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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
FACULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E ENFERMAGEM
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
ANA DÉBORA ALCANTARA COÊLHO
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM PARA TRATAMENTO DE ÚLCERA POR PRESSÃO EM PACIENTES ACAMADOS: REVISÃO INTEGRATIVA DA
LITERATURA
FORTALEZA
2013
ANA DÉBORA ALCANTARA COÊLHO
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM PARA TRATAMENTO DE ÚLCERA POR PRESSÃO EM PACIENTES ACAMADOS: REVISÃO INTEGRATIVA DA
LITERATURA
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará, para obenção do título de Mestre em Enfermagem. Área de concentração: Enfermagem na Promoção da Saúde Linha de pesquisa: Tecnologia de enfermagem na promoção da saúde Orientador: Prof. Dr. Marcos Venícios de Oliveira Lopes
FORTALEZA
2013
ANA DÉBORA ALCANTARA COÊLHO
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM PARA TRATAMENTO DE ÚLCERA POR PRESSÃO EM PACIENTES ACAMADOS: REVISÃO INTEGRATIVA DA
LITERATURA
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará, para obenção do título de Mestre em Enfermagem.
Aprovada em: ____/____/____
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________________
Prof. Dr. Marcos Venícios de Oliveira Lopes (Orientador) Universidade Federal do Ceará (UFC)
_______________________________________________________
Profa. Dra. Míria Conceição Lavinas Santos Universidade Federal do Ceará (UFC) – Membro efetivo
_______________________________________________________
Profa. Dra. Nirla Gomes Guedes Centro Universitário Estácio do Ceará - Membro efetivo
_______________________________________________________
Profa. Dra. Francisca Aline Arrais Sampaio Santos Universidade Federal do Maranhão (UFMA) - Suplente
AGRADECIMENTOS
A Deus, que me deu coragem para questionar realidades e propor sempre um novo
mundo de possibilidades.
Ao Prof. Dr. Marcos Venícius de Oliveira Lopes, meu orientador, pelos
ensinamentos e pela sabedoria ao longo desse processo.
Às Profas. Dra. Míria Conceição Lavinas Santos e Dra. Nirla Gomes Guedes, por
aceitarem participar da Banca de Defesa desta Dissertação, e com isso proporcionar
contribuições enriquecedoras que servirão para crescimento e aprendizado.
À Profa. Dra. Francisca Aline Arrais Sampaio Santos, minha amiga, por aceitar
participar da Banca de Defesa desta Dissertação e com isso propiciar contribuições ímpares de
crescimento profissional na área da Estomaterapia.
À Dra. Renata Pereira de Melo, minha amiga, por fazer parte dessa Dissertação
desde o início... Certamente, não tenho como agradecer todas as suas contribuições!
À Profa. Maria Euridéa de Castro, pelo incentivo e por acreditar no meu
crecimento profissional e por suas contribuições à Estomaterapia ao longo dos anos.
À minha mãe, Fátima, pelo incentivo e apoio incondicional ao longo dessa
tragetória.
Ao meu noivo, Kayzer Bomfim, por muitas vezes compreender os momentos de
ausência e abdição que foram necessários para conclusão desta Dissertação.
Ao meu amado sobrinho, Daniel, que com sua ingenuidade é capaz de me fazer
sorrir e me distrair nos momentos de dificuldade. Com você, as pausas entre um parágrafo e
outro de produção melhorou tudo o que produzi.
Aos meus familiares, pelo apoio e incentivo ao longo dessa caminhada.
As minhas amigas, pela cumplicidade, ajuda e amizade.
A todos aqueles que de alguma forma estiveram e estão próximos de mim e
contribuíram para o desenvolvimento desta Dissertação.
“Nem tudo que se enfrenta
pode ser modificado, mas
nada pode ser modificado
até que seja enfrentado”. (Albert Einstein)
RESUMO
Com o aumento da expectativa de vida populacional, tem-se a úlcera por pressão (UP) como um dos agravos com elevada incidência. Assim, esforços para o desenvolvimento de pesquisas que resultem em contribuições reais para a prática clínica dos enfermeiros assistenciais são necessários. Por isso, optou-se em realizar esta revisão integrativa, um dos métodos da Prática Baseada em Evidências que tem por objetivo incorporar as evidências encontradas na literatura à prática assistencial e/ou gerencial. Para isso, a presente investigação objetivou analisar as evidências disponíveis na literatura sobre as intervenções de enfermagem aplicadas para o tratamento das UP em pacientes acamados. Para seleção dos artigos, foram utilizadas cinco bases de dados (CINAHAL, SCOPUS, COCHRANE, LILACS e PUBMED) além da revista ESTIMA. A amostra dessa revisão foi composta por 27 artigos, referentes a intervenções, de âmbito geral, utilizadas para tratar UP. Após análise dos artigos incluídos, os resultados apontaram que a eletromagnético-terapia possui evidências do seu beneficio para cicatrização das UP, porém não existem diretrizes sobre sua aplicabilidade. Isto também foi descrito para o Ultrassom terapêutico e a V. A. C. terapia. Quanto ao processo de limpeza de ferida, foram descritas utilização de várias substâncias, dentre essas, não foi encontrada evidência de que uma se sobressaia em relação à outra. Na questão alimentar, ficou evidente que os pacientes que recebem suplementação de proteínas, zinco e vitamina C em suas dietas, tendem a cicatrizar a UP em um menor período. Ao abordar a etiliologia das UP, enfocou-se o reposiciosamento e as superfícies de suporte (SS). Ficou patente que os pacientes devem ser reposicionados a cada duas horas, quando deitados, e a cada 15 minutos, quando sentados, como forma de minimizar as forças de pressão e cisalhamento. No entanto, a evidência referente a esse cuidado possui limitações que impedem concluir quanto ao real alívio de pressão que causa. Com relação à forma de mensurar a UP, um único estudo fez parte da amostra desta dissertação, de modo que este apenas descreveu a aplicação da Escala de PUSH como forma de documentar a UP. Outro ponto crucial foi a abordagem quanto ao conhecimento dos enfermeiros e as técnicas de cuidados empregadas por eles ao tratar UP. Percebeu-se que prevalece a desinformação destes em decorrênca do desconhecimento que inicia na graduação. Diante desse quadro, pensa-se em como as UP estão sendo tratadas e para isso analisaram-se as evidências empregadas diante da dor, do odor e do exsudato. Quanto à dor, ficou clara a recomendação do gel de benzidamina e a pomada EMLA, principalmente antes da realização procedimentos, como desbridamento. Quanto ao odor, não foram encontrados estudos que descrevessem a melhor forma de minimizá-lo. Para a quantidade de exsudato, este está intimamente relacionado ao período de cicatrização que a UP encontra-se. Em se tratando das coberturas propriamente ditas, os estudos selecionados abordaram o hidrocoloide, a aloe vera, terapia normotermica e o colágeno. Estas coberturas foram abordadas em UP com diferentes estágios de cicatrização e ambos os estudos apresentaram taxa de cura adequada com ao descrever o uso de cada uma delas. Entretanto, não foram identificadas evidências que comprovem a superioridade de uma destas terapias. Logo, reforça-se a necessidade da busca de conhecimento contínuo por parte dos enfermeiros, bem como a importância da avaliação global dos pacientes que são submetidos a seus cuidados, haja vista que as contribuições reais para prática de tratamento de UP ainda são limitadas. Com isso, urgem que sejam desenvolvidos ensaios clínicos para elucidar muitas das respostas que ainda não estão explícitas. Palavras-chave: Úlcera por Pressão. Terapêutica. Enfermagem.
ABSTRACT
With the increase in life expectancy, pressure ulcer (PU) has become one of the high incidence injuries. Thus, it is necessary to develop research efforts that result in actual contributions to the clinical practice of nurse assistants. So, we chose to perform this integrative review, one of the methods of Evidence-Based Practice that aims to incorporate the evidence found in the literature to assistance and/or management practice. Therefore, this research aimed to analyze the evidence available in the literature on the nursing interventions applied to the PU treatment in bedridden patients. For articles selection we used five databases (CINAHAL, Scopus, Cochrane, LILACS and PubMed) and Estima Journal. The sample of this review was composed of 27 articles related to interventions of general purpose used in PU treatment. After analyzing the articles included, the results showed that electromagnetic therapy has evidence of its benefit for healing of PU; however there are no guidelines for its applicability. This has also been described for Therapeutic ultrasound and VAC therapy. Regarding the wound cleaning process, they described the use of many substances, such as aloe vera, tap water and saline solution. They also approached the use of hydro massage. We did not find any evidence that among these substances one stood out more than others. Regarding the food issue, we verified that patients who receive supplemental protein, zinc and vitamin C in their diets tend to heal the PU in a shorter period. By dealing with the etiology of PU, we focused on repositioning and support surfaces (SS). It became evident that the patients should be repositioned every two hours when lying down and every 15 minutes when sitting, as a way of minimizing the pressure and shear forces. However, the evidence for this care has limitations that don not allow us to conclude on the real pressure relief it causes. Regarding the method of PU measurement, a single study composed the sample of this dissertation, so it only described the application of the Pressure Ulcer Scale for Healing (PUSH) as a way of documenting PU. Another crucial point was the approach to knowledge of nurses and care techniques employed by them when treating PU. We noticed the prevalence of lack of information among them that starts at graduation. Given this situation, we reflect on how PU is being treated, and thus we analyzed the evidence used against pain, odor and exudate. As for the pain, we verified the recommendation of benzydamine gel and EMLA cream, especially before performing procedures such as debridement. As for the odor, we did not find any study describing the best way to minimize it. As for the amount of exudate, it is closely related to the healing period of PU. Regarding the coverage itself, the studies selected approached the hydrocolloid, aloe vera, normothermic wound therapy and collagen. The coverage were approached in PU with different healing stages, and both studies presented appropriate cure rate when describing the use of each one of them. However, there were no evidences to prove the superiority of any of these therapies. Thus, we reinforce the need for the continuous pursuit of knowledge made by nurses, as well as the importance of the overall assessment of patients who are submitted to their care, given that the actual contributions to the PU treatment practice are still limited. Therefore, there is urgent need to develop clinical trials to elucidate many of the answers that are not yet explicit. Keywords: Pressure Ulcer. Therapeutics. Nursing.
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 Descrição da estratégia PICO para a elaboração da pergunta de pesquisa ... 28
QUADRO 2 Características dos estudos incluídos na revisão integrativa ........................ 35
QUADRO 3 Intervenções realizadas nos estudos incluídos na revisão integrativa .......... 41
QUADRO 4 Resultados e conclusões dos estudos incluídos na revisão integrativa ......... 46
QUADRO 5 Tipos de SS, conforme National Pressure Ulcer Advisory Panel Suport
Surfaces Standards Initiative (2007) ................................................................................. 89
QUADRO 6 Avaliação do leito da ferida conforme Escala de PUSH .............................. 91
QUADRO 7 Indicador TELER de odor de ferida ............................................................. 96
QUADRO 8 Indicador TELER de vazamento de exsudato .............................................. 97
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 V. A. C. Terapia .............................................................................................. 82
FIGURA 2 UP sacral com aplicação V. A. C. terapia ....................................................... 82
FIGURA 3 Relógio de mudança de decúbito utilizado pela equipe CTI do Hospital da
Baleia ................................................................................................................................. 87
FIGURA 4 Escala de PUSH (versão modificada) ............................................................. 90
FIGURA 5 Tabela de cicatrização de UP .......................................................................... 92
FIGURA 6 Gráfico de cicatrização de UP ........................................................................ 92
FIGURA 7 Escala visual Analógica .................................................................................. 95
FIGURA 8 Escalas numéricas e visuais Analógicas da intensidade da dor ...................... 95
FIGURA 9 Hidrocoloide em UP de sacral estágio II ........................................................ 99
FIGURA 10 Curativo de colágeno .................................................................................... 99
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 10
2 OBJETIVO.................................................................................................................... 12
3 REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................... 13
3.1 Úlcera por Pressão (UP) ............................................................................................ 13
3.2 Prevenção e Tratamento para úlcera por pressão .................................................. 15
3.3 Prática Baseada em Evidência (PBE) ...................................................................... 21
4 REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO ................................................... 24
5 MÉTODOS .................................................................................................................... 28
5.1 Elaboração da questão norteadora .......................................................................... 28
5.2 Amostragem ............................................................................................................... 28
5.3 Extração dos dados dos artigos incluídos na revisão integrativa .......................... 31
5.4 Avaliação dos artigos selecionados ........................................................................... 31
5.5 Análise e síntese dos artigos selecionados ................................................................ 32
6 RESULTADOS ............................................................................................................. 33
6.1 Os estudos ................................................................................................................... 33
6.2 Intervenções dos estudos ........................................................................................... 59
6.3 Resultados obtidos com as intervenções .................................................................. 65
7 DISCUSSÃO ................................................................................................................. 78
8 IMPLICAÇÕES DOS RESULTADOS DA REVISÃO INTEGRATIVA PARA A
PRÁTICA CLÍNICA DE ENFERMAGEM ............................................................... 101
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 104
REFERÊNCIAS.............................................................................................................. 106
APÊNDICE ..................................................................................................................... 115
ANEXO ............................................................................................................................ 116
10
1 INTRODUÇÃO
Esta revisão teve por objeto analisar as evidências clínicas disponíveis na
literatura sobre as intervenções de enfermagem aplicadas para tratamento das úlceras por
pressão em pacientes acamados. Entende-se que a UP é uma área de necrose tissular, que
tendem a desenvolver-se quando um tecido mole é comprimido, entre uma área de
proeminência óssea e uma superfície externa, por um longo período de tempo (NPUAP,
2007). No que se refere ao tratamento, deve-se considerar a técnica de limpeza das feridas, os
parâmetros de avaliação, a evolução do paciente e da ferida e a indicação e o manuseio das
coberturas.
A proposta para trabalhar com esse tema surgiu em decorrência da prática clínica
desenvolvida em um serviço de atendimento domiciliar com posterior aprimoramento do
conhecimento teórico ao cursar especialização em Estomaterapia.
Naquela oportunidade, desenvolveu-se um estudo para conhecer a prevalência de
UP dos idosos daquela instituição, a qual foi de 31, 4% (COÊLHO et al., 2012). Essa pesquisa
gerou conhecimento para favorecer o cuidado da clientela atendida por aquele serviço. Além
disso, foi possível aplicar medidas eficazes para prevenção de UP aos clientes em risco e
quando necessário, tratá-los, de modo precoce, com produtos adequados. Essas intervenções
diminuíram o tempo de tratamento e reduziram custos para a empresa e/ou familiares que o
custeavam.
Com essa vivência clínica, percebeu-se que os pacientes tratados em seus
domicílios tinham a UP como comorbidade associada a outras patologias. No momento da
admissão domiciliar, eram implantadas medidas de prevenção, as quais, na maioria dos casos,
eram seguidas corretamente pelos cuidadores/familiares. No entanto, quando o cliente já era
admitido com UP ou por algum motivo a adquiria ao longo do acompanhamento, o tratamento
muitas vezes era difícil. Dentre os motivos, podem-se citar: a demanda excessiva de pacientes
por enfermeiro; o custo dos curativos/coberturas; a falta de experiência do enfermeiro para
escolher a cobertura adequada, conforme estadiamento da UP e o não seguimento das
orientações prestadas pelo enfermeiro por parte do cuidador/familiar.
Diante do exposto, procurou-se somar esforços para o desenvolvimento de
pesquisas que resultem em contribuições reais para a prática clínica desses profissionais,
sendo proposto neste estudo realizar uma revisão integrativa, um dos métodos da Prática
Baseada em Evidências (PBE) que tem por objetivo incorporar as evidências encontradas na
literatura à prática assistencial e/ou gerencial.
11
Por esse prisma, faz-se necessário realizar estudos dessa natureza com abordagem
dessa temática. Os enfermeiros que atuam diretamente com essa problemática têm escassez de
material para consulta de modo rápido e efetivo. Esse dado vem a ser confirmado em estudo
realizado por Silva et al. (2011) para conhecer a produção científica brasileira sobre os
cuidados com UP. Os resultados obtidos mostraram que as revisões integrativas
correspondiam a menos de 2% dos achados.
Em contrapartida, o cuidado a UP faz parte das atribuições do enfermeiro,
conforme a Lei do exercício profissional nº 7.498 (COFEN, 1986). Dessa forma, o
desenvolvimento das UP em indivíduos hospitalizados é um dos indicadores negativos da
qualidade da assistência de enfermagem. Ressalta-se que a manutenção da integridade da pele
é responsabilidade do enfermeiro e da equipe. Considera-se que a maioria dos profissionais
realizam ações voltadas para recuperação e tratamento do cliente, negligenciando ações
preventivas. Esse fato caracteriza um déficit na qualidade da assistência de enfermagem
prestada (LOBOSCO et al., 2008).
Em soma aos cuidados, existem variados tipos de tratamento para UP, o que
possibilita diversas formas de utilização. Estes envolvem diferentes curativos e coberturas
com e sem tecnologias que possuem aplicabilidade adequada ao estágio da lesão. É
importante destacar que cada produto apresenta forma adequada de uso. Para que a cobertura
corresponda à necessidade da UP, o enfermeiro deve possuir conhecimento técnico-científico,
conhecer a fisiologia cicatricial e as peculiaridades de cada estágio da lesão, a fim escolher o
produto adequado para o tratamento da lesão. Por isso, a importância do acesso dos
profissionais a estudos dessa natureza que possibilitem a síntese dos tipos de tratamento em
vigor com suas aplicabilidades, como meio de subsidiar o profissional para o melhor
desempenho de suas atividades.
Sendo assim, essa revisão justifica-se pela escassez de material sobre a temática e
tem como relevância a contribuição para a prática clínica dos enfermeiros haja vista, que o
tratamento de UP faz parte das atribuições destes.
Além disso, as pesquisas que estão inseridas na PBE estão associadas às ações de
promoção à saúde que tem por foco as transformações das condições de vida das populações
mais desfavorecidas e o estímulo à participação dos indivíduos nos processos decisórios
relacionados direta ou indiretamente à saúde (CARVALHO, 2003).
12
2 OBJETIVO
Analisar as evidências disponíveis na literatura sobre as intervenções de
enfermagem aplicadas para tratamento das úlceras por pressão em pacientes acamados.
13
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 Úlcera por Pressão (UP)
As UP eram denominadas “escaras de decúbito” e “úlceras de decúbito”. Na
atualidade, são definidas como lesão localizada na pele, causada pela interrupção do
suprimento sanguíneo para determinada área, em decorrência de inúmeros fatores ou
contribuintes associados (DEALEY, 2008; SCEMONS; ELSTON, 2011).
O estadiamento das UP é determinado pela profundidade e pelo dimensionamento
dos tecidos envolvidos na formação desta, tendo por objetivo auxiliar na descrição e no
reconhecimento das estruturas envolvidas na lesão (PRAZERES; SILVA, 2009). Conforme
Scemons e Elston (2011), o National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP) redefiniu, em
fevereiro de 2007, o conceito dos estágios das UP. Além dos quatro estágios originais, foram
acrescentados outros dois relacionados a úlceras com lesão tissular profunda e úlceras não
passíveis de classificação.
Scemons e Elston (2011), ainda, relatam que o estadiamento do NPUAP inicial
ocorreu em 1975 e estava relacionado à quantidade de tecido perdida com a lesão. No entanto,
essa classificação causava confusão e acarretava em uma classificação imprecisa das úlceras
associadas à dermatite perineal, assim como as resultantes de lesão tissular profunda. Assim,
essa classificação inicial foi aperfeiçoada pelo NPUAP por meio de avaliação on-line da
validade de face, clareza da precisão, concisão, utilidade e discriminação. As definições finais
foram revisadas por uma conferência para consenso. Dessa forma, as UP foram classificadas
pelo NPUAP (2007) em:
· Estágio I: pele intacta, com hiperemia em área localizada que não esbranquiça,
geralmente sobre proeminência óssea. Na pele escura, pode não apresentar branqueamento
visível, podendo sua cor diferir da pele ao redor. A área pode apresentar-se dolorida,
endurecida, amolecida, mais quente ou mais fria se comparado ao tecido adjacente;
· Estágio II: perda parcial da espessura dérmica que se apresenta como úlcera
superficial, com leito de coloração vermelho-pálido, sem esfacelo. Pode apresentar-se como
bolha, intacta ou aberta (rompida). Esse estágio não deve ser usado para descrever lacerações
de pele, abrasões por adesivos, dermatite perineal, macerações ou escoriações;
14
· Estágio III: perda de tecido em espessura total, podendo ser visível à gordura
subcutânea, sem exposição de osso, tendão ou músculo. Esfacelo pode estar presente, porém
não impede a visualização da perda de tecido. Pode ocorrer descolamento e túneis;
· Estágio IV: perda total de tecido, com exposição de ossos, tendões ou músculos. Pode
haver esfacelo ou escara em algumas partes no leito da ferida. Frequentemente, ocorre
deslocamento e túneis. Em decorrência da exposição óssea, pode ocorrer osteomielite.
· Úlceras não classificáveis: lesão com perda total de tecido, na qual a base da úlcera
esta coberta com esfacelo e/ou escara no leito da ferida. Somente será determinado o estágio
da UP após a remoção de todo material, permitindo expor a base da úlcera.
· Lesão Tissular Profunda: área localizada de pele íntegra, de coloração púrpura ou
castanha ou bolha sanguinolenta, causada por dano no tecido mole, decorrente de pressão e/ou
cisalhamento. A área pode ser precedida por um tecido que se apresenta dolorido, endurecido,
amolecido, esponjoso e mais quente ou frio ao ser comparado com áreas/tecidos subjacentes.
