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Ficha – Crise do Sistema Colonial (com gabarito) Prof. Ateniense Alves 1. (Ufsm 2013) No texto “O Império enfermo”, Cláudio Bertolli Filho afirma: A vinda da Corte portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanças na administração pública colonial, inclusive na área de saúde. Como sede provisória do império lusitano e principal porto do país, a cidade do Rio de Janeiro tornou-se o centro das ações sanitárias. Com elas, dom João VI procurou oferecer uma imagem nova de uma região que os europeus definiam como território da barbárie e da escravidão. Fonte: BERTOLLI FILHO, Cláudio. História da saúde pública no Brasil. 4.ed. São Paulo: Ática, 2001. p. 8. As ocorrências mencionadas estão inseridas numa sucessão em que podem ser destacados, seja como antecedentes, seja como consequentes, os seguintes processos: I. a Primeira Revolução Industrial e a busca da Inglaterra pela hegemonia comercial na Europa e no mundo. II. a Revolução Francesa e as tentativas de expansão das conquistas dos revolucionários burgueses para a Europa. III. as disputas entre a Inglaterra e a França, o decreto do Bloqueio Continental com as repercussões para a Espanha e Portugal e seus domínios ultramarinos. IV. a crise do sistema colonial, os processos de independência nas Américas e a implantação de Estados Nacionais em ex-colônias da Inglaterra, França, Espanha e Portugal. Estão corretas a) apenas I e II. b) apenas I e IV. c) apenas II e III. d) apenas III e IV. e) I, II, III e IV. 2. (Ufpe 2013) Paulo Santos, em seu romance histórico intitulado A noiva da Revolução, escreve: “Eu já caíra no meio de vários mata-marinheiros, o esporte mais popular dos pernambucanos, mas eles não passavam de escaramuças de rua: era um galego apanhando aqui, outro tomando um trompaço acolá, um terceiro levando uma carreira, um grupo deles se armando de cacetes e devolvendo as gentilezas, uns balanços de vez em quando, a tropa descendo o pau na rafameia (...)”. (p. 56). O referido romance tem como cenário o Pernambuco da Revolução de 1817. Sobre essa Revolução, analise as proposições abaixo. ( ) Foi caracterizada por um profundo sentimento antilusitano e intensa participação política do clero local, chegando, por isso, a ser também conhecida como “Revolução dos Padres”. Página 1 de 37

7 Exercício+-+Crise+do+Sistema+Colonial

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Ficha – Crise do Sistema Colonial (com gabarito)Prof. Ateniense Alves

1. (Ufsm 2013) No texto “O Império enfermo”, Cláudio Bertolli Filho afirma:

A vinda da Corte portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanças na administração pública colonial, inclusive na área de saúde. Como sede provisória do império lusitano e principal porto do país, a cidade do Rio de Janeiro tornou-se o centro das ações sanitárias. Com elas, dom João VI procurou oferecer uma imagem nova de uma região que os europeus definiam como território da barbárie e da escravidão.

Fonte: BERTOLLI FILHO, Cláudio. História da saúde pública no Brasil. 4.ed. SãoPaulo: Ática, 2001. p. 8.

As ocorrências mencionadas estão inseridas numa sucessão em que podem ser destacados, seja como antecedentes, seja como consequentes, os seguintes processos:

I. a Primeira Revolução Industrial e a busca da Inglaterra pela hegemonia comercial na Europa e no mundo.

II. a Revolução Francesa e as tentativas de expansão das conquistas dos revolucionários burgueses para a Europa.

III. as disputas entre a Inglaterra e a França, o decreto do Bloqueio Continental com as repercussões para a Espanha e Portugal e seus domínios ultramarinos.

IV. a crise do sistema colonial, os processos de independência nas Américas e a implantação de Estados Nacionais em ex-colônias da Inglaterra, França, Espanha e Portugal.

Estão corretas a) apenas I e II. b) apenas I e IV. c) apenas II e III. d) apenas III e IV. e) I, II, III e IV. 2. (Ufpe 2013) Paulo Santos, em seu romance histórico intitulado A noiva da Revolução, escreve: “Eu já caíra no meio de vários mata-marinheiros,o esporte mais popular dos pernambucanos, mas eles não passavam de escaramuças de rua: era um galego apanhando aqui, outro tomando um trompaço acolá, um terceiro levando uma carreira, um grupo deles se armando de cacetes e devolvendo as gentilezas, uns balanços de vez em quando, a tropa descendo o pau na rafameia (...)”. (p. 56). O referidoromance tem como cenário o Pernambuco da Revolução de 1817. Sobre essaRevolução, analise as proposições abaixo. ( ) Foi caracterizada por um profundo sentimento antilusitano e

intensa participação política do clero local, chegando, por isso, a ser também conhecida como “Revolução dos Padres”.

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( ) Organizada após instituição da derrama do ouro, não foi deflagrada, entre outros fatores, por ter sido delatada às autoridades portuguesas por um de seus adeptos.

( ) Foi um movimento representativo dos conflitos entre olindenses e recifenses na busca pela hegemonia política no Nordeste.

( ) Diversamente dos outros eventos que a precederam, somente elerompeu efetivamente com a monarquia e seus valores.

( ) Foi um conflito cuja feição política representou a disputa depoder entre Liberais e Conservadores, em Pernambuco.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: Com a vinda da Corte, pela primeira vez, desde o início da colonização, configuravam-se nos trópicos portugueses preocupações próprias de uma colônia de povoamento e não apenas de exploração ou feitoria comercial, pois que no Rio teriam que viver e, para sobreviver, explorar “os enormes recursos naturais” e as potencialidades do Império nascente, tendo em vista o fomento do bem-estar da própria população local.

(Maria Odila Leite da Silva Dias.A interiorização da metrópole e outros estudos, 2005.)

3. (Unesp 2013) A vinda da Corte portuguesa para o Brasil, ocorrida em 1808 e citada no texto, foi provocada, sobretudo, a) pelo fim da ocupação francesa em Portugal e pelo projeto, defendidopelos liberais portugueses, de iniciar a gradual descolonização do Brasil.

b) pela pressão comercial espanhola e pela disposição, do príncipe regente, de impedir a expansão e o sucesso dos movimentos emancipacionistas na colônia.

c) pelo interesse de expandir as fronteiras da colônia, avançando sobre terras da América Espanhola, para assegurar o pleno domínio continental do Brasil.

d) pela invasão francesa em Portugal e pela proximidade e aliança do governo português com a política da Inglaterra.

e) pela intenção de expandir, para a América, o projeto de união ibérica, reunindo, sob a mesma administração colonial, as colônias espanholas e o Brasil.

4. (Unesp 2013) A alteração na relação entre o governo português e o Brasil, mencionada no texto, pode ser notada, por exemplo, a) na redução dos impostos sobre a exportação do açúcar e do algodão, no reforço do sistema colonial e na maior integração do território brasileiro.

b) no estreitamento dos vínculos diplomáticos com os Estados Unidos, na instalação de um modelo federalista e na modernização dos portos.

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c) na ampliação do comércio com as colônias espanholas do Rio da Prata, na reurbanização do Rio de Janeiro e na redução do contingente do funcionalismo público.

d) na abertura de estradas, na melhoria das comunicações entre as capitanias e no maior aparelhamento militar e policial.

e) no restabelecimento de laços comerciais com França e Inglaterra, nafundação de casas bancárias e no aprimoramento da navegação de cabotagem.

5. (Fgv 2012) Leia a entrevista.

FOLHA – Estamos vivendo um momento de novas interpretações em relação ao período imperial? MAXWELL – (...) o movimento de independência da década de 1820 não aconteceu no Brasil, mas em Portugal. Foram os portugueses que não quiseram ser dominados por uma monarquia baseada na América.Com a rejeição da dominação brasileira, eles atraíram muitos dos problemas de fragmentação, guerras civis e descontinuidade que são parecidos com aqueles que estavam acontecendo na América espanhola.É sempre importante, ao pensar a história do Brasil, considerar que ela não se encaixa em interpretações convencionais. É sempre necessário pensar um pouco de forma contrafactual, porque a história brasileira não segue a mesma trajetória de outras histórias das Américas. O rei estava aqui, a revolução liberal estava lá. A continuidade estava aqui, a descontinuidade estava lá. Acho que isto explica muito das coisas que aconteceram depois no Brasil, no século 19.

Marcos Strecker, Para Maxwell, país não permite leiturasconvencionais. Folha de S.Paulo, 25-11-2007.

“A história brasileira não segue a mesma trajetória de outras histórias das Américas”, pois a) em 1824 foi promulgada a primeira constituição do Brasil, caracterizada pela divisão e autonomia dos três poderes e por uma legislação social avançada para os padrões da época, pois garantia odireito de voto a todos os brasileiros.

b) com a grave crise estrutural que atingiu as atividades produtivas da Europa no início do século XIX, restou ao Brasil um papel relevante no processo de recuperação das bases econômicas industriais, com o fornecimento de algodão, tabaco e açúcar.

c) os princípios e as práticas liberais do príncipe-regente Dom Pedro se chocavam com o conservadorismo das elites coloniais do centro-sul, defensoras de restrições mercantilistas com o intuito de contera ganância britânica pela riqueza brasileira.

d) com as invasões napoleônicas, desorganizaram-se os contatos entre ametrópole espanhola e seus espaços coloniais na América, situação diversa da verificada em relação ao Brasil, que abrigou a Corte portuguesa.

