Filosofia

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Filosofia, mito e mitologia grega, pré-socráticos, sofistas, Socrátes, Platão e o Mito da Caverna e Aristóteles.

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Prof: Cleiton Costa Denez

Ordem e Desordem:

Formação do Senso Comum;Organizações ;Tradições;Culturas;

“Narrativa alegórica; fábula , lenda, representação exagerada de fatos ou personagens reais pela imaginação popular , pessoa ou fato assim representado “. (AURÉLIO, Dicionário) .

Pode-se definir mito como o pensamento antes da nascimento da filosofia , uma tentativa de revelar a verdade sob a forma de um relato.

As narrativas misturavam sabedoria e procedimentos práticos do trabalho e da vida, da religião e as crenças mais antigas.

Tentavam responder as questões fundamentais:

Origem de todas as coisas;Condição do homem;Vida e morte;

A origem de todas as coisas é proveniente das relações sexuais entre os deuses, gerando tudo que existia.

A origem de tudo está esta nas lutas e alianças entre forças que regem o Universo.

No princípio era o Caos matéria eterna, informe, rudimentar, mas dotada de energia prolífica; depois veio Géia (Terra), Tártaro (habitação profunda) e Eros (o Amor), a força do desejo. O Caos deu origem ao Érebo (Escuridão profunda) e a Nix (noite). Nix Gerou Éter e Hemera (Dia). De Géia nasceram Úrano (Céu), Montes e Pontos (Mar).

Gaia gerou Urano e se uniu a ele gerando os:

Titãs: Oceano, Ceos, Crio, Hiperión, Jápeto , Atlas e Cronos.

Titânidas: Téia, Réia, Mnemósina, Febe e Tétis.

Urano reinou soberano;Por solicitação de Geia,

Cronos mutila seu pai Urano, contando-lhe os testículos. Do Sangue de Urano que caiu sobre Geia nasceram, "no decurso dos anos", as Erínias, os Gigantes e as Ninfas dos Freixos, chamadas Mélias ou Melíades; da parte que caiu no mar e formou uma espuma, onde nasceu Afrodite.

Cronos se uniu a Réia;Réia gerou vários filhos;Pelo temor de ser

destronado;Cronos engoliu a todos;Exceto Zeus que Réia

manteve escondido;Zeus cresceu, libertou

seus irmão e destronou Cronos

Zeus reinou soberano;O Deus dos deuses.Zeus é casado com

HeraO pai de uma

quantidade enorme de deuses e mortais  excepcionais.

Um dos Titãs. Tomou frente na

batalhas de Cronos e dos Titãs contra Zeus. Como castigo, foi obrigado a carregar o mundo, nas costas. Para sempre.

A divindade do amor romântico, do desejo sexual e da beleza física.

Afrodite Nasceu da espuma do mar após Cronos castrar seu pai Urano e jogar seus genitais amputados no mar.

Ela é casada com Hefestos, mas teve seis filhos com Ares, dois com Poseidon e pelo menos um com um mortal.

Apolo, o deus da música, da luz e da cura, surge como um belo jovem imberbe carregando uma lira dourada e um arco de prata.

 Foi Apolo quem ensinou a arte da cura aos homens.

Ele pode ser terrível quando está irritado, disparando flechas que levam doença e morte à suas vítimas. Ele é bastante vaidoso em relação a sua habilidade musical.

O deus da Guerra.Surge como um homem

grande com olhos ardentes e enfurecidos e uma expressão ameaçadora permanentemente estampada em seu rosto.

Ciumento, inconstante e se ofende com facilidade;

Filho de Zeus e Hera, Odiado por ambos

Deusa da prudência e das cidades.

Patrona do Artesanato;Guerreira, mas apenas na

defesa das coisas que acredita serem dignas de proteção, como cidades, vilas e campos cultivados. Ela se opõe aos impulsos destrutivos de seu irmão, Ares, sempre

Deusa da Agricultura.Seu humor influencia a

vida e a fertilidade dos campos.

Ela surge como uma mulher maternal, vestida com robes nas cores da vegetação:

Ela é uma das seis filhas dos Titãs Cronos e Réia.

Deus da Morte e da Riqueza.Enquanto seus irmãos Zeus e

Poseidon governam respectivamente o céu e o mar, Hades é o regente do submundo e também tem certo controle sobre a terra.

