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COMO REFERENCIAR ESSE ARTIGO
CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade? Comportamentos abusivos na contemporaneidadeSandra MaraPSICOTERAPIAS CORPORAIS, XX[ISBN www.centroreichiano.com.br/artigos_anais_congressos.htm
Acesso em: ____/____/____.
IMPULSIVIDADE? COMPULSIVIDADE? COMPORTAMENTOS ABUSIVOS NA
RESUMO Este laboratório teórico-prático tem como objetivo contribuir para a compreensão das diferentes demandas compulsivas na atualidade, tais como a toxicomania, compulsão alimentar, vigorexia, ortorexia, e o consumismo, dentre outras. Por meio de uma experiêncpsi-corporal, almeja propor técnicas para o manejo destas questões. Apoiandodiferentes perspectivas teóricoconsiderando as falhas no desenvolvimento psicossexual, nas defesas caracteconstituição do sujeito. A abordagem incluirá a compulsividade pelo enfoque narcísico, discutindo comportamentos, atitudes e relações sociais, a partir deste tipo de neurose que tem lugar em uma cultura que promove o “Show do Eu”. O corpo efazem parte desta questão, cada vez mais presente em sua complexidade na atualidade. Por meio de exercícios, visualizações e trocas em grupo será possível vivenciar este assunto tão emergente e estabelecer relações entre a teo Palavras-chave: Adições. Comportamento
Introdução
Diante da complexidade dos casos que chegam aos consultórios psicoterapêuticos
atualmente, pretendemos elucidar conceitualmente
pacientes considerados “não
nível neurótico ou borderline de organização de personalidade, caracterizando assim
comportamentos compulsivos e impulsivos, resp
aprofundamento/eficácia do processo psicoterapêutico, no primeiro caso e, no segundo, a
própria impossibilidade vincular.
São casos que abundam e, por não encontrarem o suporte ou ajuda necessários,
enquanto continência, muitas vezes partem, achando que a psicologia “não funciona”, deixando
a todos com uma sensação de frustração e impotência. São patologias narcísicas, por me
COMO REFERENCIAR ESSE ARTIGO
CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade? Comportamentos abusivos na contemporaneidade. In: VOLPI, José Henrique; VOLPI, Sandra Mara (Org.) CONGRESSO BRASILEIRO e ENCONTRO PARANAENSE DE PSICOTERAPIAS CORPORAIS, XXI, 2016. Anais. Curitiba: Centro Reichiano, 201
– 978-85-69218-01-2]. Disponível em: www.centroreichiano.com.br/artigos_anais_congressos.htm
Acesso em: ____/____/____.
187 | www.centroreichiano.com.br
IMPULSIVIDADE? COMPULSIVIDADE? COMPORTAMENTOS ABUSIVOS NA CONTEMPORANEIDADE
Leia Maria de Mora Cardenuto
Priscilla de Castro Campos Leitner
prático tem como objetivo contribuir para a compreensão das diferentes demandas compulsivas na atualidade, tais como a toxicomania, compulsão alimentar, vigorexia, ortorexia, e o consumismo, dentre outras. Por meio de uma experiênccorporal, almeja propor técnicas para o manejo destas questões. Apoiando
diferentes perspectivas teórico-clínicas, busca-se compreender as paixões tóxicas, considerando as falhas no desenvolvimento psicossexual, nas defesas caracteconstituição do sujeito. A abordagem incluirá a compulsividade pelo enfoque narcísico, discutindo comportamentos, atitudes e relações sociais, a partir deste tipo de neurose que tem lugar em uma cultura que promove o “Show do Eu”. O corpo e a autoimagem corporal também fazem parte desta questão, cada vez mais presente em sua complexidade na atualidade. Por meio de exercícios, visualizações e trocas em grupo será possível vivenciar este assunto tão emergente e estabelecer relações entre a teoria e a prática terapêutica.
Adições. Comportamento. Compulsivo. Contemporaneidade.
Diante da complexidade dos casos que chegam aos consultórios psicoterapêuticos
atualmente, pretendemos elucidar conceitualmente e, também, abordar o manejo clínico de
pacientes considerados “não-tratáveis”, aqueles que dizem do abuso e se encontram em um
nível neurótico ou borderline de organização de personalidade, caracterizando assim
comportamentos compulsivos e impulsivos, respectivamente, dificultando o
aprofundamento/eficácia do processo psicoterapêutico, no primeiro caso e, no segundo, a
própria impossibilidade vincular.
São casos que abundam e, por não encontrarem o suporte ou ajuda necessários,
enquanto continência, muitas vezes partem, achando que a psicologia “não funciona”, deixando
a todos com uma sensação de frustração e impotência. São patologias narcísicas, por me
CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade?
VOLPI, José Henrique; VOLPI, CONGRESSO BRASILEIRO e ENCONTRO PARANAENSE DE
Curitiba: Centro Reichiano, 2016. ]. Disponível em:
www.centroreichiano.com.br/artigos_anais_congressos.htm.
IMPULSIVIDADE? COMPULSIVIDADE? COMPORTAMENTOS ABUSIVOS NA
Leia Maria de Mora Cardenuto Lisete Barlach
Mara Luiz Vieira Ceroni Priscilla de Castro Campos Leitner
prático tem como objetivo contribuir para a compreensão das diferentes demandas compulsivas na atualidade, tais como a toxicomania, compulsão alimentar, vigorexia, ortorexia, e o consumismo, dentre outras. Por meio de uma experiência de trabalho corporal, almeja propor técnicas para o manejo destas questões. Apoiando-se em
se compreender as paixões tóxicas, considerando as falhas no desenvolvimento psicossexual, nas defesas caracterológicas, e na constituição do sujeito. A abordagem incluirá a compulsividade pelo enfoque narcísico, discutindo comportamentos, atitudes e relações sociais, a partir deste tipo de neurose que tem
a autoimagem corporal também fazem parte desta questão, cada vez mais presente em sua complexidade na atualidade. Por meio de exercícios, visualizações e trocas em grupo será possível vivenciar este assunto tão
ria e a prática terapêutica.
Contemporaneidade. Corpo.
Diante da complexidade dos casos que chegam aos consultórios psicoterapêuticos
e, também, abordar o manejo clínico de
tratáveis”, aqueles que dizem do abuso e se encontram em um
nível neurótico ou borderline de organização de personalidade, caracterizando assim
ectivamente, dificultando o
aprofundamento/eficácia do processo psicoterapêutico, no primeiro caso e, no segundo, a
São casos que abundam e, por não encontrarem o suporte ou ajuda necessários,
enquanto continência, muitas vezes partem, achando que a psicologia “não funciona”, deixando
a todos com uma sensação de frustração e impotência. São patologias narcísicas, por meio
COMO REFERENCIAR ESSE ARTIGO
CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade? Comportamentos abusivos na contemporaneidadeSandra MaraPSICOTERAPIAS CORPORAIS, XX[ISBN www.centroreichiano.com.br/artigos_anais_congressos.htm
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das quais observamos como um traço predominante na contemporaneidade, que datam de um
início do desenvolvimento emocional comprometido.
Percorreremos caminhos psicanalíticos e aproximações com a abordagem corporal da
análise bioenergética, na tentativa
como podem ser traduzidos.
A dimensão social do narcisismo na contemporaneidade
Lowen (1993) considera que o narcisismo é, simultaneamente, uma condição
psicológica e cultural. Para ele, no sentido cu
ausência de interesses pelos semelhantes, e o predomínio do individualismo. Implica também
na valorização da notoriedade em detrimento da dignidade, da riqueza face à sabedoria, do
êxito se contraposto ao respei
cidadania e humanidade, que são perceptíveis a olho nú no cotidiano do século XXI.
A sociedade narcisista explora as inseguranças dos indivíduos, estimulando vaidades e
ambições. Como afirma Tocquev
igualdade de oportunidades, as pessoas buscam afirmar um valor especial, diferenciando
das demais por meio de signos e imagens que possam configurar sinais de status. Embora se
possa questionar a existên
tornou um mote da contemporaneidade.
Com a secularização diluindo as normas internas propiciadas pelas tradições religiosas,
a sociedade não mais oferece ao indivíduo sua definição identitária
sendo a constituição de um sujeito particular, em meio a outros, o “
desenvolvimento em sociedade.
Se, na época de Freud, as questões narcísicas não se apresentavam com tanta nitidez
(McWilliams, 2014), e o superego rígi
tipo de caracterização social contemporânea favorece dois tipos de caráter psicológico: o
impulsivo, em que o superego se apresenta isolado dos demais componentes do aparelho
psíquico e o compulsivo, em
incorporado ao ego na estrutura da personalidade (Reich, 2009, p. 95).
Como afirma McWilliams (2014, p. 199), se os pacientes de Freud sofriam por excesso
de comentários internos sobre sua maldade ou bond
COMO REFERENCIAR ESSE ARTIGO
CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade? Comportamentos abusivos na contemporaneidade. In: VOLPI, José Henrique; VOLPI, Sandra Mara (Org.) CONGRESSO BRASILEIRO e ENCONTRO PARANAENSE DE PSICOTERAPIAS CORPORAIS, XXI, 2016. Anais. Curitiba: Centro Reichiano, 201
– 978-85-69218-01-2]. Disponível em: www.centroreichiano.com.br/artigos_anais_congressos.htm
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das quais observamos como um traço predominante na contemporaneidade, que datam de um
início do desenvolvimento emocional comprometido.
Percorreremos caminhos psicanalíticos e aproximações com a abordagem corporal da
análise bioenergética, na tentativa de desenhar um esboço do perfil destes pacientes e de
como podem ser traduzidos.