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e) a elite colonial nordestina – voltada para o mercado interno, defensora do centralismo político-administrativo e da abolição da escravatura – apostava na liderança e na continuidade no Brasil de Dom João VI para a efetivação desse projeto histórico.

6. (Espm 2012) Em 1720, a Coroa portuguesa decidiu proibir definitivamente a circulaçãode ouro em pó, instalando a Casa de Fundição em Vila Rica, onde todo o metal extraído das minas deveria ser transformado em barras para depois ser transportado ao litoral.

A medida pretendia acabar com o contrabando e incrementar a arrecadação de impostos, prejudicando os interesses dos proprietários de lavras auríferas, comerciantes e profissionais liberais que recebiam ouro em pó pelos seus serviços, além dos tropeiros que escoavam a produção.

As novas diretrizes foram intensamente discutidas nos bares, nas tavernas, e críticas ferozes eram lançadas, nas rodas de conversa, contra a administração local. Uma revolta se levantariacontra as medidas de controle da Coroa.

(Fábio Pestana Ramos e Marcus Vinicius de Morais. Eles formaram o Brasil)

A revolta ocorrida contra as medidas de controle da Coroa portuguesa foi: a) a Guerra dos Emboabas; b) a Revolta de Felipe dos Santos; c) a Inconfidência Mineira; d) a Guerra dos Mascates; e) a Revolta de Beckman. 7. (Fgv 2012) Leia o fragmento.

Na segunda metade do século XVIII, a preocupação com o “bem governar” era um imperativo tanto para a manutenção do monarca, de modo a que não se fortalecessem outras pretensões de legitimidade, quanto para a conservação do próprio regime, da monarquia absolutista, pois tratava-se de evitar que certas ideias correntes, como governos elegíveis e parlamentos poderosos, tomassem corpo. (...)(...) o despotismo esclarecido varia de país para país, dependendo de cada processo histórico e de sua abertura ao movimento de ideias da ilustração (...)

Antonio Mendes Junior et al. Brasil História: texto e consulta, volume 1,Colônia.

Sobre o fenômeno histórico em referência, no caso de Portugal, é correto considerar que a) o atraso econômico português gerava dependência política e militar,colocando em perigo inclusive o império colonial português, e nesse processo ocorreram as reformas pombalinas, que representaram um maior controle português sobre o Brasil.

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b) as autoridades monárquicas portuguesas se anteciparam às ondas revolucionárias do mundo atlântico e criaram metas de aumento da participação das diversas classes sociais nas instâncias de poder, oque gerou o primeiro parlamento na Europa moderna.

c) coube ao Marquês de Pombal o apontamento de um acordo estratégico com a Inglaterra, concretizado com o Tratado de Methuen, que permitiu a independência econômica de Portugal e regalias para a mais importante colônia lusa, o Brasil.

d) as ideias iluministas foram abominadas pelas autoridades portuguesas, assim como pelas elites coloniais e metropolitanas, pois representavam um forte retrocesso nas concepções de liberdade de mercado, defendidas pelo mercantilismo.

e) o contundente crescimento da economia de Angola, por causa do tráfico de escravos e da produção de manufaturados, e da economia açucareira no Brasil, foram decisivos para a opção portuguesa em transferir a sede da Coroa portuguesa para a América.

8. (Fuvest 2012) Fui à terra fazer compras com Glennie. Há muitas casas inglesas, tais como celeiros e armazéns não diferentes do que chamamos na Inglaterra de armazéns italianos, de secos e molhados, mas, em geral, os ingleses aqui vendem suas mercadorias em grosso a retalhistas nativos ou franceses. (...) As ruas estão, em geral, repletas de mercadorias inglesas. A cada porta as palavras Superfino de Londres saltam aos olhos: algodão estampado, panos largos, louça debarro, mas, acima de tudo, ferragens de Birmingham, podem-se obter um pouco mais caro do que em nossa terra nas lojas do Brasil.

Maria Graham. Diário de uma viagem ao Brasil. São Paulo, Edusp, 1990, p. 230(publicado originalmente em 1824). Adaptado.

Esse trecho do diário da inglesa Maria Graham refere-se à sua estada no Rio de Janeiro em 1822 e foi escrito em 21 de janeiro deste mesmo ano. Essas anotações mostram alguns efeitos a) do Ato de Navegação, de 1651, que retirou da Inglaterra o controle militar e comercial dos mares do norte, mas permitiu sua interferência nas colônias ultramarinas do sul.

b) do Tratado de Methuen, de 1703, que estabeleceu a troca regular de produtos portugueses por mercadorias de outros países europeus, que seriam também distribuídas nas colônias.

c) da abertura dos portos do Brasil às nações amigas, decretada por D.João em 1808, após a chegada da família real portuguesa à América.

d) do Tratado de Comércio e Navegação, de 1810, que deu início à exportação de produtos do Brasil para a Inglaterra e eliminou a concorrência hispano-americana.

e) da ação expansionista inglesa sobre a América do Sul, gradualmente anexada ao Império Britânico, após sua vitória sobre as tropas napoleônicas, em 1815.

9. (Uftm 2012) Era óbvia a sedução que o enforcamento do alferes representava para o governo português: pouca gente levaria a sério um movimento chefiado por um simples

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Tiradentes (e as autoridades lusas, depois de 1790, invariavelmente se referiam ao alferes por seu apelido de Tiradentes). Um julgamento-exibição, seguido pela execução pública de Silva Xavier, proporcionaria o impacto máximo, como advertência, ao mesmo tempo em que minimizaria e ridicularizaria os objetivos do movimento: Tiradentes seria um perfeito exemplo para outros colonos descontentes e tentados a pedir demais antes do tempo.

(Kenneth Maxwell. A devassa da devassa, 1978.)

O texto permite afirmar que a) o fato de o movimento ser chefiado por um simples Tiradentes foi a razão do seu fracasso.

b) o governo tentou diminuir a relevância da revolta e aplicou puniçãoexemplar em Tiradentes.

c) o alferes foi enforcado por sua capacidade de liderar e seduzir os setores mais pobres do povo.

d) o despreparo de Tiradentes acabou por frustrar os planos de revoltacontra os portugueses.

e) o movimento chefiado por Tiradentes não chegou a preocupar as autoridades portuguesas.

10. (Uespi 2012) O historiador Oliveira Lima define D. João VI, como um grande estadista. Com relação às medidas adotadas por esse monarca,logo após sua chegada ao Brasil, em 1808, destaca-se: a) a transposição da estrutura administrativa portuguesa, como tribunais, ministérios e cartórios, cujos cargos foram preenchidos apenas por brasileiros.

b) o estreitamento das relações comerciais com a Inglaterra, simbolizado pela abertura dos portos brasileiros ao comércio exterior.

c) a assinatura do Tratado de Madri, com a Espanha, distendendo as fronteiras territoriais da região sul do Brasil.

d) a criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), noRio de Janeiro, para construção de uma nova identidade para a nação recém-fundada.

e) a concessão do perdão para os participantes na Revolução Pernambucana, também reconhecida como Revolução dos Padres.

11. (Ufrgs 2011) Observe no mapa abaixo a região platina

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Sobre as intervenções luso-brasileiras ocorridas na Banda Oriental durante o período joanino, são feitas as seguintes afirmações.

I. O vice-rei Francisco Elio, sitiado em Montevidéu pelas tropas artiguistas, declarou guerra à Corte portuguesa em 1811, provocando ainvasão das forças militares lusitanas.

II. A intervenção em 1816 justificava-se pela necessidade de se defender o Rio Grande do Sul e de se reestabelecer a tranquilidade dos proprietários rurais, ameaçada pelas reformas sociais de Artigas.

III. Na primeira intervenção, as forças militares estacionaram em Maldonado; na segunda, alcançaram a capital oriental, recebendo apoio do Cabildo local.

Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 12. (Unesp 2011) Artigo 5.º — O comércio de mercadorias inglesas é proibido, e qualquer mercadoria pertencente à Inglaterra, ou proveniente de suas fábricas e de suas colônias é declarada boa presa.(...)Artigo 7.º — Nenhuma embarcação vinda diretamente da Inglaterra ou dascolônias inglesas, ou lá tendo estado, desde a publicação do presente decreto, será recebida em porto algum.

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Artigo 8.º — Qualquer embarcação que, por meio de uma declaração, transgredir a disposição acima, será apresada e o navio e sua carga serão confiscados como se fossem propriedade inglesa.

(Excerto do Bloqueio Continental, Napoleão Bonaparte. Citado por KátiaM. de Queirós Mattoso. Textos e documentos para o estudo da história contemporânea

(1789-1963), 1977.)

Esses artigos do Bloqueio Continental, decretado pelo Imperador da França em 1806, permitem notar a disposição francesa de a) estimular a autonomia das colônias inglesas na América, que passariam a depender mais de seu comércio interno.

b) impedir a Inglaterra de negociar com a França uma nova legislação para o comércio na Europa e nas áreas coloniais.

c) provocar a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, por meio da ocupação militar da Península Ibérica.

d) ampliar a ação de corsários ingleses no norte do Oceano Atlântico eampliar a hegemonia francesa nos mares europeus.

e) debilitar economicamente a Inglaterra, então em processo de industrialização, limitando seu comércio com o restante da Europa.