Quanto à localização, as UP podem ocorrer, preferencialmente, em áreas de
proeminência óssea, dentre elas: escápula, crista ilíaca, trocanter, sacro/cóccix, tuberosidade
isquiática, maléolo lateral, margem lateral dos pés, calcâneo (mais comum na planta), asa do
nariz, região occiptal e orelha. Em estudo realizado por Chayamati e Caliri (2010), com
pacientes atendidos por um serviço de atendimento domiciliar em um Distrito de Saúde em
Ribeirão Preto, 29,4% dos pacientes apresentavam UP na região trocantérica, seguido dos
calcâneos, com 23,5%.
Diante desse contexto, vale ressaltar que a ocorrência de UP está associada à
combinação de fatores intrínsecos e extrínsecos. A UP representa um indicador de qualidade
da assistência de enfermagem, estando relacionado à atuação direta ou indireta do enfermeiro
na capacitação e orientação de familiares e/ou cuidadores para o manejo com os clientes
(REGEBE et al., 2007).
Podem-se citar como fatores extrínsecos a pressão, o cisalhamento e a fricção
individual ou combinada. Como fatores intrínsecos, ressaltam-se o estado geral do paciente,
estado nutricional (anemia, hipoproteinemia, emagrecimento, obesidade), idade, mobilidade
reduzida, incontinência fecal e urinária, doença de base, umidade e temperatura. Esses fatores
inerentes ao paciente (intrínsecos) interferem na resistência tissular, reduzindo a capacidade
de suportar os agentes causais externos relacionados à UP (PRAZERES; SILVA, 2009). No
entanto, alguns aspectos podem motivar formação de UP (SCEMONS; ELSTON, 2011):
15
· Fatores de risco para desenvolvimento de UP: repouso no leito (por preferência do
paciente e/ou prescrição médica, principalmente em casos de obesidade ou magreza
excessiva, e diante de doença crônica), desidratação, Diabetes Mellitus (devido à perda de
sensibilidade em potencial), diminuição da percepção de dor, fraturas, terapia com corticóide,
estado nutricional alterado, imunossupressão, incontinência (fecal e/ou urinária), déficits
cognitivos (coma, sedação, confusão, Alzheimer ou outras demências, Depressão),
politrauma, paralisia (parcial ou total), circulação inadequada (venosa e/ou arterial, ou
ambas), obesidade ou magreza significativas, história prévia UP;
· Fatores contribuintes para o desenvolvimento de UP: pressão (imobilidade,
inatividade e perda de percepção sensorial influenciam a duração e a intensidade da pressão),
fricção, cisalhamento, umidade, pressão arterial, mobilidade, lesão traumática ou perda de
epiderme, aumento da temperatura (especialmente em idosos), medicamentos, tabagismo,
condição psicológica, hereditariedade, neoplasias, abuso de drogas, radioterapia,
quimioterapia oncológica, corpos estranhos no leito da ferida ou em sua margem, inadequado
manejo do exsudato da ferida e fatores iatrogênicos.
Nesse contexto, cabe ao enfermeiro utilizar medidas para prevenção e tratamento
de UP. Para tanto, é importante sistematizar o cuidado prestado, incluindo a avaliação do
paciente em risco, os cuidados com a integridade da pele e os tratamentos das feridas, a
indicação de dispositivos de interface e suporte adequados (colchões e coxins), além da
educação do paciente e cuidador (PRAZERES; SILVA, 2009).
3.2 Prevenção e Tratamento para úlcera por pressão
O tratamento de feridas é um processo complexo e dinâmico que sofre influência
direta da realização de avaliações sistematizadas, prescrições distintas de frequência e tipo de
produto ou cobertura necessária, conforme cada etapa do processo cicatricial (MELO;
FERNANDES, 2011).
Prazeres e Silva (2009) relatam que nada substitui os cuidados preventivos.
Mesmo com o tratamento implementado, estando a UP em qualquer estágio, as manobras de
prevenção precisam ser mantidas ou iniciadas para que ocorra a melhora do fluxo sanguíneo
da área afetada, sob pena de formar áreas isquêmicas que podem resultar na necrose no leito
da ferida. Dentre as medidas preventivas, podem ser citadas: identificação dos pacientes em
risco; aplicação de escalas da avaliação de risco; reposicionamento do paciente de risco;
16
colchões e aliviadores de pressão; cuidados com portadores de incontinências; hidratação da
pele e nutrição; uso de tecnologias e lâmpadas de calor e sol; massagens e limpeza da roupa
de cama e lençóis móveis.
A avaliação do paciente deverá ser realizada nas primeiras seis horas da admissão,
por meio da aplicação de escalas da avaliação de risco. Conforme o NPUAP (2007), um
instrumento de avaliação de risco deve possuir bom valor preditivo, alta sensibilidade, alta
especificidade e ser de fácil utilização. Dentre as escalas de risco, destacam-se as escalas de
Norton, Gosnell, Waterlow e Braden.
A escala a de Norton foi elaborada por Doreen Norton e colaboradores em 1962.
Esta tem por objetivo avaliar quanto ao estado mental, à atividade, mobilidade, incontinência
e condição física, variando os escores de 5 a 20. Quanto maior o valor, menor risco para UP
(GOLDSTONE; GOLDSTONE, 1982). A de Gosnell trata-se de uma adaptação da de Norton
que ocorreu em 1973. Nessa ocasião, foram adicionados itens relacionados à avaliação da
integridade da pele (aparência, tonalidade e sensibilidade da pele), nutrição, estado de deleção
física, além dos medicamentos em uso pelo paciente, temperatura corpórea, pressão sanguínea
e diagnóstico médico. Os parâmetros são: estado mental, continência, mobilidade, atividade e
nutrição. Os escores variavam de 5 a 20, sendo valores inferiores a 16 representativos de risco
(GOSNELL, 1973).
Outra escala existente, porém pouco utilizada é a de Waterlow que objetiva
avaliar a demanda da avaliação de risco de UP em pacientes em situação aguda, como
cirurgia. Surgiu em 1974, tendo sido idealizada para uso fácil, através de grades que a
enfermagem utilizava depois de responder a um questionário. O valor dos escores tem
somatório diferente a depender da faixa etária do paciente (WATERLOW, 1985).
A escala de Braden foi desenvolvida por Berstrom e Braden, em 1987, composta
de seis subescalas (percepção sensorial, umidade da pele, atividade, mobilidade, estado
nutricional, fricção e cisalhamento), sendo cada um deles pontuados de 1 a 4, com exceção de
fricção e cisalhamento, cuja pontuação varia de 1 a 3. Os escores totais têm somatório que
varia de 6 a 23. Os valores mais elevados revelam menor risco para UP. Os escores
equivalentes ou abaixo de 16 são genericamente identificados como críticos, ou seja,
indicativos de UP (BERGSTROM et al., 1987).
Além do uso de escalas preditivas, deve ser lembrado sobre o reposicionamento
do paciente de risco. Essa ação tem o alívio da pressão como sua principal estratégia, pois
reduz a oclusão capilar e a isquemia do tecido. O reposicionamento não reduz a intensidade
da pressão, porém diminui a duração desta na área afetada. Não há definição clara sobre a
17
periodicidade de mudança de decúbito. No entanto, sabe-se que depende das condições de
superfície do colchão e das condições clínicas do paciente (DEALEY, 2008).
Outra questão essencial para prevenção de UP corresponde ao uso de colchões e
aliviadores de pressão, haja vista a superfície ou o revestimento do colchão em contato com a
pele do paciente e proeminências ósseas. Os colchões podem ser estáticos ou dinâmicos,
sendo chamados de sistema de suporte de baixa ou alta tecnologia. Os colchões de baixa
tecnologia (estáticos) são os mais usados e como exemplo os colchões ou colchonetes com
espuma de alta densidade; os piramidais (“caixa de ovo”); os colchonetes de gel; colchonetes
de fluido (água); colchonetes de ar e os coxins (DEALEY, 2008). Os de alta tecnologia
(dinâmicos) são os colchões ou colchonetes de ar alternado; ar fluidificado e as camas
eletrônicas (PRAZERES; SILVA, 2009).
Ainda sob esse prisma, vale ressaltar os cuidados a pacientes com incontinentes,
pois essa clientela precisa de monitorização constante e rigorosa. Portanto, deve-se atentar
para que a higienização perineal não seja realizada com produtos abrasivos ou com fricção
exagerada, pois removem a oleosidade natural da pele e pode ocasionar lesão em decorrência
da umidade excessiva no local. A região deve ser observada a cada três horas (AZEVEDO,
2005).
Outros dois aspectos a serem observados são a hidratação e nutrição corpórea.
Sabe-se que a alimentação balanceada com macronutrientes (proteínas, carboidratos e
lipídeos) e micronutrientes (vitaminas e minerais) é necessária para fornecer suporte à
recuperação tecidual (STOTTS, 2000). A presença de ferida aumenta a necessidade de
energia e a ocorrência de processo infeccioso pode aumentar o gasto calórico. Além disso,
quantidades adequadas de proteínas otimizam o processo cicatricial, sendo recomendado 0,8 a
1,5 g/Kg/dia (ALSCHER, 2009). A hidratação, por sua vez, é fundamental para manter o
fluxo sanguíneo, permitindo chegada satisfatória de oxigênio e nutrientes no local da ferida
(ORD, 2007).
Vale ressaltar o uso de tecnologias que auxiliem para prevenção de UP,
contribuindo para redução do atrito, mantendo a hidratação da pele ao reforçar sua
integridade, além de funcionar como coxim em áreas de proeminências ósseas. Para que
sejam utilizadas as tecnologias de modo apropriado, deve-se traçar um plano de cuidado
individualizado para o paciente (PRAZERES; SILVA, 2009). Cita-se, também, o uso de
lâmpadas de calor e sol, pois o calor auxilia na multiplicação celular e na manutenção de um
bom fluxo sanguíneo através da vasodilatação. No entanto, o uso da luz branca ou
infravermelha acelera o processo de envelhecimento celular, fazendo com que seu uso seja
18
questionável ao ser aplicada diretamente na ferida, da mesma forma que a exposição solar
devido aos danos da radiação (HOLLOWAY, 1990);
A hidratação da pele é considerada fator importante, pois se sabe que a pele
ressecada é mais vulnerável à formação de UP. Devem ser utilizados produtos do tipo loções,
cremes e pomadas (AZEVEDO, 2005). Além desses cuidados, deve-se atentar para a limpeza
da roupa de cama e dos lençóis móveis. As roupas de cama devem ser mantidas limpas e
esticadas, a fim de manter a integridade da pele. Atentar que grãos de cereais provenientes de
resto alimentar de pacientes com dieta via oral quando ressecam, endurecem e propiciam
áreas de pressão em partes moles e em proeminências ósseas (DEALEY, 2008).
Por conseguinte, para que o tratamento seja eficiente, essas medidas preventivas
devem ser permanentes. Deste modo, deve-se atentar para orientações da equipe de cuidados
tanto do hospital quanto do domicílio (PRAZERES; SILVA, 2009). No entanto, além dos
cuidados citados, o processo de tratamento de feridas engloba a aplicação de técnicas
realizadas por enfermeiros e o uso de tecnologias. Atualmente, existe cerca de 2.000 produtos
para tratamento de feridas. A escolha destes requer conhecimentos de anatomia e fisiologia da
pele, além do mecanismo da ação do produto escolhido e avaliação sistemática da lesão. Para
avaliar a UP, pode-se observar a coloração (preta, amarela, vermelha), pois se identifica a fase
de cicatrização para que seja escolhido o agente tópico adequado (IRION, 2005).
Sob esse aspecto, o tratamento de UP propriamente dito precisa de curativo ideal,
com periodicidade de trocas, limpeza da ferida, manutenção de um meio adequado para
cicatrização, escolha do agente tópico ideal e das novas tecnologias para prevenir e tratar UP.
Curativo é o tratamento de qualquer tipo de lesão de pele ou mucosa que envolva
higienização, aplicação de produtos tópicos, coberturas primárias e secundárias na lesão
(PRAZERES; SILVA, 2009).
O manejo de feridas deve seguir a remoção de resíduos, dos produtos tópicos
aplicados, esfacelos, exsudatos e outros corpos estranhos através da técnica de limpeza. Esta
deve ser livre de riscos para trauma aos tecidos recém-formados além de auxiliar na
preservação das substâncias produzidas pelo organismo que favorecem o processo cicatricial
(PRAZERES; SILVA, 2009).
Consequentemente, o curativo tem como propósito mais simples proteger a ferida
para evitar contaminação e, por fim, manter um ambiente fisiologicamente saudável
(prevenção e controle da infecção, desbridamentos de tecidos inviáveis, controle do exsudato,
preenchimento dos espaços, controle do odor e proteção da ferida), no leito da ferida para
promover a cicatrização (DECLAIR, 2003).
19
Ao que se refere à periodicidade das trocas de curativos, sabe-se que deve ser
indicada pelo enfermeiro e pode variar de horas a dias. Deve-se atentar para drenagem de
grande quantidade de exsudato, de modo a ser viável o uso de coberturas secundárias. Estas
devem ser trocadas sempre que molhadas. Vale salientar que cada cobertura tem o tempo de
troca indicado pelo fabricante, porém considera-se que lesões infectadas e em processo de
desbridamento devem ser avaliadas diariamente ou, no máximo, em 48 horas (PRAZERES;
SILVA, 2009).
Ressalta-se que a limpeza da ferida deve ocorrer de modo menos traumático
possível, para isso deve-se atentar para a retirada do curativo (não arrancar curativos secos,
pois pode causar danos aos tecidos recém-formados ou romper vasos sanguíneos,
retrocedendo o processo cicatricial. Atualmente, as novas tecnologias de curativo são
atraumáticas. Porém, quando as mesmas não estão disponíveis, os curativos devem ser
removidos, umedecendo-os com soro fisiológico 0,9%.
Para a limpeza da ferida propriamente dita, deve-se utilizar soro fisiológico 0,9%,
aplicando pressão de 8 a 15psi. No Brasil, têm-se disponíveis agulhas de 12 e 8 gauge (40x12
e 30x8) que são comprovadas por estudos que não lesionam o leito da ferida (MARTINS,
2001). Além disso, deve-se evitar a limpeza de feridas com soluções refrigeradas, pois induz a
hipotermia e prejudica o processo de cicatrização, haja vista reduzir a resposta inflamatória, a
síntese do colágeno e a vasoconstricção (RAJSWIJK,2005).
Além disso, deve-se promover a manutenção do meio úmido, pois facilita a
mitose celular e a angiogênese. No entanto, ressalta-se que a umidade no leito da ferida em
doses não controladas prejudica a cicatrização, seja por ressecamento (falta de umidade) ou
maceração (excesso de umidade) (JORGE, 2003).
Ao que diz respeito às tecnologias para prevenir e tratar UP têm-se os curativos
para prevenção. Estes são utilizados na pele íntegra, com rompimento de epiderme e/ou que
possuem drenagem de quantidade moderada de exsudato. Dentre esses curativos, podem ser
citados: Filme transparente (reduz o atrito quando utilizado para prevenir UP), curativos de
silicone e hidrocolóide (prevenção de UP, pois reduz o atrito e a pressão)
(ABDELRAHMAN; NEWTON, 2011).
Para tratamento de UP, os curativos destinados a esse fim são aqueles que se
envolvem no processo de cicatrização, preferencialmente nas fases proliferativas e de
maturação. Podem ser citados: película de silicone (minimiza o trauma da lesão e da área
circundante a ferida de modo a reduzir a dor na hora da retirada), alginato de cálcio e sódio
(capacidade de absorver a exsudação das feridas, transformando-se em gel e propiciando um
20
ambiente quente e úmido favorecendo a cicatrização), ácido graxo essencial (importante papel
na integridade e na restauração da barreira de permeabilidade epidérmica, diminuindo a
descamação da pele integra), hidrocoloides (promove a angiogênese e a formação do gel
facilita o desbridamento autolítico), hidropolímeros (absorção do excesso de exsudato,
mantendo a umidade ideal e preservando os bordos) (PRAZERES; SILVA, 2009).
Os curativos utilizados para o desbridamento das lesões devem limpar a lesão por
diferentes mecanismos, conforme sua composição. Dentre esses curativos, podem-se citar:
géis (a umidade hidrata o leito da lesão, proporcionando desbridamento autolítico das crostas
ou esfacelos), papaína (desbridante atraumático, com ação anti-inflamatória, estimula a
formação de colágeno, acelera o processo de cicatrização e diminui o edema local,
contribuindo para melhor resultado estético da cicatriz), gaze não tecido impregnada com
cloreto de sódio hipertônico (absorção do exsudato, redução do nível bacteriano e do odor).
Promove desbridamento autolítico do esfacelo e mantém ambiente hostil para proliferação de
bactérias, curativos impregnados com prata (controle das bactérias presentes no leito da lesão
que age pela liberação da prata em contato com o exsudato) e hidrofibra com prata (absorver
exsudato e as bactérias, formando um gel coesivo que se adapta a superfície da ferida,
formando meio úmido e favorecendo ao desbridamento autolítico) (PRAZERES; SILVA,
2009).
As coberturas secundárias são aqueles curativos que tem por finalidade absorver o
excesso de exsudato ou manter o curativo primário sobre a lesão. São exemplos: a gaze não
tecido, gaze de ryon e gaze de viscose, apósito absorvente e coxim de fibras (PRAZERES;
SILVA, 2009).
Para o tratamento de UP, a literatura cita algumas tecnologias classificadas como
antigas. Dentre elas, podem ser citadas o açúcar, a papaína, ácidos graxos, a vaselina, a
sulfadiazina de prata, a sulfadiazina associada o nitrato de cério, a sulfadiazina de prata de
ação lenta, os antissépticos tópicos e a colagenase. No entanto, o uso delas deve ser avaliado
criteriosamente, haja vista ser controverso por desconhecimento do princípio ativo e de seu
efeito nas diversas dosagens apresentadas (SCEMONS; ELSTON, 2011).
Esse dado corrobora levantamento de evidências científicas da literatura sobre o
uso do açúcar, da papaína e dos ácidos graxos essenciais, realizado por Pieper e Caliri (2003)
que evidenciaram que esses produtos são comumente utilizados no Brasil. Os pacientes e seus
familiares os conhecem através da tradição e têm facilidade de aquisição. No entanto, não
invalidam o uso dos curativos convencionais e outras terapias complementares. Além disso,
relatam a necessidade de estudos que mostrem a efetividade destes.
21
A vaselina impede a drenagem do excesso de exsudato, podendo causar
maceração nos bordos, devido à drenagem para a área periferida. Possui difícil remoção e
forma um filme. Não apresenta efeito bioquímico na cascata de cicatrização. No entanto,
ainda é indicada para casos de grande perda de tecido, devido ao baixo custo, para
queimaduras e abrasões superficiais. O açúcar não possui mecanismo de ação claramente
definido, atua como corpo estranho no leito da ferida e em contato com terminações nervosas
pode provocar dor, atrair formigas e favorecer quadros de infecção (PRAZERES; SILVA,
2009; SCEMONS; ELSTON, 2011).
Os antissépticos tópicos são compostos com ação desinfetante não tóxicos que
uma vez aplicados à pele podem destruir bactérias e impedir seu crescimento. Como exemplo
pode ser citado: peróxido de hidrogênio (destrói as bactérias anaeróbias, no entanto é
citotóxico para os fibroblastos), o nitrato de prata, o hipoclorito de sódio, o permanganato de
potássio, o PVPI ou soluções iodoforadas, a solução de thiersch e solução de benjoim
(PRAZERES; SILVA, 2009; SCEMONS; ELSTON, 2011).
Dentre essas medidas de prevenção e tratamento abordadas, cabe ao enfermeiro
ter função ativa no acompanhamento das lesões, seja a nível primário, secundário ou terciário,
sendo suas atividades regulamentadas pela lei do exercício profissional.
3.3 Prática Baseada em Evidência (PBE)
A PBE procura incorporar as evidências encontradas na literatura à prática
assistencial e/ou gerencial. Para isso, aborda a solução de problemas para a tomada de decisão
que reúne a busca da melhor e mais recente evidência, a competência clínica do profissional e
os valores e as preferências do paciente no contexto do cuidado (MELNYK, 2003). Para
tanto, define um problema, busca e avalia criticamente as evidências disponíveis, implementa
essas evidências na prática e avalia os resultados obtidos (GALVÃO; SAWADA; MENDES,
2003).
Logo, a PBE utiliza métodos de revisão de literatura que permitem buscar, avaliar
criticamente e sintetizar as evidências disponíveis do tema investigado. Dentre esses métodos,
merecem destaque a revisão sistemática e a revisão integrativa (WHITTEMORE; KNAFL,
2005).
A utilização dos resultados das pesquisas é um dos pilares da PBE e para essa
prática ser incorporada ao dia a dia da enfermagem, o enfermeiro necessita saber como obter,
interpretar e integrar as evidências com os dados clínicos, assim como as preferências do
22
paciente na tomada de decisão na assistência de enfermagem aos pacientes e seus familiares
(GALVÃO; SAWADA; MENDES, 2003). Assim, as iniciativas da PBE têm gerado a
necessidade de produção de todos os tipos de revisão de literatura, merecendo destaque, por
serem mais utilizadas, as revisões sistemáticas, as meta-análise e a revisão integrativa
(WHITTEMORE; KNAFL, 2005).
A ideia de revisão sistemática surgiu na Alemanha em 1995, onde foi definido
como aplicação de táticas científicas para minimizar o viés de seleção e realizar avaliação
crítica dos artigos, além de sintetizar os estudos condescendentes em tópico específico
(PERISSÉ; GOMES; NOGUEIRA, 2001). Em suma, conforme a colaboração Cochrane, para
que se desenvolva esse tipo de revisão, o pesquisador deve buscar material publicado e não
publicado, com objetivo de atingir a exaustão dos estudos, a fim de reduzir possíveis vieses de
seleção de amostra. Além disso, os estudos incluídos nestas revisões têm delineamento de
pesquisa experimental, com evidências fortes (GALVAO; SAWADA; TREVIZAN, 2004).