A dimensão social do narcisismo na contemporaneidade
Lowen (1993) considera que o narcisismo é, simultaneamente, uma condição
psicológica e cultural. Para ele, no sentido cultural, indica a perda de valores humanos, a
ausência de interesses pelos semelhantes, e o predomínio do individualismo. Implica também
na valorização da notoriedade em detrimento da dignidade, da riqueza face à sabedoria, do
êxito se contraposto ao respeito a si mesmo, dentre as inúmeras inversões do sentido de
cidadania e humanidade, que são perceptíveis a olho nú no cotidiano do século XXI.
A sociedade narcisista explora as inseguranças dos indivíduos, estimulando vaidades e
ambições. Como afirma Tocqueville (apud McWilliams, 2014) em uma sociedade com
igualdade de oportunidades, as pessoas buscam afirmar um valor especial, diferenciando
das demais por meio de signos e imagens que possam configurar sinais de status. Embora se
possa questionar a existência, de fato, da igualdade de oportunidades, a diferenciação se
tornou um mote da contemporaneidade.
Com a secularização diluindo as normas internas propiciadas pelas tradições religiosas,
a sociedade não mais oferece ao indivíduo sua definição identitária
sendo a constituição de um sujeito particular, em meio a outros, o “
desenvolvimento em sociedade.
Se, na época de Freud, as questões narcísicas não se apresentavam com tanta nitidez
(McWilliams, 2014), e o superego rígido imperava em seus pacientes, pode
tipo de caracterização social contemporânea favorece dois tipos de caráter psicológico: o
impulsivo, em que o superego se apresenta isolado dos demais componentes do aparelho
psíquico e o compulsivo, em que o superego, embora excessivamente austero, está
incorporado ao ego na estrutura da personalidade (Reich, 2009, p. 95).
Como afirma McWilliams (2014, p. 199), se os pacientes de Freud sofriam por excesso
de comentários internos sobre sua maldade ou bondade, [,,,], clientes contemporâneos muitas
CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade?
VOLPI, José Henrique; VOLPI, CONGRESSO BRASILEIRO e ENCONTRO PARANAENSE DE
Curitiba: Centro Reichiano, 2016. ]. Disponível em:
www.centroreichiano.com.br/artigos_anais_congressos.htm.
das quais observamos como um traço predominante na contemporaneidade, que datam de um
Percorreremos caminhos psicanalíticos e aproximações com a abordagem corporal da
de desenhar um esboço do perfil destes pacientes e de
Lowen (1993) considera que o narcisismo é, simultaneamente, uma condição
ltural, indica a perda de valores humanos, a
ausência de interesses pelos semelhantes, e o predomínio do individualismo. Implica também
na valorização da notoriedade em detrimento da dignidade, da riqueza face à sabedoria, do
to a si mesmo, dentre as inúmeras inversões do sentido de
cidadania e humanidade, que são perceptíveis a olho nú no cotidiano do século XXI.
A sociedade narcisista explora as inseguranças dos indivíduos, estimulando vaidades e
ille (apud McWilliams, 2014) em uma sociedade com
igualdade de oportunidades, as pessoas buscam afirmar um valor especial, diferenciando-se
das demais por meio de signos e imagens que possam configurar sinais de status. Embora se
cia, de fato, da igualdade de oportunidades, a diferenciação se
Com a secularização diluindo as normas internas propiciadas pelas tradições religiosas,
a sociedade não mais oferece ao indivíduo sua definição identitária prévia ao nascimento,
sendo a constituição de um sujeito particular, em meio a outros, o “leitmotif” do
Se, na época de Freud, as questões narcísicas não se apresentavam com tanta nitidez
do imperava em seus pacientes, pode-se afirmar que o
tipo de caracterização social contemporânea favorece dois tipos de caráter psicológico: o
impulsivo, em que o superego se apresenta isolado dos demais componentes do aparelho
que o superego, embora excessivamente austero, está
incorporado ao ego na estrutura da personalidade (Reich, 2009, p. 95).
Como afirma McWilliams (2014, p. 199), se os pacientes de Freud sofriam por excesso
ade, [,,,], clientes contemporâneos muitas
COMO REFERENCIAR ESSE ARTIGO
CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade? Comportamentos abusivos na contemporaneidadeSandra MaraPSICOTERAPIAS CORPORAIS, XX[ISBN www.centroreichiano.com.br/artigos_anais_congressos.htm
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vezes se sentem vazios, [...], preocupando
seus princípios”.
A imagem passa a substituir a substância e aquilo que Jung denominou
importa mais que a busca p
expresso como predominância do falso
relação ao verdadeiro si mesmo, com a pessoa se tornando mero apêndice narcísico de
outrem.
Transtornos do self, e dificuldades com identidade e autoestima, caracterizariam, então,
a dimensão sociocultural do narcisismo, conforme já afirmava Lowen em meados do século
XX. Tanto os narcisistas vaidosos e imponentes ou depressivos e autocríticos seriam as
manifestações psicossociais da sociedade contemporânea.
Entretanto, conforme ressalta McWilliams (2014), o caráter patológico do narcisismo
pode passar desapercebido em pessoas narcisistas bem
seriam emuladas pela sociedade fam
dos bem-sucedidos ou não
desvalorização, as medidas do sucesso / fracasso, levando ao extremo do “
americano ser tomado como um estigma
É importante frisar que, no processo de desenvolvimento humano, a família, como
representante do universo social e cultural, impactará
autoestima do indivíduo e, nesse contexto, mu
outrem.
Figuras paternas e maternas frequentemente depositam frustrações e expectativas de
realização em seus filhos, impondo parâmetros, por vezes inalcançáveis, que alteram o
desenvolvimento psicossexual, e
A importância do ideal de ego é a de se transformar no superego, já que ele seria o
substituto do narcisismo infantil, onipotente. No processo de identificação com os pais, a
criança vai se "conformando" aos modelos e desenvolvendo também a auto
consciência moral. Essa tríade: ideal de ego, consciência moral e auto
origem ao futuro superego1
1 A criança internaliza a lei paterna, por meio da formação do superego, e recalca o ego ideal para construir um ideal do ego, no qual o pai se erige como suporte das identificações (
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CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade? Comportamentos abusivos na contemporaneidade. In: VOLPI, José Henrique; VOLPI, Sandra Mara (Org.) CONGRESSO BRASILEIRO e ENCONTRO PARANAENSE DE PSICOTERAPIAS CORPORAIS, XXI, 2016. Anais. Curitiba: Centro Reichiano, 201
– 978-85-69218-01-2]. Disponível em: www.centroreichiano.com.br/artigos_anais_congressos.htm
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vezes se sentem vazios, [...], preocupando-se mais em “não se encaixar do que em não trair
A imagem passa a substituir a substância e aquilo que Jung denominou
importa mais que a busca pelo self. O mesmo processo, nas palavras de Winnicott, seria
expresso como predominância do falso self, que promoveria o distanciamento do indivíduo em
relação ao verdadeiro si mesmo, com a pessoa se tornando mero apêndice narcísico de
self, e dificuldades com identidade e autoestima, caracterizariam, então,
a dimensão sociocultural do narcisismo, conforme já afirmava Lowen em meados do século
XX. Tanto os narcisistas vaidosos e imponentes ou depressivos e autocríticos seriam as
estações psicossociais da sociedade contemporânea.
Entretanto, conforme ressalta McWilliams (2014), o caráter patológico do narcisismo
pode passar desapercebido em pessoas narcisistas bem-sucedidas socialmente, pois estas
seriam emuladas pela sociedade faminta por reconhecimento. Subsiste, em todos os casos
sucedidos ou não – as preocupações com a comparação, a valorização ou
desvalorização, as medidas do sucesso / fracasso, levando ao extremo do “
americano ser tomado como um estigma capaz, em muitos casos, da exclusão social.
É importante frisar que, no processo de desenvolvimento humano, a família, como
representante do universo social e cultural, impactará – positiva ou negativamente
autoestima do indivíduo e, nesse contexto, muitos são capturados pela afirmação narcísica de
Figuras paternas e maternas frequentemente depositam frustrações e expectativas de
realização em seus filhos, impondo parâmetros, por vezes inalcançáveis, que alteram o
desenvolvimento psicossexual, especialmente na formação do superego e ideal do ego.
importância do ideal de ego é a de se transformar no superego, já que ele seria o
substituto do narcisismo infantil, onipotente. No processo de identificação com os pais, a
criança vai se "conformando" aos modelos e desenvolvendo também a auto
consciência moral. Essa tríade: ideal de ego, consciência moral e auto1.
criança internaliza a lei paterna, por meio da formação do superego, e recalca o ego ideal para construir um ideal do ego, no qual o pai se erige como suporte das identificações (
CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade?
VOLPI, José Henrique; VOLPI, CONGRESSO BRASILEIRO e ENCONTRO PARANAENSE DE
Curitiba: Centro Reichiano, 2016. ]. Disponível em:
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se mais em “não se encaixar do que em não trair
A imagem passa a substituir a substância e aquilo que Jung denominou persona
. O mesmo processo, nas palavras de Winnicott, seria
, que promoveria o distanciamento do indivíduo em
relação ao verdadeiro si mesmo, com a pessoa se tornando mero apêndice narcísico de
, e dificuldades com identidade e autoestima, caracterizariam, então,
a dimensão sociocultural do narcisismo, conforme já afirmava Lowen em meados do século
XX. Tanto os narcisistas vaidosos e imponentes ou depressivos e autocríticos seriam as
Entretanto, conforme ressalta McWilliams (2014), o caráter patológico do narcisismo
sucedidas socialmente, pois estas
inta por reconhecimento. Subsiste, em todos os casos –
as preocupações com a comparação, a valorização ou
desvalorização, as medidas do sucesso / fracasso, levando ao extremo do “loser” norte-
capaz, em muitos casos, da exclusão social.
