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Inflação de 12.8% dá 9 aos salários em dezembro - Coleção

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©JORNAL DO BRASIL S A 1907

TempoNo Rio e em Niterói, nubladoá .ocasionalmente encoberto,com instabilidade ocasionais.Visibilidade moderada. Tem-peratura estável; máxima emínima de ontem: 28.7° emBangü e 21" no Alto da BoaVista. Foto do satélite e tempono mundo, página 12.

Pão de Açúcar russoO Pão de Açúcar é o primeirogrupo brasileiro a beneficiar-se cios novos ares da URSS deGorbachev: vai abrir um su-permercado om Moscou, atra-vés de sua subsidiária portu-guesa, a Planco. (Página 15)

Carros mais carosO Conselho Interministerialde Preços autorizou reajustesde até 24,48% para os autòmó-veis a partir de segunda-feira.No mesmo dia, os remédiosterão aumento médio de 22%,com alguns recebendo até150%. (Página 18)

índio nu na FordO índio potiguar Tiuré cau-sou grande reboliço na Fun-dação Ford, no Flamengo, aodesfilar nu para protestarcontra a recusa da entidadeem financiar projeto indige-nista. (Página 4-a)

Sizenando

W m^h MS ;/ \» As exigências protocolaresda vida social em Washingtontransformaram o smoking nu-ma espécie de uniforme decivis. Muitos políticos chegama manter um black tie no gabi-nete no Congresso para emer-gências. (Página 8)

"Over" aliviadoAs aplicações de curtíssimoprazo (overnight), garantidaspor títulos federais (OTN), es-taduais e privados, vão pagarmenos imposto de renda nafonte: o Banco Central redu-ziu de 10r<í para 6% a alíquota,de forma a baixar os juros.(Página 14)

Motim continuaO esfaqueamento de um refémlevou ao fracasso um planopara acabar com a rebelião decubanos presos em Oakdale(EUA). Uma outra tentativa,em Atlanta, onde há 1 mil 500amotinados, também falhou.(Página 8)

Vacina anti-AidsO jornal francês Le Monde pu-blicou entrevista do comissá-rio de Saúde do Zaire, queafirmou serem boas as pers-pectivas da vacina contra Aidsaplicada em 30 soldados fran-ceses e 10 civis em seu país.(Página 7)

Xiitas soltam refénsGrupo radical xiita pró-iraniano libertou em Beirutedois reféns franceses, os jor-nalistas Jean Louis Norman-din e Roger Auque. Restamainda no Líbano três refénsfranceses. (Página 9)

Guerra sujaA repressão argentina matou23 civis para cada militar viti-mado na chamada guerra suja:11 mil 372 mortos ou desapare-cidos contra 492 baixas nasForças Armadas. O dado é daAssembléia Permanente dosDireitos Humanos. (Página 8)

Massacre de brancosNegros rebeldes trucidarama facadas e machadadas 16membros de um grupo de fazendeiros brancos no Zim-babwe, inclusive cinco crian-ças. Foi o pior massacre des-de a independência, em 1980.(Página 9)

PM fere lavradorUm PM feriu com um tiro naspernas o lavrador FranciscoCavaleiro, 40 anos, que resis-tiu junto com 80 famílias àordem de despejo que 150 sol-dados tentaram cumprir, semsucesso, em Nova Cantu (PR).(Página 4)

Divórcio de MadonnaA roqueira Madonna, 28 anos,alegou falta de diálogo e ciú-mes exagerados por parte domarido, o ator Sean Penn, pa-ra abrir processo de divórcio,após dois anos de casamento.(Página 8)

Rio de Janeiro — Sábado, 28 de novembro de 1987 Ano XCVII — N" 234 Preço; CZS 20,00

Inflação de 1 2.8% dá 9aos salários em dezembro

Os salários serão reajustadosem dezembro, janeiro e fevereiroem 9,19% de acordo com a Unida-de de Referência de Preços(URP). O índice foi anunciadojunto com a inflação de novembro— 12,84% — a primeira, depois dequatro meses consecutivos, supe-rior a 10%. O novo piso salarialnacional, em vigor a partir da pró-xirha terça-feira, é de CZS3.600,00.

Em onze meses a inflação che-gou a 308,23%, ficando abaixo dorendimento da poupança no mesmoperíodo que foi de 357,34%. Ascadernetas vão render em novem-bro 13,4%. Com a decisão do go-verno de reduzir ainda mais os pro-dutos que terão preços estritamentecontrolados, não se acredita que ainflação vá ser menor em dezembroe alguns economistas já estimamuma taxa entre 15% e 16%. (Pág. 14)

Casa própriaO governo vai reduzir em um ou

dois pontos percentuais os jurosdo sistema Financeiro de habitaçãoc alongar o financiamento de 20para 25 anos — nos contratos novos—, anunciou o ministro da Habita-ção e Urbanismo, Prisco Vianna.O objetivo é reduzir o valor dasprestações. O governo tambémquer incentivar a construção deimóveis para aluguel. (Página 15)

Custódio Coimbra

Passado o susto, o piloto Caio Martins da Costa foi saudado como herói pelos curiososque correram para ver de perto a novidade: um avião em plena praia de Ipanema

América Latinaameaça credorcom moratória

Os oito presidentes latino-america-nos reunidos em Acapulco, no México,ameaçaram não pagar a dívida externade seus países caso os credores nãoconcordem com o financiamento subs-tancial dos juros dos débitos a vencernos próximos anos. Numa sucessão dediscursos, os presidentes do Brasil, Mé-xico, Argentina, Venezuela, Peru, Pana-má, Colômbia e Uruguai culparam osdesequilíbrios das economias dos paísesricos pela crise da dívida. Indicando aintegração como saída, o presidente JoséSarney afirmou: "Acabou a era de espe-rar de fora a ajuda salvadora." (Pág. 13)

Receita defineos patrimôniosisentos do IPL

O Imposto sobre o PatrimônioLíquido (IPL), a ser criado pelo pa-cote fiscal, não deverá atingir aspessoas físicas com patrimônio infe-rior a 10 mil OTNs (CZ$ 4,6 milhõeshoje), segundo informação de altafonte da Secretaria da Receita Fede-ral. Em nota divulgada ontem, aReceita informou também não estarprevisto, entre as medidas em estudopara o ajuste fiscal, "qualquer au-mento de Imposto de Renda da pes-soa jurídica", encerrando a especula-ção sobre aumento do adicional co-brado das grandes empresas. (Pág. 14)

Paulo Nicolella

*"%T% / /" - "... r'-:O goleiro Zé Carlos recebeu a visita do filho na Gávea,no último treino antes do jogo com o Atlético. (Pág. 22)

Avião em paneaterrissa emplena Ipanema

Com o motor do Uirapuru T-23 empane ao sobrevoar as Ilhas Cagarras, opiloto Caio Martins da Costa, 22, emvôo de instrução, conseguiu planarcom o aparelho até a costa e pousarcom segurança nas areias quase deser-tas da Praia de Ipanema, entre ospostos 9 e 10. Pouca gente viu o aviãopousar.

"Quando vi, ele estava lá. Nãoouvi barulho nenhum. Ele desceu co-mo uma pombinha", contou DirleyMenegusto, que jogava vôlei a uns 100metros do local e foi o primeiro acorrer até o avião. (Cidade, página 1)

Mulher ataca adentadas majordo Exército

Contratada pela síndica por quatrodias para substituir o vigia, seu marido.Helena provocou muita confusão no pré-dio Saint Bernard, na Rua São FranciscoXavier, 278, Tijuca, ao atacar a dentadaso major reformado do Exército, JoséBustamante. A confusão começou quan-do Helena impediu o entregador doJORNAL DO BRASIL de entrar noedifício. O major foi reclamar e Helenatentou agredir sua mulher. Ao separa-las, o oficial foi atacado pela vigia,que o mordeu várias vezes no braçodireito antes de sumir. (Cidade, pág. 5)

Scala incomodamais no Leblondo que 14a DP

Em vez da 14a Delegacia, comosugeriu o secretário de Polícia Civil,Hélio Saboya, o que deveria sair davizinhança do conjunto Selva de Pe-dra, no Leblon, é a casa de showsScala. Pelo menos é o que acham osmoradores, mais irritados com o nego-cio de Chico Recarey do que com asgritarias e confusões dos presos.Há três anos o Scala anima os queestão lá dentro e desespera os vi-zinhos, às voltas com um trânsito in-fcrnal, bu/inas e uma gangue de guar-dadores de carros que cobra o quequer pelas vagas {Cidade página *•)

ilson Barroto

S] Xuxa Lopes

oto), protago-nista do filmeSonho de Valsa,é uma das favo-ritas para rece-ber o prêmio demelhor atriz noFestRio, Prepa-randò-se paraser dirigida pe-1 o naninraao,Hector Baben-co, na peca Foolfor Love, de SamShepard, Xuxatem um mapaastral que podedar sorte na pre-mi ação.

Divulgação

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D Filha deMarília Pera eNelson Motta,Esperança, 12anos, faz suaestréia nospalcos com apeça Fadamenina, ondeinterpretaDora, umamenina que dedia é normal eà noite virafada. Os paisderam a maiorforça, masEsperança,que adorou anovidade,ainda náodecidiu se vaiseguir acarreira.

D O último imperador, de Bertolucci, comJohn Lone e Joan Chen (foto), encerrahoje o 4o FestRio. Repleto de cineastasilustres e desorganizado nas mostras pa-ralelas, o festival tem como favoritos paraa premiacào os diretores Pedro Almodo-var e Michael Radford e o filme alemãoI.onge de Uoscnhein.

? A noite de hoje na TVé de Stanley Donen, ci-neasta de filmes sofisti-cados e inteligentes, co-mo Cantando na chuva eCharada. Dele, a TVE exi-be Indiscreta, com CaryGrant e Ingrid Bergman(foto) e a Manchete, Núp-cias reais, com Fred As-taire e Jane Powell. Inva-sores de corpos, na Globo,também e boa pedida.

Geraldo Viola

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y^Reprodução Eduardo Alonso

? Há quase três déca-das, o inglês Cornei Lu-cas fotografa gente decinema. Hoje é o últi-mo dia da exposiçãoque trouxe para o halldo Hotel Nacional, on-de mostra 60 portraitsde Brigitte Bardot, Ka-tharine Hepburn, JohnHuston, Gregory Peck(foto) e estrelas do tem-po em que a fotografiaflagrava sonhos.

Mauro Nascimento

? Se os jovens inglesesadotaram e os costurei-ros franceses revalori-zaram, a moda brasilei-ra também tem que semanifestar a favor doschapéus. Como acesso-rios que justificam pro-duçao de 10 mil peçasmensais, vendidas nasgrandes lojas, as boinas,toucas, panamás e cape-Unes sâo opções parafazer as cabeças.

? A sopa de rãs e onovo beaujolais sa-bor banana aeonte-cem no elegante fes-tival Paul Bocuse,no Le Saint-Honore,com a vinda do chefRoger Jaloux e dos o m m e 1 i e r Yann'~ Éon (foto). No festi-vai do Zaire, come-se crocodilo, porco-espinho e larva: oRio vive uma sema-na exótica.

Idéias

? Autor de 41 livros, entre romances,ensaios e peças teatrais, o italianoAlberto Moravia completa hoje 80anos e se revela um inconformista emplena forma. Parlamentar do PartidoComunista, casado com uma mulher47 anos mais jovem e crítico de cine-ma, Moravia ainda encontra tempopara a literatura e anuncia a publica-

. ção de novo romance, A repetição, so-bre a família e o incesto. De sua casaem Itaparica, o escritor João UbaldoRibeiro conta como foi a versào queele mesmo fez de Viva o povo brasi-leiro para o inglês e fala sobre seunovo romance, O sorriso do lagarto.

©JORNAL IX) BRASIL S A 1987

TempoNo Rio e em Niterói, nubladoa ocasionalmente encoberto,com instabilidade ocasional.Visibilidade moderada. Tem-peratura estável; máxima emínima de 'ontem: 28,7° emjjángu e 21" no Alto da BoaVista. Foto do satélite e tempono mundo, página 12.

Pão de Açúcar russoO Pão de Açúcar é o primeirogrupo brasileiro a beneficiar-se dos novos ares da URSS deGorbachev: vai abrir um su-permercado em Moscou, atra-vés cie sua subsidiaria portu-guesa, a Planco. (Página 15)

Carros mais carosO Conselho Intermiriistérialde Preços autorizou reajustesde até 24,48% para os automó-veis a partir de segunda-feira.No mesmo dia, os remédiosterão aumento médio de 22f;í,com alguns recebendo até150%. (Página 18)

índio nu na FordO índio potiguar Tiuré cau-sou grande rebuliço na Fun-dàção Ford, no Flamengo, aodesfilar nu para protestarcontra a recusa da entidadeem financiar projeto indige-nista. (Cidade, página 6)

Sizonando

• As exigências pròtòcolàresda vida social cm Washingtontransformaram o smoking nu-ma espécie de uniforme decivis. Muitos políticos chegama manter um black tie no gabi-nete no Congresso para emer-gências. (Página 8)

"Over" aliviadoAs aplicações de curtíssimoprazo (overnight), garantidaspor títulos federais (OTN), es-taduais e privados, vão pagarmenos imposto de renda nafonte: o Banco Central redu-ziu de 10% para 6% a alíquota,de forma a baixar os juros.(Página 14)

Motim continuaO esfaqueamento de um refémlevou ao fracasso um planopara acabar com a rebelião decubanos presos em Oakdale(EUA). Uma outra tentativa,em Atlanta, onde há 1 mil 500amotinados, também falhou.(Página 8;

Vacina anti-AidsO jornal francês Le Monde pu-blicou entrevista do comissá-rio de Saúde do Zaire, queafirmou serem boas as pers-pectivas da vacina contra Aidsaplicada em 30 soldados fran-ceses e 10 civis em seu país.(Página 7)

Empréstimo de NatalO presidente da AssembléiaLegislativa de Minas, Neif Ja-bour. citado pela 3U Vara daFazenda Pública em ação mo-vida por deputados do PT,cancelou empréstimo natali-no de CZ$ 1,4 milhão, sem ju-ros ou correção monetária, pa-ra cada parlamentar. (Pág. 2)

Guerra sujaA repressão argentina matou23 civis para cada militar viti-mado na chamada guerra suja:11 mil 372 mortos ou desapare-cidos contra 492 baixas nasForças Armadas. O dado é daAssembléia Permanente dosDireitos Humanos. (Página 8)Massacre de brancosNegros rebeldes trucidarama facadas e machadadas 16membros de um grupo de fá-zendeiros brancos no Zim-babwe, inclusive cinco crian-ças. Foi o pior massacre des-de a independência, em 1980.(Página 9)PM fere lavradorUm PM feriu com um tiro naspernas o lavrador FranciscoCavaleiro, 40 anos, que resis-tiu junto com 80 famílias àordem de despejo que 150 sol-dados tentaram cumprir, semsucesso, em Nova Gantu (PR),(Página 4)

Divórcio de MadonnaA roqueira Madonna, 28 anos,alegou falta de diálogo e ciú-mes exagerados por parte domarido, o ator Sean Penn, pa-ra abrir processo de divórcio,após dois anos de casamento.(Página 8i

Rio do Janeiro — Sábado, 28 de novembro de 1987 Ano XCVIl 'reco: CZS 20,01) Edição

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Os salários serão reajustadoscm dezembro, janeiro e fevereiroem 9,19% de acordo com a Unida-de de Referência de Preços(URP). O índice foi anunciadojunto com a inflação de novembro— 12,84% — a primeira, depois dequatro meses consecutivos, supe-rior a 10%. O novo piso salarialnacional, em vigor a partir da pró-xima terça-feira, é de CZ$3.600,00.

nos emEm onze meses a inflação che-

gou a 308,23%, ficando abaixo dorendimento da poupança no mesmoperíodo, que foi de 357,34%. Ascadernetas vão render cm novem-bro 13,4%. Com a decisão do go-verno de reduzir ainda mais os pro-dutos que terão preços estritamentecontrolados, não se acredita que ainflação vá ser menor em dezembroe alguns economistas já estimamuma taxa entre 15% e 16%. (Pág. 14)

dezembroCasa própria

O governo vai reduzir em um oudois pontos percentuais os jurosdo sistema financeiro de habitaçãoe alongar o financiamento de 20para 25 anos — nos contratos novos—, anunciou o ministro da Habita-ção e Urbanismo, Prisco Vianna.O objetivo é reduzir o valor dasprestações. O governo tambémquer incentivar a construção deimóveis para aluguel. (Página 15)

Custódio Coimbra

Passado o susto, o piloto Caio Martins da Costa foi saudado como herói pelos curiososque correram para ver de perto a novidade: um avião em plena praia de Ipanema

América Latinaameaça credorcom moratória

Os oito presidentes latino-america-nos reunidos cm Acapulco, no México,ameaçaram não pagar a dívida externade seus países caso os credores nãoconcordem com o financiamento subs-tancial dos juros dos débitos a vencernos próximos anos. Numa sucessão dediscursos, os presidentes do Brasil, Mc-xico, Argentina, Venezuela, Peru, Pana-má, Colômbia e Uruguai culparam osdesequilíbrios das economias dos paísesricos pela crise da dívida. Indicando aintegração como saída, o presidente JoséSarney afirmou: "Acabou a era de espe-rar de fora a ajuda salvadora." (Pág. 13)

Receita defineos patrimôniosisentos do IPL

O Imposto sobre o PatrimônioLíquido (IPL), a ser criado pelo pa-cote fiscal, não deverá atingir aspessoas físicas com patrimônio infe-rior a 10 mil OTNs (CZS 4,6 milhõeshoje), segundo informação de altafonte da Secretaria da Receita Fede-ral. Em nota divulgada ontem, aReceita informou também não estarprevisto, entre as medidas cm estudopara o ajuste fiscal, "qualquer au-mento de Imposto de Renda da pes-soa jurídica", encerrando a especula-ção sobre aumento do adicional co-brado das grandes empresas. (Pág. 14)

Paulo Nlcolella

Avião em paneaterrissa emplena Ipanema

Com o motor do Uirapuru T-23 empane ao sobrevoar as Ilhas Cagarras, opiloto Caio Martins da Costa, 22, emvôo de instrução, conseguiu planarcom o aparelho até a costa e pousarcom segurança nas areias quase deser-tas da Praia de Ipanema, entre ospostos 9 e 10. Pouca gente viu o aviãopousar.

"Quando vi, ele estava lá. Nãoouvi barulho nenhum. Ele desceu co-mo uma pombinha", contou DirleyMenegusto, que jogava vôlei a uns 100metros do local e foi o primeiro acorrer até o avião. (Cidade, página 1)

Mulher ataca adentadas majordo Exército

Contratada pela síndica por quatrodias para substituir o vigia, seu marido.Helena provocou muita confusão no pré-dio Saint Bernard, na Rua São FranciscoXavier, 278, Tijuca, ao atacar a dentadaso major reformado do Exército, JoséBustamante. A confusão começou quan-do Helena impediu o entregador doJORNAL DO BRASIL de entrar noedifício. O major foi reclamar e Helenatentou agredir sua mulher. Ao separa-Ias, o oficial foi atacado pela vigia,que o mordeu várias vezes no braçodireito antes de sumir. (Cidade, pág. 5)

incomodad;

O goleiro r£é Carlos recebeu a visita do filho na Gávea,

no último treino antes dó jogo com o Atlético. (Pág. 22)

Scalamais no Leblondo que 14a DP

Em vez da 14;| Delegacia, comosugeriu o secretário de Polícia Civil,Hélio Saboya, o que deveria sair davizinhança do conjunto Selva de Pe-dra, no Leblon, é a casa de showsScala. Pelo menos é o que acham osmoradores, mais irritados com o nego-cio de Chico Recarey do que com asgritadas e contusões dos presos.Há três anos o Scala anima os queestão lá dentro e desespera os vi-zinhos, às voltas com um trânsito in-fcrnal, buzinas c uma gangue de guar-dadores de canos que cobra o quequer pelas vagas. (Cidade, página 5)

^gSSKV Gilson Barreto(71 Xuxa Lopes(foto), protago-nista do filmeSonho de Valsa,é uma das favo-ritas para rece-ber o prêmio demelhor atriz noFestHio. Prepa-randò-sé paraser dirigida pe-I o n a m o r a fl o,Hector Baben-co, na peça Foolfor Love, de SamShojjard, Xuxatem um mapaastral que podedar sorte na pre-miação.

Divulgação

¦MT? O último imperador, de Bertolucci, comJohn Lono c Joan Chen (foto), encerrahoje o 4" FestHio. Repleto de cineastasilustres e desorganizado nas mostras pa-ralelas, o festival tem como favoritos paraa premiaçáo os diretores Pedro Almodo-var e Michael Radford e o filme alemãoLonRe de Kosenhein.

? A noite de hoje na TVé de Stanley Donen, ei-neasta de filmes sofisti-cados e inteligentes, co-mo Cantando na chuva eCharada. Dele, a TVE exi-be Indiscreta, com CaryGrant e Ingrid Bergman(foto) e a Manchete, Núp-cias reais, com Frcd As-taire e Jane Powell. Invà-sores de corpos, na Globo,também é boa pedida.

D Filha deMarilia Pera eNelson Motta,Esperança, 12anos, faz suaestréia nospalcos com apeça Fadamenina, ondeinterpretaDora, umamenina que dedia é normal eà noite virafada. Os paisderam a maiorforça, masEsperança,que adorou anovidade,ainda nãodecidiu se vaiseguir acarreira.

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Geraldo Viola

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Eduardo Alonso

M Há quase três doca-nas, o inglês Cornei Lu-cas fotografa gente decinema. Hoje e o ülti-mo dia da exposiçãoque trouxe para o halldo Hotel Nacional, on-de mostra 60 portraitsde Brigitte Bardot, Ka-thafine Hepburn, JohnHuston, Grégory Peck(foto) e estrelas do tem-po em que a fotografiaflagrava sonhos.

Mauro Nascimento

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? Se os jovens inglesesadotaram e os costurei-ros franceses revalori-zaram, a moda brasilei-ra também tem que semanifestar a favor doschapéus. Como acesso-rios que justificam pro-dução de 10 mil peçasmensais, vendidas nasgrandes lojas, as boinas,toucas, panamás e cape-lines são opções parafazer as cabeças.

? A sopa de rãs e onovo beaujolais sa-bor banana aconte-cem no elegante fes-tival Paul Bocuse,no Le Saint-Honoré,com a vinda do chefRoger Jalòu.x e dos o in m e 1 i e r Y a n n"~ Éon (foto). No festi-vai do Zaire, come-se crocodilo, porco-espinho e lana: oRio vive uma sema-na exótica.

Idéias

àfi$9:- %? Autor de 41 livros, entre romances,ensaios e peças teatrais, o italianoAlberto Moravia completa hoje 80anos e se revela um inconformista emplena forma. Parlamentar do PartidoComunista, casado com uma mulher47 anos mais jovem e critico de eme-ma, Moravia ainda encontra tempopara a literatura e anuncia a publica-çáo de novo romance, A repetição, so-bre a família e o incesto. De sua casaem Itaparica, o escritor Joáo UbaldoRibeiro conta como foi a versão queele mesmo fez de Viva o povo brasi-leiró para o inglês e fala sobre seunovo romance, O sorriso do lagarto.

©JORNAL DO BRASIL S A 1987 Rio de Janeiro Sábado, 2<X de novembro de L987 Ano XCVII — N" 234 Preço: CZS 20,00

TempoNo Rio e cm Niterói, nubladoa ocasionalmente encoberto,com instabilidade ocasional.Visibilidade moderada. Tem-pêratura estável; máxima emínima de ontem: 28,7" emBangu e 21° no Alto da BoaVista. Foto do satélite e tempono mundo, página 12.

Pão de Açúcar russoO Pão de Açúcar é o primeirogrupo brasileiro a beneficiar-se dos novos ares da UHSS deGorbachev: vai abrir um su-permercado em Moscou, atra-vés de sua subsidiária portu-guesa, a Planco. (Página 15)

Carros mais carosO Conselho Interministerialde Preços autorizou reajustesde até 24,48% para os automó-veis a partir de segunda-feira.No mesmo dia, os remédiosteráo aumento médio de 22'7r,com alguns recebendo até150%. (Página 18)

índio nu na FordO índio potiguar Tiuré cau-sou grande rebuliço na Fun-dação Ford, no Flamengo, aodesfilar nu para protestarcontra a recusa da entidadeem financiar projeto indige-nista. (Página 4-a)

nflaçao de 120% dá 9^2%salários em dezembro

Os salários serão reajustadosem dezembro, janeiro e fevereiroem 9,197n de acordo com a Unida-de de Referência de Preços

(URP). O índice foi anunciadojunto com a inflação de novembro— 12,84% — a primeira, depois de

quatro meses consecutivos, supe-rior a 10%. O novo piso salarialnacional, em vigor a partir da pró-xima terça-feira, é de CZS3.600,00.

Em onze meses a inflação che-gòu a 308,23%, ficando abaixo dorendimento da poupança no mesmoperíodo, que foi de 357,34%. Ascadernetas vão render em novem-bro 13,4%. Com a decisão do go-verno de reduzir ainda mais os pro-dutos que terão preços estritamentecontrolados, não se acredita que ainflação vá ser menor cm dezembroc alguns economistas já estimamuma taxa entre 15% e 16%. (Pág. 14)

Casa própriaO governo vai reduzir em um ou

dois pontos percentuais os jurosdo sistema financeiro de habitaçãoe alongar o financiamento de 20para 25 anos — nos contratos novos—, anunciou o ministro da Habita-ção e Urbanismo, Prisco Vianna.O objetivo é reduzir o valor dasprestações. O governo tambémquer incentivar a construção deimóveis para aluguel. (Página 15)

Custódio Coimbra

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• As exigências protocolaresda vida social em Washingtontransformaram o smoking nu-ma espécie de uniforme decivis. Muitos políticos chegama manter um black tie no gabi-nete no Congresso para emer-gências. (Página 8) ^^So^^o piloto Caio Martins da Costa foi saudado como herói pelos curiosos

que correram para ver de perto a novidade: um avião em plena praia de Ipanema

"Over" aliviadoAs aplicações de curtíssimoprazo (overnight), garantidaspor títulos federais (OTN), es-taduais e privados, vão pagarmenos imposto de renda nafonte: o Banco Central redu-ziu de 10% para 6% a alíquota,de forma a baixar os juros.(Página 14)

Motim continuaO esfaqueamento de um refémlevou ao fracasso um planopara acabar com a rebelião decubanos presos em Oakdale(EUA). Uma outra tentativa,em Atlanta, onde há 1 mil 500amotinados, também falhou.(Página 8)

Vacina anti-AidsO jornal francês Le Monde pu-blicou entrevista do comissá-rio de Saúde do Zaire, queafirmou serem boas as pers-pectivas da vacina contra Aidsaplicada em 30 soldados fran-ceses e 10 civis em seu país.(Página 7)

Xiitas soltam refénsGrupo radical xiita pró-iraniano libertou em Beirutedois reféns franceses, os jor-nalistas Jean Louis Norman-din e Roger Auque. Restamainda no Líbano três refénsfranceses. (Página 9)

Guerra sujaA repressão argentina matou23 civis para cada militar viti-mado na chamada guerra suja:11 mil 372 mortos ou desapare-cidos contra 492 baixas nasForças Armadas. O dado é daAssembléia Permanente dosDireitos Humanos. (Página 8)

Massacre de brancosNegros rebeldes trucidarama facadas e machadadas 16membros de um grupo de fa-zendeiros brancos no Zim-babwe, inclusive cinco crian-ças. Foi o pior massacre des-de a independência, em 1980.(Página 9)

PM fere lavradorUm PM feriu com um tiro naspernas o lavrador FranciscoCavaleiro, 40 anos, que resis-tiu junto com 80 famílias àordem de despejo que 150 sol-dados tentaram cumprir, semsucesso, em Nova Cantu (PR).(Página 4)

Divórcio de MadonnaA roqueira Madonna, 28 anos,alegou falta de diálogo e ciú-mes exagerados por parte domarido, o ator Sean Penn, pa-ra abrir processo de divórcio,após dois anos de casamento.(Página 8)

América Latinaameaça credorcom moratória

Os oito presidentes latino-amcrica-nos reunidos cm Acapulco, no México,ameaçaram nâo pagar a dívida externade seus países caso os credores nâoconcordem com o financiamento subs-tancial dos juros dos débitos a vencernos próximos anos. Numa sucessão dediscursos, os presidentes do Brasil, Mé-xico. Argentina, Venezuela, Peru, Pana-má, Colômbia e Uruguai culparam osdesequilíbrios das economias dos paísesricos pela crise da dívida. Indicando aintegração como saída, o presidente JoséSarney afirmou: "Acabou a era de espe-rar de fora a ajuda salvadora." (Pág. 13)

Receita defineos patrimôniosisentos do IPL

O Imposto sobre o PatrimônioLíquido (IPL), a ser criado pelo pa-cote fiscal, não deverá atingir aspessoas físicas com patrimônio infe-rior a 10 mil OTNs (CZS 4,6 milhõeshoje), segundo informação de altafonte da Secretaria da Receita Fede-ral. Em nota divulgada ontem, aReceita informou também não estarprevisto, entre as medidas cm estudopara o ajuste fiscal, "qualquer au-mento de Imposto de Renda da pes-soa jurídica", encerrando a especula-ção sobre aumento do adicional co-brado das grandes empresas. (Pág. 14)

Paulo Nicololla

? O ultimo imperador, de Bertoluçci, comJohn Lone e Joan Chen (foto), encerrahoje o 4o FestRio. Repleto de cineastasilustres e desorganizado nas mostras pa-ralelas, o festival tom como favoritos paraa premiação os diretores Pedro Almodo-var e Michael Radford e o filme alemãoLonge de Rosenhcin.

? A noite de hoje na TVé de Stanley Donen, ei-neasta de filmes sofisti-cados e inteligentes, co-mo Cantando na chuva eCharada. Dele, a TVE exi-be Indiscreta, com CaryGrant e Ingrid Bergman.foto) e a Manchete, Núp-cias reais, com Fred As-taire e Jane Powell. Inva-sores de corpos, na Globo,também é boa pedida.

O goleiro Zé Carlos recebeu a visita do filho na Gávea,no último treino antes do jogo com o Atlético. (Pág. 22)

Avião em paneaterrissa emplena Ipanema

Com o motor do Uirapuru T-23 empane ao sobrevoar as Ilhas Cagarras, opiloto Caio Martins da Costa, 22, emvôo de instrução, conseguiu planarcom o aparelho até a costa e pousarcom segurança nas areias quase deser-tas da Praia de Ipanema, entre ospostos 9 e 10. Pouca gente viu o aviãopousar.

"Quando vi, ele estava lá. Nãoouvi barulho nenhum. Ele desceu co-mo uma pombinha", contou DirlcyMencgusto, que jogava vôlei a uns 100metros do local e foi o primeiro acorrer até o avião. (Página 4-a)

Mulher ataca adentadas majordo Exército

Contratada pela síndica por quatrodias para substituir o vigia, seu marido.Helena provocou muita confusão noprédio Saint Bernard, na Rua São Fran-cisco Xavier, 278, Tijuca, ao atacar adentadas o major reformado do Exerci-to, José Bustamante. A confusão come-çou quando Helena impediu o entrega-dor do JORNAL DO BRASIL deentrar no edifício. O major foi recla-mar, e Helena tentou agredir sua mu-lher. Ao separá-las, o oficial foi atacadopela vigia que o mordeu várias vezes nobraço direito antes de sumir. (Pág. 4-b)

Scala incomodamais no Leblondo que 14a DP

Em vez da 14a Delegacia, comosugeriu o secretário de Polícia Civil,Hélio Saboya, o que deveria sair davizinhança do conjunto Selva de Pe-dra, no Leblon, é a casa de showsScala. Pelo menos é o que acham osmoradores, mais irritados com o ne-gócio de Cbico Recarey do que comas gritarias e confusões dos presos.Há três anos o Scala anima os queestão lá dentro e desespera os vi-zinhos, às voltas com um trânsitoinfernal, buzinas e uma gangue deguardadores de carros que cobra oque quer pelas vagas. (Página 4-/')

? Filha deMarília Pera eNelson Motta.Esperança, 12anos, faz suaestréia nospalcos com apeça Fadamenina, ondeinterpretaDora, umamenina que dedia é normal eà noite virafada. Os paisderam a maiorforça, masEsperança,que adorou anovidade,ainda nãodecidiu se vaiseguir acarreira.

Reprodução

Geraldo Viola

li

Eduardo Alonso

1 Há quase três déca-cias. o inglês Cornei Lu-cas fotografa gente decinema. Hoje é o últi-mo dia da exposiçãoque trouxe para o halldo Hotel Nacional, on-de mostra 60 portraitsde Brigitte Bardot, Ka-tharine Hepburn, JohnHuston, Gregory Peck(foto) e estrelas do tem-po em que a fotografiaflagrava sonhos.

Mauro Nascimento

? Se os jovens inglesesadotaram e os costurei-ros franceses revalori-zaram, a moda brasilei-ra também tem que semanifestar a favor doschapéus. Como acesso-rios que justificam pro-duçáo de 10 mil peçasmensais, vendidas nasgrandes lojas, as boinas,toucas, panamás e cape-Unes são opções parafazer as cabeças.

? A sopa de rãs e onovo beaujolais sa-bor banana aconte-cem no elegante fes-tival Paul Bocuse,no Le Saint-Honoré,com a vinda do chefRoger Jaloux e dosommelier Yann'~ Éon (foto). No festi-vai do Zaire, come-se crocodilo, porco-• espinho e larva: oRio vive uma sema-na exótica.

Idéias

n Autor de 41 livros, entre romances,ensaios e peças teatrais, o italianoAlberto Moravia completa hoje 80anos e se revela um inconformista emplena forma. Parlamentar do PartidoComunista, casado com uma mulher47 anos mais jovem e crítico de cine-ma, Moravia ainda encontra tempopara a literatura e anuncia a çublica-çáo de novo romance, A repetição, so-bre a família e o incesto. De sua casaem Itaparica, o escritor Joüo UbaldoRibeiro conta como foi a versão queele mesmo fez de Viva o povo brasi-leiro para o inglês e fala sobre seunovo romance, O sorriso do lagarto.

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A dificuldade da concentração por umprazo longo de deputados e senadores emBrasília vem desde o momento em que seconsolidou a oferta de passagens semanaisde ida e volta aos parlamentares. Poucosdeles passaram a residir na capital e amelhoria cio trafego aéreo entre Brasília e asdiferentes regiões do país tornou rotineira apresença de deputados e senadores na cida-de por um período superior a dois ou trêsdias. Geralmente os assíduos aqui estáo deterça a quinta-feira. Náo dá para entenderpor que se convocou para quarta-feira reu-nião que. na base do esperado acordo,votará finalmente a proposta de reformaregimental, possivelmente já modificada, dodeputado Roberto Cardoso Alves. Se aconvocação e para a quarta o quorum prova-velmente somente se dará na quinta e porapenas poucas horas. A náo ser em situaçãode crise concordam os representantes dopovo em permanecer a postos por um perío-do que vá além da noite de quinta-feira.

Essa circunstância, além da diversidadede opiniões dentro do próprio Centrão. cujaunidade se traduz no apoio a pontos doprojeto referentes à ordem econômica e aosavanços sociais —- o que caracteriza seucaráter conservador ou direitista, a que ai-guns de seus integrantes procuram escapar— é fundamental para que os líderes deambas as correntes cheguem a um acordosem o qual não será votada uma Constitui-çao. Assim como na Sistematização ficoucaracterizado o predomínio da esquerda, jáse sabe que a maioria no plenário é decentro-direita. A negociação tem de tomarpor base essa realidade, mas igualmente aincapacidade tle qualquer dos lados de semanter mobilizado para assegurar o quorumde 280 votos para adoção de qualquer dispo-sitivo constitucional.

Por isso mesmo, tudo tem de passar pelocrivo do entendimento para que sejam apro-veitados os momentos de concentração dosparlamentares em Brasília para votação dasmatérias objeto de acordo. Qualquer descui-do será fatal a propósitos, sobretudo damaioria, para impor seus pontos de vista. Naemergência, essa é a força mas também afraqueza do Ccntrüo. menos bem dotado doque a esquerda para forçar a presença nacapital dos seus correligionários, mais soliei-tados a compromissos pessoais ou de outranatureza. A cada legislatura, cada vez menosparlamentares moram em Brasília. Isso de-veria facilitar pelo menos a distribuição demoradias, que poderiam ser coletivas, espé-cie de pensionatos.

Pela primeira vez semos Estados Unidos

Pela primeira vez, segundo se observano Palácio do Planalto, otto presidentes depaíses da América Latina, dentre eles osmais importantes, se reúnem sem a pre-sença do presidente dos Estados Unidos.Será a isso que o presidente Sarney teráquerido aludir ao acentuar que não houve"convocação de ninguém". Convocaçãohouve, quando nada ã do presidente doMéxico, hospedeiro dos seus visitantes.Com exceção do Panamá, que vive proble-mas internos, os demais — Argentina.Brasil, Colômbia. México. Peru, Uruguaie Venezuela — estão sob governos civis ecom seus sistemas democráticos de gover-no em vias de estabilização.

Para o Brasil, segue-se o rumo traçadopelo presidente Tancredo Neves, aprofun-dado por seu sucessor, de buscar, semhostilidades, uma unidade das nações lati-nas do continente, aprofundar a comple-mentariedade econômica. É claro que avedete da reunião é a dívida externa,embora esteja presente o tema da AméricaCentral, a que o sr José Sarney daráespecial ênfase com sua visita ao presiden-te da Costa Rica.

Brasília, patrimôniomundial "A Unesco está decidida a votar, entre

7 e 11 de dezembro, a proposta de declararBrasília patrimônio cultural da humanida-de. Pela primeira vez uma cidade nova édistinguida dessa maneira pela organiza-ção de ciência, cultura e educação dasNações Unidas. Os 80 anos de OscarNiemeyer serão comemorados no dia 15,mas ele não estará em Brasília nessa data.

Ctsrlos Castello Branco

governador deixa cargoNenhum governador vai se de-

sinconípatibilizar daqui a quatro me-ses para concorrer à convenção do1'MDIi que indicará o candidato dopartido ii sucessão do presidente Jo-sé Sarney, caso a eleição em doisturnos seja mesmo confirmada paranovembro e dezembro do ano qnevem. Isso eqüivaleria, na opinião dogovernador de Minas, Newton Car-doso, a sair no escuro, sem a garan-tia sequer da aprovação da cândida-tura pelos convencionais, dois mesesdepois.

Newton Cardoso disse isso aosgovernadores de São Paulo. OrestesQuércia, Pernambuco, Miguel Ar-raes. e Rio de Janeiro, MoreiraFranco, em conversas recentes. Eleacha que a única hipótese de umgovernador de estado deixar o cargo.cumprido apenas um ano de manda-to. seria através de licença especialpara disputar a Presidência. Reco-nhece. porém, que

"esse dispositivodificilmente será aprovado pelaConstituinte, que o encararia, comcerteza, como casuísmo ".

Revelação — Newton afirmaque os veículos de comunicação so-ciai "estão

gastando espaço à toacom o hipotético anúncio de candi-daturas de governadores". Sobre ade Orestes Quércia faz. inclusive,uma revelação:

— Eu me reuni com ele em BeloHorizonte na semana que precedeuo encurtamento do mandato do pre-sidente José Sarney pela Comissãode Sistematização da Constituinte co estimulei a sair em campo. Garan-ti. pelo grau de afinidades políticasque nos une, que participaria dalinha de frente de sua campanha.Quércia me eonnifidenciou. então.que precisa ainda imprimir a suamarca ao governo de São Paulo,antes de pensar em sonhos maisaltos.

O governador de Minas disse aQuércia. Arraes e Moreira, partida-rios da tese de que o PMDB. antesde escolher o candidato a presidente,deve encaminhar um programa decampanha ao debate cia sociedade,que julga essa iniciativa "brincadei-ra". É contra, também, a precipita-ção da discussão sucessória, desdejá. o que vai levá-lo. acima do con-senso dos governadores pémédebis-tas. a correr, por enquanto, cm faixaprópria.

Cinco anos - Newton nãoescondeu que

"sé o presidente Sar-ney ainda quiser os cinco anos demandato" vai trabalhar ao seu ladona cabala de votos dentro da Consti-tuinte. Advertiu, no entanto, que

"aluta terá de expor o presidente, detraze-lo para dentro dos aconteci-mentos. sem a necessidade de aluaratravés de intermediários''.

—- Sarney sabe que estou ondesempre estive. Disse isso, a prop.ósi-to. a Quércia, Arraes e Moreira. Os22 governadores do PMDB assina-ram. dia IS de outubro, no final deuma reunião de avaliação da crisepolítica brasileira, im Rio. nota deapoio ao mandato de cinco anos e ámanutenção do presidencialismo.Continuo fiel á nota e á espera deque o presidente, eom base nela.faça as mudanças necessárias parapoder governar mais solto, livrcrncn-te. A minha lealdade tem, porém,um limite. Gosto de jogar às claras.Pm nome de Minas, não posso éficar sozinho no descompasso da his-lória.

Na opinião de Newton, o candi-dato ideal para o PMDB terá de serum político que tenha a necessáriapercepção para o fenômeno novo daproletarizaçâo acentuada dos centrosurbanos, "que deu consciência àsmassas trabalhadoras". Entre ou-tros. com essa condição, inclui ogovernador de Pernambuco. MiguelArraes.

Arquivo — 29'9<87

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Newton: licença, a saída

Festa caipira lança Quérciasão PAULO — Numa festa que

parecia extraída tia novela Brega echique, com mulheres exibindo pen-teados armados por laquê e trajandovestidos longos em pleno sol domeio-dia. a candidatura do governa-dor Orestes Quércia à Presidência daRepública foi lançada no Palácio dosBandeirantes por políticos do inte-rior do estado, que participaram decerimônia de assinatura de convê-nios entre seus municípios e o gover-no estadual,

Quércia manteve-se cautelosodiante das dezenas de faixas e orado-res. repetiu que náo é aspirante àsucessão do presidente Sarney. Des-pistou lançando a candidatura dogovernador do Rio de Janeiro. Mo-réira franco: "0 Moreira é que seráum ótimo candidato a presidente."

Em meio a cerca de 200 prefei-tos. vereadores, políticos do interiorc suas mulheres ele foi saudado eo-mo um "homem de sabedoria tran-erédiana, em plenas condições deassumir a Presidência da Repúblicaem março de 1989", como destacouum dos oradores. Quércia repetiu:"Eu não sou candidato".

Possibilidade — Os entu-siasmos políticos interioranos, tradi-cionais bases dos vôos cada vez maisaltos da vida pública do governadorde São Paulo levaram-no a conside-

rar a possibilidade: "Acredito que o

melhor para mim e para São Paulo eque eu permaneça à frente do gover-no estadual até o final do meu man-dato. A partir daí. se tiver condiçõesde disputar o cargo de presidente daRepública, tudo bem".

0 governador só se mostrouconstrangido ao desmentir uma su-posta aproximação com o ministrodas Comunicações. Antônio CarlosMagalhães, do PFL. A notícia daaproximação foi publicada pela Fo-lha de S. Paulo e teria sido reveladapelo governador da Bahia, WaldirPires, adversário histórico do mi-nistro.

"Isso nào passa de uma intriga",garantiu Quércia. "Meu cómpanhci-ro na Bahia é o Waldir Pires, e meuscompanheiros de lá sào os doPMDB. Sou amigo de todos, mas empolítica, sou do PMDB", completou.O governador negou ainda que te-nha evitado atender telefonemas deWaldir Pires do último final de se-mana.

"Ele deveria almoçar comigo",esclareceu Quércia. "mas de comumacordo resolvemos cancelar o almo-ço.E evidente que eu continuo nobloco dos governadores e não hánenhuma articulação com o ministrodas Comunicações. Minha articula-cão é com o PMDB. sempre".

JORNAL DO BRASIL

Leônidas (E), Moreira. Ulysses, Sabóia e Lima ourem a leitura da ordem do dia

Oficial ganhano TFR anistiacom promoções ato por mortos de

Ulysses participa comministros militares de

1935BRASÍLIA — I:ni decisão inédita, o

Tribunal Federal de Recursos concedeu*anistia ao advogado Inemar liaptist.i Pen-na Marinho, reintegrando-o à Marinhacomo capitão-de-mar-e-guerra. Inemar.hoje com 47 anos. é o primeiro oficialanistiado com as promoções a que teriadireito se estivesse na ativa, além dopagamento de soldos atrasados desde suacassação, em 1969,"por motivos poli-ticos".

Ide foi cassado em 25 de agosto de1969 através de decreto que teve a assina-tura do presidente Costa e Silva. "Foituna cassação falsa porque naquela data oestado de saúde do presidente Costa eSilva, vítima de derrame, o deixava imo-bilizado, Os membros da junta militarque assumiu o governo na queriam cassarmilitares e aproveitaram a a doença tiopresidente para cassar aqueles de quemnão gostavam", explicou Inemar. queespera receber cerca de CzS 3 milhões.

Persistência — Para conseguira reintegração. Inemar. que é atualmenteprocurador da Terracap ( CompanhiaImobiliária de Brasília), teve de ser per-sistente. Seu processo corria desde 1979,quando foi concedida a primeira anistiaaos punidos pelo regime militar de 1964.Ele requereu reincorporação ao ministroda Marinha na época, almirante Maxi-miano da Fonseca, que negou. "Pedi areversão à ativa ainda no posto de capi-tão-tenente e o pedido foi indeferido semqualquer motivação.".

Com a recusa do ministro. Inemarresolveu abrir processo judicial na 3*"Vara da Justiça Federal, em Brasília. Ojuiz José Abes de Lima . ao julgar oprocesso, achou que o ex-oficiaf nãotinha direito a reintegração porque a leida anistia de 1979 deixava a readmissàodos punidos a critério da Marinha.

Na primeira apelação ao TribunalFederal de Recursos, em 19X3. obteve odireito de \oltar como capitão-tenente."0 problema é que eu queriatambém as promoções, jã que o pessoalda minha época está agora no posto decapitão-de-mar-e-guerra'', contou [ne-mar. explicando por que recorreu aoSupremo Tribunal Federal, em 1985.

Na véspera do julgamento, entrouem vigora Emenda Constitucional ir' 26,que garantia as promoções. Quando oprocesso retornou a Justiça Federal, ojuiz negou-se a aplicar a Emenda n" 26.Inemar recorreu de novo ao TribunalFederal de Recursos em 1986, Ontem,finalmente, o ministro-relatbr do proces-so no Tf-R. Assis de Toledo, opinou quea volta a ativa deveria ocorrer "semqualquer outra formalidade ou exigén-cia". Por unanimidade, o plenário conce-deu a reintegração no posto de capitãú-demar-e-guerra.

Inemar ainda nào sabe se volta aMarinha ou pede passagem para a reser-va. "Hoje eu estou bem profissionalmen-•te", ponderou. Sobre os motivos de suacassação, disse apenas: "Náo cumpri or-dem militar na época. Nao posso dardetalhes agora. Isso pode me preju-dicar."

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O presidente em exercício Ulysses Guimarães participouda solenidade comemorativa do movimento militar de 19.15 — achamada Intentona Comunista —. na Praia Vermelha.' numpalanque em que o únicos políticos eram o governador MoreiraFranco e o chefe do Gabinete Civil, Ronaldo Costa Couto.I lysses ficou no Rio apenas duas horas e 25 minutos, tempo decumprir as formalidades junto ao mausoléu dos 30 mortos iíolevante do 3" Regimento de Infantaria, e embarcar de voltaMBrasília antes do meio-dia.

Na ordem do dia. os três ministros militares comparam omomento atual com o mie precedeu a Intentona. 52 anos atras."Em diversos campos de atuação, podemos hoje percebe;repetidos ensaios de agressão a sociedade, de geração.,deinquietações e de oposição a nosso ordeiro avançopor justiçasocial maior", di/ a nota assinaria por Henrique Sabóia. daMarinha. Leônidas Pires Gonçalves, do Exército, e OctaVÍoMoreira Lima, da Aeronáutica.

Condenações — O texto condena a açáo de "mentesque, por ambição pessoal ou política, praticam, de formaastuciosa, o clientelismo e a demogogia", (...) mentes quepropugnam por privilégios indevidos eque, a cada transigência.voltam-se para novas reivindicações. (...] mentes que,*descq-nhecendo razões e atropelando processos formais, lulgainpoder, por iniciativas isoladas e atentatórias a ordem, modificarou acelerar decisões superiores". A ordem do dia condena"mentes

que continuam a deyanear que seja possível, porartifíciosa conduta, impor um sistema de governo completamen-te estranho às aspirações do brasileiro".

I'lysses Guimarães saiu de Brasília as Mi. desembarcou noBase Aérea do Galeão e chegou ao Forte Sáo Joáo. na Urca, dehelicóptero. De lá. foi de ônibus para a Praia Vermelha,acompanhado de Costa Couto, dos três ministros militares e dógeneral Ivan de Sou/a Mendes, chefe do SM. A passos lenttKvÒpresidente em exercício passou a tropa em revista e. antes de sedirigir ao palanque das autoridades, cumprimentou um grupbde 30 alunos da Escola Minas Gerais.

Durante os 40 minutos da cerimônia — com a tradicionalsalva de 21 tiros, desfile da Esquadrilha da Fumaça, coroa deflores e a chamada dos mortos na Intentona —, Uhsses nãofalou.

Radicais — O ministro do Exército recusou interpr-*/-'tações da ordem do dia. enquanto o ministro da Aeronáutica*^qualificava com o "uma mensagem de união contra os gruposradicais".

— A ordem do dia contém um ataque direto á Constituin-te? — perguntou uma repórter, quando Leônidas deixava opalanque.

devolveu 'o

concluiu

- A senhora, a jovem leitora sabe leministro do Exercito, recomendando: -- Então, tire suas-conclusões, não pergunte para mim. Eu sou um dos redatoresda ordem do dia. Nós fizemos a coisa de maneira du.... osnossos pensamentos da maneira mais clara. Os senhores intér-pretem. náo me cabe interpretar. - ',!*

E verdade que o senhor, em sua \ iagem á Inglaterra, foiconvertido ao parlamentarismo? — provocou outro repórterNáo. náo é realidade isto. Eu Ove contato comparlamentaristas lá. sim. Curiosamente, o que se sentou ao* meu,lado num almoço disse que náo adotássemos aqui o pai lamenta-rismo. que Ia nâo dava certo. CuriosamenteLeônidas.

Cautela -- Em Brasília, os políticos reagiram comcautela a ordem do dia lida em todo o pais pelas autoridade**militares, com críticas indireta*, a Constituinte. O presidente doPFL, senador Marco Maciel (PEl. disse que "deve ser muitobem avaliada" a referência à implantação do parlamentarismo."E normal", acrescentou, "que os militares se manifestem. Elusnáo podem ficar fora tia Constituinte, que representa lodososbrasileiros".

O deputado Expedito Machado iPMDB-CE). um üiíslíderes do Centrão, preferiu desconversar: "A última vez que liuma ordem do dia de militares eu tinha l-s anos". Paraiodeputado Humberto Souto (PFL-MG), a manifestação sohre-bsistema de governo

"aumenta a possibilidade de se ter-umplebiscito para decidir entre parlamentarismo e presidencial^'mo".

l^ 1 A camisa verde de Vicente Luiz de Barros Duarte— chamava a atenção no palanque da.s autoridades presentesà solenidade comemorativa da Intentona Comunista. Colocadona primeira fila, ele ouviu o Hino Nacional com a mao sobre opeito, que conservou até que a salva de gala silenciasse. Quandoos nomes dos mortos na quartelada de 35 foram lembrados —ao mesmo tempo em que a banda dos Fuzileiros Navaisexecutava a marcha fúnebre e aviões da Esquadrilha daFumaça cruzavam o céu —. Vicente, um contador de 56 anos,aposentado como auditor da Companhia .Siderúrgica Nacional.tirou o paletó e fez a saudação integralista com o braçoestendido à frente: "Anauc!" Mais tarde, traduziu seu cestocomo "uma saudação aos brasileiros que foram assassinados deforma covarde no 3" RI", a quem queria exibir-se "de peitoaberto, com a cor verde da Ação Integralista Brasileira", píip*ele imorredoura. Vicente Duarte vé "o mundo lodo snb ameaçade desintegração" e só náo quis revelar quem o convidou parasubir ao palanque junto com o presidente da Republica.

M^M^M^M^M^Mr///^M^M^M^m^i7i]Ül]9+T^m\*19mT+^1tiTT-Wm^

AVISO DE EDITALSELEÇÃO AMPLA DE — 001 87

A Telecomunicações da Babia S/Á — TELEBAHiA. -com sede na Rua Silveira Martins, ir 355, Cabu'a, nesta,capital, toma público que procederá a licitação sob a formade seleção ampla para fornecimento e montagem cíò'equipamentos para cozinha industrial do restaurante daTELEBAHIA no Parque do Cabula, conformo condições;contidas no Edital. q.ití os interessados poderão àdquirifnoendereço acima, diariamente das 14 às 17 horas iío Departa "mento de Engenhana de Infra-Estruturã !.V!AI-9),

'onde seí.V.V

recebidas as documentações e propostas, as !<J 00 hciàsdo dia 16 de dezembro de 1987

Salvador, iBAI, 25 de novembro de 1987'Telecomunicações da Bahia SA TELEBAHIA'"»

2 ? T caderno sábado, 28/11/87 m 2a Edição Política JORNAL DO BRASILOlavo Rufino

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Fuga a Brasíliaimpõe acordo

senador Mario Cò- ^vas, líder do PMDB /Ç&

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Casteiio_ JNewton diz que nenliumdeixa cargo

segunda-feira para examedas possibilidades de en-tenclimento na reforma do regimento daassembléia. O sr Amaral Neto, um dos maiscombativos articuladores do movimento dosconservadores e eentristas para resistir aoprojeto da Comissão de Sistematização, re-conhece a dificuldade de manter mobilizadaem Brasília a maioria, qualquer que seja.para votação continuada de propostas,emendas ou o que quer que seja. Por issomesmo está sensível à necessidade de umentendimento que permita à maioria doCentrão produzir os resultados que esperaobter nesta fase da votação da Constituição.

A dificuldade da concentração por umprazo longo de deputados e senadores emBrasília vem desde o momento em que seconsolidou a oferta de passagens semanaisde ida e volta aos parlamentares. Poucosdeles passaram a residir na capital e amelhoria do tráfego aéreo entre Brasília e asdiferentes regiões do país tornou rotineira apresença de deputados e senadores na eida-de por um período superior a dois ou trêsdias. Geralmente os assíduos aqui estão deterça a quinta-feira. Não dá para entenderpor que se convocou para quarta-feira revi-nião que. na base do esperado acordo,votará finalmente a proposta de reformaregimental, possivelmente já modificada, dodeputado Roberto Cardoso Alves. Se aconvocação é para a quarta o quorum prova-velmente somente se dará na quinta e porapenas poucas horas. A não ser em situaçãode crise concordam os representantes dopovo em permanecer a postos por um peno-do que vá além da noite de quinta-feira.

lissa circunstancia, além da diversidadede opiniões dentro do próprio Centrão. cujaunidade se traduz no apoio a pontos doprojeto referentes à ordem econômica e aosavanços sociais — o que caracteriza seucaráter conservador ou direitista, a que ai-günis de seus integrantes procuram escapar— é fundamental para que os líderes deambas as correntes cheguem a um acordosem o qual náo será votada uma Constitui-ção. Assim como na Sistematização ficoucaracterizado o predomínio da esquerda, jáse sabe que a maioria no plenário é decentro-direita. A negociação tem de tomarpor base essa realidade, mas igualmente aincapacidade de qualquer dos lados de semanter mobilizado para assegurar o quorumde 2S0 votos para adoção de qualquer dispo-sitivo constitucional.

Por isso mesmo, tudo tem de passar pelocrivo do entendimento para que sejam apro-veitados os momentos de concentração dosparlamentares em Brasília para votação dasmatérias objeto de acordo. Qualquer descui-di) será fatal a propósitos, sobretudo damaioria, para impor seus pontos de vista. Naemergência, essa é a força mas também afraqueza do Centrão, menos bem dotado doque a esquerda para forçar a presença nacapital dos seus correligionários, mais solici-tados a compromissos pessoais ou de outranatureza. A cada legislatura, cada vez menosparlamentares moram em Brasília. Isso de-veria facilitar pelo menos a distribuição demoradias, que poderiam ser coletivas, espé-cie de pensionatos.

Pela primeira vez semos Estados Unidos

Pela primeira vez, segundo se observano Palácio do Planalto, oito presidentes depaíses da América Latina, dentre cies osmais importantes, se reúnem sem a pre-sença do presidente dos Estados Unidos.Será a isso que o presidente Sarney teráquerido aludir ao acentuar que não houve"convocação de ninguém". Convocaçãohouve, quando nada a do presidente doMéxico, hospedeiro dos seus visitantes.Com exceção do Panamá, que vive proble-mas internos, os demais — Argentina.Brasil, Colômbia, México, Peru. Uruguaie Venezuela — estão sob governos civis ccom seus sistemas democráticos de gover-no em vias de estabilização.

Para o Brasil, segue-se o rumo traçadopelo presidente Tancredo Neves, aprofün-dado por seu sucessor, de buscar, semhostilidades, uma unidade das nações lati-nas do continente, aprofundar a comple-mentariedade econômica. É claro que avedete da reunião é a dívida externa,embora esteja presente o tema da AmericaCentral, a que o sr José Sarney daráespecial ênfase com sua visita ao presiden-te da Costa Rica.

Brasília, patrimôniomundial *A Unesco está decidida a votar, entre

7 e 11 de dezembro, a proposta de declararBrasília patrimônio cultural da bumanida-de. Pela primeira vez uma cidade nova édistinguida dessa maneira pela organiza-ção de ciência, cultura e educação dasNações Unidas. Os 80 anos de OscarNiemeyer serão comemorados no dia 15,mas ele não estará em Brasília nessa data.

Carlos Castello Branco

governadorNenhum governador vai se de-

siricompatibilizur daqui a quatro me-ses para concorrer ;i convenção doPMDB t|iio indicará o candidato dopartido ii sucessão do presidente Jo-sé Sarney. caso ;i eleição em doisturnos seja mesmo confirmada paranovembro e dezembro do ano quevem. Isso eqüivaleria, na opinião dogovernador de Minas, Newton Gar-doso, a sair no escuro, sem a ganiu-tia sequer da aprovação da cândida-tura pelos convencionais, dois mesesdepois.

Newton Cardoso disse isso aosgovernadores de São Paulo, Orestesbuércia. Pernambuco, Miguel Ar-raes, C Rio de Janeiro, Moreirafranco, em conversas recentes. Eleacha que a única hipótese de umgovernador tle estado deixar o cargo,cumprido apenas um ano de manda-to, seria através de licença especialpara disputar a Presidência. Reco-nhece, porém, que

"esse dispositivodificilmente será aprovado pelaConstituinte, que o encararia, comcerteza, como casuísmo ".

Revelação — Newton afirmaque os veículos de comunicação so-ciai "estão

gastando espaço à toacom o hipotético anúncio de cnndi-daturas cie governadores". Sobre ade Orestes Oucrcia faz. inclusive,uma revelação:

— Pu me reuni com ele em BeloHorizonte na semana que precedeuo encurtamentò do mandato do pre-sidente José Sarney pela Comissãode Sistematização da Constituinte eo estimulei a sair em campo. Garan-li, pelo grau de afinidades políticasque nos une, que participaria dalinha de frente de sua campanha.Quércia me confidenciou, então,que precisa ainda imprimir a suamarca ao governo de São Paulo,antes de pensar em sonhos maisaltos.

O governador de Minas disse aQuércia, Arraes e Moreira, partida-rios da tese de que o PMDB. antesde escolher o candidato a presidente,deve encaminhar um programa decampanha ao debate da sociedade,que julga essa iniciativa "brincadei-ra". É contra, também, a precipita-ção da discussão sucessória, desdejá. o que vai levá-lo, acima do con-senso dos governadores pemedebis-tas. a correr, por enquanto, cm faixaprópria.

Ciuco anos — Newton nãoescondeu que,

"se o presidente Sar-ney ainda quiser os cinco anos domandato", vai trabalhar ao seu ladona cabala de votos dentro da Consti-tuinte. Advertiu, no entanto, que

"a

luta terá de expor o presidente, detraze-lo para dentro dos aconteci-mentos, sem a necessidade de atuaratravés de intermediários".

— Sarney sabe que estou ondesempre estive. Disse isso. a proposi-to, a Quércia. Arraes e Moreira. Os22 governadores do PMDB assina-ram. dia 18 de outubro, no final deuma reunião de avaliação da crisepolítica brasileira, no Rio, nota deapoio ao mandato de cinco anos e ámanutenção do presidencialismo.Continuo fiel á nota e ã espera deque o presidente, com base nela,laça as mudanças necessárias parapoder governar mais solto, livremen-te. A minha lealdade tem, porém,um limite. Gosto de jogar às claras.Pm nome de Minas, não posso éficar sozinho no descompasso da his-tória.

Na opinião de Newton, o candi-dato ideal para o PMDB terá de serum político que tenha a necessáriapercepção para o fenômeno novo dapioletarizaçào acentuada dos centrosurbanos, "que deu consciência àsmassas trabalhadoras". Pntre ou-tros, com essa condição, inclui ogovernador de Pernambuco, MiguelArraes.

Arquivo — 29/9/87

WÊ m £Newton: licença, a saída

Deputado mineiro nãorecebe extra de Natal

HliLO HORIZONTE — Ao mesmotempo em que agraciava o governadorNewton Cardoso com a medalha doCirande Mérito Legislativo, o presidenteda Assembléia Legislativa de Minas,deputado Ncif Jabur (PMDB), foi citadopelo juiz da 3a Vara da Fazenda Pública.Nilo Ventura, em ação que moveramcontra a Mesa da Assembléia os cincodeputados estaduais do PT. contra aconcessão, para cada um dos 77 depu-tados, de uni empréstimo "natalino" deCZS 1.4 milhão, a ser reposto sem juros ecorreção monetária, durante cinco me-sos. Logo depois, Jabur anunciou o can-eclamento do empréstimo.

Noif Jabur enviou ofício ao Tribunaldo Contas do estado afirmando que aAssembléia Legislativa, por ser "autôno-ma", não irá prestar contas a seus conse-lheiros, conforme pedido feito pelo presi-dente do tribunal. A Assembléia, segun-ilo Jabur, deve satisfações de seus gastosapenas à Secretaria de Fazenda do Minas.

A mesa do Legislativo, em decorreu-cia do podido, elaborou um projeto de leique dá aos deputados estaduais o poderde rever os atos praticados pelo Tribunalde Contas, em auditorias realizadas nosórgãos públicos, o que irritou o presiden-to do tribunal, Maurício Aloixo, tambémagraciado ontem com a Medalha do Me-rito Legislativo.

Com o natalino — privilégio existen-te há 211 anos — aplicado no overnight, a

uma taxa média mensal de ISrí, confor-me expectativa de especialistas em aplica-ções financeiras de Belo Horizonte, cadadeputado poderia ter um rendimento li-quido do CZS 1.831.000, mil. após opagamento da última parcela devida aoscofres públicos, som juros ou correções,em cinco meses.

Auxílios — Duas semanas antesdo natalino; os deputados já haviamrecebido duas parcelas do "auxílio consti-tuinte" — CZS 102 mil, cada — mais umacréscimo aos seus já gordos vencimen-tos. a título de esforço na elaboração dáfutura Constituição estadual. A Consti-tuinte mineira, porém, só será instaladacinco dias após a promulgação da Consti-tuiçáo federal, no próximo ano. NoifJabur. anteontem, anunciara o cancela-monto desse auxílio.

Em março, a Assembléia havia con-cedido o último "natalino" aos depu-tados: CZS 250 mil, que só foram recusa-dos pelos deputados petistas, e quo, cor-rigidos, valeriam hoje CZS 1.4 milhão.Foram devolvidos em 10 meses, semjuros ou correção monetária. Noif Jabur,na época, iniciava uma briga com a CaixaEconômica de Minas Gerais, por umdébito de CZS 1.2 milhão, contraído paracobertura de despesas do campanha elei-toral. Até hoje. elo não saldou a dívida,apesar do tor sido ameaçado de execuçãopela Minascaixa.

beônidas (E), Moreira. Ulysses, Sabóia e Lima ouvem a leitura tia ordem do dia

Oficial ganhano TFR anistiacom promoções

BRASÍLIA — Em decisão inédita, OTribunal Federal de Recursos concedeuanistia ao advogado lnemar Baptista Pen-na Marinho, reintegrándo-o à Marinhacomo capitão-de-mar-e-guerra, lnemar,hoje com 47 anos, é o primeiro oficialanistiado com as promoções a que teriadireito so estivesse na ativa, além dopagamento de soldos atrasados desde suaoassação, em \%9. "por motivos poli-ticos".

Elo foi cassado em 25 do agosto del%9 através do decreto que teve a assina-tura do presidente Costa o Silva. "Foiuma cassação falsa porque naquela data oestado de saúde do presidente Costa oSilva, vítima de derramo, o deixava imo-bilizado. Os membros da junta militarque assumiu o governo queriam cassarmilitares o aproveitaram a doença dopresidente para cassar aqueles de quemnão gostavam", explicou lnemar, queespera receber cerca de CzS 3 milhões.

Persistência — Para conseguira reintegração. lnemar, quo é atualmenteprocurador da Terracap ( CompanhiaImobiliária de Brasília), leve do ser per-sistente. Seu processo corria desde I97(Lquando foi concedida a primeira anistiaaos punidos pelo regime militar de l%4.Ele requereu reincorporação ao ministroda Marinha na época, almirante Maxi-miano da Fonseca, que negou. "Pedi areversão à ativa ainda no posto do capi-tão-tonento o o pedido foi indeferido somqualquer motivação.".

Com a recusa do ministro, lnemarresolveu abrir processo judicial na 3aVara da Justiça Federal, em Brasília. C)juiz José Alves de Lima . ao julgar oprocesso, achou que o ex-oficial nãotinha direito à reintegração porque a leitia anistia de b)79 deixava a readmissãodos punidos a critério da Marinha.

Na primeira apelação ao TribunalFederal de Recursos, em 19S3. obteve odireito de voltar como capitão-tenente."O problema é que eu queriatambém as promoções, já que o pessoalda minha época está agora no posto decapitão-de-mar-e-guerra", contou lne-mar, explicando por que recorreu aoSupremo Tribunal Federal, em 19S5.

Na véspera do julgamento, entrouem vigor a Emenda Constitucional n° 26.que garantia as promoções. Quando oprocesso retornou à Justiça Federal, ojuiz negou-se a aplicar a Emenda n" 26.lnemar recorreu de novo ao TribunalFederal de Recursos em íySu. Ontem,finalmente, o ministro-relator do proces-so no TFR. Assis de Toledo, opinou quea volta à ativa deveria ocorrer "sem

qualquer outra formalidade ou exigén-cia". Por unanimidade, o plenário conco-deu a reintegração no posto de capitão-demar-e-guerra.

lnemar ainda náo sabe so volta àMarinha ou pede passagem para a roser-va. "Hoje eu estou bem profissionalmen-te", ponderou. Sobre os motivos do suacassação, disse apenas: "Não cumpri or-dem militar na época. Não posso dardetalhes agora. Isso podo me preju-dicar."

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Ulysses participa comministros militares deato por mortos de 1935

O presidente em exercício Ulysses Guimarães participouda solenidade comemorativa do mo\ imento militar de 1935 — a

^chamada Intentona Comunista —. na Praia Vermelha, numpalanque em que o únicos políticos eram o governador MoreiraFranco o o chefe do Gabinete Civil. Ronaldo Costa Couto.Ulysses ficou no Rio apenas duas horas o 25 minutos, tempo decumprir as formalidades junto ao mausoléu dos 30 mortos nulevante do 3° Regimento de Infantaria, o embarcar de volta aBrasília antes do meio-dia.

Na ordem do dia. os três ministros militares comparam omomento atual com o que precedeu a Intentona. 52 anos atras."Em diversos campos de atuação, podemos hoje perceberrepetidos ensaios de agressão a sociedade, de geração deinquietações e do oposição a nosso ordeiro avanço por justiçasocial maior", diz a nota assinada por Henrique Sabóia. daMarinha, Leónidas Pires Gonçalves, do Exército, e OctávioMoreira Lima. da Aeronáutica.

Condenações — O texto condena a ação de "mentes

quo, por ambição pessoal ou política, praticam, de formaastuciosa, o clientelismo e a demogogia", (...) mentes quepropugriam por privilégios indevidos o que. a cada transigência,voltam-se para novas reivindicações. (...) mentes que. desço-.nhecendo razões e atropelando processos formais, julgampoder, por iniciativas isoladas e atentatórias á ordem, modificarou acelerar decisões superiores". A ordem do dia condena"mentes

que continuam a devanear que seja possível, porartificiosa conduta, impor um sistema de governo completamen-te estranho ás aspirações do brasileiro".

Ulvsses Guimarães saiu do Brasília as Sh. desembarcou naBase Aérea do Galeão o chegou ao Forte São João. na Urca, dohelicóptero. De lá. foi de ônibus para a Praia Vermelha,acompanhado de Costa Couto, dos três ministros militares e dogeneral Ivan de Souza Mendes, chefe do SNI. A passos lentos, opresidente em exercício passou a tropa em revista e. antes de se.dirigir ao palanque das autoridades, cumprimentou um grurwde 30 alunos da Escola Minas Gerais.

Durante os 411 minutos da cerimonia — com a tradicionalsalva do 21 tiros, desfile da Esquadrilha da Fumaça, coroa doflores e a chamada dos mortos na Intentona —. Ulysses nãotalou.

Radicais — O ministro do Exercito recusou intorpro-tações da ordem do dia. enquanto o ministro da Aeronáutica aqualificava com o "uma mensagem de união contra os gruposradicais".

A ordem do dia contém um ataque direto á Constituiu-te? — perguntou uma repórter, quando Leónidas deixava opalanque.A senhora, a jovem leitora sabe ler? — devolveu oministro do Exército, recomendando: — Então, tire suasconclusões, náo pergunte para mim. Eu sou um dos redatoresda ordem do dia. Nós fizemos a coisa de maneira du.... osnossos pensamentos da maneira mais clara. Os senhores inter-pretem, não me cabe interpretar.

É verdade que o senhor, em sua viagem á Inglaterra, foiconvertido ao parlamentarismo'.' — provocou outro repórter.

Náo. náo e realidade isto. Eu tive contato comparlamentaristas lá. sim. Curiosamente, o que se sentou ao moulado num almoço disse que náo adotássemos aqui o parlamenta-rismo. que lá náo dava corto. Curiosamente — concluiuLeónidas.

Cautela — Em Brasília, os políticos reagiram comcautela á ordem do dia lida em todo o país pelas autoridadesmilitares, com críticas indiretas á Constituinte. O presidente doPFL, senador Marco Maciel (PE), disse quo

"deve ser muitobom avaliada" a referência a implantação do parlamentarismo."É normal", acrescentou, "que os militares se manifestem, Ele^náo podem ficar fora da Constituinte, que representa todos OSbrasileiros".

O deputado Expedito Machado (PMDB-CE), um dóslideres do Centrão, preferiu desconversar: "A última vez que liuma ordem do dia de militares ou tinha 18 anos". Para-odeputado Humberto Souto (PFL-MG). a manifestação sobre osistema do governo

"aumenta a possibilidade do se ter umplebiscito para decidir entre parlamentarismo o presidencial^-mo".

? A camisa verde do Vicente Luiz de Barros Duartechamava a atenção no palanque das autoridades presentes

à solenidade comemorativa da Intentona Comunista. Colocadona primeira fila. ele ouviu o Hino Nacional com a mão sobre opeito, que conservou até que a salva de gala silenciasse. Quandoos nomes dos mortos na quartelada de 35 foram lembrados —ao mesmo tempo em que a banda dos Fuzileiros Navaisexecutava a marcha fúnebre e aviões da Esquadrilha daFumaça cruzavam o céu —, Vicente, um contador de 56 anos,aposentado como auditor da Companhia Siderúrgica Nacional,tirou o paletó e fez a saudação integralista com o braçoestendido à frente: "Anauê!" Mais tarde, traduziu seu gestocomo "uma saudação aos brasileiros que foram assassinados deforma covarde no .V RI", a quem queria exibir-se "de peitoaberto, com a cor verde da Ação Integralista Brasileira", paraele imorredoura. Vicente Duarte vê "o mundo todo sob ameaçade desintegração" e só não quis revelar quem o convidou parasubir ao palanque junto com o presidente da República.

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Salvador. (BA), 25 de novembro de 1987.Telecomunicações da Bahia S/A — TELEBAHIA

V.

JORNAL DO BRASILPolítica sábado, 28/11/87 D 1" caderno a

Mentrão" não quer alterarmforma agrária nem mandato

'JW»

»+.¦;. Franklin Martins"

BRASÍLIA —- 0 Centrão não apresentara. ejjjehdas sobre reforma agrária, sistema de go-verno e mandato do presidente José Sarney, eqy.ú pretende tocai cm quatro dos nove títulosdo.projcto de Constituição aprovado na Comis-5i"iQ de Sistemali/ação. "Vamos apresentar de 1?a~2ü .emendas apenas, algumas referentes acapítulos inteiros", disse 0 deputado José Lins(PJ>'L-CE). coordenador da comissão do Ccn-trio encarregada de elaborar as emendas dogrupo.

<*'^Ressaltando que o trabalho ainda não foiconcluído. podendo ser modificado, José Lins —

qüçilurante os últimos dias recebeu mais de 300sugestões para transformar em emendas —deli-

uiu,que o grupo tem três objetivos com suas

propostas: diminuir a carga de tributos e encar-gos sociais sobre a iniciativa privada, impulsio-nar a desestatização, c fixar regras mais flexíveispara os investimentos externos.

Definição — Segundo José Lins, prova-veimente não serão feitas quaisquer propostasde mudanças nos títulos 1 (Princípios Funda-mentais). IV (Organização dos Poderes e Siste-ma de'Governo), V (Defesa dos listados e dasInstituições Democráticas) e VI (Tributação eOrçamento). No titulo II (Organização do Esta-do), a intenção é mudar pouca coisa. "Querc-

mos apenas definir um pouco melhor os bens eatribuições da União, dos Estados e dos mutuei-pios", esclareceu.

Os pontos mais importantes que o ( entrãopretende mudar estão no capítulo dos DireitosSociais, como a proibição da demissão imotiva-da, o pagamento da hora extra em dobro, alicença de 120 dias para a mulher gestante, aiinpicscriplibilidadc das ações trabalhistas e aproibição da intermediação na contratação demão-de-obra. Na Ordem Econômica, a tendeu-cia do Centrão, de acordo com José Lins, éapresentar uma emenda substitutiva ao capítulodos Princípios Gerais, Intervenção do Estado, eRegime de Propriedade do Subsolo nacional e anacionalização da distribuição de combustíveisda exploração mineral. Poucas mudanças serãopropostas no capítulo de Política Urbana. "Se-

rão emendas só para enxugar o texto, mantendoa desapropriação por interesse social e o usuca-pião". José Lins está satisfeito com o capítulo daReforma Agrária: "Eicou tudo facilitado peloacordo havido na Sistematização".

Na Ordem Social, alguns capítulos provável-mente receberão emendas substantivas. Estãonesse caso os da Seguridade Social, Saúde eEducação. "O texto da Sistematização pratica-mente impede a atividade privada na área daSaúde e da Educação. Nossa tendência é pro-curar compatibilizar a ação das redes públicas eprivadas", disse.

Ulysses exagera disposiçãopara mostrar que está bemJL ¦*¦ Brasília — Josó Varnlln

Ministério das ComunicaçõesRADIOBRÁSEmprasa Brasileira de Radiodifusãofl 1

Grupo define alvos prioritáriosEstes são os principais pontos que o Centrão

quer mudar no projeto de Constituição:'..Estabilidade — substituir a proibição de de-missão imotivada por indenizações progressivas,corno pretendia a emenda popular patrocinadapelos empresários gaúchos, derrotada na Siste-matização.

Hora-extra — derrubar o pagamento em do-bro e remeter a questão para a legislação'ordinária, salvo nos casos em que houver con-venção coletiva sobre o assunto.

Licença-gestantc — manter a legislação atual,

que fixa o" período de licença em 86 dias. ASistematização estendeu para 120 dias.

Semana de trabalho — o grupo aceita asemana de 44 horas, mas como média anual. Ou

seja, um trabalhador pode trabalhar 48 horas

numa semana e 40 em outra. O que importa é a

média.

greve _ o tema ainda é controverso no

grupo. A única coisa certa é que serão propostasalgumas restrições ao direito de greve.

Empresa nacional — também ainda não háuma definição precisa.Intermediação de mão-de-obra — remeterpara a lei ordinária, derrubando a proibiçãoaprovada na Sistematização.

Serviços público — O Centrão acha que o

projeto de Sistematização complica a ação daempresa privada nesse setor.

Seguridade social— para o grupo é necessárioTeduzir os benefícios aprovados na Sistemati-zaçáo.

Saúde c educação —nas, duas áreas, o objeti-vo do Centrão c abrir espaço para a iniciativaprivada.Mineração — derrubar a proibição de empre-sas estrangeiras operarem na pesquisa a lavra deminérios.

BRASÍLIA — O deputado Ulysses Guima-rães. no exercício da Presidência da República,procura demonstrar um vigor físico e disposiçãoque a mteriiiidade não justifica. Nenhum substi-tuto eventual do presidente da República, mes-mo os que são eleitos para a função de vice, oque não é o seu caso, costuma tomar decisões ese limita apenas a cumprir o protocolo e, quandomuito, rubrica decretos sem maior importância,previamente elaborados pela burocracia do Ga-binetc Civil.

Mas Ulysses, que se submeteu a uma angio-plastia paia a desobstrução de uma das eoroná-rias, procura demonstrar agilidade e disposição.Ele conta detalhes do tratamento recebido noIncor, até como forma de demonstrar que seucaso não foi tão grave. Ao contrário das outrasvezes, náo recusou a sugestão de ser levado aSão Paulo, correndo inclusive os riscos de ternovamente seu quadro clínico exposto ás discus-sões e desconfianças que ainda persistem egeram boatos sobre uma nova recaída.

Molière — "listou vendo que no Brasilestão lendo muito Molière. Ele tem uma peçachamada O Doente Imaginado. Estão espalhai.-dó muito Molière no setor da imprensa — disseao receber um grupo de jornalistas no gabineteda presidência da República, quando foi indaga-do se não havia passado bem durante a suaviagem ao Rio, onde participou das comemora-ções da Intentora Comunista.

Foi com a preocupação de evitar dúvidassobre o seu estado de saúde que o deputadoUlysses Guimarães, ainda no lncor, desrespei-tou recomendações médicas para pegar o telefo-ne c ligar diretamente para os ministros RenatoArcher e Luiz Henrique e para o líder do PMDBna Constituinte, senador Mário Covas. Já emcasa, novamente, fugiu ao cerco da família, queo queria repousando, e promoveu reuniões compolíticos e articulou, por telefone, encontros emBrasília para resolver o impasse da mudança doregimento interno da Constituinte, requeridapelo Centrão.

As visitas a Ulysses no Incor eram limitadas,mas ele chegou a'pedir que se abrissem exce-ções, principalmente aos adversários políticos.Embora tivesse se negado a receber o deputadoJosé Serra, com quem havia tido uma discussãoáspera em Brasília por causa da votação do

¦•• ¦'-i—- Jã-^*- :

RESUMO DO EDITALALIENAÇÃO DE BENS IMÓVEISA Empresa Brasleira de Radiodifusão — RA-

DIOBRÁS, comunica ao público que estará rece-bondo, ató as 15:00 horas, do dia 18 de dezembrodo 1987, propostas para aquisição de Imóveissituados na Parada de Lucas, Realengo e Olaria —RJ. O Edital poderá ser obtido na Superintendênciado Rio de janeiro, Praça Mauá n° 07 — 19° andar,sala 1901 Fone(021) 296-7171—ramais 209, 268,213 e 292

COMISSÃO DE ALIENAÇÃOmmaaawmmmmmmmmm

Ulysses demonstra dinamismomandato de Sarney, Ulysses fez questão dcreceber a visita da filha do parlamentar, Verôni-ca, uma exuberante jovem de 18 anos. Depoisde visitá-lo de minissaia, ela fez o papel deporta-voz e disse ao pai que Ulysses estava"melhor do que antes, inclusive mais corado".

Desde que retornou á atividade, o deputadoUlysses Guimarães passou a náo mais evitar aimprensa. Ao contrário, usa-a para demonstrarque está bem. "Vocês

podem passar o atestadomedico do meu estado dc saúde", brincou,ontem, ao solicitar que os repórteres dcsfiz.es-sem os boatos que circulam com freqüência cmBrasília. Como eles foram táo intensos, ao

ponto de o próprio Sarney telefonar para suaresidência, o deputado tomou a iniciativa deligar pessoalmente para as redações dos jornaispara declarar: "Sc a Constituição que estamosfazendo for igual ao meu estado de saúde, entãofico feliz, porque ela vai ser duradoura".

Em de^eimhm esfel@g@ vai ser lí&eradb»

Prazo pode atrapalhar candidatosOue se preparem os candidatos às próximas

eleições: a futura Constituição, prevista paradezembro, só ficará pronta em março, e. assimmesmo, se houver acordo, segundo o cálculomais otimista de técnicos e lideranças da Consti-tuinte.. E é justamente esse o argumento quedefensores de cinco anos de mandato paraSarney e eleições gerais em 1989 pretendemusar: segundo eles. nào haverá tempo de reno-var.todos os diretórios, realizar convenções para•escolha de candidatos, votar toda a legislaçãoordinária e ao mesmo tempo, preparar cam-

panha..Só no Congresso Nacional estão dc olho nas

urnas 200 candidatos a Prefeito, de acordo comas emitas do deputado João Herrmann (PMDB-SP), ele próprio candidato cm potencial à Pre-feitura.de Sorocaba (SP).

Se a mudança do regimento interno daConstituinte for votada e aprovada na próximaquarta-feira, deputados e senadores terão três

dias para apresentar emendas (dias 3,4 e 5). A

partir daí, o relator Bernardo Cabral ficará como projeto até o dia 10 para relatar todas asemendas. Somam-se mais um dia para publica-ção e três para apresentação dos pedidos dedestaque.

O projeto estaria pronto para votação no

plenário a partir do dia 14. mas a votação noplenário só deverá começar mesmo no dia 5 de

janeiro. E é nesse ponto que as contas materna-ticas começam a assustar. Sào 334 artigos, maisas emendas e destaques. Sem acordo, se cadadeputado resolver usar o número de destaques a

que tem direito pelo regimento (seis. para cada),a Constituinte bateria o recorde de 3 mil 353votações, somente dos destaques, fora as vota-

ções de preferência, confusões e brigas no

plenário. Isso eqüivale a 170 sessões de cincohoras cada. Mesmo que se realizem duas sessões

por dia, os constituintes levariam dois meses emeio somente para votar os destaques. Depoisde todo esse trabalho, o projeto voltaria para o

plenário para um segundo turno de votação,que, mesmo com acordo, levará até 50 dias.

Fernando César defende naSudene política de Sarney

Fernando Cémr-

BRASÍLIA —Demonstrando quenão perdeu ainda ohál.ito. de porta-vozdo presidente Sarney,o goyerpador de Fer-nando de Noronha,Fernando César Mes-quita, fez a defesa dogoverno na reunião doConselho Deliberati-vo da Sudene, em Re-cife, contra a "pequena política, mesquinha efisiológica", em discurso de 11 páginas distribuí-do simultaneamente na Presidência da Repú-blica.

O discurso foi visto por Sarney na quarta-feira..durante almoço no Palácio da Alvorada,quando Mesquita decidiu introduzir no textoalgumas queixas do presidente para explicar oincidente da véspera, em Belém, onde foi alvode manifestações de hostilidades. "Os que oatacam, por ignorância ou má fé. esquecemdelibcradamente as vitórias obtidas, em apenasdois -anos e meio, no campo político-institucional", discursou o ex-porta-voz

¦ - Cargos — Num outro recado de Sarneyaos governadores que não aprovaram a escolhado- novo superintendente da Sudene, Paulo

Souto, Fernando César disse que, diante datarefa de resgatar o Nordeste da pobreza,

"são

irrisórias e mesquinhas as disputas por cargos, aslutas sem grandeza comandadas por interessesde grupos, pessoas ou mesmo partidos. O presi-dente Sarney tem razões de sobra para sededicar, a partir de agora, às questões adminis-trativas do país, sem se preocupar com interes-ses estreitos".

As mudanças políticas sem que houvesseruptura institucional são atribuídas pelo gover-nador de Fernando de Noronha à "sabedoria

política, habilidade, postura de estadista, tole-rância e a capacidade de conciliar do presidenteSarney". Ele lembrou que uma demonstração,de respeito do presidente Sarney às instituiçõesfoi a de "aceitar com tranqüilidade e semressentimentos, a deliberação da Comissão deSistematização com respeito a seu mandato. Adecisão foi contrária ao seu pensamento, mas opresidente sempre exerceu suas atividades poli-ticas dentro dc uma orientação democrática queo faz receber com a mesma serenidade tanto avitória quanto a derrota de suas opiniões"

Segundo o ex-porta-voz, "o presidente con-

sidera cumpridas suas tarefas essenciais no cam-po político", mas isto nào significa de modoalgum que

"cruzará os braços diante das discus-sões e decisões envolvendo questões do maisalto interesse nacional"

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Fernando Henrique defendeconcepção social-democrata

___ -*- . _ri fc _ _- ._.r._...,_u..«ln t-ii.m _!_¦ t t-i it i ir'i_ I.'..^senador Fernando Henrique Cardoso en

cewou o seminário A Social Democracia, patro^ciBat-õ-pcIo governo do Estado, fazendo umveemente apelo para que seu partido, o PMDB,éfcfuiTuma "virada" em direçào a princípiossociat-Tiemocratas.' "Existem condições efetivas para a implan-tação de uma política desse tipo no Brasil, masis|o implica numa decisão nesse sentido, além demudanças ideológicas e de posição. Se o PMDBnào entender isto, não compreenderá o momen-to histórico e aí perde o bonde", disse Fernando Henrique, bastante aplaudido no auditórioda Caixa Econômica Federal

: "Em se tratando de social-democracia, hojeeu colocaria a ênfase sobretudo no social" disseo senador. "Há uns cinco anos eu não faria essaafirmação em público, pois vivíamos uma situa-

çào dc ditadura. Mas hoje, efetivamente preci-samos de uma verdadeira política social, pois amassa, o povão, não se sensibiliza mais com

problemas de democracia"' Fernando Henrique abriu forte crítica aos

setores de esquerda dentro e fora de seu partido.

No seu longo extremamente bem estruturadodiscurso sobre as dificuldades dc implantação deuma política social, o líder do PMDB no Senadoafirmou que as esquerdas brasileiras não sàocapazes de perceber uma diferença fundamentalentre social-democracia e populismo'"O

populismo só pensa cm distribua, mas osocial-democrata está preocupado também coma formação de riquezas e, dentro desse processo,em sua distribuição A esquerda confunde po-rém. certas posturas racionais frente ao problema do distributivismo com posição reacionária,e acaba prestando serviços exclusivamente ac

populismo"No clima cte festa e comício político que st

criou com a chegada dos governadores MoreiraFranco e Waldir Pires da Bahia a discussãopropriamente dita sobre social-democracia petdeu-se O goveniadoi baiano discorreu longamente sobre as misérias e dificuldades do Nor.deste

O seminário—cujos resultados serão publi-cados em livro — foi encerrado com palavras deagradecimento do governador Moreira Franco.

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JORNA.I, DO 8HASIL

0 DIA-A-DIA DA CIDADE NO Cidade

•-¦4 n Io caderno n sábado, 28/11/87 Nacional JORNAL DO BRASIL

PM fere a tiro líder de invasão de terra no Paraná>£»»» Ruth liologne.se

NOVA CANTO (PR) - Dois anos' 'depois que as invasões de propriedades-viraram forma de luta dos trabalhadores'""ictii terra do Paraná, ocorreu o primeiro.conflito armado entre policiais militares e

^fortlonos no centro oeste do estado. De-„nois de uma tentativa de despejo, na. fazenda Santo Rei. a 6(1 quilômetros de

Curitiba, 1511 homens da PM reagiram aj tiros e enfrentaram as espingardas, foices8e facões de .SI) famílias na madrugada de~ontem.w Mais de 10 tiros, segundo o coman-

ciante do batalhão, coronel Antônio Car-v.los Ribeiro, e de 40 a 50, segundo os

colonos, foram dados. O único ferido foi"O agricultor Francisco Cavaleiro, 40 anos,um dos líderes da invasão, atingido porum tiro de mosquctão que o feriu nasduas pernas. Ele esta internado no Pron-

510-Socorro de Campo Mouiào e, segundo~os médicos, nào corre risco de vida.Ficará manco. Na lula, que durou cercade 20 minutos, um PM teve sua armaroubada por três meninos e a grandemaioria dos soldados saiu com a fardacheia de lerra jogada pelas famílias.

Foices e tiros — A PM, segun-"Óp relato dos lavradores, chegou à área8invadida há l ano, que tem 40 alqueires'de

plantio, por volta das 5h. Sem qual-quer aviso, os homens, armados commosquetõcs, baionctas, revólveres c cas-setetes, começaram a retirar as lonas dasbarracas. Os colonos, armados de foices,facões e espingardas, foram se aproxi-mando dos soldados e começaram a jogar

„ punhados de terra. Na confusão, Jeuci«Pereira, de 15 anos. e mais dois amigos"-da mesma idade, jogaram terra num PM,

- que acabou caindo. O menino encostou"Uma foice no pescoço do soldado, en-¦quanto outro roubou-lhe o revólver.

— A gente conseguiu empurrar ossoldados para a beira da estrada — con-tou Nadir Resende, um homem de 30

anos. Ele eslava próximo a FranciscoCavaleiro quando um soldado ajoelhou,apontou a arma e disse: "Para trás todomundo ou eu atiro", Francisco respon-deu: "Se atirar, atire para matar". Foiquando um tiro de mosquctão atingiu-lheas duas pernas.

Na versão do comandante do bata-Ihâo, o soldado atirou porque um lavra-dor ameaçou cortar-lhe o pescoço comuma foice.

Foi uma forma de sobrevivência, nin-guém tinha ordens para atirar — afirmouo comandante. Na confusão, mulheres ecrianças de todas as idades assistiram atudo e até mesmo ajudaram os homens ajogar terra nos soldados. O padre deNova Cantu, Breno Petri, disse que foium milagre mais gente náo ter sido atingi-da pelo tiroteio. "Foram muitos tiros",disse ele.

Participação — Com a reaçãotios colonos, os 150 homens se afastaramda rodovia PR 236 e pediram reforçopolicial. O comandante Antônio CarlosRibeiro, que comandou a operação, disseque os trabalhadores portavam, além defoices, machados t: espingardas, tambémcoquetéis Molotov prontos para disparar.Ao meio dia chegou um contingente demais 150 homens, com metralhadoras ebombas de efeito moral. Através da in-termediaçáo do deputado do IT PedroTonclli, OS lavradores e os policiais devol-veram as armas tomadas durante o con-flito.

— Não queremos guerra, queremosterra — disse Waldemar Pereira, pai tiomenino que havia roubado um revólvercalibre 38") de um PM. "Na

próxima vez,nós não devolvemos nenhuma arma, por-que se a gente tivesse armas nào estaria-mos aqui". O comandante devolveu, en-tão três foices c alguns facões apreen-didos.

A tarde, os PMs suspenderam o des-pejo e se retiraram do local. A fazendainvadida tem I mil 290 alqueires e perten-ce ao grupo Slaviero.

Palmoira das Mísrõgb (RS) - Jurnndir Silvolra

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Brigada Militar acontpahliou de perto a marcha dos lavradores através da cidade

Lavradores vãopara Santuário

Colonos param o comércio

Despejo foi erro judicialCURITIBA — O despejo que resul-

tou onlem no ferimento do agricultorFrancisco Cavalheiro, em Nova Cantu.foi determinado por um erro de compe-tência judicial. O juiz. da comarca deUbiratan. que deferiu o pedido de despe-jo feito pela família Slaviero, que reclama

¦ na Justiça o direito de posse dos 1.295..hectares da fazenda Santo Rei. nào pode-ria acatar o pedido, uma vez que a área.desapropriada no ano passado, estã sub-judice na Justiça Federal em Foz doIguaçu. Reconhecendo este erro, na tar-"de de ontem, o presidente do Tribunal de'Justiça do Paraná. Mário Lopes dos San-'tos. deferiu pedido do Inter (Instituto; Jurídico das Terras Rurais) — para susla-ção da ordem de despejo emitida pela' Justiça comum.

Este. porém, não foi o único fatoestranho do despejo das famílias dostrabalhadores da fazenda Santo Rei. EmCuritiba, o secretário da Segurança Pú-blica. Antônio Lopes Noronha, admitiuque só soube do despejo depois que elehavia começado. Segundo Noronha, nãohá anormalidade nisto, apenas o juiz deUbiratan quis fazer cumprir sua decisão"""utilizando o fator surpresa". "Eu sabiaque o despejo ocorreria, mas não sabiaque seria hoje", admitiu, dizendo aindaque

"essa foi uma exceçáo a todos osoutros casos".

Jagunços — Noronha não quisdar uma opinião sobre a denúncia que acoordenação estadual do Movimento dosTrabalhadores Rurais Sem Terra fez deque a Polícia Militar, que chegou com 150homens, segundo ele, às 6 h da manhã,teria agido acompanhada de pistoleiros ejagunços armados. "Esse seria um proce-"dimento absolutamente irregular, quenão tem precedentes dentro da PM. Se eutiver qualquer indício de que isto ocor-reu, será apurado e os responsáveis serãopunidos", assegurou.

O responsável, no caso, seria o co-mandante da operação, coronel AntônioCarlos Ribeiro, do IIo Batalhão da Poli-cia Militar de Campo Mourão. De ante-mão, o secretário o defende, assim comodefende o soldado que desferiu o tiro queatingiu a perna do lavrador. "Os

policiaisforam recebidos com injúrias e agredidoscom torrões e pedras, inclusive por me-nores. O agricultor ferido investiu contrao policial, armado com um facão. Estepolicial, em legítima defesa e no estritocumprimento de sua função policial, dis-parou um tiro para o ar e outro queatingiu a perna do agricultor", disse No-ronha.

Para o secretário, nem a Justiça nema segurança pública erraram no processode despejo. "O erro é dos invasores. Ainvasão é um processo anárquico, quetumultua a reforma agrária, traz tensão ea possibilidade de que ocorram fatoscomo este", disse, sem disfarçar, porém,sua perturbação pelo fato de não ter tidoconhecimento do despejo antes.

Dois culpados — O procuradordo Inter no Paraná, Francisco AcciolyTeixeira Pinlo lambem se eximiu de qual-quer responsabilidade."Se nós soubesse-mos da ordem, teríamos tomado as provi-dências que tomamos hoje", disse, ape-sar de a ordem de despejo ler sidoemitida no mès de outubro, poucos diasdepois da invasão.

O secretário da Justiça, Antônio AcirBreda, incumbido pelo governador Alva-ro Dias de, junto com o Inter, tratar dasustaçâo do despejo, admite que há doisculpados nesta história: o governo fede-ral, que

"precisava demonstrar maiorvontade política de implantar a reformaagrária, e os proprietários de terras im-produtivas, que retardam o máximo pos-sível na Justiça a imissão definitiva peloórgão responsável pelas desapropria-ções".

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SÃO NICOLAU (RS) — As 47famílias que tinham invadido há umasemana a fazenda Itati, neste município,pertencente ao ex-deputado Aldo Pinto,do PDT, retiraram-se ontem num com-boio de 10 caminhões, escoltados por 300soldados da Brigada Militar, que usavamroupas de camuflagem e portavam fuzis emetralhadoras. Os colonos se dirigempara uma área de 8 hectares no municípiode Caibaté. conhecida como Santuário doCaaró, cedida provisoriamente pelo bis-po de Santo Ângelo, dom StanislauKreutz.

Em Porto Alegre, o governador Pe-dro Simon disse estranhar a situaçãocriada pelo bispo, que primeiro rezoupara invasores de uma propriedade priva-da em São Nicolau, defendendo a ocupa-çáo e, depois, ofereceu um local paraacampamento provisório quando a Justi-ça obrigou ao despejo. "A situação cria-da pelo bispo é inédita no pais e revela aparticipação de segmentos da Igreja naocupação de terras", disse Simon.

Incidente — A marcha dos inva-sores da fazenda Itati em direção aoSantuário, por estradas de barro e sobintenso sol, teve um incidente: com odesmaio de dois colonos, o coronel ClóvisMamede da Silva, que comandava a tro-pa, sugeriu que os colonos usassem qua-tro caminhões da Prefeitura de São Nico-lau para levar mulheres e crianças edesafogar os 10 superlotados fornecidospelo Movimento dos Sem-Terra. A su-gestão foi levada ao alto-falante por umcolono conhecido como Norberto, quepropôs a realização de uma assembléiapara discutir se embarcariam nos cami-nhões da prefeitura, com o que nãoconcordou o coronel Mamede. que deter-minou ao delegado Antônio Rocha, deSão Nicolau que prendesse o rapaz, porestar incitando os companheiros.

Norberto foi preso, prestou depoi-mento e foi libertado em seguida. Oscolonos resolveram embarcar nos cami-nhões da Prefeitura de São Nicolau eprosseguir a viagem até o Santuário.

Brasília'Luciano Andrade

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"D C°mo ° R*°- lcm :> Intcntona-K*—^ Comunista da Praia Vermelha,?¦Brasília já tem o seu 27 de novembro"para

calendário nenhum esquecer:trata-se do Badernaço, que ontem'fez um ano, contra 52 do outro''movimento.

A diferença entre am-upos é alguma coisa a mais do que a.

iSÉ?idade, porem. O Badernaço não rcú-ne as autoridades maiores da Rcpú-blica nem os altos comandos das trêsForças. Houve apenas o temor dapolícia da capital de que se repetisseo quebra-quebra do ano passado —iniciado por fogo ateado nos carros

da Secretaria de Segurança — e ocomentário irônico de um mineiro,

que se não visse as tropas na rodo-viária nem se lembraria da data:"Uai,

parece que só a polícia selembrou de comemorar ò aniversáriodo Badernaço. ."

I

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PALMEIRAS DAS MISSÕES(RS)— A cidade de Palmeira das Missões, a390 quilômetros de Porto Alegre, parouontem para ver a caminhada dos 2 milcolonos pela avenida principal, na dire-ção da gleba do agricultor Getúlio Var-gas, que ofereceu 7 hectares aos invaso-res da fazenda do Salso, que a Justiçadevolveu a Plínio Pereira Dutra, seuproprietário.

Muitas lojas do comércio local fecha-ram no momento em que as 500 famíliaspassavam cantando hinos do Movimentodos Trabalhadores Sem Terra e gritandopalavras de ordem ("No Brasil. Chile,América Central, a luta pela terra éinternacional").

Vigiados ao longo de todo o percursopor mais de 100 homens da BrigadaMilitar, divididos entre o 7" Batalhão dePalmeira das Missões e dois pelotões dereforço, vindos de Passo Fundo (munici-pio da regiáo central do estado), oscamponeses foram aplaudidos na entradada cidade pelos alunos do Colégio de IoGrau Polivalente, que levavam cartazesde apoio e lhes entregaram flores

Em meio à multidão que assistia àpasseata, muitos condenavam o acampa-mento na área do agricultor Getúlio Var-

gas, a 4 quilômetros do perímetro urba-no, outros se diziam solidários com a lulados sem-terra, ainda que alguns conside-rassem ilegal a estratégia de invadiremáreas rurais privadas.

Para o prefeito de Palmeira das Mis-soes, Lourenço Ardenghi, do PDS, omovimento dos colonos alcançou seu ob-jetivo, que é "pressionar o governo emfavor da reforma agrária". Ardenghiacrescentou que o PDT e o PDS sãofavoráveis à distribuição das terras, masum de seus assessores, em entrevistanuma rádio local, responsabilizou o pro-dutor Getúlio Vargas por um novo acam-pamento, pois ele ofereceu parte de suaárea às famílias de camponeses.

Com muita prudência em suas decla-rações, o presidente do Sindicato Ruralda região, Vilmar Wilcke de Souza, disseque o governo precisa tomar providênciaspara assentar os colonos. Sem acreditarnuma possível nova invasão, o dirigentesalientou que a dificuldade maior é aestrutura agrícola para que os colonospossam produzir.

Dono de quase 400 hectares de terra.Vilmar de Souza aponta o sistema coope-rativista como alternativa para solucionara questão, o que já acontece em algunsassentamentos de agricultores no estado.

UDR faz leilão em BPORTO ALEGRE — A DDR da

região de Bagé obteve CZS 2 milhões 72mil 450 na venda em leilão de 147 ani-mais, doados pelos proprietários, entrebovinos, búfalos e cavalos. Um casal demarrecos foi leiloado várias vezes, alcan-çando no total CZS 54 mil.

A informação foi dada ontem por AriMoreira Pinto, assessor de comunicaçãosocial da UDR da regional de Bagé(abrangendo também os municípios deSantana do Livramento, Pinheiro Macha-do, Dom Pedrito e Çaçapava do Sul),sobre os bens arrematados anteontem ànoite na localidade de Batalha, a 16quilômetros do Centro de Bagé.

Com 465 associados só no município

agéde Bagé. que fica a 373 quilômetros dacapital, a UDR pretende aplicar o dinhei-ro do leilão não só no ressarcimento dedespesas de doações de animais e loco-moção dos ruralistas no recente leilãonacional da UDR, como também parasuas atividades. Segundo Ari Pinto, dian-te das invasões ocorridas na região no-roeste do estado — distante da regiáofronteiriça de Bagé —, os fazendeirosestão mobilizados para evitar novas inva-soes. "Temos condições de rapidamenteacionar centenas de ruralistas para o localda invasão e levar assessoria jurídica aoproprietário da área invadida", disse oassessor.

Pernambucanosocupam Sudene

RECIFE - Carregando faixas ccartazes em que protestam COntnFa faltade recursos para atender aos flageladosda seca e pediam "reforma agrária já",cerca de 2(K) trabalhadores rurais, ocupa-ram, ontem, o auditório do ConselhoDeliberativo da Sudene c cobraram dosgovernadores nordestinos uma posiçãomais enérgica junto ao governo federal,para que novos alistamentos sejam efei-tos em toda a regiáo atingida pela seca. Orepresentante da Confederação dos Tra-balhaclores na Agricultura (Contag),Francisco Urbano, disse que se o.presi-dente Sarney nâo tomar medidas urgen-tes, logo estarão recolhendo pelas praçasos flagelados mortos, pois a situação émuito diícil em todo o Nordeste""**

Depois de informar que atualmenteapenas 690 mil trabalhadores estão sendoatendidos nas frentes de trabalho — nú-mero que ele considera baixo—Urbanoafirmou que centenas de família esiào emsituação de miséria absoluta, desde queos alistamentos foram suspensos. "Nàopodemos continuar ouvindo discursos epromessas, pois só quem vive de promes-sa é santo, trabalhador precisa é decomer". Em defesa de Sarney falou numlongo discurso o governador de Fernandode Noronha, Fernando César Mesqui-ta."Estou autorizado pelo presidente adizer que nos próximos dias novas medi-das de combate aos efeitos da seca esta-rão sendo anunciadas por ele diretamenteaos governadores", se bem que nào ante-cipou o que será anunciado.

Batucada — Com cartazes depapelão e faixas de pano escondidos emsacolas e pacotes, os manifestantes che-garam à Sudene logo cedo, animados poruma batucada. Do lado de fora. ficaramaguardando um ônibus que vinha dosertão com mais agricultores, mas até ofinal da reunião não tinha chegado. Como início dos trabalhores, resolveram en-trar no prédio. Barrados pelos segurançasda Sudene. os trabalhos foram informa-dos que só poderiam ocupar o auditóriocom autorização dos diretores, problemaresolvido com a chegada de FranciscoUrbano, que sem pedir licença a ,nin-guém, autorizou a entrada dos manifes-tantes. Ordeiramente, eles ocuparam aslaterais e o final do auditório c abriram asfaixas c cartazes em que se lia: "Traba-lhadores rurais atingidos pela seca..Exigi-mos recursos do governo federal','. "Ke-forma Agrária já"

Os manifestantes assistiram toda areunião e aplaudiram com entusiasmo orepresentante da Contag que denunciou afalta de recursos para o Projeto 'SãoVicente. "Atualmente, a Sudene estácom 3 mil 395 projetos, mas não podeanalisá-los por falta de recursos". Sugeriuque no orçamento suplementar da autar-quia seja acrescentado CZS 1 bilhão paraatender esses projetos.

Mais recursos — O governa-dor do Ceará, Tasso Jereissati, "foi oprimeiro a aderir à manifeslação-dostrabalhadores e disse que eles estão'ter-tos. "No meu estado, se o dinheiro nãochegar depressa, não terei condições depagar a próxima folha dos trabalhadores,pois este mês ela foi paga com Ç^bLH)milhões que tirei do orçamento do esta-do", disse Jereissati. Tarcísio Burit^. daParaíba, emocionou-se ao falar da 6itua-ção dos flagelados e disse que o povo estácansado de promessas, da classe política eaté da Constituinte", porque quer umasolução para os seus problemas, tí nãopromessas". Geraldo Melo, do RioGrande do Norte, disse que ou os recur-sos chegam, ou muita gente vai morrer defome.

"É muito doloroso, pois se-o-quepagamos nas frentes já é pouco paramanter o trabalhador vivo. aguardandomais um ano de seca, imagine b queocorrerá se o dinheiro náo foi liberado*'.

Floresta acha que chega de injustiçaAgüenta escândaloe maconha, maslixo atômico, não! *•*

Sizohândò

ECIFE — Além da queda, ocoice — reza a velha sabedoria

popular quando a alguma grande des-graça sobrevém outra. Para o municípiode Floresta, no sertão pernambucano, adose é tripla. Não bastasse o estigma deser a cidade do escândalo da mandioca(em 1981), Floresta tem sido semprecitada como campeã brasileira de plan-tação de maconha. Apesar tle tudo isso— ou exatamente por tudo isso, comodesconfiam alguns —, Floresta é incluí-da agora, pelo governo, na lista dosdepósitos de lixo atômico do Brasil.

Floresta, porém, resolveu reagir.Que seja acusada de tudo, mas não deacomodada. Uma dúzia de cidadãoslocais, entre os quais o prefeito e ovigário, resolveu partir para uma cam-panha publicitária que acabe com a máfama — injusta, segundo eles — domunicípio, que já tem 500 agricultoresdiscriminados no acesso ao crédito ofi-ciai.

A questão da injustiça é explicadade modo convicente. Afinal, dizem oscidadãos de Floresta, no escândalo damandioca o Banco do Brasil foi ogrande culpado, porque a agência ope-rava acima dos limites e a direção dobanco nem por isso se mobilizou. Aocontrário, quando despertou para oassunto o que fez foi mandar paraFloresta três funcionários com antece-dentes criminais que promoveram, naépoca, o desvio de 2,5 milhões decruzeiros. Quanto ao caso da maconha,esse é com a TV Globo.

— Plantação de maconha é comumem todo o sertão — diz o prefeito

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Afonso Ferraz. — Em Floresta há doisprocessos em andamento e, parece quepor causa disso, toda a vez que háalgum caso de descoberta de plantaçãode maconha no estado, vai logo dizendoque é em Floresta. Mas isso nào ésempre verdade. Além de Floresta, hátrês outros municípios sertanejos gran-des produtores de maconha.

O agricultor Geraldo Cornélio daSilva reclama da má vontade que con-siste em não divulgar nunca o outrolado da moeda:

«-> A Globo nunca se dispôs adivulgar que Floresta é a primeira noestado e segunda no Nordeste na cria-çào de caprinos, tem o terceiro rebanhobovino de Pernambuco e produz 20'»das culturas irrigadas de Pernambuco.

O prefeito aproveita a deixa eemenda direto:

— Além disso. Floresta tem 0 me-nor índice de analfabetos cie Peruam-buco.

Padre Aluísio Lunkens, o vigário,entra no dialogo:

— Acham pouco a nossa pobreza.ç,a nossa seca. É demais. Os estados,do,Sul recebem a riqueza, também devemficar com os problemas decorrentesdisso.

Há muita injustiça nisso tudo, con-cordam todos. Daí a idéia da campa-nha. Lembram que no escândalo damandioca, terminado com o assassinatodo procurador federal Pedro Jorge dé:Melo e Silva, nada ficou provado contraos mais de 300 indiciados de Floresfâ/O'gerente do Banco do Brasil EdmflsonSilva e o fazendeiro Antônio Rico, daBahia, foram tidos como mentores dodesvio.

A campanha terá cartazes faixas emesmo os custosos outdoors. Haverácampanha financeira, náo faltarão tvs-forços. E todos esperam que a TVGlobo, como consideram justo, dé tem-po na programação para o municipKi.sedefender.

1- .i£-"v ^SO)jj£ SABE DE BOLA MATA NO PEITO E ROLA MACIO.

*ta . ( < JORNAL DO BRASIL JOÃO SALDANHA

4 D 1° caderno ? sábado, 28/11/87 ? 2a Edição Nacional JORNAL DO BRASIL

Ti•I/IFM fere a tiro líder de invasão de terra no Paraná/.i.f/i Bolognese

NOVA CANTIMIMO — Dois anosdepois que as invasões de propriedadesviraram forma de lula dos trabalhadoressem terra do Paraná, ocorreu o primeiroconfino armado entre policiais milharei ecolonos no centro oeste do estado. De-pois de uma tentativa de despejo, nafazenda Santo Rei. a 60 quilômetros deCuritiba, 150 homens da PM reagiram atiros c enfrentaram as espingardas, foiceso facões de 80 famílias na madrugada dcontem,

Mais de 10 tiros, segundo o coman-danle do batalhão, coronel Antônio Car-lOs Ribeiro, e dc 40 a 50, segundo oscolonos, foram dados. O único ferido foiO agricultor Francisco Cavaleiro. 41) anos.um dos líderes da invasão, atingido porum tiro ile mosquetão que o feriu nasduas pernas. Ele está internado no Pron-to-Socorro de Campo Mourão e, segundoos médicos, não corre risco de vida.Ficará manco. Na luta, que durou cercade 20 minutos, um PM teve sua armaroubada por três meninos e a grandemaioria dos soldados saiu com a fardacheia de terra jogada pelas famílias.

Foices e tiros — A PM, segun-do relato dos lavradores, chegou à áreainvadida há 1 ano, que tem 4(1 alqueiresde plantio, por volta das 5h. Sem qual-quer aviso, os homens, armados commosquetões. baionetas, revólveres e cas-setetes, começaram a retirar as lonas dasbarracas. Os colonos, armados de foices,facões e espingardas, foram se aproxi-mando dos soldados e começaram a jogarpunhados de terra. Na confusão, JeuciPereira, de 15 anos, c mais dois amigosda mesma idade, jogaram terra num PM.que acabou caindo. O menino encostouuma foice no pescoço do soldado, en-quanto outro roubou-lhe o revólver.

— A gente conseguiu empurrar ossoldados para a beira da estrada — con-tou Nadir Resende, um homem de 30

anos. Ele estava próximo a FranciscoCavaleiro quando um soldado ajoelhou,apontou a arma e disse: "Para Irás lodomundo ou eu atiro". Francisco respon-deu: "Se atirar, atire para matar". Foiquando uni tiro de mosquetão atingiu-lheas duas pernas.

Na versão do comandante do bata-Ihão, o soldado atirou porque um lavra-dor ameaçou cortar-lhe o pescoço comuma foice.

Foi unia foi ma de sobrevivência, nin-guém tinha ordens para atirai — afirmouo comandante. Na confusão, mulheres ccrianças de todas as idades assistiram atudo e até mesmo ajudaram os homens ajogar lerra nos soldados. O padre deNova Cantu, Breno Petri, disse que foium milagre mais gente náo ter sido atingi-da pelo tiroteio. "Foram muitos tiros",disse ele.

Pacificação — Com a reaçãodos colonos, os 150 homens se afastaramda rodovia PR 236 e pediram reforçopolicial, ü comandante Antônio CarlosRibeiro, que comandou a operação, disseque os trabalhadores portavam, além defoices, machados e espingardas, tambémcoquetéis Molotov prontos para disparar.Ao meio dia chegou um contingente demais 150 homens, com metralhadoras ebombas de efeito moral. Através da in-termediaçâo do deputado do VT PedroTonelli, os lavradores e os policiais devol-verarn as armas tomadas durante o con-flito.— Náo queremos guerra, queremosterra — disse Waldemar Pereira, pai domenino que havia roubado um revólvercalibre 389 de um PM. "Na

próxima vez,nós não devolvemos nenhuma arma. por-que se a gente tivesse armas não estaria-mos aqui". O comandante devolveu, en-tão três foices e alguns facões apreen-didos.

À tarde, os PMs suspenderam o des-pejo e se retiraram do local. A fazendainvadida tem I mil 290 alqueires e perten-ce ao grupo Slaviero.