13. (Enem 2ª aplicação 2010) O alfaiate pardo João de Deus, que, na altura em que foi preso, não tinha mais do que 80 réis e oito filhos, declarava que “Todos os brasileiros se fizesse franceses, para viveremem igualdade e abundância”.

MAXWELL, K. Condicionalismos da independência do Brasil. SILVA, M. N. (Org.). Oimpério luso-brasileiro, 1750-1822. Lisboa: Estampa, 1986.

O texto faz referência à Conjuração Baiana. No contexto da crise do sistema colonial, esse movimento se diferenciou dos demais movimentos libertários ocorridos no Brasil por a) defender a igualdade econômica, extinguindo a propriedade, conformeproposto nos movimentos liberais da França napoleônica.

b) introduzir no Brasil o pensamento e o ideário liberal que moveram os revolucionários ingleses na luta contra o absolutismo monárquico.

c) propor a instalação de um regime nos moldes da república dos Estados Unidos, sem alterar a ordem socioeconômica escravista e latifundiária.

d) apresentar um caráter elitista burguês, uma vez que sofrera influência direta da Revolução Francesa, propondo o sistema censitário de votação.

e) defender um governo democrático que garantisse a participação política das camadas populares, influenciado pelo ideário da Revolução Francesa.

14. (Ufjf 2010) A seguir se encontram descritas diferentes características dos processos de independência da América Latina e da América do Norte. Sobre esse contexto, leia as alternativas adiante.

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I. Nos Estados Unidos, como ideias, ciência imediata de seu processo de independência, ocorreu a abolição da escravatura.

II. Em toda a América Espanhola ocorreu uma aliança entre as elites locais e os setores populares contra os interesses metropolitanos sem, contudo, produzir mudanças nas formas de governo.

III. Na América Portuguesa, a transferência da Corte para Rio de Janeiro, bem como a abertura dos portos às nações amigas constituiu-se em importante fator para a crise do sistema colonial.

IV. O processo de independência no Haiti caracterizou-se por uma rebelião escrava, constituindo-se em um singular modelo de luta anticolonial.

Marque a opção CORRETA. a) Todas estão corretas. b) Todas estão incorretas. c) Apenas a I e IV estão corretas. d) Apenas a I e III estão corretas. e) Apenas a III e IV estão corretas. 15. (Uece 2010) Leia o fragmento a seguir atentamente

“Em seguida, veio a mãe de D. João, em seus 73 anos, a rainha Maria I.Dizem que quando a carruagem corria para as docas, ela teria gritado: não vá tão depressa, pensarão que estamos fugindo. Ao chegar ao porto,ela teria se recusado a descer...”

WILCKEN, Patrick. Império à deriva: a corte portuguesa no Rio de Janeiro (1808-1821).Rio de Janeiro: Objetiva, 2010, p. 44-46.

O episódio narrado acima está relacionado com a a) fuga da Família Real Portuguesa para a Colônia Brasileira. b) chegada da Família Real Portuguesa ao Rio de Janeiro. c) chegada da Família Real Portuguesa a Salvador, primeiro porto após a fuga de Portugal.

d) fuga da Família Real Portuguesa de Recife, antes do desembarque no Rio de Janeiro.

16. (Ibmecrj 2010) O dia sete de setembro marca anualmente as comemorações de nossa independência em relação a Portugal. Entre os vários fatores que colaboraram para isto podemos destacar: a) o apoio recebido pelo príncipe-regente D. Pedro por parte das tropas portuguesas que aqui se encontravam;

b) a transferência para Portugal de uma série de repartições criadas durante a permanência de D. João VI em nosso território, aumentandoa insatisfação dos brasileiros com aquela situação de dependência;

c) a submissão do príncipe-regente às ordens vindas de Portugal, levando à formação de um grupo de notáveis, sob a liderança de José Bonifácio, que se encarregariam de elaborar a nossa primeira constituição;

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d) o apoio dos cafeicultores paulistas, que, apesar do início recente da exportação cafeeira, já constituíam o grupo econômico mais importante do período colonial brasileiro;

e) a permanência de D. João VI em nosso território, desagradando os revolucionários portugueses que participaram de um movimento na cidade do Porto que exigia imediatamente a volta do monarca a Lisboa.

17. (Fuvest 2010) “Eis que uma revolução, proclamando um governo absolutamente independente da sujeição à corte do Rio de Janeiro, rebentou em Pernambuco, em março de 1817. É um assunto para o nosso ânimo tão pouco simpático que, se nos fora permitido [colocar] sobre ele um véu, o deixaríamos fora do quadro que nos propusemos tratar.”

F. A. Varnhagen. História geral do Brasil, 1854.

O texto trata da Revolução pernambucana de 1817. Com relação a esse acontecimento é possível afirmar que os insurgentes a) pretendiam a separação de Pernambuco do restante do reino, impondo a expulsão dos portugueses desse território.

b) contaram com a ativa participação de homens negros, pondo em risco a manutenção da escravidão na região.

c) dominaram Pernambuco e o norte da colônia, decretando o fim dos privilégios da Companhia do Grão-Pará e Maranhão.

d) propuseram a independência e a república, congregando proprietários, comerciantes e pessoas das camadas populares.

e) implantaram um governo de terror, ameaçando o direito dos pequenos proprietários à livre exploração da terra.

18. (Enem 2010) Em 2008 foram comemorados os 200 anos da mudança da família real portuguesa para o Brasil, onde foi instalada a sede do reino. Uma sequência de eventos importantes ocorreu no período 1808-1821, durante os 13 anos em que D. João VI e a família real portuguesapermaneceram no Brasil.Entre esses eventos, destacam-se os seguintes:• Bahia – 1808: Parada do navio que trazia a família real portuguesa para o Brasil, sob a proteção da marinha britânica, fugindo de um possível ataque de Napoleão.• Rio de Janeiro – 1808: desembarque da família real portuguesa na cidade onde residiriam durante sua permanência no Brasil.• Salvador – 1810: D. João VI assina a carta régia de abertura dos portos ao comércio de todas as nações amigas, ato antecipadamente negociado com a Inglaterra em troca da escolta dada à esquadra portuguesa.• Rio de Janeiro – 1816: D. João VI torna-se rei do Brasil e de Portugal, devido à morte de sua mãe, D. Maria I.• Pernambuco – 1817: As tropas de D. João VI sufocam a revolução republicana.

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GOMES. L. 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corruptaenganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil. São Paulo: Editora

Planeta, 2007 (adaptado)

Uma das consequências desses eventos foi a) a decadência do império britânico, em razão do contrabando de produtos ingleses através dos portos brasileiros,

b) o fim do comércio de escravos no Brasil, porque a Inglaterra decretara, em 1806, a proibição do tráfico de escravos em seus domínios.

c) a conquista da região do rio da Prata em represália à aliança entrea Espanha e a França de Napoleão.

d) a abertura de estradas, que permitiu o rompimento do isolamento quevigorava entre as províncias do país, o que dificultava a comunicação antes de 1808.

e) o grande desenvolvimento econômico de Portugal após a vinda de D. João VI para o Brasil, uma vez que cessaram as despesas de manutenção do rei e de sua família.

19. (Unesp 2010) A Independência do Brasil do domínio português significou o rompimento com a) a economia europeia, sustentada pela exploração econômica dos países periféricos.

b) o padrão da economia colonial, baseado na exportação de produtos primários.

c) a exploração do trabalho escravo e compulsório de índios e povos africanos.

d) o liberalismo econômico e a adoção da política metalista ou mercantilista.

e) o sistema de exclusivo metropolitano, orientado pela política mercantilista.

20. (Enem 2010) Eu, o Príncipe Regente, faço saber aos que o presenteAlvará virem: que desejando promover e adiantar a riqueza nacional, e sendo um dos mananciais dela as manufaturas e a indústria, sou servidoabolir e revogar toda e qualquer proibição que haja a este respeito noEstado do Brasil.

Alvará de liberdade para as indústrias (1º de Abril de 1808). In:Bonavides, P.; Amaral, R. Textos políticos da História do Brasil. Vol. 1.

Brasília: Senado Federal, 2002 (adaptado).

O projeto industrializante de D. João, conforme expresso no alvará, não se concretizou. Que características desse período explicam esse fato? a) A ocupação de Portugal pelas tropas francesas e o fechamento das manufaturas portuguesas.

b) A dependência portuguesa da Inglaterra e o predomínio industrial inglês sobre suas redes de comércio.

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c) A desconfiança da burguesia industrial colonial diante da chegada da família real portuguesa.

d) O confronto entre a França e a Inglaterra e a posição dúbia assumida por Portugal no comércio internacional.

e) O atraso industrial da colônia provocado pela perda de mercados para as indústrias portuguesas.

21. (Mackenzie 2010)

Neste ano, em que comemoramos as relações Brasil-França, verificamos que asinterfaces que ligam as duas nações são marcantes ao longo de toda a nossa história. A presença da família real portuguesa no Brasil, em 1808, motivou, entre outros eventos, a vinda da Missão Artística Francesa, em 1816, porque a) o estilo neoclássico trazido pelos artistas franceses traduzia o modelo ideal de civilização, de acordo com os padrões da classe dominante europeia, sendo essa a imagem que o governo português desejava transmitir, nesse momento, do Brasil.

b) a arte acadêmica, fruto da Missão Francesa chefiada por Joaquim Lebreton, tinha, como objetivo, alterar o gosto e a cultura nacional, ainda marcadamente influenciada pela opulência do Barroco e pela tradição indígena.

c) a arte acadêmica, afastando-se dos motivos religiosos e exaltando opoder civil, as datas e os personagens históricos, agradava mais às classes populares nacionais, ansiosas por imitarem os padrões europeus.

d) somente artistas franceses poderiam retratar, com exatidão e competência, a paisagem e os costumes brasileiros, modificados com avinda da família real para a colônia.

e) era necessário criar, na colônia, uma Academia Real de Belas Artes,a fim de cultivar e estimular, nos trópicos, a admiração pelos padrões intelectuais e estéticos portugueses, reconhecidamente superiores.

