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J. Frantja Presidente nao busca mais candidate) Vice promete

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^ Brasilia — A. DorQivan ^ ^

Brasilia — J. Frantja

Presidente nao busca mais candidate) Vice promete nao apunhalar por trasPresidente não busca mais candidato

JORNAL DO BRASIL

©jornal do brasil ltda. 1984 Rio de Janeiro — Terça-feira, 26 de junho de 1984 Ano XCIV — N° 79 Preço: Cr$ 400,00

Aureliano ameaça candidato

incapaz com faca no umbigo

"Diretas já" reúne

Cerca de 30 mil pessoas, conduzindo cente-nas de faixas, algumas pedindo a legalização doPCB, lotaram ontem a Boca Maldita, em Curi-tiba, no primeiro comício da segunda etapa da

30 mil em Curitiba

campanha pelas diretas, ao qual estiveram pre-sentes cinco governadores (Tancredo não foi),dirigentes partidários (Ulysses ausentou-se), aatriz Dina Sfat e a cantora Wanderlea. (Página 4)

"Não apunhalaremos ninguém pelascostas", mas, se necessário, "aplicaremos

uma facada no umbigo". Com esta ima-gem marcial, o Vice-Presidente AurelianoChaves, numa conversa com jornalistasem Brasília, caracterizou a disposição daFrente Liberal de ir fundo em sua lutapara impedir a vitória de um candidato— não identificado — que considere inca-paz de dirigir o país

"nos próximos e

difíceis anos". Aureliano assegurou quesem as prévias não irão à Convenção doPDS os integrantes da Frente, os quaisestão avaliando opções que vão do lança-mento de um nome pela legenda do PTBao apoio à candidatura oposicionista deTancredo Neves.

Em São Paulo, Calim Eid, coorde-nador da campanha de Paulo Maluf, con-firmou que o deputado liberou seus segui-dores para votarem a favor das prévias,dia 5 de julho, na reunião do Direto-rio Nacional do Partido, tendo um dosseus assessores admitido que a sua inten-ção, com isso, é manter Aureliano eTancredo imobilizados em seus esforçospor um acordo em torno da candidaturado Governador de Minas. Em Porto Ale-gre, o deputado Rubens Ardenghi (PDS-RS) garantiu que o Ministro Mário An-dreazza tem a maioria dos votos à Con-venção partidária, o que poderá ser con-firmado — acrescentou — por qualquerpesquisa digna de tal nome. (Págs. 2 e 3)

Brasília — A. Dorgivan

Figueiredo abandona sucessão

Não. Esta a resposta do Presidente JoãoFigueiredo ao apelo do Senador Amarai Pei-xoto para que retomasse a coordenação doprocesso sucessório. Ao presidente interino doPDS — que agora se empenhará pessoalmentepela renúncia dos presidenciáveis — Figueire-do, em audiência no Planalto, comprometeu-se apenas a "trabalhar

para unir o Partido",sem contudo explicar o que pretende fazerpara alcançar esse objetivo.

De maneira inesperada, o Presidente daRepública cancelou ontem a visita que fariahoje às regiões inundadas do Rio Grande doSul. Segundo o porta-voz Carlos Átila, Figuei-redo ficará em Brasília para acompanhar deperto a votação da emenda que leva o seunome; negou que a suspensão da viagem fosserepresália à declaração do Governador JairSoares de que não havia mais clima para arecepção do Presidente no Estado. (Página 4)

TEMPO

BOM a parcialmen-te nublado, com ne-voeiros na madrugadae pela manhã. A tempe-ratura fica estável.Tempo no mundo e fotodo satélite, página 14.

MUNDO

EXPLOSÃO de arse-nal russo matou de200 a 300 pessoas, se-gundo The New YorkTimes, e Departamen-to da Defesa confirmaacidente. (Página 13)

FALHA em compu-tador que fiscaliza os 4computadores da naveespacial Discoveryadiou o lançamentoquando faltavam ape-nas 9 minutos. (Pág. 13)

CASPAR Weinberger.Secretário da Defesados Estados Unidos,considera iminente aofensiva das tropasiranianas contra oIraque. (Página 12)

EÜWARÍ) Kennedyanuncia apoio a WalterMondale e diz que é omomento de "terminaro debate entre nós ecomeçar a debater comReagan" (Página 13)

ESPORTESFLAMENGO e Grêmiodisputam hoje às21h30min, no EstádioOlímpico, em PortoAlegre, o primeiro jogodas semifinais da TaçaLibertadores. (Pág. 22)

FLUMINENSE aceitarepresentar o Brasil nofutebol da Olimpíada,desde que possa le-var o time completo.Caso contrário, não ce-de jogadores. (Pág. 20)

IMPOSTOS

TRU — Taxa Rodoviá-ria Única — dos car-ros com final de placaentre seis e zero po-derá ser paga semmultas até sexta-feira, dia 29. (Pág. 18)

CIDADEAGUA estagnada quegera mosquitos. E a re-clamação dos morado-res do Leblon à cam-panha Ajude esta ci-dade a ser maravilhosaoutra vez. (Página 7)

CADERNO P»

r/vKA o verào-85. Már-cia Pinheiro apresen-ta um estilo novo devestir a nustura do col-lege riorte americanoCom as ousadias e osamassados do Japao.

Credor eleva juros

um

dia útil após Cartageua

No primeiro dia útil depois da reuniãodos países devedores em Cartagena,na Colômbia, a taxa de juros paraos clientes preferenciais dos bancosnorte-americanos (prime rate) subiu mais0,5 ponto percentual, chegando a 13%.Também na Europa, os juros subiram.Esta é a quarta vez que os juros sobem emquatro meses. A reação à alta dos jurosfoi de indignação nos países devedores. Opresidente da Federação das Indústriasdo Estado de São Paulo (FIESP), LuísEulálio Vidigal, disse que o Brasil terácondições de honrar seus compromissosse as taxas chegarem a 15%. (Página 15)

Caputo

Juros da divida aumentam mês a mès(O uuo o Brasil terá de pagar em umano por causa cJ«i alta lia "prime"»

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* Ctiktitos soou. umj aiv* I/f. US$ 100 bilhí

EUA e Nicarágua começam a dialogar sob sigilo

Explosão mata

homem e guerra

cega um jovemEm Piquete, São Paulo, explosão num

depósito da Imbel, maior fabricante deexplosivos da América do Sul, matou umoperário c deixou alguns feridos. EmSenhor do Bonfim e Cruz das Almas, naBahia, um jovem perdeu um olho e 126pessoas sofreram queimaduras durante a"guerra de espadas", uma maneira localde festejar a época junina. (Página 8)

Juiz que ataca

"Serpente Negra"

recebe ameaças

O Juiz Haroldo Pinto da Luz Sobri-nho, que denunciou a existência da or-ganização Serpente Negra nas prisõespaulistas, recebeu duas ameaças por tele-fone. Uma dizia que uma bomba seriajogada na Corregedoria de que o juiz étitular. Outra, de uma mulher que se diziaesposa de um detento, garantiu que

"ascoisas vão ficar mais pretas". (Página 8)

O enviado especial dos EUA à Amé-rica Central, Harry Shlaudeman, e o Vice-Chanceler da Nicarágua, Victor Tinoco,reuniram-se em Manzanillo, um balneáriomexicano, para tentar contornar a piorcrise surgida entre os dois países desde arevolução sandinista, em 1979. Há indí-cios de que o Vice-Chanceler do México,Ricardo Valero, atuou como mediador.

Manzanillo, na costa do Pacífico, estásendo patrulhado por dois barcos milita-res americanos. O Governo dos EUA res-saltou o caráter "confidencial" das con-versações, acertadas em um encontro, nocomeço do mês, entre o Secretário de Es-tado, George Shultz, e o coordenador dajunta sandinista, Daniel Ortega. (Pág. 13)

Barra irregular

motiva denúncia

aos vereadores

Comissão de Inquérito da Câmara deVereadores recebe várias denúncias sobreo total descumprimento do Plano Pilotoda Barra da Tijuca e Baixada de Jacarepa-guá, entre as quais a de que até a Reser-va Biológica da área está sendo demarca-da por particulares. Lúcio Costa, o autordo plano, recusa-se a falar do assunto,por não existir mais a Sudebar. (Página 5)

Brasil mistura

na gasolina o

álcool excedente

A mistura do álcool à gasolina de-ve aumentar de 20% para 25%, informouo diretor-executivo da Soprai — Socieda-de dos Produtores de Açúcar e Álcool,Luiz Gonzaga Bertelli. O objetivo é ga-rantir a colocação do excedente, que atin-girá 500 milhões de litros no Centro-Sul.O aumento da octanagem também facili-tará a exportação da gasolina. (Página 17)

Campos acha que

pirata sensato

não deve mentir

O Senador Roberto Campos consi-dera sensato que alguns empresáriosbrasileiros de informática copiem osprodutos estrangeiros, mas acha deso-nesto eles dizerem que estão desenvol-vendo tecnologia nacional. "Na

pirata-ria, alguns empresários da indústria deinformática estão sendo sensatos, mas aretórica é absurda", disse. (Página 18)

Leite B no Rio

vai a Cr$ 700

em 1" de julhoA partir do dia 1", o leite B esta-

rá custando Cr$ 700 para o consumidorfluminense. O Governo se comprometeua pagar Cr$ 13 mil 500 pela saca de arrozaos produtores gaúchos, que reivindi-cam um mínimo de Cr$ 16 mil e mantêm obloqueio ao escoamento do produto parao Centro do país. Para o consumidor, oquilo de arroz sairá por Cr$ 900. (Pág. 17)

Michel Foucault

morre em Paris

aos 57 anos

O filósofo e historiador francêsMichel Foucault morreu em Paris aos57 anos. Desde sexta-feira, estava inter-nado no Hospital La Salpêtrière para umasérie de exames, com a saúde cm deterio-ração progressiva.

"Primeiro teórico de-pois de Sartrc a repensar a filosofia doPoder", no dizer de um crítico, foi umsevero crítico da Psicanálise. (Caderno B)

LIVRO"OS KENNEDY", sagaem livro abrangendo

quatro gerações,analisa e desmonta omito da dinastia que

surgiu de umimigrante fugindo da

fome. (Caderno B)

VI

TÊNISWIMBLEDON começousem surpresas. Os três

favoritos, John McEnroe,Ivan Lendl e Jimmy

Connors venceram. Dosbrasileiros, só Cassio

Motta passou à segundarodada. Página 20

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Os canos rolaram da cart-eta no inicio da Av. Brasil, numa curvaque guardas e transportadores consideram perigosa. (Pdgitia 7)

Luiz Morier

Os canos rolaram da carreta no início da Av. Brasil, numa curvaque guardas e transportadores consideram perigosa. (Página 7)

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2 ? Io caderno ? terça-feira, 26/6/84

COLUNA DO CASTELLO

POLÍTICA JORNAL DO BRASILJaboatão — Natanael Guedes

0 PDS com seu

canal entupido

O Ministro Leitão de Abreu e o SenadorAmaral Peixoto estão de acordo em que o

Presidente da República deva reocupar seulugar na articulação da sucessão presidencial c,uma vez votada a emenda constitucional, apre-sentada como preliminar de uma negociaçãoampla, tentar reunificar o PDS e, se possível,procurar um entendimento nacional com aOposição. O que o Senador na presidênciainterina do PDS disse ontem ao PresidenteFigueiredo já fora objeto de avaliações inter-nas no Palácio do Planalto, prevalecendo aidéia de que, depois do acordo em torno daemenda à Constituição, se abrirá o campo paraa composição das forças políticas sob a lideran-ça do Presidente, ainda que o Presidente nãotenha candidato a propor ou a apoiar a não serem função do acordo.

Ao que já se publicara a respeito, acres-centou ontem o Ministro Chefe da Casa Civilque o candidato de entendimento deverá surgirdo PDS, embora reconheça que essa é umapreliminar que aumenta as dificuldades. Nãosó as aumenta, como as inviabiliza. O MinistroLeitão de Abreu não há de supor que oDeputado Paulo Maluf concorde em retirar seunome e, como essa hipótese está afastada, aconclusão é simples: o canal PDS está entupi-do. Por ele não passa qualquer acordo, de talmaneira a intervenção do Presidente contra-riando a convocação da prévia fortaleceu aposição do ex-Governador de São Paulo den-tro do seu partido. O PDS não oferece veículopara trânsito de outra candidatura, a não serque o Planalto atropelasse o Sr Paulo Malufcom a candidatura de um General-de-Exército.

Embora o Sr Leitão de Abreu pense quepossa ainda evitar-se a dissidência no partidooficial, o movimento nesse sentido se tornapraticamente irreversível. Ainda ontem os SrsAureliano Chaves e Marco Maciel foram dizerao Senador Amaral Peixoto que, sem prévia,não há participação. Toda a corrente quelideram considera que a proposta do Sr PauloMaluf, condicionando a prévia à jurisdição daJustiça Eleitoral e à abrangência de todo ouniverso partidário, é apenas uma maneira debloquear a consulta às bases do partido e,portanto, de inviabilizá-la. Os divergentes, emvias de formalizarem uma dissidência, nãoconcordam em participar da Convenção Nacio-nal sem a prévia por entenderem que ospreparativos da Convenção foram viciados pe-la intervenção de instrumentos de ação politi-camente inadequados.

Um novo manifesto do grupo formalizaráa dissidência tão logo se realize a reunião dodia 5 de julho, a menos que nela se decidampartido e Governo a formar uma frente sólidapela realização da consulta às bases indepen-dentemente das condições do grupo Maluf.Sem que isso ocorra, a negociação escapará aocontrole do partido do Governo e o Presidentesomente encontrará diálogo fora do estritocampo malufista. Se ele quiser um candidatode entendimento deve reunir todo o seu parti-do contra o ex-Governador de São Paulo. Senão o fizer, a simples presença do Sr MárioAndreazza na Convenção não a legitimaria aponto de que os dissidentes a ela se decidissemcomparecer. Não só lá não irão como, depoisdela, o grupo pró-Andreazza se somará àguerra santa contra o Deputado paulista. Sempacificação não há Convenção.

Na negociação entre a dissidência do PDSe a Oposição, a dissidência não pode pensarem apresentar candidatos próprios, simples-mente pela razão já invocada de que nãodispõe de canal próprio para fazê-lo. O candi-dato será necessariamente do PMDB, mas,como diz o Deputado Fernando Lira, os quechegam participarão da elaboração do progra-ma e poderão manifestar preferência dentro doPMDB por um candidato a Vice-Presidente. AConstituição obriga que os dois candidatosprocedam do mesmo partido.

Quanto ao candidato do PMDB dificil-mente deixará de ser o Governador TancredoNeves. O próprio Sr Ulysses Guimarães játornou expressa sua decisão de não candidatar-se em pleito indireto. Como o partido querparticipar caber-lhe-á coordená-lo para escolhados candidatos e eliminação de resistências. Adissidência do PDS está ciente de que a escolhado candidato é problema do PMDB.

Tancredo e o Nordeste

Informa o Deputado Fernando Lira que aanálise crítica da situação do Nordeste, queestá influindo na formulação de uma políticapara a região do candidato Tancredo Neves,foi elaborada por um grupo de três cientistas, àfrente o Sr Cristóvão Buarque. Nada há deconcreto com relação à extinção do Ministériodo Interior.

O intelectual e o político

A Mesa do Senado Federal editou, sob otítulo "O intelectual c o político. Encontroscom Afonso Arinos", o trabalho de três pes-quisadoras do CPDOC da Fundação GetúlioVargas — Aspásia Camargo, Maria TerezaLopes Teixeira e Maria Clara Mariani — quese baseia cm longas entrevistas feitas com oProfessor, dentro de um programa de honiena-gem do Senado às grandes figuras da Casa.

Além das entrevistas, reproduzem-se dis-cursos. Há também um prefácio de PedroNava, e uma apresentação do Senador MoacyrDalla.

CARLOS CASTEILO BRANCO

José Fagundes ri ao receber o cargo e abraço do interventor

Prefeito de Jaboatão vai

à Justiça e retoma cargo

Recife — "Decisão judicial se cumpre, nãose comenta". Com essa frase e sem esconder oconstrangimento, o Governador Roberto Maga-Ihães suspendeu ontem a intervenção por eledecretada no município de Jaboatão. que namanhã de sábado amanhecera com dois prefei-tos: um interventor e outro nomeado pela Cá-mara Municipal.

Ontem, numa decisão inédita na história dojudiciário pernambucano, o presidente do Tri-bunal de Justiça, Benildes Souza Ribeiro, conce-deu liminar a mandado de segurança interpostopelo Prefeito deposto. José Fagundes de Mene-zes (ex-PMDB e atualmente sem partido). Elefoi afastado por ato do Governador, ao mesmotempo que era cassado pela Câmara Municipalda cidade, localizada a 20 quilômetros da capi-tal. Na semana passada, o Tribunal de Contasdo Estado recomendou a Magalhães o afasta-mentu do Prefeito.

CerceadoNa sexta-feira, o Governador nomeou o

advogado Marco Antônio Vasconcelos para in-terventor da cidade. No sábado, o advogadoDorani Sampaio — em nome de Fagundes —entregou ao presidente do Tribunal de Justiça omandado de segurança, alegando cerceamentode defesa na auditoria promovida pelo TCE,que, segundo o advogado, não ouviu as explica-çôes de Fagundes.

De acordo com Dorani Sampaio. Fagundesrecebeu intimação para depor no TCE depois dadata marcada para a audiência (13/03/84). Mas.ontem, o presidente em exercíco do TCE.conselheiro Jarbas Maranhão, afirmou que ajustificativa não tem fundamento.

— No dia 9 de março foi expedido aviso deregistro ao Prefeito, e ele o recebeu a 12 domesmo mès, segundo informações que nos fo-ram prestadas pelo correio. A audiência seria nodia 13, e a 14 chegou aqui um ofício do Prefeito,afirmando que não pôde depor porque o atrasona correspondência tornou impossível sua vindaao TCE na data marcada.

Assim não entendeu o presidente do Tribu-nal de Justiça. Baseado nas alegações do advo-gado. ele afirmou que o TCE negou "o exercíciodo direito de defesa, consagrado em nossa CartaMagna". Ontem o TCE esclareceu que a lei nãoobriga a ouvir o Prefeito, mas lembrou quenormalmente ele é convocado a depor: "Fagun-des foi intimado, e tecnicamente não podemosaceitar a alegação de que houve cerceamento dadefesa" — afirmou o auditor geral do TCE, LuísArcoverde.

A liminar é uma medida provisória, de 90dias, prorrogável por mais 30. Essa semana,deverá ser sorteado o relator do processo, quepedirá novas informações ao TCE e ao Governodo Estado. Em seguida, os autos serão encami-nhados ao procurador da justiça. Deste, oprocesso retorna ao relator, que provavelmenteencaminhará o assunto ao Tribunal Pleno, parajulgamento.

AcusaçõesO processo de auditagem do TCE consta de

2 mil folhas, ao longo das quais são enumeradasas irregularidades praticadas pelo Prefeito, queontem reassumiu o posto: abastecimento decarros particulares às expensas dos cofres domunicípio, pagamentos com cheques sem fun-dos, existência de contas bancárias da Prefeituranão escrituradas, irregularidades nas gratifica-çôes a servidores públicos, irregularidades emlicitações, incêndio na Prefeitura, com compro-vantes de receitas e despesas.