É importante frisar que, no processo de desenvolvimento humano, a família, como
positiva ou negativamente – a
itos são capturados pela afirmação narcísica de
Figuras paternas e maternas frequentemente depositam frustrações e expectativas de
realização em seus filhos, impondo parâmetros, por vezes inalcançáveis, que alteram o
specialmente na formação do superego e ideal do ego.
importância do ideal de ego é a de se transformar no superego, já que ele seria o
substituto do narcisismo infantil, onipotente. No processo de identificação com os pais, a
criança vai se "conformando" aos modelos e desenvolvendo também a auto-observação e a
consciência moral. Essa tríade: ideal de ego, consciência moral e auto-observação, darão
criança internaliza a lei paterna, por meio da formação do superego, e recalca o ego ideal para construir um ideal do ego, no qual o pai se erige como suporte das identificações (Mendonça,2011). O
COMO REFERENCIAR ESSE ARTIGO
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Uma vez que o contexto sociocultural estará principalmente impresso no universo
psíquico por meio da premência do superego, cabe anali
os dois tipos de caráter aqui considerados, a saber, o caráter impulsivo e o caráter compulsivo,
diferenciando-os por meio da instância superegóica.
O superego na contemporaneidade
Na sociedade do espetáculo, do res
mudanças na constituição da instância superegóica.
Em 1916, Freud, em seu artigo intituladono trabalho psicanalítico“exceções”, os “fracassados pelo êxito” e os “criminosos devido ao sentimento de culpa”. O primeiro tipo referelesãotambém um direitoregras de convivência. O segundo tipo diz respeito àqueles que quando finalmente alcançam aquilo que almejavam, adoecem e produzem um quadro sintomático que os impede de usufruir sua conquista. O último tipo inveconcepção clássica que coloca o sentimento de culpa como uma consequência do delito. Freud postula que o sentimento de culpa é anterior ao crime, e que a passagem ao ato criminoso teria a função de produzir uma representação psíquica consciente desseAzeredo, 2005).
Segundo os autores, “os dois últimos tipos de caráter descritos por Freud, por serem
vinculados ao sentimento de culpa, são tipos de caráter que estariam “caindo em desuso”, ou
seja, são típicos de uma forma de organização social baseada em uma figura paterna forte,
que serve de ideal do eu e justifica a culpa neurótica, isto é, derivada da transgressão efetiva
ou imaginada desse ideal. Em contrapartida, o primeiro tipo abordado por Freud, o das
exceções, estaria assim em franco avanço, pelo mesmo motivo que os outros dois estariam em
desuso”.
Se, na época de Freud e Reich, a figura do pai era o “polo repressor da sexualidade e
objeto privilegiado da identificação do sujeito” (Santos; Azeredo, 2005
à tona uma mulher não tão submissa, presente no mercado de trabalho, por vezes distante do
ego ideal é uma formação intrapsíquica, de um ideal processos de identificação (Laplanche, Pontalis, 1988).
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CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade? Comportamentos abusivos na contemporaneidade. In: VOLPI, José Henrique; VOLPI, Sandra Mara (Org.) CONGRESSO BRASILEIRO e ENCONTRO PARANAENSE DE PSICOTERAPIAS CORPORAIS, XXI, 2016. Anais. Curitiba: Centro Reichiano, 201
– 978-85-69218-01-2]. Disponível em: www.centroreichiano.com.br/artigos_anais_congressos.htm
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Uma vez que o contexto sociocultural estará principalmente impresso no universo
psíquico por meio da premência do superego, cabe analisar como a cultura narcisista favorece
os dois tipos de caráter aqui considerados, a saber, o caráter impulsivo e o caráter compulsivo,
os por meio da instância superegóica.
O superego na contemporaneidade
Na sociedade do espetáculo, do resultado e da performance, operam
mudanças na constituição da instância superegóica.
Em 1916, Freud, em seu artigo intitulado Alguns tipos de caráter encontrados no trabalho psicanalítico, descreve três tipos básicos: os que se consideram “exceções”, os “fracassados pelo êxito” e os “criminosos devido ao sentimento de culpa”. O primeiro tipo refere-se àqueles que acham que sofreram alguma lesão a mais em relação aos demais seres humanos, e julgam que possuem também um direito a mais na esfera das limitações impostas pela vida e suas regras de convivência. O segundo tipo diz respeito àqueles que quando finalmente alcançam aquilo que almejavam, adoecem e produzem um quadro sintomático que os impede de usufruir sua conquista. O último tipo inveconcepção clássica que coloca o sentimento de culpa como uma consequência do delito. Freud postula que o sentimento de culpa é anterior ao crime, e que a passagem ao ato criminoso teria a função de produzir uma representação psíquica consciente desse sentimento inconsciente de culpa (Azeredo, 2005).
Segundo os autores, “os dois últimos tipos de caráter descritos por Freud, por serem
vinculados ao sentimento de culpa, são tipos de caráter que estariam “caindo em desuso”, ou
de uma forma de organização social baseada em uma figura paterna forte,
que serve de ideal do eu e justifica a culpa neurótica, isto é, derivada da transgressão efetiva
ou imaginada desse ideal. Em contrapartida, o primeiro tipo abordado por Freud, o das
xceções, estaria assim em franco avanço, pelo mesmo motivo que os outros dois estariam em
Se, na época de Freud e Reich, a figura do pai era o “polo repressor da sexualidade e
objeto privilegiado da identificação do sujeito” (Santos; Azeredo, 2005), o século XX e XXI traz
à tona uma mulher não tão submissa, presente no mercado de trabalho, por vezes distante do
ego ideal é uma formação intrapsíquica, de um ideal narcísico de onipotência, à qual o ego recorre nos processos de identificação (Laplanche, Pontalis, 1988).
CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade?
VOLPI, José Henrique; VOLPI, CONGRESSO BRASILEIRO e ENCONTRO PARANAENSE DE
Curitiba: Centro Reichiano, 2016. ]. Disponível em:
www.centroreichiano.com.br/artigos_anais_congressos.htm.
Uma vez que o contexto sociocultural estará principalmente impresso no universo
sar como a cultura narcisista favorece
os dois tipos de caráter aqui considerados, a saber, o caráter impulsivo e o caráter compulsivo,
ultado e da performance, operam-se profundas
Alguns tipos de caráter encontrados , descreve três tipos básicos: os que se consideram
“exceções”, os “fracassados pelo êxito” e os “criminosos devido ao sentimento se àqueles que acham que sofreram alguma
em relação aos demais seres humanos, e julgam que possuem ra das limitações impostas pela vida e suas
regras de convivência. O segundo tipo diz respeito àqueles que quando finalmente alcançam aquilo que almejavam, adoecem e produzem um quadro sintomático que os impede de usufruir sua conquista. O último tipo inverte a concepção clássica que coloca o sentimento de culpa como uma consequência do delito. Freud postula que o sentimento de culpa é anterior ao crime, e que a passagem ao ato criminoso teria a função de produzir uma representação
sentimento inconsciente de culpa (Santos &
Segundo os autores, “os dois últimos tipos de caráter descritos por Freud, por serem
vinculados ao sentimento de culpa, são tipos de caráter que estariam “caindo em desuso”, ou
de uma forma de organização social baseada em uma figura paterna forte,
que serve de ideal do eu e justifica a culpa neurótica, isto é, derivada da transgressão efetiva
ou imaginada desse ideal. Em contrapartida, o primeiro tipo abordado por Freud, o das
xceções, estaria assim em franco avanço, pelo mesmo motivo que os outros dois estariam em
Se, na época de Freud e Reich, a figura do pai era o “polo repressor da sexualidade e
), o século XX e XXI traz
à tona uma mulher não tão submissa, presente no mercado de trabalho, por vezes distante do
narcísico de onipotência, à qual o ego recorre nos
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lar, e figuras paternas que fracassam, em função da reorganização internacional desse mesmo
mercado de trabalho.
Bauman (1999) afirma que,
se a partir da renúncia pulsional.
dose de prazer imediato em nome de um prazer mais seguro, embora menos completo. No
presente, pode-se afirmar que o campo do direito à satisfação pulsional ampliou
não pode mais ser visto apenas como algo destrutivo.
Os ganhos e as perdas mudaram de lugar: os homens e as mulheres pós
trocaram um quinhão de suas possibilidades de seguranç
mal-estares da modernidade provinham de uma espécie de segurança que tolerava uma
liberdade pequena demais na busca de felicidade individual. Os mal
modernidade provêm de uma espécie de liberdade de procura
segurança individual pequena demais (Bauman, 1999, p. 10).
Ora, se os valores que compõem um superego que defenda o ego dos mandos e
desmandos do id estão cada vez mais enfraquecidos pode
atendendo cada vez mais e com mais frequência aos ditames do id? Será esta uma era em
que vigorará o princípio do prazer?
Alain Touraine (1997) levantou questão parecida quando afirmou que gradativamente
se está criando gerações impulsivas com relação direta ao enfraqueci
Sexualidade como organizadora da vida psicossocial
Comentando sobre o enfraquecimento do superego na modernidade, Santos & Azeredo
(2005) perguntam:
“é correto pensarmos que a quantidade cada vez maior de medicamento para o tratamento de ansiedade, angústia, depressão, hiperatividade, o desejo do corpo perfeito, as operações estéticas de todos os tipos, entre tantas outras doenças chamadas modernas, tem relação direta com a pulsão libidinal em relação às transformações sociai[encontrava nos] neuróticos de seu tempo a forte repressão cultural sobre o sexo, seremos tratados hoje pelo extremo oposto, [ou seja], pela forte permissividade sexual?”.