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22. (Udesc 2009) Sobre os movimentos que questionaram a dominação colonial na América portuguesa, assinale (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) paras as afirmativas falsas.

( ) A Inconfidência ou Conjuração Mineira (1789) reunia intelectuais, clérigos, advogados, mineradores, proprietários, militares, etc.; dentre outros objetivos, pretendia proclamar uma república em Minas Gerais.( ) Os sentimentos de liberdade e independência dos inconfidentes de Minas Gerais foram alimentados pelos ideais iluministas e influenciados pela Independência dos EUA (1776). Mas nem chegaram a decretar a revolução, pois foram delatados por um dos seus companheiros.( ) O movimento baiano (1798), também influenciado pelas ideias deliberdade, igualdade e fraternidade da Revolução Francesa (1789), teveum caráter popular e contou com a participação de pequenos comerciantes, soldados, artesãos, alfaiates, negros libertos, mulatos e escravos.( ) Os movimentos mineiro e baiano foram duramente reprimidos pelas autoridades portuguesas. Alguns conspiradores, sobretudo os maispoderosos, conseguiram se livrar das acusações ou receberam penas maisleves.( ) No movimento mineiro, o único condenado à morte foi Tiradentes; e no movimento baiano, apenas os negros e os mulatos forampunidos com rigor, com quatro integrantes condenados à morte, executados e esquartejados, a exemplo de Tiradentes.

Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA, de cima para baixo. a) V - F - V - V - F b) V - V - F - V - V c) F - F - V - V - F d) F - V - F - V - V e) V - V - V - V - V 23. (Uerj 2009) O impacto da vinda da Família Real portuguesa para o Brasil implicou alterações significativas para a cidade do Rio de Janeiro que se prolongaram durante todo o período conhecido como "joanino". Essas alterações produziram uma nova dinâmica socioeconômica e redefiniram, em vários aspectos, a inserção da cidadeno contexto internacional.Uma função urbana associada a essa nova inserção está indicada em: a) crescente polo turístico em função da chegada da Missão Artística Francesa

b) expressivo núcleo comercial articulado à nascente rede ferroviária brasileira

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c) principal porto brasileiro relacionado à importação legal de manufaturas britânicas

d) importante centro religioso decorrente da instalação do Tribunal daSanta Inquisição

24. (Unifesp 2009) Em 1808, a família real portuguesa se transferiu para o Brasil. Esta transferência está ligada à: a) Tentativa portuguesa de impedir o avanço inglês na América. b) Disputa entre Inglaterra e França pela hegemonia europeia. c) Perda, por Portugal, de suas colônias na costa da África. d) Descoberta recente de ouro na região das Minas Gerais. e) Intenção portuguesa de proclamar a independência do Brasil. 25. (Udesc 2009) O ano de 2008 assinala os duzentos anos da chegada da Família Real ao Brasil.Sobre isso assinale a alternativa CORRETA. a) A monarquia que chegava ao Brasil representava, em realidade, boa parte dos ideais da Revolução Francesa e do liberalismo europeu daquele período.

b) As motivações da vinda da Família Real para o Brasil estão relacionadas mais à realidade europeia do período do que à ideia de desenvolvimento de um Brasil monárquico e posteriormente independente de Portugal.

c) Foi incentivada a manifestação pública de nossos problemas, seguindo as práticas liberais e laicas da monarquia portuguesa.

d) Chegando ao Brasil, o monarca trabalhou muito para a ampliação da cidadania.

e) A política de terras foi imediatamente implementada e, em 1810, o Brasil realizava sua primeira reforma agrária.v

26. (Enem 2009) No tempo da independência do Brasil, circulavam nas classes populares do Recife trovas que faziam alusão à revolta escravado Haiti:

Marinheiros e caiadosTodos devem se acabar,Porque só pardos e pretosO país hão de habitar.

AMARAL, F. P. do. Apud CARVALHO, A. Estudos pernambucanos. Recife: CulturaAcadêmica, 1907.

O período da independência do Brasil registra conflitos raciais, como se depreende a) dos rumores acerca da revolta escrava do Haiti, que circulavam entre a população escrava e entre os mestiços pobres, alimentando seu desejo por mudanças.

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b) da rejeição aos portugueses, brancos, que significava a rejeição à opressão da Metrópole, como ocorreu na Noite das Garrafadas.

c) do apoio que escravos e negros forros deram à monarquia, com a perspectiva de receber sua proteção contra as injustiças do sistema escravista.

d) do repúdio que os escravos trabalhadores dos portos demonstravam contra os marinheiros, porque estes representavam a elite branca opressora.

e) da expulsão de vários líderes negros independentistas, que defendiam a implantação de uma república negra, a exemplo do Haiti.

27. (Ufmg 2008) Leia este trecho, que contém uma fala atribuída a Joaquim José da Silva Xavier:

"... se por acaso estes países chegassem a ser independentes, fazendo as suas negociações sobre a pedraria pelos seus legítimos valores, e não sendo obrigados a vender escondido pelo preço que lhe dessem, como presentemente sucedia pelo caminho dos contrabandos, em que cada um vai vendendo por qualquer lucro que acha, e só os estrangeiros lhe tiram a verdadeira utilidade, por fazerem a sua negociação livre, e levado o ouro ao seu legítimo valor, ainda ficava muito na Capitania, e escusavam os povos de viver em tanta miséria."

(Autos de Devassa da Inconfidência Mineira. 2. ed. Brasília: Câmara dosDeputados; Belo Horizonte: Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1980. v.

5, p. 117.)

A partir dessa leitura e considerando-se outros conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO afirmar que os Inconfidentes Mineiros de 1789 a) acreditavam que o contrabando aumentava o valor recebido pelas pedras e ouro, pois dificultava sua circulação.

b) consideravam que o monopólio comercial explicava por que as regiõesde que se compunha Minas Gerais, cheias de pedras e ouro, ficavam mais ricas.

c) defendiam o livre-comércio, por meio do qual pedras e ouro adquiririam seu real valor, uma vez que seriam vendidos aos estrangeiros legalmente.

d) pensavam que os estrangeiros poderiam tirar vantagens do livre-comércio das pedras e ouro, visando a aumentar seus lucros.

28. (Ufg 2008) Leia os fragmentos a seguir.

"Não corram tanto ou pensarão que estamos fugindo!"("REVISTA DE HISTÓRIA DA BIBLIOTECA NACIONAL". Rio de Janeiro,

ano 1, n. 1, jul. 2005, p. 24.)

"Preferindo abandonar a Europa, D. João procedeu com exato

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conhecimento de si mesmo. Sabendo-se incapaz de heroísmo, escolheu a solução pacífica de encabeçar o êxodo e procurar no morno torpor dos trópicos a tranquilidade ou o ócio para que nasceu".

(MONTEIRO, Tobias. "História do Império: a elaboração da Independência". Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: EDUSP, 1981. p. 55. [Adaptado].

O embarque da família real para o Brasil, em 1807, deu origem a contraditórias narrativas. A frase acima, atribuída à rainha D. Maria I, tornou-se popular, passando a constituir uma versão narrativa aindavigorosa. Nos anos de 1920, os estudos sobre a Independência refizeramo percurso do embarque, assegurando uma interpretação republicana sobre esse acontecimento, tal como exemplificado no trecho do jornalista e historiador Tobia Monteiro. Sobre essa versão narrativa em torno do embarque, pode-se dizer que pretendia a) conquistar a simpatia da Inglaterra, ressaltando a importância do apoio inglês no translado da corte portuguesa para o Brasil.

b) associar a figura do rei ao pragmatismo político, demonstrando que o deslocamento da corte era um ato de enfrentamento a Napoleão.

c) ridicularizar o ato do embarque, agregando à interpretação desse acontecimento os elementos de tragédia, comicidade e ironia.

d) culpabilizar a rainha pela decisão do embarque, afirmando-lhe o estado de demência lamentado por seus súditos.

e) explicar o financiamento do ócio real por parte da colônia, comprovando que o embarque fora uma estratégia articulada pelo rei.

29. (Pucrj 2008) Sobre as transformações político-sociais e econômicas ocorridas durante a permanência da Corte portuguesa no Brasil (1808-1821), estão corretas as afirmações a seguir, À EXCEÇÃO DE: a) A vinda da família real para o Brasil transformou a colônia no principal centro das decisões políticas e econômicas do Império português.

b) A abertura dos portos favoreceu os interesses dos proprietários rurais produtores de açúcar e algodão, uma vez que se viram livres do monopólio comercial.

c) A permanência da Corte portuguesa no Rio de Janeiro satisfez os interesses dos diferentes grupos sociais da colônia e trouxe benefícios para todas as regiões do Brasil.

d) Durante o Período Joanino, organizaram-se novos órgãos e instituições, como o Banco do Brasil e a Casa da Moeda.

e) Dentre as medidas que mudaram o perfil político-econômico da colônia, destacaram-se os tratados de Aliança e Amizade e de Comércio e Navegação, que deram benefícios aos ingleses.