A revisão sistemática é uma síntese rigorosa das pesquisas relacionadas a uma
questão específica, com foco em estudos experimentais (GALVAO; SAWADA; TREVIZAN,
2004). A meta-análise é um método de revisão que combina as evidências de múltiplos
estudos primários com análise estatística, com objetivo de aumentar a objetividade e validade
dos achados. Para isso, cada estudo é sintetizado, codificado e inserido em um banco de dados
quantitativo (GALVÃO; SAWADA; MENDES, 2003).
Por fim, a revisão integrativa, método utilizado neste estudo, possui abordagem
metodológica ampla, permitindo inclusão de estudos experimentais e não-experimentais,
dados da literatura teórica e empírica, com incorporação dos seguintes propósitos: definição
de conceitos, revisão de teorias e evidências, e análise de problemas metodológicos de uma
questão particular (GALVÃO; SAWADA; MENDES, 2003).
A revisão integrativa da literatura tem por finalidade reunir e sumarizar resultados
de uma pesquisa sobre determinado tema, de maneira ordenada, levando ao aprimoramento do
tema investigado. É um método citado pela literatura desde 1980 (ROMAN;
FRIEDLANDER, 1998). Além disso, segundo Russel (2005), pode-se dizer que é uma
investigação sistemática que se assemelha a estudos primários, pois formula uma questão de
pesquisa, idealiza-se o plano de amostragem, extraem-se os dados relevantes dos estudos
primários incluídos na revisão, a fim de que possam ser analisados e interpretados.
Assim, essa revisão permite incluir estudos com delineamentos de pesquisa
diversos, o que gera busca ampla, com variedade no processo amostral, contribuindo para
23
aprofundamento das conclusões e gerando melhor acesso à informação pelos profissionais
(WHITTEMORE; KNAFL, 2005; MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008).
Whittemore e Knafl (2005) afirmam que as revisões integrativas realizadas com
sistematização e rigor têm potencial para facilitar a compreensão, de modo abrangente, dos
problemas e das opiniões relevantes aos cuidados de saúde e políticos. Porém, lembram que
estratégia de análise dos dados é uma prioridade importante para a metodologia desse tipo de
revisão.
Diante do exposto e tendo por objetivo construir e somar esforços para a melhoria
da assistência de enfermagem ao paciente acamado acometido por UP, propôs-se a presente
revisão, com objetivo de analisar as evidências disponíveis na literatura sobre as intervenções
de enfermagem aplicadas para tratamento das úlceras por pressão em pacientes acamados.
24
4 REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO
A presente proposta de revisão integrativa teve seu método descrito em seis
etapas, com base nos estudos de Whittemore e Knafl (2005). A primeira etapa consistiu da
identificação do tema e seleção da hipótese ou questão de pesquisa para a elaboração da
revisão integrativa.
Essa etapa é a mais importante de todo o processo de revisão, pois possibilita
nortear a inclusão de artigos, os meios adotados para a identificação e as informações que
serão coletadas dos estudos selecionados (GALVÃO; SAWADA; TREVIZAN, 2004). O
tema a ser abordado deve ser de interesse do revisor, ser um problema vivenciado na prática
clínica e ter relevância para enfermagem (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008).
Nesse contexto, a PBE propõe a estratégia PICO para analisar e organizar os
problemas oriundos da prática clínica (BERNARDO; NOBRE; JATENE, 2004). A sigla
PICO representa: P= Paciente ou população-descrição das características da doença ou estágio
da doença, da população em análise ou definição da condição de interesse; I=intervenção ou
indicador - descrição daquilo que será realizado com população ou pacientes ou participantes;
C=comparação ou controle - descrição dos critérios para avaliação da efetividade da
intervenção e O=resultados - descrição do desfecho clínico ou resposta obtida. Esses são os
quatro elementos fundamentais para a construção da questão de pesquisa (SANTOS;
PIMENTA; NOBRE, 2007; BERNARDO; NOBRE; JATENE, 2004).
Ainda, conforme Santos, Pimenta e Nobre (2007), diante de uma pergunta bem
elaborada que contemple os quatro pontos citados, tem-se a possibilidade de definir
corretamente as informações necessárias para a resolução da questão clínica da pesquisa,
maximizar a busca de evidências nas bases de dados, focar o escopo da pesquisa e evitar
buscas desnecessárias.
A segunda etapa integrou o estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão
de estudos/ amostragem ou busca na literatura. Nesse momento, ocorrerá a busca nas bases de
dados para identificar os estudos a serem incluídos ou excluídos da pesquisa. Essa etapa deve
ser conduzida de maneira criteriosa, pois essa seleção de artigos irá compor a amostra da
pesquisa e será indicador de qualidade e confiabilidade das conclusões finais da revisão. É
ideal que ocorra a seleção de todos os artigos encontrados, porém quando não é possível, o
pesquisador deve deixar patente os critérios de inclusão e exclusão foram adotados
(GANONG, 1987).
25
Vale salientar que os critérios utilizados para incluir e/ou excluir os artigos
poderão sofrer reorganização durante o processo de busca, pois com o avanço dos
procedimentos metodológicos, esses critérios podem ser redefinidos, assim como a questão de
pesquisa, diante dos artigos encontrados na literatura (URSI, 2005). Além disso, as decisões
tomadas frente aos critérios de inclusão e exclusão dos estudos devem ser documentadas e
justificadas na metodologia (POLIT; BECK; HUNGLER 2004).
Ainda, nesse contexto, faz-se importante que a busca e seleção dos artigos
incluídos na revisão seja realizada, preferencialmente, por dois revisores de forma
independente e as fontes de informação devem ser selecionadas, considerando a área de
conhecimento do tema investigado (WHITTEMORE; KNAFL, 2005; BEYA; NICOLL,
1998).
Ao que se refere às estratégias de busca, Bernardo, Nobre e Jatene (2004) referem
que deve haver equilíbrio entre sensibilidade e especificidade na elaboração da estratégia de
busca, haja vista ser necessária sensibilidade máxima para não excluir trabalhos de interesse,
para que em um segundo momento, a busca seja refinada, reduzindo a quantidade e
aumentando a especificidade dos trabalhos.
Whittemore e Knalf (2005) relatam as limitações associadas ao uso de
terminologias inadequadas, de modo que o revisor deve certificar-se sobre os descritores
controlados e não controlados em cada base selecionada. O descritor controlado é um
vocabulário estruturado e organizado, com objetivo de facilitar o acesso à informação, já que
é utilizado como filtro entre a linguagem do autor e as terminologias da área pesquisada.
Assim, deve-se iniciar buscando a terminologia utilizada mundialmente (PELLIZZON, 2004).
O Medical Subject Headings (Mesh) é o vocabulário com descritores controlados
em inglês, desde 1963. Em 1986, a Bireme criou o Descritores em Ciências da Saúde
(DECS), traduzindo e adaptando o Mesh, sendo este um vocabulário trilíngue (português,
inglês e espanhol) (ARONE, 2011).
Para combinação dos descritores durante as buscas, são utilizados os operadores
booleanos, que constituem delimitadores das bases de dados e são representados por: AND,
OR e NOT. O AND é uma combinação restritiva, OR combinação aditiva e NOT combinação
excludente. Conforme Santos, Pimenta e Nobre (2007), ao aplicar a estratégia PICO, os
operadores booleanos devem ser combinados da seguinte forma: (P) AND (I) AND (C) AND
(O).
A terceira etapa abrangeu a definição das informações a serem extraídas dos
estudos selecionados/ categorização dos estudos. Essa etapa consiste em definir as
26
informações a serem extraídas dos estudos selecionados, por meio de instrumento que possa
reunir e sintetizar os dados relevantes individualmente, de forma concisa e fácil (BEYEA;
NICOLL, 1998). Esse instrumento serve para sumarizar e documentar, de modo fácil e
conciso, os dados extraídos dos artigos incluídos na revisão (BROOME, 2000). Para Arone
(2011), os instrumentos de coleta de dados garantem a avaliação individual do método de
pesquisa e os resultados, podendo auxiliar na síntese dos estudos primários incluídos na
revisão, considerando semelhanças e diferenças.
Conforme Ganong (1987), Silva, Sousa e Carvalho (2010), devem ser extraídos
dos estudos os seguintes dados para compor o instrumento: tamanho da amostra, definição
dos sujeitos, metodologia, mensuração de variáveis, método de análise, a teoria ou conceito
utilizado para embasamento.
A quarta etapa fundamentou-se na avaliação dos estudos incluídos na revisão da
literatura. Essa etapa corresponde à análise de dados de uma pesquisa primária. Para se obter a
validade da revisão, os estudos devem ser analisados de forma detalhada, crítica, buscando
informações para os resultados diferentes nos diversos estudos (GANONG, 1987). Vale
ressaltar que o revisor deve procurar avaliar os resultados de maneira imparcial, buscando
explicações em cada estudo, para os diferentes resultados. Deve ser considerada a
competência clínica do revisor para avaliação crítica dos estudos e auxílio para utilização dos
resultados na prática clínica (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008).
Além desses aspectos, as evidências encontradas na revisão integrativa devem ser
avaliadas e classificadas para que se possam determinar a confiabilidade dos resultados
apresentados (ARONE, 2011).
A quinta etapa compôs a interpretação dos resultados. Nessa fase, realiza-se a
discussão dos resultados pertinentes, por meio de comparação com o conhecimento teórico
que é fundamentado nos resultados da avaliação crítica dos estudos incluídos na pesquisa.
Alem disso, identifica conclusões e implicações resultantes da revisão integrativa, bem como
lacunas que permitam ser apontadas como sugestões para pesquisas futuras, como tentativa de
melhorar a assistência à saúde (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008). Neste contexto, o
revisor deve explicitar suas conclusões, inferências e viéses como meio de validar a revisão
(URSI, 2005).
Na sexta etapa, procedeu-se à síntese dos estudos analisados. Nessa etapa, o
pesquisador deve atentar para o detalhamento das etapas, critérios e procedimentos, a fim de
permitir ao leitor avaliar a fidedignidade e confiabilidade da revisão (URSI, 2005). Para
27
Whittemore e Knafl (2005), a combinação de diversas metodologias pode resultar em falta de
rigor, inacurácia e viés.
Portanto, para análise, os dados devem ser reduzidos, o que consiste em dividi-los
em subgrupos, a fim de facilitar a análise. Para a categorização, deve ser utilizado como base
o tipo de incidência, característica da amostra e classificação conceitual pré-estabelecida
(SOUZA, SILVA, CARVALHO, 2010).
Em seguida, os dados devem ser extraídos das fontes primárias, tendo por base
um instrumento utilizado para resumir, simplificar e organizar os achados relevantes. Por fim,
para que os dados possam ser visualizados, utilizam-se tabelas, gráficos ou quadros, sendo
possível a comparação entre todos os estudos selecionados (SOUZA; SILVA; CARVALHO,
2010). Além disso, devem-se incluir informações suficientes que permitam ao leitor avaliar a
pertinência dos procedimentos empregados na elaboração da revisão, enfocando os tópicos
abordados e delineamento da amostra (WHITTEMORE; KNAFL, 2005).
28
5 MÉTODOS
Este estudo trata-se de uma revisão integrativa sobre as intervenções de
enfermagem realizadas para tratamento de UP em pacientes acamados. As etapas que
constituem esse método estão descritas a seguir.
5.1 Elaboração da questão norteadora
Para embasar este estudo que teve por objetivo identificar, analisar e sintetizar as
evidências disponíveis na literatura sobre as intervenções de enfermagem aplicadas para o
tratamento das úlceras por pressão em pacientes acamados. Utilizou-se a seguinte questão de
pesquisa: quais intervenções de enfermagem são utilizadas para o tratamento de úlcera por
pressão em pacientes acamados? Para a presente revisão, teve-se a estratégia PICO,
representada conforme quadro seguinte.
Quadro 1 - Descrição da estratégia PICO para a elaboração da pergunta de pesquisa, Fortaleza, 2012. Acrônimo Definição Descrição P Paciente ou problema Pacientes acamados I Intervenção Técnica de limpeza das
feridas, parâmetros de avaliação, evolução do paciente e da ferida e a indicação e manuseio das coberturas para úlcera por pressão.
C Comparação ou controle Não se aplica O Resultado/ Desfecho Evolução da úlcera por
pressão
5.2 Amostragem
A fim de responder a questão norteadora, é ideal garantir abrangência, obtendo-se
todas as publicações referentes à questão de pesquisa. Para isso, utiliza-se busca nas bases
eletrônicas, em periódicos, conferência das referências listadas nos estudos primários, contato
com pesquisadores e obtenção de material não publicado, pois com isso diminui-se o risco de
viés (ARONE, 2011). No presente estudo, foi realizado levantamento de publicações através
29
das seguintes bases de dados: Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature
(CINAHL); National Library of Medicine (PUBMED); Centro Latino-Americano e do Caribe
de Informações em Ciências da Saúde (LILACS); Biblioteca Cochrane e SCOPUS. Além
disso, foi realizada busca ativa de artigos científicos na Revista Estima, produção da
Associação Brasileira de Estomaterapia (SOBEST), pois a mesma não se encontra indexada
nas referidas bases de dados.
A base de dados CINAHL possui um banco de dados de pesquisa em saúde desde
1982, fornecendo texto completo para mais de 770 revistas. Oferece cobertura completa dos
periódicos de enfermagem na língua inglesa e publicações da Liga Nacional de Enfermagem e
Associação das Enfermeiras Americanas. Além disso, oferece acesso a livros de saúde,
dissertações de enfermagem, anais de congressos selecionados, padrões da prática, software
educacional, audiovisuais e capítulos de livros. O acesso é gratuito para as instituições
vinculadas à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) através
do endereço eletrônico: http://www.periodicos.capes.gov.br.
A PUBMED é composta por 21 milhões de citações para a literatura biomédica
pela National Library of Medicine, dos EUA. Contempla cerca de 11 milhões de registros da
literatura desde 1966 que abrangem área de medicina, biomedicina, enfermagem, odontologia,
ciências veterinárias e áreas afins. O acesso é gratuito por meio do endereço eletrônico:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed
A Lilacs é base de dados que contempla publicações técnico-científicas
produzidas na América Latina e no Caribe desde 1982. O acesso a essa base é gratuito por
meio do endereço eletrônico: http://www.bireme.br
A Revista Estima é a revista oficial dos membros da Sobest, com tiragem de 3.500
exemplares. Possui distribuição trimestral e gratuita para membros ativos desde 2003. Além
de acesso à revista impressa, os assinantes podem acessar a revista pelo endereço eletrônico:
www.revistaestima.com.br, onde se registram login e senha e têm-se acesso a todas as edições
da revista. Encontra-se indexada na Base de dados bibliográfica de la Fundación Index
(CUIDEN), no Catálogo eletrônico de periódicos (REHIC) e LATINDEX.
A biblioteca Cochrane é uma coleção de fontes de informação atualizada sobre a
PBE com diferentes bases de dados, dentre elas Cochrane de Revisões Sistemáticas (CDRS) e
Registro Cochrane de Ensaios Controlados (CENTRAL). O acesso é gratuito pelo endereço:
http://www.bireme.br.
Para que os artigos sejam selecionados, foram utilizados descritores controlados
utilizados para indexação dos artigos nas bases de dados, sendo esses: úlcera por pressão
30
(Pressure Ulcer / Úlcera por Presión), terapêutica (therapeutic / terapéutico) e enfermagem
(nursing / enfermería). Para a busca nas bases de dados citadas, foram realizadas adaptações
conforme a necessidade de cada base, haja vista as características peculiares para localização
dos artigos de cada uma delas. Para manter rigor metodológico, foram utilizados os mesmos
descritores para todas as bases de dados citadas, pois estes foram pesquisados através de
consulta no DeCS e no MeSH.
Para a seleção dos estudos, baseando-se na questão norteadora, considerou-se
como critério de inclusão:
· Artigos publicados em português, inglês, espanhol, com resumo disponível nas bases
de dados, no período de 2000 a 2011. Foi considerado esse período, pois o tratamento da UP
passa por constantes modificações, de modo que podem existir intervenções de enfermagem
realizadas no passado que não fossem aplicadas na atualidade. Neste contexto, como a revisão
integrativa é um método de pesquisa da PBE, não haveria contribuições para a prática
assistencial a identificação de intervenções que estão em desuso, sendo assim consideradas
aquelas intervenções que foram superadas por melhores métodos ao que se refere ao custo-
benefício para o tratamento, permitindo otimizar a recuperação do cliente com diminuição da
dor, do custo, do tempo de tratamento e consequente aumento da qualidade de vida;
· Foram incluídas as intervenções realizadas por profissionais de âmbito geral para
tratar UP, porém somente foram incluídas aquelas que o Conselho Federal de Enfermagem
(COFEN), por meio da Lei do Exercício Profissional permita que os profissionais de
enfermagem (enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem) possam realizar.
Foram excluídos os estudos em formato de Editoriais ou Cartas ao Editor, que
incluam estudos desenvolvidos em animais e crianças, assim como aqueles que não
abordaram temática relevante para o alcance do objetivo da revisão.
Mediante aplicação dos descritores nas bases de dados com a combinação
Pressure Ulcer AND Therapeutic AND Nursing, foram identificados os artigos que
contemplaram, simultaneamente, os critérios de inclusão e exclusão descritos anteriormente.
Essa fase ocorreu através da leitura do título e do resumo do estudo, pareado com outro
revisor, a fim de evitar viés na coleta dos dados. Esse revisor é Doutora em Enfermagem e
trabalha com pacientes críticos em Unidade de Terapia Intensiva.
Os artigos que por ventura apresentassem título e/ou resumo dúbio aos revisores
quanto à abordagem da temática, foram lidos na íntegra. Não houve discordância entre os
31
revisores quanto a inclusão e/ou exclusão dos artigos. A busca nas bases de dados seguiu a
ordem em que foram descritas no tópico 4.2.
5.3 Extração dos dados dos artigos incluídos na revisão integrativa
Para coleta de dados dos artigos que foram incluídos na revisão integrativa,
utilizou-se instrumento composto pelos seguintes itens: nome do artigo original, do periódico,
base de dados da publicação, ano da publicação, nível de evidência, formação dos autores,
objetivos do estudo, características metodológicas do estudo (tipo de estudo, população,
amostra, critérios de seleção da amostra) intervenção realizada, resultados, conclusões,
limitações e vieses do estudo (Apêndice A). O preenchimento do instrumento foi realizado
por dois revisores ao mesmo momento para os artigos que foram extraídos das bases de
dados: CINAHAL, PUBMED. Vale salientar que a busca manual na Revista Estima também
foi pareada. As demais bases tiveram os artigos analisados apenas pela autora, pois o outro
revisor não dispôs mais de tempo para desenvolver tal pesquisa.
5.4 Avaliação dos artigos selecionados
A avaliação quanto ao delineamento dos estudos primários incluídos na revisão
foi baseado nos conceitos descritos por Hulley et al. (2008). Quanto ao nível de evidência
desses artigos, foram classificados em sete níveis, conforme Melnyk e Fineout-Overholt
(2005), sendo descrita a seguir:
· Nível I: evidências de revisões sistemáticas ou meta-análise de todos os relevantes
ensaios clínicos controlados randomizados (ECRC) ou de diretrizes clínicas baseadas em
revisões sistemáticas de ECRC;
· Nível II: evidências de pelo menos um ECRC bem delineado;
· Nível III: evidências de ensaios clínicos bem delineados sem randomização;
· Nível IV: evidências de estudos de caso controle ou coorte bem delineados;
· Nível V: evidências de revisões sistemáticas de estudos descritivos qualitativos;
· Nível VI: evidência de um único estudo descritivo ou qualitativo;
· Nível VII: evidências provenientes de opinião de autoridades e/ou reuniões de comitês
de especialistas.
32
Foi aplicado Escore de Jadad para os ensaios clínicos desenvolvidos por
Graumlich et al. (2003), Heyneman et al. (2008) e Cereda et al. (2009). Os três estudos
obtiveram pontuação dois, situando-se no ponto médio de rigor metodológico, tendo em vista
que o referido escore varia de 0 a 5.
5.5 Análise e síntese dos artigos selecionados
A análise e síntese dos artigos foram desenvolvidas e apresentadas de forma
descritiva, por meio de quadro sinóptico, englobando os itens do instrumento de coleta de
dados (Apêndice A). A discussão dos artigos foi realizada de modo descritivo, a fim
contribuir para a prática assistencial do enfermeiro ao tratar UP.
33
6 RESULTADOS
6.1 Os estudos
Nesta revisão integrativa, encontraram-se seis estudos na base de dados LILACS,
duzentos e setenta no PUBMED, cinquenta e nove na SCOPUS, trinta e cinco na
COCHRANE, seiscentos e quarenta e seis na CINAHL. Além disso, foram encontrados
dezesseis artigos na Revista Estima. Foram excluídos seis da LILACS, duzentos e sessenta no
PUBMED, cinquenta e dois na SCOPUS, seiscentos e dezenove na SCOPUS e vinte oito na
COCHRANE. Na Revista Estima exclíu-se doze artigos.
Ao fim analisaram-se vinte e sete artigos que corresponderam aos critérios de
inclusão estabelecidos. Identificou-se que a maioria dos artigos abordou a nutrição, o uso de
coberturas e a prática de enfermagem relacionada ao tratamento da UP (Tabela 1).