COMO REFERENCIAR ESSE ARTIGO
CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade? Comportamentos abusivos na contemporaneidade. In: VOLPI, José Henrique; VOLPI, Sandra Mara (Org.) CONGRESSO BRASILEIRO e ENCONTRO PARANAENSE DE PSICOTERAPIAS CORPORAIS, XXI, 2016. Anais. Curitiba: Centro Reichiano, 201
– 978-85-69218-01-2]. Disponível em: www.centroreichiano.com.br/artigos_anais_congressos.htm
Acesso em: ____/____/____.
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lar, e figuras paternas que fracassam, em função da reorganização internacional desse mesmo
Bauman (1999) afirma que, para Freud a civilização – isto é, a modernidade
se a partir da renúncia pulsional. Para ele, os sujeitos da modernidade renunciavam a uma
dose de prazer imediato em nome de um prazer mais seguro, embora menos completo. No
rmar que o campo do direito à satisfação pulsional ampliou
não pode mais ser visto apenas como algo destrutivo.
Os ganhos e as perdas mudaram de lugar: os homens e as mulheres pós
trocaram um quinhão de suas possibilidades de segurança por um quinhão de felicidade. Os
estares da modernidade provinham de uma espécie de segurança que tolerava uma
liberdade pequena demais na busca de felicidade individual. Os mal
modernidade provêm de uma espécie de liberdade de procura do prazer que tolera uma
segurança individual pequena demais (Bauman, 1999, p. 10).
Ora, se os valores que compõem um superego que defenda o ego dos mandos e
desmandos do id estão cada vez mais enfraquecidos pode-se afirmar que o ego está
ez mais e com mais frequência aos ditames do id? Será esta uma era em
que vigorará o princípio do prazer?
Alain Touraine (1997) levantou questão parecida quando afirmou que gradativamente
se está criando gerações impulsivas com relação direta ao enfraquecimento do superego.
Sexualidade como organizadora da vida psicossocial
Comentando sobre o enfraquecimento do superego na modernidade, Santos & Azeredo
“é correto pensarmos que a quantidade cada vez maior de medicamento para o tratamento de ansiedade, angústia, depressão, hiperatividade, o desejo do corpo perfeito, as operações estéticas de todos os tipos, entre tantas outras doenças chamadas modernas, tem relação direta com a pulsão libidinal em relação às transformações sociais e culturais? Se por um lado Freud [encontrava nos] neuróticos de seu tempo a forte repressão cultural sobre o sexo, seremos tratados hoje pelo extremo oposto, [ou seja], pela forte permissividade sexual?”.
CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade?
VOLPI, José Henrique; VOLPI, CONGRESSO BRASILEIRO e ENCONTRO PARANAENSE DE
Curitiba: Centro Reichiano, 2016. ]. Disponível em:
www.centroreichiano.com.br/artigos_anais_congressos.htm.
lar, e figuras paternas que fracassam, em função da reorganização internacional desse mesmo
isto é, a modernidade – construía-
Para ele, os sujeitos da modernidade renunciavam a uma
dose de prazer imediato em nome de um prazer mais seguro, embora menos completo. No
rmar que o campo do direito à satisfação pulsional ampliou-se e que ele
Os ganhos e as perdas mudaram de lugar: os homens e as mulheres pós-modernos
a por um quinhão de felicidade. Os
estares da modernidade provinham de uma espécie de segurança que tolerava uma
liberdade pequena demais na busca de felicidade individual. Os mal-estares da pós-
do prazer que tolera uma
Ora, se os valores que compõem um superego que defenda o ego dos mandos e
se afirmar que o ego está
ez mais e com mais frequência aos ditames do id? Será esta uma era em
Alain Touraine (1997) levantou questão parecida quando afirmou que gradativamente
mento do superego.
Comentando sobre o enfraquecimento do superego na modernidade, Santos & Azeredo
“é correto pensarmos que a quantidade cada vez maior de medicamento para o tratamento de ansiedade, angústia, depressão, hiperatividade, o desejo do corpo perfeito, as operações estéticas de todos os tipos, entre tantas outras doenças chamadas modernas, tem relação direta com a pulsão libidinal em
s e culturais? Se por um lado Freud [encontrava nos] neuróticos de seu tempo a forte repressão cultural sobre o sexo, seremos tratados hoje pelo extremo oposto, [ou seja], pela forte
COMO REFERENCIAR ESSE ARTIGO
CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade? Comportamentos abusivos na contemporaneidadeSandra MaraPSICOTERAPIAS CORPORAIS, XX[ISBN www.centroreichiano.com.br/artigos_anais_congressos.htm
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Aparentemente, assiste
precocidade de exposição
dizem os autores:
“a precocidade da sexualidade infantotransformações socioculturais. Quaasco, maior será a precocidade sexual de uma pessoa. Parece que justamente a moral, a vergonha e o asco são fatores desconstruídos gradativamente pelos sistemas midiatizados e de consumo das sociedades modernas”Azeredo, 2005).
Para concluir a análise dos impactos da contemporaneidade sobre o enfraquecimento
do superego, cabe retomar a questão dos tipos de caráter que caem em desuso e o tipo que se
torna dominante. Conforme mencionado anteriormente, para San
das exceções encontra mais espaço no mundo atual, pois ele “destaca
maior em renunciar às satisfações mais imediatas. São pacientes, segundo Freud, que acham
que já renunciaram a muitas coisas na vida, e
poupados de quaisquer sacrifícios”.
O desejo de ser uma “exceção” à regra e ocupar uma posição privilegiada em relação
aos demais, característica narcísica, traço predominante na contemporaneidade, serve de
molde para a impulsividade e compulsividade atuais.
A impulsividade e a neurose compulsiva
Levando em conta as questões superegóicas, Reich (2009) descreve a diferença entre
a neurose compulsiva e o que ele chama de caráter impulsivo, entendido aqui como
organização de personalidade impulsiva. Apesar de ambos apresentarem uma ambivalência
manisfesta, o autor descreve que na neurose compulsiva há uma alteração para um ou outro
aspecto da atitude ambivalente e a transferência ocorre para o objeto e manif
análise. Reich (2009) explica que: “A transformação reativa da ambivalência numa atitude
inequívoca manifesta tal como ocorre no caso do amor ou do ódio, ocorre, claro, em
consequência do recalque
Pode-se entender que o recalque e a formação reativa são intensos na neurose
compulsiva e que esta característica está ligada a firmeza do ideal de ego e, mesmo que
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CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade? Comportamentos abusivos na contemporaneidade. In: VOLPI, José Henrique; VOLPI, Sandra Mara (Org.) CONGRESSO BRASILEIRO e ENCONTRO PARANAENSE DE PSICOTERAPIAS CORPORAIS, XXI, 2016. Anais. Curitiba: Centro Reichiano, 201
– 978-85-69218-01-2]. Disponível em: www.centroreichiano.com.br/artigos_anais_congressos.htm
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Aparentemente, assiste-se a uma maior permissividade sexual, com a consequente
precocidade de exposição – pública ou privada – ao sexo e início da atividade sexual. Como
“a precocidade da sexualidade infanto-juvenil está diretamente relacionada às transformações socioculturais. Quanto menor for a moral, a vergonha e/ou asco, maior será a precocidade sexual de uma pessoa. Parece que justamente a moral, a vergonha e o asco são fatores desconstruídos gradativamente pelos sistemas midiatizados e de consumo das sociedades modernas”Azeredo, 2005).
Para concluir a análise dos impactos da contemporaneidade sobre o enfraquecimento
do superego, cabe retomar a questão dos tipos de caráter que caem em desuso e o tipo que se
torna dominante. Conforme mencionado anteriormente, para Santos & Azeredo (2005), o tipo
das exceções encontra mais espaço no mundo atual, pois ele “destaca
maior em renunciar às satisfações mais imediatas. São pacientes, segundo Freud, que acham
que já renunciaram a muitas coisas na vida, e por essa razão julgam
poupados de quaisquer sacrifícios”.
O desejo de ser uma “exceção” à regra e ocupar uma posição privilegiada em relação
aos demais, característica narcísica, traço predominante na contemporaneidade, serve de
de para a impulsividade e compulsividade atuais.
A impulsividade e a neurose compulsiva
Levando em conta as questões superegóicas, Reich (2009) descreve a diferença entre
a neurose compulsiva e o que ele chama de caráter impulsivo, entendido aqui como
organização de personalidade impulsiva. Apesar de ambos apresentarem uma ambivalência
manisfesta, o autor descreve que na neurose compulsiva há uma alteração para um ou outro
aspecto da atitude ambivalente e a transferência ocorre para o objeto e manif
análise. Reich (2009) explica que: “A transformação reativa da ambivalência numa atitude
inequívoca manifesta tal como ocorre no caso do amor ou do ódio, ocorre, claro, em
consequência do recalque – e este, como sabemos, é imperfeito nos caracte
se entender que o recalque e a formação reativa são intensos na neurose
compulsiva e que esta característica está ligada a firmeza do ideal de ego e, mesmo que
CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade?
