Lepra, coquiluche e bronquite

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BIOLOGIAEscola Cristiano Barbosa e SilvaAlunos: Endros Batista de Oliveira, Jefferson Ferreira, Maria Claudielle, David Mateurs, Davi da Silva Cabral, Diogo Marcos.Série: 1ºano E.M “A” ManhãDisciplina: Biologia Professor: Lúcio Mauro IguapeTema: Bronquite, Coqueluche e LepraBarreiros, 18 de Fevereiro de 2017.

BRONQUITEBronquite é a inflamação dos brônquios. Existem dois tipos, a bronquite aguda, que geralmente é causada por vírus ou bactérias e que dura diversos dias até semanas, e a bronquite crônica com duração de anos, não necessariamente causada por uma infecção, e geralmente faz parte de uma síndrome chamada DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), doença que pode ser descrita como um “guarda-chuva", uma vez que contempla a bronquite crônica e o enfisema pulmonar. Em pessoas com bronquite crônica, as vias aéreas estão estreitas, tensas e muitas vezes cheias de muco, resultando na redução da passagem do ar.

BRONQUITE AGUDA

Bronquite aguda é frequentemente causada por vírus que infectam o epitélio dos brônquios, resultando em inflamação e aumento da secreção de muco. Tosse, um sintoma comum de bronquite aguda, desenvolve-se em uma tentativa de expulsar o excesso de muco dos pulmões. Outros sintomas comuns incluem dor de garganta, corrimento e congestão nasal (coriza), baixo grau de febre, pleurisia, mal-estar, e a produção de catarro.

Ela geralmente se desenvolve durante o curso de uma infecção respiratória, como a gripe comum. Cerca de 90% dos casos de bronquite aguda é causada por vírus, incluindo o rinovírus, adenovírus e influenza. Bactérias, incluindo Mycoplasma pneumoniae, Chlamydophila pneumoniae e Bordetella pertussis, representam cerca de 10% dos casos.

Em casos raros, a bactéria "Bordetella pertussis" que causa a coqueluche também pode causar bronquite aguda.

TRATAMENTO

O Tratamento para bronquite aguda é principalmente sintomático. Anti-inflamatórios podem ser usados para tratar a febre e dor de garganta. Descongestionantes podem ser úteis em pacientes com congestão nasal, e expectorantes pode ser utilizado para soltar muco e catarro. Mesmo sem tratamento, a maioria dos casos de bronquite aguda resolve rapidamente.

BRONQUITE CRÔNICA Bronquite crônica, um tipo de doença pulmonar obstrutiva crônica, é

definida por uma tosse produtiva de pelo menos três meses de duração por ano (não necessariamente consecutivos) por 2 anos ou mais. Outros sintomas podem incluir chiado e falta de ar, especialmente durante exercícios físicos. A tosse é muitas vezes pior logo depois de acordar, e o catarro produzido pode ter uma cor amarela ou verde, podendo apresentar estrias de sangue.

A bronquite crônica é causada por uma lesão recorrente ou irritação do epitélio respiratório dos brônquios , resultando em crônica a inflamação , edema (inchaço), e aumento da produção de muco pelas células caliciformes. O fluxo de ar para dentro e para fora dos pulmões é parcialmente bloqueada devido do muco inchaço e extra nos brônquios ou devido a reversível broncoespasmo.

Maioria dos casos de bronquite crônica são causados por fumar cigarros ou outras formas de tabaco. Inalação crônica de vapores irritantes ou poeira de exposição ocupacional ou a poluição do ar também pode ser causador. Cerca de 5% da população tem bronquite crônica, e é duas vezes mais comum em mulheres que em homens.

TRAMENTO A bronquite crônica é tratada com os sintomas. Inflamação e edema do

epitélio respiratório pode ser reduzida com inalado corticosteróides . Chiado e falta de ar pode ser tratada através da redução broncoespasmo (estreitamento reversível dos brônquios de menor devido à constrição do músculo liso ) com broncodilatadores inalatórios, como β-adrenérgicos agonistas (por exemplo, salbutamol ) e inalados anticolinérgicos (por exemplo, brometo de ipratrópio ). Hipoxemia também pouco oxigênio no sangue, pode ser tratada com oxigênio suplementar. No entanto, a suplementação de oxigênio pode resultar em diminuição do impulso respiratório, levando a níveis sanguíneos aumentados de dióxido de carbono e subsequnte acidose respiratória .

O método mais eficaz de prevenir bronquite crônica e outras formas de DPOC é evitar fumar cigarros e outras formas de tabaco.