Dentre esses artigos, dez eram de autoria de enfermeiros, sendo dois
estomaterapeutas, um especialista em viabilidade tissular e os demais generalistas. Um foi
redigido por docente do curso de enfermagem, um por estudante do curso de medicina e
outros quinze não foi possível identificar a categoria dos autores.
Também foi possível averiguar que seis foram desenvolvidos em domicílio, cinco
em ambiente hospitalar, um em enfermaria cirúrgica, um entre Unidade de Terapia Intensiva
(UTI) e ambulatório, outro entre domicílio e hospital e os outros onze não foi possível
delimitar o local em que os dados foram coletados.
Quanto ao delineamento de pesquisa, três eram ensaios clínicos controlados
randomizados, quatro estudos de caso, onze revisões sistemáticas, dois relatos de experiência,
dois estudos prospectivos, um estudo descritivo, uma pesquisa bibliográfica, um de coorte, e
um caso-controle. Desta forma, o nível de evidência correspondeu a onze artigos com nível de
evidência 1, três com nível 2, dois com nível 3, dois com nível 4, sete com nível 6 e dois com
nível 7.
34
Tabela 1 - Temas abordados pela revisão integrativa. Fortaleza, 2012
Temas abordados Quantidade de artigos % Práticas de enfermagem 6 22,2 Coberturas para tratamento de UP
5 18,5
Nutrição 3 11,2 Terapia por vácuo 2 7,4 Limpeza de Ferida 2 7,4 Superfície de Suporte 2 7,4 Ultrassom terapêutico 1 3,7 Cicatrização UP de região sacra
1 3,7
Utilização da Escala de PUSH
1 3,7
Dispositivos para tratar UP de calcanhar
1 3,7
UP em pacientes paraplégicos
1 3,7
Eletromagnético terapia 1 3,7 Reposicionamento 1 3,7 Total 27 100
Para sumarizar as características, as intervenções, os resultados e as conclusões
dos artigos incluídos nessa revisão integrativa, seguem respectivamente os quadros 2, 3 e 4.
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vos
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Cal
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C
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ES
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al.,
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ispo
siti
vos
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ific
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cia
rela
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amos
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saio
s qu
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red
uçõe
s si
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vos
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ia
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co
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co
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ção
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ente
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nitu
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dura
ção,
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re
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dos
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cto
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6.2 Intervenções dos estudos
Os estudos que compuseram a amostra desta revisão integrativa apresentavam
intervenções relacionadas ao tratamento de UP. Como terapêutica, foi abordada a
eletromagnético terapia, em consonância com Aziz et al. (2012); McGaughey et al. (2009),
terapia por vácuo, conforme Smith,(2004), ultrassom terapêutico (Akabari et al., 2012),
uso de coberturas (Whitney et al., 2001; Heyneman et al., 2008; Simão et al., 2005;
Graumlich et al, 2003), limpeza da ferida (Moore; Cowman, 2008; Moore; Cowman,
2008), nutrição associada a cicatrização de UP (Langer et al., 2012; Ohura et al., 2011;
Cereda et al, 2009), dispositivos utilizados para tratar UP de calcanhar (McGinnis; Stubbs,
2012), adequação da superfície de suporte (McInnes et al., 2012; Reenalda et al., 2009),
reposicionamento (Moore; Cowman, 2012), aplicação da escala de PUSH (Barros;
Oliveira, 2006), práticas de enfermagem para tratamento de UP (Góes et al., 2007; Melo;
Fernandes, 2011; Martins et al., 2011; Bergstrom et al., 2005; Laat et al., 2005; Cook,
2001), e descrição de cicatrização de UP (Blanes; Antonio, 2005; Piovesana et al., 2009;
Cobb, 2002).
Observou-se que as estratégias utilizadas pelos autores para realizar as
intervenções descritas no parágrafo anterior ocorreu através de comparações entre
tratamentos considerados novos ou sem evidência descrita com os tratamentos padrões. A
mensuração da eficácia de determinado produto ou técnica ocorreu por meio de escalas de
avaliação de UP, medidas da área ou taxa de cicatrização destas em determinado período.
Outra forma de implementação das intervenções foi a utilizada nos estudos de
Cobb (2002), Cook (2001), Piovesana et al. (2009) e Barros e Oliveira (2006) que
acompanharam pacientes ao realizar estudo de caso e descreveram a cicatrização da UP,
atrelada à assistência de enfermagem implementada.
As estratégias de implementação das intervenções foram comuns a 23 estudos,
embora estes avaliassem na maioria das vezes terapêuticas diferentes. Esse achado pode
ser associado à quantidade de ensaios clínicos e revisões sistemáticas que fizeram parte da
amostra.
Dentre as intervenções implementadas, o estudo de Aziz et al. (2012) abordou
a utilização da eletromagnético terapia (EMT) de duas formas: EMT plus standard therapy
e sham EMT plus standard therapy, comparada com a terapia padrão (limpeza com
peróxido de hidrogênio e aplicação local de talco em pó, solução azul-metileno e pomada
de ATB (tetraciclina) para o tratamento de UP no estágio II e III. Os pacientes foram
60
submetidos a EMT, aplicada com 600 pulsos por segundo durante 30 minutos, duas vezes
ao dia no período de duas a oito semanas.
O segundo ensaio clínico que compôs esse mesmo estudo citado no parágrafo
anterior, comparou a EMT com sham EMT aplicada a pacientes com UP estágio II ou III,
com 80 a 600 pulsos por segundo por 30 minutos, duas vezes ao dia por mais de 12
semanas.
Outra terapêutica que esteve com prática implentada para tratamento de UP foi
a aplicação do ultrassom (US). Akbari et al. (2012) utilizaram o US terapêutico para tratar
UP e realizaram comparação com placebos de US, não US e tratamentos alternativos.
Nesse estudo, fizeram parte três ensaios clínicos controlados randomizados com amostra
que variou de 20 a 88 participantes.
Dois desses estudos compararam a terapia do US de aproximadamente 3 MHz
com terapia placebo, aplicada em pacientes com UP no mínimo por 5 minutos (dependia
do tamanho da ferida), três vezes por semana. A duração de seguimento do estudo não
estava explícita. O outro estudo que estabeleceu a mesma comparação aplicou US em
pacientes, com UP estágio II durante 12 semanas cinco vezes por semana. A frequência de
US foi de 3,28 MHz com duração de pulso de 2ms. O terceiro ensaio foi a combinação de
US e ultravioleta (aplicado por cinco dias alternado na semana), comparado com
tratamento por laser (820nm) e o padrão de tratamento de feridas duas vezes ao dia. O
tratamento segiu até a cura. Os participantes tinham UP superficial.
Com relação à nutrição associada ao processo de cicatrização da UP, foram
descritos três estudos. A pesquisa de Langer et al. (2012) teve por objetivo avaliar a
efetividade da nutrição enteral e parenteral para prevenir e tratar UP com pessoas de idades
variadas e ambos os sexos. Para isso, realizou revisão sistemática com oito estudos do tipo
ensaio clínico controlado randomizado, em que comparava o uso da nutrição suplementar
(vitamina C + proteína + zinco) + dieta padrão versus dieta padrão e diferentes tipos de
nutrição suplementar.
No seu estudo Ohura et al. (2011), avaliaram-se os efeitos da intervenção
nutricional associada aos cuidados de enfermagem para a cura de UP. Realizou-se estudo
do tipo caso controle. Os pacientes do grupo controle receberam as mesmas calorias que já
recebiam antes de inciar o estudo e os do grupo de intervenção receberam calorias
conforme gasto energático basal com fórmula nutricional composta por proteína, gordura,
hidrato de carbono, zinco e cobre.
61
Por fim, Cereda et al. (2009) avaliaram o uso da suplementação nutricional
específica versus a abordagem dietética padrão para cicatrizar UP em idosos
institucionalizados. O estudo foi do tipo ensaio clínico controlado randomizado com 28
idosos com UP estágio II, III e IV de início recente. Destes, 15 receberam nutrição padrão
e 13 nutrição padrão + 400 ml de suplemento nutricional (proteína, arginina, zinco e
vitamina C) por 12 semanas.
Sobre as UP na região do calcanhar McGinnis e Stubbs (2012) abordaram os
efeitos dos aliviadores de pressão para tratar esse tipo de UP. Nesse artigo, o alívio da
pressão ocorria com o uso de colchões, sobreposições de espuma, substituições de colchões
de espuma, alternando sobreposições cheias de ar e sobreposições de camas de esferas de
ar fluidizado. Para o calcanhar em específico, foram utilizadas botas cheias de ar, pé
protetores de espuma, pé protetores de gel, travesseiros e outros meios auxiliares
posicionados sob as pernas a redistribuir pressão, talas ou outros dispositivos médicos e
peles de ovelha. Esses dispositivos foram comparados um com o outro.
O alívio de pressão que as superfícies de suporte (SS) geram e a influência no
tratamento de UP foi descrito por McInnes et al. (2012). Esse estudo comparou artigos que
comparavam a alternância de dispositivos de pressão com outro equipamento de “alta
tecnologia” (ar-terapia com baixa perda e ar-fluidizados), comparação de colchões de
pressão menos onerosa, alternando com pressão e sobreposição, além de comparar
dispositivos com pressão “baixa tecnologia” (diferentes tipos de colchões de espunma).
Reenalda et al. (2009) se reportam ao uso da SS relacionada ao
desenvolvimento e prognóstico da UP, por meio de uma revisao sistemática com oito
estudos que abordaram a medição da pressão de interface para a probabilidade de
desenvolver e de cura de UP.
Para mensurar a cicatrização das UP, Barros e Oliveira (2006) realizaram
estudo sobre a aplicação da escala de Pressure Ulcer Scale for Healing (PUSH). A lesão
foi medida no maior comprimento e na maior largura, sendo multiplicadas essas duas
medidas para obter a área total.
Para produzir uma melhora da UP, o tratamento tópico foi implementado.
Realizou-se limpeza da ferida com SF 0,9% morno, lenço de barreira protetora para limpar
a área peri-lesão e para o leito da ferida, utilizou-se cobertura de hidrogel com alginato. A
troca ocorreu a cada três dias com objetivo de realizar debridamento autolítico da área de
necrose. Mediante esse tratamento, a lesão foi mensurada com PUSH na terceira, sexta e
noma semana de seguimento.
62
Para que o tratamento das UP seja implementado de forma acertada, deve-se se
valer da prática e habilidade dos enfermeiros. Desta forma, Góes et al. (2007) realizaram
estudo com equipe de enfermagem do setor de UTI adulto de um hospital especializado em
doenças cardíacas e pulmonares. Os autores aplicaram questionário à equipe para abordar
como era realizada a limpeza da lesão, os métodos de desbridamento utilizado e a
cobertura de escolha.
Para avaliar o conhecimento do enfermeiro quanto ao significado e à evolução
da ferida, a forma de avaliação da ferida, e o conhecimento destes sobre as coberturas de
última geração, Melo e Fernandes (2011) realizaram estudo com a equipe de enfermagem
de um hospital especializado em doenças infecto-contagiosas. Os dados foram coletados
por meio da aplicação de um questionário.
Outra prática dos enfermeiros para tratar UP foi descrita por Martins et al.
(2011), ao realizarem estudo em que um paciente foi acompanhado em domicílio por meio
de treinamento dos familiares e cuidadores quanto às trocas de curativos e à aplicação de
coberturas. O acompanhamento ocorria via e-mail através das fotos enviados pelos
familiares quinzenalmente. Ao avaliar as fotos, a estomaterapeuta redefinia as condutas,
conforme a condição descrita pelo familiar e visualizada pelas fotos.
As formas de abordagem de tratamento de UP para idosos em instituição de
longa permanência, conforme prática dos enfermeiros, foram descritas nos estudos de
Bergstrom et al. (2005) e Cook (2001). Nesses estudos, são descritos como foi realizado o
acompanhamento dessa clientela com UP, conforme as peculiaridades da idade, as doenças
de base e o estagio da UP.
Dentro da abordagem das práticas do enfermeiro para lidar com tratamento de
UP, uma das questões que foram enfocadas foi o controle da dor, do odor e do exsudato.
Laat et al. (2005) desenvolveram uma revisão de literatura que sintetizou as evidências
sobre as condutas a serem tomadas nessas situações.
Muitas vezes o controle da dor, do exsudato, do odor, bem como o
favorecimento do meio adequado para a cicatrização esta atrelado ao tipo de cibertura
utilizada. Com esse intuito, Simão et al. (2005) descreveu em seu estudo a eficácia e os
benefícios do gel de aloe vera para tratamento o tratamento de UP.
Para isso, os autores fizeram acompanhamento das lesões através da observação
de sinais clínicos (características do exsudato, presença de tecido desvitalizado e de
granulação) e exame visual dos sinais locais de infecção, mensuração e registro
fotográfico. A mensuração foi realizada a cada sessão de curativo sempre em centímetros,
63
considerando-se o comprimento, a largura e a profundidade (cm3) da úlcera. Utilizaram-se
régua, transparências e canetas coloridas para diferenciar as áreas com tecido de
granulação e tecido desvitalizado. Foi possível o cálculo das respectivas porcentagens na
área total da ferida. A profundidade foi mensurada pelo preenchimento da área com gel
amorfo e seringa estéril de 20cc.
Além disso, houve o cuidado local da ferida com limpeza realizada com SF
0,9% aquecido em jato (seringa 20cc com agulha 40x12). Não era tocado no leito da lesão,
pois esse possuía apenas tecido de granulação. Secava-se a pele perilesional, utilizando-se
gaze e luva estéril. Se houvesse tecido necrótico, realizava-se limpeza mecânica com gaze
e luva estéril. As lesões foram cobertas com gel de aloe vera a 3%, sem associar outro
produto. Troca de curativo de duas a três vezes ao dia, dependendo da quantidade de
exsudato.
Para a realização do curativo no domicílio, explicava-se ao cuidador o
manuseio e cuidado com o material, os procedimento de limpeza, a aplicação do gel e os
cuidados específicos com aloe vera e a oclusão da lesão. Além disso, os clientes foram
orientados quanto à prevenção de outras UP e recidivas, orientação sobre o tipo de
alimentação, sinais de possíveis complicações e a importância do acompanhamento
ambulatorial periódico.
Para Heyneman et al. (2008), foi importante descrever as evidências quanto o
uso de hidrocoloide para tratar UP. Assim, comparou os hidrocolóides com a gaze salina,
curativos de espuma, outros hidrocolóides, hidrogéis, enzimas tópicas, gaze povidine,
fenitoína, biosynthetics, terapia do calor radiante e uso sequencial de hidrocolóides e
alginatos.
Para considerar a cura de UP, três medidas foram consideradas: número de
feridas cicatrizadas, tempo para curar e redução das dimensões da ferida. Para
características de curativos, cinco medidas foram consideradas: facilidade de aplicação e
remoção, tempo necessário para as trocas de curativos, capacidade de absorção da
cobertura, dor durante o uso e trocas além dos efeitos colaterais.
Outra aplicação do uso do hidrocoloide foi descrita por Graumlich et al. (2003)
ao comparar essa cobertura com o colágeno tópico. Para isso, um mesmo grupo de
investigadores após cegamento realizaram medição da UP, avaliação da cura destas através
de registro fotográfico. As taxas de cura completas foram de oito semanas para os grupos.
Whitney et al. (2001) testaram o efeito da terapia de feridas sem contato
normotermica (NNWT) na taxa de cicatrização de UP estágio III e IV em comparação com
64
curativos úmidos. Para isso, os pacientes foram divididos aleatoriamente em dois grupos.
Em um foi aplicada a terapia padrão e no outro a terapia de feridas sem contato
normotérmica.
A NNWP é um curativo com uma borda de espuma de células abertas e uma
cobertura de película transparente sem contato, que se situa acima da superfície da ferida e
contém um bolso. A fronteira de espuma era aplicada à área, de modo que a película
transparente foi centrada sobre o leito da úlcera.
Os curativos foram trocados diariamente ou mais frequentemente se a
drenagem fosse excessiva. Para a maioria dos indivíduos, a mudança da cobertura diária
foi adequada. Outras coberturas foram utilizadas em conjunto com a NNWP. Dentre estas,
uma placa de aquecimento de infravermelhos ligado a uma unidade de controle de
temperatura foi inserida o bolso de uma hora tratamentos três vezes ao dia. Os tratamentos
ocorreram a cada 6-8 horas com aquecimento do cartão de infravermelhos a 38° C.
Medidas iniciais foram descritas. Dentre estas: albumina sérica (verificada no
momento de entrada, a menos que um valor tivesse sido aferido em duas semanas
anteriores), fotografia digital e Polaroid, medição do comprimento e largura da ferida, e
avaliação visual das características da ferida.
As UP foram avaliadas quanto à presença e extensão da necrose. Nenhum
padrão de desbridamento UP foi realizado. Para a fotografia digital, uma régua foi
colocada no mesmo plano que a UP. Pelo menos uma vez durante o estudo, a temperatura
da lesão foi medida para os pacientes do grupo NNWP. Sondas de temperatura da
superfície da pele estavam em contato com a pele na ferida aresta sob a temperatura do ar e
limpeza.
As temperaturas foram registadas antes do aquecimento, durante aqueceu-se há
30 minutos e 1 hora, e 15 minutos após o aquecimento. Os pacientes incluídos no grupo
NNWP e naqueles com terapia padrão.
O pessoal do estudo seguido por telefone ou pessoalmente, conforme
necessário durante a primeira semana para assegurar que os pacientes fossem capazes de
acompanhar a ferida. Os pacientes foram atendidos por semana até oito semanas (ou menos
semanas se a ferida cicatrizasse).
Fotografias de feridas e medidas como descrito anteriormente (com a exceção
da albumina) foram registados a cada semana por um único observador. Com oito
semanas, os pacientes do grupo de tratamento-padrão foram autorizados para iniciar a
NNWP se sua ferida não tivesse nenhum progresso cura.
65
6.3 Resultados obtidos com as intervenções
6.3.1 Intervenção: Eletromagnético Terapia
Como resultado, após as implementações das intervenções citadas na seção
anterior, considerou-se o estudo de Aziz et al. (2012) que abordou a eletromagnético
terapia e teve como resultado que os estudos por eles citados evidenciaram efeito positivo
da estimulação elétrica no que refere ao tempo para completar a cura, a mudança
percentual na área da úlcera e a proporção de úlceras curadas.
No entanto, nenhum dos estudos achou diferença estatisticamente significante
para a cicatrização de UP nas pessoas tratadas com EMT comparadas com o grupo
controle, apesar de existir forte evidência do benefício do uso da EMT para tratar UP.
Dessa forma, a possibilidade de um efeito benéfico ou prejudicial com o uso da
eletromagnética terapia para cicatrizar UP não pode ser descartada, pois houve apenas dois
estudos inclusos, ambos com limitações metodológicas e pequeno número de participantes.
6.3.2 Intervenção: Ultrassom Terapêutico
Para Akbari et al. (2012), em seu estudo sobre a aplicação do US terapêutico
para tratamento de feridas, enfocaram o uso do US terapêutico comparado com o US
placebo em dois estudos. O primeiro evidenciou que 48% das UP foram curadas no grupo
do US, enquanto que 42% cicatrizaram no grupo placebo. No outro estudo com a mesma
comparação, 40% das UP foram curadas no grupo US e 44% no grupo placebo. Assim,
nenhuma evidência foi encontrada sobre o benefício do US na taxa de cura das UP.
O terceiro ensaio analisado por Akbari et al. (2012), em seu estudo, comparou
a aplicação do US com ultravioleta com a terapia laser com o tratamento padrão. Como
resultado, mostrou que o US combinados com terapia UV foi comparado com laser
sozinho e terapia padrão em 20 participantes com lesão medular e úlceras de pressão de até
1 cm de profundidade. Os grupos foram muito semelhantes no início do estudo, em termos
de área e profundidade de úlceras. Após de 12 semanas, as úlceras tinham curado no grupo
de tratamento combinado de US/ ultravioleta. No grupo de tratamento a laser, 66% foram
curadas, e no grupo padrão de cuidados de feridas, 83% cicatrizaram.
Conforme o autor, não houve diferença estatisticamente significativa entre os
grupos. Na comparação de três grupos, houve aumento nas taxas de cura semanais
associadas com o US/ ultravioleta comparado com laser, contudo a diferença entre os dois
66
grupos não foi estatisticamente significativa. Da mesma forma, não houve diferença
estatisticamente significativa entre US/ ultravioleta e tratamento padrão.
6.3.3 Intervenção: Terapia por Vácuo
O estudo desenvolvido por Smith (2004) tratou-se de pesquisa bibliográfica,
em que seus aspectos metodológicos precisavam ser avaliados para considerar os
resultados alcançados. Para o estabelecimento do estudo, foram selecionados três artigos.
O primeiro comparava tipos de coberturas no manejo de feridas crônicas, o segundo as
propriedades de cura do alginato de cálcio e o último a terapia VAC no controle e
tratamento de feridas: uma experiência clinica.
Sob essa ótica, compararam-se os resultados de tempo de cura das UP entre os
três estudos para chegar ao resultado defendido pelo autor. No entanto, teve-se limitação
nos resultados desse estudo, pois o processo de tratamento das UP ocorreu com três tipos
diferentes de intervenções, de modo não ser fidedigno comparar terapias diferentes.
6.3.4 Intervenção: Limpeza de Ferida
Quanto ao processo de limpeza de feridas, outro aspecto a ser considerado foi
descrito nos estudos de Moore e Cowman (2008). Os estudos eram ensaios clínicos, porém
o primeiro não foi randomizado. Os estudos enfocaram limpeza versus ausência de
limpeza, comparação entre os diferentes tipos de solução para limpeza e diferentes técnicas
de limpeza.
Como resultado, constatou-se pouca evidência disponível para limpeza de UP.