E ainda: pagamentos de obras não realiza-das. consertos de veículos particulares; supri-mentos individuais; gastos exorbitantes em ba-res e restaurantes. Ontem, duas pessoas acusa-das pelo TCE de abastecerem seus veículos àsexpensas da Prefeitura negaram a acusação. Oempresário Sérgio Lobo Jardim afirmou que oveículo em questão já não mais lhe pertencia. Eo Deputado estadual Ricardo Selva (PMDB)alegou que a gasolina paga pela Prefeitura foiutilizada por um carro seu, com alto-falantes,emprestado a edilidade para fazer uma campa-ilha de pagamento de IPTU.

PosseAo som de fogos de artificio e forrós e sob

aplausos de centenas de pessoas, o prefeitoFagundes Menezes reassumiu ontem a prefeitu-ra de Jaboatão.

A posse foi garantida pelo mesmo destaca-mento (80 homens) da Polícia Militar que, doisdias antes, afastara o prefeito Amaro JoséBasílio. indicado pela Câmara e garantira aposse do interventor, advogado Marco AntonioVasconcelos, nomeado pelo Governador. Acidade estava em festa. O interventor, disse que"só teve tempo de dar uma olhada na situação",mas que acatou a decisão do Tribunal "com todoo respeito, porque é soberano".

O vereador Amaro Basílio, que continua seconsiderando o prefeito da cidade, afirmou queimpetraria ontem mesmo mandado de segurançapedindo o novo afastamento de Fagundes Mene-zes e seu reconhecimento como o prefeito deJaboatão.

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Tancredo nega que plano

para o Nordeste inclua fim

do Ministério do InteriorBelo Horizonte — Em nota oficial, o Governador de Minas,

Tancredo Neves, afirmou que "em nenhum momento pensou ousugeriu a extinção do Ministério do Interior", conforme oJORNAL DO BRASIL divulgou domingo. Informou, também,que, por recomendação médica, cancelou sua participação noscomícios do Rio, São Paulo e Curitiba.

Tancredo Neves confirmou sua presença em Brasília, ama-nhá e depois, a fim de participar "diretamente, no CongressoNacional, do trabalho de aliciamento e persuasão do maiornúmero possível de congressistas ainda não comprometidos com acausa das diretas, para convocá-los a vir trazer seu voto à vitóriada grande aspiração popular".

NotaA nota é a seguinte:"O Governo do Estado de Minas Gerais torna público,desfazendo informações equivocadas de certos órgãos de nossa

imprensa, que, em nenhum momento, pensou ou sugeriu aextinção do Ministério do Interior. Visando dar a sua colaboraçãoà momentosa problemática da zona nordestina abrangida pelaSudene, recomendou aos seus técnicos a elaboração de um amploestudo, acerca dos problemas de ordem humana, econômica esocial que assolam permanentemente a injustiçada região. Esseestudo a ser submetido à consideração da Sudene e colocado adebate das lideranças de todos os segmentos sociais interessadosno assunto, é que, então, será aprovado pelo Governo do Estadode Minas Gerais.

Preocupa-se esse estudo com o enfraquecimento da Sudene,cujos quadros administrativos se busca enriquecer. Esta operaçãofar-se-ia com o desloc,.mento para a sua área de competência dequadros inseridos no contexto do Ministério do Interior, que sedespojaria de sua superconcentração de atividades governamen-tais.

A verdade, porém, é que jamais de admitiu, no referidotrabalho, a eliminação do Ministério do Interior, que temjustificado a sua existência no cumprimento eficiente de suasfinalidades políticas, sociais e econômicas.

O governador Tancredo Neves cancelou a sua presença noscomícios de Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro em virtude derecomendação médica, de vez que o acesso gripai que o acometeuainda não se encontra totalmente debelado.

Tendo sido o" Governador que mais presença deu aoscomícios das pró-diretas realizados em todo o território nacional,e sendo pública e notória a sua participação na luta de seu Partidoem prol da implantação imediata das eleições populares para aescolha do futuro Presidente da República, lamenta, não obstan-te. que circunstâncias independentes de sua vontade impeçam-node testemunhar a reiteração do seu empenho pela devolução aopovo do seu inalienável direito de votar no seu supremo manda-tário.

Em reunião, hoje (ontem), com a Comissão Suprapartidá-ria, de Minas Gerais, o Governador Tancredo Neves lhe assegu-rou o seu integral apoio a todas as manifestações públicas queentenda de promover, encarecendo, porém, a observância dorespeito à legislação vigente, ás autoridades constituídas e âordem pública. Nos próximos dias 26 e 27 do corrente niés. oGovernador Tancredo Neves encontrar-se-á em Brasília, partici-pando, diretamente, no Congresso Nacional, do trabalho dealiciamento e persuasão do maior número possível de congressis-tas ainda não comprometidos com a causa das diretas, paraconvocá-los a vir trazer o seu voto à vitória da grande aspiraçãopopular, que constitui, neste momento, a maior reivindicação daconsciência democrática do nosso povo".

César Maia acha Saturnino

injusto ao fazer críticas

à centralização de BrizolaO Secretário de Fazenda, César Maia. acusou ontem o

Senador Saturnino Braga de ter cometido "uma série de inverda-des e injustiças despropositadas" na entrevista que concedeu aoJORNAL DO BKASIL. As críticas do Secretário, que convocoua imprensa para revelar o conteúdo do telex de protesto queenviou ao Senador, centram-se no entendimento de Saturnino arespeito da administração estadual e sobre a prática administrati-va e política do Governador Leonel Brizola."Os comentários não respeitam a unidade nas diferenças",disse César Maia. Ele admitiu que, antes de contestar o Senador,enviou uma cópia do texto ao Governador Leonel Brizola."Como ele não disse nada, resolvi mandar, mas poderia tê-losustado em nome de uma visão política diferente do Ciover-nador"

AcusaçãoO Senador Saturnino Braga, na entrevista, em meio a

argumentações sobre sua visão a respeito de um Partido Socialis-ta, critica a centralização administrativa em torno de LeonelBrizola. (...) E preciso entretanto que ele se modernize também,quer dizer, deixe de ser o chefe para ser o líder. (...) H esseprocesso de modernização passa por tinia série de transtormaçóesna sua atuação como dirigente partidário e como governante"."Quando falamos em modernização, estamos pensando, porexemplo, na prática da delegação, prática que ele usa muitopouco; delegação significa dar poder aos seus auxiliares. aliihuin-do-lhes competência para tomar decisões, sem a insegurança aque hoje estão submetidos. (...) Modernização significa terprojetos, contai com uma assessoria competente, porque um bomprojeto é o meio para obter, inclusive, o seu próprio suportefinanceiro", afirmou Saturnino.

DefesaNo texto enviado ao Senador o Secretário César Maia

rebate:"Não consigo entender o termo modernização na formaque é usado. As categorias chefe e líder não são dicotômicas, amenos que se queira atribuir a palavra chefe os adjetivos quenossos inimigos têm atribuído (...) O auxiliar do Governador quereclamar de delegação é porque está preocupado em nomear egastar sem controle. Iodos têm autonomia para ser Secretários(...) A delegação termina quando o Secretário quer ser oGovernador. O que acontece, mas tem que ser ajustado". Aosjornalistas, o Secretário completou: "O que ele chama demodernização é uma visão tecnocrática".

Em relação a falta de projetos apontada pelo Senador. CésarMaia é enfático: "Os projetos não faltam, até porque as pratelei-ras estão cheias deles. Abordar o tema de assessoria competente éraciocinar como os nossos detratores. Só no BNDES existemvários que não são aprovados porque o Metrô deve. apesar determos solicitado tratamento igual a Sào Paulo".

No texto de 62 linhas, César Maia defende em váriosmomentos o modo de administrar o Estado do GovernadorBrizola e também sua liderança política.

Motta propõeextinção do

PlanejamentoFortaleza — O Governador

Gonzaga Motta sugeriu ontema extinção do Ministério doPlanejamento, "porque ele écentralizador e só faz atrapa-lhar", e propôs a criação doMinistério da Economia, queabsorveria o próprio Planeja-mento e o Ministério da Fa-zenda.

O Governador disse queconcorda com o programa doGovernador de Minas. Tancre-do Neves, para o Nordeste,"porque ele prega a reformaagrária, algo que é inadiável, éurgente". Mas não quis comen-tar a idéia da extinção do Mi-nistério do Interior.

Ontem, às llh30min, o Go-vernador de Minas Gerais tele-fonou para o seu colega doCeará e reiterou o convite paraque esteja presente, sexta-feira, à reunião mensal ordiná-ria do Conselho Deliberativoda Sudene, na cidade mineirade Montes Claros. TancredoNeves pretende reunir ali todosos governadores com assentono Conselho, que tem, tam-bém, representantes de quasetodos os ministérios e organis-mos diversos, como a Funai.

Deputado

dá vantagem

a AndreazzaPorto Alegre — O Deputado

Rubens Ardenghi (PDS/RS)garantiu ontem que o MinistroMário Andreazza conta com55% dos votos na Convenção,uma vez que, segundo seus cál-eulos, já assegurou 510 votos.Para ele. o Deputado PauloMaluf só conta com votos ex-pressivos das bancadas de SãoPaulo (4(1 votos) e Mato Gros-so do Sul (com oito votos).

O parlamentar gaúcho ob-servou que a "denominada for-ça que Paulo Maluf vem ga-nhando na imprensa, como setivesse um grande apoio dosconvencionais do PDS. é umajogada da Oposição e da pró-pria imprensa". Segundo ele. émuito fácil averiguar junto aosEstados o apoio que Mário An-dreazza tem junto aos conven-cionais e basta uma pesquisapara que os números fiquemcomprovados; "mas parece quenem a Oposição nem a impren-sa tem interesse nisso, porque aconfusão é boa para eles".NÚMEROS

Ardenghi argumentou que.no Amazonas. Andreazza temtodos os votos e. no Rio Gran-de do Sul. Paulo Maluf temapenas oito dos 5h votos. NaBahia, dos l)(l votos. 72 sãopara Andreazza e assim pordiante. "Por que não sáo publi-cados esse números.1" indagouRubens Ardenghi. um doscoordenadores da candidatunldo Ministro do Interior.

Para ele. de nada adianta arealização de prévias dentro doPDS se o deputado Paulo Ma-luf não participar, porque nãoserão medidas realmente asforças dos dois candidatos maisfortes." De nada adianta An-dreazza concorrer com Atire-liano Chaves ou com MarcoMaciel que não têm votos",disse.

Prisco

critica

A. CarlosSalvador — O Deputado'

Prisco Viana (BA), ex-secretá-rio-geral do PDS e um dosprincipais assessores do presi-denciável Paulo Maluf, disseontem que não acredita emintervenção militar no processosucessório, "porque os milita-res entregaram a solução desteassunto aos civis" e criticou oex-Governador Antonio CarlosMagalhães por sugerir que umcandidato fardado seria prefe-rível a Maluf.

— Não chega a surpreendera sugestão dele. O cx-Governa-dor sempre jogou, nesses tilti-mos anos. com cartas marca-das. Por suas relações com opoder, ele sabia com antece-dência qual General ia dar eentão apoiava este General.Agora, que o candidato seráescolhido em disputa livre naConvenção e há vários concor-rentes, ele está assim comouma espécie de cego em tiro-teio. Não sabe de onde vem asbalas — afirmou Prisco Viana.FRENTE

Prisco assegurou que "aindanão há uma frente anti-.Maluf'no PDS. vendo nas declaraçõese posições assumidas por váriosGovernadores apenas "uma sé-rie de manifestações de inten-çôes, que nós achamos própriasdesta etapa do processo". As-segurou que. no caso do Go-vernador gaúcho. Jair Soares,"houve um problema de desin-formação, que o levou a sejulgar, equivocadamente. agre-dido por Paulo Maluf'. en-quanto considerou "precipita-da" a afirmação do ex-Gover-nador Antonio Carlos de quevai até para a oposição. "Elenão tem vocação para a oposi-ção" — ironizou.

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«JORNAL DO BRASIL POLÍTICA terça-feira, 86/6/84 ? Io caderno D 3

Aureliano promete reagir com firmeza mas às claras

„ ... v , Brasília — J. FrançaBrasília —'Nao apunhalaremos nin- jB»»! ..... d„cí,w» .oia ,i„Brasília — "Não apunhalaremos nin-guem pelas costas mas. se necessário,aplicaremos uma facada no umbigo".Quem clisse isso. no último fim de sema-na. foi o Vice-Presidente Aureliano Cha-yes. Para dar a medida da disposição dosdissidentes do PDS de irem "as últimasconseqüências" para impedir a eleição deum Presidente da República que não sejaresultado de um amplo processo de en-'tendimento nacional.

O Vice-Presidente não quis dizercontra quem era dirigida sua ameaça.

„Deixou claro, contudo, que se entendapor "apunhalamento" ou "facada" a de-cisão da chamada "Frente Liberal doPDS" de ajudar a eleger até mesmo umcandidato da Oposição, caso o nome

.escolhido pelo partido do Governo nãotenha o perfil de figura respeitável, capazde comandar o pais. "nos próximos edifíceis anos".

Lealdade" ¦ Aureliano Chaves não conseguiu, em' 111110 conversa de 2 horas com seis jorna-•%tas, disfarçar seu sentimento de irrita-

Çãb com o Presidente Figueiredo — em-Kòra tenha admitido, por diversas vezes,que está informado de que o sentimento é''recíproco. Fez questão de sublinhar, emcompensação, que sempre adotou umcomportamento de extrema lealdade pa-th com o Presidente.• Lembrou que procurou o PresidenteFigueiredo tão logo ele assumiu a missão"de coordenar a escolha de um candidatodó PDS à sua sucessão. "Eu perguntei aoFigueiredo: Você está realmente dispostoa ir até o fim nessa tarefa? Ele merespondeu que sim. Então eu lhe disseyue o nome indicado por ele teria todo omeu apoio", contou o Vice-Presidente.

Quando surgiram rumores, em mea-dos do ano passado, de que o Ministro

,Mário Andreazza seria o candidato da¦ preferência do Presidente. Aureliano,Chaves retornou ao Palácio do Planalto.".Olhe, Figueiredo, se o Andreazza for oseu candidato, me diga e me explique asrazões pelas quais o escolheu que eudarei o meu apoio", narrou Aureliano.

t) Presidente negou sua opção porAndreazza. No início deste ano, disseAureliano. ele tornou a procurar o Presi-dente ante a insistência dos rumores deque Figueiredo desejaria a prorrogaçãocio seu próprio mandato. "O Presidentenegou a intenção. Disse que não admiti-ria em absoluto continuar no cargo para¦além do seu mandato atual", relatou.

" 1 — Eu então disse ao Figueiredo: Se•você não quer 3 prorrogação, por quedeixa o César Cais defendè-la em comer-sa até com líderes da Oposição? Aí oFigueiredo respondeu: mas a prorroga-çáo é democrática, não é? E eu retruquei:é. mas não é da tradição republicana —¦reproduziu o Vice-Presidente.i . Antes que o Presidente se declarasse

•favorável á eleição direta para seu suces-sor em viagem à África, no final do anopassado, o Vice-Presidente tornou a en-contrá-lo para abordar o assunto: "Eudisse a ele que pessoalmente era favorá-vel à eleição direta. Ele me respondeuque também era mas que o assuntoprecisava ser melhor estudado"."De repente, em declarações presta-das na África, Figueiredo saiu-se defen-

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a#: .Aureliano pede lealdade

dendo a eleição direta. Eu me senti,então, liberado para expor minha posiçãoa defender minhas convicções", explicouAureliano Chaves. "Desde então, arma-ram uma série de intrigas para me afastardo Figueiredo".

FidelidadeAureliano Chaves disse que sempre

foi fiel aos seus próprios valores e que seucomportamento político pautou-se, aolongo de todos esses anos. pela coerén-cia. "Em 1974. comentando o resultadodas eleições daquele ano. eu disse quenão adiantava tapar o sol com a peneira eque os números deveriam merecer tiniareflexão de nossa parte".

Em 1974, das 22 vagas que esta-vani em disputa no Senado, o anti-go MDB ganhou 16.

O Vice-Presidente recorre a um epi-sódio anterior para atestar sua condutaliberal: a votação, pela Câmara, do pedi-do de licença para que o Deputado Már-cio Moreira Alves (MDB-RJ) pudesse serprocessado. O deputado, no final del%8. pronunciara um discurso considera-do ofensivo à honra dos militares.

— Lembro que meu pai. que era umhomem de sólida formação anti-comunista, me aconselhou a votar favora-velmente ao pedido de licença. Eu res-pondi que, pelo menos daquela vez, nãoo obedeceria. E votei contra.

Nada há de estranhável. portanto, nasua postura atual, acredita o Vice-

Presidente que, por sinal, em 1976, de-tendeu publicamente a concessão de umaanistia ampla, geral e irrestrita para ospunidos pelo movimento revolucionáriode 1964. "Eu não renego meu compro-misso com a Revolução, pelo contrário,eu o assumo", disse o Vice-Presidente.

Sua fidelidade ao movimento nãodeve ser posta em discussão, o que não oimpede, no entanto, de empenhar-se pa-ra que o ciclo revolucionário chegue aofim — e a um fim de acordo com seusobjetivos iniciais. É justamente nessemomento da conversa que o Vice-Presidente introduz a questão da "frenteliberal do PDS".

— E engraçado. Até a pouco, está-vamos sozinhos, eu e o valoroso Gover-nador do Ceará, que apoiava minhaspretensões. Eles conduziram tão mal oprocesso que agora não somos apenasdois. Estão comigo dezenas de parlamen-tares, governadores, ex-governadoresque exigem uma solução de entendimen-to para a sucessão de Figueiredo.

DisposiçãoA defesa da realização de uma préviaeleitoral dentro do PDS para a escolha do

candidato à sucessão é o que une. nomomento, os integrantes da "Frente Li-beral". Mas não é só isso: "Iremos unidospara a decisão do que fazer caso a prévianão se viabilize. E, depois disso, seguire-mos unidos até o final do processo", crêAureliano.

O Vice-Presidente não descarta, porenquanto, nenhuma hipótese, e não seimpressiona com a recente adesão doDeputado Paulo Maluf à proposta daprévia. "Não somos crianças. Ele goraadmite a prévia porque acha que ela seriairrealizavel por falta de tempo. Muitobem: confinaremos defendendo a préviase ela for realizada até 15 de julho".Depois dessa data, os dissidentes atéconcordam que a prévia seja feita — massó se a convenção do partido para aescolha do candidato, marcada para osprimeiros dias de setembro próximo, foradiada, revelou Aureliano Chaves. Sem aprévia, a Frente Liberal do PDS nãocomparecerá à convenção de forma al-guma.

Ela, entáo, será obrigada a optar poroutros caminhos de atuação política. Aformação de um novo partido deve ficarpara depois da eleição do futuro Presi-dente, disse Aureliano Chaves. Examina-se. a nível interno do grupo, o apoio a umnovo nome que disputaria a convençãodo PDS contra Maluf e Andreazza.