Nova Cantu (PR) — Chuniti Kawamura

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Lavrador exibe revólver que garotos tomaram de um PM

Despejo foi erro judicialCURITIBA — O despejo que resul-

tõu ontem no ferimento do agricultorFrancisco Cavalheiro, em Nova Cantu,foi determinado por um erro de compe-tência judicial. O juiz da comarca deUbiralan, que deferiu o pedido de despe-jo feito pela família Slaviero, que reclamana Justiça o direito de posse dos 1.295hectares da fazenda Santo Rei, náo pode-ria acatar o pedido, uma vez que a área,desapropriada no ano passado, está sub-judice na Justiça Federal em Foz doIguaçu. Reconhecendo este erro, na tar-de de ontem, o presidente do Tribunal deJustiça do Paraná, Mário Lopes dos San-tos, deferiu pedido do Inter (InstitutoJurídico das Terras Rurais) — para susta-ção da ordem de despejo emitida pelaJustiça comum.5; Este, porém, não foi o único fato

fstranho do despejo das famílias dos

rabalhadores da fazenda Santo Rei. EmCuritiba, o secretário da Segurança Pú-Bica, Antônio Lopes Noronha, admitiuque só soube do despejo depois que elehavia começado. Segundo Noronha, nãohá anormalidade nisto, apenas o juiz deUhiratan quis fazer cumprir sua decisão^utilizando o fator surpresa". "Eu sabiaque o despejo ocorreria, mas não sabiaque seria hoje", admitiu, dizendo aindaque

"essa foi uma exceção a todos osoutros casos".

Jagunços — Noronha não quisdar uma opinião sobre a denúncia que acoordenação estadual do Movimento dosTrabalhadores Rurais Sem Terra fez deque a Polícia Militar, que chegou com 150homens, segundo ele, ás 0 li da manhã,teria agido acompanhada de pistoleiros ejagunços armados. "Esse seria um proce-dimento absolutamente irregular, que

Pnlmoim dar, Missões (RS) — Jurandir Silveira

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Colonos expulsos da fazenda invadida rumaram em direção ao novo acampamento

não tem precedentes dentro da PM. Se eutiver qualquer indício de que isto ocor-reu, será apurado e os responsáveis serãopunidos", assegurou.

O responsável, no caso, seria o co-mandante da operação, coronel AntônioCarlos Ribeiro, do 11" Batalhão da Poli-cia Militar de Campo Mourão. De ante-mão, o secretário o defende, assim comodefende o soldado que desferiu o tiro queatingiu a perna do lavrador. "Os

policiaisforam recebidos com injúrias e agredidoscom torrões e pedras, inclusive por me-nores. O agricultor ferido investiu contrao policial, armado com um facão. Estepolicial, em legítima defesa e no estritocumprimento de sua função policial, dis-parou um tiro para o ar e outro queatingiu a perna do agricultor", disse No-ronha,

Dois culpados — O procuradordo Inter no Paraná, Francisco AcciolyTeixeira Pinto também se eximiu de qual-quer responsabilidade."Se nós soubesse-mos da ordem, teríamos tomado as provi-dências que tomamos hoje", disse, ape-sar de a ordem de despejo ter sidoemitida no mês de outubro, poucos diasdepois da invasão.

O secretário da Justiça. Antônio AcirBreda, incumbido pelo governador Alva-ro Dias de. junto com o Inter, tratar dasustação do despejo, admite que há doisculpados nesta história: o governo fede-ral, que

"precisava demonstrar maiorvontade política de implantar a reformaagrária, e os proprietários de terras im-produtivas, que retardam o máximo pos-sível na Justiça a imissão definitiva peloórgão responsável pelas desapropria-ções".

ORATÓRIA POLÍTICANÃO DÊ VEXAME NO PALANQUE

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Lavradores vãopara Santuário

SÃO NICOLAU (RS) — As 47famílias que tinham invadido há umasemana a fazenda llati. neste município,pertencente ao ex-deputado Aldo Pinto,do PDT. retiraram-se ontem num com-hoio de 10 caminhões, escoltados por 300soldados da Brigada Militar, que usavamroupas de camuflagem e portavam fuzis emetralhadoras. Os colonos se dirigempara uma área de 8 hectares no municípiode Caibaté, conhecida como Santuário doCaaró, cedida provisoriamente pelo bis-po de Santo Ângelo, dom StanislauKreutz.

Em Porto Alegre, o governador Pe-dro Simon disse estranhar a situaçãocriada pelo bispo, que primeiro rezoupara invasores de uma propriedade priva-da em São Nicolau, defendendo a ocupa-ção e, depois, ofereceu um local paraacampamento provisório quando a Justi-ça obrigou ao despejo. "Á situação cria-da pelo bispo e inédita no país e revela aparticipação de segmentos da Igreja naocupação de terras", disse Simon.

Incidente — A marcha dos inva-sores da fazenda It.iti em direção aoSantuário, por estradas de barro e sobintenso sol, leve um incidente: com odesmaio de dois colonos, o coronel ClóvisMamede da Silva, que comandava a tro-pa, sugeriu que os colonos usassem qua-tro caminhões da Prefeitura de Sáo Nico-lau para levar mulheres e crianças edesafogar os 10 superlotados fornecidospelo Movimento dos Sem-Terra. A su-gestão foi levada ao alto-falante por umcolono conhecido como Norberto, quepropôs a realização de uma assembléiapara discutir se embarcariam nos cami-nhões da prefeitura, com o que náoconcordou o coronel Mamede. que deter-minou ao delegado Antônio Rocha, deSão Nicolau que prendesse o rapaz, porestar incitando os companheiros.

Norberto foi preso, prestou depoi-mento e foi libertado em seguida. Oscolonos resolveram embarcar nos cami-nhões da Prefeitura de São Nicolau eprosseguir a viagem alé o Santuário.

Garimpeiros emMinas reclamam

Colonos param o comércioPALMEIRAS DAS MISSOES(RS)

— A cidade de Palmeira das Missões, a390 quilômetros de Porto Alegre, parouontem para ver a caminhada dos 2 milcolonos pela avenida principal, na dire-ção da gleba do agricultor Getúlio Var-gas. que ofereceu 7 hectares aos invaso-res da fazenda do Salso, que a Justiçadevolveu a Plínio Pereira Dutra, seuproprietário.

Muitas lojas do comércio local fecha-ram no momento em que as 500 famíliaspassavam cantando hinos do Movimentodos Trabalhadores Sem Terra e grilandopalavras de ordem ("No Brasil, Chile.América Central, a luta pela terra éinternacional").

Vigiados ao longo de todo o percursopor mais de 100 homens da BrigadaMilitar, divididos entre o 7" Batalhão dePalmeira das Missões e dois pelotões dereforço, vindos de Passo Fundo (municí-pio da região central do estado), oscamponeses foram aplaudidos na entradada cidade pelos alunos do Colégio de 1"Grau Polivalente, que levavam cartazesde apoio e lhes entregaram Oures

Em meio á multidão que assistia àpasseata, muitos condenavam o acampa-mento na arca úo agricultor Getúlio Var-

gas, a 4 quilômetros do perímetro urba-no, outros se diziam solidários com a lutados sem-lerra, ainda (pie alguns conside-rassem ilegal a estratégia de invadiremarcas rurais privadas.

Para o prefeito de Palmeira das Mis-soes, Lourenço Ardenghi, do PDS, omovimento dos colonos alcançou seu ob-jetivo, que é "pressionar o governo emfavor da reforma agrária". Ardenghiacrescentou que o PDT e o PDS sãofavoráveis à distribuição das terras, masum de seus assessores, em entrevistanuma rádio local, responsabilizou o pro-dutor Getúlio Vargas por um novo acam-pamento, pois ele ofereceu parte de suaárea às famílias de camponeses.

Com muita prudência em suas decla-rações, o presidente do Sindicato Ruralda região, Vilmar Wilcke de Souza, disseque o governo precisa tomar providênciaspara assentar os colonos. Sem acreditarnuma possível nova invasão, o dirigentesalientou que a dificuldade maior é aestrutura agrícola para que os colonospossam produzir.

Dono de quase 400 hectares de terra,Vilmar de Souza aponta o sistema coope-rativista como alternativa para solucionara questão, o que já acontece em algunsassentamentos de agricultores no estado.

UDR faz leilão em BagéPORTO ALEGRE — A UDR da

região de Bagé obteve CZS 2 milhões 72mil 4511 na venda em leilão de 147 ani-mais, doados pelos proprietários, entrebovinos, búfalos e cavalos. Um casal demarrecos foi leiloado várias vezes, alcan-çando no total CZS 54 mil.

A informação foi dada ontem por AriMoreira Pinto, assessor de comunicaçãosocial da UDR da regional de Bagé(abrangendo também os municípios deSantana do Livramento, Pinheiro Macha-do. Dom Pedrito e Caçàpava do Sul),sobre os bens arrematados anteontem ànoite na localidade de Batalha, a 16quilômetros do Centro de Bagé.

Com 465 associados só no município

de Bagé, que fica a 373 quilômetros dacapitai, a UDR pretende aplicar o dinhei-ro do leilão náo só no ressarcimento dedespesas de doações de animais e loco-moção dos ruralistas no recente leilãonacional da UDR. como também parasuas atividades. Segundo Ari Pinto, dian-te das invasões ocorridas na região no-roeste do estado — distante da regiãofronteiriça de Bagé —. os fazendeirosestão mobilizados para evitar novas inva-soes. "Temos condições de rapidamenteacionar centenas de ruralistas para o localda invasão e levar assessoria jurídica aoproprietário da área invadida", disse oassessor.

Pe rnamb ucanosocupam Sudene

RECIFE -- Carregando faixas ecartazes em que protestam contra a faltade recursos para atender aos flagelado;da seca e pediam "reforma agrária já",cerca de 2IX) trabalhadores rurais, ocupa-ram, ontem, o auditório do ConselhoDeliberativo da Sudene e cobraram dosgovernadores nordestinos uma posiçãomais enérgica pinto ao governo federal,para que novos alistamentos sejam efei-tos em toda a região atingida pela seca. Orepresentante da Confederação dos Tra-balhadores na Agricultura (Contag),Francisco Urbano, disse que se o presi-dente Sarney não tomar medidas urgen-tes, logo estarão recolhendo pelas praçasos flagelados mortos, pois a situação émuito diícíl em todo o Nordeste".

Depois de informar que atualmenteapenas 690 mil trabalhadores estão sendoatendidos nas frentes de trabalho — nu-mero que ele considera baixo—Urbanoafirmou que centenas de família estão emsituação de miséria absoluta, desde queos alistamentos foram suspensos. "Nãopodemos continuar ouvindo discursos cpromessas, pois só quem vive de promes-sa é santo, trabalhador precisa é decomer". Em defesa de Sarney falou numlongo discurso o governador de Fernandode Noronha, Fernando César Mesqüi-ta."Estou autorizado pelo presidente adizer que nos próximos dias novas medi,-das de combate aos efeitos da seca esta1-ráo sendo anunciadas por ele diretamenteaos governadores", se bem que não ante-cipou o (pie será anunciado.

Batucada — Com cartazes depapelão e faixas de pano escondidos emsacolas e pacotes, os manifestantes che-garam à Sudene logo cedo. animados poruma batucada. Do lado de fora. ficaramaguardando um ônibus que vinha dosertão com mais agricultores, mas até ofinal da reunião náo linha chegado. Como início dos trahalhores, resolveram en-trar no prédio. Barrados pelos segurança!,da Sudene, os trabalhos foram informa-dos que só poderiam ocupar o auditóriocom autorização dos diretores, problemaresolvido com a chegada de FranciscoUrbano, que sem pedir licença a nin-guém, autorizou a entrada dos manifes-tantes. Ordeiramente, eles ocuparam aslaterais e o final do auditório e abriram asfaixas e cartazes em que se lia: "Traba-lhadores rurais atingidos pela seca. Exigi-mos recursos do governo federal", "Re-forma Agrária já".

Os manifestantes assistiram toda areunião e aplaudiram com entusiasmo orepresentante da Contag que denunciou afalta de recursos para o Projeto SáoVicente. "Atualmente, a Sudene estácom 3 mil 395 projetos, mas não podeanalisá-los por falta de recursos". Sugeriuque no orçamento suplementar da autar-quia seja acrescentado CZS 1 bilhão paraatender esses projetos.

Mais recursos — O governa-dor do Ceará. Tasso Jereissati, foi oprimeiro a aderir à manifestação dostrabalhadores e disse que eles estão cer-tos. "No meu estado, se o dinheiro nàochegar depressa, nào terei condições depagar a próxima folha dos trabalhadores,pois este mês ela foi paga com CZS 600milhões que tirei do orçamento do esta-do", disse Jereissati. Tarcísio Burity, daParaíba, emocionou-se ao falar da situa-çáo dos flagelados e disse que o povo estácansado de promessas, da classe política eaté da Constituinte", porque quer umasolução para os seus problemas, e nãopromessas". Geraldo Melo. do RioGrande do Norte, disse que ou os recur-sos chegam, ou muita gente vai morrer defome.

"É muito doloroso, pois se o quepagamos nas frentes já é pouco paramanter o trabalhador vivo, aguardandomais um ano de seca, imagine o queocorrerá se o dinheiro náo foi liberado".

de pressõesBELO HORIZONTE — Seis repre-

sentantes de 259 famílias de posseiros egarimpeiros que plantam e exploramquartzo na região de Capador, no municí-pio de Jequitaí, norte de Minas, a 500quilômetros desta capital, denunciaramem Belo Horizonte que estão sendoameaçados de expulsão por diligentes dafazenda Correntes Agropecuária, quepertence à Companhia de Materiais Sul-furosos (Matsulfur), sediada em MontesClaros. O posseiro Joaquim Pereira deCarvalho, 66 anos, que vive em Capadorhá 19 anos, disse que, se forem retiradasda área, as famílias náo leráo como semanter.

Ele afirmou que a empresa vem fa-zendo "pressão" e manda seus operáriospara trabalharem nas "bocas de serviço"abertas pelos posseiros, na área de garim-po, criando tensão entre os dois grupos.Segundo a orientadora sindical da Fe-taemg (Federação dos Trabalhadores daAgricultura do Estado de Minas Gerais),no norte de Minas, Maria Zilá de Matos,a empresa, que entrou com uma açãojudicial de manutenção de posse na Justi-ça de Pirapora, em setembro, comprou os11 mil 498 hectares de terra da fazendaCorrentes, em 1983, mas nos documentosapresentados á Justiça náo consta a áreautilizada pelos posseiros e garimpeiros.

A posseira Domingas de Assis Meu-des, 46 anos, garantiu que sua mãe acriou "tirando lascas de quartzo na re-giáo" e que ali se casou e criou seus filhosfazendo o mesmo trabalho. "Aquela ler-ra nunca teve dono e nunca teve cerca",disse. Afirmou que o fazendeiro DanielFonseca Júnior, já morto, que tinha umagrande fazenda na região, dizia a seusempregados, entre eles a mãe de Domin-gas, que podiam cultivar aquela área"que não tinha dono. mesmo". Disse queos posseiros só passaram a ser incomoda-dos a partir da aquisição da fazendaCorrentes pelo grupo Matsulfur. que che-gou a usar de violência e destruiu cercasdos posseiros.

Floresta acha que chega de injustiçaAgüenta escândaloe maconha, maslixo atômico, não!

ECIFE — Além da queda, ocoice — reza a velha sabedoria

popular quando a alguma grande des-graça sobrevém outra. Para o municípiode Floresta, no sertão pernambucano, adose é tripla. Não bastasse o estigma deser a cidade do escândalo da mandioca(em 1981), Floresta tem sido semprecitada como campeã brasileira de plan-tação de maconha. Apesar de tudo isso— ou exatamente por tudo isso. comodesconfiam alguns —, Floresta é incluí-da agora, pelo governo, na lista dosdepósitos de lixo atômico do Brasil.

Floresta, porém, resolveu reagir.Que seja acusada de tudo, mas nào deacomodada. Uma dúzia de cidadãoslocais, entre os quais o prefeito e ovigário, resolveu partir para uma cam-panha publicitária que acabe com a máfama — injusta, segundo eles — domunicípio, que já tem 500 agricultoresdiscriminados no acesso ao credito ofi-ciai.

A questão da injustiça e explicadade modo convicente. Afinal, dizem oscidadãos de Floresta, no escândalo damandioca o Banco do Brasil foi ogrande culpado, porque a agência ope-rava acima dos limites e a direção dobanco nem por isso se mobilizou. Aocontrário, quando despertou para oassunto o que fez foi mandar paraFloresta três funcionários com antece-dentes criminais que promoveram, naépoca, o desvio de 2,5 milhões decruzeiros. Quanto ao caso da maconha,esse é com a TV Globo.

— Plantação de maconha é comumem lodo o sertão — diz o prefeito

Sizenando

Afonso Ferraz. —- Em Floresta há doisprocessos em andamento e. parece quepor causa disso, toda a vez que háalgum caso de descoberta de plantaçãode maconha no eslado. vai logo dizendoque é em Floresta. Mas isso não ésempre verdade. Além de Floresta, hátrês outros municípios sertanejos gran-des produtores de maconha.

O agricultor Geraldo Cornélio daSilva reclama da má vontade que con-siste cm não divulgar nunca o outrolado da moeda:

A Globo nunca se dispôs adivulgar que Floresta é a primeira noestado e segunda no Nordeste na cria-ção de caprinos, tem o terceiro rebanhobovino de Pernambuco e produz 20rcdas culturas irrigadas de Pernambuco.

O prefeito aproveita a deixa eemenda direto:

Além disso. Floresta lem o me-nor índice de analfabetos de Peruam-buco,

Padre Aluísio Lunkens, o vigário,entra no diálogo:

— Acham pouco a nossa pobreza ea nossa seca. E demais. Os estados doSul recebem a riqueza, também devemficar com os problemas decorrentesdisso.

Há muita injustiça nisso tudo. con-cordam todos. Daí a idéia da campa-nha. Lembram que no escândalo damandioca, terminado com o assassinatodo procurador federal Pedro Jorge deMelo e Silva, nada ficou provado contraos mais de 300 indiciados de Floresta. Ogerente do Banco do Brasil EdmílsonSilva e o fazendeiro Antônio Rico, daBahia, foram tidos como mentores dodesvio.

A campanha terá cartazes faixas emesmo os custosos oütdòors. Haverácampanha financeira, não faltarão es-forços. E todos esperam que a TVGlobo, como consideram justo, dé tem-po na programação para o município sedefender.

M SABE DE BOLA MATA NO PEITO E ROLA MACIO.t 'r ______-.T a, t nn DD a err

JOÃO SALDANHAJORNAL DO BRASIL

JORNAL DO BRASIL Cidade sábado, 28/1.1/87 ? Io caderno a 4-a

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(em plena praia de Ipanema)n; íi i¦..iiáS.':*!*

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dotando um monomotor Uirapuru T-23 do Aeroclube do Brasil, era vôo deinstrução. Caio Martins da Costa, 22,

fez ontem um pouso de emergência nas areiasda Praia de Ipanema, entre os postos 9 e 10,20 segundos depois que o motor do aparelhoentrou em pane. ao sobrevoar as Ilhas Ca-garras.

O incidente ocorreu por volta das16h30min, quando a praia, uma das maismovimentadas do Rio. nos fins de semana,estava praticamente vazia. Pouca gente viu oavião descer. Devido ao silêncio do motor cmpane. as pessoas só perceberam o pousoinusitado quando Caio, macacão verde depiloto, saltou do aparelho intacto, meio incré-dulo com a própria sorte. Nervoso?

— Em 2(1 segundos não dá para ficarnervoso — contou ele. — ou você soluciona,ou morre. Procurei ficar calmo, manter o

aparelho e optar pelo trecho deserto da praia.Só aqui embaixo, depois de tudo terminado,foi que tremi.

Caio. que é também estudante de Direi-to da UFRJ, contou que pretende, apesardisto, ser piloto comercial e que, para tirar obreve, só lhe faltam duas horas de vôo emaulas solos. Uma delas pretendia cumprirontem, dia de céu nublado mas com poucosventos. Na quinta-feira, segundo ele, fez umdos testes, indo até Angra dos Reis, semproblema. E ontem mesmo, pela manhã, foi aSaquarema. Exatamente quando pretendia omais simples, ou seja, sair do Aeroporto deJacarepaguá e dar uma volta até o Leme,retornando em seguida, foi obrigado a usartudo o que tinha aprendido nas 45 horas quejá fez.

Por sorte, naquele trecho, ontem à tar-de, só havia os jogadores de vôlei de duas

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Caio dissetem no de

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redes, a 100 metros de onde o avião pousou,deixando na areia fofa o rastro dos pneus. Umdeles era Dirlcy Menegusso, 32. que foi oprimeiro a correr. "Mas só porque virei paralá e fiquei boquiaberto vendo o avião pousadoali. Não ouvi barulho nenhum. Ele desceucomo uma pombinha", disse, enquanto volta-va ao jogo, que só foi interrompido por algunsminutos.

A reação de Roberto Ribeiro foi bemdiferente. Ao lado do aparelho ela aindasuando, conseqüência do cooper interrompi-do, comentou: "Que Loucura! Daqui a poucovai ter gente pousando na Visconde de Pi-rajá".

Outro que interrompeu sua corrida pelocalçadão foi Abiel Derizanges, 55, ex-pilotoda FAB; Eez questão de abraçar Caio c,dando-lhe os parabéns, elogiou sua "aterrissa-

gem perfeita", tecendo comentários técnicos

para a imprensa. "Ele poderia ter capotado

devido á areia fofa, ou obrigado a pousar naágua, pegando uma onda de mau jeito", disse,com a autoridade de quem já se acidentouquatro vezes neste tipo de aparelho.

A PM cercou o local, para onde acorre-ram cerca de 1(X) curiosos, e registrou aocorrência, aguardando a chegada do DAC.Enquanto isto, um dos diretores do Aeroclu-be do Brasil. Henrique Lage, não se espantoucom o acidente, mas garantiu que em Ipane-ma foi a primeira vez. Disse também que Caionão perderá o breve por causa da queda."Pelo contrário. Ele passou pela maior provaque um futuro piloto pode passar". Em segui-da. tratou de providenciar cordas para remo-ver o avião, auxiliado por homens, mulheres ecrianças. Henrique pretendia desmontar asasas, colocar o aparelho num caminhão erebocá-lo, ainda ontem.

Mauro Nascimento

índio potiguar pintado devermelho fica nu na FundaçãoFord para exigir explicações

¦H" ndio nu em aldeia náo é novidade algu-|"; ma. Mas encontrar um aborígine como

"^ veio ao mundo, todo pintado de verme-lho. na sala de estar da Fundação Ford, noFlamengo, em plena manhã de um dia útil, foium verdadeiro choque não apenas para orepresentante da instituição no Brasil, o an-tropólogo Peter Fry, mas principalmente paraas funcionárias. Elas deixaram o escritórioindignadas com a atitude do potiguar Tiuré(pássaro) que chegara vestido e saiu despidodo banheiro, para protestar contra a entidade.

O grito de guerra de Tiuré foi dado às9h30min, quando se sentou no carpete begeda sala de estar, iniciando a greve de fome quedurou oito horas, até que aceitou um cessar-fogo proposto por Peter Ery. após três horasde negociações. Tiuré — cujo nome de batis-mo cristão é José Humberto Nascimento, 38,morador de São Paulo — explicou que protes-tava contra a recusa da Fundação Ford definanciar um projeto indigenista dele e contrao "fascismo das entidades que se dizem indí-genas".

Golpe branco — Com todo o corpopintado de vermelho com urucum (sementevegetal para tintura "que representa saúde,força e vida e, ao mesmo tempo, guerra emorte"). Tiuré denunciou "um golpe brancocontra o índio", praticado segundo ele porentidades indigenistas como a UNI (Uniãodas Nações Indígenas). CTI (Centro de Tra-balbo Indigenista), Cedi (Centro Econômicode Documentação Indígena) e Comissão Pró-índio.

Sediadas em São Paulo, essas entidadessegundo Tiuré, estão promovendo uma políti-ca paternalista,

"manipuladas por interessespessoais de gente que não tem representativi-dade das tribos indígenas". O índio nu acusouo representante da UNI, Ailton Krenac, denão ter sido eleito pela comunidade indígena ede pleitear um "cargo vitalício com mordo-mias às custas dos índios".

Formado cm Comunicação Visual noSaskatchewan Indian Federated College (umauniversidade indígena no Canadá) —, combolsa fornecida pela Fundação Eord —. Tiuréprotestou que seu projeto foi rejeitado pelafundação cm virtude de estar desvinculado dequalquer instituição indigenista. Mesmo des-tacando que é uma política da fundação darpreferencia a projetos de pesquisa apresenta-tios por estudiosos vinculados às instituições,o representante da Ford Foundation, PeterFry, aceitou reavaliar o projeto de Tiuré,

desde que ele procure apoio de cientistas doMuseu do índio. O projeto dele trata sobre acultura visual indígena.Estranho no ninho — Antes de chegar aum acordo com Tiuré, entretanto, Peter Fry— inglês naturalizado brasileiro, há 17 anosno país — certamente ganhou cabelos brancosenquanto imaginava como resolver o impasse:um índio nu que prometia não arredar pé senão fosse esclarecida a causa da recusa doprojeto. Desde o início, Fry garantiu que nãorecorreria à polícia. Mesmo porque seriadifícil enquadrar o índio em atentado aopudor:

"Estou vestido com a cor da minhatribo", alegava.

Quem não compreendeu muito os costu-mes da tribo de Tiuré foram as funcionárias daFundação Ford (instituição privada de pesqui-sas sociais, sem fins lucrativos, com sede cmNova Iorque). Elas ficaram horrorizadas no12" andar do Edifício Porto dos Cisnes, naPraia do Flamengo, 100.

A recepcionista Ana Lúcia deixou ime-diatamente o living, sem confirmar se já viraum índio nu, frente a frente. Outra funciona-ria, Sônia Matos, passava pela sala aparentamdo naturalidade, mas com o cuidado de nãoolhar para o chão, onde Tiuré ficou de có-coras, encostado numa escultura em madeiracom motivos silvestres (gatos e corujas), assi-nada por Adão. O índio nu bebeu apenas umcopo de água. Foi ao banheiro uma vez eretornou ao posto, sujando de vermelho otapete.

Não fiquei chocada com a nudez, mascom a atitude agressiva dele — protestouPriscila Kritz, secretária tle Fry, e há 17 anosna fundação, que inicialmente tentou despa-char o índio, ainda vestido, Tiuré resolveu,então, esperar Fry, despido. O antropólogoaceitou dialogar com o índio nu, emboratenha considerado a atitude "uma afronta".Mais preocupado estava o funcionário JoãoCruz, que deveria ficar na sede da fundaçãocaso 'Tiuré não saísse de lá, como prometera:

O" que vão dizer de mim depois queeu passar o 1'iin de semana com um índiopelado neste escritório? — indagava irônica-mente seu João. Para sorte dele, após trêshoras de conversa com o pessoal da fundação,"Tiuré aceitou dar trégua. 'Tomou um banhopara tirar do corpo a tinta e o óleo tle coco (orelógio Cardinal, de pulso, também ficousujo), vestiu a calça de biiin e a camisabranca, calçou o Kichute e foi embora. Semcueca.

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Tiuré tirou a roupa eficou sentado oito horasna sala de espera, emgreve de fome, atéaceitarem rever seuprojeto sobre culturavisual indígena

Luta pela terravaleu tortura ecriou a fibra

O primeiro contato de Tiuré com acivilização foi aos cinco anos de idade, atravésde um padre que o batizou como José Huni-berto Nascimento, perto da aldeia potiguar,na Baía da Traição, litoral paraibano. Nascidoem 1946, filho de índios a caminho daaculturação. Tiuré desde cedo começou alutar por sua gente. Conta que foi torturadopela polícia no Nordeste e perseguido porlatifundiários ao liderar a primeira demarca-ção de terras indígenas pelos próprios índios.

Sào 22 mil hectares de reserva, demarca-dos com o sangue dos potiguares, tribo quetem atualmente 2 mil 200 índios, na Paraíba.A demarcação, segundo Tiuré, foi reconheci-da pelo governo figueiredo, em 1984. Mas aterra ainda é motivo de disputas, às vezesarmadas, com plantadores de cana c usinei-ros. Fotógrafo c docuinentnrista. Tiuré já foichefe de posto indígena da Eunai na década de

70, mas nào acredita cm qualquer entidadeindigenista:

— Todas essas entidades que dizemdefender ò índio tiveram sua política deturpa-da a partir do momento cm que aceitaram aparticipação do governo da abertura democrá-tica. Elas se venderam em troca de mordo-mias e poder econômico às custas do índio queestá na tribo e nào sabe de nada — denuncia.E tem uma sugestão para a Eunai: "Se eufosse o presidente do órgão, meu primeiro atoseria extingui-lo, mesmo que eu fosse o pri-meiro a ficar sem emprego."

Com o segundo grau concluído nos cen-tros urbanos, Tiuré se formou era Comunica-ção Visual na universidade indígena do Cana-dá, onde esteve entre julho e dezembro doano passado, com bolsa financiada pela Fun-dação Ford. Na University of Regina, diz terrealizado o sonho de encontrar índios comoalunos e professores. Durante o curso, produ-ziu 700 fotos e oito horas de vídeo era aldeiasindígenas canadenses. E quer fazer o mesmono Brasil, embora mal possa sustentar amulher e dois filhos. Mas Tiuré é índio defibra, teimoso. E ai do branco que duvidardisso.

4-b 1° caderno ? sábado, 28/11/S7 Cidade JORNAL DO BIIA9ILCarlos Huiiqriii

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t) major do Exército, José Bustamante, mostra a marca dos dentes dc Helena no braço

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S Só vendo para crer. 0 majorjçfprmado do Exercito, José Bus-.amante, foi atacado c mordidopelos dentes supercalcificadòs davigia do prédio Saint-Bernard, na.Tijuca, conhecida como Helena-de-Tal. A tragédia doméstica^çònteceu às 5h da manhã dc qüin-ta-feira e envolveu diversas pes-¦soas, entre moradores, entregado-"rês dc jornal, duas patrulhinhas do

_.|T BPM e mais uns figurantes demenor importância. A prova daferocidade das mordidas dc Ilclc-

-na-de-'I _1 ficou cravada no braço"direito do major, que exibiu os.estragos provocados e não-rcicalrizados. Helena-de-Tal mor-deu c sumiu do prédio, na rua SãoFrncisco Xavier 278. Segundo o

.jii. jor, que deu parte na 18:| (Praça,.da Bandeira) e esteve no IML paraexame de corpo de delito, o episó-

;dio serve como "um aviso":

|F — Em situações como essas é'.que vemos com nitidez o quanto éfácil ser peça de uma tragédia.Essa que vivi foi uma tragicomé-'dia, mas poderia ter tido um desfe-

cho imprevisível, inclusive commortes — afirmou.

A quase tragédia do majormordido foi narrada por ele emestilo "inquérito-policiaí-militar",pratica adquirida nos tempos emque esteve à frente dos inquéritosadministrativos no Exército: "o rc-lato frio dos fatos torna o quadromais verdadeiro, sem paixões." Eatacou:

"Eram . .1 da manhã de quinta-feira, dia 26 dc novembro. O Rpb-son Australiano, 27, entregador doJORNAL DO BRASIL, telefo-nou-me de um orelhão. Disse-meo Robson que havia sido impedidodc entrar no prédio pela atualvigia, Helena-de-Tal. A vigia diri-giu-sc a clc, Robson, com modosdc piranha de baixo nível e ofen-dendo-o com palavras dc baixocalão. Além disso, a supracitadapiranha patológica agrediu Roh-son com um pedaço dc pau."(sic)

O major abre uma pausa paraexplicar que foi periciado no IMLe o resultado sairá nos próximosdias. A ocorrência na 18a DP está

registrada sob o n" 003679/87.Com seus 1,80 metro e corpo quenão deixa dúvidas quanto à condi-çào de faixa preta dc judô c halte-rofiíista, dirige-se com delicadezaà esposa, Isa: "Isinha, veja aí umacoca c uma cerveja". E continuou:"Perto da piranha havia um tiposuspeito e imundo, um primata.Fui atender ao Robson e a piranhaHelena-de-Tal atacou minha mu-lher. Fui separá-las e a piranhadoida, mulher lobisomem, memoudeu diversas vezes como do-berman feroz. Essa mulher é pro-míscua e eu vou me submeter aexames de sangue porque corrorisco de ter sido contaminado pelaAids. O amigo da doida foi detidopelo Robson. Depois, apareceu asíndica. Leia Mateus, a nora,Amélia, e o filho, José Luis, queescorregou, bateu com a cabeça nobanco e abriu um buraco, jorrandosangue. O marido da mordedora,Geraldo-de-Tal, escondeu-se nu-ma lata de lixo, dc onde, aliás,nunca devia ter saído. Minha preo-cupação, agora, é com a integrida-de física de Robson, que deve serpreservada, pois o marido frouxoda doida ameaçou-o dc morte."

oradores defendem a 14a DPSelva de Pedrabriga pela meninade seus olhos

Lilian Newlands

pais tornou-se mesmo enormecaixa tle surpresas: pelo menos

um sintoma disso foi detectado numadas esquinas mais badaladas do Le-blon, formada pela rua Humberto deCampos c Avenida Alrânio dc MeloFranco, na área conhecida como Selvade Pedra. Nesse trecho está instalada a14a DP, que — acredite quem quiser— se tornou a menina dos olhos dcmoradores da redondeza. Desativá-la?Nem pensar. Muito menos lembrar apromessa do secretário tia Policia Çi-vil, Hélio Saboya (ele anunciou ademolição do prédio da DP), promes-sa que eles não querem que sejacumprida. De jeito nenhum.

A razão desse apego inédito csimples tle entender c longa dc enume-rar cm tópicos, Mas parte do principiodc que muito pior do que as fugas depresos e os berros que atravessam asparedes da concentradora dc detentosanexa — muito pior mesmo, garantemos moradores — são os mais de )(K)insuportáveis decibéis que animamlestas e pagodes da Cruzada Sáo Se-bastião.

Sáo também os apitos usados poruma retlc de guardadores independen-tes que cobram além da tabela porvagas garantidas na marra (quem náopagar corre o risco de encontrar ocarro destruído); é a insistência dasbuzinas, que náo dão trégua em mo-mento algum; sáo os grevistas da Te-

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lerj que ganham as ruas c anunciamsuas reivindicações através de mcgalo-nes; é o transtorno provocado nas ruase nas vidas dc quem habita próximo doScala, o monumento do Recarey. quehá três anos anima os que entram nacasa e desespera os que ocupam osandares mais altos dos prédios vi/i-nhos. A lista não acaba aí nâo,

I lá mais. Os moradores garantem:- Dc vez em quando eu e meumarido fazemos as malas, embarca-mos no carro e avisamos ao porteiro:"Vamos viajai. Vamos viajar lá paraCopacabana, para poder dormir"contou Marta Pereira de Sousa, pro-poetaria dc um imóvel na Rua Cincotle Julho, refúgio seguro contra o mas-sacre sonoro de que se diz vitima noapartamento tia Humberto dcCampos.

— Acabar com a 14" DP? Mas a14", mesmo com aqueles berros horro-rosos dos presos, é um detalhe semimportância, se a gente comparar como que acontece de uns tempos para cá.Inclusive, nós, moradores, queríamosfazer um movimento, fazer um apeloao Moreira, para que ele mande cons-truir um salão de festas na CruzadaSão Sebastião, porque o barulho queeles fazem lá é de enlouquecer. Vocêdevia conhecer o Macárib (antigo mo-rador do prédio de Marta), que ven-deu o apartamento aqui pra se livrardt) barulho. Eu ás vezes rezo para quechova. Porque só quando chove aCruzada não liga aquela aparelhagemenlouqueccdora — desabafa ela.

Vatilde Prcda, outra moradora daHumberto de Campos, endossa o quediz. Marta. E acrescenta: "O problemada delegacia c esporádico e o daCruzada c sempre, se intensifica cada

vez mais, não deixa ninguém dormi.Isso tudo sem falar no crooner doconjunlo, um vozeirão, Tudo isso éuma falta de respeito á lei do silencio.Aliás, uma falta de respeito contracies mesmos" — assegura.

Segundo os moradores, um tiospiores problemas sáo os apitos dos'guardadores de carros: "A

gente pen-sa que é guarda de trânsito c descobreque é uma verdadeira quadrilha quefica pi-pi-pi o tempo todos; eles api-tam como loucos, sentem-se donos tiasmas. Principalmente quando há showno Scala. Alias, o Recarey não temgaragem. Os únicos carros que entramlá são o dele e o da Xuxa" — comentaMarta.

Eliane Gutierre, outra moradorada Humberto dc Campos, também semostrou revoltada contra os "caras doScala, que apitam e cobram": "Oproblema não é a DP. É tudo que foiedificado por aqui. desde o Scala até oRio-Design, que também trouxe pro-blcnias de assaltos e excesso de carrosnas ruas. Um inferno."

Alguns metros e poucos prédiosadiante, Leila Cavalicri, filha do juizAlírio Cavalicri (está viajando), lem-brou: "Meu

pai esteve lá na Cruzada cnáo foi bem sucedido. As pessoasalegaram que as famílias gostam de se • .divertir.E justo, é um direito deles!Mas o problema do barulho continua" *porque o lugar é aberto e o soou í' alcança os prédios. Mas, pior do que aCruzada, é a confusão que chegoucom a inauguração do Scala". ' v'

O comandante Sérgio MartinsViana, subsíndico de um dos prédios *•da Humberto de Campos, aponta./,tumulto no trânsito como outro graveproblema.

Tasso Marcelors # . v__£ i

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|—I Na quinta-feira, 29 de outubro,LJ o JORNAL DO BRASIL publi-cou (Cidade — Página 4) a notíciasobre a absolvição, "à míngua deprovas convincentes" — de acordocom a argumentação do juiz da 6"Vara Criminal, Paulo Gomes Alves—, do motorista de táxi Jaime deOliveira Marques, que em maio de86 estuprara a menor A. Por erro deedição, que o JORNAL DO BRASILreconhece, saiu publicado o nomecompleto da menor e o de sua mãe,que em carta a Redação agora la-menta o fato. Decidimos publicar acarta na íntegra porque — mais doque condenar um erro de edição —ela revela o drama da mulher nacidade em que a violência náo res-peita nem mais as crianças."Enquanto o avião Bandeirante da

FAB pousava no aeroporto velho doGaleão, nos trazendo de volta de umasemana de trabalho fora do Rio, ámeia-noite e meia do dia 19 de maio de19W., minha filha de entáo 14 anosestava sendo violentada por um moto-rista dc táxi, sob ameaça de faca, a umaquadra dc nossa casa.

"A. voltava do seu grupo dc patina-1 - çáo na Lagoa com um amigo de 17 anos

ue descera na casa dele. uma rua antesnossa, por insistência dela."Quando nos encontramos uma ho-

Lra depois — e ela, já banhada decabelos ainda molhados, me contou o

,,, fato — não sabíamos se chorávamos ador da violência, ou se abraçávamos aalegria de ela estar viva.

"Na época, tomamos a decisão denáo dar queixa à polícia, acreditando

!scr mínima a possibilidade dc ser en-contrado aquele homem pequeno, debarba rala, em um táxi-joaninlia amare-Io, sem número de placa, numa cidadede 12 milhões tle habitantes. Para pou-pá-la da crueza do interrogatório poli-"ciai. Para evitar o pavor do InstitutoMédico-Legal, Por medo até, talvez, deele ser encontrado e dc nossas prisõesnáo conseguirem retê-lo."E entre a família e os amigos maischegados procuramos ajudar A. a supe-

,,'rar o trauma.St "Dois meses depois, assusiadissi-;_ma. A. reconhece o motorista numa

foto do JB, que ilustrava a reportagemda denúncia dc Ana M. D., aue Tam-bém fora brutalmente violentada algunsdias antes e identificara o estuprador na

. fota de um fugitivo já condenado ante-dormente por crimes semelhantes."Aquela dor sem rumo, há oito

.'semanas, calada já podia escoar. Nosapresentamos naquele mesmo dia àSecretaria de Segurança, entáo dirigida

f. por Nilo Batista, e registramos nossaqueixa."Já se justificava A. se submeter aominucioso e constrangedor interrogató-

rio policial e ao traumatizante exame decorpo de delito.

"Com ela foram quase 20 as mulhe-res que naquela época se identificaramcomo vítima do alucinado motorista,apesar de menos da metade haver for-malizado queixa policial c processo ju-dicial, pelos motivos os mais diversos —pânico de reviver a história, vergonhaperante a sociedade, para resguardarparentes e até porque maridos e noivosnão permitiram."Nunca me esquecerei do ódio cs-tampado no rosto daquela menina quevestida de branco se encaminhava compassos firmes, â frente do grujx. demulheres-vítimas que estavam sendolevadas pelo delegado Élsòn Campeio aenfrentar o reconhecimento do acusadorecém-preso."Nunca me esquecerei dos gritos depavor, seguidos dc choros convulsivosdaquelas sete mulheres naquele quartoescuro, quando a luz se acendeu e dooutro lado do vidro se estampou afigura desumana de Jaime de OliveiraMarques."Um ano c cinco meses se pas-saram."A alegria adolescente de minhafilha se estava recompondo apesar doresíduo traumático manifestado desdeentáo pelo medo constante de andar deônibus, de táxi e de aviáo."Até

que há dias atrás fomos açor-dadas pelo pranto horrorizacio dc mi-nha mãe, de 72 anos, que acabava dcsaber pelo JORNAL DO BRASIL quesua neta havia sido violentada em maiodo ano passado."Naquela época, quando Ana Co-lagcm desencadeou a série de demin-cias contra o monstro do táxi ("elas éque me dào mole"), os jornais publica-vam noticias da vitima menor, sempreprotegitla pelas suas iniciais; c comonáo permiti que ela fosse fotografadaou entrevistada tle costas, como queriaa televisão, os mais velhos da famíliahaviam sido poupados,"Quando o JORNAL DO BRASIL(29.10.87, pág. 4), irresponsavelmente,publicou o nome completo da menor eo meu, com a noticia da absolvição doestuprador, não só violou um mínimocódigo dc ética, que supostamente nor-teia o trabalho jornalístico, mas tam-bém o Código dc Menores, que cm seuartigo 3" diz. que "notícia

que se publi-que a respeito dc menor em situaçãoirregular não poderá identificá-lo, ve-dando-se fotografia, referência a nome,apelido, filiação, parentesco c residén-cia, salvo cm caso de divulgação quevise a localização de menor desapare-cido."

Enquanto adolescentes que injetamcocaína na veia e pânico na populaçãosáo corretamente resguardados, â víti-ma da violência contra a mulher coubea exposição publica c a dor revivida erècontada infindáveis vezes a parentes,amigos, colegas e vizinhos, que se ache-garam expressando solidariedade.

"Esta carta tem intenção de libelocontra a série de violências, injustiças eabsurdos que ficaram como feridas ex-postas com a ocorrência deste fatoquase corriqueiro: menor estupradanesta cidade, a mais violenta domundo.

"Descobrimos que a mulher casada

náo pode ciar queixa dc violentaçãosexual sem autorização do marido, Nos-sas leis dão prioridades ã "honra" dohomem sobre o direito e importância davoz. dc denúncia contra fatos que, estessim, aviltam a verdadeira dignidade dequalquer ser humano. E assim aprende-mos que nosso silêncio seria cúmplicedesta deformação que embrutece oshomens c humilha as mulheres."A violência contra a mulher náopode continuar sendo considerada co-nio um fato natural, um acidente.

"Minha indignação contra o juizPaulo Gomes Alves que,"por falta deprovas", absolveu um estuprador noto-rio, tem implicações mais amplas doque nossa decepção pessoal."Foram desconsiderados, como"pura especulação sem respaldo emelementares pontos de prova", a argú-mentação de nossos advogados, o de-poimento da ginecologista que atendeuminha filha na manha seguinte, o de-poimento do amigo que acompanhava eO dela própria. Desconsiderar o depoi-mento da vitima por ela ser menor, cmcrimes sem testemunhas como o estu-pro, é invalidar a queixa das mulheresmenores c impossibilitar a reparaçãodestes crimes hediondos: um desinecn-tivo ãs queixas que, em última instán-cia, visam uma pena como reconheci-mento social de repulsa a um comporta-mento inadmissível."Julgar improcedente uma açãoneste caso implica a absolvição injustifi-cavei de um criminoso que, além dos 29anos dc condenação que recebeu pelomesmo crime nos outros processos, de-clarim, ele mesmo: "minha desgraça foipegar aquela menina na Lagoa"."O discernimento que se esperavade um magistrado não existiu. O juizPaulo Gomes Alves desrespeitou c hu-milhou minha filha ao desconsiderarsua versão dos fatos e indiretamenteacatar o pleito de inocência do réu."Para decisões tecnicistas que seatem â letra da lei, não sáo necessáriosjuizes, bastam computadores!"Um criminoso evidente foi prote-gido por um jurisdicismo anacrônico,hipócrita e cruel.

"Decisões como estas trazem, maisuma vez, descrédito â justiça de nossopaís e alimentam a busca de reparaçãopelas próprias mãos.V. ainda o mais grave: a confiança naimpunidade se torna um incentivo aocrime. Desde a notícia da absolvição doestuprador da menor nos jornais, jaforam violentadas mais mulheres noRio, entre elas uma memna de quatroanos de idade. M. /_. A. I. — Rio deJaneiro.

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Polícia do Paráusa violênciacontra passeata

BELÉM — A Policia Militar doPará voltou a usar ile violência na noiteile quinta-feira para dispersar unia ma-nifcstaçâo de estudantes universitá-rios, que se concentraram na Praça doOperário para protestar contra o es-pancanicnto e detenções de colegas nanoite anterior, quando se dirigiam àresidência oficial do governador I IclioGueiros, para rcinvidicar meia-passagem nos ônibus. Os incidentescomeçaram às 23h30min, provocandoa interdição do transito nas AvenidasAlmirante Barroso e Magalhães Ba-rata.

Armados de cassetetes, metralha-doras e equipamentos lançadores degás, os soldados queriam evitar que apasseata dos estudantes chegasse aopalacetc residencial do governador.Apenas dois manifestantes foram deli-dos. Os demais apanharam ou fugiram.Uma das palavras de ordem mais repe-tida pelos estudantes era contra Ciuei-ros, por ter admitido que mandou apolícia agir com rigor durante a visitado presidente José Sarney a Belém:"Gueiros safado, Pinochet do nossoestado", saíram gritando pelas ruas.

SESQUICENTENÁRIOo

COLÉGIO PEDRO IICOWwTTBT_L_k __7 -itT" t* ¥ Pa i v/c %AV7 JMt TA TSA _HXÜ>^ ^if.W JXji «í íüí _&» mista «üí-sjS

A Direção-Geral do Colégio Pedro II con-vida alunos, ex-alunos, professores, servido-res e respectivas famílias para comparece-rem dia 28, sábado, às 18 horas, no Sambo-dromo, a fim de participarem dos eventoscomemorativos dos 150 anos da fundação doColégio.

Entrada Franca pelos Setores 11 e 14Grevistatoma chavesdo campus

' RECIFE — Os funciona-

fios da Universidade FederalRural de Pernambuco(UFRPF.), que estão em greve,apossaram-se das chaves dosportões do campus, das salasde aulas e dos departamentos,impedindo assim o acesso àuniversidade, depois que apro-varam, em assembléia, a pro-posta de "radicalização do mo-viiliento". A maioria dos pré-dios é cercada por muros c ocomando de greve pôs correu-tes com cadeados em todos osportões. Ontem sõ foi permiti-da a entrada no campus doscarros do reitor. João BatistaOliveira, do seu vice, e docarro-forte que conduziu o di-nlieiro para o pagamento dossalários dos funcionários.

A medida esvaziou cómple-tamente a universidade e facili-ton a adesão ao movimento,segundo José Carlos Souza, docomando de greve. "Já não hánecessidade de piquetes. A pa-falisaçáo atingiu todos os seto-res e as aulas loram suspen-sas", disse ele. O vice-reitor,Rildo Sartori Coelho, confirmaque a greve é total e admiteque a reitoria apoia o movi-mento: "Pedimos apenas queos cadeados náo fossem coloca-dos nos portões e as chavespermanecessem nas portas dassalas de aulas, mas os servido-res preferiram não arriscar efecharam tudo."

Apoio do reitor — Emnota distribuída ontem, os con-selhos superiores da UFRPF— órgãos máximos de delibera-ção — reconheceram "a legiti-niidade da greve dos funciona-rios das universidades federais,que lutam pela isonomia sala-rial, aprovada poi lei federalem abril desle ano". Assinadapelo reitor João Batista de Oli-veira. a nota atribui a responsa-bilidade "pela

gravíssima situa-ção em que se encontra o ensi-no superior a política de des-prestígio à educação e a totalfalta de comando do MEC,provocada pela mudança cons-tante de ministros e retaliaçãopolítica".' A decisão de "radicalizar omovimento", segundo o co-mando de greve, foi uma res-posta ao governo, que suspen-deu as negociações até a próxi-ma sexta-feira. "Vamos

pres-sionar o governo de todas asmaneiras possíveis", disse JoséCarlos Souza, acrescentando:"A briga não é com a adminis-tração da UFRPE, que está nosdando apoio, mas com o Minis-tério da Educação." Com agreve dos 1 .-4(10 servidores, fi-curam sem aulas -1.300 alunosda UFRPE.

Universidadedeve ganhar

bamais verbasBRASÍLIA — O secreta-

rio-geral do Ministério da Edu-cação, Luiz Bandeira da RochaFilho, disse ontem que a liber-Cação do terceiro crédito suple-riicntar reivindicado pelo Con-selho de Reilores de universi-dades brasileiras em audiênciascom o ministro Hugo Napoleãoe em contundente nota publica-da quinta-feira nos jornais, de-verá ser aprovada até a próxi-ma quarta-feira. O Congresso

. está examinando, em caráterde urgência, a lei de suplenicn-

I facões orçamentárias.Com a aprovação da lei, as

universidades brasileiras rece-berão uma suplcmentação deÇZ$ 3 bilhões, e CZS 2,5 bi-Ihões devem ser destinados àmerenda escolar. A nota dosreitores afirma que o atraso naliberação, compromisso assu-mido pelo governo em 27/4/87junto à Comunidade Orçainen-tária. "entre outros danos aca-dêmico-institucionais, ameaçainviabilizar a conclusão do pe-

i ríodo letivo de 1987".I

Um direito conquistado pelo voto.

O caminho para a emancipação da Barra passa pela estradarecentemente reaberta cia democracia. Por se tratar de uma via até

bem pouco tempo abandonada, a legítima caminhada dos moradoresda Barra no rumo da decisão do seu destino, tem esbarrado nosequívocos da desinformação e nas armadilhas de interesses pouco claros.

Desvirtua-se o debate, passando ao largo da questão em causa, parafavorecer argumentos pouco sérios e que se constituem, no mínimo,em agressão à nossa tão sofrida democracia e num desrespeitoao discernimento de quem hoje habita aquela região do Rio,

A Barra paga e não recebe.IPTU da Barra é um dos mais caros do Rio. Esse imposto de mão-única desconhece o retorno que está na origem de todo imposto.

Não é canalizado para aprimorar as estruturas da comunidade que geraa receita e a vê desencaminhar-se nos labirintos do clientelismo.

0 arrecadador acaba por transformar imposto em expropriação. Poratacar, sempre com maior voracidade o bolso do contribuinte, paraaplacar o apetite insaciável de uma máquina devoradora de recursos.

Dona dos seus próprios impostos, a Barra quer para si o que hojeo município do Rio lhe nega. A iluminação adequada de suas viaspúblicas, a pavimentação das ruas, a coleta constante do lixo. que hojese acumula em vários pontos, como um foco permanentede disseminação de doenças e de mal-estar social.

Senhora do seu destino, a Barra estará mais próxima do poderestadual, ampliando a sua capacidade de reivindicar mais recursos, queirão se traduzir em serviços aprimorados, dando coberturaás necessidades de suprimento de água e esgotamento sanitário, bemcomo ao fornecimento de gás aos mais variados pontos do seu território.

A Barra não divide. Multiplica."ma das alegações com que se pretende desvirtuar o encaminhamentoda emancipação, é a de que se está querendo desmembrar o Rio.A emancipação da Barra não divide. Parte de uma discriminação de

natureza administrativa, para uma perspectiva real de multiplicaçãode desenvolvimento.

Com a ampliação das oportunidades de investimento, geraçãode novos negócios, aproveitamento do enorme potencial de crescimentoque a Barra oferece, estaremos criando novas fontes de receita que,somadas aos atuais recursos, irão financiar náo só o progresso do novomunicípio, como também o do Estado que a cie se associa, por lei,na divisão do bolo tributário.

Administração Municipal do Rio. Um modelo falido.

A acumulação de erros históricos, colecionados cm diversasadministrações, e a herança de um modelo administrativo viciado,

que vem ele raízes remotas da vida nacional, geraram, entre outras coisas,a praga do clientelismo, insaciável devoradora de recursos.

Essa prática pendura, no cabide á) empreguismo, a decêncianacional. Arquiva, na engrenagem emperrada da burocracia, a capacidadede renovação da nossa economia.

Daí resultam administrações superpovoadas e inevitavelmenteimprodutivas. Como a do Município do Rio de Janeiro, ondese aglomeram mais de 150 mil funcionários, contra cerca de 2S milem Paris e menos de 30 mil cm Nova York, cidade que soma 12 milhõesde habitantes e tem uma população flutuante de 2 milhões de pessoas.

Uma administração sem empreguismo.Brasil precisa de administradores. Da consciência de que ummunicípio pode e deve ser gerido para dar lucro social.

A Barra quer provar que pode dar conta do seu presente e do seufuturo com uma administração qualificada e pouco numerosa.

Bastam 1.280 funcionários para irrigar de criatividade e competênciaos canais do poder, com sobra suficiente de recursos para a distribuiçãode dividendos sociais em mais parques, mais jardins, mais pavimentação,mais assistência social.

Só a Barra pode defender seu projeto urbanístico.nos e anos de paternalismo conduziram ao mau hábito de alguns.em querer tutelai" decisões que não lhes pertencem.

A Barra conquistou, pelo voto, o direito de eleger o seu futuro.Os que ainda duvidam da democracia tentam duvidar também damaturidade do eleitor da Barra, da stia consciência, do seu discernimento.

E um insulto a uma população consciente e amadurecida — que sabeo quê melhor lhe convém e possui eis meios de defender-se contra tudoaquilo que contrarie os ideais que para si mesma estabeleceu —a alegação de que a municipalização conduz á especulação imobiliária.

Municipalização náo muda código de obras. Só a vontade do povo.E pelo voto.

A Barra quer ter direito ao futuro.

Somos, hoje, um país sem exemplos. Pior: um país onde sobram maus

exemplos. A Barra quer mudar o rumo de) seu caminho porque sabeque pode dar um exemplo nacional de competência política,administrativa e sóció-econômica.

Quem tem medi) elo município da Barra? Quem discorda elo direitoele evitar que se erga aqui uma nova Copacabana, ou mais uma arca semvoz para evitar as agressões ao seu meio ambiente?

A Barra quer abrir o caminho que leva ao seu melhor futuro.Portanto, quando você Ouvir alguém contrário ao projeto ele emancipaçãoela Barra, verifique se náo se trata de um candidato a prefeito elo Rio, queteme ver diminuída a fatia ele um bolo, para o qual os moradores da Barranão são convidados.

Chega ele estagnação. O Brasil quer mudanças, A Barra quer mudaragora, e não no eterno futuro ele um país que ja cansou ele pertencerao futuro.Democracia. Todo cidadão tem o direito de escolhero seu próprio caminho.

- União de Condôminos e Associaçõesde Moradores da Barra

6 ? 1" caderno ? sábado, 28/11/87 Nacional JORNAL DO BRASIL

ex-presidente da República ecandidato João Figueiredo

atingiu sua cotação mais baixa —CZJ 10.

Este é o preço médio que umarrematador qualquer terá que pa-gar hoje, no leilão do Senado Fede-ral, se quiser colocar o retrato dogeneral Figueiredo na parede. Oleilão, que começou ontem rendeu-do CZ$ 2 milhões 3(X) mil, aléni dopôster do ex-presidente, põe à ven-da, hoje, carcaças de pneu, sucatade cadeira, 12 automóveis, aí in-clüirido o ônibus incendiado há umano no Ividermiço, e bidês.

Serão vendidos também 11 Opa-las — pretos, evidentemente —com lances variando tle CZ$ 25 mila CZ$ 40 mil.

Se a curiosidade do dia fica porconta de saber quem arremataráFigueiredo, até ontem trancado noalmoxarifado, o interesse maior se-rá cm torno do sistema de ar condi-eionado do Senado, recém-substituído e orçado cm CZS 2,5milhões, o mais alto lance do leilão.

NormalidadeO comitê de bancos em Nova Iorque

acha que o processo tic capitalização dedinheiro para o Brasil — leia-se adesãoao contrato negociado no começo domês com Fernão Bracher — está sedesenvolvendo satisfatoriamente.

Bill Rbotlcs, presidente desse comi-tê, não quer dar ainda a lista dos bancosque já aderiram alegando que ainda nãoestá completa.

O funcionário do Citicorp tambémnada quis dizer sobre a próxima rodadade negociações com os brasileiros.

Ela começa segunda-feira.

BonzãoChega hoje a São Paulo a rede de

Lojas Ponto Frio Bonzão — cujo acio-nista majoritário é Lili Safra.

São nada menos que 9 lojas novasque passam a operar no mercado paulis-ta — número que vai pular para .10 até ofinal do próximo ano.

O Ponto Frio é líder absoluto domercado de eletrodoméstico do Rio e

: de Minas Gerais com 51 lojas.

CarapuçaIodos os oradores da sessão de

ontem de manhã do seminário sobreSocial Democracia, promovido pelo go-vernador Moreira Franco, condenaramo clientelismo e o empreguismo — duaspráticas que perseguem a política brasi-leira.

Presidindo a sessão o senador Hum-berto Lucena — que é de longe o maisclientelista e empreguista dos políticosbrasileiros.

DLie assistiu a tudo calado — como se

o tema lhe fosse absolutamente es-tranho.

CruzadasO ex-cruzado Ldmar Bacha dará a

aula magna do 15" Encontro Nacionalda ANPEC — que reúne os centros depós-graduação em Economia — cm Sal-vador, de 1" a 4 de dezembro.

Tema dazadas.

palestra: palavras cru-

Retrato da vidaVai ao ar no Globo Repórter do

próximo dia 10 a reconstituição do aci-dente nuclear dc Goiânia, com roteiro cdireção de Ricardo Paranaguá.

As gravações aconteceram cmGuaratiba, Zona Oeste tio Rio de Ja-nciro, esta semana, e contaram com aparticipação de Carlos Vereza, SlepanNercessian, Thelmn Reston e WolfMaia, que não cobraram cache.

Prato frioDo governador de Pernambuco, Mi-

guel Arraes, sobre seu arquiinimigoMarco Maciel:

— Poucas vezes na minha vida cudei chance a um adversário. Ao MarcoMaciel eu dei uma c ele me dcccpcio-nou. Agora c preciso destruí-lo.

A chance a que Arraes se refere foidada depois da eleição, quando todo oPMDB pediu a cabeça de Maciel, me-nos a seção do partido em Pernambuco.A decepção foi o comportamento dosenador tio PFL vetando a indicação dovice Carlos Wilson para a Sudene

DA vingança, segundo o deputado

Ulysses Guimarães, é um prato que seserve frio.

Nova fronteiraO aeroporto de Confins, em Lagoa

Santa, na região metropolitana dc BeloHorizonte, construído durante o gover-no Francelino Pereira por 300 milhõesde dólares, será finalmente um aeropor-to internacional, como queriam os mi-nciros.

No próximo dia 12 de dezembro,aniversário de Belo Horizonte, seráinaugurada a primeira — e única — rotainternacional, ligando a capital dc Mi-nas com Santa Cruz de Ia Sierra, naBolívia. Em aviões 727, do Lloyd AéreoBoliviano.

DAliás, Minas e Bolívia tem algo cm

comum: falta de litoral.

InsistênciaO deputado Amaral Neto náo con-

seguiu emplacar, na nova Constituição,a pena tle morte. Mas, inspirado nalegislação da Inglaterra e da França,ganhou o apoio do relator BernardoCabral para uma emenda, a ser votadaem plenário, que determina isençãotributária dos herdeiros e sucessores depessoas vitimadas por assassinatos.

D

Acabaram dc inventar a dedução dcpessoa física â bala.

AlvoQuando descer do muro e assumir,

finalmente, sua candidatura presiden-ciai. o ministro Aureliano Chaves vaiescolher um adversário como alvo favo-rito de sua artilharia de campanha.

Vai centrar fogo na biografia admi-nistrativa e alguns desencontros dc nú-meros tia gestão Orestes Quercia, comoprefeito e governador.

Aureliano vai usar a sutileza típicados halterofilistas.

Na moscaO ministro da Saúde promoveu um

concurso nacional para dar um nome aosimpático bonequinho — simbolizandouma gota — que vai marcar as campa-nhas de vacinação no pais.

Mais de 700 mil cartas foram recebi-das, de todos os lugares. As cartas dcBrasília já foram julgadas e o vencedorreceberá o prêmio — uma caderneta depoupança — das mãos do governadorJosé Aparecido tle Oliveira."

Nome do campeáo de Brasília: ZéGotinha.

• Estão gerando inquietaçãoentre os professores tle espa-nliol os tumores tle que tiave-ria um número pequeno devagas para a classe no con-curso a ser realizado peloestado. A Associação de Pro-fessores de Espanhol do Riode Janeiro já está se mobili-zando.o A Carta de Defesa deMauá, que será feita na cida-de serrana amanha, já temcertos três signatários: os se-cretários estaduais dc Trans-porte, Josef Barat; de Turis-mo, Elysio Pires, e o diretor-geral do DER, Fernando MaeDowell. Todos concordamcom o asfaltamento apenasaté os 16 primeiros quilôme-tros da estrada, como piei-

] leiam OS ecologistas.o Alunos, ex-alunos, profes-

! sores e funcionários do Cole-| gio Pedro II realizam hoje às; Í8h30min um desfile cívico! no Sambódromo seguido tle; ato ecumênico na Praça da; Apoteose, em comemoração| ao seu sesquicentenário,

• Enquando seu marido,Sting, fazia os últimos prepa-rativos para o show em BeloHorizonte, Trudia Styler, aconvite do diretor da Poly-gram internacional, CarlosCelles, visitou Ouro Preto.Ficou encantada, gastando 10Filmes de 36 poses com a cida-

Lance-Livrede que considerou "a maisbonita do mundo".o (.) ex-jogador e ex-rei deRoma, Falcão, recebeu estasemana da Câmara de Verea-dores da capital gaúcha otítulo de cidadão honoráriode Porto Alegre.• O Circo Voador inaugurahoje, às lOh, ao lado da Cale-dral e do Telheiro São Tião,um campo de futebol, queserá a sede do projeto He-criança. Haverá show de ca-poeira, futebol e pagode apre-sentado pelos meninos semcasa do Centro da cidade.o Uma cratera enorme vemse formando há alguns diasno cruzamento tias ruas I lu-maitá com Macedo Sohri-nho. O buraco c tão grandeque até um cone colocadopara sinalizá-lo já desapare-cen dentro dele.

O professor Ronncy Ber-nardes Pamrai, da Cop-pe/UFRJ, recebe segunda-feira, às I5h, no salão nobreda decania do Centro de Toe-nologia, o prêmio Manuel No-riega Morales, concedido pelaOEA.

Os ex-alunos e ex-professores do Colégio NovaFriburgo reúnem-se hoje pa-ra um almoço de confrateini-zação.o O PCB de Duque de Caxiasinicia hoje, no bairro Olavo

Bilac, sua campanha de filia-ção. Em Niterói, o partidorealiza, a partir daslOhJOmin, na Câmara dosVereadores, a Festa daTransparência com diversasatrações,

Os alunos da PUC-Riorealizam a l'1 Feira de Comu-nicação com debates que co-meçam segunda-feira. Fntreas presenças confirmadas.Eduardo l.ucano, I.uís Grot-terá, Sérgio da Malta.

A Câmara de ComércioFrancesa do Brasil realiza noRio de Janeiro, nos próximosdias 1" e 2. o 1" SeminárioFranco-Brasileiro dc DireitoEconômico.

O ex-governador PauloMaluf visitou quinta-feira seuirmão Roberto, internado noIncor. Acompanhado da mu-llier Silvia, almoçou no res-taurante tio hospital, que ser-ve aos funcionários. O casalenfrentou duas filas: a docaixa e do bandejão,

Caso se concretize a parali-saçáo dos trens na segunda-feira, a Secretaria dc Trans-portes armou um esquemaespecial de atendimento aosusuários: 60 carros extras dasempresas encampadas e 35 daCTC, que farão linhas para-leias à via férrea.

Ancolmo Gois

Arquivo

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Erosão e desmataniento fizeram cabo diminuir 100 metros

Fim de um marco geográficoMar destrói CaboBranco, ponto maisoriental do Brasil

Lena Guimarães

JOÃO PESSOA — Não foi por falta

de aviso, mas o Cabo Branco deixoude ser "o

ponto mais oriental do Brasil". Aculpa é tia erosão, problema detectado cm1938 pelo geógrafo e paleontólogo LeonClerot, que o diminuiu em cerca de 1(X)metros. O título — e o direito â placa queexiste no cabo — passou a ser da praia doSeixas, 500 metros ao sul.

A professora de geografia física dodepartamento de Gcociôncia da Universi-dade Federal da Paraíba. Gelza Fernandesdc Carvalho, diz que

"olhando a ponta doCabo Branco para dentro do mar, observa-se numa distância considerável, talvez 1IK)metros ou mais, a presença de pedras quefaziam parte tle uma barreira. A barreirafoi erodida e estes blocos de pedras, porserem mais resistentes, continuam lá".

O ecólogo Lauro Xavier, que estuda oassunto há mais tle 20 anos, diz que oproblema é "tão

grave" que se continuarna mesma intensidade destruirá todo oplatô do Cabo Branco. "Nós

podemosperder esta relíquia dada pela natureza porfalta de preservação", adverte.

A erosão é provocada, segundo a pro-fessora Gelza Carvalho, pela açáo do ho-

mem, através dos desmatamentos, constru-ção de eslradas e edificações que revolve-ram o material que protegia a barreira. "Odesnudamento acentua o poder de escoa-mento pluvial nas áreas tle encostas decli-vosas, como é o caso da escarpa do CaboBranco", afirma. Lauro Xavier disse queesses problemas foram agravados com aretirada de areia das praias, por empresasparticulares.

O ecólogo, funtlador tia AssociaçãoParaibana dos Amigos da Natureza(Apan), defende uma urgente açáo do

¦governo para proteger as encostas do CaboBranco com "qualquer tipo" de vegeta-çáo". O ideal, segundo afirma, seria aplantação de gramíneas, associada a capims.indalo em toda sua extensão.

A Associação Paraibana dos Amigosda Natureza, que assumiu a defesa doCabo Branco, enviou documentos aoIBDF, â Secretaria Especial do Meio Am-bienie e ao Instituto Pró-Memória pedin-tio, tom base em projeto elaborado cml()8l pelo botânico Burle Marx, que a áreaseja transformada em parque nacional. Oatual governador

'Tarcísio Burity, em seuprimeiro governo, desapropriou 371) hecta-res tio platô c criou o Parque Estadual doCabo Branco. Essa área foi cercada comarame faqiado pela prefeitura tle JoáoPessoa, que construiu algumas valas emsuas encostas, que, segundo Lauro Xavier,não impedirão os efeitos da erosão. "Aárea tem que ser reflorestada", afirma,alertando que se o governo náo tomarprovidências urgentes, o Cabo Branco vaidesaparecer.

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discutindo os problemas do mercado de comunicaçãoA universidade conquistando seu espaço como fórum do debates para novas idéias.

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JORNAL DO BRASILm p=í

Assembléia baianaapura depredaçãode Porto Seguro

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Arquivo — Z/11/06

SALVADOR — A As-sembléia Legislativa daBahia vai instaurar umaCPI para apurar as ilcním-cias dc depredação do pa-trimônio paisagístico e bis-tórico tle Porto Seguro on-de se encontra o sítio dodescobrimento, a 705 quilo-metros de Salvador. Asacusações foram feitas estasemana pelo Movimento dcDefesa de Porto Seguro,integrado por grupos ecoló-gicos de todo pais. A pro- VaUlhio Contaposta da CPI já conta com o número de assinaturasnecessários para aprovação c tem o apoio do presidenteda Assembléia, deputado Coriolano Sales (PMDB).

O Movimento de Defesa de Porto Seguro, tendo àfrente o ambientalista Bernardo Figueiredo, mantevetambém uma audiência com o governador Waldir P!a quem entregou um dossiê da depredação deSeguro c solicitou a intervenção imediata dos órgãosestaduais ligados ao patrimônio histórico e o meio-ambiente. O movimento denuncia o prefeito ValdívioCosta (PMDB) como principal responsável pela tlegra-dação do meio-ambientè naquela área.

Para chegar à Assembléia Legislativa c ao governa-dor da Bahia. Bernardo Figueiredo c o advogado domovimento, Azis Ramos, foram acompanhados do gru-.po ambientalista da Bahia (Gambá), do presidente do:Centro de Recursos Ambientais (CRA), Joviniano Neto,,e do diretor da Central de Tratamento de Efluentes deCamaçari (Cctrel), ex-deputado estadual Carlos Mari-ghella Filho.

O dossiê entregue ao governador Waldir Pirescontém um relato do que o movimento fez em quatroanos de resistência à depredação tle Porto Seguro edenúncia de que o prefeito promoveu quase 500 doações„ilegais de terreno cm áreas de preservação ambiental. Emais ainda, aterrou a lagoa das Marrecas — local depouso, descanso e alimentação dc espécies da fauna local— para construir um centro de convenções.

O prefeito dc Porto Seguro, Valdívio Costa, reba-teu as acusações feitas pelo Movimento de Defesa dePorto Seguro, e afirmou que nenhuma das doações, nemo aterro para a construção do Centro dc Convenções foicm área tombada pelo Patrimônio Histórico. Argumen-tou que todas as suas decisões visam ampliar o turismona cidade e oferecer melhores condições de hospedagensaos visitantes. Porto Seguro, conforme acentuou, teráem breve um aeroporto para aviões de grande porte e acidade precisa equipar-se para atender ao fluxo turístico.,

Arquivo

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1^55*!-.._ Lago começa a voltar ao nível normal

Agrotóxico de cebolapode envenenar peixesdo lago de Sobradinho

SALVADOR — O Centro de Recursos Ambientais(CRA), do Conselho Estadual de Proteção Ambiental, admitiuontem que poderá se registrar uma grande mortandade depeixes no Lago de Sobradinho, no rio São Francisco, logo queas águas comecem a subir devido ás chuvas das últimas semanasna nascente do Rio, em Minas Gerais. Os peixes, segundo ele,serão contaminados pelos resíduos do coquetel de agrotóxicosusados nas plantações ribeirinhas tle cebola.

O alerta foi dado pelo diretor do CRA. Joviniano deCarvalho Neto, acrescentando que a única providencia possível"é rezar para que uma diluição grande, pois a contaminação éimensa". A medida que o lago foi reduzindo o seu volume,caindo da cota máxima tle 38 bilhões de metros cúbicos para 9bilhões, os agricultores foram procurando as áreas molhadaspara o plantio c deixando grande quantidade de agrotóxico.

O CRA entrou em contato com o Bispo de Juazeiro. DomJosé Rodrigues, para que possa ser desencadeada uma campa-nha junto aos agricultores da região contara o uso tle agrotóxi-cos. "O fato é que se criou o mito de que cebola só dáprodutividade com o uso de coquetel de agrotóxicos e o"resultado é esse", lamentou Joviniano.

Segundo ele, o primeiro alerta do CRA foi dado em doisseminários, nos meses tle junho e setembro. Foi feito umlevantamento da situação e foram ouvidos diversos depoimèh-tos de agricultores que estão contaminados pelo uso semcontrole de agrotóxicos na lavoura. Joviniano Neto admitiu queestá "impotente" para conter a onda de uso de agrotóxicos e aconseqüente alta mortalidade tle peixes no Sâo Francisco, quena área do Lago de Sobradinho ja subiu de nível 10 centímetrosnos últimos dias. após quase um ano de esvaziamento crescente.

JORNAL DO BRASIL S AAvenida Brasil, 500 — CEP :0<>4<)Caixa Postal 23100 — S. Cnslôvào — CLP20922 — Rio Ul- JaneiroTelefone — (021) 585-4422'telex — (1121) 23 690, (021) 23 2h2.(1121) 21 558Vice-Presidência de MarketingVice-Presldcnle:Sérgio Rego MonteiroÁreas de ComercializaçãoSuperintendente Comercial:Josc Carlos RodriguesSuperintendente de Vendas:l.ui/ Fernando Pinto VeigaSuperintendente Comercial (São PauloiSylvian MífanoTelefone — (011) 284-8133 (São Paulo)Gerente de Vendas (Classificados)Nelson Souto Maior

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Superintendência de CirculaçãoSuperintendente: l-uu Antônio Caldeira

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Recife — fortaleza NaUl — JoAo Pessoa —1 ensinaMensal ,".-, CZS 1.150.001nmcslr.il .... CZS 3.350.0(1Semestral ... CZS 6 300.00

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Atendimento a Bancas e AgentesTelefone: 1021) 585-4127

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MA, CE, PI, RN. PB, PEDias uleis CZS 411.00Domingos CZS 50.00Demais EstadosDiasúteis CZS 50.0HDomingos CZS 60,00Com ClassificadosDF, MT, MSDias uleis CZS 40,(tíDomingos .....CZS 50.00PernambucoDias utcis .....CZS 50.00Domingos CZS 60,00PariDias utcis ... CZS 60,00Domingos .....CZS 70,00

JORNAL DO BRASIL Ciência sábado, 28/11/87 ? I" caderno 7

Ação de gelo e luz liberacloro que destrói ozônio

Arquivo — 11/3/87WASHINGTON — Dois cientistas do

Laboratório de Propulsáo a .lato (JPL) doInsiiiuiD de Tecnologia da Califórnia propusc-iam uni novo mecanismo para explicar como ocloro liberado na atmosfera pelos gases usadosconto propclcntcs em laias de aerossol destróia camada de ozônio acima tio continenteAiilaretieo.

Num artigo publicado na revista Science, oquímico atmosférico Mario Molina, do JPL,propõe que as nuvens polares, compostas deminúsculos cristais de gelo. agem como umaespécie de catalisador, sem o qual a reaçãoentre o ozônio e o cloro não poderia ocorrer.Outro falor importante na reação que estádesunindo a camada de gás que protege aTerra dos raios ultravioleta do Sol seria aquantidade de luz solar que atinge a região doPólo Sul entre o final do inverno e o início daprimavera.

— Foi só recentemente que nós começa-mos a olhar esses cristais de gelo como partici-pahíes da reação — diz Molina. Em suaopinião, islo explica porque o buraco nacamada de ozônio aparece apenas entre o finalde agosto e meados de outubro, já que asnuvens de cristais de gelo só se formam nessaépoca.

Outro estudo, do Instituto de Pesquisa daUniversidade de Stanford, chegou a resultadossemelhantes. David M. Golden, diretor doDepartamento de Química Cinética de Sian-ford, diz que, se ficar provado que o cloro é oresponsável pela destruição do ozônio, então asolução será reduzir a liberação desse gás naatmosfera,

Luz ativa — Na teoria proposta porMolina e seus colegas, o processo começa coma liberação na atmosfera dos clorofluorocarbo-nos, gases usados em sistemas de refrigeraçãoe como propelentes de aerossóis. Esses gasessobem para a estratosfera e, a 30 quilômetrosde altura, começam a ser decompostos pelosraios ultravioletas do Sol.

Os clorofluorocarbonos se transformamentão em dois compostos diferentes, cloretode hidrogênio (ácido clorídrico) e nitrato decloro, que normalmente náo reagem um com ooutro. Entretanto, na presença do gelo dasnuvens polares, eles se unem, liberando ocloro. Quando a noite polar termina, a luz do

w- - ^Jlp

_Ceio de nuvens da Antárticacria < ondiçoes jtara reação

sol ativa o cloro liberado pela reação e oozônio começa a ser destruído.

As nuvens de cristais de gelo só se formamdurante o inverno polar, quando a quantidadede luz chega ao mínimo e as correntes de ventoformam o chamado vértice antártico, isolandoo ar daquela região do resto da atmosfera doplaneta. A teoria que ligava o buraco doozônio a atividade das manchas solares foieliminada pelos dados obtidos recentemente,diz David Golden, Outra teoria, ainda nãocomprovada, diz que o buraco na camada deozônio da Antártica estaria ligado á reduçãomundial do ozônio causada pela poluição ai-mosférica.

Zaire tem esperanças cornvacina anti-Aids que usou

PARIS — O jornal Le Monde, em suaedição de ontem, informou que 40 pessoas noZaire receberam uma vacina experimentalcontra a Aids e que os primeiros resultadosteriam sido encorajadores. As pessoas vacina-das seriam 30 soldados franceses e 10 civis doZaire.

O jornal francês entrevistou o médicoNgandu Kabeva. comissário de saúde do Zai-re. que afirmou que as perspectivas de umavacina eficiente são boas. Todas as pessoasvacinadas tinham resultado negativo quanto aanticorpos do vírus e até hoje nenhuma delas

apresentou sinais de contágio. O general Jean-Jacques Salaun. médico militar encarregadodo Instituto Nacional de Pesquisas Biomédicasde Kinshasa, a capital do Zaire, disse que os 30soldados franceses submetidos á experiênciapertencem á 31a brigada do Exército zairense.

O anúncio de que uma vacina contra aAids seria testada no Zaire foi feito por umaequipe da TV inglesa no dia 2(1 de outubro edesmentido pelo governo do Zaire rio diaseguinte. A vacina usada seria a mesma que opesquisador francês Daniel Zagury disse leraplicado em si mesmo há mais de um ano.

Brasil é 3o em casos no mundoGENlíURA — Segundo as últimas esta-

lísticas da Organização Mundial de Saúde(OMS), o Brasil passou do segundo para oterceiro lugar do mundo em número de casosde Aids. Na França, durante os últimos trêsmeses, houve um aumento de 25% no númerode casos, o que torna esse país o segundo maisatingido pela Aids. com 2.523 casos registra-dos até o dia 30 de setembro. O maior númerode pacientes com Aids continua sendo regis-trado nos Estados Unidos, com 45.43o casosaté o dia 9 de novembro.

No Brasil, foram registrados 2.012 casosde Aids até 27 de setembro. Segundo a OMS,no mundo inteiro, em apenas uma semana, onúmero total de pessoas atingidas pela Aids

aumentou de 66.066 para 68.217. Houve umaumento significativo de casos no Canadá(onde o número de pessoas com Aids passoude mil para 1.334), na Inglaterra (de 1.067casos para 1.123) e Itália (de 1.025 para 1.104.

No Quênia, o número de aidéticos passoude 625 para %4. A Alemanha Ocidental, quetinha anunciado 1.400 casos no dia 30 desetembro, não enviou novos números para aOMS. O mesmo aconteceu com a Tanzânia eUganda, onde tinham sido contados mais demil casos de Aids. Apesar da falta de estatísti-cas de vários países, a OMS calcula que onúmero de casos comunicados da doença do-brou nos últimos 12 meses.

Artéria do abdômen evitaa necrose de mão decepada

BIRMINGHAM (EUA) — Médicos doHospital Universitário de Birmingham, noAlabama, ligaram a mão decepada de umpaciente a uma das artérias do seu abdômen,para que ela náo fique neerosada (morte dotecido por falta de circulação sangüínea) atéque seja feito o reimplante. Esse método sóhavia sido empregado em duas ocasiões porcirurgiões iugoslavos.

Para ligar a mão decepada à artéria abdo-minai, os cirurgiões americanos usaram umpequeno pedaço da veia da perna do pacienteMike Thomas, 31 anos, que caiu de uma alturade 25 metros quando trabalhava. O pedaço de

veia retirado da perna é ligado aos vasossangüíneos da mão decepada que, assim, passaa receber sangue que vem pela artéria doabdômen.

A mão de Thomas foi decepada quandoele, durante a queda, tentou se segurar a umcabo de cobre e este se enrolou no seu punho.Os colegas de Thomas, imediatamente, reco-Iherani a mão decepada e a guardaram emuma bolsa contendo gelo. Logo em seguida,levaram Thomas e a mão recuperada para ohospital. Thomas sofreu diversas fraturas, in-elusive dos ossos da região da bacia e costelas.Os médicos acreditam na recuperação do pa-ciente.

__fVINCULADO A SECRETARIA DE PLANEJAMENTO

DA PRESIDÊNCIA DA REPÚSUCA

ESCOLA NACIONAL DE CIÊNCIAS ESTATÍSTICAS - ENCECONCURSO PARA OS CURSOS TÉCNICOS DE 2? GRAUO exame de seleção para os cursos técnicos de 29Grau da ENCE,

que seria realizado na UERJ no próximo domingo, dia 29, foitransferido para data a ser divulgada oportunamente, em decorrênciada greve daquela Universidade.

Professor Djalma PessoaDiretor da ENCE

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ASSINE O JORNAL DO BRASILTELEFONES: 24-4114

24-7940

Paulistinha está de volta para o prazer de voarEmpresa paulistarelança em marçoo famoso avião

José FernandoLéfcaclito

SÃO PAULO — Com adapta-

ções essenciais para colocá-locm dia com ò avanço da tecnologiaaeronáutica, o Paulistinha, uni mo-nomotor projetado no Brasil há 62anos e que há 23 saiu de linha,voltará a ser produzido a partir demarço pela empresa paulista Aris-tek, sob licença da Neiva, fábricade pequenos aviões da EmpresaBrasileira de Aeronáutica, a Em-bracr.

O Paulistinha é célebre entrevárias gerações de pilotos como umexcelente avião de instrução prima-ria de pilotagem pela sua simplici-dade c resistência. Na expectativade resgatar essas qualidades, o pre-sidente da Aristek, José CarlosMendes da Silva, resolveu investirna ressuscitação do mõnomotpr quedeixou de ser fabricado pela Neivaem 1964. "O Paulistinha sempre foiconsiderado um verdadeiro Fuscade auto-escola c nunca foi supera-do", disse o comandante Mendesda Silva, piloto há 40 anos e admi-

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Paulistinha de José Carlos será equipado com rádio

rador incondicional do pequenoavião.

Depois de fazer uma pesquisade mercado, o presidente da Aris-tek, uma empresa que comercializavários tipos de aviões c dá manii-tençáo no Aeroclube de São Paulo,descobriu que no país havia espaçopara a venda de 300 aeronavessimples e resistentes como o Paulis-tinha. "Hoje, cerca de 400 aviõesPaulistinha ainda servem a acroclu-bes em todo o país. Alguns deles,

por incrível que possa parecer,voando há 40 anos", afirmou Men-des da Silva.

Segundo ele, a maioria dos mo-delos colocados no mercado parainstrução primária de pilotos, du-rante o tempo em qué o Paulistinhateve sua produção paralisada, sem-pre apresentou durabilidade muitomenor que o do monomotor comfuselagem de leia.

A produção em série do Paulis-tinha começou em 1939, na Compa-

nina Aeronáutica Paulista, do mi-lionário Baby Pignatari, Durante 10anos, essa empresa de Santo An-dré, no ABC paulista, produziu Imil aviões antes de encerrar a fabri-cação. Em 1956, José Carlos Neiva,fundador da empresa Neiva, reto-mou a produção do Paulistinha emsua fábrica de Botucatu, mas, em1964, depois de ter colocado nomercado perto de 900 aparelhos,também desistiu e cedeu espaço ásaeronaves importadas.

Agora a Aristek obteve permis-são da Embraer e ja construiu oprotótipo do novo Paulistinha, que,de acordo com seu presidente,

"é omesmo avião simples, resistente ebarato da década de 30, adaptadoaos anos <S0". O projeto é básica-mente o original, com adaptaçõescomo uma saída de emergência,sistema elétrico, luzes de navegaçãoe equipamentos de comunicaçãodos mais atuais que existem. Deve-rã custar cerca de CZS 3 milhões.

O Paulistinha é construído comuma estrutura tubular em aço muitoresistente, velocidade de cruzeirode 150 quilômetros por hora. auto-nomia de quatro horas de vôo,decola com 150 metros e pousa com90 metros de pista. Pode ser equi-pado com um motor Continental de100 HPou Lycomingde 115 IIP.

míwmMe§Uá ficanete/iimitc c maiá tuxuese, sefisticac/e c cemfitetc Mcsicfencc ffeinice

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ORua &UtdenU cte Jíoimi, 302 - tffian&ma cri fittc (et: 259-3545__ _. _z=^zí—J

As loterias da Caixa estão Ájproduzindo números / £

que você nem imagina. / S

Todo mundo sabe que tuna parle da arrecadação das loterias Federal, Loto e Esportiva fica naCaixa Econômica Federal. <) que nem iodos sabem é que esse dinheiro produz números que semultiplicam no atendimento a diversas necessidades básicas dos nossos municípios.

Sl-Xil'RANÇA um bom exemplo.,-1/e o ano passado, com o dinheiro que vem das loterias, a Caixa financiou quase 200 mil

metros quadrados de área construída na edificação de delegacias, penitenciárias e outrosestabe/ecimeulos de segurança. Também com o dinheiro das loterias, a Caixa financiou no anopassado a aquisição de 3.564 novos veículos e 5.6^5 novos equipamentos de comunicação para aspolícias brasileiras.

ESCOLAS, CRECHES E liOSPITAIS - mais três ótimos exemplos.Ainda com o dinheiro que vem das loterias, e só no ano passado, veja os números que a Caixa

produziu: 25.148 mil salas de aula. que proporcionaram mali ículas para I milhão ()~ l mil S52 a/unos;criação de mais .-l I mil S()2 matrículas em creches: e instalação de K) mil 694 leitos em hospitais.

/-.' muito, mas será muito mais. .1 cada ano. aumenta o volume de investimentos que a Caixafaz com o dinheiro das loterias. Já é possível afirmar que os índices alcançados em l<)S~~ superam emmuito os do ano //assado.

Pode apostar: quando você aposta numa loicnii da Caixa, muita gente sempre sai ganhando.

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

MINISTÉRIO DA HABITAÇÃO.URBANISMOE MEIO AMBIENTE

Governo José Sarney - Tudo Pelo Social

8 D 1" caderno ? sábado, 28/11/87 Internacional JORNAL DO BRASIL

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Refém esfaqueado agravatensão em prisão dos EUA

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snnmm_nHMadonna: enfurecida

Madonna cansade Penn epede divórcio

NOVA IORQUE — A roqueira Ma-donna deu início a um processo de divór-cio de seu marido, o ator Scan Penn,informou ontem o jornal Daily News. Acolunista do jornal. Liz Smiili. disse quePenn informou a amigos sobre a decisãode sua mulher, o que foi posteriormenteconfirmado pela secretária da cantora,

: Lois Smith.Segundo Smith, Madonna, de 28

anos, vinha se queixando de que nãotinha mais diálogo com o marido, de 27anos. A crise chegou ao auge quandoPenn, que há quatro dias nâo dava noti-cias, se apresentou no apartamento deMadonna em Nova Iorque para passarcom cia o Dia de Ação de Graças.Enfurecida, a cantora disse que ia para acasa de seus pais e que Penn fosse paraonde bem entendesse, Penn acabou indopara Los Angeles.

Nos últimos dois anos, segundo acantora, ela vinha agüentando o gêniotemperamental do marido, que devidoaos ciúmes esteve várias vezes no noticia-rio dos jornais. Em 1985, pouco depoisde seu casamento com Madonna numaresidência de veraneio em Malibu, Cali-fórnia. Penn foi condenado a dois mesesde prisão por esmurrar um homem quetentou beijar sua mulher num clube no-turno de Los An-geles. Em liber-dade condido-nal, o ator foimultado por diri-gir perigosamen-te. Uma novabriga num set defilmagem, portentarem foto-grafar a mulher,custou-lhe 33dias de prisão. Sean l'rnn

OAKDALE; Louisiana — Duas tentativas de acordopara acabar com a rebelião de prisioneiros cubanos emAtlanta, estado americano da Geórgia, e Oakdale, Loui-siana, fracassaram ontem. Em Oakdale, um prisioneirocom problemas mentais (não se sabe se cubano) esfaqueouo refém Manuel Ccdillos, consultor do Centro de Deten-c.ão, 10 horas após a conclusão de um acordo cujos termosnáo foram revelados.

Os amotinados levaram o ferido para fora e oentregaram para as autoridades, ele foi levado para ohospital e passa bem. Pouco depois, entregaram o prisio-nciro que o esfaqueou mas seu nome não foi revelado. Oacordo negociado horas antes ficou em suspenso e a tensãoaumentou entre os 27 reféns (um foi solto quinta à noite).

Em Atlanta, reuniram-se três representantes dos Imil 500 amotinados que mantém 94 reféns, três negociado-res do FBI e três americano-cubanos ilustres que vieram deMiami, incluindo o prefeito da cidade, Xavier Suarcz. Elesnegociaram um acordo que previa a libertação de Ml refénsem troca de permissão para que os prisioneiros pudessemreceber a imprensa para apresentar seu lado da história

Os representantes dos cubanos voltaram para dentroda penitenciaria, falaram com seus colegas e voltaram comuma contraproposta de soltar apenas três reféns, que o FBIrejeitou. Nada feito.

O motim de quase 3 mil cubanos exilados começousegunda-feira quando chegou a notícia de que o governoReagan chegara a um acordo com Cuba para mandar devolta 2 mil 7(K) marginais cubanos que vieram no grandeêxodo de 1980, que saiu do porto de Mariel. Eles nãoquerem voltar para Cuba e se rebelaram.

ja, — Arp

O refém ferido foi para um hospital

Juiz culpa governo pela rebeliãoRonald S molheis

Tho New York Times

ATLANTA —O juiz federal da Geórgia, MarvinShoob, que há anos lida com casos de cubanos refugiadosnos Estados Unidos, atribuiu a culpa pela crise provocadapelas rebeliões de Atlanta e Oakdale ao governo federal,que trata os exilados como não-cidadãos, sem direitosconstitucionais.

Shoob garantiu que essa tragédia seria evitada se oMinistério da Justiça tivesse seguido uma política indicadapor ele há seis anos, quando sugeriu que 2 mil casos deprisioneiros cubanos fossem tratados de maneira judicial,com direito à assistência jurídica e audiências. Os advoga-dos do ministério argumentaram que se tratava de umaquestão administrativa, descartando a idéia.

Shoob insistiu em 1985. mas o Tribunal Federal deRecursos concordou com a alegação do governo, deixandoa questão de imigração para os setores políticos. O juizdisse que desde a chegada dos cubanos, em 1980, elecomeçou a ouvir pedidos de exilados para que seus casosfossem tratados individualmente, em vez do tratamentocoletivo dado pelo governo, injusto com pessoas inocentes,apanhadas na leva de criminosos comuns que Fidel Castrodescartou na ocasião.

Apesar de freqüentemente expor de maneira detalha-da suas decisões, a entrevista do juiz Shoob é um procedi-mento bem pouco comum para um juiz, que náo costumacontestar a política federal fora dos tribunais. O porta-voz

do Ministério da Justiça, Terry Eastland, afirmou que nãoé hora de discutir se existe alguma relaçáo entre a políticapara os exilados e as rebeliões. E ressaltou que o governoacha que agiu corretamente.

Shoob destacou que os cubanos têm todas as razõesdo mundo para desconfiar da promessa do secretário deJustiça, Edwin Meese, de que cada um deles terá umarevisão plena e justa de seu caso. Relembrando umaconversa que teve com Meese há alguns anos, Shoobafirmou:

— A primeira coisa que ele me perguntou foi se eunáo sabia que os cubanos eram todos criminosos. Diantedisto e do modo como o governo vem tratando do caso, eunão acreditaria nas promessas de Meese se fosse eles. Osdetidos náo têm todos os direitos dos cidadãos americanos,como a pressuposição de inocência, mas deveriam pelomenos ter a perspectiva de serem libertados.

Acrescentou que o caso dos cubanos presos é compli-cado porque eles náo têm nenhum laço com os EstadosUnidos, nem entre os exilados antigos, e também porque amaioria é pobre e náo fala inglês. Shoob contestou aalegação do Departamento de Justiça de que os cubanos játêm direito à uma revisão, alegando que o esquema atualnão funciona.

Shoob contou que viu casos cm que a condenação deum cubano no seu país de origem foi aceito pelo Serviço deImigração, baseado apenas no registro feito pelo funciona-rio que o recebeu em solo americano, sem qualquerverificação ou assistência jurídica.

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Eles só usam"Smoking" é a fardados políticos nacapital americana

WASHINGTON -- Robert Gray,

executivo de relações públicas quefreqüenta a vida política e social de Wa-shington há 20 anos, gasta um por ano. Oembaixador do Canadá. Allan Gotlieb, jáestá no segundo; muitos senadores e depu-tados mantém um em casa e um no gabine-le do Congresso. Na capital americana, osmoking significa a mesma coisa que ouniforme para um militar.

Acho que essa ênfase toda no .v/no-king 6 a melhor coisa para os homens, quenão precisam se preocupar com a roupaque vão usar; é só vestir a farda — afirmouGray.

A cena social de Washington, quasesempre um prolongamento do expediente,depende bastante do black tie. muito maisdo que Nova Iorque ou outras grandescidades americanas. Jantares em embaixa-das, festas na Casa Branca, estréias de galano Kennedy Center, coquetéis, inaugura-ções de galerias, jantares de caridade emuitas vezes até mesmo jantares partícula-res exigem uma mudança de roupa noescritório mesmo ou em casa.

A organizadora de festas, GretchenPeston, costuma chamar esta mudança rá-pida de trajes de "estilo Supcr-Homem":

Os freqüentadores dessa roda-vivasocial estão tão acostumados a pular paradentro de seus smokings que poderiamfazê-lo até dentro de uma cabine telefó-nica.

_.black tie *>*>

Ela disse que a presença do corpodiplomático torna o entretenimento maisformal cm Washington, onde a exigênciade seguir o protocolo toma o smoking e oslongos femininos mais adequados. O em-baixador Gotlieb, que chegou aos ListadosUnidos em 1981, afirmou que quanto maisfora de moda no resto do país, mais osmoking vigora em Washington.

A conseqüência natural desse formalis-mo todo é tuna grande dificuldade em fazeras pessoas se vestirem informalmente. Go-tlieb e a mulher Sondra sempre convidampara o btvncll dominical pedindo um trajeinformal nos convites mas, como váriosconvidados apareciam engravatados, o ca-sal passou a ser explícito: sem gravatas.

(Juem sempre sofre com o formalisinosão os garçons, obrigados com freqüência acederem suas gravatas borboleta para ai-gum convidado distraído. Qualquer, gur-çom ou barman sem gravata numa festaformal é indicação certa de que algumconvidado estava desprevemdo. (N.Y.T.)

Si^onandoA_L__f

Ditadura argentina matou23 civis para cada militar

Ricardo Kirsehbaum

BUENOS AIRES — Continua na Argen-tina a polêmica sobre se houve ou não umaguerra entre as Forças Armadas e a guerrilhadurante a década de 1970. Os militares argu-mentaram na Justiça que a existência de umaguerra não-convencional levou à utilização demétodos de repressão atípicos, que determina-ram conseqüências diversas na aplicação dasconvenções de Genebra.

A tese central da decisão judicial quecondenou os ex-comandantes-cliefe Jorge Ra-fael Videla, Eduardo Massera. Orlando Agos-ti, Armando Lambruschini e Eduardo Viola —foi que nâo se tratou de um enfrentamentobélico, mas de uma caçada humana, comoalegou o promotor Júlio César Strassera. Ago-ra, um documento produzido pela AssembléiaPermanente dos Direitos Humanos (APDH)vem reforçar a tese judicial.

A APDH, organismo pluralista em cujadireçáo ainda permanece, sob licença, o presi-dente Raul Alfonsín, afirma que durante adécada de 1970 as Forças Armadas perderam492 membros, houve 8 mil 91(1 desaparecidos eoutros 2 mil 462 mortos em "supostos cho-ques".

Números — Para cada militar ou inte-grante das forças de segurança mortos nesseperíodo nos denominados "enfrentamentoscontra a subversão", 23 civis perderam a vidaou desapareceram, disse a APDH.

Segundo essa organização defensora dosdireitos humanos, durante a repressão à guer-rilha de esquerda na província de Tueumán,onde houve operações militares em grandeescala contra o Exército Revolucionário doPovo. trotskista. o total de baixas do Exércitofoi de nove homens: quatro oficiais, um subo-ficial e quatro soldados. Entre os anos 1975-76se registraram na província de Tueumán 410

desaparecimentos e 242 mortes de civis emsupostos enfrentamentos com as forças mili-tares.

A informação, obtida num relatório oficialdo Exército fornecido em 1979 à ComissãoInteramcricana de Direitos Humanos, quevisitou nesse ano a Argentina, afirma tambémque vários casos de civis mortos em ações anti-subversivas náo passaram, na realidade, decasos de vítimas da repressão militar.

Segundo a APDH. até fevereiro de 1976 se'denunciaram, por cada caso de civil morto emenfrentamento com as forças de segurança,0.8% de casos de desaparecimento de pessoas,percentual que aumentou para 4.4% desde 24de março desse ano.

Completo — A 24 de março de 1976.com a queda da viúva de Perón, Maria EsteiaMartínez, teve inicio na Argentina o governomilitar, que se estendeu até 10 de dezembro de1983, quando assumiu o governo democráticode Raul Alfonsín.

O estudo, um dos mais completos jádivulgados pela APDH, revela também que apartir do golpe militar se aprofunda a modali-dade operativa das forças de segurança, o queexplica o.aumento abrupto das mortes e dodesaparecimento de pessoas.

Assinala a entidade que esses dados per*mitirão incorporar elementos decisivos à polé-mica sobre se houve ou não uma guerra naArgentina.

As Forças Armadas, de sua parte, conti-nuam insistindo no reconhecimento político desua ação anti-subversiva. Elas se apresentamcomo as responsáveis pela restauração dademocracia na Argentina. .

A derrota militar na guerra contra a Inglá-terra, em junho de 1982. terminou com ossonhos de uma permanente hegemonia militare solapou a ditadura de então, que teve deconvocar eleições democráticas para evitaruma deterioração ainda maior.

Bomba — Relatórios da CIA informamque o Paquistão completou recentemente odesenvolvimento de um artefato de explosãonuclear (classificado como viável). Os ameri-canos são responsáveis por volumosa ajudafinanceira e militar ao país asiático. Analistasmilitares do Pentágono revelaram que cientis-tas paquistaneses trabalharam com duas mefa-des de uma bomba e obtiveram níveis deradiação que indicam que a mesma poderia serdetonada com sucesso.Fome — Depois de anos de adiamento,o governo da Etiópia está adotando reformasagrícolas que poderáo aliviar o sério problemade escassez de alimentos e que deixa o paísdependente de ajuda externa sempre que oquadro é agravado pela seca. O governo estáestudando medidas para aumentar a produçãode alimentos, uma das principais causas dasrecentes crises de fome no país. Os preços dosprodutores estão sendo revistos para que oscamponeses possam vender sementes nummercado livre.

Eleição — O homemforte do Suriname,coronel Desi Bouterse, disse aos militares, cmdiscurso num quartel da capital, que respeitemo resultado da eleição de quarta-feira, que deuvitória aos três partidos da Frente para aDemocracia e o Desenvolvimento, de oposi-ção. Este obteve 40 das 51 cadeiras da Assem-bléia Nacional, que em um mês escolherá onovo presidente, segundo resultados quasefinais, a serem confirmados na próxima sema-

na. O Partido Nacional Democrático, de Bou-terse, deverá garantir apenas sete cadeiras.

Repressão — A Igreja Católica doUruguai prevê um "aumento da tensão social"nos próximos anos. que poderia levar o país aviver um clima de "repressão c maior violèn-cia". Segundo um documento da arquidiocesede Montevidéu e assinado pelo arcebispo JoséGòttardi, o Uruguai se encaminha para uma"maior dependência do exterior e consequen-temente para um aumento da tensão social eradicalização das posições políticas".Vertigem — A primeira-ministraMargaret Thatcher sofreu uma vertigem du-rante uma recepção no Palácio de Buckih-gham, mas foi apenas um mal passageiro. Umporta-voz do governo britânico disse que aprimeira-ministra

"goza de ferfeita saúde" eatribuiu o mal-estar de Thatcher ao calor quèfazia na ocasião. Membros do governo, entre-tanto, preocupam-se com "a

grande carga detrabalho suportada pela primeira-ministra".Reformas — O general WojciecbJaruzelski, governante da Polônia, disse ementrevista transmitida pela TV que não pot^egarantir que as reformas propostas no referen-do nacional de amanhã terão êxito, embora "anata dos economistas poloneses" tenha prepa-rado o programa econômico. Ele acrescentounão estar certo de que

"a sociedade estapronta para apoiar e aplicar as reformas deforma conseqüente".

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JORNAL DO BRASIL Internacional

Um salão perigosoBrucutus, bambus, urinasque atiram embaixo dáguanu mu exposição cm Paris

ans — o Milipol que se encerrou ontem em LeBourgel, próximo a Paris, não é um salão como os

outros. Seus freqüentadores são iodos profissionais: iniliia-res, policiais e agentes de segurança, Vestidos â paisana,com ar misterioso, eles examinam as últimas maravilhas docontrole de multidão, como dois imensos Brucutus, osmais novos orgulhos da policia francesa, capazes de jogarum homem no chão a 30 metros, Um salão a evitar.

E a quarta vez que o Milipol se realiza em Paris,reunindo os fabricantes do que há de mais sofisticado emarmas pessoais e equipamento de policia. Em ioda parle,laioleles azuis giram indicando os estandes, e a musicaambiental é â base de salvas de tiros. No fundo do pavilhãode 15 mil metros quadrados há uma metralhadora gigante(endo airás cenas de guerra que parecem saídas de FullMetal Jitcket, Um saláo amigável, como o definem seusfreqüentadores,

Andréa Brignonc, responsável pelo salão, afirma quea exposição é fechada ao grande público para evitar quebandidos acabem lendo contato com novas armas (aparen-temente ele não ouviu talar no Rio de Janeiro) ouequipamentos de segurança, como prefere dizer, eufemis-ticamente.

Brucutus —¦ A língua do salão é predominante-mente o inglês, e durante a exposição não sáo fechadosnegócios. A mostra serve para atualizar-se. tomar contato,levantar preços e condições de pagamento. Os negóciosvêm depois, e ministros de vários países já visitaram osalão. í) único identificado foi o ministro da SegurançaFrancês. Robert Pandraud.

Ele vciu ver as mais novas armas da polícia de Paris.Dois Brucutus comprados após os incidentes com osestudantes, há um ano, (pie causaram a morte do universi-tário Malik Oussekine. Os caminhões podem levar 7 millitros de água. disparada por dois poderosos canhões comum raio de ação superior a 30 metros. A água pude sermisturada com corante, para indentificar posteriormenteos manifestantes, ou com gás lagrimogênco, para dispersa-los ainda mais facilmente.

\\a. em exposição, robôs para desativar bombas,funcionando por controle remoto e um caminhão-laboratório no qual criminajistas poderão levantar, nolocal do crime, impressões digitais e outros indícios. Cadacaminhão custa 1 milhão de francos (CZS 11 milhões), Há,ainda, um aparelho de raios X. o siípcrscanner. quepermite tirar radiografia de um Container em apenas umminuto, equipamento extremamente iiiii em portos eaeroportos. O custo do aparelho varia entre 25 milhões(CZS 275 milhões) e 50 milhões de francos (CZS 550milhões). (F.U.)

Aliodo

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sábado, 28/11/87 caderno

Agentes protegem Normandin, que ficou quase 21 meses em poder dos seqüestradores

Organização xiita liberta emBeirute dois reféns franceses

Fritz l tzeriCorrespondente

PARIS — Dois reféns franceses,Jean Louis Normandin e Roger Auques,foram libertados no início da tarde emBeirute, pela Organização da Justiça Re-volucionária, um grupo xiita radicai, comligações com Síria e o Irã. Restam aindano Líbano três reféns franceses, os diplo-inatas Mareei Carton e Mareei Fontaine eo jornalista Jean Paul Kaufman, os maisantigos e detidos pelo Jihad Islâmico, umgrupo ainda mais radical e pró-iraniano.que até agora náo libertou ninguém.

Normandi — um iluminador de TVque foi seqüestrado no dia 8 de março doCanal 2 francês, libertados posteriormen-te — soube que ia ser solto ainda na noitede quinta-feira. Roger Auque, jornalista,seqüestrado em janeiro deste ano. só foiinformado da liberdade por Normandinquando este entrou no mesmo poria-malas do Renault no qual os seqüestrado-res os levaram para as proximidades deum hotel de luxo. no sul de Beirute, ondeforam soltos.

A libertação dos dois reféns foi anun-ciada no final da tarde de quinta-feiranuma nota oficial da Organização daJustiça Revolucionária, acompanhadapor uma foto polaroid de Normandin.Fm seu comunicado, a OJR destaca querecebeu "garantias sobre o desejo francêsde mudar suas intenções no Oriente Mé-dio". A nota qualifica de um "erro" avisita recente do primeiro-ministro Jac-

quês Chirac a Israel, mas afirma —- algovagamente — que a França "cumprirasuas promessas num futuro próximo".

Na mala- Pouco antes dasI7h30rhin de Beirute, os seqüestradoresde Auque colocaram-no na mala de umaRenault 505 e nada lhe disseram. Aangústia de rodar 11) minutos pelas ruasda capital libanesa só começou a sedesvanecer quando a mala voltou a seraberta e Normandin entrou. Ao contrariode Auque, o iluminador estava informa-do sobre o destino da viagem. Menos de10 minutos depois, o carro voltou a pararc os seqüestradores ordenaram aos doisreféns que saíssem, O final do caminho,até o Hotel Summerland, foi feito a pé.depois de os dois terem pedido informa-ções a alguns meninos.

O primeiro a chegar foi Auque, bar-ba por fazer, magro, de chinelos, sorriu efoi logo cercado pelos jornalistas, aosquais contou que foi maltratado duranteo seu cativeiro, chegando a ficar algumasvezes por três dias sem beber um copod'agua. Normandin. com um aspecto me-lhor. barbeado, cabelos cortados e gran-de bigode chegou depois. Os dois nuncahaviam se encontrado antes. Normandinafirmou que foi bem tratado.

A libertação dos reféns já era espera-da pelo governo francês e ocorreu nummomento em que as tensões entre aFrança e o Irá estão em ponto morto. Osdois países nào mantêm mais relaçõesdiplomáticas. Segundo alguns especialis-

tas, os reféns tornaram-se uma moedafraca para os países como o Irã. Isoladopoliticamente, ainda mais depois da re-cente conferência de cúpula árabe, oregime de Teerã teria emitido um sinal deboa vontade em direção â França. Certoou errado. 6 ainda cedo para saber devi-do, antes de tudo. á complexidade daOJR. que parece manter ligações tantocom Teerã como com Damasco.

A resposta poderá vir em alguns dias,quando se saberá se Paris fez ou nãn as"promessas" de que fala o comunicadoda OJR. Anteriormente, sempre que umrefém francês foi libertado pela organiza-ção, algo aconteceu a seguir. Na primeiravez — no dia 20 de

"junho de 1986,

quando foram libertados dois reféns. Phi-lipe Rochot e Georges Hansen —- aFrança expulsou, pouco depois. MassudRadjani, um dos principais líderes daoposição ao aiatolá Khomeini. No dia 11de novembro do ano passado, a mesmaorganização li-bertou outro re-fém pouco de-pois de a Françaanunciar umacordo com Tee-rã sobre o reem-bolso de uma dí-vida de 330 mi-Ihões de dólares,parte de umaoperação de 1 bi-Ihão feita entreTeerã e Paris. /,'„„„, iuque

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Exército israelense écriticado por não terdetido ataque palestino

II I AVIV - A operaçâo-suicida palestina com uso deultraleves — que causou, na noite de quarta-feira, a morte de seismilitares de Israel — desencadeou uma enérgica onda de protestosna imprensa, Forças Armadas e meios políticos de Israel, quedenunciaram as falhas do sistema de segurança das bases militares,principalmente das localizadas no norte do país, junto âs frorilci-ras com a Síria e Líbano

"Ficaram expostos smais tle vulnerabilidade e negligência.Ouando um único terrorista pode se infiltrar sem problemas numacampamento militar, há provas de serias talhas nas regras básicasde desempenho e alerta", afirmou o jornal Maarn.

As criticas se concentraram no lato de que as bases israelen-ses perto das fronteiras - que compõem o supostamente forteescudo da Galiléia — náo foram, ao que tudo indica, colocadas emestado de alerta, apesar do aviso de que um ultraleve avançava cmdireção a território israelense. "Por

que náo houve uma ordempara redobrar a vigilância"?, perguntou o jornal Ma'Arctz.

O jornal de maior vendagem, Ycdioth Ahronoth, destacou ocomentário tio ministro da Defesa. Yitzhak Rabin. de que,embora o Exército lenha chamado a atenção para a possibilidadede um ataque, as medidas tomadas náo (oram suficientes paradeter os atacantes da Frente Popular para a I ibertação daPalesiina-Coniando Geral. Os mais criticados, e também autocriti-cados, foram as autoridades militares.

O estrategista esua arma voadoraNICOSIA

-— O dirigente da Frente Popular de Liberta-çáo da Palestina — Comando Geral, Ahmed Jibril —

o mais importante estrategista militar da guerrilha palestina— levou anos aperfeiçoando sua nova arma contra Israelantes de enviar seus combatentes em ultraleves para missõessuicidas no F.stado judaico.

Jibril (47 anos) conseguiu realizar o mais sério ataqueguerrilheiro contra Israel nos últimos 10 anos. quando umpiloto palestino, na noite de quarta-feira, voando numultraleve, invadiu território israelense e matou seis militares,Ontem, um porta-voz. da FPI.P-CG advertiu que haveránovos ataques do mesmo tipo,"em terra, mar e pelo ar".

O ataque com ultraleves demonstra como o grupo deJibril diferencia-se dos demais integrantes do movimentopalestino. "Planejamento, disciplina estrita, preparação emestilo militar e execução com apoio sólido", definiu umanalista palestino em Londres, ao comentar a ação suicidade quarta-feira. "Mas. mesmo para Jibril, foi uma operaçãoespetacular", acrescentou.

Pilotos — O ataque contra uma base do Exércitoperto da cidade de Kiryat Shmona, no norte de Israel,ocorreu numa zona já visada pelos comandos de Jibril.procedentes do Líbano. No ano passado, a FPLP-CG, criadano Líbano mas sediada em Damasco (Síria), já anunciaraque possuía ultraleves e chegou mesmo a mostrar em públicooito pilotos. Na ocasião, afirmou que os ultraleves eramfabricados pelos próprios palestinos e se destinavam a atacarIsrael. Informou-se na mesma época que a FPLP-CG já teria70 pilotos, todos treinados na Líbia.

Em 1967. a Frente de Libertação da Palestina, criadapor Jibril. juntou-se a dois outros pequenos grupos paraformar a Frente Popular de Libertação da Palestina, chefia-da por George Habash. Jibril — um dirigente voltado commaior vigor para as ações militares, ao invés da atividadepolítica — desentendeu-se com Habash e montou em 196Sseu próprio grupo, a FPLP-CG.

URSS reforma sistemaprevidenciário e querpovo fazendo ginástica

MOSCOU — O governo da União Soviética anunciou umaampla reforma do sistema previdenciário gratuito (do nascimen-to à morte) e a introdução de uma campanha nacional deaptidão física para manter em forma sua população. O planopara reformular o sistema nacional de saúde foi publicadointegralmente nas ires primeiras páginas do jornal do PartidoComunista, Pravda,

O plano inclui a introdução de um sistema obrigatório deexames médicos anuais dos cidadãos, como forma de controlar eprevenir as doenças. O sistema de saúde foi escolhido pelasautoridades governamentais para substituir uma administração'deficiente,

que com freqüência deixa de proporcionar atémesmo os serviços básicos para a população. O plano concluiuque os soviéticos não são tão saudáveis quanlo deviam e quemenos de 1/3 da população faz. exercícios regularmente."A dinâmica do processo demográfico piorou no país. Astaxas de mortalidade de crianças e trabalhadores sáo elevadas.O nível de doenças oncológicas c cardiovaseulares náo dimi-nui". revela o plano. Segundo as estatísticas, a expectativa devida dos homens soviéticos é de 65 anos e de 67 anos para asmulheres. (Nos Estados Unidos, a expectativa de vida é de 71anos para homens e de 78 para as mulheres.)

Os médicos soviéticos explicam que por causa de umaalimentação pobre em calorias e excesso de bebidas alcoólicas,o índice de ataques cardíacos é o dobro dos países capitalistas daEuropa Ocidental

"Liberation" enfrentacrise e propõe demissãovoluntária a empregados

PARIS — Liberation, o jornal irre-verente da França, eslá atravessandomaus momentos, â medida em que seusleitores, que formaram a revolucionáriageração dos estudantes na década de60, ent.am na acomodada meia-idade.Os editores e diretores do jornal —chefiados por Serge July —. que hájjijais de 20 anos lideraram a revolta dosestudantes e operários — estão defen-"dendo a necessidade de cortes de em--pregados e de gastos, para poder man-Jer.o jornal, que conquistou a posição•de quinto mais importante dos diários de

Vítimas de seu próprio sucesso, osRevolucionários que hoje ditam a moda para\uppies franceses, investiram maciçamente para expandir o-império mas, pela primeira vez em seis anos, enfrentamestagnação na laxa de aumento de vendas,

A direção da empresa estima que o ano pode fechar com.um déficit de 15 milhões de francos (2.5 milhões de dólares) e jájiropós um corte de 50'i em seus sou empregados, em bases(voluntárias. Mas se não houver voluntários, jornalistas serão^demitidos em janeiro e cortes austeros tle despesas serão feitos.