Somente um estudo demonstrou diferença estatística significativa nos resultados das
feridas limpas com aerosol de solução salina, aloe vera, cloreto de prata e decilglucosídeo
comparado com solução salina isotônica.
Contudo, esse é o único estudo, de modo que não se podem realizar
recomendações firmes sobre a maneira de limpar UP na prática clínica. Além disso, não há
provas que apõem o uso de hidromassagem para limpeza de feridas ou o uso de água de
torneira em lugar de solução salina para limpeza.
Com relação à nutrição associada ao processo de cicatrização da UP, foram
descritos três estudos. Na pesquisa de Langer et al. (2012), teve-se como resultado o
desenvolvimento de menor quantidade de UP nos idosos, quando havia suplementação
diária administrada duas vezes. Vale ressaltar que não houve diferença estatisticamente
significativa quanto ao uso do zinco.
67
Na pesquisa de Ohura et al. (2011), ao fim de 12 semanas, quatro sujeitos do
grupo controle e sete do grupo intervenção tiveram suas UP curadas. Esse dado remete à
ideia de que os cuidados de enfermagem são essenciais, porém a nutrição pode acelerar o
processo de cura. Cereda et al. (2009) perceberam que a taxa de cura da UP foi acelarda
quando foi feito uso de suplemento nutricional, sendo preferível a fórmula padrão.
6.3.5 Intervenção: Dispositivos para UP de calcanhar
Sobre as UP na região do calcanhar, McGinnis e Stubbs (2012) mostraram
como resultado da aplicabilidade dos dispositivos utilizados que não houve diferença com
significância estatística do uso do colchão nimbus ou cairware. Torna-se importante
ressaltar o alto risco de viés de atrito ressaltado pelo autor. Outra questão que se faz
urgente é a necessidade de distinguir os pacientes com UP sacral, isquiáticas e calcanhar.
Haja vista que os factores de risco para a cura são diferentes, assim como os efeitos sobre a
sua qualidade de vida, tanto da úlcera como do dispositivo utilizado para o tratamento.
6.3.6 Intervenção: Reposicionamento
Ainda, nesse contexto, Moore e Cowman (2012) abordaram a eficácia do
reposicionamento de pacientes sobre a taxa de cura das UP. Tento-se desenvolver uma
revisão sistemática, porém não identificaram estudos que respondessem aos critérios de
inclusão. Em decorrência desse aspecto, faz-se necessário que sejam desenvolvidos ensaios
clínicos controlados randomizados a fim de legitimar essa prática.
6.3.7 Intervenção: Superfície de Suporte
O alívio de pressão que as superfícies de suporte (SS) geram e a influência no
tratamento de UP foi descrito por McInnes et al. (2012) e mostrou que não há evidência
conclusiva ou fiável para sugerir que alternando pressão, dispositivos de baixa perda de ar-
terapia, contínuo de baixa pressão, camas de suportes de perfil ou ovelhas são mais
eficazes do que as outras superfícies no tratamento de UP existentes. Há evidência limitada
para a eficácia do ar-fluidizado e algumas "low-tech" dispositivos no tratamento de UP
existentes, no entanto, este corpo de evidência não é robusta.
O estudo de Reenalda et al. (2009) se reportou ao uso da SS relacionada ao
desenvolvimento e prognóstico da UP evidenciou que o aumento da pressão na SS esteve
relacionado a uma maior incidência de UP. No entanto, a relação qualitativa entre a pressão
68
de interface e a incidência e o tempo para o desenvolvimento ou a cura de UP não foi
encontrado.
Diante desses dados, percebeu-se qua a pressão exercida sobre as SS pode ser
fator condicionante para as UP. No entanto, essa relação não está explícita, de modo a ser
indefinido o tipo de SS adequado para a cura de UP.
6.3.8 Intervenção: Escala de PUSH
A mensuração das UP foi descrita por Barros e Oliveira (2006), através da
aplicação de PUSH, na terceira semana de cuidados domiciliares, em que se podem
observar: aumento da dimensão da lesão devido o debridamento realizado pelas coberturas,
ausência de tecido de liquefação e diminuição da hiperemia da pele peri-úlcera, além da
ausência de exsudato com escore 10.
A terapia tópica foi continuada com hidrogel e alginato, associando
hidrocoloide transparente como secundário. Nesse estágio para limpeza da pele, adotou-se
solução a base de álcool e emolientes. Desta forma, na nona semana, observou-se melhora
clinica com tecido de granulação viável e ausência de tecido necrótico com escore seis.
Por isso, iniciou-se terapia tópica com hidrocoloide transparente associado aos
cuidados com a mudança de decúbito, manutenção da alimentação e higiene corporal. Os
autores perceberam que a escala de PUSH facilitou a atuação de enfermagem, uma vez que
teve por base a avaliação de parâmetros importantes durante o cuidado dinâmico das
feridas.
6.3.9 Intervenção: Prática de Enfermagem para Tratamento de UP
Sobre esse cuidado, Góes et al. (2007), em esudo com uma equipe de
enfermagem do setor de UTI adulto de um hospital especializado em doenças cardíacas e
pulmonares, relataram que 90% das entrevistadas direcionaram o tratamento de UP, sem a
necessidade da equipe da comissão de curativos, presente na instituição.
Nesse serviço, o tratamento da UP inicia com a limpeza da lesão, utilizando o
SF 0,9% estéril e morno. Em seguida, realiza-se o debridamento, se for necessário. A
forma de realização desse procedimento, conforme os enfermeiros entrevistados, dependia
da condição clínica do paciente, da urgência, do tipo de tecido desvitalizado e da
habilidade do profissional que ira realizar tal procedimento. Seguida dessa fase iniciava-se
a escolha da cobertura ideal, considerando-se conforto do paciente, uso, eficácia, custo e
capacidade técnico-cientifica do profissional.
69
Nessa pesquisa, todas utilizaram solução salina com temperatura ambiente,
debridamento enzimático em 60% dos casos sem utilização de critérios e 100% preferiam
usar curativos microambientais apesar de não possuirem maiores esclarecimentos sobre.
Esses dados demonstram a desinformação dos enfermeiros quanto ao
tratamento de UP, a dificuldade de oferecer assistência consciente e a necessidade de ajuda
por profissionais habilitados. Necessitam serem enfatizadas práticas inovadoras, por meio
da capacitação científica dos profissionais, valorização do estomaterapeuta na assistência
hospitalar e comissão de curativos atuante.
Quanto ao conhecimento do enfermeiro sobre o significado, a evolução da
ferida, a forma de avaliação da ferida e o conhecimento destes sobre as coberturas de
última geração, Melam e Fernandes (2011) mostram que a ferida foi associada à perda de
integridade da pele. No entanto, encontraram deficiência de conhecimento sobre as fases
da cicatrização, ocorrendo inversão de fases ou uso de sinônimos.
Para avaliação da ferida, os enfermeiros enfocaram: tipo de ferida, tecido
presente no leito da ferida e característica da pele presente ao redor da ferida o que vem a
contribuir para a escolha do produto. Também foi ressaltado o tamanho e a profundidade
da lesão. Outro aspecto citado foi a inspecionar da pele quanto à integridade, fragilidade e
utilização de algum produto para preservar a área que está integra. Outros fatores que
foram observados foram à presença de infecção e o estado nutricional do paciente.
Sobre as coberturas de última geração, o conhecimento do enfermeiro quanto
aos parâmetros utilizados para escolha do produto foi relatado, com ênfase na necessidade
de avaliar o estágio da ferida e suas características. Ao fim os autores questionaram a
aptidão dos profissionais para conhecer o estágio da ferida. Haja vista que alguns
enfermeiros associaram a escolha do produto à disponibilidade de material na instituição,
ou à prescrição médica e não ao estágio de cicatrização ou às características da ferida.
Dessa forma, os produtos mais citados foram em ordem decrescente: alginato
de cálcio, carvão ativado, AGE, hidrocoloide e hidrogel. O filme transparente foi citado em
menor proporção. Frente aos depoimentos, os autores citaram haver conhecimento a
respeito das coberturas de última geração, por outo lado o conhecimento sobre as fases de
cicatrização é deficitário, o que pode influenciar na escolha do produto.
Martins et al. (2011) descreveram o acompanhamento de um paciente no
domicílio, por meio de treinamento dos familiares e cuidadores quanto às trocas de
curativos e aplicação de coberturas e o acompanhamento por e-mail, através das fotos
enviadas pelos familiares quinzenalmente.
70
No estudo de Martins et al. (2011), adotou-se como terapia tópica: limpeza
com SF 0,9% morno, cobertura primária com hidrofibra com prata. Além disso, utilizou-se
o protocolo de prevenção de UP. A UP evoluiu favoralmente, considerando-se adequada a
terapia tópica utilizada.
Para UP trocanteriana direita, utilizou-se limpeza com SF 0,9% morno e
cobertura com hidrocoloide. Realizou-se debridamento instrumental (escarotomia),
associado ao autolítico com hidrogel. Após remoção gradativa da necrose, foi possível
estabelecer os estágios e a definição precisa de suas áreas. Todas apresentaram evolução
lenta do processo cicatricial, devido às extensas áreas de descolamento, à quantidade de
exsudato, à instalação de processo infeccioso e às condições gerais do paciente. Utilizou-se
selante para a proteção da borda da ferida que facilmente sofria maceração. Somaram-se
pareceres de infectologistas, cirurgiões, clínicos gerais e nutricionista.
Dispositivos eletrônicos com acesso à internet possibilitam manter vínculo
educativo entre profissional da saúde, pessoa enferma e cuidadores. Desta forma, os
autores creem que essa modalidade de cuidado em saúde mostrou-se adequada para a
proposta de assistência domiciliar a esse cliente.
Os autores ainda acrescentam que o meio digital é um grande aliado na
formulação de ações de saúde e podem diminuir significamente os gastos do estado ao
permitir que estratégias eficazes sejam construídas e acompanhadas, mantendo o enfermo
em seu domicílio.
O tratamento de UP em idosos de instituição de longa permanência, descrito
por Bergstrom et al. (2005), mostrou em sua análise final após incluir 882 residentes com
UP estagio II e estágio III ou IV que as UP ocorreram principalmente sobre o cóccix,
costas, nádegas em 44% dos casos; pé ou maléolo em 36%, trocanter 2%, e tuberosidades
isquiáticas 5%.
Essas UP foram classificadas como estágio II em 37% das feridas e 5% de UP
estágio III e IV curado. Os moradores com UP estágio II eram mais velhos e com doenças
de menor gravidade do que os residentes com UP estágio III ou IV. A única diferença
significativa nas características demográficas entre os grupos foi a idade e a gravidade da
doença de base.
As UPs grandes e muito grandes versus pequenas (</= 1 cm2) e médias (>1-4
cm2), no estágio III e IV, tiveram maior diminuição na área, quando a alimentação enteral
foi dada suficiente (>/= 30kcal / kg), quando as feridas eram lavadas com sabão e água ou
71
soluções salinas versus outras e quando curativos úmidos ou secos foram usados ao invés
de colagenase ou nenhum tratamento.
As UP estágio II tiveram maior diminuição da área com o uso de curativos
umidos do que com os secos. Os únicos tratamentos significativos são o desbridamento,
que está associada com um aumento na área de UP, e os curativos úmidos que são mais
fortemente associados com diminuição na área do UP que os curativos secos.
6.3.10 Intervenção: Cicatrização de UP
Ainda sobre o acompanhamento do processo cicatricial de UP em idosos, Cook
(2001) descreve passo a passo do acompanhamento realizado a um paciente internado
transferido para área de rebabilitação em enfermaria. Realizou-se mobilização e tratamento
de uma zona preta de necrose em sacro, e em preto-bolhas nos calcanhares.
A UP da região sacral foi avaliada como estágio IV, de forma triangular,
indicando que a fricção e as forças de cisalhamento havia desempenhado um importante
papel juntamente com a pressão prolongada. Os calcanhares foram avaliados como estágio
II. Inicialmente, utilizou-se hidrogel para hidratar a área sacral necrosado e para
calcanhares direito e esquerdo.
Um problema adicional foi a mobilização prejudicada, pois qualquer exercício
extenuante poderia danificar o tecido de cicatrização na frágil ferida. Assim, decidiu-se
esperar a cura para implementar um programa de fisioterapia rigoroso. O processo de
desbridamento ocorreu mais rápido sobre a úlcera sacral que nos dois calcanhares.
A cobertura seguinte utilizada foi Hyalofill que é composta por 100% Hvaff
biopulynier, que forma um gel e proporciona um ambiente úmido que beneficia o
debridamento. Após uma semana de uso dessa cobertura, iniciou-se a aplicação de
alginato. Seu uso ajudou com controle de exsudado, em virtude da propriedade absorvente.
A ferida continuou a melhorar e reduzir em tamanho. Os calcanhares levaram mais tempo
para mostrar qualquer melhoria substancial.
Dentro do processo de cicatrização de UP, os aspectos abordados por Laat et
al. (2005) foram a dor, o odor e o exsutado. Em estudo, a mensuração da dor ocorreu por
meio de três escalas dentre elas:
· O Questionário de Dor de McGill (MPQ) foi usado para fornecer uma medida
quantitativa da dor de UP (SZOR; BOURGUIGNON, 1999). A validade e confiabilidade
do MPQ não foram testadas especificamente para pacientes com UP;
72
· A Escala Analógica Visual (VAS) mostrou-se muito adequada para medir a
intensidade da dor e também foi utilizada para medir a dor medida em pacientes com UP.
Esta consiste de uma linha horizontal de 10 cm de comprimento, com "dor não" de um lado
e "pior dor imaginável" na outra extremidade. Os pacientes são solicitados a marcar a
posição em a linha que melhor reflete a intensidade da dor. Não há testes formais
realizados sobre o grupo-alvo de pacientes com UP, mas a literatura geral contém fontes
que confirmam a validade e a confiabilidade deste instrumento (VAN LANKVELD et al.,
1992);
· A Classificação de Faces Scale (FRS), que consiste de seis desenhos de expressões
faciais em uma linha horizontal, que variam de muito infeliz a muito feliz.
A eficácia da medicação oral para a dor é conhecida na da literatura geral. No
entanto, os analgésicos orais encontram limitados à aplicação e prescrição em pacientes
com UP. Três estudos descritos específicas para medidas de alívio da dor em pacientes
com UP. No estudo de Jepson (1992), 24 horas após a aplicação local de um gel de
benzidamina (um anti-inflamatório não-esteróide) a 30 feridas em 17 pacientes com UP, 29
das feridas eram livres de dor. Após 48 horas, todos as 30 feridas estavam completamente
livre de dores.
Em dois ensaios clínicos controlados randomizados, cruzado, placebo, duplo-
cego (FLOCK, 2003; ZEPPETELLA et al., 2003), a eficácia do gel de morfina na redução
da dor foi determinado. Cinco e sete pacientes do hospício, respectivamente, com UP
dolorosa de estágio I e III foram incluídos. Em ambos os estudos, os pacientes estavam
cegos para a sequência de randomização. Os géis foram aplicados uma vez por dia e
cobertos com coberturas convencionais. Todos os pacientes receberam medicação para a
dor sistêmica, para a dor relacionada com a sua malignidade. A quantidade de
comedicação nos dois os grupos de tratamento foi idêntico.
Em ambos os estudos, os escores da dor melhorou significativamente após
(dia) a aplicação de gel de morfina, como em comparação com os valores basais. A
administração do placebo (apenas gel) não teve efeito estatisticamente significativo nos
escores de dor.
Dois ensaios clínicos controlados randomizados de alta qualidade em
intervenções para alívio da dor foram identificados. Entretanto, suas intervenções foram
distintas. Em um estudo, foi utilizada a diamorfina (FLOCK 2003), e em outro, utilizou-se
o sulfato de morfina (ZEPPETELLA et al., 2003). Portanto, a revisão de Laat et al. (2005)
73
teve caráter descritivo, o que melhora as avaliações sobre o tema estudado, porém, não
permite conclusões definitivas sobre as intervenções mais eficazes. Esses autores
encontraram fortes indícios para o efeito analgésico da Dia, morfina aplicada topicamente
para UP dolorosas (FLOCK, 2003; ZEPPETELLA et al., 2003). Geralmente, validade
interna elevada é a desvantagem da generalização das conclusões para outros grupos de
pacientes com UP.
No futuro, um estudo com uma amostra maior e um misto de população de
pacientes deve ser realizado. No entanto, parece seguro para recomendar a prescrição de
(dia) morfina em diretrizes como a intervenção baseada em evidências para alivio da dor
local para o tratamento de pacientes com UP. Decidir sobre a utilização de (dia) de gel de
morfina para o tratamento da dor em geral de pacientes específicos devem ser sempre
cuidadosamente considerada.
Tem-se apenas a um estudo que descreve intervenções específicas para dor de
pacientes com UP, concentrando-se na utilização de benzidamina (JEPSON, 1992). Não há
razões para supor que EMLA não tem efeito benéfico em pacientes com UP. Laat et al.
(2005) recomendam considerar tanto gel benzidamina e EMLA como intervenção de
alivio da dor em pacientes com UP relacionada, por exemplo, à preparação de
desbridamento de feridas.
Quanto ao odor, Laat et al. (2005) constataram em estudo que não há escalas
disponíveis para proceder a avaliações objetivas de mau cheiro. Em estudo de Van
Rijswijk (1993), o julgamento subjetivo dos pacientes foi considerado para medir a
presença de odor nas feridas.
Por conseguinte, o autor também não encontrou estudos que descrevessem ou
testassem intervenções para diminuir o mau odor de feridas em pacientes com UP. No
entanto, refere que geralmente o controle do odor está associado ao tratamento da infecção
ou colonização bacteriana, considerado ser a causa subjacente de mau cheiro. Esse
tratamento compreende o uso de antibióticos e de limpeza regular da ferida.
No entanto, a presença ou ausência de exsudado da ferida pode ser julgada
visualmente. Bates-Jensen (1990) desenvolveu o Pressure Sore Status Tool (PSST). Este é
composto por 13 itens de uma escala de Likert e é usado para descrever o estado de uma
UP. Existem dois itens de exsudado: tipo de exsudato e da quantidade de exsudado. A
confiabilidade entre avaliadores e intra-observador confiabilidade total da escala foi alta.
Validade de face da PSST foi comprovada por especialistas (BATES-JENSEN et al.,
1992).
74
Ao que se refere às intervenções para reduzir o problema do exsudado, em seis
ensaios clínicos randomizados, a capacidade de absorção nas coberturas foi um dos
resultados estudado (XAKELLIS; CHRISCHILLES, 1992; HONDE et al., 1994; BANKS
et al., 1997; THOMAS et al., 1997a, b; SEAMAN et al., 2000). No entanto, as variáveis
não foram uniformes, as intervenções muito diversificadas, de modo que os comentários
críticos podem ser feitos sobre a qualidade metodológica desses ensaios, mas não
permitem fazer conclusões.
Partindo-se dos resultados de mau cheiro e exsudados, os autores não
recomendam um curativo específico em decorrência dos resultados obtidos nas suas
pesquisas, porém sugerem usar curativos hidrocolóides em exsudação feridas e tratar a
infecção bacteriana que coloniza a ferida e traz mau cheiro.
Uma recomendação final dos autores diz respeito à investigação futura. A
prevenção e o tratamento de UP são bem pesquisados, mas pouca evidência pode ser
encontrada em relação aos sintomas comuns relacionados com a UP. Portanto, mais
pesquisas devem ser realizadas em: métodos para operacionalizar o diagnóstico de mau
cheiro na ferida; o efeito da analgesia tópica (EMLA) ou na benzydamines, o tratamento da
dor de UP, o efeito da ativação de curativos de carvão sobre o mau cheiro de UP, os efeitos
de vários tipos de curativo no exsudato da UP, as intervenções alternativas para diminuir a
dor, o exsudato e acabar o mau cheiro em pacientes com UP.
6.3.11 Intervenção: Coberturas
As coberturas possuem associação com o controle do exsudato, dor e odor.
Além disso associam-se ao tempo de cicatrização. Assim, Simão et al. (2005), em estudo,
dividiram os clientes em três grupos. O grupo 1 foi composto por seis pacientes tratados
por um período médio de nove dias com gel de aloe vera. Destes, 83% não tiveram a
medida da lesão alterada; 17% aumentou em 26% a área da lesão, 0,2cm de aumento na
profundidade e diminuição de 28% do tecido necrótico. Oitenta e três porcento das úlceras
tiveram o amolecimento da área de necrose com o uso do Aloe vera, o que facilitou o
debridamento. 67% diminuiram o exsudato e 40% o odor.
O grupo 2, com cinco pacientes tratados por um período médio de 27 dias com
gel de aloe vera a 3%. Sessenta porcento dos casos teve diminuição média de 13% da área
da lesão e aumento de 84,5% em 40% dos clientes. Em 80% dos clientes, houve aumento
médio de 0,7cm de profundidade, podendo estar relacionado à diminuição média de 59%
da área de tecido necrótico. Oitenta porcento reduziram o exsudato e 75% o odor. Sessenta
75
porcento dos que possuíam tecido necrótico sofreram amolecimento facilitando o
debridamento mecânico.
Por fim, o grupo 3 que teve apenas um paciente que deambulava. Por isso, fez
tratamento ambulatorial por um período médio de 46 dias. Diminuição da área da lesão em
75% e redução de 0,7cm de profundidade. Diminuiu exsudato e odor. Com esse estudo os
autores constataram que não ocorreu diminuição estatisticamente significativa do
comprimento, da largura e profundidade no decorrer do tratamento (p > 0,05). Entretanto,
nas feridas com tecido necrótico, observou-se amolecimento por hidratação, favorecendo
sua excisão rapidamente.