Hades é um dos seis filhos de Cronos e Réia e uma das nove divindades Olímpicas principais.

Hefestos, o deus dos ferreiros, do fogo e dos ofícios;

Entre os belos deuses Olímpicos, ele é o único feio. Hefestos é muito honrado entre os deuses como o armoreiro e ferreiro do Olimpo.

Afirmam que os vulcões abrigam as suas forjas.

Deusa dos jogos Olímpicos;

Ela é a patrona do casamento, mas também das esposas ciumentas.

Héstia normalmente não se envolve nas discussões, na política e nos casos dos demais deuses Olímpicos.

Em vez disso, contenta-se com sua posição como uma divindade doméstica, cultuada com sacrifícios simples, por pessoas humildes, em pequenos altares nas casas.

O deus do mar, Os marinheiros e os

habitantes do litoral devem assegurar-se de não irritar esta divindade temperamental.

Poseidon já arrasou cidades costeiras que o desagradaram com maremotos e terremotos.

Deus do vinho e das festas desenfreadas e protetor do teatro.

Deus mensageiro, protetor dos rebanhos, cavalos e do comércio. Conta com altíssima

sabedoria.

Filho de um Titã, mantinha gosto pelas artes plásticas, recebeu a missão de Zeus de fazer uma nova criatura.

Prometeu subiu aos céus e roubou o fogo e deu a humanidade despertando a ira de Zeus.

No mesmo dia ordenou que aprisionassem Prometeu a um rochedo no Cáucaso.

Ordenou ainda que soltassem sobre a região um terrível abutre, cuja degradante função seria a de devorar incansavelmente o fígado de Prometeu.

Zeus ordenou que Hefestos criasse uma criatura para ser companheira do homem.

Juntamente com Atena assim fizeram uma linda criatura que recebeu o nome de Pandora.

Zeus adorou a criação;E deu um caixa que

deveria ser levada de presente a humanidade.

A ordem de Zeus é de caixa nunca deveria ser aberta;

Pandora foi enviada para Epimeteu;

Pandora não resistiu e abriu a caixa;

Pandora teve o desgosto de ver personificados todos os vícios que viriam a acometer no futuro a alma humana.

A inveja, a gula, Avareza, a Arrogância, a Crueldade, o Egoísmo, todos os vícios e defeitos humanos dançavam um acirada infernal sobre a sua cabeça, até que, arremessando-se à caixa, conseguiu finalmente fechá-la.

Quando tudo já tinha saído da caixa, Pandora avistou um lindo rosto?

Era a Esperança.

O soberano Consulta o Oráculo. O Oráculo afirma que seu primogênito irá desposar a própria mãe e assassinar seu pai, o Rei Laio . Então , Laio manda que elimine o menino , mas a pessoa encarregada não cumpre a ordem e envia o menino para um reino distante onde ele se torna um grande guerreiro e herói, numa de suas andanças ele encontra um homem arrogante e o mata; chegando ao Reino de Jocasta, Édipo se apaixona desposa a esposa deste homem. Anos mais tarde, Édipo descobre que ele próprio é o personagem da profecia. E num gesto de desespero, arranca os próprios olhos e sai vagar pelo mundo afora .

Mitos ???Uma explicação da realidade;Existe razão nos mitos?A racionalidade não seria um mito moderno

disfarçado?Na antiguidade os mitos estavam a serviço

da aristocracia, para controlar o povo, e hoje?

Os mitos e a imaginação;A idéia mítica de progresso :Alimenta nosso imaginário;

A filosofia pode ser entendida como o surgimento de uma nova ordem de pensamento, complementar ao mito.

A Filosofia racionalizou o mito, deixando as figuras alegóricas para trás.

A Jônia foi o berço dos primeiros filósofos em Mileto ;

A maior parte destes filósofos pensavam que todas as coisas era de ordem material;

A primeira filosofia era naturalista , ou seja, buscava um explicação exclusivamente natural para todas as coisas.

Qual é a origem do mundo ???O arché é o princípio de tudo , aquilo

que permanece em continua transformação.

Tales de Mileto:O princípio é a água, as sementes, os alimentos, as

pessoas. Ora , aquilo do qual todas as coisas são geradas é o princípio de tudo!!!

Tudo é água!!!