Ou o lançamento de um candidatoque poderia disputar o Colégio Eleitoralatravés da legenda do PTB — ou ainda,simplesmente, o apoio a um candidatoúnico da oposição. O nome do Governa-dor Tancredo Neves surge naturalmentee o Vice-Presidente não tergiversa:— Minas Gerais pode se unir cmtorno de um nome ilustre como o doGovernador Tancredo Neves. O acordonão seria difícil. Quando se quer. se faz.Em 1964, o Magalhães Pinto não uniu asprincipais lideranças de Minas em tomodo movimento revolucionário? E fez issoem uma semana.

Maluf libera aliados para préviaBrasília e São Paulo — O Deputado Paulo

Maluf, segundo informou, ontem, na Capitalpaulista, um dos seus principais assessores, libe-rou seus aliados, no Diretório Nacional do PDS,para votarem, na reunião do próximo diá 5 dejulho, a favor das prévias para a escolha docandidato do partido à sucessão do PresidenteJoão Figueiredo. Maluf não autorizará, no en-tanto, a inclusão do seu nome na consulta.

Em Brasília, o Vice-Presidente AurelianoChaves e os Senadores Marco Maciel e JoséSarney revelaram, segundo um de seus seguido-res no movimento que se intitula Frente Liberal,que váo desistir de lutar pelas prévias. O infor-mante esclareceu que os três principais conduto-res do movimento dissidente do PDS afirmaramque não pretendem ir para nenhum matadouro.

ObjetivoO objetivo de Maluf, conforme revelou seu

assessor paulista, é o de manter Aureliano e oGovernador de Minas, Tancredo Neves, imobi-lizados para qualquer tentativa de acordo comvistas à sucessão, pelo menos, durante um mêsou mais, o tempo necessário para as préviasserem realizadas e aprovadas.

Nos cálculos do ex-Governador de São Pau-Io, Tancredo precisa fechar o acordo com Aure-liano até o dia 15 de agosto, último prazoprevisto em lei para se desincompatibilizar doGoverno de Minas. Aureliano, em Brasília,comentou com o Deputado Tarcísio Burity(PDS-PB) que as prévias dificilmente virão.

Argumentou, segundo o parlamentar paraíba-no, que não acataria, ainda numa referência aogrupo malufista, "nenhuma jogada de es-pertos".

, DenúnciaNum encontro com o presidente interino do

PDS. Amaral Peixoto, Aureliano e Maciel de-nunciaram que a Executiva Nacional do partidoestá fazendo um torpedeamento das prévias emtodas as suas reuniões. No encontro ameaçaramnão comparacer à reunião do Diretório, dia 5 dejulho, convocada para eleger o Deputado Au-gusto Franco presidente efetivo do partido epara deliberar sobre as prévias,

No encontro com Amaral. Maciel e Aurelia-no. conforme contou o paranaense Norton Ma-cedo. exigiu que as prévias atingissem a umuniverso partidário desde os Diretórios Munici-pais, totalizando mais de 2(1(1 mil participantes.Esclareceu que a Frente Liberal quer. ainda,que as prévias se realizem até o dia 15 de julho.

Em são Paulo, o coordenador da campanhade Maluf. Calim Eid. confirmou que o grupo doex-Governador paulista nada fará. dia 5. paraimpedir as prévias. Em Brasília, um dos líderesdo movimento que Aureliano vem coordenai!-do. revelou que sua estratégia não tem mesmomudança de curso: romperá com o PDS dia 5 dejulho, lançará manifesto a nação em defesa deum grande acordo nacional para a sucessão epoderá incluir, cm seus planos mais imediatos, acriação de um novo partido.

RICARDO NOBLAT

Frente Liberal se prepara

para criar as alternativasBrasília — O ultimato dado ontem à

direção do PDS. pelo Vice-Presidente Aure-liano Chaves e o Senador Marco Maciel,configura a derradeira tentativa dos políticosque integram a chamada Frente Liberal deresolverem os problemas de seu grupo semse afastarem do partido. Se até a próximasegunda-feira o Senador Amaral Peixoto nãoobtiver do Diretório Nacional o consensopara a realização de uma prévia nos moldespropostos pelos aurelianistas ou a renúnciaimediata dos quatro presidenciáveis, pelomenos 91 parlamentares, governadores econvencionais do PDS oficializarão o seurompimento com a legenda.

Esse bloco, garante Marco Maciel, des-conhecerá a Convenção pedessista. passandoa atuar como força independente. Entreoutras alternativas, seus participantes pode-ráo votar em um candidato da Oposição noColégio Eleitoral ou, se até lá reunirem ocacife necessário para disputar a sucessãocom candidato próprio, quer em um novopartido formado as pressas ou cm legendaemprestada.

ApoioDesde ontem, Maciel exibe aos freqüen-

tadores dc seu movimentado gabinete, noCongresso, uma coletânea de 91 assinaturasque, até a última sexta-feira, endossaram oesboço do "Manifesto a Nação" — ponto de

partida do rompimento dos liberais. Pelomenos três Governadores já assinaram odocumento, mas destes apenas um. o cearcn-se Luís de Gonzaga Motta, admite filiar-seimediatamente a um novo partido. Os de-mais temem perder suas maiorias nas assem-bleias legislativas. O manifesto deverá ga-nhar novas adesões nos próximos dias. o queestimula Maciel a prever um poder de fogodo grupo da ordem de 130 votos no ColégioEleitoral.

A Frente Liberal é o único fato novo nasucessão, definiu um dos Ministros de Esta-do mais próximos ao Presidente João Figuci-redo. Ele não acredita que o movimentotenha peso suficiente para afastar do páreo oDeputado Paulo Maluf, mas acha que adissidência coesa poderá alterar os rumos doprocesso sucessório â revelia do candidatopaulista e do proprio Palácio do Planalto.

Além do eventual apoio a um candidatode Oposição — no caso, o GovernadorTancredo Neves —, a Frente Liberal, deacordo com Marco Maciel, joga com a alter-nativa do candidato suprapartidário. Nessahipótese, seria tentada a utilização do PTB,legenda híbrida, cuja maioria dos parlamen-tares está dividida entre a profissão de teoposicionista e a coalizão com o GovernoFederal.

JOMAR MORAIS

Cais fazcampanha

no SulPorto Alegre — O Ministro

das Minas e Energia, CésarCais, garantiu ao líder da ban-cada do PDS gaúcho, Roberto.Cardona. que o PresidenteJoão Figueiredo ainda mantémo comando da sucessão presisdencial e conta com 120 votosdos eleitores indecisos na Con-venção do partido do Governo.

O Ministro disse que esses12(1 votos são decisivos para aresultado da disputa no PDS.Cais, que cumpriu em PortoAlegre mais uma etapa de suáperegrinação como candidato aVice-Presidente da Repúblicavisitando o Governador JairSoares e reunindo-se com lide-res do partido na Assembléia emembros do Diretório Regio-nal, afirmou que prefere inte-grar a chapa do Ministro Mário'Andreazza, para ele o vence-dor da Convenção pedessista.

Ele explicou que não apoiamais a prorrogação do manda-to do Presidente Figueiredoporque os pedessistas estãocomprometidos com as várias,candidaturas. No Diretório Re-gional do PDS gaúcho. CésarCais fez uma explanação de 20minutos sobre as riquezas mi-nerais do Brasil e dos avanços,na produção de petróleo, redu-zindo a dependência brasileirados países produtores. Falouno ouro de Serra Pelada, emCarajás, no carvão, e quandoencerrou foi interpelado pelaDeputada Dercy Furtado, di-zendo que estava perplexa deouvir sobre tantas riquezas noBrasil, e nenhuma palavra doMinistro sobre a fome do povo.

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4 ? Io caderno ? terça-feira, 36/6/84 POLÍTICA JORNAL DO BRASIL

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Comissão Mista aprova

mudanças tributárias e

beneficia fluminensesBrasília — A Comissão Mista que examina a emenda

Figueiredo aprovou ontem duas modificações tributáriasna Constituição, uma das quais destina ao orçamento doEstado do Rio de Janeiro, no próximo ano, pelo menosmais CrS 52 bilhões. Além disto, derrubou do parecer dorelator Aderbal Jurema (PDS-PE) um artigo que proibiatodos os casos de aborto, inclusive os permitidos peloCódigo Penal, e que definia o casamento como "elementoconstituidor da família".

A outra inovação introduzida pela Comissão Mm.i naemenda Figueiredo foi a equiparação do Ministério Públi-co (Promotoria) à Magistratura (juizes). Aprovado peloCongresso este artigo, de autoria do Senador OtávioCardoso (PDS-RS), O Ministério Público adquirirá omesmo direito de juizes, inclusive quanto aos vencimentose inamovibilidade.

Mas estabelece os mesmos impedimentos, inclusive oda inetegibilidade, ressalvando apenas os promotores queatualmente detêm mandatos parlamentares ou suplências.São promotores, entre outros, os Deputados José 1 honiasNonò (PDS-AL). Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) e RosaFlores (PMDB-RS).

Todas estas alterações serão submetidas ao plenário,amanha e quinta-feira, no bloco, de emenda a proposta dereíotma constitucional do Presidente Figuenedo com pare-ceres favoráveis.

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Curitiba reinicia manifestações com 30 mil nas ruas

Curitiba — Mais de 30 mil pessoas, segundocálculos da Polícia Militar, e 50 mil. conforme osorganizadores; participaram, ontem, na BocaMaldita, em Curitiba, do comício pelas diretasjá. marcando o reinicio da campanha interront-pida com a derrota da emenda Dante de Oli-veira.

Compareceram os Governadores t rancoMontoro (SP), Leonel Brizola (RJ). íris Rezen-dc (GO). Wilson Martins (MS) e o presidentedo PT, Luís Inácio da Silva (Lula), além doanfitrião. José Richa. As grandes ausênciasforam o Governador Tancredo Neves (MG) —gripado —. o presidente nacional do PMDB.Deputado Ulysses Guimarães, e o SenadorAffonso Camargo.

VaiasO primeiro comício pelas diretas também foi

realizado em Curitiba em janeiro e reuniu maisde 411 mil pessoas, na maior manifestação políti-ca da história paranaense. Ontem, a manifesta-ção repetiu, sob o comando do locutor OsmarSantos, as mesmas palavras de ordem do comi-cio anterior mas com uma novidade: quando aatriz Dina Sfat leu a lista com os nove nomes dosdeputados paranaenses que votaram contra aemenda Dante de Oliveira, uma vaia de mais dedois minutos tomou conta da multidão, queterminou gritando palavrões contra os depu-lados.

O comício de Curitiba começou às 18 horascom músicas, discursos e declarações de apoio àsgreves de funcionários públicos e universitários.Os Governadores convidados chegaram em gru-po. as 20h3l)min, acompanhados de José Richa.

EmoçãoUm dos momentos mais emocionantes da

manifestação ocorreu quando a cantora Wan-derléa falou à multidão — que lotava inteira-mente a Rua das Flores — sobre o filho,Leonardo, morto num acidente aos dois anos,cm fevereiro de 84.

— Passei por uma dor muito grande —disse — e tive solidariedade do Brasil inteiro.Graças a essa força que vocês me deram estouaqui hoje. Eu tive a felicidade de criar meu filho

com saúde e boa alimentação até os dois anosmas existem milhares de crianças no Brasil quenão conseguem ter isso. Não podemos permitirque isso continue acontecendo.

Ao terminar seu discurso, a cantora come-çou o refrão do Hino da Independência e foiseguida pelos manifestantes, que aplaudirammuito.

Centenas de faixas — entre elas várias doPartido Comunista do Brasil pedindo a legaliza-ção — foram erguidas durante a manifestação. Eo palanque tinha tantas autoridades — entrevereadores, deputados, secretários de Estado eprefeitos — que a segurança chegou a pedir àmulher do Governador José Richa, Dona Arle-te. e aos artistas, que se reunissem no fundo dopalco para evitar um acidente. Antes de permitira entrada de cada repórter ou fotógrafo, asegurança pedia que uma pessoa saísse do palcona tentativa de equilibrar o peso sobre as tábuasde madeira.

DemoraO primeiro convidado a chegar foi Lula. do

PT, que ao subir ao palco criticou a ida dasoposições ao Colégio. Disse, no entanto, que asoposições deveriam fazer qualquer sacrifíciopara derrotar o Deputado Paulo Maluf. Lula foi,também, o primeiro político não paranaense adiscursar. "Os três comícios — Curitiba, SãoPaulo e Rio de Janeiro — vão reforçar a idéia jácomprovada de que o povo quer as diretas já ,disse Lula.

Durante o discurso do presidente do PT,chegaram os governadores e para permitir oacesso do grupo ao palanque, a polícia teve queintervir e afastar a multidão. Até as 20h30minnão havia sido registrado nenhum acidente.Depois de Lula falaram Franco Montoro, Leo-nel Brizola, íris Rezende, Wilson Martins e JoséRicha. A tônica dos discursos foi a defesa daseleições diretas já e a Constituinte. A essa horaos apresentadores já falavam em 50 mil pessoaspresentes à manifestação. Participaram tambémdo comício a cantora Fafá de Belém, quelembrou o ex-Senador Teotónio Vilela, e o ex-Prefeito de Curitiba, Jaime Lerner.

Curitiba — Ivan Bueno

Comício paulista é hoje às 17h

São Paulo — Sem a presença do GovernadorTancredo Neves — que comunicou, ontem, aoPalácio dos Bandeirantes, que não comparecerápor estar resfriado — e com a participação doPCB, PC do B. MR-S, cujos representantesforam autorizados a discursar no palanque. SãoPaulo realiza, hoje, às I7h, na Praça da Sé. ocomício suprapartidário pelas eleições diretas. Aúltima manifestação na capital, a passeata-comício do dia 16 de abril, reuniu I milhão e 300mil pessoas que pediram a aprovação da emendaDante de Oliveira.

Além do Governador de São Paulo. FrancoMontoro. até a noite de ontem já haviamconfirmado participação no comício, os Gover-nadores do Mato Grosso do Sul. Wilson Barbo-sa Martins: do Paraná, José Richa; dc Goiás.Íris Resende: e do Rio de Janeiro. LeonelBrizola. O Palácio dos Bandeirantes aguardavatelefonemas dos Governadores do Pará. .láderBarbalho. e do Espírito Santo. Gérson C amata.

Os manifestantes vaiaram os nove deputados do Paraná que votaram contra as diretas

Maluf cobra gastos do PMDB

Os Governadores de Minas Gerais. TancredoNeves, e do Amazonas. Gilberto Mestrinho,comunicaram que não comparecerão.

EsquemaO comício será antecipado por duas passea-

tas: uma de estudantes, que sairá da praçaRoosevelt. as 15 horas: e outra de mulheres, quepartirá do Largo de São Francisco, às 10h. OsPrefeitos do interior vão-se concentrar na Secre-taria do Interior — rua da Consolação — deonde seguirão em caravanas para a Praça da Sé.

O II Exército estará hoje de sobreaviso,com suas unidades especializadas em "controlede turba", acompanhando os acontecimentos. Amesma medida foi adotada, em abril, durante amanifestação do vale do Anhangabaú. Ontem, ocomandante do II Exército. General SebastiãoRamos de Castro, passou o dia na região doVale do Paraíba, onde inspecionou unidadesmilitares.

São Paulo — O Deputado Fe-deral Paulo Maluf (PDS-SP) co-brou ontem explicações do PMDBpaulista sobre quem está pagandoas despesas com o comício pelaseleições diretas marcado para hojena Praça da Sé. Maluf afirmou queos gatos devem superar CrS 1 bi-lhão. O Governador Franco Mon-toro retrucou: "Em matéria de bi-lhões, o Sr Maluf entende mais quequalquer um de nós". E negou queo Governo paulsita responda pordespesas com a manifestação.

As críticas de Maluf aos gastosdo comício foram feitas ontem pelamanhã. Às 7 horas, no programa"Bom Dia São Paulo", da RedeGlobo, Maluf declarou-se "assusta-do" com os gastos de divulgação eorganização da manifestação e cri-

ticou o transporte gratuito de pas-sageiros pelo Metrô. A tarde, pou-co antes de seguir para Curitiba,onde. participou do comício de on-tem na capital do Paraná, o Gover-nador Montoro garantiu que, porlei, o Governo não pode aplicar"um centavo sequer" na manifesta-ção de hoje.

MalufA direção do PMDB informou

que os gastos com a organizaçãoatingem CrS 100 milhões.

— A gente vê —- disse Malufna televisão — emtodas as estaçõesde TV e rádio propagandas e mate-rias pagas fartíssimas. E quem pagao palanque? Quem paga a apare-Ihagem de som? Quem pagar os 40mil faixas confecionadas? Quem

está pagando o Metrô que você,telespectador, implantou com seusimpostos? Você o implantou paratrabalhar de graça? Quem vai pa-gar os ônibus e trens que vãocircular de graça?

Paulo Maluf observou em suaentrevista que as despesas com ocomício "não têm absolutamentenenhum objetivo" e ao comentar ototal dos gastos acrescentou: "Estaé uma pergunta que pode ser feitaao Governador do Estado".

À tarde, Montoro disse que ospartidos de Oposição que estãoarcando com todas as despesas, ecomentou: "O Governo do Estadoestá dando todo apoio à manifesta-ção mas rigorosamente dentro dalei.

Comitê no

Rio preparaa passeata

O comitê suprapartidáriopró-diretas. organizador tio co-mício do Rio. marcado paráamanhã, às 17 horas, decidiuontem, em reunião no PalácioGuanabara, que antes do atohaverá uma passeata com saídada Candelária em direção, àCinelãndia. Ela será aberta pe-los Governadores de Oposição,que portarão uma faixa reivin-dicando Diretas Já Para Mu-dar. L'm trio elétrico animadopor Osmar Santos. Carlos Ve-reza, Walmor Chagas e LuçéljaSantos se deslocará até a Çjflç-lãndia em meio aos manifçs-,tantes.

O palanque do comício.,ocupará as escadarias da Cá-mara dos Vereadores em todaa sua extensão. Seu custo estáestimado entre CrS 5 e 6 mi-lhões pagos pelo PDT. O somserá o mesmo usado no comícioda Candelária e poderá ser ou-vido no Obelisco. Largo dáCarioca e parte da AvenidaRio Branco. Os organizadorespretendem usar a iluminaçãoda Câmara, mas dispõem .degeradores para evitar contra-tempos.SALVAÇÃO

O Governador Leonel Bri-zola admitiu ontem a indicaçãode um candidato da Oposiçãopara concorrer às eleições indi-retas pelo Colégio Eleitoral,desde que ele se comprometa aconvocar eleições diretas quan-do assumir o cargo. A tese.chamada de forma salvadora,vem sendo defendida por vá-rios setores da Oposição.

— É uma idéia digna deconsideração e vem tomandocorpo, inclusive como cobertu- .ra moral para os que defendema presença das oposições noColégio. Verificamos que seriauma situação constrangedorapara um oposicionista compro-metido com as diretas —obser-"vou Brizola —. ascender à Pre-sidéncia através do Colégio elápermanecer por um mandadointeiro, ilegitimamente.

Ele admitiu que não preterç-,de reunir a mesma multidãoque foi ao Comício da Candeia-ria, em abril, mas encara oscomentários de que as diretas-já estão superadas como umdesafio.