Se tal acontecer, será apenas a segunda vez. em 13 anos de"história do LM, que o colegiado de direção do jornal dobra-se•à austeridade de tipo capitalista. Fundado em 1974 por JeanPaul Sartre e um punhado de maoístas, Liberation evoluiu do•militantismo de ultrá-esqtierda, com tiragem de 20 mil exempla-

.res, para um jornal diário insubstituível com 56 páginas e'circulação de 170 mil exemplares.Este ano, Liberation levantou fundos num erande banco

£ francês para abrir um novo jornal cm Lyon, uma agência deHotogralia, unia estação de 1 V e um serviço de videotexto. Obanco, agora, esta com !2'- das ações do grupo:

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Pouca coisa sobrou da pequena cidade, depois da passagem do furacão Nina

Massacre de brancosaterroriza Zimbabwe

BULAWAYO. Zimbabwe — Ne-gros rebeldes trucidaram a facadas emachadadas um grupo de fazendeirosbrancos pentecostais, matando 16 pes-soas — quatro homens, sete mulheres ecinco crianças, entre elas dois bebês — nopior massacre ocorrido no Zimbabwe,desde que o país se tornou independenteem 1980,

Entre as vítimas estão três estrangei-ros: os americanos David Emersenj 35anos. e Karen Sharon Iversdahl, de 34, eo britânico Jean Campbell, 56 anos, daEscócia. Os zimbahwanos mortos, Iodosbrancos, com exceção de um homemnegro, sáo: Jerry Keightley. 40 anos, suamulher Maiian. 39, e seus filhos GayDeborah, 16. Glynis, 14 e Barnabas. |8meses: David M.irais. 35 anos. a mulherKatherine, 34, e seu filho Fthan. 4 anos;Robert llill, 38, sua mulher Gaynor, 27.e o filho do casal. Benjamim de 6 meses;Penelope Loyctt, 28; c llazel Russel. 56anos.

O menino Matthew Matais, de seisanos. conseguiu escapar, pulando umajanela, depois de ver os pais serem truci-dados. A menina Laura Russel, 12 anos,loi poupada, para levar um bilhete desa-furado, escrito em inglês estropiado, apósver a mãe ser amarrada e trucidada ainaehadiiiha. Na mensagem os rebeldesse intitulam "marxistas-leniuisias. dizem'que todos os ocidentais devem deixar oZimbabwe e fazem acusações a primeira-ministra britânica Margarct Thatcher e

ao primeiro-ministro (negro) do Zimbab-we, Robert Mugabe. Os corpos de oitovitimas foram queimados.

O massacre chocou o país. ondegrupos esparsos de rebeldes anti-governamentais têm aterrorizado vastasáreas das províncias agrícolas de Matabe-leland c Midlands desde 1982; O Zimbab-we, antiga Rodcsia, ex-cólônia britânica,foi governado por uma minoria branca.tão racista e radical quanto a da África doSul, até l')80, quando os negros chega-ram ao poder, através ^ primeiro-ministro Robert Mugabe.

O ministro do Interior, Enos Nkala.revelou na capital, Hararê, que os 20criminosos envolvidos na ação eram lide-rados por um conhecido bandoleiro, co-nhecido como Gayigüsu, caçado há me-ses pelas forças de segurança.

— Os criminosos não desperdiçarama munição de suas anuas. Amarraram asvítimas com as máos para irás e perpetra-ram os odiosos assassinatos — disse Nka-Ia.

Fie explicou que o massacre estárelacionado com a disputa de terras, uniproblema crônico desde que os colonosbrancos se apossai am tias áreas maisférteis nu fim do século 1(), expulsando astribos Shona e Ndebele para regiõesmenos ferieis. A seca este ano em Mata-belcland causou escassez de pasto, dei-xtiiido os fazendeiros negros desespera-dos pela dificuldade em alimentar o gado.

Mortos nasFilipinas jáchegam a 380

MANILHA — A contagem dosmortos do tufão Nina, que atingiu ocentro das Filipinas na madrugada dequinta-feira, já chega a 380 e. segundo asautoridades, deverá crescer, uma vez queduas das províncias mais atingidas aindaestáo com as comunicações cortadas.Mais de I(X) mil pessoas ficaram desabri-gadas na região de Bieol.

A maior parte dos mortos é de mora-dores do litoral da província de Sorsogòn,surpreendidos por ondas gigantescas pro-vocadas pelos fortes ventos de mais de200Km/h. Milhares de pessoas se abriga-ram em igrejas, escolas c outros prédiosgovernamentais na província de Albay.

Equipes de resgate estão trabalhandoduramente em arcas inundadas, â procu-ra de sobreviventes nas aldeias abando-nadas e nos campos de arroz e plantaçõesde coco devastadas.

A presidenta Corazón Aquino decla-rou II províncias áreas de calamidadepública e ordenou medidas de emergên-cia. Em várias regiões o furacão arrancouredes elétricas, postes e coqueiros comraiz e tudo. Telhados de grandes edifíciosvoaram e milhares cie cabanas de telo depalha foram destruídas, ao longo do li-toral.

Helicópteros da Foiça Aérea estáotransportando remessas de emergênciade arroz e peixe para as populaçõesflageladas e o único contato existentecom cenas arcas é através de rádios doExército.

CAIXAECONÔMICArEOERAl

COMUNICADOLOTO

A Caixa Econômica Federal —CEF, comunicaque a partir do Concurso 473. de 2&. 11.87. ossorteios, aos domingos, serão realizados as 16 horas

GOVERNO DO ESTADO DA PARAÍBASECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO UREANO

COMPANHIA DE ÁGUA E ESGOTOSDA PARAÍBA — CAGEPA

AVISO DE LICITAÇÃOCONCORRÊNCIA PUBLICA INTERNACIONAL

N° 01/ 1987 - CAGEPAA Companhia de Água e Esgotos da Paraíba—

CAGEPA, convida as empresas interessadas a parti-ciparem da concorrência n° 01/1987, para forneci-mento de materiais destinados a ampliação do(s)sistema(s) de abastecimento d'água da cidade deGuarabira. Estado da Paraíba. Os recirsos financei-ros para pagamento dos encargos decorrentes daconcorrência, provêm da Caixa Econômica Federal-CEF., do Governo do Estado, através do Fundo deFinanciamento Para Água e Esgotos —FAEíPB., e doempréstimo n° 1970, obtido peia CEF junto ao BancoInternacional de Reconstrução e Desenvolvimento-BIRD O contrato que estabelece a participação daCEF e do FAE.PB, no objeto da concorrência é o CTE— 0709 86 firmado entre a CEF e o Banco do Estadoda Paraíba — PARAIBAN em 24 09 86.

Poderão participar da concorrência empresasbrasileiras, dos demais países membros do BIRD, daSuíça, Taiwan e China.

O prazo máximo para entrega dos fornecimen-tos é de 120 (cento e vinte) dias corridos.

Estimativa de custo CZS 10<;.080.291,78 (centoe quatro milhões, oitenta mil, duzentos e noventae um cruzados e setenta e oito centavosi

Os documentos relacionados com a concorrèn-cia que incluem as condições que a regulamentamestarão a disposição dos interessados para eventuaisconsultas e aquisição no seguinte endereço: RuaFeliciano Cirne S<N. Bairro de Jaguaribe. A aquisiçãodo edital será feita mediante o recolhimento, àtesouraria da CAGEPA da taxa de inscrição, no valorde CZS 25.000,00 (vinte e cinco mil cruzados!, noendereço acima, no período de 01 12/87 à 04.01 '88:nos horários de 8:00 às 11:00edas 1400 às 17:00horas.

As propostas dos interessados deverão serentregues no seguinte endereço: Rua Feliciano Cr-ne S/N, Bairro de Jaguaribe, no dia 18 de janeiro de1988, às 9:00 horas, em reunião pública, perante aComissão Julgadora, especialmente designada peiaDiretoria da CAGEPA para este fim

João Pessoa, 25 de novembro de 1987Joaquim Antônio Marques Neto

Diretor Administrati\:

10 d Io caderno ? sábado, 28/11/87¦ ^ -

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VeríssimoJORNAL DO BRASILFumlado cm UWI

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Ut.RNARD DA COSTA CAMPOS Duemr

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MARCUS SA CORRI: A - I Ullnim

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Flagrantes da Sovo República

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Devaneios em AcapulcoReunidos

cm Acapulco, no México, para tratar deseus problemas, oito presidentes latino-

americanos pisam q gelo fino da retórica — quando• não escorregam definitivamente em algum conceitomais audacioso.

O presidente do Peru. por exemplo, chegou aleste belo local turístico proclamando ter chegado omomento da "rebeldia da America Latina contra oimperialismo". Não chegam a ser atenuantes para o

i presidente Alan Garcia sua relativa juventude e o fato'de que enfrenta grandes dificuldades em seu país.

Afinal de contas, já estamos chegando ao fim dóséculo para que se insista, sem nenhuma novidade.

'em chavões mais que surrados, muito em moda nosanos 50 ou 60. A má retórica de Alan Garcia levou-oa impingir ao seu país ainda mais estatizaçáo do queele já era obrigado a suportar. A conseqüência disso

:foi uma verdadeira rebelião da sociedade civil —.traduzida numa economia subterrânea, cujas dimen-^sões acabam de ser expostas didaticamente por um[opositor de Garcia. A rebelião que o Peru quer fazernão tem ligação com o discurso do seu presidente. Lá.como em outras partes, o espantalho do "imperialis-

mo" tem servido de álibi para políticos incapazes defazer corretamente o seu dever de casa.

Este é o grande drama da América Latina; e éuma pena que o presidente do Brasil, desembarcandopara o mesmo encontro, não tenha sido capaz deestabelecer um outro padrão conceituai e retórico.

Surpreendendo aos seus próprios conterrâneos,que o têm ouvido discursar, o presidente Sarney (seráo contágio do mero) resolveu bater numa teclarigorosamente igual, ao afirmar que a América Latina"tem sido escrava da sociedade industrial desenvolvi-da" Optou o presidente, para justificar o seu raciocí-nio, pelo exemplo da Argentina, que no início doséculo "tinha uma. renda per capita superior ã daItália".

É escolher bemi mal um exemplo. Para políticosem dificuldade, é tradicional o recurso ao "opressor"

externo: mas isto não acrescentará uma vírgula adiscussão séria sobre por que é que países como aArgentina perderam o bonde da história. Não haverá,até, caso mais escandaloso do que a "reversão deexpectativas" que afastou a Argentina do rol dasnações promissoras: e é preciso um gigantesco esforçode prestidigitaçã/O para oferecer a alguém a idéia deque não foram os próprios argentinos os responsáveispela dilapidação de suas riquezas.

A Argentina se perdeu — até prova em contrário— pela demagogia do nacionalismo peronista, quetambém gastava discursos com a "opressão" externaenquanto liquidava com a vitalidade do aparelho deprodução existente; pela paixão política que desenca-deou os terrorismos de esquerda e de direita e aoposição entre civis e militares; é sobretudo pelaausência de qualquer projeto consistente de desenvol-vimento.

Os argentinos lúcidos sabem muito bem disto.Comparam, dolorosamente, a performance de seupaís com o que aconteceu ao Brasil entre os anos 50 e80. O Brasil também errou muito; mas. num determi-nado período, pôs em prática um mecanismo detransformação estrutural (politicamente rígido, é ver-dade) que mudou a face do país e catapultou o nossoparque industrial para um estágio bem superior aodos argentinos.

() que aconteceu com esse projeto de desenvolvi-mento brasileiro? Lis um assunto que não parecelazer parte das preocupações do presidente em via-gem; mas este é um problema bem mais importantedo que a identificação de "inimigos externos" ou òdesfraldar de bandeiras pseudonacionalistas.

Pode-se até ser nacionalista; contanto que se useda inteligência. A reserva de mercado na informáticaacaba de ilustrar dramaticamente esse ponto. Deci-diu-se. num determinado momento, que o Brasilprecisava — por questões de "segurança nacional"estabelecer barreiras à entrada de tecnologia estran-geira neste setor, pois assim se favoreceria á "indús-

tria nacional".A decisão, entretanto, foi tomada inteiramente

em abstrato, fora de qualquer contexto de um projetoglobal de desenvolvimento. Era como se o Brasilvivesse em compartimentos estanques.

Os resultados já estão a mostra. O parqueindustrial brasileiro, que chegou a ser bastante com-petitivo em algumas áreas, vê-se ameaçado de obso-lescência. pois não pode incorporar os avanços tecno-lógicos no ritmo que seria necessário: a lei dainformática o impede.

A reserva de mercado também foi aplicada semnenhuma consideração ao contexto político interna-cional. Armaram-se, assim, os pretendentes ao mer-cadò brasileiro com os argumentos de que elesnecessitavam para virar a seu favor os impulsos daCasa Branca. Guando surgiu no horizonte a ameaçadas represálias, foi um deus-nos-acuda. e uma revisãoprecipitada de conceitos — o que produz a pior dettidas as impressões: a de que o Brasil náo sabia,realmente, o que estava defendendo.

Estas são questões reais, que nada têm a ver coma retórica. Em Acapulco. o presidente chegou a dizer

que "hoje vários países da África e da Ásia têm

renda per capita superior à de alguns países latino-americanos". A frase é de uma imprecisão a toda

prova, pois a Ásia tem gigantes como o Japão e paísespaupérrimos como o Camboja. Mas. se a idéia ésugerir que estamos piores do que a África, nestecaso, mais do que nunca, seria a hora de perguntar o

que fizemos com as nossas potencialidades.No mar de ambigüidades da demagogia, ainda ha

quem insista na tecla de que o Brasil (ou a Argentina)tem grandes riquezas naturais continuamente "espo-

liadas" pela ganância estrangeira. São estrangeiros oubrasileiros os que. atualmente, desmatam a Ama-zônia?

Mas este não é o centro da questão. O mundoestá saindo, decididamente, do período em que tudogirava em torno das "riquezas naturais". Japão.Alemanha, Cingapura. Taiwan. Coréia não cresce-ram com base nas riquezas naturais, e sim sobre suacapacidade de trabalho.

Este é o aspecto mais grave da retórica queameaça levantar vôo em Acapulco. Se o problema daAmérica Latina é a "escravidão aos imperialistas",tudo o que se estimula é o ressentimento e orevolucionarismo estéril. Quando começaremos afalar na capacidade de trabalho e na necessidadeurgentíssima de formarmos gerações de brasileirosrealmente preparados para os desafios de nossaépoca?

Sem Casa e sem BNHO

aniversário de um ano de extinção do BNH estásendo comemorado com dupla ironia: a velha

política habitacional, depois de bombardeada pelasFamerjs. torpedeada pela ira — irracional ou justa —dos mutuários contra a correção monetária em seuscontratos, e afundada em meio a propostas de refor-ma do sistiema financeiro, nada produziu de novo.Não resolveu o problema da classe média, pois paracada 100 pessoas que visitam um balcão de vendas delançamento imobiliário somente quatro preenchem asexigências, de renda familiar para crédito. Náo resol-veu a vida dos favelados, pois o número de barracosnão pára de crescer.

A títiulo de que. entáo. liquidou-se o BNH? Queo Banco acumulou pecados, e grossos pecados aolongo dos anos. náo resta a menor dúvida. A brechaentre o Estado e a lei tornou-se tão escandalosamentelarga a ponto de se descobrir agora, um ano depois daliquidaçík), que o pomposo edifício onde se localizoua sede dio Banco na Avenida Chile, no Rio. tambémconhecida como "Triângulo das Bermudas" pelamaciça presença estatal, nunca teve habite-se nemcumpria, todas as suas obrigações fiscais perante aprefeiturra. Isentou-se de impostos.

Ouem olhar para trás e estudar a filosofia sobre aqual injplantou-se o BNH verá que essa instituiçãocaminhou sempre com um pé na racionalidade e outrono vazio, no vácuo de uma inflação em espiral e deum desenvolvimento urbano desordenado. O quematou o BNH náo foi uma doença única, foi umconjurrío de moléstias e enfermidades, muitas dasquais rateiramente fora do alcance dos seus dirigentese técnicos, que terminaram vencendo todas as resis-tênciais de seu organismo e provocando um colapsoprecoce, E no mínimo injusto, portanto, passar umtrator; sobre o BNH como algo que nada deixou de péao longo de sua existência. Pecado muito maior é té-Io exterminado a troco de nada.

As cidades brasileiras nunca tiveram um planeja-mentjo coerente, nunca desenvolveram sistemas detransjporte de massa racionais, nem tiveram umapolítftca de uso lUi solo capaz de evitar a açáopredjatória. seja ela especulativa ou por invasões defavelas, on ainda pela demagogia política. No come-ço, o BNH surgiu escorado nos recursos do Fundo de

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Ulysses encontra o Centrão

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Garantia do Tempo de Seniço, e a política habitado-nal pressupunha equilíbrio de todos os fatores, princi-palmente da correção monetária de dívidas e créditos.

Políticas baseadas em indexação não conseguemsobreviver em períodos de inflação desvairada, queterminam em desajustes salariais e inadimplênciageneralizada. Tampouco se pode sustentar uma políti-ca habitacional coexistindo com a favelização e a faltade transporte de massa, para desafogar os centrosurbanos tirando partido, também, do custo menor daterra. O que afundou o BNH foi um coquetel de tudoisso, coincidente com a safra abundante do populismopolítico, que levou alegres dirigentes de associaçõesde mutuários ao poder e ao voto fácil. Eleitos, nãocolocaram nada no lugar.

O que existe hoje são ruínas do Banco e ruínasurbanas que se vão empilhando devastadoramentesobre as cidades, com a favelização do Rio como seumais trágico exemplo. Os custos financeiros de umfinanciamento cobrem a maior parte do valor de umempréstimo, e uma inflação ameaçando se transfor-mar em hiperinflação cria tal grau de incertezas queos recursos das cadernetas de poupança váo terminarna caixa do Banco Central, financiando o déficitpúblico, em lugar de moradias. Será muito difícil, emmeio a essa desordem geral, esperar que o ministro doDesenvolvimento Urbano consiga em quinze diasalinhavar um plano para devolver racionalidade aosistema financeiro da habitação. O que provavelmen-te assistiremos é a outro ensaio frustrante, incapaz deatacar o problema em todos os seus ângulos ependurado num problema maior: interessa ao Estadodeficitário manter o status quo. pois o que não vaipara moradias vai para alimentar o déficit público e agordura da sua própria máquina.

Muito a propósito, o BNH é também exemplo dahipocrisia de propostas de um Estado que. ao fechá-loalegando inutilidade, conservou sua máquina buro-crática. Ou errou no começo, ou errou no tim. Poistalvez tivesse saído mais barato atribuir finalidadesresidenciais ao Banco sem habite-se. guindado acondição de condomínio fechado do funcionalismosem função, como monumento á "eficiência" contem-poránea do Estado brasileiro, no coração do Tríángu-Io das Bermudas.

Turismolista secretaria ilesej;i cumprimentar

esse jorríül pela edição de férias ilo cãder-no Turismo de 25/11/87. Na oportunida-de. destacamos a importância de cobertu-ras desse gênero, que avivam nos leitoresa expectativa de concretização de seussonhos e numa demonstração de que, náoobstante a crise que vive o país. e dianteda resposta positiva do mercado, o luris-mo figura como importante elementopropulsor da economia e da realizaçãodas pessoas. Queiram estendei .1 editoraBeatriz Horta e sua equipe os parabénspor mais este competente trabalho jorna-iístico. Elysio Pires, secretário de estadode Turismo — Rio de Janeiro.

AtrasoSobre as retaliações e práticas prote-

cionistas do governo norte-americano emresposta à política brasileira de informáti-ca. encontrei, no livro Historia do Pensa-mento Econômico, de E.K. tlunt. o se-guinle trecho: "... Medidas visando odesestímulo das importações tambémeram muito comuns. A importação dealgumas mercadorias era proibida, e ou-tias mercadorias pagavam direitos allan-dcgáríos lão altos, que eram quase elirrii-nadas do comercio. Dava-se ênfase espe-ciai à proteção das principais indústriasde exportação da Inglaterra contra con-corrência estrangeira que tentasse pene-Irar nos mercados internos das industriasexportadoras..."

Infelizmente o trecho se refere aomercantilismo inglês e às suas praticasprotecionistas visando uma balança co-mcrcial favorável em detrimento das de-mais nações. Ií, para nosso desespero seencaixa como uma luva neste caso da Leide Informática. So que quase 3tlO anosdepois. Felipe Carvalho — Rio de Ja-neiro.

frentar um problema considerado insolú-vel pelos governos passados. Compromis-so que estamos cumprindo ao lazer omaior programa de saneamento do país.Na Baixada fluminense, cm Niterói eSão Gonçalo, estamos fazendo uma redeile esgoto de 4 mil 200 quilômetros. Maisdo que a cidade do Rio de Janeiroconstruiu cm ioda a sua historia.

Aliedo

11 - >—^víyíkíxS1")

presume a seguradora tratar-se de umaúnica pendência relativa a um SeguroObrigatório de Veículos Automotores(DPVAT), cuja origem é um atropela-mento ocorrido em agosto de 1981, emque a própria vítima, cujo sobrenomediverso tio da missivista, outorga pro-curaçáo ao advogado por ela citado, paratratar do assunto o qual loi encaminhadoà seguradora em 13 de outubro de 1983.Por se tratar de possível redução funcio-nal. foi solicitada a apresentação de laudomédico fixando o grau da invalide/, o quenáo loi providenciado pelos interessados,apesar da orientação da empresa, e sem o

qual se torna impossível o pagamento deindenização conforme as normas vigen-tes. Náo há, entretanto, nos registros daseguradora referência a senhora ManhaCarvalho Aguiar, ou noticia sobre adoença mental, no caso de se tratar damesma pessoa por ela mencionada. (...).Eduardo N. Mcndez, diretor de sinistros— Intcramericana Cia. de Seguros (ieraisS/A — Rio de Janeiro.

GolpistasNenhum dos constituintes parlamen-

taristas leve a coragem, nos comícios, dedefender o parlamentarismo. Todos usa-ram a mascara de presidencialismo paraconseguirem os votos dos eleitores presi-dcncíalistas. Ao defenderem na Consti-tuinte o parlamentarismo, estavam traiu-do seus eleitores. Foram eleitos paraelaborar uma constituição presidencialis-ta, não tendo poderes para desrespeitar aConstituição em vigor.

O presidente Sarney foi eleito peloprazo de seis anos. A redução do seumandato, assim como a mudança deregime, nào passa de um golpe contra aConstituição. Releva notar que a maioriados partidários do parlamentarismo faltasinceridade, porquanto, há bem poucotempo eram partidários entusiastas daseleições diretas já e agora. l'or puraambição pessoal, querem instituir umregime em que o chefe do governo éeleito pelo voto indireto. (...). M. V.Valle — Rio de Janeiro.

Ensino do adultosAntigamente existia o Mobral que cra

como se fosse um turno da noite parapessoas com idade que variava entre 38,55 anos. ou mais. Hoje. nós vemos meni-nos misturados com alunos de 16, 17anos. Seria possível ter turmas de alunoscom idade acima de 30 anos? A partirdessa idade, as pessoas já têm maisamadurecimento e precisam de professo-res que sejam mais pacientes e compreen-sivos. pois já têm mais dificuldade emaprender. (...) Espero contar com a aju-da do digno sr. secretário estadual deEducação, no sentido de prestar atençãoaos alunos idosos e resolver este sério

problema. Roberto Monteiro de Lima —Niterói (RJ).

É um desrespeito ao povo do Estadodo Rio ile Janeiro, aos seus tributos,pagos com esforço e muitas vezes comsacrifícios, dizei que o governo quecumpre o que prometeu está aplicandoesse volume de recursos para eleger ve-readores. É uma agressão à consciênciademocrática e à cidadania do fluminense.Evidentemente, so quem nào teve. atéagora, falta desses serviços pode acharque eles sáo objetos de troca pelo voto. OBrasil será justo quando os direitos detodos forem de lato iguais, prmcipalmen-te no que diz respeito aos serviços pu-blicos.

1: em respeito ao leitor desse grandejornal que laço estas observações. Vamosrespeitar os direitos dos moradores daBaixada Fluminense. Vamos respeitar otrabalho dos outros. Vamos nos unir paramudai o listado do Rio de Janeiro.Moreira Franco, governador do listadodo Rio de Janeiro

PensionistasNós, pensionistas, nào sabemos a

quem nos dirigir para conseguir que oINPS aumente as nossas pensões. Hareajuste para todas as categorias, mas aspobres viúvas têm que se conformar emcolaborar para pagar a "divida externa".

Os jornais transmitem promessas maso aumento que precisámos não vem. Seráque as pensionistas náo precisam viver.1A inflação aumenta cada mês piorando asituação das mesmas. Anna Maria Limade Arruda — Rio de Janeiro

ApeloOs moradores da Rua Belford Roxo

(na Praça do Lido) fazem um apelo àautoridade competente, para que as pes-soas que colocam suas barraqumhas nafeirinha de sábado e domingo náo deixemseus carros atravancando a passagem naporta dos edifícios. Ao sairmos de nossas

garagens, nào temos como passar, limais: as luzes da praça ficam acesar desdeas Ifih. todos os dias. e tem dias que seapagam às I9h. Vilma Fraccaroli — Riode Janeiro — RJ.

SeguroEm resposta à publicação sob o titulo

Seguro Lento, veiculada através da SeçãoCartas (JB. 28/10/87), envolvendo o no-me desta seguradora, vimos aclarar oslatos. (...) A senhora Marília CarvalhoAguiar, que se intitula ex-mulher, deuma vítima que nào identifica, reclamasobre a demora do pagamento do seguro,decorrente de atropelamento ocorrido

Aliedo

SaneamentoFiquei surpreso com a postura ideoló-

gica imprimida pelo jornalista à matériasobre o programa de saneamento daBaixada Fluminense, publicada na ediçãode 25/11/87 do JORNAL DO BRASIL,na página dois. Faço política a partir de

princípios e meus compromissos sao mui-to claros. Agora mesmo, no discurso quefiz abrindo o Seminário sobre a SocialDemocracia, e que me permito aqui te-cordar, afirmei que já deveríamos teralcançado, mas estamos longe ainda deconsegui-lo. a modernidade que permitecolocar ao alcance do conjunto d.i popu-lação os serviços que ela tem o direito deesperar do estado. Significa isto dizer quee padrão corriqueiro do moderno emuma sociedade industrializada com o graude complexidade e sofisticação da brasi-leiia, estarem à disposição dos mais ca-rentes oportunidades eficientes em selo-ies básicos, como sáo a educação, asaúde, o saneamento, o transporte, ahabitação.

Fm coerência com esses princípios é

que loi compromisso de campanha en-

-v-^kí U

em agosto de 1981, e que resultou cmfratura de perna. Alega, ainda, que avítima é portadora de doença mental.

Informa que encaminhou o caso a umadvogado paia solução junto à segui ado-ra, e que ela lambem pessoalmente inter-feriu. Diante da referência ao advogado,

AbandonoEm Niterói.Piratininga. praia hndís-

sima. foi realizada uma obra de embele-zamento que. segundo consta', teria rece-bido loas de órgãos internacionais, pelagenialidade do plano. Mas durou pouco.As praças nunca tiveram maiores aten-ções. O ajardinado resistiu poucos meses.Morreram as árvores, e a grama, e ate atiririca. Os bancos são quebrados pelamarginalidade. Agora e a muralha deanimo do calçadão que margeia a praia.Ruirãm mais de 100 metros, nào se sabebem por que motivo. Que fazer, depoisdisto? Carlos Feijó — Rio de Janeiro.

TelerjPor dois meses seguidos a Telerj me

cobrou indevidamente chamadas telefó-nicas DD1 em mais de CZS 250. Recla-mei por telefone e acabei indo à agênciada Rua Franciso Sã. Para minha surpre-sa. a última conta telefônica veio descon-tando todas as chamadas nào feitas ourecebidas e reclamadas por mim. Não

posso deixar de agradecer em público eavisar aos que me lêem. que vale a penareclamar para a Telerj; eles sào corretos eeficientes. Mais uma vez agradeço pelodever cumprido, coisa rara hoje em dia,tanto em empresas estatais como cm

particulares, João Carlos Coimbra — Riode Janeiro

ReconhecimentoTendo sido abalroada no dia 4 11 S7

por um veiculo de transportes de tropasda Polícia Militar de Choque do I" BPM.à rua Salvador de Sá n° 2. quero expres-sar o meu profundo agradecimento pelomodo como fui tratada e recebida aosolicitar do relendo BPM-Chòque o con-serto do veículo de minha proprieda-de.(...) Gostaria de agradecer a to-dos.(...). São muitos, mas aqui vão ai-

guns nomes: major Borga. tenente DePaula. cel. Blanco, cabo Martino, oficialdo dia (o nome náo me ocorre), tenenteClayton, enfim a todos os meus agradeci-mentos. Parabéns pelo trabalho de vocês!Ah! O conserto do carro ficou pronto nomesmo dia. Klena Maddalena — Rio deJaneiro

AluguelProtesto contra o aumento escorchan-

le de aluguel, neste pais subdesenvolvi-do. A remia do assalariado chega a serum absurdo. I:sles 300'. de aumentoestão atravessados na minha garganta,pelo jeito vou ler que trabalhar somente

para pagar aluguel. Ouc as autoridadestenham pena de nós. que. ao recebermosnosso dinheiro, Ia se vai ele todo. so no

pagamento do aluguel' (...). RobertoMonteiro de Lima — Niterói (R.ll

Bomba sem reservaA bomba elevatória existente na rua

Marquês de Sao Vicente costuma "quei-

mar" algumas vezes poi ano, deixandosem água as ruas mais altas da Gávea, ate

que seja retirada, reparado o enrolamen-lo e recolocada. Parece evidente quedeveria havei uma bomba de reserva,

para ser instalada, ato contínuo, quandose tivesse de retirai a acidentada Masessa providência elementar, que ha 15anos sugiro poi telefone aos engenheiros"ro^ponsíívcís" *.Ia Cethie; parece de reulizaçáo impossível. Indiferença, imprevidência. inapeiêneta. incompetência, prepotência'.' Impossibilidade financeira,nessa agência de lautos marajás? N. (.'.Ramalho — Rio de Janeiro

As cartas seiao selecionadas para publi-cação no lodo ou em parto onlre as quotiverem assinatura, nome completo o Isgí-vel o ondoreço quo permita confirmuçao

previa.

JORNAL DO BRASIL 1111 ao sábado, 28/11/87 u 1" caderno I

As razões da indiferençaMoacir Werneçk de Castro

Se é verdade que o povo assistiu "abèstalhaclo" à

proclamação da República, não menos abestalhadoficou com o restabelecimento do antigo (imperial) siste-ma de governo parlamentarista pela ('omissão de Sistc-matização. O povo estava interessado, isso sim, nomandato de Sarney, porque tem pressa em se ver livre deum presidente sem legitimidade. As tensões ficaramlimitadas ao âmbito do Congresso constituinte e aos altoscírculos políticos. A plebe manifestou uma soberbaindiferença pela forma com que a pretendem governar.

Acho que esse pouco caso, à primeira vista estra-nho, merece melhor exame. Para um observador estran-geiro que chegasse aqui desconhecendo as nossas reali-dades, tamanha indiferença pareceria ate absurda. Tantomais quanto a ela correspondia um interesse ativo doPalácio e das torças conservadoras, que pressionarampela manutenção do presidencialismo.

Confesso que partilhei do desinteresse geral pelotema, embora me sentisse intimamente inclinado a seguira bússola que manda ficar do lado oposto àquele em quese colocam determinadas pessoas e correntes políticas.Sarney, José Lourenço, Roberto Campos queriam (equerem) o mandato de cinco anos com presidencialismo.Então, havia que pensar duas vezes. Mas a política não éuma arte simples, não c um problema linear. A opiniãopública, pelo que se pôde alérir, torceu pela redução domandato do presidente, mas não teve nem de longe igualempenho em ver derrubado o presidencialismo.

Por que? Essa a grande questão. Teoricamente, oparlamentarismo pode ser uma forma de governo muitosuperior ao presidencialismo. Outro dia um dileto ami-go, versado e vivido cm política, me desenvolveu uma'cerrada argumentação cm favor do primeiro. Lá pelastantas me perguntava se eu queria ficar do lado dosreacionários. Tão eloqüentemente defendeu a tese queme deixou impressionado.

Depois topei com um livro de Sívio Romero,Realidades e ilusões no Brasil, parlamentarismo e presi-dencialismo e outros ensaios. No prefácio, Evaristo deMoraes Filho observa que o autor, na época (três anosdepois da proclamação da República), estava brigadocom Floriano Peixoto, que demitira o governador provi-sório de Sergipe, coronel Vicente Ribeiro, embora maisadiante o mesmo Sílvio justificasse outra derrubada, porser um negócio local, cm que o povo afastara o "repre-sentante de uma oligarquia".

Pois Sílvio Romero faz uma polêmica e brilhantedefesa do parlamentarismo. Invoca, dirigindo-se a RuiBarbosa, uma série de argumentos. Atribuía ao recém-adotado presidencialismo

"vícios de origem militar".Considera-o mais exposto à corrupção, porque corres-ponderia a um "governo de corrilho, de camarilha demeia dúzia de espertos, que se dizem os mais aptos, osmais sábios, os mais dignos". Denuncia: "Esse banquei-rismo governativo náo passa de uma aristocracia dodinheiro, de um patricialismo do capital, a mais viciada ebastarda de todas as aristocracias."

Uma leitura sugestiva, com fortes elementos deconvicção. As mesmas idéias, com pequenas variantes,foram defendidas na Assembléia Constituinte. Noentan-to, elas náo pareciam colar com a nossa realidade atual.Por quê? pergunto novamente. Porque náo representa-vam o eco de uma poderosa aspiração popular de nossotempo, náo comoviam nem mobilizavam as massas.Estavam deslocadas no contexto, sem a necessária cor-respondência com a ânsia de eleição direta para presi-dente da Repúbliea. Por isso, não havia contradiçãoentre ser contra o mandato de cinco anos para Sarney ese opor a um novo sistema de governo a ser implantado

já, criando novos espaços para turbulências e dificulda-des imprevisíveis.

Em suma: parlamentarismo, uma boa coisa: mastão boa que convém ser guardada para quando tiverchances de uma implantação em bases sólidas ç duradou-ias. Em 1985, trocou-se a aspiração das diretàs-já peloreconhecimento do Colégio Eleitoral como meio de levara cabo a "transição democrática", que acabou, assom-brosamente, guindando ao Palácio do Planalto o expresidente do PDS, partido oficial do regime militar.Abdicação menor seria deixar agora em segundo plano oideal do parlamentarismo para perseguir com determina-ção uma meta bem definida, concreta, palpável, como aeleição direta do presidente da República em 1988, a fimde liquidar de vez esta interminável "transição democrá-tica" — sem introduzir complicadores numa situação jáde si bastante complicada. Nem mesmo sob a forma meiocontrabandeada que o senador José Richa propôs paraevitar uma eventual política de "terra arrasada" doSarnev cm fim de mandato,

Acredito que aí estejam, em substância, as razõesda indiferença popular diante do debate parlamentaris-mo versus presidencialismo. Em tese, tudo bem com ogoverno de gabinete. Mas, nas circunstâncias, seria umaaventura, e de aventuras estamos todos cheios.

Quanto ao argumento de que o sistema presidência-lista oferece maiores possibilidades à corrupção, esse éextremamente questionável. A corrupção é uma hidra desete cabeças. Existe em todos os regimes do mundo, emmaior ou menor escala. Muitos brasileiros alimentam arespeito um tremendo ceticismo. Discutir que sistema émais corrupto parece diversionismo de pessoas quereconhecem a impossibilidade de extirpar um dia —remoto que seja — as raízes da corrupção.

O grande mal de origem, no Brasil como noTerceiro Mundo em geral, está numa prática eleitoralque cada vez mais vira balcão para compra e venda devotos. Üue pode contra a força desse mercado umeleitorado cuja maioria maciça se compõe de indivíduosque ganham de zero a 100 dólares? O varejo do votopara os corpos legislativos até que abre um espaço maioraos agentes corruptores do clientelismo. Enquanto que ovoto para presidente da Republica permite uma tomadade consciência em função de causas, reivindicações ebandeiras nacionais, capazes de empolgar as massas enas quais o eleitorado pobre supera mais facilmente astentações da vantagem material imediata, em troca daperspectiva de uma melhoria estável das condições geraisde vida.

Pode ser que me engane, mas creio que não é esta ahora de mudar as regras do jogo nesse capítulo. Quantasvezes os constituintes parlamentaristas tiveram de aceitarque não era possível encaixar todos os seus ideais, oucompromissos, na nova Constituição? Uns queriam osocialismo, outros a social-democracia; tiveram de seconformar com o precaríssimo capitalismo que aí está,porque outra coisa não dava pé no momento. É quemuitos proveitos não cabem num mesmo saco — e hajasaco.

Este país está mal, muito mal. Como nunca nanossa história. Temos mais que fazer do que nos embalarcom teses sobre sistemas de governo. O parlamentarismonão assegura nos dias de hoje nenhuma imunidadecontra as forças do conservadorismo e da reação, nacio-nais e internacionais. Apesar de todo o seu charme retro,com Ulysses no papel de Zacarias, ele não passaria!penso eu. de uma panacéia — ou de um placebo. que sótapeia o doente. Salvo melhor juízo, como se diziaantigamente no Itamarati.

De resto, toda essa conversa pode ser inteiramenteociosa, a se confirmar o poder de fogo do Centrão noplenário da Assembléia Constituinte.

Povo, manipulação, populismoDom Eugênio de Araújo Sales

a complicada estrutura das relações político-sociais, a palavra "povo" é um dos componentes

freqüentemente repetidos em nossos dias. 0 termo serveI para legitimar os mais diversos princípios, exceto, talvez,

; aqueles que, na verdade, dimanam do seu autênticosignificado.

Na verdade, utilizam-se de nossa gente, em vez deajudá-la.

Na Bíblia Sagrada (1 Sm 15), Saul recebeu expressadeterminação de Iavé para destruir os amalecitas.Cumpriu as ordens apenas parcialmente e foi destituído,em nome do Senhor, pelo Profeta: "Não és mais rei".Saul disse a Samuel: "Pequei e transgredi a ordem deIavé e os teus mandamentos, porque temi o povo e lheobedeci" (vv. 23 e 24).

Tudo indica que o rei agiu de boa fé. buscando umcompromisso que agradasse o povo sem, frontalniente,desobedecer ao Todo-Poderoso: "O

povo poupou omelhor (...) para oferecê-lo em sacrifício a Iavé" (v. 15).Nem assim escapou da justiça divina.

Esse episódio do Livro Santo é de grande alcance.Suas lições sáo por demais oportunas, no Brasil de hoje.

Atualmente ouve-se falar, a qualquer pretexto, de"povo", de suas prerrogativas e, muito pouco, de suareal dignidade ou de seus deveres. Parece que algunsatribuem a essa categoria de valor árbitro supremo daverdade. Tudo com o povo, nada sem ele: quase algoque, na prática, substituísse a norma de ação e oexercício dos preceitos divinos.

Algumas considerações se impõem. A qualidade deum aglomerado advém dos seus componentes, no caso, oser humano, criado à imagem e semelhança de Deus. Porisso, seja um grupo pequeno ou populosa nação pos-suem, basicamente, os mesmos direitos e usufruem deigual respeito. A importância provém dos integrantes enáo da massa como tal.

Daí se deduz que jamais alguém pode ser relegado aum segundo plano, se comparado com a coletividade. Oque tem de válido nasce da pessoa, de seu méritointrínseco e náo do número apenas.

Contudo, o Altíssimo vem em primeiro lugar. Dele,tudo deriva. Assim, comete grave erro a maioria quedecide contra um mandamento divino. As leis quecontrariam as determinações do Criador significam re-volta contra o supremo Legislador. Ainda que a multi-dão dê seu assentimento, pelo voto ou por outramaneira, ou seus representantes legais aprovem leisiníquas, como o aborto, o Senhor e Suas ordenaçõespairam acima das manifestações populares e dos desviosde escolhidos em eleições. 0 poder legiferànté doshomens ou da sociedade tem valia enquanto em conso-nância com a legislação eterna ou, ao menos, semdiscrepância com as diretrizes que nascem do Alto. Istoassim ocorre, queiram ou não os indivíduos e institui-ções.

Acresce que a verdade não e fruto da soma devotantes, mas possui valor intrínseco. Em um só membrode uma corporação pode estar a exatidão de umaafirmativa, contra o parecer de todos os demais. O certoou o errado independem do calor dos aplausos.

0 povo, por sua própria estrutura e composição, e.instável, sujeito a rápidas alterações de comportamento

e presa fácil na mão de agitadores. Uma ínfima minoria,utilizando técnicas apropriadas, sem maiores dificulda-des conduz inumerável multidão, segundo desejos porvezes inconfessáveis. Daí, ao lado da importância dasmassas — respeitáveis enquanto fruto da dignidade daspessoas — está o risco de manipulação, para fins escusos.

Ainda outro mal subjaz a uma noção errônea de"povo": a pouca memória que estimula a audácia dosmaus. Prometem, às vésperas das eleições, geram entu-siasmo, não cumprem o anunciado, voltam e repetem e,muitas vezes, alcançam sucesso. A solução será umaconstante educaçáo cívica que, corajosamente, afaste dopleito quem, uma vez eleito, ofendeu a Fé e os compro-missos sociais ou tentou se locupletar, usando embenefício próprio o mandato que recebeu para servir aobem comum.

Surgem protestos — muitas vezes ruidosos ou quechamem, por outros meios, a atenção do público — como fito de amedrontar os mais tímidos. A minoria passa afalar em nome da grande maioria e, quase sempre, emdissonância com a mesma.

O remédio está em afrontar o erro. 0 desejo de ternotoriedade ou gozar a todo custo de boa fama, segundoos critérios humanos, leva alguns a ceder. 0 medo existee o título de "retrógrado" acovarda outros. O juízo doshomens vem a ser mais importante que o julgamento denossas ações por Deus. Exatamente foi o que aconteceuao rei Saul: quis agradar o povo, desejando, em vão, nãoofender a ordem de Iavé. O resultado foi perder o reinoe, mais do que isto, ser rejeitado, apesar de toda aamizade e proteção do profeta Samuel.

Fala-se em ditadura. A pior é a proveniente dopovo, no sentido de multidão anônima, sob o comandode alguns personagens, que nem sempre aparecem àsclaras.

Sem uma autoridade legítima e atuante, fica-se àmercê do que conduz ao caos. E nesse, germina toda apodridão dos males morais e sociais.

Ao lado da coragem em enfrentar uma instávelopinião pública, resultante de movimentações popularesse impõe, evidentemente, o denòdo e a firmeza de umaatuação coerente com os princípios morais. Somenteassim o governo adquire eficácia. Enquanto perdurar asuspeita de malversação nos negócios públicos, o uso desubterfúgios ou meias-verdades, a incapacidade adminis-trativa, a debilidade na gestão das coisas públicas, estarálivre o terreno para um nefasto populismo.

No discurso aos diretores gerais das OrganizaçõesInternacionais da ONU, a 24 de abril último, João PauloII adverte, referindo-se às atividades das Nações Unidas:"A abordagem ética é crucial pois, sem ela, podemperder-se de vista os direitos próprios de cada serhumano".

Para os cristãos, o povo merece respeito. Em vistadisso, esse conceito deve ser preservado à luz dadignidade da pessoa humana, Em vez de utiliza-lodevemos servir-lhe.No momento cm que cada dirigente, em qualquerarca da sociedade, buscar atender as necessidadesalheias e nao as próprias, sem maiores preocupações como julgamento de certos grupos, acertará o caminho parao progresso do Brasil.

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IDEIAGAS"Não roubarás!" E dizer que essa

lei — uma das dez básicas do mundoocidental — foi promulgada quandojá existia o capitalismo!

Qualquer um sabe como educar ofilho dos outros. Isso se deve a que,não sendo o autor, desconhecendocomo foi feita a criação, não lendosentido as dores do parto, o cara dápouco valor à obra. Um crítico, emsuma.

***

Sinal dos tempos; a mãe,supermoderna, dizendo pra filha mo-cinha: "Pois é, você fica aí o diainteiro, toda bonitinha, toda limpi-nha, toda sentadinha, falando sempre

desse jeito bem compartadíssimo! Oque é que você fez das péssimasmaneiras que eu lhe ensinei?".

** +

Cèpééfe? No meu (empo sóquem tinha número era presidiário,chofer de táxi e palhaço de circo.

Foi no começo do degelo, noperíodo terciário, que o trogloditaencontrou um lugarzinho ao sol, bemmanero. No dia seguinte, quandovoltou da pesca ao javali (javali na-quela época era peixe) tinha outrotroglodita quentando sol no lugarprivilegiado. Um abateu o outro (nãoimporta qual) e o medo criou o direi-to de propriedade.

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uPer vias brevíssimas'Antônio Delfim Netto

O velho Leonardo da Vinci foi um dos primeiros observado-res a suspeitar de que o movimento dos corpos no mundo

físico sempre se faz pelo caminho mais curto. "Natura semperagit per vias brevíssimas", nos disse ele. Os recentes aconteci-mentos políticos decorridos no Brasil bem que poderiam levar oilustre presidente Sarney a suspeitar de que o mesmo princípiopode valer também para o mundo político.De fato, tendo tentado por 30 meses o caminho mais longodo diálogo, da transação e da transigência, o presidente viuconsumidas a sua paciência e a sua capacidade de ação. Opresidente Sarney é certamente um político treinado, masviolou algumas regras básicas da negociação. A mais importantedelas é a de que os dois interlocutores, ao sentarem-se à mesa.devem estar animados do mesmo desejo de chegar a um acordo:nesse caso, as transigèncias e concessões de parte a parte nãosão prejuízos ou derrotas, mas o instrumento da negociação.

Quando uma das partes não quer o acordo, mas náo podeadmitir isso francamente devido aos custos que teria de pagar,náo adianta sentar à mesa. É perda de tempo, que dá ao'adversário a vantagem de ir escolhendo o momento maisconveniente para explorar as oportunidades que se lhe ofere-cem. Neste caso, a parte com maior honestidade de propósitopermite que o adversário transforme cada transigência, cadaconcessão, cada demonstração de grandeza em um fracassovisível, que serve apenas para desgastar ainda mais a suaposição no jogo.

Desde o início do governo, em março de 1985, estavaclaro, para quem tivesse um pouco de sensibilidade, que oPMDB nunca se conformou com a derrota que o destino lheimpôs. A escolha do vice-presidente Sarney foi desde a suaorigem um ato de transação, admitido apenas como instrumentopara a vitória no Colégio Eleitoral. Nunca passou pela cabeça

do dr. Tancredo ou do dr. Ulysses a possibilidade de que o sr.Sarney viesse a ocupar a presidência. Files queriam o governo eo custo era muito baixo: o sr. Sarney seria figurante temporárioe discreto, a ser utilizado por curto prazo, durante as vilegiatu-ras do presidente efetivo. Em matéria de custo/benefício, nuncaum projeto pareceu tão atraente.

Seria muita ingenuidade pensar que esse fato fosse ignora-do pelo sr. Sarney. Ele também aceitou o jogo porque nunca lhepassou pela cabeça ser o presidente. Afirmativa, aliás, que elerepetiu publicamente há poucos dias. num discurso emocio-nado.

Este é o pano de fundo que deve ser lembrado paraentendermos a desagregação a que chegou a administraçãofederal. Não adiantam os esforços e as transigèncias do presi-dente Sarney. Ele e o PMDB são forças naturalmente antagôni-cas e nada pode mantê-las unidas. A grande verdade é que oequilíbrio estável só pode ser atingido com a eliminação de umadelas, üu o sr. presidente se submete definitiva e irrecorrivel-mente ao PMDB e cumpre o programa do partido, ou tem deignorar o PMDB e assumir o que lhe resta de mandato parafazer a política inteligente e austera de que o Brasil precisa emerece,

A primeira solução seria um desastre ainda maior do que oque estamos vivendo. Só lhe resta, portanto, a segunda. Opresidente deveria assumir de fato o governo, iniciando a suaação por uma proposta de eleição direta do seu sucessor e doCongresso Nacional em novembro de 1988.

Esta simples proposta devolverá ao presidente toda acredibilidade de que necessita para propor diretamente ao povo(ignorando o PMDB) um programa coerente de salvaçãonacional. A nação e boa parte do Congresso Nacional oapoiarão e ele terá cumprido o seu destino "per vias brevissi-mas", como sugere a natureza.

Antônio Delfim Notto 6 dopulaóo fodoral pelo PDS-SP

&aóefOo??Ó€t/ártt&Divisão de Recrutamento e Seleção de Executivos

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INSCRIÇÁO: Para Inscrever-se basta telefonar paia o Departamento de Cursos do Grupo Catho (021) 239-9398no Rio de Janeiro ou (OU! 284-7033 em São Paulo. O numero de participantes õ limitado Inscreva-seo quanto anles40 OTNs por pessoa36 OTNs por pessoa, havendo dois ou mais participantes da mesma empresaInclui literatura e demais materiais de aula, bom como almoço e cales

I CUSTOS

MaaraammamKwiKamiamBS&r*.1--,*.;/! /f-js&fiwtj

12 a l» cadcaderno sábado, 28/11/87 JORNAL DO BRASILwmmmiÊmmmmmmmiimÊaimiÊÊmÊmmtmtTm

Rio «IoMaria Kossil Santos Mendes,56, de insuficiência respirató-ria. cm casa no Recreio dosBandeirantes. Paranaense, cm-présíiria teatral, casada com Jo-se Renato Pécora. Tinha umfilho.José da Costa Salgueiro. 66, deinsuficiência renal, na Casa de$aiTtlc São José. Carioca, acro-viário, casado com Elza Mei-relles Salgueiro; Tinha um li-Uio. Morava no Maracanã.Waldiniar Santana da Silva,63. de hipertensão arterial, noHospital Miguel Couto. Cario-ca, solteiro. Tinha quatro fi-lhos.

janeiroOrlando Serpa llarccllos, 71,de anemia, no Hospital de Ipa-nema. Carioca, casado comNike tle Lourdes Miranda Dar-cellos, Tinha um filho,Cynea Pillcr, 62, de iiisiilicién-cia renal, no Hospital dos Ser-vidores ilo Estado. Cariocajviúva. Tinha ires filhos. Mora-va em Quintino,Amlzonar Xavier, 48, de insiili-ciência respiratória, rio Hospi-tal do Andarai. Carioca, gari.casado. Tinha seis lilhos.Jaime Barbosa dos Santos, deinsuficiência respiratória, naCasa de Saúde Dr. Eiras. Por-tuguês, casado. Tinha quatrolilhos. Morava na Tijuca.

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Morte de operário comAids causa preocupaçãoaos construtores civis

SALVADOR — O problema da Aids começa a preocupar osempresários da construção civil. Há seis meses, o primeiro caso decontaminação surgiu no canteiro de obras de uma construtoracarioca. O operário morreu há 15 dias. Hoje. foram constatadosmais quatro casos de Aids na mesma obra.

O relator e do presidente da Comissão de Política e Relaçõesdo Trabalho do Sindicato da Indústria de Construção Civil do Riode-Janeiro. Antônio Carlos Mendes Gomes, que formou umgmpo de trabalho para elaborar uma campanha de esclarecimentodos operários a fim de evitar um surto da moléstia na construçãocivil:

i Pesquisa sobre o perfil do operário da construção, feita pelosindicato num universo de 700 trabalhadores de oito empresas,revela dados alarmantes: 65% têm menos de 3(1 anos; 55% sáosolteiros; 66,4% moram na própria obra; 81,4% vieram da RegiáoNordeste, a mais carente do país; 45,8% eram lavradores; 56,2%sáonnalfabclos ou semi; o mais grave: 56,3-% revelaram sentirsolidão; 41,9% consomem cachaça habitualmente.

— Essa pesquisa nos revela que os operários sáo pessoassubnutridas, portadores de doença infecto-coniagiosas ou expôs-tas à contaminação por razões de carência ou promiscuidade —revela Carlos Mendes Gomes.

-Ele guarda segredo sobre o nome da construtora cm cujaobra o problema foi detectado. Diz apenas que o canteiro c deuma construção imobiliária e abriga 3IKI operários. Seus dadosindicam ainda que Wi das empresas de construção civil no Riosão micro e pequenas que operam em condições precárias por faltade.recursos. A campanha elaborada pelo Sindicato, alem dadistribuição de folhetos, prevê o treinamento de pessoal adminis-trativo ligado ao departamento de pessoal das construtoras deforma a desenvolver mecanismos de alerta aos operários.

ZiQto — a Caixa Econômica Federal decidiu antecipar ohorário dos sorteios da Loto, realizados aos domingos. A partir deamanhã (concurso n° 473). a Loto será sorteada as I6h, e não às20h. Segundo a CEF. ao coincidir com o horário nobre dasemissoras de televisão, havia dificuldades para a divulgação doresultado apurado. Amanhã, os principais jornais do país publica-rão um edital da Caixa comunicando o novo horário. Até ontem, ototal arrecadado pela Loto, este ano, alcançou cerca de CZS 27bilhões. Desse total. Wr correspondem aos recursos destinadosao Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social (FAS) que. noperíodo, recebeu aproximadamente CZS 8 bilhões.

JUSTO JOAQUIM DE OLIVEIRAFALECIMENTO

JL A família comunica o seu faleci-§ mento e convida parentes e1 amigos para o sepultamento,

hoje, dia 28, às 10:30h, saindo oféretro da Capela C da Praça Osval-do Cruz, n° 36, para o Cemitério

, Municipal de Petrópolis.

AIDEA DE CASTRO NEVES TERRA

tHeysa

e Jonas Corrêa da Costa Sobrinho,Filhos, Noras e Netos, Haydil e Arthur Strutte Filha, Hilma e Carlos Borba, Filhos, Noras,Genros e Netos, convidam os parentes e

amigos para a Missa de 7o Dia de sua queridamãe. sogra, avó e bisavó, à realizar-se às 11.30horas do dia 30 de novembro, na Igreja SantaCruz dos Militares à Rua 1o de Março.

DIAMANTINO MARQUES GOMES FILHO7° Dia

'•Adamília convida para a Missa a ser celebradaàs 9:30 h. de segunda-feira, dia 30, na Igreja de• N:"S'i da Boa Morte, na Rua do Rosário, Esquina'com Av Rio Branco.

10SE LAMARTINE CORRÊADE OLIVEIRA LYRA

FALECIMENTO

JL Faleceu em Curitiba, no dia 26 de novem-í bro, aos 54 anos, o Advogado e Professor

! titular da Universidade Federal do Paraná.

NATANIEL LAJTA(Matzeiva)

Mathílde, Beatriz, Dorothy e famíliasparticipam a descoberta da Matzeivade seu inesquecível marido, pai, sogro,avô e bisavô, a realizar-se Domingo, dia29 de novembro às 9 horas no Cemité-

no Comunal Israelita do Caju

SpREBECCA KUPERMANZ"L

(DESCOBERTA DA MATZEIVA)Sua família convida parentes eamigos para a cerimônia deConsagração da Lápide Tumu-lar da inesquecível BECKY quese realizará no dia 29 de no-

vembro de 1987, às 11 horas no Cerni-tério Israelita de Vila Rosali (Novo).

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Dois PMs e presidiário morrem Tempoem motim em cadeia maranhense

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São LUÍS — Uni presidiário e dois PMs estavam mortosno fim da meia-hora que durou, na tarde de ontem, um motimque envolveu mais da metade dos M)i presos da PenitenciáriaAgrícola de Pedrinhas, no subúrbio desse nome, a 2H quilômc-iros do Centro de Sáo Luis. Depois de tomarem alguns policiaistomo relúns, mais de KK) presos tentaram romper a segurançado presidio, mas acabaram contidos poi um esquema repressivoorganizado em função da descoberta prévia da rebelião.

Poi ,i quinta vez que os presos de Pedrinhas se amotinaramneste ano e o morto no tiroteio, Carlos Augusto de AraújoSilva, tinha sido um dos principais articuladores do movimento

— não só desle, mas da rebelião que terminou com a lug.i decinco presos, més passado. Os PMs mortos no intenso tiroteioforam o sargento Eliezer Farias e o soldado Nunes. O diretoiinterino de Pedrinhas, João da Silva Maciel, disse que os presosusaram armas introduzidas por parentes nos dias de visita,

Bolo Horizonte — Walclomar Sabino

Berger foi sempre tranqüilo na delegacia

Engenheiro acusado deespionagem industrialreage acusando empresa

BELO HORIZONTE — O engenheiro argentino TheodorHector Carls Berger, preso na noite de quarta-feira nasinstalações da Rexroth Hidraulic, uma subsidiária da Mannes-mann, rebateu ontem a acusação de estar fazendo espionagemindustrial com outra acusação. Disse que a Rexroth c umamultinacional que pretende tirar proveito do episódio, paraprejudicar uma concorrente nacional, a Hidrautécnica, da qualé diretor-comercial e sócio minoritário.

Theodor Berger alegou que. ao ser preso junto com doisempregados da Hidrautécnica — Wilson Silva e Abílio SeveroPilho —, estava na verdade buscando livros técnicos na bibliote-ca que mantém na Rexroth. da qual foi gerente até abril desteano e onde ainda tem livre acesso, segundo disse. O engenheiroargentino e seus empregados foram soltos na noite de anteon-tem pelo delegado do 11" Distrito Policial, Júlio César Galante,que acatou ordem do juiz da 8o Vara Criminal de BeloHorizonte. Paulo Brandi Alcixo. Pagaram fiança de CZS 2 milcada e responderão ao inquérito em liberdade.

Copiada chave — O advogado da Rexroth. AugustoJacó de Vargas Nelo, voltou a acusar Berger de espionagemindustrial. Mostrou três bombas hidráulicas, além de pastas eprojetos técnicos apreendidos pela polícia na Hidrautécnica.todos com identificação da Rexroth, como provas de que oengenheiro copiava trabalhos tia subsidiaria da Mannesmann,para depois oferecer serviços aos mesmos clientes por um preçomelhor. Acrescentou que a direção na Rexroth mudou afechadura da porta do escritório por três vezes, depois dademissão de Berger, suspeitando de furto, mas ele sempreconseguia cópia da nova chave.

Tranqüilo— Aparentando tranqüilidade, o engenhei-ro rebateu uma por uma as acusações. Apresentou ao delegadoJúlio César notas fiscais emitidas pela Rexroth das três bombasapreendidas pela polícia e disse que 2Q7i das vendas de suaempresa são de produtos da Rexroth. como as bombas. Quantoaos orçamentos da Rexroth, dos quais tinha cópias, alegou queforam passados pelas próprias empresas que as receberam e quequeriam pechinchar, supondo que a Hidrautécnica venderia osprodutos mais baratos.

— Quando pedi demissão da Rexroth deixei a empresafaturando CZS 45 milhões por més. Sua queda de faturamentocomeçou depois. Ela está perdendo clientes, porque a Ilidrau-técnica oferece prazos e preços melhores. Estáo nos acusandopara nos pressionar, porque a Rexroth é uma multinacional é aHidrautécnica uma empresa mineira — disse Berger, que.garantiu ser argentino e não alemão, embora seus pais tenhamnascido na Alemanha, onde ele estudou.

Quase impassível diante do burburinho que durante doisdias seguidos se formou no 11" Distrito, o delegado Júlio Césardisse que ainda náo tem opinião sobre o assunto. Recusou-se aliberar as bombas hidráulicas, conforme requerimento apresen-lado pelo advogado do engenheiro argentino, e disse que vaialuar com muita calma no caso.

Salário de "marajá'' deAlagoas passarei a serde CZ$ 600 mil mensais

MACEIÓ — "Eu agora quero ser faraó", reagiu,ontem, o consultor jurídico da Assembléia Legislativa deAlagoas. Luís Gonzaga Mendes cie Barros, comemorando adecisão do Supremo Tribunal Federal — STF — que deuganho de causa aos marajás alagoanos e ainda obrigou oestado a restituir a diferença de vencimentos retida durantea pendência judicial. Segundo cálculo do governo, Mendespassará a receber agora perto de CZS 600 mil.

Relacionado como o maior salário do estado — duasvezes o que ganha o governador — e abrindo a lista dosmarajás em atividade no estado. Mendes deu entrevista aosjornais ironizando o governador Fernando Collor de Melo,embora sem citar o nome: "Brigar comigo, pode. Desde quesaiba ler." Ele disse que o governo, que cortou seusvencimentos de uma vez. deve restituí-lo também de umavez e não parcelado, como se anunciou.

A decisão do STF. segundo o secretário de Fazenda deAlagoas. Luís Dantas, vai onerar a folha de pagamento depessoal em CZS 150 milhões mensais e ele não vê como oestado, que atualmente só arrecada 70% da folha, poderáhonrar esse compromisso. A folha de pessoal, referente aomês de novembro, que será paga até 10 de dezembro, deCZS 9(K) milhões, passará para CZS 1 bilhão 50 milhões,mas a receita fiscal e monetária só atingiu CZS 700 milhões.

(om o valor a ser restituído, por forca da sentença,durante a pendência judicial, o estado deverá pagar cerca cieCZS WXI milhões.

Os supersalários em Alagoas foram conseguidos alra-vés de leis estaduais que estenderam o chamado efeitocascata— vantagens sobre vantagens acumuladas a cada doisanos — aos consultores jurídicos da assembléia. Mendes deBarros, o mais antigo deles, segundo estimativa do governo,devera recebei agora perto de CZS 600 mil mensais, o querepresenta o maior salário pago no estado.

Maciel já abriu inquérito para identificar quem facilitou aentrada de armas na prisão, porque é evidente que houvefacilidades para isso. Há apenas 22 pessoas na segurança dapenitenciaria, enlre policiais militares c agentes penitenciários,para os 21)3 presos. O direto1 interino reconhece a precariedadeda segurança e disse que. no sentido cie melhorá-la, foi abertoconcurso publico para a contratação de 180 agentes e inspetorespenitenciários.

Mesmo isso. porém, náo é solução definitiva, na opimaode Maciel, pois é essencial manter os presos ocupados. Apenitenciária de agrícola só tem o nome c, sem qualqueiatividade ocupacional, os presos pensam em fuga 24 horas pordia, acha o diictor-interino. Para resolver isso. está desenvol-vendo na penitenciária projetos para a criação de hortas,pomares, uma granja e suinoculliiia. além de marcenaria eartesanato,

Polícia paulista achaque vingança motivouchacina em Guarulhos

SAO PAULO — Vingança. Esta foi a principal hipóteselevantada ontem pela polícia de Guarulhos, cidade industrial aonorte da capital paulista, para explicar a chacina, ocorrida namadrugada de ontem, de quatro moradores do bairro periféricodo Parque Alvorada, ás margens da rodovia Presidente Dutra,que liga São Paulo ao Rio de Janeiro. Os quatro, incluindo umgarolo de 14 anos, foram executados com tiros na cabeça edevem ter sido surpreendidos dormindo, segundo os policiais.A casa onde eles foram mortos é dividida por duasfamílias. De um lado, morava o balconista e ex-segurança delojas Marcos Vinícius de Andrade, 37 anos, e seu filho, MárcioAugusto, 14 anos. estudante do 2" Grau. Nos outros doiscômodos morava o casal Paulo Ronaldo Neves. 27 anos.frenlista de posto de gasolina, e Cláudia Lúcia de Souza, 24anos. Todos foram mortos. Júlio César, outro filho de Andrade,foi quem achou os corpos, quando chegou em casa por volta de4h.

O frentista teve a casa roubada há três meses, quandoapurou o crime por conta própria e descobriu os ladrões, queteriam se vingado. Nesse caso, Neves e seu filho teriam sidomortos por engano.

Ex-campeão de judô quese dizia agente federalé preso por extorsão

SAO PAULO — O ex-campeão brasileiro e sul-americanoile judô Dagoberto Silva, seu irmão gêmeo. Roberto Silva, 25anos, e um amigo dos dois, Luiz Miguel Vieira foram presosontem pela Polícia Federal e autuados em flagrante. Fies foramacusados cie, passando-se por agentes federais, extorquir CZS 3milhões — chegaram a receber CZS 2 milhões — de umfabricante de barcos, que teria em sua indústria, em SamoAndré, no ABC Paulista, almins motores sem documentaçãolegal.

Dagoberto, que está prestando concursos para motorista einvestigador da polícia paulista, disse ser inocente no caso econtou não saber se o irmão e o amigo cometeram algum crime.Lie alegou ler apenas dado uma carona aos dois em seu carro,um Opala Comodoro, ale unia agência do Banco Itau. no bairrode classe média cio Itam-Bibi, onde Roberto tentou sacar aterceira parcela de CZS 1 milhão, quando foram presos.

"Eu sóquero o hem para o meu irmão, mas não posso me ferrar paraisso, lamentou o ex-judoca.

Cobrança — Roberto e Vieira confirmaram que estive-ram na indústria Rivamar Construção Naval. Os dois disseramque sáo detetives particulares e também fazem cobranças. Elesdizem que foram á Rivamar fazer uma cobrança, mas náoapresentaram documentos para a comprovação. Em outromomento, alegam que faziam uma investigação sobre contra-bando na empresa, mas, na verdade, eles não têm poderes paraexercer qualquer função policial.

Os três foram presos sem resistência, embora estivessemarmados. Dagoberto tinha dois revólveres calibre 38. Robertoestava com uma pistola automática calibre 7,65mm e Vieiratinha na cintura um revólver Rossi calibre 38. Os agentesapreenderam ainda na casa de um dos irmãos uma carabinaPuma calibre 38 e uma pistola Beretia 6,35mm, segundo odelegado Jair Barbosa Martins, chefe do Serviço de Comunica-çáo Social da Polícia Federal.

Tiro ao alvo — O ex-campeão de judô — atualmenteministra cursos cm academias — disse que as armas quecarregava estão legalizadas e são usadas para a prática de tiro aoalvo. As versões apresentadas pelos três acusados não conven-ecram os policiais federais. Autuados por extorsão e falsidadeideológica, eles estáo sujeitos a penas que váo de dois a 10 anosde prisão.

Dagoberto passou o tempo todo com a cabeça coberta pelocamisão cinza que usava. "Sou inocente. Isso está me prejudi-cando. Eslá prejudicando lambem a minha mulher e" minhafilha", dizia. Ele tentou convencer o diretor-geral cia PolíciaFederal, delegado Romeu Tuma. de sua inocência, fumapassou pela sala e perguntou a Dagoberto se ele não tinhavergonha de se esconder. Quando o judoca começou a contarsua versão, Tuma disse: "Isso você vai ler que explicar ao Juiz".E saiu da sala rapidamente.

Ladrões entram em casade subgerente de bancofingindo ser policiais

PORTO ALEGRE — Identificando-se como agentes daPolícia Federal, oito homens bem vestidos e armados derevólveres e pistolas entraram quinta-feira á noite na casa dosubgerente da agência do Banco do Brasil em Sáo Gabriel,Mauro Cavalheiro Campos, exigindo a chave para abrir ocofre do banco. Após uma hora de conversa. Camposconseguiu convencê-los de que a fechadura automática docofre só permitia que fosse aberto pela manhã.

Frustrados, os assaltantes amarraram e amordaçaram osubgerente, sua mulher e um filho de 24 anos e levaramjóias, relcigios, aparelhos de televisão e videocassete, fugin-do no Escort verde, ano 1987, de Mauro Campos. Odelegado de São Gabriel, Santo Teixeira Gomes, suspeita,pelas características descritas pelo subgerente. que um doshomens, supostamente o líder do grupo, seja o assaltante debancos José Fòntela, que está foragido do Presídio Centralde Porto Alegre.

Muito nervoso. Mauro Cavalheiro Campos contou aospoliciais que os assaltantes sabiam que o banco receberaCZS 25 milhões para o pagamento do soldo dos soldados eoficiais das quatro unidades militares sediadas em SáoGabriel, a 321 quilômetros de Porto Alegre. Sob a mira dasarmas. Campos afirmou que o dinheiro ja havia sidodistribuído para outras agências e que o cofre nâo teriamuito dinheiro disponível.

Mauro Campos garantiu também ler reconhecido comos assaltantes o grupo que esteve no banco na tarde dequinta-feira, dizendo a alguns funcionários que eram daPolícia Federal e retirando-se a seguir. O delegado SantoTeixeira Gomes acredita que os bandidos pretendiam assai-tar o banco à tarde, mas depois desistiram. A identificaçãodos assaltantes náo deverá ser difícil, segundo o delegado,pois os homens estavam sem mascaras e deixaram impres-soes cligilais. em moveis da casa do subgerente, que estãosendo analisadas pela polícia técnica.

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A frente fria que aparece estacionaria no litoral do Sudestedeve continuar a influenciar o tempo nessa área duranteesse fim de semana, causando nebulosidade e Chuvasisoladas. Nas regiões Norte e Ccntro-Oeste predominampancadas de chuva e no resto do país tempo bom comnebulosidade.

No Rio e em Niterói

Nublado, ocasionalmente encober-to. com instabilidade ocasionais.Visibilidade moderada. Ventos dequadrante norte—sul. de fracos amoderados, com possibilidade derajadas ocasionais. Temperaturaestável. Máxima e mínima de on-lem: 28,7" em Bangu e 21,0, noAlto da Boa Vista.

Precipitação das chuvas em mm

Ultimas 24 horasAcumulada no mêsNormal mensal 110.6Acumulada no ano 994.6Normal anua! jíws.4

O Sol

O Mar

Rio

Angra

CaboFrio -Jh3-mtnii '->m

05h5Smin

!Mi41min-D.7m

(> G/Mar informa que o roai está calmo, cumáguas i 19°. c i* banho* eslão liberatir..

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Nos Estados

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Condições

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No Mundo

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IML atesta que guardaque se disse agredidopor Simon é caluniador

PORTO ALEGRIí — O promotor Geraldino dos Santosdenunciou, ontem, por crime de calúnia, o guarda do Hospitalde Pronto Socorro Paraíba Bilhalva Paim, que havia acusado ogovernador Pedro Simon de tê-lo agredido na madrugada do !dia 25 de maio. motivo para que Paraíba enfaixasse o braqoesquerdo e a clavícula. A suposta agressão, não comprovadano inquérito policial, teria ocorrido após uma discussão entre :0 governador e o guarda.

O inquérito policial, ao contrario das alegações iniciaisdo guarda, constatou, pelos depoimentos e pelo examerealizado no Instituto Médico-Legal (IML), que não eraverdadeira sua acusação. Paraíba disse ter sido empurrado por iSimon no dia 25 de maio. ocasião em que o governador estav avisitando quatro pessoas que ficaram feridas numa explosão naestação rodoviária da capital, atentado até hoje não esclare-cido.

Paraíba disse ter sido agredido por Simon neste hospitalde propriedade da Prefeitura de Porto Alegre quando tentavaimpedir que jornalistas fizessem fotos do governador pondouma senhora, ferida num acidente de trânsito, numa maça.Mas o jornalista Renato Dornelles. do jornal Zero Hora. queacompanhava a visita, garantiu, na ocasião, e no inquéritopolicial, que não viu agressão alguma, classificando a acusaçãodo guarda de forjada. Explicou que houve um princípio dediscussão entre Simon e funcionários do hospital, quando o1governador insistia para que a mulher ferida fosse atendidaimediatamente, o que eles não queriam fa/er.

Os vigilantes alegaram, na hora da discussão, que o'hospital era municipal e quem mandava lá era o prefeito AlceuCollares, mas Simon exigiu que respeitassem sua autoridade,mandando que os guardas se afastassem do local. Posterior--mente, o guarda apareceu com o braço enfaixado por colegas'do hospital, mas exames do IMl. constataram náo ter ocorridonenhuma lesão. Paraíba Paim devera depor na Justiça ganchaem março do próximo ano. como réu por crime de calúnia.

FERNANDO DE MELO E MATOS

tSua

família cumpre o doloroso dever decomunicar o falèciment de seu querido einesquecível FERNANDO, e convidam pa-ra seu sepultamento hoje às 10 h, no

Cemitério de São Francisco de Paula (Catümbi):

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Recebemos seu anuncio na Av Bmsd :20 00h, aos sábados è feriados até i'585-4326 — 585-4356 ou no horárioCLASSIFICADOS

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JORNAL DO BRASIL

JORNAL DO BRASIL Eco nom ia_ sábado, 28/11/87 cacicrno a 13

tj(|PB^imw_ll__««M_^*WW^•meComissão de Valores Mobiliários(CVM) c a Receita Federal resolveram

verificar iodas as operações feitas nos nlti-mos pregões da Bolsa de Valores de SaoPaulo (Bovespa): I lá indícios de que houvemanipulação nos preços do mercado à vistaÒ de opções, em função da mudança tributa-ria anunciada informalmente pelo governo.

A CVM e a Receita acreditam quemuita gente eslá tentando fazer a mágica dcatravés da Bolsa, transformar lucros cmprejuízos contábeis para fugir tio Fisco. Adata escolhida para o início da inspeção c aquinta-feira da semana passada (dia 19/11),

Livre comércioO embaixador Paulo Tarso Flecha de Lima

embarcou ontem para Genebra onde participaráda sessão em comemoração óo cjuadragésimoaniversário do Acordo Geral de Tarifas e Comer-cio. o Gatt, que estabeleceu desde o pós-guerraás regras do comércio internacional.

Na terça-feira, na sessão especial, o embai-xador fará um discurso escrito no tom exato paradeixar constrangidos os representantes dos Esta-dos Unidos presentes à cerimônia.

Medida do errofiação que significava ofracasso de seu planoeconômico: 10%.

Ontem, essa mar-ca foi superada peloíndice que o IBGE di-vulgou cm 2.S4 corposdc vantagem.

No início do Pia-no Bresser, quando ainflação pareciatemporariamente sobcontrolo, o ministroconfidenciou qual eraexatamente, em suaopinião, o índice de in-

FumantesA companhia de cigarros Souza Cruz fecha

o ano de 87 analisando com otimismo o resultadode suas vendas.

Obviamente, em relação a 86 houve uma

queda, mas se comparado com 85 a trajetória éascendente.

Em 84. a Souza Cruz vendeu KKl bilhões decigarros: em 85, 118 bilhões; em 87 a expectativada empresa c fechar o ano com uma venda de 150bilhões de cigarros, fim 86, o delirante ano docruzado, os brasileiros fumaram MO bilhões dccigarros, sô da Souza Cruz.

Gosto amargoA Nestlé, um dos grandes fabricantes de

chocolate, anunciou duas medidas que cm nada, vão adoçar a boca dos consumidores. O CIP, autorizou um aumento de 20,5% para o leite em• pó e a empresa por conta própria resolveu

reajustar o leite condensado (que está fora docontrole do Conselho) em 20%.

Rasgando sedaO ministro dc Habitação e Urbanismo,

Prisco Vianna, não poupa elogios ao presidenteJosé Sarney. Chega ate ao exagero como naabertura do Encontro Nacional da Indústria tiaConstrução, em Salvador, onde conseguiu dizerem uma única frase que o presidente é uma"pessoa leal. dedicada ao país. austero nosnegócios, sensível aos problemas sociais, pruden-te, tolerante e extremamente conciliador".

Alvo erradoEndossando as declarações do empresário

americano Charles Douglas Sriidcr .Ir.. que acon-selhou o Brasil a não dar importância ás retalia-

. ções dos Estados Unidos e a estimular as expor-tações pela via triangular, um experiente expor-tador lembra que o governo Reagan, ao punir aempresa japonesa Toshiba, acabou prejudicandoa gigante americana Apple. É que. sob encomen-da."a Toshiba fabrica os impressores para aApple.

RecuperaçãoHorário Cherkassky. presidente da'.'çkição

Nacional dos Fabricantes de PaCelulose, comenta a agilidade de adaptaçsetor, compatibilizando os mercados inteexterno. As exportações dc papel e ccestão crescendo neste segundo semestre e

"rão, apesar dc menor volume, mas benefi"por melhores preços internacionais, repre

um ingresso global de divisas de USS T.Ihões, 8% mais do que no ano passado.

Ameaças de morteA Divisão de Segurança e Informação do

Ministério de Indústria começou a investigar asConstantes ameaças de morte feitas através detelefone contra auditores do MIC por conta dorelatório que apontou "desmandos c corrupção"no Instituto do Açúcar e do Álcool — IA A. Orelatório da Secretaria de Controle Interno —

•Ciset — foi fundamental para o ato do ministro.José Hugo Castelo Branco que definiu a inter-

vençào no IAA.

Asso-pe! eão domo elulosedeve-ciadassentar30 mi-

Rações em altaOs ingredientes utilizados na fabricação de

rações subiram entre 300% e 733% entre setem-i bro de 1986 e novembro de 1%7. As rações são

responsáveis por aproximadamente 709. docusto de produção de aves, suínos e bovinos. Ainformação é do Ministério da Agricultura, sa-lientando que o milho, em 1-t meses, subiu318,8%, enquanto o farelo de soja teve umamajoração de 437%.

AuditoriaA maior empresa de auditoria do mundo

será criada agora em janeiro. Dois gigantes dosetor, a Klynveld Main Goerdeler (KGM) e aPeat, Marcck, Mitchel & Co vão juntar forças na

«nova KPMG, uma superempresa de auditoriaque moverá 2,6 bilhões de dólares anuais e terá50 mil funcionários em 114 países.

O mercado mundial dc auditoria é domina-do por oito grandes empresas — a segunda do' ranking, após a nova KPMG, será a ArthurAnderscn — que tem, cada unia. lucros superio-res a 1 bilhão de dólares anuais.

TemorO presidente do Grupo Getdau, Jorge Ger-

dau .lohannpeter, acha que a eleição presidencialcm 1988 é uma aspiração popular legítima, mas

' teme seus reflexos pelo aspecto produtivo:- Existem várias frentes nào resolvidas.[ como a Constituinte, inflação, divida externa etc.t É preciso um esforço muito grande de harmoni-, zaçáo para evitar que a eleição seja mais um fator

. de dificuldade para o país.

.Míriam Leitão

Latino-americanos ameaçam não pagar dívidaRoberto Garcia

ACAPUI CO — Os presidentes de miopaíses que representam 8(1% da populaçãolatino-americana denunciaram ontem seuscre-dores internacionais e exigiram melhores ter-mos para o pagamento da dívida, Eles afirma-ram que daqui para a frente sua primeiraprioridade será o bem estar de seus própriospovos e prometeram atuar coordenadamentepara manter seus regimes democráticos, con-solidai a pa/ e voltai aos altos níveis decrescimento econômico,

Usando retórica forte, íricomum em en-contros de chefes de listado, os oito presiden-les deixaram claro que precisam de financia-mento substancial dos juros da divida externaa vencer nus provimos anos. Se os credoresnâo estiverem dispostos a refiiianciar essesjuros, os pagamentos serão suspensos, disse-ram eles.

Numa sucessão dc discursos em que de-inonsiraiam unanimidade, os presidentes doMéxico, Argentina. Brasil, Venezuela. Peru,Panamá, Uruguai e Colômbia notaram que aAmerica Latina está perdendo íiiianciamen-tos, investimentos e mercados e culparam osdesequilíbrios das economias industrializadaspor essa situação. José Sarnev, por exemplo,lembrou que até 1%(I diversos países latino-americanos estavam á frente ou empatadoscom o Japão e tinham rendas per capitasuperiores âs da Áustria, Itália e Espanha.Hoje, reconheceu ele, a América Latina re-grediu.

— Cada um de nos assiste aos efeitosadversos de uma situação internacional paracujo desenho nâo contribuímos, mas que seabate sobre nós — disse o presidente brasilei-ro. Frases semelhantes seriam repetidas pornulos os seus colegas. Sarney disse que nãoqueria transferir responsabilidades e que opais não repudiaria seus compromissos. Ape-sar disso, afirmou, "e indispensável que aAmérica Latina volte a crescer; nenhum go-vemante que responda â vontade popularpode afastar-se dessa imposição histórica".

Dizendo que "acabou a era de esperar de

fora a ajuda salvadora, o presidente disse que"a dívida, o abandono, o baixo preço dasmatérias-primas, os juros, as sanções, as reta-liações, tudo indica que não devemos teiilusões". Diante desse quadro, ele indicou quea saída era a integração. Num gesto aplaudidopelos participantes da reunião, ele disse que"o Brasil volta-se para seus vizinhos, o Brasildá as mãos a seus irmãos e deseja crescer comeles".

Tecnologia — Tanto Sarney quantoseus colegas disseram que no futuro o mundoestará dividido entre os que produzem tecno-logia e os que se limitarão a consumi-la. Liesprometeram cooperação inter-amerieana parapesquisa e produção de ciência e tecnologiapara resolvei os problemas complexos da so-ciedade contemporânea.

Em seu conjunto, os países representadospelos oito presidentes tém L!SS 401) bilhões dedívida externa e. se decidirem atuar em blocodiante dos credores, seu peso seria respeitável.Até agora, isso náo aconteceu. Com grandehabilidade, os governos e bancos dos paísesindustrializados evitaram que os devedoresnegociassem suas dívidas simultaneamente pa-ra dividi-los. Assim, quando um governo esta-va iniciando suas negociações outro já as tinhaconcluído e tentava tomar distância de seusvizinhos.

Em 1982, por exemplo, membros da equi-

pe econômica brasileira aproveitavam todas asoportunidades que tinham diante de seus cie-dores paia lembrar que os empréstimos conce-didos ao Brasil tinham sido usados produtiva-mente. Lies ressaltavam que a mesma coisanão podia ser dita pelos demais países latino-americanos. O ex-ministro Delfim Netto foiouvido várias vezes referindo-se aos "canlin-

lias mexicanos" quando falava com banquei-ros em Nova Iorque. Os mexicanos, por suavez. tentavam tirar proveito de sua coutigiiida-de com os listados Unidos e ila estabilidade deseu regime, ridicularizando a fragilidade dosgovernos militares da Argentina e do Brasil.

Atitudes desse tipo estáo ficando cada vezmais raras. "Na adversidade, estamos perce-bendo que nossas divisões sáo aproveitadaspelos países industrializados. Começamos anos conhecer melhor, a nos respeitar e agorasabemos que a salvação está na união", disse ochanceler argentino Dante Capino.

Evolução — Para a mudança dessaatitude, foi necessária grande evolução napolítica tradicional dos oito países. Apesar defortes resistências ^\o Itamarati a qualquerenvolvimento nas negociações de base naAmérica Central, hoje o Brasil é membroativo no Grupo de Apoio a Contadora. Para oBrasil comprar mais trigo da Argentina e dessaforma intensificar o processo de integraçãocom aquele país. loi preciso vencer resistênciada burocracia do Ministério ila Agricultura edos triticultores do Rio Cirande do Sul. Alemdisso, para comprar petróleo e gas da Argenii-na, foi necessário superar um verdadeiro vetodo Estado-Maior das Forças Armadas, sempredesconfiado de qualquer medida que tornasseo Brasil dependente de sua vizinha do Sul nocampo delicado do suprimento de energia.

Em sua maior parte, o setor empresarialbrasileiro continua indiferente âs oportunida-des do mercado argentino. Por causa disso,desde a assinatura do acordo de integraçãoentre os dois países, o comércio bilateralaumentou apenas 30%, sem conseguir aindarecuperar os altos níveis alcançados na viradada década, disse um diplomata brasileiro.

Isso demonstra que a distância entre aretórica inlegracionista e a realidade ainda égrande. Trinta por cento das importações eexportações tanto do México quanto do Brasilestão dirigidas para os Estados Unidos. Ape-nas 69Í das exportações do Brasil vão para oMéxico.

Com o estimulo do presidente americanoLyndon Johnson, os chefes de Estado latino-americanos proclamaram, numa reunião emPunia dei Este em 1967, sua intenção deformar um mercado comum em 20 anos. Esseprazo expira agora, mas a meta parece taoremota quanto antes.

D Vinte e nove famosos intelectuais lati-no-americanos assinaram no México

um apelo dirigido aos presidentes do Mexi-co. Brasil, Colômbia, Venezuela, Argenti-na. Peru, Panamá e Uruguai — que sereúnem esse fim de semana em Acapulco —

para deterem a sistemática destruição dasflorestas e das reservas naturais do conti-nente. Gabriel Garcia Marques, OctávioPaz, Mario Vargas Llosa, Jorge Amado,Ernesto Sábato, Adolfo Bioy Casarcs e JuanCarlos Onetti afirmam na carta-aberta, que"as florestas do Brasil, Guatemala e Méxicoestão sendo derrubadas para produzir pastoe alimentar gado que será exportado econvertido em hamburguers em lojas fast-food nos listados Unidos".

CLÂRECIMENTOTendo em vista as notícias que vêm sendo insistentemente veiculadas na

imprensa diária desta cidade em relação aos imóveis da Rua Miguel de Frias, n°s 55, 57 e67, e Rua Joaquim Palhares, n° 238, algumas das quais envolvendo meu nome pessoal eo da empresa que dirijo, de forma que podem induzir a interpretações erradas eindesejáveis, sinto-me no dever de vir a publico esclarecer o seguinte:

Os imóveis (Rua Miguel de Frias, n°s 55. 57 e 67 e Rua Joaquim Palhares n° 238)foram vendidos, pela Horus Empreendimentos S/A à Rádio Difusão Ebenezer Ltda,conforme escritura lavrada, às fls. 136 do Livro 531, no 9o Oficio de Notas de Niterói.

Não sou sócio do Pastor Nilson do Amaral Fanini.Nosso único vinculo societário era em relação à Rádio Difusão Ebenezer Ltda,permissionána do Canal 13 — TV-RIO, cujas ações transferi há já bastante tempo aoSr. Cláudio José Macario, conforme Alteração Contratual devidamente registrada.

Entretanto em atenção a opinião pública os fatos referentes aos imóveis acimacitados são os seguintes:a) A Horus Empreendimentos S/A, adquiriu os imóveis em 1985, do limo. Cabido da

Santa Igreja Catedral Metropolitana do Arcebispado de São Sebastião do Rio deJaneiro, com a anuência da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, totalmentedesabitado e em estado geral de abandono, evidentemente não funcionandonenhum Hospital no local.

Quando da aquisição, não havia qualquer processo de desapropriação em curso, nemmesmo qualquer decreto declarando as áreas de utilidade ou interesse publico,exceto sobre faixa mínima, desapropriada pelo

"METRO", que assim permanece

até hoje.

Um dos imóveis (Casa Amarela n° 67), estava emprestado, gratuitamente (COMODATO),em favor do Município do Rio de JaneiroNecessitando da propriedade, a Horus Empreendimentos SA, solicitou a devolução domesmo, com o que o Município concordou, pedindo, no entanto, o prazo de seis mesespara a entrega do imóvel.Surpreendentemente, poucos dias antes da data marcada para a devolução do imóvel, oMunicípio, por decreto, declarou de utilidade pública, para efeito de desapropriação, toda aárea. e não só o imóvel de n° 67 Mas, verificada posteriormente a impropnedade daqueleato, o Município acabou revogando o decreto desapropnatório Entretanto, solicitou quefosse celebrado novo comodato do prédio n° 67 para sua utilização como local de triagemde mendigos pelo prazo de três anos, com o que, concordamos

Como o imóvel não estava sendo utilizado para a finalidade pretendida pelo Município, outravez, solicitamos, através carta datada de 10 06.87. a devolução do nossa propriedade, o quesomente foi aceito mediante uma doação de CZS 300 000,00 ao Fundo Municipal deDesenvolvimento SocialA Horus Empreendimentos S.A, mesmo ante o absurdo de ter que pagar para receber devolta o que lhe pertencia de direito, o que emprestou gratuitamente ao Município(embora continuando a pagar os tributos referentes aos imóveisl concordou e efetuou adoação

Esses são os esclarecimentos que, em meu nome e da empresa que dirijo, cabe-meprestar

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i^tíüs~#ípSe^dmnTOS S/A

Nacle Gebran Bezerra

Diretor

FLÁVIO RANGEL.AFFONSO ROMANODE SANTANNA.

PROSA & VERSOJORNAL DO BRASIL

Acapulco;AP

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Õs oito presidentes optaram pelo crescimento de seus países

Brasil contesta no Gattas retaliações dos EUA

BRASÍLIA — O governo deu o primeiropasso para contestar junto ao Acordo Geral deTarifas e Comércio (Gatt) a anunciada inien-ção americana de sobretaxar os produtos im-portados do Brasil: o Itamarati determinou naquinta-feira ao representante brasileiro noCiatt, embaixador Rubens Ricúpero. que soli-citasse aos Estados Unidos consultas sobre oprocesso de retaliação comercial.

Como os Estados Unidos certamente nãoapresentarão as explicações que o governojulga satisfatórias, a etapa seguinte da inicíati-va brasileira serã um pedido para que oConselho de Representantes do Gatt examinea questão. A consulta brasileira aos EstadosUnidos baseia-se no parágrafo primeiro doartigo 23 do Gatt, que impede discriminaçõescomerciais entre os países signatários doacordo.

O ministro de Ciência e Tecnologia. LuizHenrique, esteve ontem no Itamarati e foiinformado pelo ministro interino das RelaçõesExteriores, embaixador Paulo Tarso Flecha deLima. sobre o pedido de consulta bilateral. Aconsulta foi entregue formalmente pelo embai-xador Ricúpero ao representante americano,embaixador Michael A. Samuels.

No encontro dc ontem, alem de discutir osresultados práticos da iniciativa brasileira, oministro Luiz Henrique entregou ao embaixa-

dor Paulo Tarso uma nota da liderança doPMDB na Câmara e outra de dez secretáriosestaduais de Ciência e Tecnologia em solida-,riedade à reação do governo às anunciadas,retaliações americanas.

De acordo com o porta-voz do Itamarati.-ministro Ruy Nogueira, o governo aguardaraagora as explicações do embaixador Samuels.-Se não houver um entendimento nesse nível. o.que é provável, o governo encaminhará recur--so ao Conselho de Representantes do Gatt.formado por 94 países. A praxe num processo-deste tipo é a convocação pelo Conselho deum grupo de três peritos de países neutros queauxiliarão na tomada de decisão. A decisão.,final aguardada pelo Brasil é uma notificação-do Gatt aos Estados Unidos, mas os america:,nos podem simplesmente ignorar a recomen-dação, como já ocorreu no passado.

A intenção do governo brasileiro ê de que>o pedido ao Conselho do Gatt seja encaminha-do o mais rápido possível. Só náo será feito na-próxima semana, porque o Gatt nesse período.',estará comemorando sua 40a Sessão das Partos»Contratantes. A questão das retaliações co-'merciais poderá, contudo, ser examinada in—formalmente, pois o embaixador Paulo Tarsoe seu correspondente americano, Clayton-Yeutter, representante comercial dos Estados"Unidos, estarão participando da sessão.

Campanha explicará reservaBRASÍLIA — Uma campanha publicitá-

ria. custeada pelos empresários do setor dainformática, será lançada no país com o objeti-vo de mobilizar a opinião pública em defesa dapolítica de reserva de mercado e das posiçõesdo governo brasileiro diante das retaliaçõesanunciadas pelos Estados Unidos contra oBrasil. A proposta partiu do ministro deCiência e Tecnologia. Luiz Henrique, emreunião com os LS maiores empresários dosetor. O ministro teme. mais do que as pres-sões externas, as reações contra a reserva demercado de segmentos do empresariado na-cional.

— Eu percebi que a grande vantagem queos Estados Unidos estavam levando em suatática era o apoio interno no Brasil de váriossetores, principalmente empresários. Por isso,convoquei os empresários da informática para

que articulem uma campanha de esclarecimcn-to a respeito da importância desta política, dèrproteção a esta indústria nascente, a fim deque o Brasil aumente o seu poder de barganha.

explicou Luiz HenriqueEstudantes, donas-de-casa. trabalhadores'

enfim, toda a população brasileira — serão-alvos da campanha, que visa a mostrar o^"resultados extraordinários" da política de?informática brasileira e "sua importância paraja captação tecnológica nacional", segunde»Luiz Henrique.

O presidente da Associação Brasileira das»Industrias de Computadores e Perifiíjjcos?(Abicomp). Cláudio Mammanà, endossou ;unecessidade da campanha de esclarecimento,*porque falta aos empresários, segundo ele.,oportunidade de defender o sentido da política*nacional de informática.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

FUNTEVÊ

SUPERINTENDÊNCIA DE RECURSOS MATERIAISDIVISÃO DE AQUISIÇÃO OE MATERIAL

TOMADA DE PREÇOS N° 014/87

HORA 15 000BI.10 Aquisição de SlSTtWA IRRADIANTEOBS Os interessados poderio obter Editais, graluitamente. na Divisa, de Aquisição de Material.

sito _ Av Gomes Freire. 41? — 2o andai — Centro-RI(a I HAR010O MENESES LOPES

PRESIDENTE DA COMISSÀO 0E LICITAÇÕES

COO NÚCLEO DA ESCOLA DE ADMINIS-

TRAÇÃO FAZENDÁRIA NO RIO DE JANEI-RO comunica aos candidatos inscritos noCONCURSO PÚBLICO PARA FISCAL DERENDAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JA-NEIRO, e com provas previstas para seremrealizadas em Niterói, nas dependências daU.F.F. _ Universidade Federal Fluminense,que as mesmas serão realizadas nos seguin-tes locais:

Instituto Gay LussacRua José Clemente n° 124 — Centro —NiteróiPara os candidatos de n°s 000001 a0001030, cujos Cartões de Inscrição indi-quem o Instituto de Matemática/UFF co-mo local anterior de provaColégio SalesianoRua Santa Rosa n° 207 — Santa Rosa —Niterói(Entrada pela rua Siqueira Campos)Para os candidatos de nos 001031 a002203, cujos Cartões de Inscrição indi-quem o ICHF/UFF como local anterior deprovaFicam mantidos:os dias 29/11 e 06/12/87 para realizaçãodas provaso horário de início: 9:00 horasa necessidade de o candidato comparecerao local da prova com 1 (urna) hora deantecedência, munido do Cartão Definiti-vo de Inscrição e Documento de Identi-dade.

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EUA atraem!companhias:estrangeiras;

SAN FRANCISCO ."EU AJ— Uma combinação de medo-^\o protecionismo, dólar1 em*baixa e uma sólida base di>consumo está começando aín-"corajar mais e mais compa--nhias estrangeiras a montarem^suas fábricas nos Estados Uni-1dos, segundo o The New YõWTimes. De acordo com análise!do Escritório de ComércJQ eiInvestimento, o Japão lidera a*lista dos países que realizaram?investimentos diretos nos f_*t.'iT_dos Unidos no ano passado,,seguido pela Grã-Bretanha e»Canadá. O Escritório identifi-2cou 1 mil 51 investimentos ex-rternos diretos em 1986,-arimã*dos 912 de 19*85.

Algumas companhias afir-»mani que estão produzindo nosjEstados Unidos apesar do va-*lor de sua moeda nacional con-,tra o dólar e independente de?medidas protecionistas. Mas,outras, como a Toshiba, dizei™que seu investimento nesscpais,esta diretamente relacionado*com esses fatores. No caso di|Toshiba, o que determinou a»instalação de uma fábrica decomputadores em li une. iu:Califórnia, foi a queda do dólar|frente ao iene, mas essa deci-,são foi consolidada depois comía inclusão de Mias maquinas ná|lista de retaliações americanas*contra os semicondutores japo-neses. Fabricando nos EUA, a*Toshiba escapa das sanções.

A Honda, porem, seguiuíuma lógica diferente, baseadaíem sua própria filosofia empre-*sarial: a produção deye___acat_onde o mercado estiver. E porisso planeja montar uma seguiuda fabrica nos Estados Uuidov"Além da economia de.jaistosicomo o de frete, há enormes?vantagens em ficar próximo diimercado, incluindo maior rapi-*dez de resposta ás mudanças dd]demanda e o fornecimento lo--cal de materiais.

3lTurismo

Viaje pelos quatrocantos deste caderno.

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14 ? aderno ? sábado, 28/11/87 Economia JORNAL DO BRASIL

Inflação inge 12,84% eA inflação dc novembro ultrapassou

a casa tios dois dígitos, atingindo 12,84%;dopois tle quatro meses contínuos abaixodos 10%, O número oficial foi divulgadoontem, no início da noite, pelo IBGE, eindica uma taxa acumulada no ano -janeiro e novembro — de 308.23% ê de337,92% cm 12 meses. A OTN (Obriga-cão do Tesouro Nacional), com base navariação dn índice de Preços ao Consti-midoi (IPC). passa a valer, a partir dc 1"de dezembro; CZS 52219908. Os aluguéiscom reajustes semestrais, a partir de 1"dc dMcmbro, serão alimentados cmfftj35% e os contratos anuais em331,'45%.

As cadernetas de poupança vão daruma remuneração de 13,40% referenteaos saídos de novembro, a ser creditadana conta dos poupadores a partir deterça-feira próxima (dia 1"). No méspassatlo. o rendimento foi de 9,73%,superior ãs aplicações overnight (9,45%),garantidas pelas Letras do Banco Cen-trai. J7m 11 meses a poupança já rendeu357.34%.

O valor da Unidade de Referência dePreços (URP) será de 9,19%, índice queservirá para reajuste dos salários nostrimestre dezembro, janeiro e fevereiro.A URP é uma antecipação dos reajustessalariais, a ser compensada na data-basetle"cada categoria. De acordo com o

¦——I ' !""¦" "*——¦»"¦"¦»—*«*T fiiulir.ns do Luiz Fernando

Inflação

16,82

26,06

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14,40/ ;í\sNi3,94-—V \

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Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov.

ministro interino do Trabalho. Eros deAlmeida, e o assessor do Ministério daFazenda, Cláudio Adilson, apesar dascríticas á atual política salarial náo exis-tem estudos, no momento, visando a

modificá-la. "Em principio nada mudanos salários'", garantiram em Brasília.

A volta da inflação para os doisdígitos mostra que o Plano Bresser, divul-gado em 12 tle junho, não está se stisten-tando.

Indicadores fazem prever estagflaçãoOs pulos da inflação (IPC)A inflação de dezembro poderá che-

gar a l(irí. elevando a variação tle preçostio consumidor em 1987 para 374%. umataxa recorde na história do país. Já oproduto industrial este ano não ttlirapas-sara 1%. gerando um Produto InternoBruto inferior a 4%. As estimativas sãodo pesquisador de Instituto Brasileiro deMercado de Capitais (Ibmec), Franciscode Assis Moura de Mello. Se o governoSarney náo aplicar um choque antiinfla-cionário e uma mididesvaiorização tiocruzado alé o final de dezembro, acres-centa. o Brasil terá estagflação — conjti-gaçáo de estagnação da economia cominflação elevada — no primeiro trimestredc 1988.

Criador da metodologia do INPC.Francisco de Assis prevê inflação de 16%ti 18% ao més em janeiro e fevereiro dopróximo ano e uma queda da produçãoindustrial brasileira de 7% a 8% dejaneiro a marco, em comparação ao pri-meiro trimestre de 1987. "Estamos hojemima situação de inflação ascendente,como foi no final de 1985 e de 1986. Mascom um agravante, que é a enormeo.scilação de taxas mensais", afirma. Elefaz uma comparação dos efeitos dos pia-nos Cruzado e Bresser. "No Cruzado, ainflação acima dc 9% ao mês voltoudepois de dez meses. No Bresser, emquatro meses", recorda, mostrando comoa eficácia caiu.

• Ele acredita que um novo pacoteantünflacionário virá. mas não vai melho-

Estimativa

9,18

1,90

12,84

3,29

16,00*

7,27

374,00*

62,40

Acumulado do ano

Outubro Novembro Dezembro

r~]1986I 11987

IUMIU«MHIIIH»llil ¦! IIH

Fonte: Cenários e IBmec.

rar ou corrigir os rumos da economiabrasileira. "O governo náo tem forçaparti lazer uma política antiinflacionária enem a sociedade nem o governo agüen-tam a inflação. Teremos um novo cho-

que. sem respaldo técnico e sem credibili-dade e respaldo da sociedade. O resulta-do será a paralisia da economia", senten-cia Francisco de Assis.

caderneta renderá 13,40%CMN reduz alíquota do LFT limita à

• ? .?5 rrrf área monetáriaovernight para 6% |J()líli(;a do BCBRASÍLIA — O Banco Central

divulgou, tintem, tres resoluções doConselho Monetário Nacional(CMN). aprovadas nd rcfcrchdum(sem consulta ao colegiado) peloministro da Fazenda, que visam re-duzir as pressões do mercado finan-cciro sobre n formação das taxas dejuros. Foi reduzida dc 10% para (¦>%a alíquota do Imposto de Renda nafonte incidente sobre o rendimentototal das operações dc curto prazo(aquisições, transferencias ou resga-tes dc títulos ou valores mobiliários,em prazo inferior a 28 dias).

Segundo o Banco Central, essaalteração no Imposto dc Renda foinecessária para adequar a tributaçãoà nova expectativa do mercado sobreo comportamento da inflação. Emsetembro, quando d CMN aprovou aresolução de n" 1401, esperava-seuma inflação mais reduzida. Agora,para — através da Resolução 1421,facilitar às instituições o financia-mento de suas carteiras de títulos demodo a não pressionar as taxas dejuros — o BC decidiu reduzir atributação.

A Resolução n" 1422 determinaque, na captação de recursos pelosbancos comerciais, bancos de invés-timento e de desenvolvimento comcláusula tle correção monetária, de-ve ser utilizada, como indexador, avariação da OTN fiscal, divulgadadiariamente pela Secretaria da Re-

ceila Federal. O BC decidiu tambemque todas as aplicações das institui-ções financeiras, inclusive socieda-des de arrendamento mercantil (/ca-sing), poderão ser atualizadas combase na OTN fiscal.

Entretanto, os títulos públicosfederais, estaduais ou municipais,títulos da dívida agrária, obrigaçõesda Eletrobrás e do Fundo Nacionaldc Desenvolvimento, e debêntures,por serem classificados como papeisdc longo prazo, só poderão ser atua-lizados pela variação tio valor nomi-nal das OTN. Com essa medida, asautoridades monetárias buscam tam-bém eliminar a flutuação artificialdas taxas de juros.

Crédito — A Diretoria daArca Bancária do BC decidiu tam-bém uniformizar toda a regulamen-tação relativa aos créditos cm liqui-dação das instituições financeiras.São os empréstimos concedidos pe-los bancos, a respeito dos quais sãoremotas as possibilidades de resgate.Através da Resolução n" 1423, ficapermitido que. sob adoção de medi-das capazes de assegurar uma satisfa-tória garantia de pagamento, possamesses créditos permanecer registra-dos nas contas de origem, por umprazo máximo de 24 meses, exigiu-do-se a constituição de provisões,segundo parâmetros mínimos com-patíveis com os riscos.

Medida não afeta arrecadaçãoA redução das alíquotas do Imposto

de Renda na Fonte sobre operações fi-nanceiras de curto prazo, de 10% para677, náo condita com o objetivo deaumentar a arrecadação pretendido pelogoverno com o pacote fiscal, explicouontem o còordcnadòr-adjuníò do sistemade tributação da Secretaria da ReceitaFederal, Jorge Vítor Rodrigues.

Segundo Rodrigues, essa tributaçãodestina-se mais a servir de instrumento depolítica monetária do que propriamente aum esforço de arrecadação. Como incidesobre o rendimento nominal (ou bruto), ataxação com alíquota de 1(1% estavainviabilizando as operações dc curto pra-zo com títulos privados no overnight. emdecorrência do aumento da inflação.

— A redução das alíquotas visoudiminuir o impacto tio aumento da infla-çáo sobre essas operações — diz. JorgeVitor Rodrigues. Com a taxação de 10%.

estava ocorrendo um afluxo de dinheiropara operações lastreadas em LBC7 noovernight, já que esses títulos são isentosda tributação pelo IR. — Agora nósesperamos que as operações no overvoltem a ser em parte lastreadas emtítulos privados — explica Rodrigues.

Na segunda-feira, a Secretaria daReceita Federal deve divulgar uma ins-trução normativa, adaptando a tributaçãono mercado financeiro á mudança doindexador dos rendimentos a partir de 1°de dezembro. No próximo mês. todos ostítulos privados serão atualizados mone-tariamente pela OTN fiscal — calculadadiariamente pela Receita com base numaexpectavja de inflação. A única exceçãoseriam os títulos públicos, como OTN eobrigações dos tesouros estaduais e muni-cipais. Com isso, será unificada a tributa-ção das operações com esses títulos, quedeixarão de ter por base a OTN 'cheia.

UnínjiKv'' ' jf*£l*,í*"

Fernando Milliii

SÂOPAULO -O presidenfe doBanco Central,Fernando Mil-liet. explicou quea criação da Le-tra Financeira doTesouro (LFT)em substituição aLetra do BancoCentral (LBC)nada modificaráno mercado fi-naneciro, porqueseu objetivo básico c atuar com mecams-mo de controle das despesas do governo,uma vez que o Tesouro somente poderáemiti-la, a partir de janeiro de l''K8, coma autorização do Congresso Nacional.Com isso. segundo Milliet, o Banco Cen--trai ficará livre para praticar a políticamonetária que achar mais conveniente, m

Dessa forma, observa o presidentedo BC, toda a cobertura da divida públicamobiliária será feita por meio do orça-mento do Tesouro, com emissão dc LPT.e não mais de LBC, que. durante seu anoe meio de existência, foi o principalinstrumento de política monetária do go-verno. O tamanho da dívida pública lede-ral para 1988 eslá definido no orçamentogeral da l Iniáo, aprovado pelo CongressoNacional, e não poderá ultrapassar CZS 1trilhão 400 bilhões.

Milliet assegurou ainda que o BancoCentral não encontrará nenhum proble-ma na definição da futura política econô-mica do governo, uma vez que "a carteirade títulos do BC é grande o suficientepara se adotar qualquer tipo dc políticamonetária que for necessária, desde amais apertada até a mais liberal".

O presidente do BC informou aindaque a decisão de substituir a LBC pelaLFT foi tornada em junho, quando ogoverno decretou o Plano Bresser.

OTN fiscal - Paralelamente ácriação do novo título, o governo, segun-do Milliet. decidiu substituir, a partir de1" de dezembro, a OTN plena, a chama-da OTN cheia, pela OT"N fiscal, para acorreção dos títulos do mercado financei-ro. Explicou que isso foi feito para corri-gir distorções que vinham ocorrendo — eque refletiam diretamente nas taxas dejuros — apenas pela expectativa de varia-çáo inflacionária do mês.

Milliet garantiu que. antes de sedefinir pela mudança, o Banco Centralfez uma série de simulações e consultarao mercado financeiro.

Patrimônio infBRASÍLIA <— As pessoas físicas

com patrimônio inferior a 10 mil OTN(CZS 5,2 milhões, a partir de 1" dedezembro) deveráo ficar isentas da tribtt-tação pelo Imposto sobre o PatrimônioLíquido (IPL), a ser criado no próximopacote fiscal. A informação c de uma altafonte da Secretaria da Receita Federal.

Em nota distribuída ontem, a Receitainformou também que,

"no âmbito dasmedidas do ajuste fiscal que estão sendoestudadas náo está previsto qualquer au-mento de Imposto de Renda da pessoaluridica" (empresas). Na primeira fase tleelaboração do pacote, especulou-se quepoderia ser aumentado o adicional do IRcobrado das grandes empresas.

Hoje, todas as empresas com lucroanual, superior a 40 mil OTN (CZS 18,4milhões hoje) pagam, além da alíquotanormal de 35%, um adicional de 10%.Praticamente todos os grandes bancos dopaís têm lucro superior a 40 mil OTN e.até o Plano Cruzado, as instituições fi-nanceiras pagavam um adicional de 15%.A Receita cogitou de aumentar nova-mente o adicional dos bancos, mas, se-gundo um técnico envolvido na elabora-ção do pacote fiscal, esse aumento estápraticamente descartado.

Ainda segundo esse técnico, as alte<rações na tributação sobre o mercadoImancciro deve-se restringir ao que já foidivulgado — ou seja, a tributação natabela progressiva (da declaração anual)dos rendimentos de capital auferidos porpessoas físicas em aplicações financeiras.

Patrimônio — Ó IPL deverá serinstituído no pacote fiscal de acordo coma decisão da Constituinte de tachar asgrandes fortunas. O novo imposto serácobrado a partir de 1989, articuladamen-te com o IR sobre os ganhos de capital dapessoa física, que terá a tributação unifi-cada.

Para a cobrança do IPL, a Receitafará a atualização do patrimônio daspessoas físicas. Esse patrimônio é consti-tuído pela relação de bens apresentadona declaração anual. O contribuinte teráde atualizar o valor de bens para aproxi-má-lo do valor de mercado e a partir daíesse valor será corrigido anualmente pelaOTN; Se essa atualização foi subestima-da, o "contribuinte

pagará um baixo IPL— que deverá ler alíquota anual de 0.5'7—. mas quando precisar vender essesbens — com imóveis, jóias, ouro. obrasde arte e açôcs negociadas fora tias bolsasde valores — pagará mais IR sobre osganhos de capital — que incidirá sobre adiferença entre o valor do patrimônio eseu valor de venda, A taxação dos ganhosde capital será feita ou pela tabela pro-gressiva do IR ou por uma tabela espe-ciai, anexa à declaração anual, com ali-quota proporcional, ou única, provável-mente de 20%.

erior a CZ$ 5,2 milhões não pQuem ganha mais pagará mais

SÁO PAULO — Uma análise preli-minar de especialistas da Trevisan e As-sòciados — conceituada empresa de con-sultoria e auditoria — conclui que afórmula do Governo destinada a alterar asistemática do Imposto de Renda vaitaxar mais quem ganha muito e menosquem recebe pouco. Essa será a conse-qüência principal tia diminuição do nú-mero tle faixas de desconto na fonte, quepassará de nove para apenas quatro.

Se realmente optar por essa fórmula,raciocina Wagner de Oliveira Camargo,especialista em consultoria tributária daTrevisan, o Governo terá que, em pri-meiro lugar, definir o salário-base acimado qual a tributação começará a aumen-tar. Na sua opinião, esse ponto de eqttilí-brio lera que situar-se na faixa de 15 a 20salários mínimos.

A grande dúvida, com base nas escas-sas explicações técnicas contidas nas in-formações passadas por técnicos do go-verno á imprensa, é saber como seráestruturada' a nova tabela, para entãoconferir se realmente os contribuintesinstalados em faixas menores de renda —considerando apenas os tributados —serão ou não apenados. Isso realmentepoderá ocorrer porque tais faixas arcarãocom ônus mais pesados, proporcional-mente aos situados em patamares supe-riores de renda. Trata-se de uma distor-ção inevitável pelo fato de que cada faixade tributação passará a abraçar um mime-ro maior de contribuintes.

Percebe-se também outra tentativade apertar ainda mais o contribuinte nocapítulo em que a fórmula apresentadadetermina que a correção monetária nãoincidirá sobre o imposto na fonte — que édescontado mensalmente —. mas simapenas sobre o saldo a restituir, se liou-ver. Na prática, isso eqüivale a dizer queo imposto que a Receita Federal tomoudo contribuinte em janeiro de 1987, porexemplo, só será devolvido pelo seu valorhistórico, em janeiro do ano seguinte,apontou Camargo.

Entretanto, segundo ele. o aumentomais pesado para a classe média queconsegue acumular poupança é a tnudan-ça prevista para o sistema de tributaçãosobre rendimentos e ganhos de capital.Ou seja, os rendimentos principais —como os obtidos no mercado financeiro— que hoje são taxados apenas na fonte,passarão a ter alíquota progressiva. Des-sa forma, os ganhos no open marketteriam uma carga tributária táo elevadaque se tornariam quase inviáveis. Alémdisso, Wagner Camargo entende que oGoverno "estaria cometendo uma graveinjustiça contra o contribuinte, porque orendimento do open só é oriundo decorreção monetária"."Como ent qualquer lugar no mun-do, inclusive no Brasil, correção monetá-ria sabidamente náo é renda, essa idéiade tributação é inconstitucional", garanteCarmine Abbondatti Neto. outro espe-cialista da Trevisan.

IR não será antecipadoO porta-voz do Ministério da Fazen-

da, Francisco Baker, negou que o gover-no pretenda antecipar a devolução daparcela do imposto de renda retido nafonte em 1985 (exercício 1986) para opróximo ano. Falando por telefone deAcapulco, onde acompanha o ministroBresser Pereira c o presidente José Sar-ney na reunião tle cúpula dos oito presi-dentes latino-americanos, Baker disseque o ministro da Fazenda foi mal inter-prelado em suas declarações no avião, acaminho do México. O que o ministroquis dizer, assegurou Baker, é que oscontribuintes que tiverem imposto a pa-gar no ano que vem poderão abatei dasua divida com a Receita a parcela do IRretido a mais na fonte em 1985.

Segundo qualificada fonte da Secre-taria da Receita Federal em Brasília,seria um contra-senso o governo, nomomento em que elabora um pacotefiscal para aumentar a arrecadação, ante-cipar a devolução da quarta parcela tio IR

recolhido em excesso em 1985, que cor-responde á maior fatia do parcelamentoaprovado naquele ano — cerca de 120milhões de OTN, algo como CZS 55bilhões hoje.

A compensação do imposto a pagarcm 88, ao contrário, terá o objetivo dcaliviar o caixa do Tesouro, pois. com asmudanças aprovadas na Constituinte, re-duzindo a arrecadação da União em favorde estados e municípios, a Receita severia em dificuldade para restituir a quar-ta parcela em 1989 — que será atualizadapela variação das OTN até lá.