VOLPI, José Henrique; VOLPI, CONGRESSO BRASILEIRO e ENCONTRO PARANAENSE DE
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vidade sexual, com a consequente
ao sexo e início da atividade sexual. Como
juvenil está diretamente relacionada às nto menor for a moral, a vergonha e/ou
asco, maior será a precocidade sexual de uma pessoa. Parece que justamente a moral, a vergonha e o asco são fatores desconstruídos gradativamente pelos sistemas midiatizados e de consumo das sociedades modernas” (Santos &
Para concluir a análise dos impactos da contemporaneidade sobre o enfraquecimento
do superego, cabe retomar a questão dos tipos de caráter que caem em desuso e o tipo que se
tos & Azeredo (2005), o tipo
das exceções encontra mais espaço no mundo atual, pois ele “destaca-se por uma resistência
maior em renunciar às satisfações mais imediatas. São pacientes, segundo Freud, que acham
por essa razão julgam-se no direito de serem
O desejo de ser uma “exceção” à regra e ocupar uma posição privilegiada em relação
aos demais, característica narcísica, traço predominante na contemporaneidade, serve de
Levando em conta as questões superegóicas, Reich (2009) descreve a diferença entre
a neurose compulsiva e o que ele chama de caráter impulsivo, entendido aqui como uma
organização de personalidade impulsiva. Apesar de ambos apresentarem uma ambivalência
manisfesta, o autor descreve que na neurose compulsiva há uma alteração para um ou outro
aspecto da atitude ambivalente e a transferência ocorre para o objeto e manifesta-se na
análise. Reich (2009) explica que: “A transformação reativa da ambivalência numa atitude
inequívoca manifesta tal como ocorre no caso do amor ou do ódio, ocorre, claro, em
e este, como sabemos, é imperfeito nos caracteres impulsivos.”
se entender que o recalque e a formação reativa são intensos na neurose
compulsiva e que esta característica está ligada a firmeza do ideal de ego e, mesmo que
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CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade? Comportamentos abusivos na contemporaneidadeSandra MaraPSICOTERAPIAS CORPORAIS, XX[ISBN www.centroreichiano.com.br/artigos_anais_congressos.htm
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precariamente, consegue negar a pulsão. No caráter impulsivo, Reich (2009)
do recalque imperfeito, da formação reativa e da ambivalência intensamente manifesta, o ponto
marcante de diferencial é o isolamento do superego.
localiza de forma fronteiriça entre neurose e psicose, o
organizações de personalidade do espectro borderline, conforme Kernberg (1991).
Ao contrário da neurose compulsiva, em que o ego se submete ao superego, no
impulsivo o ego está em conflito entre o ego
conflituosas são anteriores ao desenvolvimento pleno da fase edipiana, o que provoca um
prejuízo na assimilação de um ideal de ego, fortalecendo um narcisismo ego
que como consequência leva ao isolamento do superego (Rei
Kernberg (1991) comenta sobre essa fixação em uma fase evolutiva em que a estrutura
psíquica tripartida ainda não está consolidada. O autor explica que movimentos defensivos,
componentes sádicos, agressividade e idealizações são constantemente p
objeto, como uma oscilação entre o possuir de forma controladora e o aniquilar, levando a
dificuldades de delimitação egóica, ou seja, de fronteira entre o “eu” e o “não
Na neurose, as relações com objetos internos estão razoavelment
organizadas, para construir um senso de self estável, ou seja, diferentes aspectos da
experiência de self são ativados conforme mudança da situação e dos estados emocionais. No
entanto, no caráter impulsivo estas relações com os objetos inte
de self, estão pouco integradas e organizadas de uma maneira frágil. De acordo com Kernberg
(2008) isso resulta em uma série de experiências de self contraditórias, incoerentes e instáveis,
vivenciadas com dificuldade, tanto i
Kernberg (2008) separa o universo de patologias de personalidade em dois grupos
principais de transtornos baseados na gravidade da patologia estrutural: o “nível neurótico de
organização de personalidade” e
sistema leva em conta o prejuízo, a gravidade patológica das relações objetais, e assim pode
se entender a compulsividade como um nível neurótico de organização e a impulsividade como
um nível borderline de organização.
Esta diferenciação é fundamental, pois de certa forma quando se fala em
comportamentos abusivos ou compulsividade, muitas vezes se generaliza o funcionamento
desta população, o que explica a dificuldade de uma terapêutica efetiva. É
com Kernberg (1991), entender o desenvolvimento egóico e superegoico, o desenvolvimento
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CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade? Comportamentos abusivos na contemporaneidade. In: VOLPI, José Henrique; VOLPI, Sandra Mara (Org.) CONGRESSO BRASILEIRO e ENCONTRO PARANAENSE DE PSICOTERAPIAS CORPORAIS, XXI, 2016. Anais. Curitiba: Centro Reichiano, 201
– 978-85-69218-01-2]. Disponível em: www.centroreichiano.com.br/artigos_anais_congressos.htm
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precariamente, consegue negar a pulsão. No caráter impulsivo, Reich (2009)
do recalque imperfeito, da formação reativa e da ambivalência intensamente manifesta, o ponto
marcante de diferencial é o isolamento do superego. Para o autor o caráter impulsivo se
localiza de forma fronteiriça entre neurose e psicose, o que hoje se entende como
organizações de personalidade do espectro borderline, conforme Kernberg (1991).
Ao contrário da neurose compulsiva, em que o ego se submete ao superego, no
impulsivo o ego está em conflito entre o ego-prazer e o superego. As quest
conflituosas são anteriores ao desenvolvimento pleno da fase edipiana, o que provoca um
prejuízo na assimilação de um ideal de ego, fortalecendo um narcisismo ego
que como consequência leva ao isolamento do superego (Reich, 2009).
Kernberg (1991) comenta sobre essa fixação em uma fase evolutiva em que a estrutura
psíquica tripartida ainda não está consolidada. O autor explica que movimentos defensivos,
componentes sádicos, agressividade e idealizações são constantemente p
objeto, como uma oscilação entre o possuir de forma controladora e o aniquilar, levando a
dificuldades de delimitação egóica, ou seja, de fronteira entre o “eu” e o “não
Na neurose, as relações com objetos internos estão razoavelment
organizadas, para construir um senso de self estável, ou seja, diferentes aspectos da
experiência de self são ativados conforme mudança da situação e dos estados emocionais. No
entanto, no caráter impulsivo estas relações com os objetos internos, responsáveis pelo senso
de self, estão pouco integradas e organizadas de uma maneira frágil. De acordo com Kernberg
(2008) isso resulta em uma série de experiências de self contraditórias, incoerentes e instáveis,
vivenciadas com dificuldade, tanto internamente quanto com outras pessoas e objetos.
Kernberg (2008) separa o universo de patologias de personalidade em dois grupos
principais de transtornos baseados na gravidade da patologia estrutural: o “nível neurótico de
organização de personalidade” e o “nível borderline de organização de personalidade”. Esse
sistema leva em conta o prejuízo, a gravidade patológica das relações objetais, e assim pode
se entender a compulsividade como um nível neurótico de organização e a impulsividade como
erline de organização.
Esta diferenciação é fundamental, pois de certa forma quando se fala em
comportamentos abusivos ou compulsividade, muitas vezes se generaliza o funcionamento
desta população, o que explica a dificuldade de uma terapêutica efetiva. É
com Kernberg (1991), entender o desenvolvimento egóico e superegoico, o desenvolvimento
CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade?
VOLPI, José Henrique; VOLPI, CONGRESSO BRASILEIRO e ENCONTRO PARANAENSE DE
Curitiba: Centro Reichiano, 2016. ]. Disponível em:
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precariamente, consegue negar a pulsão. No caráter impulsivo, Reich (2009) explica que além
do recalque imperfeito, da formação reativa e da ambivalência intensamente manifesta, o ponto
Para o autor o caráter impulsivo se
que hoje se entende como
organizações de personalidade do espectro borderline, conforme Kernberg (1991).
Ao contrário da neurose compulsiva, em que o ego se submete ao superego, no
prazer e o superego. As questões ambivalentes e
conflituosas são anteriores ao desenvolvimento pleno da fase edipiana, o que provoca um
prejuízo na assimilação de um ideal de ego, fortalecendo um narcisismo ego-prazer primitivo
ch, 2009).
Kernberg (1991) comenta sobre essa fixação em uma fase evolutiva em que a estrutura
psíquica tripartida ainda não está consolidada. O autor explica que movimentos defensivos,
componentes sádicos, agressividade e idealizações são constantemente projetadas sobre o
objeto, como uma oscilação entre o possuir de forma controladora e o aniquilar, levando a
dificuldades de delimitação egóica, ou seja, de fronteira entre o “eu” e o “não-eu”.
Na neurose, as relações com objetos internos estão razoavelmente integradas e
organizadas, para construir um senso de self estável, ou seja, diferentes aspectos da
experiência de self são ativados conforme mudança da situação e dos estados emocionais. No
rnos, responsáveis pelo senso
de self, estão pouco integradas e organizadas de uma maneira frágil. De acordo com Kernberg
(2008) isso resulta em uma série de experiências de self contraditórias, incoerentes e instáveis,
nternamente quanto com outras pessoas e objetos.
Kernberg (2008) separa o universo de patologias de personalidade em dois grupos
principais de transtornos baseados na gravidade da patologia estrutural: o “nível neurótico de
o “nível borderline de organização de personalidade”. Esse
sistema leva em conta o prejuízo, a gravidade patológica das relações objetais, e assim pode-
se entender a compulsividade como um nível neurótico de organização e a impulsividade como
Esta diferenciação é fundamental, pois de certa forma quando se fala em
comportamentos abusivos ou compulsividade, muitas vezes se generaliza o funcionamento
desta população, o que explica a dificuldade de uma terapêutica efetiva. É preciso, de acordo
com Kernberg (1991), entender o desenvolvimento egóico e superegoico, o desenvolvimento
COMO REFERENCIAR ESSE ARTIGO
CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade? Comportamentos abusivos na contemporaneidadeSandra MaraPSICOTERAPIAS CORPORAIS, XX[ISBN www.centroreichiano.com.br/artigos_anais_congressos.htm
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do narcisismo e, em qual fase surgem os sentimentos de culpa, a construção do self e a
intensidade das relações com os objetos.