PDS mas não coordena sucessão

Presidente cancela ida a Porto AlegreBrasília e Porto Alegre — O Presidente João Figueire-

do decidiu, ontem à tarde, cancelar, inesperadamente, avisita que faria hoje às áreas atingidas pelas cheias no RioGrande do Sul. O programa da visita já havia sidodistribuído pela Assessoria de Inijirensa da Presidência, nofinal da manhã. A noite, o porta-voz do Presidente, CarlosÁtila, informou que Figueiredo desistiu de viajar apenaspara poder acompanhar de perto a votação da emenda queenviou ao Congresso.

Átila negou que o cancelamento seja conseqüência dasdeclarações do Governador gaúcho Jair Soares, anteon-tem, de que "não há clima para a recepção" ao Presidente,por causa de várias greves c de manifestações como a dosprodutores de arroz, no Estado. "Até na frente doPlanalto ocorrem manifestações" — argumentou o porta-voz. "Não seria, portanto, essa, a razão do cancelamento".

SoaresEm Porto Alegre. Jair Soares disse desconhecer os

motivos que levaram o Chefe da nação a cancelar suavisita. "Só quem pode saber é o Presidente", afirmou.

Em entrevista após anunciado o cancelamento definiti-vo da viagem, Jair Soares comentou que "provavelmente oPresidente não virá em conseqüência de problemas com avotação da sua emenda no Congresso". O Governadorafastou a possibilidade da desistência ter se originado deseu dcsestímulo à visita: "Fiz as declarações apenas comouma advertência; vivemos um quadro muito difícil, masminhas declarações não têm nada a ver com o cancelamen-to da viagem".

O Ministro do Interior Mário Andreazza esteve noPalácio do Planalto à tarde, por mais de uma hora. Devolta ao Ministério, Andreazza informou por telefone aoGovernador Jair Soares que ele e o Ministro dos Transpor-tes. Cloraldino Severo, iriam hoje ao Rio Grande do Sul,representando o Presidente.

De acordo com Carlos Atila, a decisão do Presidentede não ir mais ao Rio Cirande do Sul foi tomada durante areunião rotineira das 15 horas com os ministros quetrabalham 110 Palácio do Planalto.

TO Senador Otávio Cardoso (PDS-RS). que iiá no

avião do Presidente, hoje. garante, no entanto, que adecisão saiu muito antes disso: "Quando era meio-dia emeia. uma pessoa me avisou que o Presidente não iriamais."

Outro que faria parte da comitiva presidencial, oprefeito de Bagé. Carlos Azambuja. parecia tonto. 110Congresso, ontem a tarde. "Oue bobagem essa do Jair.não era hora para isso. Sabe quanto o Presidente ia levarpara o Estado'.' Vinte e um bilhões de cruzeiros. E agora?"

Azambuja. que goza de bom trânsito no Palácio doPlanalto e é um dos arliculadores da campanha andreazzis-ta a Presidência, foi para o Ministério do Interior, e lá. nofim da tarde, estava já sorrindo: "O Ministro vai ao RioGrande," O Senador Cardoso também condenou as decla-rações do Governador gaúcho: "Eu acho que o Estadotinha todas as condições de receber o Presidente."

RazõesAo ser comunicado do cancelamento pelo Palácio do

Planalto, o Governador não quis perguntar as razões dadecisão, porque "seria uma deselegáncia". conforme expli-eou. "Se ele não vem, é porque não pode."

Domingo, quando vistoriava os alagamentos na Re-gião Metropolitana, o Governador, em entrevista, desa-conselhou a visita de Figueiredo, justificando que o RioGrande do Sul "não tem clima para recepcionar o Presi-dente ou qualquer outra autoridade da área federal".Conforme justificou, os movimentos de protestos classistas110 Estado — nenhum deles responsável por incidentes atéagora — não proporcionam ambiente para a visita presi-dencial.

O próprio Governador revelou que assessores eseguranças do Presidente já estavam na Capital, encarre-gando-se dos preparativos da visita.

Jair Soares repetiu sua decisão de combater a candi-datura do Deputado Paulo Maluf a Presidência, afirman-do: "Não pretendo fazer provocações, mas não tolerareique me venham com ataques".

Nobre quer

ser prefeito

e não ViceSão Paulo — O líder do PMDB

na Câmara, Deputado Freitas No-bre (SP), confirmou, ontem, que foiconvidado para ser o candidato aVicc-Presidente da República, naprovável chapa que o Governador.Tancredo Neves encabeçará, masrejeitou a "sondagem" porque écandidato a candidato a Prefeito deSão Paulo e essa é a eleição que ointeressa.

Nobre admitiu que foi procuradopor dois parlamentares tancredistásnão quis revelar os nomes — queo convidaram para completar a cha-pa de Tancredo. sob o argumentode que ele preenche os requisitosnecessários para disputar o cargopela oposição.

Segundo Nobre, os parlamenta-res disseram que os três requisitosque ele preenche são: I — é nordes-tino (nasceu no Ceará) c os presi-dentes dos III diretórios regionaisdo PMDB do Nordeste já reivindi-caram a Vice-Presidència, em.en-contros com o próprio Tancredo ecom o Governador Franco Monto-ro: 2 — representa, também, SãoPaulo, que tem quase 5% dos votosdo Colégio Eleitoral e peso econõ-mico e político nacional e é o Esta-do de Montoro. que lidera o lança-mento da candidatura Tancredo: 3

já foi trés vezes eleito líder dabancada do PMDB e conta comamplo trânsito no Partido. T'

quer unir

Superior de Guerra que o visitaram, que seuafastamento do processo sucessório objetivou"dar uma demonstração à nação de que este erao primeiro passo para que. de fato. o Planaltonão tivesse mais ingerência nos problemas políti-cos do país".

A audiência do Senador Amaral Peixotodemorou menos de uma hora. Durante o encon-tro. revelou o Senador, o Presidente o autorizoua dizer que não aceitava a prorrogação do seumandato e que "isto é para valer".

RenúnciasAntes de sair do seu gabinete no Congresso

para a audiência com o Presidente, AmaralPeixoto reuniu-se com os presidenciáveis Aure-liano Chaves e Marco Maciel. Os dois pediramque o Senador conseguisse o compromisso dopartido de aprovar e regulamentar as prévias nareunião do Diretório Nacional, marcada para 5de julho.

O Senador, que, pessoalmente, é contrárioàs prévias, ouviu de Maciel e Aureliano que osdois renunciam às suas postulações desde que oMinistro Mário Andreazza e o Deputado PauloMaluf também concordem em fazê-lo. Acredi-tando ser essa a única solução capaz "de unir oPDS e o país", Amaral Peixoto, pouco depois desua audiência com o Presidente Figueiredo,reuniu-se em seu gabinete com os líderes noSenado, Aloysio Chaves, e na Câmara, NelsonMarchezan, além do futuro presidente do parti-do. Deputado Augusto Franco. A eles, pediuapoio para sua tentativa de conseguir a renúnciados presidenciáveis. Os trés concordaram emcolaborar, sendo que Franco se comprometeu aconversar separadamente com Maluf e An-dreazza.

Nos dez dias que ainda lhe restam deinterinidade no PDS, o Senador Amaral Peixo-to, 79 anos, confessa que sua pretensão depacificar o partido "exige grande mobilidade,numa luta muito grande contra o tempo".

Figueiredo

Brasília — O Presidente João Figueiredorecusou ontem o apelo feito pelo presidenteinterino do PDS. Senador Amaral Peixoto, paraque volte a coordenar sua sucessão. Figueiredocomprometeu-se apenas a "trabalhar para unir opartido" mas sem explicar como, revelou oSenador, que esteve com o Presidente em au-diência no palácio do Planalto.

Em conseqüência, o Senador Amaral Peixo-to decidiu empenhar-se pessoalmente, comoconfessou, para conseguir a renúncia dos atuaispresidenciáveis, única fórmula que vislumbraatualmente como possível de "unir o país". Osquatro abririam mão de suas candidaturas emfavor de um quinto nome que o próprio Amaralnão sabe qual poderia ser.

IsençãoJá pela manhã, o Presidente justificara no

Palácio do Planalto, a estagiários da Escola

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JORNAL DO BRASIL CIDADE

Estado vigiará

todos os ônibus

do Grande RioO Governo Esiaüunl e a Prefeitura

do Rio estão se preparando para assumir,até o fim do ano, o controle operacional efinanceiro das empresas de ônibus queatuam na Região Metropolitana do Rio,sem que isso represente uma forma deintervenção ou afete a margem de lucrolegal dos empresários. O Secretário Esta-dual de Transportes, Jiúlio Caruso, justi-ficou a medida alegando que não encon-trou praticamente nenhum esquema defiscalização no setor, "o que estimulafraudes e outras irregularidades".

Antes de assumir o controle diretodas empresas, contudo, as autoridades jáiniciaram um plano intensivo de fiscaliza-ção, emergencial, que vai atingir as 15companhias contra as quais há um maiornümero de reclamações de usuários eempregados. Essa fiscalização — que jáfoi exercida na Viação Pavunense e Au-to-Viação Tijuca — compreende um gru-po de 80 pessoas, desde despachantes,que controlam a operação dos ônibus, atéadvogados e economistas, que analisamos livros contábeis e os registros.

A metodologia de cálculo das tarifas,no início deste ano, foi alterada pelaprimeira vez. Os reajustes, que eramcalculados apenas com base nos dadosoperacionais (como número de viagens ede passageiros) fornecidos pelos própriosempresários, passaram a ser checadostambém pelo Estado. Segundo o subse-cretário de Transportes, Maurício Marza-no, foram descobertas, com o novo siste-ma, diferenças que resultaram numa re-dução de 20% a 30% nos índices deaumentos.

A partir daí, a Secretaria começou apreparar o Projeto de Gerenciamento dasEmpresas de Transportes Públicos, desti-nado a controlar mais de perto a ação dosempresários, já que as linhas são permis-sões a título precário de exploração. OEstado obteve junto à EBTU uma verbade Cr$ 400 milhões e está desenvolvendoum programa de computador para fiscali-zar, mais facilmente, a operação dos 11mil ônibus que rodam no Grande Rio(fora as linhas municipais da periferia).Diariamente, esse computador vaiemitir boletins operacionais e aplicar asmultas nas empresas faltosas. Relógios deponto serão instalados nos terminais decada linha, para registrar os horários deinicio e fim de cada viagem e a freqüênciaexata dos itinerários. O subsecretárioexplica que, com isso, será evitada umadas fraudes "mais comuns" do transportede passageiros: a redução da oferta deônibus a níveis inferiores ao determinadopor lei.

Advogada de

viação critica

o PrefeitoA advogada Maria Elisabeth Cabral

considerou ontem "injustificável" aameaça do Prefeito Marcelo Alencar derealizar uma auditoria interna na ViaçãoCampo Grande, "em clara represáliacontra a decisão judicial de reajustar astarifas deficitárias de duas linhas da em-presa". Segundo a advogada, "é estranhoque, quando tantos se dizem empenhadosna restauração do Estado de Direito, setente desprestigiar um parecer do Juiz,apresentando-o como um equívoco, con-trário aos interesses coletivos".

A Viação Campo Grande, desde asemana passada, reajustou em 30% astarifas das linhas 392 e 393 (entre Bangu eo Largo de São Francisco) com base emliminar concedida pela 5a Vara de Fazen-da Pública, depois de constatar, por umaperícia judicial, os graves prejuízos cau-sados pela defasagem dos preços autori-zados pelo Município.

Maria Elisabeth é também advogadada Viação Santa Sofia, que ameaça pedirintervenção federal no Estado se a PMnão der apoio à Justiça para a apreensãodas kombis que fazem, em Campo Gran-de e Santa Cruz, o transporte irregular depassageiros.

terça-feira, 86/6/84 ? 1° caderno

Barra sem plano

é alvo de grileiro

e especuladorO dpçrptin^itn :»n A,. .t I • _ . .. » , . .O desrespeito ao plano-piloto daBarra da Tijuca e Baixada de Jacarepa-

guá. de autoria do arquiteto Lúcio Costa,chegou a tal ponto que até a ReservaBiológica já está sendo demarcada porparticulares. Esta é uma das várias de-núncias feitas à Comissão Especial deInquérito da Câmara Municipal, que in-vestiga as irregularidades no uso do solopraticado naquela região.

O Vereador Alberto Garcia (PDT),presidente da comissão, afirmou que amanipulação da legislação — queculminou com a extinção da Superinten-dência de Desenvolvimento da Barra daTijuca (Sudebar), em 1981, e com oconseqüente afastamento de Lúcio Costa— e a concessão "desenfreada" de licen-Ças para obras irregulares, pela DiretoriaGeral de Edificações, são as causas prin-cipais do não cumprimento do Decreto-Lei 2913, assinado em 1969 pelo Gover-nador Negrão de Lima, que aprovou oplano-piloto.

EsvaziamentoPara que a comissão tenha êxito —

explicou Garcia — a Câmara Municipalcontratou um advogado especialista emurbanismo, que junto com os membrosda CEI vasculha toda a legislação sobre oplanejamento urbano da Barra da Tijucae Baixada de Jacarepaguá. Para demons-trar que houve manipulação da legisla-ção, o vereador comentou, um a um, os10 decretos do Poder Executivo, queculminaram com o fim da Sudebar e oesquecimento do plano de Lúcio Costa.

No mesmo dia em que aprovou oplano. Negrão de Lima criou um grupode trabalho para administrar o projeto.Em junho de 1974, o grupo de trabalhofoi transformado em superintendência (aSudebar), órgão normativo e fiscalizadordo desenvolvimento do plano. Um anodepois, em março, o Governador FariaLima passou a Sudebar para o Municípioe "aí teve início o processo de esvazia-mento", segundo o presidente da CEI.Quatro anos depois, o Prefeito IsraelKlabin transferiu a Sudebar para a Secre-taria de Planejamento.

Em 1980, o Prefeito Júlio Coutinhomandou revisar o plano, "excluindo aSudebar da participação nos trabalhos".Em 1981, segundo Garcia, o plano foienterrado por Coutinho, ao extinguir aSudebar.

O vereador foi cauteloso ao falarsobre a atuação da CEI. explicando quesó gostaria de tratar de denúncias jáconstatadas. Mesmo assim, comentou ir-regularidades que já estão sendo apura-das. Enquanto dava a entrevista, elerecebeu da secretária ofício que vai serencaminhado ao Procurador-Geral doEstado, pedindo providências para a

ocupação da área na Av Litorânea. 680.doada à Prefeitura em 1951. que estásendo grilada. Alberto Garcia disse que.há um ano. o presidente da Câmara.Maurício Azedo, pediu providências àSecretaria Municipal de Obras e ao Pre-feito Marcelo Alencar, "e não foi tomadanenhuma medida".

"E a Lei 37?"Ele disse que a comissão também

investiga ações predatórias nas ilhas elagoas da Baixada de Jacarepaguá. Estáquerendo saber "o que foi feito com a Lei37. que não permite o uso residencial,ainda que em caráter transitório (hotéis,motéis, colônias de férias, casas de re-pouso. etc.), nas ilhas. A comissão —prosseguiu — já apurou a existência deum hotel de luxo na Ilha da Fantasia eoutras obras em andamento".

As construtoras não estão cumprindoa norma de distanciamento das torres naorla marítima. Pelo projeto, a distânciamínima é de I quilômetro, mas "nadadisso é cumprido e as torres estão sendoconstruídas a distâncias inferiores a 50metrosA concessão "desenfreada" delicenças para apart-hotéis também con-traria totalmente o projeto de LúcioCosta, disse o vereador, frisando quealguns têm mais de 15 andares.

Garcia falou sobre a "conivência" daDiretoria-Geral de Edificações na con-cessão de licenças para a execução deobras irregulares. O fato, segundo ele, jáfoi comprovado em locais onde, peloprojeto de Costa, só poderiam haverconstruções de dois andares e foramerguidos prédios com quatro pavimentos.Conforme o presidente da Comissão Es-pecial de Inquérito, existem "especialis-tas" em comprar imóveis baixos na Barrada Tijuca para acrescentar coberturas:"O que acontece é que eles pagam amais-valia (tributo municipal aplicadoquando são feitos acréscimos irregularesem edificações) e fica tudo por issomesmo".

Na próxima quinta-feira, em compa-nhia de outros vereadores, os integrantesda comissão vão à Reserva Biológicaconstatar a denúncia de que a área estásendo demarcada por particulares. Al-berto Garcia disse que tem em mãosvolumosa documentação sobre grilagemde terras na Barra e garantiu: "Tudo seráapurado e os responsáveis terão de seexplicar".

Lúcio Costa, autor do plano-pilotoda Barra e Baixada de Jacarepaguá, con-sultado sobre o que está sendo"apuradopela CEI. limitou-se a dizer que "nãoexiste mais a Sudebar e eu não queromais talar sobre o assunto".

NELLY COELHO RODRIGUES

Juiz manda presidente do

BD-Rio explicar acusaçãoO Juiz Mário Ernesto Ferreira, da 18"Vara Criminal, deu prazo de 48 horas ao

presidente do BD-Rio, Juvenal Osório, pa-ra que ele explique em Juízo acusação detentativa de chantagem por parte do advo-gado Antônio Carlos Naegele de Abreu,que entrou com processo por injúria edifamação.

Juvenal Osório, em entrevista, acusouNaegele de Abreu de tentar chantageá-lo,ao exigir uma compensação financeira emtroca da retirada de uma ação de perdas edanos movida contra o banco, envolvendouma frustrada transação com a Fazenda BoaSorte, no município de Cantagalo. O pro-cesso por injúria e difamação foi aberto combase na Lei de Imprensa.

Negócio confusoAté quinta-feira, na presença do juiz, o

presidente do Banco de Desenvolvimentodo Estado do Rio de Janeiro (BD-Rio) seráobrigado a confirmar o exato sentido desuas colocações: se mantiver a acusação,responderá a processo; se negar, a retrata-ção será publicada.O advogado Naegele de Abreu tentou

comprar a Fazenda Boa Sorte do banco, háquatro anos, mas de repente, sem qualquerjustificativa razoável, sua proposta, oficio-samente aceita, foi desconsiderada. Ele en-tão entrou com ação de perdas e danos, quepoderá custar ao banco quase Cr$ 800milhões. Admite que chegou a manter con-tato com Juvenal Osório, a convite, mas atentativa de "composição extrajudicial" fra-cassou.

Mais tarde o BD-Rio vendeu a fazendaa fazendeiros de Itaperuna, por Cr$ 290milhões, sem licitação pública, contrariandoa Resolução 369 do Banco Central, e deso-bedecendo a ordem judicial para que fosseevitada qualquer transação antes de julgadaem última instância a ação de Naegele deAbreu por perdas e danos.

O BD-Rio comprou a fazenda há qua-tro anos, de uma viúva, por Cr$ 54 milhões,numa transação "esquisita", segundo o pró-prio presidente Juvenal Osório. Desde en-tão só teve prejuízo, amenizado em março,quando passou a fazenda para dois fazendei-ros, numa negociação de legalidade duvido-sa, segundo o advogado Antônio CarlosNaegele de Abreu.