SINAIS E SINTOMAS

Tosse; Expectoração; Falta de ar; Sibilância; Cianose; Inchaço nas extremidades do corpo graças à piora do

trabalho cardíaco; Febre quando a bronquite crônica estiver associada à uma

infecção respiratória; Cansaço; Falta de apetite; Catarro mucóide (na maioria das vezes muco claro ou branco,

purulento se tiver alguma infecção).

PERTÚSSISPertússis, coqueluche ou tosse convulsa é uma doença

altamente contagiosa e perigosa para crianças causada pelas bactérias Gram-negativas Bordetella pertussisuma e parapertussis (geralmente com sintomas mais tênues), que causa tosse violenta contínua e dolorosa. A patologia é prevenível por vacinação.

A Bordetella pertussis é transmitida pela inalação de gotas expulsadas pela tosse de um doente. As bactérias aderem fortemente ao epitélio ciliado dos brônquios sem invadir as células, permanecendo sempre no lúmen. Cerca de 1/3 dos adultos infectados não apresentam sintomas, mas podem transmitir a doença para seus contatos. É mais perigosa quanto infecta crianças menores de 6 anos

SINAIS E SINTOMAS Após período de incubação de 4 a 20 dias, surge a fase de expulsão

de catarro, com rinorreia (nariz escorrendo muco), espirros e tosse moderada, que dura duas a três semanas. A inflamação dos brônquios, com áreas de necrose, aumenta nesta fase.

Após esta fase estabelece-se um tipo de tosse diferente, convulsiva, continua e dolorosa durante em média três semanas e pode ser seguida de vómitos. A tosse segue-se a uma inspiração com som característico, tipo silvo (mais conhecido como "guincho").

Se o doente sobreviver, a fase de convalescença dura também várias semanas. A pertússis mata 1-2% das crianças com menos de um ano atingidas. Pode haver encefalopatia, presumivelmente devido à toxina, em 0,4% dos casos

TRATAMENTO

O tratamento com antibióticos como macrolídeos (como a Azitromicina) é mais eficaz se administrado durante a fase com catarro. Na fase apenas com tosse, já não faz mais muita diferença. É auto-limitada, ou seja, dura algumas semanas sem tratamento ou alguns dias com tratamento.

A prevenção com vacina, obrigatória segundo os esquemas de vacinação (é incluída na antiga tríplice agora, pentavalente) é a única medida eficaz. A vacinação erradicou a doença dos países onde é praticada eficientemente.

HANSENÍESE

Hanseníase, lepra, morfeia, mal de Hansen ou mal de Lázaro é uma doença infecciosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae (também conhecida como bacilo-de-hansen) que causa danos severos a nervos e à pele. A denominação hanseníase deve-se ao descobridor do microrganismo causador da doença, dr. Gerhard Hansen. O termo lepra está em desuso por sua conotação negativa histórica.

A hanseníase é uma doença contagiosa, que passa de uma pessoa doente, que não esteja em tratamento, para outra. Demora de dois a cinco anos, em geral, para aparecerem os primeiros sintomas. O portador de hanseníase apresenta sinais e sintomas dermatológicos e neurológicos que facilitam o diagnóstico. Pode atingir crianças, adultos e idosos de todas as classes sociais, desde que tenham um contato intenso e prolongado com bacilo. Pode causar incapacidade ou deformidades quando não tratada ou tratada tardiamente, mas tem cura. O tratamento geralmente é fornecido por sistemas públicos de saúde (como o brasileiro Sistema Único de Saúde).

A lepra é transmitida por gotículas de saliva. O bacilo Mycobacterium leprae é eliminado pelo aparelho respiratório da pessoa doente na forma de aerossol durante o ato de falar, espirrar, tossir ou beijar. Quase sempre ocorre entre contatos domiciliares, geralmente indivíduos que dormem num mesmo quarto.

A contaminação se faz por via respiratória, pelas secreções nasais ou pela saliva, mas é muito pouco provável a cada contato. A incubação, excepcionalmente longa (vários anos), explica por que a doença se desenvolve mais comumente em indivíduos adultos, apesar de que crianças também podem ser contaminadas (a alta prevalência de lepra em crianças é indicativo de um alto índice da doença em uma região)

SINAIS E SINTOMAS Essa bactéria, assim como o da tuberculose, é bastante lento para se

reproduzir a ponto de causar sintomas, de modo que o tempo de incubação após a infecção é de 2 a 7 anos.

Um dos primeiros efeitos da hanseníase, devido ao acometimento dos nervos, é a supressão da sensação térmica, ou seja, a incapacidade de diferenciar entre o frio e o quente no local afetado. Mais tardiamente pode evoluir para diminuição da sensação de dor no local.