A própria relação ter
como a técnica, sendo que em um funcionamento borderline isso pode ser muito ruim, com a
possibilidade de ressaltar a desorganização egóica, sendo, portanto ameaçador para o
paciente e prejudicial à relação.
Em termos da terapêutica do paciente de organização mais precária, McWilliams (2014)
faz uma interessante análise do narcisismo patológico citando Kohut e Kernberg, destacando
os desacordos entre os dois autores. Para Kohut, o problema est
ao longo do desenvolvimento, nas fases de idealização e des
Kernberg concebe o fenômeno do ponto de vista estrutural, ou seja, os desequilíbrios se
manifestariam muito precocemente, “deixando a pess
se diferenciam em tipo, e não em grau, da normalidade” (McWilliams, 2014, p. 210).
O dissenso entre os dois autores se refere à estrutura do self, que no primeiro caso
começa a se desenvolver normalmente, mas, em al
- Kohut, e, no outro é, por definição, patológica desde o início
crescimento de uma planta pode auxiliar na compreensão das consequências e
desdobramentos do ponto de vista clínico
desenvolvimento, a planta
necessidade de fornecer-
psicoterapêuticos, a formulação de K
do paciente, além da aceitação benigna de sua idealização ou desvalorização.
Por sua vez, na concepção de Kernberg, a planta / pessoa se transformou em um
híbrido que deve ser podado em suas partes aber
deveria ter sido. A consequência lógica, do ponto de vista clínico, é a confrontação insistente
da grandiosidade e a interpretação sistemática das defesas do paciente.
As especificidades da clínica corporal
Para a análise bioenergética, a intervenção está pautada na conscientização corporal
do paciente compulsivo, no intuito dele se reapropriar de seu corpo. Quer no âmbito da falha no
desenvolvimento, no caso de um narcisismo mal c
COMO REFERENCIAR ESSE ARTIGO
CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade? Comportamentos abusivos na contemporaneidade. In: VOLPI, José Henrique; VOLPI, Sandra Mara (Org.) CONGRESSO BRASILEIRO e ENCONTRO PARANAENSE DE PSICOTERAPIAS CORPORAIS, XXI, 2016. Anais. Curitiba: Centro Reichiano, 201
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do narcisismo e, em qual fase surgem os sentimentos de culpa, a construção do self e a
intensidade das relações com os objetos.
A própria relação terapêutica em níveis transferenciais se torna muito diferente, bem
como a técnica, sendo que em um funcionamento borderline isso pode ser muito ruim, com a
possibilidade de ressaltar a desorganização egóica, sendo, portanto ameaçador para o
icial à relação.
Em termos da terapêutica do paciente de organização mais precária, McWilliams (2014)
faz uma interessante análise do narcisismo patológico citando Kohut e Kernberg, destacando
os desacordos entre os dois autores. Para Kohut, o problema estaria em distúrbios enfrentados
ao longo do desenvolvimento, nas fases de idealização e des-idealização, ao passo que,
Kernberg concebe o fenômeno do ponto de vista estrutural, ou seja, os desequilíbrios se
manifestariam muito precocemente, “deixando a pessoa com defesas primitivas enraizadas que
se diferenciam em tipo, e não em grau, da normalidade” (McWilliams, 2014, p. 210).
O dissenso entre os dois autores se refere à estrutura do self, que no primeiro caso
começa a se desenvolver normalmente, mas, em algum ponto do percurso, sofre um transtorno
Kohut, e, no outro é, por definição, patológica desde o início - Kernberg. A metáfora do
crescimento de uma planta pode auxiliar na compreensão das consequências e
desdobramentos do ponto de vista clínico – terapêutico. Na concepção de Kohut, durante o seu
desenvolvimento, a planta – pessoa careceu gravemente de água e de sol e haveria, então,
-lhe muitos desses nutrientes para que florescesse. Em termos
psicoterapêuticos, a formulação de Kohut recomendaria uma firme empatia com a experiência
do paciente, além da aceitação benigna de sua idealização ou desvalorização.
Por sua vez, na concepção de Kernberg, a planta / pessoa se transformou em um
híbrido que deve ser podado em suas partes aberrantes, para que possa se tornar aquilo que
deveria ter sido. A consequência lógica, do ponto de vista clínico, é a confrontação insistente
da grandiosidade e a interpretação sistemática das defesas do paciente.
As especificidades da clínica corporal com os impulsivos/compulsivos
Para a análise bioenergética, a intervenção está pautada na conscientização corporal
do paciente compulsivo, no intuito dele se reapropriar de seu corpo. Quer no âmbito da falha no
desenvolvimento, no caso de um narcisismo mal constituído, como na presença de falhas
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do narcisismo e, em qual fase surgem os sentimentos de culpa, a construção do self e a
apêutica em níveis transferenciais se torna muito diferente, bem
como a técnica, sendo que em um funcionamento borderline isso pode ser muito ruim, com a
possibilidade de ressaltar a desorganização egóica, sendo, portanto ameaçador para o
Em termos da terapêutica do paciente de organização mais precária, McWilliams (2014)
faz uma interessante análise do narcisismo patológico citando Kohut e Kernberg, destacando
aria em distúrbios enfrentados
idealização, ao passo que,
Kernberg concebe o fenômeno do ponto de vista estrutural, ou seja, os desequilíbrios se
oa com defesas primitivas enraizadas que
se diferenciam em tipo, e não em grau, da normalidade” (McWilliams, 2014, p. 210).
O dissenso entre os dois autores se refere à estrutura do self, que no primeiro caso
gum ponto do percurso, sofre um transtorno
Kernberg. A metáfora do
crescimento de uma planta pode auxiliar na compreensão das consequências e
pêutico. Na concepção de Kohut, durante o seu
pessoa careceu gravemente de água e de sol e haveria, então,
lhe muitos desses nutrientes para que florescesse. Em termos
ohut recomendaria uma firme empatia com a experiência
do paciente, além da aceitação benigna de sua idealização ou desvalorização.
Por sua vez, na concepção de Kernberg, a planta / pessoa se transformou em um
rantes, para que possa se tornar aquilo que
deveria ter sido. A consequência lógica, do ponto de vista clínico, é a confrontação insistente
da grandiosidade e a interpretação sistemática das defesas do paciente.
os impulsivos/compulsivos
Para a análise bioenergética, a intervenção está pautada na conscientização corporal
do paciente compulsivo, no intuito dele se reapropriar de seu corpo. Quer no âmbito da falha no
onstituído, como na presença de falhas
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estruturais de um superego isolado, a verdade do corpo como realidade inescapável terá de
ser endereçada.
Assim sendo, os psicoterapeutas que lidam com este tipo de paciente precisam estar
preparados para trazer as ex
Isto não significa abandonar as intervenções verbais e analíticas, mas não se ater apenas a
elas, e sim permitir que o corpo do paciente entre no espaço terapêutico com todas as suas
intensidades.
Em síntese, é necessária a disposição de enfrentar o novo, também com ferramentas
corporais. Os exercícios de respiração, grounding, limites e toques específicos serão sempre
bem-vindos para estes pacientes.
Mesmo que pareça ousada, como abordagem, no
substâncias, as intervenções que enfatizam sensações corporais e sentimentos, serão sempre
o lugar dos contatos e das transferências.
“O fenômeno transferencial tem uma realidade imediata, e isso obriga o analista a enfrentácom atitudes. O desenvolvimento emocional primitivo é inacessível à interpretação. Não é uma questão de c(Winnicott apud Etchegoyen, p.133)
Se as patologias narcísicas negam o corpo, por ser o lugar da realidade dos
sentimentos e sensações, é precisamente lá, no corpo, que teremos que buscar a possibilidade
de refazimento das pontes com a realidade
Conclusão
Estamos lidando com novos desafios todos os dias.
As patologias do contemporâneo nos apresentam e nos propõem sempre novas
modalidades de intervenção.
Nossas ferramentas corporais também vão sendo transformadas e mel
com esta realidade, criando novos recursos, quando necessários. Além dos exercícios e
técnicas corporais já conhecidas, a abordagem corporal que vamos produzir junto com nossos
clientes impulsivos/compulsivos vai nos ajudar a acessar novas
para:
COMO REFERENCIAR ESSE ARTIGO
CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade? Comportamentos abusivos na contemporaneidade. In: VOLPI, José Henrique; VOLPI, Sandra Mara (Org.) CONGRESSO BRASILEIRO e ENCONTRO PARANAENSE DE PSICOTERAPIAS CORPORAIS, XXI, 2016. Anais. Curitiba: Centro Reichiano, 201
– 978-85-69218-01-2]. Disponível em: www.centroreichiano.com.br/artigos_anais_congressos.htm
Acesso em: ____/____/____.
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estruturais de um superego isolado, a verdade do corpo como realidade inescapável terá de
Assim sendo, os psicoterapeutas que lidam com este tipo de paciente precisam estar
preparados para trazer as experiências de aceitação e interpretação para um nível corporal.
Isto não significa abandonar as intervenções verbais e analíticas, mas não se ater apenas a
elas, e sim permitir que o corpo do paciente entre no espaço terapêutico com todas as suas
Em síntese, é necessária a disposição de enfrentar o novo, também com ferramentas
Os exercícios de respiração, grounding, limites e toques específicos serão sempre
vindos para estes pacientes.