A compensação no exercício de 1988deverá ser feita no próprio formulário dadeclaração dc renda — o que evitará osatrasos deste ano — e deverá abrangertodo o imposto a pagar. Como no pró.xi-mo ano esse imposto terá correção mone-tária. será mais vantajoso, do ponto devista financeiro, fazer a compensaçãocom a quarta parcela, que sõ seria devol-vida em 1989.

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Tabela de recolhimentoCLASSE DE I RENDA LIQUIDA MENSAL I ALÍQUOTAS I PARCELA A DEDUZIRRENDA CZS CZS

01 ate 4.761,00 —02 de 4.762,00 5.338,00 238.0003 de 5.339,00 21.094.00 10 504,0004 de 21.095,00 30.752,00 15 1.558,0005 de 30.573,00 47.543.00 20 3.095,0006 de 47.544,00 52.490,00 25 5.472,0007 de 52.491,00 82.547,00 30 8.096,0008 de 82.548,00 99.219,00 35 12.223,0009 de 99.220,00 133.811,00 40 17.183,0010 de 133.812,00 165.850,00 45 23.873,0011 Acima de 165.850,00 50 32.165.00

Carnê-Leão vence 2a-feiraBRASÍLIA — Vence na segunda-

feira o prazo para recolhimento do lm-posto de Renda das pessoas físicas sobrerendimentos fora do trabalho assalariadoauferidos em outubro — o chamado Car-né Leão. Estão obrigadas a fazer o reco-lhimento as pessoas físicas que tiveremrendimentos do trabalho náo-assalariado,de aluguéis, e de capital náo tributadosna fonte e os funcionários da Justiça quereceberam rendimentos de pessoas físicase jurídicas.

A tabela para calcular o imposto é amesma que tributa na fonte os rendimen-tos do trabalho assalariado, O imposto écalculado com base na renda líquidamensal, da qual o contribuinte pode de-duzir o equivalente a 20% do rendimento

bruto. Para os rendimentos classificadosna cédula D (trabalho náo-assalariado erendimentos de funcionários da Justiça),essa dedução é limitada a CZS 8 mil.

Alternativamente podem ser deduzi-das as despesas apuradas em livro caixa.Em qualquer caso podem ser deduzidosos encargos com dependentes (CZS 2 milpor dependente) e o valor mensal relativoreferente a pensões judiciais. É dispensa-do o recolhimento se o imposto apuradofor inferior a CZS 50,00 e os centavosdevem ser desprezados. O recolhimentodeve ser feito nas delegacias da ReceitaFederal ou na rede bancária, em Do-cumento de Arrecadação de ReceitasFederais (Darf), em três vias.

aga IPLAfif quer que oCongresso voteOs trabalhos tia Constituinte podem

ser suspensos para que, a partir de de-zembro. o Congresso seja acionado emregime de urgência a fim de analisar o jprojeto de lei sobre a reforma fiscal do ,governo. Essa é a tese defendida pelodeputado Guilherme Afif Domingos, ao jconsiderar que um projeto de decisão dos iconstituintes pedindo a suspensão da re-forma não vai impedir que o pacoiãovenha como decreto-lei. Mas Afif adver-te: "Caso o governo insista em afrontarcom o decreto-lei. o poder constituintepode convocar a eleição para presidenteimediatamente".

Contrário à reforma fiscal do gover-no, o deputado aponta dois pontos comoos mais drásticos do pacote: a correçãomonetária das prestações do Imposto deRenda e a bitrtbutação através da criaçáodo Imposto de Patrimônio Líquido. Eleobserva ainda que náo há colisão dopacote fiscal com a proposta de reformatributária da Constituinte."Isso é umadesculpa" — diz. E ataca: "Tudo c umgolpe. O governo quer dinheiro. E oEstado náo tem ética quando o objetivo édinheiro".

Nesse sentido. Afif ressalta que aredução das alíquotas da tabela progressi-va para quatro faixas náo vai diminuir apancada, uma vez que as oito prestações(a partir de março) virão com correçõesde 15% a 20% por més.

Bresser defende a reforma PMDB vai debatero pacote fiscalRoberto Garcia

ACAPULCO, México — O ministroda Fazenda, Bresser Pereira, classificoucomo irresponsável a iniciativa dos depu-tados Delfim Neto (PDS-SP); FranciscoDornelles (PFL-RJ), César Maia (PDT-RJ) para impedir qualquer alteração nalegislação tributária antes da promulga-ção da nova Constituição. Bresser argu-mentou que a reforma em estudo estárigorosamente dentro dos princípiosaprovados pela Comissão de Sistematiza-ção e precisa ser feita antes do fim doano, em virtude do princípio da anualida-de. Ele explicou que a própria Consti-tuinte reduziu em cerca de 1% do PIB osrecursos disponíveis para o governo fede-ral, Iransferindo-os para estados e muni-cípios.

— A reforma seria necessária paracompensar essa perda — afirmou Bres-ser. Ele argumentou ainda que a reformareduz o Imposto de Renda de classemédia assalariada, diminuindo o nível dasalíquotas de 50% parti 45rí e, alem disso,aumentando o piso de isençáo. Bresseracrescentou que o governo está mexendo

pouco nos impostos que incidem sobre aspessoas jurídicas, visto que elas já pagamem níveis bastante altos.

Ele afirmou que nos próximos anosserá preciso aumentar a receita federalpor meio de impostos progressivos, bemcomo as tarifas públicas com ajustamen-tos corretos: "E o que estou fazendo".Bresser interrompeu uma entrevista ma-tinal em seu apartamento no hotel HyattRegency para falar com um empresáriobrasileiro e ao voltar estava visivelmenteirritado:

O país náo resolve os problemasque tem pela frente se não tivermos ummínimo de coragem para enfrentá-los.Ouando se fala que pode haver um certoaumento de impostos para os ricos, aítodo mundo começa a gritar. Imprensa,alguns políticos e alguns empresários —reclamou Bresser, acrescentando:

Em 1987. existe no país um enor-me populismo e demagogia por parte dosempresários desejosos de votos de seuscolegas e até mesmo dos trabalhadores".Desta vez parece que os lideres sindicaisnáo váo entrar, porque percebem que ostrabalhadores serão beneficiados.

0 DIA-A-DIA DA CIDADE. NO -'cidadet

BRASÍLIA — O presidente daRepublica em exercício, deputadoUlysses Guimarães, assegurou ontemque pretende levar paru discussão pelo 7PMDB a proposta do ministro da Fa- .zenda. Bresser Pereira, de mudança napolítica fiscal, antes que ela seja apro-vada pelo governo.

"Eu náo quero memanifestar a respeito no escuro, semsaber çoncretaniente do que se trata",afirmou.

Ulysses revelou qüe, na conversade semana passada com o ministro daFazenda, foi informado de que estavasendo preparado, ainda a nível técnico,uni pacote fiscal, mas que náo tinhaespecificação concreta. "Sei apenasque são idéias que estáo sendo coorde-nadas sobre as quais o ministro nemconversou ainda, em termos definiti-vos, com o presidente Sarney",

Ulysses Guimarães passou parte ,do expediente vespertino no Palácio,do Planalto tentando contato telefôni-co com o presidente Sarney, no Mexi-co. para se informar sobre a posiçãodos oito presidentes latino-americanosa respeito da dívida externa. "Isso é deimportância capitai". Antes de deixaro Palácio ás 19 horas, conseguiu con-versar com o presidente Sarnev.

JORNAL DO BRASIL Economia sábado, 28/11/87 a 1" caderno ? Í5

Queda de 2% nos juros do SFH reduz prestação em 30%Regina Peréz

SALVADOR — As prestações da casa própriafinanciada pelo Sistema Financeiro de Habitaçãodeverão ficar de 15% a 30% mais baratas, com aredução de um ou dois pomos percentuais nas taxasde juros (o liniil.' máximo o de 12% ao ano) e o'aumento do prazo dos financiamentos para até 25anos. O ministro da Habitação e Urbanismo, PriscoVianna, durante o -18" Encontro da Indústria daConstrução, disse csiar dis|iosto a acatai a sugestãode redução das prestações feita pelo prnpo detrabglho que discute a política habitacional, sob apresidência do diretor tle habitação da Caixa Eco-nômica Federal, Flávio Peixoto, e integrado porrepresentantes tios seiores privados.

O aumento do prazo dos financiamentos,limitado a 20 anos, e a redução nas taxas de jurosdeverão ser anunciados quarta-feira pelo ministroPrisco Vianna. A política habitacional prevê, entresuas direiri/es básicas, a criação de um ConselhoNacional de Habitação, integrado por órgãos dogoverno e da iniciativa privada, com o objetivo deunificar as decisões sobre o sistema.

Prisco Vianna lambem anunciou estudos sobrea concessão de incentivos fiscais e linhas de finan-ciamento especiais para a construção ile imóveispara aluguel. Além disso, o projeto prevê o engaja-mento dos governos estaduais e municipais nosprogramas habitacionais e de saneamento, por meiodatdestinação de recursos orçamentários, O minis-tro quer ainda a participação da iniciativa privadanos programas habitacionais de baixa renda eanunciou a criação tle um conselho curador doFGTS para corrigir as distorções surgidas depois daextinção do BNH.

A proposta de redução nas prestações pormeio da queda das taxas de juros dos financiamen-

Prisco pede voltados investimentos

O Ministro da Habitação, Urbanismo e MeioAmbiente, Prisco Vianna, pediu ontem aos empre-sários reunidos no 48" Encontro Nacional da Cons-triiçáo Civil que a iniciativa privada volte a confiarna política habitacional do governo, atualmente emreformulação e retome os investimentos na constru-ção de casas para a classe média — "principalmente

para a classe média média e a média baixa" —, cujodéficit é muito grande.

Prisco confirmou o que dissera na vésperasobre as mudanças que estáo sendo planejadas,garantindo que

"a queda real dos juros para aquisi-

çâo da casa própria, de um a dois pontos, em nadaprejudicará os agentes financeiros".

Em entrevista antes de voltar a Brasília, namanhã de ontem, Prisco Vianna explicou que seuministério estuda outras providências, como a chmi-nação de alguns fundos que oneram o financiamen-to, redução de taxas de outros fundos "c criação demecanismos de proteção e estímulo ao setor priva-do, que precisa voltar a investir no campo dahabitação".

Confiança — "É preciso aumentar a ofer-ta de casas e, para isso, é necessário que o empresa-rio do setor privado tenha ambiente de confiança e,sobretudo, regras muito claras e definidas e finan-ciamentos assegurados", disse Prisco Vianna.

O ministro revelou ainda que "o presidente

Sarney poderá, ainda na primeira quinzena dedezembro, anunciar nova política habitacional, quetenha como objetivo facilitar o acesso do povo,sobretudo da classe média, aos programas habita-cionais e favorecer os investimentos privados.

Para o ano de 1988, segurando o ministro,estão previstos na Caixa Econômica Federal investi-mentos mínimos de CZS 130 bilhões, que serãoaplicados nos programas habitacionais, Com recur-sos do orçamento, o governo investirá a partir doinício do próximo ano para fazer cerca de 50(1 milcasas populares, destinadas a pessoas situadas nafaixa de um a três salários mínimos, em um plano deemergência.

Í'ri»ro . iVimt.i Mário Ciirãillui

tos não é aceita pelos agentes financeiros quecaplam os recursos da caderneta de poupança. Ovice-presidente da Associação Brasileira das F.nti-dades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip),Mário Gordilho, garante que a medida somenteserá possível se caírem as taxas de juros da captação— os 6% ao ano que remuneram as cadernetas depoupança.— Se reduzirem os juros dos financiamentos emantiverem as taxas de captação inalteradas, osagentes financeiros continuarão preferindo deposi-tar seus recursos no Banco Central — garanteGordilho.

As empresas de crédito imobiliário mantêmdepositados no Banco Central cerca de CZS 27bilhões, "por falta de confiança e segurança nosistema habitacional", segundo o ministro da Habi-tação e Urbanismo. Já o presidente da Câmara

Construção civilrejeita Norte-Sul

A construção tia Ferrovia Norte-Sul enfrentaoposição até mesmo dos empresários da construçãocivil, que seriam os grandes beneficiados com oprojeto. O presidente da Comissão de Obras Públi-cas e vice-presidente da Câmara Brasileira daIndústria da Construção, Hugo Rosa, acha a obra"totalmente inoportuna, porque o problema nume-ro um do país é o déficit público e a inflação". Eleavalia que a Norte-Sul não apenas contribuirá paraelevar o déficit, como acabará consumindo recursosque deveriam ser destinados a outras prioridadessociais.

A CBIC — que reúne 57 entidades do setor —concluiu que o edital de concorrência da Norte-Sul,anulado e objeto de inquérito policial, tinha real-mente várias irregularidades.

O diretor de pré-Operações da Valec (respon-sável pela obra), Manoel Tavares, acha que aFerrovia Norte-Sul tem forte cunho social. Além tlegerar mais de 30 mil empregos — "Num momentoem que o pais precisa de investimentos", diz—, eleacredita que a ferrovia pode desenvolver as regiõesNorte e Cenlro-Oeste, contribuindo para a desceu-tralizaçáo social e detendo o Ouxo migratório queaumenta a favelização do Rio c de São Paulo.

Hugo Rosa náo nega o cunho social da ferro-via, mas acha que o momcnlo é para o paísestabelecer prioridades.

i—i O ministro Prisco Vianna tem um projeto dedois bilhões de dólares, para ser executado

cm dez anos, prevendo a colocação de bondes nas23 capitais brasileiras.As vantagens do bonde como meio de transporte,segundo Vianna, são evidentes em relação aometrô. Embora o metrô tenha capacidade paratransportar dois mil passageiros por hora e osbondes do ministro, apenas 1.200, o custo demetrô i de 130 milhões de dólares por quilòme-tro, enquanto o bonde sai por apenas seis milhõesde dólares. O projeto de Vianna deve começar aser executado no próximo ano.

Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), odeputado constituinte Luiz Roberto Andrade Pon-te, sugere que o Banco Central comece a repassaresses recursos, por intermédio da Caixa EconômicaFederal, para a construção de novas unidadeshabitacionais.

A Cbic propõe ainda a extinção de todos os(lindos que sobrecarregam em cerca de 7% aprestação dos mutuários (Fcclli, Fundhab, Fabri etc)e a redução do Coeficiente tle Equivalência Salarial(Ces) que equaliza o prazo de reajuste das presta-ções com o prazo de remuneração da poupança:

— Precisamos reativar o sistema, fazendocom que as prestações fiquem compatíveis com ossalários, para dar escoamento á produção de imó-veis. Se as prestações ficarem num nível compatível,os recursos destinados â construção (70% da pou-pança e os depósitos do FGTS) não seráo suficien-les para suprir o enorme déficit habitacional quecontinua existindo. Se chegamos a esse ponto, atéos recursos da caderneta rural (destinados somenteà agricultura) deveriam ter uma parcela destinadaao sistema habitacional — sugere Ponte.

Piso salarial aumenta paraCZ$ 3 mil 600 em dezembro

D BRASÍLIA — A primam turma do Supre-mo Tribunal federal (STF), por unanimida-

de, deu ganho de causa a cinco mutuários do Rio.liderados por Ronaldo Luzardo, ao confirmardecisão do Tribunal Federal de Recursos (TFR)que reconheceu o direito do grupo á equivalênciasalarial no pagamento das prestações da casaprópria.Segundo o relator, ministro Otávio Gallotti. oIISIH náo poderia tei alterado os contratos firma-dos com estes mutuários unilatcralmente, já queos mesmos representam "um ato jurídico perfeitoc acabado" e estáo respaldados pelo artigo 153.parágrafo .?", da Constituição em vigor.

DNAE quer capitalprivado na energia,

O Departamento Nacional tle Água e Energia(DNAE) esiá defendendo a participação da iniciati-va privada na geração e distribuição de energiaelétrica, principalmente na região Norle, onde ocusto de produção é mais elevado. O diretor geraldo DNAE. Benedito Carraro, anunciou no 48"Encontro Nacional tia Indústria tia Construção queentregou o estudo ao ministro das Minas e Energia,Aureliano Chaves, prevendo a construção e expio-ração, pelo prazo de 20 a 25 anos. de sistemasisolados (miniusinas) na região Norte, que sena-riam lambem para suprir a carência energética doSudeste. O DNAE propõe porem que a energiagerada pelo setor privado tenha tarifas compatíveiscom os custos de produçáo.

Hoje, a iniciativa privada responde por umaparcela entre 3% e 5% da distribuição tle energia noBrasil náo lendo participação na geração de energiahidroelétrica. O DNAE acha que a entrada do setorprivado no Norte poderia gerar um acréscimo de 12'mil megawatts até o ano 2.010 e essa produçãopoderia ser canalizada também para o Nordeste,onde o déficit é elevado.

Racionamento — Carraro anuncioutambém que o racionamento de 8rfi que vigora naregião Nordeste não deverá ser suspenso na próxi-ma semana. Ele revelou que a usina de Sobradinho,que atende â região, está operando com apenas11 rf de sua capacidade e o racionamento terá de serprorrogado alé janeiro ou fevereiro do próximoano.

A defesa da participação da iniciativa privadana geração de energia na região Norle leva emconta o elevado custo de produção da região.

A situação do setor elétrico é grave na avalia-ção de Carraro. O país tem capacidade instalada de45 mil megawatts, mas se a economia cresce a taxasde 7% ao ano, haverá necessidade de acréscimo de3 mil megawatts por ano, o que demanda investi-mentos da ordem de 4 bilhões e 500 milhões dedólares anuais.

BRASÍLIA — O novo piso salarialnacional é CZS .3 mil 60(), a vigorar apaitir tia próxima terça-feira, anunciou oministro do Trabalho em exercício, tirosde Almeida. O reajuste foi de 20%. Emrelação ao valor vigente cm novembrorepresentará um ganho real de 15% a20%, comparado com o mes de junho, sea inflação se mantiver na casa dos 12%cm dezembro.

O salário mínimo de referência pas-sou a CZS 2 mil 550, um reajuste de12,8%. No caso, segundo as explicaçõesdo assessor do Ministério da Fazenda,Cláudio Adilson Gonçalez, o governoresolveu incorporar o resíduo de 4%referente aos salários cuja data-base c omes de março.

A idéia, disse, é evitar que o mínimode referencia fosse reajustado apenascom base na variação da Unidade deReferencia de Preços (URP), pois, dessaforma, a perda real em relação à inflaçãoseria dramatizada. Adotou-se, então, omès de março como uma espécie de data-

base para o mínimo. Como se sabe, oresíduo para quem tem reajuste em mar-ço é de 23%, com parcelas mensais;equivalentes a 4%.

Desde junho, quando foi criado opiso salarial nacional, o aumento realpode ser estimado em 12% ou 13%,segundo os cálculos de Gonçalez. Issolevando em conta uma estabilização dataxa inflacionária nos meses de novembroe dezembro entre 12% e 13%. De acordocom o decreto de criação do piso, seuvalor real terá de ser duplicado numespaço de quatro anos.

Segundo dados do Ministério do Tra-balho, 65% das pessoas incluídas nomercado formal de trabalho (22 milhõesde trabalhadores) ganham por mês até2,5 salários mínimos. Tal fato, destacamos técnicos do Ministério, mostra a im-portância de se reajustar o piso acima dainflação. Para Gonçalez, o piso salarialnacional está terrivelmente baixo, massua recuperação só pode ser feita deforma gradual.

Pão de Açúcar chega à URSSMoscou vai tersupermercado dogrupo brasileiro

SÀO PAULO — A glasnot (política

tle abertura adotada por MikhailGorbachev, secretário-geral do PartidoComunista Soviético) está ajudando as em-presas brasileiras a ganhar novo mercado:o Grupo Pão de Açúcar, por intermédio desua subsidiária em Portugal, a Planco,instalará um supermercado em Moscou,para vender, principalmente, produtos ali-mentidos.

O resultado da concorrência para ainstalação pela iniciativa privada da primei-ra loja de auto-serviço em Moscou foianunciado onlem por Andrey Gromiko.presidente da União Soviética, durante avisita oficial que Mário Soares, presidentede Portugal, faz àquele país.

O empresário Abílio Diniz. diretor-superintendente do Grupo Pão de Açúcar,comentou o resultado da licitação, da qualparticiparam empresas da França e da

Arquivo — 21/11/84ígéfâsi&tejj.

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IPDiniz: abrimos novo mercado

Itália , afirmando: "E muito significativo ofato de uma empresa do Grupo Pão deAçúcar vencer a concorrência num dospaíses mais fechados do mundo, abrindoperspectivas de novo c importante merca-,do para exportação".

tmmm——m

Ministério da Previdência e Assistência Social

wm$ Empresa de Processamento de Dadosda Previdência Social

rCOMUNICADO

A Divisão Financeira da DATAPREV — Empresa de Processamento deDados da Previdência Social — comunica aos senhores fornecedores que apartir de 30 de novembro de 1987, os atenderá somente às segundas,quartas e sextas-feiras, no horário de 14:00 às 17:00 horas, no edif ício-sededa empresa, localizado na Rua Álvaro Rodrigues, 460 - Botafogo-RJ.

[ /* IFLíMO RANGEI.

_,Af)WS0 ROMANO^./StET-^oe SANTANNA

t".ÍOSAfi.VlRSO«

EX-PRESIDENTE DO IAA NEGA QUE HAJA"ROMBO NA AUTARQUIA AÇUCAREIRA"No comunicado de título acima, publicado na página 15 daedição de ontem do "JORNAL DO BRASIL", deixou defigurar a última linha do texto original que continha aseguinte informação:"MATÉRIA DISTRIBUÍDA PELA ANE — AGÊNCIA NORDESTINA DE NOTÍCIAS"

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16 ? 1" caderno n sábado, 28/11/87 Economia .KííliMAL DO BRASIL

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i*

Depois de vários «.lias cm baixn,as bolsas ele valores cio Rio de .lanei-ro c tlc São Paulo reagiram eslasemana, a partir das notícias de queo novo pacote tributário náo taxaráas operações com ações e da vitória,mesmo qüc parcial, do ('cntrlio, gm-

) de tendência conservadora, naAssembléia Constituinte: O IBV, ín-diee de lucratividade do mercadocarioca, que registra a oscilação d;is75"lições mais negociadas, fechou asemana com valorização de 7,83%,enquanto o índice Bovespa, que rc-gistra a variação das 93 ações maisnegociadas no mercado paulista, fc-chou em alta de 8,16%.

Os negócios ainda estão muitoconcentrados nas ações da Vale doRio Doce e da Petrobrás. Algunsgrandes investidores e até mesmofundações e fundos de pensão tenta-ram comprar grandes lotes de açõesde segunda linha nobre, como Dura-tex, Belgo Mineira e Papel Simão,mas não havia vendedores, Por en-quanto, os pequenos investidoresnão voltaram com força ao mercadode ações, receosos de que em poucos

dias esta tímida valorização desapa-reçn.

(k analistas não estáo muito oti-mistas. Afinal, no quadro político ceconômico não há nada de muitopositivo que ajude as bolsas a entra-rein novamente em tendência de aliaconsistente. A inflação de novem-bro, segundo cálculos ile especialis-tas do mercado financeiro, deveráficar cm tomo tie 12,K()rY e a dedezembro dificilmente ficará em ní-veis mais baixos. O caminho maisprocurado pelos pequenos e médiosinvestidores tem sido as cadernetas,o dólar e, para os que tèm poupançauni pouco maior, a opção é o over-night.

Opções — Antônio Carlos Bal-tha/.ar, da Corretora Arbi, explicaque. por enquanto, não há razõestécnicas para assegurar se o mercadoacionário deverá subir, numa ten-dência de alta, ou irá novamentedespencar. O vencimento de opções— dia 14, cm São Paulo, e dia 21, noRio de Janeiro — poderá influir nocomportamento das ações no merca-

ç

do á vista, lembra Halthazar. Comohá muitos vendedores a descoberto— sem as ações para entregar aoscompradores, caso haja muitos exer-eícios —, poderá ocorrer uma corri-ila para o mercado á vista.

Não é difícil de entender. Se omercado á vista subir muito, puxadoiclas ações de maior liquidez —

ale do Rio Doce no Rio e Petro-brás em São Paulo —, estes vende-dores a descoberto precisam correrpara comprar ações, ou correm orisco de serem pegos sem estes pa-pcis. Esta corrida poderá acelerar aalta das ações Vale do Rio Doce ePetrobrás, e, assim, todo o mercadodeverá subir junto.

Ontem a Bolsa do Rio fechou cmalta de 3,5%. com 4.707 pontos,enquanto Sáo Paulo subiu 2,8%,com 12.142 pontos. O volume denegócios no mercado carioca aumen-tou 7,619? em relação ao de quinta-feira, chegando a C/.$ 630 milhões445 mil. Já no mercado paulista ovolume financeiro cresceu 17,8% emrelação ao anterior, atingindo CZ$ 1bilhão 226 milhões.

Rio e em S~ amoKwtuaafsaísaiufitx.-aum

12.141

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2a 3» 40 50 6a 2a 3a 4a 5° 6a

Ações fora do IBV

>Vi

Bisscx&imxBmmawamTms*amWM->Mmim3 BnBaHBHHIi^i^ai i«iiiim_™_

Ibovespa x^ws (U> mv0»c Foen

CZJ

Mnloree (lltltAArlubos Trovo PP-G „ 13,11. ....... 1.40Haibara PP-G 12.64 .3^56MonnosmannOP-H ,11.88 .1,77P IpiranqaPP-G . . .10.55 5.50AcosilaPP-G .9,68., ... 3.40

Mnioros bnlxoBBicicletaCiiloiPPEH 21,74..,. 14,00Deva PP-G ... 4,19 2,00Adubos CP.A PP-H 3.05 1,25VolocPP-G...... - 3.85 .. 0.25'

Om FechCZJ

Mnioros altasCDV Ind Moc PP-H 26,72 3,20Pirâmides Bros PAG .25,00 ...0,10PocobrasQN-G 20.00 54,00P. Ipiranga OP-G 12,50 4.50DocasON-G 10,00 . 1,00

Mnioros bnixasPolialdon PN-G .16,87 70,00Cato-Amazo TexiilOP-G 5,80 6,50DocasPN-G 1.75 0.56PrrnlIiOP-G 1.27 6.20Forro Ligas PP-H. . 1.10 0.95

ccwsn__E-_iB ;>•-:, ._ STO__r_B___E_E_-lE_»_5-S ICHiO-raBftt-iTOTra^ísTU-aSBT-ra^^^

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W_M_M-——M--MBW-MMMW

Bolsa de Valores do Rio de JaneiroResumo das Operações

Lote;Opções Compra:Exercício:Opções Venda:Termo:TOTALGERALIBV MédioIBV no Fechamento:Das 75 açóes, 52 :negociadas.

Qtde (mil) Vol. (CzS mil)29.881.440 323.13950.802.000 299.996

0.000 0.0001.800.000 18160.000 1.396

82.643.440 624.5494657,02 ( • 3,4%)4707,33 ( • 3.5%)

:eram estáveis e 13 não (oram

Mercado à vista

AcüSttaPP -Q-

Adubos CraPP-H-Adubos Trevo PP -O-

AgioçorosPPEH-

ArucruiPB -H-

AjoyoíJo Travassos PP - G -

BBrasilON -O-

6 Brasil PP G

B.NorüostoOS -H-

BNordosloPS-H-

Banespa PP -G-

Barbara PP-G -

BaidollaPP-G-

Barrono Araújo PB - G-

BolgoMinotfaOP -G-

Bolgo Mineira PP G -

Bicicletas Catoi PB EH-

Bozano.simonsBnOP -G -

BrailosçoOS -Q-

Bradesco PS ~G-

Bradosco Inv.PS -G-

BranmaOP -G-

BraltmaPP -G~

BrasiiilOP -G-

Brumadinho PP -G-

C MiporacaoPart.PP -G-

Calo Brasília PP -G~

CaKalPP-G-

Cala-'ama2onia Toxlil OP

CstaQuazos Loop PA G -

Cbv-ind.MocanicaPP -H-

ComigPP -G~

CorlpP-Q-CimatOP -G ¦

ColapPP -H

CoK_exFngorPP - -D

ColdoxFrtgorPPEOE

Const.À.LindonborrjPP -G

CoponePAEH

GosiguaPS -G-

DocasON - G -

Docas PN G -

Dova PP G

Duralex PP-G -

Eluma OP -G-

Eluma PP -G-

ErgosaPA - H-

Eslrola PP H -

FeibasjiPP -G-

FerraUgas PP --R

FoVtoügasPP -G-

FottisulPP -G-

Fnv -f voteulos PA-H -

GloboxUlilidodosOP G

Iguaçu Cato PB --G-

iochpoPPEG

IlapPP -G

JH Santos PP - G -

JoaoFortosOP -G-

JolnvIilensaPP -G-

7 100

8.000

34,000

2 040 000

1000

169 000

30 000

211.400

3000

2.200

147 600

274O0

200

2000

149 700

1.100

6 0O0

5O0

5900

24500

300

1.600

90 600

21 500

5.000

2.900

252.500

220 100

-G- 10 000

136.500

666 BOO

1 656.300

10.000

3.40

1.25

1.26

2.90

245.00

3.70

70,00

107,00

36.00

36.00

9.70

3,26

700.00

7,00

80.00

61,00

14,00

13.00

18.30

18.50

19.00

50,11

64,00

25.60

0.48

19.00

1,03

1.00

6,50

4.10

2.80

0.61

107.01

3.25

1.25

1.26

2.90

245.00

3.40

70.00

107.00

36.00

36.00

9,60

326

650,00

7.00

80.00

61.00

14,00

13.00

18.30

18.50

19,00

58.11

64.00

25.30

0.48

19.00

0.99

4.10

2.75

0,60

107.01

3.41

1.25

1,39

3.16

245,00

3.69

7067

108.68

36.00

36.00

9,81

3,50

675,00

7,00

81.50

62.55

14,00

13,00

18,30

18.50

19.00

62.69

64,82

25.80

3.57

1.25

1.40

3.19

245.00

3.70

71.01

110,00

36,00

36.00

10.00

3.60

700.00

7.00

82.00

64.00

14.00

13,00

16,30

16.50

19,00

63,00

66,00

3.57

1.25

1,40

3,05

245,00

3.40

71.01

110.00

36,00

36.00

9.75

3.55

650.00

7.00

61.00

64,00

14,00

13.00

18.30

16.50

19,00

63.00

65,00

25,80

0,48

1393

6.16

0.91

2,78

5663

250.00

139.00

151.43

603,45

461.25

201.34

252.74

159.29

19.69

1.01

1,00

6.50

4,15

3,13

0,62

107.01

20,00

1.07

1,00

6,50

4.25

3.20

0,67

107,01

1.00

1.00

6.50

4.20

3.20

0.67

107.01

3.59

12,54

2,24

0.72

5.37

4.08

EST

-0.16

160

2.89

1.68

EST

EST

5.86

6.32

2.04

- 580

1.47

26.72

3.33

87.50

132.35

70.00

154.36

144,46

95.89

175.96

154.17

127,52

287.57

330.71

33,99

80.00

364.63

77,69

111.11

232.14

63.65

65,21

124.00

3

22

5

12

37

2

500 2 100,00 2.100,00 2.100.00 2.100.00 2 100.00

15000 21,50 21.50 21.50 21.50 21,50

100 000

10000

20 000

239.000

5000

0.20

4,50

0,32

24.50

2,00

22000 0.99

56000 0.57

8000 2.10

323.100 11,25

30 000 3,30

364500 4.60

2.300 5.10

156 800 9.80

0.20

4.50

0.32

24.20

2,00

0.99

0,56

2,00

11.04

3,30

4.50

5.10

9,70

600 9.44 9.44

20.000 0.90 0.90

39.200 0.90 0.9O

4 500 1.30 1,30

21 600 0.89 0.88

0,20

4,50

0.32

24,61

2,00

0,99

0,56

2,06

11,30

3.30

4,60

5.10

9.80

9,44

0.90

1,07

1.30

0.89

0,20

4,50

0,32

24,90

2,00

1,00

0,57

2.10

11.70

3.30

4,70

5.10

9.44

0.90

1,09

0,20

4,50

0,32

24,20

2.00

1.00

0.56

2.00

11.35

EST

6.67

6.72

EST

32.00

615,25

166,67

10,00 123.75 3

1,76 80.00 2

-4,19 103.00 3

3.86 217,31 II

3,30 EST

4,55 3,84 306.67

5,10 3,66 392.31

9.80 5.36 136.11

9.44

0.90

1.02

1.30

0.69

4,89

-1,10

2.36

4.71

200 350.00 350.00 350.00 350.00 350.00

1000 000 6,50

30 000 23.00

1000 6.50

120.000

e.ooo15000

0.87

7.80

1.40

6.50

23,00

6,50

0.87

7,80

1,40

6,50

23.00

6.50

0.89

7.80

1,43

Um Nacional Molais PP-G 1.427 500

6,50

23,00

6,50

1,45

0.89

6.50

23,00

6,50

0.92

7.00

1.45

3,49

4.70

7.52

224,14 2

96,23 1

138.30 1

44.50 6

127.87 2 ^2

3,53 220.00 33

Ano N*0

CâmbioMoedftB por dólarCompro Vonda

Coroa Dinamarquesa 6,3702 6.4008Coroa Noruoguosa 6.4017 6,4323CoroaSueca 5,9895 6,0185Dólar Australiano 0,69311 0,69639DólorCanadonso 1,3062 1.3119Escudo 134,43 135,47Florim 1,8568 1.8652ProrrcoBolga 34.511 34,669FrancoFrancôs 5,6187 5.6463FrancoSuiçO 1,3543 1,3607lone 133.31 133.92Libra 1.8064 i ,8141Ura 1218.3 1223,7Marco 1,6504 1,6580Peisota 111,30 111,79Xolím 11,607 11,063

Mooda do tipo b — Dólar por moedaTaxas divulgadas polo BC no lochatnohlo do onloni —

Compra Vonda

9.7230 9.81059,0754 9,770210,341 10,44343,136 43.55647,439 47,884

0,45940 0,4652733,366 33,6851,7951 1,812311.022 11,13245,737 40,183

0,40472 0.40910112,42 113,46

0,050850 0.05133937,536 37,897

0.55671 0,561965,3361 5,3886

Lnrk Maquinas PP -H '6 000 1.30

LuimaPP 72 000 4,70

MtignnsitaPA 24 500 2.95

l»,BngolsPP-G- 10 800 2.00

MangoIsPrt.PP- -P. 14 000 1.60

MannosmannOP -H- 731500 1.70

Mannosmann PP 97.400 1,19

MarvInPP -G 2 000 60,00

Mondas Junwr PA -G 27.500

Mendes Júnior PB -G- 117600

Mot.OuquePP-G- 200 000

Micholono PP-G 160 000

MicrolaDPP-G- 800

MonlroalPP G- 48 000

MullarPP -H- 293 500

OlvebraPP-G- 121500

PacaambuPP GE 182 500

PapoiSimaoPP 29 100

Paranapanomo PP ~G- 170 800

PetroDrasON - G- 500

Poirobras PP-G 469 600

Polroleo Ipiranga OP-G 10 000

Potrotoo Ipiranga PP -G- 104 500

PirolliOP O 2.000

Pirei» PP-G 2 000

PoliaWenPN-G- 1000

Polipropileno PA -H 104 500

Racimi^PP H 10900

RandonPP-G- 50000

HalnparPP 96 200

P,noomPP 89 000

RiograndensePP - -fl 6600

Riograndonse PP -G- 2 100

Ripasa PP-G 28 000

Sado Sul Americana PP G 286 700

SamilnOP-H- 175 800

SorgonPP-G- 200 000

Sharp PP -G 26 000

SouzaCnjzOP 40 100

Suporgasbras PP - G 364 200

Tolor|PN-G- 125 000

Transbrasil PP-G 318 700

UniparPA-G- 21900

UmporPB-G- 1321900

ValBRioDocoOP-G- 3 900

Valo Rio DocoPP -G- 2,130300

VangPP-H- 3.500

VorolmoPP -G- 162 000

Vidrana Sta.Marina OP -G- 41200

Voloc PP-G 22 000

Wog PP ~ G $4 400

White Martins OP -G- 2289 100

1.51

2.20

2,50

15.51

0.60

1,30

0,92

2.80

1.03

6,80

15,90

54.00

83.00

4.50

5O0

6.20

5.10

68.00

1.75

3,00

12,20

9.60

3.10

3,00

3.70

12.50

4.70

63.00

0.60

4.50

115.00

3.60

0.63

0.46

2.00

2.75

42,00

69,00

6,50

0,95

62.50

0.25

31.00

4.30

1.30

4,70

2.95

2,00

1,60

170

1.15

60.00

1.50

2.10

2.50

15.51

0.60

1.23

0.92

2.60

1,00

6.80

15.50

54.00

82.01

450

500

6.20

5,10

68,00

1.70

3.00

12.20

9,60

3.10

3,00

3.70

12.50

4.70

61.00

0.60

4,50

115.00

3,60

0,59

0.46

2,00

2.70

42.00

68,50

6.50

0,95

62.50

0.25

31.00

4,15

1.30

4,70

2,95

2.00

1.60

1.7B

1.19

60,00

1.53

2,20

2,50

16.26

0.60

1,29

0,94

2.80

1,01

6.98

15.97

54.00

84.38

4.50

5.46

6.20

5.10

69.00

1.74

3.29

12.20

9.61

3,11

300

3.70

12.62

4,70

61.90

0.60

455

115.61

3,70

0.60

0.49

1.30

4,90

2.95

2.00

1,60

1 li?

1,20

60.00

1.55

2.30

2.50

17,00

0.60

1.30

0.97

2.10

2.73

42,09

70.33

6.98

0.95

62,71

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Concordatárias

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Pirâmides Brasília PA G 20000 0,10 0,10 0,10 0,10 0.10

Operações a Termo

Tipo Pi»m Quant(mil)

Volum» N°nag.

mt^&x,<!oaBu»<^A\aK'?xzimx,ft!ttj<z?>i!Eiazmrxt;Indicadores diários

OvernightLBC

Taxa da Andlma (bruta): 20,82%Rond, Acum da somaria: 3.41Hund Acum do mos: 12.14

OTNTaxada Andimn (bruta): 21,03%Rond.Acum. da Semana: 3.42Rond. Acum do môs: 12.21

Taxa referencial de CDB% ao ano

Prazo 60 dlan 90 dlaa 180 dlaa16,06 nd nd

Fonlo: Banco Contrai

DóTarOntam Compra VenciaOticial 62.755 63.069Paralolo 75.00 78.00

1987Abr 32.00 Mal 3-1.00 Jun 38.00 Jul 54,00Ago 58.0Ü Sot 58,00 Out 65.00 Nov 68.00Cotação do pnmoiro dia útil do cada môs

Ouro(CZSur lingcto do 250 gramas)

Compra VondaBanco 00 Brasil 1160.00 1175.00Goldmino 1055.00 1070.00Ourinvest —Roal Molnis —Saíra 1160.00 118000Dogusa 1165.00 1180.00Rosorva 1164.90 1179.90

Fundidoras. fornecedoras o custodtantes crodonciados nasBolsas de Morcadonas e de Futuros.

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FuncSo de Ações

SuporgasbrasVala Rio Doco

G 030- G - 030

150 00010000

4.0079.72

4,0079.73

3.9979.72

4,00 599 400.00 279.72 797 225.00 2

Opções de Compra

Pr*ço.Exvrc

QuantILol»)

Agrocores PPEHVaiu Rio Doca PP-G

CLF DEZ 3.50 0.27 0.24 3.600 000 882 000,00CLA DEZ 60.00 16.50 17,04 7 048 000 120 157 500,00CLF DEZ 60,00 470 4.B9 32974000 161532900,00CLK DEZ 120,00 0,30 0.26 290 000 75 800.00CLM DEZ 140.00 0.10 0,10 270.000 27,000.00CLS DEZ 50,00 25,00 25.25 460 000 11616 000,00CLU DEZ 100,00 0.85 0,92 6,160 000 5 70b X0.00

QTDE TOTAL VOLUME TOTAL50 802 000 209 996 500.00

SujKTSavin<i;s27.11.87

valor da cota em CZ$

c* 2.845,04FlexPar 26.11.87 Cz$ 50,53Flexlnvest 27.11.87 C*$

IndicadoresMal Jun Jul Ayo Set Out

InflaçãoIPC (%)

23 21 26.06 3 05 6.36 5.68 9 18

IMPC (%)23.21 21 44 10.05 5.09 7.15 —

FGV (%)27 58 25 88 9 33 4.50 8.02 —

OTN (czsi25156 310 53 356.49 377.58 401,69 424 51

Correção Monetária cm2096 2344 18.02 6.36 5.68 9 18

Caderneta de Poupança (%)24.06 18.61 8 91 8.09 7.99 9.73

Correção Cambial (%i33.86 27.57 6.10 5.08 6.07 9.00

Overnight (%)24.63 18.02 S 91 8,09 7,99 9 45

Bolsa do Rio (%)25 60 47.64 27.59 -18.02 28.86 14.90

Bolsa de Sáo Paulo (%)-10.54 45.00 23.14 - 16.46 29.02 19.27

Mercados FuturosBBF

IBV — Doze (pontos)À vista Dazombro Fovoroiro8482 8837 10800

OTN (pontos)Variação

BMEF

Dezembro522,80

OTN (CZS)Janeiro607,00

Fevereiro714,80

Bovespa (pomos)Dozombro

12650

BOÍ GordO (CzS arroba liquida do 15kg)

OurO (CzS.gr lingote de 250grs)Dezembro Fevereiro Abril1190,00 1673,00 2450,00

FRANGO RESFRIADO (Czs Kg)

DÓLAR (czs»

BMSPOurO (CZS gr lingote de 250 grs )

Dozombro Fevereiro Abril1180,00 1665,00 2480.00

Algodão icz$/is Kg)Dozombro Março Maio

1530,00 1670.00 1960.00Boi Gordo <cz$/is Kg)

Fevereiro Abril Junho1250,00 1365,00 1620.00

Café (CZS mil 60 Kg)

Dezembro Março Maio3425,00 6250,00 9384,00

Cacau (czs miueo Kg)

Valo* RentMb. RflntAto.da Cot* Acum. Acum.

CU No U*. Ho Ano

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Banone _5 7D5.3-.510 940 409 900.86Bogvlgta 4 116.529l->fi 1 979 .g3.67?.2&Borano, Slmoroan 4.141707 i 4pp 7__ sn.soCrtibank 0.009530 Z 4P0 'J6.6H.M

Conta Ouro 14.343000 14 '3.1 309 334 5,Croriibanco 406.567379 594 616 292.80Crehsul —Donas» 344.-673.1 221248 380.66Fmasa 391.773-00 6 514 607-98,78Garantia 3.376.100163 74 199319,12

kxhpo 1 407663880 322227301.83

nau 77 337.304000 234 939 014 00Wail Honda -BC 1295.326000 119 495 614,00M-namnal 38 486496 1 325 644 457,53

MomraalOank 2 3 153,629236 611694.203,-0

MultiplE I 1325911 160 597 |J3_-

Nacional 2699.691749 4 659 788 745,12'

Omega 66 159,341463 48 393 454.81

Rural —. -Supor Savinoa 2626,184444 6.262 947 791,43

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JORNAL DO BRASIL Economia sábado, 28/11/87 D 1" caderno ? 17

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Mercado a vista

Aco Aiiona PPAccs Vill PP C42Adi*» Cia PP C3tAduhrtj Trovo PP Cl 1Agfpcofp& PP COüAítvírijs OPAltpbrti PPAi[.«H(fltHs ONAlnflrçjntfiG PNAn.ddfK) R0S5l PPAmaíonia ONAnd Claylon OP C31ArnanguorB OPAntarc Piauí PNAÃquatoc PP C04Arncru7'PPAAmcníí' PPOArth.f Lanrjn OPArlhur Lango PPAvipal ONAvtpáVÕPAjovwto PP

Baderna PPBandeenilos PPBandspa ONBonoSpn PP C38Bnclista Sil PP C05Barf«t1o PPBEtakjo Mmoif OPBelqo Mino.r PPBí>n:«noX PPB»la PPA INTBola PPCBlc Caioi PPÜBombrtl PPBrndBSCO ONBradosco PNBfHdwço Inv PNBrartma OP C01Bfahma PP C01Brasil ONBmnl PP C58B'B-,iUt OP C02,Bra$incà PPBrasmolor PP C02Bnnq Mimo pP C27Bnjmaríinho PP

Cacique PPCal Brasília PPCanal PPCambuct PPCasa Angio PP C47Cbv Ind Moc PPComag PPCemig ONCerçig PNCnmlg PP C51C«5P PNCovni PNChíipoco PP C16CrtaaKo Avie PNCia Hanng PP C63Cimaí OPOquino Peir PNACitrtjpoçilna PPCohtaíma PP C17Coest Consi PPColap PP C17ComeX PPConfab PPConsi A Lmd PPConst Beler OPConsi Boto- PPAConsi Botnr PPOCon.15 PNCopas PPCopeno PPA EXCor Pitwiro PPCoroólla PNCo signa PNCrodilo Nac PNCremar PP C34Cruioiro Sul PP C07

D H.BPPDist ipirang PP C25Oocas PNDonler PPDona Isatwl PP C32DuraloX.PPCSS

Eboils PNEconômico PP C04Edisa PNElotwiPP C06Eluma OPElumá PPEngemiX PPEnyusa PPA C01Encflson OPEncsson PPEstfoia OP 104Estrula PP 104EucaloX PP

F N V OP C05F N V PPA C05Palor PP C16Fer.Lam Brás PP C53Forpaso PPFoto Brás PPForro Ligas PPFertibras PPForllSül PP C20Feruia PPFlDam PPFtcap PPFrangosul PNFias- Le PP C36Fng Ideal PNFngobras PN

Garota'PPGfasslito PPGr adianto PNGranoieo PPGraziiotín PPGufQRl PP

Harc-ias PP C39Henng Brinrj PP

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La F.onlo Fec PPLfl ponto Par PPLnpo PNUBm PPLflcesa PPUela OP CIOLam Nacional PPLanif Sohrje PPUru MaiJS PP

Laço PP CO?Límasa PPLoj;i5 Amunc PNLojas Haring PP C05Undnmainas PP C02Lunma PP CK

Madoirll PPMagrinsiia pPA Cio

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1 646

50720

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1751.259

1316

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712

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5531

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14016932602117

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38231

8.504.601,301.203.10

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8.5033,00

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0.501,100.41

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1,05390.00

1.310.45

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13.002,807.05

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21.004,20

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26 3.20

8.504.601.301,203.00

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122.0080.008.50

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230.00230,00

0.500.700,810,873 40

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81.0065.00

0.501.100,41

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108.0025.90

1.01390.00

1.300.4_

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21.004.20

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3.06

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?200,00B.054,612.033.59

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3,17

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6 5033.00

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145

105119

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60.004.51

14,10 14.10

20215

61 001

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101126173

15

10116

608238

587342

8100267

25269

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9,402.80081301

11.90

0.880.65

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8,00

0.900.85

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1.103.10

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2,053.00

0,463.05

1,159.-«D2,75O.HO3.81

11.50

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8.00

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11,90

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8,00

0920.85

3.373.100,400,68IV!

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2,073,00

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24,000,900.251,30

1.133,20

110,002.101,65

2.103,00

• 3.2•4,0

-2,4• 0,0-3.6•2.8

.9.4-2.7

15.00 -3,23.202.61 - 3.39.75 - 2.63.60 . 8.66,50

83,00 • 2,468.00 • 5.40,51 • 8,51.10 «4.7

-2.7.3.6

•0.0-4.0

1.4*2,8-8.0

3.9-2.5

•9.7

-1.2•5.2-6.3-3.5-3.2

¦ 24.0-5.2-2.1

•3,3-2.2

2.316.6•3.7-2.8

10,0- 7,8-6,4-2.5•5.7•6.3•7.1

1.613.3

7,6-0.3

10.4210

24.30 .3.83.00 -0.30.56 - 5.02.05 • 2,56.00 - 9.02.25 -7.13.00 - 0.3

3,06 * 1,640 6.00 6.00 6.00 6,00 6.00 • 9.090 052 0.50 0.51 0,52 0,51

19,50 19.50 19.50 19.50 19.50 /49 4.80 4 80 4.80 4.80 4,80 -4.0

10.80

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8.00

0920.85

• 9,5•3,5

• 8,8-3.1

• 3,8•2.1

- 1.1

15.6•2.2

•4.5

11.113,4

- 1.6

8.34,0

•6,010.0

-6.2•3.1

0,24 0.24 0.242,80 2,81 2.80

45.00 45,00 45.0075.86 76.50 76.50

•6,2

• 4.3

3.403.100.400.681.23

24.000.890.Z41.30

1.133.20

110002.101.654.65

2.103 00

»5.9•4,3

16.0•3.1

Mannli PPManoel) Indl PPMnnnosmnnn OPMnnnflsmann PPMarvin PPMassay Po* PNAMassay Pn* ppaMastm PPAMnndos Ji PPBMo.c S Paulo PN 187Mondmnal PPMol tlartwa OPMot üartwfl PPMol Doual PP COIMnl Oüquo PP C.4flMm Goidau PPMetal Lovn PP C3ílMolisa PP C30Micholotlo PP CI6Miciolab PP C06Minuano PPMomno Flum OP C01Moinho lapa PNMomno Sanl OP C01Moinho Sanl PP C01MonUflflt PPMotoradio PPMullm PP CIOMultitnl PP C01MulliloXlil PP C14

Nnkam PP C03NoQnm PPBNordon Mat OP C27Novadata PPA

Olvwbra PP C37Onon PPOXIleno PNA

Pncflflmbu PP EXPnnoX OP C25Panvoi ONPnnvol PNPapol Simno PPPaia Deminas PP C05Paraibuna PPPuianflpanoma PP CGOPaul F Lul ONPoiXE PP C03Pordigno PPPerdigão Agr PNPerdigão Agr PPPordigao Alm PPPnrsico PNPorsico PPPoi Ipiranga PP C26Polrabras ONPolrobras PP C53Pflltenali PPPhoho PNPirolli OP C85Pirellt PP C85PoliaWan PNPoliproC*'fln PPAPrometa! PPPropasa PP

Ouimic Garai PN

Racimoc PPFtnndon PPFkiolONRoal PNRocnjsul PPRef Ipiranga PP C25Rofnpar PPRtwom PPRio Guahyba PPRipasa PP C05Rodoviária PP

Sadn PP C02Sadia Concor PNSudia Oesio PNCSadokm onSndokln OP C09Sadokm PP C09Samitn OPSansuy Nord PPASnnlanenso PP EXSeara Indl PP C04Sohbo Pari PPSharp OPSnnrp PPSid Informat PPSid aconortfl PNASid guaira PPSid nogrand PPSilco PPSouza Cr_i OP C2lStaroup PPSutiepo PPSupergasbrás PPSuiano PP

Tom PPToba PPToe Blumenau PNATocol S Joso PPTechnos Rol PNTecnosolo PPToka PP C44Telesp OE INTTransbrasil ONTransbrasil PP C3bTransparana PNTnchos PPTiol PNTrombini PPTupy ONTupy PN

Unibnnoo ONUrahan^) PNAUnibanco PNBUmpai PPA C41Unipflf PPB C41Usin C Plnlo PP

Vaochl PNVacchl PPVale R Dooo OP C01Volo H Doco PP C01Valmol ONVarga Freios PNVnng PP C18Vorolmo PPVidf Smarina OPVigor PP C05Via Amazônia PNVulcabras PN

Wng PP C39Wombley PPWhit Martins OP

Znnini PPA INTZlvl PP C40

30

2611

42

10

10

6

3146

27520165

514

104

13

24

36,00

2,001,60

1,17

00,0011 001100

2.602 1011.50

1 00

3.50

3,602.102.706 9012.00

3.1016.51

0.55

0.7072.00

3.80133,00102.00

1.30

2.86092

0.95

3.00

113 0,90

20 1.20

63 26,00

0,30

18.19 2,80¦1 1300

236 2,40

248311

129

246406

2.32711

103

1,0247

659

374

160

3361

4 116

201.050

28071

1.255153124

650

3156

33

52403

65

700725

1

286457

1.729

37

1

2875

153

613

50715

6040

1 540

9016

2210

30

22142

10

5

64

283

290

261

297

347

539

322

29350

502

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1.321.32

7.00

0.27

5.50

15.80

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1.15

5.40

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¦ 0.903.:io

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-2,00

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510

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10,00115,00

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92.00

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11001500

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0,480,53

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74,783 80

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12.503 30

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75.003 80

1.15.00100,00

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•0.8• 1.6

*7,3•0,0-0,0

8.0I 4

•4 122,2*Ò,3

1,810,2

1.51,93,8

•0.34,5

-2.0

0,90 0.90 0.901,20 1,20 1.20

26.99 27.00 27.000,30 0.30 0.30

• 8,0/

2.77 2.80 2.80 -3.713.00 13,00 1.1,00 -18.0

2.40 2.40 2,40 • 4,3

0,991.001.321.327.060.275.89

15.9512.972.464.654.685.881.671001.185.60

54,0084.34

2.290,817.516.00

65.011.772.222.05

5.10

3,3012,2023.0022.92

8.705.709,843,070.19

12,6617,40

4703,701.673.503,50340

61,206.206,112.450224.004,606.884 081,703.84

10,26116,16

5.701.073,38

92.53

0.254.005.205,501.557,606.2.10.700,460,487,102.920.903.30

11.0016.32

9,509,759 111,952750.65

0.480.53

42.0070.93

1.001,001,321.327.200,286.00

16.3013.002.504704,705.901.701.001.205.80

54.0086.00

2.400.857.706.01

65.011.B52.30

6,11

3.3012.2023,0023.00

8.705.70

10.003.200.19

13,0018,00

4,703.701.703,503.503,40

62,006.206.112.450.224004.717.004.101.703.90

10,70117,00

5.701.103.60

93.00

0,254,005.205.501.657.626.300,700.460.507.102.920,903.30

11.0016,50

9.519,809.201.952.900.65

0.480,57

42.0071,00

1.001.001.321.327.000.266.00

16.0013.002.504.704.70

•5.2

•2.513.0•4.1

1.0•4.2

590 - 11.31.66 -0,61,00 • 11,11.15 -4.5

11.516

+ 5.520.0•6.2

5.8054,0085.502.400.857.50601

65.011,802,302.05

5.11

33012,2023.0023,008.705,70

10.003.200.19

12.7018.00

4 703,701 703.603.503 40

60.506.206,112.450.224.004,707,004,051.703.90

10.00117,00

5,701.063.60

93,00

0,254.005,205,501,557.606.300.700.460,457,102.920.903,30

11.0016.50

9.519809201.952,800.65

0.480.53

420069.00

-7.3-4.3-2,7• 0.5

•6.1I 6

•4,54,5

•2,3-7,5-9.8•6,611.7.4.0

•2.7-1.6

32,4-0,2-4.1

•9.6

.6.0-5.5.3,3

10.0-06•0612,5

.5.2•4,0

350,00 050,00 350,0017.64

7,300,95

62.750.805.006.20

17,80Mo0.97

63.000.815,006.20

17.807.20097

63,000815.006.00

41103292

30.00 30,00 30,84 31.01 31,016.00 5.95 5,98 6 00 5,954.20 4,20 4.40 4,50 4.45

1.3•4.3.3,2

•3,3-0.8•6.9

0.401.00

0.401.00

0,401.00

0.401.00

0.401.00

ConcordatáriasTttutoi

Amolco PN

Oca PP C57

J B Duarlo PP

Olical PPB

Pir Biasilia OPPir Brasília ppa

57 0,55 0,55 0,55 0,60 0.60 -9,0

103 26,02 25,00 26,46 27.50 27.00 -38

142 0.40 0 40 0.44 0.45 0.45 - 12.5

24 0.25 0.25 0,26 0 26 0,26 .4.0

?1 °'5 0.15 0.22 0 22 0 22 * 37 564 0.10 009 0.10 0.10 0.10

Termo 30 DiasUM IU« F»chto Ouant

Azevedo PP

Cica PP C57

20000 3.94

5 000 30.38

3 94 3 94 3.94 3 94

30.38 30.38 30.38 30 3B

25.88 25.68 25.68 25.8B

~le Opções de CompraP Eivrc Ab«(t '.'¦ . Fchto

Pnl PP C53 DEZPol PP C53 DEZPol PP C53 DEZP.)l PP C53 DEZPol PP C53 DEZPol PP C63 DEZPma PP C60 DEZPma PP C60 DEZPma PP C60 DEZPma PP C60 OE*!Pma PP C60 DEZ

Vai PP COI DEZ

60 00 28,297000 15,00 15,00 18.6180.0090,00

100 00120,00

14,0016,0018.0023.0029,00

90,00

9,504.501,600,403.001.100.600.150.10

9.604,401,500.363 00

11,675.422.150,443001.350.570.160,10

0.70

31.0022,1013206.202.600,603.001,500.700,100.10

0.70

29.0020.0012.505.802.400,353.001.300,550 140,07

0.70

• 9 4-11,1•31.5.38.061.020,625,0

. 18,1100

?40.040.0

1 a 461 861

10 93335 69823 2401300

101 5301.0461138/0

500

Os Investidoresapóso "crash" 67%

4% 7%nn

ffi

2%Venda Venda Nenhuma Nào

total Parcial venda sabem

Crise na bolsanão tira calmacie aplicadores

Os investidores individuais do merca-do de ações americano não se apavora-ram com o crash da Bolsa de Valores deNova Iorque cm l'l de outubro e parecemler adotado uma postura de esperar-para-ver, não liquidando seu estoque de açõesnem comprando mais papeis durante esteperíodo de incerteza. Para eles, o déficitfiscal americano c a principal causa docrash c o maior culpado pela crise é opresidente Ronald Reagan.

listes são os principais resultados deuma pesquisa nacional feita com 1 milpessoas nos listados Unidos pela empresade relações publicas financeiras Adams &Rinehart, do grupo Ogilvy & Mathcr. Apesquisa foi realizada por telefone entreos dias .íl de outubro e 4 de novembro, apartir de um público previamente sclccio-nado.

Alguns dados curiosos surgiram daenqiietc. Os investidores individuaisamericanos acreditam mais em suas pró-prias análises (25%) do que na de corre-tores ou analistas financeiros e 22Cf dototal apontaram os jornais, revistas eanalistas de televisão como pouco confia-"veis. Além disso, na hora de comprarunia ação, o fator que a maioria leva emconta é o preço baixo do papel (ll^b),seguido do crescimento dos lucros dacompanhia (17rr). da reputação/tama-nho da empresa (16%) e dos dividendosaltos de suas ações (11%).

A grande maioria (71 rf) acha impor-tante de alguma forma aumentar os con-troles do listado sobre o mercado aciona-rio c reduzir os negócios comandados porcomputadores. ;\ saída para a crise dasbolsas, segundo esses investidores, passapelo governo americano: 43% responde-ram que é preciso reduzir o déficit fiscal.21% acham que o déficit comercial e quetem que ser cortado e outros 21rr que-rem taxas de juros menores.

Mendes júniorconstrói hotelcinco estrelas

BELO HORIZONTE — A MendesJúnior Edificações, do (impo MendesJúnior, foi contratada pela cadeia hotelei-ra Hyatt, dos Estados Unidos, para cons-truir no Morumbi, em São Paulo, umhotel cinco estrelas com 480 apartamen-tos e seis suites presidenciais, informou odiretor de operações, José FernandesMangueira Filho; O projeto custará W)milhões de dólares e as obras começarãono primeiro semestre de 1988.

O prédio terá arca construída de 50mil melros quadrados, com 19 pàvimen-tos, três destinados a garagem para até5(K) veículos . Segundo José MangueiraFilho, o prazo de construção é de 30meses c a empresa deverá empregar entre600 e 700 operários no pique da obra.

O projeto encomendado pela Hyatt,que tem hotéis em cerca de 00 países, éde um cinco estrelas plus, da classe doshóteis de lazer. Além de piscina, teráquadras esportivas e saunas. Os 19 pavi-mentos serão servidos por seis elevadoresconvencionais de serviço e social. Haverátambém um elevador panorâmico, tipogaiola, com paredes em vidro temperado.

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1

0lflí

•)*>ver renae mais do que a.a 12,92% ::içao pap"

Os investidores que aplicaram seusrecursos durante o més de novembro no<>/'<'') market, em operações de curtíssimoprazo (overnight). deverão ter um rendi-mento de 12,92'';, segundo os cálculosdos operadores de mercado. Quem apli-cou quantias elevadas terá a taxa pratica-mente integral, o que representa no casode CZS 10 milhões, um rendimento de('/.$ 1 milhão 292 mil, em aplicaçõesgarantidas por LBC (Letras do BancoCentral).

A variação do dólar, pelo câmbiooficial em um mês (de 30 de outubro ate30 de novembro), será de 12,K3r'í-, Já aObrigação do Tesouro Nacional — O'1'N— fiscal está com uma taxa acumulada de11,90% e provavelmente fechará o méscom índice ao redor dos 12.84'v. Essavariação será ajustada segunda-feira,com base na taxa oficial de inflação doIBGE: 12,84%.

As aplicações overnight deram umaremuneração aos investidores do início

de novembro até o fim de semana de"9,14'.; acumulados, o que está pcrnuiin'-''do projetar que no més dará 12,92%,"!superior à inflação e abaixo do rendimen-"'lo das cadernetas de poupança — '13.•IO';. Com isso, o Banco Central evita lque os poupadores saquem para aplicar !no overnight e náo descstiiríula os nego-cios no open, na medida cm que rendem •ligeiramente acima da inflação.

I lavia uma grande expectativa ontemno mercado financeiro sobre mudançasna tributação de aplicações de curtíssimo .prazo e também quanto a forma decálculo do rendimento dos títulos-tle -renda fixa. No final da tarde foi confirma-'"do que as operações overnight garantidaspor títulos privados, efetuadas no merca-do de ADM (cheque administrativos),seriam tributadas com uma alíquota me-, 'nor de imposto de renda: (s% ao invés dos

'10'"r atuais. O rendimento dos papéisserá calculado pela OTN fiscal, divulgada 'diariamente. Com isso evita-se distorções 'nos juros dos CDB.

Bancos ignoram resoluçãosobre pequenas empresas

BELO HORIZONTE —Nem todosos bancos estão refinanciando as dívidasdas pequenas e médias empresas, confor-me determinação da Resolução 1.335 doBanco Central. Além disso, os poucosbancos que atendem às solicitações dasempresas descumprem as normas fixadas,de refinanciar em até 36 meses, sendo osseis primeiros a juros de 55% da LBC(Letra do Banco Central), mais 0,5%sobre o principal, só atendendo comprazos de até 12 meses, denunciou o vice-presidente da Ahiplast — AssociaçãoBrasileira da Industria de Plásticos, Ir-ving Marc Kraft.

- Isso é um roubo, porque os han-cos estão pegando do governo com 36meses e aplicando a 12 — acusou IrvingKraft, ao lembrar que os recursos saemdo recolhimento compulsório que as enli-dades financeiras fazem sobre os depósi-tos ao BC. A Resolução 1.335, regula-mentada em junho passado, determinaque os bancos atendam às solicitações derefinanciamento das dívidas das empre-sas. pelo saldo existente em 30 de abril,aplicando ate Af.r dos recolhimentos devi-dos ao BC.

Dos bancos procurados cm Belo Ho-nzoiite — Banco de Crédito Nacional.Nacional. Bemge, Bradesco, ltaú e Ban-co do Brasil — somente neste últimoalguém se dispôs a falar sobre a denunciade Irving Kraft, que é também presidentedo Sindicato da Indústria Plástica deMinas. O superintendente-adjunto regio-nal do Banco do Brasil, José AlencarRodrigues Lopes, disse que já linha ouvi-do esse tipo de queixa e que o BBatendeu a todos os pedidos, tendo libera-do CZS 1 bilhão 350 milhões, segundo asnormas da Resolução 1.335. "Eu lenho

até sobra de dinheiro e devo encerrar-a-;-carteira no final do més. porque há m;fiS'>*íde 20 dias que não recebo um só pedidõ'7";acrescentou. - —-<

O presidente da Associação Mirieíra1"*da Micro c Pequena Empresa. MarceloGuimarães Camargo, disse que. às vçze£!Spor solicitação dos próprios empresários, "foram feitas operações de refinanciamèn- ''to para seis. 12. 18 e 36 meses. "Mas,para as operações de 36 meses, os bancosestavam criando dificuldades, com exi—gências de supergarantias". comentou.Em Minas, existem 280 mil pequenas e -microempresas. respondendo por 60%'dos empregos gerados.

Marcelo Camargo nào soube infor-"mar a quanto ja chegaram, em valor, osrefinanciamentos solicitados pelas peque-nas e microempresas. Disse que, na épo-ca da regulamentação da Resolução""1.335. o Cebrac — Centro Brasileiro de"Apoio à Pequena e Média Empresa'; "calculou que. para cobrir todas as nece.sxVsidades de refinanciamento no pais dessesegmento de empresas, seriam necessá-rios CZS 21X) bilhões. Para Minas, deacordo com um assessor da süpcrinten-déncia do CEAG-MG — Centro deApoio à Pequena c Media Empresa, anecessidade seria de CZS 57 bilhões.

Tanto Irving Kraft quanto MarceloGuimarães são unânimes em prever que.a partir de janeiro, quando expirar acarência dada às empresas que optarampelo refinanciamento, vai ocorrer uma "quebra geral entre aquelas que náo con-seguiram saldar a totalidade do débitonesse período. "Com a LBC a I2rr ejuros no mercado de 20rr. só sobreviveráa empresa que conseguir sair do banco",disse o presidente da Associação Mineirada Micro e Pequena Empresa.

Nestlé vai investir em5 anos USS 250 milhões4

SAO PAULO — Ha um ano noBrasil, o diretor-superintendente daCompanhia Nestlé — empresa com 11mil funcionários e CZS 40 bilhões defaturamento —, Felix Romeo Bruan,lançou um apelo à classe política para quedefina e sustente um programa de desen-volvimento consistente a longo prazo,com objetivos claros e bem definidos.

E urgente definirmos que modeloeconômico queremos — afirmou o em-presário, no país há um ano, que ádminis-trará nos próximos cinco anos um planode investimentos no Brasil da ordem de250 milhões de dólares — mesmo volumeinvestido 1983 a 1987. Os recursos serãodirigidos para a expansão das unidadesindustriais instaladas.

Braun pediu aos constituintes quedefinam com clareza as relações entre ogoverno e a iniciativa privada, o capital eo trabalho, e do país com o resto domundo. Mudanças bruscas de rumo têm,na sua opinião, dificultado o planejamen-to e o bom andamento dos negócios.

Em menos de 16 meses, a econo-mia sofreu dois tratamentos de choque —admira-se o empresário. Desde janeiro, aNestlé alterou o orçamento três vezes.Abriu o ano com previsão inflacionáriade 25l)rr e vai fechá-lo com a taxa de

320%. Para o próximo ano. o patamarinicial é de 22l)rr. "Somos otimistas portradição", diz Braun, que acredita na"'aplicação do plano macroeconômico c nadiminuição do déficit público com a pri-vatização de empresas estatais.

A Nestlé, que enfrentou um congela-mento de preços por quase 120 dias,seguido pela queda no poder aquisitivodo consumidor, fecha o ano com vendasglobais da ordem de CZS 40 bilhões --•'empatando em termos reais com o de-sempenho de 1986. O lucro líquido, noentanto, sofrerá redução real de l(lrr emrelação a 1986, ficando em torno de CZS3 bilhões. O volume de vendas foi matiti-do, segundo Braun. graças à política deracionalização e melhoria da produtivida»de, que levou ao aumento de 69? novolume comercializado.

Das linhas de produtos da Nestlé.uma das que mais sofreu foi a de iogurtes,com queda estimada entre 10 e 12^. Ovolume produzido situou-se na faixa de60 mil toneladas anuais. O segmento de ¦bebidas achocolatadás — com balançoanual de 40 mil toneladas —- cresceu 9%, -e o de chocolates —¦ no qual a Nestléproduz 30 mil toneladas/ano — outros6rr. "Para o próximo ano esperamosresultados melhores", anunciou Braun.

EmpresasInovação — Com exclusivida-de no Brasil, a Mondaine estáinovando quanto às maneiras deusar relógio: acaba de lançar osrelõgios-super, que têm o dobrodo tamanho dos convencionais eque, além da linha para pulso,apresentam versões para uso emcintos ou suspensórios. A novida-de pode ser encontrada não só emrelojoarias, como em butiques.Seguros — A Nacional c aempresa responsável pelos sego-ros dos shows de Sting em todo opaís, bem como do Fest-Rio.listão segurados não só os equi-pámcntos e materiais utilizadosdurante os espetáculos, mas tam-bem despesas irrecuperáveis cau-sadas pela não realização doseventos e eventuais danos sofri-dos pelos organizadores.Macaco — Está cm operaçãona Auto Mecânica Roda Leve,São Paulo, o primeiro macacohidráulico produzido no Brasil.Usado para a troca de Óleo emveículos, tem válvulas de contra-fluxo e cilindros pneumáticos de-senvòlvidos pela empresa Schra-

ííft-v ^^_!$áí —

Fm ÍÈ

*• iMtmwder Bellows. O macaco poile et-guer 2,5 toneladas, com possibili-dade de ampliação para quatrotoneladas.Fraldas — Já há algum tem-po usado nos Listados Unidos ena Europa, está sendo lançadono Brasil o Pipi-Fraldas Serviçospara Bebês, que entrega a domi-

cílio fraldas de algodão lavadas eesterilizadas industrialmente.Entre outras vantagens, as fral-das desse serviço custam aproxi-madamente 5.0% mais barato'que as fraldas descartáveis.

Natal — A João Fortes Enge-nharia e o Centro EmpresarialRio acenderam ontem a ilumina-ção em neon que ornamenta aspalmeiras da alameda do prédiona Praia de Botafogo. Nas cores '

do arco-íris, a ornamentação, de-nominada Sete Anéis, é obra doartista plástico Antônio Pcticoy eficará acesa até d de janeiro* \comemorando Natal e AnevNovo.

Laser — Com mais de 2 miltítulos à disposição dos clientes^já está funcionando no Rio

"a"

primeira loja especializada há,,,venda de coihpact disc, o discolaser. Localizada em Ipanema-.(Rua Visconde de Pirajá, 547 li"114, telefone 294-7641), a lojainclui a entrega a domicílio de'discos de variados gêneros eépocas.

18 ? 1" caderno ti sábado, 28/11/87 Economia JORNAL DO BRAíSíít

Preço do automóvel sobe até 24 ,48%

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¦f MOINHO FLUMINENSE SAINDUSTRIAS GERAIS CF"abrasca UMA IMPfiFSfl

COM AÇÕES IMTOOtB OO PUBIICO

Companhia Aborta do Capital Privado Nacional

C.G.C. 33.009.960/0001-71

Relatório da AdministraçãoSenhores Acionistas:Temos a satislação de apresentar aV.Sas.o Balanço Pa-trlmonlal intermediário em 30.09.87, acompanhado da De-monstraçào de Resultados relativos ao primeiro trimestredo exercício social, e das respectivas notas explicativas.Apresentamos lambem, breves comentários sobre odesempenho da Companhia no período, bem como desuas principais Coligadas.

ATIVIDADES PRÓPRIASCom a retirada, em junho de 1987. de grande parte dosubsidio dado ao trigo e conseqüente elevação dospreços de vendas de larinhas, houve uma retração demercado que se lez sentir até meados de agosto. A par-tir da segunda quinzena do mês, observou-se umaretomada da demanda, exigindo das Autoridades doSelor rápida reposição das cotas adicionais de trigoque haviam sido suspensas temporariamente.O volume de vendas de larinhas no trimestre posicionou-se 16% interior ao mesmo período do ano anterior.A tendência para o ultimo trimestre do ano é de deman-da mais elevada devido ao período sazonal, lavorávelpara o consumo de derivados de trigo.

FÁBRICA DE TECIDOS TATUAPÉ S.A.No terceiro trimestre de 1987, o mercado têxtil vivenciou

um período bastante favorável, apresentando uma tondéncia do recuperação, que começou a delinearsedesde julho o foi gradativamente se consolidando.No mercado interno, os volumes de faturamento detecido de algodão, lençóis e Ironhas, tiveram reduçãode 10% e 3%, respectivamente, quando comparadoscom o mesmo período do ano anterior, em virtude daEmpresa ter incrementado correspondentemente osvolumes destinados à exportação.A produção da Empresa continua sondo insuficiente paracobrir a demanda.Nesse trimestre (oram investidos CzS 190 milhões, des-lacando-se a liação "open-end" e tecelagem, comCzS 39 milhões e a aquisição de 256 teares sem lança-deira, com CzS 75 milhões, ambas em Americana.SP.

S/A MOINHOS RIO GRANDENSES • SAMRIGO desempenho comercial, principalmente dos produtosde exportação propiciaram um mix do venda lavorável,reduzindo os custos operacionais.Nos produtos de consumo interno, o desempenho nãoloi favorável, lace a depressão de preços imposta peloGoverno através do CIP.As despesas financeiras influíram negativamente nosresultados até 30/06/87, representando 15% do fatura-monto, passando a 17% no trimestre iulho/solembroMesmo assim o resultado loi de CzS 9,5 milhões.Com a Conclusão da programação de compras da ma-

térla-prlma básica — so|a, e a realização dos estoques,o resultado do último trimestre do ano deverá se apre-sentar positivo.

MOINHO RECIFE S.A. EMPREENDIMENTOSE PARTICIPAÇÕESNo período em comentário, os volumes comercializados(oram interiores ao do mesmo trimestre do ano anterior,fundamentalmente devido ao aumento registrado emjunho último, com a retirada de grande parlo do subsi-dio concedido ao trigo. Todavia, devido a participaçãoexpressiva das Empresas Controladas e Coligadas,o resultado apresenta-se satisfatório.

Rio de Janeiro, 26 de novembro de 1987

Carlos AntichDiretorPresidenteEdmundo Sperb FilhoDiretor de Relações com o MercadoHorácio Ives FreyreDiretorLuis Maria MirazonDiretorMaurilio Ferreira SandreDiretorJosé Dácio Afonso MirandaDiretor

MOINHO FLUMINENSE S.A. INDUSTRIAS GERAISBALANÇO PATRIMONIAL EM 30 DE SETEMBRO DE 19G7

(Em Milhares de Cruzados)

ATIVO

Posição na Dnta Posição na Datado Encerramento do Encerramento

do Io Trimestre do Balanço3009-87 30-06-87

CIRCULANTE

Caixa e bancosAplicaçõesfinanceiras

Contas a receber..Valores

negociáveisDividendos

a receber decontroladase coligadas

Adiantamentoa fornecedores ...

Outros créditosEstoquesDespesas

do exercícioseguinte

10.052

176.241

2.305

15.701

12.61710.27063.466

30.469321.121

4.337

1.00088.108

2.305

25.675

13.2626.417

44.139

7.536192.779

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

Empréstimose obrigações •Eletrobrás

Empresascoligadaso controladas

Depósitos paraincentivosfiscais 18.343

Outros Créditos .... 2.765

12.338

3.774

8.745

1.138

18.3432.316

37.220 30.542

PASSIVO

Posição na Data Posição na Datado Encerramento do Encerramento

do 1" Trimestre do Balanço30-09-87 30-06-87

CIRCULANTE

FornecedoresFinanciamentos

e empréstimos .Obrigações

sociaise tributárias

Empresascoligadase controladas...

Dividendospropostos

Provisão paraimposto derenda

Outrasexigibilidades ..

96.178

8.525

74.664

323.125

122.296

31.954

38003694 745

EXIGIVEL A LONGO PRAZO

Financiamentose empréstimos ... 56.251

Provisão paraimpostode renda 79 318

Outrasexigibilidades 78

PATRIMÔNIO LIQUIDO

CapitalPaisExteriorCorreçãomonetária docapital

135.647

868.7941.171.686

PERMANENTE

Investimentos.Imobilizado

10.251.228335.871

10587.09910945.440

7.587.566218.092

7.805.6588028.979

Reservas docapitalReservasde reavaliação..Reservasde lucrosLucrosacumulados

( —) Ações emtesouraria

5751.3867.791.866

174.706

230.409

585.879

1.332.190

(2)10.115.04810.945.440

153.168

171.957

30.642

17.489

122.296

22.809518.361

40.442

18.202

6658.710

868.7941.171.686

3.983.0916.023.571

130.726

180.712

452.919

691.083

(27.103)7.451.9088.028.979

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO(Em Milhares de Cruzados)

de Jul aSel/87

de Jul aSol/86

Vendas de produtose mercadorias

Serviços PrestadosReceita bruta operacional....

Menos: impostos sobrevendas e serviços

Receita liquida operacional.Custos dos produtos

e mercadorias vendidase dos serviços prestadosLucro bruto das vendase serviços

Resultado da participaçãoem controladas e coligadasEquivalência patrimonialdos investimentosRealização de reservade reavaliaçãoLucro bruto

Outras receitas operacionais.Despesas operacionais

Financeiras, liquido:Variações monetáriaspassivasJuros passivosOutros

1.084.403 231.2261.078 644

1.085.481 231.870

174.858 36.651

910.623 195.219

735 717 150 875

174.906 44 344

Variações monetáriasativasJuros ativosOutros

ComerciaisGerais e administrativas....Remuneração dosadministradoresLucro operacional

Receitas não operacionaislíquidas

Correção monetáriado balanço patrimonialLucro antes do impostode renda

Provisão para o impostode rendaLucro liquido do período

Lucro por ação:Sobre o número de açõesao linal do período (lotede mil ações em 1986)Quantidade de ações(lote de mil em 1986)

461 269

3.353639.528

10.614

12.164102.426

6060120.650

1.7762.3388283

12.39710825321.92169.229

1.097449.642

3.695

327.395

730.732

89.721691.011

196.407

5475246.226

2.461

30891.9064.995

12.359520

12.879(7.884)

7.10518.922

479230.065

1.065

231.130

11.236219.894

CzS 14,77 CzS 7.05

46.800.000 31200 000

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE SETEMBRO DE 1987NOTA 1 — Atividades — Além das atividades industriais,o estatuto da Companhia, lambem prevê como partede suas operações sociais, a participação societária emoutras companhias, bem como apoio administrativo efinanceiroNOTA 2 — Capital — Pela AGE de 27 de maio de 1987.

loi aprovado o grupamento de mil ações por uma. O Ca-pitai passou a ser representado por 32.790.278 açõesordinárias e 14.009.722 ações preferenciais, todas semvalor nominal.O capital da Companhia que era de CzS 2.040.480.000.00.loi aumentado pela AGOE de 30 de outubro de 1987. com

a incorporação da reserva do correção monetária docapital, para CzS 6.023.160.000.00. Na mesma oportuni-dade o número de ações loi desdobrado com a substi-tuiçáo de cada ação existente por duas novas ações,estando composto por 65.580.556 ações ordináriaso 28.019.444 ações preferenciais, sem valor nominal

NOTA 3 — Investimentos

EmpresasFábrica de Tecidos Tatuapé SA Moinho Recife SA, Empreendimentos o ParticipaçõesS A. Moinhos Rio Grandenses ¦ SAMRIGBanco Francês e Brasileiro S.A Vera Cruz Seguradora S.A Quimbrasil - Química Industrial Brasileira S.ASãntlsta Indústria Têxtil do Nordeste S.ALubeca SA Empreendimentos e AdministraçãoAlimonda SA ;-., Toalia S.A. Indústria TêxtilProceda S.A. Serviços AdministrativosTaxi Aéreo Flamingo SASerta Serviços de Treinamento e Administração S/C LidaPelybon S.AOutros Investimentos

' Período do 01.01.87 a 30.09 87" Resultados não divulgados por se tratar do Companhia Abertacuias demonstrações serão publicadas oportunamente

Patrimônio Participação Lucro/(Prejuízo) Ganho/(Perda) Valor ContábilLiquido Percentual no período Equiv. do Invest. do Investimento

(Mil CzS) (Mil CzS) (Mil CzS) IMil Cz$)

8.743.822 42,05 491.373 206.629 3671.0254.692.577 32,12 244.660 112.013 1.507.3432.593.169 42.33 (227.459) 43 040 1097.671

12,47 (9.780) 1.136 2392 192.786 34,61 (270.583) (48.962) 758.9073.207 108 15.12 548410 82.910 484.8602.745.046 14.04 219838 27.733 385.4693.189 136 10,92 100 580 3.175 348.370

878.566 20.00 33.693 2.506 175.716863.506 9,64 55.302 2 672 79.644304.461 25,12 4 422 3 762 76 489108 730 26,23 11807 6 476 28.52226.147 20,00 3,296 691 5.229

909.594 29,86 83764 31 757 316515179 229

464,622 10 251.228

Carlos AntichDirotor-Presidenle

Luis Maria MirazonDiretor

Edmundo Sperb FilhoDiretor de Relações Com o Mercado

Maurilio Ferreira SandreDiretor

Horacio Ives FieyroDiretor

José Dácio Alonso MirandaDiretor

Marcos Tadeu de SimoniContador CRC-RJ 10 563/87

C.P.F. 541 451.637/53

a partir de*1 •* rIO)

Os preços dos automóveis dc passeio ecomerciais leves aumentam a partir de hoje ate24,48%; ônibus e caminhões, até 26,75%;tratores, até 26,46%, O reajuste autorizadopor telex cio ('II' (Conselho Intcrministerial dePreços) a Anfavca (Associação dos Fabricamtes de Veículos Automotores) entra em vigorautomaticamente,

O secretário-adjunto para preços iiidus-triais da Seap, Wcnceslau Magalhães, anun-ciou 0 repasse — o terceiro depois do íiin docongelamento explicando que as indústriasreceberam o percentual máximo e uma mediaponderada de aumento que distribuirão deacordo com o peso nas vendas de cada veículo.A média para os carros dc passeio terá de ficarcm 20,40%; para os ônibus c caminhões,22,29% ; para os tratores, 22.05'';. Em até II)dias, as montadoras devolverão ao CIP aslistas de preços para serem homologadas.

O critério para conceder o novo aumentocorresponde, segundo Magalhães, ao acordofeito entre a Anfavca e o CIP e satisfaz asexigências do setor. A associação encaminhoupedido de 19% de aumento, sendo 13,39% de

variação dc custo e 5,6% de resíduo (defasa-gem desde setembro), Magalhães explicou queo CIP concederá o resíduo em duas parcelas: aprimeira em dezembro c a segunda cm janei-ro. Mas agora foram incluídas as variações'düseusios ocorridas durante o tempo de análisedas planilhas. "Fizemos uma previsão da va*liação dos custos desde o último dia 12,quando foram coletados os números pela asso-ciação, até ontem, dala do reajuste". Essaprevisão será descontada no próximo aumentoreivindicado pelo setor.

Com relação á Autolatina — holding daVolkswagen e Ford — Magalhães "ignorou" oaumento praticado em função da liminar con-cedida à empresa, "listamos dando um novoreajuste em cima do último aumento que-nosautorizamos c acredito que, como estamoscumprindo nossa parte no acordo de eavalhei-ros, a Autolatina volte atras em sua posição",comentou. Por este acordo, a Anfavca com-proleu-se a cumprir a lei. ou seja, encaminharas planilhas de custos e toda documentaçãoexigida pelo CIP, além de concordar empraticar somente o aumento autorizado e nadamais.

Remédio aumenta na 2a-feiraNa próxima segunda-feira entrará em vi-

gor o aumento médio de 22'r nos preços dosremédios, com reajustes, em alguns easos, deaté 150% . O secretário adjunto para preçosindustriais da Seap. Wenceslau Magalhães,explicou que. entre as 13 mil 800 apresenta*ções da indústria farmacêutica, existiam piei-tos de 250% dc aumento. "Mas náo demosisso. nem mesmo 2009?" — acrescentou.

Os remédios tiveram há um més aumentomédio de 15%, sendo que, segundo justificati-va do CIP, alguns chegaram a 230% deaumento em função de "erro na publicação noDiário Oficiar', Os novos preços que vãovigorar na segunda-feira deverão ser publica-dos no Diário Oficial de quarta-feira, mas comvigência retroativa. "Teremos de publicar umsuplemento, o que levará muito tempo para

ser digitado, e nos comprometemos com aindustria a autorizar o aumento segunda-feira", explicou Magalhães.

A análise do pedido de aumento encami-nhado pela Abilanna (Associação Brasileiradas Indústrias Farmacêuticas) ao CIP foi efe-tuada "em tempo recorde", disse Magalhães,em função do reconhecimento da defasagemdo setor. "Temos

que reconhecer as defasa-gens e náo deixar as industrias esperando",confirmou.

Das 13 mil 81 Kl apresentações de remédios,pelo menos a metade não é comercializada,mesmo assim o CIP autorizou aumentos paraesses produtos.

"Mesmo estando fora de linha,esses produtos precisam de preço para o casoda indústria decidir voltar à sua comercializa-çáo". acrescentou.

robras tenta pagar maisbarato petróleo importado

A Petrobrás está tentando conseguir dosfornecedores a redução do preço do petróleo,pois as cotações do óleo comercializado sobcontrato estão acima das taxas cobradas nomercado spot, informou ontem o diretor co-mercial da estatal, Carlos Sant'Anna. A em-presa comunicou aos fornecedores a intençãode rever os preços e espera resposta para apróxima semana, antes mesmo da reunião daOpep — Organização dos Países Exportadoresde Petróleo.

O preço médio da Opep é de USS 18 obarril, mas no mercado spot o óleo vem sendocotado com uma diferença de USS 0.80 a USS

1 por barril. A Petrobrás importa 61(1 milbarris diários de petróleo, dos quais 1111 mil

destinados ao refino para exportação. O preçomédio pago pela empresa este ano situa-sepouco acima de USS 16.20 FOB. tendo alean-çado no primeiro semestre a média de USS13.50 por barril. O preço médio não chega aosvalores da cotação da Opep. porque a empresaimporia óleos baratos, da ordem de USS U.para fazer o blcnd para o refino.

Conforme afirmou o diretor, o mercadointernacional está oferecendo e, mesmo com achegada do inverno no hemisfério norte, náose verificou reação no consumo, Assim, osespecialistas náo esperam alteração dos preçosna próxima reunião da Opep, prevista para asegunda semana de dezembro, cm Viena.—

Consumo de energia aumentaO consumo de energia elétrica de janeiro a

outubro cresceu 3,6% em relação ao mesmoperíodo do ano passado de acordo com osdados do Departamento de Mercado da Ele-trobrás. Nos últimos doze meses o aumento dademanda foi de 4,1% inferior ao crescimentode 8,8% nos doze meses anteriores. O consu-mo industrial, equivalente a 54,1% do merca-do. aumentou apenas 1,7% contra 8.9% noperíodo anterior.

Conforme informou a Eletrobrás, o consu-mo de março a outubro deste ano apresentou

Abece lança oCentro do Rioa 8 de janeiro

O Centro Internacional de Comércio doRio de Janeiro será lançado oficialmente nodia 8 de janeiro durante a solenidade deassinatura da cessão de áreas do porto cariocapara sua instalação. Isso foi o que ficoudecidido em almoço no Palácio Laranjeiras,ontem, do qual participaram o governadorMoreira Franco, o ministro dos Transportes.José Reinaldo, o presidente da AssociaçãoComercial do Rio de Janeiro. Amaurv Tempo-ral, e o presidente da Associação Brasileiradas Empresas de Comércio Exterior (Abece) eda Teleport SA, que coordenara o empreendi-mento, Paulo Manoel Protásio.

As projeções da Teleport indicam que oCentro Internacional de Comércio do Rio deJaneiro atrairá investimentos privados da or-dem de 150 milhões de dólares na sua primeirafase. proporcionando a construção e moderni-zação de prédios para 1 mil 500 escritórios,criando 85 mil empregos. Paulo Protásio rei-vindica para o Centro os armazéns 1. 2 e 3 docais do porto, que seriam adaptados paraservir como área de exposição, e a estaçãorodoviária da Praça Mauá.

redução de 11.1''! em relação às previsõesfeitas em setembro de 1986. Em março foiadotado o racionamento no Nordeste, regiãoque registra queda de 3,5% na demanda, dejaneiro a outubro.

Considerando-se o período dos últimosdoze meses, a região Norte (3,7% do merca-do) apresentou o maior crescimento no consu-mo de energia elétrica, com a taxa de 34,8%.No Sudeste (67%- do mercado), o aumento foide 2.8%. no Sul, de 8,9%, e no Centro-Oeste.de 7.6%.

Modiano ameaçalíder da UDRcom processo

O exportador de café Umbérto ModianJvai processar por difamação e calúnia o rejiré-sentante da Uniáo Democrática Ruralista(UDR) no Conselho Nacional do Café, Ma-nuel Bertone. Bertone disse à Agência Estardo, divulgada por vários jornais, que

"a enupresa de Modiano ja estava comemorando avitória dois dias antes da decisão da Justiça",referindo-se à decisão do Tribunal Federai deRecursos de obrigar o IBC a registrar 1511 milsacas de café para exportação, operação feitapela Bahia Café, de propriedade de Modiano.

Modiano. que recentemente ganhou noSTF uma indenização que poderá chegar áUSS 50 milhões por perdas e danos, afirmouque interpelará Bertone com base na Lei ífèImprensa. "Se confirmar a informação, vouprocessá-lo por difamação e calúnia. Se dês'-mentir, tera tomado a atitude de um covarde";atacou Modiano. O exportador, também donoda Ourofino. entende que Bertone insinuouque os 17 juizes do TFR foram subornados."Quero

que prove o que disse. Vou até o finalpara desmascarar esses falsos lideres que que-rem utilizar os cafeicultores e membros decooperativas de café para fortalecer a UDR.Imagine se esse pessoal da UDR tomarnçpoder", desabafou Modiano.

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IM Silva 21/112°.]3 Babenko 10 Cl 59s

IndicaçõesPaulo Gama

I Parco: Opus 0 Pace Maker • Calmira — Opus está maduro naturma c contou com a preferencia do José Aurélio. Pace Makertem exercícios animadores e merece respeito também. Calmiratem atuado regularmente.2o Páreo: Epitrope • Joy Spring • Faledela — Não poderia sermais fraca a companhia para Epitrope. Joy Spring volta bempreparada e normalmente é o principal nome para a formação dadupla. Faledela é bom reforço sobretudo se a corrida fordisputada na grama.3S Páreo: Tuzla • Garita • Delvn — Tuzla tem atuado semprebem e aparentemente não tem adversários. Garita decepcionouna corrida de reaparecimento, mas pode reabilitar-se Delvnadaptou-se bem a direçáo do Juvenal.r Páreo: Congonhas • Rhayader • English Team - Congonhasvoltou correndo bem provando sua total recuperação Maisaguerrido deve ser apontado como provável ganhador. Rhayaderdefende o retrospecto e náo pode ser abandonado. English Teammostrou progressos na última atuação.5" Páreo: Marie Galante • Diagnose • Dcmoiselle Chris — MarieGalante nao correspondeu a expectativa, mas evoluiu muito epode apagar a ma impressão da estréia. Diagnose enfrentou oscavalos sem sucesso. Aqui deve ser olhada com atenção. Demoi-se He C hns e um ótimo azar.fí0 Páreo: Markmont • Delgay • Jody — Marknioiu é muitocorredor e pode derrotar Delgay, um adversário temível. Jodyganhou com firmeza e pode ser colocado nas combinações dedupla exata.7U Pareô: Husavik • Tiller Sun • Jimrriy Jones — Husavik está.melhorando a cada corrida e pode dèsencabular na direção dolíder da estatística Jorge Ricardo. Tiller Sun mostrou melhora', fiaultima e só perdeu nos metros finais. Jimmv Jones náo teve¦direção inspirada do Aurélio.8" Páreo: Dèreia • Jandiróba • Grande Pedida — Dereia deixouimpressão magnífica cm sua vitória recente. Jandiróba ganhou•com sobras na areia e depois decepcionou na arama. GrandeI edida esta mais aguerrida e vai dar trabalho aos favoritosB' Pareô: Great Impaçt • Betemps • El Calypso - Great ImpactSO perdeu nos metros finais e para um animal superior a turmapctcmps ganhou duas seguidas e não pára de evoluir.JiT Páreo: Gel Out o Decatlo «fio Derek — Get Oul defende oretrospecto na direção do Juvenal. A prova é uma verdadeiraloteria e será preciso o apostador colocar vários animais noponcurso. Bo Derek. Decatlo e Bandojero são nomes cocitáveistambém.

CânterDestaque negativo — Aumenta cada vez mais onumero de gatos nas dependências do Hipódromo da Gávea. Na-Tributia Especial eles dão um show de falta dc higiene com aíconivetieia de funcionários. Alguns até servem pratos com restoside comida ao lado das lanchonetes sem respeitar a presença dos•ttirfistas. Mas este não é o único problema. O pior são os riscos dc.'acidentes. Esta semana, durante a realização de um páreo um

(galo preto cruzou a pista rigorosamente no exalo momento emtaue os cavalos entravam na reta final, Não será surpresajportanto, se cm breve ocorrer uma queda devido aos cavalos e'gatos se atropelando na raia.

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40 melhores

sábado, 28/11/87 a 1" caderno o J9

Luiz Mattar sobe rapidamente no ranking e deverá encerrar o ano entre os

Mattar faz a final mais desejadaOultydes Fonseca

1TAPAR1CA, Bahia —O brasileiro LuizMattar, 24 anos, e o norte-americano AndréAgassi. 17. farão a final que o público queriano GP de Itanarica. que paga 516 mil dólaresde prêmios. Hoje ás llh, os dois estarão na

uadra central para fazer um jogo esperadoesde o início porque Mattar representa o

Brasil e Agassi ganhou a simpatia de todos.

O vencedor dc hoje ganhará um prêmio de90 mil dólares, mas os apostadores que com-praram sua chave no leilão realizado no come-ço do torneio ficarão sem um valor calculadoem CZS 4 milhões. E que, atendendo arecomendação do Conselho Mundial de Téni

leilão. Segundo o supervisor do Conselho,Ken Farrar, esse tipo de leilão náo é bem visto

pela entidade. Mas também levaram-se cmconta os problemas ocorridos no ano passado eneste, por causa da torcida que alguns aposta-

ãMasculino, os organizadores cancelaram o dores fizeram contra tenistas brasileiros.

por seu estilo agressivo de jogar e sua simpatiano relacionamento com os adversários e com atorcida.

Nas semifinais de ontem. Mattar conse-guiu virar uma partida praticamente perdidadiante do (checo Tom Smid. enquanto o norte-americano passava ate com certa facilidadepelo argentino Martin Jaite. por d/2. 7/5. Emsua partida. Mattar já perdera o primeiro setpor 614 e no segundo perdia de 5/2, com Smídsacando: quebrou o serviço do adversário,recuperou os pontos, levou o set para o lie-breaker e aí venceu dc 7 a 4. E no último setmanteve o equilíbrio até os 4/4 para entáoquebrar o serviço de Smid e fechar em 6/4.

Resultadosst 11 'I imimÊmÊmmmmiuaiMmmim

SimplesLuiz Mattar (Bra) 4/6,7/6,6/4 Tomas Smid (Tchec)Andte Agassi (EUA) 6.-2,7/5 Martin Jaite (ArgDuplas a'Sérgio Casal Emílio Sanchez (Esp) 4-6,6 3,6-2 Ivan Kley D. Marcelino (Bra)Jorge Lozano(Mex). Diego Perez(Uru)... 6 4.6/4... Tomas Smid (Tchec) Ken Flach (EUA)

Hoje FinaisSimples

Luiz Mattar (Bra) André Agassi (EUA)Duplasbergio Casal Emílio Sanchez (Esp) x Jorge Lozano (Mex) Diogo Perez (Uru)

Luiz Mattar

O brasileiroque vence GPs/% os 24 anos de idade e apenas três de

JT3L profissionalismo. Luiz Mattar é o te-nista brasileiro que subiu mais rapidamenteno ranking mundial. E continua conseguindoresultados inéditos para o tênis nacional acada ano. Paulista da capital, mede l,82m,pesa 76 quilos, e joga com a direita. Seumelhor ranking até hoje foi 61". em abrildesie ano, mas deverá ficar enlre os 4(1 domundo ao final da temporada. Há um ano emeio não perde uma partida para adversáriosbrasileiros, e. no país. para estrangeirosperdeu apenas uma: na final da Copa Eord.no começo de novembro em Sáo Paulo, parao peruano Jaime Yzaga. Este ano foi cam-peão no Guarujá (quando tornou-se o pri-meiro brasileiro a ganhar um GP), em Cam-pos do Jordão, do Brasileiro Indoor, emCuritiba, e em Lins. Além disso, foi cam-peão de duplas no Guarujá, com KássioMotta. e em Genebra, com Ricardo Acioly;foi quadrifinalista em Toulouse e venceuAndres Gomez. Para chegará final, superouIvan Kley (Brasil), Cássio Motta (Brasil),Sérgio Casal (Espanha) e Tom Smid(Tcheco-Elováquia).(O.F.)

Ilapanca, BATawaric — Laércio Miranda

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André Aga

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ssi: 41" do mundo

André Agassi

Um derrubadorde favoritosAndré

Agassi é natural de l.as Vegas. noEstado de Nevada, e está com 17 anos.

Mede lm78. pesa 68 quilos e também jogacom a direita, mas para o backhand utiliza oapoio da esquerda. Sua melhor posição noranking é a atual, número 41 do mundo,tendo entrado em 1985 no número 618 maspassando em apenas um ano para 91. Osmelhores resultados em M87 foram: terceirarodada em lndianápolis; semifinais de Strat-ton Mountain. perdendo para Ivan Lendl;finalista em Seul. perdendo para JimmGrabb; semifinalista na Basiléia. Suíça, per-dendo para Ronald Agenor (Haiti). As prin-cipais vitórias na temporada foram contra oaustraliano Pat Cash. o sueco Anders Jarrid,o theco Marian Vajda e o norte-americanoJimmy Connors. Em Itaparica, chegou comoconvidado, substituindo o francês" YannickNoah e entrando como caheça-de-chave nú-mero oito. Para chegar às finais obtevevitórias sobre vários favoritos, superandoBrad Gilbert (EUA), Jaime Yzaga (Peru),Martin Jaite (Argentina) e José Amin Daher(Brasil). (O.F.)

aa— f niiiiaiiiimiiiiiiiiiiiiii ——

Uma liçãoque vem deManhattan

Márcia Loureiro

á náo se faz aerõbica como antigamente.O grande negócio agora, em Manhattan,

e o cross trainning. Cada dia da semana, nuncamenos que duas vezes, é reservado a umaatividade esportiva, seja ginástica de baixoimpacto (sem saltitos), musculação, alonga-mento. dança, jazz e até mesmo tênis, squashou ciclismo. Praticar de tudo um pouco viroumoda nas academias americanas:

Trabalhar todas as musculaturas docorpo, criando resistência progressiva — expli-ca a professora Karen Almen. diretora técnicado Vertical Club, a maior e mais sofisticadaacademia de Nova Iorque, que reúne, em umprédio de seis andares na Primeira Avenida,cerca de Kl mil alunos.

Ela chegou ao Rio na última quinta-feiranara ministrar cursos nas Academias CorpòreIpanema (fone: 287-6898), Flamengo, Tijuca eSão Conrado. Estão programados tambémworkshops em Sáo Paulo, Campinas, Porto.Alegre e Belo Horizonte,

A nova tendência, entretanto, não esva-ziou as aulas de ginástica aeróhica. As salascontinuam disputadas por ItX) alunos em mé-dia. principalmente depois do expediente, porvolta das 17 horas. No centro nervoso domundo, "uma cidade que vive de negócios",os exercícios aeróbicos — divididos em níveisde esforço e no máximo 45 minutos — são, naopinião de Karen A men. 26 anos, os maisindicados:

Nova Iorque é diferente do restantedos I-.UA. A forma física não está em primeirolugar. E o stress o principal responsável pelagrande procura de academias. Neste caso, oimportante é saber escolher a atividade que dêmais pra/er — diz ela.

mmãnuvnrmmmmmtfr iiiiini ii iiiiiii imiiiii ii ii liiaaiwiitiiaaalaatlaaaaaaaaaaaaaji.^^^^U———.

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ISe jS!

Adiamento —£ Odesafiante Analoly Kar-pov pediu c a 18 partidada série de 24 pelo títulomundial do xadrez, em

Sevilha, Espanha, foi adiada de on-tem para segunda-feira, dia 30. Kar-pov e o atual campeão, Gary Kaspíi-rov, ambos soviéticos, já utilizaramdois dos três pedidos de ndiatnentojaque téni direito. Os grandes mestrescue assistem ao tnatch acham que,odesafiante aproveitará a folga paraestudar táticas mais agressivas, a fimde retomar o titulo que foi seu du-rante 10 anos. A série apresenta atéaqui um empate: 8,5 pontos pafacada jogador. Será campeão quemprimeiro atingir a marca de 12;5pontos. Se houver empate em 12,Kàsparov mantém a coroa.

Permanência-^O inglês Jonãthan Pa)-mer, que conquistimnesta temporada o Tró-féu Jim Clark — dadjo

ao piloto que mais se destacou entreas escudenas que tinham motor aspi-rado — permanecerá na Tvrrel. Ocomunicado assinado por Ken Tyr-rei, dono da escuderia, foi divulgadoontem. Nele, Tyrrel explica que odesempenho de Palmer ficou dentrodas expectativas.Possibilidade — Os lfmõ-nopostos de Fórmula-1600 para umapossível prova da categoria, no dia 6de dezembro, em Brasília, já estãona cidade. Se for confirmada a pro-va, é possível que Roberto PuppoMoreno, prestes a ingressar na For-mula-1, e de férias no Brasil, partici-pe. Ele é um dos maiores defensorasda implantação da Fórmula 1600 nopaís.Frustração — As fortes chá-vas que caíram ontem cm Macauimpediram a realização da primeirasessão de treinamentos para o Grau-de Prêmio de Macau de Fórmula-,1,que será disputado amanhã. A provatem o mesmo valor do CampeonatoMundial da categoria. Entre os favo-ritos da prova, está o inglês AhrfyWallace, campeão da Temporadapassada, que pilotrará um RevnarrJ873. Outro destaque e"o brasijfiirpMaurício Gugelmiri, que competirácom um Ralt 31. Na próxima tempo-rada, Gugelmin estará na Fórmula-1. competindo pela March. Trinta etrês pilotos, representando 12 paíscá,estão inscritos no Grande Prêmio.Seikel — Élio Seiícel foi o pilotomais veloz nos treinos de ontem paraa última etapa do Campeonato Bra-sileiro de Formula-Ford, a ser corri-da amanhã em Goiânia. No treinofinal de hoje. ele tentará conquistara sua segunda pole-position na tem-porada. O campeonato já tem vence!-dor, por antecipação: o paulista Gilde Ferran.Giaffone — Em Interlagos, omais rápido nos treinos iniciais parua sétima etapa do Campeonato Bra-sileiro de Stock Cars, a ser corridkamanhã no autódromo paulista, foiZeca Giaffone, vice-líder da compel-ti ção.Motónáutica — O BrasileiroOff-Shore de Motónáutica ganhoumais uma estrela: além de WilsonFittipaldi, Túlio Rodrigues. WalaceFranz, Paul Gaiser, o deputadoconstituinte Miro Teixeira se insere!-veu e corre como navegador do bar-co da equipe Boat Show, pilotadopelo campeão brasileiro Xico Man-ro. Hoje, no Riacho Grande, na ViaAnchieta, mais uma etapa da CopaM-l, que poderá definir os campeõesde quatro categorias. Na F-l (1.6),Acari di Giorgi, do Flamengo, jjigarantiu o título por antecipação.'!

VIVA!

karen Arnen

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Olho vivo na stévia em pó, Anda-ram misturando sacarina e sorbitol,Use folhas de stévia natural, que sofazem mal â indústria de adoçantes.A medida é uma colher de sopa dafolha com um litro de água fervente.em infusão. Para doces, massas £pudins, ferver em menos água. Essechá vai adoçar a sua vida sem tiacréscimo de alguns quilos.D O Centro Técnico de EstéticaDr. N. G. Payot está com matrículasabertas para os cursos de estéticafacial e estética corporal com inicio "nos dias 8 e 25 de dezembro, respeç-tivamenle. Telefone: 552-3248.

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20 ? 1° caderno a sábado, 2S/1.1/H7 Jggportes JORNAL DO BRASILAlcyr Cnvnlcnnli

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linthva. Erika. Alexandra, Helena (

0 veloz e remmmína '"» pouco ae curtiçao e muito de competição

<uracKerUm barco chama a atenção de todos

no Campeonato Brasileiro da Classe J-24, que se realiza no Rio. Não própria-mente por seus resultados, até agorabastante bons. mas por sua tripulaçãoexclusivamente feminina, li 0 veloz Crac-

— lembrou Cynthia Knoth, campeã bra- — Em outras tripulações que velejei, assileira, sul-americana e européia de pran- coisas eram sempre sérias e muitas vezescha ã vela.

Preconceito — A vantagem so-bre os homens é motivo de regozijo paraa tripulação do Cracker. Foi pelo precon-

ker, timoneado pela carioca Cynthia ceito deles que Cynthia, Erika, AlexanKnoth, e completado por Alexandra LowBeer, também do Rio, e as paulistasErika Lessmann, Helena Lane e AnaLuisa Osscr.

E níio pensem que se trata de meracurtiçao. apesar do prazer ser uma cons-tante cada vez que o barco vai á raia. Ascinco iatistas querem participar do Mun-dial Feminino de J-24, em junho do anoque vem, no sul da Inglaterra, e estãoatrás de um patrocinador (pode ser mas-culino) que garanta a viagem

Ira, Helena e Ana Luisa se juntarampara correr o Brasileiro, e por isso fazemquestão de mostrar competência.

— Os barcos competitivos difícil-mente aceitam mulheres. Então, tivemosque formar nossa própria equipe — expli-ca Erika Lessmann, responsável pelagenoa.

As tripulações masculinas não to-mam a atitude como declaração de guer-ra. Os homens estão gostando muito dapresença das cinco iatistas nas regatas.

A idéia de formar uma tripulação mas não perdem a chance de uma provofeminina, a única na América Latina, foi cação.de Erika Lessmann, a "Bolota",

que já — Quando elas tomam um bordovelejou com Helena Lane e Ana Luisa diferente, pensamos logo, vamos por aliOsser no Circuito Rio de 84. Depois de que está melhor — ironiza Renato Cruz,correr com um J-24 na Inglaterra, arran- tripulante do Mo liai.jou um barco emprestado e juntou Indiferentes aos comentários, as mu-grupo para disputar o Brasileiro. Helena lheres trabalham duro nas regatas e nemLane, dona da confecção UP & DOWN, se importam com as manchas roxas quepatrocinou a vinda das três paulistas ao os trancos deixam em suas pernas. PeloRio, e no último fim de semana o barcosaiu pela primeira vez ao mar, com aajuda de Geraldo Low Beer. marido deAlexandra, que deu as noções básicassobre as regulagens do J-24.

¦ — Pegamos logo o jeito do barco eno primeiro dia do campeonato comemò-ramos: já leni marmanjo atrás da gente

contrário, até brincam entre si:Tá apanhando do marido. Parece

mulher de malandro — dizem.Mas afinal, qual a grande vantagem

de uma tripulação exclusivamente femi-nina?

A gente se diverte à beca —responde prontamente Erika Lessmann,

terminavam em briga. Entre nós, tudo epacífico — completa Alexandra LowBeer, ante o sorriso de confirmação detoda a tripulação.

e md<;a agora

atch Box'sa Ontem foi dia do Máfch Box no**? Campeonato Brasileiro da ClasseJ-24. O baixo de José Eduardo Assun-ção venetu a terceira e quarta regalas,disputadas dentro da Bnía de Guana-liara, eíírou a liderança do Mo Hai, deGilberto Sasse, vencedor das duas pri-meiras provas, realizadas em maraberto. Aumento o interesse para asduas regatas finais de hoje.Já considerando o descarte a que Iodosos barcos têm direito, o Mateh Boxestá com apenas nm ponto perdido,contra cinco do Mo Hai, que aindaenfrenta três protestas nas regatas deontem, impostos pelo Viração, de Pe-ter Tanscheit. O Doce Brisa, de Tor-ben Grael, divide a segunda colocaçãocom o Mo Hai, enquanto o LinhaD'Âgua, de Marcos Soares, apareceem quarto lugar, com seis pontos per-didos.

Esporte tem candidato ao NobelHavelange recebehomenagem e pensann Copa da Itália

urante almoço ontem, noCountry Club di) Rio,

quando teve seu nome indicadopela Confederação Sul-Americana de Futebol acandi-dato ao Prêmio Nobel da Va/., opresidente da Fifa, João Havc-lange, prometeu tomar duasprovidências para a Copa doMundo de 1990., na Itália: exigirdo árbitro boa condição física epunir com rigor os jogadoresque retardarem o andamento dapartida simulando contusões.

Havelange acha que um ár-bitro que não tem condições defazer o teste de Cooper — 3quilômetros em 12 minutos —está impossibilitado de acompa-nhar de perto os lances de umapartida. Quanto à simulação decontusão para ganhar tempo —artifício muito utilizado pelosjogadores —, Havelange disseque os juizes farão cursos parapoderem analisar se o jogadorestá machucado ou se está ape-nas querendo prejudicar o an-damento do jogo.

Mais de 31X1 amigos de JoãoI lavelange foram ao almoço noCountry Clube. Entre eles, odiretor'do JORNAL DO BRA-SIL, Bernard da Costa Campos,os empresários José Ermírio deMoraes e Antônio Carlos deAlmeida Braga, o presidente daFiesp, Mário Aniato, o presi-dente da CBF, Otávio PintoGuimarães.

Os feitos — No discursode agradecimento, Havelangelembrou seus feitos à frente daFifa. Mas destacou como osmais difíceis ter conseguido aunião pacífica da China Nacio-nalista com a República Popu-lar da China; a expulsão daentidade, pela sua política dediscriminação racial, da Áfricado Sul; e segurança para queIsrael participe das competi-ções.

Havelange lembrou tam-

Almir Voifja

í\o Country Club, o carinho dos netos Joana e Roberto

bem que, quando assumiu apresidência da Fifa, em 1974, aentidade tinha uma pequena se-de, com 20 funcionários, semespaço físico para o trabalho. IZque foi ele que conseguiu umempréstimo de 20 milhões defrancos suíços para construir anova sede em Zurique, com 4mil metros quadrados e abrigoantiatômico.

Com orgulho, disse que jáconseguiu vender a Copa do

Mundo até 1998 c calculou osgastos da Fifa com cada equipe,para o próximo Mundial, em 1milhão 200 mil dólares.

O presidente da Confedera-ção Sul-Americana de Futebol,Nicolas Leoz, justificou a indi-cação do nome de João Have-lange ao Prêmio Nobel da Pazcom o argumento de que ele, àfrente da Fifa, uniu povos e fezcom que eles convivessem paci-ficamente no meio esportivo.

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OÍU./t

****'O Brasil é louco por futebol. Na

liòra dójogo; tá todo mundo lá, ligádinhou,i Rede (llobo,

Mas não tem nada não, a gente es-

péra o apito final e ate reprisa os nossos

programas depois.Afinal, a grande vantagem do SBT

e que ele tem aquilo que o futebol tambémtem: jogo de cintura.

Aqui, ,i gente espera o futebol, es-per.i ,i novela, espera até o primeiro lugar.

Mais cedo ou mais tarde ele acabavindo,

For enquanto o segundo já estámuito bom: 23% de participação u.i ,ui-diência total do mercado nacional*, num

país que tem a Rede Globo, uma das me-lhores televisões do mundo, é audiência

pra líder nenhum botar pra escanteio.l'-rtui(i-(io Jt judiou mnm f1'unsli. Vimu ¦'VttmbhwH'Km-boiim -iih.i24ÍH>m•lunu Ib-pc And. IV 1'W*

___!_ fÇ~l r?íi~L

Principalmente quando a gente selembra que. até bem pouco tempo atrás, aRede Globo não era apenas o primeiro lu-

gar de audiência: era o único lugar de au-diência.

Felizmente as coisas mudam.E, aqui. mudaram porque, em vez

de ficar copiando o padrão global, o SB I"criou o padrão Brasil

Nossos programas são cheios deemoções, chutes torcidas, lágrimas, risosdribles e até bolas fora.

Falam com as camadas mais altas emais baixas dá população. Igualzinho aofutebol.

Nosso público é uma grande e fielrorcida consumidora de chocolates, rei ri-

gerantes, casa própria, poupança, jeans,máquinas de lavar

Mas é claro que. assim como nemtodos torcem pro mesmo time, nem todos

gostam a.x nossa programação.Talvez, por isso. nós tenhamos

menos anúncios que audiência.Mas esse jogo está virandoAssim como o Connthians, o Fia-

mengo. ò Catuense, o Atlético Mineiro, oSport e o Inter foram vices este ano e po-dem ser campeões nos campeonatos do ano

que vem, nos também podemos um diachegar à liderança.

É só tocar essa bola pra frente.

LIDERANÇA ABSOLUTA lX)SLC.L'NDO LUUAR.

JORNAL DO BRASIL

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Os titulares do /

Atlético_*%

Itlético, de camisa branca, com Vander Luiz e. Batista em primeiro plano, golearam os juniores por 5 a Ò

Fernando LacerdaBELO HORIZONTE — A julgar pelaexcelente atuação cie todo o time titular no

treino realizado ontem eedo no Mineirão, oFlamengo encontrará enormes dificuldadescontra o Atlético Mineiro. Telê exigiu movi-mentação dc todos os setores da equipe,marcação intensa no meio-campo e jogadasem velocidade pelas pontas. Mais uma vez, asjogadas pela direita, com Chiquinho e SérgioAraújo, foram as mais exploradas e deramorigem à maioria dos cinco gols assinaladospelos titulares, contra nenhum dos juniores.Dois deles foram marcados por Sérgio Araújo.telê explicou que prefere treinar num campomaior, para que os jogadores se acostumem aoespaço.