Arquivo 18.4.77

A ô 0T-7,™ m- > <•**« ¥â V1 & 'Reserva Biologwa, nunca respeitada, estaria sendo demarcada por particulares

Arquivo 5.2.84

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Petroleiros na Baixada

debatem desemprego e

problemas da Petroflex

Com a presença do Secretário de Trabalho e HabitaçãoCarlos Alberto de Oliveira, o Sindicato dos Trabalhadores naIndústria de Refinação de Petróleo (Sindipetro) realizou, on-tem, em sua sede, no Município de Caxias, o Io EncontroIntersindical da Baixada Fluminense, que teve a participação delíderes sindicais de Nova Iguaçu e ^São João de Meriti.Durante o encontro, foram debatidos a possível venda da

Petroflex, o desemprego, a política habitacional para os traba-Ihadores na Baixada, a criação de uma agência de emprego,uma cooperativa de bens de consumo do produtor para oconsumidor e a eliminação do turno único nas empresas deônibus.

PreocupaçãoOs problemas que mais preocupam o presidente do

Sindicato, Armando Gabriel, são o desemprego e a propaladadesnacionalização da Petroflex Indústria e Comércio S/A,empresa do setor petroquímico pertencente ao sistema Petro-brás. Localizada em Campos Elíseos, 2° distrito de Caxias, aPetroflex iniciou suas operações em 1962, com o nome deConjunto Petroquímico Presidente Vargas, operada e adminis-trada pela Petrobrás.

A Petroflex, com 2 mil trabalhadores, tem administraçãoprópria mas 100% das ações pertencem à Petrobrás QuímicaS/A. Tem capacidade para produzir 185 mil toneladas/ano deborracha sintética, 60 mil toneladas/ano de butadieno, 60 miltoneladas/ano de estireno principal matéria-prima para a fabri-cação de borracha sintética — 12 mil toneladas/ano de enxofreindustrializado e 3 mil toneladas/ano de petrolátex.

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3 ? 1° caderno ? terça-feira, 26/6-S4

INFORME JB

CIDADE/ESTADO JORNAL DO BRASIL

DesastrosaO último aumento autorizado pelo

Prefeito Marcelo Alencar aos motoris-tas de táxis, onerando o usuário em100% — medida adotada sob pressão esem prévio aviso à população — repre-senta, na prática, o que o povo costumainquinar de faca de dois gumes.

Faz tempo que o táxi deixou de seruma forma comodista de locomoçãopara se transformar em instrumentoindispensável ao trabalho do cidadão.Nas grandes cidades, como o Rio, ondecomumente o transporte de massa éruim e lento, ponderável parte da popu-lação tem de se valer do táxi como meiode transporte, que deixou de ser auxí-liar para ser básico.

Corridas caras representam, por ou-tro lado, uma ameaça não muito remotapara os motoristas. O usuário desapare-ce na mesma proporção em que astarifas se elevam. Perde o passageiro àmíngua de recursos para seu transportee perde o profissional taxista por ausén-cia do passageiro.

Toda medida adotada sem um exa-me mais profundo tende a ser desastro-sa. E esta, ao que tudo indica, atingiunegativamente a todos. Que o digam osusuários e os motoristas.Falta de apetite

Um retrato do Presidente Figueiredotirado ontem pelo Presidente interino doPDS, Senador Amaral Peixoto, depois doencontro no Palácio do Planalto:

Cansado, queixoso e magoado com ospolíticos do PDS e com os profissionais daImprensa.

Assim, foi inútil o encontro, pois Figuei-redo não aceitou a proposta do Senadorfluminense para que voltasse à coordenaçãoda sucessão partidária. Amaral Peixoto con-seguiu apenas um magro compromisso doPresidente Figueiredo:

Ele se empenhará na tarefa de unir opartido.Desencanto

Uma das vozes mais influentes da cha-mada Frente Liberal, hoje simpatizante datese das diretas já, afirmava ontem noscorredores do Congresso, a propósito doentusiasmo em torno da possível aprovaçãoda eleição de Prefeitos nas capitais:Esta vai ter menos votos que a Emen-da Dante de Oliveira.

Explicação: eleição de Prefeito, à parte aretórica dos palanques, é hoje uma conquistaque só interessa aos pequenos partidos, hámuito fora do poder.Raios X

Alentado estudo dos professores AurélioWander Bastos e Fábio Coutinho para oInstituto Brasileiro de Direito Constitucionalrevela, em números esclarecedores, as ten-dèncias das 223 subemendas ao Projeto Fi-gueiredo, que será votado amanhã pelo Con-gresso Nacional.

Pelas contas dos dois técnicos, 26% dassubemendas tratam da autonomia dos muni-cipios de segurança nacional; 14% abordama inviabilidade de contencioso administrati-vo; 13% questionam a competência do Con-gresso para convocar uma Constituinte;14,5% destacam a autonomia das estânciashidrominerais: e 5% de eleição direta ouextinção do Colégio.

Os demais 168 tópicos, perfazendo me-nos de 1%. tratam de questões secundárias.Quer dizer, muito barulho para nada.No ataque

A tropa de choque parlamentar doDeputado Paulo Maluf já recebeu sinal ver-de do candidato para apoiar na reunião daExecutiva do PDS, no próximo dia 5 dejulho, a idéia da realização da prévia partida-ria. Desde que aprovada pelo DiretórioNacional, desde que devidamente regula-mentada, etc. Tudo como manobra pararetardar a inviabilizarão da candidatura doVice-Presidente Aureliano Chaves, que atin-ge ainda outro alvo — o principal: a candida-tura única das Oposições do GovernadorTancredo Neves.Superstição

Como todo bom brasileiro, o presiden-ciável Paulo Maluf tem a mania da supersti-

LANCE-LIVRE-

O Centro de São Paulo, pouco depois dasKtli de ontem, mergulhou na escuridão du-rante seis longos minutos. Já que era vésperado novo comício pró-diretas na Praça da Sé,o hluck-out reacendeu instantaneamente nalembrança de todo mundo.o apagão do dia 18de abril, quando foram instituídas em Brasí-lia as medidas de emergências.

A crise salarial e os problemas de pesquisano Brasil serão debatidos hoje, a partir das13h. com a presença de presidentes de asso-ciações docentes, representantes das empre-sas estatais e do CNPq, no Centro de Pesqui-sas Físicas, na Irca.

O cinqüentenário da instalação da Lh rariaJosé Olvmpio no Rio de Janeiro foi lembra-do ontem na Câmara pelo Deputado LúcioAlcântara (1'DS-CE) como "um fato auspi-cioso para a cultura brasileira". Coube aoparlamentar nordestino, que é medico, re-cordar, o evento — esquecido por poetas,romancistas e até imortais com assento noCongresso Nacional.

Hoje. as 15h3üniin, na ABI. haverá umahomenagem póstuma ao jornalista OctávioMalta, falecido ha dois meses.

Os seis diretórios do PMDB na Zona Suldo Rio de Janeiro acertaram para hoje anoite, as 21h. na Casa Grande, Leblon. umareunião em que será decidido o apoio dopartido a candidatura do Governador Tan-credo Neves como o nome dás oposições.

Pela Editora Vozes, a professora da Escolade Teatro Martins Penna, Tahis Bianchi,acaba de publicar Seu Corpo, sua História,ensaios sobre "dramintegração", uma técni-ca sensibilizante que aperfeiçoou ao longo deanos de cursos livres no Rio de Janeiro.

O Conselho Regional de Relações Públi-cas acaba de encaminhar ao Diário Oficialuma lista de 378 profissionais que serãosuspensos por inadimplência ou fraude ideo-

ção. E acaba de confirmar isso de modocategórico ao mandar buscar em São Paulo oLandau-76 com que desfilará a partir de hojeem Brasília, espraiando sobre o Planalto osfluidos positivos de outras campanhas quedisputou.

Foi com o velho Landau que Malufganhou duas eleições: para a AssociaçãoComercial de São Paulo e para o Governo doEstado.Dança da cotação

Depois de ter alcançado a preferênciaentre as candidaturas do PDS à sucessão doPresidente Figueiredo, a cotação do Vice-Presidente Aureliano Chaves caiu muito nomeio empresarial. As principais lideranças,como a de Antonio Ermírio de Morais, já sesituam em torno do candidato TancredoNeves, do qual o empresário Olavo Setúbalnunca se afastou. O eixo da classe dirigente,principalmente paulista, se desloca para umaFrente Anti-Maluf de Oposição, no ColégioEleitoral.Fim de papo

Ontem, quando dava os últimos reto-ques da montagem da infra-estrutura para ocomício de hoje. na Praça da Sé, em SãoPaulo. José Dirceu. ex-líder estudantil de 68e hoje secretário-geral do Comitê Supra-partidário Pelas Diretas, conversava com osrepórteres.

Pois é. O certo mesmo é a democra-cia — dizia Dirceu.

Logo depois, falando de sua vida, passoua elogiar Cuba, onde esteve exilado por 10anos. Tanto falou bem da Ilha, que a repor-ter Míriam Leitão, da Abril Vídeo, fez apergunta que desfez o bate-papo:

Ô Dirceu. se você gosta tanto deCuba por que não vai pra lá e arma umcomício como esse pelas diretas?"Prafrentex"

O Governador Leonel Brizola admitiuque a entrevista do Senador Saturnino Braga(PDT-RJ), publicada domingo pelo JOR-NAL DO BRASIL, criou-lhe "dificuldadespessoais, não políticas":

O Senador quase me convenceu deque devo me modernizar. Fiquei sem saber oque fazer. Não sei se devo cortar o cabelo,puxar um fuininho, ou assumir os ares bemprogramados do pessoal da Informática.

Brizola compara a criação de um PartidoSocialista ao ato de navegar numa canoa quepode desaparecer nas águas infestadas detubarões. Para o Governador do Rio, Satur-nino Braga está disposto a se lançar ao mar.Via direta já

O médico do Fluminense e da SeleçãoBrasileira, Arnaldo Santiago, ao sair doHotel Nacional, em São Conrado, onde otricolor se concentra, deu por falta de todoseu equipamento cirúrgico, inclusive umacâmera fotográfica, que havia deixado nocarro. Voltou às imediações do hotel e,

• sacando as pintas em volta, conversou comdois desocupados, contando o problema,dando nome e telefone.

Marcaram encontro daí a duas horas,quando os dois investigadores de ArnaldoSantiago o levaram até a Rocinha. Lá, rece-beu a proposta: o equipamento cirúrgicoestava localizado e por CrS 250 mil ele seriadevolvido. O médico contrapropôs: Cr$ 350mil, incluindo a máquina fotográfica. Negó-cio fechado, Arnaldo Santiago gratificouseus auxiliares com Cr$ 100 mil e foi paracasa, apenas 6 horas depois do furto, comtudo recuperado.

A via direta usada pelo médico evitouamolações e decepções com as autoridades.E também um enorme prejuízo — seu equi-pamento custa, hoje, 7.500 dólares.Sem apelação

Ao se transferir da 5a Zona Eleitoral, deCopacabana, para a 3a, no Flamengo, ondemora, o Deputado Agnaldo Timóteo (PDT-RJ) pensou em se livrar do processo deexpulsão que lhe move o partido. Mas enga-nou-se: o presidente distrital do Flamengo éo Deputado Amadeu Rocha, ex-subsecretário-adjunto de Governo e antigomilitante do PSB.

Socialista histórico, Rocha não tem porque condescender com Timóteo e a suaexpulsão deverá se realizar:

Pelo menos por fazer um show nolançamento da candidatura do DeputadoFlávio Marcílio na chapa de Paulo Maluf emFortaleza, Timóteo já merecia ser expulso doPDT.

lógica. Está prevista uma nova relação denomes desqualificados para o exercício dasrelações públicas no Rio.e Em fulminantes operações policiais, forampresos em Brasília os integrantes de umapoderosa quadrilha de ladrões de automóveis.Entre os bandidos capturados, pelo menostrês portam apelidos bastante característicosde suas atividades: Querosene. Óleo Diesel eGasolina.

Chega finalmente ao Palácio Guanabara odebate sobre Cultura e Poder. Vai acontecernesta quinta-feira, ;ís 18h, no auditório daSecplan, e colocará lado a lado o poetaGeraldo Carneiro e o cineasta Sílvio Ten-dler. O debate estará aberto aos interes-sados.

Será homenageado duplamente hoje o mé-dico Adão Pereira Nunes, figura histórica dosocialismo à brasileira. Primeiro, receberá naCâmara Municipal o título de Cidadão Cario-ca. IX'pois, vai á Churrascaria Plataforma,onde o espera sua legião de amigos. Uin deles,companheiro de Socialismo e de PDT, deu omotivo por que iria: "O Adão, já no Governode Artur Bernardes, vivia preso. Ele é cam-peão carioca em prisões".O Deputado-Cacique Mário Juruna nãoperde a mania de entrar em qualquer carrochapa branca à sua frente. Sábado, apósalmoçar em Brasília, aproximou-se de umOpala, entrou e mandou o motorista arran-car. A reação de estranheza do motorista —que nao era o do Deputado — quase provo-cou um conflito. Foi uni custo explicar aJunina o equívoco.

O Governador do Espírito Santo, Gérson( ainata, já nao sabe o que fazer para contro-lar seu Secretário de Segurança, o ex-SenadorDirceu Cardoso (aquele da campanha contraa pornografia). A operação moralização des-fechada pelo ex-parlamentar está causandoestragos na popularidade de Camata.

Médicos homeopatas

atendem doentes em

postos de Niterói

Niterói — Desde ontem, a homeopatia é mais umaterapêutica usada pela Secretaria Municipal de Saúde em novepostos instalados na periferia da cidade. O Prefeito WaldenirBragança assinou protocolo de intenções com o InstitutoHahnemaniano, que cedeu a mão-de-obra gratuita de novemédicos recém-formados em homeopatia, os quais, em troca,terão uma rede pública para exercitar a especialidade.

O presidente do Instituto Hahnemaniano, Alberto Meire-les. afirmou que "este é um grande passo para a oficialização dahomeopatia. Em 1980, o Conselho Federal de Medicina já haviareconhecido a prática da homeopatia. mas não havia nenhumarede pública adotando esta terapêutica".

Seis por»diaO médico João Emanuel Amorim Silva, que desde novem-

bro aplica a homeopatia na unidade municipal de saúde doMorro do Estado (onde está a maior favela de Niterói, comcerca de 60 mil moradores), será o coordenador do programa.Ele disse que nos turnos diários de quatro horas os médicoshomeopatas poderão atender até seis pacientes:Há casos em que temos de conversar até uma hora como paciente, para conseguirmos um bom diagnóstico. O queinteressa, em nosso caso, não é um tratamento de quantidade,mas de qualidade — disse Amorim Silva.

O Prefeito Waldenir Bragança, que é médico sanitarista,revelou que "o maior incentivador da idéia de os postos desaúde municipais tratarem de sua clientela também com ahomeopatia foi meu filho Fernando César, médico que se estáespecializando nesta terapêutica natural".

Denúncia aponta uso de

defensivos proibidos em

verduras de TeresópolisNova Friburgo — O Endrex-20, o Lagartol, à base de

DDT, e um produto pirata de nome Pika-Pau, os dois primeirosproibidos no Brasil e em vários países da Europa comodefensivos agrícolas em cultura de legumes, estão sendo usadosem larga escala pelos agricultores de Teresópolis, nas planta-Ções de alface, repolho, jiló e berinjela. A constatação e adenúncia são do agrônomo Sebastião Pinheiro, o mesmo quedenunciou a presença do agrotóxico conhecido como desfolhan-te laranja, usado na guerra do Vietnam, na barragem deTucuruí, no Pará.

Revoltado, o agrônomo, que no domingo fez uma palestrapara agricultores em Nova Friburgo, revelou que tanto oEndrex-20, como o Lagartol e o Pika-Pau, este sem registro ecom a data de validade vencida, estão sendo recomendadospelos vendedores das lojas que comerciam agrotóxicos nomercado Volta do Pião, localizado à margem da Estrada Rio—Bahia, em Teresópolis. O Lagartol é vendido a Cr$ 10 o litro,preço muito inferior aos defensivos recomendados para aslavouras de legumes e hortaliças.

Inimigo n" IE incrível mas é verdade. Até produtos piratas estão

sendo vendidos nas lojas de agrotóxicos. E encontramos, alémdo Endrex-20, o Lagartol, à base de DDT, o famigerado venenoe inimigo n" I da saúde dos brasileiros — diz, em tom dedesabafo. Sebastião Pinheiro, do Sindicato de EngenheirosAgrônomos do Rio Grande do Sul e membro do recém-criadoConselho Interestadual de Agrotóxicos e Alternativas Agrope-cuárias.

Em Nova Friburgo, onde veio fazer uma palestra paraagricultores da região, no Mercado do Produtor da RegiãoSerrana, para mostrar a possibilidade de troca dos agrotóxicospela adubação orgânica, Sebastião Pinheiro mostrou-se "estar-reciclo" com o que viu em Teresópolis:

Vimos o Endrex-20. o Lagartol e o Pika-Pau seremrecomendados para o uso em hortaliças. Isto é um absurdo, umcrime. Mas os culpados, para mim, não são os vendedores. Jáconstatamos e denunciamos isto em Nova Friburgo, agoraencontramos o mesmo quadro em Teresópolis. Para mim ofabricante do Endrex-20 (Shell Química) e dos demais venenossão os culpados e devem ser responsabilizados e punidos.Sebastião Pinheiro não acredita que as fábricas de agrotó-xicos não saibam que produtos recomendados para culturas quenão existem na região serrana, como algodão e soja, estejamsendo oferecidos a lojas que se localizam perto de culturas delegumes e hortaliças.

Disse ainda que o Lagartol está também sendo usado comodefensivo nas culturas de tomate, cenoura e brócolis. O DDT,como se sabe, não é degradável, e absorvido pelas hortaliçaspassa para o organismo humano, acumulando-se nas gordurasdo corpo e no leite materno. Ingestões contínuas desses venenospodem causar, além de sérias lesões hepáticas, distúrbios nosistema nervoso central.

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Rio faráum convênio

com o BIDA Prefeitura do Rio de Ja-

neiro depende apenas de umparecer favorável da Superin-tendência de Cooperação In-ternacional da Seplan para assi-nar convênio com o Banco In-teramericano de Desenvolvi-mento e receber 6 milhões 324mil dólares para aplicar emobras que vão beneficiar 10favelas e o bairro proletário deVila Kennedy.

O Município vai entrar noprograma com uma contrapar-tida em cruzeiros equivalente a6 milhões 504 mil dólares. Essedinheiro será aplicado emobras de saneamento básico,melhorias de acesso e urbaniza-ção, contenção de encostas,além de projetos sociais de saú-de e educação, geração de ren-da e habitação popular.PROGRAMA

Os locais onde serão aplica-dos os recursos do programaconjunto com o BID são Jaca-rezinho, as cinco favelas quecompõem o conjunto do Morrodo Alemão, Pavão, Pavãozi-nho, Cantagalo, Rio das Pe-dras e o bairro proletário deVila Kennedy.

