicrobianos e Resistência
Justificação: Na UCI a IN por Microrganismos multirresistentes aos
Antimicrobianos (MRA) é um grave problema e não está ainda bem definida a relação entre a utilização dos Ab e o surgimento de resistências
Dados IN em doentes da UCI, incluindo antibiogramas alvo DDD de Ab específicos usados na UCI.
Vigilância Epidemiológica: Consumo de Antimicrobianos e Resistência
Análise: Taxa de Resistência:
- Nº Resistentes / N Testados X 100
DDD por 1000 dias paciente:- DDD/ dias paciente X 1000
Relatórios Cada 6 meses
Vigilância Epidemiológica: Consumo de Antimicrobianos e Resistência
Objectivos futuros Avaliar a taxa de microrganismos MRA importadas e
exportadas pelas UCI, quer para a comunidade quer para as enfermarias
Identificar e monitorizar dados de genotipagem que caracterizem os microrganismos MRA na UCI
Proceder à VE desses MRA Sabe-se que em muitas UCIs existe transmissão
endémica de microrganismos MRA MRSA, VRE, E. coli, K. pneumoniae, Acinetobacter baumannii,
e Pseudomonas aeruginosa.
CARE-ICU
Activa Prospectiva Patient-based Incidência Por objectivos Ajustada ao risco
Passiva Retrospectiva Baseada no Laboratório Prevalência Generalista Não ajustada
M étodos
Método Recomendado
EU R OP EU S:EU R OP EU S:
Uniformização da Vigilância Epidemiológica
Criação de Redes de Dados Comparáveis
Melhorar a Vigilância Epidemiológica
Promover a utilização dos dados
Treinar profissionais em Vigilância
HELICS
R EGI ONA I S:R EGI ONA I S:
Comparação de Factores de Risco inter-Unidades
Melhorar a qualidade da recolha de Dados
Promover a Investigação
Avaliação periódica do sistema de Vigilância com validação
dos dados
HELICS
LOCA I S: Determinar os Indicadores mais úteis para a UCI
Monitorizar a Infecção Nosocomial
Comparar Resultados e Identificar Problemas
Sensibilizar o Pessoal para o problema da Infecção
HELICS
HELICS
Dados Demográficos:Dados Demográficos:
Infecção na Admissão
Antibioterapia ou Profilaxia na Admissão
Avaliação Imunológica
Índices de Gravidade
Cirurgia
Exposição a meios Invasivos• Entubação - Ventilação• Cateter Venoso Central• Cateter Urinário
HELICS
I NF ECÇÕES R EGI ST A D A S:
Pneumonia NosocomialTipoDiagnóstico MicrobiológicoAntibioterapiaPadrão de Resistência
Bacteriémia TipoDiagnóstico Microbiológico
Foco de OrigemAntibioterapiaPadrão de Resistência
Infecção UrináriaTipoDiagnóstico MicrobiológicoAntibioterapiaPadrão de Resistência
Traqueobronquite TipoDiagnóstico MicrobiológicoAntibioterapiaPadrão de Resistência
HELICS
Promover o confronto dos Dados Microbiológicos com os da Vigilância Epidemiológica da UCI
Recolher Informação sobre Padrões de Resistência S. aureus - Meticilina Resistente
Enterococcus - Resistentes à Vancomicina
Pseudomonas e Acinectobacter Enterobacteriáceas - Resistentes aos Beta-Lactâmicos
Vigilância Epidemiológica da Infecção na UCI
Ficha de Recolha de Dados
Unidade Hospital Processo
Identificação ………...................................................