Anaximandro de Mileto:

O arché não esta em um elementos natural e sim no ápeiron, termo que indica o

ilimitado e o infinito.O princípio do contrário, cada

coisa no Universo é resultado de uma oposição entre forças antagônicas.

O infinito é o princípio

Uma outra natureza infinita da qual provêm todas as coisas.

Anaxímenes de Mileto:A substância que serve de substrato para o infinito é o

ar.O ar é o principio da vida .Todos os elementos derivam

do ar por transformação.

Família aristocrática;

Desprezo pelas massas e pela democracia;

“Um só homem vale dez mil, se for o

melhor”

=

Conforme tradição as 60 anos escolheu um forma estranhar de matar-se:

Devorado por cães, na praça pública de Efeso.

Personalidade obscura.

Pánta rhei (tudo flui) O princípio esta na transformação da

matéria: tudo vem e tudo vai, infinitamente, e nesse movimento reside a natureza das coisas.

A Guerra é o pai de todas as coisas :

“Um vive a morte do outro, como o outro morre a vida do primeiro”.

Não existiria saúde sem doença, saciedade sem fome, entre os opostos há uma guerra constante mas também uma secreta harmonia.

Todos tem o lógos (pensamento, lógica, inteligência...), em alguns está adormecido e limita-se ao pensamento imediato em outros é utilizado de modo consciente e penetram profundamente na verdade.

Tudo se transforma:Nada e estável e definitivo na natureza .

“Não nos banhamos duas vezes no mesmo” cada coisa esta submetida ao tempo e a transformação, mesmo o que parece parado é na realidade mutável

“O Sol é novo a cada dia”“A vida é uma criança que brinca, que movimenta as

peças de tabuleiro”.

O princípio é o fogo (ou o dinheiro)

Tudo se origina no fogo e no fogo tudo se transforma, o fogo é uma metáfora de Heráclito para o dinheiro pela sua capacidade de transformar uma coisa em outra .

Fundou uma seita mística;

Acreditava na reencarnação das almas;

Faz parte da história da filosofia pelo seu amor ao sabedoria o termo filosofia provavelmente foi inventado por ele.

Fundamento de todas as coisas está nos números.

O número não é um ente abstrato, coincide com a matéria e possui uma dimensão espacial.

O ar é cheio de almas.A alma é imortal e confere a vida, separando-se no momento da morte.

A alma esta presente em cada ser vivo sendo composta de éter.

Alma humana se divide em três : emoção, cérebro e intelecto.

Metempsicose :Teoria que a alma é imortal e transmigra de

um corpo para o outro após a morte chegou a Grécia pela seita dos Órficos , professada pelo budismo e hinduísmo.

Parmênides – 515/450 a.C.

O primeiro a sustentar a superioridade da interpretação racional do mundo e a negar a veracidade da percepção sensível.

Como conhecer a verdade ?

Zenão:Discípulo mais próximo

de Parmênides.A doutrina do ser;Ontologia e a metafísica:O estudo do ser em geral,

os aspectos que precede

todas as coisas.

Se interessava pela música, astronomia, geometria, geografia e meteorologia.

Par resolver os paradoxos derivados das hipóteses de uma divisibilidade infinita do espaço, chegou à elaboração da noção de átomo (sem divisão).

A matéria indivisível do qual é formada a realidade .

A existência do átomo sugere antes de tudo a existência do vazio.

O universo é formado por diferentes combinações do átomo.

Teoria dos vórtices:A agregação de átomos em corpos sólidos e

compactos por fenômenos mecânicos pela força centrípeta e agregadora desenvolvida pelo movimento de vórtice.

A diferente combinação de átomos explica todos os fenômenos.

Determinismo:Exclui toda a noção de acaso , tudo

funciona por conexões dependentes da lei de causa-efeito

Materialismo:Convicção de que todos os fenômenos,

inclusive aqueles espirituais e psíquicos, são resultados de processos materiais e mecânicos.

Reconhece apenas as substâncias corpóreas negando a existência da alma e das substâncias espirituais.

Um grupo de intelectuais que escandalizou os filósofos da época;

Fazendo do saber uma profissão;Ofereciam aulas aos jovens da elite

ateniense que pretendiam a carreira política;

Os atenienses de alta condição social achavam indecoroso pagar para serem servidos;

Os sofistas eram tratados com desprezo pela elite intelectual

Eram metecos, excluídos da vida política e dos direitos da polis.