Para incentivar ainda mais o já animadotime atleticano, o vice-presidente de futebol,Hermenegildo Gomes, revelou em reuniãocom os jogadores que o prêmio pela classifica-çâo à final será de CZS 200 mil. O presidenteNelson Campos havia estipulado em CZS 100mil o prêmio, mas concordou em dobrar ovalor, depois que Hermenegildo Gomes lhedisse que os jogadores tinham achado pouco.

Depois do treino, o goleiro João Leiteficou defendendo cobranças de faltas e penal-tis, feitas pelo veterano Zenon. Orieníado porTelê, Zenon, que náo chegou a ficar nem nobanco de reservas uma única vez neste cam-peonato, procurou bater as penalidades daforma como Zico executa as cobranças: sem-pre no lado esquerdo, canto preferido peloatacante do Flamengo.

Escalaçào do Atlético: João Leite, Chiqui-nho. Batista. Luisinho e Paulo Roberto; EderLopes, Vander Luis e Marquinhos; SérgioAraújo. Renato e Marquinho.

prêmio de milUm meio-campode pouca fama emuita ação

e os números ai-cançados pelo

Atlético Mineiro nosdois turnos do Campeo-nato Brasileiro provamque não é necessário umtime só de estrelas parasucesso, rápida análisedos jogadores que for-mam o meio de campo,setor vital de qualquerequipe, é suficiente pa-ra se concluir que a apli-cação tática, o entrosamento e o conjuntopodem suprir qualquer deficiência. Desconhe-cidos até o inicio do campeonato, Eder Lopes,Vander Luiz e Marquinhos se impuseram aoscraques consagrados do futebol brasileiro.

Para começar, eles tiveram que superarseus próprios companheiros de clube, maisfamosos. É o caso do veterano meia Zenon,que perdeu a posição para Vander Luiz. EderLopes mandou para o banco Vandinho, queera o titular desde a venda de Elzo para oBenfica. Marquinhos, por sua vez, contou coma ajuda da sorte: por falta dc um centroante,Telê Santana foi obrigado a deslocar Renatopara o comando do ataque, sobrando a vagano meio-campo.

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Eder Lopeu

Marquinhos

QueméquemMineiro de Formiga,Eder Lopes, 22 anos,gosta de jogar mais naproteção à zaga. Não seconsidera apoiador àmoda antiga, daquelesque náo podem, nemsabem sair jogando.Sempre que as circuns-tâncias permite, apro-veita para tentar organi-zar jogadas ofensivas.Como no Atlético os laterais e até o zagueiroLuisinho apoiam constantemente o ataque,cabe mais a Eder Lopes a tarefa de marcação eproteção aos zagueiros.

Vander Luiz Alves Givisiez, ou VadinhoJúnior, atua no esquema de Telê como homemde ligação entre a defesa e o ataque. Éresponsável também pela ajuda a Éder Lopesna cobertura aos laterais, mas participa igual-mente das jogadas ofensivas. Aos 24 anos,Vander ressalta seu condicionamento físico,que lhe permite combater e atacar com omesmo fôlego. Tem ainda outra virtude: chutaforte de direita ou esquerda.

Já o meia-esquerda Marquinhos, 21 anos,tem características totalmente diferentes dosdois companheiros de meio-campo. É liabilido-so e bom chutador, com apenas um defeito: não para ser lançado

Renato recua para sua posição e entra Ivo ouAguinaldo, centroavantes especialistas.

— No começo me senti inseguro com asconstantes substituições no segundo tempo. Mas,aos poucos, cresci de produção e. com as conver-sas com o técnico Tele Santana, quando assimileimelhor o seu sistema, passei a perceber que assubstituições são apenas por questões tátwcas —comentou Marquinhos Mineiro, como é chamadopara diferenciar do seu xará carioca. Lie é ojogador do meio que mais se aproxima de Renatopara tentar tabelinhas e jogadas de penetração eestá sempre bem colocado para aproveitar osrebotes de fora da área.

Sombra de Zico— Para Éder Lopes,o segredo do meio-campo do Atlético está navontade de vencer, no empenho e na dedica-çáo de todos os jogadores. Com a permanén-cia dos mesmos jogadores, o entrosamento foicrescendo a ponto de agintir um nível, segun-do ele, próximo do ideal.

O dedo de Telê pode ser notado emcada detalhe — diz Eder Lopes.

Ele é um craque, mas confio muito emmeu futebol — disse.

Para VanderLuiz, Telê quebrou umaregra do futebol brasi-leiro: a de que o joga-dor novo deve esperar

marca como Telê gosta, por ser teimoso, temsido substituído em quase todos os jogos. Nor-malmente, é ele quem sai quando Telê quercolocar um jogador mais defensivo, caso do ex-júnior Edilson, ou até mesmo quando Telê quertornar o time ainda mais ofensivo. Nesse caso.

Telê chegou aquino Atlético, reuniu ogrupo e disse que quemestivesse em melhor for-ma jogaria. Foi o queaconteceu. (F.L.) Vander Luís

Inter treme à lembrançaPORTO ALEGRE— As arrancadas nV **-**PORTO ALEGRE— As arrancadas de

Careca pela esquerda náo sào a única preocu-pação do Internacional para o jogo de amanhãcom o Cruzeiro. Outra inquietação são osavanços do latcral-direito Balu. principal res-ponsável pela vitória do Cruzeiro no segundolurno por 3 a 0. O técnico Ênio Andrade estáláo preocupado que preferiu náo anunciar apresença de Paulo Matos na ponta esquerda,embora ele já esteja escalado e náo tenhasentido a contusão no treino de ontem.

'¦ Enio exigiu bastante do time nos treinosde ontem, ensaiando jogadas pela manhã eorientando longo coletivo, sob forte sol. àtarde. E os cuidados com a ocupação da faixaesquerda, por onde pode apoiar Balu. foramevidentes.

Pelo coletivo de ontem, deu para perceberque Balaio não será apenas meia-esquerda.Caberá a ele a cobertura ao lateral PauloRoberto, incumbindo-se Noberto da ajuda aLuís Carlos na marcação do perigoso Careca.E se um dos zagueiros, normalmente Aloísio,avançar, Norberto se planta. Pelo menos doishomens estarão atentos aos movimentos deCláudio Adão.

No banco de reservas, o Inter terá umjogador muito aplaudido no disputado coleti-vo: o centroavante paraguaio Brites, que mar-cou o único gol dos reservas e, ao passar paraos titulares na segunda parte, para pouparIJaulo Matos, fez uni dos gols da goleada de 4 a

Cruzeiro — O zagueiro Heraldo aindaé a dúvida do Cruzeiro. Está recuperado dacontusão no músculo da virilha, mas ainda nãocurou a queimadura provocada pela toalhaquente durante o tratamento a que se subme-teu. O médico Ronaldo Nazaré acha que elelera condições de jogo, mas Jair Pereira jádeixou Gilmar Francisco de sobreaviso.

Douglas e Eduardo também não participa-ram do coletivo de ontem na Toca da Raposa.Douglas queixa-se dc dores na coxa esquerda eEduardo de ligeira contusão na perna direita.Os dois, segundo o médico, foram apenaspoupados e têm presença garantida amanhãcontra o Inter.

Cláudio Adão, artilheiro e capitão doCruzeiro, com sete gols, é esperança da torci-da na conquista de um título que não écomemorado há muito tempo:

— Pretendo aproveitar a fase de sorte eajudar não só o Cruzeiro a se tornar campeãobrasileiro, como eu mesmo conquistar umütulo expressivo. Passei por vários clubes,acho que correspondi em todos, mas creio quesó nos dois últimos anos voltei a jogar comonos meus primeiros tempos no Santos,

do M • /-_meiraoLuís Fernando

Um jogadoracima dasdiscussões

Cláudio ArreguyPORTO ALKGRE - A expressão "tcrim)-

metro do lime" cai muito bem em Luís Fernando. Enão é apenus por ser ele o articülador das principaisjogadas do Internacional. O próprio gráfico de pro-dução da equi|)e oscila de acordo com sua presençaem campo. Enquanto jogou, o time ganhou. Bastouse contundir para o Internacional sofrer uma série dcderrotas.

Tímidos, desses que olham para o chão enquantofalam, cara de menino, esse gaúcho de liagé, 23 anos,contratado no ano passado ao Caxias, c consideradouma das maiores revelações do Internacional nosúltimos anos, com seu estilo técnico, de dribles,lançamentos e gols. Com sua volta, a torcida acreditaque o Inter será um time mudado contra o Cruzeiro,amanhã. Para melhor.

Luiz Fernando Rosa Flores gosta da condiçãoque o Internacional ostenta na preferencia popular:menos cotado do que os demais semifinalistas, espe-eje de azarão do páreo do Campeonato Brasileiro.Entende que assim a torcida não cobra, nem pres-siona.

Ao lado de Taffarel e Luis Carlos, ele está numaespécie de elite dentro do clube. Acima das conside-rações sobre o time, A própria torcida colorada sal>eque o Internacional é mais competitivo do quetécnico. E a própria imprensa gaúcha, mesmo acolorada (aqui existe essa distinção entre imprensagremista e imprensa colorada), não considera o Inierum bom time. Mas o bom futebol de Luís Fernandopaira acima dessas opiniões.

Já no Campeonato Gaúcho, a importância deLuis Fernando tornou-se evidente. Esteve contundi-do durante boa parle do campeonato e o Inter perdeuires Grenais, um deles por 3 a 0. Voltou no fim dacompetição, mas eslava fora de forma. No jogo finalmal agüentava correr e o Grêmio foi campeão com os

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Até a torcida admite que o Luís Fernando é o termômetro

Clima de guerra aguarda o BanguRECUE — Convocações à torcida nara n.. i: ... '_•_. ... .... *~-^RECUE — Convocações à torcida para

que lote o estádio da Ilha do Retiro e faça tudoo que estiver ao seu alcance para pressionar osjogadores do Bárigu estão sendo emitidas pordirigentes e jogadores do Sport, que, inconfor-mados.com a derrota sofrida em Moça Bonita,na ultima quarta-feira, preparam-se para ojogo decisivo de amanhã. "Vamos fazer comque eles passem aqui pelo menos o que nóspassamos no Rio", proclamava, ontem, odiretor de futebol do Sport, Manoel Costa,irritado ao saber que o presidente do Bángu,Castor dc Andrade, iria trazer seus segurançaspara Recife.

Esse clima dc revanche transparece atémesmo nas páginas esportivas dos principaisjornais da cidade. Tanto o Diário de Pcrnmn-buco como o Jornal do Commcrcio registra-vam ontem severas críticas dos jogadores per-nambucanos ao árbitro do jogo de quarta-feira, Nei Andrade Nunes, e, através dos seuscolunistas, convocavam a torcida para enchero estádio.

Enquanto isso, os jogadores, comandadospelo técnico Leão. preparavam-se para o jogo.O treinador, apesar de elogiar a atuação daequipe no jogo de quarta — "fatores externos

tiraram nossa vitória" —, pensa em fazeralterações: Ademir Lobo pode ser escalado naponta-esquerda, em substituição a AntônioCarlos.

— Vamos jogar ofensivamente e imprimiruma marcação a partir da intermediária deles— disse o treinador do Sport. que já definiu aequipe tendo apenas a dúvida da ponta-esquerda. O time começará jogando com Flá-vio, Betáo, Estèvarh, Marco Antônio e ZéCarlos Macaé; Rogério, Zico e Ribamar; Ro-pertinho, Nando e Antônio Carlos (AdemirLobo),

João SaldanhaBoa

Eviagem

verdade que os doisjogos semifinais são

'"•86

caravanas

interestaduais. Um emPorto Alegre, do time doInter contra o Cruzeiro deBH. E o outro no Rio,Flamengo e Atlético.

Dessa forma, o con-fronto direto e antecipadodas torcidas não aparece.Ou nem existe. A turmado Atlético está prome-tendo trazer 1 mil 500 ôni-bus de torcedores, foraautomóveis e outras. Mas não é muito. Serãoumas 7 mil ou K mil pessoas, que no mar dos120 mil pagantes, mais não sei quantos caro-nas, pouco representam. Em Porto Alegre,mais ainda. E mais longe, mais caro. Mas nãoé por aí. Os jogos são bem equilibrados e ofato de ser lã e cá dá um certo colorido. Odiabo é que esses regulamentos brasileirossempre têm de dar vantagem a um ou outro.Já sei que falar em pontos corridos, como emqualquer país civilizado, seria perder tempo.No momento, não estamos num país assim,apesar de devermos saudar efusivamente amedida do Governo de proibir cartões de"boas festas" de seus subordinados paraparentes e amigos. Eu, como contribuinte, eo Correio, como inocente útil, agradecemos aidéia saneadora. Faltou que as Câmaras Mu-nicipais, em número de 4 mil 500 por todo oBrasil, as Estaduais e mais a Federal tomas-sem a mesma medida profilática e econômica.Esse lixo todo custa caro, amontoa e causamais prejuízos do que o lixo do Césio. Setodos fizessem o que fez o Governo federal,teríamos um Natal limpo e econômico. Aindadá tempo. Como é, moçada?

Mas como não temos pontos corridos, ojeito é ir assim mesmo e sobra a emoção finalda decisão nos últimos jogos. Por pontostambém geralmente é assim. Mas de umacoisa eu advirto: o duro não é a viagem. A dePorto Alegre é mais longínqua. O duro, àsvezes, é a volta. Mas só se pode desejar aosimpetuosos torcedores uma boa viagem. E seo time ganhar, tomem mais cuidado na via-gem de volta. O pessoal volta quente e nuncase sabe.

Nas viagens, estão incluídos os preços depassagens e a entrada no estádio. O "boião"é por conta de cada um. Mas respeitem osbares, botecos e restaurantes da beira daestrada. Alguns nem abrem mais. Não sãobestas de arriscar. Então, quem tem mãe ébom fazer um embrulho com merenda. Quemnão tem, o jeito é pedir à mãe do outro ou sevirar sozinho. Mas de todas as formas, senho-res transeuntes: respeitem o direito dos ou-tros, se quiserem ser respeitados. A CBF nãotem legislação que os proteja. Como emqualquer lugar civilizado. Assim, tomem seusassentos e boa viagem.

Fluminense — Por uma cota de CZS 400 mil, oFluminense jogará amanhã, em Muriaé. com o Nacional. Adelegação viaja hoje. Na sua estréia como técnico do Fluminense.Sebastião Araújo escalou o time com Ricardo Cruz, Aldo, Viça.IRicardo e Eduardo; Jandir (üago), Leomir e Edson Souza;Romerito, Washington e Tato. Ã diretoria marcou o próximoamistoso para o dia 10. em Blumenau.Botafogo — No segundo jogo de sua excursão peloOriente Médio, o Botafogo empatou com a Seleção do Kuwait em1 a 1. gol de Jéferson. No domingo, o time volta a jocar contra omesmo adversário. Depois, embarca para Paris e segue para aItália, onde no dia 4 faz mais um amistoso, contra

"adversárioainda não definido.Brasil X Paraguai — A Seleção Brasileira deveteranos foi a primeira a chegar ao Uruguai para participar do ICampeonato Sul-Americano de Sêniores". O Brasil está incluídono Grupo A, cuja sede é em Puma dei Este, juntamente com oParaguai e Chile. O Campeonato será aberto amanhã com o jogoentre Brasil e Paraguai, ao qual deverá estar presente o presiden-te da Fifa, João Havelange,VaSCO — Desclassificado do Campeonato Brasileiro, oVasco, sem grandes opções, inicia hoje. em Itajaí, Santa Catari-na, a série de amistosos, como preparativos para o CampeonatoBrasileiro de Seleções, em que representará o Rio de Janeiro. Otime para hoje está escalado com Acácio, Paulo Roberto,Donato, Fernando e Marinho; Humberto. Osvaldo e Geovani;Mauricinho, Roberto e Vivinho.

[223521I Decisão do 7 ? Grande |1 Prêmio Brasil Masculino |I. de Vôlei m

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Diante de urn publico nutneroso e empolgado. Zico

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Enquanto João liosco (E) mostrava a Renato suas <

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Os 13 suspendem

contrato cia Coca

|—| A Coca-®»!!» não c mais a patro-'—1 cinadora exclusiva do MóduloVerde, do Campeonato Brasileiro.Reunidos ontem, no Hotel Interconti-ncntal, no Rio, os dirigentes do Clubedos 13 decidiram suspender o contratocom a emprc.sa, pelo fato de ela lerreduzido à metade o valor. Inictulmen-te, estava estipulado que os clubesreceberiam 1,5 milhão de dólares pelaexclusividade, mas impedida de colo-car seu logotipo no circulo central docampo, a Coca-Cola reduziu à metadeo contraio.Apesar da suspensão do contrato, al-guns clubes continuarão a estampar alogomarca da empresa cm seu unifor-me, mas o Clube dos 13 pretendereestudar o contrato para 1 e ten-tar autorização da FIFA para usar ocentro do campa.

Fia é todo festa na antevéspera da decisão

Fotos do Paulo Nlcololla;——r? costumam entrar para estacionar os car- *•^:y. •'

í ntonio Maria 1'dlio, n>s. a agfümeração cia enorme. A maio- jroHlf-''» '^IBpmPMBwIlor<re Verri ria era ilc crianças. que. inocentemente, 4' ' y-í ^"'tiÍe»iíé9 '4

i /¦'' r I.i/iani Várias tentativas para su fflfeMM$èíÊÊM&àk^i.<>i~'' |Ledio (.(irrnona .Má muito tempo a Gávea nao vivia

um clima tao lolclórico ijuanto o dcontem. pando ô Flamengo lez o ultimoColetivo pata o primeiro jogo das semifi-uais, contra 6 Atlético, amanhã, ng Ma-gicaná. Mais de 3 liiil pessoas lotaram asarquibancadas] enquanto no campo, cn-ire torcedoics. imprensa, artistas, dm-gentes e crianças, o número beirava açtíía de 250 pessoas. Um verdadeira cir-co. So taltou Q çngolijjpr de logo.

Como todo circo ijue se pre/a, tinhaum bom equilibrista, tepresentaqji nafjgura do mulato Jau Maravilha, Q mesmo ijue fez a alegria dos mexicanos na('opa do Mutulo I tu um pequeno espaçoda arquibancada, observado ate pelosjggiidbres que acabavam de entrar para otreino. Jair deu serdadeiro show tle cm-baixatlàs, .mancando aplausos d| teciueoCarlinhos e de todo mundo que estava naGávea.Ai foi a vez de um fotografo —Darílio Paixão, de (.) Dm lazer seunumero particular. Empolgado com amultidão, resolvei) mostrar seus dotesfutebolísticos \o lado de outros lotógta-fos e repórteres, Darílio deu bicicletas,vôos acrobaticos. cabeçadas e toques decalcanhar. Vestiu até unia camisa com afoto de Zico, o qUé deu maior clima a suaperformance. Foi até entrevistado.

Náo faltaram os cartolas com seusternos sóbrios — Manuel Iubino, presi-dente do CND, é um exemplo—. artistas— João liosco. que mostrou-se empolga-do com a festa dos torcedores —, mulhe-res bonitas, campanha cm prol de MárcioBraga para a prefeitura do Rio de .lanei-ro. além de pais e mães aflitos, que, naânsia de conseguir uma foto ou autógrafopara os filhos, eram capazes de tudo.

Invasão — Desde cedo, as ruaspróximas à Gávea já recebiam um públi-co dos maiores. Na parte de trás doFlamengo, no local onde os jogadores

eSftumam entrar para estacionar os car-tos. ,i aglomeração; jra enorme. A maio

i,i era dc crianças, que. inocentemente,faziam varias tentativas para se aproximarem dos ídolos

Já que tudo era festa, os responsáveispelo clube, contagiados pelo clima dceuforia; resolveram abrir os portões paraâ massa. A invasão foi total. Os seguran-ças do Flamengo, além de um grupo depoliciais, procuraram dar ordem á coisa,mas, depois de algum tempo, desistiram.

Aposentados e desempregados nus-ttiravam-se as muitas crianças, vindas dosmais variados lugares:

Moro em Niterói. Peguei a barca,dinheiro contado, mas com o meu cader-ninho de autógrafos no bolso. So queainda não consegui assinatura dc nenhumjogador - lamentava-se o pequeno Már-çio Alexandre Sousa da Cunha, 13 anos.

Arquibancada invadida, campo lota-do! os jogadores finalmente entrarampara o coletivo, após prcIcçaO de quaseduas horas do técnica Carlinhos, que,entre outras coisas, procurou orientar ogrupo para que náo se deixasse envolverpelo clima de otimismo exagerado. Foi avez. então, da assessora da presidência,Marilene Dabus. segurando enorme san-puiche de mortadelapntrar cm ação paraevacuar o gramado. Sua voz baixa, preju-dicada ainda mais pelo barulho que umrepentista fazia do lado de fora, a levou adesistir rapidamente do intento.

São Ü7h30min. Carlinhos consegueiniciar o coletivo. Aplausos para Zicò,Andrade. Leandro. Edinhoj Leonardo.Vaias para Kita e. em menor grau, paraRenato.

Alheios a tudo isso, o time titular,mesmo sem fazer grande exibição, dei-xou. para cada torcedor que compareceua Gávea, a esperança de que pode derro-tar o Atlético c, dessa maneira, aumentarconsideravelmente as possibilidades devoltar a disputar a final do CampeonatoBrasileiro. 'Iodos torcem para isso, jáque, na próxima semana, o circo vaiquerer abrir outra vez. Diante de uni público numeroso e empolgado. Zico treinou com todo o time e mostrou <pie o /'lainéngnao está bem

Atraso — Renato foi o ultimojogador a entrar em campo paratreinar. Foi vaiado pelos torcedorese respondeu dizendo que eles esta-vam errados, já uue estava traba-lhando na musculação. Mas, nãosoube dizer por que chegou à Gáveaàs 16h25min, quando o coletivo esta-va marcado para às 16h30min.Coutinho — A mortes de Clau-dio Coutinho. no dia 27 de novem-bro de 1981, foi lembrada ontem naGávea. Considerado um dos maiorestécnicos da sua época, Coutinho tevepalavras elogiosas do presidente doCND, Manoel Tubino. que se con-fessou grande admirador do seu tra-balho e caráter.Torcida I — Até as lSh deontem, as torcidas organizadas doAtlético tinham conseguido lotar 60ônibus especiais, que sairão hoje anoite, de Belo Horizonte. Cada tor-cedor pagou CZS 900,00 pela passa-gem. recebendo ingresso grátis e umlanche a ser servido no ônibus. Aexpectativa é que, ao todo. contandocom as caravanas que sairão dascidades do interior 150 ônibus chega-ráo ao Rio no domingo, com torce-dores atleticanos. Fora os que prefe-rem viajar por conta própria, emcarros, ônibus de carreira e até notrem Vera Cruz, que deixou BeloHorizonte ontem à noite.Torcida II — Se a torcidaatleticana está prometendo uma in-vasáo mineira no Maracanã, os tor-cedores cruzeirenses, devido a dis-tância entre Belo Horizonte e PortoAlegre (I mil 700 quilômetros), es-tão garantindo, pelo menos, umarepresentação digna, amanhã, noBeira-Rio. A expectativa é que cercade 3 mil cruzeirenses estarão domin-go em Porto Alegre. Vários ônibusdeixaram a capital mineira ontem ànoite, com torcedores que pagaramCZS 1 mil SOO pela passagem, semdireito ao ingresso no estádio. Adiretoria do clube, por sua vez. fie-tou um avião para levar os torcedo-res de maior poder aquisitivo. Preçoda passagem: CZS b mil 500, comdireito a almoço e ingresso.Atlético chega — A delega-ção do Atlético viaja hoje, àsI5h45min, para o Rio, ficando hos-nedada no Luxor Hotel, no Leme.Pela manhã, em Belo Horizonte, osjogadores do Atlético realizarão umtreino recreativo A volta será logoapós o jogo.Juizes — Os clubes mineirosreceberam bem as indicações dosárbitros Dulcídio Wanderlei Boschi;lia para Flamengo \ Atlético, e deRomualdo At pi F ilho para Interna-cional \ Cruzeiro. Os dois árbitrosnáo figuravam nas relações dos vetá-dos elaboradas por Atlético e Cru-zeiro. que foram encaminhadas noinicio da semana à Cobrai'.

e cercava os carros dos jogadores

Um diálogo samba-fulebol'b

Futebol e música sempre cami-nharam lado a lado. Ontem, emmeio à festa que tomou conta daGávea, os craques da bola — Zico,Leandro. Andrade e Renato — rece-betam visita de outro astro, este dosamba: o mineiro João Bosco. que,ao contrário do que se possa pensar,não é Atlético, mas um apaixonadotorcedor do Flamengo.

Por alguns minutos a atenção docoletivo do Flamengo foi desviadapara João Bosco, que, de bermudas,tênis e camisa esporte, acompanhadopelo violão, lembrou velhos sucessos,como Kid Cavaquinho, Papél Machc,Dc Frente para o Crime, além deoutras canções, em que ele faz refe-rência ao Flamengo, como Gol Anu-lado e Incompatibilidade dc Gênio.

F tem mais — disse, entusias-mado. Fssa semana, tive uma inspira-ção e fiz mais uma música para oFlamengo! que ainda está com o títuloprovisório: Bola para fora. porque ojogo c dc campeonato. Tomara quecontra o Atlético o time tenha amesma inspiração cm campo.

Extrovertido, após dar o seu showparticular, Bosco lembrou os motivosque o levaram a torcer para o Flamcn-go. lira apaixonado, em 58, pelotopete do Dida, além de que, devidoao fato de seu pai torcer pelo Flumi-nense, e como rebeldia era moda naépoca, resolveu virar rubro-negro. So-bre o jogo. fez sua previsão:Õ Flamengo vai ganhar. Emais time. Une juventude à éxperien-cia. Essa é a fórmula do sucesso (LC).

O jogo, segundo Leandro

Será o duelo da técnica, da habilida-de e tia criatividade, contra a aplicação, apegada e a rigidez de um esquema. AssimI candro imagina a partida Flamengo xAtietitfó Mineiro. Para ele, um jogo ner-voso, difícil e que será vencido pelaequipe de mais autocontrole.

Para Leandro, jogador altamentetécnico, a habilidade do Flamengo temtudo para superar a força do AtléticoMineiro, desde que haja tranqüilidade e,acima de tudo, objetividade.

— Sc compararmos os dois times,não é novidade dizer que nossos jogado-res são mais habilidosos. A característicaprincipal do Atlético é a forma rígidacomo se apresenta. Não condeno isso,embora prefira o estilo mais solto ecriativo do Flamengo.

Tratando-se de um jogo decisivo, onervosismo dos jogadores faz com que olado técnico seja um pouco esquecido.Ainda assim, Leandro confia na habilida-de do Flamengo.

— Nestes jogos, ninguém arrisca, onível técnico cai muito. Porém, quem éhabilidoso, por menos que possa mostrar,conseguirá se sobressair sobre os demais.

Leandro quer apenas que o Flamcn-go tenha paciência de chegar ao gol doAtlético. Adverte sobre o perigo do de-sespero. caso a vantagem custe a apa-recer.

— Temos que confiar no nosso poderde criação, na nossa habilidade e nonosso toque.

— O Flamengo já fez o que tinhaque fazer. Náo há mais nada a ensaiar.Estamos prontos para pegar o AtléticoMineiro.

Quem garante é Zico, cuja estrelavoltou a brilhar com intensidade desdedomingo passado, quando foi o autor dostrês gols na vitória sobre o Santa Cruz. Seteve sua carga de trabalho diminuída estasemanal a fim de se recuperar das doresmusculares depois da partida, isso nãosignifica que esteja com qualquer pro-blema.

No momento em que laia sobre suasfóndiçés, demonstra firmeza. Explicaque agora |a readquiriu um pouco doritmo de jogo e que isso o deixa bem maisseguro. Ao voltar para o vestiário, tendo'participado apenas do primeiro tempo docoletivo, mostrava tranqüilidade total.

— Não valia á pena forçar. Esses 45minutos foram a medida certa. Assim,não treinei a mais nem a menos.

Zico náo quer |aráfitir Irçs gols,como muita gente lhe pediu ontem na

'Gávea. A aflição dos torcedores eta sa-ber se ele repeliria a dose Com calma e

paciência, lembrava que era difícil paraqualquer jogador fazer três gols num jogoSÓ.

— Minha preocupação é vencer ojogo. Que seja com um único gol e aindaassim contra. Não importa. Temos é quevencer para chegarmos em Belo Florizon-te mais tranqüilos, com a vantagem doempate. Claro que, se pudermos conse-guir uni resultado expressivo, tanto me-lhor, pois elevará nosso moral para adecisão 110 Mineirãpf

A agitação da Gávea náo afetouZico, Apenas o fez se lembrar da suagrande fase no Flamengo, quando eracomum a invasão dos torcedores.

F normal essa alegria toda. Esta-mos também confiantes, mas não pode-mòs entrar nessa euforia. Não podemosproibir ou condenai a festa que o torce-dor faz na Gávea. Mas também nãopodemos participar dela Mesmo os maisjovens do time sabem disso. Posso garan-tu que entre os profissionais o clima é deseriedade, de respeito ao adversaiio Massabemos fm| estamos prontos para la/erUma grande partida. (AMF)

O Flamengo está prevendo para ajogada mais perigosa do Atlético, assubidas de Luisinho ao ataque. No pri-meiro tempo do treino de ontem — queserviu como apronto para o jogo deamanhã —, o técnico Carlinhos mandouque o zagueiro reserva Zé Carlos exceu-tasse a função de Luisinho. E passou aobservar o treino com atenção. Logo aos3 minutos, Zé Carlos foi ao ataque e fez ogol, surpreendendo a defesa titular, de-pois de rápida tabela com Gérson, quepegou Edinho totalmente fora tle posi-ção. Imediatamente Carlinhos ordenouque Andrade ficasse atento ás avançadasde Zé Carlos. E o perigo passou.

Mas se a defesa ficou protegida, oataque perdeu força. Com Andrade pre-so a marcação de Zé Carlos, coube a Zicoo duplo papel de atacante e criador dejogadas. Zico correu, lutou bastante con-tra os leservas e mesmo fazendo bomtreino, nao conseguiu alcançar seu verda-deiro nível na dupla função Ao final de

45 minutos, permaneceu a vantagem dosreservas por 1 a 0.

O segundo tempo, que só durou 30minutos! praticamente não teve nada deespecial. Carlinhos resolveu poupar al-guns titulares — Zico, Jorginho e Lean-dro — e o treino foi mais equilibrado. Ostitulares chegaram ao empate aos 23minutos, em bela cabeçada de Bebeto,Até a tática mudou. Gerson, que jogousempre pela esquerda, voltou deslocadopara a ponta direita e Zé Carlos, o autordo gol, se manteve fixo na zaga. Curli-nhos já tinha feito as observações neces-sárias no primeiro tempo.

— Zé Carlos fez muito bem as Um-çóes de Luisinho. Vamos conversar nes-tas horas que faltam para o jogo e tenhocerteza de que sair.i tudo bem domingo.

Carlinhos so náo quis adiantar quemvai ser designado para marcar luisinho.Andrade parece sei o preferido, mastambém existe a possibilidade de Aíltonser o escolhido

O perigo chega de surpresa

JORMAL DO BRASIL

Circulação restrita ao Grando Rio Rio de Janeiro — Sábado, 28 de novembro de 1987 NAo podí: ser vendido sEPARADAMEMrc

^^ Sônia D'Almoidn êjg? <******"

¦'••ma *ç <Sà% W^'"«%^rwr"- Com o motor píffUm potiso perfeito iÉ&)i& -~ ****** '^-BL. t «S^ *£**• $fev^» ', !.1í^;^;», »>. p|g

ífl^S&fe^íi^ sdenciosa ..;.,. &<-$• f "^'" Ç^em plena praia de Ipanema) $»«»« r-"" m&^ m %

Caio ~~íempo

ilotando um monomotor Uirapuru T-23 do Aeroclube do Brasil, em vôo deinstrução. Caio Martins da Costa, 22,

fez ontem um pouso de emergência nas areiasda Praia de Ipanema, entre os postos 9 e 10,20 segundos depois que o motor do aparelhoentrou em pane, ao sobrevoar as Ilhas Ca-garras.

O incidente ocorreu por volta das16h30min, quando a praia, uma das maismovimentadas do Rio, nos fins de semana,estava praticamente vazia. Pouca gente viu oavião efesecr. Devido ao silencio do motor cmpane, as pessoas só perceberam o pousoinusitado quando Caio, macacão verde depiloto, saltou do aparelho intacto, meio incré-dulo com a própria sorte. Nervoso?

— Em 20 segundos não dá para ficarnervoso — contou ele. — ou você soluciona,

ou morre. Procurei ficar calmo, manter oaparelho c optar pelo trecho deserto da praia.Só aqui embaixo, depois de tudo terminado,foi que tremi.

Caio, que é também estudante de Direi-to da UFRJ, contou que pretende, apesardisto, ser piloto comercial e que, para tirar obreve, só lhe faltam duas horas de vôo emaulas solos. Uma delas pretendia cumprirontem, dia de céu nublado mas com poucosventos. Na quinta-feira, segundo ele, fez umdos testes, indo até Angra dos Reis, semproblema. E ontem mesmo, pela manhã, foi aSaquarema. Exatamente quando pretendia omais simples, ou seja, sair do Aeroporto deJacarepaguá e dar uma volta até o Leme,retornando em seguida, foi obrigado a usartudo o que tinha aprendido nas 45 horas quejá fez.

iisse que nem tevede ficar nervoso

Por sorte, naquele trecho, ontem à tar-de, só havia os jogadores de vôlei de duasredes, a 100 metros de onde o avião pousou,deixando na areia fofa o rastro dos pneus. Umdeles era Dirley Menegusso, 32, que foi oprimeiro a correr. "Mas só porque virei paralá e fiquei boquiaberto vendo o avião pousadoali. Não ouvi barulho nenhum. Ele desceucomo uma pombinha", disse, enquanto volta-va ao jogo, que só foi interrompido por algunsminutos.

A reac.ão de Roberto Ribeiro foi bemdiferente. Ao lado do aparelho ela aindasuando, conseqüência do cooper interrompi-do, comentou: "Que Loucura! Daqui a poucovai ter gente pousando na Visconde de Pi-rajá".

Outro que interrompeu sua corrida pelocalçadão foi Abiel Derizances. 55, ex-piloto

da FAB. Fez questão de abraçar Caio e,dando-lhe os parabéns, elogiou sua "aterrissa-gem perfeita".

A PM cercou o local, para onde acorre-ram cerca de 100 curiosos, e registrou aocorrência, aguardando a chegada do DAC.Enquanto isto, um dos diretores do Aeroclu-be do Brasil, Henrique Lage, não se espantoucom o acidente, mas garantiu que em Ipane-ma foi a primeira vez. Disse também que Caionão perderá o breve por causa da queda."Pelo contrário. Ele passou pela maior provaque um futuro piloto pode passar". Em segui-da, tratou de providenciar cordas para remo-ver o avião, auxiliado por homens, mulheres ecrianças. Henrique pretendia desmontar asasas, colocar o aparelho num caminhão e.rebocá-lo, ainda ontem.

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o Cidade o sábado, 2X/I1/S7JORNAL DO í-HASlt*

Luiz Moiior

agai)MDB atrasa>or falta de dinheiro

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Por falta de pagamento das mensali-dades de seus 5 mil filiados, o PMDB. omaior partido político brasileiro, o parti-do do presidente José Sarney, do depu-tado Ulysses Guimarães do governadorMoreira Franco, esta sem dinheiro emcaixa e com pagamentos ile contas atrasa-dos. I lá meses que a sede do partido, naAvenida Almirante Barroso. 72, Centro,precisa ler suas lâmpadas trocadas. Pai-iam fichas de filiação partidária e. acimade ludo, falia dinheiro para o pagamentodos funcionários.

O tesoureiro do partido, GilbertoRodrigues, presidente da Assembléia Le-

gislativa, náo aparece na sede e não sabeque a arrecadação mensal é insuficientepara pagar as despesas que náo chegam aCZS 200 mil. Desta forma, está na imi-nencia de ver cortados o telefone, o telex(sem pagamento há três meses), a luz e o

gás-Contínuo esmola — Residên-

te na Mangueira, o auxiliar de serviçosgerais (continuo) Cabral, vassoura ü mãoapós servir um cafezinho, pede um

¦'adianto" ao icpótlcr do JORNAL DOBRASIL para almoçar, Lie trabalhouineiinsavelinenle, inclusive aos sábados,domingos e feriados, para elegei MoreiraFranco c precisa andar de roupa de leáo(motorista de ônibus) para náo pagarpassagem e economizai dinheiro, Casa-do. dois filhos, Cabral ganha salário mini-mo, náo tem vale transporte e nem ticketpara refeições.

O partido que hoje comanda o desti-no do pais desde março náo reajusta ossalários de seus empregados, um advoga-do. dois contínuos, dois contadores euma secretária. A secretaria Heloísa Pro-copivk está emprestada á Secretaria deTrabalho (leia-se deputado Jorge Cama)e so aparece na sede do partido parareceber seu salário de pouco mais de CZSS mil.

Por que o PMDB esla sem dinheiro.'Porque seus 5 mil filiados não pagam asmensalidades que dariam uma receitamensal de CZS 5 milhões. Entre os quenáo pagam, estão secretários de eslado eos que exercem cargos de confiança.

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íoppihg, em 106 metros quadrados

Vídeo resgata quase 100 anos de história de IpanemaDe Leila Dinizà incrível canjade Jancs Joplin

Mania Penna Firmee evolução lenta nas cinco pri-meiras décadas, a partir de 18.0.

surge inesperadamente uma eferves-cência cultural mareada pela vanguardaentre os anos 50 e 70. O compromissocom o inédito durou quase 20 anos eacabou dando lugar à moda e ao consu-mo. A inusitada trajetória, porém, nãoconseguiu abalar a forte personalidadedó bairro de Ipanema, que eslá pertoele completar 100 anos. Da energiadesde inicrouniverso de 100 mil liabi-tantes nasceu o Centro Cultural Cãndi-do Mendes, que em dezembro come-mora 10 anos de existência e presenteiaIpanema com um vídeo de 50 minutos,que resgata sua história até a década de80.

Ipanema, sinônimo de cultura cvanguarda. Bairro que tem tudo a vercom o centro cultural e. por isso, Cân-dido Mendes de Almeida Júnior, ideali-z.ador do roteiro e responsável peladireção do vídeo, decidiu pela liomena-gem, que certamente levará boêmios,intelectuais c artistas ás suas raízes. Epara os que não viveram essa realidade,no mínimo, a sensação de ter perdido aoportunidade c a certeza de que mal ou

bem são fruto de uma geração que foiprivilegiada. O vídeo produzido pelopróprio Centro Cultural Cândido Men-iles vai ao ar, dia 11 de dezembro, naTV Educativa, a partir das 21ti30min,

A retrospectiva está dividida emquatro blocos, seguindo um roteiro cro-nológico que vai de 1890 a 1950, quan-do a praia do Arpoador foi descobertapela elite cultural. O segundo bloco,dedicado aos anos 60, mostra uma épo-ca de espirito alegre, irreverente c atéirresponsável, entrando nos bares emefervescência cultural e vivendo comLeila Diniz. a banda e a garota deIpanema, até o AI-5. Surfistas, artistase homossexuais são lembrados no ter-eeiro bloco, que trata dos anos 70 elembra o Pier como pólo de irradiaçãocultural. No quarto bloco surge a déca-da de Stl, enfocando a forte participa-ção no mundo da moda e o estímulo aoconsumo, com pinceladas leves no de-sordenado desenvolvimento urbano c oaparecimento da miséria.

Mas o grande charme do programaestá nas vinhetas de 15 segundos cadauma, que vão pontuando cada bloco deimagens. Nelas Cândido Mendes Júniormostrará o contraste entre o bairro deIpanema, com 100 mil habitantes, euma cidade do mesmo nome, em MinasGerais, onde moram o mil pessoas. Látambém existem uma banda, garotaspreocupadas com beleza, homosse-xuais. e uma costureira que dita amoda.

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i)oveíÍwbaii-ro quase nada rest^osespí^ões expulsaram quase todas as casas

A comparação reforça a personali-dade do bairro de Ipanema, que. paraCândido Mendes Júnior, foi por 20anos a mola propulsora de toda a mo-dernidade brasileira conhecida peloinundo. "Atualmente não tem maisaquela dimensão de vanguarda dosanos 50 a 70. com exceção de moda.Mas também náo surgiu outro universoque a substitua", disse. Apesar de sechamar Ipanema, a cidade de Minas

Gerais, a ISO km de Governador Vala-dares, não foi cantada por Vinicius deMoraes nem cutucada por Leila Diniz.Por outro lado, não sofre as conseqüên-cias de explosão urbana, náo conheceassaltos, só furtos de bicicletas vez poroutra.

O vídeo que imortaliza Ipanemanáo é conclusivo c mostra o que está namira de um mero observador. Nos 50minutos de imagens, takes de entrevis-

tas com moradores, a maioria artistas eboêmios, que relembram a brisa fresca,o mar limpo e os bares que freqüenta-vam até mudar o point para o Centro dacidade. Até a canja de Janes Joplinpara os hippies na Praça General Osõ-rio, suq.reendcndo seus freqüentado-res, foi lembrada. Alguns dos entrevis-tados náo moram mais em Ipanema,mesmo assim falam dela com humor esaudades.

^S^f^f*.J^ Organistas cruzam o país pararestaurar velhos instrumentos

Comércio temeum Natal magromas se enfeita

Ao contrário do que ocorre tradiçio-nalmenlc, anula não sáo os consumidor]tes, mas os comerciantes, que gastamdinheiro no Natal. Os grandes magazinesc shoppings da cidade, prevendo quedasem precedente nas vendas, estão invés-lindo milhões parti atrair, através depromoções diversas e decorações soíisti-cadas, o comprador com o bolso esvazia-'1do pela crise.

Quem não tem dinheiro para gasHt1'1no marketing de Natal procura conquis^1tar espaço na hora da criatividade: ét."caso do Shopping Central de ( opaeabana''(Avenida Nossa Senhora de Copacabana','"080), que fantasiou de Papai Noel tV'próprio presidente Sarney, eereado ___""'reis magos, como o senador Marco MU'-1-ciei, 0 ministro Aureliano Chaves, opresidente do IT, Luís Inácio da Silva, e,,o ex-governador Leonel Brizola,

Investimento alto— Os pro-*jetos de vitrinas começaram a ser criados'!em julho, no HarraShopping e no Rio- .Sul. Sáo projetos importados, baseados '.em vitrinas norte-americanas c euro-péias.

Em um Natal de crise, as criançasnunca estiveram tão liem servidas navida.

No HarraShopping, em KW) metrosquadrados, está montada uma grandeestação de trem. ioda coberta de neve,enfeitada para o Natal. Por dentro dessa,,estação, passa um trenzinho, tipo maria-fumaça, que transporta os pequenos paramuito longe. No trajeto, vários bichos de,pelúcia se movimentam e presentes seperdem pelo chão. Os passeios custamCZS 40 e as filas brevemente estarãodobrando corredores do shopping. Asmães que se cuidem.

No Rio-Sul, uma vitrina eletrônicareproduz a cidade dos sonhos, em minia-tura. São montanhas, mares, barcos,trens, fazendas, casas e bonecos. Tudo semovimenta, tudo tem vida. No meio da_;cidade, grande árvore de Natal enfeitada -chama a atenção da garotada.

Estratégias de marketing que repre- ,sentaram investimentos altos: no caso doRio-Sul chegou a CZS 4 milhões o proje- jto do diretor-getal do shopping, Gustavo jMoreira de Sousa, para quem o Natal ;este ano merece cuidados especiais. A ]vitrina do BarraShopping chegou perto:CZS 3 milhões 500 mil. "Ano passado foio Natal do cruzado; as vendas foramaltíssimas. Este ano é o Natal da desilu-sáo e os comerciantes que se cuidem",explica o gerente de marketing, Fernan-do Marinho.

Os comerciantes que náo têm comoinvestir tentam burlar a crise com imagi-nação: "É ano dos presidenciáveis e os jgrandes premiados sáo os reis magos quefuturamente vão se candidatar", comenta0 administrador do Shopping Central deCopacabana. Lenu liackman. O shop-ping apresenta Sarney. fantasiado de Pa-pai Noel. com uma urna na mão.

Judeus visitamo túmulo deOsvaldo Aranha

r—i Filipe Augusto Coelho. S, ven-ceu o Concurso Símbolo do Pro-

grama de Imunizações — organizadopela Secretaria Estadual de Saúdepara escolher o símbolo das campa-nhas de vacinação — com o bonecoAmiguin (foto), escolhido entre 19mil 231 sugestões enviadas por crian-ças entre 3 e 12 anos. Amiguinrepresentara o Rio de Janeiro naetapa nacional do concurso, patroci-nada pelo Ministério da Saúde, para

apontar o nome definitivo do perso-nagem. Os dez integrantes da comis-são julgadora, entre eles dois repre-sehtantes infantis — o ator Fernandode Almeida c Juninho B/V/, do con-junto Trem da Alegria —, aponta-ram Dosinha e Crispim para o segun-do e terceiro lugares. O primeirocolocado ganhará uma bicicleta cuma viagem ã Ilha de Jaguanum; osegundo, uma bicicleta; c o terceiro,um brinquedo, de acordo com suaidade c sexo.

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I—i "A Morte Antropofágica doBispo Sardinha", um óleo sobre

tela do pintor George Mathieu, e"Panorama", um quadro com lécni-ca mista de Jean Fautrier, foram asobras que mais chamaram a atençãodo presidente do Centro Nacional deArte e Cultura George Pompidou

(Bouboúrg), Jean Mahcu. durantevisita ao Museu de Arte Moderna.

Mahcu está na cidade a convite do 4"FestRio e aproveitou a ocasião paradiscutir a possibilidade de um inter-câmbio técnico e cultural, com expo-sições de artes plásticas e mostras defilmes. O diretor do MAM. PedroAlberto Guimarães, pediu a Mahcupara estudar a transferencia dos dois

quadros para O Centro Pompidou.onde seriam restaurados.

Há muito tempo o Instituto Nacionalde Música (INM), da Funarte, tentadesenvolver o audacioso projeto de loca-lizar, catalogar c restaurar todos os exem-plares históricos existentes no país de uminstrumento nobre da música: o órgão.Por absoluta falta de profissionais capaci-tados para este tipo de trabalho, o proje-to foi sendo adiado, até que uma brasilei-ra c um suíço bateram à poria do Institu-to, com um plano definido, muita pacien-cia e disposição.

O projeto é da brasileira Elisa Freixoc do suíço Guy Bovet, ambos organistas,que encerraram ontem no Rio parte daprimeira etapa — a localização — dotrabalho. Dadas as dimensões cotilincn-tais do Brasil, a dupla eslá convencida deque é praticamente impossível localizarIodos os órgãos históricos, que eles ealeu-lam cm torno de 350. Somado â grandio-sidade geográfica, o alto cuslo das passa-gens aéreas também colabora para tornarmenos abrangente o universo desses ins-trunientos musicais no país. O suíço Bo-vet ficou chocado com o preço das passa-gens, já que uma viagem de Genebra aNova Iorque, por exemplo, sai mais bara-to que os deslocamentos que cie e Elisafizeram pelo Brasil nos últimos 22 dias,basicamente entre o Norte, Nordeste atéa chegada ao Rio.

Os problemas não param por aí.Como a maioria dos órgãos está emigrejas c conventos, os cosstumes de ai-guns religiosos também impediram o bomdesempenho dos pesquisadores. Em San-to Amaro da Purificação, Bahia, as frei-ras de um convento não permitiram aentrada de Bovet, pelo fato de ele serhomem. Tendo de enfrentar problemasdesta natureza, o trabalho na Bahia, emespecial na capital, esbarrou sempre naradicalização religiosa, mas não impediu,entretanto, que eles encontrassem oitoórgãos raríssimos, inclusive um nacional,construído em 1850 pelo organeiro CarlosTappe. Este órgão se encontra na Igrejada Ordem Terceira de São Francisco.

No Recife, a localização de apenasum órgão histórico surpreendeu a dupla.Foi na capital pernambucana onde aeon-teceu a primeira construção artesanal deum órgáo de que se tem notícia, no iníciodo século XVIII. O organeiro foi Agosti-nho Rodrigues Leite, mas quase todo oseu trabalho está desaparecido. Na capi-tal pernambucana, os pesquisadores sóencontraram um pequeno órgão francês,do século XIX. que compõe o cenário daIgreja Madre de Deus.

Desta primeira fase da pesquisa osorganistas destacam os seguintes acha-dos: um órgão de 1750 que eslá na Igrejada Ordem Terceira de Sáo Francisco, nomunicípio do Embu, e um de 1780 nacapital paulista. Eles presumem que osórgãos sejam brasileiros e acham que arestauração deles pode ser feita rápida-mente e a baixo custo. Em Diamantina,Minas, há outro órgão brasileiro de 1820,

que precisa de restauração, mas queainda conserva todas as suas peças ongi-nais. Em Caraça, também Minas, foilocalizado um órgão, digamos, multina-cional, já que se misturam peças antigas emodernas vindas de Portugal. Itália,França e ainda peças brasileiras. Aindaem Minas Gerais, na cidade de Tiraden-tes, há um órgáo português de 17S8 emfuncionamento, mas que precisa de pe-quenos reparos. E em Sáo Joáo Del Rey.um instrumento do início do séculoXVIII. de nacionalidade desconhecida,carece de uma restauração onerosa.

O maior órgáo do país — 8m dealtura, por 5m50cm de largura e 2m35cmde profundidade — foi encontrado numacatedral de Belém do Pará. É uma peçafrancesa, de 1882, que está estragada,mas que ainda conserva o material origi-nal. O órgão foi feito pela fábrica C. Coll,que já não existe mais. A pesquisa no Rio

ainda não deslanchou, mas os organistassabem que há coisas muito interessantes,ainda que não muito antigas. Mas é aquina cidade maravilhosa, no entanto, onde-está o instrumento mais antigo do país. Eum órgáo em forma de coroa, construídopelo brasileiro Agostinho Rodrigues Lei-te, no século XVIII. Este exemplai en-contra-se no Convento de São Bento.

Daqui a dez dias eles encerram umrelatório técnico com um balanço destaprimeira viagem. Segundo os organistas,a direção do INM está entusiasmada com0 trabalho. O que os leva a acreditar quedaqui em diante as coisas fluam com maisrapidez. O tempo gasto com a burocra-cia, no periodo que antecedeu a viagem.foi superior ao da própria viagem. Depoisde tudo catalogado, o projeto passará âúltima fase. com a chegada ao pais de umrestaurador americano que usará, no tra-balho braçal, mão de obra brasileira.

José Roberto Si.rra

Elisa e Cuv encontraram no Ri<> órgão do século 18

A descoberta de documentos que !provam a participação de Oswaldo |Aranha na proibição da entrada no !Brasil de judeus durante o Estado ',

Novo, divulgada no início deste més !cm reportagem da revista Veja, não !chegou a abalar a tradicional romaria !ao túmulo do chanceler realizada on- Item, como todos os anos, em comento- !ração aos 40 anos da criação do estado !de Israel. Mas não deixou de ser lem- jbrada:— No momento cm que a distor- ';

ção histórica envolveu a figura de Os- jwaldo Aranha, houve os que sem le- ;motes estenderam suas mãos — disse, jem discurso durante a solenidade, Qs- jwaldo Gudoly Aranha, filho daquele jque. em 29 de novembro de 1947,presidiu a sessão da Assembléia das jNações Unidas que aprovou a partilha jda Palestina, dando origem ao estado Jde Israel.

Cerca de 100 pessoas estiveram '

pela manha no Cemitério São João iBatista, entre elas o cônsul-geral "cie iIsrael, Eliahu Tabori; o presidente da jOrganização Sionista Brasileira. Sa- ímuel Baron; o presidente da Federa- jção Israelita do Estado do Rio, Osias jWurman; c dois filhos de Oswaldo

'

Aranha —Oswaldo e Euclides Aranha '

Neio. Duas coroas foram colocadas •sobre o túmulo do chanceler, enquanto ¦estudantes de quatro escolas judaicas ;— Barilan, A. Liessen, ORT (Organi- |zação e Reconstrução do Trabalho) c ¦Sholen Aleikchen — empunhavam jbandeiras do Brasil, de Israel e de seus

'

colégios.— Analisar a vida de um homem ;

público é como um quebra-cabeça — •comentou Osias Wurman', referindo-se ¦à descoberta da historiadora Maria !LuizaTucci Carneiro, que desenvolveu-itese sobre o assunto. "Os fatos isolada-mente podem trazer distorções", pon-derou. considerando a denuncia "alg»V

inesperado porque tem origem nuína;'doutrina em história". 5

O presidente da federação israelita {.explicou que

"o Brasil não permitia!)naquela época (início dos anos 40) a|entrada de judeus oriundos da Europa, |assim como outros países, como Esta-fidos Unidos e Inglaterra". Frisando at;permanência da "tradição de conside-irar Oswaldo Aranha um grande ahygoüda causa sionista". Osias Wurman lem-gbrou que seus descendentes "são ver-adadeiros embaixadores do povorçjjudeu".

É a família de Oswaldo Aranhaque financia todos os anos uma passa-gem a Israel, prêmio que a comuntda-de judaica oferece â melhor mònogra-fia sobre sua vida e sobre a históriajudaica. O vencedor, escolhido entreestudantes de vários estados brasilei-ros, será anunciado hoje à noite, noClube Hebraica.

JORNAL DO BRASIL sábado, 28/11.87 o Cidade o

Serra está seguro daO ex-supcrintcndente regional do Inamps,

João Carlos Sena, embarcou ontem à noite paraPortugalj certo de (pie conseguiu provar sua denuii-cia contra a multinacional alemã Siemens. Para ele,as declarações do secretario municipal de Saúde,José Assad. e do Prefeito Saturnino Braga sobre adoação pela Siemens ao município de duas ambii-láiicias, reforçaram sua acusação de (pie o gerentede vendas da empresa no Rio, José Ciranda, tentouMiborná-lo com CZS I milhão 25(1 mil:

— Estou muito feliz com o doutor Assad ecom o prefeito porque eles confirmaram a minhadenúncia! O mesmo José Ciranda tentou oferecerum cheque dc CZS 2 milhões 485 mil a Assad, odobro do que me ofereceu, só que o municípioaceitou transformar a oferta em uma doação deduas ambulâncias. Não vou julgar esse ato. Paranum, o importante e saber que vou voltar a sersuperintendente, declarar a Siemens inidônca noRio e lutar para que cia náo possa mais negociarcom a Previdência em lodo o território nacional.

Com a rotina alterada nos últimos dias — temse alimentado mal, dormido pouco e se afastou deseu consultório particular —, Joáo Carlos Serra vaivisitar uma filha de 21 anos que mora na cidade doPorto, em Portugal, A volta está prevista para amanha do dia 13 dc dezembro. Ontem à taide, elefoi alé a Superintendência para se despedir de seusassessores e recebeu da secretária uma pasta com

cerca de cem telegramas de solidariedade. Umdeles, enviado pela professora Cecília Viveiros deCastro, talvez resuma o conteúdo dos demais: "Setodos fossem iguais a você, o Brasil seria um paíssério. Cirande abraço atitude correia corajosa."

.Ia com advogado constituído, o seu amigoRaphael de Almeida Magalhães, Serra revelou queainda tem uma última carta na manga. Uma leste-miinha, funcionário de um órgão público, (pie podeprovar com documentos uma outra tentativa desuborno por parle da Siemens. No caso, o agentenão foi José Gfaiida, mas um outro empregado daempresa alemã. Serra náo quis revelar o nome dessatestemunha, mas disse que o fará na volta de suaviagem à Europa:

Só lenho o relato dessa pessoa, mas nãotive acesso aos documentos. Por isso, acho precipi-lado divulgar isso. De qualquer forma, a comissãode inquérito do Inamps vai seguir colhendo depoi-mentos até a minha volta, e ainda terei chance deapresentar essa testemunha,

Serra garantiu que não guarda qualquer res-sentimento pelas declarações dc José Assad. que,embora lenha admitido a doação das duas ambulàn-cias, náo associou esse recebimento a uma tentativadc suborno por parle da Siemens:

Se ele e o prefeito confirmarem em depoi-mento tudo o que disseram a imprensa, e lenhocerteza de (pie o farão, vai ser ótimo. Minhadenúncia estará confirmada.

denunciaPrefeito mão faria

o mesmo o unira vez[¦~1 0 prefeito Saturnino 'traga, em conver-

sn informal com um jrupo de assessores,confirmou seu apoio integral ao superínten-dente regional do Inamps, João Carlos Serra,_ s* dispôs « depor na comissão de Inquéritoquo apura a denúncia dc tentativa dc subornopor parte de uni funcionário da multinacionalalemã Siemens, Nessu conversa, Saturninodisse que não se arrependia de ter orientadoJosé Assad para que transforma-se a ofertade José tirando em unia doação lie anthulân-cias, mas confessou que não repetirá a orien-tação.— Eic ponderou qne, Ihü . ou mal, o municí-pio seria li_neflci&i.o com duas ambulânciasequipada,., mas eoufessou que foi a primeira cúltima vez que fez. isso. Saturnino disse aindaque, caso acontecesse de novo, ou recusaria ooferecimento ou tomaria:» mesma atitude quetomou Sena — relatou uma das pessoas qneIwiücijMiram da conversa.

Diretores de três hospitais depõem segunda-feiraOs diretores dos hospitais de Ipanema,

Nildo Aguiar, cia Lagoa. LUís Carlos Teixeira, ede Traumato-Ortopedia. Sérgio Rudgc, vão de-por às lOh da próxima segunda-feira na comissãode inquérito que apura as denúncias de JoãoCarlos Serra. Eles estavam presentes a umareunião no gabinete de Serra, quando esterelatou a tentativa de suborno.

Na sexta-feira, dia 3, serão ouvidos osfuncionários da Superintendência que participa-ram de uma reunião de trabalho com Serra, naúltima segunda-feira, interrompida com a chega-da de José Granda. Nessa ocasião, segundo o ex-superintendente, o gerente ofereceu o suborno

de CZS 1 milhão 250 mil pela concretização dosnegócios entre a Siemens e o Inamps.

No dia 11 de dezembro será a vez dodepoimento do secretário municipal de Saúde,José Assad, responsável pelo fechamento doacordo através do qual a Prefeitura, ao invés dacomissão proposta pelo gerente da Siemens,recebeu duas ambulâncias como doação. A aea-reação entre Serra e Ciranda, solicitada peloprimeiro, náo tem data marcada.

Polícia Federal — Por determinaçãodo diretor-geral do Departamento de PolíciaFederal delegado Romeu Tuma. a Superinten-

dência do órgão no Rio instaurou inquérito paraapurar a denúncia de João Carlos Serra contra aempresa alemã Siemens por tentativa de su-borno.

O inquérito 1349/87 será presidido pelodelegado José Maria Cortes de Barros, da Dele-gacia de Polícia Fazeridária, que ontem mesmocomeçou a reunir o material divulgado pelosjornais. A Assessoria de Comunicação Social doDPF no Rio não soube informar se o inquéritoapurará também as irregularidades constatadasem licitações para obras c compra dc materialem três hospitais do Inamps: os de Cardiologia,de Oncologia e de Traumato-Ortopedia.

.Metrô. um perigo sob os trilhosCalcula-se que 30% dosdormentes apresentamrachaduras ou fraturas

Angela Regina Cunha

oa parte dos dormentes do metrô do Riode Janeiro apresenta rachaduras, fraturas

c ferragens expostas ou soltas e vem sendosistematicamente substituída. Só não ocorreramacidentes ainda porque os trens circulam embaixa velocidade nos considerados pontos críli-cos, mas um engenheiro da Companhia doMetropolitano garante que, se três dormentesem seqüência cedessem, em função do desgaste,os trilhos poderiam ficar desnivelados e haveria'perigo de descarrilamento.

A companhia informou, através de sua as-sessoria de imprensa, que pretende abrir concor-rência para a troca de todos os dormentes daslinhas i e 2 e que uma proposta nesse sentidoestá na mesa da diretoria á espera de decisão. Aempresa só admite que alguns dormentes apre-sentam desgaste prematuro e uns poucos que-' braram. mas garante que não há necessidade dese trocarem diariamente dormentes. Calcula-se

.que 30$ dos dormentes apresentam algum tipode defeilo — rachaduras ou fraturas.

Trocas diárias — Em qualquer metrôdo mundo, a previsão de desgaste prematuro dedormentes fica entre ST e 10% nos primeirosanos de funcionamento. Este percentual, entre-tanto, ficou muito acima no metrô do Rio, ondeas trocas de dormentes sáo praticamente diárias.Nos trechos em que há muitas curvas os dormen-tes quebram-se com mais facilidade, mas ospontos críticos são, entre outros, nos trechosPresidente Vargas—Carioca e Flamengo—Botafogo, na linha 1, e sob o túnel Bernoukí. emMangueira, na linha 2.

Quem percorre os túneis do metrô ficaassustado com a quantidade de dormentes que-brados ou aparentemente perfeitos, mas marca-dos com um xis vermelho — o que significa queapresentam algum defeito. A reportagem doJORNAL DO BRASIL percorreu os túneisentre duas estações da linha 2 e pôde verificarque mais de 30% dos dormentes apresentamalgum tipo de avaria. Algumas graves, como oconcreto esfarelado, as ferragens â mostra, para-fusos soltos, mal-cncaixados nas .aparas deborracha.

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O dormente está com fratura e não se assenta bem na sapataO JORNAL DO BRASIL denunciara em

84 a substituição dos dormentes — peças deconcreto e aço que sustentam os trilhos, comduração media prevista de 2(1 anos. Na ocasião,a Companhia do Metropolitano explicou que osdormentes vinham apresentando deficiênciasdesde 82 e que sua substituição "era umaatividade de rotina da Diretoria de Manuten-ção". Mas reconheceu que mais de 6 mil dos 43mil da Linha 1 apresentavam desgaste excessivo.

A Companhia do Metropolitano continuoucomprando dormentes da Companhia Brasileirade Dormentes —, de São Paulo, que delem alicença para fabricação no Brasil dos dormentesprojetados por Rogcr Seneville, usados no me-trô carioca. São do tipo bibloco, com extremida-des de concreto e uma barra transversal de aço,o modelo mais barato na época, e, apesar dodefeito de fabricação, eles continuaram a serinstalados.

PTestes — Em 84, os dormentes avaria-

dos, assim como os novos em estoque no metrô,foram enviados para testes na Coordenação deProgramas de Pós-Graduação em Engenharia(Coppe) da UFRJ e no Instituto de PesquisasTecnológicas dc Sáo Paulo. Os resultados nuncaforam divulgados pela Companhia do Metropo-litano mas um engenheiro da empresa, queassistiu a um desses testes, contou que, de 40dormentes testados, 39 apresentaram algum tipode defeito, desde simples abalos até fraturasprofundas com o esfarelamento do concreto.

Um diretor do metrô na época informouontem, através da assessoria de imprensa daempresa, que

"a longo prazo todos os dormen-tes do metrô terão mesmo de ser trocados e queos testes mostraram que os dormentes nãoofereceriam riscos á segurança dos passageiros,se fosse reduzida a velocidade máxima dos trensdc % para 7(1 quilômetros por hora" — o que foifeito.

Situação da Linha 2 é ainda pior com a oxidaçãoNa Linha 2. além da má qualidade dos

dormentes. que estão se esfarelando em algunstrechos, a Companhia do Metropolitano poderátei novas despesas extras num futuro não muitodistante. As ferragens de praticamente todos osdormentes apresentam oxidação, mas, como aempresa apressa a instalação do terceiro trilho.condutor de energia, que substituirá a redeaérea, está sendo aplicado um tratamento anti-ferrugem apenas superficial. A medida, segundoum engenheiro do metrô, pode custar caro maislarde; se fosse feita uma recuperação efetivaagora, os dormentes poderiam ter uma vida útilbem mais longa.

Mesmo a substituição dos dormentes que-

brados na Linha I. que vem sendo feita hámuitos anos, não obedece a padrões dc perfei-ção. Os novos dormentes não passam por umcontrole de dimensões e nem sempre se ericai-xam perfeitamente nas sapatas de borracha queprecisam ser recortadas c perdem sua funçãoprincipal, que é a de isolar as vibrações. Quandoapresentaram defeitos em 82. os dormentespassaram por controle de qualidade da Orplan,uma empresa de consultoria.

Mas. na verdade, a Orplan foi a terceiraempresa contratada pelo metrô para aquelecontrole. A primeira empresa, que mais tardeparticipou dos lestes da Coppe. no Fundão,constatou defeitos nos dormentes e recusou

todos eles. O Metrô, em vez de trocar defabricante, trocou de empresa de consultoria.Mas a segunda contratada também recusouparte dos dormentes fabricados pela Dorbrás eacabou substituída pela Orplan.

A Techinl. empresa que instalou os dormen-tes a partir de projeto da Ductor Engenharia,também alertou o Metrô para a má qualidadedos dormentes. Mas a Companhia do Metropoli-lano respondeu que os dormentes estavam ins-pecionados e aprovados. A Tcchint limitou-seentão a ínsialá-los. Há cinco anos os dormentesvêm sendo substituídos, embora no cronogramaoficial do Metrô náo estivesse previsto nenhumprograma de substituição em massa. (A.R.C.).

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Convidamos você e seus amigospara a exposição dos desenho

e entrega da prer. ilação.LOCAL: Sociedade Hípica Brasileira

Av. Borges de Medeiros, 2443HORÁRIO: das 14:00 hs às 19:00 hsDIA: 29 de Novembro - Domingo

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Saturnino diz que convitea Raphael não prejudica Jó

Ontem, Saturnino elogiou o desempenhode Andréa c disse que vai (a/er o possível para

O prefeito Saturnino Braga parece lervencido a primeira batalha da guerra que seinstalou cm sua administração desde que con-vidou o ex-ministro Raphael dc Almeida Ma-galháes a assumir uma secretaria especial noPalácio da Cidade. Saturnino disse que JôResende aceitou o ingresso dc Raphael nosecretariado municipal, convcnccu-se dc quesua candidatura á prefeitura cm HH não estáameaçada c de que é importante somar àFrente Rio os votos da esquerda do PMDB.

.ló desembarcou ontem de manhã no Ae-roporto Internacional, onde assessores o espe-ravani. Evjtou a imprensa. F.m seguida, foiencontrar-se com o prefeito, na Gávea Peque-na, para discutir o convite feito a Raphael

.Saturnino desmente, mas seus assessoresafirmam que Jô não só concordou com o apoiode Raphael como ficou encarregado de con-vencer o secretário de Desenvolvimento So-ciai, Sérgio Andréa, a não deixar o cargo.Andréa, do PT, não aceita ter o PMDB do ex-ministro na frente Rio e declarou que seRaphael entrar na administração municipal,ele sai.

pe...nao perder o apoio do PT. Segundo ele. nãoha problemas com os secretários de outrospartidos: "A

questão é mesmo o PI*". Nàobastou convencer Jó Resende. O prefeito sóconsiderará superada a crise quando SérgioAndréa voltar alrás em sua decisão cie deixai ogoverno.- Acho que mis precisamos de voto dcuma parcela do eleitorado que tem vinculaçáocom o PMDB — disse Saturnino. - Votos quetenham afinidade com o nosso pensamento.Existem pessoas como o próprio Raphael,como Paulo Ramos, Heloncida Studart. Rai-mundo de Oliveira, que sáo lideranças doPMDB. têm pensamento próximo do socialis-mo c vem fortalecer a nossa candidatura comganho. O Raphael foi demitido do GovernoSarney, Por qué? Porque enfrentou os proces-sos de clienlelismo, da politicagem. E exata-mente porque enfrentou e não quis se submc-ler a esses tipos de pressão, saiu.

O prefeito reafirmou que o ex-ministronão é candidato à prefeitura do Rio.

Sahin visita hospital daTijuca que tem seu nome

Sorridente, saudável, o cientista AlbertSabin, que está no Rio desde o dia 20. visitoupela primeira vez o Hospital Israelita (Tijuca).rebatizado com seu nome, em agosto do anopassado, quando o descobridor da vacina oralcontra a ppliomielite completou 80 anos.Acompanhado dc sua mulher, Heloísa, quequinta-feira fez 70 anos, Sabin disse que oprograma de vacinação anti-sarampo "não ébem-sucedido porque náo consegue sustar aepidemia, que continua a provocar milhares demortes".

Sabin embarcará para Roma na terça-feira, a fim de participar dias 4 é 5 dedezembro, como um dos três presidentes ho-norános, da conferência que avaliará os pro-gramas desenvolvidos na Itália para ajudar asnações pobres do Terceiro Mundo, especial-mente na área de saúde. O convite foi doministro das Relações Exteriores da Itália è aconferência terá a presença também de MadreTeresa de Calcutá.

O sarampo — Sabin esteve em SáoPaulo, onde se emprega nova estratégia devacinação contra o sarampo: todas as pessoas,entre nove meses e 15 anos. recebem a vacina.

independentemente de terem sido vacinadasantes.

— De acordo com a análise que fiz, SáoPaulo pode tornar-se modelo para eliminar adoença em todo o país. desde que o Ministérioda Saúde execute o programa necessário nopróximo ano — reveiou o cientista.

Quanto à situação em relação à pólio.disse Sabin que "está melhorando, com exce-

Ção de pequenas áreas isoladas do Nordeste.onde a doença ainda não foi erradicada e porisso merece atenção especial do governo.

Ele acrescentou que náo há mais necessi-dade de se vacinarem contra pólio criançasentre 4 e 5 anos, porque o número dc vacinasdadas aos últimos anos protege essa popula-ção. "Penso

que bastaria vacinar apenas crian-ças até 3 anos: isso causaria redução de 20milhões para S milhões de doses por ano, oque representaria grande economia para ogoverno.

Sobre a dengue. Sabin explicou que aepidemia poderá se tornar mais séria se náomelhorarem as condições sociais da populaçãoe a erradicação dos mosquitos causadores dadoença.

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Assalto — Cinco homens armadosassaltaram ontem, por volta das 13h. a agenciado Banco Bamerindüs, da rua Visconde dePirajà, 161, em Ipanema. levando CZS 427 mil850. Os assaltantes, todos bem-vestidos, con-seguiram chegar até o cofre, rendendo ogerente Célio Ferreira de Sá, sem encontrarqualquer resistência no interior do banco, jáque o único segurança da agência eslavaalmoçando.AbllSO — Acusado de espancar o filho,Cnstiano, de quatro meses, quebrando-lhesete costelas, o cozinheiro desempregado Fer-nando César da Silva Costa, 27, é um presoproblema na ..4;' DP (Belforci Roxo): ele estatuberculoso e coloca em risco os outros deien-tos. Fernando não nega que bateu na criançaporque ela chorava perturbando seu sono, mas'náo assume as fraturas nas costelas.Ao assinar o flagrante sem se interessar peloque eslava escrito, ele disse que o filho estavacom o braço e o lado direito do tórax inchadoshá duas semanas, depois que saiu com a mãe,Cláudia Viccntina dc Murais, 21, que esmolaem Copacabana.Serventuários — Os servenlua-rios da Justiça decidiram em assembléia prós-seguir com a greve, que já dura 20 dias, até apróxima quarta-feira, 2 de dezembro, quando

uma nova reunião vai reavaliar o movimento.A categoria continua reivindicando reajuste de56,21% retroativo a 1" de setembro. A propôs-ta apresentada no último dia 12 pelos desem-bargadores do Órgão Especial do Tribunal deJustiça foi rejeitada, por náo agradar a todasas categorias funcionais do Judiciário mas"apenas a uma minoria privilegiada".Ferroviários — Para a direção dosindicato dos ferroviários, dificilmente os trenrpararão na segunda-feira. A proposta da RedeFerroviária Federal e da Companhia Brasileirade Trens Urbanos —. que oferecem 48','. dereposição salarial e garantia de implantação doplano de cargos e salários enquadrando os 70mil ferroviários das duas empresas —' foiconsiderada satisfatória pelo comando de gre-ve, que vai defendê-la na assembléia de ama- .nhã. na Gare Dom Pedro II.Rocinha — Para "buscar informações-sobre a favela" da Rocinha, o titular daDelegacia de Defesa da Vida, Joel Vieira,interrogou ontem o traficante Denir Leandroda Silva, 33. o Denis, no Presidio Ari Franco.em Água Santa, e a única novidade queconseguiu foi uma proposta inusitada: Denisofereceu-se para tentar descobrir indícios quelevem a polícia aos assassinos da líder comuni-lana Maria I Ielena Pereira da Silva.

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A RIOTUR E A CONSULTAN ASSINAM CONTRATOPARA VENDA DE LOJAS E VAGAS NÁUTICAS NA"ÍV1AR..S. DA GLÓRIA"

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Dentro dos planos de tornar a Marina da Glória o maior centronáutico do Brasil, foi assinado no mês de Novembro o contratopara venda do direito de uso por 10 anos de lojas e vagas.Na foto da direita para a esquerda, Arnaldo Grossman — DiretorPresidente da CONSULTAN Imóveis, Dr. Alfredo Laufer —Presidente da RIOTUR, Dr. Márcio Santos de Souza — Vice-Presidente Executivo da RIOTUR e Dr. José Novaes Várzea Filho— Assessor Jurídico da RIOTUR.

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JORNAL DO BRASIL

Cidade

Brinquedo Proibido

Fernando

dos SantOs| apelida-do de Hulki tinha apenas 22anos ao ser morto quinta-

feira gela polícia na Ilha do Goyé|lnador. Era assassino, assaltante, ira-fíéante e estuprador; o fim dele nãourpieendeu nem a própria família,

que "já esperava pela sua morte".

Vias talvez estes não sejam os maisterríveis delitos da curta e intensacarreira de Hulk no mundo docrime.

Pior do que tudo, ele montarauma verdadeira "escola de crimeno Morro do INPS formada exclusi-lamente do crianças. Não so as usa-va como olhèiros mas também asensinava a manejar armas. Meninoscom apenas cinco anos ja aprendiama atirar; a partir dos dez, recebiamrevólveres e começavam a assaltarpessoas na rua è casas na Ilha.

1: não eram poucas. Passavam dequarenta as crianças introduzidas tãocedo assim no lado escuro da \ ida. Abanalizarão do crime assume aspec-tos assustadores em determinadosmorros onde o sentido moral dascoisas deixou de existir e onde sepermite que crianças passem a ternas mãos, desde muito cedo. armasque não deveriam estar nem emmãos de adultos.

Na sua ingenuidade, as criançasse deixam levar pela aventura — àfalta dc outra perspectiva — de acei-tar como líder um marginal que delas

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se aproveita para aumentar seus lu-cros. De armas na mão. elas rouba-

varal c dividiam o fruto do roubocom o líder. li difícil calcular oprejuízo social deste tipo de ativi-dade.

Mas não são apenas os crimino-sos que, nos sombrios dias atuais,estão colocando armas nas mãos das-crianças. I .m São Paulo, um clube deregatas, na avenida Cidade Jardim,abriu um curso de defesa, atualmen-te com cinqüenta alunos, que ensinaa atirar crianças dos sete aos dezes-seis anos. Mães, aflitas com a violén-cia urbana, levam seus filhos aocurso cientes de que eles precisamsaber atirar para enfrentar à alturaos desafios da grande cidade.

A lei proíbe que crianças usemarmas. Devia proibir mais ainda.Um instrutor do curso acha que elasjá podem freqüentá-lo desde o mo-mento em que souberem obedecer auma voz de comando e tenham no-ção da realidade.

Realidade mais sombria não po-de existir, nas cidades onde as crian-ças. seja por viverem nos morros,seja por freqüentarem clubes, rece-bem tão cedo um revólver pára ati-rar. Nunca a violência se tornou tãobanalizada, tão fácil, a ponto depoder ser absorvida até por criançasque deviam estar nas escolas estu-dando ou nos parques brincando.

Para estas crianças, mais cedo doque se poderia conceber, a v ida setornou um brinquedo perigoso de-mais.

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 tristeza cios garotos

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|—| Durou apenas dois anos a pc¦quciui cnbiiic em fibra de vidro

instalada no final d;i Rua CosmcVelho para servir dc ptíljlô W |ipoioilos guias-mirins que trabalham cotmo cicerohcs dos turistas na subidado Corcovado. Ioda rabiscada, vi-dros quebrados c porta sem fcchadu-ra, cia foi abandonada pelos meni-fios, que voltaram a disputar os [uris-tas na rua. próximo aos acessos doTúnel Rebouças. Inaugurada peloex-gpvcmaaM Leonel Brizola c suamulher d. Neuza, no dia 4 de maiode W85. a cabinc tinha posters delugares turísticos do Rio, folhetos emapas das ruas da cidade. Na festade apresentação dos guias-mirins àcomunidade do bairo ate a Banda daPolicia Militar esteve presente. Os23 guias-mirins, que receberam trei-namento do Instituto dc AssistênciaSocial Rio Fraternidade, ganharamcamisas amarelas c azuis com a ms-criçáo guia-mirim, shorts pretos ctênis. Essas crianças moram nas ta-velas do Guararapcs, Cerro-Cora eVila Cândido, no Cosmc Velho, tementre 11 a 16 anos e a maioria estudapela manhã e ganha uns trocadinhoscomo guias dc turistas depois dasaulas. Com desenvoltura, Maurícioda Silva. 16, não se cansa de repetirpara as pessoas que vem conhecer oRio que

'() Cristo Redentor tem 3Smetros e está a 711) metros dc altu-ra". A camisa está surrada c umpouco rasgada, o tênis furado, masna mão ele guarda um folheto expli-cativo sobre o Corcovado — aindada época da inauguração da cabinc—, que dá uma olhadinha quando se

esquce dc algum detalhe. §Está mui-to difícil de trabalhar como guia, anossa cabine foi destruída por garo-tos bagunceiros que agiram de noitee ninguém dá camisa nova pra gente.E claro que são poucos os turistasque dão uma chance para os guiassubirem com eles ate o Corcovado.porque a maioria pensa que a gente cpivete", diz Maurício da Silva. Ale-xandre do Nascimento. 13, afirmaque, diariamente, dezenas de turis-tas paravam em frente a cabinc parapedir informações sobre o acessopara o Corcovado. "Essa era a nossa

oportunidade para contar a históriado Cristo c ate mostrar o MiranteDona Marta. Agora a gente faz sinalpara os carros, mas. geralmente,ningúem pára. Tem dia que eu voltopara casa sem faturar nenhuma gra-na". São mais dc 10 meninos queagora ficam na rua abordando oscarros que sobem para o Corcovado.Alexandre contou que na época cmque a cabinc estava inteira havia umrevezamento entre os guias para ti-car dentro dela. "Assim não davapara nenhum dc nós passar à frentedo outro. Era tudo mais organiza-

do". Quando d. Neuza Brizola esta-va á frente do Instituto dc Assistêh|cia Social Rio Fraternidade, afirma-va que o trabalho dos guias mirinsera muito apreciado pelos turistas,que. conhecendo a fama dos pivetesdo Rio. viam crianças cai entes ga-nharem um dinheirinho dc formahonesta. "Mas não recebemos maisajuda, desde a inauguração da cabi-nc. Ate quando vamos poder conti-nuar a ser guias-mirins? Vai acabar,él", pergunta Paulo Santos. 12

Heloísa Tolipan

Serviço

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?§? ? ? ?Rua Barata Ribeiro

tfü?P ? ? ?g, Avenida Nossa Senhora de Copacabana

Avenida Atlântica

3_xm_rrzLrjrjrA Área de lazeri ,J Estacionamento proibido

Mão de direção invertida

Praia de Copacabana

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Operação verão

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Praia do Leblon

? ????Avenida Delfim Moreira

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Avenida Vieira SoutoPraia do Ipanema

ObrasCom a criação de estacionamentos, inver-são de mão em algumas vias. áreas delazer e Bloqueio de algumas ruas, oDctran prosseguirá amanhã com a Ope-ração \ crão. Os motoristas não poderãoestacionar nas Avenidas; Nossa Senhorade Copacabana e Atãiilfo de Paiva, nasRuas Barata Ribeiro, Raul Pompéia,Prudente de Moraes. General San Martine Visconde de Pirajá e as áreas de lazerficarão entre as Ruas Rodolfo Dantas eRepública do Peru: Miguel Lemos eFrancisco Sá| Venáncio Piores e Bartolo-meu Mitre, e entre as Avenidas Afrãniode Melo Franco e Epitácio Pessoa,Como as ruas que dão acesso às praias deIpanema. Leblon e Copacabana estarãobloqueadas, sendo somente permitida aentrada de moradores e dos Carros queforem estacionar nas Avenidas VieiraSouto, Atlântica e Delfim Moreira, osmotoristas que forem da Zona Sul para aBarra da Tijuca terão de seguir pelasRuas General San Martin e Visconde deAlbuquerque, entrar no retorno em fren-te à Avenida Alaulío de Paiva, entrarnovamente na Visconde de Albuquerquee seguir pela Avenida Niemeyer. Quemsair da Avenida Niemeyer poderá seguirpela Rua Visconde de Albuquerque, én-trar na Avenida Alaulío de Paiva ouseguir pela Avenida Delfim Moreira eentrar à esquerda. Vale lembrar que aAvenida Deifim Moreira estará com mão'de direção invertida entre as Ruas Vis-conde de Albuquerque e BartolomeuMitre.Na Barra da Tijuca haverá regime demão única da Avenida Armando Lom-bardi à Rua Gláucio Gil e inversão damão de direção no trecho, da orla maríti-ma da Avenida Sernambetiba. Assim, osmotoristas que ÇlesejarerÁ estacionar cn-tre a Rua Gláúcio (íil e a AvenidaAlvorada terão de pegar a pista tia praia edobrar a direita até encontrar o retorno.Os motoristas procedentes da Zona Nor-te ou de Jacarepagua em direção a Barrada I'ijucá terão de seguir pela Avenida

das Américas até a Rua Armando Lom-bardi. caso queiram estacionar na Aveni-da Sernambetiba.

Dia e Noite? Farmácias — Zona Sul— FarmáciaFlamengo (Praia do Flamengo, 224); Lc-me — Farmácia do Leme (Rua MinistroViveiros de Castro, 32): Leblon — Far-macia Piauí (Av. Ataulfo de Paiva,1283): Barra da Tijuca — Drogaria Atlas(Estr. da Barra da Tijuca. 18); Copacaba-na — Drogaria Cruzeiro (Av. Copacaba-na. 1212);Zona Sorte — Cascadura — FarmáciaCardoso (Rua Sidónio Paes. 19): Realen-go — Farmácia Capitólio (Rua MarechalSoares Andréa, 282); Bonsucesso— Far-mácia Vitória (Praça das Nações, 160);Méier— Farmácia Mackenzie (Rua Diasda Cruz, 616); Campo Grande— Droga-ria Chega Mais (Rua Aurélio de Figueire-do. 15): Drogaria Chega Mais (Rua Bar-celos Domingos, 14): Farmácia Comari(Rua Augusto Vasconcelos. 76); Jacaré-paguá — Farmácia Carollo (Estr. deJacarepaguá. 7912); Tijuca— Casa Gra-nado Laboratórios Farmácias e Drogarias(Rua Conde de Bonfim, 300); Ilha doGovernador Drogaria Coutinho daIlha (Est. Cacuia, 98); Farmácia Supersó-nica (Aeroporto Internacional); Pavuna

Farmácia N. S. de Guadalupe (Av.Brasil, 23.390); Drogaria Central de An-chieta (Av. Nazaré, 2.635); FarmáciaJarsan (Rua Leocádio Figueiredo, 331);Zona Centro — Central do Brasil —Farmácia Pedro II (Edifício da Centraldo Brasil).Emergências — Prontos Socorros Cardía-cos — Ipanema — Rio Cor — 521-3737(Rua f arine de Amoedoí 8o); Jacarepa-guá — Urgeeor — 392-6951 (EstradaTrês Rios, 563); Botafogo — Pró-Cardíaco — 246-6060 (Rua Dona Maria-na. 2T>);Prontos Socorros Dentários — Barra daTijuca — Assistência Dentária da Barra

399-1603 (A\. das Américas, 2300);

Tijuca — Centro Especializado de Odon-tologia — 28S-4797 (Rua Conde de Bon-fim, 664);Prontos Socorros Infantis — Botafogo —Amiu — 286-6446 (Rua Muniz Barreto,545); Copacabana — UPC — UrgênciasPediátricas — 2S7-ti399 (Rua Barata Ri-beiro, 111);Ortopedia — Leblon — Cotrauma —294-8080 (Av. Ataulfo de Paiva, 355);Cortrel — 274-9595 (Av. Ataulfo dePaiva, 658);Otornno — Copacabana — Cota — 236-0333 (Rua Tonelero, 152);Policlfnicas Urgências — Copacabana —Clínica Giídino Campos — 255-9966(Av. N. Sra. de Copacabana. 492). Barrada Tijuca — Mandala Clínicas — 325-3022 (Rua Dr. Prity Medeiros, 60 —Centro Comercial Mandala — Av. dasAméricas, Km 6,5);Tomografia — Niterói— Centro de To-mografia Computadorizada de Niterói(CTCON) — 714-2540, 711-9555 e 266-4545 BIP 4.1M2;Radiologia — Copacabana — ClínicaRadiológica 24 horas Ltda. — 237-7226(Av. Nossa Senhora de Copacabana.492/202).Reumatologia — Botafogo — Centro deReumatologia Botafogo — 266-5998,226-7651 e 246-5443 (Rua Voluntários daPátria, 445, grupos 1306/7).

Flores — Mercado das Flores deBotafogo — Rua General Polidoro, 238Tel.: 226-5844; Carlinhos das Flores —Av. Geremário Dantas, 71 — Jacarepa-guá — Tel.: 392-0037; Roberto das FloresAv. Automóvel Clube, 1661 — jiinhaú-ma — Tel.: 593-8749.

Borracheira — Avenida PrincesaIsabel, 272 — Copacabana — Tel.: 541-7996; Rua Mem de Sá. 45. Lapa (juntoaos Arcos) com serviços de mecânico,eletricista e reboque. Telefone 224-2446.

Baby-sitter - Atividade CoordenadaPsicologia e Educação — Av. NossaSenhora de Copacabana, 897 — sala 1006

Copacabana — tel.: 255-8141 e 255-6858.

CursosRedação publicitária — A partir

do dia 30, na Facha, com os publicitáriosIvã Peter Story, Ulisses Tavares e TomLourenço (551-5M5. ramal 721).

Vários — Cursos no INPE: Espanhole Inglês (início, dia 30); l ocução e Deco-ração de interiores (início: dia 1" dedezembro). Detalhes: 255-0999.

Culinária-l — De 30 de novembro a4 de dezembro, os seguintes cursos na MaCuisine: Congelamento; Comida pratica;Saladas e peru recheado ao mollio delaranja (ceia de Satal); Pães natalinos(stollen) e Trutas e marzipãs (236-4911).

Culinária II — Nos dias 1 e 3, aprofessora Maria Helena Leão dará ocurso Almoço de Satal de Varáò (235-3òò5)

Esoterismo — Começa dia 3, com aprofessora Vera Serra, na Casa das Pira|midesf o curso Taró egípcio: introdução ãlinguagem simbólica de Thot (533-3470).

Literatura brasileira— Inscriçõesaté o dia 4. para o curso de mestrado, noInstituto de Letras da LIE RJ,' para gra-duados em qualquer instituição de ensinosuperior reconhecida pelo ('FE (2r>4-,S'143) e (2S4-S322). ramais 2417 e 2507).

Corpo — Sob coordenação de M'1Nirdosh Acinta, Ma Prcm Halima eEvandro de Oliveira, terá início dia 5 ocurso pratico Profundo interior (c\pres-são corporal e emocional): (232-5008 Ha-lima)

Ortopedia — Terá início dia 5, sobpromoção da Sociedade Brasileira deOrtopedia e Fraumatologia, o curso Au-xiüar de aparelhos gessados. Local: Hos-pitai Municipal Miguel Couto (267-8889).D Informática — O Centro de Pós-Graduação e Extensão das FaculdadesCândido Mendes está com inscriçõesabertas para o 16a Curso de Especializa-ção em analise de sistemas (224-S022,ramal 52, das 14h às 20h).

Música — Única no Rio que ofereceum curso integrado, teórico-prático, ba-seado no método da Berklee College ofMusic e do Guitar Instituto of Technolo-gy — escolas consideradas as melhores dogênero, nos Estados Unidos, a Musiartedispõe de cursos de guitarra, baixo, bate-ria, sax, flauta e teclados, com professo-res formados no exterior (235-7185).

A Zona Norte tinha, desde o iníciodo século, grande numero de linhas

de bondes, transporte muito utilizadopela população, por ser barato. Tambémo acesso era fácil: da Praça Tirademes,do Largo de São Francisco e da Praça 15partiam bondes em direção à Tijuca.Com todas estas facilidades e com oaumento da população, criaram-se me-Ihoramentos na Tijuca, que permitiramsuh muior expansão.

Entre os anos de 1920 a 1024 foramrealizadas muitas obras de canalização

CongressosNos Estados Unidos, em todos os dias 31de outubro, se comemora o Llalloween,com as crianças vestindo-se de bruxas,monstrinhos. fantasminhas, entre outros.No Brasil, mais precisamente nesta cida-de, mestre Ho-Reins, qúe vêm realizandoum trabalho de correntes mcntalistas pa-ra a fraternidade universal, promove umevento semelhante. Este ano, entretanto,não foi possível realizar a festa na dataaproprida, mas hoje e amanhã, a partirdas lOh. no Esoteric Shopping Center.com palestras relâmpagos sobre tarot,misticismo, mentalização. astrologia, en-tre outros, haverá a festa das bruxas emestilo brasileiro.Mestre Ho-Reins pede que as pessoaslevem as crianças, se possível, fantasiadasile bruxinhas, fantasminhas ou duendes:"Este e um evento mágico, onde asbruxas homenageiam as crianças", afir-mou. Vale ressaltar que as bruxas a queele se refere não são aquelas com umaenorme verruga na ponta de um horrívelnariz, roupas pretas e praticantes do mal.Pelo contiario, será uma festa de muitoamor e recreção para jovens e adultos,com jogo de bingo, leilão e pescaria.

Seminários? Tarifa Aduaneira — Com a partici-pação do coordenador adjunto do Siste-ma de Tributação. Sérgio Castro Neves, edo chefe do setor de Nomenclatura daCacex, Oswaldo Corrêa, será realizado'nos dias 1, 2 e 12 de dezembro, das 9h às17h. no-Copacabana Palace, o semináriosobre Reforma da Tarifa Aduaneira.

DetranO Detran informa que o DocumentoÚnico de Trânsito — DUT — está sendoentregue nos seguintes locais: Posto daAvenida Francisco Bicalho, 250; Maraea-ná — Radial Oeste s;n° (Posto da Petro-brás); Cascadura — Avenida ErnaneCardoso. 389 (Autotur); Ilha do Gover-nador — Estrada do Galeão, 2920 (Postoda Petrobrás); Campo Grande — DetranRural (Rua Irajuba. 567); Tijuca — RuaDr. Satamini. 123 (Posto da Tijuca);Lagoa — Avenida Epitácio Pessoa (Posto

dos nos e instalação de rede de captaçãode águas pluviais. Essas obras eram ini-prescindíveis devido às enchentes perió-dicas que inundavam os bairros. Em 1,}22

Haverá um prêmio para a bruxtnha finaisbem caracterizada, além de diversas bux -ráqúinhâs vendendo alimentos naturais equitutes feitos pelo Clube do Eremita. Qsconvites para a festa foram vendidos,antecipadamente, pelo preço simbólicode CZS10, porém, segundo mestre Ho-Reinis. os que desejarem comparecer àfesta terão entrada gratuita. O Esotericfica na Rua Conde de Bonfim, 123.Tijuca. (284-8524. 284-13(13).

da Petrobrás); Leblon — Avenida Afrâ-nio de Melo Franco (Deposito do DetranSul): Botafogo — Rua São Clemente,307; Barra da Tijuca — Avenida 'dasAméricas, 3201 (Touring); Centro —Avenida Presidente Vargas, 290.Os DUTs de placas finais 7 e 8 serãoentregues até o dia 14 de dezembro e ósde placas finais 9 e zero, de 15 a 30 dedezembro.Os motoristas devem preencher o formu-lário no local, levar xerox do Dl'T de19S6 com o seguro pago. xerox do JfV -\de 1986 e 19S7 e xerox da carteira deidentidade. Em todos os postos o serviçoé inteiramente gratuito.

ArquidioceseHoje, às 9h, o Bispo Auxiliar do Rio. D.Karl Josef, celebra missa em preparaçâbao Natal para os presos internados noHospital Tisiolóeico, em Bangu.

foi construída a Avenida Maracanã, óque permitiu a abertura Je ruas e parcela¦mento de terrenos próximos a ela. Surgi-ram então novos loteamentos e nov.lsruas junto às encostas. (Historia di\sBairros — Tijuca — Grupo de Pesquisa eHabitação em Solo Urbano — PL KUER.I. Index Ed.. I0S4. Rio). Atualmen-te a Avenida Maracanã c uma das prínci-pais e mais movimentadas da arca, cor-tando os bairros Maracanã e Tijuca.Avenida Maracanã — Maracanã e Tiju-ca. Começa na Rua Teixeira Soares etermina na Rua Radmaker.

Aumeiitou troco.Agorae lei: no Municipio do Rio, otrabalhadorconta com ja

Vale-Transporte. Com isso, ele so vai gastar 6% do salario emconducao. t assirn. vai sobrar mais para a moradia. a alimentacao, illiptHf prefeito saturnino braga sir1^ lipi1Qy;asaude dafamflia. jfa % JeSf J

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Agora é lei: no Município do Rio, o trabalhador conta com oVale-Transporte. Com isso, ele so vai gastar 6% do salário emcondução. E assim, vai sobrar mais para a moradia, a alimentação, /a saúde da família. JgINFORMAÇÕES: AV, MAL CÂMARA, 271 - 7.° ANDAR '

DE 9 AS 12h, DE 13:30 AS 16h J?1 %

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Sindicato das Empresas dt*Transportei de Passageiros doMunicípio do Rio de Janeiro

Secretaria Municipalde Transportes

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JQBNALJDO BRASIL^ sábado. 28/11/87 Cidado o 5Carlos Hiiiv.imhwsiMiswm.WSBÊgfÊfflt...: ,:,,; ,, ,,fe,Vm..-

ò major do Exército. José Bustamante, mostra a marca dos dentes de Helena no braço

Mulher ataca major a dentadasSó vendo para crer. O major

reformado do Exército, José Bus-tamante, foi atacado e mordidopelos dentes supercalcificados davigia do prédio Saint-Bernard, naTijuca, conhecida como Helena-de-Tal. A tragédia domésticaaconteceu às 5h da manhã de quin-ta-feira c envolveu diversas pes-soas, entre moradores, entregado-res de jornal, duas patrulhinhas do6° BPM c mais uns figurantes demenor importância. A prova daferocidade das mordidas de Hele-na-de-Tal ficou cravada no braçodo major, que exibiu os estragosprovocados e não-cicatrizados.Helena-de-Tal mordeu e sumiu doprédio, na rua São Francisco Xa-vier 278. Segundo o major, quedeu parte na 18'' (Praça da Bandei-ra) e esteve no IML para exame decorpo de delito, o episódio servecomo "um aviso":

— Em situações como essas éque vemos com nitidez o quanto éfácil ser peça de uma tragédia.Essa que vivi foi uma tragicomé-dia, mas poderia ter tido um desfe-cho imprevisível, inclusive commortes — afirmou.

A quase tragédia do majormordido foi narrada por ele cmestilo "inquérito-policial-militar",

prática adquirida nos tempos emque esteve à frente dos inquéritosadministrativos no Exército: "o re-lato frio dos latos torna o quadromais verdadeiro, sem paixões." Eatacou:

"Eram 5h da manhã de quinta-feira, dia 26 de novembro. O Rob-son Australiano, 27, entregador doJORNAL DO BRASIL, telefo-nou-me de um orelhão. Disse-meo Robson que havia sido impedidode entrar no prédio pela atualvigia, Helena-de-Tal. A vigia diri-giu-sc a ele, Robson, com modosde piranha de baixo nível e ofen-dendo-o com palavras de baixocalão. Além disso, a supracitadapiranha patológica agrediu Rob-son com um pedaço de pau."(sic)

O major abre uma pausa paraexplicar que foi periciado no IMLe o resultado ,airá nos próximosdias. A ocorrência na 18" DP estáregistrada sob o n° 003679/87.Com seus 1,81) metro e corpo que

não deixa dúvidas quanto à condi-ção de faixa preta de judô c halte-rofilista, dirige-se com delicadezaà esposa, Isa: "Isinha, veja aí umacoca e uma cerveja". E continuou:"Perto da piranha havia um tiposuspeito e imundo, um primata.Fui atender ao Robson e a piranhaHelena-de-Tal atacou minha mu-lher. Fui separá-las e a piranhadoida, mulher lobisomem, memordeu diversas vezes como do-berman feroz. Essa mulher é pro-míscua e eu vou me submeter aexames de sangue porque corrorisco de ter sido contaminado pelaAids. O amigo da doida foi detidopelo Robson. Depois, apareceu asíndica. Leia Mateus, a nora,Amélia, c o filho, José Luis, queescorregou, bateu com a cabeça nobanco e abriu um buraco, jorrandosangue. O marido da mordedora.Gèraldo-de-Tal, escondeu-se nu-ma lata de lixo, de onde, aliás,nunca devia ter saído. Minha preo-cupação, agora, é com a integrida-de física de Robson, que deve serpreservada, pois o marido frouxoda doida ameaçou-o de morte."

tf.oraii deíenetem a I4Sa

brig,Selva de Pedra

pela meninade seus olhos

Lilian Neiolands

país tornou-se mesmo enormecaixa de surpresas: pelo menos

um sintoma disso foi detectado numadas esquinas mais badaladas do Le-blon, formada pela rua Humberto deCampos c Avenida Afránio de MeloFranco, na área conhecida como Selvade Pedra. Nesse trecho está instalada a14'' DP, que — acredite quem quiser— se tornou a menina dos olhos demoradores da redondeza. Desativá-la?Nem pensar. Muito menos lembrar apromessa do secretário da Polícia Ci-vil, Hélio Saboya (ele anunciou ademolição do prédio da DP), promes-sa que eles não querem que sejacumprida. De jeito nenhum.

A razão desse apego inédito ésimples de entender c longa de enume-rar cm tópicos. Mas parle do princípiode que muito pior do que as fugas depresos e os berros que atravessam asparedes da concentradora de detentosanexa — muito pior mesmo, garantemos moradores — são os mais de MKIinsuportáveis decibéis que animamfestas e pagodes da Cruzada São Se-bastião.

São também os apitos usados poruma rede de guardadores independeu-tes que cobram além da tabela porvagas garantidas na marra (quem nãopagar corre o, risco de encontrar ocarro destruído); é a insistência dasbuzinas, que náo dão trégua cm mo-mento algum; são os grevistas da Te-

lerj que ganham as ruas e anunciamsuas reivindicações através de megafo-nes; é o transtorno provocado nas ruase nas vidas de quem habita próximo doScala, o monumento do Recarey. quehá ires anos anima os que entram n.\casa e desespera os que ocupam osandares mais altos dos prédios vizi-nhos. A lista não acaba aí nâo.

Há mais. Os moradores garantem:De vez em quando eu e meumarido fa/emos as malas, embarca-mos no carro e avisamos ao porteiro:"Vamos viajar. Vamos viajar lá paraCopacabana, para poder dormir" —contou Marta Pereira de Sousa, pro-prietária de um imóvel na Rua Cincoile Julho, refúgio seguro contra o mas-sacre sonoro de que se diz vítima noapartamento da Humberto deCampos.

Acabar com a 14'' DP? Mas a14o, mesmo com aqueles berros horro-rosos dos presos, é um detalhe semimportância, se a gente comparar como que acontece de uns tempos para cá.Inclusive, nós, moradores, queríamosfazer um movimento, fazer um apeloao Moreira, para que ele mande cons-truir um salão de festas na CruzadaSão Sebastião, porque o barulho quecies fazem lá é de enlouquecer. Vocêdevia conhecer o Macário (antigo mo-rador do prédio de Marta), que ven-deu o apartamento aqui pra se livrardo barulho. Eu às vezes rezo para quechova. Porque só quando chove aCruzada náo liga aquela aparelhagemenlouquccedora — desabafa ela.

Vatilde Preda. outra moradora daHumberto de Campos, endossa o quediz Marta, li acrescenta: "O problemada delegacia é esporádico c o daCruzada é sempre, se intensifica cada

vez mais, nao deixa ninguém donnir.Isso indo sem falar no crooner doconjunlo, um vozeirão. Tudo isso éuma falta de respeito ii lei do silencio.Aliás, uma falta de respeito contraeles mesmos" —- assegura.

Segundo os moradores, um dospiores problemas são os apitos dosguardadores de carros: "A gente pen-sa que é guarda de transito e descobreque é uma verdadeira quadrilha quefica pi-pi-pi o tempo iodos; eles api-tam como loucos, sentem-se donos dasmas. Principalmente quando há showno Scala. Alias, o Recarey não temgaragem. Os únicos earros que entramlá são o dele e o da Xuxa" — comentaMarta.

Eliane Guiierre, outra moradorada Humberto de Campos, também semostrou revoltada contra os "caras doScala. que apitam c cobram": "Oproblema náo é a DP. É tudo que foicdificado por aqui, desde o Scala até oRio-Design, que também trouxe pro-blemas de assaltos e excesso de carrosnas ruas. Um inferno."

Alguns metros e poucos prédiosadiante, Leila Cavalieri, filha do juizAlirio Cavalieri (está viajando), lem-brou: "Meu

pai esteve lá na Cruzada enáo foi bem sucedido. As pessoasalegaram que as famílias gostam de sedivertir.L justo, e um direito deles.Mas o problema do barulho continuaporque o lugar é aberto e o somalcança os prédios. Mas, pior do que aCruzada, é a confusão que chegoucom a inauguração do Scala".

O comandante Sérgio MartinsViana, subsíndico de um dos prédiosda Humberto de Campos, aponta otumulto no transito como outro graveproblema.

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DP é um fator de segurança

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I—I Na quinta-feira, 29 de outubro,¦—¦ o JORNAL DO BRASIL publi-cou (Cidade — Página 41 a notíciasobre a absolvição, "à mingua deprovas convincentes" — de acordocom a argumentação do juiz da 6"Vara Criminal, Paulo Gomes Alves—, do motorista de iáxi Jaime deOliveira Marques, que em maio de86 estuprara a menor A. Por erro deedição, que o JORNAL IX) BRASILreconhece, saiu publicado o nomecompleto da menor c o de sua mãe,que em caria à Redação agora la-minta o fato. Decidimos publicar acaria na íntegra porque — mais doque condenar um erro de edição —ela revela o drama da mulher nacidade em que a violência não res-peita nem mais as crianças."Enquanto o avião Bandeirante da

FAB pousava no aeroporto velho doGaleão, nos trazendo de volta de umasemana de trabalho fora dó Rio, àmeia-noite c meia do dia 19 de maio de1986, minha filha de então 14 anosestava sendo violentada por um moto-risla de táxi, sob ameaça de faca. a umaquadra de nossa casa.

"A. voltava do seu grupo de patina-çáo na Lagoa com um amigo de 17 anosque descera na casa dele, uma rua antesda nossa, por insistência dela."Quando nos encontramos uma ho-ra depois — e ela, já banhada decabelos ainda molhados, me contou ofato — não sabíamos se chorávamos ador da violência, ou se abraçávamos aalegria de ela estar viva.

"Na época, tomamos a decisão denão dar queixa à polícia, acreditandoser mínima a possibilidade de ser en-contrado aquele homem pequeno, debarba rala, em um táxi-joaninna amare-lo, sem número de placa, numa cidadede 12 milhões de habitantes. Para pou-pá-la da crueza do interrogatório poli-ciai. Para evitar o pavor do InstitutoMédico-Legal. Por medo até, talvez, deele ser encontrado e de nossas prisõesnão conseguirem retê-lo."E entre a família e os amigos maischegados procuramos ajudar A. a supe-rar o trauma.

"Dois meses depois, assustadissi-ma, A. reconhece o motorista numafoto do Jfi, que ilustrava a reportagemda denúncia de Ana M. D., que tam-bem fora brutalmente violentada algunsdias antes e identificara o estuprador nafota de um fugitivo já condenado ante-riormente por crimes semelhantes."Aquela dor sem rumo. há oitosemanas, calada já podia escoar. Nosapresentamos naquele mesmo dia àSecretaria de Segurança, então dirigidapor Nilo Batista, c registramos nossaqueixa."Já se justificava A. se submeter aominucioso e constrangedor interrogató-

rio policial c ao traumatizante exame decorpo de delito.

"Com ela foram quase 20 as mulhe-res que naquela época se identificaramcomo vítima do alucinado motorista,apesar de menos da metade haver for-malizado queixa policial e processo ju-dicial, pelos motivos os mais diversos —pânico de reviver a história, vergonhaperante a sociedade, para resguardarparentes e até porque maridos e noivosnão permitiram."Nunca me esquecerei do ódio es-tampado no rosto daquela menina quevestida de branco se encaminhava compassos firmes, á frente do grupo demulheres-vítimas que estavam sendolevadas pelo delegado Elson Campeio aenfrentar o reconhecimento do acusadorecém-preso."Nunca me esquecerei dos gritos depavor, seguidos de choros convulsivosdaquelas sete mulheres naquele quartoescuro, quando a luz se acendeu e dooutro lado do vidro se estampou afigura desumana de Jaime de OliveiraMarques."Um ano e cinco meses se pas-saram."A alegria adolescente de minhafilha se estava recompondo apesar doresíduo traumático manifestado desdeentão pelo medo constante de andar deônibus, de taxi e de avião."Até

que há dias atrás fomos açor-dadas pelo pranto horrorizado de mi-nha mãe, de 72 anos, que acabava desaber pelo JORNAL DO BRASIL quesua neta havia sido violentada em maiodo ano passado."Naquela época, quando Ana Co-ragem desencadeou a série de denún-cias contra o monstro do táxi ("cias éque me dão mole"), os jornais publica-vam notícias da vítima menor, sempreprotegida pelas suas iniciais; e comonão permiti que ela fosse fotografadaou entrevistada de costas, como queriaa televisão, os mais velhos da famíliahaviam sido poupados."Quando o JORNAL DO BRASIL(29.10.87, pág. 4), irresponsavelmente,publicou o nome completo da menor eo meu. com a notícia da absolvição doestuprador, náo só violou um mínimocódigo de ética, que supostamente nor-teia o trabalho jornalístico, mas tam-bém o Código de Menores, que em seuartigo 3o diz que

"notícia que se publi-

que a respeito de menor em situaçãoirregular não poderá identificá-lo, ve-dando-se fotografia, referência a nome,apelido, filiação, parentesco e residén-cia, salvo em caso de divulgação quevise a localização de menor desapare-cido."

Enquanto adolescentes que injetamcocaína na veia c pânico na populaçãosão corretamente resguardados, á viti-ma da violência contra a mulher coubea exposição pública e a dot revivida erecontada infindáveis vezes a parentes,amigos, colegas c vizinhos, que se ache-garam expressando solidariedade.

"Esta carta tem intenção de libelocontra a série de violências, injustiças eabsurdos que ficaram como feridas ex-postas com a ocorrência deste fatoquase corriqueiro: menor estupradanesta cidade, a mais violenta domundo.

"Descobrimos que a mulher casada

não pode dar queixa de violentaçãosexual sem autorização do marido. Nos-sas leis dão prioridades á "honra" dohomem sobre o direito e importância davoz de denúncia contra fatos que, estessim, aviltam a verdadeira dignidade dequalquer ser humano. E assim aprende-mos que nosso silencio seria cúmplicedesta deformação que embrutece oshomens e humilha as mulheres."A violência contra a mulher náopode continuar sendo considerada co-mo um fato natural, um acidente.

"Minha indignação contra o juizPaulo Gomes Alves que,"por falta deprovas", absolveu um estuprador noto-rio, tem implicações mais amplas doque nossa decepção pessoal."Foram desconsiderados, como"pura especulação sem respaldo emelementares pontos de prova", a argu-mentação de nossos advogados, o de-poimento da ginecologista que atendeuminha filha na manhã seguinte, o de-poimento do amigo que acompanhava eo dela própria. Desconsiderar o depoi-mento da vítima por ela ser menor, emcrimes sem testemunhas como o estu-pro, é invalidar a queixa das mulheresmenores e impossibilitar a reparaçãodestes crimes hediondos: um desincen-tivo às queixas que, em última instân-cia, visam uma pena como reconheci-mento social de repulsa a um comporta-mento inadmissível."Julgar improcedente uma açãoneste caso implica a absolvição injustifi-cável de um criminoso que, além dos 29anos de condenação que recebeu pelomesmo crime nos outros processos, de-clarou, ele mesmo: "minha desgraça foipegar aquela menina na Lagoa ."O discernimento que se esperavade um magistrado nào existiu. O juizPaulo Gomes Alves desrespeitou e hu-milhou minha filha ao desconsiderarsua versão dos fatos e indiretamenteacatar o pleito de inocência do réu."Para decisões tecnicistas que seatem à letra da lei, nao são necessáriosjuizes, bastam computadores!"Um criminoso evidente foi prote-gido por um jurisdicismo anacrônico,hipócrita e cruel."Decisões como estas trazem, maisuma vez, descrédito à justiça de nossopais e alimentam a busca de reparaçãonelas próprias mãos.1: ainda o mais grave: a confiança naimpunidade se torna um incentivo aocume. Desde a notícia da absolvição doestuprador da menor nos jornais, jáíoiain violentadas mais mulheres noRio, entre elas uma menina de quatroanos de idade. A/. L A. I. — Rio deJaneiro.

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| O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeirotem o prazer de anunciar a doação de obras dele GorbusierPelo Carreíour-Brasil (Tapeçaria Odisséia, 1948)e por Madame Charlote Perriand (Três Cadeirase uma Chaise-Longue) que podem ser vistas naexposição

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Tiuré., *

índio protesta tirando a roupa, escan-daliza americanos e põe moças a correr

Jorge Antônio Barros

ndio nu em aldeia não é novidadealguma, mas cricontar um aborígi-nc como veio ao mundo, todo

pintado de vermelho, na sala de estar daFundação Ford, no Flamengo, em plenamanhã de um dia útil, foi um verdadeirochoque não apenas para o representan-te da instituição no Brasil, o antropólo-go Peter Frv, como, principalmente,para as funcionárias Elas deixaram oescritório indignadas com a atitude dopotiguar Tivre (nome de pássaro), ouechegara vestido e saiu despido cio nanheiro. para protestar contra a entidade.

Tiuré deu seu grito de guerra às9h30min, quando se sentou no carpetebege da sala de estar, iniciando a grevede fome que durou oito horas, até queaceitou um cessar-fogo proposto porPeter Fry, após três horas de negocia-ções. Tiuré, 38 — cujo nome de batismocristão é José Humberto Nascimento —, explicou que o protesto foi motivadopela recusa da Fundação Ford em finan-ciar um seu projeto indigenista dele,alem do "fascismo das entidades que sedizem indígenas"

Golpe branco — Com o corpopintado de vermelho pelo urucum (se-mente vegetal para tintura, "que repre-senta saúde, força e vida c, ao mesmotempo, guerra e morte"), Tiuré deniiii-ciou o que chama de "um golpe brancocontra o índio", através de entidadesindigenistas como a UNI (União dasNações Indígenas), CT1 (Centro deTrabalho Indigenista), Cedi (CentroEcumênico de Documentação Indíge-na) e Comissão Pró-Indio.

Sediadas em São Paulo, essas enti-dades indigenistas estão — segundoTiuré — promovendo uma política pa-ternalista, "manipuladas

por interessespessoais de gente que não tem represem-tatividade das tribos indígenas" O ín-dío acusou o representante da UNI.Ailton Krenac, cie não ter sido eleitopela comunidade indígena e pleitear um"cargo vitalício com mordomias à custados índios".

Formado em Comunicação Visualna Saskatchewan Indian Federated Col-lège (uma universidade indígena no Ca-nada) — com bolsa fornecida pela Fun-dação Ford—, Tiuré, residente cm SãoPaulo, protestou por seu projeto tersido rejeitado pela fundação, em virtu-de de estar desvinculado de qualquerinstituição indigenista. Mesmo desta-cando mie é unia política da fundaçãodar preferência a projetos de pesquisaapresentados por estudiosos vinculadosàs instituições, o representante da Ford

Foundation, Peter Fry, aceitou reava-liar a recusa ao projeto de Tiuré, desdeqUe ele procure apoio de cientistas doMuseu do índio. O projeto dele tinta dacultura visual indígena.

Estranho no Ninho — Antesde chegar a um acordo com Tiuré, PeterFry— inglês naturalizado brasileiro, há17 anos no país — certamente ganhoucabelos brancos enquanto imaginavacomo resolver o impasse: um índio nuque prometia nào arredar pé, enquantonáo fosse esclarecida a causa da recusado projeto. Desde o início, Fry garantiuque não recorreria à polícia. Mesmoporque seria difícil enquadrar o índioem atentado ao pudor:

"listou vestidocom a cor da minha tribo", alegavaTiuré.