30. (Pucrj 2008) A partir de seus conhecimentos sobre a Conjuração Mineira (1789), EXAMINE as afirmativas a seguir:

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I - Inspirados pelas ideias iluministas, os conjurados mineiros defenderam a liberdade do comércio e a independência da região das minas.II - Dentre os grupos sociais envolvidos no movimento, destacaram-se os proprietários de lavras e de terras, oficiais militares, clérigos, letrados e escravos.III - O exemplo da possibilidade de quebra do vínculo colonial representado pela independência das Treze Colônias exerceu influência entre aqueles que planejaram a conspiração.IV - O declínio da exploração aurífera, na segunda metade do século XVIII, ao lado da iminente cobrança da derrama foram fatores que contribuíram para aumentar a insatisfação dos colonos mineiros com a Coroa portuguesa.

Assinale a alternativa CORRETA: a) Somente as afirmativas I e II estão corretas. b) Somente as afirmativas I e III estão corretas. c) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas. d) Somente as afirmativas I, III e IV estão corretas. e) Todas as afirmativas estão corretas. 31. (Uece 2008) "A história do Período Joanino no Brasil é inseparável do anedotário que traça o perfil de sua mais importante personagem feminina: a Princesa Carlota Joaquina de Bourbon e Bragança".

(Fonte: AZEVEDO, Francisca L. Nogueira. "Carlota Joaquina na Corte do Brasil". Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, p.17).

Sobre a princesa Carlota Joaquina, são feitas as seguintes afirmações:

I. A historiografia tanto brasileira, quanto portuguesa, foi comumenteparcial tanto no tocante à vida pública quanto à vida privada da Princesa.II. O tratamento dado à figura da Princesa fixou no imaginário social a imagem de uma mulher vulgar, ambiciosa e transgressora de todas as normas morais e éticas do seu tempo.III. Enquanto no Brasil a imagem da princesa foi construída de modo negativo, em Portugal sua memória foi construída de forma apologética e D. Carlota é vista até hoje como heroína.

Assinale o correto. a) Apenas as afirmações II e III são verdadeiras. b) Apenas as afirmações I e III são falsas. c) Apenas as afirmações I e II são verdadeiras. d) Apenas as afirmações I e II são falsas.

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32. (Ufpr 2008) "Herói desequilibrado, paladino da liberdade, falastrão, corajoso, imprudente, bode expiatório, patrono da República[...]. Os olhares sobre Tiradentes são tão variados quanto os olhares sobre a Inconfidência Mineira, em particular, e sobre o próprio passado do Brasil."

(Dossiê Tiradentes na Berlinda. In: Revista de História da Biblioteca Nacional.Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, Ano 2, n0. 19, abr. 2007, p. 17.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o episódio da Inconfidência Mineira, considere as afirmativas a seguir:

1. A Inconfidência Mineira teve a sua influência teórica limitada ao ideário iluminista preconizado pela Revolução Francesa, apesar da diversidade social verificada entre os conspiradores.

2. A conversão de Tiradentes em herói nacional foi amplamente utilizada pelos setores à esquerda e à direita do quadro político brasileiro, o que aponta para a discussão sobre o papel social da construção e da apropriação dos mitos.

3. Ao examinar o período colonial brasileiro, vale lembrar que, além da Inconfidência Mineira de 1789, Minas Gerais foi palco de vários outros motins e conspirações.

4. O desfecho desfavorável aos inconfidentes pode ser atribuído a doisfatores centrais: a desistência da cobrança da derrama pelo governo português e a delação da conspiração às autoridades da época.

Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras. b) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras. c) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras. d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras. e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. 33. (Pucrs 2008) A chegada da Corte Portuguesa ao Rio de Janeiro, em 1808, representou o início do desenvolvimento estrutural do Brasil, e também a introdução de princípios do liberalismo econômico na Colônia,com a "Abertura dos portos às nações amigas". Essa abertura ocasionou:a) a diminuição dos laços coloniais, baseados no monopólio comercial mercantilista.

b) a diminuição das liberdades coloniais, fundadas na estrutura liberal.

c) o aumento da opressão colonial portuguesa, privilegiando-se a Inglaterra no comércio com o Brasil.

d) o aumento de restrições ao comércio com a Inglaterra. e) o aumento da distribuição de privilégios aos franceses, quanto ao comércio com o Brasil.

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34. (Uece 2008) Sobre a Inconfidência Mineira (1789), são feitas as seguintes afirmações:

I. Estava entre os objetivos de boa parte dos conspiradores de Vila Rica, a constituição de um regime republicano no Brasil.II. Havia, também, por parte dos inconfidentes, a preocupação com o desenvolvimento de produtos manufaturados ou, em outras palavras, objetivavam a diminuição da dependência de artigos importados.

III. A nova capital seria transferida para Belo Horizonte, por encontrar-se localizada numa área mais favorável para a expansão da lavoura e da pecuária.

Assinale o correto. a) Apenas as afirmações I e II são verdadeiras. b) Apenas as afirmações I e III são verdadeiras. c) Apenas as afirmações II e III são verdadeiras. d) Todas as afirmações são verdadeiras. 35. (Ufpe 2008) O Brasil foi colonizado com a ajuda marcante da Igreja Católica. Algumas rebeliões coloniais contaram com a participação ativa de membros do clero católico liberal.Entre elas destacam-se a : a) Guerra dos Emboabas b) Revolta dos Afaiates c) Guerra dos Mascates d) Revoluçaõ de 1817 e) Inconfidência Mineira 36. (Ufrgs 2008) Com respeito à Conjuração Baiana, considere as afirmações a seguir.

I - Ela seguiu o exemplo das Inconfidências Mineira e do Rio de Janeiro, pois apresentava as mesmas motivações e características.II - Ela objetivou a proclamação imediata da República, sob inspiraçãoda Revolução Francesa, e defendeu o fim da escravidão.III - Ela envolveu, entre seus participantes, pessoas oriundas das camadas populares, como escravos, artesãos e soldados, quase todos negros ou mulatos.

Quais estão corretas? a) Apenas II. b) Apenas I e II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III.

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37. (Ufpi 2008) A crise do Antigo Sistema Colonial no Brasil expressa-se, inicialmente, através dos chamados movimentos nativistas,acentuando-se com os movimentos de independência nacional. Esses movimentos de rebelião colonial, assim como o processo de emancipação política do Brasil, estão ligados às transformações do mundo ocidentalno final do século XVIII. Considerando-se esse enunciado, é correto afirmar que: a) O desenvolvimento de indústrias no Brasil, algo que se acentua desde o início do século XVIII, tende a reforçar o pacto colonial, na medida em que os novos industriais passam a ver o Brasil como umareserva de mercado para os seus produtos.

b) A crise referida deu-se de forma localizada no Brasil, na medida emque os principais movimentos de emancipação partiram de centros importantes como Rio de Janeiro e São Paulo

c) A emancipação política, no caso brasileiro, seguiu-se de uma nítidaseparação entre os grupos portugueses, hostilizados como agentes da metrópole, e os colonos brasileiros, interessados na constituição deum Estado republicano.

d) As reações ao domínio português foram movimentos autóctones das elites coloniais, não se ligando ao processo geral da crise do Antigo Regime.

e) As rebeliões coloniais só podem ser compreendidas dentro de um quadro mais geral, marcado por ideias liberais, eclodidas a partir de eventos como as revoluções francesa e americana, que propunham a superação do Antigo Regime.

38. (Fuvest 2008) Em novembro de 1807, a família real portuguesa deixou Lisboa e, em março de 1808, chegou ao Rio de Janeiro. O acontecimento pode ser visto como a) incapacidade dos Braganças de resistirem à pressão da Espanha para impedir a anexação de Portugal.

b) ato desesperado do Príncipe Regente, pressionado pela rainha-mãe, Dona Maria I.

c) execução de um velho projeto de mudança do centro político do Império português, invocado em épocas de crise.

d) culminância de uma discussão popular sobre a neutralidade de Portugal com relação à guerra anglo-francesa.

e) exigência diplomática apresentada por Napoleão Bonaparte, então primeiro cônsul da França.

39. (Fgv 2008) Leia os quatro trechos seguintes.

I. Acreditavam os conspiradores que a derrama seria o estopim que faria explodir a rebelião contra a dominação colonial. Em uma de suas reuniões criaram até a palavra de ordem para começarem a agir. "Tal dia faço o batizado" era a senha.II. Dois envolvidos (...) escaparam às garras da repressão: José Basílio da Gama, que fugiu para Lisboa quando começaram as prisões, e

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Manoel Arruda da Câmara, que era sócio correspondente da Sociedade Literária do Rio de Janeiro, mas vivia no exterior. (...) O fato é queum ano após a prisão dos acusados nada de grave fora apurado, até porque recorreram ao recurso de negar articulação contra o domínio português. Em geral admitiram que suas reuniões eram marcadas por discussões filosóficas e científicas.III. (...) dentre os 33 presos e processados, havia 11 escravos, cincoalfaiates, seis soldados, três oficiais, um negociante e um cirurgião.(...) Suas ideias principais envolviam o seguinte: a França constituíao modelo a seguir; o fim da escravidão; a separação entre Igreja e Estado (...)IV. Criou-se um Governo Provisório (...), integrado por representantesde cinco segmentos da sociedade: Domingos Teotônio Jorge (militares), Domingos José Martins (comerciantes), Manoel Correia de Araújo (agricultores), padre João Ribeiro Pessoa de Melo Montenegro (sacerdotes) e doutor José Luís Mendonça (magistrados). (...) Empenhado em ampliar o movimento anticolonial, o Governo Provisório enviou emissários a outras capitanias: Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Alagoas e Bahia.