Pelos estudos iniciais, feitosatravés de um convênio com oBID no valor de 500 mil dóla-res, ficou estabelecido que oBanco Interamericano de De-senvolvimento entraria com 3milhões de dólares e o Municí-pio com o equivalente em cm-zeiros a I milhão 900 mil dóla-res. Posteriormente, houve umacerto para que fosse aumenta-do, estabelecendo-se os 12 mi-Ihões 324 mil dólares, a seremaplicados em dois anos.

— O projeto, na verdade, jáfoi iniciado no que diz respeitoà Prefeitura, que está fazendoobras de contenção nas favelasdo Cantagalo e Paváozinho econstruindo a rede de esgotosdo Paváozinho. Já foi iniciadatambém a coleta de lixo noJacarezinho e brevemente omesmo acontecerá no Morrodo Alemão — disse o Secreta-rio Municipal de Planejamen-to, Arnaldo Mourthé.

A Prefeitura está aguardan-do a emissão de posse de umterreno próximo à Favela doRio das Pedras, em Jacarepa-guá, para transferir 426 famí-lias. construindo um bairroproletário, e iniciar o trabalhode eliminação das valas negrasno local.

No momento, uma equipeda Prefeitura está trabalhandocom técnicos do BID na análisedo projeto, fornecendo a elesalguns dados complementares.Esse trabalho deve terminar napróxima semana e os recursosdo Banco deverão começar achegar em dois ou três meses.Eles serão liberados trimestral-mente, a partir de relatórioscomprovando a aplicação cor-reta do que foi enviado notrimestre anterior.

PRIORIDADES

A execução do projeto ficarásob a responsabilidade da Se-cretaria Municipal de Desen-volvimento Social, com o apoiode equipes técnicas compostaspor pessoas da Secretaria Mu-nicipal de Obras, da SecretariaMunicipal de Planejamento eda Comlurb.

— Todos os planos estãosendo elaborados a partir dereivindicações das comunida-des. O Município apenas esta-beleceu prioridades das áreasde'atuação e definiu técnica-mente as obras. No Jacarezi-nho, por exemplo, serão rema-nejadas cerca de 600 famíliasque vivem em palafitas —disseArnaldo Mourthé.

Detran-Sul

já inscreve

para provasAté sexta-feira, a Divisão de

Aprendizagem do Detran-Sulestará entregando os cartões deinscrição para as auto-escolas,visando o exame teórico a serrealizado no próximo domingo,dia Io, às 9h. Os candidatoscom números de inscrição de 1a 3.419 farão prova na Univer-sidade Santa Úrsula, na RuaFernando Ferrari, 75. Dotafo-go. Os de números 3.420 emdiante farão provas na Faculda-de Estácio de Sá, na Rua doBispo, 95, Rio Comprido.

Município passa a

ter incumbência da

compra de merendaAs diretoras de escolas do Município continuarão aescolher onde comprar a merenda de seus alunos e a fiscalizar a.,

qualidade dos produtos, mas não vão mais mexer com dinheiro.Todos os pagamentos às empresas fornecedoras passarão a serfeitos pelo Tesouro Municipal, mediante a apresentação defaturas acompanhadas das notas fiscais autenticadas.As empresas interessadas em fornecer gêneros alimentícios

para a merenda escolar, hospitais e instituições ligadas àSecretaria de Desenvolvimento Social do Município terão queser credenciadas, mediante licitação pública, aceitando ascondições propostas no edital publicado ontem no Diário Oficiale em vários jornais.

ExigênciasAs exigências são, basicamente, o fornecimento dos gêne-ros num prazo de 24 horas a partir do pedido; emissão de faturas

abrangendo período mínimo de sete dias; pagamento feito peloTesouro do Município num prazo de sete" dias a partir-daapresentação da fatura na inspetoria Setorial de Finanças daSecretaria compradora; obediência ao preço máximo apuradopelo Instituto de Planejamento Municipal através de pesquisadireta na rede de supermercados, adotando como universomínimo de pesquisa seis unidades de diferentes empresas.Isto vai representar a institucionalização de uma situa-ção de emergência que começou com a extinção da antigaCocea, em junho do ano passado. Esse sistema implantadodiminuiu os custos e melhorou a alimentação — disse oSecretário de Planejamento do Município, Arnaldo Mourthé.

O Secretário afirmou ainda que o novo sistema entra emvigor à medida em que forem assinados os contratos com asempresas, o que deverá acontecer entre os dias 10 e 15 de julho:"Vamos conseguir um controle mais efetivo dos custos e umprocessamento contábil mais rápido".

No caso das escolas do Município, o credenciamento dasempresas será feito nos Distritos de Educação e Cultura(DECs), enquanto na área da Secretaria de Saúde as empresasvão se credenciar nas próprias unidades hospitalares. O custo darefeição será mantido: CrS 25(1 hoje, com projeção para CrS 300até o fim do ano.

A diretora da escola ficará livre do trabalho deprestação de contas e o Município não terá mais que anteciparrecursos, melhorando seu fluxo de caixa, já que os pagamentosserão feitos, em média, de 10 a 12 dias após a compra. Estamosoferecendo atualmente, só nas escolas, 500 mil refeições pordia. o que nos custa mais ou menos CrS 800 milhões por semana— disse Arnaldo Mourthé.

Ensino privado volta às

boas com Estado graçasà mediação da Justiça

O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Partícula-res de Ensino do Rio, professor Nílton Santiago, atribui àJustiça o restabelecimento das boas relações entre os proprietá-rios de colégios e o Governo, rompida bruscamente com aDeliberação 101 (que proibia a cobrança adiantada de matrículae mensalidades). A decisão da 3" Câmara Cível, atendendo arecurso do sindicato contra a deliberação, tornou o Governo,até então irredutível, condescendente com o ensino privado.A Secretária Estadual de Educação, Iara Vargas, afirmouem nota oficial — sem outros comentários — que vai cumprir adecisão judicial. Se couber recurso, a Procuradoria do Estadoautomaticamente é obrigada a recorrer, mas o GovernadorLeonel Brizola já se declarou disposto a conversar com oSindicato e até considerou a deliberação uma precipitação doConselho Estadual de Educação.

Volta à normalidadeO professor Nílton Santiago reconhece essa condescendên-

cia do Estado e fala com menos aspereza do Governo, acusadode desrespeitar a liberdade do ensino privado em nome dosocialismo. Agora, os proprietários de escolas particulares estãoansiosos para o prometido encontro com o Governador edispostos a "trocar idéias para colaborar com o Governo".

Diante dos fatos e da consciência da crise, os donos decolégio consideraram bom o índice de reajuste das mensalidadesfixado pelo Conselho Estadual de Educação: 68,4% para osegundo semestre. Segundo Nílton Santiago, muitas famíliasnão vão ter condições de pagar esse aumento, mas com o fim daDeliberação 101 os diretores poderão negociar o pagamento e"muitos nem aplicarão esse índice".

A Deliberação 101, de fevereiro deste ano, proibia asescolas particulares de cobrarem a taxa de matrícula e asmensalidades adiantadas (do ano e mês a vencer) e fixava em 12o número de quotas. Isso, além de prejudicar financeiramenteas escolas, impedia a livre negociação nesses estabelecimentos.

_ — Agora nós podemos negociar de novo com a família,dar, por exemplo, desconto para quem tem mais de um filho namesma escola. Cada diretor sabe avaliar a necessidade de suaclientela, explicou o professor Nílton Santiago.De acordo com o presidente do Sindicato, a taxa de

inadimplência aumentou, nos últimos cinco meses, mas não foiem função da deliberação e sim da crise. Nílton Santiago disseque as famílias se sensibilizaram com a situação das escolas,"compreenderam a demagogia do Governo" e ignoravam adeliberação.

— A taxa de evasão — disse Nílton Santiago — é queaumentou em função da deliberação, porque nos impedia denegociar com os pais. Voltando a negociar, podemos baixar "a *taxa de inadimplência.

Agora os diretores já podem voltar a cobrar as mensalida-des até o dia 10 do mês a vencer e as matrículas do ano letivo de1985, em dezembro ou novembro deste ano, e fixar de acordocom os interesses das partes — diretor e pais — o número dequotas a serem pagas.

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39 SEMANA DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL2° JORNADA DE TERAPIA OCUPACIONAL

RIO DE JANEIRO — 8 A 14 DE JULHO DE 1981SECRETARIA EXECUTIVAAV. PARIS. 72—TELEFONE (021) 280 9422 -R 151

LE ROHDfIIIHT: O BAR EM ALTA.Com requinte, estacionamento próprio e ambiente ideal p;ini umaconversa descontraída com os amigos. Avenida Atlântica. 1020

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6 0 Io caderno ? terça-feira, 86/6/84 ? 3° Clichê CIDADE/ESTADO JORNAL DO BRASIL

INFORME JB

DesastrosaO último aumento autorizado pelo

Prefeito Marcelo Alencar aos motoris-tas de táxis, onerando o usuário em100% — medida adotada sob pressão esem prévio aviso à população — repre-senta, na prática, o que o povo costumainquinar de faca de dois gumes.

Faz tempo que o táxi deixou de seruma forma comodista de locomoçãopara se transformar em instrumentoindispensável ao trabalho do cidadão.Nas grandes cidades, como o Rio, ondecomumente o transporte de massa éruim e lento, ponderável parte da popu-lação tem de se valer do táxi como meiode transporte, que deixou de ser auxi-liar para ser básico.

Corridas caras representam, por ou-tro lado, uma ameaça não muito remotapara os motoristas. O usuário desapare-ce na mesma proporção em que astarifas se elevam. Perde o passageiro àmíngua de recursos para seu transportee perde o profissional taxista por ausên-cia do passageiro.

Toda medida adotada sem um exa-me mais profundo tende a ser desastro-sa. E esta, ao que tudo indica, atingiunegativamente a todos. Que o digam osusuários e os motoristas.

Falta de apetiteUm retrato do Presidente Figueiredo

tirado ontem pelo Presidente interino doPDS, Senador Amaral Peixoto, depois doencontro no Palácio do Planalto:

Cansado, queixoso e magoado com ospolíticos do PDS e com os profissionais daImprensa.

Assim, foi inútil o encontro, pois Figuei-redo não aceitou a proposta do Senadorfluminense para que voltasse à coordenaçãoda sucessão partidária. Amaral Peixoto con-seguiu apenas um magro compromisso doPresidente Figueiredo:

Ele se empenhará na tarefa de unir opartido.Desencanto

Uma das vozes mais influentes da cha-mada Frente Liberal, hoje simpatizante datese das diretas já, afirmava ontem noscorredores do Congresso, a propósito doentusiasmo em torno da possível aprovaçãoda eleição de Prefeitos nas capitais:

Esta vai ter menos votos que a Emen-da Dante de Oliveira.

Explicação: eleição de Prefeito, à parte aretórica dos palanques, é hoje uma conquistaque só interessa aos pequenos partidos, hámuito fora do poder.Raios X

Alentado estudo dos professores AurélioWander Bastos e Fábio Coutinho para o.Instituto Brasileiro de Direito Constitucionalrevela, em números esclarecedores, as ten-dências das 223 subemendas ao Projeto Fi-gueiredo. que será votado amanhã pelo Con-gresso Nacional.

Pelas contas dos dois técnicos, 26% dassubemendas tratam da autonomia dos muni-cípios de segurança nacional; 14% abordama inviabilidade de contencioso administrati-vo; 13% questionam a competência do Con-gresso para convocar uma Constituinte;14.?% destacam a autonomia das estânciashidrominerais; e 5% de eleição direta ouextinção do Colégio.

Os demais 168 tópicos, perfazendo me-nos de 1%, tratam de questões secundárias.Quer dizer, muito barulho para nada.No ataque

A tropa de choque parlamentar doDeputado Paulo Maluf já recebeu sinal ver-de do candidato para apoiar na reunião daExecutiva do PDS. no próximo dia 5 dejulho, a idéia da realização da prévia partida-ria. Desde que aprovada pelo DiretórioNacional, desde que devidamente regula-mentada, etc. Tudo como manobra pararetardar a inviabilizarão da candidatura doVice-Presidente Aureliano Chaves, que atin-ge ainda outro alvo — o principal: a candida-tura única das Oposiçóes do GovernadorTancredo Neves.Superstição

Como todo bom brasileiro, o presiden-ciável Paulo Maluf tem a mania da supersti-

LANCE-LIVRE-

O Centro de São Paulo, pouco depois das16h de ontem, mergulhou na escuridão du-rante seis longos minutos. Já que era vésperado novo comício pró-diretas na Praça da Sé.o black-out reacendeu instantaneamente nalembrança de todo mundo o apagáo do dia 1Sde abril, quando foram instituídas em Brasí-lia as medidas de emergências.® A crise salarial e os problemas de pesquisano Brasil serão debatidos hoje, a partir das13h, com a presença de presidentes de asso-ciações docentes, representantes das empre-sas estatais e do CNPq, no Centro de 1'esqui-sas Físicas, na Lrca.

O cinqüentenário da instalação da LivrariaJosé Olympio no Rio de Janeiro foi lembra-do ontem na Câmara pelo Deputado LúcioAlcântara (PDS-CE) como "uni fato auspi-cioso para a cultura brasileira". Coube aoparlamentar nordestino, que é médico, re-cordar o evento — esquecido por poetas,romancistas e até imortais com assento noCongresso Nacional.

Hoje, as 15h30min, na ABI, haverá umahomenagem póstuma ao jornalista OctávioMalta, falecido há dois meses.

Os seis diretórios do PMDB na Zona Suldo Rio de Janeiro acertaram para hoje anoite, às 21 h, na Casa Grande, Leblon, umareunião em que será decidido o apoio dopartido à candidatura do Governador Tan-credo Neves como o nome das oposiçóes.

Pela Editora Vozes, a professora da Escolade Teatro Martins Ptnna, Thais Kianchi,acaba de publicar Seu Corpo, sua História,ensaios sobre "dramintegraçào", uma técni-ca sensihilizante que aperfeiçoou ao longo deanos de cursos livres no Rio de Janeiro.

O Conselho Regional de Relações Públi-cas acaba de encaminhar ao Diário Oficialuma lista de 378 profissionais que serãosuspensos por inadimplência ou fraude ideo-

çáo. E acaba de confirmar isso de modocategórico ao mandar buscar em São Paulo oLandau-76 com que desfilará a partir de hojecm Brasília, espraiando sobre o Planalto osfluidos positivos de outras campanhas quedisputou.

Foi com o velho Landau que Malufganhou duas eleições: para a AssociaçãoComercial de Sào Paulo e para o Governo doEstado.Dança da cotação

Depois de ter alcançado a preferênciaentre as candidaturas do PDS à sucessão doPresidente Figueiredo, a cotação do Vice-Presidente Aureliano Chaves caiu muito nomeio empresarial. As principais lideranças,como a de Antonio Ermírio de Morais, já sesituam em torno do candidato TancredoNeves, do qual o empresário Olavo Setúbalnunca se afastou. O eixo da classe dirigente,principalmente paulista, se desloca para umaFrente Anti-Maluf de Oposição, no ColégioEleitoral.Fim de papo

Ontem, quando dava os últimos reto-ques da montagem da infra-estrutura para ocomício de hoje, na Praça da Sé, em SãoPaulo, José Dirceu. ex-líder estudantil de 68e hoje secretário-geral do Comitê Supra-partidário Pelas Diretas, conversava com osrepórteres.

Pois é. O certo mesmo é a democra-cia — dizia Dirceu.

Logo depois, falando de sua vida, passoua elogiar Cuba, onde esteve exilado por 10anos. Tanto falou bem da Ilha, que a repor-ter Míriam Leitão, da Abril Vídeo, fez apergunta que desfez o bate-papo:

Ô Dirceu, se você gosta tanto deCuba por que não vai pra lá e arma umcomício como esse pelas diretas?"Prafrentex"

O Governador Leonel Brizola admitiuque a entrevista do Senador Saturnino Braga(PDT-RJ), publicada domingo pelo JOR-NAL DO BRASIL, criou-lhe "dificuldadespessoais, não políticas":

O Senador quase me convenceu deque devo me modernizar. Fiquei sem saber oque fazer. Não sei se devo cortar o cabelo,puxar um fuminho, ou assumir os ares bemprogramados do pessoal da Informática.

Brizola compara a criação de um PartidoSocialista ao ato de navegar numa canoa quepode desaparecer nas águas infestadas detubarões. Para o Governador do Rio, Satur-nino Braga está disposto a se lançar ao mar.Via direta já

O médico do Fluminense e da SeleçãoBrasileira, Arnaldo Santiago, ao sair doHotel Nacional, em São Conrado, onde otricolor se concentra, deu por falta de todoseu equipamento cirúrgico, inclusive umacâmera fotográfica, que havia deixado nocarro. Voltou às imediações do hotel e,sacando as pintas em volta, conversou comdois desocupados, contando o problema,dando nome e telefone.

Marcaram encontro daí a duas horas,quando os dois investigadores de ArnaldoSantiago o levaram até a Rocinha. Lá. rece-beu a proposta: o equipamento cirúrgicoestava localizado e por CrS 250 mil ele seriadevolvido. O médico contrapropôs: CrS 350mil, incluindo a máquina fotográfica. Negó-cio fechado, Arnaldo Santiago gratificouseus auxiliares com CrS 100 mil e foi paracasa, apenas 6 horas depois do furto, comtudo recuperado.

A via direta usada pelo médico evitouamolações e decepções com as autoridades.E também um enorme prejuízo — seu equi-pamento custa, hoje, 7.500 dólares.Sem apelação

Ao se transferir da 5a Zona Eleitoral, deCopacabana, para a 3a, no Flamengo, ondemora, o Deputado Agnaldo Timóteo (PDT-RJ) pensou em se livrar do processo deexpulsão que lhe move o partido. Mas enga-nou-se: o presidente distrital do Flamengo éo Deputado Amadeu Rocha, ex-subsecretário-adjunto de Governo e antigomilitante do PSB.

Socialista histórico, Rocha não tem porque condescender com Timóteo e a suaexpulsão deverá se realizar:

Pelo menos por fazer um show nolançamento da candidatura do DeputadoFlávio Marcíüo na chapa de Paulo Maluf emFortaleza, Timóteo já merecia ser expulso doPDT.

lógica. Está prevista uma nova relação denomes desqualificados para o exercício dasrelações públicas no Rio.

Em fulminantes operações policiais, forampresos em Brasília os integrantes de umapoderosa quadrilha de ladrões de automóveis.Entre os bandidos capturados, pelo menostrês portam apelidos bastante característicosde suas atividades: Querosene, Óleo Diesel eGasolina.

Chega finalmente ao Palácio Guanabara odebate sobre Cultura e Poder. Vai acontecernesta quinta-feira, às 18h, no auditório daSecplan, e colocará lado a lado o poetaGeraldo Carneiro e o cineasta Sílvio Ten-dler. O debate estará aberto aos interes-sados.® Será homenageado duplamente hoje o mé-dico Adão Pereira Nunes, figura histórica dosocialismo à brasileira. Primeiro, receberá naCâmara Municipal o título de Cidadão Cario-ca. Depois, vai à Churrascaria Plataforma,onde o espera sua legião de amigos. Um deles,companheiro de Socialismo e de PDT, deu omotivo por que iria: "O Adão, já no Governode Artur Bernardes, vivia preso. Ele é eam-peão carioca em prisões".O Deputado-Cacique Mário Juruna nãoperde a mania de entrar em qualquer carrochapa branca à sua frente. Sábado, apósalmoçar em Brasília, aproximou-se de umOpala. entrou e mandou o motorista arran-car. A reação de estranheza do motorista —que não era o do Deputado — quase provo-cou um conflito. Foi um custo explicar aJuruna o equívoco.