Foram os primeiros a colocar o homem como preocupação na reflexão filosófica;

Formaram o conceito de cultura;

Protágoras – 483 a.C.:Possuía amizade com Péricles e escrevia

as leis para a colônia;Escreveu que não podia se afirmar que os

deuses existiam ou não, foi acusado de sacrilégio e banido de Atenas, suas obras foram queimadas em praça pública.

Górgias:Exercia co grande sucesso na arte da

retórica ;Acumulou uma vasta fortuna ;Formou diversos seguidores;

A experiência individual é a única verdade real;

Não existe verdade absoluta;Toda a verdade é verdade para um sujeito;Cada individuo percebe o mundo a sua

maneira;Os sofistas capazes de educar devem ser

bem pagos;

Fenomenismo:Não existe verdades e tampouco afirmações

universais, tudo depende do sujeito e da situação que ele se encontra.

Relativismo:Não existe verdades absolutas;Tudo depende do ponto de vista pessoal;

Retórica:O lógos pode ser usado também para

mentir;Quem pensa possuir a verdade pode se

utilizar da evidencia e argumentos convincentes;

Quem não possui a verdade apelará pela emoções se dirigindo aos “corações”.

A linguagem sendo utilizada com destreza pode manipular a mente aniquilando a sua vontade.

Os discursos assim como os remédios interrompem doenças, assim como também podem provocar dor, outros a coragem e etc.

Com persuasão perversa envenena a alma e enfeitiça.

Pai da filosofia ocidental;Nada escreveu;Criticava os sofistas;Colocou o homem como

centro de suas discussões;

Exercia filosofia em praça pública, debatendo, contradizendo e provocando

“Só sei que nada sei”

23/03/09

“ Uma coisa posso afirmar e provar com palavras e atos:

é que nos tornamos melhores se cremos que é nosso dever seguir em busca da verdade desconhecida.”

23/03/09

• Valorizou a descoberta do homem feita pelos sofistas, orientando-a para os valores universais.• Sócrates nasceu em 470 ou 469 a.C.• Aprendeu a arte paterna, mas dedicou-se inteiramente à meditação e ao ensino filosófico, sem recompensa alguma, não obstante a sua pobreza.

Sua vida

23/03/09

• Desempenhou alguns cargos políticos e foi sempre modelo irrepreensível de bom cidadão. Formou a sua instrução sobretudo através da reflexão pessoal,na moldura da arte ateniense da época. Inteiramente absorvido pela sua vocação, não se deixou distrair pelas preocupações domésticas nem pelos interesse político.

23/03/09

• valoroso soldado e rígido magistrado. Mas, em geral, conservou-se afastado da vida pública e da política contemporânea, que contrastavam com o seu temperamento crítico e com o seu reto juízo.• Julgava que devia servir a pátria conforme suas atitudes, vivendo justamente e formando cidadãos sábios, honestos e temperados – diversamente dos sofistas, que agiam para o próprio proveito e formavam grandes egoístas, capazes unicamente de se acometerem uns contra os outros e escravizar o próximo.

23/03/09

• A liberdade de seus discursos, a feição austera de seu caráter, a sua atitude crítica, irônica e conseqüente educaçãopor ele ministrada, criaram descontentamento geral,hostilidade popular, inimizades pessoais, apesar de sua probidade.• Sócrates, aparecia diante da tirania popular, como chefe de uma aristocracia intelectual.• Mileto, Anito e Licon moveram uma acusação contra ele:de corromper a mocidade e negar os deuses da pátriaintroduzindo outros.• Sócrates desdenhou defender-se diante dos juízes e da justiça humana, humilhando-se e desculpando-se mais oumenos

23/03/09

• Tinha ele diante dos olhos da alma não uma solução empírica para a vida terrena, e sim o juízo eterno, para a imortalidade. E preferiu a morte. • Declarado culpado por uma pequena minoria, assentou-se com indômita fortaleza de ânimo diante do tribunal, que o condenou à pena capital com o voto da maioria.• Tendo que esperar mais de um mês a morte no cárcere, o discípulo Criton preparou e propôs a fuga do Mestre. • Sócrates, porém, recusou, declarando não querer absolutamente desobedecer às leis da pátria. E passou o tempo preparando-se para o passo extremo em palestras espirituais com os amigos.