(Rubim Santos Leão Aquino et alii, "Sociedade brasileira: uma história através dos movimentos sociais")

Os trechos de I a IV tratam, respectivamente, dos seguintes eventos a) Conjuração Mineira; Confederação do Equador; Conjuração Baiana; Guerra dos Mascates.

b) Conjuração Mineira; Conjuração do Rio de Janeiro; Conjuração Baiana; Revolução de 1817.

c) Revolta de Vila Rica; Conjuração do Rio de Janeiro; Conjuração Baiana; Revolução de 1817.

d) Conjuração Mineira; Conjuração do Rio de Janeiro; Revolução de 1817; Revolta dos Cabanos.

e) Conjuração Baiana; Conjuração Mineira; Revolução de 1817; Conspiração dos Suassuna.

40. (Ufpi 2007) Acerca da Inconfidência Mineira (1789), é correto afirmar que: a) a Coroa Portuguesa, diante da possível vitória do movimento, negociou com os inconfidentes e propôs a anistia total aos revoltosos.

b) o projeto dos inconfidentes, com o objetivo de deslocar mão de obrapara as minas, incluía o fechamento de engenhos e de fábricas de tecidos.

c) a maior parte da direção do movimento era formada por pessoas pobres, e em suas propostas havia a defesa da extinção da propriedade privada.

d) a rebelião ocorreu em um contexto no qual acontecia a diminuição daprodução do ouro e o aumento na cobrança de imposto por parte da Coroa Portuguesa.

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e) a introdução do trabalho livre em substituição à mão de obra escrava e a indenização aos grandes proprietários escravagistas era defendida pelos inconfidentes.

41. (Ufscar 2007) O comércio da Bahia é muito ativo; esta cidade serve de entreposto para os produtos do sertão, que por ela se exportam para as diversas partes do mundo; motivo pelo qual se encontram em seu porto navios de todas as nacionalidades. (...) Os habitantes das costas vizinhas trazem todos os produtos de suas plantações para a capital, a fim de trocá-los por mercadorias de diversos países. Essas trocas constantes e ativas rapidamente fizeram da Bahia uma importante cidade, que parece exceder de muito, em tamanho, o Rio de Janeiro.

(Príncipe Maximiliano Wied Neuwvied. "Viagem ao Brasil", 1820.)

O acontecimento histórico que está diretamente ligado ao contexto descrito pelo autor foi: a) a Revolta dos Malês. b) a independência dos Estados Unidos. c) o fim do Bloqueio Continental. d) a elevação de Salvador à capital da Colônia. e) a abertura dos portos brasileiros às nações estrangeiras. 42. (Pucrj 2007) À EXCEÇÃO DE UMA, as alternativas a seguir apresentam de modo correto algumas das transformações culturais e científicas promovidas pelo governo joanino (1808-1821), durante a permanência da Corte portuguesa no Brasil. ASSINALE-A. a) Ainda que tivessem sido criados a Impressão Régia e o primeiro jornal do Brasil, a existência da censura e a ação da Intendência Geral de Polícia coibiram com sucesso a difusão de ideias contráriasao governo joanino.

b) Pouco depois de chegar ao Brasil, D. João fundou o Real Horto (o Jardim Botânico do Rio de Janeiro), onde foram aclimatadas e introduzidas novas espécies vegetais.

c) Logo após a elevação do Brasil à categoria de Reino-Unido a Portugal e Algarves, o Príncipe-regente autorizou a vinda da Missão Artística Francesa, chefiada por Joaquim Lebreton, da qual faziam parte artistas como Jean Baptiste Debret.

d) Com o acervo trazido do velho Reino, foi criada a Biblioteca Real, origem da atual Biblioteca Nacional.

e) Chegaram à América portuguesa cientistas e viajantes estrangeiros, como o zoólogo Spix, o botânico Martius e o naturalista Saint-Hilaire, que percorreram o território realizando inventários de comunidades, da geografia, da fauna e da flora.

43. (Ufpb 2007) A independência política do Brasil não foi um movimento idílico, como mostram alguns livros didáticos. Na verdade, ela decorre de um processo que se iniciou nos chamados movimentos

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nativistas e se estendeu para além do 7 de setembro de 1822.

Sobre esse processo, é correto afirmar: a) A instalação do Governo Português na Colônia, em 1808, é um dos fatores fundamentais para se entender a independência do Brasil. Entre as medidas adotadas de imediato por D. João, a diminuição de impostos gerou euforia e apoio ao novo governo, em diversos setores da sociedade.

b) A Revolução do Porto e as medidas que se seguiram a esse acontecimento, em Portugal, evidenciavam interesses em recolonizar oBrasil. Essa possibilidade fermentou, ainda mais, na Colônia, o movimento pela autonomia política.

c) O imperador, D. Pedro I, mesmo enfrentando resistência à proclamação da independência, em algumas regiões do país, não aceitou que mercenários, ou qualquer pessoa que não fizesse parte doexército regular, participassem da luta para assegurar a autonomia política.

d) Algumas províncias que tinham maioria portuguesa em suas Juntas Governativas, após a proclamação da Independência, resistiram à separação entre Brasil e Portugal. Entre essas províncias, destacam-se Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraíba.

e) O projeto inicial de independência, encabeçado pelas lideranças advindas do clero, da magistratura e da burocracia, previa o rompimento com toda a estrutura colonial e a possibilidade do país se livrar, ao mesmo tempo, de duas dominações: a portuguesa e a inglesa.

44. (Ufmg 2007) Leia este trecho de documento:

"Pernambucanos [...] o povo está contente, já não há distinção entre Brasileiros, e europeus, todos se conhecem irmãos, descendentes da mesma origem [...] Um governo provisório iluminado escolhido entre todas as ordens do Estado, preside a vossa felicidade [...] Vós vereisconsolidar-se a vossa fortuna, vós sereis livres do peso de enormes tributos, que gravam sobre vós; o vosso, e nosso País [= Pernambuco] subirá ao ponto de grandeza, que há muito o espera, e vós colhereis o fruto dos trabalhos e do zelo dos vossos Cidadãos. Ajudai-os com [...]a vossa aplicação à agricultura, uma nação rica é uma nação poderosa. A Pátria é a nossa mãe comum, vós sois seus filhos, sois descendentes dos valorosos Lusos, sois Portugueses, sois Americanos, sois Brasileiros, sois Pernambucanos."

Proclamação do Governo Provisório Revolucionário de Pernambuco, em 9 de março de 1817.

Considerando-se os princípios que fundamentam a Revolução Pernambucanade 1817, é INCORRETO afirmar que seus participantes a) consideravam irrelevantes as questões tributárias e desigualdades existentes entre "Brasileiros", "Pernambucanos" e "Portugueses".

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b) entendiam que a riqueza tornava uma nação poderosa, sendo a agricultura vista como uma atividade econômica importante para a Pátria.

c) promoveram a constituição de um Governo Provisório em Pernambuco, em oposição ao Governo Monárquico chefiado por D. João.

d) reconheciam como identidades coletivas os "Pernambucanos", os "Portugueses" e os "Brasileiros", defendendo que todos eles eram filhos da Pátria.

45. (Uel 2007) A transferência da Corte de D. João VI para a colônia portuguesa teve apoio do governo britânico, uma vez que: a) Portugal negociou o domínio luso na Península Ibérica com a Inglaterra, em troca de proteção estratégica e bélica na longa viagem marítima ao Brasil.

b) Em meio à crescente Revolução Industrial, os negociantes ingleses precisavam expandir seus mercados rumo às Américas, já que o europeuera insuficiente.

c) O bloqueio continental imposto por Napoleão fechou o comércio inglês com o continente europeu; a instalação do governo luso no Brasil propiciou a retomada dos negócios luso-anglicanos.

d) O exército napoleônico invadiu Portugal visando a instituir o regime democrático republicano de paz e comércio, em franca oposiçãoao expansionismo da monarquia britânica.

e) Os ingleses pretendiam consolidar novos mercados na América Portuguesa, tendo em vista antigas afinidades socioculturais com os ibéricos.

46. (Pucmg 2006) "Pedro, se o Brasil se separar, antes seja para ti, que me hás de respeitar, do que para algum desses aventureiros." A recomendação feita por D. João VI ao filho D. Pedro, que permaneceria como Regente do Brasil, logo após a partida de seu pai para Portugal em 1821, está diretamente relacionada com: a) a vitória do movimento liberal da cidade do Porto, em 1820, que estabeleceu a monarquia constitucional em Portugal, limitando os poderes absolutistas do Rei.

b) a divergência entre os representantes políticos brasileiros na Maçonaria e D. Pedro, que queria preservar os direitos da dinastia de Bragança.

c) a revolta das tropas aquarteladas no Rio de Janeiro, contrárias à decisão do Príncipe regente, que pretendia permanecer no país.

d) a adesão imediata do "Partido Brasileiro" à política defendida pelas "Cortes de Lisboa", favoráveis à manutenção do Reino Unido a Portugal e Algarves.