O Governador do Espírito Santo, GérsonCamata, já não sabe o que fazer para contro-lar seu Secretario de Segurança, o ex-SenadorDirceu Cardoso (aquele da campanha contraa pornografia). A operação moralização des-fechada pelo ex-parlamentar está causandoestragos na popularidade de Camata.

Médicos homeopatas

atendem doentes em

postos de Niterói

Niterói — Desde ontem, a homeopatia é mais umaterapêutica usada pela Secretaria Municipal de Saúde em novepostos instalados na periferia da cidade. O Prefeito WaldenirBragança assinou protocolo de intenções com o InstitutoHahnemaniano, que cedeu a mão-de-obra gratuita de novemédicos recém-formados em homeopatia, os quais, em troca,terão uma rede pública para exercitar a especialidade.

O presidente do Instituto Hahnemaniano. Alberto Meire-les, afirmou que "este é um grande passo para a oficialização dahomeopatia. Em 1980, o Conselho Federal de Medicina já haviareconhecido a prática da homeopatia, mas não havia nenhumarede pública adotando esta terapêutica".

Seis por diaO médico João Emanuel Amorim Silva, que desde novem-

bro aplica a homeopatia na unidade municipal de saúde doMorro do Estado (onde está a maior favela de Niterói, comcerca de 60 mil moradores), será o coordenador do programa.Ele disse que nos turnos diários de quatro horas os médicoshomeopatas poderão atender até seis pacientes:Há casos em que temos de conversar até uma hora como paciente, para conseguirmos um bom diagnóstico. O queinteressa, em nosso caso, não é um tratamento de quantidade,mas de qualidade — disse Amorim Silva.

O Prefeito Waldenir Bragança, que é médico sanitarista,revelou que "o maior incentivador da idéia de os postos desaúde municipais tratarem de sua clientela também com ahomeopatia foi meu filho Fernando César, médico que se estáespecializando nesta terapêutica natural".

Denúncia aponta uso de

defensivos proibidos em

verduras de TeresópolisNova Friburgo — O Endrex-20, o Lagartol, à base de

DDT, e um produto pirata de nome Pika-Pau, os dois primeirosproibidos no Brasil e em vários países da Europa comodefensivos agrícolas em cultura de legumes, estão sendo usadoscm larga escala pelos agricultores de Teresópolis, nas planta-ções de alface, repolho, jiló e berinjela. A constatação e adenúncia são do agrônomo Sebastião Pinheiro, o mesmo quedenunciou a presença do agrotóxico conhecido como desfolhan-te laranja, usado na guerra do Vietnam. na barragem deTucuruí, no Pará.

Revoltado, o agrônomo, que no domingo fez uma palestrapara agricultores em Nova Friburgo, revelou que tanto oEndrex-20, como o Lagartol e o Pika-Pau, este sem registro ecom a data de validade vencida, estão sendo recomendadospelos vendedores das lojas que comerciam agrotóxicos nomercado Volta do Pião, localizado à margem da Estrada Rio—Bahia, em Teresópolis. O Lagartol é vendido a CrS 10 o litro,preço muito inferior aos defensivos recomendados para aslavouras de legumes e hortaliças.

Inimigo n° 1É incrível mas é verdade. Até produtos piratas estão

sendo vendidos nas lojas de agrotóxicos. E encontramos, alémdo Endrex-20. o Lagartol, à base de DDT. o famigerado venenoe inimigo n° 1 da saúde dos brasileiros — diz, em tom dedesabafo, Sebastião Pinheiro, do Sindicato de EngenheirosAgrônomos do Rio Grande do Sul e membro do recém-criadoConselho Interestadual de Agrotóxicos e Alternativas Agrope-cuárias.

Em Nova Friburgo, onde veio fazer uma palestra paraagricultores da região, no Mercado do Produtor da RegiãoSerrana, para mostrar a possibilidade de troca dos agrotóxicospela adubação orgânica, Sebastião Pinheiro mostrou-se "estar-recido" com o que viu em Teresópolis:

Vimos o Endrex-20, o Lagartol e o Pika-Pau seremrecomendados para o uso em hortaliças. Isto é um absurdo, umcrime. Mas os culpados, para mim, não são os vendedores. Jáconstatamos e denunciamos isto em Nova Friburgo, agoraencontramos o mesmo quadro em Teresópolis. Para mim ofabricante do Endrex-20 (Shell Química) e dos demais venenossão os culpados e devem ser responsabilizados e punidos.

Sebastião Pinheiro não acredita que as fábricas de agrotó-xicos não saibam que produtos recomendados para culturas quenão existem na região serrana, como algodão e soja, estejamsendo oferecidos a lojas que se localizam perto de culturas delegumes e hortaliças.

Disse ainda que o Lagartol está também sendo usado comodefensivo nas culturas de tomate, cenoura e brócolis. O DDT,como se sabe, não é degradável, e absorvido pelas hortaliçaspassa para o organismo humano, acumulando-se nas gordurasdo corpo e no leite materno. Ingestões contínuas desses venenospodem causar, além de sérias lesões hepáticas, distúrbios nosistema nervoso central.

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F uncionários

de ensino

vão às urnasEm uma confusa votação,

várias vezes interrompida porprotestos, da chapa oposicio-nista e finalmente realizadacom a presença de policiaismilitares, foi escolhida ontem anova diretoria da FederaçãoInterestadual de Trabalhadoresem Estabelecimentos de Ensi-no. Não se sabe, porém, quemvenceu, pois a apuração foiadiada e os resultados só serãoconhecidos no próximo dia 28. •

A confusão começou pelamanhã, quando o delegado doSindicato dos Professores deNova Iguaçu, Libero Grande,votava em favor da reeleiçãodo presidente da Federação,Otto Honório de Oliveira. Co-mo o delegado faz parte daatual diretoria e a DelegaciaRegional do Trabalho emitiuparecer contrário à sua partici-pação no pleito, a oposiçãoprotestou e ameaçou boicotar aeleição.

A presença da polícia foipedida para retirar do local opresidente do Sindicato dosProfessores de Nova Iguaçu,Rubens Monteiro, a quem, se-gundo a oposição, caberia ovoto em lugar de Libero Gran-de. De acordo com o presiden-te da chapa da oposição, JoséMorevi Ribeiro, a disputa esta-va equilibrada e o voto de Ru-bens Monteiro seria decisivo.A presidência da mesa excluiuquatro delegados da eleição,dois por não terem conseguidofiliação à entidade — mas commedida liminar concedida pelaJustiça e dois por falta de paga-mento das anuidades.

Há nove anos presidindo aFederação, Otto Honóriodisputou um terceiro mandatoe considerou sem procedênciaas denúncias feitas pela oposi-ção, inclusive a de que algunssindicatos não puderam filiar-se à entidade por não seguirema linha política vigente. Ottorespondeu que os sindicatos emquestão não foram aceitos pornão terem cumprido exigênciasestabelecidas por lei.

Rio faráum convênio

com o BID

A Prefeitura do Rio de Ja-neiro depende apenas de umparecer favorável da Superin-tendência de Cooperação In-ternacional da Seplan para assi-nar convênio com o Banco In-teramericano de Desenvolvi-mento e receber 6 milhões 324mil dólares para aplicar emobras que vão beneficiar 10favelas e o bairro proletário deVila Kennedy.

O Município vai entrar noprograma com uma contrapar-tida em cruzeiros equivalente a6 milhões 504 mil dólares. Essedinheiro será aplicado emobras de saneamento básico,melhorias de acesso e urbaniza-ção, contenção de encostas,além de projetos sociais de saú-de e educação, geração de ren-da e habitação popular.PROGRAMA

Os locais onde serão aplica-dos os recursos do programaconjunto com o BID são Jaca-rezinho, as cinco favelas quecompõem o conjunto do Morrodo Alemão, Pavão, Pavãozi-nho, Cantagalo, Rio das Pe-dras e o bairro proletário deVila Kennedy.

Pelos estudos iniciais, feitosatravés de um convênio com oBID no valor de 500 mil dóla-res, ficou estabelecido que oBanco Interamericano de De-senvolvimento entraria com 3milhões de dólares e o Municí-pio com o equivalente em cru-zeiros a 1 milhão 900 mil dóla-res. Posteriormente, houve umacerto para que fosse aumenta-do, estabelecendo-se os 12 mi-Ihões 324 mil dólares, a seremaplicados em dois anos.

— O projeto, na verdade, jáfoi iniciado no que diz respeitoà Prefeitura, que está fazendoobras de contenção nas favelasdo Cantagalo e Pavãozinho econstruindo a rede de esgotosdo Pavãozinho. Já foi iniciadatambém a coleta de lixo noJacarezinho e brevemente omesmo acontecerá no Morrodo Alemão — disse o Secretá-rio Municipal de Planejamen-to, Arnaldo Mourthé.

Município passa

a

ter incumbência da-

compra de merendaAs diretoras de escolas do Município continuarão a

escolher onde comprar a merenda de seus alunos e a fiscalizar aqualidade dos produtos, mas não vão mais mexer com dinheiro.Todos os pagamentos às empresas fornecedoras passarão a serfeitos pelo Tesouro Municipal, mediante a apresentação defaturas acompanhadas das notas fiscais autenticadas.

As empresas interessadas em fornecer gêneros alimentíciospara a merenda escolar, hospitais e instituições ligadas àSecretaria de Desenvolvimento Social do Município terão queser credenciadas, mediante licitação pública, aceitando ascondições propostas no edital publicado ontem no Diário Ofíciale em vários jornais.

ExigênciasAs exigências são, basicamente, o fornecimento dos gêne-

ros num prazo de 24 horas a partir do pedido; emissão de faturasabrangendo período mínimo de sete dias; pagamento feito peloTesouro do Município num prazo de sete dias a partir daapresentação da fatura na inspetoria Setorial de Finanças daSecretaria compradora; obediência ao preço máximo apuradopelo Instituto de Planejamento Municipal através de pesquisadireta na rede de supermercados, adotando como universomínimo de pesquisa seis unidades de diferentes empresas.

Isto vai representar a institucionalização de uma situa-ção de emergência que começou com a extinção da antigaCocea, em junho do ano passado. Esse sistema implantadodiminuiu os custos e melhorou a alimentação — disse oSecretário de Planejamento do Município, Arnaldo Mourthé.

O Secretário afirmou ainda que o novo sistema entra emvigor à medida em que forem assinados os contratos com asempresas, o que deverá acontecer entre os dias 10 e 15 de julho:"Vamos conseguir um controle mais efetivo dos custos e umprocessamento contábil mais rápido".

No caso das escolas do Município, o credenciamento dasempresas será feito nos Distritos de Educação e Cultura(DECs), enquanto na área da Secretaria de Saúde as empresasvão se credenciar nas próprias unidades hospitalares. O custo darefeição será mantido: CrS 250 hoje, com projeção para CrS 300até o Fim do ano.

A diretora da escola ficará livre do trabalho deprestação de contas e o Município não terá mais que anteciparrecursos, melhorando seu fluxo de caixa, já que os pagamentosserão feitos, em média, de 10 a 12 dias após a compra. Estamosoferecendo atualmente, só nas escolas, 500 mil refeições pordia, o que nos custa mais ou menos CrS 800 milhões por semana— disse Arnaldo Mourthé.

Ensino privado volta às

boas com Estado graçasà mediação da Justiça

O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Partícula-res de Ensino do Rio, professor Nílton Santiago, atribui àJustiça o restabelecimento das boas relações entre os proprietá-rios de colégios e o Governo, rompida bruscamente com aDeliberação 101 (que proibia a cobrança adiantada de matrículae mensalidades). A decisão da 3a Câmara Cível, atendendo arecurso do sindicato contra a deliberação, tornou o Governo,até então irredutível, condescendente com o ensino privado.

A Secretária Estadual de Educação, Iara Vargas, afirmouem nota oficial — sem outros comentários — que vai cumprir adecisão judicial. Se couber recurso, a Procuradoria do Estadoautomaticamente é obrigada a recorrer, mas o GovernadorLeonel Brizola já se declarou disposto a conversar com oSindicato e até considerou a deliberação uma precipitação doConselho Estadual de Educação.

Volta à normalidadeO professor Nílton Santiago reconhece essa condescendên-

cia do Estado e fala com menos aspereza do Governo, acusadode desrespeitar a liberdade do ensino privado em nome dosocialismo. Agora, os proprietários de escolas particulares estãoansiosos para o prometido encontro com o Governador edispostos a "trocar idéias para colaborar com o Governo".

Diante dos fatos e da consciência da crise, os donos decolégio consideraram bom o índice de reajuste das mensalidadeslixado pelo Conselho Estadual de Educação: 68,4% para osegundo semestre. Segundo Nílton Santiago, muitas famíliasnão vão ter condições de pagar esse aumento, mas com o fim daDeliberação 101 os diretores poderão negociar o pagamento s"muitos nem aplicarão esse índice".

A Deliberação 101, de fevereiro deste ano, proibia asescolas particulares de cobrarem a taxa de matrícula e asmensalidades adiantadas (do ano e mês a vencer) e fixava em 12o número de quotas. Isso, além de prejudicar financeiramenteas escolas, impedia a livre negociação nesses estabelecimentos.

Agora nós podemos negociar de novo com a família,dar, por exemplo, desconto para quem tem mais de um filho namesma escola. Cada diretor sabe avaliar a necessidade de suaclientela, explicou o professor Nílton Santiago.

De acordo com o presidente do Sindicato, a taxa deinadimplência aumentou, nos últimos cinco meses, mas não foiem função da deliberação e sim da crise. Nílton Santiago disseque as famílias se sensibilizaram com a situação das escolas,"compreenderam a demagogia do Governo" e ignoravam adeliberação.

A taxa de evasão — disse Nílton Santiago —- é queaumentou em função da deliberação, porque nos impedia denegociar com os pais. Voltando a negociar, podemos baixar ataxa de inadimplência.

Agora os diretores já podem voltar a cobrar as niensalida-des até o dia 10 do mês a vencer e as matrículas do ano letivo de1985, em dezembro ou novembro deste ano. e fixar de acordocom os interesses das partes — diretor e pais — o número dequotas a serem pagas.

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A água vem de uma caixa de esgotos que vaza o dia inteiro e ja está invadindo a calçada em frente ao prédio

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Curva perto da Rodoviária

é problema para caminhões

O encontro das Avenidas FranciscoBicaljjpç Rodrigues Alves, na Rodovia-ria Novq Rio, tornou-se um grave proble-ma de manobra para motoristas de cami-nhões de carga que vêm da AvenidaBrasil em direção à Praça Mauá. Semanapassada, um caminhão container tombouao fazer a curva. Ontem à tarde, foi a vezda carreta VP-5348. da TransportadoraSão Geraldo de Nova Iguaçu, cuja carga— 27 toneladas de tubos de aço —deslizou da carroçaria e se espalhou pelapista, retendo o trânsito durante umahora.

Uo*.guarda de trânsito garantiu queas probabilidades de novos acidentes comcaminhões de carga "são enormes" portrês motivos: a pista está esburacada edesnivelada; na curva, inexiste inclinaçãoangular que permita redirecionar os ca-minhões para pista quando eles fazem amanobra, e a intensidade do trânsitodificulta uma manobra prudente. "É umacurva.ingrata", diz Antônio Carlos La-

meira, encarregado da transportadoraSão Geraldo.

No local, especulou-se que o acidenteseria grave se os tubos de aço — cada umpesando cerca de 400 kg — atingissem umônibus lotado ou grupos de pedestres quevão para Rodoviária Novo Rio. Os tubosde aço só atingiram os pilares da AvenidaPerimetral. Um guindaste da transporta-dora recolheu a carga, recolocada nacarreta. Os tubos avariados pelo choqueforam levados para o depósito da trans-portadora.

Os tubos de aço — de 12 metros decomprimento — pertencem à siderúrgicaMannesmann. Estavam sendo levadospara o cais do porto, na Praça Mauá,onde seriam embarcados no navio Som-my Eraldo com destino a Nova Orleans,nos Estados Unidos. Quando a carreta,dirigida por José Felix de Sousa, de 50anos. fez a curva, por volta das15h30min, o primeiro dos três fueiros(forquilhas de aço que prendem a carga)arrebentou e os tubos rolaram pela pista.

Comerciário fecha carranca

e não abre mão de sábadosFecha a carranca. Esta senha, uma

palavra de ordem que fez os comerciáriosdo Rio marcharem até o Palácio doCatete, em 1932, quando conquistaram odireito de trabalhar oito horas diárias,pode se repetir, nos próximos dias: "Sena assembléia de quarta-feira (amanhã)os lojistas não renovarem a atual conven-ção coletiva de trabalho, vamos voltar àrua. E a tendência é a greve" — dizLuisant Mata Roma, presidente do Sindi-cato dos Comerciários.

Em.1932, os comerciários colocaramgoma de mascar nas fechaduras das lojase obtiveram a conquista do próprio Presi-dente.Vargas. Agora eles esperam nãoter que chegar a esse ponto para manter oextra de 40% sobre a diária de sábado,caso trabalhem depois das 12h30m. "Eum direito adquirido e não vamos abrirmão dele", afirma o presidente do Sindi-cato. No Rio, cerca de 200 mil comerciá-rios trabalham em pouco mais de 20 millojas.,... ..

A discórdiaLuisant Mata Roma disse ontem, em

entrevista coletiva, que todo o problemagira ém torno da possível decretação pelaPrefeitura do horário livre aos sábados:"Entendemos

que todo o trabalho even-tualmente executado após as 12h30m de-ve ser remunerado com o percentual de40%, como determina a última conven-ção assinada".

O dirigente sindical disse que a últi-ma proposta dos lojistas configura o pa-gamento dos 40%, mas elimina a palavratrabalho e a troca por prorrogação: "Istosignifica que se a empresa colocar umempregado para trabalhar após as12h30m, ou contratar alguém só para oexpediente do sábado, após este horário,os 40% não seriam devidos. Os lojistas sóse dispõem a pagar o percentual paraquem trabalhar normalmente de manhã eultrapassar o horário das 12h30m. Nãoconcordamos com isso".

Uma loja só pode funcionar nos sába-dos à tarde se fizer um acordo coletivocom seus empregados e obtiver um alvaráespecial para este fim. Segundo Luisant,algumas lojas da Rua da Alfândega eadjacências abriram nos dois últimos sá-bados à tarde, mesmo sem alvará,"masforam devidamente multadas pela Dele-gacia Regional do Trabalho".

— Na verdade, os lojistas desejamque com o horário livre o trabalho aossábados seja considerado igual aos outrosdias. Mas a semana inglesa, pela qual sósomos obrigados a trabalhar até às12h30m, aos sábados, é outro direito queconquistamos, este em 1936. E não va-mos abandoná-lo. O dirigente sindicaiconclui:"Sem a assinatura da nova con-venção coletiva, nossa atuação ficará difi-cultada, com uma fiscalização quase im-possível, porque teremos que vigiar lojapor loja, atrás de alguma irregularidade.

