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Na verdade, o slogan talvez devesse dizer ‘o tempo nos diversos Pessoas’.
Em Fernando Pessoa, ele mesmo, a tendência para a recordação e o sonho provocam uma certa incapacidade de vivência do presente. O poeta refugia-se na nostalgia da infância e, por isso, foge para o passado.
Já Caeiro, o heterónimo mestre dos outros, vive só no presente, não quer saber de recordações do passado nem de indagações do futuro, pois, para ele, só o presente existe.
Quanto a Campos, partilha com o ortónimo a nostalgia da infância; no entanto, com Caeiro, seu Mestre, aprendeu a sentir as sensações do presente, o que faz a intervalos das suas evasões, de forma por vezes torrencial; é nestes momentos de quase histeria que chega a querer projectar-se no futuro.
Por fim, Reis vive e goza o presente, num carpe diem epicurista que apregoa como norma de vida; mas o que o motiva é o medo do futuro, da morte, e é por isso que, rejeitando a memória do passado que pode magoá-lo, não quer viver nada que mereça ser recordado.
Prepara a leitura em voz alta dos textos entre as pp. 15-26 (Brasão: I - Os Campos; II - Os Castelos)
O dos Castelos p. 15
O das Quinas p. 16
Ulisses p. 19
Viriato p. 20
O Conde D. Henrique p. 21
D. Tareja p. 22
D. Afonso Henriques p. 23
D. Dinis p. 24
D. João o Primeiro p. 25
D. Filipa de Lencastre p. 26
TPC
Escreve texto em prosa, a computador, susceptível de concorrer ao Prémio Literário Correntes d’Escritas.
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