Mesmo que pareça ousada, como abordagem, no caso especifico do abuso de
substâncias, as intervenções que enfatizam sensações corporais e sentimentos, serão sempre
o lugar dos contatos e das transferências.
“O fenômeno transferencial tem uma realidade imediata, e isso obriga o analista a enfrentá-lo, não com sua bagagem convencional interpretativa, e sim com atitudes. O desenvolvimento emocional primitivo é inacessível à interpretação. Não é uma questão de compreendê(Winnicott apud Etchegoyen, p.133)
Se as patologias narcísicas negam o corpo, por ser o lugar da realidade dos
sentimentos e sensações, é precisamente lá, no corpo, que teremos que buscar a possibilidade
das pontes com a realidade.
Estamos lidando com novos desafios todos os dias.
As patologias do contemporâneo nos apresentam e nos propõem sempre novas
modalidades de intervenção.
Nossas ferramentas corporais também vão sendo transformadas e mel
com esta realidade, criando novos recursos, quando necessários. Além dos exercícios e
técnicas corporais já conhecidas, a abordagem corporal que vamos produzir junto com nossos
clientes impulsivos/compulsivos vai nos ajudar a acessar novas profundidades de experiências
CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade?
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Curitiba: Centro Reichiano, 2016. ]. Disponível em:
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estruturais de um superego isolado, a verdade do corpo como realidade inescapável terá de
Assim sendo, os psicoterapeutas que lidam com este tipo de paciente precisam estar
periências de aceitação e interpretação para um nível corporal.
Isto não significa abandonar as intervenções verbais e analíticas, mas não se ater apenas a
elas, e sim permitir que o corpo do paciente entre no espaço terapêutico com todas as suas
Em síntese, é necessária a disposição de enfrentar o novo, também com ferramentas
Os exercícios de respiração, grounding, limites e toques específicos serão sempre
especifico do abuso de
substâncias, as intervenções que enfatizam sensações corporais e sentimentos, serão sempre
“O fenômeno transferencial tem uma realidade imediata, e isso obriga o lo, não com sua bagagem convencional interpretativa, e sim
com atitudes. O desenvolvimento emocional primitivo é inacessível à ompreendê-lo, e sim, de refazê-lo”
Se as patologias narcísicas negam o corpo, por ser o lugar da realidade dos
sentimentos e sensações, é precisamente lá, no corpo, que teremos que buscar a possibilidade
As patologias do contemporâneo nos apresentam e nos propõem sempre novas
Nossas ferramentas corporais também vão sendo transformadas e melhor sintonizadas
com esta realidade, criando novos recursos, quando necessários. Além dos exercícios e
técnicas corporais já conhecidas, a abordagem corporal que vamos produzir junto com nossos
profundidades de experiências
COMO REFERENCIAR ESSE ARTIGO
CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade? Comportamentos abusivos na contemporaneidadeSandra MaraPSICOTERAPIAS CORPORAIS, XX[ISBN www.centroreichiano.com.br/artigos_anais_congressos.htm
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“a livre expressão das emoções em sua espontaneidade e intensidade propiciando força e assertividade diante do esclarecimento sobre as necessidades básicas deste indivíduo, não atendidas em tenra idade e solicitadas em falta / falha”
Muitos exercícios vão surgir da observação de casos particulares, como alguma postura
corporal que ajude a aumentar a tolerância ao desconforto da abstinência. Serão soluções
singulares e criativas, feitas sob medida para com “aquela” compulsão, “daquele”
questão. Não há uma receita universal, mas um processo criativo em que paciente e terapeuta
estão empenhados juntos. Segundo Baum (Baum apud Heinrich Clauer, 2015) “a psicoterapia
se realiza por meio de, e no interior de um relacionamento entre
psicoterapeuta esteja sensível e receptivo e sintonizado com suas próprias reações e para as
reações que o paciente evoca”. Assim, os insights poderão ser muitos.
Como uma colega, ex
proposto respirar antes de fumar foi o que me fez deixar o vício? Eu queria parar e não sabia
como, mas na verdade eu fumava para respirar”.
REFERÊNCIAS BAUMAN, Z. O Mal-estar da pós CLAUER, Heinrich. Múltiplos saberes em Psicologia Corporal Editora Libertas, v.II, 2015 KERNBERG, O. Psicoterapia psicodinâmica de pacientes borderline1991. KERNBERG, O. et al. Psicoterapia dinâmica das patologiasAlegre: Artmed, 2008. LAPLANCHE, J; PONTALIS, Martins Fontes Editora, 1988. LOWEN, A. O corpo em terapia. MCWILLIAMS, N. Diagnóstico MENDONÇA, J. R. S. A droga como um recurso ao malRevista, Belo Horizonte, v. 17, n. 2, p. 240
COMO REFERENCIAR ESSE ARTIGO
CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade? Comportamentos abusivos na contemporaneidade. In: VOLPI, José Henrique; VOLPI, Sandra Mara (Org.) CONGRESSO BRASILEIRO e ENCONTRO PARANAENSE DE PSICOTERAPIAS CORPORAIS, XXI, 2016. Anais. Curitiba: Centro Reichiano, 201
– 978-85-69218-01-2]. Disponível em: www.centroreichiano.com.br/artigos_anais_congressos.htm
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“a livre expressão das emoções em sua espontaneidade e intensidade propiciando força e assertividade diante do esclarecimento sobre as necessidades básicas deste indivíduo, não atendidas em tenra idade e solicitadas em constante e frequente sofrimento psíquico de quem sente esta falta / falha” (Klopstech apud Heinrich Clauer, 2015)
Muitos exercícios vão surgir da observação de casos particulares, como alguma postura
corporal que ajude a aumentar a tolerância ao desconforto da abstinência. Serão soluções
singulares e criativas, feitas sob medida para com “aquela” compulsão, “daquele”
questão. Não há uma receita universal, mas um processo criativo em que paciente e terapeuta
estão empenhados juntos. Segundo Baum (Baum apud Heinrich Clauer, 2015) “a psicoterapia
se realiza por meio de, e no interior de um relacionamento entre pessoas. É importante que o
psicoterapeuta esteja sensível e receptivo e sintonizado com suas próprias reações e para as
reações que o paciente evoca”. Assim, os insights poderão ser muitos.
Como uma colega, ex-fumante compulsiva, um dia nos disse;-
proposto respirar antes de fumar foi o que me fez deixar o vício? Eu queria parar e não sabia
como, mas na verdade eu fumava para respirar”.
estar da pós-modernidade. Jorge Zahar Editor. RJ, 1999.
Múltiplos saberes em Psicologia Corporal –
Psicoterapia psicodinâmica de pacientes borderline
Psicoterapia dinâmica das patologias leves de personalidade
LAPLANCHE, J; PONTALIS, J. B. Vocabulário da Psicanálise. Dir. D. Lagache, 10ª edição. Martins Fontes Editora, 1988.
O corpo em terapia. São Paulo: Summus, 1977.
Diagnóstico psicanalítico. Porto Alegre: Artmed, 2014.
A droga como um recurso ao mal-estar na civilizaçãoRevista, Belo Horizonte, v. 17, n. 2, p. 240-260 ago, 2011.
CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade?
VOLPI, José Henrique; VOLPI, CONGRESSO BRASILEIRO e ENCONTRO PARANAENSE DE
Curitiba: Centro Reichiano, 2016. ]. Disponível em:
www.centroreichiano.com.br/artigos_anais_congressos.htm.
“a livre expressão das emoções em sua espontaneidade e intensidade propiciando força e assertividade diante do esclarecimento sobre as necessidades básicas deste indivíduo, não atendidas em tenra idade e
constante e frequente sofrimento psíquico de quem sente esta
Muitos exercícios vão surgir da observação de casos particulares, como alguma postura
corporal que ajude a aumentar a tolerância ao desconforto da abstinência. Serão soluções
singulares e criativas, feitas sob medida para com “aquela” compulsão, “daquele” paciente em
questão. Não há uma receita universal, mas um processo criativo em que paciente e terapeuta
estão empenhados juntos. Segundo Baum (Baum apud Heinrich Clauer, 2015) “a psicoterapia
pessoas. É importante que o
psicoterapeuta esteja sensível e receptivo e sintonizado com suas próprias reações e para as
reações que o paciente evoca”. Assim, os insights poderão ser muitos.
- “sabe que você ter me
proposto respirar antes de fumar foi o que me fez deixar o vício? Eu queria parar e não sabia
Jorge Zahar Editor. RJ, 1999.
Análise Bioenergética,
Psicoterapia psicodinâmica de pacientes borderline. Porto Alegre: Artmed,
leves de personalidade. Porto
. Dir. D. Lagache, 10ª edição.