23/03/09

•Especialmente famoso é o diálogo sobre a imortalidade da alma – que se teria realizado um pouco antes da morte e foi descrito por Platão no Fédon com arte incomparável. Suas últimas palavras dirigidas aos seus discípulos, depois de ter sorvido tranqüilamente a cicuta, foram: “Devemos um galo a Esculápio”. É que é o deus da medicina tinha-o livrado do mal da vida com o dom da morte.• Sócrates morreu em 399 a.C. com 71 anos de idade.

23/03/09

A certeza da morte iminente nem de longe deixou o filósofo para “baixo”. Pelo contrário, enquanto aguarda na prisão a execução de sua sentença, Sócrates prepara-se para cantar o seu "canto do cisne". Na companhia de amigos e discípulos, o prisioneiro explica jovialmente por que dá as boas-vindas à morte.

O Canto do CisnesVocê não admite, Símias, que tenho o mesmo dom da profecia que os cisnes? Pois eles, que cantaram durante toda a vida, ao perceberem que devem morrer, de modo algum deixam de cantar e cantam mais docemente que nunca, exultando com o pensamento de que logo irão ter com Apolo, de quem são representantes. Os homens, entretantanto como temem a morte falsamente acusaram os cisnes de cantarem lamentos em seus dias finais.Quanto a mim, os poderes proféticos de que Deus me dotou não são menores que os dos cisnes, e não estou nem um pouco triste por deixar esta vida.

23/03/09

"Esse duplo sentimento era compartilhado por todos nós; às vezes ríamos e às vezes chorávamos, especialmente o sensível Apolodoro.“

Apolodoro não se conformava com a condenação de Sócrates:

"O que acho mais difícil de suportar, Sócrates, é que te condenaram à morte injustamente!"Mas Sócrates, abanando a cabeça, replicava:"Meu caro Apolodoro, você preferiria que me houvessem condenado justamente? Sócrates calmamente responde as perguntas de seus discípulos sobre a alma, sua separação do corpo depois da morte, e sua imortalidalidade.

23/03/09

Até descreve :

as experiências da alma depois de sua libertação do corpo. E finaliza prescrevendo, como sempre, o uso da razão:

"Pretender que as coisas sejam exatamente como as descrevi não é o que se espera de um homem de bom senso. Mas parece-me uma coisa boa e digna de confiança acreditar que é algo semelhante o que acontece com a alma, uma vez que ela é evidentemente imortal."

Acusado de corromper a juventude Sócrates foi condenado a morte, aceitou sem protesto coerente com os próprios

princípios

• Insistindo no perpétuo fluxo das coisas e na variabilidadeextrema das impressões sensitivas determinadas pelosindivíduos que de contínuo se transformam, concluíram os sofistas pela impossibilidade absoluta e objetiva do saber.Sócrates restabelece-lhe a possibilidade, determinando o verdadeiro objeto da ciência.• O objeto da ciência não é o sensível, o particular, o indivíduo que passa; é o inteligível, o conceito que se exprime pela definição.• Este conceito ou idéia geral obtêm-se por um processo dialético por ele chamado indução.

Método Socrático

23/03/09

•Na exposição polêmica e didática de suas idéias, Sócratesadotava sempre o diálogo, que revestia uma dúplice forma, conforme se tratava de um adversário a confutar ou de um discípulo a instruir.• No primeiro caso, é o que se denomina ironia socrática.• No segundo caso, é um processo pedagógico, em memória da profissão materna, denominava ele de maiêutica ou engenhosa obstetrícia do espírito, que facilitava a parturição das idéias.

23/03/09

• A introspecção é o característico da filosofia de Sócrates.• Como é sabido, Sócrates não deixou nada escrito. As notícias que temos de sua vida e de seu pensamento, devemo-las especialmente aos seus dois discípulos Xenofonte e Platão, de feição intelectual muito diferente.• Xenofonte, autor de Anábase, em seus Ditos Memoráveis, legou-nos de preferência o aspecto prático e moral da doutrina do mestre. Tinha um estilo simples e harmonioso, mas sem profundidade, não obstante a sua devoção para com o mestre e a exatidão das notícias, não entendeu o pensamento filosófico de Sócrates, sendo mais homem de ação do que um pensador.