Data de Nascimento -----/------/----- Sexo
Data de Admissão Hospitalar __/__/__Data de Admissão na UCI __/__/__ Data de Saída da UCI __/__/__
Resultado na UCI Transferido Falecido
Resultado no Hospital (F / V)
Proveniência do doente :
Comunidade
Enfermaria (deste ou doutro hospital)
UCI (outra)
Instituição asilar
Tipo de Admissão: Médica Cirúrgica Urgente Coronária Cirúrgica Electiva Trauma - S N D Transplante
Infecção na Admissão:
Pneumonia Bacteriémia Infecção Urinária
Traqueobronquite Infecção Cirúrgica
OutraSituação Imunológica:
. Sem evidência de Imunodeficiência
. Neutropénia « 500
. Outra
Índices de Gravidade ( 24h)
SAPS II APACHE II
A
DNR __/__/__ Retirada Terapêutica (Withdrawal) __/__/__ Suspensão de Terapêutica (Withholding) __/__/__
Cama
PNCI
Página Nº ___
>
PNCIPrograma Nacional de Prevenção e Controlo das Infecções Associadas a Cuidados de Saúde
http://ipse.univ-lyon1.fr/
www.insa-rios.net
PNCIPNCI
•UCIs que introduziram >30 doentes•Doentes com mais de 2 dias na UCI•Em cinco anos – 32 UCIs
•Totalizam em 2008, 212 camas de UCI – 55%
2004/2008
UCI - C H CoimbraUCI - C H FunchalUCI – CH Cova da BeiraUCI - H Barlavento AlgarvioUCI – H Ponta DelgadaUCI – H SantarémUCI - H Fernando FonsecaUCI - H J J Fernandes, BejaUCI – H Garcia da OrtaUCI – H Pedro HispanoUCI – IPO PortoUCIP - H BragaUCIMC – H Santo AntónioUCIP - H Santo AntónioUCIP - CH Vila Real-RéguaUCIP – H LuzUCI - H N S Rosário, BarreiroUCI - H S Bernardo, SetúbalUCI - H S TeotónioUCI - H Santa MariaUCIC – H Santa MariaUCI Pediátrica - H Santa MariaUCIC - H S Francisco Xavier, LxUCIM - H S Francisco Xavier, LxUCIM - H Egas MonizUCIP – H GuimarãesUCIP - H Capuchos, LxUCIP - Santa Marta LxUCIP – H Santa CruzUCIP - H Pulido ValenteUCIP - H S SebastiãoUCIP - Hospital do Desterro, Lx
HELICS-UCI - Registos
48121313819980
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
2004 2005 2006 2007 2008
0
5
10
15
20
25
30
35
Doentes infecção (PN+ Bact) UCIs
Total de 9574 doentes e 1787 Infecções (PN;Bact;TqB;IU)
Reg
isto
s / I
nfec
ções
UC
Is
0 100 200 300 400 500 600
Ponta Delgada
Barlavento Algarvio
Beja
Setúbal
Almada
CHLC
CHLO
CHLN
Amadora
H. Luz
Santarém
Covilhã
CH Coimbra
Viseu
Feira
Matozinhos
HS António
IPO Porto
Vila Real
Braga
GuimaraesH1 H2H3H4H5
H6 H7 H8 H9 H10 H11 H12 H13 H14 H15
H16H17
H18 H19
H20 H21
H1 H2H3H4H5
H6 H7 H8 H9 H10 H11 H12 H13 H14 H15 H16 H17 H18 H19 H20
N= 4363
HELICS-UCI – Registos de 2008
28 UCIs de 21 Hospitais/CH, de um universo de 40 com CI
4363 registos (total 8315)
156 doentes por UCI (48 – 345) (duplicou) 363 registos/mês (107/m - 04-07) 3.4 vezes mais que a média dos últimos 4 anos
Cobertura de 212 camas de UCI - corresponde a 55% das camas de CI (66,3% - 09)
Aumento de 100% em relação ao ano anterior
HELICS-UCI – Registos de 2008
AT BE ES FR LU NL PT EU
N of patients 2095 42544 18654 14403 1047 3913 832 83488
Mean age (y) 61.8 63.5 60 61 58.3 62.8 59.2 60.9
Sex ratio M:F 1.87 1.41 2.16 1.76 1.92 1.59 1.53 1.73
Mean length of stay in ICU 10.6 7.1 8.2 11.4 13.2 10.5 13.9 10.7
ICU mortality (%) 16.3 8.5 12.1 17.8 . 13.7 22.2 15.1
Mean SAPS II score 42 32.2 27 38.6 . 33.9 41.3 35.9
Patients from community (%) . 50.5 61.1 63.7 20.5 56.3 42.4 49.1
Mean LOS hospital bef. ICU adm. . 4.6 3.6 . . 4.6 5.5 4.5
HELICS-ICU Level 2
PT 04/07
3710 58.7
1.58
12.6
