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Hipogonadismo Feminino
Hipogonadismo Feminino
Luíz Antônio de Araújo
Diretor do Departamento de Neuroendocrinologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
Presidente do Clube da Hipófise de Joinville
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Potencial Conflito de Interesses
De acordo com a Norma 1595/2000 do
Conselho Federal de Medicina e a Resolução RDC 102/2000 da Agência de Vigilância Sanitária, declaro que não tenho conflito de interesses para esta apresentação.
Plano de Aula
Conceito
Classificação
Diagnóstico
Tratamento
Monitorização
Conclusão
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Hipogonadismo - Conceito
Hipogonadismo é definido como uma diminuição da função gonadal, que se manifesta pela deficiência na produção e / ou secreção de hormônios sexuais.
Hipogonadismo Hipogonadotrófico é definido como hipogonadismo com LH e FSH em níveis normais ou diminuídos.
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Hipogonadismo Hipogonadotrófico Feminino - Classificação
Causas Genéticas
S. Kalmann (hipo / anosmia)
Hipogonadismo Hipogonadotrófico Isolado
Hipopituitarismo Congênito (GH / TSH / LH-FSH)
Hemocromatose
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Hipogonadismo Hipogonadotrófico Feminino - Classificação
Causas Adquiridas:
Tumores hipotálamo hipofisários: prolactinoma, Cushing, acromegalia, AHNF; Necrose hipofisária pós-parto (S. de Sheehan); Hipofisite pós-parto (autoimune); Doenças Infiltrativas: hemocromatose ,talassemia ,histiocitose X, sarcoidose,
granulomatose de Wegener, d.de Takayasu; Traumática: neurocirurgia, radioterapia; TCE; Apoplexia; Funcional (leptina):estresse, anorexia, bulimia, desnutrição, vigorexia, DM; Drogas (PRL): anti-hipertensivos, ansiolíticos, antidepressivos,
metoclopramida, bloqueadores de receptores H2; Obesidade (leptina, adiponectina, peptídeo glucagon símile – 1, grelina) Hipotireoidismo
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Diagnóstico
FSH, LH (normal ou diminuído)
Estradiol (diminuído)
Prolactina
RNM
Outros:
GH / IGF1
tsh, t4L
ACTH, cortisol
ferro, ferritina, hemograma, glicose, autoanticorpos, cariótipo, perfil genético.
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Tratamento – Objetivos
Favorecer ou restaurar os parâmetros ao estado eugonadal (desenvolvimento, sintomas atróficos, libido, atividade sexual satisfatória, infertilidade...)
Melhorar a função psico-sexual
Preservar a MO e prevenir a osteoporose
Aumentar a função neuro-psicológica
(funcões superiores e humor)
Melhorar a qualidade de vida.
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Tratamento – indicações
Esteróides – menacme: em todas as pacientes entre 18 e 39 anos que não tenham contra indicação;
Esteróides – menopausa: seguir os mesmos critérios da TH na menopausa;
Infertilidade: em pacientes com ovários funcionantes que não tenham contra indicação;
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Tratamento – contra indicações
ABSOLUTAS
Ca estrógeno dependente, tromboembolismo comprovado
RELATIVAS
História sugestiva de tromboelbolismo, trombofilia relativa (obesidade, tabagismo, imobilização cirúrgica, varicosidade severa), mastopatia funcional, miomas, HAS, colecistopatia, DCV preexistente, ca de mama tratado, hepatopatia.
Resistência (pavor) aos hormônios
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Estrógenos
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Estrógenos - Benefícios
Pele (umidade, atenuação rugas, prevenção de úlceras varicosas)
Músculo (preservação e efeito anti-catabólico)
Osteoarticular (prevenção osteoporose)
Olhos (prevenção olho seco)
Fibromialgia (redução prevalência)
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Reposição com Estrógenos
Estradiol micronizado – 1 a 2 mg/dia VO
Estrógenos conjugados – 0,625 ou 0,3 mg/dia VO
Valerato de estradiol – 1 ou 2 mg/dia VO
Estradiol adesivo transdérmico – 25,50 e 75 mcg
Estradiol gel sachê 0,5 e 1 mg
Estradiol gel sachê 1,5 mg (equivalente 3 puffs)
Estradiol gel em bisnaga com régua dosadora / 1,5 mg
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Progestógenos
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Progestógenos
Quando?