Para o uso dos hidrocoloides, Heyneman et al. (2008) concluíram que esta
cobertura provou ser mais eficaz do que a solução salina ou gaze povidine, no que diz
respeito ao número de feridas cicatrizadas, à redução das dimensões da ferida, ao tempo
necessário para as trocas de curativos, à capacidade de absorção, à dor durante trocas e aos
efeitos colaterais.
As outras coberturas comparadas com os hidrocolóides foram mais eficazes no
que diz respeito ao número de feridas cicatrizadas, ao tempo para curar, à redução das
dimensões da ferida, à facilidade de manuseamento da cobertura, ao tempo necessário para
a limpeza, à capacidade de absorção do curativo e da dor durante as trocas de curativos.
Hidrocolóides são um tipo de cobertura usado frequentemente para tratar UP
estágio 2 e 3 e são, baseados nesses autores, mais eficazes do que os curativos com gaze na
área de cicatrização da úlcera, dores envolvidos e tempo necessário para as trocas de
curativos, capacidade de absorção, os efeitos colaterais e custo.
No entanto, os autores ressaltam que o uso do hidrocolóides no tratamento de
UP e o efeito de suas características no leito da ferida têm de ser estudado com mais
profundidade. Haja vista existir gama de produtos tópicos disponíveis no mercado para
tratamento de feridas.
Ainda sobre a aplicabilidade dos hidrocoloides, Graumlich et al. (2003)
acompanharam 65 pacientes por 35 dias. A amostra do estudo tinha idade média de 83,1
anos, 63% eram do sexo feminino, 46% eram dementes, e 32% tinham diabetes mellitus. A
duração mediana da úlcera foi de quatro semanas, com 80% em estágio II e 20% em
estágio III. Os grupos de tratamento foram semelhantes em suas características
demográficas e clínicas.
Embora a duração da úlcera e da área aparecerem diferentes no início, não
produziram diferanças estatisticamente significativas. No final do tratamento, os grupos de
76
colágeno e hidrocolóide permaneceram comparáveis em relação à albumina do soro e a
pontuações de Braden.
Em momentos anteriores, entre os grupos, as taxas de cura (bruta) foram
comparáveis: colágeno curado de 17% em duas semanas e 40% em quatro semanas. O
grupo que usou hidrocolóides curou 20% em duas semanas e 30% em quatro semanas. Na
análise de Kaplan-Meier, não houve diferença significativa entre os grupos.
Para os pacientes de colágeno, a média do tempo de cura foi de cinco semanas.
Os do grupo do hidrocolóides tiveram tempo médio de cura de seis semanas. Análise por
intenção de tratar revelou-se semelhante quanto à cicatrização da úlcera completa em oito
semanas no colagénio (51%) e hidrocolóides (50%).
A média de tempo de cura foi semelhante: colagénio curou em cinco semanas,
hidrocolóide em seis semanas. Significa que a área curada foi de 6 mm2/dia em ambos os
grupos de tratamento. A cura linear da borda da ferida foi de 3 mm em ambos grupos. Na
análise multivariada, a profundidade da úlcera de base foi o único preditor independente de
cicatrização da úlcera completa em oito semanas.
Por fim, os autores concluíram não haver diferenças significativas nos
resultado de cura entre o colágeno e hidrocolóide. Colágeno era mais caro e não ofereceu
grandes benefícios para pacientes de outro modo elegíveis para tratamento hidrocolóide.
Com relação à NNWP, Whitney et al. (2001) descreveram em estudo em que
acompanharam 29 pacientes e concluíram que a taxa linear de cura foi significativamente
mais rápida nos pacientes que receberam NNWP. A média (± DP) de cura linear valores
(centímetros por dia) para o grupo de cuidado com terapia padrão e o grupo NNWP foram
0,004 e 0,012, respectivamente.
Ao se compar a taxa linear de cura para indivíduos com UP estágio III em cada
grupo, apresentaram-se diferenças significativas e uma cicatrização mais rápida nos
sujeitos tratados com a NNWP. A análise da taxa linear de cura para UP com duração de 0
a 12 meses mostrou cicatrização mais rápida no grupo NNWP. Também, no grupo tratado
com NNWP, 53% das UP foram curadas no prazo de oito semanas. No grupo de cuidados
padrão, 43% das UP foram curadas no mesmo período. Quanto ao estágio da UP 54%, no
estágio III, foram curadas pelo tratamento padrão e nenhuma no estágio IV nesse mesmo
grupo.
Nos doentes tratados com NNWP, 71% das UP estágio III e 38% delas no
estágio IV, foram curados em oito semanas. Avaliação da temperatura peri-lesão mostrou
que a temperatura aumentou ao longo de uma hora de tratamento com aquecimento. Em
77
média, aumento da temperatura na área peri-lesao foi de 2,4 ° C acima o valor de pré-
tratamento.
Diante dos resultados, os autores inferiram que a taxa de cura das feridas
aumentou significativamente com NNWP. A temperatura peri-lesão aumentou
significativamente após uma hora do aquecimento, alcançando níveis de aproximação
normotermicos. Os efeitos de cura associados com NNWP podem estar relacionados com
vários mecanismos, incluindo melhorias na perfusão, fornecimento de oxigênio e atividade
celular em resposta ao aquecimento. Diante disso, fazem-se necessários estudos mais
aprofundados para que esses aspectos sejam esclarecidos.
78
7 DISCUSSÃO
Diante dos resultados encontrados, urgem que os dados sejam analisados.
Nessa pespectiva, inicia-se a contextualização da EMT. Sabe-se que os registros de sua
utilização datam do século XVII, quando se utilizava folha de ouro na cicatrização de
feridas causadas por varíola (KITCHEN; BAZIN, 2003).
Os mecanismos de ação da EMT não estão totalmente evidentes, porém tem-se
como hipótese mais provável o efeito bactericida promovido. Esse efeito é decorrente de
mudanças eletroquímicas, pois parecem ocasionar mudanças de pH, geração de calor
localizado e por fim buscam os fatores antimicrobianos presentes no organismo
(SZUMINSKY et al., 1994). Outra hipótese é a promoção do aumento circulatório na
região da UP (GOLDMA et al., 2003).
Para evidenciar os efeitos da estimulação elétrica em feridas crônicas, Gardner
et al. (1999) realizaram meta-análise para quantificar os efeitos da estimulação elétrica,
relacionando o tipo de estímulo elético ao tipo de UP. Os autores trabalharam com 15
estudos que trataram UP com estimulação elétrica, relatando dados quantitativos do
tamanho da ferida antes e depois do tratamento com relatório semanal do percentual de
cicatrização por semana. Como resultado, os autores relataram haver evidência de que
independente do tipo de estimulação, na maioria das experimentações clínicas avaliadas,
esse recurso foi eficiente com percentual de cicatrização em 22% por semana nos grupos
tratados com estimulação elétrica e 9% no grupo controle.
Outro estudo realizado com 43 pacientes portadores de UP, aplicando corrente
elétrica pulsada com amplitude de 300 e 600 µA a 0,8 Hz de frequência, obteve como
resultado cura em oito semanas de 58% do grupo tratado (WOOD et al., 1993).
Ainda sobre os efeitos da EMT aplicada a UP, Divani et al. (2005) citaram
resultado positivo em estudo ainda não publicado desenvolvido em grupos de pesquisa, em
que paciente com UP sacral tem eletrodo, o ativo (negativo) posicionado sobre a úlcera,
interposto com gaze esteril embebida com soro fisiológico e o dispersivo na região
posterior do tórax. A estimulação foi realizada com aparelho Neurodyn High Volt®, com
10µs, 100 Hz, 180 volts, três vezes por semana, no total de 21 aplicações.
Conforme Simões (2010), apesar de muitos estudos apresentarem resultados
significativos da estimulação elétrica para tratar UP, ainda exitem muitos conflitos, pois as
publicações não relatam os parâmetros exatos de utilização, os estudos têm parametros
79
limitados de ensaios clínicos controlados, o que vem a dificultar a quantificação e
comparação dos efeitos.
Para finalizar, ressalta-se a necessidade de desenvolver ensaios clínicos
controlados randomizados que possam vir a estabelecer o padrão de aplicação da EMT,
assim como os reais efeitos e suas contraindicações, a fim do seu uso poder ser definido
como tratamento.
Quanto à aplicação do US terapêutico para tratamento de UP, considera-se que
a contração da ferida é uma etapa importante para o fechamento da lesão. Nessa
perspectiva, a terapia com US que frequentemente utilizada por fisioterapeutas, também
está sendo utilizada para tratamento de lesões de tecidos moles. Esta acelera a reparação
tecidual nas diferentes fases com a possibilidade de melhora na velocidade de cicatrização
e qualidade do tecido cicatricial (FERREIRA et al., 2008).
O US é uma forma de energia mecânica não audível que consiste em vibrações
de alta frequência, na faixa acima de 20 KHz (Kilohertz). Frequência é o numero de ondas
que passam por um determinado ponto em uma unidade de tempo, expressa em Hertz (Hz).
Essa frequência varia entre 1 e 3 MHz, podendo ter outra programação. Quando são
elevadas, tornam-se mais adequadas para tratar tecidos superficiais, enquanto a maior
penetração de frequências baixas é proprícia para tratar estruturas profundas (DOCKER,
1987).
Dyson (1982) refere que o US interage com os tecidos biológicos por
mecanismos térmicos e não térmicos ou mecânicos, conforme a forma de propagação da
onda, contínua (não ocorre interrupção da onda ultrassonica, de modo que não há
deposição initerrupta de energia nos tecidos irradiados) ou pulsada (interrupções regulares
e reguláveis na liberação da energia nos tecidos irradiados).
A energia sonora terapêutica é gerada por um transdutor que transforma a
energia inicial elétrica em energia mecânica. Antes que o US possa ser aplicado, o aparelho
deve ser ajustado e a saída de energia estabelecida. O contato entre o transdutor e a pele
deve ser adequado, para que não haja perda de ondas, já que o ar é um péssimo condutor
(LEHMANN; DeLATEUR, 1994).
Vários métodos estão disponíveis para a aplicação do UST, entre eles o direto
ou deslizamento, o subaquático, o balão, o refletor, o funil, o paravertebral reflexo e o
redutor de cabeçote. Para a escolha do método direto, é necessária utilização de um meio
acoplador, podendo ser vaselina, óleo ou gel (MACHADO, 1991; PAULA, 1994).
80
Em média, o tempo de aplicação do UST é de quatro a dez minutos por área,
sendo que, para grandes superfícies, o segmento é dividido em três ou quatro partes iguais,
e aplica-se o mesmo tempo por área (MACHADO, 1991; LEHMANN; DeLATEUR,
1994). Esta aplicação pode ser de forma estacionária ou não, sendo que a primeira pode
resultar na elevação muito rápida da temperatura, ocasionando queimaduras.
O aumento da intensidade não pode compensar a diminuição do tempo de
tratamento, porque o efeito produzido pelas duas variedades é diferente. Aumentar a
intensidade pode elevar excessivamente a temperatura do tecido e, consequentemente,
causar efeitos indesejáveis, como desvitalização da região irradiada (PAULA, 1994).
À medida que o US atravessa o tecido, parte da energiada energia é refletida
pelas estruturas que se encontram em sua trajetória, o que caracteriza espalhamento, e parte
da energia é absorvida pelo próprio meio, ocasionando aquecimento local ou absorção. A
atenuação ou perda da energia pelo feixe sonoro deve-se a esses dois mecanismos, em que
a absorção representa 60 a 80% da perda da energia (TER HAAR, 1999).
Nos tecidos biológicos, a atenuação deve-se principalmente aos mecanismos de
absorção, pelos quais a energia mecânica das ondas ultrassônicas é convertida em calor e
reflexão da energia ultrassonográfica nas interfaces teciduais (TER HAAR, 1978; BAKER
et al., 2001). Esses mecanismos ocorrem simultaneamente, sendo possível potencializar um
ou outro efeito, ao alterar os parâmetros fisicos da irradiação, como o tipo de onda
utilizada, o tempo e a técnica de aplicalção (DYSON, 1987).
Como contra indicações dessa terapêutica, citam-se: útero gravídico, gônadas,
lesões malignas e pré-cancerosas, tecidos já tratados por radioterapia, anormalidades
vasculares, incluindo TVP (Trombose Venosa Profunda) e arteriosclerose, olhos, coluna
pós-laminectomia, hemofílicos sem substituição do fator de coagulação, principais nervos
subcutâneos e craneais, infecções agudas, pinos ou implante metálico superficiais, tecidos
com risco de hemorragia, tecidos isquemicos, doses elevadas em áreas anestésicas, sobre
plásticos utilizados em artroplastia e sobre marcapasso (DYSON, 1987).
Sobre a aplicabilidade do US terapêutico, Olsson et al. (2008) concluíram que
essa é uma forma não invasiva para reparar lesões, sendo a forma pulsátil a que possui
maiores relatos. Seus benefícios são significativos, sobretudo se aplicado em baixa
intensidade, o que miniminiza o risco de causar lesões teciduais e a formação de
cavitações. No entando, os questionamentos quanto ao tempo, à dosimetria e ao modo de
aplicação ainda não estão demonstrados, de modo são necessárias mais pesquisas sobre o
81
assunto. Não foram encontrados estudos que desaconselhassem a aplicação do US
Terapêutico para o tratamento de UP.
Outra terapêutica realizada para cicatrazação de UP é a V. A. C. Terapia. Esta
surgiu em decorrência da dificuldade de obter melhores resultados no tratamento de feridas
complexas. Por isso, iniciaram-se estudos sobre o efeito da alteração da pressão
atmosférica na biologia da cicatrização. O primeiro relato de tratamento de ferida com o
uso de pressão subatmosférica foi descrito em 1966 por Mirazimov (FORD et al., 2002).
Na década de 1990, foi criado um produto comercial baseado na utilização de
pressão negativa chamada Vaccum Assited Closure – V. A. C. ®, comercializado pela
empresa KCI, sendo aprovado em 1995 pela FDA, como método auxiliar no tratamento de
feridas (ARGENTA et al., 1997). Em 2008, Kamamoto e Moraes patentearam no Brasil
um instrumento que trabalhava com pressão negativa (KAMAMOTO; CARVALHO,
2010).
A atuação da pressão negativa no leito da ferida ocorre por meio de uma
esponja hidrofóbica de poliuretrano, conectada a um tubo plástico a bomba de vácuo. A
pressão pode ser ajustada de 50 a 125 mmHg, podendo ser contínua ou intermitente. A
bomba ao ser ligada produz pressão negativa no sistema e na ferida, o que faz com que
ocorra drenagem do excesso de fluidos do leito da ferida e do espaço intersticial. Com isso,
ocorre redução bacteriana e do edema, aumentando o fluxo sanguíneo local e a formação
do tecido de granulação (DE FRANZO et al., 1999). Pode-se dizer que é um método
prático, necessitando de troca a cada 48 ou 72 horas e ser utilizado em grande variedade de
feridas (com perdas de partes moles, com exposição óssea, grande quantidade de exsudato
ou como curativo para fixação de enxertos e retalhos) (KAMAMOTO; CARVALHO,
2010).
Como contra indicações tem-se a aplicação sobre tecido necrótico, osteomielite
sem tratamento com antibioticoterapia, cavidades abdominais ou fistulas, neoplasias ou
aplicação direta sobre artérias ou veias. Deve-se ter cautela ao aplicar pressão negativa em
feridas com sangramento ativo e quando o paciente apresenta coagulopatia ou hemostasia
difícil (WONGWORAWAT et al., 2003).
Ao que se refere às complicações, há dois relatos de casos de síndrome do
choque tóxico, por falta de drenagem do curativo pela bomba de aspiração. Outra
complicação é a perda de esponjas em cavidades do paciente e o sangramento
(KAMAMOTO; CARVALHO, 2010).
82
Quanto à promoção da cicatrização, a revisão de Evans e Land (2001)
identifica apenas dois ensaios clínicos randomizados controlados, realizado com 34
pacientes com úlceras crônicas que evidencia fraca eficácia, porém apresenta pouco dados
para conclusões seguras.
Em suma, não constam muitos estudos publicados enfocando as ações da
terapia por vácuo, o que remete a desenvolver estudos que possam evidenciar os reais
benefícios dessa terapia para o tratamento de UP.
Figura 1 - V. A. C. Terapia.
Fonte: http://daybydaynursing.blogspot.com.br/2012/09/vac-vacuum-assisted-closure-como.html Figura 2 - UP sacral com aplicação V. A. C. terapia.
Fonte: http://www.enfermagemvirtual.net/2012/10/pressao-negativa-na-cicatrizacao-de.html
Outro aspecto abordado é a limpeza de UP. Entende-se que durante a limpeza
da ferida deve ser removido qualquer corpo estranho como fragmentos ou sujeiras,
fragmentos de tecidos soltos na superfície, como tecido necrótico e restos de curativo
anterior (DEALEY, 2008). Sobre a limpeza de feridas, foi realizado estudo que considerou
várias maneiras de usar a gaze para limpar a superfície da ferida e ao fim se concluiu que o
83
ato de limpar não reduzia o número de bactérias na superfície da ferida, apenas redistribuía
(THOMLINSON, 1987).
Dentre as soluções citadas nos estudos, têm-se solução salina a 0,9%, água de
torneira, aloe vera, decilglucosídeo, água de torneira e cloreto de prata. A solução salina
0,9% é um agente de limpeza completamente seguro, sendo o preferido para a maioria das
feridas e pode ser apresentada em sachês, invólucros plásticos e aerosol. A água de torneira
está sendo usada com maior frequência em especial para feridas colonizadas (DEALEY,
2008).
Um estudo do tipo revisao sistemática inferiu que a água morna para limpeza
de ferida não difere da solução salina esterelizada quanto à taxa de infecção e cicatrização
(FERNANDEZ et al., 2002). Outro estudo realizado com enfermeiros de um hospital geral
em São Paulo com objetivo de identificar a frequência do uso das diretrizes para o
tratamento da UP permitiu verificar as técnicas de limpeza para as úlceras em estágio II, 13
(56,5%), em que enfermeiros sempre realizavam a limpeza da ferida com soro fisiológico.
Entretanto, a limpeza com água e sabão era feita sempre por sete (30,4%) enfermeiros e, às
vezes, por 11 (47,8%) (RANGEL; CALIRI, 2009).
Sobre a técnica de limpar a ferida, uma revisão de literatura que teve como
objetivo reunir e sintetizar a evidência empírica disponível acerca das técnicas de limpeza
e soluções utilizadas no tratamento de feridas, tendo por base a pesquisa em base de dados,
foram incluídos 17 artigos sobre a temática. Os resultados evidenciaram que a irrigação
parece ser a técnica de limpeza mais indicada no tratamento de feridas, no entanto não
existe consenso relativamente à pressão indicada, aos equipamentos e à quantidade de
irrigante a ser utilizados. A água parece ser uma alternativa segura, mostrando-se eficaz
como solução de limpeza de feridas, no entanto são necessários mais estudos que suportem
a utilização, rentabilidade e qualidade (RODRIGUES; SILVA, 2012).
Quanto ao tipo das técnicas utilizadas para limpar ferida, Borges (2008) cita
que esta pode ser dividida em limpa e estéril. A limpa utiliza-se água corrente para limpeza
do seu leito e a umidade da pele periferida é retirada com o uso da gaze não estéril.
Técnica comum em domicílio, devendo-se considerar a qualidade da água utilizada, a
forma de armazenamento das gazes e a condição sistêmica do paciente. A técnica estéril
preconiza o uso de todo material estéril e que as feridas durante o banho de aspersão sejam
protegidas com plástico, fixado com fita adesiva, a fim de evitar que a água do banho
escorra no leito da ferida. Técnica realizada em hospital, ambulatório e unidade básica de
saúde.
84
Outro produto citado para limpeza das feridas foi o aloe vera. Este teve relato
de utilização para tratar ferida pelo médico grego Dioscórides, em 74 d. C. Hoje, pode
apresentar-se como curativo gel ou de gaze não aderente, industrializada ou usada in
natura, com troca a cada 12 horas. Sua função ao ser aplicada é a atuação como agente
bactericida, contra bactérias gram-negativas, gram-positivas e Candida albicans (LIMA,
2009).
Para concluir, cita-se uma revisão sistemática realizada com objetivo de
recomendar a limpeza de feridas conforme a prática baseada em evidências. Para isso, teve
como amostra sete artigos do tipo ensaio clínico. Os resultados mostraram que como
solutos de limpeza, a solução salina é considerada ideal, por suas propriedades isotónicas e
por não interferir no processo de cicatrização. No entanto, vários autores recomendam a
água da torneira para limpeza de feridas crónicas, afirmando que esta é eficiente ao nível
do custo efectivo e de fácil acessibilidade, não se verificando efeitos adversos (SANTOS et
al., 2012).
Acerca do uso de antissépticos, vários autores desaconselham sua aplicação em
feridas abertas, uma vez que podem conter detergentes, tornando-se agressivos para o
tecido em formação. Quanto às técnicas utilizadas na limpeza de feridas crónicas, verifica-
se que esfregar e irrigar são as técnicas mais comuns de limpeza (BEE, 2009).
Relativamente ao equipamento, verifica-se que os profissionais de saúde,
devem privilegiar o uso de luvas e compressas de tecido - não tecido, em oposição às
pinças ou às compressas de gaze. Estas podem deixar resíduos no leito da ferida, atrasando
a cicatrização. A irrigação da ferida prevalece como método mais eficaz (SANTOS et al.,
2012).
Ao que se refere à suplementação nutricional, pôde-se perceber nos três
estudos apresentados nessa revisão integrativa que as suplementações nutricionais a base
de proteína, zinco e vitamina C foram utilizadas para acelerar o processo de cicatrização de
UP e obtiveram resultado eficaz. Conforme Breslow e Bergstrom (1994), a desnutrição
proteicocalórica é um dos principais fatores que influenciam a cicatrização de feridas.