20.0
43.6
30.9
5.6
AT BE ES FR LU NL PT EU
Trauma patients (%) . 6.3 11.2 13.3 . 3.6 10.6 9
Coronary care (%) . 20.9 31.7 . . 12.8 1.8 16.8
Impaired immunity (%) . 4.9 6.5 11 . 9.7 6.6 7.7
Antibiotics <>48h admission (%) 23.4 30.2 43.7 44.3 . 45.9 80.8 44.7
HELICS-ICU Level 2
PT04/07
12.7 1.4
0.9
46.9
AT BE ES FR LU NL PT EU
ICUs with non-missing exposure data
N of patients 1,844 40,782 9,196 14,403 1,047 3,913 832 72,017
N of intubation days 13353 112597 39314 99545 8799 24836 8215 306659
N of CVC days 18290 195796 31141 113655 12333 22237 9532 402984
N of patient-days 19724 294215 77231 164830 13773 40956 11560 622289
Intubation utilisation ratio 0.677 0.383 0.509 0.604 0.639 0.606 0.711 0.493
CVC utilisation ratio 0.927 0.665 0.403 0.690 0.895 0.543 0.825 0.648
N of IAPs 294 2282 710 1292 35 442 124 5179
N of CABs 41 492 141 345 45 133 28 1225
# IAPs*1000/intubation days 22.0 20.3 18.1 13.0 4.0 17.8 15.1 16.9
# CABs*1000/CVC days 2.2 2.5 4.5 3.0 3.6 6.0 2.9 3.0
HELICS-ICU Level 2
PT 04/07
3710 31669
37329
46680
0.678
0.8
324
167
10.2
4.5
Os Dispositivos e a Infecção
83%
83%
97,0%
97,2%
87%
75% 80% 85% 90% 95% 100%
NNIS - 498 998 dts
PT - 3710 dts
Pneumonia Nosocomial BSI Infecção Urinária
NNIS med/cir (U) HELICS HELICS HELICS P90 PT-2002 PT-04/07 EU – P90
Cateter 54 73 82.5 81.1 64.8
Entubação 47 64 83.2 71.2 84
Rácios de Utilização de Dispositivos /InfecçãoRácios de Utilização de Dispositivos /Infecção
Bacteriémia 5.3 7.2 5.4 4.1 8.6
Pneumonia Associada aEntubação 11.1 16.4 11.9 9.7 16.6
Taxas por mil dias paciente
Estudo Epidemiológico -índices de risco de infecção ajustados à utilização do dispositivo
Média Min/Max P10 P25 P50 P75 P90
SAPII 45.2 39/52 40.2 41.6 44.4 49.4 52.1
Taxa de Entubação 71.2 45.3/90.7 54.2 63.8 68.6 80.3 87.6
Taxa de cateter 81.1 43.7/98.7 53.7 74.8 84.3 91.3 95.7
Taxa de Pneumonia 9.7 2.1/27.6 2.1 3.7 8.9 14.2 22.2
Taxa de Inf. Cateter 4.1 0/10.5 0 1.9 4.2 5.6 9.1
HELICS 2004-07- Taxas por mil dias paciente
A gentes M icrobianosA gentes M icrobianos NNISNNIS - HELICS
N= 364 NNIS med/cir HELICS-EU2002 HELICS-PT-04/07
Estafilococos aureus 18.0 16.1 21.4 (19.8) Pseudomonas aeruginosa 15.5 17.9 32.7 (41.4)
Acinectobacter spp 3.6 12.4 ( 6.0)
Enterococos spp 1.8 3.0 0.6Eschericia coli 6.9 3.6 (1.7) Cândida spp 6.1 8.2 2.2 (6.9) Enterobacter spp 10.6 7.8 3.8Klebsiella spp 7.4 7.0 6.6Serratia spp 3.2 3.0Haemophilus spp 3.5 5.5 3.3Stenotrophomonas maltop. 2.4 3.0Aspergillus fumigatus 0.7 0.8 (4.3)
PneumoniaPneumonia
N = 9707 N=11060
(2002)
BacteriémiaBacteriémia NNIS med/cir Helics-EU Helics-PT-04/07
Estafilococcus aureus12.2 13.2 27.5 (24.2) P seudomonas
aeruginosa 3.6 8.5 11.8 (18.2) A cinectobacter spp 2.0 5.2 (1.5)
Enterococcus spp 11.5 11.5 10.1 (6.1)
Estafilococcus c.n. 40.9 24.5 21.4 (24.2) Cândida spp 5.9 8.0 5.3 (10.6) Enterobacter spp 3.6 0.0 1.7 (5.1)
K lebsiella spp 2.3 3.0 7.4 (4.7)
Serratia spp 2.0 1.3H aemophilus spp 0.1 0
Stenotrophomonas maltop. 0.4 0.4P roteus spp 1.3 0.9
N = 229N = 4780 N=3831
A gentes M icrobianosA gentes M icrobianos NNISNNIS - HELICS
(2002)
Infecção Infecção UrináriaUrinária NNIS med. (*) Helics-EU Helics-PT-04/07
Escherichia coli 14 23.4 17.0P seudomonas aeruginosa 10 10.5 24.5 Enterococcus spp 14 19.7 14.3 Cândida spp
21 19.7 23.0 Estafilococcus aureus 2 1.6 3.4 Estafilococcus c.n.