SEMPRE em mulheres não
histerectomizadas
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Reposição com Progestógenos
Nomegestrol 5 mg
Medroxiprogesterona – 2,5, 5 a 10 mg/dia VO
Didrogesterona 10 mg
Progesterona micronizada 100 a 200/dia VO
Levonorgestrel – 20 mcg / 24 hs (SIU)
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Terapia Hormonal
Idade cronológica
Tempo decorrido desde a menopausa
Benefícios
Riscos
Seleção adequada
Via de administração
Esquema ideal
Tipo e dose dos hormônios
Monitorização
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Riscos e Benefícios da TH
RISCOS BENEFÍCIOS ÁREAS CONTROVERSAS
Trombose Venosa Profunda
Sintomas Vasomotores
Sensibilidade Insulínica DM
AVC isquêmico
Sintomas Urogenitais
Prevenção Primária de DCV
Ca de Mama
Função Sexual Ca de Ovário, Colo Retal, Pulmão
Ca de Endométrio (só estrogênio)
Perfil Lipídico Osteoartrite
Massa Óssea Demência Função Cognitiva
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Vias de administração
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Esquema Sequencial Oral ou Gel
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Esquema Sequencial Transdérmico
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Esquema Contínuo Oral ou Gel
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Esquema Sequencial Alternativo Oral ou Gel
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Esquema Contínuo Transdérmico
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Esquema Contínuo Transdérmico Combinado
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Tibolona 2,5 ou 1,25 mg
Esteróide sintético com propriedades E + P ++ A
Melhora os efeitos vasomotores
Melhora libido
Acne, hirsutismo, gordura central, perfil lipídico, glicídico
LIBERATE: aumento DMO c=3,2% / n= 2,9%
Fraturas? / DCV ?
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Estrógenos Tópicos
Promestrieno 0,01 creme ou cápsulas - colpotrofine
Estrogênios conjugados 0,625mg/g/gel - estrinolon
Estriol creme vaginal 1mg/g/gel - ovestrion
Diacetato de 16-a-hidroxiestrona 600mg/aplicação –
hormocervix
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Andrógenos
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Síndrome da Insuficiência Androgênica na Mulher (SIA)
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Algoritmo para o diagnóstico e tratamento da Insuficiência Androgênica na Mulher
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Uso de Androgênios na Mulher
Testosterona
SHBG
Testosterona Livre (calculada)
DHEA-S
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Parenteral trimestral
Parenteral mensal.
Oral – diário
Testosterona no Brasil
Creme Gel – dias alternados
Opções Terapêuticas
• Oxandrolona 2,5 mg (sintético / não sofre aromatização) 41
Opções Terapêuticas
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Opções Terapêuticas
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Opções Terapêuticas
Não aprovado pelo FDA
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Monitorização
2 meses
A cada 6 / 12 meses
Exames:
mamografia / US mamas / transvaginal
lipidograma
função hepática
dosagens hormonais
densitometria óssea
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Terapia Hormonal - Benefícios
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Conclusão
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O reconhecimento e tratamento do hipogonadismo muitas vezes é
desprezado pelo paciente e negligenciado pelo médico.
Os sinais e sintomas do hipogonadismo devem ser pesquisados através
de uma boa história clínica e exame físico direcionados.
A investigação deve ser realizada de forma objetiva, de custo /benefício
e clinicamente eficientes.
Os esquemas de tratamento devem ser individualizados, e a
monitorização deve ser rigorosa.
A terapia de reposição com esteróides diminui os sintomas vasomotores,
sintomas urogenitais, função sexual, perfil lipídico, melhora dos disturbios
do humor, prevenção da osteoporose, restabelecimento da fertilidade e
uma consequente melhora na qualidade de vida.
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www.endoville.com.br
Clube da Hipófise de Joinville Dra. Julia Appel Dr. Andrei Koerbel Dr. Salomão Nassif Sfeir Filho Aos nossos pacientes
Agradecimentos
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Estrógeno – Contra Indicações
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Progestógenos
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Classificação dos Progestagênios
Variáveis Não Hormonais que se correlacionam com Satisfação, Desejo e Função Sexual Feminina
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Opções Terapêuticas
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Opções Terapêuticas
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Opções Terapêuticas
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