No entanto, poucos estudos mostram a correlação entre o estado nutricional do
paciente com o processo de cicatrização de feridas, pois esse processo sofre influência de
alguns fatores, dentre eles: presença de doença ou risco para doenças, maio ambiente e
período de desenvolvimento do indivíduo (ALSCHER, 2009).
Dessa forma, vale ressaltar que as proteínas em quantidades adequadas
favorecem fibroplasia, neogênese, formação de colágeno, remodelamento da ferida e
85
manutenção da integridade do sistema imune. É um nutriente fundamental para a fase
inflamatória e de proliferação da cicatrização da ferida (UTLEY, 1992). É recomendável
que seja dada maior ênfase às vitaminas C, A, E, selênio, cobre e zinco, pois estes
micronutrientes exercem papel fundamental na cicatrização de feridas (BRITO, 2008).
A vitamina C é responsável pela síntese do colágeno, integridade das paredes
capilares, função imune e antioxidante, atua na função dos macrófagos e neutrófilos.
Quanto ao uso do cobre, atua na maturação do colágeno e síntese da elastina, além de sua
ação antioxidante. O zinco faz parte das enzimas relacionadas à síntese proteica e formação
de colágeno e replicação celular (ALSCHER, 2009).
Confirmando esses achados, Correia et al. (2011) relataram após elaboração de
diretriz sobre terapia nutricional para tratamento de UP que o principal objetivo dessa
terapia é garantir as necessidades nutricionais. Para isso, indica-se 30 a 35 kcal/kg/dia de
energia, podendo variar de acordo com as doenças concomitantes; pelo menos 1,2-1,5
g/kg/dia de proteínas. Em situações de grande catabolismo, como em pacientes com várias
úlceras e/ou muito grandes, sem outras comorbidades, pode-se avaliar a oferta de pelo
menos 1,5 g/kg/dia. A cicatrização consome energia, utilizando-se principalmente do
carboidrato sob a forma de glicose.
O autor acrescenta, ainda, que a carência proteica prolonga a fase inflamatória
da cicatrização, aumentando o risco de infecção, diminuindo a síntese do colágeno e a
força tensil da ferida. Assim, recomenda-se que a terapia nutricional deverá garantir o
adequado aporte nutricional para pacientes com UP. Recomenda-se 30 a 35 kcal/kg/dia,
1,2 a 1,5 g de proteínas, além de vitaminas e minerais, segundo a Ingestão Dietética de
Referência (IDR). Sob esse aspecto, Chernoff (1996) recomenda que ao iniciar o
tratamento de uma úlcera é essencial realizar um estudo dos níveis de estoque de proteínas,
dosando alguns marcadores como albumina, pré-albumina e transferrina.
Baseando-se nessas descrições quanto à importância e atuação desses
elementos nutricionais no paciente com UP, é patente a necessidade destes no organismo
em quantidade adequada. No entanto, os estudos apresentados não foram decisivos quanto
a real importância dos suplementos nutricionais para a cicatrização de UP. Portanto, faz-se
necessário desenvolvimento de pesquisas primária do tipo ensaio clínico, a fim de buscar
evidências mais fidedignas.
Sobre os aliviadores de pressão, Dealey (2008) ressalta ser preciso assegurar o
alívio adequado da pressão quando o paciente está deitado. Na prática, realiza-se a
elevação dos calcanhares com coxins que devem acomodar-se ao longo de toda a perna, a
86
fim de minimizar a pressão. Prazeres e Silva (2009) citam essa intervenção. No que se
refere às superfícies de suporte, entende-se que não há estudos que comprovem o alívio de
pressão em 100%, por isso a recomendação que se deve realizar mudança de decúbito a
cada duas horas (SCEMONS; ELSTON, 2011).
Nesse contexto, Scemons e Elston (2011) entendem que o reposicionamento
adequado do paciente pode reduzir o desenvolvimento de UP. Além disso, relatam que a
incidência de UP é maior em pacientes sentados do que em deitados. Isso ocorre em função
da força gravitacional gerar um peso corporal maior sobre uma superfície menor quado o
paciente encontra-se sentado.
Os autores citados referem que a cada 15 minutos deve haver o
reposicionamento, quando as pessoas conseguem se movimentar sozinhas. Quando o
paciente somente possui força na parte superior do corpo, ele deve ser orientado a fazer
flexões a cada 15 minutos, a fim de restabelecer o fluxo sanguíneo no glúteo e no sacro. Se
o paciente não possuir força na parte superior do corpo, deve-se inclinar-se para frente, em
direção as coxas, para reduzir a pressão sobre as tuberosidades isquiáticas (de 189 para 34
mmHg) e o ísquio (de 114 para 33 mmHg).
Deve-se considerar a inspeção das supertfícies das cadeiras, dos coxins ou dos
lençóis, pois aquelas que permitem que o paciente escorregue facilmente podem causar
quedas ou até isquemia por dobras de pele (cisalhamento) (PAZERES; SILVA, 2009).
Para as pessoas que não conseguem se reposicionar sozinhas, deve ser limitado
há uma hora e o paciente deve ser recolocado no leito (AHCPR, 1992). Além disso, todos
os pacientes em risco devem possuir dispositivos de redistribuição da pressão nas cadeiras
em que costumam sentar. Todos esses dispositivos devem ser avaliados quanto ao alívio da
pressão (coloca-se a mão entre a superfície de suporte e a cadeira de modo a sentir se há
alívio da pressão) pelo menos a cada turno e duas vezes ao dia (SCEMONS; ELSTON,
2011). Outro aspecto a ser considerado é a inclinação dessas poltronas que deve ser no
máximo de 10°, pois permite melhor posicionamento e mobilização do paciente
(DEALEY, 2008).
Vale ressaltar que o reposicionamento não reduz a intensidade da pressão, mas
reduz a duração desta em determinada área. No entanto, o adequado reposicionamento
pode ser afetado por variáveis como dor, instabilidade hemodinâmica e número de pessoal
reduzido. É sabido que a adequada mobilização poderá ser realizada utilizando guindastes,
macas de tranferência, auxílio de lençol móvel, pois reduz o risco para desenvolver e/ou
piorar a condição das UP. Quando não há pessoal suficiente deve ser orientado o
87
reposicionamento discreto, a fim de reduzir a área de pressão e desconforto (PIEPER,
2000).
Outra questão que merece destaque é o intervalo de tempo entre cada
reposicionamento. Para auxiliar têm-se os “relógios de mudança de decúbito” que facilitam
a memorização das mudanças a serem realizadas.
Figura 3 - Relógio de mudança de decúbito utilizado pela equipe CTI do Hospital da
Baleia. Belo Horizonte, 2011.
Fonte: Hospital da Baleia. Disponível em:
http://www.hospitaldabaleia.org.br/pt/noticias.php?c=5&t=0&i=84&n=251. Imagem utilizada com
autorização (anexo 1).
Percebe-se que não há estudos que comprovem a evidência de
reposicionamento quanto à posição ideal, tempo para mudança de decúbito e tecnologias
para realização de tal prática empregada na cura de UP. Logo, torna-se importante que
sejam desenvolvidos estudos futuros a fim de comprovar tal prática.
Considerando esses aspectos, faz-se necessário que algumas considerações
sobre SS sejam feitas. Para iniciar, Scemons e Elston (2011) relatam que as SS devem ser
utilizadas para o controle da pressão, sendo fundamental para tratar e prevenir UP.
Algumas superfícies reduzem a fricção e o cisalhamento, controlam a umidade e inibem a
proliferação bacteriana. Esses dispositivos são encontrados de diversas formas e tamanhos
para uso em cama, cadeira e membros do paciente.
Quando as SS são utilizadas para auxiliar no tratamento de UP, seguem-se as
recomendações conforme o National Pressure Ulcer Advisory Panel Suport Surfaces
Standards Initiative (2007):
ü UP estágio I e II localizadas em regiões corporais de risco ao estar deitado:
88
· Cobertura com pressão alternada com 15 cm ou mais ou com espuma graduada;
· Não usar almofada com orifício central.
ü Tratamento de UP estágio III e IV em regiões corporais de risco ao estar deitado:
· Usar colchões estáticos, coberturas ou colchões dinâmicos;
· Limitar o tempo sentado quando a úlcera estiver localizada na região isquiática;
· Não usar almofada com orifício central.
ü Tratamento UP estágio III ou IV, com duas ou três regiões do corpo prejudicadas
por estar deitado:
· Usar cama com baixa perda de ar ou com ar fluidizado;
· Limitar o tempo do paciente sentado em cadeira;
· Não usar almofada com orifício central.
Diante dessas recomendações, torna-se necessário definir os termos que
caracterizam as SS. Desta forma, considera-se que “estático” e “dinâmico” referem-se à
condição ou estados de atividade. Esses termos foram redenominados passando para
“passivo” e “ativo”, respectivamente. Já a característica “dinâmica” refere-se à alternância
de inflação e deflação e “estático” quando se mantém constantemente inflamadas (por
meio de gel, espuma ou água), modelando a superfície do corpo, distribuindo a carga sobre
uma área grande, enquanto as UP abrangem uma área pequena.
Ainda, conforme National Pressure Ulcer Advisory Panel Suport Surfaces
Standards Initiative (2007), os tipos de SS com suas funções e características estão
descritos no Quadro 5.
89
Quadro 5 - Tipos de SS conforme National Pressure Ulcer Advisory Panel Suport Surfaces Standards Initiative (2007), Fortaleza, 2012. Nome da SS Função Características Colchonete de espuma
Redistribuir pressão · Altura e espessura da base variam conforme cada produto;
· Com cerca de 5cm de altura serve apenas para conforto, não reduz a pressão;
· De 7,5 a 10cm, reduz a pressão quando paciente não é obeso;
· Importante validar a carga que o fabricante declara que o colchonete é capaz de suportar;
· Não reduzem o cisalhamento. Colchonete estático de ar
Proporcionar apoio quando inflado
· Disponível para cadeira ou cama, para curto ou longo tempo de uso;
· A grande maioria redistribui a pressão; · A inflação adequada é uma necessidade absoluta.
Sobrecamadas alternadas de colchões cheios de ar
Inflação e deflação alternada a fim de prevenir pressão constante sobre a pele
· Pode intensificar fluxo sanguíneo; · Necessidade absoluta de ter inflação correta.
Colchonete com camadas alternadas de gel ou água
Redistribuição de pressão · Fácil limpeza; · Pouca manutenção
Substitutos de materiais dos colchões incluem: gel, espuma, materiais combinados e ar
Controle de infecção (poucos estudos confirmam)
· Maioria coberto por material biobacteriostático
Substitutos de colchões com baixa perda de ar
Redistribuição de pressão · Apoio direto na estrutura da cama (substitui o colchão padrão);
· Fácil de instalar e retirar
Camas com baixa perda de ar
Redistribuição de pressão · Distribuição homogênea do peso do paciente sobre uma série de coxins insuflados com ar. O ar é bombeado por um motor que possibilita que o ar seco flua entre o paciente e a superfície, controlando o acúmulo de umidade e calor;
· Importante saber altura, peso e distribuição da gordura corporal para escolher o tipo de SS.
Camas de ar fluidizado
Redistribuição de pressão · Uma bomba distribui o ar pelas microesferas revestidas com silicone, separadas do paciente por um filme de monofilamento, dando sensação de flutuar;
· Camas pesadas; · Podem causar ressecamento da ferida
Vale ressaltar que colchões de espuma, de ar, de água e as superfícies elétricas
de apoio podem apresentar dificuldades, como a retenção de umidade e calor (BATES-
JNSEN; NYSTUL; SCACHETTI, 2010).
90
Uma das formas de mensuração das UP em tratamento é através da escala de
PUSH. Essa escala foi desenvolvida e validada pelo Task Force da National Pressure
Ulcer Advisory Panel (NPUAP, 2007) e traduzida para ser usada no Brasil por Santos et al.
(2005). Considera três parâmetros para avaliação da cicatrização e resultados de
intervenção: área da ferida, quantidade de exsudato e aparência do leito da ferida.
O escore total pode variar de 0 a 17. Escores maiores indicam piores condições
da úlcera e escores que diminuem refletem melhora na cicatrização (MAGALHÃES;
GOMES, 2008). Além dos três parâmetros, a escala contém: definições operacionais para
cada um deles, uma tabela para registro dos escores de cada parâmetro e o escore total de
acordo com a data, um gráfico para visualização da evolução dos escores totais e uma folha
de instruções para o avaliador (SANTOS et al., 2005).
Figura 4 - Escala de PUSH (versão modificada).
Iniciais do paciente_________________________ Data ___/____/_____ Nº de úlceras por pressão_____________ Localização da úlcera por pressão ________________ ORIENTAÇÕES: Observe e mensure a úlcera por pressão. Classifique a úlcera de acordo com a área da superfície. Exsudato e tipo de tecido da ferida. Registre um subescore para cada uma dessas características. Some os subescores para obter o erscore total. A comparação dos escores totais obtidos no decorrer do tempo gerará a indicação da evolução da cicatrização da úlcera por pressão.
Comprimento 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 X 0cm2 <0,3cm2 0,3–
0,7-
1,1–
2,1- 3,1– 4,1– 8,1- 12,1–
>24
Largura 0,6 cm2
1,0 cm2
2,0 cm2
3,0 cm2
4,0 cm2
8,0 cm2
12,0 cm2
24,0 cm2
cm2
Quantidade 0 1 2 3 exsudato Ausente Pequena Moderada Grande Tipo de 0 1 2 3 4 Tecido Ferida Tecido Tecido de Esfacelo Tecido Fechada Epitelial Granulação Necrótico Comprimento X Largura: Mensure o maior comprimento (sentido céfalo-caudal) e a maior largura (do lado direito para o esquerdo). Multiplique essas duas medidas para obter uma estimativa da área de superfície em centímetros quadrados (cm2) e, então, selecione no instrumento a categoria à qual essa medida corresponde e registre o subescore obtido, podendo variar de 0 a 10. Atenção: utilize sempre uma régua métrica graduada e sempre o mesmo métido, sempre que a lesão for medida. Quantidade de exsudato: Faça uma estimativa da quantidade de exsudato presente na ferida após remover a cobertura e antes de aplicar qualquer agente tópico classificando-a como ausente, presente, moderada e grande. Selecione a categoria correspondente ao instrumento e registre o subescore obtido. Tipo de tecido: Identifique o tipo de tecido presente no leito da ferida. Deve-se marcar o escore “4” quando houver
qualquer quantidade de tecido necrótico, escore “3” quando houver presença de qualquer quantidade de esfacelo e ausência de tecido necrótico; erscore “2” quando a ferida estiver limpa e contiver tecido de granulação; escore “1” quando a ferida for superficial e estiver reepitelizando; e escore “0” quando a ferida estiver fechada.
· Escore 4- Tecido necrótico (escara): tecido de coloração preta, marrom ou castanha que adere firmemente ao leito ou as bordas da ferida e pode apresentar-se mais endurecido ou mais amolecido, comparativamente à pele periférica.
· Escore 3 – Esfacelo: tecido de coloração amarela ou branca que adere ao leiti da ferida e apresenta-se como cordões ou crostas grossas, podendo ainda ser mucinoso.
· Escore 2- Tecido de granulação: tecido de coloração rósea ou vermelha, de aparência brilhante, úmida e granulosa.
· Escore 1 – Tecido epitelial: para as feridas superficiais, aparece como um novo tecido róseo ou brilhante (pele) que se desenvolve a partir das bordas ou como “ilhas” na superfície da lesão.
· Escore 0 – ferida fechada ou recoberta: a ferida está completamente coberta com epitélio (nova pele).
91
OBSERVAÇÃO: cada etapa deverá ser realizada para cada úlcera por pressão avaliada, em um total máximo de quatro feridas no mesmo paciente, devendo-se registrar os subescores e escores no formulário destinado para tal. _______________________________________________________________________________________ Fonte: Gomes; Magalhães (2008) apud Santos et al. (2005)
Conforme Santos et al. (2005) seguem as etapas de aplicação da escala:
· Etapa 1: mede-se a ferida em seu maior comprimento (céfalo-caudal). Em seguida,
deve ser realizada segunda medida para a maior largura (lateralmente). Multiplicam-se
essas duas medidas para obter a área, em centímetros quadrados, que pode variar de 0 a >
24cm². Seleciona-se, na escala, a categoria a qual essa medida corresponde e,
consequentemente, registra-se o subescore obtido (0 a 10);
· Etapa 2: avalia-se a quantidade de exsudato presente, após a remoção da cobertura
e antes da aplicação de qualquer agente tópico. Classifica-se na escala como ausente (0),
pequena (1), moderada (2) ou grande (3) quantidade;
· Etapa 3: identifica-se o tipo de tecido presente no leito da ferida para marcar um
dos escores a seguir que compõem a escala:
Quadro 6 - Avaliação do leito da ferida conforme Escala de PUSH.
Fonte: Silva et al., 2012
· Etapa 4: Somam-se os subescores alcançados nas três características para obter o
escore total da escala PUSH e registra-se na Tabela de Cicatrização da UP.
92
Figura 5 - Tabela de cicatrização de UP.
Fonte: Santos et al., 2005
· Etapa 5: Registra-se o escore total no Gráfico de Cicatrização, conforme a data da
mensuração.
Figura 6 - Gráfico de cicatrização de UP.
Fonte: Santos et al., 2005
93
Cada etapa deve ser realizada para cada UP avaliada, em um total máximo de
quatro lesões no mesmo paciente, como recomendado pela NPUAP ao aplicar PUSH
(NPUAP, 2007).
Essas etapas de mensuração de UP foi aplicada por Silveira (2010) ao realizar
estudo longitudinal prospectivo, em três UTI de hospital em Teresina-PI, com amostra não
probabilística por conveniência composta por 19 pacientes e 66 aplicações da escala
PUSH. Obteve-se como resultado prevalência de 61,29% de UP, das quais 63,33% eram
sacrais, estágio II e dessas 29,6% foram tratadas com ácidos graxos essencias. Ao fim,
houve queda ou manutenção dos escores da escala, podendo ser constatado pela autora que
a aplicação de PUSH foi útil para monitorar a avaliação cicatricial, o que representou
confiabiliadade da escala.
A literatura pesquisada não cita pontos negativos para aplicação dessa escala
como forma de mensuração. No entanto, ressalta-se a necessidade de mensurar a área da
UP corretamente, assim como a escolha dos escores correspondentes às condições do
exsutado e do tecido do leito da ferida seja realizada por um profissional que possua
conhecimento e experiência para que não se corra o risco de avaliar de forma incorreta e
prejudicar a pontuação da escala.
Além dessa escala, existem outras formas de realizar a mensuração e o
acompanhamento do processo cicatricial das UP. Uma das formas é o registro fotográfico
associado à medida do tamanho da área da lesão. No entanto, essa forma de mensuração
não foi descrita pelos artigos pesquisados.
Além da mensuração, outra forma de documentar as UP é descrever seu
aspecto. Essas características para serem fidedignas precisam da habilidade dos
enfermeiros. De forma, será dor, odor e característica do exsudato estão descritos a seguir.
Ao que se refere à dor, a Associação Internacional para Estudos da Dor (IASP)
a define como experiência sensitiva e emocional desagradável relacionada à lesão, em que
cada indivíduo aprende sobre dor através de suas vivências, sendo estas subjetivas e
individuais (PASIN, 2009). Esta pode ser classificada em nociceptiva (resposta normal a
um estimulo doloroso) e neuropática (resposta inadequada provocada por uma lesão
primária ou disfunção do sistema nervoso) (MCCAFFERY; PASERO, 1999).
Para Pasin (2009), o inadequado alívio da dor nas feridas e/ou nas trocas de
coberturas causam prejuízos à cicatrização e qualidade de vida do indivíduo. Diante desses
fatores, a World Union of Wound Healing Societies (2004) caracteriza a dor em local,
94
occasional, dor produzida durante a cicatrização e dor relacionada aos procedimentos
cirúrgicos.
A dor relacionada ao processo de cicatrização está atrelada as rotinas básicas
de trocas de coberturas, a limpeza da ferida, aplicação de novas coberturas, mudança de
decúbito e tratamento de desbridamento. A dor não relacionada aos procedimentos é
persistente e pode ser associada à ferida aberta e tecidos danificados. O aumento da dor
pode ser associado a processos inflamatórios e infecciosos nessa lesão (BATES-JENSEN
et al, 2010).
Vale ressaltar, conforme autor citado anteriormente, que com o tempo as
feridas tornam-se mais dolorosas. O estímulo nociceptivo (primariamente musculo-
esquelética caracaterizada por prurido e por ser lenta ou latejante) é sempre produzido,
porém a reação a esse estímulo é individual. O estímulo neuropático também pode estar
presente com sinais de formigamento, queimação e dormência.
A pele perilesional pode tornar-se sensível e dolorosa. A dor pode ser
provocada em alguns pacientes pela circulação do ar ou mesmo pelo roçar do vestiário
(PASIN, 2009). Nesse contexto, salienta-se que as UP que sempre causarão dor,
independente do seu estágio devido à obstrução do fluxo sanguíneo que ocasiona a
isquemia tecidual e a cascata álgica. O sinal local observado é a hiperemia ou eritema que
embranquece com aumento crescente da queixa álgica.
Para avaliar a dor causada pela UP, o enfermeiro deve atentar para o início, a
duração, a localização e a intensidade da dor que é relatada. A localização da dor na UP
pode ser específica em um local dentro da ferida ou geral na área peri-lesional (BATES-
JENSEN et al., 2010).