. Porto Alegre: Artmed, 2014.
estar na civilização. Psicologia em
COMO REFERENCIAR ESSE ARTIGO
CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade? Comportamentos abusivos na contemporaneidadeSandra MaraPSICOTERAPIAS CORPORAIS, XX[ISBN www.centroreichiano.com.br/artigos_anais_congressos.htm
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REICH, W. O caráter impulsivo: um estudo da patologia do egoSP: Ed. WMF Martins Fontes, 2009. SANTOS, T. C.; AZEREDO, F. A. M.Paulo) [online]. 2005, vol.9, n.16 http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141511382005000200006&lng=pt&nrm=iso
AUTORAS e APRESENTADOR
Leia Maria de Mora Cardenuto Psicóloga (CRPpsicoterapeuta de adolescentes e adultos. Especialista em Análise Reichiana pelo Instituto Sedes Sapientiae, International Institue of Bioenergetic Analysis. Coordenadora do SAPS, Serviço de Atendimento Psicoterapeutico Social do IABSP, Instituto de Análise Bioenergética de São Paulo. Coordena o Grupo de Estudos e PesquConsumo Abusivo e Comportamentos Tóxicos: relações objetais na Contemporaneidade.E-mail: [email protected]
Lisete Barlach Psicóloga (CRPatuando como psicoterapeuta de adolescentes e adultos. Especialista em Analise Reichiana pelo Instituto Sedes Sapiente. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Consumo Abusivo e Comportamentos Tóxicos na ContemporanUSP. Membro do Grupo de Estudos de Psicologia Política, Políticas Publicas e Multiculturalismo. Professora da Pós Graduação em Psicologia Política.E-mail: [email protected]
Mara Luiza Vieira Ceroni Psicóloga clinica (CRPQuímica pela Universidade Federal de São PauloAnálise Reichiana pelo Sedes Sapientiae. Formação Internacional em Análise Bioenergética pelo IABSPem Consumo Abusivo e Comportamentos Tóxicos: Relações Objetais na Contemporaneidade do IAneurociências e a psicanálise. Desenvolve atividade online de atendimento, orientação e supervisão. Tutora no programa de redução de danos em parceria com o Ministério da Justiça e a Unidade de Dependência de Drogasda Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) na modalidade de curso de Educação a Distância (EAD).E-mail: [email protected]
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CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade? Comportamentos abusivos na contemporaneidade. In: VOLPI, José Henrique; VOLPI, Sandra Mara (Org.) CONGRESSO BRASILEIRO e ENCONTRO PARANAENSE DE PSICOTERAPIAS CORPORAIS, XXI, 2016. Anais. Curitiba: Centro Reichiano, 201
– 978-85-69218-01-2]. Disponível em: www.centroreichiano.com.br/artigos_anais_congressos.htm
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O caráter impulsivo: um estudo da patologia do ego. TraSP: Ed. WMF Martins Fontes, 2009.
SANTOS, T. C.; AZEREDO, F. A. M. Um tipo excepcional de caráter[online]. 2005, vol.9, n.16 [citado 2016-05-04], pp. 77
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-11382005000200006&lng=pt&nrm=iso. ISSN 1415-1138.
e APRESENTADORAS
Leia Maria de Mora Cardenuto / São Paulo / SP / BrasilPsicóloga (CRP-06/1507) pela Universidade de São Paulo, psicoterapeuta de adolescentes e adultos. Especialista em Análise Reichiana pelo Instituto Sedes Sapientiae, Analista Bioenergética e Local Trainer pelo International Institue of Bioenergetic Analysis. Coordenadora do SAPS, Serviço de Atendimento Psicoterapeutico Social do IABSP, Instituto de Análise Bioenergética de São Paulo. Coordena o Grupo de Estudos e PesquConsumo Abusivo e Comportamentos Tóxicos: relações objetais na Contemporaneidade.
Lisete Barlach / São Paulo / SP / Brasil Psicóloga (CRP-06/4435), Mestre e Doutora pela Universidade de São Paulo atuando como psicoterapeuta de adolescentes e adultos. Especialista em Analise Reichiana pelo Instituto Sedes Sapiente. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Consumo Abusivo e Comportamentos Tóxicos na Contemporaneidade. Docente da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP. Membro do Grupo de Estudos de Psicologia Política, Políticas Publicas e Multiculturalismo. Professora da Pós Graduação em Psicologia Política.
Mara Luiza Vieira Ceroni / São Paulo / SP / Brasil Psicóloga clinica (CRP-06/45328). Mestre em Neuropsicologia e Dependência Química pela Universidade Federal de São Paulo- UNIFESP. Análise Reichiana pelo Sedes Sapientiae. Formação Internacional em Análise Bioenergética pelo IABSP-IIBA Integra o Grupo de Estudos, Ensino e Pesquisa em Consumo Abusivo e Comportamentos Tóxicos: Relações Objetais na Contemporaneidade do IABSP. Pesquisa e estuda as relações entre neurociências e a psicanálise. Desenvolve atividade online de atendimento, orientação e supervisão. Tutora no programa de redução de danos em parceria com o Ministério da Justiça e a Unidade de Dependência de Drogasda Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) na modalidade de curso de Educação a Distância (EAD).
CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade?
VOLPI, José Henrique; VOLPI, CONGRESSO BRASILEIRO e ENCONTRO PARANAENSE DE
Curitiba: Centro Reichiano, 2016. ]. Disponível em:
www.centroreichiano.com.br/artigos_anais_congressos.htm.
. Tradução: Maya Hantower
Um tipo excepcional de caráter. Psyche (Sao 04], pp. 77-95. Disponível em:
/ Brasil pela Universidade de São Paulo, atua como
psicoterapeuta de adolescentes e adultos. Especialista em Análise Reichiana Analista Bioenergética e Local Trainer pelo
International Institue of Bioenergetic Analysis. Coordenadora do SAPS, Serviço de Atendimento Psicoterapeutico Social do IABSP, Instituto de Análise Bioenergética de São Paulo. Coordena o Grupo de Estudos e Pesquisas em Consumo Abusivo e Comportamentos Tóxicos: relações objetais na
Doutora pela Universidade de São Paulo atuando como psicoterapeuta de adolescentes e adultos. Especialista em Analise Reichiana pelo Instituto Sedes Sapiente. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Consumo Abusivo e Comportamentos Tóxicos na
eidade. Docente da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP. Membro do Grupo de Estudos de Psicologia Política, Políticas Publicas e Multiculturalismo. Professora da Pós Graduação em Psicologia Política.
06/45328). Mestre em Neuropsicologia e Dependência UNIFESP. Especialista em
Análise Reichiana pelo Sedes Sapientiae. Formação Internacional em Análise IIBA Integra o Grupo de Estudos, Ensino e Pesquisa
em Consumo Abusivo e Comportamentos Tóxicos: Relações Objetais na BSP. Pesquisa e estuda as relações entre
neurociências e a psicanálise. Desenvolve atividade online de atendimento, orientação e supervisão. Tutora no programa de redução de danos em parceria com o Ministério da Justiça e a Unidade de Dependência de Drogas (UDED) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) na modalidade de curso de
COMO REFERENCIAR ESSE ARTIGO
CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade? Comportamentos abusivos na contemporaneidadeSandra MaraPSICOTERAPIAS CORPORAIS, XX[ISBN www.centroreichiano.com.br/artigos_anais_congressos.htm
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Priscilla de Castro Campos Leitner Psicóloga clínica (CRPReichiano). Residência em Análise Reichiana (Centro Reichiano). Formação Internacional em Análise Bioenergética pelo IABSPHumanas (UTP/PR). Doutoranda em MedicinaGrupo de Estudos, Ensino e Pesquisa em Consumo Abusivo e Comportamentos Tóxicos: Relações Objetais na Contemporaneidade do IABSP. Diretora Técnica do Instituto de Pesquisa do Comportamento Alimentar de Curitiba. Psicóloga e PeObeso Cirúrgico HCindividualmente e em grupo. Avaliação psicológica para cirurgia bariátrica. Coordena grupos com enfoque bioenergético.E-mail: [email protected]
COMO REFERENCIAR ESSE ARTIGO
CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade? Comportamentos abusivos na contemporaneidade. In: VOLPI, José Henrique; VOLPI, Sandra Mara (Org.) CONGRESSO BRASILEIRO e ENCONTRO PARANAENSE DE PSICOTERAPIAS CORPORAIS, XXI, 2016. Anais. Curitiba: Centro Reichiano, 201
– 978-85-69218-01-2]. Disponível em: www.centroreichiano.com.br/artigos_anais_congressos.htm
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Priscilla de Castro Campos Leitner / Curitiba / PR / Brasilclínica (CRP-08/19772). Especialista em Psicologia Corporal (Centro
Reichiano). Residência em Análise Reichiana (Centro Reichiano). Formação Internacional em Análise Bioenergética pelo IABSP-IIBA. Mestre em Ciências Humanas (UTP/PR). Doutoranda em Medicina Interna (HCGrupo de Estudos, Ensino e Pesquisa em Consumo Abusivo e Comportamentos Tóxicos: Relações Objetais na Contemporaneidade do IABSP. Diretora Técnica do Instituto de Pesquisa do Comportamento Alimentar de Curitiba. Psicóloga e Pesquisadora no Ambulatório Multidisciplinar do Obeso Cirúrgico HC-UFPR. Atua clinicamente em atendimento de adultos individualmente e em grupo. Avaliação psicológica para cirurgia bariátrica. Coordena grupos com enfoque bioenergético.
CARDENUTO, Leia Maria de Mora; BARLACH, Lisete; CERONI, Mara Luiz Vieira; LEITNER, Priscilla de Castro Campos. Impulsividade? Compulsividade?
VOLPI, José Henrique; VOLPI, CONGRESSO BRASILEIRO e ENCONTRO PARANAENSE DE
Curitiba: Centro Reichiano, 2016. ]. Disponível em:
www.centroreichiano.com.br/artigos_anais_congressos.htm.
/ Curitiba / PR / Brasil 08/19772). Especialista em Psicologia Corporal (Centro
Reichiano). Residência em Análise Reichiana (Centro Reichiano). Formação IIBA. Mestre em Ciências
Interna (HC-UFPR). Integra o Grupo de Estudos, Ensino e Pesquisa em Consumo Abusivo e Comportamentos Tóxicos: Relações Objetais na Contemporaneidade do IABSP. Diretora Técnica do Instituto de Pesquisa do Comportamento Alimentar
squisadora no Ambulatório Multidisciplinar do UFPR. Atua clinicamente em atendimento de adultos
individualmente e em grupo. Avaliação psicológica para cirurgia bariátrica.