Ouem não compreendeu muito oscostumes da tribo de Tiuré foram asfuncionárias da Fundação Ford (insti-tuição privada sem fins lucrativos, comsede em Nova Iorque). Elas ficaramhorrorizadas na Praia do Flamengo,1(K), 12" andar do Edifício Porto dosCisnes, onde funciona a instituição.

A recepcionista Ana Lúcia deixouimediatamente o living, sem confirmarse já vira um índio nu. Outra funciona-ria, Sônia Matos, passava pela salaaparentando naturalidade, mas com ocuidado de não olhar para o chão, ondeTiuré ficou de cócoras, encostado numaescultura cm madeira com motivos sil-vestres (gatos e corujas), assinada porAdão. O índio bebeu apenas uni copod'água. Bra o próprio estranho no ni-nho. Foi ao banheiro uma vez e retor-nou ao posto, sujando de vermelho otapete.

Não fiquei chocada com a nudez,mas com a atitude agressiva dele —protestou Priscila Kritz, há 17 anos naFundação e secretária de Peter Fry.

Inicialmente, ela tentou despacharo homem ainda vestido. Tiuré resolveu,então, esperar Fry despido. O antropó-logo aceitou dialogar com o índio nu,embora tenha considerado a atitude"uma afronta". Mais preocupado esta-va o funcionário João Cruz, que deveriaficar na sede da fundação, caso Tiurénão saísse de lá, como prometera:O que vão dizer de mim depoisque eu passar o fim de semana com umíndio pelado nesse escritório — indaga-va ironicamente seu João.

Para sorte dele, após três horas deconversa com o pessoal da fundação,Tiuré concordou com a trégua Tomouum banho para tirar do corpo a tinta e oóleo de coco (o relógio Cardinal, depulso, também ficou sujo), vestiu acalça de brim e a camisa branca, calçouo Kichute e foi embora. Sem cueca

ssaro na Fundação Ford

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Um lutador pelaraça que cultivaaversão à Funai

O primeiro contato de Tiuré com acivilização ocorreu quando ele tinha 5anos, através de um padre que o batizoucomo José Humberto Nascimento, per-to da aldeia potiguar, na Baía da Trai-ção, litoral paraibano. Nascido em1949, filho cie índios a caminho daaculturação, Tiuré desde cedo começoua lutar pela raça indígena. Conta que foitorturado pela polícia no Nordeste eperseguido por latifundiários, por lide-rar a primeira demarcação cie terrasindígenas pelo próprio índio.

São 22 mil hectares de reserva,

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demarcados com o sangue de gente datribo potiguar, que reúne atualmente 2mil 2(K) índios, na Paraíba. A demarca-ção, segundo Tiuré, foi reconhecidanelo Governo Figueiredo, em 1984.Mas a luta pela terra ainda é motivo dedisputas, às vezes armadas, com planta-dores de cana e usineiros do Nordeste.Fotógrafo c documentarista. Tiuré jápassou pelo Funai, como chefe de postoindígena na década de 7(1. mas nãoacredita em nenhuma entidade indige-nista:

— Todas essas entidades que dizemdefender o índio tiveram sua políticadeturpada a partir do momento queaceitaram a participação do governo daabertura democrática. Elas se vende-ram em troca de mordomias e podereconômico às custas do índio, que estána tribo e não sabe de nada — denuncia

Tiuré. Ele não é eleitor, mas tem umasugestão para a Funai:

— Sc eu fosse o seu presidente, meuprimeiro ato seria extingui-lo, mesmoque eu fosse o primeiro a ficar sememprego.

Com o segundo grau concluído noscentros urbanos, Tiuré se formou emComunicação Visual na universidadeindígena do Canadá, onde esteve entrejulho e dezembro do ano passado, combolsa financiada pela Fundação Ford.Na University of Regina, diz ter realiza-do o sonho de encontrar índios comoalunos e professores. Durante o curso,produziu 700 fotos e oito horas de vídeoem tribos indígenas canadenses. E querfazer o mesmo no Brasil, porém malpode sustentar a mulher e dois filhos.Mas Tiuré é índio de fibra, teimoso. Eai do branco que duvidar disso.

Nu, Tiuréfaziareferência àpintura docorpo:"Estou

vestido coma cor daminha tribo"

rl.ll I.ÇVOII * C II016 SOFindo o FestRio, acaba também a operaçãode guerra montada pela polícia

Marcolo Carnaval

1 l ^

amanhã não tem inaísAnnbela Paiva

uem anda com vontade deabrir cofres fechados a setechaves e levar jóias ou equipa-

mentos fotográficos para arejar, apro-veite, pois hoje é a última chance: como encerramento do IV FestRio, acabatambém o excepcional sistema de segu-rança montado em torno do Hotel Na-cional, em São Conrado. Au revoir,operação FestRio, que mobilizou maisde 120 agentes, entre policiais militarese civis e seguranças,

Amanhã, tudo será como antes. Anão ser, talvez, por um uma dupla depoliciais militares que passará a guardara Rua Álvaro Alfredo para diminuir osassaltos aos turistas que fazem suascompras no São Conrado Fashion Malle são diariamente convidados a aliviar opeso de sua carga nos braços de algumgentil brasileiro. Na praia, continuarãoa existir apenas duas barracas com trêspoliciais cada uma e, no resto do bairro,três cabines da PM de plantão e umapatamo e patrulhinha circulando.

E um triste consolo para a popula-ção dos prédios vizinhos ao Hotel Na-

cional, que viu o número de ocorrênciasno local baixar de no mínimo um assaltoou furto de automóvel por dia parazero. Em nove dos dez dias do festival,as polícias civil e militar registraramapenas cinco ocorrências: a recuperaçãode uma motocicleta roubada, porte dearma sem licença e três flagrantes poruso de drogas.

O uso de maconha ou cocaína, aliás,virou "sujeira" no festival e arredores.Ninguém menos que Wilson Viahna —o ex-capitão Asa, ator de mais de seten-ta filmes e assessor do subsecretário dePolícia Civil, Necketl Raposo — vigiaatentamente os escorregões dos colegasde cinema e do público. "Sempre soubeque era muito comum o uso de drogasentre artistas, mas nunca vi", garante odelegado. Vianna e seus 20 detetivestêm olho mais vivo sobre os freqüenta-dores da sala de vídeo: "O

pessoaladora ir lá para fumar uma maconha".Nem a cocaína, mais discreta, tem per-dão: os consumidores se queixam deque o principal fornecedor do produtofoi preso e que os policiais civis nãodeixam passar nem mesmo uma aparen-temente inocente ida ao banheiro.

O lado de fora do hotel é área deatuação da Polícia Militar: cerca de 100policiais se revezam na vigilância a pé, acavalo, na praia (divididos em três bar-raças), de bugre, uma radiopatrulha,um patamo e Três kombis. A mulherescuidam do trânsito e duas usam motoci-cietas, quatro dobermans sáo conduzi-dos por policiais, enquanto 10 homensmontam cavalos.

Qualquer ocorrência é encaminha-da à minidelegacia de Polícia Montadano andar da administração, que dispoõede dois aparelhos de rádio e váriosintercornúnicadores. Segundo o majorValmir Alves Brum. responsável pelotrabalho da PM, o sistema de segurançafoi triplicado este ano.

Além das forças oficiais, o FestRiocontratou a empresa Convig para vigiaros equipamentos de vídeo, televisão ecinema alojados no Centro de Conven-ções. segurados por CZS 30 milhões.No prédio circulam ainda, vestidos emelegantes ternos escuros e com ihterco-municadores, os seguranças do próprioHotel Nacional, cujo número foi dupli-cado para atender ao movimento doFestRio.

MaisFestRio noCaderno B

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Susana ScliUd

B £ ftoje. O /V FestRio entraem encerramento oficial a par-íir das 17h, na Saia GlauberRocha do Hotel Nacional, comfarta distribuição de Tucanosde Ouro c prêmios variados dejúris paralelos. Sc depender dopúblico, o filme alemão Out ofRosenheim, o espanhol A lei dodesejo e o brasileiro Sonho devalsa têm grandes chances delevar o prêmio máximo.

A festa começa com o curtaAlex, produto do Núcleo deAnimação da Embrafilme, emcolaboração com National FilmBoard of Canada, prosseguecom 7?iais um curta, Churrasca-ria Brasil, hors-concours, deFrederico Confalonieri, e en-grena na entrega de prêmios —21, segundo a relação oficial

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para filmes, TV e video. Emseguida, exibição de O últimoimperador, dc Bernardo Berto-lueci, c epílogo na quadra daCaprichosos de Pilares.

Se a premiação não deslan-char uma saudável polêmicaou pitoresco escândalo — comoa atuação da jurada EllenBurstyn há dois anos, que es-queceu o que votara — a orga-nização do FestRio foi a grandequestáo do evento. Tudo bem.Houve gente que adorou Aurevoir, les enfants, mas nãoagüentou assistir ao filme trêsvezes — a opção para os furosna programação do Art-Copacabana, de Ugo Sorrenii-no, que protestou: "Só pudecumprir 30CA do previsto, paradesespero do público. Comoexibidor, me sinto muito mal."E atacava: "Projissionaliza-ram a desorganização."

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.sobretudo até quarta-feira, ciariam um sam-ba-enredo da melhorqualidade. Um mara-tonista da sétima arteconseguiu apurar queo Studio Copacabanapassaria Police, dePlalat, ou Thércse deCavalier. Errou porpouco. Deu Piaiat,mas assinando Lou-lou. Outra queixa quecorreu foi o nível dacompetição oficial.Urna sondagem infor-mal entre jornalsitas,críticos e público dassessões matutinas pa-ra a imprensa apontaoutra direção, O nívelda competição, na mé-dia, foi superior ao dosanos passados. Po-dem não ter pintadoobras-primas comoCabra marcado paramorrer, ou filmes ex-cepcionais, mas temgente capaz de defen-der até a morte A leido desejo, de Almodo-var, Out of Rose-nheim. de PercyAdlon, e citar pelo me-nos mais uns oito ou10 considerados mé-dios."Em Berlim, já vise-leções piores — a mé-dia aqui foi boa", dissePola Vartuck. críticado Estado de Sáo Pau-to. Edmar Pereira, doJornal da Tarde, con-Arma: "O nível melho-rou — sem obras-primas, mas com 01-mes de boa quallda-de." Os vídeos empla-caram de vez, o mer-cado foi elogiado, osseminários tiveramseu público, e os hors-concours foram de ai-to nível.

Em sua sala no an-dai- AT), charuto empunho às lOh da ma-nha, Nei Sroulevichantecipa um balançodo IV FestRio: "Foium sucesso de públi-co, de crítica", e pas-me-se — "de organiza-ção". O diretor-geralde festa de cinema jus-tifica seu entusiasmo.Dos 300 filmes progra-mados, 15 provoca-ram problemas. Umacota baixa, em suaopinião, diante da mo-vimentação de 1 mil500 latas por oito eme-mas. O vilão da orga-nização foi o lote so-viético — nove títulos— em atrasos incom-preensíveis diante daantecedência com queforam solicitados.Abriram 27 rombos naprogramação, sobre-tudo do Studio Copa-cabana. Que somadasàs baixas de Bom-diaBabylonia, dos Tavia-nis. Entrevista, deFellini, Olhos negros,de Nikita Mikhalkov,alguns outros do cine-ma inglês e do OlharFeminino, criaram osequívocos citados.

"Nem em Berlim aorganização é perfei-ta", assegura Kid Me-galo. E avisa: "Atra-sos na chegada de có-pias e contratempossão inevitáveis. Sejapor problemas da In-fraero, da Titra (res-ponsável pela legen-dagem dos filmes), dasremessas. Seria umrisco muito grande fa-zer um festival só comos filmes que chegas-sem até 15 dias an-tes." Ate ontem che-gavam copias. O espe-rado The belly of anarchitect, de PeterGreenaway, com pri-meira sessão previstapara domingo passa-do, se tudo deu certo,estreou ontem. E náofoi exceção, na listados retardatários.

Se Nastassja Kins-ky, Jaqueline Bisset,Bertolucci e Jack Pa-lance nào vieram, umfestival com LouisMalle, Alan Parker,Maurice Piaiat, KlausMaria Brandauer, Ma-ria Luísa Bemberg,Jody Foster não e defazer feio em lugar ne-nhum. Sem falar naatração extra de Artu-ro Sandoval e na con-sagração do público aC. C. H. Pound, a in-térprete de Out of Bo-senheim, ovacionadaapós a exibição para opúblico, quinta à noi-te, e aplaudida ate en-quanto esperava ele-vador."Podemos melhorarsempre", promete NeiSroulevich, cujo festi-vai contou este anocom a participação de933 estrangeiros e 2mil 582 brasileiros, en-tre participantes, jor-nalistas e gente domercado. E, mal fe-chado o balanço de 87,Nei já antecipa o VFestRio, com data de16 a 25 de junho, epromessas de distri-buição de 500 mil dô-lares em prêmios paraTV-cinema e vídeo eprovável mudança deárea para Copaca-bana.

- Podem escrever- desafla. O V Fes-tRio vai ser Incrível

2 o CADERNO B o sábado, 28/11/87JORNAL DO BRASIL

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FOTOGRAFIA/ CUÍTICA fr Miffuol Rio BrancoA relatividade

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Reynaldo Roels Jr.

OSTOIFJVSKI escreveucorta vez quo nem nos lu-gares mais mesquinhosele deixou cie encontrar si-nais dc uma vitalidade especialmen-

to humana, o a observação não pas-sou despercebida. A fotografia, prln-cipalmente, tem sido um veículo bas-tanto eficaz em seu cpmprometlmen-to com a descoberta de valores mar-ginalizados pela "dignidade" peque-no-burguesa. Seria longa a históriados fotógrafos que enfrentaram opreconceito e desenterraram ima-gens desprovidas do orgulho civiliza-do do cidadão bem-posto, e revela-ram uma pulsação vital exatamentenos lugares em que ela 6 negada. Assituações escolhidas por Miguel RioBranco em sua exposição na Galeriade Fotografia da Funarte pertencemquase todas a esta espécie. Por vezes,há um "arranjo" prévio do alvo desua máquina, mas na maior partedos casos ele se limitou a registrar"imparcialmente" situações com quedeparava.

Nada de mais enganoso para oolho que a imparcialidade da máqui-na fotográfica, é claro. A despeito dacrença na objetividade da lente, eque a imagem por ela registrada éaté certo ponto absoluta, indepen-dente da vontade do fotógrafo (pormais radical que seja seu processo deseleção), a relatividade dessas ima-gens é um dado que qualquer profls-síonal experiente leva em considera-çáo. Alguns, como Miguel, exploramconscientemente a possibilidade decriar significados nào existentes, ou

existentes de maneira apenas poten-ciai, na chapa. Os lugares miseráveis,bordeis e tendinhas a beira cia estra-da, as habitações semi-arruinadas eocupadas por prostitutas ou margi-nais. e até mesmo animais mortos eem decomposição são em suas fotosapenas o início do trabalho. Por ve-zes, Miguel limita-se a mostrar ape-nas a fotografia, a "deixar que elafale por si": mas ele sabe que o olhoaprende a ver, e que a visão de umafoto vai ser condicionada pela visãoda anterior. E, por isso, ele tambémas apresenta em conjunto, criandoelos, paràlelismos, ora formais (pro-ximidade de cor ou de forma) oratemáticos, em que o efeito nâo éapenas o de soma, mas o de multipli-cação dos significados apreendidospelo olho. Outras vezes, nem é neces-sária a aproximação de várias fotos:situações diferentes podem ser cria-das pelo fotógrafo no mesmo clique.

Estes significados que Miguel criaem suas fotos não são. contudo, ape-nas um exercício formal, que se esgo-ta na proposta estética. São tambémum exercício sobre a relatividade doolhar, sobre sua capacidade deaprender a cada momento, de extrairum conhecimento novo a cada novaexposição da retina às situaçõesdiante de si. Não são um documentosobre os temas que o fotógrafo abor-da, sáo um comentário sobre a rela ti-vidade da visão que jogamos sobreas coisas (e nào as coisas sobre nós).Tanto a visão retínica quanto a visãoconceituai, o modelo preconcebido.A exposição de Miguel Rio Brancoestá aberta ao público até o próximodia 25.

Animais mortos e em decomposição, bordéis, habitaçõessemi-arruinadas ocupadas por marginais são nas fotosapenas o início do trabalho

I Miguel explora conscientemente a possibilidade de criar significados% não existentes, ou existentes de maneira

|3g ''^) ã-Pena-s potencial, na chapa

Dom Marcos Barbosa

Ó depois que a glória de seu Filho,manifestada a seu pedido nas bo-das de Cana, se espalhara por to-

s —_- da a Terra, é que Maria ousa sairJa penumbra, para mostrar-se não apenasMãe de Deus, mas igualmente, por vontadedçle, Mãe dos homens. E era de esperar queisto acontecesse sobretudo na França, me-recidamente chamada "a filha mais velhadà Igreja", cuja grandeza parecia estar liga-da a esse título, a ponto de se tornar cadavez mais "uma nação como as outras",quando já nâo encotramos um Léon Bloyaceroupi diante do Santíssimo Sacramentono Sacré-Coeur, nem um Paul Claudel de-bout dans Ia foule em plena Notre-Dame,nem um Charles Péguy a caminho de Char-três: le seul coin de Ia terre ou tout soitcontenu.

Realmente, antes de Fátima, foi naFrança, e primeiro em Paris, que NossaSenhora quis aparecer, antes de fazê-lo ahumildes pastorinhas pouco mais moças doque ela própria, ao ouvir em Nazaré a voz doÁiyo... Há 157 anos na Rue du Bac veio em

Religião

ma mevisita a Catarina Labouré no dia 27 denovembro de 1830, antes de mostrar-se cho-rando a Mélanie no alto da Salette em 1846(ano do nascimento de Léon Bloyi) e aBernadete na gruta de Lourdes em 1858Nao sei se Léon Bloy teve conhecimentodessa primeira aparição, ali mesmo em Pa-ris, ele que lamentava que a de Lourdeshouvesse obtido mais repercussão do que ada Salette onze anos antes, com suas pun-gentes mensagens.

Como ao lado de Francisco de Assishouve toda uma gama de aventureiros (pa-recidos, estes sim, como os hippies de hoje),e como ao lado de Joana D'Arc pupuiaramvisionárias, já constituem legião os viden-tes que, de boa ou má fé, se pretendemagraciados com aparições da Virgem. Mas oque em geral logo os distingue dos auténti-cos c a pronta divulgação do que teriamvisto e ouvido, enquanto os outros, discre-

dalha milagrosatíssimos, só como que forçados revelam oseu segredo. E, neste ponto, o caso maisimpressionante foi por certo o de CatarinaLabouré.

Em 1830 a até então chamada Zoé já nãoé uma menina nem fora exclusivamenteuma pastora, tendo se ocupado de todos ostrabalhos do campo na pequena fazenda dopai. Só aos 24 anos é que obteve a permis-são de fazer-se religiosa e veio bater à portado hoje célebre número 140 da Rue du Bac,onde se haviam estabelecido em Paris asIrmãs de Sáo Vicente de Paulo. Mal entradano Noviciado, na véspera da festa daqueleSanto, entáo 19 de julho, o seu Anjo daGuarda, sob a foram de um menino, aconduz em plena noite do dormitório àcapela — o que nos leva a lembrar Sào Joáoda Cruz: "Por uma noite escura, estandotoda a casa sossegada, ó ditosa aventura,saí sem ser notada..." Já na capela, porvolta da meia-noite, ouve o roçagar de um

vestido, e uma senhora de grande belezavem sentar-se numa cadeira diante do altar.Catarina, sem poder conter-se, atira-se dejoelhos diante dela, apoiando-se familiar-mente em seu regaço...

A 27 de novembro do mesmo ano, àscinco da tarde, estando toda a comunidadeem oração na capela, Nossa Senhora apare-ce novamente a Catarina com os braçosestendidos e as mãos irradiantes, de luz,símbolo das graças que prometia derramarsobre os que usassem medalha semelhante,em cujo verso devia imprimir-se o M de seunome. E Catarina (tudo se passa apenasentre Maria e a noviça) é encarregada defazer cunhar aquela medalha, que se torna-ria sem dúvida a mais reproduzida em todoo mundo! Só o confessor de Catarina temnoticia da visão e da mensagem. O Arcebis-po de Paris consente em que se faça a

medalha, e logo multiplicam-se as graçasobtidas pelo seu uso. sendo a mais impres-sionante a súbita conversão de um ricoisraelita Afonso Ratisbona. que se tornajesuíta e funda a Congregação de NossaSenhora de Sion para a conversào dos ju-deus.

E. enquanto tantas maravilhas se reali-zavam, Irmá Catarina Labouré, seja na Ruedu Bac (onde ate hoje se pode beijar oprovável fauteuil em que Nossa Senhorasentou), seja em outra casa para onde foitransferida no ano seguinte e se ocupasobretudo do galinheiro, vive a simples vidade uma religiosa observantee dedicada,sem que ninguém tenha sequer suspeitadoque fosse ela a vidente.

Só quase 50 anos depois da aparieçáo, jámorto o seu confessor e de novo na Rue duBac, revela Catarina, em seu leito de morte,que fora ela que recebera a visita de Maria epedira ao confessor que cunhasse a meda-,lha... O dia 27 de novembro tornou-se a festa;de Nossa Senhora das Graças ou da Meda-'lha Milagrosa. E Catarina, canonizada porPio XII, passou a ser celebrada no dia'seguinte.

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Sacudindoa poeira

Nho sc sabe exatamente com que Inten-çôes o governo mandou dcsarqülvar umInquérito que tem como personagem princi-pai o governador Orestes Quércia, datado clnópoca om que cru prefeito de Campinas,

Iniciado pela Comissão Geral de Investi-nações, o Inquérito cruzou os (invernos Medi-ei e Geisel, sumindo na poeira administra-Uva.

Num desses sumiços, contou com a ajudado presidente do Senado, Petrônio Põrtella,que achou a papelada um trambolho nocaminho da dlstensâo política, ainda noregime militar

¦ ¦ ¦JNTa, mosca

O deputado Daso Coimbra, do PMDHcarioca, esla exultante por ler recupera-do, na Constituinte, seu título de materna-tico do plenário — uma espécie cie Oswaldde Souza dos palpiteiros políticos.Perdeu-o ao dar, como lii/uida c certa,a citaria de Paulo Maluf ao governo deSao Paulo e ao garantir que a Comissãode Sistematizaçáo daria cinco c tiáo qua-tro anos de mandato ao presidente JoséSarney.

Recuperou-o esta semana ao acertarem cheio os cotos do Centrâo para amudança do regime interno da Consti-tuinte.

Dessa vez, usou computador.

abado, 28/11/87 CADERNO B

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Sarney x Arraes

Beleza, puraO multiinstrumentista Arturo Sandoval, a

estrela de primeira grandeza do FestRio,ganhou ontem mais uma tiete apaixonada.

Trata-se da cantora Leny de Andrade que.arrebatada pela arte do cubano, subiu aopalco da churrascaria do Hotel Nacional e,em duo, cantou boleros até às seis horas damadrugada.

Satisfeito com o sucesso que fez por aqui,Sandoval já anunciou que volta ao Brasil nocarnaval.

E acertou com Leny de Andrade a grava-ção de um disco que jã tem ató nome, LaVida Es Un Bolero

È o brega beautiful.

Fernanda Basto e Regina Rique em recenteacontecimento social no Méridien

DescobertaUm colecionador de.sco-

briu há poucos dias numbrechó de Pati de Alteresverdadeiras raridades.

Numa pasta em que es-tavam guardadas oito gra-vuras geométricas assina-das por Ivan Serpa. haviaoutras 12 cie unia fase ero-tica totalmente desconhe-cida em sua obra.

Datadas da década deGO, as gravuras serão ex-postas dia 10, na GaleriaRegistro.

FantasmasCresce a cada momento

o impasse entre a indus-tria automobilística e Ogoverno brasileiro.

Os capitães do setorconfessam ler perdido aconfiança no governo.O governo, que pareceter perdido a confiançaem si próprio, esta commedo de assinar qualquerprotocolo de intençõescom medo de que não con-siga cumpri-lo.» Estão, todos, com medoda própria sombra.

MMmmmmvtrmviimramjmiuMtt™<Kitm*muamRozonde Barrado

no baileNuma reunião estrita-

monte familiar em que es-tavam presentes cinco deseus irmãos, o empresárioAntônio Ermirio de Mo-raes viu cair por terra seussonhos de candidato à pre-sidôncia da Republica

Em votação unanime,•sua candidatura foi vetada.

A campanha representa-ria um gasto mínimo deczs 300 milhões.

E, se Antônio Ermirionão conseguisse subir arampa do Planalto, o gru-po Votorantim certamenteseria alvo de um duroataque.

¦ ¦ ¦PrestigiadoA primeira reunião da

Sudene sob a direção dosuperintendente PauloSouto — Indicado pelo mi-nistro Antônio Carlos Ma-galhães —- conseguiu pro-vocar uma revoada de go-vernádores do PMDB parabem longe de Recife.

O baiano Waldir Pirestomou o rumo do Rio deJaneiro; Miguel Arraes, dePernambuco, preferiu via-jar para o Crato, no Ceara,onde mora sua mãe, e ovice-governador pernam-bucano Carlos Wilson,aproveitando a viagem dopresidente Sarney ao exte-rior, botou os pes cm Bra-stlia depois de uma aúsên-cia de GO dias, para umavisita ao deputado UlyssesGuimarães.

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Ameaça feita pelo governador de Pomarco, Miguel Arraes, em conversa com- Sc o governo federal Insistirçao a Pernambuco, eu vou sairdenunciando o Sarney.

Quem conhece a política pernambucana sabeque uma das maiores criticas feitas a Arraes 6ustamente pelo fato de ele nao afirmarliderança a nível nacional.O presidente Sarney esta, agora, lhe dando ;chance,

a u _

amigos:na retalia

pelo pais afora

suu

PescariaCaiu peixe de grande porte narede dos fiscais da Secretaria daReceita Federal.Foi pego esta semana um contra-

liando, no porto de Santos, avalia-do em nada menos do que no nii-Ihôcs de dólares.

Uma industria têxtil, inteirinha,eslava entrando no pais dando umdrible nos cofres públicos,i*_va.i_.i.-rr_,iriw_uifw>i«

EscalaNo. volta do México para o Brasil, o avião dopresidente José. Sarney fará uma escala nuCosta Rica.A visita foi combinada com antecedência,mas não entrou no roteiro oficial.

¦ ¦Sem sal

O FestRio está tao caído que sequer tevecomo e habito em festivais de cinema, stalcrtstirando a roupa em busca da fama.A única nudez publica foi a do ator alemãoIvlaus Mana Brandauer que, depois de cair napiscina do Hotel Nacional, tirou o calção paravestir as calças.

Sem a menor pitada de erotismo.¦ ¦

RODA-VIVAü Tribunal tle Contas do Estado encerra nu segun-da-feira o seminário sobre técnicas modernas tle fisca-lização tios gastos públicos com palestras tio presiden-te do Tribunal tle Contas tlu União, Fernando Gonçiil-ves, e do vice-presidente do Tribunal de Contas tieHamburgo, Hartmut Oollnlck.Vânia c Tctl Hadin movimentam hoje a serra rece-bendo um grupo «le amigos para almoço cm Italpava.O aniversário tle Ana Paula Piano Simões .serácomemorado, no dia 5, com um jantar oferecido pelasra Esther Souza Leão.O Cônsul <la França, André Cira, estará presente ainauguração tia exposição Sâo Paulo, Rio Paris, quereunira obras tios artistas Siron Franco, RobertoMagalhães, Cláudio Tozzi, Ângelo de Aquino c Auto-mo Henrique tio Amaral, dia :i, na galeria Monte-/.anti.O presidente da Wilson Sons. Reinaltlo Filardi. fuihomenageado anteontem pela revista Beautiful Peo-

pie. com uni simpático jantar no Petronlus, do CaesarPark.O show, que o cantor Roberto Leal está promoveu-do segunda-feira no Scala II — Uma Noite cm Portu-

gal, scra cm beneficio da Igreja Santos Anjos.O superintendente da Sutlerj. Ricardo Labre, preo-cupado com a situação dos proprietários de cadeirasperpétuas, apreendidas durante o show do cantorSting no Maracanã, esta tentando resolver da melhormaneira possível a situação junto a seu departamentojurídico.

Música noMAM

í:J sucesso de Fata Morgana -"opera mágica" de ,locy de Oliveira— levou o Museu de Arte Moderna arcenccna-la em dezembro nos diaU e 12.

Um dia depois, o MAM encerrasuas atividades musicais de 1Ü87com a estréia de uma obra especial-mente encomendada para a oca-siao: a cantata Coração Concreto.de Ronaldo Miranda, para coro, so-listas e orquestra, cuja temática e avertiginosa transformação do Riode Janeiro nas últimas décadas. Otexto e de Cora Rõnai.

a i n

Será?o O cartunista Jimmy Scott e opublicitário Júlio Kocrner foramflagrados ontem entrando no apar-tamento de Pele, no edifício Cho-pin, em Copacabana.

Para quem não se lembra, a du-pia foi responsável por varias cam-panhas eleitorais vencedoras como,por exemplo, a do senador NelsonCarneiro no ano passado.Será que Pele está levando a sé-rio suas ameaças de presiden-ciável?

Cores pátriasO comentário que divertia uma

mesa de empresários no almoço deontem, no centro da cidade, dizia:— O pacote fiscal fez muita genteapostar alto verde e amarelo.« Não é nacionalismo.

Verde é o dólar.Amarelo, o ouro.

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4 o caderno b o sábado, 28/1 T/87 JORNAL DO BRASIL

É hoje só. Junto com o FestRio termina uma exposição imperdível

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John Hnston, 1987 Briaitte Barãot, 1955 Marlene Dietrich 1948P?$P'- ..'.••> l^a %.>'"" a, 1-'W^^r^^^^^^^WS?!'5 . y ;'::.: Y': .. •

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Contei Lucastrouxe 60 estrelasde cinemaparao festival

E alguém reclamou da ausòn-cia de celebridades no FestRiofoi pura injustiça. Ali, ao lado

«Io Bar Tropical. 60 estrelas de máxi-ma grandeza brilharam a semana to-da — de Brigitte Bardot a KatliarineHepburn, de Claudia Cardinale aMarlene Dietrich, de Dirk Bogarde aFellini — perpetuadas em fotos mag-nificas de Cornei Lucas, uma das atra-ções do festival. Um inglês finíssimoque passou a semana de brancosapato, calças, camisa e um chapéu depalha — sempre disponível para umpapo delicioso sobre "uma epoea emque o cinema era uma fabrica de so-nhos", e ele, "um elo entre os intérpre-tes dos sonhos e o publico".

Em 1937, Coronel Lucas entrou pa-ra o cinema pela arca técnica, foi àguerra, e depois, entre 1946 e 1059,transformou-se no fotógrafo oficialdos atores da Rank, Columbia, UIP.Discreto como convém a um inglês,

í Cornei Lucas nunca perguntou a ida-de de um fotografado. l'or isto nãorevela a sua. Mas náo faz mistérios desua "técnica":

— Muita paciência, compreensão eprazer. Cm fotografo de rostos deveficar feliz em tornar as pessoas maisbonitas. Náo é possível uma boa fotosem confiança do fotografado. As mu-lheres gostam mais de ser fotografa-das do que os homens. Elas olhampara a lente como se fosse um espelho.Depois, na fase dos retoques, se sen-tem nas mãos de um cirurgião.

Katliarine Hepburn. na sua opi-nião, foi o maior fenômeno de fotoge-nia que conheceu. Revela as exigèn-cias da atriz: náo queria poses ouretoques. "Não havia ângulo em quenáo fotografasse bem", enfatiza Lu-cas. Entre seus maiores orgulhos, estaa foto da atriz Susan e Liuden Tra-vers, mãe e filha, na vida real, mulhere sogra dele, em estudo sugerindo quese trata de uma so pessoa.

Ja hã alguns anos. Cornei Lucasmantém seu estúdio em Chelsea, ondecontinua a fotografar atores de cine-ma e teatro e lambem "gente normal".Náo viaja com máquina fotográfica —rigoroso, quer ter controle completode luz c detalhes técnicos. Prefere acompanhia das fotos dos atores:

— Um dia, eles foram sonho. Hoje,fazem parte da minha família. E náoenvelhecerão nunca. A vida seria ter-rivel se eu náo pudesse sonhar. Fede rico Fellini

'"¦ ,...-.i.ii,—.. -—Marçgjo Carnaval

O israelense Zeev Revach é a barbada para o prêmio de melhor ator

Palpites para acorrida

graride favorito do público para ganhar oTucano do Ouro de melhor filme no encér-ramento do 4" FestRio é o alemão Longe

de Ròsenheim. Foi o mais aplaudido nas sessõesda Sala Glauber Rocha e lidera a votação de umapesquisa popular organizada no saguão do cine-ma. Agradou também ã critica: e o filme maiscotado pelo Júri, B. Gente bem informaria garanteainda que esta bem cotado entre os participantesdo júri oficial, onde dividiria as predileções comum autentico azarão, o chinês A ultima impera-triz. Se cedesse ao desejo da ala jovem que fre-quentou a mostra competitiva, o júri certamentepremiaria o espanhol A lei do desejo, de PedroAlmodóvar, o mais audacioso dos filmes da com-petição. E se quisesse homenagear o Brasil, oTucano iria para Sonho de valsa, segundo melhorclassificado no Jun B.

Mas se o Brasil levar algum prêmio não deveser o de melhor filme. As maiores chances verde-amarelas sao na categoria de melhor atriz, ondeXuxa Lopes desponta como inquestionável favori-ta. No entanto, apesar ria torcida da pagina aolado, Xuxa nau vai ganhar o Tucano com facilida-

tucanode. Nesta categoria, justamente, estão as maisfortes concorrentes. Ha a australiana Wendy Ju-ghes, do filme Vagaroso trem numa noite quente- que mesmo tendo sido exibido sem legendasnão deixou dúvidas quanto ao talento de suaprotagonista. Hã também a chinesa Pan Hong,discretissima e eficiente no longo A última impe-ratriz. Ha ainda a norte-americana Glenn Close.vivendo a exuberante psicopata do polemico Atra-çáo fatal. Outra candidata e a espanhola CarmemMaura, na pele do transexual Tina cie A lei dodesejo. Por fim, ha a norte-americana C.C.H.PÒunder, do filme alemão Longe de Ròsenheim.

Quanto ao prêmio de direção, os palpites sedividem entre o espanhol Pedro Almodóvar e oinglês Michael Radford. Quem acredita numa pre-miação política aposta em Radford que jã partici-pou do 1° FestRio com o bem-sucedirio 1984 e náoganhou nada.

Mas o palpite e sempre o mesmo quando sediscute o prêmio de melhor ator A grande barba-ria nesta categoria e o ator israelense Zeev Revachrio filme Boneca. Qualquer outro ator que sejapremiado será uma surpresa.

JÚRI

An revoir les enfants i***1*-** *•••••••! •• !••• •*• •••Louis Malle iFrança' - hors-concoursPaisagem com mobília !+•_• -*- •_¦ -* "** it-k¦ Kgrel SnyCZék iTchccnslovaquia' 1 y

ii -HMaru. Ia mujer dei policia •¦*-• ••••••Solveig Hciogesteijn iVenezuelai ' *

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Sonho de Valsa ^ I *** | * ]+ + +]+ + +{ + *Ana Carolina iBrasil' '

^última imperatriz + "

•• •• í *•• I ** • •Chen Siahn e Sun Qmgguo (China> 1—— jMatar saudades #•#••'¦*•

Fernando Lopes 'Portunal' _jHopc and glory ; I *** j .*7* •••John Boorman ilniuaterra' - 1'iors-concours |

m ^ m*

Fatal Attráction •* •Adryan Lyne rEU.A Warm nights on a slow moving trains , , . 17, ++ ^ ^-Bob EllisiAustráliai •• ir-r ,

-«rTr-» , tt , wn-

O sócio de Deus •• •• •••*•••Fedenco Garcia iPerui

Sammy e Rosie ¦*•¦*¦* + + + •• ' ••• ••*|- Stephen Frears (Inglaterra) ¦ hors concours ____,

A ultima cartada +-_•¦** +GiUes Walker e David Wilson íCanadai t

O arco de Eros * ¦_-* •• - *Jerzy Domaradzky iPolòniaiA lei do desejo I ... T ^. +-*••_- •¦* : -*-¦* •*

Pedro Almodóvar IEspanhai *__ *** 'Boneca .. v , 77T ^.^. ¦*¦_-•_• -é-

Zeev Revah ilgrgel) . II li 1Amor em campo minado , ±, +, .+ -_.^.!-av _-¦_¦Pastor. Vega (Cubai , I ,Anjo da Çuaícía- | *+ ** *• •• •.*•' ••Guran Paskaljevic (Iugoslávia' M Kin-Dza-Dza ,

~'T t 7 ^. +^. VtGueorgui Danelia dl R.S.S.i * _*_ II [

Veneno branco . . + ¦* ' -è ¦* +¦*¦•_ •* **Michael Radford (Inglaterra) ,Longc.de Ròsenheim ... ... .. + ) ^^ ^ ¦*••*••••' ••' 'J|'re.v Adlun (Alemanha Ocidentali x¦»:x *¦*• ¦»• *-x-k\ ;

Mal de amor -^ •* •Jacques Deray (França) ';

Morte no inverno - -jk: •Arthur Penn iEU.A.i [, |Oh Belinda: | •-•••• I

Atif Yilmaz iTurquial __jTolerância | * *•Pai Erdoss (Hungria) _[_ .Memória Viva +••• • + •*• * + ••-Otávio Bezerra iBrasil) x-»;¦»¦Noites de verão no planeta Terra.Gunnel Lindblom (Suécia)Cotações: •••• Excepcional ••• Ótimo •• Bora • Razoável * Ruim

JORNAL DO BRASIL sábado, 28/11/K7

Tomara que Xuxa Lopes ganhe o Tucano de melhor atrizCADERNO B O 5

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Fundodo baúXuxa, quandoainda nâopensava emcasamentos

MapaSem saber de quem se

tratava, o astrólogoPedro Tornaghi disse queo nascimento de XuxaLopes, as 8h40min do dia7 de dezembro de 1953,no Rio, lhe dá um mapade conflitos e, ao mesmotempo, facilidadesenergéticas. É Sagitáriocom Lua também emSagitário. Tem, portanto,

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facilidade para atingirtodos os alvos, masnunca se sentirasatisfeita ao alcançá-los.Partirá em busca denovos caminhos. Acaracterística, segundo oastrólogo. parecenegativa, mas é naverdade, uma boaqualidade. Trata-se deuma pessoa ernpermanente expansão,evoluções, novas metas,projetos grandiososligados ao futuro. Éexagerada e estabanadae, por isso, precisa saberdosar suas energias.Talento criativo,entusiasta, pode sedecepcionar por esperardemais dos amigos, massabe usar o charme paraganhar todos com quemlida no cotidiano. É liei ãamizade, superprotegeamigos e 6superpròtegida, mas aproximidade de Vênus aoSol em Sagitário a fazconfundir amizade compaixão. Tem o problemade todo mundo comascendente em Aquário:é viciada em casamento.E busca sempre umcompanheiro brilhantepara valorizar mais doque a si própria. Gastatantos esforços com aambição profissional quepode consumir com issoa energia para a vidapessoal. Nao que ponha avida profissional emprimeiro plano. Nocasamento, por exemplo,a figura centralizadoraque sempre procuracomo companheiro podelhe exigir unia excessivadisponibilidade.

atriz Xuxa Lopes, 34 anos, jáganhou um Tucano. É de ma-deira e foi presente da "melhoramiga", a atriz Guida Vianna, a

uma supertucanável do IV FestRio. Overdadeiro Tucano de Ouro, porém, seráentregue hoje à noite, na festa do HotelNacional. A protagonista do brasileiroSonho de valsa, de Ana Carolina, dispu-ta o prêmio de melhor atriz, por exem-pio, com Glenn Close, do americanoAtração fatal, de Adrian Lyne, e comCarmen Maura, do espanhol La Iey deideseo, de Pedro Almodóvar. Ela odiou o

filme de Lyne — "uma vergo-nha, reacionário" — e adorou ode Almodóvar — "um barato,mas o papel da transexual Ti-na nâo poderia ser de umamulher. Tinha de ser homem,um travesti, qualquer coisa.Menos uma mulher." Está aíuma prova do discurso impul-sivo de Xuxa Lopes. Nem pen-sa que a crítica à escolha deCarmem Maura pode cair emsuspeiçào. Afinal, um ator pa-ra Tina seria, na verdade, me-nos uma boa atriz no páreo dofestival.

A atriz de papéis undergrounds nosanos 70 não pretende sair por aí com alata de Sonho de valsa debaixo do braçopara mostrar ao mundo o filme de suavida — sua personagem Tereza está empraticamente todas as seqüências. De-pois deste quarto longa, ela espera mui-tos outros filmes e já tem nas màos umapersonagem trágica do escritor america-no Sam Sheppard. É a protagonista deFool for love, peça que encenará nopróximo ano no Rio, com direção de seuquarto marido, o cineasta Hector Ba-benco. E uma viagem incestuosa de umcasal meio-irmão, filhos do mesmo paibeberrão. Sheppard só liberou o dramaviolento sobre a paixão porque a monta-gem seria de Babenco. O veráo, portan-to, chegou com excelente clima profis-sional e pessoal para Xuxa Lopes. "Ago-ra encontrei um homem com a mesmapaixão que sinto pelo teatro e pelo cine-ma", diz.

A jovem de formação aristocráticaMaria Luiza de Souza Dantas Lopesvirou Xuxa muito antes de a apresenta-dora de programas infantis da Globoestourar na praça. "Tive uma crise deidentidade. Via meu nome em todos osjornais e nunca era eu que estava nasfotos". Cresceu no Country Clube cario-ca, estudou em Londres na adolescênciae adora se casar. "Pode ser uma simplifi-cação da história toda, mas para mimvale. Acho que caso tanto porque perdimeu pai muito cedo. Talvez passe a vidaatrás de outro pai", explica. O primeirofoi Nando Delamare, atual proprietáriodo restaurante Tarot, no Leblon. Ela oconheceu aos 18 anos, quando veio emférias de Londres e topou um instantá-neo casamento. Depois vieram os atoresCarlos Vereza e Cláudio Marzo, comquem teve o filho Bento, de quatro anos.Talvez venha de todas essas experiên-cias conjuga.s, segundo ela, a facilidade

para viver Tereza, de Sonho de valsa,uma mulher em busca do homem ideal.

Ao assistir à peça A China é azul.escrita e encenada por José Wilker em1973 no Teatro Ipanema, ela se encami-nhou para sua primeira separação. Nãoadianta argumentar com Xuxa Lopesque uma simples peça de teatro nãodestrói casamento algum. "É claro queminha relação com o Nando não estavaboa, mas me separei mesmo por causada peça. Não sei o que me deu, mas ouviali coisas que eu também queria dizer elarguei aquela vida de passar o dia meembonecando para o jantar da noite",diz.

Uma virada, sem dúvida, obstinada.Deu plantão nos bastidores de A Chinaé azul, conheceu as atrizes Guida Vian-na, Louise Cardoso, Stella Freitas e Su-ra Berditchevski nos grupos do Tabladoe casou com seu mito da época, o atorCarlos Vereza. "Eu era muito jovem, mesubestimava e considerava Vereza umDeus que conhecia tudo o que eu queriaconhecer". Foi ele quem, pela primeiravez, lhe disse que o Brasil do presidenteMediei poderia ser muito diferente."Ainda sinto a sensação que tive quan-do Vereza dirigia na Lagoa e me disseque o mundo poderia mudar. Isso nuncatinha passado antes por minha cabeça,de mulher da classe alta, criada noCountry". Três meses depois, o casalestava preso no Dops. Xuxa diz queficou 24 horas trancada num frigorífico eVereza, depois de oito dias de tortura,saiu direto para a Clínica Bambina, "to-talmente pirado". Depois dessa, a sim-patia de Xuxa por mudanças sociaisficou cada vez maior. Mas a atriz nuncaentrou na política das vanguardas daépoca. "Nem eu, nem o Vereza. Ele eraamigo de militantes. Escondia a mala deum, o livro de outro. Só", revela.

Depois de tanta batalha, enfim ogrande dia da estréia profissional napeça Rudá, com direção de José Wilker.O fracasso retumbante a deixou trêsdias de cama para se recuperar da sen-sação de falência da própria vida. Xuxaganhava dinheiro como manequim emergulhava em produções under-grounds como os filmes Assüntina dasAmérikas, de Luis Rosemberg, MadrePérola, de Serginho Bernardes e um quenunca saiu das prateleiras Bandido co-ração, com roteiro, direção, dublagem emontagem de Graça Mota. Com Depen-dência de empregada, de Joáo CarlosMota, ela conseguiu levar milhares desurfistas ao teatro em 1976. "Eram filei-ras inteiras de lourinhos de cabelo du-ro", lembra. A época era dos grupos deteatro. Ela estava no de lio Krugli eestreou em 1977 As pequenas históriasde Lorca e, logo em seguida, Prometeuacorrentado, com Rubens Corrêa, noIpanema.

O primeiro longa-metragem feito pro-positaímente pra passar nos cinemas foiMemória do medo, dirigido por AlbertoGraça em 1979. Foi aí que conheceu oator Cláudio Marzo. Atuou ainda ao seulado em A serpente, de Nelson Rodrigues,antes do casamento de quatro anos. "Oproblema com o Cláudio e que ele nãogosta muito de trabalhar como ator. Gos-ta mesmo é de morar no sítio, plantarcafé. O Cláudio é desiludido com a profis-

são. A experiência dele é meio sofrida, seilá. Sei que onde ele encontra prazer náo éna profissão. Nem sei se é bom falar issodele, mas ele me falava isso o tempotodo!", comenta, mais uma vez sem pa-trulhar o discurso espontâneo. Atuou ain-da na peça Hedda Gabler, de Ibsen, comDina Sfat. E tudo indica que foi o fotógra-fo Antônio Luis, de Memórias do medo,quem a indicou para Das tripas coração,o primeiro trabalho com Ana Carolina.

Xuxa ri ao saber que a amiga AnaCarolina disse que ela não serve parapapo intelectual. "As relações mais fortessão de emoção e de intuição. Tenho gran-de dificuldade em racionali-zar coisas. Em nove anos depsicanálise, por exemplo,quando o analista tenta mepassar alguma coisa teoriza-da ela voa para mim. Mas seele tenta me representar porimagens, aí náo. Me figo emimagens", diz. Xuxa adverte,porém, que deixou de se lan-çar de maneira tão incons-ciente em seus projetos de-pois do nascimento do filho,gravidez que descobriu emdezembro de 1983. no finaldas filmagens de Águia nacabeça, de Paulo Thiago."Foi Bento quem me fez maisresponsável até profissional-mente", diz.

No meio da entrevista,chega ao Bar Tropical do Ho-tel Nacional uma "melhoramiga", Guida Vianna, titulo que tam-bém recebem Ana Carolina, Louise, Sura,Stella. Para dar uma opinião sobre aamiga. Guida exige que Xuxa dê umavoltinha. "Eu náo acho que ela náo tenhaum lado intelectual. Este lado está porexemplo na relaçáo forte, de muitos anos,com o escritor Sérgio SanfAnna, umaligação indireta com livros, com a litera-tura. O quê? Ela náo falou do Sérgio?Pulou ele na lista? Ih, então náo põe issonâo", diz Guida, numa cena tão cômicaquanto as da sindica que viveu na novelaCorpo santo, da Manchete. De volta, Xu-xa desfaz a confusão. "Adoro o Sérgio,mas não falei dele porque fiquei comvergonha de tanto casamento. Durou sódois anos e ele náo chegou a marido. Foioutro com projeto diferente. Eu queriaformar uma família e ele já tinha doisfilhos." Não sabe ao certo se está ou nãocasada com Babenco. "Estamos juntos,mas ele mora em São Paulo e eu no Rio.Não sei se isso é casar. Acho que voucasar agora, quando ele vier para cá porcausa da peça. Vai ficar lá em casa, umapartamento de dois andares, na ruaTimóteo da Costa, no Leblon. Acho quedá legal". E solta a tese que bem poderiaestar na boca da Tereza do filme: "Issodaí eu aprendi. E fundamental no casa-mento que o projeto de cada um náo sejadiferente no dia-a-dia."

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tp^Jjl&o

Uma palavraâmigâ

"Xuxa é uma pessoaextremamente vital,espontânea e intuitiva.Acho que essas são assuas grandes qualidadescomo atriz. Somos muitoamigas desde a filmagemde Das tripas coração. Agente tem a maiorintimidade, ela confiaem mim, compreendeminha linguagem,minhas expressões, meusdesejos, minha cabeça.Não preciso explicarnada para Xuxa. Podeser que intelectualmenteela não esteja nem aí.Não presta atenção, édispersiva. Não adiantaentrar em papointelectual com a Xuxa.Logo ela desliga.Compreende as coisasantes. Saquei em Dastripas que ela eraintuitiva e precisava desua intuição em Sonhode valsa para que elarepresentasse sem medoa liberdade que mepropus ter nesse filme".

Ana Carolina

6 O CADERNO

HOJE

B O sábado, 28/11/87

Fostlllo'JP£T\

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1 1 O ÚLTIMO IMPERADOR (Tho laM omporor),de Bernardo Boriolucol Cóm John Lohe, JoiuiChon. Poler OToolo o Yiiik Ruoohong. Comlegenda* om (Kn-tiin-ufni Kchiiiui ihkjuilh paraconvidados, A« I7h. Hom-Conoourii

Historia do ultimo Imporador da. China,governador doado oo trôs anos, maio tardoexpulso i«ir um militar republicano, proso du-ranU) a instalação da República Popular da Mimo maia tardo Jardlneíro do Jardim Botânico,onde pela prlmolra voz ao sentiu livro do vorda-do. Inglaterra/ 1087

Veneza(Av. Paslfiur, 1H-1 — 295-8349)Mostra A Competição na Ci-dadeD TOLERÂNCIA (QondvlBolós), de Pál ErdOBB,Com legendas om português. An I4h

Jovem que vivo de pequenos furtoa paraconseguir recursos o manter sua gerando pai*xòo. coiiHlniir módulos de barbos históricos,acaba condonado a prisão o pordo a tu teta doafilhas para nina família melhor estruturada.Hungria/ 11)87.

D MICMÔUIA VIVA (Brasileiro), du OUlvIo Bo-zorra. As lflhaoniin.

Documentário sobre o ptormirismo doAloimo Magalhães, pintor. artista gráfico odmiifçnor. Brasil/ 1087.

: 1 MAL DE AMOR (Mslodlo damour). dn Joo-ques Deray, Com Naatassja Klnaki, Joan-Hughes Anglade o Michol Piccõli. Às lOh.

Numa estação do trem do Bordoaux, jcvvom rica o bola encontra desconhecido o oh doisho apaixonam Ela vai descobrir que olo sofrode doença terminal e nua esperança de curadepende da relação entre os dois. França/1987.

O MORTE NO INVERNO (Doad of wlnuir). doArthur Ponn. Com Mary SUmnburgor. RossyMcDowelleJan Rúbea, As aihaOmin

Mulher é morta o têm um dedo decepado.Atrv/ desempregada aubstítul estrela de umfilme e prepara-se para ficar parecida com ela.Um dia acorda do uin pesadelo o descobre quetem um dedo decepado, Tonta fugir e entendero que está se passando mas náo consegue.EUA/ 1087.

Art-Copacabana(Av. Copacabana, 759 — 235-4805)

Mostra os Melhoresdo Mundon SOB O SOL DE SATÃ (Souh le BOlolI dnSatan), de Maurice Pialat Com Qénuti Dopar-dicu. Sandrinè Bonnalre o Alain Arthur. Cómlegendas om português. As MhÜOmin

Baseado no romance do George Berna-noa. Jovom vigário vivo obcecado com a exia-

tínolu do m.il <> dooldo combato-lo, pomiandnver SaUinan om todas as partes, Inolualvo nafigura do uma juvom o bela mulher Kran-oa/1087 palma do Oura no festival do Cannoa

| I CUIDE 1>A MIA DIREITA (Bonito tarirolt), rioJoan Luc Godard. Com -Jaoquoa Villorot, Joan-l,ui- (àxlanl o Rita Mltsiuko Com legenda» omportuguôu Ah !7h

Fantasia para a torna e cantora. Hul-çii/l 087 Premiado no Festival do Tóquio[ I O NOIVO DA PRINCESA (Tho prlnoosH.brl-dn), do Itob Roínor. Com Cary EIwoh, ItoblnWriffht, Maudy Patinkm o Ohriotophor GueatCom legendas om porluguôs An LÒh30mLn

De cama, por causa do forte gripo, monl*no passa as horaa divortlndo-oo com vidoogu-mea ato quo sou avó dá lho um livro muítoespecial: Tho prlnoess bride EUA/l 087, Graudo prêmio no Festival do Locomo,

I I A CONFERÊNCIA DE WANNSEE (DloWannsoobonierotui)i do Holnsa Sohlrk. Com nio-trioh Mattauaoh, Oerd Bookmann o FrledrtohBookonhaua, tis 88h.

No dia 20 do janeiro do LD42, quinze chefesnazistas reúnem-se para discutir a SoluçãoFinal para os judeus. O filmo reconstitui fiel-monto oh fatos, oom baao am documentos en-oont rodos nos arquivos do Jorusalóm, Alemã-nha Ooidontal/1084, Premiado no Festival daTóquio.

I I ARIA (AriH). do Rnbnrt Altmon, Joan-LuoGodard, Dorok Jnrman, Ni colas Itoog. DruooBoronford, llill Urydon, Fnmk Roddain, KenRusaol, Charles Sturrfdge o Julíon Templo.Com Juhn Hurt o Thorosa Rusaol, Com legon*doe om português, A meia-noite

t)oz diretores dirigem dez árias de óperasfamosas. lngíatorra/1087, Promlado no Foatí-vai de Cannea.

Studio-Copacabana(Rua Raul Pompóia, 102 — a-17-8900)

No dia an do Jiinolro do 1042, qulnzQohofuo naisiutaa roúnoin ao para discutir a Solu*çao Final paia ou judiais n fiinio reconstituiriolmontn os fatos, oom base om documentouonoonIrados nos arquivou do Jerusalém Al*»-iiuiiiha Oclrioiitul/10114. Proiiiimla 110 Festivalda Tóquio

Art-Fashion Mall 4(Estrada da Oiivon, aoo - 322-Í2B8)

Mostra Olhar Feminino e AsReprises que Deram Certo/ Júri 13

[ ] O CANTO DAS SEREIAS (Lo ohont don «Ir*.mm), dó Patriolo Rozoma Com Bhella McCar-thy, Paulo BaiUargoon o Anne-Mario MoDonald, Curta Tempo da ensaio, do ECunloo Out-mim (Brasil) Com logondas om português Ah10h

A aooretárío d** uma galeria do arte nada onton-d*» tio arto modornao aceita todaa as opinlõosdosua chefe, por quom passa a tor verdadeiraadoração ate que o rol acionamento das duasencaminha-se para um final absurdo, Ca-nadá/10M7.

Mostra Os Melhoresdo Mundo

D A CASA DE BEHNARÜA ALBA — Filmo doprodução inglesa baseado na poça do GarciaLoroa. As I4h? OS OENERAIQ — Filmo do produção alomã.àh íoimumlnI 1 A NOSSOS AMORES (A iioh amours), rioMaurice Pi alai As I9h.

I ] SOB O SOL DE SATÃ (Sous lo soloil doSatan). do Maurice Pialat. Com Üònini Dopar-dleu, San d ri no Bonnalre o Alam Arthur. Comlegendas om portuguóH As £lh30miit.

Magoado no romance do Goorgoa Borha-noB. Jovom vigário vivo obcecado com a «xis-toncla do mal o decido oombatõ-lo, pensandover Satanás om iodas os parto», Inoluaivo nafignira do uma jovom o bela mulher. Fran-ça/1087, Palma do Ouro om Cannoa,

Cinemateca do MAM(Av. Beira-Mar, s/n"— SI0-2188)

Mostra Os Melhoresdo Mundo[ I A CONFERÊNCIA DE WANNSEE (MoWannHookonforBiiz), do Heinz Schirk Com Üie-trich Matuiusch. Ooni Bookman *• Friodrichli(fok*mhaus. Com legendas om português. ÀsIHhaomln.

Niiinlln liirtoviiky (Colômblu) Com logondanom portuguóH As tíühMojiina DAsa-so norn um policial, vinte anosmala velho, o quo. Inseguro, faa desaparecerIodos on homens quo se aproximam dolu Vene-zuola/ 10H7

HENRIQUE V (Eiifloo V), do Marüo Dollo-chio Com Mareei 1 o Maalroiannl, Claudia Car-tlimilu Leopoldo TrloBto o Paulo Uoniioulll.Com logondas om português, À» nuii.Filmo baseado na obra do Luigi PirandnlloDepois do uma queda do cavalo. Jovem isola-secomo louco num castelo, durante í!0 anos o,apesar úi\ Inalatônola das pessoas, rocuaa-ao aunoarar ii roalldiulo Itallii/ 1084.

Estação Botafogo(Tiua Voluntários ria fatria, 88 —- 38(1-8149)

Mostra Around Miduig-htI I A MISSA ACAnOU (Iji mossa o flnlta), rioNanni Mon*ttl. Com Nanni Morotti, Ferrucoiodo Ceroita o Bnrioa Mana Modugno. Com togon-tlita em portUffUÔS Ah iMlinumlii

Arquivo

Marcello Mastroianni em Henrique V: na mostra "AsReprises que deram certo/ Júri B" (Ari Fashion Mall 4,

22h)

D PARAtSO(Hoaven),df; Diano Koaton. Curta:Ena lnvoncibllo esperanza. do Rebeooa Chavoz(Cuba). Versão original, som legendas As17hü0mlnDocumentário com entrevistas sobre o modo damorte, a existência ou não do cóu e como asposHoaa acham quedovem s*;r oceu o o inferno.Entre os entrevi a tiuios estão um pastor ovange-lista, um pregador do Velho Testamento, umateu e a avó da diretora EUA' 1GHG.D MACU. A MULHER DO POLICIAL (Maou. Iamujer dol policia), de Solvoig Hoogostoijn ComDaniel Alvarado. Mana Luisa ^^oaquera or^rank Hernandez. Curta: Suave oi alionto. do

Padre abandona a ilha onde viveu durão-te de/, anoa o vai para Roma, nua cidade natal,onde encontra uma Igreja vazia o abandonado».Iia.Ua/lftHU. Urso de prabi no Festival doBerlim,

Bruni-Ipanema(Rua Visconde do Pirajá.•1000)

521-

Mostra Cinema Britânico[ | UM MÊS NO CAMPO (A month tn lho coun-

Iry). iln l'nt 0'COnnor Com Colhi Fll-th, Ki'iitiülh Hranagh o NaUmtia Klohardson Ah i th

Km tOBOí dom ox-combatentes da l*(luorra luolam so numa cidodu do Interior daInglaterra o soo bom aoo (toa polo oomunldado,ombora um deles amo aeorotamonte a mulherdo paator o o outro aoja homossexual lu^iaU'nil/1I1B7.

I QIIANIK) O VEN1X1 SOPRA (Wh.m the windlilows), douenho de Jlmmy T Murakand ComniuMH a do David Ilowio o trilha sonoro doRogur Walom An 1 (Ih.lOmln

No Interior da Inglaterra, caoal vivo iran-((iiilamonlo apesar rio modo da guerra nuclearConstróem um abrigo, a bomba flnulmenie <-xplodo o olos Dobrovivom, embora os efeitos radiativoa nào possam ser oviijuios Inglalorra)I1IH7II O FIM PE UMA DÉCADA (Wllhnall and I). tioUruco Ilobinson Com Paul McOaiin, KirhaniK. Orant o fliohard Oríffitha. Com logondas emportUfruôa An 1 Oh

Doía jovens atores dividem apartamentoenquanto aguardam trabalho Um dòloa receboa notlolado qua ("m convidado para unia i»h;u oos dois ao param *oo, oada um aognjfiido soucaminho Inglaterra/ 1UHHI I O MENINO I>0 AMOR (Thn Invo chllil). doIlolxirt Hinitli Com Sholla Hanooolc, Polor Ca-palril o Poroy llorlx.rt Com logondas om portu-guós An BlhSOmin

Comédia sobre o otimismo o contra obaixo astral na história do um jovem inocente osua avó. quo pretende agarrar com ambas tuamãos todas as oportunidades quo tho surgom.lnKlolJ'rra/inH7

1 O CONTRATO 1X5 AMOR (Th.! draughts-inan'n oontraot) do 1'ul.ir Oroonawtty Com Anthony lliggins. JanetSuzman o Anno Lambe ri.A mela-uoitf>

No final do século XVII. na Inglaterra,oram famoHOH oh trabalhos do pintores queoram pagos para retratar os ricos proprlotariosrurais, No filmo, um dosaos pintores 6 suspeitodo Uir um romance com a dona da casa. Ingla-torro/10B2

Leblon-1(Av. Ataulfo do Paiva. 391 — 230-0048)

Mostra Cinema AmericanoII DO MUNDO NADA 8E LEVA (You can't lakoit with you). do Frank Capra Com James Hte-wari, Joan Arthur o Lionol Barrymoní. Comlegendas om português As Mb.

Clássica situação d*» Romou o Julieta t'i\-tre a jovem filha de uma família pmpnclrtna doum velho casarão e o jovom filho de um fabri-ciuito do armas riu*» pretende comprar a casapara ampliar sua fábrica, EU A/1938 Oscar deMelhor FilmoD UM HÓSPEDE DO BARULHO (Harry andtho Hondoraons), do William Doar Com JohnLithgow, Mellnda Dillon o Margarot Langrick,Com logondas *?m portuguóH A» íehSOtoin.

Aventura sobro uma OHLranha o enormecriatura encontrada num parque poruraafamí-lia quo resolve criá-la o dofendè-la da persegui-çáo d*» cientistas e raçadortiH. EUA/1087.I ] A MARCA DA CORRUPÇÃO CDost-aollor). doJohn Flynn Com Jamea Wcxxls, lírian I>«n-nohy. Vtctona Tonnant o AJJison Balson Ah10h

Hiati'-ria do doin homens, que fonnamentranha aliança, apesar do esUtrum om ladosopostos um contra a lei o o outro, a própria leiEUA/10H7.D DRAONET — DESAFIANDO O PERIGO(Drag-nnt). de Tom Mankiewicz. Com Dan Ay-kroyd. Tom Hanks. Christopher Plummor eHarry Morgan. Com legendas em portugufts.As £lh30min..

JORNAL DO BRASIL

A oidado de Los Angeles sofro onda doatentados, lnróndios u assaltos o para oombatA-los conta apiuias com a con.gtmi de dois detoti-vou O.flIinoébaaaudonumaaòriodoTV famosanoa anoa UO EUA/l 0B7,

Sala 1 do Estação Bota-fogo(Rua Voluntários da Pátria, B8 — 28(1-0140)Mostra Tesouros das TSíne-matecas

I 1 AIXJBMAH aUEIIRADAB (Lot no mim wrlloroy «plUiph). da Rlohard Loocock. Com EllaFitzgemld, Bholloy WíiiUth o Joan Boborg,AfVis a soHsáí) haverá debates oom H*>rl>*irtFo insto In, professor da San Francisco Univor-sity e colaboradordaa n»vtHUu*CahltBradu Clno-ma 0 Film UuJirt*-rly A« 15h

i DESENCANTO (Ilrlof snoounUr), do DavidLoon. Com Cella Johnson o Trovor HowiudCom logondas om português Ah i7h

O quo parecia aor um encontro In oco n totorna-ao seria nibw;áo entro um homem o umamulher, ambos ciLaados o oom fllhoo, e quo seoncontniin numa oataçao ferroviária Ingla-torra/IO*» 6II IX)DESKADEN(Dodnukiuliin). do AklniKnrrmawa. Com Yoshiüika Zushl (^ Tomako Yama-zakl,ComloKondosemooponhol Àn iBhaomln

Cinco pequenas histórias se entreoruzomom um grando painel humano o contemporá-ntto solin* os hatjitanUis daa favelas do T^juioBaseado no romance Uma cidade som 0|*>ci±h.de Shugoro Yamamoto, Japatyi»70.

Sala 16 do Estação Bo-tafog*o(Rua VoluntáriOB da Pátria, 88 — 288-8140)Mostra Tesouros ~dãi~Cine-matecas

I l DOIS DE HAROLD LLOYD - Exlbiçn/idoO»líaroUiBdociiplUioKId (CupUOu Klddd Kld)oOFavorito da vovó (The Orandma'» boy), do FrodNowmayor.AmboH sao mudoa com Intertítuloa om francAa.An ltlhD O HOMEM MOSCA (Thu »afoty la«t), do FrodNowmoyor o Sam Taylor Com Harold Lloyd oMildred Davis Mudo com mtertituloo em fran-ces Ah I8h.

lia paz vai para a cidade grando a fim doenriquecer o casar com a mulher amada a quomenganava, através do cartas, dizendo osUir bemdo vida O filmo o choio do gags, como umaescalada ao edifício feita pelo herói para tentarganhar dinheiro, EUA/1033, om preto o branco.G UM PREÇO PARA CADA CRIME (Tho onior-cor), do Hretaigno Windusl Com HumphroyBogart. Zero Monte) v Evorott Üloane. Com lo-geadas em português Ah aoh

Frtimotor publico vive obcecado com aperseguição a um chofe da Máfia o a souscapangas. EUA/1051, em preto o branco.

] O CRIME NAO COMPENSA (Knock on onydoor), de Nicholaa Ilay. Com Humphn?y Bo-gari. John Derok e Susan Perry Versão dubla-da em portugfuôa As 22h

ThrlUor jurídico sobro um advog-iuio quotenta livrar da justiça um rapaz que vive motidoem encrencas. EUA/1948, om preto o branco.

• Toda a programação o fornecida pelaorganização do FootRiO o está sujeita a mudan-ças do ultima hora. E aconselhável confirmarpor telefone, junto àa salas do exibição.

HOJE NO RIODivulgação

mmMWMm.OS INTOCÁVEIS (Tho untouchablos), doBrian de Palma. Com Kevin Costner. SeanConnory. Roburt de Niro o Charlos MnrtinSrriíth, Metro Boavista (Rua do Passeio, 62

2-10-1291) TlJucu-Pulaco-l llíua Condo doBonfim. 21-1 — 228-4610): 14h. 10h20mm.I8h40min, 2lh. Condor Copacabana (RuaFigueiredo MaKolhàeB. 280 — 255-2010).Largo do Machado 1 (Largo do Machado. 29

205-0842): 14h30nnn, 16h20min.tahiOmin, 20h. 21hS0min. (14 anos). Con-tinuaçòes

Reconstituiçao da história de Al Capo-ne, famoso ganga ter do Chicago nos anos30. e de sou perseguidor implacável, o agen-te fodoral Eliot Noas EU A'J 087.

9 SEMANAS E 1 2 DE AMOR (» 1 2 Wouka).de Adrian Lyne, Com Miokey Rourke o KimBaslnger. Comodoro (Rua Haddock Lobo,145 — 264-2025) do 2" a 8", as 16h20mm,I8h40min, 21 h. Sábado e domingo, a partirdas Í4h, Leblon-2(Av Ataulfo de Paiva, 301

23D-5048), 14h30min, lflhSOmin.lohlOmin, 21h30mln Lido-2 (Praia du Fia-mengo, 72 — 285-0042) íehsOmin,lGhlOmin. 2 ih30min. Sub. e dom., a partirdas I4h30min, (16 anos). Reapreséntaçóos,

Unia mulher dosquiiada encontra umhomem rico e estranho o os dois passam aviver uma paixão alucinante num curtoespaço de tempo. EUA/1085.O NOME DA ROSA (The namo of tho roso),de Jean-Jacques Annaud. Com Sean Con no-ry, F Murray Abraham e Christian Slator.Copor Tijuca (Rua Condo do Bonfim, 615 —278-1097): 14h. 10h30min, 19h. 21h30miní 14 anosV Rsapresentações.

Dois monges frarioiacanos ostão hospe-dados em um mosteiro onde unia série deviolentos assassinatos acontecem mistério-samonte. Como um sherlook Holmos médio-vai, o monge mais velho o seu jovom apren-diz. iniciam uma investigação para esclaro-cor os cnmos. Baseado no romance do Um-horto Eco. Co-produçâo-1088VERA (Braailolro). de Sérgio Toledo. ComAna Beatriz Nogueira. Raul Corte/.. AídaLèirior e Carlos Kroeber, Lagoa Drlvo-ln(Av Borges de Medeiros, 1420 — 274-7900):20h30min e 22h30min. Cândido Mondes(Rua Joana Angélica. 03 — 207-7098) I4h.1 5 h 3 0 m i n. 1 7 h . 1 8 h 3 O m í n, 2 o h .21h30min. (18 anos) Reapreaentaçòes.

Menina órfã. criada em instituições pa-ra menores, assume uma personagem mas-culinlzada para se impor as o vi trás moni-nas Produção de 1088 que recebeu o.rii Bra-BÍlia os prêmios de melhoratriz. trilha sono-ra o som. No Festival de Berlim reoebeu oUrso de Prata de melhor atriz

ESTRÉIASA HORA DAS CRIATURAS — Du Stephen He-rek. Com Doo Wallaco Stone, Billy Orêeri Buah,M, Elmmot. Walsh o Scott Orimos Paluclo-l(Rua do Passeio. 40 — 240-0541): íah-iOmin.15h30min. 17h20min, lOhlOmln, 21I1. Amérl-ca (Rua Condo du Uonfim, 334 — 204-4240),Harra-1 (Av. das Américas, 4.006 — 325-0487):Copacabana (Av. Copacabana, 801 — 255-0953) Madure ira-2 (Rua Dagmar da Fonseca,54 — 300-2338). São Lulz-1 (Rua do Catete. 307— 285-2200). I4hl0min, íoh. 17h50miri,

I0h-10min. 21h30min, Ramos (Hua LoopoldinaHugo. 52 — 2301389): 15h30mln. 17h20mln,lGhlOmin. 21h. (14 anos)

Dois generosos caçadores descobrem quoos krites quo fugiram de sua galáxia estão numestranho planeta azul, Numa pequena fazendado Kansaa, entretanto, a família Brown naopoderia imaginar que o que pensavam ser umbando do caos oram pequenos objetos do dentesafiados conhecidos por seu apetite lotai om umdistante o enorme asterôide.ADOIIADORKS DO DIABO (The BellovorK). duJohn SchloBinger. Com Martin Sheon o HelenShaver. Odoon (Praça Mahatmo Gandhi. 2 —220-3835). Tijuca (Rim Condo de Ronfim. 422— 264-5246), Madurolra-1 (Rua Dagmar daFonseca. 54 — 300-2338): 13h30mln.15h30niin, 17h30min. 10h30min. 31h30min.Borra-3 (Av. das Américas, 4.000 — 325-0487).Opura-1 (Praia de Botafogo. 340 — 552-4045),Roxy (Av Copacabana. 045 — 236-0245), RioSul (Hua Marquês do S. Vicente, 52 — 274-4 532), Sao-Lulí-2 (Rua do Caleto, 307 — 285-2290): 14h, lOh. 18h. 20h. 22h. Art-Moyor(Rua Silva Rabelo, 20 — 249-4544), Olaria <RuaUraiios. 1.474 — 230-2000). 15h, 17h, llih.21h. (i^ anoe) Com dolloy — storeo em todos oscinen 'ü.

M. **">rio o oculünino. Um pBicOlogo mudaoe com o f.iho porn Jova Iorque, após a mortedo suu esposa, o inicia um trabalho do ajuda apessoas que sofrem de tensão e fadiga no traba-lho. Elo acaba por onvolver-se com o passadopagão o o presente racional, devendo talvezsacrificar sua ciência .. ovi mesma a vida.CONFISSÕES DE UM ADOLESCENTE (Brlgh-ton boach momoírs). de Gene Saks. Com Jona-than Silverman, Blythe Danner. Bob Dishy,Brian Drillingor. Staoey Glick Largo do Ma-ohado-2 (Largo do Machado. 20 — 205-6842):I5h, 17hl0mln; ioh20min. 2ih30min. Art Fa-shlon Mall-1 (Eslrada da Oávoa. 800 — 322-1258): lOh. 18h. 20h. 22h. Sab odom. a partirdas 14h. Art CasaShopping 1 (Av. Alvorada.Via 11.2. 150 — 325-074 6). 17h. lOh. 21h. Sab.e dom. a partir das 15h

Um jovem do 15 anos tonta descobrir osmistérios da vida. mas sua família esconde deleas pistas. A historia 6 contada pelos olhos dorapaz que através de um jornalzlnho registraas experiências familiares, para quo, segundoele, quando crescer e ficar louco, o mundosaiba o porquê EUA'198tí.O PREÇO DO PERIGO (Tru prlzu of porll). doYvoa Boissot. Com Michol Piccoli. Gorard Lan-vin, Marie-France Pisier o Andreax Ferruolo.PalOolo-B (Hua tio Pasüeio. 40 — 240-6541).13h40min. 15h30mln, 17h20nnn, lOhlOmln,2lh Barra-2 (Av. das Américas. 4.666 — 325-6487). I4hi0min. lflh. 17h50min. 101i40min,21h30mm Sab. e dom, a partir das I4h. TljuoaPalaoo-2 (Rua Condo du Bonfim. 214 — 228-4010): 14h30min, 17h20min, lohlOmin. 21hClnoma-1 (Av. Prado Júnior. 281 — 205 2880)l«h. 17h50min, 19h40nün. 21h30min Sáb. odom, a partir das I4hl0min. (14 anos)

Candidatos do um programa de TV tipomundocão europeu subrnetem-ae a uma porse-guição implacável, acompanhada por helicóptoros o câmaras, para ganhar um gordo prêmioSó que a brincadeira pode terminar em morteFrança/1984.O EXTERMINADO» DO SÉCULO 23 (Tran-cora), de Charlos Hand Com Tim Thomurson.Helen Hunt. Michael Stefanl e Art La Flour.Vitorio (Buri Senador Dantas, 45 —- 220-1783)i4h, I6h40mln, 17h20min, íoh, 20h40min

-.-. -: V - '- ¦-:'¦' -"''¦' ¦ ."><¦''¦¦ ÍV-.:- Vi.!'-:]'. «¦ ', :f»»* '...'..... '' v *. * .:¦-*¦ f. w": .'. ¦' - - .¦>*.¦-.; a -.s, ¦¦-¦* :- . ^-:" ¦<.¦-::-'--.":> :.:¦:¦¦*,.'> .v ¦*- ' .- •*'«?*.; -¦ v^?" -:-y--. ¦* \ ' '

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Shelley Long é a inimiga de. Bette Mirílcr cm Que sorte danada.;., filme de ArthurHiller. Na comédia de ação. cias interpretam duas atrizes que se odeiam, mas.

envolvidas numa perigosa aventura, acabam tornando-se grandes amigasCarioca (Rua Condo do Bonfim. 338 — 228-BI78) Opera-2 (Praia de Botafogo, 340 — 552-4045) Stúdlo-Catiito(KuadoCatuto. 228—205-7104): 14h50min, 10h30min, lBhlOmln,10h50min. 2lh30min Madurelra-3 (Rua SiloVlconto. 15 — 503-2140): 14h20min, íoh.17h-iomin. 19h20mln, 2ih. (10 unos)

As coisas nao so tornaram boas. Estamosno sôcvilo 23 e Angel City foi o que sobrou deLos Angeles depois de uma submersão, e umpolicial engraçado tem a missão do eliminar os"arrepios" cósmicos quo ainda rondam pelacidade.

CONTINUAÇÕESO LIMITE DA TRAIÇÃO (Extromo prujudloe).do Waltor Hill. Com Nick Noite, Powors Uootho.Michael Ironsido o Maria Conchita Alonso.Pathé (Praça Floriano, 45-— 220 3135): du 2* a0". às 12h. 14h, lOh, 18h. 20h. 22h. Sábudo udomingo, a partir das 14h. Art-TIJuoa RuaConde do Bonfim. 400 — 254-0578). Art-Madureira 2 (Rua Dagmar da Fonseca, 64 —390-1827), Parutodoa (Hua Arquias Cordeiro,350 281-3Ü2H) 15h. 171). iüh. 21h. Art-Fashion Mall 3 (Estrada da Oilvua. 809 — 322-1258): rio 2a a U". lis 18h, 18h, 20h. 22h. Sábado

o domingo, a partir das 1-lh Art-Cftsashopplllg2 (Av. Alvorada, Via 11,2.150 — 325-0740). do2° a 0a. as 17h, lOh, aih. Sábado o domingo, apartir das 16h. Urunl-Copuoabana (Rua BarataRiboiro. 502 — 250-4688): 14h. lOh, 18h, 20h,22h (18 auoB).

Policial do açáo sobro sola ox-soldadofl ofl-olalmente dados como mortos om aoao, mas

quo OBtáo bom vivos o trabalhando numa socro-tu. o imi>ortanto missão. EUA, 1086.

RADIO PIRATA (Brasileiro), du Loa! Rodri-guuii. Com Lídia Brandi, Jaymo Ponard. OHwal-do Loureiro. Maria Zilda e partiolpaçílo doMarina. Palácio (Campo Grando): I5hm10h30min. 18h, 10h30mln. 21h. (14 anos).

Num furgão transformado om radio pirata,casal du namoradOB tonta mobilizar a opiniãopública, denunciando escândalos e corrupçãonum Centro do Processamento do Dados. Pro-dUÇ&O de 1087

QUE SORTE DANADA... (Outragoous furtuno).du Arthur Hiller Com Betto Midlor. ShelleyLon£. Peter Coyotee líoborto Prosky Baronesa(Rua Cândido Hunlciom 1747 — 300-5745).15h. 17h. lOh, 21h. (14 anos).

Comédia sobro duas atrizes, que so dotes-tam, mas vóom-so obrigadas a so tornar amig*aspara conseguir sair com vida do uma aventuraperigosa. EUA 1087

LA DAMDA (Lu Bamba), do Luiz Valduz. ComLou Diamond Phillips. Esai Moralus. RosanaDo Soto o Elizaboth. Pona. Art-Madurolra-1(Shopping Contor de Madureira — 300-1827).Brunl-Tljuoa (Rua Condo do Bonfim; 370 —254-8075). Bristol (Av. Ministro Edgard Romo-ro. 400 — 301-4822). 16h. 17h. I9h, 21h. Art-Fashion Mall 2 (Estrada da Qavoa. 800 — 322-12581; Do 2" a 0a. àa íoh. 18h. Sábado udomin-go, a partir das 14h Art-Casashopping 3 (Av.Alvorada. Via 11. 2.150—325-0740). du 2" a 0".iVs t7h. 10h, 2ih, sábado e domingo, a partirdas I5h. (14 anoa).

O filme conta a historio du um jovum oporá-rio muxicano da Califórnia. r(uo so tornou astrodo rock numa carreira que durou apenas Bmoooo o c]uü transformou om mogassucusso amusica La Bamba EUA 1080.O PAIS D08 TENENTES (Brasiluiro). do JoãoBatista du Andrade Com Paulo Autran. BuzaForraz. Cássia Kiss o Carlos OrugOno. Jola (Av.Copacabana. 080— 255-7121): 15h20mm. 17h,18h40min. 20h20min. 22h. Domingo a partirdas 17h. (10 uno»)

Aos 80 anos, um gonoral da nisurva faz umbalanço da sua'vida rolembrando-so do váriosmomentos da vida política u niilitur braailaira.Produção de 1980.LEILA DINIZ (Braslloiro), de Luiz Carlos La-corda, Com Louisu Cardoso. Diogo Vilela. TonyRamos. Mariola Severo, Stónio Oarcia. AntônioFagundos. Carlos Alberto Hicculll e JosO Wll-kur. Arv-Fashion Mall 2 (Estrada da Gávea, 800— 322-1258): 20hl0mín, 22h. (14 anos).

A vida da atriz LeilaDiniz. revolucionaria oavançada para sua ú|wca. porsuguldu por suasidéias sobro comportamento e amor livre, numafasu marcada pola fortu rupreauoo lYoduçáo du1987,AS BRUXAS DE EASTWICK (Tho wltchos ofEastwlok), rio Ooorgu Mlllur Com Jark Nichol-son. Chor. Susan Sarandon u Miohelle Pfuiffer.Lldo-i (Praia do Flamengo, 72 — 285-0042). do2a a 0*. às 16h50min, lohlOmin, 2ih30min.Sábado o domingo, a partir das I4h30min. (14anos)

Três amigas envolvem-se com um oxcòntri-co homem, quo aparece na pacata cidade ondu

moram, o torna-se responsável por estranhosepisódios quo modificam a rotina de todos oshobiuintes. EUA1987.CRACK — CONEXÃO DA MORTE (Tho crackconnoction), do IIojo Gios Com Gotz Qeorge,Claudia Mesanor. Hannes Jaenocke o Wolf ramBerger Bruni-Molor (Av Amaro Cavalcanti,105 — 501-2740). 15h. 17h, lOh, 21h (14anos)

Dtitotivo tonta salvar uma jovem, que eloconhece desde menina, e que esta envolvidacom traficantes de drogas que freqüentam adiscoteca onde trabalha. EUA 1087

REAPRESENTAÇÕESUM SONHO DE DOMINQO (Un diamanche a Iacampagne), de Bertrand Tavernier. Com LouisDucrezux, Sabine Azema, Michol Aumont. Ge-nevieve Mnich o Moniquo Claumette. Paissan-du (Rua Senador Vurguoiro, 35 — 265-4053V14h30min. ídhzomin, lühiomin. 20h,2ih50min (Livre)

Baseado no livro Monslour Ladmlral vaBientot Mourir. de Pierre Bost. A ação se passaem um único dia. um domingo do verão, quan-do um velho pintor de 75 anos recebo a visita doseus filhos, em sua casa no campo. Produçãofrancesa do 1084.MEU MARIDO DE BATOM (Tênue de soiroo),do Bertrand Bliur. Com Oórard Dopardleu. Mi-chol Blanc o Mlou-Miou Rlcamar(Av Copaca-bana. 300 — 237-0032) de 2"a0". Os 18h. 18h.20h. 22h Sábado o domingo, a partir dos 14h6a feira náo serão exibidas as sessões das 20h o22h. (18 anos).

Historia do um estranho triângulo amoro-so. Casal pobre conhece um assaltante o passa alevar uma vida cheia do omoçõoa o aventuras,mas o que o ladrão pretende mesmo o roubar ohomem para si Prêmio de melhor ator (MicholBlanc) em Cannes França. 1080.A OAIOLA DAS LOUCAS (La oago aui folies),de Edouurd Mollnaro Com Ugo Tognazzi, Mi-chaol Sorrault. Michol Galabru. Clairo Mauriore Remy Laurente. Coral i Praia de Botafogo. 310— 551-8040). 14h30min. íehaomin.íehlOmin. 20h. 21h50mln (14 anos).

O casamento de dois jovens acaba virandovim escândalo quando a família da noiva desço-bro que o noivo ò filho de um homossexual,dono de uma boate de travestis Comedia basoa-da na peça de Joan Poiret França 1079

EXTRASVELUDO AZUL (Bluo velvut), do David Lynchcom Kyle MacLachlan Isabetla Rosselllni. De-nis Hopper e Laura Dern. À meia-noite, noCândido Mendes. Rua Joana Angélica. 03. (18anos)

Numa pequena cidade americana, a histó-ria do quatro personagens —, um ostudante.uma cantora, a filha do uni detetive e ummatador psicótico — entrelaça-se, envolvida emsensual mistério EU A1080SAOARANA; O DUELO (Brasileiro), du PauloThiago Com Milton Moraus, Ilala Nandi. JoolBarcelos o Atila Iôrio. Às 16h, no Clnoclu-boComendador Gtunedebò. Hua Benedito Hipóli-to. 125A OPINIÃO PUBLICA (Braailolro). documenta-rio do longa metragem de Arnaldo .labor As18h. no Musou de Astronomia u Ciências Afins,Hua Gal. Bruce, 586 Entrada franca

Depoimentos de donasdo casa. estudantes,funcionários públicos, com som direto, in-cluindo na montagem comícios políticos, ma-nifestaçóes de misticismo Paiduçao de 1067.

PERTO DE VOCÊ

SHOPPINOSART CASASHOPPING 1 Conflssõos de umadolescente i7h, lüh, 2lh Sab. e dom , apartir das 1 OhART CASASHOPPINQ 2 — 0 limite do traioaodo 2" u 0". as I7h, lüh. aih. Sábado o domingoa partir das 15h < 18 anos)ARTCASASHOPPINOa - La Bamba riu 2" n D".às 17h, lOh, 21h. Sábado o domingo, a partirtias I5h, (14 anos)ART FASHION MALL 1 — ConflBsóOH de uraadolescente: íoh, 18h, 20h. 22h Sab. e dom , apartir das MhART FASHION MALL 2 — La Bamba du 2" a 0*.às lflh. lfcth. Sábado o domingo, a partir dasI4h Loila Diniz, 20hiomin, 22h (14 anoslART FASHION MALL 3 O limite da tralcáode 2" a 0", às 101), 18h, 20h. 22h. SAbudo udomingo, a partir das 14h. tl8 anosiART FASHION MALL 4 — FestRio Olhar feinl-nino e o ciclo As reprises quo deram cortoHARHA i — A Hora das criaturas MhlOmin,lOh. 17h50min, 10h40min. 2ih30mm11 AH HA 2 O preço do perigo: 14h lOmín, 16h,17h50min. lüh-lOniin. 2!h30min. (14 anos)BAHHA ü Adoradoros do diabo I4h, lüh.18h. 20h, 22h (18 anos).RIO-SUL — Adoradores do diabo, l-lli. 101),18h. 20h, 221) (16 unos)COPACABANAART-COPACAI1ANA FesRlo Os melhores domundo.BRUNI COPACABANA • O limite da traloAoI4hf lflh. lflh, 20h, 22h fia anos)CINEMA 1 •-- O preço do perigo; lüh,i7h50mín, J0h40min, 2ih30min Sab. o dom..a uartir das WhíOmin. U4 anos)

CONDOR COPACABANA - Oo Intocáveis14h30mln, uihaomin, lBhlOmin. 20h,21hB0mln (14 anos),COPACABANA — A Hora das criaturasl-lhiomin, lOh. 17h50iniii. Iüh40mln.21h30mln (14 anos)JÓIA — O pais dos tenentes 15h20min, 17h,I8h40min, 20h20mln, 22h. Dom , u partir dasI7h (10 a nus)HICAMAH Meu marido do baton do 2" u H".us íoh, iBh. 20h, 22h. Sábado o domingo, apartir das I4h. (18 anoa).ROXY - Adoradores do diabo i-ih. lflh. lHh.20h. 22h (10 anos)STUDIO COPACABANA -- FoaRlo: Os molho-ros do mundo.

IPANEMA E LEBLONBRUNI IPANEMA - FestRio Cinema Brllá-niooCÂNDIDO MENDES - Vera Mh. lSh30mln.17h, I8h30mln, 20h, 21h30min (18 anos)

LEBLON* 1 — FosRio: Cinems amuricunoLEHLON-2 B 1/ü semanas do amorI4h30min. lOhBOmln, lOhlOmln, 21h30min(Í4 anos)

HOTAFOOOCINECLUBE ESTAÇÃO BOTAFOGO — FoatRIoTesouros daa Cinematooas o Around MldnightBOTAFOGO Neusoso sexual 14 h.10h50min, 10h40min (i8anoa)CORAL A içaiola dos loucas 14li30ni.Iflh20min. íahiomin, 201). SUiGOniin. (14

OPERA-1 — Adoradorus do diabo 1-lh. lflh.lSh. 20h, 22h (10 anos)OPERA-a — O exterminttdor do sôoulo 2íi14h50min, lOhOOmln. lBhlOmin. lBhBOmin,2 lhaomin. (io anos)VENEZA — FestRio A oompotlçao na cidadeSCALA —Jovens mocinhas para supertarados141). 17h, 20h (18 anos).

CATETE E FLAMENOOLAKUO DO MACHADO-1 — Os IntooavolsI4h30mln, 10h20mln, IShlOmln. 20h.2lh50min, (14 unos).LARQO DO MACIIADO-2 Confissões de umadolescente: 15h, 17h lOmin. I0h20mlniSihOOmln (14 anos).LIDO-1 — As bruxas do Eastwick do 2H a Üu, áslohsomin. lOhlOmln. 21h30min. SAhano edomingo, a partir das 14h30mín.(14 anos)LIDO-2 -- 0 lü Bomahas de amor 16hS0min,lohlOmin, 21h30min Sáb. o dom , a partir daaI4h30mln. (10 unos)Domingo a partir das 17h (14 anos)PAIS8ANDU NOSTALGIA Um sonho do do-mlngo l-lh.')0min, lQh20mln, íHhIOmín. 20h.2lh50min (LivreiSAO LUIZ-1 A Hora das criaturas14h'òmlri. lOh, I7h50mln, 10h40mln,21 hSOmln. £ 14 anoa).SÁO LUIZ-2 Adoradoros do diabo 141). lflh,18h, 20h. 22h dfl anosiSTUDIO CATETE O oxtormlnudor do século23 14h50min, inhaomui, íahiomin,lühDOmin, 2lh30min (10 anos)CENTROODEON Adoradores do Diabo tahnomln.tí>h30min. i7hnomin. íohsomln, athaominflü anos)

METRO BOAVISTA - Os Intocáveis; 141),ioh20min. I8h40min. Clh (14 anos)PALÁCIO-1 — A Hora das criaturas13h40min. 151i30min, 171i20niin, lOhlOmln,21h. (14 anos).PALÁCIO-C — O preço do perigo I7h40min,I5h30min. 17h20min. lohlOmin, 2ih. (14anos).PATHÉ — La Bamba do 2" a 0". ás 12h. 14h.16h, lflh, 20h, B2h, Sábado o domingo, a partirdas 14h 114 anos)OHLY — Jovens mocinhas para supertaradosdo 2a a 0" ás lOh, llhSOmin. 13b, I4h30mln,18h, 17h30min, lOh, 20h30min Sab e dom. apartir das 14h30min (18 anos)HEX Nlnfotas Ardentes de 2" a 6a, as 12h.l -ih-lOmin. 17h20min,20h Sábado o domingo,às i4h, I6h40min, lD20mtn. (18 anos).V1TÕHIA O oxtorminador do séoulo U3 l4h,I5h40niin. I7li20min. lOh, 20h40min. (10anos).

TIJUCAAMEHICA — A Hora das criaturas MhlOmin.10h, 17h50mlll. lOlHOnun. 21h30min (14anos).ARTTIJUCA- O limita da traição IBh, 17h.lOh, 21h (18 anos)BRUNI TIJUCA - La Bamba. 15h. 17h, lOh,21h. (14 anos)CAHIOCA - O oxtorminador do século E3l4hG0min. 16h30min, lBhlOmin, ltíhoomin,21h30mln. (10 anoa),COPER TIJUCA — O nome da rosa. 14h,lOhlOmln, mh. 21h30mln. (14 unos)COMODORO — 11 1 B semanas de amor do 2a a

0a, ás I0h30mln. 18h40min. 21h Sábado odomingo, a partir das I4h (16 anos)TIJUCA — Assassinato noa Estados UnidosI4h50min. 18h30min, IShlOmln, lOhBOmln,21h30mln (14 anos)TUUCA PALACE-1 — Os Intocáveis 1-ltl.I6h20min, 18h40min, 21h. (14 anos).TIJUCA PALACE-2 — O preço do perlRO15h30min. 17h20nun. lOhlOmln, 21h. (14anos)

MEIERARTME1ER — Adoradoros do diabo 15h, 17h.lOh. 21h. (10 anos).BRUNIMEIER — Crack — Conexão da mortelõh. 17h. lOh. 21h. 2lh (10 anos)PARATODOS - La Bamba 15h. 17h, 101). 211)(14 anos)

RAMOS E OLAHIAHAM08 — A Hora daa criaturas I6h30nnn.17h20min, lOhlOmin, 2lh (14 anoslOLARIA — Adoradores do diabo 15h. 17h.lOh, 21h (10 anos)

MADUREIRA E JACAREPAOUAAHT-MADUREIRA I — La Bamba IBh, 17h.lüh. 21h 114 anoslART-MADUREIlta II — O Umlto da traiçãoIBh. 17h, lOh. 21ll (1H anos)ASTOH -- Jovona mocinhas pura supertaradoswll. iBhaomln, I7h. 18h30mln, 20h,Slhaomtn. 118 anos)BAHONESA Que Sorte Danada IBh. 17h.lflh, 21 liBRISTOL - La Bamba IBh. 17h. lOh, 2lh (14anos),

MADUREIRA 1 — Craok — Conexão da morteI5h. 17h, 19h, 21h (14 anosiMADUREIRA 2 - A Hora das criaturasUliiomin. lOh. I7h50min. 19h40mín,2ih30min. (14 unos)MADUREIRA 3 - O extorminador do século83: 14h20min. lflh. 17h40min, lühíOmin.21h (10 anos)

CAMPO GRANDEPALÁCIO — Radio Pirata. 15h. lBh30min.18h, 10h30mm (18 anos)

NITERÓIARTEUFF — Plstoon WhíOmin. 10h40mln,19h. 2ih20min (18 anos)W1NDSOR (717-0280) — O limite da traição15h. 17h. lOh. 21h (18 anoslCENTER — i?i 1-60001 0 1 B semaium de amor14h30mln, lühBOuün. lBhlOmin. OlhOOmln.(Ití anos).CINEMA-1 — O preço do perigo: 14h. lflh. 18h,80h. 22h.(14 anos).NITERÓI (717-B3BB) — Assassinato nos Esta-dos Unidos: MhlOmin. IBh. I71i50mln,I9h40min, 2 1h30mln. (H anos).NITERÓI SHOPPING 1 — Diabo no corpo; IBh.17h, IBh. Blh. (18 anos).NITERÓI SHOPPING 2 — La Bamba: IBh. I7h.IBh, aih. (14 anos).ICARAÍ (717-0120) — Adoradores do diabo:lBh30mln, i7hUomtn. BlOliOOmin, Clhaomin(iti anos).CENTRAL (717-0307) — A Hora das criaturas:14hl0mln, 18h, 17hOOmln, lBh40mln,aih30min< ti4 anos).

JORNAL DO BRASIL

AMANHÃ

Veneza(Av. Pastour, 184 — 295-8349)

Dlvulgaçflo"^Y^mWlBm

Mostra, A Competiçãona Cidade

i I ATUAÇÃO FATAL (Fatal ottnu _on). <lnAdrian Lyne Com Miohaol Douglas, OlonnCIobu t- Anin» Aro hor Com logondoa om portu-ffuôa Ah !4h o IOh

Aventuro do um fim do semana entroadvogado bom>_ uoodldo o mulhor Indopondento acaba om tragódlo quando otei, pura vingar-bo do Ler Hiiin abandonada, persegue a famíliadolo EUA/10B7.'„; CUIDE DA SUA DIHEITA (Snignii ta ilrolt).do Joun-Luc Godard. Com Jacquos Villorot,Jean-Luc Godard o Rita MltaiuKo, Com logon-dan om português Ah nUi_omin o _ih;iOm

Fantaaia para atores o cãmera Bulça/1087 Premiado no Festival do Tóquio,

Art-Copacabana(Av. Copacabana, 750 — 235-4805)Mostra os Melhores doMundo.

' ' THE CURE IN OIIANOE — Do Tim Popu ÀaMh-Omlu o HlhSOminÜocumontáno sobro o grupo do rock Tho CuroVersão original, sem legendas. Ingla-torra 1987

' O FILME PREMIADO NO FESTRIO - Ofilmo ganhador cio Tucano do Oura som exibidoàs 17h.P O IÍODO (O bobo), do Joh_ Álvaro MnrnlaCom Fernando Heitor, Paula Quedos, Luis Lu-cab o Lulsa Marques As UCh

A montagem de uma poça toma-so o panodo fundo para uma demiti nada historiado amoro um dramático retrado da vida dos atoresPortugal'19B7. Orando prêmio no Festival deLocarno

Studio-Copacabana(Rua Raul Pompóia, 102 — 247-8000)

fS?7 ' ' '"' '<NlÉlS. * IP " ' ** _$$_& '¦'" M

/.¦_.___. :~:/''''-i_ii__-i :;: ..____!___& j

^'¦;.;ú.rjiiMy*j:'-:'-niVW(lvww" —--_.______¦__.. ,111 iWrTp__i__f_-_r_vti_ wr. irfxioido hors-concours, Sammy e Rosie c um dosmelhores fumes do FestRio com sua crítica à sociedade

inglesa pela ótica dos marginalizados. Passa as 18h30minna Cinemateca do MAM

Mostra Os Melhores doMundo

POLICIA (1'ollco). du Maurice 1'lalat ComQorard Dépardieu, Sophie Marceau o SandrinoBonnaire. Com legendas em português. Às14h.

Policial, quo investiga o tráfico do dro-gas. tam uma relação conflituosa com protititu-ta, dividido entro o amor quo sente por ola o a -nwcossidado do intima-la como testemunhaFranç__9B4._ SANTA TERESA DO MENINO JESUS (Thl.ròoo) do Alain Cavalier. Com Catherine Mou-chet. Aurore Prieto o Sylvio Habautt. Com lo-gondas om português. I6h30min o 21 h30mln.

Histórica do profundo e obsossivo amordo jovom noviça por Jesus Crtüto. Ela entrapara o convento o morro tuberculosa om 1807 oaua tumba vira lugar do peregrinaçãoFrança/1986

; SOU O SOL DE 8ATÁ (Sous le nolutl doSatan). do Maurico Pialat Com Oorard Depor-diou, Sandrine Bonnaíre o Alain Arthur Comlegendas om português. Às I9h

Basoodo no romance do Ooorgo Morna-nos Jovom vigário vivo obcecado com a oxin-tônota do mal e decido combatê-lo, pensandover Satonde em todaa tm partos, inclusive nafigura de uma jovem e bola muilior. Fran-çn/1087. Palma do ouro no Festival do Cannos.

Art-Fashion Mall 4(Estrada da Gávea, 890 — 322-'.258)

Mostra Olhar Feminino e AsReprises Que DeramCerto /Júri BD DONA MARY (Mlss Mary). do Maria LuisaBunborg Com Júlio Christío. Curta Quero mos11» ondas do ar. do Tutu Amoral (Uriiaiil Comlegendas em português Às lõh

Filmo da mesma diretora do Camila Ar-gentlno/ 1087.: ' V1SITANTE8 INDESEJÁVEIS (Dudoa). doPonelope Spheorla Com Daniel Hoobuok e JohnCryor. Curta A mulhor fatal encontra o homomideal, do Carta Camurati (Brasil). Versão ongi-nal, som legendas. Aa 17h.

Três jovens punks viajam ato o Oesteamericano, encontram um grupo de cowboys oa antipatia 0 imediata o mutua. Um dos oow-boys mata um dos garotos o os outros resolvemvingar-se EU A 1087.' : CURTA TEMrORADA(Hig)lsoason), do Cia-re Peploo Com Jacqueline Bisset, James Fox,Irene Papas o Sebastían Shaw. Curta A mulhorfatal encontra o homem ideal, do Carla Camura-ti (Brasil) Com legendas om português. Às2011.

Durante o verão numa praia da Grécia, as

rotações entro um grupo do pessoas, quo divi-dom o mesma casa. oscilam entro a tragédia o acomédia, como no episódio om quo um dosinquilinos quebra um vaso prociosíanimo quosoria vundido para pagar dividas. Ingla-lurra/1080.D O INCRÍVEL EXERCITO DRANCALEONE(__'Armatta Branouloono). do Mario Monicolü.Com Vütorio Oaüsman, Cathorino Spaak o OlanMaria V olontó. Com legendas om portuguêsAs SHh.

Sátira contando as aventuras do heróiquixotesco, na [dade Media, envolvido comavonturolros qua pretendam roubar um porga-mlnho que dtt direito à posso do um feudo.Itália/1085.

Cinemateca do MAM(Av. Beira-Mar, s/n" 210-2188.

MostraMundo

os Melhores do

I ] SAMMY E ROSIE (Sammy and Knuin). doStophon Froars Com Sashl Kapoot, AyubKhan. Francos Harbor o Roland Üift Com le-gondas em português Ah ÍShSOmin

Do mesmo diretor do My Beauttful Laun<drotto, o fllme mostra p relacionamento entroum contador paquistanês o uma ossistonto so-ciai inglesa, Sua relação chega a um impassequando o pai dolo vem morarem Londres o elosresolvom procurar maior Individualidade. In-glaterra/l 087.! 1 LUZ (Yoolen). do Sou ley mane Cisso. ComIssiake Kano, Aoua Sangaru o Niamanto Sano-go. Com legendas em espanhol. Au 20h30mln

O filmo narra a travessia entro a infânciao a maturidade numa aldeia africana através dorito do iniciação de um jovem que recebo a

missão do comandar a» forcou locais O piil,para evitar quo lho aconteça O iiiuiiiiih quo aoaoutros (pie rocoboram a mesma missão, planejarnatrt-lo mas a mAo o ajuda a fugir Mal i/l 087Prêmio da Asoooioçoo do Críticos o (liandoprêmio do júri em Connoa

Bruni-Ipanema(Rúa Viscondo do Pirajá, 371 —521-4600)Mostra Cinema BritânicoG MINHA LINDA LAVANDERIA (My boautl-fui laiindrotte), do Stophon Froars ComOordonWurnocKo, Roshan Soth O Daniel Day LewisCom legendas om português A» Mh o mola-nòlto

O filme so passa na comunidade paquis-tunesii do Londres o tom como cena no a tonnaosocial o a pobrossa dos subúrbios londrinos,lnglatorra lí)üü Vencedor do FestRlo ano pas-nadoG O MENINO DO AMOR (Tho lovo ohlld), doHobort Bmtth, Com Sheila líancoclt, Peter Ca-paldi o Peroy Horbert, Com legendas om portu-guós Ao lÔhOOmin,

Comódla «obro o otimismo o contra o baixoastral na história do um Jovom Inocente o auaavó, quo pretende agarrar com ambas as rrnini.todos aa oportunidades que lho surgom Ingla*torro. 1087.? RITA. SUE E HOR NU (Rita, 8ho and Ilnhtoo). dü Alon Clark Com George Costigari,Bíobhan Flnnoran o Mloholte Unimos As íoh.

Comédia de costumes om torno do trêspersonagens, duna jovens quo trabalham comobaby-sltters o acabam sendo seduzidas polodono da casa Inglaterra/l987,G VENENO BRANCO (WhlUi MlBolilef). dnMichael Radiem! Com Geraldino Chaplin, JossAckland e Orota Scacchí Com legendas omDortuguôH Aa BlhOOmln.

Nos últimos mosoa do 10.0, a colôniaInglesa no Quênia ora um lugar intocado ondea aristocracia divertia--o om festas o pequenosadultérios atí_ quo a chegada do um casal pro-voca triângulo amoroso quo acaba om tragédiaInglaU.rro.UIH7.

Leblon-1(Av. Ataulfo do Paiva, 391 — 239-5048)Mostra Cinema AmericanoQ DRAONET — DESAFIANDO O PERIOO(Dragnet), de Tom Mankiewicz, Com Dan Ay-kroyd. Tom Hanks, Christopher Plummer oHarry Morgan. Com legendas em português,An 14_.

A cidndo de Los Angeles sofro uma ondado atentados, incêndios o assaltos o para com-bate-loa conta apenas com a coragem de doisdetotívoB. O filme é baseado numa série do TVfamoaa noa anos 00 EUA. 1 «87.

Q JOOO DE EMOÇÕES (Houso of gamo»), doDavid Mamot. Com Lindsay Crouse. Jor Man-legna o Miku Nussman. Com logendas em por-tuguós. As IGhí-Oniln.

Thrillor psicológico sobro uma psiquia-tra famosa o autora dobost-sellors que soonvol-ve om jogos perigosos para os pan tar o t«dio dosua vido EUA 1087.

: TOCAIA (Stakeout). de John üadham. ComRichard Droyfuss. Kinílio Estovoz o Mode lei neStowo- Com logondu em portuguos. Às lflh.

Dois detetives começam a trabalhar sob asuporvisõn do FBI. aorvindo do apoio nu tonta-tiva do capturar o assassino do um policial.Com oxibição garantida no Draoll. EUA/1087.

HOJE NO RIO

RECOMENDAÇÃOTHEATRO MUBICAL HRAZILEIRO: 1B14 1B4S

Seleção das musicas mais significativas dotoatro musical pesquisadas por Luiz AntônioMartinoz Correia (também na direçáo) o Mar-Bhall Notherland. Com Nadía Nardíni, AndnmDantas. Annabel Alhornaz, Jorge Maia o FábioPilar Saborosa revisão do um período em quo amusica no toatro brasileiro ora pretexto paracomentar a vida nacional. Com produçãocuidada, cantores afinados e permanente bomhumor, o espetáculo oferece A plat. Ia a possibí-lidado de assisti-lo em estado do puro prazerCasa de Cultura Laura Alvlra, Av. Vieira Souto.176(2.17.80.10). Db'1'4 6a, ao 21h30min;8db .ao _0h e 22h30min. e dom., àa 20h. Ingressos•!» o 5". a CZS 300.00; B" o dom. a CZS 360,00,sáb. a CZS 400.00. Serviço de entrega do in-grossos á domicilio. Duração. 11.30min (18anos).

O ENCONTRO ENTRE DESCARTES E PASCALTexto do Jean-Claudo Brisville. Tradução do

Edla van Steen. Diroçáo do Jean-Pierre MiguelCom Ítalo Itossl o Daniel Dantas Numa monta-gera ascética, rigorosa, quaso geométrica, opensamento de Descartes e Pascal 6 reveladocom força dramática. A dupla de atores conse-gue brilhar num duelo cênico do inteligência eBUtlleza, neste ospetâculo que procura resgatara palavra Teatro da Aliança Franoosa de Bota-fogo. Rua Muniz Barreto. 730.220-41 18) Do4aa sab, as 21h.ll.min odom, as 20h. Ingressos •!"o 5" a CZS 360.00; 0a o dom. o CZS 400.00. silb. aCZ$ 450.00. O espetáculo começa rigorosamon-to no horário, o náo será permitida a entradaapós o sou inicio. Duração: lhl5min (I.ivro).DONA DOIDA: UM INTERLÚDIO — Toxto deAdotia Prado. Direção do Naum Alvos do Souza.Com Fernanda Montenegro Com a mesma sim-pi i cid ode da fala poótica do Adolia Prado, amontagem Dona Doida: um interlúdio sintetizanuma interpretação altamente emocional o téc-nica de Fernanda Montenegro. a força de pala-vras retiradas do umaoxperiènoia literária queho nutre do cotidiano Em lhl&min do espeta-culo, a atriz e a platóia so impregnam do urnaobra que alóm de sua qualidade, se confirmapor sua sinceridade Toatro Dolfin. Rua Humai-tá. 276 (286-4306). Do 4a a sob. às 21h30niin;dom, às 18h o 20h30min. Ingressos 4" o 5" aCZS 300.00, 6a o dom a CZS 350.00; sáb. CZS500.00O MANIFESTO — Toxto do Brian Clark Tradu-çáo do Flávio Marinho. Direçáo do Jonó PossiNeto. Com I3oatri-_ Segall o Cláudio Corroa eCastro Sob a aparência de dívergónciae políti-caa, um casa! faz balanço do um casamento quojá dura 60 anos. A direção sensível e as inter-pretaçôos dolicadas de Beatriz Segall o CláudioCorroa o Castro recriam uma convorsution pio-oe no melhor estilo inglês Teatro CândidoMondes. Rua Joana Angélica. (33 (2Ü7-DB8-.)Do 4a a sáb, ás 2 1 luiomin, vosp 5a, às 17h, dom,ás IOh è 21h30min Ingressos 4a. 5" e dom, nCZS 350,00; u" o sáb, a CZS 400.00 E proibida aentrada após o inicio do espetáculo Duração:lh50min (10 silos)

Divulgação

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i zUeirr. -014—-A4SJorge Maia, Andréa Dantas" c o elenco de Theatro MusicarBrã__comemoram hoje 50 apresentações na Casa de Cultura Laura Alvim. Ã peça mostrauma seleção das 36 músicas mais representativas do teatro musical, no períodoentre as duas grandes guerras

EU TE AMO - Toxto o direção do ArnaldoJabor. Com Bruna Lombardi o Paulo José, omexibição du vídoo, com Ursula Canto, ArnaldoJabor o Ouarocy Rodrigues Teatro do Arena.Hua Siqueira Campos. 143(236-5348) Do 4" a6U, ás aihaomin; sáb, as aoh e 22h30min edom, as 19ho21h. Ingressos a Cz$ 500,00 Nãoserá permitida a entrada após o inicio do espo-laeulo.

DRÁCULA — Ti'Xlo de Hamilton Deano o JohnBaldorston baseada om (iram Stockor Tradu-çáo do Isabel Sobral o Oianni Ratto Adaptaçãoo direção do Ary Fontoura Com Ary Fontoura,Lídia Brondl, Luis Fernando Guimarães, Car-valhinho o outros. Teatro Thereza Raquel, HuaSiqueira Campos. 143(236-1113) De4"a6a,ua21h30rnin, vosp, na, as 17h, sab, as 20h o22h30mln, edom. às IOh e 21h30min Ingres-sos 4a. 5" a 350.00, platéia o CZS 250,00, bulrãoe dom a CZS 400,00 e CZS 300.00. fl" u sãb u CZS500.00 o CZS 400.00 Duração lh45min (16anos)

SEJA O QUE DEUS QUISER - Texto do MariaAdelaide do Amaral Direção do Cecil ThlróCom Rubens do Falco, Marilu Bueno. AlaldoArcovordo. Marcos Walmborg, Tânia Sohor eoulros. Toatro Barrashopplng Av dos Améri.cas. 40(1(1 1» (325.6844) Du 4a a sáb. ás 21h.dom. aa aoh Ingressos a CzS 250(4" u 5") CZS350,00 («" o dom.) o CZS 400.00 (sab ) Todas as4aa o 5aB, dosconto de 60% para estudantesDuração 2h (16 anos)

A CERIMONIA DO ADEUS - Texlo do MauroHasi. Direção du Paulo Mamode. Com SérgioBrito. Iara Amaral, Natalia Timborg e MarcosFrota. Teatro dos Quatro. Rua Marquês do SáoViconte, 52 — 2" andar (874-08051. Do 4a à (3a,ás 2ih. Sáb, às 20h o 22h30min. Dom, às I8h o21h. Ingressos 4" o 5" a CZS 300,00. 6a o dom aCZS 350,00. sàb o foriado a CZS 400.00.

O CASO QUE EU TIVE QUANDO ME SEPAREIDE VOCÊ — Toxto do William Olbson. Direçáode Domingos de Oliveira. Com Priscila Rosem-baum o Bernardo Jablonski Teatro Belas Ar-tos, Av. Olegário Maciel, 162. (300-476U), Bar-ra, 8a, as 21h30min, sáb., as 20h e 22h30minodom..às20li. Ingressos 6a o aab. a CZS 300.00 odom. a CZS 250.00 o CZS 100.00. claaso artiati-ca (14 anos).

UM PIANO À LUZ DA LUA — Toxto do PauloCosar Coutinho. Direção do Cecil Thiro. ComOthon Boatos. Nívea Mana, Pedro Pianzo. Ed-Win Luisi e outros. Teatro Villa-Lobos, AvPrincesa Isabul, 400 (275-0605). Do 4a a 6". aa21h30mÍn, sab. às 20h o 22h30mln o dom, ásíoh o 2i.h30n.in Ingressos -i" e bh aCZS 300.00, 6a o dom a CZS 350,00, sáb aCZS -100.OO. Ingressos á domicílio.

MACBETH — Texto de William ShaltospoiiroAdaptação e direção do Ricardo Kosovski ComMaury Aklandor, Cara Mourthé, Xando Oraça.Edgard Amorim e Marcelo Serrado Toatro Ta-blãdo. Av Lineu do Paula Machado, 705 (2D4-7847) 6a e sáb . ás 21h30min o dom . às 20h.Ingressos a CZ$ 200,00.MATURANDO - Texlo o direção do MarcosCaotano Ribas Com Marcos Caolano Ribas,Rachel Ribas o Rosane Lima. Teatro CacildaBeokor. Rua do Calote, 338 (205-0033). Do 4a asab . ás 21hl5mln o dom , as 20h Ingressos aCZS 250.00 (4a, 5" o dom ) e a CZS 300.00 (0a osab). Duração lhaomtn (10 anos). Ato do-mingo

O ARQUITETO E O IMPERADOR DA ASSÍRIA— Toxto do Fernando Arrabal Tradução doLeylã Riboiro Direção do Ivan de AlbuquerqueCom Rubons Corroa o Raul Qn.olla ToatroIpanema, Hua Prudente de Morais, 824 (247-t_?04j Do 5" a aab, ás 2íhaomin, dom, ás luhIngressos 5a a CZS 300,00 do 0a u dom a CZS360,00.