• Platão, pelo contrário, foi filósofo grande demais para nosdar o preciso retrato histórico de Sócrates; nem sempre é fácil discernir o fundo socrático das especulações acrescentadas por ele. Seja como for, cabe-lhe a glória de ter sido o grande historiador do pensamento de Sócrates, bem como o seu biógrafo genial.• “Conhece-te a ti mesmo” – o lema em que Sócrates cifra toda a sua vida de sábio. O perfeito conhecimento do homem é o objetivo de todas as suas especulações e a moral, o centro para o qual convergem todas as partes da filosofia. A psicologia serve-lhe de preâmbulo, a teodicéia de estímulo à virtude e de natural complemento da ética.

•A gnosiologia de Sócrates, que se concretizava no seu ensi-namento dialógico, donde é preciso extraí-la, pode-se esque-maticamente resumir nestes pontos: ironia, maiêutica, intros-pecção, ignorância, indução, definição. • Antes de tudo, cumpre desembaraçar o espírito dos conhe-cimentos errados, dos preceitos, das opiniões; este é o mo-mento da ironia, isto é, da crítica. Sócrates, de par com os so-fistas, ainda que com finalidade diversa, reivindica a indepen-dência da autoridade e da tradição, a favor da reflexão livre e da convicção racional.• A seguir será possível realizar o conhecimento verdadeiro,aciência, mediante a razão. Isto quer dizer que a instituição nãodeve consistir na imposição extrínseca de uma doutrina ao dis-

cente, mas o mestre deve deve tirá-la da mente do discípulo, pela razão imanente e constitutiva do espírito humano, a qual é um valor universal. É a famosa maiêutica de Sócrates, quedeclara auxiliar os partos do espírito, como a sua mãe auxiliavaos partos do corpo.• Esta interioridade do saber, esta intimidade da ciência – quenão é absolutamente subjetivista, mas é a certeza objetiva da própria razão – patenteiam-se no famoso dito socrático “conhece-te a ti mesmo” que, no pensamento de Sócrates, significa precisamente consciência racional de si mesmo, paraorganizar racionalmente a própria vida. Entretanto, consciênciade si mesmo quer dizer, antes de tudo, consciência da própriaignorância inicial e, portanto, necessidade de superá-la pelaaquisição da ciência.

Esta ignorância não é, por conseguinte ceticismo sistemático, mas apenas metódico, um poderoso impulso para o saber, embora o pensamento socrático fique, de fato, no agnosticismo filosófico por falta de uma metafísica, pois, Sócrates achou apenas a forma conceptual da ciência, não o seu conteúdo.• O procedimento lógico para realizar o conhecimento verdadeiro, científico, conceptual é, antes de tudo, a indução: isto é, remontar do particular ao universal, da opinião à ciência, da experiência ao conceito.• Este conceito é, depois, determinado precisamente mediante a definição, representando o ideal e a conclusão do processo Gnosiológico socrático, e nos dá a essência da realidade.

• Como Sócrates é o fundador da ciência em geral, mediante a doutrina do conceito, assim é fundador, em particular daciência moral, mediante a doutrina de que eticidade significaracionalidade, ação racional.• Virtude é inteligência, razão, ciência, não sentimento, rotina, costume, tradição, lei positiva, opinião comum. Tudo isto tem que ser criticado, superado, subindo até à razão, nãodescendo até à animalidade – como ensinava os sofistas.• É sabido que Sócrates levava a importância da razão para aação moral, até àquele intelectualismo que, identificando co-nhecimento e virtude – bem como ignorância e vício – tornavaimpossível o livre arbítrio.

Entretanto, como a gnosiologia socrática carece de uma especificação lógica, precisa – afora a teoria geral de que a ciência está nos conceitos – assim a ética socrática carece deum conteúdo racional, pela ausência de uma metafísica.• Se o fim do homem for o bem – realizando-se o bem medi-ante a virtude, e a virtude mediante o conhecimento – Sócratesnão sabe, nem pode precisar este bem, esta felicidade, preci-samente porque lhe falta uma metafísica.• Traçou, todavia, o itinerário, que será percorrido por Platãoe acabado, enfim, por Aristóteles. Estes dois filósofos, partin-do dos pressupostos socráticos, desenvolverão uma gnosiologia acabada, uma grande metafísica e, logo, uma Moral.