Consoante Pasin (2009), para medir a intensidade da dor, podem-se utilizar
escalas. Dentre estas:
· Escala Numérica Verbal (ENV): o paciente emite nota para a dor de zero a 10,
sendo zero sem dor e dez dor insuportável. Pode ser utilizada em crianças e adultos desde
que tenham noção de ordem numérica crescente;
· Escala categórica Verbal (ECV): utilizam-se descritores verbais para avaliar a dor.
Para cada descritor, são atribuídos valores numéricos. Deve ser utilizada para adultos e
crianças que se cominicam verbalmente;
95
· Escala Análoga Visual (EAV): mostra-se uma linha reta de 10 centímetros ao
paciente e ele aponta o ponto de sua dor. Zero (extremidade à direita), significa sem dor e
10 (extremidade a esquerda), dor insuportável. Pode ser utilizada para adultos e crianças;
Figura 7 - Escala visual Analógica.
Fonte: http://requilibrius.blogspot.com.br/2009/03/dor-conceito-e-aspectos-gerais-2.html
· Escala de faces: registra-se o valor carrespondente a cada face escolhida.
Figura 8 - Escalas numéricas e visuais Analogicas da intensidade da dor.
Fonte: http://margaridasemacao.blogspot.com.br/2012/03/dor.html
96
Outra estratégia utilizada é o diário da dor. Este representa um registro
detalhado da dor registrado pelo paciente. Para os pacientes que não podem verbalizar,
observa-se o movimento deles ao retirar a parte comprometida do corpo, caretas, gritos ou
sinais não verbais de dor.
Diante dos aspectos abordados, não se encontrou evidências de tratamentos ou
formas de mensuração da dor para os pacientes com UP. Essa questão foi abordada por
Krasner (1995) ao referir que a dor não faz parte da rotina de tratamento de feridas, pois
muitas estão assiciadas à dor. Os estudos que citam a dor relacionada à UP fazem
associação com a qualidade de vida deste paciente.
Outra questão que deve ser considerada é o odor da lesão. Este é causado pela
autólise de tecido necrótico abaixo das coberturas ou da crosta da lesão. As lesões
contaminadas por pseudomonas aeruginosa têm odor adocicado (MARQUEZ, 2003).
Para Hack (2003), o odor é difícil de ser avaliado. No entanto, Browne et al.
(2004) descreveram um indicador clinico para quantificar o odor.
Quadro 7 - Indicador TELER de odor de ferida. Código Odor
5 Sem odor
4 Odor detectado na remoção da cobertura
4 Odor evidente na exposição da cobertura
2 Odor evidente a uma distancia de um braço do paciente
1 Odor evidente ao entrar no quarto
0 Odor evidente ao entrar na residência/clínica
Fonte: Dealey, 2008
Existem coberturas iterativas que produzem odor característico (alginatos e
hidrocoloides) e aquelas debridantes a base de carvão ativado, prata ou cloreto de sódio
hipertônico que favorecem a redução da colinização de bactérias no leito da lesão
diminuindo o odor (GOGIA, 2003). A permanência de coberturas por períodos
prolongados também poderá causar odor (PRAZERES, 2009).
O odor está atrelado à presença de exsudato. Este varia durante o processo de
cicatrização. Para Keast et al. (2004), o exsudato pode ser medido em termos de
quantidade, qualidade e odor. Esse sistema de classificação foi proposto por Falanga
(2000), a fim de estabelecer uma padronização. Desta forma:
97
· 1= mínimo (cobertura dura uma semana);
· 2= moderado (cobertura é trocada a cada dois ou três dias);
· 3= intenso (cobertura é trocada pelo menos uma vez ao dia).
Outro método foi descrito por Browne et al. (2004), após realizar estudo
multicêntrico que avaliou o desempenho das coberturas na presença de exsudação intensa.
Quadro 8 - Indicador TELER de vazamento de exsudato. Código Vazamento de exsudato com relação ao período planejado ou de rotina
para troca de cobertura
5 Sem vazamento antes da troca de rotina/planejada
3 Vazamento 2 horas antes da próxima troca de rotina/planejada
3 Vazamento 8 horas antes da próxima troca de rotina/planejada
2 Vazamento 24 horas após a última troca
1 Vazamento 8 horas após a última troca
0 Vazamento 2 horas após a última troca
Fonte: Dealey, 2008
Em consonância com Falanga (2000), há pouco benefício em pontuar a
qualidade de exsudato da ferida, porém pode existir benéfico em usar terminologias
definidas para descrever o exsudato.
Como forma de caraceterizar o exsudato, Carville (1997) cita que no processo
inflamatório o exsudato apresenta-se seroso, serossanguinolento ou sanguinolento. No
processo infeccioso, é purulento. Quanto aos tipos de exsudato tem-se:
· Seroso- flúido, transparente;
· Serossanguinolento- flúido, seroso, ligeiramente róseo;
· Sanguinolento- tingido de sangue;
· Purulento – produto inflamatório rico em proteínas, leucócitos e restos celulares.
Da mesma forma que a dor, com o exsudato e o odor não há estudos que
relatem a prática dos enfermeiros em descrever em específico essas características das UP.
Esse dado favarece reflexão sobre a importância que os enfermeiros estão dispondopara
tais quesitos que estão envolvidos na cura das UP. Será que o odor, a dor e o exsudato são
98
associados por esses profissionais à melhora ou à piora das UP ao implementar
intervenções de tratamento?
Associado à melhora do processo cicatricial, bem como às características
descritas anteriormente, têm-se as coberturas. Conceituar coberturas, conforme Gomes e
Borges (2008), é extremamente complexo e polêmico, pois exige objetividade que podem
abalar paradigmas construídos a anos.
Para essas autoras considerar cobertura como material, produto ou substância
utilizado sobre lesões para ocluir, comprimir, umedecer, tratar e proteger podem diferir
conforme alguns outores. Citam como exemplo a pomada que para uns é considerada
cobertura primária e para outros não, pois ao ser removida a cobertura secundária que
cobre a pomada é removida.
Assim, é aceitável que se considere cobertura os produtos que são capazes de
garantir princípios ideais de cicatrização ou de formar uma barreira física entre o leito da
ferida e o meio exterior (GOMES; BORGES, 2008).
Ao escolher a cobertura ideal para o paciente, os enfermeiros precisam
considerar o conforto do paciente, a facilidade de aplicação, a efetividade e o custo
(DEALEY, 2008). Conforme esses aspectos, Sasseron (2010) define curativo oclusivo
como aqueles que criam e mantém hidratação ideal para o processo de cicatrização.
Também oferecem cobertura, reduzem a dor, protegem a ferida de infecção, controlam a
exsudação, promovem o desbridamento autolítico, a hemostasia e o preenchimento de
espaço vazio no caso de feridas cavitárias.
Conforme essas características, podem-se citar os hidrocoloides e o colágeno.
O hidrocoloide é uma cobertura estéril composta por espuma externa ou filme de
poliuretrano, unida a um material interno, sendo mais comum a carboximetilcelulose,
gelatina e pectina (BLANES, 2003).
Os hidrocoloides são impermeáveis a gases e vapor de água, podem ser
recortados conforme o tamanho da ferida, são fáceis de aplicar, moldam-se bem a
superfície corporal e não necessitam de cobertura secundária. Além disso, absorvem bem
um exsudato moderado, formando um gel viscoso que previne a aderência dele ao leito da
úlcera (BOLTON, 1992).
As trocas são realizadas com intervalo de 3 a 7 dias, dependendo da quantidade
de exsudato. Sua indicação é frequente para o tratamento de úlcera crônica (venosa e
pressão), queimadura, úlceras de espessura parcial e na prevenção de bolhas em atletas e
diabéticos (CHO; LO, 1998).
99
Figura 9 - Hidrocoloide em UP de região sacral estágio II.
Fonte: https://klubesocial.com.br/webaulas/feridas_rotinas/modIII/11.php
Outro tipo de curativo é o de colágeno. Estes se encontram disponíveis nas
formas de placas, géis e pós. São derivados dos tendões ou couro de vacas ou galinha. Seu
uso requer curativo secundário (SASSERON, 2010). Este curativo acelera a reepitelização
por promover migração celular ao ser adicionado no leito da ferida. Alem disso, abservem
o exsudato da ferida para formar um gel macio, biodegradável que ajuda a manter a ferida
hidratada (HESS, 2005).
Recomenda-se o uso em feridas não infectadas com exsudato pouco ou
moderado, devendo ser recobertas por uma cobertura secundária (SASSERON, 2010).
Figura 10 - Curativo de colágeno.
Fonte: http://www.cirurgicazonasul.com.br/produto/curativo-fibracol-plus-colageno-com-alginato-.html
100
Outra forma de realizar curativo é utilizando aloe vera, cujo nome popular é
babosa. Esta possui propriedades antibacteriana, anestésica e deaumento da circulação
local. É composta por 96% de água e 4% de diferentes componentes (polissacarídeos,
enzimas catalíticas e substancias tipo lecitinas) (ARAÚJO, 2010). Sua ação terapêutica
para feridas e queimaduras é atribuída ao tanino e outros componentes químicos (enzimas
catalíticas e polissacarídeos).
Dessa forma, previne a isquemia dérmica, preservando a circulação
epidérmica, atua como bactericida contra Stafilococcus aureus, S. viridis, Streptococcus
sp., Corynebacterium xeros, Salmonela tiphi e S. paratiphi (NEWALL et al., 1996). Vale
ressaltar que, conforme Lima (2009), sua maior indicação é para tratamento de
queimadurase irritações na pele sob a forma de gel. No entanto, na forma de extrato bruto
pode ser utilizada no tratamento da dermatite seborreica.
Os estudos encontrados associam o uso da aloe vera ao tratamento de
queimaduras, seja térmica ou por radioterapia. Desta forma, carecem-se de estudos que
descrevam sua real atuação no processo de cicatrização de UP.
Outra terapia descrita para tratamento de UP é a terapia normotérmica. Esta
ocorre por meio do calor radiante, que visa manter a normotermia no leito da ferida em
torno de 37°C ± 1°C. A câmara do produto é composta por poliuretano e, em suas laterais,
por poliuretano espuma, que coleta o exsudato eliminado pela ferida. Esse curativo não
entra em contato com o leito da ferida, pois forma câmara com microclima aquecido, que
mantém umidade a 100% (CÂNDIDO, 2006).
Conforme o autor anterior, a terapia normotérmica é indicada em ferida limpa,
com pouca exsudação. Para manutenção da temperatura, é inserido na câmara condutor
flexível de energia infravermelho. Pode ser necessário curativo secundário de proteção. A
troca ocorre, em média, a cada período de 24h. Sobre este tema não há estudos que
descrevam sua aplicabilidade nem seus efeitos sobre o processo de cicatrização de UP.
101
8 IMPLICAÇÕES DOS RESULTADOS DA REVISÃO INTEGRATIVA PARA A
PRÁTICA CLÍNICA DE ENFERMAGEM
Conforme objetivo inicial para desenvolvimento desta dissertação, ou seja,
analisar as evidências disponíveis na literatura sobre as intervenções de enfermagem
aplicadas para o tratamento das úlceras por pressão em pacientes acamados, a fim de
resgatar subsídios em conhecimento científico para fundamentação prática de enfermeiros
que tratam UP, avaliaram-se as evidências disponíveis na literatura sobre as intervenções
de enfermagem aplicadas para o tratamento das UP em pacientes acamados. Desta forma, é
importante destacar as implicações dos resultados obtidos para essa prática.
Diante dos achados, encontraram-se descritas algumas terapias pouco
frequentes na prática atual. Dentre estas: eletromagnético terapia (EMT), ultrassom
terapêutico e Vaccum Assited Closure (V.A. C) terapia. Sobre a EMT, os estudos que
fizeram parte desta revisão mostram que há evidências do seu benefício para a cicatrização
das UP, porém não existem diretrizes sobre sua aplicabilidade.
Da mesma forma, tem-se o US terapêutico que apresentou boa eficácia para
cicatriz UP, porém os estudos que retratam seu uso são poucos e insatisfatórios para que
seja padronizada sua aplicação. Ainda seguindo o mesmo raciocínio, cita-se a V. A. C.
terapia.
Todas essas terapias são inovadoras e os estudos que fizeram parte desta
revisão as descrevem eficazmente em forma de resultado, no entanto não são suficientes ao
descrever em qual fase de cicatrização são adequadas, quanto tempo, qual a frequência de
aplicação e quais as contraindicações. Conclui-se que são necessários estudos primários, a
fim de elucidar essas questões.
Quanto ao processo de limpeza de ferida, foi descrita utilização de várias
substâncias, como: aloe vera, água de torneira e solução salina. Também foi abordada a
utilização de hidromassagem. Dentre essas substancias não foi encontrada evidência de que
uma se sobressaia em relação à outra. Ambas apresentaram taxas significativas de limpeza
sem mostrar diferenças estatísticas significantes entre si.
Dessa forma, ressalta-se que a forma de limpeza das feridas deverá basear-
se no bom senso e na disponibilidade da substância a ser utilizada. É Importante lembrar
que o líquido utilizado deve ser de preferência morno e respeitar o controle de infecção da
lesão.
102
Na questão alimentar, ficou evidente que os pacientes que recebem
suplementação de proteínas, zinco e vitamina C em suas dietas tendem a cicatrizar a UP
em um menor período. Isso remete à necessidade de acompanhamento de um paciente com
UP ser realizado por uma equipe multidisciplinar para que sejam implementados cuidados
integrais ao paciente. As suplementações vitamínicas devem ser baseadas nas necessidades
do paciente, bem como em sua patologia de base para que não possam vir a causar efeito
adverso a sua administração.
Ao abordar a etiliologia das UP, enfoca-se o reposiciosamento e as
superfícies de suporte (SS). Quanto ao reposicionamento, os pacientes devem ser
reposicionados a cada duas horas quando deitados e quando sentados, a cada 15 minutos,
como forma de minimizar as forças de pressão e cisalhamento. No entanto, a evidência
referente a esse cuidado possui limitações que impedem concluir quanto ao real alívio de
pressão que causa.
Nesse aspecto, lembra-se da fricção que está atrelada à pressão e ao
cisalhamento e pode ser causada ao se reposicionar o paciente. Esta ocorre quando o
paciente não é levantado e sim arrastado ao longo da superfície que esta em contato ao ser
reposicionado.
Quanto às SS, entende-se que quanto maior a pressão em sua superfície,
maior será a incidência de UP. No entanto, os estudos não são claros ao demonstrarem essa
relação. Desta forma, para a prática, recomendam-se superfícies que não sejam rígidas
(elevada pressão), independentes da tecnologia que as compunham, haja vista não terem
sido evidenciadas diferenças estatísticas entre as SS abordadas pelos estudos que fizeram
parte dessa revisão.
Com relação à forma de mensurar a UP, um único estudo fez parte da
amostra desta dissertação, de modo que este apenas descreveu a aplicação da Escala de
PUSH como forma de documentar a UP. Esse estudo não menciona esse instrumento como
a melhor forma de mensuração. Ressalta-se que a fotografia e o software relacionados a
medidas de área podem ser utilizados na prática, apesar de não terem sido identificados
estudos sobre tal prática.
Outro ponto crucial desta revisão foi a abordagem quanto ao conhecimento
dos enfermeiros e às técnicas de cuidados empregadas por eles ao tratar UP. Percebeu-se
que prevalece a desinformação destes em decorrência da falta de conhecimento que inicia
na graduação. Isso ocorre pela escassez de disciplinas específicas ou que enfoquem com
detalhes os principais cuidados a serem realizados para tratar UP.
103
Ainda sobre os enfermeiros, salientam-se estes necessitam de ajuda para
realizar cuidados direcionados as UP, de modo que as “comissões de curativo” são
acionadas para implementar a terapeuta a ser desenvolvida. Nessas comissões, deve ter
presente pelo menos um estomaterapeuta.
Diante desse quadro, pensa-se em como as UP estão sendo tratadas. Esta
revisão analisou as evidências empregadas diante da dor, do odor e do exsudato. Quanto à
dor, recomendam-se o gel de benzidamina e a pomada EMLA, principalmente antes da
realização procedimentos, como desbridamento. Ressalta-se a importância de avaliar o
paciente e sua condição global antes de aplicar tais medicações.
Quanto ao odor, não foi encontrado estudos que descrevessem a melhor
forma de minimizá-lo. No entanto, o odor forte esta associado muitas vezes à infecção
bacteriana, de modo que a melhor forma de controlá-lo é tratar a causa da infecção com a
utilização de coberturas a base de prata ou até mesmo antibiótico tópico ou sistêmico,
assim seja necessário.
Para a quantidade de exsudato, este está intimamente relacionado ao período
de cicatrização que a UP encontra-se. Também está associado a quadros infecciosos e ao
odor. Recomenda-se utilizar coberturas adequadas à quantidade deste. Vale ressaltar que o
período de troca da cobertura escolhida está relacionado à quantidade de exsudato liberada
pela UP.
Em se tratando das coberturas propriamente ditas, os estudos selecionados
abordaram hidrocoloide, aloe vera, terapia normotermica e o colágeno. Estas coberturas
foram abordadas em UP com diferentes estágios de cicatrização e ambos os estudos
apresentaram taxa de cura adequada com ao descrever o uso de cada uma delas, porém não
há evidência que mostre que uma é mais adequada do que a outra.
Dessa forma, recomenda-se atentar para os quesitos que envolvem a escolha
de uma cobertura, como facilidade de aplicação, custo, adequação a UP e disponibilidade,
a fim de que seja selecionada a cobertura ideal. Diante desse quadro, explicita-se a
necessidade de que sejam desenvolvidos estudos que apresentem evidência sobre
coberturas são adequadas a cada estágio de UP em sua fase de cicatrização.
Portanto, reforça-se a necessidade da busca de conhecimento contínuo por
parte dos enfermeiros, bem a importância da avaliação global dos pacientes que são
submetidos a seus cuidados, haja vista que as contribuições reais para prática de tratamento
de UP ainda são limitadas. Com isso, faz-se necessário que sejam desenvolvidos ensaios
clínicos para elucidar muitas das respostas que ainda não estão explícitas.
104
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao chegar ao fim desta revisão integrativa de literatura, na busca da melhor
evidência disponível em relação às intervenções de enfermagem para tratar UP, faz-se
menção a Borges e Fernandes (2012), ao referir que até o momento na maioria das
instituições brasileiras é indisponível qualquer protocolo que aborde o tratamento e a
prevenção de UP, ficando a critério de cada enfermeiro a conduta a ser tomada.
Para a avaliação realizada pelo profissional ocorrer de forma satisfatória, é
necessário embasamento científico, a fim implementar intervenções eficazes para atender
às necessidades do paciente.
Conforme a proposta inicial desta revisão, observam-se lacunas no que diz
respeito a cada categoria que envolve a ação de tratar. De forma mais clara, ao pensar em
tratar UP, segue-se a seguinte ordem: conhecer o paciente com sua ferida e seu contexto de
saúde e de vida, limpar a ferida, usar a cobertura adequada ao estágio da UP e a fase de
cicatrização e manter o acompanhamento deste até que a lesão cicatrize.
Diante disso, observou-se que ao usar os descritores: terapêutica,
enfermagem e UP em seis bases de dados, as temáticas geradas sobre o tema diferiram
bastante e muitos dos assuntos abordados não comprovaram evidência para a prática. Desta
forma, as práticas realizadas pelo empirismo tendem a permanecer.
Com relação às outras formas e soluções de limpeza de UP, coberturas e
técnicas realizadas na prática pelos enfermeiros que não foram contempladas por essa
revisão, entende-se que são realizadas de forma elouquente por esses profissionais. Não há
relato de comprovação científica de sua aplicação.
Vale ressaltar que, com relação às coberturas, mesmo estas não possuindo
evidências que comprovem a melhor ao serem comparadas, há estudos que mostram sua
capacidade de cicatrização. Esses materiais somente podem ser comercializados ao ser
comprovada sua aplicabilidade para o que se propõe em seu rótulo.
Quanto à opinião de especialistas, não foram localizados estudos que
abordassem apenas suas recomendações para o desenvolvimento de alguma técnica ou uso
de algum produto para o objetivo em questão. A opinião de especialistas ocorreu mediante
acompanhamento de paciente com UP ao desenvolver estudo de caso.
Ressalta-se que o risco de viés e este pode ser atribuído ao pequeno número de
estudos referentes à mesma temática. Sob esse aspecto, tornou-se bastante dificultoso
considerar a evidência gerada pelo presente estudo.
105
Outra questão a ser considerada refere-se às revisões sistemáticas incluídas
nesta análise. Muitas delas enfocaram temas inovadores no campo de tratamento de
feridas, de modo que os estudos primários que as compuseram foram limitados.
Quanto às populações dos estudos, alguns compararam a mesma terapêutica
em populações diferentes. Vale ressaltar que para resultados fidedignos, as comparações
devem ocorrer em grupos com maior número de semelhança.
Sobre a qualidade dos estudos, dez artigos obtiveram nível de evidência 1. Esse
fato remete à ideia de que algumas intervenções realizadas rotineiramente podem não estar
Assim, esta revisão mostra a existência de lacunas com relação às formas
empregadas para tratamento de UP, uma vez que existem outras terapêuticas que não
foram descritas e são utilizadas no dia a dia dos profissionais enfermeiros. Isso remete a
concluir que é necessário desenvolver pesquisas com delineamento que produzam
evidências fortes relativas à questão investigada, a fim de adequar a realidade prática dos
enfermeiros que tem a incumbência de tomar decisões frente à cicatrização de UP.
.
106
REFERÊNCIAS
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APÊNDICE A- Instrumento para Coleta de Dados
Base de dados Nome do artigo Nome do periódico Ano da publicação Nível de evidência Formação dos autores Objetivos do estudo
Tipo de estudo População Amostra Critérios de seleção da amostra
Intervenção realizada
Resultados
Conclusões
Limitações do estudo
Vieses do estudo