0 MISTÉRIO DE IRMÃ VAP - Comodiu doterror do Charles Ludlam Tradução o adapta-çáo do Roberto Alhayde. Diroçáo do ManilaPorá. Com Marco Naninl e Noi Latorraon Toa-tro Casa arando. Av Afránlo de Melo Franco.200 (230-1046) Do 4a a sáb. ás 2 1 IlíJOrnin; dom.ás IOh Ingressos 4a e 5" a CzS 350.00; 0a o dom

a CzS 400.00. sab . foriado o vospora do feriadoa CZS 500.00. Todas as soxtas, estudantes do10 a 18 anos pagam CZS 250.00 Duração.Ih45min (10 anos). Entrega do ingressos adomicilio.CAMAS REDONDAS. CASAIS QUADRADOS -Texto do Ray Coonoy o John Chapman Tradu-çáo do João Bethoncourt, direção do Joso Rena-to. Com JonaH Bloch, Angela Vieira, EmilianoQueiroz. Elsio Romar e outros, Teatro Oinásti-co. Av. Oraça Aranha. 187 (220-8304). Do 4" a0a, ás 21h; sáb.. às 20h o 22hl5min. dom., às18h e 21h. Ingressos 4a o 5" a CZS 250,00. 0" aCzS 360.00. sáb.. a CZS 400.00. dom , a CZS300,00

LADRÁO QUE ROUBA LADRÃO _ Texto doDano Fo Tradução do Malu Rocha o HersonCapri. Direçáo do Oianni Ratto. Com HersonCiiprl. Malu Rocha, Amaury Alvares. RosaneOofman o outros. Toatro Olauoo Hooha, Av. RioBranco. 170 (220-0250). Do 4a a 6a o dom . àsIOh; 0a o sàb. as 21h. Ingressos 4° a CZS200,00. 5" a CZS 300,00. 0a e sab. a CZS 400,00e dom. a CZ$ 350.00

NOVIÇAS REBELDES —Texlo do Dan Ooggin.Tradução o adaptação do Flávio Marinho. Dire-çáo de Wolf Maia Com Cininha de Paula ouBotina Vianni. Regina Rostolll, Silvia Mussario outros Toatro da Lagua, Av. Borges do Medoi-ros, 1426(274-7000) Do 4a a 6", áH 2 lh30min,sab.. as 20h o 22h30min,dom , às IOh. Ingres-aos 4a. 5° a CZS 350.00, 0" a dom a CZ$ 400.00;Vosp. 5" a CZS 300,00 Durução. Ih40nun (11anos)

PRIMA COM CHANTILLY - Comedia do LouisVorneull. DIroçâo o adaptação de Paulo Flguoi-rodo o Paulo Afonso do Lima Com Eltzângela,Paulo Figueiredo. Rogério Fabiano o ElianaOvalle Toatro da Praia, Rua Francisco Sá. 88(287-7704) Do4aafla.ás2th30mln.vespdo5".àa 17h; sáb, ás 20h o 22h30mln o dom. ásIBhSOmm o 21h. Ingressos 4a, 5" e dom a CZS300.00. 6" o sáb.. a CZS 360.00 Entrega doingressos a domicílio.OARDEL UMA LEMBRANÇA — Texlo do Munuel Puig Direçáo de Adornai Júnior. ComThalos Pan Chacon, Anuiu Prestos, Betty Ool-man. Ivone Hoffman, Oswaldo Uiuzada o ou-tros Toatro Oaloria, Rua Senador Vergueira,03(225 8846) De 4" a dom, ás 2 1 h I5min. vospde cloliL às 18b Ingressos do 4" a Ua o dom aOZS 400,00. sábado CZS 500,00 Duração.ihBOmin {i-í ano..}LA MALASANORE - Texto do Orisoldo Oam-baio. Diroçáo do Augusto Boal Com MaltóProença, Luciano Sablno, Jonas Mello. CarlosOrognrio. Ana Lúcia Torres o Ivan Sotta. TontroVaiiucoi, Rua Marquês de S Vicente. 52 (274-

7246). De 4a a 6a. às 21h30min Sab. àa2lh30min Dom, ás IOh o 21h.30min Ingros-sob 4a. 5a o dom, a CZS 300.00, (Ia e sãb, a CZS350,00 Duração: lh-i5min (14 anos).A NONNA — Toxto do Roberto Cossa. Traduçãode Olauco Laurelli. Direção de Guilherme Cor-rea Com Wiinda Kosmo. Breno Bonn.. AnaRosa. Jorge Ramos o outros Toatro Vanuooi.Hua Marquês do S. Viconte, 52 3o (274-7246) 2ao 3a, ás 21h30min o de 4a a 0". às 17h Ingressosa CZS 300,00. Duração. Ih30min. (10 anos)QUEM SE QUEIMOU? - Texto do Fernandaliritio. Guilherme Frederico, Marcelo Mollo.Maria Laura o Ricardo Novaes. Diroçáo deMarina Lira De 5a a sab. ás 21 h o dom, àalOhSOmin, na Aliança Franoosa da Tijuoa. RuaAndrade Neves. 315 (208-5708) Ingressos aCZS 200.00 e a CZS 100.00. estudantes.A VIA CRUCIS DO CORPO — Texto do ClaricoLispector Adaptação do Helena Varvaki o Ma-noel Prazeres Com Helena Varvaki FundaçãoCasa de Rui Barbosa, Hua S Clemente. 134 0ao sab. às 20h o dom. àa IOh Ingressos aCZS 200,00 o CZS íoo.oo. estudanteATALIBA • A OATA SAFIRA — Texto de Huiiiilton Vaz Pereira o Fausto Fawcett Direção doHamilton Vnz Pereira. Com Lona Brito, DéboraBloch. Pedro Cardoso o Hamilton Vaz PereiraTeatro da Cidade, Av, Epitácio Pessoa. 1664(287-1145). Do 4a a sab. as 21hü0miii. dom, àaIOh o 81h30min, Ingressos 4" o 5a aCZS 250,00, 0a a dom. a CZS 350,00, o dom (àaIOh) a CZS 300,00.SANOUE NO PESCOÇO DO OATO — Toxto doRaínor Wornor Fassbinder Tradução do Pontesdo Paula Lima. Direção cio Wiíma Dulcotti. ComAngola Valorlo, Marco Antônio Palmeira, Lau-ri Prieto, Regina Rodrigues o outros Museu doArio Modorna, Av Boira Mar. s n° (2 10-2 180)De 4a a fl", iis 21h; sáb às aihaomln; dom às20h. Ingressos a CZS 200,00

HISTORIAS UA HISTORIA — Toxlo o direçáode Joso Muna Rodrigues. Com João Cardoso,Jorge Oonzaga, Jullnho Santos o outros, Teatrodo Sesc da Tijuca. Rua Baráo de Mesquita, 530.6" o sáb. às21h. o dom, ás 20h. Entrada franca.Ato dia 13 de dezembroSÔ PENSO NISSO... - Comédia do Luiz For-nando Vurissimo. Adaptação o diroçáo de Fer-nando Lyra Com Uía Montoz o Dino Romano.Toatro Cawoll; Hua Desembargador Isidro. IO5" a dom, àa aihlBrriln IngTossos 5" a dom aCZS 250.00, 0" o BabaCZ$ 300,0(3 Duração lh(1 tí anos)A MÃE DE NEUROTYKA - Texto do WagnerRibeiro Diroçáo do Fernando BordlichovskyCom Bia Nunes. Cláudio Clayii o Edson FieschTeatro Cândido Mondes, Rua Joana Angélica.

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sábado, 28/11/87 CADERNOS o J

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Atração fatal provocou reações contraditórias noFestival, mas devera ser um sucesso dc bilheteria comonos EUA. Quer conferir? O filme dc Adrian Lyne está noVeneza, as 14h e IOh' ; S.O.S. - TEM UM LOUCO NO ESPAÇO (Rpa-oobaUs), do Mel Brooks Com Mol Brooks, JohnCandy. Rick Morandln o Bill Pullman. Comlegendas em português As aih.-iomln.

Sátira nos filmes de ficção cientifica, comtoques do comedia o loucas trapalhadasEUA/1087

Salafogo

1 do Estação Bota-

Basoodo no romance Uma cidade «/.m <Spoca_,do Shugoro Yamamoto Japao'1070.

Sala 16 do Estação Bo-tafogo(Rua Voluntários da Pátria, 88 —280-6140)

(Hua Voluntários ria Pátria, 88 —_98-ei 49)Mostra Tesouros das Cine-matecas(J DON QIJIXOTE E UMA PARADA, do MiguelIvigado Com Cantmflaa Com logondoa omportuguês Aa íoh

Parodia da celebro histeria do Cervanu.sòndo Don QuLxoto *S um volho bobado o Cantin-fias inujrprtílJi Sancho Pança Produção mexi-canaD NO TEMPO DO ONÇA (Oo wost), do EdwardDuzzell. Com Orouoho, Harpo o Chico Marx.John Carrol o Diana Lewis, Oim logondoa emportuguos Às I7h

Cometi ia alucinante quo começa em Novolorquo o acaba no Colorado onde os IrmãosMarx descobrem o mapa do uma mina.EUA/1B40, em prou. e branco1 I DODESKADEN (Dodoskadou), do Akira Ku-rosawa. Com Yoshitakii Zuohi o Tomoko Yainu-zoki. Cnm legendas em espanhol Aa 18h30mljii 21h

Cinco pequenas histona_ so entrooruzamera um grande painel humano o contemporA-noo sobre oo habitantes daa favolim do Tchjuio

Mostra Tesouros das Cine-matecasD JUVENTUDE (Bommarlok). do Ingmari-nrgman Com Maj Bntt Nilson o O Funk-quist Com legendas om espanhol. Aa lHh

Filmo molancí-lico sobro uma bailarinaque nao consegue ooquecor o antigo amante atrtquo so casa com um homom que a cortejava hámuito tempo, Suôcia/lOõO, om proto o branco.D VA0A8 ESTRELAR DA URSA MAIOR (Va-guo sUillo dolTorna). de Luchino Viscontí. ComClaudia Cardinalo. Jean Sorol o Miohaol Craig.Com logondiui em portugiiés As I8h

Conflito entro a filha dn um judeu depor-Lodo, sou marido ajnorícano. nou irmão, a máe oo amiuito desta. ItAlm/ÍOUB. om pmto o branco.

! FAISTAPT _ CAMTANADAS A MEDIANO-CHE, do Orsnn Wollos. Com Oraon Wollos, JohnOlolgud e Kelth UiutUir. Veraiio original emespanhol, sem legondiui Às BUh e Süh.

AdaptaçiU) de Shakespeare Hiatúria dogordo o leal cavaleiro Falstaff, amigo do prínci-pe Ha! que so tronaforma no Rei Honrique V.I-HpjuihaSuiça'lOü-l-05, om preto o branco.• Toda a programação 6 fornecida pela organi-zoijéo do FestRio e está aujeiUi a mudanç-aa doúltima hora. E aconselhável confirmar por telo-fone, junto as solou do oxibiçoo.

63. 2a o 3a. òs Zlh.Om o 6° o sab. as a.hIngressos a CZS 350.00 o CZS 2S0.00. estudou-tes o professores»¦ MARATONA TEATRAL - Apresentação dosãb o dom, as lOh. A reforma, do Dircou deMattos Direção do wostradamutí Sab o dom. aa_lh, Boniolo, de Dircou de Maltos. Direção doKogina Fonte nel lo Teatro Dirceu do Mattos,Rua Barão do Petrópolis, 807. Entrada franca.DOR DE AMOR — Texto do Braulio Pedroso.Direção de Cláudio Rodrigues. Com WinnieFelloWB, Chnstina Helena. Andrhoa Orro ooutros Contro do Lotrus e Artes da Unl-Rlo. Av,Paslour. .38. 5"o 6a. as 2lh. sab. as 10he2lhodom. às 20h Entrada franca Ato domingoDESCASQUE O ADACAXI ANTES DA SOBRE-MESA — Texto do Marco Naninl. Com LeilaViany. Sáb. às l8h. no Centro Cultural do S.Teresa. Rua Monto Alegre. 306. EntradafrancaAMANHA E DIA DE PECAR — Toxto do MarioLago o Joso Wandorloy Direção do Clóvis Gier-kons. Com Nilson Santos, Edinho Braz, LanaSalgado o outros Teatro João Caetano Aloãnta-ra. Hua João Caotano. 277 (701-4226). Sab edom. às 20h. Ingressos a CzS 100.00: Atódomingo.O BOCA DE OURO — Toxto do Nelson Rodri-gues Direçáo de Sidney Cruz Com RenatoPeres, William Gavião. Carmen Molinarl o ou-tros Teatro Dulolna. Rua Alolndo Guanabara,17 (2200907). Do 4» a sab, ás 21h. dom. àBll)li30mln Ingressos 4", a CZS 80.00, 5" e doma CZS 120.00, 0a e aab a CZS 150.00 Ato do.mingoTHAIR E COCAR... E SO COMEÇAR — Toatrodo Marcos Caruso Direção do Attilio RiccoCom Suoly Franco, Roberto Frota, o outros.Teatro Princesa Isabel, Av, Princesa Isabel,180 (275-33-1U). De 4a a 8a, as 21hl5min; sab.às 20h o às 22h30min. dom, às 19h e as21hl5min Ingressos 4a. _a a CZS 350.00. 6a odom. a CZS -100,00. sab o feriado a CZS 150.00.Duração: 2h (16 anos)PARE O MUNDO QUE EU QUERO SALTAR —Toxto e direção rio Hugo Bandos Com o grupoPessoal da Praça Auditório do Colégio PedroAlvares Cabral, Rua República do Peru. 104.Sab ás 21h o dom as IOh. Ingressos a CZS50.00 Ate domingoO ESCARPIN VERMELHO - Comedia musicalcom lexto o direção do Vlníolus Marques. ComGaspar Filho. Toroza Piffer, Eduardo Canutto oTorquato Ayzer Teatro da Cidade, Av EpitácioPessoa, 1184(247-32021 2l o 3", as 21h30min.5a, ás 17h e 0a e sab., às 24h. Ingressos a CZS200.00(2" 0 3"), a CZS 300,00 (0a o sab leaCZS250,00 (5").ATE CERTO PONTO... - Toxtoa do Joyco Ca-valcante, Luis Menezes, Breno líonin o CastroAlvos Direção do Breno Bonin. Com BrenoBonin. Mirabò o conjunto. Teatro do América,Rua Campos Sales, 118(234-Ü06H) Do 5" a sab.às SlhaOmín; dom, ás 20h. Ingressos a CzS200,00 Até dia 27 de dezembroO INSPETOR OERAL — Toxlo de Nicolai Oo-gol. Direção du Ahco Carvalho. Com AyrtonDias. Ney Madeira, Ricardo Fraga o outrosTeatro da UFF. Rua Miguol de Frias. 0. (717-8080), Niterói De 5a a dom. as 2 l h. Ingressou aCZ$ 200.00. Ato domingoFAMA — Toxto do ex-alunos do INEP Direçãodo Fernando Reskl Com Aurimar Mello, Chris-tuino Otesbrecht, Eduardo Lima, entro outros.Espaço Cultural Fernando Reskl, Travessa An-gronso, 14 —4°andar(2ft5-5588) Sáb, àa 20h odom, áa 18h o 20h30mtn Ingressos a CZS150.00

A CANTORA CARECA — Toxto de Eugonolonosco Tradução de Luis do Lima. Direção doMiguol Oniga. Com Anja Bittencourt. MiguolOnigíi, Carmen Leonora, Rachel Domingues.Moreolo Ferreira o Sa o Rubio Campos AliançaFrancesa do Copacabana, Rua Duvlvter, 43. ütt'o tííib . às 2 lhaomtn Ingressos u CZS 200,00.Duração ihumun (10 anos) Ultimo dia.O AMANTE DESCARTÁVEL — Texto de OorardLau_ior. Tradução, adaptação e direção de JoãoDothencoilrt Com Pedro Paulo Rangel, Rogorio Froes, Clarisso Domo, o outros TeatroCopacabana. Av. Copacabana, 2P1 (257 0881)4a e 8°. as 21h30min; 5a. às. 17h e 21h30min;sãb, às 20h o 22h30min e dom. as Í9h e_lh;.Omin Ingressos 4U oft'1 a CZ$ 300.00, tia odom a CZS 360.00 o sab a CZS 400.00 Duração_l.4f.min (10 anos)

UM EDIFÍCIO CHAMADO 200 - Texlo de Pau-lo Pontes Direção do José Renato Com MiltonMoraes, Fátima Freire o Eliana BittencourtTeatro Clara Nunes, Rua Marquês do S Vicen-lo, 52/370 (274-0808). Do 5" a sáb áa 21h30mm;

dom., ao IOh Ingressos 5a e dom. a CzS 200.00(ate 18 anos) e CzS 300,00. 8a e sáb , a CzS350.00 Duração lhsomin (14 anos).OS FILHOS DE MAMÀE CIRANDE — Texto deJoáo Siqueira. Direçáo do Josuó Soares ComA polônio Noto. Marina Lira. Oraco Benzaquom.Marco Mirelli o Joáo Duarte Paço Imperial.Praça XV ua v sab . ás 21 h e dom., às 20h!Ingressos a CZS 200,00 Ate domtngo.A OAROALUADA DO PERU — Textos de OuguOlunecha. Edy Star o Joso Fernando Bastos.Direçáo de Edy Star. Com Jorge Laffond. LedaLúcia. Franklin Martins o Edy Star TeatroAlas ka. Av Copacabana. 1241 (247-9842). De4a a 6a. às 21h30min, sab. às 22h Dom. ás IOhe 21h30min Ingressos 4a. 5a o dom. a CZS200.00; 8a o sáb. a CZS 250,00. Duração:ih40min (18 anos).RODAS DE SANOUE — Toxto do Federico Oar-cia Lorca Direção do Leonardo Alves. Com aCia. Carioca de Comediantes. Teatro ETLA.Rua Corroa Dutra, 00 (2050371). De 6a a dom.,às 20h Ingressos a CZS 200.00 o CZS 100.00.estudantes.

campanha Vá ao Teatroestá vendendo ingressosa preços reduzidos para52 espetáculos adultos e

40 infantis em cartaz na cidade.Os preços variam de CZS 100,00 aCZS 200,00, para as peças deadultos, e de CZS 75,00 a CZS100,00, para as infantis.Funcionamento: Das 9h às 19h, naPça Serzcdelo Correia, Pça SaensPena. Shopping Sendas Méier,Rio-Sul taté 22h), postosPetrobrás, Rua S. FranciscoXavier, 321. Rua do Catete, 359.

MUSICACORAL E ORQUESTRA SOMUSICA — Apro-sentação do árias o Operas o canções internacio-naia, sob a regência do Ciro Draga. Sab, as 2 th,na Sala Cecília Meireles, Lgo. da Lapa. 47Entrada franca.

MUSICA NA IOREJA — Apresentação de ins-trumontistas da Mocldade Adventlsta de Bola-fogo No programa, peças de Bach. Brahms,Mignone e outros Sáb. ás IOh. no AuditórioOuanabara. Rua da Matriz, IB Entrada franca

CORAL FELIZ — Apresentação sob a regênciado maestro Joso da Silva. Sab. às 18h. noMusou Villa-Lobos. Rua Sorocaba, 200 Entra-da franca

JORNAL DO BRASILAM 940KHzESTÉREO

JI3I — Jornal do Brasil Informa — do 2a a sáb..ás7h30mín, 12h30min. iah30min e0h30minRepórter JB — do 2a a dom. Informativo àshoras certas.

HOJE

20h — CDs a raio laser: Imagens paraorquestra. Gigas; rborla o Rondas do primave*ra, de Dobussy (OS Londres. Previn — 37.60),Prelúdio a e Fu^-ae nOB. 21 a 24 do Primeirovolume para o cravo bom tomporado, de Bachí Ou Ida — 30.31). Peça do Concerto para trotnpao orquestra, op. 04, do Balnt Saens .Baumann,OS Oewandhaus. Masur — 8 34), Sonatas emSol maior. K 477. e em Re maior, K B34 o 035,do Domenico Scarlaiti (Dreyfua — 11 on. Con-corto em lá menor, para violino e orquestra, op.28. do Ooldmark (Milstein. Burg-oa — 31 35);Sinfonia n° 10, em ml monor, op. 93, deShoata-kovitoh (Fil. Borlim, Kaxajan — 51 20).

8 o CADERNOS o sábado. 28/11AS7 JORNAL DO BRASIL

FíL-ivrrcs DA TV

Sábadoforte

Paulo A. Fortes

ÁO quatro os bons filmesprogramados pelas omisso-ras de TV pura hoje. Logo á

tarde, inaugurando a sua Sessãowestern, a Globo exibe A árvoredos enforcados (Canal 4,13h25min..Dirigido por Delmcr Daves, que as-sinou vários faroestes importantesnos anos 50, como Galante sangui-nário, O despertar da paixão e Co-mo nasce um bravo, é um dos últi-mos lilmes na carreira de Gary Coo-per. O melhor de hoje, porem, ticapara mais tarde. Ainda na Globo,Invasores de corpos (Canal 4,lh35min); além de dois filmes diri-gidos por Stanley Donen: Núpciasreais (Canal 6, 0h20min) e Indiscre-ta (Canal 2, 23h;.()inin).

A PROGRAMAÇÃO

A ÁRVOUE DOS ENFORCADOSTv Globo— 13h25mín

(Tho hanging tre0> do Delmor Davos, ComGary Coopor, Maria Scholl, Karl Maldon,EUA. 1950.

Western Medico e jogador (Cooper) teu-Ijtm ss estabelecer num povoado em MontariaFica amigo do Imlgranto suíça (Schell) quo oííòlontada pelo sócio CMalden) numa mina deouro Cor.

ATHAIÇOADOTv Manchete — 15h

(Betrayodl dc OottMod Keinliardl. Com ClarkGuble, Lana Turner, Victor Maturc. EUA.11)5.1.

Guorra. Americano (Oable) vive mil pen-gos em plena Alomanha nazista, espionandopara oa aliados. Cor.

EM LIBERDADE PARA MATARTv S— 16h30m_n

(One moro train to rob) de Androw V MaoLa-glen. Com George Peppard, Diana Muldaur.EUA.

Western: Depois de três anoa preso, chefede quadrilha (Peppard) volta à cidade parareaver sua parte no roubo pelo qual foi preso.CorlIÜSmin)

DE VOLTA PARA O INFERNOIV Globo — aihaomin

(Uncommon valuo) do Ted Kotcheff. Com GonoHackman. Robert Stack. EUA. 1H83.

Ação. VeUirano do Vietnã (Hackman) lide-ra grupo dc ex-militares americano» que vol-tam à Indochina para encontrar o filho, pri-uíoneíro de guerra dos Vietconga. Cor(104min).

INDISCRETATv Educativa - aOhOQmln

(Illdlsorot) do BUinloy Donen Com Ciu-yGrani. Ingrld Borgman,Cpoll Parkor, PhylllaCalbert Inglaterra. IU5H

Romanco. Atriz Inglesa (Borgman) tomsua vida radlcalmonto mudada ao conhecerturista do San Franolaoo (Grano que «hUipasseando por Lohdros. Cor uoo min)

A PRINCESA E O MOTORISTATv Globo 23h40mln

(Tho prlnoosfl and tho oabblo) da Olonn Jor-dan Com Valeria llerlinelli. Robert Dosldorto,Potor Donal EUA. iohi

Draraulh&o, Jovom rion o carente (Bortí-nolll) sarro do disloxla, diriouldado patológicapara ler, mas 6 ajudada |Kir chofer de táxi(Deslderio)porquom, lógico, se apaixona. Cor(95min) Feito para a TV

NUPCIAS REAISTv Manchele — Oh20min

(Royal woddlng) do Stanloy Donen Com FnnlAstalro, Jane Powoll, Polor Lawfnnl. EUA.nirii

Musical Outro filme do Dou. Lambem ambienlado nii InglaUirra. onde. durante as fenti-vldadoa pelo casamento da Rainha EliisabothII, casal do bailarinos (Astnlre o Powoll) desço-bre o amor. Cor (DOmini Som ostori-O

A REUNIÃOTv Bandeirantes — lh30min

(Kounlon.de Russ Mayborry, (Vim Kevin Doh-son. Joanna Oassuly, Linda Hamilton EUA.limo

Romance Homem (Dobson) casado o comdom filhos recebe tolofonoma dc ox-namoradada universidade (Cassidy) para comparecerauma reu mao dos alunos, formados há 20anos Cor (OGmin),

INVASORES DE CORPOSTv Globo - lh35min

(Tnvi-sion of lhe body snatohors) de PhilipKaufmann. Com Donakl Kutlierland. LoonardNlmoy, Brooko Adama. EUA. 1»7H,

Ficção cientifica. Casal (Sutherland eAdaniH) doscobro qoo extraterrestres estão po-nelrando nos corpos de seres humanosesubs<titulndo-os por seres vegetais, Idênticos aoshumanos, mas desprovidos de emoção, Cor.

DUELO NA CIDADE FANTASMATv Globo — 3h30mln

(The law and Jaine Wade) de John Sturges,Com KotxTt. Taylor, Riohard Widmark. Patri-cia Owens, Henry Silva. EUA. nir.H

Westorn, Xerife (Taylor) e sua noiva(Owens, sao seqüestrados por assaltante (Wid-mark). antigo colega de quadrilha do delega-do quando este, naturalmente, ainda era ban-d ido. Cor,

ESCRAVOS DA BABILÔNIATv Globo — 5h

(Slaves of Bnhylon) de William CastlO. ComRichard Comto, Linda Chrlstlan, MauricoSchwartz, Terrance KUburn. EUA, 1953.

Histórico. Nabucodonosor da Babilôniaconquista Israel. Dois escravos (Comte eSchwartz) descobrem que pastor (Kilburn) éherdeiro de trono da Pérsia e resolvem fazê-lorol, Para isto. usam o amor que ele sente pelabela princesa (Chrlstlan). Cor (almin).

¦Áí .-.%¦. Jt". f ¦-."..'. ^ '..¦.-.'..¦.'.-:-./¦'.-.¦¦-'.«¦.•''-].¦¦-.--:^ '.-.¦•.¦¦ !'•.¦¦. ¦¦¦...¦-.¦-;.:.: .: ¦ :>:¦¦.-'..: '[.':, •" -, 'V.V ¦¦'¦'. , ,,,, ü

Indiscreta, uma comédia sofisticada quemarca a estreia de Ingrid Bcrgman emHollywood, ao lado de Cary Grant

Invasores de corpos explora as pos-sibilidades aterradoras da ficçãocientifica

Duas vezes Stanley Donenelemento primordial para oêxito de um filme é seu "en-tertainment quocient", que

poderia ser traduzido por "quocien-te de entretenimento". Esta a teo-ria que definiu o trabalho de Stan-ley Donen, nos 26 filmes que dirigiuem 27 anos de carreira. Ele acres-contava: quanto maior o quocientede inteligência do cineasta, maisalto o coeficiente de diversão de suaobra. Parece complicado mas não é.

Donen realizou um cinema qua-se sempre muito sofisticado, sem-pre divertido, alegre, cheio de luxoe fantasia. Alguns de seus filmesforam obras-primas da cultura ei-nematográfica: Cantando na chu-va, Um dia em Nova Iorque, Setenoivas para sete irmãos, Charada.Outros nem tanto, como Meu ami-po, o leão. Hoje, por coincidência,estão programados dois bons filmesde Donen: Núpcias reais (Canal 6,0h20min) e Indiscreta (Canal 2,23h30min). Os dois têm em comum,além da sofisticação, a cidade deLondres como cenário dos encon-tros e desencontros amorosos deseus personagens.

Núpcias reais é um musical. Osegundo filme dirigido por Donen,dois anos após o revolucionário Umdia em Nova Iorque, em dobradi-nha com Gene Kelly; e um anoantes de Cantando na chuva, suaobra-prima definitiva, mais uma

vez em parceria com Kelly. Talvezpor isto, Núpcias reais não tenhatido, ao longo do tempo, a atençãodevida. No filme de hoje, Donendivide as coreografias com Fred As-taire, o astro principal. Ele é umbailarino que faz dupla com a irmã(Jane Powell). Os dois se apresen-tam durante as festas do casamen-to da Rainha Elizabeth II, em Lon-dres. Em meio àquele clima de ro-mantismo déjà vu, eles partem embusca do "verdadeiro amor" desuas vidas. Depois de muitos desen-contros e confusões chegam à óbviaconclusão de que, se se casarem,suas carreiras estarão ameaçadas.Uma bobagem de história. Pretex-to, isto sim, para uma dúzia debelas canções, assinadas por Bur-ton Lane e Alan Jay Lerner. E,claro, algumas performances anto-lógicas de Astaire.

Dizem que a relação entre Do-nen e Gene Kelly era táo profundaque, mesmo nos filmes em que náotrabalhavam juntos, as influênciastranspareciam. Talvez para esca-par desta situação, Donen resolveu,lá por meados dos anos 50, abando-nar um pouco os musicais e partirpara as comédias sofisticadas, ou-tro must da produção hollywoodia-na há décadas.

Dizem que, entáo, Donen se dei-xou influenciar por Alfred Hitch-

cock em filmes como Charada eArahesque. Esta influência já vinhade antes: Em Indiscreta (Canal 2,23h30mln), realizado em 1957, Do-nen trabalha com Cary Grant eIngrid Bergman, uma dupla querendeu muito com Hitchcock emNotorius. Novamente voltamos aLondres, romântica e sofisticada.Lá vive Ann Kalman (Ingrid Berg-man), famosa atriz que, numa des-tas festas da vida, conhece um sim-pático executivo americano (CaryGrant), que chegou à cidade paraum jantar na OTAN. Solteiráo con-victo (como só Grant podia ser), eledizia para todas as garotas que "eraseparado da esposa, mas ela se re-cusava a lhe dar o divórcio". Lógicoque todas as meninas caíam nacafajestada do moço. Inclusive In-grid que, lá pelas tantas, descobretudo e diz uma frase famosa: "Co-mo ele se atreve a fazer amor comi-go se não e nem mesmo um homemcasado!"

Donen gastou um milhão e 500mil dólares para contar as desven-turas deste conquistador de luxo econseguiu extrair um ótimo desem-penho de Ingrid Bergman, em suaprimeira comédia para Hollywood.Ela vai de uma piada a uma frasedramática em segundos e conse-gue, assim, que Indiscreta seja umpouco mais o que uma comediazi-nha menor.

Contra osE. Ts.vegetaisSÁBADO

passado a TV Edu-cativa exibiu Vampiros dcalmas, um clássico do cine-

ma de ficção cientifica dos anos 50,dirigido por Donald Siegel, Hoje, aGlobo exibe a refilmagem da mes-ma novela "The Body Snatchers"de Jack Finney: Invasores de cor-por (Canal 4, lhlif.mini, realizadoem 1978 por Philip Kaufmann. Ofilme parte de um interessantepressuposto: imagine se os extra-terrestres náo pilotam discos voa-dores, náo sào verdes e nem têmantenas na cabeça, como os pinta-mos cm nosso consciente coletivo.Eles poderiam ser, por exemplo,uma inocente e estranha flor, en-contrada por uma bióloga num jar-dim de San Francisco. Não irei con-tar mais nada do roteiro, a náo ser ofato de que tais criaturas irào domi-nar a cidade (e a Terra), sorrateira-mente, de forma quase invisível, seninguém fizer nada para impedir.

Aterrador, nào? Para transfor-mar esta estonteante história emfilme, Philip Karfmann contou comum ótimo elenco liderado por Do-nald Sutherland, Brooke Adams e onosso conhecido Leonard Nimoy(provavelmente o ator que temmais horas de vóo em naves inter-galáticas). Alem disso, requisitouos trabalhos de especialistas emefeitos especiais de categoria deRon Dexter e Howard Preston (tra-balharam antes em Deu a louca nomundo e Contatos imediatos de 3"grau) e, para os efeitos sonoros,contratou Ben Burtt, Oscar por seutrabalho em Guerra nas estrelas.

Com isto, ele conseguiu que seufilme náo devesse nada ao anteriorVampiros de almas, cujo diretor,Don Siegel, faz inclusive uma pontano filme de hoje. Tudo em casa.Kaufmann não exagera nos efeitosespeciais, e constrói uma trama en-volvente e de tensào sufocante. Afi-nal, estamos falando de seres que,no contrário do ja visto em dezenasde filmes de sci-fi, dominam nossoplanetinha em silêncio, sem derra-mamentos de sangue, sem grandescomoções aparentes. Terrível. In-vasores de corpos é um ótimo thril-ler e venceu o Festival do CinemaFantástico de Avoriaz, França.

HOJE NO RIO

TELEVISÃOCANAL 2

8:30 Telecurso Io Orau — Aula de línguí»portuguesa

0:30 HiBUJria dc Quem Foz a História — Do-cumentario legendado. Neste programa.Churchill [Ia parte)

lO:20 Reoncontro — Religioso11:00 Qualificação Profissional — Integração

social12:30 I Lovo You — Aula de Inglês através da

música, com Mareia Krengiel13:30 Acivogado do Diabo — Entrevista com

Dona Neuma da Mangueira14:30 Torne Ciência — Jornalístico com noti-

cias e reportagens «obre ciência e tecno-logia no Brasil e no exterior

15:00 Primeiro Orando Prêmio Feminino deVõloi — Compacto da decisão da meda-lha de ouro (Ia e 2" lugares)

10:30 Primeiro Orando Prõmío Masculino deVôlei — Transmissão ao vivo da decisãopola medalha de bronze

17:O0 Carrossel TVE — Os melhores momon-tos do programa Sem Censura

18:00 Panorama Cultural — Agunda nacionalde espetáculos. Apresentação de Eduar-do Tornaghi e Lúcia Abreu

19:00 Ciranda — Musical com Alcione20:00 M.P.B.ContraluE— Musical com Don vai

Caymmi21:00 Brasil Noticias — Noticiário com análi-

sos e comentários21:30 Os Clássicos — Exibiçáo de Roquiem, de

Òiuseppe Verdi, sob a regência de Ayl-toh Escobar,

23:30 Cadernos de Cinema— Filme: Indiscreta1:00 Noite de Jazz — Neste programa, Jonl

Mitcheil, Charlie B.vrd. Mary Lou Wil-liams e Joe Williams

CANAL 45:85 Tolocursa 2o Orau — Reprise7:05 Telecurso Io Grau — Inédito

Arquivo

-:-' * , 'Iam % ^~ ...jéI

Joni Mitcheil é uma das atrações no Noite deJazz, à lh, na TV E

7:20 Telecurso 2" Grau — Inédito7:30 Globo Ciência — Informativo. Neste pro-

gnuna. o trabalho no Museu ParaenseEmílio Goeldi sobre a antropologia dapesca na Amazônia

8:00 Xou da Xuxa — Infantil0:00 Chegada dó Papal Noel — Transmissão

direta do Maracanã12:20 RJ TV— Noticiário12:40 Globo Esporte13:00 Hoje — Noticiário, agenda cultural 0

entrevistas Convidado Pelo falando so-bre o filme Pedro Mico

13:25 Sessão Western - Filme A arvoro dosenforcados

15:30 Cassino do Chacrinha — Programa deauditório

17:55 Bambolõ — Novela de Daniel Mas. ComCláudio Mara, Myriam Rios, JoanaFomm e Suzana Vieira

1B:00 Sii.HHarlcando — Novela de Silvio deAbreu. Com Tònia Carroro, Paulo Au-tran. Irene Ravacho o Eva Wilma

19:S0 RJ TV — Noticiário20:00 Jornal Nacional — Noticiário nacional e

internacional20:35 Mandala ~- Novela dt; Dias Gomes. Com

Vera Fischer. Walmor Chagas e FelipeCamargo

21:30 Su porcino — Filme De volta para o In-forno

23:40 Sessão do Gala ~~ Filme A princesa o omotorista

1:35 Corujão I — Filme Invasores do corpos3:30 Corujão II — Filme Duolo na cidado

fantasma5:00 Corujão III — Filme. Escravos da Babi-

lónia6:25 O mundo animal — Documentário

CANAL 67:45 Programação educativa8:00 Repórter Manchete — Jornalístico

12:00 Manchete Esportiva (1° Tempo) — Noti-ciario

12:30 Jornal da Manchete (ediçáo da tardo) —Noticiário

13:00 FM TV - Chps apresentados por TâniaRodrigues.

15 00 Vosporal de Sábado — Filme Atralçoado17:00 O Mundo dos Esportes — Apresentação

de Alberto Leo17:30 Clubo du Criança — ApreaenU-Çio de

Angélica e Ferrugem.19:25 O Mundo dos Esportes — Apresentação

de Alberto Leo10:30 A Ilha da Fantasia — Senado20:20 Jornal Local — Noticiário20:30 Jornal da Manchete (1* Edição) — Noti-

ciario21:20 Carmem — Novela de Gloria Pérez. Com

Luceha Santos. Paulo Bettt. Beatriz Se-f.all

22:20 Osmar Santos Show - Variedades00:20 Primeira Classe — Filme Núpcias roals

(som estéreo)

CANAL 77:00 Bor. Vontade — Religioso da Legião da

Boa Vontade, com José de Paiva7:30 Japan Pop Show — Musical8:30 Jimmy SwagRart — Religioso0:30 Show do Turismo

11:00 Tênis — Copa Sul América Opcn12:30 Esporte Compacto12:45 I Love Florida13:00 Clube do Bolinha — Programa de varie-

dades com Edson Curi19:00 Topo Giglo — Infantil19:30 Jornal do Rio — Noticiário19:45 Jornal Bandeirantes — Noticiário nacio-

nal e Internacional20:15 Zaccaro — Musical21:30 Bronco — Humorístico com Ronald Go-

lias. Nair Bello e Renata FronzlE2:30 Perdidos na Noite — Programa de audi-

tono apresentado por Fausto Silva

1:30 Cinema na Madrugada — Filme A reunião

CANAL 99:009:109:4S

10:0010:1310:3011:00

11:30

1E-.00

13:30

18:3018:3020:00

C1:0021:4B

0:00

Qualificação Profissional — EducativoAssim o a vida — Serie filmadaEscola Bíblica do Ar — ReligiosoPosso Crer no Amanhã — Religioso;Joaus, a Palavra quo Llburta — RoligiqsoO Garoto o o Gigante — SeriadoFerias no Acampamento — Documenta-noRenascer — Religioso {Assembléia deDeus)Rio Da Samba— Variedades. Apresenta-ção de Joáo Roberto KellyRouxinol. Alegria do Povo — Apresenta-ção de cantores de música regionalRio Turismo — InformativoRealce — Programa de variedades. |Blk. Show — Esportivo Noste progru-ma. onduro om Juiz de Fora e final doEstadual de SuporcrossCisco Kld — SeriadoOentc do Rio — EntrevistasRio Turismo — Programa de turismo

CANAL 116:307:308:00

14:30

18:4519:1519:4580:1821:1321:30

23:30

Stadium — EducativoGato Felix — Desenho animadoBozo— Desenhos e brincadeirasPrimeira Sessão — Filme O tesouro deTarzanSegunda Sessão — Filme. Em libordad.para matarJornal da Cidado — Noticiário local "

Noticentro — NoticiárioChaves — HumorísticoCampeonato Internacional do Luta LivroA Pantera Cor-do-Rosa — DesenhoSomanasserio — Pedaços de vidas ire-pn se)Comando da Madrugada — Reportagensapresentadas por Goulart de Andrade

RECOMENDAÇÃOCAETANO -- Show do cantor Caetano Velo-so acompanhado por Marcelo Costa (bate-ria), Tony Costa (guitarra), Tavilho Fialho(baixo), Carlinhos Brown (percussão). ScalaSl. Av Afrânio de Melo Franco, 200 (23a-,4448) 4". 5". as aihaomin: 0" e sáb, às 22h.dom, ãs 21h. Ingressos 4a, 5" e dom a CZS500,00. mesa, e CZS 400.00, poltrona; au e

•sáb a CZ$ 700,00. mesa. e CZS 500.00.poltrona Ate dia 5 de dezembro.LBNY ANDRADE — Show du cantora acom-panhada de Fernando Merlino (piano). Jaca-ré (baixo) e Rubinho (bateria) Botocotoco,Av 28 de Setembro. 205 (204-2727). 5". as22h30min; 0a e sab. as 23h30min. Ingres-sos 5" a CZS 200,00; 6" e sab a CZS 350,00Consumação a CZS 300,00 Às 21h30m, acantora Rosane Lessa e trio Até dia 5 dedezembro

PROJETO PIXINOAO — Show com o cantorJerry Adrianl De 3" a sábado, as IShSOmin, naSala Funarte Sidney Millor, Rua Araújo PortoAlegre. 80. Ingressos a CZS 80.00

(267-6596). Couvert a CZS 250.00 e CZS 350.00.dependendo do lugar Consumação 5U a CZS250.00 e 0" e sab a CZS 350.00.

A CONFERIR (*)CLARA SANDRON1 Apresentação da canto-

. • ra, acompanhada pela banda Tuna mostra re-...pertório do LP Daqui. 8" e sáb. as 21h30min e

dom. às 20h30min, na Casa de Rui Barbosa,1 Rua S. Clemente. 134 (28(3-1297) Ingressos a•"CZS 200,00 Ato domingo

" BETO GUEDES Show do cantor, compositor- e violonista acompanhado de conjunto De*laa

dom, as 21h30min. no Canecão. Av VehoeslaUBra-/., 215 (295-3044). Ingressos 4a. 5" e dom aCZS 400.00. arquibancada a CZS 450.00. mesalateral o a CZS 500,00, mesa central. 6" e sáb a

¦ CZS 400.00. arquibancada, a CZS 500.00. mesu_.. lateral e a CZS 600,00. mesu central Até do-

mingo. SERIE INSTRUMENTAL Concerto com a

Orquestra de Vittor Santos sob a regência domestro De 3'1 a sábado, as 2th, na Sala FunarteSidney Millor. Rua Araújo Porto Alegre. 80Ingreaos a CZS 80,00

„. FUNK-SE Festa-show com os grupos Cone-" xão Japen, Skowa o A M.ifia e Fabrica Fagus eparticipação de gangs de break e rap; alem do"""Ôjílbiçáo de vídeos Sáb, ãs 22h, no Circo Voa-

-—dor. Lapa Ingressos a CZS 150,00OINORESSO E A MUSICA — Apresentação da

,, uantoru Selma Heis as 2ih30min, no EspaçoCultural Sérgio Forto. Hua Hurnaitá. 103 En-trada franca para quem cantar uma música naporta.ELDER Apresentação do cantor e banda. 6tt osab, às 2Íh30mÍn, no Planetário, Av Pe Leo-

. nel Franca, 240 Ingressos a CZS 200.00. GARGANTA PROFUNDA Apresentação do

grupo vocal Repertório dos Beatles Teatro'v Bóivjamin Constant, Av Pasteur, 350 (295—•S448J Ue 5a a sab, as Sl.l30liiln.dom, ás 20llm -Ingressos 5ft e dom a CZS 20o,oo o 6a e sáb a

.CZS 300,00 Ale dia 20 do dezembro•DIHCKU LEITE Apresentação do flautista eregional Choro Só Sabe dom, às IBhílOmin.-noPaço Imperial Pçu 15 Ingressos a CZS 150 00

BARESHÉLIO DELMIRO — Show do violonista acom-panhado pelo baixista Lmzao e pelo pianistaAlberto Chnnelli. De 4" a sáb, as 22h", no Jazz-mania. Av Rainha Elizabeth. 780 (227-2447)Couvort 4" e 5" a CZS 250.00; o" e sáb a CZS300.00. Consumação a CZS 200,00TUNAI — Show do cantor e compositor 9a esab, às 23h e dom, ás 22h, no Fritz. Rua Barãoda Torre, 472 (2U7-1347). Couvert a CZS250,00.SOMOS TODOS IOUA1S NESTA NOITE —Apresentação da cantora Fátima Regina e con-junto. De 4" a sab. as 23h, no Clubo 1, Rua PaulRedfern. 40 (250-3148). Couvort a CZS 300.00.Consumação a CZS 250.00TERRA ¦— Apresentação do grupo vocal u ins-trumental ü'1 e sab. as 23h, no No na madeira,Av Almte Tamandare. HIO Piratinmga, Nite-rúi. Couvort a CZS 150,00MONQOL — Apresentação do cantor e composi-tor De 6" a dom. as 23h. no bar 111, Rua Vise.de Pirajá, 111 (2870501). Couvort a CZS200,00.EXISTE UM LUGAR — Programação sab, Ter-ra Molhada, às 23h. listrada das Furnas. 3001(3ÜO-4.r.BB) Couvert sab ii CZS 200.00KATITA E SEU MAHITO Show da cantora edo técládísta, tí" e sab, as 23h, no Doublo Doso.Hua Paul Redfern, 44 (204-0701) Couvort àCZS 380,00 Consumação a CZS 250.00CLÁUDIO NUCCI Show do cantor u composi-tor fl" e sáb, as 23h, no Duorõ, Estrada CaetanoMonteiro. 1882 Pondotiba (7103435). Consu-mação á CZS 100,00 Couvert a CZS 300,00ELZA SOARES •- Show da cantora. 6a e sáb. ás23h, no Paraty, Rua Presidente Dotniciano,210. Inga. Couvort a CZS 300.00

CECELO — Apresentação do cantor e instru-mentísta. 6U e sáb. as 23h, noGig video bar AvDal San Martin. 029.(204.3045) CouvortaCZS200.00 Consumação a CZS 200.00MPB EM QUATRO ATOS Apresentação doJos Schettini (violão)o Marisa Marques (vozj 6Ue sab. as 22h, no Antes o Depois. TravessaCrístiano Lacorte, '10(521-3278) CouvortaCZS50.00VIRO DO IPIRANGA Programação 8a e sáb.as 22h. Jorge Mautnor (voz o violino, e NelsonJacobina (violão); Couvert CZS 200,00 RuaIpiranga 54 (225-4782)CRAVO NA LAPELA Show do grupo desamba, 6" e sab. às 23h, no Barbas. Rua ÁlvaroHamos, 408 Couvort a CZS 150,00MISTURA UP — Show com Luiz Eça ipiunol oLuiz Alves (baixo acústico). Nos intervalos,Manuel Gusmão (buixoio Alberto Chlmelll (pln-noj De5uu aáb.àa 23h Rua Garcia D'ÀvIlu, 1S

- Show do cantor u pianista22h30mín( no Peoplo, Av

, 370(204-0547) Couvort 4" ea 0" o sáb a CZS 420.00.Show do cantor e compositor5" e dom. às 23h; 6ft e sab, âs, Deux, Trois, Av Bartolomeu108). Ingressos a CZS 300,00CZS-100,00 (ü"e sab.) Ate dia

FRANCIS HIMEDu 4a a sáb, ásBartolomeu Mitre5" a CZS 380,00A MINHA VOZ —Pory Ribeiro, 'l",23h30mln, noUnMitre, 123(2300(4a, 5a e dom.) o a30 de dezembro.POKER BAR — Apresentação de Mario Jorge eseu grupo. De 4d a sab.. as 20h Rua AlmiranteGonçalves. 50 (621 4000) CouvortaCZS 100,00,OR1FE INSTRUMENTAL — Apresentação dabanda. 8a e sab, as 22h. no Botanlc. Rua Pache-co Leão. 70. Couvert a CZS 200,002000 — Diariamente, as 20h u dom, às i3h, opianista Alex Chmmarelli Sem couvort AvSernambetlba, 2000 (300-4814).MANGA ROSA Huppy-hour com o cantor epianista Wanderley Chagas. De 2a a sab. àslBh Couvort 511 a CZS 40,00; 8" e sab aCZS70.00. rua 19 do Fevereiro. 04 (2884908).A DESGARRADA — Ás 22h30min com os fadis-tas Maria Alcina, Ester de Abreu e AntônioCampos Couvort á CZS 300.00 Hua Baráo daTorre. 087 (239-6748)JOSÉ ALEXANDRE Show do cantor e com-positor 6U e sab, as 23h30min, no Beco daPimenta, Rua Real Grandeza, 170 (280-5740)Couvert a CZS 150.00CASA DA SUÍÇA Musica ao vivo a partir das21h, durante o Festval Austríaco, com o violo-nista Homero Gianoni e grupo No bar St.Mo-rítz. às 17h. Cafo Vienense com Carlinhos daSacha'8 e Jorge Brasileiro (pianos) e Gigi (açor-deom). Rua Cândido Mendes. 157 (252-5182)AECIO FLÁVIO Show do pianista e composi-tor e conjunto 8" a sáb. as 22h Ragtlmo. AvSernambetlba, 800 couvert a CzS 250,00

THE CATTLEMAN — Happy-hour às I7h As80h, a cantora e pianista Ligya Campos As22h, Erasmo (piano) e conjunto Sem couvertSem consumação Av Epitácio Pessoa, 884(250-1041).CHIKCS DAR Piano-bar a partir das 21hcom o conjunto de Eli Arcovordu e as cantorasCeleste e Rita. Musica de fita a partir das 18hSem couvort e som consumação Av EpitácioPessoa. 15UO (2070113 e 287-35141BIBLO'S Piano-bar com a cantora Dora equarteto De 4" a dom. ás 21h na Av EpitácioPessoa, 1484 (521-2645) Couvort dom e 4a aCZS 200,00, de 5" a sab a CZS 400 00

HORSE'S NECK BAR — Trio de Francisco Neto(piano). Joberto Guedes (baixo) e João Coitez(bateria) De 3a a dom, as lQh. Rio Palace Hotol.Av Atlântica. 4240(521-3232) Sem couvortMARINA ROOF BAR — Programação sab ocantor Ricardo Graça Melo. às 23h. na AvDelfim Moreira. 630, 28" andar (250-5212).Couvert a CZS200.00.CARIOCA — Aberta diariamente, a partir dastíh da manhã com cate da manhã (Cristina —harpa — e Andersen — flauta), almoço (grupoAtalaia) e jantar (Nilda Aparecida — órgão).Hotel Nacional, Av Nlemeyer. 700 (322-1000).Café a CZS 250.00 e refeição a CZS 450.00

VELMA KICHTER Apresentação da pianista.Repertório clássico e popular De 2a a sab. às20h. no Le Salnt Honoro, Hotel Meridien, AvAtlântica. 1020 (275-1122) Sem couvortANA MAZZOTT1 Show da cantora e pianistaacompanhada de Rdmíldo (bateria) e Luiz Emi-liano (baixo) De 3" a sab. as 22h. no SkylabBar. Holel Othon, Av Atlântica. 3264 (255-0812) Couvert a CZS 200.00SIDNEY MAHZULLO - Apresentação do pia-nista, a partir das lOh, Valentino's. Hotel She-raton, Av Nlemeyer, 121 (274-1122) Semeou-vort

PARA DANÇAR

HOTÉISELLEN DE LIMA Show da cantora acompa-nhada de conjunto Do 5U a sab, às 24h no One-Twonty-One, Hotel She raton* Av Niemcyer121 (274-1122) Sem couvert Consumação aCZii o... ¦,>:: Ul.imo dia

CAFB TEATRO MÁGICO Programação sabBig Trop às 22h. na Rua das Palmeiras, 130Ingressos CZS 150,00MANHATTAN — Discoteca 6" e sáb. ás 22h edom. as I7h. Show sab. com as bandas Scanda-lo e Prole Ignara. Ingressos d" e dom a CZS100.00 e sáb a CZS 150.00. Estrada Grajaú—Jacarepaguá, 3020 (302-8757).ZOOM Discoteca com Tony di Cario, BetoAdão Du 311 a dom. ás 22h30m Lgo de SConrado. 20 (322-4 170) Ingressos a CZS250.00 Domingo, concurso Garota Zoom Bra-sil 88LA DOLCE V1TA Discoteca Av Mm IvanLins. 80 Barra(300-0105) De 4"a sãb , as 22hIngressos a CZS 250.00 Dom, as lüh Ingressos a CZS 300,00HELP — Som com dois discotecários Carioca eCompostela Ingressos a CZS 300.00 e matinêde dom a CZS 100.00 Av Atlântica. 3432 5211208)VINÍCIUS Musica ao vivo para dançar apartir das 21h com a banda do maestro Tonioeos cantores Leuma, Zé Carlos e Kns Couvort dedom a 5" n CZS 100.00; 6a e sab a CZS 230.00Av Copacabana 1144 2671407)CREPÚSCULO DECUHATAO Discoteca comJosé Roberto Mahre vídeos Consumação a CZS300 00 Rua Barata Ribeiro 543 235-2045VOGUE " Discoteca e música com o conjuntoda casa 6a e sáb a partir das 22h à RuaCupertino Durão 173 274-4145i Couvort aCZS 170.00 e consumação a CZS 230 00LEON'S DISCO Discoteca De 5a a dom as20hü vuapdedom.àa I5h Ingressos 5a edom a

CZS 150.00, homem a CZS 80.00. mulher. 6a aCZS 180.00. homem e CZS 100.00, mulher; sába CZS 200.00. homem o CZS 140.00. mulher evesp de dom a CZS 80.00. Travessa AlmeriiuiaFreitas. 42 (359-0277)SOBRE AS ONDAS — Musica ao vivo paradançar, a partir das 21 h. com o maestro MiguelNobre e banda, a cantora Consuelo e o Quartetorio Joãozinho Couvort de dom a 5a a CzS150,00 e 0a e sáb a CZS 200.00. Av Atlântica.3432 (521-1296).CARINHOSO — Musica para dançar com abanda da cantora Dora e Carinhoso, diariamen-te, a partir das 22h Couvert de dom. a 5" a CZS200.00 e 6a. sáb e véspera de feriado a CZS300.00. Rua Vise de Pirajá. 22 (287-0302).

PAGODES E GAFIEIRASESTUDANTINA MUSICAL Programaçãosab. orquestra Reverson, as 23h, Ingressos aCzS 100.00 Mesa a CzS 150,00 Pça. Tiraden-tes. 79 Io (232-1140)PAGODE NO BECO Programação sab. ásloh. o sambista Ulisses Dovai e grupo. Couvorta CZS 70.00 Rua Real Grandeza. 176 (266-5746)

HUMORCHICO ANÍSIO Apresentação do humorista,sob a direção de Cininha da Paula e CarlosGuimarães Teatro SUAM. Pça das Nações.Bonsucésso De 5H a dom . às 21hDESCULPEM A NOSSA FILHA .. PERDÃO. ANOSSA FALHA IV Espetáculo de humor comGeraldo Alves. Teatro do Ibam. Lgo do Ibam, 1(266-6622) 5a e ü'\ as 2 1 h30min, sab. às 20h e22h e dom, ãs 19he21h Ingressos 5rt e dom aCZS 250.00, 6" e sáb a CZS 300,00RI MELHOR QUEM RI BEMV1NDO Espela-culo de humor com sátiras políticas e piadasTexto e direçáo de Beiuvmdo Siqueira ComBemvindo Siqueira Teatro do Bolso Auri marRocha. Av Ataulfo de Paiva, 280 (239-1408)De 4a a 8a às 21 h30min, sab às 20h e 22h. domàs 20h Ingressos a CZS 200 00 4a e 5a). CZS250.00(6"odom ieCZS300 00 sab / Descontode 50% para estudantes Duraçáo 00 minCensura 16 anosAOILDO H1BEIHO Show com o humoristaAlô Aló Rua Barão da Torro 388 521 1460)Do 4" a sab às 23h3Qmln Ingressos a CZS380.00

REVISTASBOTA MULHER NESSE TREM Revista deFrancisco Falcão Aldo Calvet e Odacir OigrèsCom Gina Teixeira, Francisco Silva. FranciscoFalcão, ZelíaZamlreoutros Toatro Rival, RuaÁlvaro Alvim, 33 240-11351 De 3a a 6a as2lh, sab. ãs 20h l- 22h e dom. as I8h30min e20h30mín Ingressos de 3tt a 5a e dom a CZS180,00 8a e sab a CZS 200 00O GATILHO DAS MIMOSAS Texto e direçãode Brígitte Bluir Com Marlene Casanova, GigiSaint Cyr Fabiane, Miila Shineider RobertaKim Carla Lambrlne Participação de Abilio

Campos Teatro BriRitte Blalr II. Rua SenadorDantas. 13 (220-5033) 3a. as I8h30min e 21h,de 4a a sab . às 18h30min. Ingressos a CZS200.00.ESSA MULHER E DO CACIQUE — Comedia deEdson Seretti Direçáo de Mario Meireles. ComCristina Amaral e Edy Serei Teatro ArmandoGonzaga. Av Gal. Cordeiro de Farias. 511 (350-6733). Sa e dom. as 21h Ingressos a CzS150.00. 3BONECAS NA CONSTITUINTE - Revista £omMarlene Casanova, Roberta Kim. Gigi SaimCyre outros Teatro Brlglte Ulair I. Hua MiguelLemos. 51 (521-2055) De 4a a dom,* às21 h30min Ingressos a CZS 200.00 de 14a a6?) eCZS 250.00 (sab. e dom).SO VOU DE CAMISINHA - Revista de EhseuMiranda. Nick Nlcola, Carlos Nobre e JussaraCalmon, com Jussara Calmon. Pedro Paulo,Sérgio Sampaio e outros Toatro Hival, HuaÁlvaro Alvim. 33 (240-1135) De 3a a 6a as18h30min Sab, as lSh Ingressos a CZS150.00DEU MULHER NA CABEÇA — Texto e direçãode Brígitte Blair Com Clovis Gierkens, WaHerCosta e outros Toatro Brígitte Blair 2 HuaSenador Dantas, 13 (220-5033); De 4a a sab.ás21hi5min dom. ás IShSOmin e21h Ingressosa CZS 200,00 Ide 4" a 6a) e CZS 250,00 (sab edom )

VÍDEOSLE CORBUSIER Vídeo de Jacques BarsacDiariamente, junto com a exposição as 20h noAuditório do Contro Empresarial Hio, Praia deBotafogo. 228 Entrada franca Ate terçaESPAÇO LIVRE CIRCO Exibição dos vídeosO circo. Sua Majestade, o circo, e O fantásticocirco do Moscou. De 3tt a domingo asIShSOmin, na Sala Aloísio Magalhães. Av RioBranco. 170 Entrada francaVIDEO-CIÈNCIA — Seleção de vídeos relacio-nados com os desafios enfrentados pelos pes-quisadores de ciência no Brasil Temas! Ama-zõnia I o 11. Antártica l e II Em sessões conti-nuas das ítíh às I8h, no Museu do Astronomiao Ciências Afins. Hua General Bruce. 506Sáo Cristóvão, Entrada francaTHE 1'OLICE Exibição do vídeo do grupo De2a a domingo ás 14h, 16h. 18h.20hc22h 6a esáb, também às 24h Sala de Vidoo CândidoMondes. Rua Joana Angélica. 63

ABISMO VIDEOS As 20h, exibição do vídeoThe anarchy movie com o PIL e às 21h LoveKills. longa-motragem de Alex Cox Casa deCultura Laura Alvim 176VÍDEO-TURISMO Unia viagem turística egastronômica pela Áustria De 2a a sábado dasI6h ãs 20h. no St Morítz Bar Rua CândidoMendes. 157 Ate dia 8VIDEOS NO CREPÚSCULO A meia-noitecoletânea dos videos feitos pelo We"rc Mad eexibição de Boop-Boop a-doop girl, desenhoanimado com Bcíty Boop Crepúsculo de Cuba-tao Rua Barata Hibeiro, 543

JORNAL DO BRASIL sábado, 2K/II/X7 CADERNO B

CRIANÇAS

Esperança que vira taüa(deusa Maria

EUA

uma voz uma meninachamada Dora. que de diaera normal e de noite vira-

-¦¦•va fada. Desde o fim de semana¦passado, ela está no palco doT.Tealro Casa Grande, e voltará

• utodo sábado e todo domingo, àsOcinco e ás quatro da tarde, na

• ipele de uma outra menina de 12itanos, tambem muito normal,

¦' chamada Esperança Pera Motta.rrtÉ claro, a pequena protagonista-do espetáculo Fada menina, es-'¦evito e dirigido por Lúcia Coelho.- e a filha mais velha de Marília''Pera com Nelson Motta. Mas em•'nenhum momento a estreante•Esperança denuncia a sua ori-'•' gem. Nem nos traços do rosto,

¦"'riem no comportamento ela se1 parece com a filha de uma das•'mais brilhantes estrelas do teatro

brasileiro, como geralmente seespera. Ao contrário, fica ate em-

baraçada quando fala de Marília.nstnais como atriz que como mãe.

Com muito custo, consegue-se¦ driblar sua timidez e extrair umaopinião sobre Marília Pera:

— Uma atriz perfeita e umasupermâe. Para mim, Marília Pe-ra e Nelson Motta sao apenas os"meus pais.

Esperança, que acompanha otrabalho da mãe no teatro, sem-'•pre achou bonito e tinha vontadedc experimentar o palco. Mas nãoacreditava que isso fosse aconte-'cer de fato. E, de repente, aconte-

ceu. A maè e o pai deram a maiorI, força. Nelson Motta bateu pai-

, mas no ensaio. Marília Pera. achou bonito. Mas a própria Es-

perança. que está adorando essa¦ novidade, ainda náo se decidiu se

. continua atriz, para representar, um papel" engraçado", ou se vai." ser advogada, gosto que herdou-•do avô.

,.". ¦ Suas preocupações com oi. mundo poderiam estar no diário. -de qualquer garota de sua idade.

¦-¦Esperança preocupa-se com a-.'.•violência, com a falsidade. Sáo as'•coisas que mais odeia, alem do

Português que estuda na 6a série

do Colégio Bennett (gosta mesmoé de Matemática e Ciências).

O que me preocupa no mundosáo as pessoas mesmo. Sao falsas,roubam muito. O Brasil esta co-mo está por causa dessas pessoas— diz ela.

Goraldo Viola

Se da mãe Esperança herdou ogosto pelo teatro, de Nelson Motta recebeu o gene da paixão pelamusica. So que nesse ponto naoesta interessada nas últimas on-das internacionais. Gosta mesmoé dos Beatles. Tem cinco discos

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deles e ouve sem parar. E se ogrupo inglês só tivesse compostouma música, para ela esta teriade ser Ycstcrday. Do repertóriorio pai, prefere a parceria comLuiu Santos, a filosófica Comouma onda, e gosta muito do Le-giáo Urbana.

Nunca fui a show deles, masgosto muito das letras — observa.

Pisciana, cercada por um gru-po enorme de "melhores amigas"(Carol, Tafiana, Paülinha, Ange-Ia, Tandé... um monte), Esperan-ça náo sabe explicar bem se é otempo todo mais para séria equietinha.Às vezes, fico na minha, àsvezes tico mais animada — tenta.

Já teve namorado como as me-ninas de sua geração. Mas aca-bou, por acabar. Ele tinha 13anos, "uma supercabeça" e fazteatro. Era diferente dos outrosgarotos dessa faixa, pois Espe-rança diz que os meninos da sua

idade sao uni pouco bobos. "Naotodos", é verdade.

As meninas sáo mais ama-durecidas.

Ela mesma prova isso. Porexemplo, náo faz muitas fanta-sias sobre a viria adulta a dois.Quer ter uma filha quando crês-cer, com o nome de Ana, só quenao pensa necessariamente emcasamento.

Acho que ia me sentir meiopresa, todo dia com aquela mes-ma pessoa. Só se eu amasse de-mais,

Gatos nào a preocupam. Achao Paulo César Grande bonito, su-persimpático, superãmigo, tantoquanto o Marquinhos Frota, masno fundo a beleza nao é funda-mental para ela.

— Acho que náo é por aí. Setivesse que levar alguém parauma ilha deserta não teria de serum gato — informa Esperança.

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Festa na Aníbal"1

Hoje tem multa animação nti Rua1—' Aníbal de Mendonça, em Ipanema,das 14h às 18h. Numa promoção doslojistas dn rua. quem quiser pudera apa-recer para sé divertir com a Turma daMônica e seus bonecos gigantes, teatri-nho Infantil, bandas de música fãs Mh.Banda da Cidade e às 15h. Rio DixielandBandi e cinco artistas plásticos que esta-ráo mostrando como pintam e esculpemsuas obras de arte. A programação espe-ciai, entretanto, fica para a garotada: emfrente a loja Coisas da Fazenda, foi ar-mado um mlnicurral, onde rapazes vesti-dos de vaqueiro vão ensinar às criálíçàscomo tirar leite de cabra. Durante'afesta, haverá ainda dist ríbuiçào de docesde leite e queijo de cabra, paru os peque-nos, e brindes e descontos especiais nascompras das lojas da rua, para osmaiores.

Festa no Maracanã"1

Papai Noel, que há muito moderm-1—' zou-se passando a andar de helicóp-tero ao invés de trenó, chegará hoje. noMaracanã, em meio a uma grande festaque começa as 9h e vai até o meio-dia.Enquanto aguarda a chegada, a criança-da poderá ir se divertindo com as apre-sentações de Xuxa. Patrícia, Os Abelhu-dos e Daniel Azulay e sua turma. Paraaqueles que nào puderem ir ao estádio,um presente: tudo estará sendo transmi-tido ao vivo pela televisão.

EsperançaPera estreia

no teatro,seguindo acarreira da

mãeMarília, em

FadaMenina

¦ Fada Menina, texto e direçáo de LúciaCoelho, foi inspirado no livro homônimode Lúcia Miguel Pereira, escrito cm 1939.A equipe envolvida na peça soma 20prêmios Mambembes e dois Molieres —metade deles conquistada pela atuaçãoda diretora, fundadora do grupo Nave-gando. O cenário é de Ciea Modesto, asmúsicas sáo de Calque Botkay e a ilumi-

nação traz a assinatura de Maneco Quin-deré. O elenco ê formado por cinco adul-tos e pelas crianças Esperança Motta.Júlio Carvana e Tatiana Issa. Com dire-çáo musical de Mimi Lessa e música aovivo no palco, estreou sábado passadono Teatro Casa Grande, com ingressos aCZS 200 e sessões no sábado, 17h, e nodomingo. Kih.

HOJE NO RÍOCRIANÇAS

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PALHAÇADAS Texto tli; Joáo SiqualraDireçáo du Tonio Carvalho Espetáculo quese equilibra em cor e luz. corno um pi-cadeiro para jogar com o dentro e o fora domundo ambíguo dou palhaços, divididosentre o riso o o liriymo. Cu.au de CulturaLaura Alvim. Av Vieira Souto, 170 (2-17-6046). Sábfldom.àa I6h30min, Ingressos aCzS 200.00. Não será permitida a entradaapos o inicio do espetáculo.O PEQUENINO ORAO DE AHEIA -Toxto odireçáo de João Falcão, Toxto que dèaenvol-vo o romance entr»; o grão de areia sonhadore uma estrela distante, enriquecendo a lei-

. tura da música popular oom as aventurasquo precedem o encontro mágico. Realiza-çáo plástica despojada o sensível. ToatroGlauco Rocha, Av. Rio Branco. 17U Sáb, ás17h e dom, as leh. Ingressos aCZS 150.00.TELEFONE SEM FIO - Texto do DeniseCnspun Direção do Beto Crispun o AnaLuisa Cardoso. Toxto onxuto o lúdico emtorno da perda afetiva do um menino, quepelo imaginário consegue suporar o impas-se da morto. Tratamento cênico criativo obastante original. Teatro Caollda Bockor.Rua do Catete, 338 (21)5-9033;. Sáb. as17h30m!n edom , as 17hl5mín, Ingressosa CZS 150,00JOÃO E MARIA — Adaptação de AnamarlaNunes. Direção de Eduardo WoUík. Versãodo conto popular quo guarda todas as con-tradições o emoções originais transpostas

com grande apuro para o palco ToatroLaura Alvim. Av. Vieira Souto, 176 (847-6046). Sáb e dom, ás i 8h3Gmin. Ingressos aCZS 200,00.UM PEIXE FORA D'AOUA Musical do Fun-do do Mar — Toxto, adaptaçáo e diroçào deSura Uerditchovsky. Narrativa dospreten-ciosa do amadurecimento de um peixinhoque rosulta num excelente musical pelaqualidade do sua transposição para a lin-guagem teatral, extremamente bom cuidadodo ponto de vista plástico. Toatro Villa-Lobos, Av Princesa Isabol, 440 (275-6605).Sab o dom. às 17h. Ingressos a CZS200.00.A BELA ADORMECIDA — Texto e diropáode Fernando Bordítchevsky Com Dia Nu-nes, André Felipe o outros. Montagem dig-na de contos de fada quo materializa emsuperprodução uma das narrativas tradicío-naia mais populares no Ocidente, TeatroToroza Rachel, Rua Siqueira Campos. 143(275-HB05). Sab., as 17h, o dom., ás Kih.Ingressos a CZS 200,00,DE REPENTE... NO RECREIO — Toxto doKaren Acioly e Miguel Reade, Direção deKaren Acioly Na corriqueira situação depreadolescento, o desabrochar da afetivida-de contado de modo inteligente o lúcido, apartir do cenário de rocreio. Teatro dosQuatro, Rua Marques do S. Vicente. 52 (274-9895). Sáb, às I7h edom, as IQh, Ingressosa CZS 200.00

SONHAR COLORIDO - Musical com texto edireção de Alexandro Mendonça Qrajau TênisClube, Rua Professor Valadares. 262 (258-5155). Sab e dom, as I7h30rn. Ingressos a

rCZS120.00.CRIANÇA TEM CADA UMA — Texto e direção

i de Cláudio Ramos. Com o grupo Ví-vonrio Tea-¦ ^ro Teatro Cândido Mondes, Rua Joana Angéli-

ca, 63 Sab. as 17h30mln e dom., ás I6h30minIngressos a CZS 150,00"NA

COLA DO SAI'ATEADO - Texto dc TâniaNárdíni, Maria Dulce Saldanha, Qisola Salda-nha o Mabel Turde. Direção de Taniã Nardtni

i-Çom o grupo Catsapa Toatro Oaleria, Rua(.Senador Vergueiro, 93(225-8846) Sab. ás 17H7e dom. as I6h. Ingressos a CzS 200.00

NATAL AZUL OU ENCARNADO - Baseado¦, nas estórias pastoris de nosso folclore Adapta-

çáo e direção de José Roberto Mendes Direçáo

musical de Sidney Matos Teatro Nelson Rodri-gues. Av Chile. 230 Sab, às l7h edom. ás 16h.4" a 5a. ás t Bh30min. Ingressos a CZS 120.00O GATO DE BOTAS — Musical com toxto odireção de Maria Clara Machado Teatro Tabla-do. Rua Llneu do Paula Machado. 705 Sab odom, aa 16h e 17h30min. Ingressos a CZS100.00FADA MF.NINA - Inspirada no livro homóni-mo de Lúcia Miguel Pereira. Toxto e direçáo doLúcia Coelho. Direção musical de Mimi Lessa.Toatro Casa Orando. Av Afrãniode Mello Fran-co, 200 (239-4048). Sáb. às 17h o dom, as IHhingressos a CZS 200,00O SOLDADINHO E A BONECA — Texto deWashington Guilherme Direçáo do Sônia Silva0 Custodio Vieira. Teatro do Clube Municipal,Rua Haddock Lobo, 350 Sab u dom, as 17hIngressos a CZS 100.00 Até domingo

BAGUNÇAS E GOSTOSUHAS — Comédia doDaniel Barcelos o Ana Campo Diroçào de Da-niol Barcelos. Teatro dn Barrashopplng, Avdas Américas, 4666 (325.5844) Sab e dom. ns17h. Ingressos a CZS 150,00. Ate domingoTICA TICA BUM-MORRF.NDO DE AMOUToxto o direção du Kaka Braga Paço Imperial.Praça XV. Sab. edom., as 1 ali. Ingressos a CZS100,00 Acompanhante com duas crianças náopaga. Ate domingoCAMALEÃO E AS HAT ATAS MÁGICAS - Tox-to de Maria Clara Machado Direção de ClaudiaVieira Teatro Cawell, Rüa Desembargador Isl-dro. 10 Sab. o dom., às 17h30min. Ingressos aCZS 100.00 Ate domingo.O PEIXINHO DE OURO — Texto e direção doHumberto Abrantes Toatro de Bolso, AvAtaulfo de Paiva, 269 (239-1408). Sáb. e dom.,às 17h. Ingressos a CZS 100.00. Até domingoA REVOLTA DOS BICHOS —Texto e direção doManasses Sossanain, Com o grupo Atenas. Toa-tro do Planetário, Av Po. Leonel Franca, 240(274-0046). Sáb. o dom., as 16h. Ingressos aCZS 150.00. Acompanhante nào paga. Ate do-mingo. Depois do espetáculo, sorteio de brin-des para as criançasSONHATOS DE MONTEIRO. UM SONHO DELOBATO Toxto e diroçào de Marcelo Barreto.Teatro Heiijamin Constam. Av Pasteur, 350(205-3448) Sab edom. as I7h. Ingressos áCZS150,OO o CZS 120.00, crianças. Ate domingoTERRA DE GIGANTES - Texto do VicentePereira e Ronaldo Reseda. Direçáo de AliceKoonow Teatro do Planetário, Av Pe. LeonelFranca. 240 (274-0046). Sab e dom., as17h30min Ingressos u CZS 150,00. Ate do-míngo.SONHE COM OSHATINHOS- Texto o diroçàodo Ricardo Maurício Com Marcus Acauan.Rose Vorçosa o outros Teatro Ipanema, RuaPrudente do Moraes, 824 (847-19794) Sáb ás17hedom.as tah Ingressos a CZS 150.00. Atedia 27 de dezembroO MENINO MALUUUINHO - Toxto de Ziraldoe Demétrio Nicolau Direção de Demétrio Nico-lau Toatro Clara Nunes. Rua Marquês, de SVicente. 52 (274.0606). Sab o dom, as 17h.Ingressos a CZS 150.O0 Não será permitida aentrada apos o inicio da sessão.ANIMADOS —Concepção o adaptação de NoldoPires 0 Vlvtana Duran Centro Cultural Latino,americano, Rua Lauro Mlller, 1 (5-11-8547).Sab o dom, às I5h30m. Ingressos u CZS 100.00.CINDERELA, A OATA BORRALHEIRA — Co-média de Eliseu Miranda. Direção de AlcyrCobucci e Eduardo Marins Toatro da ASCII.Rua Lauro Mlller. 1 Sab. o dom, as t7hIngressos a CZS 120,00

CAMALEÃO NA LUA — Textos de Mana ClaraMachado, Direção Humberto Abrantes Teatrodo America. Rua Campos Sales, 116 (234-20(ití). Sãb e dom. as 18h. Ingressos aCZS 100.00.MICKEY E PATETA EM APUROS... - Com Ogrupo Carroussol Toatro do Clubo Monto Si-nai. Rua S. Francisco Xavier. 104 (848.8448).Sáb o dom. as Hlh30inni Ingressos a CZS150.00THUNDEHCATS E CHAPEUZINHO VERME-LHO CONTRA O LOliO MAU - Texto o diroçàoBrigitte Blair. Teatro Brigitte Blair, Rua Mi-gnel Lemos. 51 (521-2955). Sab o dom, às 19h.Ingressos a CZ$ 150,00.PAPAI NOEL EM FAMÍLIA — Texto de ReginaDarze. Diroção de Ressy Mano Penafort Teatrouo Barra Shopping. Av. das Américas, 4066(385-5844). Sáb edom. às 15h Ingressos aCZS200,00. Ate dia 20 de dezembroDANÇANDO NO ARCO-ÍRIS Texto e direçáode Leonardo Alves Teatro feltla. Rua CorrêaDutra, 99 sl. (805-6371) Sab e dom. as 17h.Ingressos a CZS 150.00.O GORDO E O MAGRO Texto e diroção dePaulo Afonso de Lima. Toatro da Cídado.AvEpitácio Pessoa, 1664, Sáb e dom às 17h In-grossos a CZS 1 20,00,O SOLDADINHO DE CHUMBO E A BONECADE PANO — Musical com texto o direção doWalter Costa Teatro Brigitte Blair 2. Rua Mi-guel Lemos. 51 (5812055) Sab o dom. às 16h.Ingressos a CZS 150.00.CINDERELA ÁGATA BORRALHEIRA —Textoo direçáo de Brigitte Blair Toatro Brigitteülatr. Rua Miguel Lemos, 5 t (52 1-2955) Sab odom . às 18h Ingressos a CZS 150,00OS TRES POUQUINHOS ENCONTRAM COMHE-MAN — Texto e direçáo de Bngtlo BlairToatro Brigitte Blair, Rua Miguel Lomos. 51(581-2055) Sab. edom., às 17h. Ingressos aCZS 150.00O ESTRANHO DO NINHO — Texto de AurlmarRocha. Direção de Wagner Lima. Toatro doBolso Aurlmar Rocha. Av Ataulfo do Paiva,2B0 (2301408) Sab. dom o feriados, ás 18h.Ingressos a CZS 800.00.O PATINHO FEIO CONTRA O OAVtAO PAPATUDO — Direção de Roberto de Castro, com oGrupo Carroussol. Toatro do Clubo Monte Si-nai. Rua Sao Francisco Xavier. 104(248-8448).Sab e dom. às 17h30mm. Ingressos a CzS150,00.EMBALO DAS CANTIGAS — Texto do SôniaCatarina Direçáo do Grupo Frò do UirapuruToatro Villa-Lobos, Av Princesa Isabol, 440í275-U(iQ5)Sab. o dom . ás 16h o 17h30minIngressos a CZS 120,00

O BECO LAMBANÇA - Direçáode Luis Igreja.Teatro du UFF. Rua Miguel de Frias. 0 (717-8080). Sáb o, dom. as 16h. Ingressos a CZSÍOO.OO Ato dia 6 de dezembroSEMPRE AOS DOMINGOS - Programação:Frò do Uirapuru, no Jardim do Méier; Palhaça-das. no Aterro, Ilusoos Cômicas, na Quinta daBoa Vista. Marimbondo no calçadão de CampoOrando e Feliz meu bem. no Parque Ary Barro-so. Penha Entrada francaO CAVALINHO AZUL — Texto de Maria ClaraMachado Diroção de Eduardo Escorei TeatroArmando Oonzaga, Av Gal Cordeiro de Farias,511 Sab o dom, as I7h Ingressos a CZS40.00.PINOOUIO EM AVENTURAS—Textoedireçãode Limachem Chorem Teatro Imperial. Praiade Botafogo, 524. Sab. e dom., as 17h30min.Ingressos a CZS 100.00. Acompanhante nãopaga.UMA AVENTURA NO PAIS DOS SONHOS —Texto de Ilvumar Magalhães Direção de LúciaBayma Teatro Cawell, Rua DesembargadorIsidro. 10 Sab, o dom, às I8h Ingressos a CZS120,00 Ate dia 31 de dezembroO CASAMENTO DE D BARATINHA — Musicalcom texto o diroçào do Jorge Azevedo ToatroArtur Azevedo. Rua Vítor Alves. 454 (304-16221 Sab e dom. às I6h.«UEHO OUEHO EU QUERO — Adaptação dodiroçào de Otto Gripp. Teatro Dirceu de Mattos.Rua Barão de Potropoiis. 8U7 (273-6348). Sáb edom. as 18h. Ingressos a CZS 120.00. Ato dia 30de janeiro.C1HCO CHEIO DE LUA — Musical do Nonoliade Carvalho. Adaptação do Valeria Moreyra.Com ogrupoTrapisonga Toatro Suam, Pça dasNações. Bonsucesso Sab edom, as 17h. Ingres-sos a CZS 100.00VAMOS BRINCAR DE CIRCO—Textoo direçáode Salto Tché Toatro ASA, Rua S. Clemente,155 (255*3408). Sab e dom. as Í7h30min In-grossos a CzS 120,00.OQUEEQUEE — Espetáculo de Maria Armin-da Falabella. Direçáode Vanderlei Galvão Toa-tro do Sosc do Moríti. Av Automóvel Clube, 60(756-4615). Sab o dom. as 14h.

CIRCOCIRCO SPACIAL — Palhaços, malabanstas.trapezístas, animais, contorcíonismo, pirofa-gia, entre outras atrações. Do 4tt a 6a. às 21h:sab às I7h30mln e 2ih e dom. ás lOh,17h30min e 21h. na Praça Onze (238-8036)Ingressos camarote, a CZ$ 1500.00 (quatropossoasl; cadeira a CZS 300,00 o a CZS 150,00.crianças; arquibancada a CZ$ 200.00 o a CZS100,00. criança. Venda antecipada na bilhete-ria do circo.

CINEMAAS NOVAS AVENTURAS DA TURMA DAMÒ-NICA — Desenho de Maurício de Souza Barra 2(3áb e dom), ás 15h, Jóia (dom), as15h30m.(Livre).

SHOWO PAO DE AÇÚCAR DAS CHI ANCAS — Apre-sentaçao do espetáculo O QUE E QUE TEMDENTRO?, musical de Sheila Quintanoiro.Beth Zalcman e Eugênio Dale o mímica comJosué Soares. Sab e dom, as 16h. no Morro daUrca. Av Pasteur, 580 Ingressos a CZS 120.00o CZS 60.00. crianças entre quatro e 10 anos

KARAOKÊKARAOKÉ DO VOVÓ JEREMIAS — Discoteca,karaoke e brincadeiras. Direção do ator WalterJeremias Bar m, liua Vise do Pirajá. lll(287-0591) Sáb edom,às 18h. Ingressos a CZS140,00. com direito a lancho Reservas (294-2325).

PLANETÁRIOPLANETÁRIO — Programação dom. ãs 17h.Carrinho feliz {crianças de três a sois.anps};sáb. às IBhSOmin, Ate quo o sol so apague(adulto), sáb. as 17h a dom, as I8h30min,Robozinho Bllls e as estrelas (crianças de cincoa 12 anos). Av Pe. Leonel Franca. 240 (274-0046). Ingressos a CzS 10,00, adultos e CzS5,00, crianças.

DANÇASUITE QUEBRA-NOZES - Espetáculo de Tcha-kowsky com o Ballet Claudia Araújo Participa-çáo da Fundação Niterotenso do Dança Corei-grafia do Tlndaro Silvano e Claudia Araújo H",às 20h; sáb., às 16h e dom., as lOh e 17h. noToatro Municipal du Niterói. Rua 15 de Novem-bro. 35. Ingressos a CZS 800.00COMPANHIA DE DANÇA SYLVIO DUFRAYER— Programa Sab , as 21h. Árias por(Senttmen-to)'-, com musica de Bellini, Verdi. Wagner oPuccinl. Teatro João Caotjino. Pça Tiradentes.s-' n° (221-0305). Ingressos a CZS 150,00.OOUN INIIRE — Apresentação do Bale do ArteNegra de Pernambuco, sob a direção de ThelmaChase Coreografia do Zumbi Bahia: TeatroDuicina. Rua Alcindo Guanabara. 17 (820-61)97), De 4" a sab. as IBhSOmin edom. ás 17h.Ingressos a CzS 150.00 Ate domingo

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SEROIO CAMAROO - Esculturas. Terreirodo Paço Imperial, Praça XV, 48. Do 3o adomingo, dus 1 lh ás IBhSOmin Até dia 27de dezembro.

Cerca do 30 esculturas em mármore eem negro da Bélgica que o artista realizounos últimos anos, ainda náo mostradas noRio de Janeiro. Obedecendo ao mesmo prin-cipio adotado por Sérgio, o do reorganizarsólidos geométricos a partir de seus frag-mentos. a mostra no Paço e uma das poucasinstâncias em quo fica patente a vitalidadeda escultura brasileira.

FEIRAS DE ANTIQUÁRIOS — Quadros, porco-lanas, cristais, relógios, e outros objetos Todosos sábados, na Praça XV, das Oh às I8hVILLA-LOBOS: 100 ANOS — Desenhos de Alde-rriir Martins, Carlos Zilio. CláudioToz/.i, Fang,Fernando Mendonça. Moriconi. Sara GoldmanBolz, o outras. Musou Villa-Lobos, Rua Soroca-ba, 200. Ulilmo diaRAFAEL OAHCIA MIRO - Pinturas OaloriaAM Niemeyor. Kua Marquês de Sao Vicente,

,52 205 Do 2" a «"das 101lás22h Sábados, daslOh as IHh Ultimo diaLUIS WF.I.SS ¦¦ Pinturas Galeria Paulo Kla-

íbln. Rua Marquês de Sao Vtcento, 51?" 204 De'£}" a 6J", das 15h ás 21h Sábados, das lOh as.14h. Ultimo dia.OENY MARCONDES Pinturas Clnolra Ar-tos, Rua Paul Redfern. 32 De 2" u 0a, das 13h ás21h Sábados das 13h as lBh Último diaEZEUUIAS Pinturas Caloria do Arte Jean-.lucquos. Rua Rumou Franco, 4!) Do 3" a sába-do. das i lh as aoh Último diaANTÔNIO HENRIQUE AMARAL ¦-- PinturasMontosiiml Oaloria, Estrada da Gávea, 899 -

..-loja 218 B De 8" a sábado, das lOh as 22h¦ Último dia.RICARDO TAMM Dosonhos cortados SESCda Tijuca. Hua Barão de Mesquita. 539 De 3" aU'1 das 13has81h Sábado e domingo das lOh!às 22h Ate amanha

7'íiO ANOSDOSPUTINIK Fotografias rnatori

,te Planetário da Cidade do Rio do Janolro Av

PERTO DE CLARICE — Fotografias, artigos,cartas, odiçóes estrangeiras de algumas obrase a maquina de escrever da escritora Oaloriacia Casa do Cultura Laura Alvim, Diariamente,das I5h as 21h Ato amanha.BRASIL E EXTERIOR Exposição de PintU-ras o esculturas, no foyor do Rio Othon PalaceHotol. das 10b as 22h. Avenida Atlântica,3284 Até amanhãSULAMITA MAREINES — Esculturas Show-room o nos mall do Rio Design Conter. AvAtaulfo de Paiva. 87o De 2o a sábado, das íohàs22h Domingo, dás 12h às 20h Ate amanhaANDRÉ CIRA ~- Abstrações fotográficas omcomposições fotográficas. Ralph Cuniurgo,Shopping Cassino Atlântico. Av Atlântica,4240 — sala 112 De 2" a B°. das lOh ás 20hSábados, das 14h as I8h, Até dia 30COMISSÃO KONDON - Fotografias reproduzi-das a partir do negativos do vícro, tiradasdurante expedições da Comissão Rondou, do1907 a 1915, com vidoo explicativo Museu doíndio, Rua das Palmeiras, 55 Torças e 0". daslOhàslBh Sáb edom..das iuhás 17h Atédia30RASEC — Restaurante Casa da Suíça, HuaCândido Mendos, 157 Diariamente, a partirdas 12h. Ato dia 30PAULO LAPORT - Pinturas OB Arto. AvAtlântica. 4240 —Loja 120 Do 2" a B". das lOhas 81h. Sábados, das 14h as lBh Ato dia 30NAGYH - Pinturas Colégio Estadual OonlosFreire do Andrade, Rua Sáo Maurício. 87 -Ponha. Do 2"a sab. dás 13liás 17h Atedia30IMPRESSOS QUINHFNTISTAS PORTUOUE-SES — Exposição de 30 obras selecionadas doséculo XVI pertencentes ao acervo dá Seção deObras Raras Biblioteca Nacional. Av RioBranco. 2 10 — ;3° andar De 2a a 8a das üh as20h Sábado, das 12h as IHh Ate dia 30JUAREZ CAVALCANTI Fotografias de pes-soas rio cinema Rlcamar. Av Copacabana,360 Diariamente, a partir das 14h Até dia 30NETINHA RODRIGUES Pinturas, poemas edosonhos Espaço do Arto do Restaurante Bar-bus. Kua Álvaro Ramos, 408 Diariamento dusISh às 84!l Ate dia 1°COLETIVA Moveis, tapetetu ras Trabalhos do Ricardc:Fabriani, Angela Carvalho,Almeida Magalhães o Bia %dio Bernardo» Galeria do

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O novo filme deBernardo Bertolucci

encerra hoje o 4"FestRio

Vincent CanbyThe New York Times

OVA Iorque — Pu Yi (1906-19G7I, o último imperador

fmandchu da China, chegou ao

a trono do dragão com doisanos e alguns meses. Quatro anos depois,o príncipe regente, pai de Pu Yi, eraobrigado a abdicar de toda autoridadeimperial em favor das forças republica-nas. O imporador-menino continuou amorar em solitário e irreal esplendor naCidade Proibida de Pequim por maisuma década. Era assistido por 1 mil 500eunucos, os vários membros de sua ex-tensa casa e seus aderentes, e no fim porRegiriald Johnston, sou fiel e às vezesacerbo tutor britânico, um escocês comuma profunda admiração pela civilizaçãochinesa e nenhuma pelos missionárioscristãos.

Na década de 20, vivendo de sua imen-sa fortuna, Pu Yi e sua linda imperatriz,apelidada Elizabeth, acompanhados pelasegunda mulher dele, foram expulsos dopalácio e mudaram-se para a cidade por-tuana de Tientsen. Durante alguns anos,viveram no que se via como uma deca-dência despreocupada e em alto estilonaquele enclave estrangeiro.

Na década de 30, os japoneses, quebuscavam legitimar seu domínio daMandchúria, devolveram Pu Yi e famíliaà sua pátria mandchu, onde, até o fim daSegunda Gueira Mundial, ele reinou co-mo imperador-títere japonês do novo es-tado de Mandchuko. Depois da guerra,passou cinco anos numa prisáo russa,depôs contra seus ex-aliados japonesesnos julgamentos por crimes de guerra emTóquio, foi repatriado para a China e,após 10 anos de reeducação, posto emliberdade condicional como o sr. Pu Yi.Quando morreu, era zelador, de um par-que em Pequim.

Estes sâo os fatos puros e simples deuma vida extraordinária vivida por umhomem que parece ter sido a pessoa maiscomum do mundo. Pu Yi foi um acidentemeteorológico, o centro calmo e meio ocode um furacão político que surgia ao seuredor e definia seu lugar na história. Foi

, uma incógnita comparada aos notáveispersonagens que, de uma maneira ou deoutra, moldaram sua vida e a China mo-derna — Tzu Hsui, a velha e feroz impera-triz-máe que pós o garoto no trono emorreu imediatamente, e os revoluciona-rios que se combatiam mutuamente, SunYat-sen, Chiang Kai-shek e Mao Tse-tung.

¦ Com exceção da imperatriz-máe, quefaz urna breve mas importante aparição,nenhuma das figuras principais dessedrama imenso aparece no artrítico e àsvezes espetacular novo filme de BernardoBertolucci. O último imperador. Se fosseum filme de concepção mais poética, po-dia-se relevar tudo de importância quenâo se vê na teia. Mas isso não o fácilquando a maior parte do que vemos eouvimos é tao sem brilho. O filme parececompartilhar da experiência — e curiosi-dade —• seriamente limitada que Pu Yitem do mundo.

O último imperador, escrito por MarkPeploe. "com" (como dizem os créditos)Bertolucci, pode ter sido inibido pelaenormidade do tema. e até mesmo peloapoio aparentemente entusiástico daChina, que serviu de anfitriã para Berto-lueci, seu elenco e equipe de produção.Não ê um filme que possa ofender qual-quer tendência política, exceto talvez asde Chiang Kai-shek.

O diretor teve acesso a algumas mag-níficas locações dentro da Cidade Proibi-da e em outras partes da China e daMandchúria. Quando o roteiro pede mi-lhares de extras, hã milhares de extras natela. Supôe-se que todo guarda-roupa,objetos de cena e referências históricassão autênticos. O olhar é freqüentementeentretido, e nossa curiosidade espicaça-da, enquanto o centro da tela permanecemorto.

O filme começa em 1950, com o retornoà China de Pu Yi (John Lonei, comocriminoso de guerra. Dal em diante, saltadesajeitadamente para frente e para trás,em sua tentativa de cobrir mais de 50anos da vida absolutamente passiva doimperador. Grandes cenas lembram o pri-meiro (e último) encontro do garoto coma imperatriz-màe (Lisa Lu), sua aclama-ção como imperador e um pouco de suainfância mimada e artificial.

O filme ganha impulso com a chegada,em 1919, do tutor Reginald Johnston (Pe-ter OToole). Embora Johnston pareça tersido um sujeito interessantíssimo na vidareal, incuravelmente romântico e tediosa-mente britânico, o roteiro de Peploe so-brecarrega-o com muita informação a darno diálogo, mas quase nada como perso-nagem.

Os curiosos (para os ocidentais) costu-mes matrimoniais dos monarcas chinesessão reproduzidos com cuidado. Wan Jung(Joan Chcn), a noiva de Pu Yi, é vistacomo uma mulher de algum espírito, querapidamente se vicia em ópio, para des-gosto do marido. Quando o filme tentacaracterizar as vidas tediosas de Pu Yi eWan Jung em Tientsen, O último impera-dor fica parecendo muito com O confor-mista.

Bebem-se rios de coquetéis. No meioda tarde, Pu Yi encosta-se no piano numrestaurante de hotel e canta Am I blue,enquanto Wan Jung troca tiradas sáficascom Jóia Oriental (Maghie Han), umajovem vestida em trajes de couro deaviador.

OToole chacoalha suas falas rápida-mente, e muitas vezes parece não darmuita bola para o que elas querem dizer.De vez em quando, quando tem de regis-trar uma certa tristeza inefável, enunciacada palavra como se fosse uma pérola, oque não é. Não é um grande desempenho.Um pouco melhores estão Lone, JoanChen, Lisa Lu e Richard Vuu, que faz PuYi aos três anos e tem uma aparênciaangelical.

O último imperador funciona maiseficazmente como uma espécie de prlml-tiva introdução ;i moderna historia chine-sa. Contém exatamente a informação ne-cessaria para nos fazer procurar Oe impe-rador a cidadão, a autobiografia do PuYi, que e a base do filme.

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GARFIELD JIM DAVIS

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ARIES -21 de margo a 20 de abrilSua força de vontade, elemento capital de toda asua personalidade carivante e vencedora, o leva-rá hoje a momentos de positividade incomum narotina do relacionamento com as pessoas maispróximas. Quadro de entendimento que se redetira beneficamente no amor,

TOURO — 21 de abril a 20 de maioSua tendência a racionalizar os mais pequenosfatos pode levá-lo hoje a desviar sua atenção deaspectos importantes e capitais do trato afetivo,carente de maior atenção quanto a suas rea-ções. Final de dia com possibilidades de granderealização interior.

GÊMEOS - 21 de maio a 20 de junhoDotado sempre do correto senso de medida nasatitudes a tomar, você terá um sábado bastantefavorável à tomada de decisões que impliquemem mudanças na sua rotina de vivência entreamigos e parentes. Tudo lhe será favorável nocorrer do dia.

CÂNCER — 21 de junho a 21 de julhoControlando a tendência indisciplinada de condu-ção da rotina própria do canceriano, você devebuscar neste sábado um melhor ordenamentode seus assuntos pessoais. Favorecimento paranovas amizades e para aventuras proveitosas notrato amoroso.

LEÁO — 22 de julho a 22 de agostoBoas indicações que moldam um sábado positi-vo para o leonino que se decidir superar qualquermanifestação de egocentrismo e que se dispu-ser a agir no sentido de valorizar os que ocercam. Mude seu comportamento de forma aobter tudo o que almeja.

VIRGEM — 23 de agosto a 22 de setembroLimitado pela prudência e pela cautela, dois deseus bons atributos pessoais, você hoje podedeixar de lado um assunto importante que seriaresolvido de forma favorável com um poucomais de audácia. Ligado aos seus sentimentos,tal assunto, no entanto, terá bom encaminha-mento futuro.

LIBRA — 23 de setembro a 22 de outubroRegência que destaca pontos importantes a seu

'

favor na rotina deste sábado. Sonhador dotadode fértil imaginação, você tenderá a converterem realidade aquilo que, no entanto, só existeem suas aspirações. Cuide por onde não levar aextremos tal comportamento.

ESCORPIÃO -- 23 de outubro a 21 denovembroSeu sábado marca um posicionamento favorável •dos astros a seu favor. Comportamento dinâmi-co e atirado de pessoa próxima poderá contagia-Io favoravelmente fazendo-o mudar de conceitose opiniões e, com isso, obter vantagens afetivasinesperadas.n SAGITÁRIO — 22 de novembro a 21 dedezembroA soma de todas as suas boas características,moldadas em quadro de favorecimento geradopelo trânsito de Saturno, farão deste um sábado .especial. Presença forte a fascínio gerado pelasua forte personalidade. Atitudes de dinamismoe inventividade que o beneficiarão.

CAPRICÓRNIO — 22 de dezembro a 20 dejaneiroSeu comportamento seguro, mesmo diante desituação com as quais tenha pouca familiandade,lhe dará vantagens no passar de um sábado quelhe reserva instantes de plena realização interior .e um quadro de satisfação incomum quanto aosinteresses afetivos.

AQUÁRIO — 21 de laneiro a 19 de fevereiroControlando sua inquietude, natural elemento dacomposição da personalidade fascinante doaquanano, e dingindo-a no sentido da criação,você compensará falhas e terá retribuição impor-tante neste, que poderá ser um excelente diapara sua realização interior.

PEIXES — 20 de fevereiro a 20 de marçoSujeito hoje a momento de instabilidade geradospor seu comportamento, você deve usar de todaa sua intuição para decidir o quemelhor lheconvém. No final do dia você tenderá a umcomportamento sonhador que lhe dará instantesde poesia e romantismo.

LOGOGRIFO JERÔNIMO FERREIRA ,-,

PROBLEMAN° 2715

C

MR

1. aleijar (6)2. antigo povo

da Germânia(10)

3. apanhar ma-riscos (8)

4. carrapateira(6)

5. delicado (6)6. derramar (5)7. determinar

(6)8. escárnio (4)9. esquisitice

(5)10. excêntrico

(7)11. extorquir (5)12. grande (5)13. homem mu-

lherengo (7)14. imprestável

(6)15. isca (7)16. liso (5)17. mirante vira-

do para omar (7)

18. ranhosa (7)19. sossegado

(5)20. trapaça (7)Palavra-Chave:12 LetrasConsiste oGOGRIFOencontrar-sedeterminadovocaculo, cuiasconsoantes jáestão inscritasno quadro aci-ma. Ao lado, àdireita, é dadauma relação devinte conceitos,devendo ser en-contrado um si-nònimo para ca-da um. com o

LO-em

numero de le-trás entre pa-rènteses, todoscomeçados pa-ra letra inicial da ;palavra-chave,As letras de to-dos os sinòni-mos estão con-tidas no termoencoberto, res-peitando-se asletras repetidas.Soluções doproblema nc2714 Palavra-chave: CON-VERTIBILI-DADEParciais: cândi-do, cabineiro,centiare. cantei,coletividade, ei-viiidade, calibre,celeiro, ceno,cinira, cantil, co-lidir, cólera, car-dite, divo, ca-dente, cervi-deo, cativo, co-letar, círio.

i ".'

CRUZADAS CARLOS DA SILVA

HORIZONTAIS ¦- 1 —aquelas que começam, iniciais. 10 —aque se sacrifica desinterossadamente iwi alguém ou algumacoisa, desprendida, 11 — diz-se do um verso grego ou latinode cinco pós. dos quais o primeiro e o último soo ospondeus, oterceiro ctóctilo 0 os restámos troquous. 13 — uma das cincoprincipais cidades sumerlánas. 14 -- planta indiana da lámllindas Asclopiodacoas, du propriedades medicinais, Ib — ÓrgãosoxuDl feminino, com lormti do ffíisco. cio musgos, tetos oalgumas gimnopermas, 17 — sopio, espirito, segundo oocultismo. 19 — ramo ou iQtxoda flores reunidas pelas hastes,romalheto, 20 — diz-se do andar do uma casa imediatamentesuperior o loja ou sobreloja. ladríio que nao mata nem foro, 27.— missa dos males, formiga brasileira, quo persegue asabelhas nas colméias, 23 silicaio natural, variedade demuscovita. pertencente á família das micas, 213 — deusaegípcia do Direito, da Verdade, da Justiça o da Ordem, 26 —pronome pessoal oblíqua ou adjetivo, reflexivo, da terceirapessoa ilo singular e do plural, sempre; regido de preposição,71 — designação comuni .1 vários penes nèmatógnatos daAmazônia, na maiona diminutos e hematófagos, das tamiliasdos Tncomicterldoos, Ceiopsldeos e Pigidildeos. entre osquais se distingue a espécie Vandellla cirrhosa, que comumoivte parasita as queiras de peixes, mas pode peneirar nosorifícios naturais' do homem o de animais dos quais pode serdesaloiado somente com grande dificuldade, por causa dosespinhos eréteis das cobertas do suas guolras, os quaiscausam uma hemorragia abundante, quo pode ser In tol 29espécie do mingau que se da aos cavalos dobiinados, papasque atirem o apòliio dos cavalos 31 Nos leatros portuguêsv espanhol dos séculos XVI o XVII introdução ou prólogo do

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53 ""' ^M *""

wm YT ™*~-ll - mádramas o comédias, destinado a captar a stropatia e mjiorparticipação dos espectadoras, 32 — Pequena concreç.loesférica ou elipsólde, formada pela deposição d* camadassucessivas de cortas substancias minerais em redoi de umnúcleo, cujo tamanho eqüivale ao de um ovo de pene e deestrutura similar mas do tamanho de um grão de ervilha

VERTICAIS t — elomenlo nasal acessório de alguns repusleromorfos, 2 - primeiro enredo do saco. no aparelho da.vivega. 3 — espada de Xangó. 1 — cotovelo ou enseada nacosta. 5 — pertencentes ou relativos a Teos, ilha da Jônia,pátria de Anacreonto; ü ---¦ plantas nmfeaeeas, 7 — formaarcaica da terceira pessoa do singular do presente do indicativodo verbo ir, mterjeiçâo que serve para exprimir incredulidade,''enfado com o que outrem diz; 8 — seguir como sombra^adumbrar, imitar os movimentos de, 9 —¦ chifre ainda tenro do-veado. 12 — avião com asas abreviadas, hélice de tração &rotor de açáo verttcal e que necessita de muito pouco espaçode partida e aterragòm mas náo podendo subir e descer]verticalmente, náo parando no ar como o helicóptero; aviãocom rudimento de asas. cuio plano sustentador õ um heiicéhorizontal náo motriz, e que sobe e desce em direção vertical-,-16 — nome antigo da nota mi. 18 Moeda de cobre quecorria em Goa ò Damáo. 21 — hidrocarboneto saturado:qasoso. incolor e inodoro, 24 — diz-se da barba aparada emponta, 28 - unidade de medida de intensidade da dor. 30 --.espécie de carbúnculo mortal que se desenvolve no intestinorolo do gado vacum Colaboração de OM. Quoiroz (TURU-NAS DA CARIOCAI — Rio.

SOLUÇÕES DO NUMERO ANTERIORHORIZONTAIS sicomancia. otário, oiu, larda. broi. ipuadaeb. sialologia, mu, evo, ahdòbta, es, au. atou, tara sea sapoiar, aiVERTICAIS solisma. uapiuna cama ordalio, miado, ao,corego lioui aui, aioitar ovais aisis duto baia. etal, aca, ja, aí'

Correspondência para Mun das Palmeiras, 57, ap. 4Botafogo - CEP 22 270

JORNAL DO BRASIL

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SílDíUlO, 11/87 CADERNO B II

Mauro Nasr.imonlo

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O sommelier 7a?;» e o chef Jaloux com o beaujolais sdbpr banana

Danusia Barbara

rn Tem f/os/o para todo.Qmcm prefere a sutileza

e a arte da gastronomiafrancesa encontra nas ai-turas olímpicas do LcSaint Honoré o FestivalPaul Bocuse, com a pre-sença do chef Roger Ja-loux e do sommelier YannÊon. Quem gosta de comi-da de resistência vai se in-teressar pelo A pantofagia,um livro de Abguar Bastosque ensina como e por quecomer barro, terra, madei-ra on cinza moida, semfa-lar em centopéias, minho-cas e gente au charbonna-de (Coleção Brasiliana,vol. 381).

Menos exótico, o festivaldo Zaire promete óleo deelacis, chikwange, pili-püie tilápia, além dos corri-queiros crocodilos, antílo-pes, porcos-espinhos, lar-tarugas c larvas. Para osque acham a pasta asciut-ta mais adequada que apasta de mandioca africa-na, o Palazzotto é uma boaopção para o almoço exe-culivo no Centro. Ja ainauguração do Ficha IIfaz a felicidade dos quegostam de comida alemã.

Agora, esta semana nãopode passar sem falar dohamburger do Pantagruel,Como dizem as criançasem Nova Iorque, ao prova-rem o superbom: Yummy.'

Luiz MpriQrFTrrrr-.-rrrv- TI rw wrr.sr-. ¦¦ —'":">%VM \¦...".fi ... y ¦' ¦/.v,i.:.;. :..: .... y; 'MaX;'--mm '¦. mm... ' fmmmm>m:-¦<--mw \ ... ¦;>.l;?i'';-fi.-: , ¦ " $-W'->.... ¦ ¦ . ¦¦••>'v.. ;><•;« V;;V" :¦ .,;-.. ,*'•;,-;?: .'„.. ....

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As mamães do Zaire jazem crocodilos c porcos-espinhos como poucas

Larvas e crocodilosUE ninguém as chame de madame,ofensa séria no Zaire, nem experi-mente classiricá-las como chef. Na

vida civil, as responsáveis pelo festival gas-tronõmico do Zaire devem ser tratadas co-mo "cidadã cozinheira" — afinal elas traba-lham usando roupas patrióticas com o rostodo presidente Marechal Mobuto estampadoa cores — e na amizade gostam de serchamadas de "mamãe".

As mamães Amadi. Anongo, Ingalu, Lo-mama e Njoli Kititua cozinham com fogáode lenha. Trouxeram 500 quilos entre carnes,temperos e outras iguarias e fazem um bufesem entradas ou sobremesas, so de pratosquentes. A cada dia varia o menu, massempre hã chance de provar crocodilos, por-

cos-espinhos, cabras, antílopes, javalis e>umas larvas ensopadas com jiló, que mais'parecem um macarráozinho. Pois estas lar-vas são um prato nobre na cozinha zaírense,só obtido quando a palmeira apodrece e cai,no chão, com o tronco recheado das tais.,larvinhas. Há também o zimbiliquis, umparente do rato.

O festival todo, aliás, com danças folctó-ricas, desfiles de modas, exposições e pales-trás. vai acontecendo ao mesmo tempo, com-uma vivacidade bem africana. Pensando'bem. as mamães todas têm o jeito das báiiv'nas doceiras de tabuleiro armado, que yáo,sumindo com os tempos. Bufê, CZS 350• Centro Empresarial do Rio — Praia dt? Botafogo,228 p, Botafogo. Hoje. a partir das 18h. Amanha,ultimo dia. a partir das I2h.

Pechinchada semana

M Collonges-au-Mont-d'Or, norestaurante de Paul Bocuse. eleé o chefe das cozinhas, superin-

tendente das hortas, sumo sacerdote doculto Bocuse e instrutor de muitosaprendizes de talento quê passam pelacasa a cada ano. Com tudo isto, àsombra lendária do seu patron, RogerJaloux bem que poderia ser ciumento,como quer seu nome de família, mascontenta-se em ser um excelente chef.premiado meilleur ouvrier de Francoexatamente como Bocuse.

Pois é ele que está de volta esteano, estrela de um festival de alto nívelencenado no Le Saint Honore — o quegarante infra-estrutura perfeita e servi-ço de primeira. Os ingredientes podem

Salsichõese milongas

ambiente é o mesmo do velho Ficha:cortininhas azuis, uma coleção decanecas de chope que também sáo

caixinhas de musica (tocam Santa Lúcia,bem a italiana), jacarés empàlhadós e chifresnas paredes, um relógio cuco badalando ashoras de antigamente. A diferença e o nomeem letras douradas na parede cia D. MariaSchaade, a cozinheira e dona do restaurantevelho, e um retrato da homenageada nosprimores de sua juventude.

\ E assim o jeito do Ficha II, ou restauran-te Maria Schaade. que abriu esta semana namesma rua da casa original, com toda atradição de um restaurante alemão de maisde'90 anos. Mas espaço para os clientes epaj'a os shows de sexta-feira, como o dopróximo dia 4. com o bandoneon de Ubiraja-ra [pai de Taiguarai e o milonguero Fernan-do! Moraes.

; Bernardo Carlos Pinto, ex-garçom devo-to da ex-patroa e hoje dono. oferece os friostipo alemão com salada de batata (CZS 2401,o kassler com lentilhas (CZS 2551. as salsi-chás e salsichões de boa cepa, as trutas comamêndoas (CZS 330). Na sobremesa, as lulassão um bolo de chocolate (CZS (S0i que serivaliza com o apfelstrudel. Ambos vem co-bertos de chantilly e não param de sair.« Ficha II — Rua Teolilo Ottoni. 98, Centro. Tel: 233-849.6. De segunda a quinta, das 1 lh as 16h, As sextassegue noite a tora, com shows a partir das 23h. Aceitacheques.

ser diferentes no Rio e em Lyon, mas aqualidade da comida preparada porJaloux e boa, aqui e Ia. Os preçoscontinuam mais baratos no Rio: emLyon uma modesta ida chez Paul Bocu-se fica em torno dos 500 francos: aqui.em torno dos CZ$ 2 mil.

Este ano Jaloux traz consigo o som-melier Yan Eonn. um cavalheiro debigodes de mosqueteiro, que transitafácil pela carta de vinhos do Le SaintHonoré para escolher o melhor. E. acada refeição, o festival oferece um co-po de bèáujolais deste més (vindo pelaAir France) — que realmente tem umaroma de banana verde. O novo beaujo-lais está alegre, melhor que o do anopassado e já da margem a piadinhas:que ele saiba a banana não é nada. Onegócio é encontrar uma banana quesaiba a beaujolais.¦ Le Saint Honore — Avenida Atlântica. 1.020 37, hotelMeridien. Copacabana. Tel: 275-9922. De segunda asexta, almoço o jantar. Sábado, jantar. O festival vaiate 5 de dezembro. Aceita cheques e cartões.

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¦A m m**«w imW y- m^'II M^. WBernardo Carlos Pinto inaugurou onovo Ficha II como uma homena-

gem a ex-patroa.

Temperossecretos

Pantagruel abriu em 1985com duas surpresas: otalento do patrão José

Otávio de Castro Neves emconceber um cardápio inventivo ccharmoso, e o jeito do chefHenrique Leis em realizá-los.Com a saída de Leis, há um ano,substituído pelo Sebastião Ferro,um cozinheiro de formação maistradicional, a comida pareceuficar menos interessante e a casaparou de freqüentar as paginasdos jornais.

O retorno ao Pantagruel, poresses dias, mostrou que a casaesta boa: a ralatouille e apeperonade do couvert jámostram o cuidado com opaladar do freguês. Uns raviolisperfumados no alecrim,precisamente ai dente; uma carneseca desfiada com quibebe, muitoleve e quase elegante, confirmamque o chef Ferro está tocandobem a cozinha sob a batuta deCastro Neves.

Mas a surpresa maior da casaestá no hamburger. que vem,como em Nova Iorque,acompanhado de colcshow ebatatas fritas. Ao invés da carnede terceira moida com pelancas eesturricada numa chapa suja —protóptio da pior fast-food — ohamburger do Pantagruel vemalto, cheiroso em seus temperossecretos e sua manteiga de ervas.Vale o burger do ElephantsCastie, do Greewnwich Village.que consta ser o melhor, e custaum décimo do P.J.Clark. o maiscaro do mundo. No Pantagruel,por CZS 150. Castro Nevescostuma acompanhar seuhamburger com um CuvéeLatour, da Bourgogne.

n Pantagruel — Rua Maria Angélica, 51,Lagoa. Tel: 246-2982. Todos os dias, das12h às 16h e das 19h até o Ultimofreguês. Aceita cheques.

^.„m,__™™^, _.„_^ -"fljMW^p Mauro Nascimento"^T^^lvSy^ -rrrrr-:-- r~W 1"'^Wf%^-^ -"¦¦ ¦-¦ ¦ -';-'-V -fi-:-:- ¦:¦¦¦!¦•:-,::.-«¦ "... ¦«¦¦ <. Iiiii ...:-;., í :§§< ;

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José Otávio Castro Neves, seu hamburger c o vinho francêsLuiz Moner

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De meiasno chão

Felipe Cartolano. que so anda demeias na cozinha, inspeciona as

massas com a mão

OM nome, este de Palazzotto. oambiente de banco às antigasparece mesmo de um palaciozi-

nho europeu, bem acolhedor. E, commenos de um ano. já anda cheio defolclore: a história de que o dono, oeconomista Filipe Cartolano. costumapassear de meia branca pela cozinhapara testar a higiene do piso e ótima,si è vera. Quanto a seu fettucini, Feli-pe até parece o Alfredo di Roma: está"sempre checando a qualidade.

Dedicada as massas, a casa inau-mtém uma clientela de elite: o deputado- -Delfim Netto aprovou com entusiasmoo pao do couvert: o secretario da fazen-'da Jorge Hilário de Gouveia costuma"aplacar sua ansiedade quanto a arre:..cadaçáo do ICM com uma macarrona™.da ai sugo. Mas ha também lasanhas e •raviolis verdes, com vários molhos--écescolha ide CZS 168 a CZS 312). A eásífprepara bufes para festas de fim de'ano.¦ Palazzotto — ftua da Alfândega. 19. Centro.Tel: 233-6677. De segunda a sexta, das 11h30às 15h30m. Aceita cheques.

UNsanamaEESKra

 mesa, como convém

Yes, they have bananas!Apiciiis

HEGO do Norte. Trago no na-riz todos os cheiros do Grão-Pará rico e sabores aos quais,por aqui, nenhum se asseme-

lha. Chego e digo á minha língua e a seunasal complemento e guia: "Coisas mi-nhas, que servem para respirar, cheirar,provar, lamber, indagar, instruir-se: passaram vocês por alguns belos momentosnas florestas e nos rios." Gemeu a Lin-gua: "Um tucunare!" Implorou o Nariz:"Me contento com uma cestinha de ta-perebás!" E eu, severo: "Oh! Nariz! E oh!Língua! Comportem-se! Agora estamosna velha capital desta Republica (Semi-República, é certo) que só perdeu oprestigio quando desatinos fizeram deBrasília a central das versalhices e dasabstrações. Mas isso pouco importa pa

ra nos. Ainda somos capital nos costu-mes e no bom gosto e na internacionalusánça do samba e meretrícios."