A lepra indeterminada é a forma inicial da doença, e consiste na maioria dos casos em manchas de coloração mais clara que a pele ao redor, podendo ser discretamente avermelhada, com alteração de sensibilidade à temperatura, e, eventualmente, diminuição da sudorese sobre a mancha (anidrose). A partir do estado inicial, a lepra pode então permanecer estável (o que acontece na maior parte dos casos) ou pode evoluir para lepra tuberculóide ou lepromatosa, dependendo da predisposição genética particular de cada paciente. A lepra pode adotar também vários cursos intermediários entre estes dois tipos de lepra, sendo então denominada lepra dimorfa.

LEPRA TUBERCULOIDE OU PAUCIBACILAR

Esta forma de lepra ocorre em pacientes que têm boa resposta imunitária ao bacilo de Hansen, capaz de conter a disseminação do bacilo através da formação de agrupamentos de macrófagos denominados "granulomas".

Neste tipo de lepra, as manchas são bem delimitadas e assimétricas e geralmente são encontradas apenas poucas lesões no corpo. Há insensibilidade a dor progressiva conforme os nervos periféricos são lesionados. Exames com lepromina dão positivos. O termo paucibacilar (poucos bacilos) é referência a contagem de bacilos ao microscópio de amostras subcutâneas

LEPRA LIMÍTROFE OU BORDERLINE

É a forma mais comum, um tipo intermediário entre boa e má resposta imune. As lesões cutâneas assemelham às da lepra tuberculoide, mas são mais numerosos e irregulares. Grandes manchas podem afetar um membro inteiro e ocorre progressiva fraqueza e perda de sensibilidade nos pés, mãos e rosto. Este tipo é mais instável e pode converter-se em lepromatosa ou reverter tornando-se mais parecido com a forma tuberculoide.

LEPRA LEPROMATOSA OU MULTIBACILAR

É a forma mais grave e ocorre nos casos em que os pacientes têm pouca defesa imunitária contra o bacilo. Ocorrem lesões simétricas de pele, nódulos, placas, espessamento da derme, congestão nasal com sangramento. Os pelos de sobrancelhas e cílios caem (alopecia facial). Geralmente a perda de sensibilidade é mais lenta. Causa deformações cada vez mais graves em mãos, pés, glúteos e rostos, frequentemente requerendo amputações de dedos.

EPIDEMIOLOGIA

Além do homem, outros animais de que se tem notícia de serem susceptíveis à lepra são algumas espécies de macacos, coelhos, ratos e o tatu. Este último pode servir de reservatório e há casos comprovados no sul dos Estados Unidos de transmissão por ele. Contudo a maioria dos casos é de transmissão entre seres humanos por contato íntimo prolongad

TRATAMENTO No mundo existem muitos leprosários para o abrigo e a cura dos

doentes de Hanseníase. A Igreja administra no mundo 547 leprosários, segundo dados do último Anuário Estatístico da Igreja. Eles são assim divididos: na África 198, na América 56 (total), na Ásia 285, na Europa 5 e na Oceania 3. As nações com o maior número de leprosários são: na África: República Democrática do Congo (32), Madagascar (29), África do Sul (23); na América do Norte: Estados Unidos (1); na América central: México (8); na América central-Antilhas: República Dominicana (3); na América do Sul: Brasil (17), Peru (6), Equador e Colômbia (4); na Ásia: Índia (220), Coreia (15); na Oceania: Papua Nova-Guiné (3). (Agência Fides 26/01/2013).

Hoje em dia, a lepra é tratada com antibióticos, e esforços de Saúde Pública são dirigidos ao diagnóstico precoce e tratamento dos doentes, à ajuda com próteses aos pacientes curados e que sofreram mutilações e à prevenção voltada principalmente para evitar a disseminação. O tratamento é eminentemente ambulatorial.

Apesar de não mortal, a lepra pode acarretar invalidez severa e/ou permanente se não for tratada a tempo. O tratamento comporta diversos antibióticos, a fim de evitar selecionar as bactérias resistentes do germe. A OMS recomenda desde 1981 uma poliquimioterapia (PQT) composta de três medicamentos: a dapsona, a rifampicina e a clofazimina. Essa associação destrói o agente patogênico e cura o paciente. O tempo de tratamento oscila entre 6 e 24 meses, de acordo com a gravidade da doença.

Quando as lesões já estão constituídas, o tratamento se baseia, além da poliquimioterapia, em próteses, em intervenções ortopédicas, em calçados especiais, etc. Além disso, uma grande contribuição à prevenção e ao tratamento das incapacidades causadas pela lepra é a fisioterapia.

Em 1987 o médico Venezuelano Jacinto Convit foi reconhecido com o prémio Príncipe De Asturias pelo descobrimento de uma vacina curativa da lepra. O descobrimento também obteve reconhecimento pela fundação Nobel que decidiu nominá-lo para o prémio de Medicina do ano 1988