2 3.6 2.1 Enterobacter spp 5 5.0 2.0 K lebsiella spp 6 4.4 4.8 A cinectobacter spp 1 1.1 3.4 Serratia spp 0.7 0.6 0
Stenotrophomonas maltop. 0.3 0 P roteus spp 2 3.8 2.0
N = 147N = 4394 N=4218
A gentes M icrobianosA gentes M icrobianos NNISNNIS - HELICS
BE ES PT
Penicillins, incl. beta-lactamase inhib., without anti-pseud. activity 31.1% 7.0% 8.0%
Penicillins, incl. beta-lactamase inhib., with anti-pseud. activity 6.1% 8.9% 14.7%
Second generation cephalosp. 3.4% 0.5% 0.8%
Third generation cephalosporins 10.3% 11.0% 9.7%
Fourth generation cephalosporins 5.6% 4.6% 1.1%
Carbapenems 7.3% 13.5% 9.1%
Combinations of sulfonamides and trimethoprin 0.0% 1.1% 2.0%
Macrolides 0.7% 2.8% 6.6%
Aminoglycosides 10.0% 13.0% 16.3%
Fluoroquinolones 6.5% 8.8% 4.8%
Glycopeptides 6.6% 13.1% 9.2%
Imidazole derivates 3.0% 2.6% 5.6%Antifungals 0.1% 3.8% 5.4%
Antimicrobianos Utilização na UCI
PT-04/07
7.0
16.3
1.1
6.0
1.7
14.4
0.9
0.7
16.5
7.7
10.3
0.4 7.9
Antifúngicos
Antifúngicos
Antifúngicos
Aminopenicilinas
Aminopenicilinas
Aminopenicilinas
Oxazolidinonas
Oxazolidinonas
Oxazolidinonas
Glicopeptídeos
Glicopeptídeos
Glicopeptídeos
Cettazidima
Cettazidima
Cettazidima
Cefa 3ªG (g3)
Cefa 3ªG (g3)
Cefa 3ªG (g3)
Quinolonas
Quinolonas
Quinolonas
Aminoglicosídeos
Aminoglicosídeos
Aminoglicosídeos
Carbapenemes
Carbapenemes
Carbapenemes
Ureidopenicilinas
Ureidopenicilinas
Ureidopenicilinas
0 5 10 15 20 25
Inf. Urinária
Bacteriémia
Pneumonia
Antimicrobianos Utilização na UCI
%
2004-07
63,554,655,6
72,461
69,8
0102030405060708090
2002 2004 2005 2006 2007 2008*MRSA Linear (MRSA)
%
N= 367
R esistências aos antimicrobianosR esistências aos antimicrobianos
M R SA 2004-08
*HELICS-UCI – Dados provisórios de 2008 – ainda não consolidados
05
101520253035404550
2002 2004 2005 2006 2007 2008*
Ceftazidima
Pipera/Tazo
Imipenem
Ciprofloxa
Gentamic
Amicacina
%
R esistências aos antimicrobianosR esistências aos antimicrobianos
P seudomonas aeruginosa 2004-08
N= 423
* HELICS-UCI – Dados provisórios de 2008 – ainda não consolidados
0
5
10
15
20
25
30
35
40
2004/07 2008*
Amox.clav
Cefta 3ªG
Pipera/Tazobac
Imipeneme
Ciprofloxacina
Gentamicina
Amicacina
Cotrimoxazol
% N= 146
R esistências aos antimicrobianosR esistências aos antimicrobianos
Escherichia coli 2004-08
* HELICS-UCI – Dados provisórios de 2008 – ainda não consolidados
0
10
20
30
40
50
60
70
2004/07 2008*
Amox.clav
Cefta 3ªG
Pipera/Tazobac
Imipeneme
Ciprofloxacina
Gentamicina
Amicacina
% N= 95
R esistências aos antimicrobianosR esistências aos antimicrobianos
2004-08
* HELICS-UCI – Dados provisórios de 2008 – ainda não consolidados
K lebsiella pneumoniae
Conclusões
O HELICS-UCI, assume-se como um projecto Europeu, de VE
com expressão em Portugal.
Está montada uma rede de vigilância epidemiológica da infecção
em UCIs com dados que cumprem a metodologia Europeia.
Os nossos resultados são comparáveis com os da rede Europeia
e em muitos aspectos com os da rede NNIS
Conclusões As taxas de utilização de dispositivos invasivos (cateteres e
entubação ET) são muito elevadas no nosso país e devem ser reduzidas, recorrendo quando possível a outros métodos
Nalgumas unidades a taxa de infecção ajustada ao risco de utilização dos dispositivos está acima do esperado
A incidência de alguns microrganismos (Estafilococos, Pseudomonas e Acinetobacter) é um problema a merecer atenção especial até pela elevada taxa de resistências verificadas no nosso país.
O consumo de antibióticos de largo espectro continua muito elevado, com aumento dos consumos nos carbapenemos, glicopeptídeos e quinolonas
Conclusões As resistências são elevadas, sobretudo no MRSA e
Pseudomonas, mas outras bactérias têm taxas em crescendo (Klebsiella)
O futuro deverá fazer evoluir o projecto para a vigilância das resistências integrando eventualmente a rede Europeia
de Vigilância das Resistências – ecdc – CARE-ICU
A monitorização do consumo de antibióticos, como mais um risco, deverá vir a integrar também a rede de vigilância do futuro.
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