— Que belas coisas nos dizes! — medisse a Língua. E eu: "Mais belas te diriase tivesses ouvidos, Língua, mas..."

Náo tenho ouvidos, nem tenhointestinos respondeu-me aquele ór-gão meu nem tenho paciência paraesperar o lim deste discurso. Onde que-res chegar?

Queria vos preparar — disse eu —para, depois das coisas agressivas queprovamos no Norte, encontrar coisasfinas. Hoje Ia no Meridien (que pronun-cia-se, nestas terras daqui. Meridien)inaugura-se o festival de Roger Jaloux.É um chef de invejável perícia. E comele vem o sommelier Yan Eon. que usabigodes retorcidos. Ele vai-nos trazer oBeaujolais deste ano. em burricas.

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Com o Beaujolais concordo —disse a Lmgua.

Fornos, entáo. (Alias, leitor, se eufosse só, sem levar a Língua, seria umasangreira desatada. Não me cobre osefeitos de estilo.)

Chegamos. Serviram-nos um DomEudes Semillon 1982. Lembrei-me que.outrora, ali bebia-se vinhos de melhorcepa. (Mas mudou a orientação dos Me-ridienS. Hoje sáo mais Meridiens e náoinsistem muito na qualidade dos vi-nhos.) Com ele veio uma SÒüpe de Gre-nòuille Cressonette. E, depois dela. umaFantasie de Robalo aux Çrevettes . Am-bas feitas com arte. com capricho, massem exageros de sabor.

Lembram um cha no XVIeme —disse-me a Lmgua. Eu a consolei:

Agora chega o Beaujolais!Chegou. E eni coro, com o Nariz,

disse a Língua:— Que coisa estranha! Tem gosto de

banana! Mas e bom! E uma delicia frui-leo, mistura de banana com cereja e

todas as frutas e artifícios que um Boau-jolais nouvoau que nâo dá certo podeinventar." E eu lhes disse:

Comportem-se! (Pois eu ate tinhagostado daquele estranho vinho.)

Chegou, então o Supremo de Yolail-le au Foio Oras, no qual a ave estavameio seca, embora o molho fosse algoexcessivo.

Que falta ao almoço? (ã Línguaperguntei.) E ela me respondeu:

Sobra talento. Sobra caprichoRoger Jaloux e um grande cozinheiro eno batente de todo dia, Bernard Trouillier e um cozinheiro de bela qualidadeMas...

Mas o que, minha tão cara língua?Falta a tudo interesse, èlan, aque-

le gosto que entusiasma e anima. De'excepcional, aqui, so vi as bananas dovinho.

E eu concordei com ela, Que fazer?As coisas mudam, somem, desanimam eos restaurantes vão para Ia e para ca,São as vicissitudes da vida.

A palheta e o modelo masculino em versões-moda, apalha tramada larga (Eriist Rubens). Em vez da-.„„,.;,,.,/„ ^1,. *., r. i r, „ w ,-r, nv liai mu /'v/cio nn.« »;'\vnsv>v r

A palheta c o modelpalha tramada larga (Emsi ttuoens). um ver: aacamiseta de malandro, as listras estão nas viscoses dealgodão (Bangui

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!?* Um contraste sisudo com a moda vaporosa destatemporada e a louca negra (Nefelíbatos). Luvas longas(Luvaria Gomes)

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S_S_aX_B Fotos de Eduardo Alonso

íesn Rodrigüeí

Br n' OJE em dia, há quem digaque ninguém usa chapéu

3L Ma no Brasil porque não com-bina com o clima. Talvez a verda-deixa razão tenha sido a mania dasperucas, nos anos 60, ou dos cabe-lões desfiados, estilo pantera dos70. A década de 80, especialista emretornos e nostalgias, começou areparar jovens ingleses de toucasnegras, medievais, ou exóticos bar-reles de veludo. A influência doestilo colonial inglês nas índiastrouxe uma leva de chapéus depalha ou tecidos rústicos. E mesmono Brasil, a ala de jovens que seexibem em bailes populares emconjuntos de funks desandou a pro-curar modelos na linha coco, defeltro preto.

Do europeu Philippe Model àdupla carioca Tadeu e Lúcia, daetiqueta Nefelíbatos, a moda come-ça a incluir seriamente o chapéucomo acessório não apenas nos des-files de lançamento. Uma prova é acrescente produção da marca ErnstRubens, dirigida por D. Liba, atual-mente imersa numa fabrica quevende cerca de 10 mil peças men-sais. "As grandes confecções de es-tilo, como Marco Rica, Maria Boni-ta, Mariazinha usam os modelosnos lançamentos das coleções no-vas. Mas a maior venda é para asgrandes lojas, como a Mesbla,Sears, Mappin. Sloper." D. Liba de-dicou-se aos chapéus graças ao ca-samento com o especialista, ErnstRubens, e há 35 anos inventa boi-nas, viseiras, turbantes, modelos decopas altas ou baixas, abas largas.ou estreitas.

Um chapéu pronto custa no má-ximo CZ$ 5 mil. Mas também, podeser alugado, por exemplo, no esto-que de Jurila Lopes, que há seisanos começou a confeccionar cape-Unes de crinol e bacou, é admirado-ra do estilo de Karl Lagerfeld, para

a etiqueta Chloé, e acha que nào dápara seguir as regras clássicas euro-péias.

— Na Europa, como os chapéussão usados rotineiramente, o certoé dispensa-los a partir das 18 horas.Aqui. podem ser colocados a qual-quer hora. mesmo à noite, desdeque em materiais e estilos maisluxuosos. A palha, por mais bonitoque seja o modelo, não é um mate-rial sofisticado para um casamentonoturno: melhor adotar a transpa-rência do crinol ou um tecido fino.

Além dos modelos para caso-rios, alugados ao preço médio deCZ$ 900 a CZS 1.500 (a cliente levana quinta-feira e devolve na segun-da seguinte), Junia faz sucesso comos laços de cabelo, também feitosem crinol, uma espécie de náilon,que é tinto na cor escolhida, paracombinar com o vestido.

Extravagantes sào os gorros etoucas de Lúcia Karabtchevisky eTadeu Burgos, da Nefelíbatos. Masnem eles nem a famosa Sônia Tuc.h-ner, cujo trabalho é continuado pe-Ia filha, Ilona, como uma alta costu-ra de chapelaria, têm um ambientetão irresistível como a loja Radian-te, no centro da cidade. (R. Sete deSetembro, 137, pertinho da Confei-taria Cavo, a uma quadra da Co-lombo, uma região que mistura oblindex dos novos prédios com estear antigo de madeiras escuras e art-nouveau). O delicado colorido pas-tel dos chapeuzinhos arredondadosda Radiante é imitado pelos came-lõs que vendem bijuterias, óculos echapéus de fibras sintéticas, com obrilho do náilon na trama e fitasbaratas na copa. O preço: CZ$ 200no máximo. Mas chapéu é moda evai desde a vanguarda jovem até oclássico de aluguel: a cabeça mere-ce esta valorização externa, nemque seja um laçarote no coque.

Nas fotos, Mônica e Maria Cláu-dia, com cabelos e maquilagem deJamie, e as variantes chapeleirasda temporada. Produção de RitaMoreno.

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Na novalinha, ovelho chapéude palha tiposafári tem aabaalongada nafrente.Protegemelhor dosol (ErnstRubens).Linho comopareô(Nuance)

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Para fazertipomedieval,além dacapa develudo sobrea pele,indica-se obarrete deretalhos decouro eveludo(Nefelíbatos)

Foto AFP

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CHRISTIANLacroix, omais novo

destaque da cos-tura francesa,também apostano acabamentoque u chapéu dá àroupa. Adotoumodelos bicolo-res, de copas bai-xas ou pontudas,e abas largas co-mo discos, valo-riz&ndo os con-juntos de estam-pas gráficas co-mo as listras e opied-de-poule empreto c branco. Oestilista está adi-reata, supervisio-nando.

Alugãveis paraos grandescasamentos:abas largas,laços.Transparente, omodelo decrinol. E igualao deLagerfeld, debacou (JuniaLopes). Rendasde Chantilly(Nuance) nocorpo

¦ Onde encontrar:Junia Lopes: 246-5630: Radiante: R.Sete de Setembro.137; Nefelíbatos.256-4012; ErnstRubens: 232-9539;Ilona: 225-5724.

hduardo Alonso

PERFIL DO CONSUMIDOR/Jamie

O cabeleireiroiCSjTIID

Elizabeth OrsiniOVE entre dez estrelas dasociedade carioca entre-gam seus cabelos sem re-

ceio nas mãos de Jamie. Virgemcom ascendente em Virgem — oque lhe dá pureza, criatividade eperfeição — 48 anos, nascido emXapuri, no Acre, ele se apaixonoupor cabelos desde peqüènininho.Na fazenda do avó, seu Joaquimficava fascinado pelos rabos e cri-nas dos cavalos. Aos 16 anos come-çou na profissão, no famoso Re-nault e atualmente, em seu SalãoJamie, na Barra da Tijuca, Condo-nimio Atlântico Sul, recebe cabe-ças coroadas da sociedade, comoMarilu Pitanguy, Verínha Bocayu-va, Elza Braga e até a primeira-dama, Marly Sarney, que não dis-pensa os serviços de sua tesouraalemã Burmax quando vem ao Rio.

Como consumidor, faz o tipo sensa-to, e seu maior desejo é fazer umaviagem à lua. Naturalmente commuitos astronautas a seu redor.

Perfume — Missoni ("o dia in-teiro").

Desodorante -— Nào precisa, dizque tem um cheiro maravilhoso("mas durante o banho esfrego li-mão no corpo todo para manter apele jovem e saudável").

Xampu — Fabricado por elemesmo ("de mel ou propolis").

Pasla de dente — Sensodyne pa-ra gengivas sensíveis ("aliás, nàosão apenas minhas gengivas quesào sensíveis").

Mania — Acordar e ficar de ca-beca para baixo ("mas não ê igualao Fernando Bicudo, nào sou iguala ninguém").

Restaurante que mais irosta —

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Nas mãos deJamie

passam cabeloscoroados

Take cm Sào Conrado ("semprebem acompanhado").

Restaurante que nào gosta —Antiquarius ("a presunção imperapor ali").

Roupas — Company, Elle et Luie Florucci.

Tesoura — A alemã Burmax("nenhuma corta igual á ela, mas soserve n" 50").

Grampo —- Só os do exteriortrazidos pelas clientes ("aqui noBrasil nem os grampos seguram").

Tinta — Nào recomenda nenhu-ma ("só recomendo Henna, reflexoou luzes porque tinta da câncer,tem muito chumbo e faz a mulherficar pálida").

Penteado da moda — Depende.Se a mulher for esportiva aconselhacabelos desfiados, se for chique ocabelo linha reta ("mas se a mulherfor louca, raspo a cabeça").

Cliente mais assídua — VerinhaBocayuva,

Cliente mais exigente — TerezaGureg.

Cliente mais bem-humorada —Antonina Sampaio.

Cabelo mais bonito que cortou— Sempre e o ultimo.

Cliente mais teimosa — Car-mem Ines Chandul,

Escova de cabelo —- Só [rance-sas ("por exemplo a Alexandre"),

Secador —- Ycllow Bird da Co-nair ("mas só na cor amarela").

Melhor henna — Spiritual Sky.Animal doméstico — Ja teve

uma cobra em casa agora tem umcurió ("gato? Gato aqui so eu").

Tênis — Os chineses, tem umacoleção.

Cueca — Nào usa ("sou solto,leve e livre").

Livro de cabeceira — "Minhasagendas".

Revista — Time.Jornal — JORNAL DO BRASIL.Filme — A lei do desejo, aquele

espanhol que passou no Venezaquarta-feira ("por que? Porque foipatrocinado pelo Ministério deCultura Espanhola. Se eu vibrocom as cenas de sexo? Nem ligo").

Atriz — Vera Fischer.Ator — Gregory Peck.Cantora — MarinaCantor — Caetano Veloso ("ado-

raria jantar à luz de velas com ele,ele cantando só para mim aquelamusica do Roberto Carlos, Fera fe-rida").

Cabeleireiro - - "So meu toque,que faço entre três espelhos".

Psicanalista — Nunca precisou("nem precisarei apesar de admirara Clélia de Oliveira. Ela faz curasmilagrosas"!.

Pai-de-santo — Sào Tome ("verpura crer").

Praia — O terraço de seu aparta-mento em Ipanema, na esquina deVieira Souto com Joana Angélica("lá eu costumo tomar banho de solnu entre as flores de meu jardimsuspenso").

Carro — Nunca teve. ("Prefiro osmotoristas de táxi").

Sonho de consumo — Uma via-gem à Lua.

Superstição — Nunca falar pala-vras desagradáveis.

Tara — "Isto so revelo dentro deum quarto".

Comida preferida — "Sou ca-ilibai".

Bebida — Vmho branco ("depreferência os alemães").

Academia de ginástica —Gaspar.

Personalidade — Lula.Símbolo sexual — "Eu mesmo".Televisão — Nunca teve ("náo

tenho nada eletrônico aqui, minhacasa é um lugar de papos, leituras eetc...").

Meias — Sempre italianas de fiode algodão.

Quem levaria para unia ilha de-serta — "Meu mestre de ginástica,Gaspar".

Quem deixaria Ia para sempre— Os safados brasileiros.

Frase — Sorria, mesmo ctio-rando.

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—an——Rio de Janeiro, 28 de novembro de 1987 — número 61

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SUPLEMENTO DE LIVROS

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BusiA arte e aprostituiçãomasculina sãoo tema de"Ensaio sobrea juventude",de Aldo Busi(Pág-. 3)

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UbaldoDe Itaparica,João Ubaldo

Ribeiro fala desua vida e doromance que

prepara: "Osorriso do

lag-arto"(Pág-s. S e 9)

O mais agudo intérprete da Itália do século XX completa 80anos e faz um balanço de sua vida: Alberto Moravia (Págs. 6 e 7)

VIDA CULTURAL

Para os videomaníacosA

Sigla Editora prepa-rou um lançamento

imperdível para os video-maníacos: o guia Video

Rubens Ewald Filho

News Filmes, de RubensEwald Filho, que reúne si-nopses, fichas técnicas ecotações de 440 vídeos detodos os gêneros, além deuma seleção de cem títulosentre todos os vídeos jálançados. "Levei em contanão apenas os clássicos etentei fazer uma misturade todos os gêneros", ex-plica Rubens. "Assim, ocritério básico foi o prazerde assisti-los. um critériosubjetivo mesmo." RubensEwald Filho lança no iní-cio do ano que vem o seuDicionário dos cineastas,pela L & PM.

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rênios incompatíveisescritor norte-americano Norman Mailer esclare-

. ceu nesta semana a briga com o cineasta Jean-LucGodard."Escrevi o roteiro de Rei Lear, mas como previele náo quis utilizá-lo", declarou à revista Le NouvelObservateur. "Então ele me pediu para interpretar no

me o papel de... Norman Mailer, com diálogos escritospor eie. O inglês de Godard é muito poético mas tambémnuito pobre. Então eu lhe disse: "dê outro nome ao meupersonagem ou então me deixe improvisar meu própriodiálogo. No final do primeiro dia de filmagens apertamos

mãos e fui embora". Um filme era pequeno demaispara dois gênios.

Culto-circuito

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Nelida Pinon fala sobre seu novo romanceamanhã, na Rede Manchete

I. Nelida Pinõn e FerreiraGullar sáo os convidadosde Glória Alvarez no pro-grama Homens e Livrosque vai ao ar amanhã, ãs9h30min, pela Rede Man-chete. Ferreira fala de Ba-rulhos e Nelida de A docecanção de Caetana, ro-mance que lançará na pró-xima semana.j Evoiução na comunica-

ção. de Giovanni Giovan-nini. Terça-feira, Io de de-

nbro. no auditório doCentro de Filosofia e Ciên-«as Humanas da UFRJ(Av. Pasteur. 250, fundos),ás 16h. O autor dará umaconferência na ocasião.J No final do arco-iris, de

J. Fausto Toloy. Hoje, às19h, na Casa da Cultura(Av. Heitor Beltrão. 353).

I Safadezas, de NeusaCardoso. Lançamento nasegunda-feira, 30. a partirdas 18h30min, no Paço lm-perial do Rio de Janeiro(Praça XV, 48).

. A lágrima silente, deMazé Mouráo Gomes. Nasegunda-feira, 30, às 21h,no Bar Joana Angélica(Rua Joana Argélica, 155).

G Cartas de amor à Divi-na, de Di Cavalcanti. Se-gunda-feira, 30, a partirdas 21h, na GB Galeria deArte (Shopping CassinoAtlântico).

Luz própria, de Feman-da Viilas Boas. Na quarta-feira, 2, 20h. no Barbas(Rua Álvaro Ramos, 408).

O que segura este pais,do Almirante MassimianoFonseca. Na quarta-feira,2/12, a partir das 19h, noSalão Marlim do Iate Clu-be do Rio de Janeiro.D Introdução à progra-mação neurolingüística,curso ministrado pelosprofessores Gilberto Crai-dy Cury, Rebecca LammFrenk e Allan F. Santos.Dias 5 e 6 de dezembro, das9 às 18h, na Rua Barão doFlamengo, 22, oitavo an-dar. Maiores informaçõespelo telefone (011) 853-9648.? Brasil, um sonho inten-so, de Maria Helena Malta.Lançamento na segunda-feira, 30, a partir das 21h.na livraria Dazibao (Vis-conde de Pirajá, 571).

A disseminação do hábito da cópia xeroxentre os universitários está alterando a

linha editorial da Jorge Zahar. Quem declaraé o próprio Zahas, que está entrando nomercado da literatura policial com a coleção"O creme do crime". "Por causa da inflação, épreciso lançar livros que recuperemrapidamente o investimento feito", declara oeditor. A coleção começa com dois títulos depeso para os amantes do gênero: Asaventuras de Sherlock Holmes, de Sir ArthurConan Doyle, e Um bando de corvos, de Ruth

CartasFrankfurt

A propósito do comenta-rio que fiz sobre os cons-trangimentos a que nossubmete o serviço de reser-vas da Lufthansa e tam-bém sobre a cobrançaadiantada de diárias ab-surdas nos hotéis deFrankfurt, durante a se-mana em que se realiza afeira de livros daquela ci-dade, faltou ao leitor queconsiderou "injusta e des-cabida" minha critica assi-milar o fato essencial apartir do qual se desenca-deia esta sucessão anualde absurdos.

Com a invasão da cidadepor milhares de editores,agentes literários, autorese afins vindos do mundointeiro, todos os serviçosentram em colapso, todosos lugares têm filas colos-sais (as de táxi são famo-sas em todo o mundo, semfalar nas dos restaurantes,etc), e os hotéis cobramsuas diárias em dobro du-rante a duração da Feira.

Reitero o registro e aqueixa. Agradeço ao leitora retificação do número to-tal de habitantes daquelaincômoda cidade, ondenáo se deve estar duranteos dias da feira de livros.Eu, por dever profissional,em outubro de 88, lá esta-rei pela 11" vez, sofrendo,provavelmente, os mes-mos abusos.

Prometo contar comofoi. Sérgio Lacerda, editorda Nova Fronteira, Rio.

Direitosautorais

Em nome da diretoria doSindicato Nacional dos

Editores de Livros protes-to contra a declaraçõesprestadas pelo escritor Au-tran Dourado a esse suple-mento (Idéias de 21/11), emque se permitiu afirmarque "editor brasileiro nâogosta de pagar (direitosautorais)".

Se o autor em questãoteve problemas com algumeditor, que tenha a hom-bridade de citar-lhe o no-me. A acusação indiscrimi-nada a toda uma classe éinjusta e odiosa.

Os editores brasileirosdevolvem ao escritor Au-tran Dourado a ofensa quelhe dirigiu. Alfredo Macha-do, presidente do Sindica-to Nacional dos Editores eeditor da Record, Rio.

MillorMuito boa a entrevista

de Geneton Moraes Netocom Millor Fernandes(Idéias, 7 de novembro).No Idéias do sábado ante-rior, Ferreira Gullar acusa-va o rock de ligações com ocapitalismo e com a alie-nação, o que não é verda-de. Afinal, quem é aliena-do? O rock, que ajudou opovo da Etiópia socialista?Ou um poeta que bajula adireita e faz hino para oPC, ignorando, maldosa-mente, as invasões da Es-tõnia, da Hungria, daTchecoslováquia. da Polo-nia e do Afeganistão?

Millor é grande! Náo édemagogo. Está plena-mente lúcido. Sabe muitobem que o capitalismo emarxismo não têm maisnada a dizer ou oferecer.Nelson Tangerini, Rio.

ImportadosO jogo perpétuo/& mador de duelos e autor de Tirant lo blanc

(Atirando no branco), obra-prima do romancecavalheiresco do século XV. Durante meio milênioisto foi praticamente tudo que se soube do escritorcatalão Johanot Martorell, morto por volta de1462. A descoberta, em 1932, de uma preciosacorrespondência de Martorell com alguns dos seuspares jogou novas luzes sobre essa curiosa figurada baixa Idade Média e ampliou o conhecimentodas motivações psicológicas que presidiam o idealda cavalaria andante numa época em que ela já setomara obsoleta.

Divulgadas em revistas filológicas de pequenacirculação, só recentemente as cartas de Martorellforam dadas ao grande público, no volume, agorareeditado, El combate imaginário (Barrai. Barce-lona: 150pp), com texto bilíngüe (catalão e espa-nhol) fixado e anotado por Martin Riquer. Masquase tão interessante quanto as cartas é a intro-dução, em que o romancista peruano Mario Var-gas Llosa apresenta esse documentário como va-liosa ilustração da tese do pensador holandês J.Huizinga, em Homo ludens, segundo a qual o jogoestá na base do nascimento e desenvolvimento dacultura.

O que distingue o civilizado Martorell dossanguinários cavaleiros que na alta Idade Médiaduelavam Europa afora? O fato, responde Llosa,apontando para passagens quase cômicas dascartas, de que o seu interesse não estava na lutaem si, mas na prolongada encenação que a prece-dia; sujeito a regras tão complicadas, o duelopodia ser adiado durante anos, e quando se reali-zava (se isto ocorria) ninguém mais lembrava doagravo que havia provocado o desafio. Era do jogode linguagem das justificativas, da complexa reto-rica das tratativas que Martorell, homem culto,tirava prazer, e não do possível derramamento desangue. Aliás, em suas cartas não há descrições delutas reais, só de lutas imaginárias. São refinadostorneios verbais que, ainda deliciosos para o leitordo século XX, prenunciavam em sua época osvolteios do barroco que dominaria a literaturaibérica muitos anos mais tarde.

Resposta ao teste da semana passada

O rapaz da foto era o romancistanorte-americano Truman Capote

Novo, porém velhoY<3 O Brasil sabe-se muito bem o que é modemi-

zação sem mudança e quem foram os que nosúltimos 50 anos seguiram esse modelo na ccndu-ção da vida econômica e social do país. Mas parasaber qual a origem remota de suas idéias, umaleitura esclarecedora é Reactionary modernism(Cambridge University Press, Londres; 252 p), deJefírey Herf, professor de ciência politica em Har-vard. Sob o rótulo, o autor reúne Oswald Splenger,Ernst Jünger, Werner Sombart e outros pensado-res alemães que, nos anos 20, propuseram ao seupaís o progresso tecnológico dissociado da moder-nização política. Posto em prática pelo Estadonazista, o sistema até hoje encontra seguidoresnos países em desenvolvimento, apesar dos resul-tados perversos a que costuma levar. (MarioPontes).

Os livros mencionados acima acham-se a venda nas livrariasLeonardo da Vina e Martins Fontes, Rio.

Idéias Editor- Zuenir Ventura/'Editor assistente: Luciano Trigo/ Diagramacáo: Antoninho de Paula

Idéias,JORNAL DO BRASIL/28 DE NOV. 1987

^^ REVELAÇÃO

ÃVA^lílkJÃ Âctiy deNiilismo e sensualidade sãoa tônica deste romance sobreformação de um adolescentecamponês no norte da Itália

um impostor

Seminário sobre a juventude, deAldo Busi. Tradução de Ildete deOliveira Castro. Rocco, 309 páginas,CZS 675

Léo Schlafman

• ^S3 E me perguntarem comoé a gente daqui, respon-derei: como em toda a

parte. A espécie humana é de uma desola-dora uniformidade; a sua maioria traba-lha durante a maior parte do tempo paraganhar a vida, e, se algumas horas lheficam, horas tão preciosas, lhe são de talforma pesadas que busca todos os meiospara vê-las passar. Triste é o destino dahumanidade".

Esta era a visão de um hovem alemãono século XVIII tal como Gõethe a des-creveu em Os sofrimentos do jovem Wer-thcr. A dimensão humana pouco se alte-rou quando na segunda metade do séculoXX um outro jovem, instigado pelas mes-,mas inquietações, disposto a romper abarreira do meio em que vive. diz emSeminário sobre a juventude, de AldoBusi, referindo-se à vida lombarda. Norteda Itália: "Aqui tudo é parado, eterno eimpossível".

A ânsia de romper o círculo da mesmi-ce queima a vontade do personagem Lu-cio Barbino. que, quando criança, "en-chia o perfil dos seios com novelos de lã eprocurava imitar a mulher maquiada databerna". Movido pelo ódio ("o pai era oanimal macho sempre ausente de casa esó chegava para administrar a justiça domais forte"i, disposto a enfrentar a sinade "homossexual declarado, comunista eaventureiro em giro pelo mundo", Barbi-no rompe o cordão umbilical da família,da região, da própria Itália e vai começara viver o seu "romance da educação" naFrança, onde mora com uma mulher quedez anos antes tivera um caso de amorcom outro homossexual.

A comparação de Barbino com Wer-ther náo é gratuita. Werthcr e Confissõesdo impostor Felix Kruil, de ThomasMann, são os modelos declarados desteromance de estréia de Aldo Busi. Só queWerther, possuído pela exacerbação ro-mántica de um amor sem futuro, desem-boca no suicídio. O livro de Busi segueoutro caminho: seu personagem náo co-nhece barreiras e experimenta todo tipode perversão, na luta pela sobrevivência,em contato com uma galeria impressio-

nante de homosse-xuais que. como ele,aceitam todos os vi-cios, todas as aliena-ções. todas as cor-rupções. "A vida meagrada", diz ele-."porque vivo às es-condidas, porquenunca é completa".

Mas o que dife-rencia Barbino detoda esta fauna defundo de poço é aescrita. Desde o ini-cio ele fazia anota-ções num diário, mo-vido pelo "desejo deescrever alguma coi-sa, náo sei o què",consciente de viver.

•como uma "prostitu-ta disfarçada", nu-ma moldura em quepodia contar a elemesmo "a própriahistória que ainda náo conhecia, a histó-ria futura, sem viver muito nem pouco".As verdadeiras personalidades sáo as in-ventadas. compreende ele. pois é pelaescrita que percebe que poderá mudar orumo da "desoladora uniformidade".

É também pela linguagem que a novis-sima geração de escritores italianos, aque Aldo Busi pertence, procura abrircaminho. Começa-se por agredir o idiomapara captar melhor a desagregação so-ciai. Mas também procura-se compreen-der e dominar os novos fenômenos domundo meditando sobre a forma do ro-mance. Antônio Tabucchi, o mais velhodos romancistas que estrearam já nosanos 80, contou, em Noturno indiano, ahistória de uma viagem à índia em buscade um homem misterioso que se perdeu,ou que deu a entender ter-se perdido;"para mim". dizTabucchi."o personagemé a possibilidade de diversas existèn-cias". Massino Romano, discípulo de Ita-Io Calvino, contou em Fantasmas de pa-pel a história de uma Itália imagináriaem que os romances sáo proibidos: oherói persegue a heroina, mas persona-gens de diferentes autores interferemabertamente em sua busca e seus sonhos;a heroina, por seu turno, escreve umromance, O fantasma das oportunidadesperdidas, em que persegue pessoas reais,sem possíveis fins, só possibilidadesabertas.

Daniele dei Giudice, também no ras-

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tro de Calvino. com Atlas ocidental crioudois personagens de profissões diferentesbuscando o mesmo objetivo: um velhoescritor, cotado para o Nobel (cujo mode-Io talvez seja o próprio Calvino i. escreveuromances em todos os estilos e formas eagora está tentando "ver por trás daforma"; o outro é um jovem cientista dociclotrom de Genebra que tenta enxergaralguma coisa por trás da matéria e darealidade visível. Ambos, à sua maneira,vêem a vida como rostos e signos abstra-tos. Píer Vittorio Tondelli lOutros libertí-nosi analisa o fim dos anos 70. os anos dechumbo, com personagens inadaptados.contestadores, drogados. Francesca Du-ranti (A casa no lago da Luai joga compersonagens inventados que se tornamreais e personagens reais que se tornaminventados.

Todos eles. trazendo para a literaturaa linguagem dos novos meios de comuni-cação, utilizando a experiênciado cinema, da televisão, da mú-sica pop, do magistério, do jor-nalismo, de alguns dialetos, es-tão mergulhados nesta tentativade destruir a velha linguagem,de criar uma nova realidade fie-cional. Giorgio Manganelli. daantiga geração, já compreenderaeste sintoma ao afirmar que aliteratura não evolui dentro deuma ordem natural das coisas,mas, ao contrário,"está sempre Ald° Busi

Trecho<5 6 4jf9 OCA em gelatina. Continua

^o^ na mesma, ou seja, seitanto quanto antes. Coca-cola emgelatina. Gostaria muito de gritar maspenso no cheque, penso no amanhã ànoite parto para Paris, e não importaque os meus membros nâo reajara maisnem que se fossem capazes de umaautonomia , se dirigiriam a janela e sejogariam lá embaixo na neve.Experimentaria a necessidadeincontrolável de me matar. Acabar comtudo. Vejo o meu rosto no espelho emfrente: respondo à sua palidezcadavérica com um sorriso imbecil.Faço uma revisáo das muitascircunstâncias que me trouxeram aqui.Parece-me haver um fio ignorado que

desce até a minha infância, a umperíodo em que os garotos do bairro mefaziam uma armadilha quando chegavatarde de bicicleta e, surgindo de todosos cantos, em quatro ou cinco,começavam a me arrastar e a fçritar:"Bundínha feia", furiosos pelo fato deque um a um, todos tinham feito amorcomigo e gozado. E que, por uma razáoou por outra, nào posso deixar de atrairpara mim sofrimentos sempre maisemocionantes. Adel que bufaapertando-se contra mim até soltar umsuspiro e uma frase em árabe quecontém "allah". logo depois me diz:

— Peço-lhe que se vista rápido, poisterei hóspedes daqui a pouco".

num estado de perpétua desagregação".Segundo ele. há na Itália uma literaturarealista que coexiste com uma literaturada linguagem. Ele próprio se recusa aaceitar a idéia de uma realidade descrití-vel. "Utilizando as palavras, eu sou aspalavras", no sentido de que os autoressáo simplesmente os instrumentos deuma verbalidade.

Aldo Busi. como a maioria dos compa-nheiros de geração, está alinhado nestaúltima categoria. "A metáfora já está emnós. é ela que me excita", afirma ele,através de seu personagem "aspirante aescritor italiano". Seu estilo é picaresco,fluvial, macarrônico, detaihista (e portan-to de difícil tradução para outras lin-guas). Detesta seus personagens, é ummoralista às avessas, todo verbalidade,como se estivesse sempre dizendo quedevemos retornar a uma espécie de grauzero da existência.

Ele transmite sua mensagem atravésde fábulas semeadas no decorrer da histó-ria com uma "técnica diaiógica de joearpalavras ao acaso, sem ter nenhum con-ceito em mente, e depois terminar asfrases com base naquilo que foi dito irre-íletidamente no começo: freqüentementenascem daí afirmações não de todo idio-tas. que nos fazem refletir". Barbino estádestinado a viver a vida perseguindo umpersonagem atualmente sem existênciareal. Giacomino. que nas suas poesias,chama ce Ninguém, e que deixou naratrás na Lombardia da infância. Ao con-trário dos outros personagens, este Gia-comino passou a viver apenas "nos esfor-ços da memória". E uma metáfora dentroda metáfora.

Manganelli já previra o momento emque as palavras é que inventariam arealidade. "As palavras sáo a realidade."E neste momento que Barbino se afasta

de seu modelo Felix Krull. quese preocupava com uma ex-pressão literária para poderdescrever a sua vida e. à

'medi-da que ia conquistando umamelhor situação no mundo, for-jando uma nova identidade,percebia que "todas as recorda-ções de minha vida anterior ha-viam sido exiiadas de minhaalma". Barbino. antes de se lan-çar a um novo círculo de seupériplo, arrumando as malasda França para a Inglaterra.

porpara irsente-se invadido pela melancolianáo ter conseguido prender Giacominoe por ter começado a viver somentequando começou a se afastar dele. semdeixar rastros.

Felix Krull aspirava subir na escalasocial e se dizia um homem do mundosem conhecimento do mundo. Barbino.na sua descida consciente ao inferno daexperiência ío velho homossexual Adel.com sua máscara egípcia desfeita, e oCoronel, corruptor e impotente, pare-cem personagens dantescosi. compreen-de que mal pode suportar o conhecimen-to da vida. "As suas fábulas", diz suacompanheira. "Me dou conta agora queeram apenas fábulas e nada mais. Semsequer um final."

Leo Schlafman e rédaior do JORNAL CO SRASs-L

Idéias JORNAL DO BRASIL 2È DE \'OÍ7. f987

HISTÓRIA

A lei da selva1 historiador E. P.

Thompson rejeita a noçãoda lei como máscara para adominação de uma classe apartir da análise das lutasdos agricultores ingleses noséculo XVIIISenhores e caçadores, de E.P.

ompson. Tradução de DeniseBattmann. Paz e Terra, 432 páginas,CzS 790

Emir Sáder

que deveria ser uma análisecircunscrita da legislação cri-minai no século XVÍn por

i historiador inglês EdwardThompson, se transformou em um lon-

o estudo que desemboca em conciu-soes do autor sobre o papel das normaslesais nos processos sociais. Com seuSenhores e caçadores (1975). Thompsonconclui a trilogia histórica iniciada comum livro sobre as utopias revoluciona-rias em William Morris (1955), e seguidapor A formação da classe operária in-glesa (1963), em publicação no Brasil.

Depois de Senhores e caçadores, elepublicou ainda A miséria da teoria, empolêmica com Althusser e que, no ori-ginal continha também a discussãocom Perry Anderson e Tom Naim, darevista inglesa New Left Review, sobreas particularidades do desenvoivimen-

r histórico inglês. Posteriormente,Thompson passou a dedicar o grossode suas atividades às lutas pacifistas,em continuidade com aquelas de queele havia participado nos anos 50. Es-creveu "Notas sobre o exterminismo",publicado no Brasil na coletânea Ex-terminismo e guerra fria e assumiurelevante papel nas mobilizações daopinião pública européia nas lutas an-timilitaristas.

"Edward Thompson é hoje nossomelhor escritor socialista na Inglaterra

lossivelmente, na Europa." A afir-mação vem justamente de Perry An-íerson. que polemizou amplamentecom ele, reconhecendo contudo as ine-gáveis qualidades da obra de Thomp-

son. Sua obra se caracteriza por ser amais abertamente política de todos oshistoriadores ingleses de sua geração,fazendo sempre com que suas análisesdesemboquem em reflexões que trans-cendem o marco estrito do momentohistórico enfocado.

Assim. William Morris se conclui comuma discussão sobre o realismo moral; Aformação da classe operária ressalta opapel das lutas dos trabalhadores nocomeço do século passado nas conquis-tas democráticas atuais; e Senhores ecaçadores se fecha com uma avaliaçãodo que pode representar o "império dalei". Com isso, Thompson busca recupe-rar o papel da história como disciplinatotalizadora no campo das ciências hu-manas, retirando-a do gueto do estudosobre o passado, como tantas geraçõesaprenderam nas escolas.

Em Senhores e Caçadores Thomp-son se dedica a demonstrar a origemda uma legislação penal duramenterepressiva, desatada pelo governo deWalpole em relação à quaisquer infra-ções contra a propriedade agrária, nomomento em que aumentavam os rou-bos de animais e outros bens nas flores-tas de Windsor e de Hampshire, noséculo XVIII. A chamada Lei Negra —um código penal extremamente severofoi elaborada em função de "uma qua-drilha de ladrões de cervos" — os "ne-

gros". Thompson se interessa não ape-nas por saber quem eram socialmente

esses "negros", mas também se aquelalegislação foi resultado da pressão degrupos interessados ou o resultado deuma ação do govemo tout court.

Da detida análise dos acontecimen-tos Thompson extrai, em primeiro lu-gar. uma critica às visões reducionistasdo direito, que a limitaram a simplesinstrumento "supeestrutural" de do-minação das classes minoritárias nopoder. A própria capacidade hegemõ-nica do direito está na dependência deque suas determinações assumam pu-blicamente um caráter de justiça paratodos, de igualdade em certos direitose deveres.

As relações de classe passam a serexpressas assim com a mediação dalei. Ao fazer "enormes esforços... paraprojetar a imagem de uma classe domi-nante que estava, ela mesma, submeti-da ao domínio da lei, e cuja legitimida-

de baseava-se naigualdade e univer-saudade daquelasformas legais",seus agentes fica-riam prisioneirosde sua própria reto-rica.

Na luta contra oabsolutismo mo-nárquico, a lei teriasido menos um ins-trumento de poderde classe do queuma arena central

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E.P.Thompson

de conflito, embora a mediação dasrelações de classe fosse feita em favordos setores dominantes. O "império dalei" se confundiu no primeiro mundo,em que a burguesia ascendente defen-dia ideais jurídicos de igualdade, com odireito como forma de limitação dopoder do Estado absolutista em favordos cidadãos.

A análise de Thompson, ao contráriode sua advertência final ("Não é umlivro que cintile à luz das estrelas")possui um brilho irresistível como sinte-se histórica de uma época. Uma visãototalizante, mas que conhece seus limi-tes: "Num contexto de flagrantes desi-gualdades de classe, a igualdade da leiem alguma parte sempre será uma im-postura." Basta olhar para o Chile cons-titucional de Pinochet ou, mais longe,para o império mongol de Gengis-Kan,com sua igualdade jurídica formal. Ouentão olharmos para o espelho.

Um cuidado importante para que,valorizando a retórica do direito e com-preendendo que o espaço legal é per-meado pelos conflitos de classe, trata-se, de qualquer maneira, de ura cenárioviciado pela desigualdade social. Quan-to maior esta, menos imperará a lei;pode governar ou ocupar o trono, masas relações entre senhores e caçadoresserá regida pela lei da selva, enquantoos direitos de cidadania não estiveremigualmente assegurados para todos.

Emir Sader ê professor de Ciência Política na USP

FEMINISMO^

A mulher quevirou boloA mulher comestível, de MargarethAtwood. Tradução de Hüdegard Feist.Globo. 304 páginas. CZS 420

lera Maria de Queiroz

Ironia corrosiva eimpiedosa crítica aospreconceitos noromance de estréia dacanadense MargarethAtwood

mulher comestível é o terceiroromance publicado no Brasildesta também poetisa e en-

saista canadense de 48 anos, considerada

uma das mais brilhantes escritoras de seupais. É seu primeiro livro (saiu em 1969,mas foi escrito em 1963. aos 24 anos) eguarda, per isso mesmo, as marcas de umestilo que seria mais bem desenvolvidoem Madame Oráculo e A vida antes dohomem ambos traduzidos no Brasil.

A matéria de que se nutre a literaturade Margareth Atwood são os conflitosvividos pelo homem de classe média nassociedades desenvolvidas, em busca deuma identidade frente ao massacre dosindivíduos: todos representam papéis,necessários para que a engrenagem socialfuncione, mas insatisfatórios no planodas relações pessoais. Se as mulheres sãoos personagens fortes, os homens ora sãofrágeis e dependentes, ora insensíveis má-quinas de eficiência profissional.

Em A mulher comestível, Marian cir-cuia entre o universo de um trabalhoburocrático medíocre e a relação estagna-da com Peter, promissor advogado, com-pletamente avesso à idéia de casamento.Até a metade do livro, o que se tem é oempenho de Marian em convencê-lo deque ela não quer o que mais quer: casar

com ele. Quando, afinal, ele decide quecasar talvez não seja um mau negócio, elaentra em crise, expressa pelo corpo que serecusa a comer. O encontro com um estu-dante de pós-graduação, neurótico e ego-cèntrico, emaranhado nos labirintos deuma tese que ele não sabe para que nempor que escreve, acelera o processo daredução drástica de alimentos tolerados,até o rompimento final, simbolizado pelobolo em forma de mulher que ela oferecea fome de Peter.

Ao final da leitura, é possível perceberque a autora nào tem ainda o domínio

técnico demonstra^do nos romancesposteriores. Seuspersonagens sãoainda bastante es-quemáticos e repre-sentantes de deter-minados comporta-mentos e idéias fi-xados no social. As-sim, hà a proprietá-ria bisbilhoteira erepressora; as três

Atwood virgens histéricas;

o rapaz cuja sensibilidade atrofiou-se. sub-merso em palavras e textos a serem deci-frados; a moça de idéias avançadas; ohomem-filho a procura de mãe: o marido-pai protetor etc). Por outro lado, algunstraços de seu estilo já estão aqui presen-tes: o lirismo, a crítica impiedosa aospreconceitos, a ironia corrosiva, o humorcáustico. A critica à esterilidade do traba-lho acadêmico soa corrosivamente engra-cada através de Duncan: "E, além domais, tudo está sendo feito, já foi feito,pescado, e você fica chafurdando na escó-ria no fundo do barril, em busca de mate-rial novo ou mourejando na edição defini-tiva dos convites para jantar e canhotos deentradas para teatro de Ruskin ou tentan-do espremer a ultima pústula significativade alguma fraudulenta insignificáncia lite-rária que desenterraram em alguma par-te." No final das contas, embora seja umlivro excessivamente datado, visto que otema da emancipação feminina pode serobservado agora de vários e novos ângulos,A mulher comestível conserva, por seuestilo, a garantia de_uma teihira agradável.Vera Maria de Queiroz é graduada em Teoria Literária

pela PUC e pela UFRJ

Idéias JORNAL DO BRASIL/28 DE NOV. 1987

AMAZÔNIA

A rou uja da história\\ illiam Waack

USTA muito acreditar que o Brasil aprendeucom os erros de sua história após a fascinanteleitura de Amazon Frontier — The Defeat of

the Brazilian Indians (Fronteira Amazônica — A derro-ta dos índios brasileiros), lançado recentemente emLondres. Nada há essencialmente de novo no que sediscute hoje a respeito da exploração de regiões como aAmazônia que já não tivesse sido examinado há mais de200 anos — com precários resultados acumulados aolongo dos séculos.

Antes de mais nada, o volumoso livro de JohnHemrning, diretor e secretário da Royal GeographicSociety, náo pretende ser qualquer defesa ou denúnciaapaixonada em relação a índios ou governos coloniais,imperiais ou atuais. Trata-se, aocontrário, de uma crônica comatraente ritmo de narrativa, des-provida de lições de moral e interes-sada, sobretudo, em procurar expli-car e entender os motivos dos doislados.

A derrota das tribos de índiosno Brasil é considerada por Hem-ming "uma das maiores tragédiasdo envolvimento europeu na Amé-rica do Sul", mas o autor não estápreocupado em denunciarculpados ou lavar a considerávelroupa suja histórica. Ele concen-trou a descrição do extermínio daspopulações brasileiras no periodoque se inicia com a libertação dosíndios do controle missionário je-suíta, em 1755, e se estende poraproximadamente século e meioaté os esforços do Marechal Ron-don. É a fase decisiva na qual apopulação indígena se reduz de 2,5para 1 milháo de pessoas, em 1910(atualmente são 238 mil).

Para o leitor atento que acom-panhou nos últimos 15 anos o nutri-do noticiário na imprensa sobreconflitos entre a Igreja e as autori-dades a respeito de índios encon-traria no Marquês de Pombal — ohomem que expulsou os jesuítas dePortugal e seus domínios, no séculoXVIII — o precursor ideal: o "gestohumanitário" de libertar os índiosda supervisão dos missionários eraantes de tudo parte da estratégiapara minar o poder dos padres.

Missionários sempre interessa-ram às autoridades enquanto aju-daram a explorar novas regiões e"amansaram" tribos ferozes. Fo-ram sempre combatidos quando —e isto não ocorreu muito ao longodo periodo — trataram de protegeras culturas locais ou evitar queindígenas fossem simplesmente es-cravizados, um costume que perdu-rou em algumas regiões da Àmazó-nia até bem dentro do boom daborracha, já no século XX.

A julgar pela excelente narrati-va de Hemrning, torna-se difícil di-ferenciar entre bandidos comuns,colonizadores, missionários de di-versas tendências, mercenários es-trangeiros, mercadores, caçadoresde escravos ou exploradores quan-do o elemento comum entre todos éa forma de encarar e tratar os índios.

sos calibres (do revólver à metralhadora) executaramem rápida marcha as principais tribos indígenas.Aculturação e paz firmada com os brancos foram osprincipais fatores do extermínio. Hemrning não cansa deapontar que apenas aqueles "selvagens ferozes", isto é,os que resistiram lutando e recuaram para setores entãoinacessíveis da floresta amazônica, conseguiram sobre-viver e constituem hoje o que resta do patrimônioindígena no Brasil. Os índios que foram supostamentecontactados pela primeira vez durante a fúria de abertu-ra de estradas pela Amazônia, na década dos setenta, jáhaviam mantido contatos preliminares com seu piorinimigo, o homem branco, quase 100 anos antes — e sedecidido, sabiamente, por romper qualquer vínculo.

O que torna o livro de John Hemrning tão fascinanteé o fato de que esses dados históricos, já abordados

Um livro publicadoem Londres relata emforma de crônica atragédia secular doextermínio dos povosindígenas brasileiros

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.. Sâo raros ospersonagens históricos com claras manifestações "mo-demas" de pensamento, isto é, que reconheciam nocontato de duas civilizações diferentes a principal causado desaparecimento dos índios.

Em sua grande maioria, os homens que colonizaramo interior do Brasil pareciam considerar os índios comomais uma espécie de recurso — nâo renovável, como severia — natural do qual se poderia fazer uso indiscrimi-nado e extensivo. Com exceção de alguns raros comba-tes nos quais estiveram envolvidos poucas centenas debeligerantes em cada lado, a derrota dos índios ao longodesse século e meio de expansão da fronteira econômicabrasileira é uma sucessão de massacres menores doquotidiano — o pequeno assassinato nosso de cada dia.

Cachaça, malária, catapora, sífilis e balas de diver-

exaustivamente em prateleiras de literatura especializa-da (em antropologia ou não), sâo transmitidos em lin-guagem simples e de maneira altamente personalizada.A principal, talvez única fonte que restou a Hemrningforam as longas narrativas feitas por viajantes e explora-dores do interior do Brasil, particularmente depois davinda da Corte portuguesa para o Rio, em 1808. Talvezum de seus maiores méritos resida, justamente, nahabilidade de resgatar desses relatos a face de seusprotagonistas e sua forma de sentir e agir.

Amazon Frontier, nesse sentido, é um elucidativopasseio pela floresta de preconceitos e falsas teoriaseuropéias a respeito do homem da selva e suas às vezescomplexas formas de organização social. Outro mérito

da obra está em ligar as observações feitas por aníropõ-logos, particularmente alemães, franceses e ingleses, aosprincipais fatos políticos e culturais europeus e brasilei-ros da época.

Nem mesmo o genuíno interesse de alguns idealis-tas, no começo do século XIX, era positivo no sentidomoderno que se emprega ao trabalho com índios. "Oindigenista é bem-intencionado: ele acha que o primeirocontato é melhor se vier de alguém com simpatias doque através de uma salva de tiros. Mas ao conquistar aamizade dos índios e persuadi-los a cessar hostilidades,esse suposto benfeiíor apenas expõe o território à inva-são. A pressão da fronteira é inexorável", escreve Hem-ming. Um desses idealistas, por exemplo, era José Boni-fácio de Andrada.

Ao longo desses 150 anos houveuma tediosa seqüência de leis eatos do poder público estabelecen-do melhores condições de trata-mento para índios, demarcação dereservas, proteção etc. Nenhumadelas jamais resistiu aos imperati-vos da exploração econômica. Es-pecialmente. o ciclo da borrachamostra como a gana de lucro esta-beleceu uma pirâmide de explora-ção em cuja base a população indi-gena foi literalmente triturada nu-ma espécie de gigantesco moedorde carne humana.

O livro transpira o fascínio que opróprio autor sente por uma região,a Amazônia — embora também oSul. o Rio. Minas Gerais e MatoGrosso sejam tratados —. que enlou-queceu exploradores ao longo deséculos. Um jovem segundo-tenente.o Conde de Bismarck. foi um dosexploradores do Xingu, em 1842, aos27 anos de idade. Seu chefe, umpríncipe prussiano, só rivalizava empompa e circunstância com o Barãovon Lar.gsdorrT, primeiro cônsul deSua Majestade, o Czar. no Rio.

Langsdorff embrenhou-se namata em 1927. levando uma namo-rada loura e enorme séquito. Elecostumava vestir seu uniformecompleto de cerimônias e hastear abandeira russa toda vez que entra-va em contato com nova tribo, oque provocava excelente impressãonos chefes índios, por sua vez utüi-zando todos ornamentos própriosde ocasiões solenes. O Barão pas-sou anos na selva e retornou, ao quese comenta, em estado de confusãomental para a Europa. Seus escri-tos, considerados extremamentevaliosos, continuam impublicadosno arquivo em Leningrado.

São, porém. índios anônimose perseguidos os "heróis" do livrode Hemrning, se é que se podefalar de qualquer ídolo ao longode 481 páginas de massacres,doenças, traições (quase semprepor parte dos brancos) e explora-ção. Uma grande massa de bran-cos. além de caboclos, mulatos,negros e imigrantes de diversasorigens, desfila uma história demassas exploradas de forma de-sumana, matando por interessesou forças muito acima de sua li-

mitada consciência ou compreensão dos fatos.É importante notar que Hemrning não se empenha

em criticar diretamente ou denunciar qualquer figurahistórica ou da atualidade. Diante do que considera"irreversível catástrofe demográfica" brasileira, o au-tor se reserva prestar algum tributo aos derrotadosapenas nas linhas finais do trabalho (executado, aliás,com a colaboração de grande número de indigenistas,especialistas e instituições brasileiras). Ele acha "ad-mirãvel" a reação de tantas tribos diferentes: "Arejeição dos novos valores oferecidos ou impostos, porsua convicção de que suas formas antigas e comprova-das eram melhores para eles (os índios) e mais apro-priadas para a terra onde viviam."

William Waack e repórter especial ao JOftNAL DO BRASIL

Idéias JORNAL DO BRASIL 28 DE NOV. 1987

ANIVERSÁRIO _•*««**, WAMr^^S^=

//

berto Moravia, o escritor mais celebrado e discutido da Itália, completa ]i eleito pelo Partido Comunista, casado desde o ano passado com uma mulfc1 "Os indiferentes" ainda encontra tempo para a literatura e anuncia a pub3

Araújo Set toDe Roma

OUÇAS ciias atrás, Alberto Mo-ravia sentia-se condenado àmorte pela imprudência de fa-

anos hoje, dia 28 de novembro,enfiava de um ccmpló internacional

ie jornalistas que lhe pediam entrevistasexclusivas, em nome do imenso públicode leitores conquistados no mundo intei-ro pelos 41 livros que escreveu e publicouaté agora. Uma obra literária que náopodia ser mais eclética e abrangente,composta de romances, ensaios políticose sociais, dramas e comédias para o tea-tro e impressões de viagens. Sem falarnas grandes reportagens jornalísticas enas dezenas de roteiros de filmes.

Diante de nosso pedido para mais umaentrevista sobre seus 80 anos, Moravia foiquase brusco: "Mas vocês querem real-mente matar-me antes desse bendito ani-versário. Não sei mais o que dizer. Nãosão apenas as palavras que começam aescassear. Penso que até fisicamente che-guei ao limite: não resistiria a outra en-trevista, por mais breve que fosse. Lem-brem-se, por favor, de que não farei e nãoterei 80 anos por um dia apenas, masdurante todo um ano. Por que não fazer obalanço dos meus 80 nas vésperas dosmeus 81?"

Náo houve santo nem argumento que

o dissuadisse. Ao nosso último apelo,Moravia respondeu com uma promessa euma proposta tão maliciosa quanto há-beis: "Neste momento estou rodando emRoma um filme sobre mim mesmo. Malencontro tempo para cumprir minhaobrigação de critico de cinema da revistaII Espresso e de articulista do CorriereDelia Será. Que lhe parece a idéia de fazeruma antologia das muitas declaraçõesque já fiz sobre esses 80 anos e deixar aentrevista para depois de minha volta deParis, onde pretendo pôr-me a salvo dascelebrações e homenagens?

Alberto Moravia, nascido Alberto Pin-cherle, em Roma, numa casa burguesa dobairro de Parioli, no dia 28 de novembrode 1907, nunca foi homem de fazer-serogado ou difícil para os jornalistas. Suadisponibilidade e sua simplicidade sâoproverbiais, conhecidas e louvadas porquase todas as redações de jornais, revis-tas, rádios e televisões da Itália. Aindahoje, nas ausências de sua terceira mu-lher, a jovem, bonita e cordial espanholaCarmen Llera, é sempre ele quem respon-de a qualquer chamada telefônica, comsua inconfundível voz rouca, a staccato.Ao contrário de outros grandes e notáveisItalianos, em sua casa a secretária eletró-nica, para receber e transmitir mensa-gens telefônicas, não encontrou empregoe utilidade.

Mérito que se faz maior quando sesabe da luta que há muitos anos AlbertoMoravia — o escritor mais conhecido/mais traduzido, mais celebrado, parla-mentar europeu eleito pelo Partido Co-munista, viajante infatigável — sustentacontra a surdez.

Na seleção dos comentários, análises erevelações de Alberto Moravia sobre seus80 anos, surpreendem a juventude e au-sência de retórica que o homem e o inte-lectual fazem questão de ostentar. Um deseus entrevistadores — o seu amigo NelloAjello — fez a mesma observação, e che-gou à conclusão de que as duas coisas sãoa melhor prova de que a longevidadedeste escritor nâo é somente física, masemotiva, cultural, feita de curiosidadeque o tempo nâo parece alterar.

Outras componentes — e constantes— nas entrevistas do Moravia oitentãoforam sua grande capacidade de raciona-lizar, simplificar e de parecer sincero, quepodem ser sinônimos e explicações tam-bém para sua coragem e disposição pararemar contra a corrente. Qualidades queAlberto Moravia tornou públicas desdeseu primeiro e definitivo livro: Os indife-rentes, escrito quando tinha 18 anos, pu-blicado em 1929, quando era apenas umrapaz de 22 anos, enfermiço, esquivo, in-trovertido e assustado pelas primeirasmanifestações anti-semitas do fascismomussolinlano, num momento em que

convalescia de uma forma de turbercu-lose.

É o que nos parece mais evidente eimportante na breve antologia que ofere-cemos sobre o que Alberto Moravia dissee repetiu a propósito dos 80 anos queviveu intensamente:D O que significa para você este aniver-sário?

Todos dizem que oitenta anos sãomuitos. Para mim não são tantos nempoucos: simplesmente não existem. Acronologia é um fato privado, figuras queencontramos: três ou quatro mulheres,uma doença, um livro. Cada ano pesa demaneira diversa. Para mim contou o anode 1986, porque casei com Carmc-m. Etinha pesado o 1929, porque saiu Os indi-ferentes. Nâo recordo nem o 28 nem o 30.É como se nem sequer tivessem existido.D Mas o calendário talvez tenha a suaimportância, como uma presença incô-moda?

Essa presença é indicada sobretudopelos outros. Recordando-te que tens 80anos, fazem-te sentir um pouco como ummenino ao qual se diz: é tão pequeno masjá sabe somar, vai bem na escola, compor-ta-se ajuizadamente. No caso do oitentão,a idéia-base é que deveria ser um rim-bambito, ter-se tornado menino outravez. Quando isso não acontece, olha-separa ele com assombro, entre o admiradoe o Incrédulo. Como é possível que escre-

6 Idéias/JORNAL DO BRASIL/28 DE NOV. 1987

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Os£3 EL

venciaígg ÁO os seguintes os livros££& de Alberto Moravia àvenda nas principais livrariasdo Rio: Desidéria (Paz e Terra,tradução de Maria DuarteLamarão e Tizziana Giorgini,283 páginas, 430 cruzados);Contos surrealistas e satíricos(Bertrand. tradução de ÁlvaroLorenzini e Letícia ZiniAntunes, 342 páginas, 512cruzados); A coisa e outroscontos (Bertrand, tradução deAurora Bernardini e HomeroFreitas de Andrade, 268páginas, 432 cruzados); Ohomem que olha (Bertrand,tradução de Álvaro Lorenzini e

Letícia Zini Antunes, 176páginas, 316 cruzados): Contosromanos (Bertrand, tradução deAurora Bernardini e HomeroFreitas de Andrade, 398páginas, 572 cruzados); Novoscontos romanos (Bertrand,tradução de Aurora Bernardinie Homero Freitas de Andrade,432 páginas, 630 cruzados); e1934 (Nova FronteLra. traduçãode Udine Tausz de Macedo. 242páginas, 330 cruzados). Umpasseio pelos sebos pode renderalguns títulos editados pelaantiga Expressão e Cultura,como Agostinho e Eu e ele, jáesgotados. Apesar de ser oescritor italiano mais popularno Brasil, Alberto Moravia sóterá seu romance Osindiferentes — o primeiro queescreveu — publicado no Brasilem fevereiro de 1988, pelaBertrand.

h.oje 8G anos e se revela um inconformista em plena forma. Parlamentarh.or 47 anos mais jovem, e atuante crítico de cinema, o autor dedi .cação de um novo romance,"A repetição", sobre a família e o incesto.

va, raciocine, viaje, discuta ainda? Diantede semelhantes perguntas, eu me sintoinvadido pela vaidade e ao mesmo tempopela futilidade. Resisto à tentação devangloriar-me porque aos 80 anos consigofazer coisas que seriam normais aos 30.Disse à minha mulher: nada de festas,saltemos a data. Façamos como se fos-sem 79 mais 1. A única limitação quesinto hoje está relacionada com o aciden-te de automóvel que tive em 1982. Umaperna que já era doente, tornou-se intei-ramente ineficiente. Mas com a bengalavou a todas as partes. Sabe em quantospaises estive no ano passado? Zimbabwe,Marrocos, EUópia, Romênia. China, duasvezes na Alemanha, duas na França. Tu-do isto sem parar de trabalhar num ro-mance. Faço na verdade a vida que faziacomo jovem, com a diferença que traba-lho mais. Aos 20 anos, quando era umescritor estreante, depois de meia hora detrabalho criativo devia parar. Hoje possotrabalhar três horas sem pausas. Agorautilizo muito melhor o meu tempo. Àsvezes disponho de tempo até para ente-diar-me.D Por que casou com Carmen LLera emjaneiro de 1986, quando ela tinha 31 evocê 78 anos?— Casei-me normalmente com uma mu-lher com a qual já convivia há cinco anos.Tinha-lhe proposto, também muito nor-malmente, numa tarde em que não sabia-

mos o que fazer: por que nâo nos casa-mos?."Como não"?, ela respondeu. Esta-va viúvo há alguns meses, legalmenteestava tudo em ordem. Em nível psicoló-gico não devíamos ter surpresas porque

repito — com Carmem já tinha umasituação conjugai. E além disso já conhe-cia a vida conjugai de experiências prece-dentes: tinha vivido 25 anos com ElsaMorante depois de ter casado com ela naIgreja, e depois 18 anos com Dacia Marai-ni. Com Dacia não tinha casado porquena época não havia o divorcio. Eis porqueCarmen e eu transcorremos a vida emdois. Quem conhece o casamento sabeque ele é uma espécie de aposta: se qui-sermos usar uma frase de efeito, diremosque é preciso saber transformar a prosaem poesia.? E da outra mulher, Elsa Morante, aprimeira, o que foi para você?

De Elsa, me separei em 1960. Ela mor-reu em 1985. Ao longo desse quarto deséculo nossas relações eram freqüente-mente tempestuosas. Era ela quem sesentia muito em competição comigo. Omeu é um caso particular. O fato de tertido sucesso aos 20 anos vacinou-me con-tra qualquer preocupação de concorrèn-cia. Quando começou a ser conhecida,Elsa nào suportava ser chamada a senho-ra Moravia. Tinha um caráter muito com-petitivo mesmo na vida coUdiana, sobre

argumentos extra-literários. Assim quecomprei um automóvel, ela quis logo umpara ela. Ciumenta da sua própria ir.divi-dualidade, não era porém nem vaidosanem exibicionista. Era difícil, cheia decontradições.lj Fala-se cie um seu romance que sairáem 1988. Pode antecipar qualquer coisa?Terminei de baté-lo à máquina nestesdias. Agora devo corrigi-lo com uma ca-neta e ditá-lo do principio ao fim a umadatilografa. Chama-se A repetição. Te-ma: a família e o incesto. São duas coisasligadas: sem a família não se poderia ter oincesto, e sem o tabu do incesto a famílianão poderia sustentar-se. As minhas per-sonagens movem-se numa situação pré-tabu, antes que se estabeleça a proibição.O incesto que eu narro é imaginário:Trata-se de um rapaz que tem um grandeamor por sua mãe. O que mais me fascinano tema do incesto é a longa formaçãodesse tabu. Provavelmente ele precisoude milhares de anos para afirmar-se. Naépoca em que Sófocles escrevia o ÉdipoRei o tabu do incesto devia ser coisarecente.lj Em sua opinião esse tabu cairá antesque se passem outros milênios?

— Náo é provável. De qualquer formacreio que o tabu do incesto seja um dos

grandes sucessos da humanidade. E quefuncione. As infrações sáo pouquíssimas.Como rapaz vivi com uma mãe jovem.

tive irmãs graciosas, mas jamais concebiidéias daquele tipo.

I Mas você contribuiu para a queda decertos preconceitos moralistas em mate-ria de sexo. Pelo menos na Itália, hojequase ninguém o considera um escritorpornográfico...

Esperemos que seja verdade. A Itá-lia, no fundo, sobre de sexofobia. A sexo-fobia católica nào é tão violenta como aprotestante, mas talvez seja mais tenaz.D Sua atividade de crítico de cinemaainda o diverte e agrada?

Vou todos os dias ao cinema. Tenhomuito tempo livre. A televisão, ao contra-rio, quase não vejo. Escuto o telejornal ede manhã, às seis. antes de levantar-me.procuro com o telecomando um video-music. Trata-se de música rock ritmada,desordenada, fraturada, surreal. EstiloMadonna, para ser claro. Parece-me queoferece uma idéia da desordem contem-porànea.D Poderia imaginar-se vivendo o infi-nito? Penso que se alguém vivesse duzen-tos, trezentos anos não se daria contaplenamente. Há um limite para a recorda-çâo. A um certo ponto, sobre o passado,cai um véo de névoa. Talvez se recordealguma coisa dele mas sem a vivacidadedo sentimento, sem calor, sem nostalgia.Se eu üvesse 200 anos. minhas recorda-çóes seriam históricas, de mármore.

Idéias JORNAL DO BRASIL 28 DE NOV. 1987 7

ENTREVISTA

__________„ Gildo Lima

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João Ubaldo Ribeirotraduz "Viva o povobrasileiro" para o inglêse prepara um novoromance, "O sorrisodo lagarto"

Geneton Moraes I\etooão Ubaldo Ribeiro acabade destruir um mito. Apartir de agora, quem disser' baiano é preguiçoso corre o

risco de ser inapelavelmentedesmentido pelos fatos. Sem fazerqualquer estardalhaço, o baianoJoão Ubaldo já despachou parauma editora nos Estados Unidos umpacote que passará a servir comoprova indesmentível de que o amorcego ao trabalho não é umsentimento estranho sob o sol daBahia. O robusto pacote contém atradução para o inglês do romanceViva o povo brasileiro, um épicoque, na edição brasileira, beirou assetencentas páginas impressas.Numa demonstração rara de amora causa literária, João UbaldoRibeiro, 46 anos, tomou para si, porlivre e espontânea vontade, a tarefade reescrever o romance em inglês,para lançamento da ediçãonorte-americana. Por conta dessadisposição, João Ubaldo cometeuuma dupla façanha. Em primeirolugar, conseguiu desempenharsimultaneamente o papel de autor etradutor de uma obra, o que é, nomínimo, raro. Não é fácil ser doisem um. Como se não bastasse,tomou um susto ao descobrir que otempo consumido na tradução foimaior que o dedicado ã tarefa deescrever o original em português. Aversão em inglês desembarca naslivrarias norte-americanas nopróximo ano. Os que saborearamViva o povo brasieiro não devem seimpacientar. De Itaparica, Bahia,onde nasceu e vive, João UbaldoRibeiro manda avisar que jácomeçou a escrever um novoromance. Nesta entrevista, oescritor que deu um viva ao povobrasileiro confessa um "gravedesalento" com o que andaacontecendo no país, recusa-se adar qualquer explicação sobre aobra que produz, constata amegalomania dos escritorespopulistas e faz questão de dizerque não quer ser confundido comum lobo solitário pelo simples falode morar numa ilha, longe dasrodas literárias das grandescidades.

IDÉIAS — Qual foi o maior desafio quevocê enfrentou na tradição de Viva oPovo Brasileiro para o inglês? A intimi-dade com o texto criou algum tipo deembaraço?Joáo Ubaldo Ribeiro — Pelo contrário: aintimidade até facilita. O texto já existiaem português. E você não pode tentarreescrever ao traduzir. É um fenômenoespecial. Penso que este tipo de proble-ma — o próprio autor fazer a tradução —deveria ser discutido em seminário e nãonum mero depoimento. É uma questãocomplicada, porque envolve vários tiposde problema. O fato de o próprio autortraduzir o livro e a convivência do autor-tradutor com as duas línguas com queele lida são uma coisa complicada. Não esimples.ED — O que é que o levou a enfrentar atarefa da traduçáo? A falta de confiançanos tradutores americanos?J.U.R. — Eu já tinha feito a tradução deSargento Getúlio. Era o meu primeirolivro fora. Fiquei preocupado com a tradu-ção, porque seria difícil fazê-la com ameri-canos que não conhecessem a linguagemsemidialetal. Fiz a tradução, portanto, por-que Sarçento Getúlio era o meu primeirolivro a ser lançado fora do BrasU. Eu estavatão ansioso que saísse uma coisa boa queme ofereci para fazer a tradução depoisque ficou constatado que os tradutoresque forarn arranjados nos Estados Unidosnão tinham condições. Demorei um ano emeio traduzindo Viva o Povo Brasileiro.Para escrever o livro, demorei um ano edois meses, mais ou menos. Escrever, de-morou menos tempo.

ID — Você pode viver exclusivamentede literatura. Acabou a fase românticados escritores que escreviam por amor?J.U.R: Escrever por amor provavelmen-te tolo mundo sempre escreverá. Não éum problema de amor — a não ser nosentido cósmico da palavra. Dá paraviver de literatura — dependendo dotipo de expectativa de vida que vocêtem. Se você é uma pessoa que não temgrandes exigências e não é transeira,então dá. Vivo decentemente com a mi-nha família.

Agora, escrevendo um livro chama-do O sorriso do lagarto. É um romance.Só vou saber como vai ser depois deacabar. Há dois meses trabalho nestenovo livro. Mas não sou um burocrata.Os livros se trabalham o tempo todo.Em termos mercadológicos, eu diria queestou trabalhando há dois meses. Mas averdade é que estou trabalhando nolivro desde que nasci.ID — Que reivindicação você faz à Cons-tituinte em relaçáo a problemas ligadosà atividade do escritor no Brasil?J.U.R.: A Constituinte deve ser o arca-bouço básico de princípios. Não acredi-to, então, que a Constituinte deva resol-ver — como se pensa no Brasil — quês-toes como o tamanho do bigode, quan-tas relações sexuais se devem ter porsemana e como se deve tratar uma pes-soa negra, coreana ou japonesa.ID — Pelo menos um dos seus livros —Setembro Não tem Sentido, relançadoha pouco com prefácio de Glauber Ro-cha — foi diretamente inspirado numfato político, a renúncia de Jânio Qua-dros. A política consegue abalar você?

J.U.R. (interrompendo) : Nenhum livromeu foi motivado por um fato políticoespecífico. Setembro não tem sentido foiapenas um livro de um rapazinho quenão sabia o que ia fazer. A renúncia deJânio Quadros aconteceu na época e,provavelmente, teve alguma coisa a vercom o que escrevi. Mas não foi por estarazão que escrevi o livro.ID — O que é que mais envergonha oescritor Joáo Ubaldo Ribeiro no Brasilde hoje?J. U. R. — A vergonha é tão circunstan-ciai... Pode-se ficar envergonhado com otime do Vasco da Gama ou com os tiposde políticos que existem. Náo se trata dequestão de vergonha, mas de aspiraçãoa uma condição condigna para todomundo. Ficar falando sobre "o que maisme envergonha no Brasil" é me colocarnuma posição superior a tudo o queacontece, quando, na verdade, sou umbrasileiro como todos nós outros. Nãoposso ficar numa posição olímpica earrogante.I. D. — Viver longe do ambiente literá-rio, na ilha de Itaparica, faz bem àsaúde física e mental?J. U. R. — Nem uma coisa nem outra. Ascircunstâncias que me levaram a viverem Itaparica são pessoais; não são poli-ticas nem artísticas....I. D. — ... De qualquer maneira, o am-biente cultural e literário do Rio e deSào Paulo náo lhe faz falta...J. U. R. — Não. Mas não é que eu estejadizendo: "Eu estou fugindo"! De vez emquando eu até sinto falta de conversar

8 Idéias-JORNAL DO BRASIL .28 DE NOV. 1987

BARBÁRIE

UQ

com as pessoas. Não tenho uma posiçãomonástica. Não estou vivendo em Itapa-rica para me isolar. Não tenho raivadesse "ambiente corrupto" ou qualqueroutra coisa que eu pudesse dizer. Não éuma revolta. Não é nada. É apenas umamaneira de viver.L. D. — O Brasil é um país que vive uma

,crise crônica de identidade. Escreverlivros como Viva o povo brasileiro éuma maneira de exorcizar essa crise deidentidade?J. U. R. — Você já coloca uma premissasobre a crise de identidade. Aconteceque não acho que o Brasil viva uma crisede identidade permanente. Não sei sevive. Mas não penso nessas questões.Quando uma pessoa escreve algo querepercute há sempre o impulso naturalde enquadrar a obra em categorias pré-fabricadas ou pré-moldadas. Mas a reali-dade é que as coisas não acontecemassim. Náo escrevi pensando na identi-dade nacional nem em coisa nenhuma.Eu escrevi, simplesmente. E o que resul-tou? Uma outra coisa. Não sei o que é.Nâo é uma tentativa de entender o Bra-sü. O que fiz é escrever um livro. Eupoderia mentir a vocêabundantemente so-bre o que resultou apartir do que os ou-tros escreveram e pen-saram. Mas é só umromance.L. D. — Você tem aimagem de um escri-tor que vive feliz numambiente paradisia-co. É a encarnaçáo dobaiano bem-humorado e contente.Mas, nos seus livros,você termina trans-mitindo uma imagemdilacerada e doloridado povo brasileiro.Você admite que há um choque entreestes dois João Ubaldo?J. U. R. — É invenção! Sou escritor. Vocêpode extrapolar a partir daí milhões decoisas. Pode achar que sou um privile-giado, um Uuminado, um maldito ouqualquer outra expressão que se possaarrolar para poder designar quem fazum livro. Mas não penso em nada assim.Nem sou mais feliz do que ninguém, anão ser pelo fato de que, por ser umapessoa sadia, sou mais feliz que os quenáo são sadios... Tenho o que comer. Soumais feliz do que os que náo têm o quecomer. Mas o fato de eu morar em Itapa-rica e andar sem camisa não quer dizercoisa nenhuma. Qualquer um poderiaviver assim, se não houvesse tanto tipode problema.L.D. — Joáo Ubaldo Ribeiro, mestre emCiência Política e Administração Publi-ca pela Southern University of Caüfor-nia, já se decepcionou com a Nova Re-pública ou manfem a esperança?

J.U.R.: T mos de manter a esperan-ça. Se náo mantivermos, temos de mor-rer no dia eguinte. Tenho um desalentograve com o Brasil de hoje e com tudo oque acontece. Mas tenho de manter aesperança. Caso contrário, tenho de de-sistir. A espera de que alguma coisaaconteça 'e, talvez, um dado irracionalda conduta humana, mas indispensávelpara que a vida se mantenha.L.D.: O "desalento grave" que você aca-ba de confessar se manifesta no quevocê produz?

uando umapessoa escreve

algo querepercute há sempre oimpulso natural de seenquadrar a obra em

categorias pré-moldadas.Mas a realidade é que as

coisas não acontecemassim. __

J.U.R.: Uma das coisas mais chtas,quando se trabalha num ramo comoeste em que trabalho, é você, além deescrever, ter de explicar. Não sei expli-car o que escrevi. Você escreve. Quem lèacha o que quer. Se o livro e bom euposso ser ruim. Meu livro é meu livro — enão tem nada a ver comigo. Podiam nemme conhecer: eu poderia nunca dar en-trevistas. Mas o livro existe. É umaentidade em si.L.D.: O intelectual deve querer falar emnome do povo?J.U.R.: A pergunta 'e mal colocada, por-que ninguém fala em nome de ninguém.Todas essas coisas envolvem uma opçãofilosófica e ideológica. Você pode ser umescritor de um grande vezo populista eachar que está dando voz ao povo — e,no entanto, este pode ser um gesto deuma profunda megalomania. Ou não.Você pode achar também que o escritore o artista 'e aquele que transmite asaspirações. Mas estas sáo questões se-cund'arias. Quem se preocupa em pro-duzir uma obra artística não fica pen-sando nesss questões — que só surgemdepois, a posteriori.

L.D. — Você faz ques-táo de dizer que nãoparte de nenhum pro-jeto preconcebido an-tes de fazer um livro...J.U.R. Não parto._D — E se recusa ateorizar sobre a obra,depois de produzida...J.U.R. — "Sim, porquenão 'e o meu caso. Eusó sei escrever.ID — O que significaexatamente, para vo-cê, a figura de JorgeAmado? A figura oni-presente de JorgeAmado na Bahia já

____ foi, em algum momen-to, algo opressivo para você, como es-critor?Joáo Ubaldo: Jorge Amado 'e um grandeescritor brasileiro. Uma figura importàn-tissima na nossa história. Por acaso, ébaiano, meu amigo e meu compadre.Temos envolvimento emocional. Somosamigos. Nossas fanVilias são amigas.Nunca foi figura opressiva coisa nenhu-ma! Quanto a comparações, as pessoasficam vendo as coisas como se tudo fosseum campeonato de futebol: quem é omelhor jogador, quem

'e o melhor nâo seio quê. E tudo maluquice. Não tem nada aver com nada!ID — Um personagem de "Terra em Tran-se" diz que a poesia e a política sãodemais para um homem só. A política e aliteratura sáo demais para um homem só?J.U.R. — "Há os que são capazes decumprir carreiras simultâneas. Podemser políticos e literatos. Mas não sei fazerduas coisas simultaneamente. Só sei fa-zer o que estou fazendo, o que não impe-de outras pessoas de administraremseus talentos de várias formas.ID — Você compraria um livro usadopor um político?J.U.R. — "Querer transformar os políti-cos numa casta de pessoas especiaimen-te boas ou especialmente ruins é umabobagem. Os políticos são parte de nos-sa sociedade. Nào é político, nem moto-rista de táxi nem médico nem nada:somos nós. Como sociedade, somos nósque produzimos esses políticos, essesmotoristas de táxi, esses médicos, essesadvogados — e esses escritores".

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Entre aficção e otestemunho,osfragmentosdo discursoodioso datorturapolítica naAméricaLatina

Anjos dâ morteRéquiem pela alma de umamulher, de Ornar Rivabella.Tradução de Léa Maria SussekindViveiros de Castro. Imago Editora,118 páginas. CZS 335.

Chico Xelson

ÉQUIEM pela alma de uma__-.- -__ mulher, do escritor e jornalistaargentino radicado em Nova IorqueOrnar Rivabella. é uma novela compactae horrorosa. Náo que seja mal resolvidaliterariamente. mas no sentido em quesua matéria-prima é o horror. Narrada emestilo semidocumental. a novela e ummergulho implacável na bestialidade edegradação do universo de tortura politi-ca. escrito em linguagem direta e às vezesbrutal,

A insistência na descrição detalhada eminuciosa de cenas abjetas e quase insu-portável em alguns momentos. Tem-se atentação de saltar alguns trechos ou sim-plesmente largar o livro. No entanto, edifícil fazê-lo. È difícil desinteressar-se dodestino trágico (no sentido gregoi de seuspersonagens. E esta dubiedade de emo-ções que o livro provoca é um dos acertosdesta que Norman Mailer chamou de"notável peça literária".

Os editores garantem que tudo nolivro apesar do disfarce de ficçáo. é abso-iutamente verdadeiro. Escrita a partir deinUmeras entrevistas com mulheres ar-eentinas que foram submetidas a tortu-ras a novela se passa num país naoespecificado, para sublinhar a universal.-dade do tema.

A história começa na primeira pessoa,com o padre Antônio contando comouma misteriosa mulher chegou um dia asua igreja numa remota cidadezinha eentregou-lhe uma caixa de papelão, envi-ada nor uma tal Susana. No interior dacaixa, pedacinhos de papel de todos ostipos e cores (de envoiucros de charuto ebalas até Dapel higiênico), escritos emletra minúscula e irregular. Eram frag-mentos do diário de Susana, narrando asselvagerias a que era submetida em ai-gum local não determinado.

A partir daquele instante, o padre foitomado pela compulsão de decifrar, orga-nizar e transcrever aquele diário. Seuprimeiro e aneustiado objetivo era desço-brir a identidade da narradora. A medidaem que ia resolvendo penosamente aque-le macabro quebra-cabeças, o padre An-tónio, profundamente abalado por seuconteúdo, começa por sua vez a escreverum diário, registrando suas descobertas eas emoções que elas lhe suscitam. A nar-rativa se toma auto-referencíal, objeto desi mesma.

A certa altura, o padre Antônio lê seunome mencionado no diário de Susana ese lembra de quem ela era. Anos atrás,antes de ser transferido da capital para ointerior por um bispo que queria protege-lo de eventuais perseguições do Governo,Susana colaborava com seu trabalho deassistência social nos bairros pobres. Pa-dre Antônio passa então a ser. além deleitor e organizador, personagem do dia-rio de Susana. que por sua vez vira perso-nagem da narrativa autobiográfica dopadre. O entrecruzamento dos dois tex-tos aumenta a identificação entre os nar-radores-personagens. Perturbações pós-traumáticas típicas de pessoas que foramsubmetidas a torturas — como insónia.pesadelos, instabilidade emocional ouperda de concentração — começam a sersentidas pelo padre.

O papel desempenhado pela Igreja Ca-tòlica é o segundo tema do livro. No paisdo padre Antônio, a hierarquia eclesiásti-ca. com raras exceções, é cúmplice poromissão dos torturadores. consideradosum mal menor frente ao suposto perigoateista ("Temos que admitir que a nossaprópria sobrevivência pode depender daspessoas a quem mais desprezamos... Ape-sar de não aprovar os métodos dessaspessoas, pelo menos reconheço que estáofazendo alguma coisa para erradicar ideo-logias que sào prejudiciais à Igreja", ar-cumenta um bispo i.

Convencido de que sua fé é incompati-vel com a omissão frente à tortura, opadre Antônio tem uma trajetória sinuo-sa e no começo chega a sentir raiva deSusana por lhe provocar tamanha angus-tia. Depois passa a denunciar os tortura-dores em seus sermões. Ele se desesperacom o silêncio cúmplice de seus superio-res. que acha parcialmente responsáveispelo que ocorre no país. E acaba por sesentir também culpado, de alguma ma-neira oblíqua, pelo desuno de Susana.

O epílogo é uma carta escrita por RosaUrquia. personagem do diário do padreAntônio, que se transforma na terceira eUltima narradora do livro. O padre tinhadeixado com ela os manuscritos dos doistextos. A carta e os manuscritos sãoendereçados a Ornar Rivabella. incluindoassim o autor na categoria de persona-gem de ficção. É o último fragmento dopuzzie. que se cristaliza no ato da leitura.Ou talvez não. se pensarmos que nada doque fei contado ali è invenção e que umterço dos governos do mundo, segundo aAmnesty International, tortura seus ei-dadãos.Aí o caleidoscópio forma umaoutra figura, pois em algum canto daterra alguém estará sofrendo as torturasdescritas no livro, no momento mesmoem que você as lê.

Chico Nelson e redator do JORNAL DO BSASiL

Idéias JORNAL DO BRASIL 28 DE NOV. 1987

POESIA TEATRO

Traduções augustasDezoito canções do trovador ArnautDaniel recriadas pelo mestre da traduçãopoética Augusto de CamposMais provençais, de Augusto de Cam-pos. Companhia das Letras, 160 pági-nas. CZS 590

Júlio Carlos Duarte

MOUVE

um tempo em que alíngua do amor roçou o Lan-guedócio, ao sul da França.

A arte da vassalagem amorosa consti-tuia uma série de práticas físico-espirituais de refinamento, a mesura,visando ao joy, o êxtase absoluto, queno oriente seria denominado zen. Vintepérolas das investigações provençaisacerca do amor compõem estas tradu-ções de Augusto de Campos. Além das18 canções de Arnaut Daniel ícom umaantí-ode ao cunilingua., mais duas deseu predecessor no "trovar ric". Raim-baut dAurenga, a tratar o amor com ononsense que merece.

Augusto de Campos, hoje "il migliorfabro" da concepção poundiana detranscriação poética, já ousou através-sar a própria mestria, como ao desviar aronronante melopéia de "sur le jardimse risque et rode" para a cacafoniaarrepiante de "sobre o jardim arrisca acauda", onde a kakalda enlaça em nócego a serpente de Paul Valery. ParaAmaut, cuja arte poderia merecer osadjetivos de Damasco Alonso à outraliteratura rara por seus minimalismos, ade Dom Luis de Góngora, "poesia-limite", "arte de exato", enfim, "difícil,ligado, perfeito, exato, nítido". Augustovaleu-se de artifícios que procuram pre-servar a iconicidade peculiar ao proven-çal, língua bela mesmo para ser vista.Há, por exemplo, o uso de parèntesisdesvendando leituras ocultas, como em"Eu sou Arnaut que amiassio(Lia(u)r(a)" (amo lauraamasso ari que,apesar da engenhosidade, possibilitaleituras indesejadas como "Eu sou Ar-naut que amasso Laura ao ar".

As traduções, em geral, perseguem oobjetivo didático para um acesso críticoao texto original. Olho por olho comAmaut, o tradutor atrapalha-se nos tro-cadilnos de época e ocasiáo, gerandoabomináveis notas ao pé de página. Mashá os esperado momentos da tradução-arte. em que o que seria reflexo torna-se

objeto original, como na primeira estro-fe de "Vermelho e verde e branco eblau", profissão de fé do grupo fundadopor Augusto em 1952, "então meu serquer eu colora ocanto. de uma flor cujofruto seja amor. grão, alegria e olor denoigandres". Ou na sextina em quetransborda, sutil, o deus Eros, "O firmeintento que em mim entra língua nãopode estraçalhar" e "quando me lembrode sua câmara (...) eu tremo — membroa membro — até a unha, como faz ummenino em frente ã verga".

Ryle diagnosticaria na palavra "tra-dução" uma de suas "expressões siste-maticamente enganadoras", por no-mear atitudes distintas, se bem quesimilares. Como é distinta a tradução deprosa sobre a de poesia. É verdadeira aanedota de que Pound traduziu Confú-cio com poucas e porcas noções dechinês e foi chamado, por Eliot, de "in-ventor da poesia chinesa para o nossotempo". Vale lembrar Guilherme de Al-meida e os plágios de Gregório de Mat-tos Guerra.

Traduzir Provença no Brasil não éluxo aristocrático, violon d'angrés. Aobra maior da língua. Os lusíadas deCamões, é obra de citação em que Vê-nus e sua Ilha do Amor é referência aoculto provençal, sendo a viagem de Vas-co da Gama uma longa ascese em buscado joy, a experiência do amor sublime,substancializado no amor à Pátria.Também a prática trovadoresca emnossa língua, no século XIII e no XIV,sob os auspícios de um rei-poeta. DomDinis (que deu guarida aos Templários,padres guerreiros, trovadores e homos-sexuais), produziu singularidades comoas canções de amigo de Martin Codax,expécies de hai-kais femininos, que Ro-man Jakobson denominou "jóias ver-bais do século XIII".

Parte inseparável do projeto concre-tista, a militãncia tradutória não sedeve a uma retomada do verso burlandoa esperada confissão de "mea culpa". Lemot juste no círculo do tempo, a tradu-ção é a outra face dos ideogramas guecaracterizaram a vanguarda de 56. E aíque baixa em Augusto de Campos umespírito siamês, misto de Mareei Du-champ com Pierre Menard, o re-escritordo "Quixote".

Maestro\e si mesmo

A voz, o gesto, o corpo, o rosto, o papel.A arte de representar dissecada emseus elementos constituintes

A arte do ator, de Jean-Jacqucs Roubi-ne. Jorge Zahar Editor, 98 páginas, CZS275

Mack:seu Luiz

ator é um ser especial, oupelo menos assim se con-sidera pelo caráter quase

imponderável de seu material detrabalho: ele próprio. Com seu cor-po, o ator instrumentaliza o intér-prete, para quem a voz, o gesto e orosto são essenciais para transmitiremoções, algo tão pouco palpávelquanto a medida do talento ou aextensão da vaidade. Jean-JacquesRoubine, autor de A Arte do Ator,como professor da UniversidadeParis VII e pesquisador (assinatambém A Linguagem da Encena-çào Teatral 1880-1980 já traduzidoem português) sabe bem das difi-culdades de sistematizar a expe-riência de quem pouco sabe de simesmo. Roubine registra a escassaliteratura de atores sobre a suaprofissão — as recentes autobiogra-fias sáo menos uma avaliação dastécnicas interpretativas e mais umbalanço dos percalços da carreira— como se quisessem deixar numplano sagrado o árduo confrontocom as suas dificuldades expressi-vas. Desta atividade efêmera, o atorretira a permanência do momentoem que está em cena. É quando setorna uma totalidade, enfeixa em simesmo a unidade e a multiplicida-de do fenômeno teatral. "O ator",lembra Roubine, "é como uma or-questra de que ele seria ao mesmotempo maestro."

O próprio autor considera "umtanto arbitrário evocar sucessiva-mente os diversos utensílios doator", mas são justamente essesmeios que anlisa nesta obra de visi-

vel alcance didático e ampla infor-mação teatral. Aparentemente asconclusões a que Roubine chegaparecem simplórias e óbvias. Nãosão. Há um sentido francês nas suasobservações (todas as referênciasremetem à nacionalidade do autor)que pode ser confundido com reite-rações, mas na verdade fixa concei-tos a partir de uma visão historieis-ta. Roubine enfatiza o caráter "na-tural" que serve de critério de ava-liaçáo do próprio ator e facilita arecepção das platéias. Contesta es-sa naturalidade como padrão domi-nante. Para ele. o natural se elegeu

I comor:Í.QTC

DO ATOR

umaideologia ca-paz de estabe-lecer um pa-drão estético,nem sempreajustado àsexigênciascomplexas dacena contem-porânea.

Muito téc-nico algumasvezes, taxativo

outras tantas, informativo quasesempre, A Arte do Ator repõe quês-toes e provoca dúvidas, respeitandoessa tribo de saltimbancos da emó-ção que percorre a aventura humanarepresentando as alegrias e as doresdo mundo. O livro se encerra comuma citação de Jacques Lassalle, depulsante lucidez. "O ator que meinteressa é o ator que, estando cons-ciente do artifício básico — eu estoudiante dos outros —, consegue supe-rá-lo e atingir uma nudez essencial,uma integridade que, por sua vez.me perturba, me obriga a me recon-siderar diante do mundo."

Macksen Luiz é critico oe teatro do JORNAL DOBRASIL

LANÇAMENTO M\ IMAGO EDITORA

Mio Carlos Duarte é poeta e tradutor

ÁS AVESDE BAPINA

JOHN RALSTON SALT'è

AS AVES DE RAPINAJohn Ralston Saul"Diferente e sinistro."

Sunday Times"Obstinadamente poético.. Continuo lendo, agüente".

— The Times"Um livro absorvente. À medida que a investigação fascina oherói, tamoém fascina o leitor."

Financial Times"Um romance político, interessante e inteligente "— Observer"O livro, que foi lançado na França, já causou sensação por lá.

onde os romances políticos sâo reconhecidos como uma forma dearte."

Daily Telegraph"As Aves de Rapina é deliberadamente tenso, o mal latente éanalisado com tamanha imparcialidade que chega ao ponto detransformar a sua eclosão numa violenta sangrenta ainda maisassustadora."

Cosmopolitan

A VENDA NAS LIVRARIAS OU PELO REEMBOLSO POSTALRJ — Rua Santos Rodrigues, 201-A. Tel.: 293-1092/1098/0796. EstácioSP — Rua da Consolação, 331 loja 10 — Tel: (011) 255-3289. Centro

10 Idéias JORNAL DO BRASIL 28 DE NOV. 1987

CIT-EM-- IJtfDIA

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Cena do filme As três coroas do marinheiro, exibido esta semana no FestRio

Raul Ruiz, abismodo possívelPraticamente desconhecido no Brasil, o cineastafranco-chileno Raul Ruiz é autor deuma obra que se caracteriza pela subversãodos valores, pelos paradoxos da linguagem epor um permanente namoro com o fantástico

liana BentesM cinema que se inventa a si mesmo sedebruçando no abismo das possibilidades,seguindo caminhos que se bifurcam ao

infinito. A dificuldade de falar dos filmes do chileno-parisiense Raul Ruiz é ter que capturar alguns poucossentidos quando sua narrativa aponta para umapolissemia máxima que joga o espectador num labi-rinto. construído formalmente, onde a qualquer me-mento irrompe o extraordinário. E um cinema deexcessos, não como sobra, mas como acúmulo desentidos. Um excesso presente no próprio fazer filmes:mais de 40 títulos em apenas 27 anos de carreira, doisa três filmes por ano. Ruiz tem sempre uma obrarecentemente acabada e um novo projeto, um filmarincessante. Produções pouco vistas pelo público fran-cês ou no Chile, de onde Ruiz se exilou em 1973,depois do golpe que derrubou Allende. A própriacritica tem dificuldade em acompanhar uma obra tãoprofusa e complexa. SO quatro dos seus filmes foramexibidos no Brasil. La ville des pira tes, Os destinosde Manoel. Mammame e As três coroas do marinhei-ro. Jogam com o imprevisível, nos arrancam dafamiliaridade e por isso fascinam.

Ruiz cria um mundo em desconstruçâo. Descons-trução da narrativa, do tempo, do espaço, da lógica.Desconstrói para criar um universo próprio, imperfei-to. inacabado, onde as linhas da narrativa se acumu-Iam, se sobrecarregam, se negam, se deslocam e sepõe em dúvida a medida que são construídas. Procuracriar ligações subterrâneas ao invés de seguir asimplicações lógicas de causa e efeito. Ligações queforam excluídas de nosso cotidiano, empobrecendo aexistência, atrofiando os sentidos: o mítico, o fantásti-co, a irrealidade do real, o paradoxo. Em La ville despirates, o céu se divide em muitas cores, as ilhas setornam fosforescentes. Um dos personagens atua si-multaneamente como seu próprio pai, sua mãe. suairmã... e se compraz, depois, em ir matando suasmúltiplas personalidades. O tempo fala de séculos, osmortos ressucitam para nos ensinar a morrer. Oespaço é subvertido: o interior de uma casa se confun-de com o seu exterior (poltronas, mesas, estantesdispostas numa praia deserta, sem teto nem paredes),as partes se confundem com o todo. Subversão devalores através da angulaçáo: numa mesa de refeição,o bule de chá. os copos, os objetos aparecem emprimeiro plano, gigantescos. Ao fundo, a imagemdiminuta de um homem e uma mulher que travamum diálogo em forma de monólogo.

Nos filmes de Ruiz os "possíveis" erram pelanarrativa: histórias possíveis, vidas possíveis. Se omundo é de um jeito poderia ser completamentediferente. Dentro do limitado existem infinitas possi-bilidades de ser. Uma imagem tem muitos reflexos.

"O que pode refletir um espelho que reflete um outroespelho?", indaga Ruiz. Dentro de uma história pode-se contar outra história e, dentro desta, uma outra,sucessivamente. É o que acontece em As Três Coroasdo Marinheiro. Só que aqui. as histórias formam umtempo circular onde a origem aponta para o fim, evice-versa. O que sobra da lógica são seus paradoxoside identidade, de linguageml: Eu sou o outro. O umpensa que é o outro e o outro pensa que é o um. Se umcego nunca fala a verdade, quando diz que mente falaa verdade, o que é uma contradição. Ruiz joga com asassociações improváveis: uma prostituta que lembraa Virgem Maria, uma dançarina de strip-tease quenáo tira apenas a roupa, mas se despe de seu própriocorpo: o bico do seio é falso, os pêlos do púbis, ocabelo, tudo é simulacro. O ir-real e verossímel. Oefeito do fantástico nasce, segundo o próprio Ruiz.desse acúmulo de elementos, dessas associações sub-terrãneas. do cruzamento de linhas, dos vários ritmossuperpostos, do excesso, do décor barroco, ou hiper-barroco, preciosista, dos filmes.

Ruiz trabalha com diferentes códigos, recria mi-tos, se utiliza da linguagem do teatro, da dança, fazreferências ao próprio cinema. Em Mammame. filma adança do grupo francês Émile Dubois. de Jean-ClaudeGallota, e mostra os dançarinos vistos de cima. debaixo, em cada detalhe. Tudo o que o espectador náopode ver num palco. Esses novos pontos de perspecti-va criam uma outra dimensão.

O estranhamento e o fascínio que provoca ocinema de Raul Ruiz. com toda as suas deambulaçõesnarrativas, polissemia, heterogeneidade, se chocacom uma época que não espera mais o inesperado,que domesticou o mundo, colocando o mítico e ofantástico, o dito "sobrenatural", na coleira. Ruizentrecruza o cotidiano com as possíveis narrativasdesse outro universo, instaura um tempo onde pre-sente, passado e futuro são simultâneos, onde ashistórias se constróem a todo instante, como subcon-juntos de um conjunto maior, que por sua vez tam-bém é parte e é todo. "Levaria um dia para contar umminuto da minha vida. mas minha vida toda pode setraduzir num minuto", diz o velho de As Três Coroasdo Marinheiro, que sabe a Bíblia de cor e afirmaexistir um testamento secreto, além do novo e dovelho.

Os caminhos se bifurcam nos jardins borgeanos,os espelhos refletem espelhos na tela de Ruiz. aqui,onde é possível conversar com o Tempo, como oChapeleiro Maluco de Lewis Carroll. e onde Aquilesalcansa a tartaruga. "Dormir dentro de um filme éacordar num outro", diz Ruiz. E estar acordado étambém lembrar que o cotidiano, como o cinema, e olugar para a abertura de possibilidades sem fim.

Ivana Bentes ê redatora do /ornai Tabu.

O ocaso deum povoO conflito entre destinosindividuais e coletivos, o desejoe a culpa são os temas deSalman Rushdie, escritorindiano radicado na Inglaterra

Os filhos da meia-noite, deSalmcn Rushdie. Tradução deDonaldson M. Garschagen, Gua-nabara. 5S8 páginas. CZS 780.

sLiliane HeynemannALIM Sinai nasce emBombaim no preciso

_ ___ momento em que aíndia conquista a mdependèn-cia. Este é o ponto de partidade um romance que nâo selimita a utilizar a história co-mo cenário mas consegue atin-gir o complexo objetivo detransformar uma personagemem país. Ou melhor, confere aestepaís uma face humana queo individualiza e torna intimo.O autor, nascido na índia eradicado na Inglaterra, cons-trói nesse estranho o originalromance um universo em queos conflitos históricos, as su-cessivas guerras ea conseqüente deli-mitação de territó-rios religioso-políticos geramsua própria meta-fora: o ciclo bioló-gico e afetivo deuma família sob oenfoque da perso-nagem Salim quena realidade per-tence a ela por aca-so pois foi trocadopor outra criançana hora do nasci-mento. Este acaso,no entanto é assu-mido de forma ra-dicai delineando atese que indisfar-çavelmente nor-teia o livro, ou seja.que o homem é umser forjado pelahistória de seutemDO. também es-ta feita de acasos e fantásticosenganos, restando pois ao indi-viduo a tarefa dialética de con-ferir à sua vida pessoal o cará-ter de um fato histórico. O au-tor vai mais longe e em repeti-das passagens, Salim deliraque foi por sua culpa ou desejoque determinados aconteci-mentos de repercussão inter-nacional ocorreram ou ainda,que esses acontecimentos ti-nham o objetivo de atingi-loDessoalmente como ao mani-festar a convicção de que opropósito da guerra indo-paquistanesa de 65 foi a elimi-nação de sua família.

Apesar de ter sido compara-do com Kundera e GabrielGarcia Marquez. a estrutura-çáo das personagens de Rush-die i principalmente as femini-nas que aparecem como om-presentes matriarcas) vai en-contrar paralelos mais adequa-dos no humor cáustico de Phil-lip Roth (Complexo de Port-noy). Pois este é também orelato de um homem conduzi-do a impotência e esterilidadepor uma história de vida onde

mães totalitárias, desejos in-cestuosos e mutilações des-troem os sentidos até que restesomente o olfato. Salim Sinai,que passa a infância na índia ea mocidade no Paquistão, in-gressa no exército em 1970 porocasião da rebelião do Paquis-táo Oriental declarado maistarde independente (Bangla-desch). E é na condição de "fa-rejador" que ele serve a esseexército do qual deserta apóster recuperado a memória e aconsciência. Conhecido como"Buda" pela atitude desligadado real, Salim reflete sobre aesquizofrenia e o terror da divi-são. "A religião era a cola quemantinha juntas as duas meta-des do Paquistão, da mesmaforma como a consciência, apercepção do "eu" como umaentidade homogênea no tem-po. uma mistura do passado e

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do presente, é a cola da perso-nalidade que conserva ligadonosso antigamente e nossoagora".

A preocupação do autorcom os aspectos formais danarrativa parece porém maisforte que a fidelidade histórica.O relato de Salim. pontuadopela angústia de narrar, recor-re a metáfora de Caxemira co-mo o lugar que existente ounão é irrecuperável. Não é pos-sível o retorno à Caxemira on-de seu avó Aadam Aziz inicia atrajetória do próprio Salim nu-ma primavera de 1915 porquehá um território onde a memõ-ria e o tempo se fragmentam eque só a invenção pode recupe-rar. Ou nas palavras de Salim:"Porque é privilégio e maldi-ção dos filhos da meia-noiteserem tanto senhores como vi-timas de sua época, renuncia-rem a vida privada e seremsugados pelo vórtice aniquila-dor das multidões, incapazesde viver ou morrer em paz".

Liliane Heynemann é jornalista

Idéias JORNAL DO BRASIL 28 DE NOV. 1987 11

O íàüS eles lêem: O QUE recomendam OS RIAIS VENDIDOS

MárciaDornelles,modelofotográfico:

GuilhermeAraújo,empresário:

Glória Maria,repórter:

¦ Alegres e ir-responsáveisabacaxis ameri-eanos, de Her-bert Daniel, e

"

Amor nos tem-pos do cólera,de Gabriel Gar-cia Márquez. Lie adorei Aves-truz, água e.„cocaína, de Vale-rio Meinel, um li-vro fantásticoque me prendeu àbeca.

Acabei de ler Osanos 6§, de LuísCarlos Maciel, eachei ótimo. Oautor, quesempre foi umbom jornalista,fez um livroabsolutamenteincrível, pequeno— pode-se lernuma viagem deida e volta aSào Paulo —mas muitointeressante.Também gostomuito debiografias etenho sempreabertas algumasde gente doshow business.

¦ Terminei essasemana TNT —Nossa forçainterior, deAroldo Sherman,sobre o quedetermina amaneira de agire de pensar daspessoas. Tenhouma amiga quefaz um curso deparapsicologia,então meinteressei peloassunto. Li esselivro tambémporque era oúnico que játinha aqui sobreo tema.

Paulo CésarSarsceni,cineasta:

ÁlvaroReinaldo ãsSouza,advogado:

FernandoBicudo,diretor deópera:

f Vaor,;,,,; ifcii r^' ; '%\ L_ ¦

a RecomendoViva o povobrasileiro, deJoão Ubaldo,que ainda nàoterminei masestou gostandomuito. O livrotraz uma visãoda sociedade debaixo para cima,düerente da queestamosacostumados ater. Os escravosaparecem comopersonagens demuita astúcia etrazem à mostraos costumes ereligião dasenzala.

¦ Olga, deFernandoMorais. Respeitopela pessoahumana é oprimeirosentimento queme evoca estaobra. Um livrobem escrito,retratando comfidelidade otalento e ainteligênciadessarevolucionáriacompetente quefoi Olga Benário.Uma bela leiturapara os setentaanos daRevolução.

¦ O bomeminterior—Oscaminhos datransformação,deJ.G.Bennett.Vivemos em umnível deexperiência efantasiamos umoutro, o homeminterior vi- i noparaísv iioinferno, comvários tiposdistintos deconsciência, eBenett descrevecomo é possível,nessa vida,transitar entreesses mundos.

FICÇÃO

LANÇAMENTOSA evolução da criança mágica,de Joseph Chilton Pearce.Tradução de Claudia GerpeDuarte. Francisco Alves, 363 pp.a Autor de A criança mágica,Pearce. depois de reexaminar ospassos do desenvolvimento inicial,leva a "criança mágica" âadolescência e ao início da idadeadulta — mostrando que o planoda Natureza inclui, no seuamadurecimento, uma etapaespiritual no desenvolvimentohumano. Ele defende a idéia deque a nossa falta de compreensãocom relação a esse plano está noâmago de todos os gravesproblemas sociais e psicológicosq ue enfrentamos hoje. Se esseplano fosse cuidadosamenteobservado, argumenta o autor, elepoderia literalmente mudar omundo em que nossas criançasviverão.A Baronesa diz o que pensa, deNadine Rothschild. Tradução deRaul de Sá Barbosa. Record, 204 pp.Menina feia epobre, nascidanuma vilaoperária econhecida comoNadine Palito, elahoje mora numpalacete queNapoleáo III fezconstruir parauma de suasamantes, na Ruede 1'Elysée, noCentro de Paris.Em seu castelo demil-e-uma-noites, perto deGenebra, Nadine Rothschild recebeos potentados e as grandespersonalidades do mundo.Protagonista de uma história deamor verdadeira que nada fica adever aos contos de fadas, elarevela como, graças ao seuotimismo e à sua força de vontade,alcança o sucesso em tudo a quese devota — sua carreira, seucasamento, sua vida.Indústria brasileira decomputadores — Perspectivasaté os anos 90, de Paulo BastosTigre. Campus, 144 pp.Resultado de um trabalhorealizado no Instituto de EconomiaIndustrial da UFRJ visandoanalisar a indústria brasileira decomputadores a luz dastransformações estruturais e

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tecnológicas em curso a nívelinternacional. A interpretaçãodestas tendências e a análise dodesempenho recente da indústrianacional levam o autor a umarigorosa avaliação dos desafioscompetitivos com que nosdefrontaremos nos próximos anos.Discutir amplamente os fatorestecnológicos, econômicos epolíticos que podem afetar ofuturo da indústria nacional deinformática é o objetivo do trabalho.O texto na TV — Manual detelej ornalismo,de Vera íris Paternostro.Brasüiense, 101 pp.Equipes de reportagem saem àsruas todos os dias, imagens sãogravadas, depoimentos recolhidos,informações checadas e editadas.O telej ornalismo é um processoágil e dinâmico que evolui tãorapidamente quanto a próprialinguagem televisiva. Umalinguagem que a autora, a partirde sua longa experiência, revelaneste manual de redação detelejornalismo. Um manual queintroduz o leitor à história datelevisão no Brasil e no mundo, eque apresenta um vocabuláriocompleto com o jargão específicodos profissionais da área, desdeanchorman e varredura, atéescalada, multi e dead line.O jornalismo na NovaRepúblicaOrganização por Cremilda Medina.Summus Editorial, 211 pp.A campanha das diretas-já(1984), O Plano Cruzado (1986) e aConstituinte (1987) foram algunsdos desafios lançados aojornalismo na Nova República.Souberam os meios decomunicação responder à altura dademanda social? Profissionais,pesquisadores e estudantes sereuniram na Universidade de SâoPaulo para traçar um diagnóstico.E o resultado não foi muitofavorável ao desempenho dasempresas jornalísticas: a censuranão acabou; o Direito àinformação encontra inúmerosentraves; ética profissionalpermanece no plano da utopia;continua imperando uma políticaantidemocrática de concessão decanais. Ou seja: o jornalismo, naNova República, como a sociedade,está enfermo.

O Projeto Gorbachev,de Zdenek Mlynar. Tradução deBreno Altman, Mandacaru, 211 pp.

Setenta anos depois da vitóriados bolcheviques, em outubro de1917, a discussão se volta para ofuturo: é possível retomar osgrandes ideais de progresso,fraternidade e liberdade darevolução? Gorbachev está nocaminho certo, terá êxito? OProjeto Gorbachev analisa anatureza da perestroika(reconstrução) e da glasnost(transparência) impulsionadas porGorbachev, com um textopolêmico que evita a propaganda,os clichês e o unilateralismo.Marketing Racionalde Antônio Pires Pinheiro, EditoraBrasileira, 132 pp.O autor defende [a Teoria Racionalaplicada aomarketing,abordando com amesma ênfasedois enfoquesdistintos: doProdutor e doConsumidor. Ocontato com asrelaçõesmercadológicas,dissecadas no texto, assim comosuas implicações na sociedade deconsumo, pode ser uma boaoportunidade para quem quisersaber um pouco mais sobremarketing, uma das práticas maissuDPrvalorizadas da década.» formação da classe operárianu Brasil,de José Antônio SegattoEditora Mercado Aberto,104 pp.Ensaio que analisa aparticipação do proletariado nasociedade brasileira desde o seusurgimento, na segunda metade doséculo XIX, até os dias de hoje.Em linguagem simples, o ensaioaborda os problemas dosimigrantes europeus que foram osprimeiros contingentes demão-de-obra da indústria nacional,as lutas e reinvidicações do iníciodo século, a mediação do Estado,as greves, as formas deorganização e as facçõesideológicas do movimento, aimprensa operária e a formaçãodas centrais sindicais.

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1. Memorial do convento, deJosé Saramago (Bertrand doBrasil 312 pp) (127). Sara-mago constrói um romancehistórico no Portugal do sé-culo XVIII. .2. O amor nos tempos do cole-ra, de Gabriel Garcia Már-quez (Record 420 pp). (2/62).Garcia Márquez acompanhaa persistência apaixonada deFlorentino Ariza por Fermi-na Daza durante cinqüenta eum anos. Romance imper-dível.3. O turista acidental, de An-ne Tyler (Imago. 289 pp)(3/14). Malcon Leary naufra-ga no país dos hotéis, onde sedepara com uma solidão de-sesperadora. Um livro como-vente.4. Um capricho dos deuses,de Sidney Sheldon (Record.426 pp) (4/23). Uma conspi-ração internacional pretendedesarmar a entrada america-na na Romênia.5. As brumas de Avalon. deMarion Zimmer Bradley(Imago. 280 pp) (5/62). Cole-ção de quatro volumes emque, pela primeira vez. os se-gredos da Távola Redondasão enfocados pelo lado femi-nino.6. Big Loira e outras histó-rias de Nova Iorque, de Doro-thy Parker (Companhia das

Letras. 232 pp) (7.1). Sutil,ferino, irresistível, o espíritonovaiorquino da década de20 está sintetizado nesta sele-ção de contos de Dorothy Par-ker. feita por Rui Castro.7. A cama celestial, de IrwingWallace. (Record. 320 pp)(9/3). Psiquiatra usa os servi-ços de assistentes sexuais pa-ra curar casos graves de im-potência e frigidez entre seusclientes, e enfrenta a pressãode grupos conservadores ma-nipulados por políticos e li-deres religiosos inescrupu-losos.8. A pomba, de Patrick Sus-kind (Record. 120 pp)(6/10).Pacato funcionário de umbanco parisiense vê sua vidaentrar em colapso após umencontro com uma pomba.9. O perfume, de Patrick Sus-kind (Record 264 pp) (8.46).Em seu primeiro romance.Suskind cria uma históriainesquecível, a do perfumistaGrenouile, rechaçado por to-dos os ansiosos por fabricar oaroma mais sublime daTerra.10. Livro do riso e do esque-cimento, de Milan Kundera(Nova Fronteira. 274 pp)(10/19). Uma nova tentativade eterno retorno onde Tami-na. uma viúva exilada, buscacompor seu passado.

^\ Jr\ M^^^^ç I s£\ / A j$f Ti -^s. /r\ //rs

NÀO-FICÇÃO1. Dançando na luz. de Shir-ley MacLaine (Record, 328pp) (2/7). Shirley MacLainedecide retomar sua jornada eleva o leitor a um mundo devisões, guias e crenças.

2. Os sentidos da paixão, vá-rios autores (Companhia dasLetras. 510 pp) (1/6). Resulta-do de 20 conferências sobre otema Paixão, proferidas por18 intelectuais, entre osquais Marilene Chaú, JoséGuilherme Wisnik, RenatoMezan, Hélio Pellegrino e Ge-rard Lebrun.3. Minhas vidas, de ShirleyMacLaine (Record. 317 pp)(3/9). Lançado há três anos, olivro relata uma fase de trans-formação de sua vida. Quan-do entra na casa dos 40, elaencontra a tríade de suas for-ças e revela que é desse conta-to consigo mesma que hojoretira sua vontade de viver.4. Tudo que é sólido desman-cha no ar, de Marshal Ber-man (Companhia das Letras,360 pp) (4/33). Fascinante en-saio. que. servindo de Goethe.Marx e Baudelaire, traça umperfil da modernidade.

5 Diário de um Mago. de Pau-lo Coelho (Eco, 243 pp) (6/6).A história da vivência de umhomem que se dedica aoocultismo e sua peregrinaçãoatravés do Caminho de San-tiag-o — um dos três caminhos

sagrados da Antigüidade —em busca dos mistérios damagia.6 Rumo à Estação Finlândia,de Edmund Wilson (Compa-nhia das Letras, 475 pp)(5/43). Com humor e um estiloleve e completo. Wilson pas-seia pela História de Michelete Lênin, passando por Viço eMarx.7. Sem tesão não há solução,de Roberto Freire (Guanaba-ra, 193 pp) (7/9). Uma compo-sição de entrevistas e ensaios,acompanhada de um manifes-to onde Roberto Freire falaincessantemente do que con-sidera indispensável para asaüde corporal e social do ho-mem contemporâneo: o tesão.8. Ana de Assis, história deum trágico amor, de Jefersonde Andrade e Judith de Assis(Codecri, 272 pp) (8/9). Depoi-mento-reportagem sobre oamor de Euclides da Cunhapor Ana de Assis.9 Só é gordo quem quer. deJoão Uchoa Jr. (Guanabara101 pp) (9/130). Método deemagrecimento baseado nacombinação de alimentos.10. A arte de separar-se, deEdoardo Giusti (Nova Fron-teira, 236 pp) (10/38). Giustimostra aqui um profundo es-tudo, junto a psicólogos e ad-vogados, desse fenômeno tãocrescente no mundo mo-derno.

INFANTIS1. Dodó. de Ziraldo. Melhora-mentos. 26pp. CZS 65. Últimolançamento da Série Corpim.contando a história de umabundinha.

O Pequeno Vampiro, deAngela Sommer-Bodenburg,trad. do Joáo Azenha Júnior,il. de Amelu Glienke, MartinsFontes. 122pp, CZS 240.

Coleção Gato e Rato. doMary e Eliardo França, Ática,12pp, CZ$ 54. Série já com15 títulos: curtos e bem-humorados; ilustraçõesgrandes e bonitas.

Violeta e Roxo. de Eva Fur-nari, Quinteto Editorial,2-lpp. CZS 112. Violeta e seu

gato Roxo fazem uma mágicae entram dentro da TV e vi-vem mil aventuras junto comTarzan.5. Rimas Coloridas, de SylvíaSantos Álvares, il. de Nicho-las Derhan. Nova Fronteira.32pp. CZS 280. Livro de poe-sias — 7 dias da semana. 7notas musicais e 7 cores doarco-íris e possíveis combina-ÇÓes.Fontes: Livrarias Agartha,Artes e Artimanhas. Divulga-çáo e Pesquisa. Espaço Aber-to. Malasartes, Pé de Página.Picadeiro, Ponto de Encon-tro, Tempo de Ler (Cooidena-çâo da Fundação Nacional doLivro Infantil e Juvenil).