Afirmando ironicamente que de nada sabia, Sócrates logo de início desarmava seu interlocutor e encorajava-o a expor seus pontos fracos. Através de perguntas, introduzia ora um, ora outro conceito, até que a pessoa via-se em tal conflito que á não podia prosseguir. Embaraçada, percebia que não sabia o que julgava saber e que apenas cultivara preconceitos. A partir daí, Sócrates podia guiá-la para o verdadeiro conhecimento, fazendo que extraísse de si mesma a resposta.

A importância em saber que não se sabe

O maior obstáculo é a presunção é preciso saber que não se sabe;

não é possível conhecer alguma coisa se não conhecermos a própria ignorância;

O que é sabedoria;Utilizava uma abordagem irônica ;“O ignorante supõem saber tudo. O sábio

sabe que nada sabe”.

Ironia:Diz-se uma coisa pretendendo dizer outra; A ironia foi o melhor instrumento do

método maiêutico de Sócrates.É necessário empregar a ironia para abalar

as defesas intelectuais preestabelecidas. Maiêutica :Método de investigação de Sócrates;Levantar perguntas;Descobrir a verdade dentro de si:

Humanismo Socrático:Os problemas do homem como reflexão

filosófica;Procurar o critério da verdade no homem, e

não fora dele;

Conceito:Conteúdo da mente;Um termo universal;Definir algo de maneira simples e definitiva;

Conhece-te a ti mesmo?

A filosofia não ensina a verdade, mas ensina a descobri lá sozinho ;

A verdade é uma conquista pessoal;A educação é sempre auto-educação, um

processo de amadurecimento interior;Pode ser estimulado a partir do exterior.

O filosofo é um parteiro de almas:A tarefa do sábio não é propor afirmações

verdadeira, mas favorecer o nascimento da verdade da alma do interlocutor .

◦ Origem aristocrática;◦ O poder deveria ser

entregue aos mais sábios;

◦ Escola filosófica com o objetivo de formar a classe dirigente de Atenas;

◦ Principal seguidor de Sócrates;

Platão

Vida Principais Idéias O Mito da Caverna

Filósofo grego, viveu de 428/427 a.C. a 347 a.C..

Seu verdadeiro nome era Aristócles.

Ocupou-se com vários temas, entre eles: ética, política, metafísica e teoria do conhecimento.

Por volta dos 20 anos, conheceu Sócrates, o qual tornou-se discípulo ate a morte do mesmo.

Vida

Fundou uma academia a qual ganhou muito prestigio na época. Jovens e homens ilustres se encontravam a fim de debater idéias.

Platão permaneceu na direção da Academia até sua morte, em 347 a.C.

Platão desenvolveu a noção de que o homem esta em contato permanente com dois tipos de realidade: os inteligíveis e os sensíveis. O primeiro são realidades, mais concretas, permanentes. O segundo são todas as coisas que nos afetam os sentidos, são realidades dependentes.

Essa concepção de Platão também é conhecida por Teoria das Idéias ou Teoria das Formas.

Idéias

O Mito da Caverna

O Mito da Caverna é uma passagem de um escrito do filósofo.

Trata-se da exemplificação de como podemos nos libertar da condição de escuridão que nos aprisiona através da luz da verdade.

Imaginemos uma caverna separada do mundo externo por um alto muro.

Entre o muro e o chão da caverna há uma fresta por onde passa um fino feixe de luz exterior, deixando a caverna na obscuridade quase completa.

Deste o nascimento, geração após geração, seres humanos encontram-se ali, de costas para a entrada, acarretados sem poder mover a cabeça nem locomover-se, forçados a olhar apenas a parede do fundo, vivendo sem nunca ter visto no exterior nem a luz do Sol, sem jamais ter efetivamente ter visto uns aos outros nem a si mesmos porque estão no escuro e imobilizados.

Abaixo do muro do lado de dentro da caverna há um fogo que ilumina vagamente o interior sombrio e faz com que as coisas que se passam do lado de fora sejam como sombras nas paredes no fundo da caverna.

Do lado de fora, pessoas passam conversando e carregando nos ombros figuras ou imagens de homens, mulheres e animais cuja as sombras também são projetadas na parede da caverna, como num teatro de fantoches.

Os prisioneiros julgam que as sombras de coisas e pessoas, os sons de suas falas e as imagens que transportam nos ombros são as próprias coisas externas, e que os artefatos são os seres vivos que se movem e falam.

