Seminário Consumo e Cidadania: os novos consumidores e os desafios para garantir seus direitos

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Fátima Portilho - Professora do CPDA/UFRRJ

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O consumo não cria o consumidor...

Fátima PortilhoCPDA/UFRRJ

Parto do princípio de que:• O consumo é uma dimensão central e dominante na cultura da modernidade contemporânea

• O surgimento e a expansão da cultura de consumo não gerou automaticamente a idéia de “consumidor”

• O consumo não cria automaticamente o consumidor”

Quando surgiu asociedade de consumo?

Origens da sociedade de consumo entre as classe médias puritanas da Inglaterra do século XVIII, influenciada pelo movimento romântico. No entanto, a ideia de “consumidor” estava ausente dos discursos do século XVIII

O cão que não late...(Frank Trentmann)

Como, quando e porque, em certos períodos históricos alguns grupos chegaram a uma auto-definição de si próprios como consumidores?

Consumidor como identidade social, categoria e voz

Revolução Americana

Quais os processos que promovem ou inibem a formação da identidade

do consumidor?

Qual o papel do Estado, da sociedade civil e do mercado na constituição da identidade e da voz

do consumidor?

A construção do “consumidor” requer sinapses políticas

  

Tradições políticasContexto econômico

LinguagensSociedade civil

  

Estado, Sociedade Civil e mercado 

Assumam a linguagem do “consumidor”

www.estudosdoconsumo.com.brestudosdoconsumo@gmail.com

• Propor uma genealogia alternativa sobre a construção da identidade do “consumidor” que considere a contingência histórica, a tradição política, a sociedade civil e a ética - é através disso que as pessoas descobriram-se como “consumidores”•A construção do consumidor é permeada por conflitos políticos (em algumas sociedades no século XIX e inicio do XX e também agora com a ideia da nova classe média e do novo consumidor) aqui tem uma questão interessante relacionada a esses novos consumidores: se identificam enquanto consumidores, sujeitos de direitos? Constroem sua identidade ao redor desse conceito?

Mas quem é o consumidor? Três abordagens teóricas: Consumidor como categoria econômica universal indivíduo racional que busca maximizar seu bem-estar econômico; nada mais do que “demanda”; modelo individualista e utilitário Consumidor como produto natural da expansão da cultura de consumo visão instrumental sobre a distribuição, exibição e uso de bens; não considera as diferentes formas culturais em que os consumidores incorporam e usam os objetos Consumidor “ativo” e “expressivo” como produto da pós-modernidade ou do capitalismo neo-liberal (construção de identidades através dos bens)

Consumo e cidadania: os novos consumidores e os desafios para garantir seus direitosSão Paulo, 14 de agosto 2012

"O consumidor brasileiro hoje“

Fátima PortilhoCPDA/UFRRJ

Consumidores não formam um complexo de indivíduos claramente delimitável e organizável.

Ao contrário, eles constituem uma categoria abstrata que define certos aspectos da ação social de quase todos os indivíduos.

Todos e ao mesmo tempo ninguém é um “consumidor”. Claus Offe - Contradictions os the Welfare State. Cambridge, 1984, p.228.

Ambiguidade do fenômeno do consumo...

• do latim consumere usar, esgotar, destruir

• do inglês consummation somar, adicionar, realizar, usufruir, clímax

Fazemos uma série de atividades diárias que envolve consumo, sem pensarmos que naquele momento estamos consumindo ou que somos consumidores...Tomamos banhoAlmoçamosSaímos para o trabalhoPresenteamos amigosTelefonamosLimpamos a casaCuidamos das criançasVamos ao cinemaCelebramos com os amigos...

Consumo é um momento presente em praticamente todas

as práticas sociais...

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