47. (Ufpb 2006) A crise do Pacto Colonial, nas primeiras décadas do século XIX, manifestou-se com grande vigor na atual região Nordeste doBrasil, então denominada de Norte. Na Capitania da Paraíba, que, após 1815, passou a Província do Reino Unido do Brasil, além do descontentamento com a Metrópole, o processo descolonizador teve como

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característica adicional e muito peculiar: a) O descontentamento dos paraibanos com o fato da Paraíba ter sido desanexada da Capitania de Pernambuco em 1799.

b) A significativa participação popular de mulatos e escravos na luta contra a subordinação comercial da Paraíba a Pernambuco.

c) A permanência da situação de subordinação comercial da Paraíba em relação a Pernambuco, mesmo após a desanexação política.

d) A reivindicação formal do movimento descolonizador no sentido de reanexar, politicamente, a Paraíba a Pernambuco.

e) O confronto armado das elites paraibanas contra as elites pernambucanas, motivado pela subordinação comercial da Paraíba a Pernambuco.

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Gabarito:

Resposta da questão 1: [E]

A transferência da Corte Portuguesa para o Brasil se insere na expansão do capitalismo, ditada pelos interesses ingleses de controlarmercados, garantindo para si o mercado brasileiro e das demais possessões portuguesas na África e Ásia. Ao mesmo tempo, a política francesa adotada por Napoleão Bonaparte, marcada pelo expansionismo militar, visava enfraquecer a Inglaterra e abrir espaços para a economia francesa. Foi nesse contexto que Napoleão decretou o BloqueioContinental e posteriormente invadiu Portugal e Espanha, desestabilizando suas monarquias e, indiretamente, contribuindo com osmovimentos de emancipação das colônias americanas.

Resposta da questão 2: V – F – F – V – F.

Verdadeira. A alusão às escaramuças ou jogos de mata-marinheiros se relaciona diretamente ao sentimento de antilusitanismo que marcou essemovimento, o que se percebe no fragmento do romance de Paulo Santos. Quanto à presença de padres na revolução, destaca-se o envolvimento declérigos do Seminário de Olinda, notabilizando-se as participações do Frei Miguelinho e do Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo, mais conhecido por Frei Caneca. Falsa. Esta proposição se refere a acontecimentos relacionados à Inconfidência Mineira, de 1789. Falsa. A proposição se refere ao movimento conhecido como “Revolta dosMascates”, ocorrido em 1710, representativo da tensão que passou a existir entre recifenses e olindenses após o desenvolvimento atingido pelo Recife com a ocupação holandesa. A emancipação do Recife, pela Coroa portuguesa, à condição de vila fez eclodir o referido movimento.Verdadeira. O movimento de 1817, diferentemente de outros movimentos similares, foi o único que “rompeu com a monarquia, seus ritos, sua legitimidade de origem divina e com seu modo de funcionamento baseado,sobretudo, em uma justiça cruel e em uma estrita censura política e religiosa”, como nos ensina o historiador Denis Bernardes (SANTOS, Paulo. A noiva da revolução. 2006, p. 13). Falsa. A proposição se refere à Revolução Praieira, última rebelião provincial brasileira, ocorrida em Pernambuco em 1848, na qual se confrontaram elementos das elites liberais e conservadoras da província.

Resposta da questão 3: [D]

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A corte portuguesa se transferiu para o Brasil no contexto do BloqueioContinental. Há que se considerar alguns fatores para essa mudança, como a invasão protagonizada por franceses, as pressões da Inglaterra sobre o governo lusitano e os interesses da Corte em preservar o controle sobre todos os seus territórios na América e África.

Resposta da questão 4: [D]

Apesar do aumento dos impostos, pode-se dizer que, principalmente com a “abertura dos portos”, o sistema colonial se afrouxou. A monarquia centralizada ampliou o número de funcionários públicos e da estrutura militar, aprofundou seus vínculos com a Inglaterra e rompeu relações política e comercial com a França e Espanha.

Resposta da questão 5: [D]

A Vinda da Família Real em 1808, por causa das invasões napoleônicas, para o Brasil, seu principal espaço colonial, trouxe decorrências importantes para os destinos da América portuguesa e de Portugal. Issoporque o poder central português estava muito próximo da elite colonial brasileira – situação que não ocorreu com os outros espaços coloniais da América, especialmente os da América espanhola. A proximidade Coroa portuguesa com o Brasil permitiu um processo de ruptura colonial diferente do resto da América. No Brasil, por exemplo, a ordem monárquica foi mantida, além da manutenção da unidadeterritorial.

Resposta da questão 6: [B]

O texto marca o início da atividade mineradora no Brasil. Nesse sentido, a existência da data “Em 1720” é um dado importante para o aluno perceber e relacionar o momento colocado pelo texto, bem como a citação da criação das Casas de Fundição, instrumento do controle português e das medidas relativas ao combate do contrabando, provocar a ira dos mineradores, levando à organização da Revolta de Felipe dos Santos em que o principal motivo gerador dessa revolta é a tentativa de abolir a criação deste instrumento de controle e exploração da metrópole portuguesa. O aluno poderia ser levado a marcar a alternativa [C], a InconfidênciaMineira, que é outra revolta do período da mineração no Brasil, até muito mais conhecida por parte dos alunos, mas o que faz a diferença para o acerto da questão é justamente a data explícita no texto, enquanto a Inconfidência Mineira é datada de 1789.

Resposta da questão 7: [A]

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O fragmento faz referência ao despotismo esclarecido que, no caso de Portugal, se materializou durante o reinado de D. José I (1750-1777), e tendo como seu secretário de governo, o marquês de Pombal. Esse momento foi tão marcante que é comum denominá-lo de Era Pombalina. Para o citado governo português era necessário conter a dependência econômica frente aos britânicos, reforçar o poder do Estado e reorganizar as relações com o Brasil, a principal colônia lusa. Assim,entre outras medidas, houve um estreitamento nas relações coloniais entre Brasil e Portugal, o que gerou um maior controle da metrópole sobre a América portuguesa. Exemplos dessa nova relação são as Companhias de Comércio e a reorganização da política tributária da região das Minas Gerais.

Resposta da questão 8: [C]

A grande presença de produtos ingleses no Brasil foi fruto da Aberturados Portos às nações amigas de 1808 e dos Tratados de 1810. Primeiro cabe lembrar que já existiam produtos ingleses aqui, antes de 1808, porém em pequena quantidade, pois ainda havia na prática o pacto colonial. Segundo, os Tratados de 1810 favoreceram principalmente às importações para a Inglaterra e não estão relacionados aos produtos exportados, nem pelo Brasil, nem pelas colônias da Espanha.

Resposta da questão 9: [B]

A Inconfidência Mineira foi o principal movimento de contestação ao domínio português e à reação lusitana, a partir de uma grande devassa,determinou a prisão de diversos líderes e promoveu a execução de Tiradentes, com a ideia de “castigo exemplar”, ou seja, mais do que a execução de um indivíduo, a necessidade de incutir medo na população colonial.

Resposta da questão 10: [B]

A “abertura dos Portos” é entendida como a principal realização de D. João no Brasil, em 1808. Se essa medida favoreceu à Inglaterra, ela também ampliou o comércio do Brasil com outras nações, como a Holanda e os Estados Unidos, além de países latinos. Esse fato fez com que a Inglaterra fizesse maior pressão e obtivesse maiores privilégios, que podem ser percebidos pelos tratados de 1810.

Resposta da questão 11: [D]

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Sitiado pelas tropas de Artigas, o vice-rei do Prata obteve apoio do governo de D. João VI, regente português no Brasil. A situação retratao processo de independência na região do prata e a futura anexação da Cisplatina pelo Brasil, como descrevem as afirmações I e II. De 1816 a1828, a região (futuro Uruguaia) ficou sob domínio brasileiro.

Resposta da questão 12: [E]

A política expansionista francesa tinha como grande objetivo ampliar seus mercados na Europa, como uma das bases para sua industrialização e, nesse sentido, após a derrota na tentativa de invadir a Inglaterra,a política de Napoleão Bonaparte pretendeu isolar a Inglaterra e estrangular sua economia.

Resposta da questão 13: [E]

A Conjuração Baiana de 1798, posterior à Inconfidência Mineira, é normalmente comparada com a sua antecessora. O movimento baiano é considerado como “popular”, inspirado nos ideais jacobinos de igualdade que pressupunham o modelo republicano e os mesmos direitos para todos os homens. Os baianos defenderam ainda o fim da escravidão.

Resposta da questão 14: [E]

A questão discute o processo de independência nas Américas Inglesa, Espanhola, Portuguesa e Francesa. Os dois primeiros itens são falsos porque a escravidão não foi abolida nos Estados Unidos na época da independência, e na América Espanhola houve fragmentações que deram origem às Repúblicas. Além disso, foram independências elitistas, sem a aliança com o povo, como sugere o item. Nos itens III e IV, percebe-se os antecedentes da independência do Brasil (transferência da Corte para o RJ e a abertura dos portos), bemcomo o caráter exclusivo do modelo de independência do Haiti, lideradapelos escravos. Esses itens estão corretos.

Resposta da questão 15: [A]

A questão trata da vinda da Família Real para o Brasil no contexto dasguerras napoleônicas, tal como a fonte do trecho indica. A resolução depende de uma leitura atenta do texto, o que eliminaria as alternativas b e c, pois o episódio referenciado é o embarque da comitiva real. O aluno ainda deveria recordar que, embora o destino final fosse o Rio de Janeiro, D.João, então Príncipe-Regente, desembarcou inicialmente na cidade de Salvador, local aonde assinou a

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Carta Régia declarando a Abertura dos Portos às Nações Amigas, em vinte e oito de janeiro de1808.