Essa confusão, porém , não tem como causa a natureza dos prisioneiros e sim as condições adversas em que se encontra. Que aconteceria se fossem libertados desta condição de miséria?

Um dos prisioneiros inconformado com a condição em que se encontro, decide abandonar a caverna. Fabrica um instrumento com a qual quebrar os grilhões.

De início, move a cabeça, depois o corpo todo; a seguir, avança na direção do muro e o escala. Enfrentando os obstáculos de caminho íngreme e difícil, sai da caverna.

No primeiro instante, fica totalmente cego pela luminosidade do Sol, com a qual seus olhos não estão acostumados.

Então, enche-se de dor por causa do movimento que seu corpo realiza pela primeira vez e pelo ofuscamento de seus olhos sob a luz externa, muito mais forte do que o fraco brilho do fogo que havia no interior da caverna.

Sente-se divido entre a incredulidade e o deslumbramento. Incredulidade porque terá que decidir onde se encontra a realidade: no que vê agora ou nas sombras em que sempre viveu.

Deslumbramento porque seus olhos não consegue ver com nitidez as coisas iluminadas. Seu primeiro impulso é retornar para a caverna para se livrar da dor e do espanto, atraído pela escuridão, que lhe parece mais acolhedora.

Além disso, precisa aprender a ver e este aprendizado é doloroso , fazendo-o desejar a caverna onde tudo lhe é familiar e conhecido.

Sentindo –se sem disposição para regressar á caverna por causa da rudeza do caminho, o prisioneiro permanece no exterior. Aos poucos se habitua-se a luz e começa a ver o mundo.

Encanta-se, tem a felicidade de finalmente ver as próprias coisas, descobrindo que estivera prisioneiro a vida toda e que em sua prisão via apenas sombras.

Com isso, deseja ficar longe da caverna e lutará com todas as suas forças para jamais regressar.

Depois toma a difícil decisão de retornar a caverna para contar aos demais o que viu e convencê-los a se libertarem também.

No retorno, os demais prisioneiros zombam dele, não acreditando em suas palavras e, se não conseguem silenciá-lo com suas caçoadas, tentam espancando-o. E se mesmo assim teima em contar o que viu fora da caverna certamente acabam por matá-lo.

Mas, quem sabe, alguns podem ouvi-lo e contra a vontade dos demais, também decidir sair caverna rumo a realidade.

Mito da Caverna

Platão Versão de Maurício de Souza

O que é caverna?Que são as sombras projetadas no fundo da

caverna?Que são os grilhões e as correntes?Quem o prisioneiro que se liberta da

caverna?O que é a luz do Sol?Qual o instrumento que liberta o prisioneiro

rebelde e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros?

Caverna:Um mundo de aparência em que vivemos

Sombras:O que percebemos

Grilhões e correntes:Nossos preconceitos e opiniões;Nossas crenças em o que estamos

percebendo é a realidade;

Prisioneiro:O filosofo;Quem estava preso a um mentira.

A luz do Sol:A verdade;A realidade que ofusca a ignorância.

O que libertou o prisioneiro?A sabedoria

ARISTÓTELES 384 a.C -322 a.C 1. Família de tradição

asclepíada 2. Discípulo de Platão,

professor na Academia

3. Relação com a Corte macedónica

23/03/09

Cinco grandes características do génio filosófico de Aristóteles, que constituem simultaneamente cinco aspectos transversais da sua ideação:

explicação; Compreensão; Exposição; fundamentação

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1. Na ordem da investigação, o cruzamento da observação (num sentido lato, que engloba a tradição e as opiniões sufragadas pelas maioria ou pelos mais sábios) e da análise, subordinados a um modelo aporemático de pesquisa.

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2. Na ordem da explicação, a opção finalista. O modelo teleológico de compreensão pervade todas as regiões em que a filosofia aristotélica intervém, da física à ética, da psicologia à política, da biologia à metafísica.

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3. Na ordem da compreensão, a recusa da unicidade. Aristóteles é, como provavelmente nenhum outro filósofo anterior, sensível à pluralidade e complexidade do real, na diversidade das suas manifestações e no carácter incontornavelmente multíplice dos princípios a que, dentro de cada domínio de análise, elas devem ser reconduzidas.

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