Estratégias para ensinar crianças disléxicas

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ESTRATÉGIAS PARA ENSINAR CRIANÇAS DISLÉXICAS

Há inúmeras técnicas para ensinar crianças disléxicas. Nem todas reagem da mesma forma às mesmas técnicas, pelo que é importante perceber o que funciona com cada criança em particular. Eis algumas sugestões.

Começar pela criança

É provável que os alunos disléxicos já tenham“chumbado” ou tido “maus resultados”, por isso émuito importante conversar com o aluno e escutá-

lo.Isto permite-nos conhecer o aluno, que interessestem, e permite-lhe conhecer-nos e ganhar confiançaem nós, ao mesmo tempo que estamos a avaliar assuas competências de comunicação oral.

Que materiais usar?

Existem inúmeros programas e materiais,mas é importante que o apoio seja multi-sensorial envolvendo ver, ouvir, falar,

tocar,etc., o mais variadamente possível. Comocada um de nós é único, importa observar

seo aluno é predominantemente:

VISUAL – Aprende melhor vendo AUDITIVO – Aprende melhor ouvindo CINESTÉSICO – Comunica e aprende

melhor pela acção física.

VISUAL

Usar imagens e materiais multi-média Colar papelinhos com vocabulário novo à vista do

aluno Antes de ler, dar-lhe um livro ou uma série de

imagens alusivas ao texto Usar jogos para desenvolver a memória Desenhar mapas mentais * Usar cores diferentes para separar as sílabas nas

palavras Usar bons programas de software de imagem Ter uma área de trabalho limpa, arrumada e

organizada.* Diagramas usados para organizar visualmente a informação

AUDITIVO

Ter uma conversa prévia sobre o texto a ser lido ou a informação a aprender

Assegurar-se de que as instruções orais são transmitidas de forma clara

Fazer com que o aluno grave a informação ou a anote, para poder voltar a escutá-la ou para que a possa consultar posteriormente.

Usar software com boa qualidade sonora

CINESTÉSICO

Desenhar as letras ou palavras na areia ou no ar

Usar objectos concretos ou formas que possam ser manipulaods

Decorar factos e matérias enquanto faz outras coisas

Dicas para trabalhar números

Falar de números, i.e. datas, números da porta, etc. Contar os degraus ao subir a escada, um a um, ou dois a

dois Mexer em dinheiro e fazer exercícios com dinheiro a sério Falar do tempo– dia/noite, cedo/tarde Enunciar sequências de dias, meses, aniversários Usar jogos de tabuleiro, dominós dados, etc. Usar frequentemente expressões matemáticas, i.e. quantos,

igual, maior, menor, etc. Falar de símbolos e sinais Ensinar a usar uma calculadora com confiança. Ensinar normas de organização. Os disléxicos têm tendência

para saltar perguntas. Precisam de ser ensinaods a concentrar-se no que estão a fazer.

Dicas para trabalhar a escrita

Usar papel pautado Usar um prontuário Usar um banco de palavras Usar cloze (exercícios com espaços para

preencher) Elogiar o conteúdo sempre que possível.

Dicas para trabalhar a leitura

Limitar as solicitações de leitura Assegurar que o nível e o material são

adequados Fazer leitura a pares Preparar uma lista de palavras

relacionadas com o tema Recorrer a audiolivros/audiotextos

sempre que possível

Professor de apoio na aula

Se for possível arrolar a colaboração de

um professor de apoio, este pode: explicar instruções e tarefas a realizar manter o aluno concentrado organizar os materiais de trabalho ler e/ escrever tomar nota do trabalho de casa ajudar na realização de tarefas práticas

Professor de apoio na aula

Pode ajudar o professor a preparar materiais individualizados. Além disso, pode informar o professor sobre:

que tarefas estão a causar problemas quais os pontos fortes do aluno se o trabalho de casa está a exercer

demasiada pressão se existem problemas com colegas.

Professor de apoio na aula

As dificuldades em processar informação significam que o aluno disléxico se debate frequentemente com falta de tempo. Sentirá que falha se, por norma, não conseguir completar as tarefas.

 O apoio individual de um professor extra pode permiir que o aluno termine as tarefas antes de ser forçado a prosseguir e acompanhar o resto da turma.

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