Resposta da questão 16: [B]

Em 1820, explodiu a Revolução Constitucionalista do Porto, que pretendia, na verdade, reconduzir o Brasil à antiga situação de colônia. Começaram, então, a chegar de Portugal uma série de ordens nesse sentido, que culminaram com a exigência do regresso de D. João VI à terra mãe. A partir daí, outras ordens ampliam essa tentativa, com a transferência de repartições que haviam sido criadas por D. JoãoVI. Essa transferência teria seu ponto culminante com a ordem de regresso do Príncipe Regente D. Pedro. A insatisfação com essas ordenslevou ao crescimento do movimento de independência.

Resposta da questão 17: [D]

A Revolução Pernambucana de 1817 insere-se no contexto dos movimentos emancipacionistas e de caráter republicano ocorridos no Brasil desde ofinal do século XVIII. Dentre as suas causas destacam-se a crise econômica regional, presença maciça de portugueses na liderança do governo e na administração pública, a criação de novos impostos por Dom João VI e a influência das ideias Iluministas, propagadas pelas sociedades maçônicas. O movimento foi, rapidamnete sufocado pela açãode tropas governamentais.

Resposta da questão 18: [C]

Alternativa escolhida por exclusão pois, apesar de verdadeira, não responde à questão. Não é possível afirmar que “a conquista da região do rio da Prata” seja uma consequência dos fatos enumerados pelo enunciado. Território argentino até 1821, ele é incorporado ao Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves por Dom João VI com o nome de Província Cisplatina. A anexação é justificada pelos direitos hereditários que sua esposa, a Princesa Carlota Joaquina, teria sob a região. Após a conquista do território em 1816, pelo general portuguêsCarlos Frederico Lecor, (comandante dos Voluntários do Príncipe Regente), é desenvolvida uma inteligente política de ocupação. Localizado na entrada do estuário do Rio da Prata, a Banda Oriental é estratégica, já que quem a controla tem grande domínio sobre a navegação em todo o rio.

Resposta da questão 19: [E]

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Dentro da lógica mercantilista que norteou o sistema colonial ao qual o Brasil esteve submetido, era função da colônia o enriquecimento da metrópole por meio do pacto (exclusivo) colonial. Assim sendo, ao libertar-se do domínio português, o Brasil rompia com a submissão econômica imposta pelos preceitos mercantilistas. Cabe observar que a ruptura com o exclusivo colonial ocorreu já com a “abertura dos portosbrasileiros às nações amigas” decretada por dom João VI em 1808 e portanto, antecede a Independência.

Resposta da questão 20: [B]

A “liberdade industrial” ocorreu num contexto em que a dependência de Portugal frente à Inglaterra aumentou, fruto do apoio desta última na transferência da Corte para o Brasil. A Inglaterra era um país que se industrializava em um processo de quase 40 anos, produzia em grande escala e ainda recebeu uma série de privilégios de D. João VI, com a Abertura dos Portos e posteriormente com os Tratados de 1810. Dessa forma, o predomínio de produtos ingleses no Brasil minou qualquer possibilidade de desenvolvimento da indústria local.

Resposta da questão 21: [A]

Os artistas da Missão Artística Francesa trazida para o Brasil por DomJoão VI em 1816, estavam fortemente influenciados pelos valores do neoclassicismo, estilo artístico em evidência na Europa do século XVIII, sobretudo na França e que traduzia os ideais burguesia, classe social em ascendência após a queda do Antigo Regime.Assim como na Europa, a arte servia a propósitos político no Brasil, O modelo ideal de civilização, de acordo com os padrões da classe dominante européia era o que o governo Dom João VI pretendia difundir no Brasil.

Resposta da questão 22: [E]

Resposta da questão 23: [C]

Resposta da questão 24: [B]

Resposta da questão 25: [B]

Resposta da questão 26: [A]

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Por seu caráter abolicionista, a Independência do Haiti teve grande influência em manifestações dos negros e segmentos populares contrários à sua situação. A Conjuração Baiana (Revolta dos Alfaiates)de 1798, que teve caráter popular, além das influências da independência das Treze Colônias Inglesas, dos ideais iluministas, republicanos e emancipacionistas difundidos por uma parte da elite culta, reunida em associações como a Loja Maçônica Cavaleiros da Luz, teve forte influência do processo de independência do Haiti ou, haitianismo. Os revoltosos pregavam a libertação dos escravos, a instauração de um governo igualitário (defesa dos méritos e capacidades), além da instalação de uma República Baianense e da liberdade de comércio e o aumento dos salários dos soldados.

Resposta da questão 27: [C]

Resposta da questão 28: [C]

Resposta da questão 29: [C]

Resposta da questão 30: [D]

Resposta da questão 31: [C]

Resposta da questão 32: [E]

Resposta da questão 33: [A]

Resposta da questão 34: [A]

Resposta da questão 35: [D]

Resposta da questão 36: [D]

Resposta da questão 37: [E]

Resposta da questão 38: [C]

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Resposta da questão 39: [B]

Resposta da questão 40: [D]

Resposta da questão 41: [E]

Resposta da questão 42: [A]

Resposta da questão 43: [B]

Resposta da questão 44: [A]

Resposta da questão 45: [C]

Resposta da questão 46: [A]

Resposta da questão 47: [C]

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Q/provaQ/DB Grau/Dif. Matéria Fonte Tipo

1......124445..Elevada. . .História. .Ufsm/2013............Múltipla escolha 2......124659..Média.....História. .Ufpe/2013.......Verdadeiro/Falso 3......125070..Baixa.....História. .Unesp/2013...........Múltipla escolha 4......125071..Elevada. . .História. .Unesp/2013...........Múltipla escolha 5......115447..Elevada. . .História. .Fgv/2012.............Múltipla escolha 6......114715..Média.....História. .Espm/2012............Múltipla escolha 7......115446..Elevada. . .História. .Fgv/2012.............Múltipla escolha 8......109378..Média.....História. .Fuvest/2012..........Múltipla escolha 9......113130..Média.....História. .Uftm/2012............Múltipla escolha 10.....115266..Média.....História. .Uespi/2012...........Múltipla escolha 11.....105453..Elevada. . .História. .Ufrgs/2011...........Múltipla escolha 12.....100615..Média.....História. .Unesp/2011...........Múltipla escolha 13.....101646..Elevada. . .História. .Enem 2ª aplicação/2010 Múltipla escolha 14.....93484...Média.....História. .Ufjf/2010............Múltipla escolha

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15.....98201...Média.....História. .Uece/2010............Múltipla escolha 16.....99392...Média.....História. .Ibmecrj/2010.........Múltipla escolha 17.....90429...Média.....História. .Fuvest/2010..........Múltipla escolha 18.....100440..Média.....História. .Enem/2010............Múltipla escolha 19.....90518...Média.....História. .Unesp/2010...........Múltipla escolha 20.....100445..Média.....História. .Enem/2010............Múltipla escolha 21.....90553...Média.....História. .Mackenzie/2010.......Múltipla escolha 22.....85729...Média.....História. .Udesc/2009...........Múltipla escolha 23.....85788...Não definida.........História.............Uerj/2009.......Múltipla escolha 24.....85859...Não definida.........História.............Unifesp/2009.......Múltipla escolha 25.....85725...Média.....História. .Udesc/2009...........Múltipla escolha 26.....91031...Média.....História. .Enem/2009............Múltipla escolha 27.....78210...Não definida.........História.............Ufmg/2008.......Múltipla escolha 28.....78366...Não definida.........História.............Ufg/2008.......Múltipla escolha 29.....77265...Não definida.........História.............Pucrj/2008.......Múltipla escolha 30.....85531...Não definida.........História.............Pucrj/2008.......Múltipla escolha

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31.....79084...Não definida.........História.............Uece/2008.......Múltipla escolha 32.....77695...Não definida.........História.............Ufpr/2008.......Múltipla escolha 33.....85547...Não definida.........História.............Pucrs/2008.......Múltipla escolha 34.....79086...Não definida.........História.............Uece/2008.......Múltipla escolha 35.....77850...Não definida.........História.............Ufpe/2008.......Múltipla escolha 36.....85575...Média.....História. .Ufrgs/2008...........Múltipla escolha 37.....79876...Não definida.........História.............Ufpi/2008.......Múltipla escolha 38.....77887...Não definida.........História.............Fuvest/2008.......Múltipla escolha 39.....78052...Não definida.........História.............Fgv/2008.......Múltipla escolha 40.....73663...Não definida.........História.............Ufpi/2007.......Múltipla escolha 41.....82126...Não definida.........História.............Ufscar/2007.......Múltipla escolha 42.....74994...Não definida.........História.............Pucrj/2007.......Múltipla escolha 43.....82704...Não definida.........História.............Ufpb/2007.......Múltipla escolha 44.....71581...Não definida.........História.............Ufmg/2007.......Múltipla escolha 45.....72637...Não definida.........História.............Uel/2007.......Múltipla escolha 46.....67833...Não definida.........História.............Pucmg/2006.......Múltipla escolha

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47.....80710...Não definida.........História.............Ufpb/2006.......Múltipla escolha

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