FAMERJ suspende programa

de rádio por ter censura

ÀFAMERJ — Federação das Asso-ciações de Moradores do Rio de Janeiro— considerou "inaceitável" a censura porparte do diretor da Rádio Roquette Pin-to, cientista social Moniz Bandeira, edecidiu, pelo menos tempoiariamente,suspender seu programa radiofônico queera levado ao ar todos os sábados pelamanhã, durante meia hora.

No último encontro com diretores daFAMERJ. o diretor da rádio, segundo aentidade, demonstrou muito autoritaris-mo é disse que era inadmissível umprograma com críticas ao Governo numarádio do próprio Governo, conta o secre-tário-geral da FAMERJ, médico AntônioIvo.^AÜOra. a direção da entidade tentaumaftnjBiêticia com o Secretário de Go-verno, CiBilis Viana, para esclarecer emdefinitivo de quem partiu a ordem decensura,-»*»

ExigênciaNo encontro com Antônio Ivo, a

coordenadora do programa, Ana L leia. eoutros integrantes da equipe de comuni-caçao era FAMERJ, o diretor da Rádiofcoqjtetté Pinto alegou que. na transmis-são„do dia A de maio. com notícias ecomentários sobre as precárias condiçõesde transporte no Rio, algumas críticassoaraaunal "no Palácio Guanabara".

«Moniz Bandeira, sempre lembrandosuajeondição de cientista social, secundoAntônio .Ivo. admitiu, porém, que ele

próprio não ouvira a gravação do progra-ma. Recusou-se a informar que crítica oucomentário desagradara ao Governo e foitaxativo ao informar que, dali em diante,a rádio só transmitiria programas daFAMERJ de "colaboração com o Gover-no e formação da opinião pública".

A reunião foi muito ruim. Terminounum impasse — lamenta Antônio Ivo.lembrando que a censura já apareceraantes, em abril, durante um programa naqual a FAMERJ falava sobre a campanhapelas eleições diretas para Presidente daRepública. Um programa chegou a serinterrompido no ar. Desde então* a dire-ção da rádio exigiu que tudo fosse grava-do com antecedência de quatro dias.

Como Moniz Bandeira, ex-cassadopolítico, depois anistiado, não deixouclara a origem da censura, a direção daFAMERJ resolveu procurar, talvez aindaesta semana, o Secretário de Governo,Cibilis Viana. O presidente da FAMERJ,Jó Resende, considera todo o episódio"lamentável,

por acontecer num Gover-no que se propõe a ser democrático".

Embora conquiste vitórias isoladaspara as comunidades que representa, aFAMtRJ está com um relacionamentocomplicado com o Governo. Se a censuraoficial na Rádio Roquette Pinto for man-tida, a FAMERJ pretende criar um pro-grama numa rádio comercial, aproveitan-do a experiência que adquiriu nos últimosmeses. O espaço na Roquette Pinto foioferecido pelo próprio Governo.

Água podre é foco de

mosquitos no LeblonUma água estagnada, preta, suja e

malcheirosa, que está se acumulando emfrente ao número 623 da Avenida Borgesde Medeiros, no Leblon, já começou a setransformar em foco de mosquitos. Aágua vem de uma caixa de esgotos quevaza o dia inteiro e já está invadindo acalçada em frente ao prédio.A reclamação foi feita ontem poruma moradora do bairro — que preferiunão se identificar — à reportagem doJORNAL DO BRASIL na agencia deClassificados da Avenida Ataulfo de Pai-va 1 097, loja B, como parte da campanhaAjude esta cidade a ser maravilhosa outravez. Mais sugestões e reclamações pode-rão ser feitas até quinta-feira, das 9h às17h.

Cedae ignoraSegundo a moradora que fez a de-

núncia, o transbordamento está ocorren-do há cerca de um ano. Ela diz que osralos da rua estão entupidos e não dãovazão à água que fica parada, e acrescen-ta que a Cedae já foi chamada paraverificar o que está acontecendo, masninguém apareceu. Ontem, a Cedae in-formou que desconhece o vazamento daAvenida Borges de Medeiros, mas pro-meteu que mandará, em alguns dias, umaturma de trabalhadores ao local paraaveriguar o problema e determinar se éna rede de esgotos ou na galeria de águaspluviais. Caso seja constatado que oproblema é na galeria de águas pluviais, oconserto será da responsabilidade da Pre-feitura.

Na Avenida Ataulfo de Paiva, emfrente à Rua Jerônimo Monteiro, quase

terça-feira, 26/6/84 ? 1° caderno

ra, 268) não pôde vender ontemos 893 aparelhos eletrodomésticosque, de acordo com um anúnciopublicado nos jornais de domin-go, seriam colocados à vendaabaixo do preço do custo: o dire-tor comercial Athos Sotello disseque a empresa não esperava tantagente interessada, e que não abriuas portas por medida de seguran-ça.

"Se eu abrir, vou pôr em riscoo restante das mercadorias", co-mentou. Athos disse ainda que aempresa anunciará pela imprensao modo como as mercadoriasserão vendidas: "Vamos ter umareunião amanhã (hoje) e decidircomo vamos fazer para que tudose realize sem tumulto", esclare-

ceu o diretor comercial

na entrada da Rua Dias Ferreira, outrovazamento, desta vez em um pequenoburaco, está enchendo a rua de água. Aágua corre permanentemente e enchetrês buracos — um grande, um médio eum pequeno — colocando em risco osautomóveis, pois os buracos podem cau-sar acidentes. O porteiro do prédio 1.460da Avenida Ataulfo de Paiva disse que ovazamento começou na sexta-feira.

Já Luís Cláudio Tinoco de Moura,morador da Rua General Artigas, há 12anos no Leblon, acha que o seu bairrodeveria ter mais áreas verdes e que oGoverno deveria baixar normas dimi-nuindo o gabarito dos prédios.

Outros moradores reclamaram doponto de jogo de bicho da rua GeneralArtigas, quase esquina com rua Ataulfode Paiva. Além dos bicheiros, misturam-se na esquina uma Kombi que vendefrangos, miúdos e ovos. uma barraca decamelô que vende bolsas de plástico enáilon, lenços e outros objetos, umabarraca de frutas e um paneleiro acopla-do à banca de jornais.

E os moradores do lado par não têmcomo passar pela calçada aos domingosporque, além de tudo isso, ainda funcio-na um ponto de apostas em corrida decavalos. Esse problema foi denunciadohá dois meses, na primeira vez que acampanha Ajude esta cidade a ser maravi-Ihosa outra vez foi realizada na mesmaagência. Nenhuma providência foi toma-da até hoje. Os moradores, agora, têmmais dificuldades de circular na calçadapor causa do tapume das obras de refor-ma da confeitaria que fica na esquina.

PM abre inscrições a

candidatos a soldadoEm 1979, a Polícia Militar foi obriga-

da a diminuir o nível de instrução exigidoaos candidatos a soldado para atrair maisgente para a corporação. Este ano, maisde 30 mil pessoas se inscreveram nos doisprimeiros concursos para soldado da PMe, ontem, no primeiro dia de inscriçõespara o terceiro, 286 candidatos se apre-sentaram. O nível dos aspirantes a solda-do também subiu, pois as estatísticas doCentro de Alistamento e Seleção de Pra-Ças indicam que 40% dos candidatos aosdois concursos de 84 tinham 2o graucompleto e 5% eram universitários.

— Com o desemprego do jeito queestá, é muito difícil a gente conseguir sairda universidade empregado. O jeito é irbatalhando e ser policial. E um trabalhoduro, mas bom — afirmou o estudante deEducação Física, Cláudio Ramos, mora-dor na Tijuca e um dos interessados nosalário de Cr$ 234 mil, que é o que ganhaum soldado da PM. As inscrições estãoabertas até o dia 8 de julho, inclusive aossábados e domingos, no Centro de Alista-mento e Seleção de Praças (CASP), na

- Avenida Marechal Fontenelle, em Su-Iacap.

ProcuraHá cinco anos, a procura era tão

pouca que o Estado-Maior da PM, quepretendia aumentar o efetivo da corpora-ção, decidiu baixar da 8" para 6a série do2o grau o nível de instrução exigido para

os candidatos. Na época, um soldado daPM ganhava menos do que os guardas desegurança e estava havendo uma evasãode policiais.

Em 1980, porém, os policiais milita-res conseguiram um índice de aumentobem maior que outras categorias, depoisque os próprios oficiais invadiram o Palá-cio Guanabara e sitiaram o GovernadorChagas Freitas para que ele aceitasse areivindicação da categoria. De lá para cá,principalmente depois do agravamentoda crise econômica, os concursos parasoldado foram cada vez mais disputados ecomeçaram a atrair até mesmo universi-tários.

O primeiro concurso realizado esteano pela PM teve cerca de 15 mil candi-datos, dos quais 800 foram aproveitados.O segundo foi disputado por 17 mil 500pessoas: 2 mil 200 já foram chamadas e aPM está chamando agora cerca de 3 miloutros candidatos que passaram no pri-meiro exame (seus nomes estão afixadosnum quadro do CASP).

As inscrições para o terceiro concur-so para soldado da PM em 84 começaramontem, e 286 candidatos se apresenta-ram. O Capitão Noto, um dos coordena-dores das inscrições, achou, porém, aprocura pequena, mas lembrou que oconcurso não foi muito divulgado. OCASP espera que o número total decandidatos seja igual ao dos concursosanteriores.

Polícia selecionará detetivesO exame psicológico do concurso

para detetive de 3a categoria da PolíciaCivil será realizado nos dias 14 e 15 dejulho, na Universidade Santa Úrsula, emBotafogo. As primeiras provas foramfeitas em setembro do ano passado e oatraso do exame psicológico já tinhacausado protestos dos 6 mil 600 candida-tos inscritos, que fizeram uma manifesta-ção no Palácio Guanabara.

A prova será feita em horários diver-sos, dependendo do número de inscriçãodo candidato. No dia 14 de julho, osinscritos com números de 01-0000004 a

01-1X104224 farão exame às 7h, os candi-datos de 01-0004225 a 01-0009280 às 1 lhe os com números entre 01-0009290 a 01-0015444 às I5h. No dia 15 de julho, farãoprova às 7h os candidatos de 01-0015450 a01-0020397 e às 11 h aqueles com númerosentre 01-0020401 e 07-00000697.

Os candidatos devem chegar umahora antes da prova, com caneta, lápis,borracha, carteira de identidade e cartãode inscrição. A Academia de Políciainformou que os inscritos só poderãofazer a prova na hora determinada e nãohaverá segunda chamada.

Minas gasta 3 vezes mais

com presos do

que o RioBelo Horizonte — O Estado de Minas

Gerais gasta quase três vezes mais com amanutenção de cada preso do que o doRio de Janeiro. A omissão do Estadofluminense no que se refere à obrigaçãode garantir condições mínimas de existên-cia aos presidiários originou o floresci-mento de uma "economia delinqüente"dentro dos presídios do Rio. Para satisfa-zerem necessidades como alimentação',vestuário, higiene pessoal e assistênciamédica, os presos operam bancas dejogos e tráfico de tóxicos.

Esta é a constatação feita por umaequipe de sociólogos da Fundação JoãoPinheiro, durante pesquisa encomendadapelo Ministério da Justiça, com apoio daFinanciadora de Estudos e Projetos —FINEP — com o objetivo de oferecer aoGoverno federal subsídios para a formu-laçáo de políticas penitenciárias. As con-clusões do estudo foram divulgadas on-

tem pelo presidente da Fundação JoãoPinheiro, Aluísio Pimenta.

"Sociedade dos cativos"— O painel que emerge da pesquisa,sobretudo o do Rio de Janeiro, é desen-

corajador quanto às chances de recupera-ção e reintegração do criminoso à socie-dade — observam os sociólogos da Fun-dação João Pinheiro.

Lembram que a recuperação dos pre-sos depende da redução da influência,sobre os presos, da "sociedade dos cati-vos" — a qual, segundo os sociólogos,-emerge do isolamento dos presos emrelação a seus parentes, amigos ou cole-gas de trabalho. Ela é uma sociedadedentro da sociedade e tem seu própriocódigo — nada ver, nada ouvir, nadafalar — que define as regras de convivên-cia de presos entre si e com a administra-ção, dizem os sociólogos.

Cardeal ouve queixas de presosDurante a visita que fez ontem à

Penitenciária Milton Dias Moreira, oCardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, D.Eugênio Sales, ouviu dos presos muitasreclamações sobre o estado de conserva-ção do estabelecimento, que tem sériosproblemas de vazamento e ratos. O dire-tor da penitenciária, José Monteiro deCarvalho, reconheceu a necessidade dereformas urgentes, mas o Governo aindanão liberou a verba.

Há um projeto de recuperar o siste-ma penitenciário e, segundo ele, estapenitenciária deverá ser a primeira bene-ficiada. D. Eugênio celebrou, no local,uma missa de Páscoa, o que fez tambémna unidade especial do Complexo FreiCaneca onde ficam os presos especiais.Declarou-se contente com as visitas àsprisões, nas quais, no momento, acha que"há um clima mais tranqüilo". Disse quese deve rezar para mantê-lo.

ReclamaçõesQuanto às reclamações de que há

muitos ratos na Milton Dias Moreira, odiretor do estabelecimento, José Montei-ro de Carvalho, explicou que a FEEMAvem realizando um trabalho de desratiza-ção. Afirmou que "existem alguns exem-plares" e que até na Casa Branca deve"haver exemplares mais comtemplados"do que os da penitenciária. Os presos

reclamaram também da falta de materialde higiene, como sabonetes e papel sani-tário.

A missa de Páscoa assistiram cerca de80 dos 670 detentos. Só quatro comunga-ram. A penitenciária comporta 900 inter-nos, mas um incêndio desativou um pavi-lháo ainda não recuperado por falta deverbas. O Cardeal já visitou a LemosBrito, o Muniz Sodré e o Hospital Tisio-lógico. No próximo sábado, irá aos Hos-pitais Geriátrico e Psiquiátrico do sistemapenitenciário.

PedidoVerbas para reformas e construções

de novos presídios no Estado, e tambémpara comprar carros novos, armas e má-quinas de escrever para a polícia, vão serpedidas, amanhã, pelo Deputado esta-dual Amando da Fonseca (PTB) ao Mi-nistro Ibrahim Abi-Ackel, durante au-diência marcada para as 15h30min, noMinistério da Justiça, em Brasília.

Amando da Fonseca — que tambémé delegado de polícia — esteve ontemcom os Secretários de Justiça, VivaldoBarbosa, e de Polícia Civil. ArnaldoCampana, recebendo deles relatório so-bre as necessidades mais prementes dapolícia e da Justiça. O deputado-delegado declarou que já conversou como Governador sobre sua ida a Brasília.

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8 ? Io caderno ? terça-feira, S6/6/84 CIDADE/NACIONAL JORNAL DO BRASIL

Juizado autoriza viagem

do menino de 3 anos que

foi seqüestrado em Goiás

Nem a longa espera nos gabinetes do Juizado deMenores nem o assédio dos jornalistas tiraram o bom-humor de Max Flávio Lopes dos Santos, o menino de trêsanos seqüestrado em Goiás, que apareceu em Copacabanae que ontem, foi autorizado a viajar em companhia dos tiosAntônio Luiz Brito e Leda Maria Lopes Brito.

Max brincou, comeu biscoitos e distribuiu sorrisos,enquanto o Juiz de Menores, Antônio Campos Neto,tomava depoimentos e analisava a documentação apresen-tada pelos tios do menino. Ontem mesmo, Max viajou deavião para Brasília. De lá até à cidade de Colina, no nortede Goiás, mais 1 mil quilômetros terão de ser percorridosaté que Max volte aos braços de sua mãe, Benícia Maria.SAUDADES

São Paulo/José Carlos Brasil

Sob o olhar saudoso do em-presário Ednaldo Valério (quecuidou de Max depois que elefoi encontrado pelo porteiroAlcir Pereira no 1 Io andar doprédio 395 da Avenida NossaSenhora de Copacabana), aguarda provisória de Max foitransferida do porteiro AlcirPereira para Antônio Luiz eLeda Maria.

Os trâmites burocráticostambém foram acompanhadospor Iron Fernandes Silva, pro-prietário da TransportadoraPecum, onde trabalhava o paide Max, o motorista assassina-do Djalma Divino dos Santos.Confessando-se chocado com amorte do empregado e preocu-pado com o fato de o caminhãode óleo diesel ainda não tersido encontrado, Iron Fernan-des Silva criticou o descuido daPolícia Rodoviária.

— Todos os caminhões detransporte de combustível têmum roteiro estabelecido peloConselho Nacional de Petró-leo. Se a Polícia Rodoviáriainterceptasse os veículos trafe-gando fora dos roteiros, fatos

como esse nao aconteceriam —afirmou o proprietário daTransportadora.

Iron Fernandes Silva disseque atua no setor desde 1981,com uma frota superior a 20caminhões, e que esta foi aprimeira vez que um de seusmotoristas foi assassinado. Se-gundo ele, o caminhão Merce-dez Benz está avaliado em cer-ca de Cr$ 55 milhões e suacarga de 15 mil 500 litros deóleo diesel vale mais de Cr$ 8milhões. De acordo com Iron,o roteiro de Djalma Divinocomeçava em Redenção do Pa-rá (onde fica a sede da Trans-portadora Pecum), passava porBelém do Pará para abasteci-mento de óleo e deveria termi-nar cerca de 100 quilômetrosapós Redenção do Pará, noProjeto Cumaru (garimpo me-canizado onde a carga de óleodiesel teria de ser entregue).

A última notícia que Ironteve de seu caminhão foi a deque ele passou por Centralina,em Minas Gerais, onde os as-sassinos de Djalma tentaramvender parte da carga na se-gunda-feira da semana pas-sada.

Caminhoneiros pedemsegurança a Ministro

São Paulo — O presidenteda Associação dos CarreteirosAgregados às Empresas deTransportes de Veículos doBrasil, Roberto Augusto Fran-cisco, pediu, ontem, ao Minis-tro da Justiça, Ibraim Abi-Ackel, "providências concretascom relação ao assassínio decaminhoneiros nas estradasbrasileiras".

A associação, sediada emSão Bernardo do Campo, noABC paulista, lembrou que jáse manifestou em 1982, a Se-cretários de Segurança esta-duais, reunidos em Curitiba(PR), sobre o problema doscrimes nas estradas brasileiras.

"Hoje, passado algum tempo,tem-se notado que tudo conti-nua na mesma, inclusive, emregiões que exigem maior pre-sença de um policiamento os-tensivo, não se encontra sequerum guarda rodoviário para pe-dir socorro", alertou ontem emtelex ao Ministro.

Ao lembrar que o númerode caminhoneiros mortos nasestradas tem crescido nos últi-mos anos. a Associação sugeriuao Ministro da Justiça "que emlocais de difícil policiamentopor parte dos Estados sejamcolocados elementos das For-ças Armadas para garantir avida c a carga dos caminho-neiros".

Aumento do táxi afugenta

passageiros e motoristas

combinam preço da corrida"O

passageiro de táxi não existe mais". Passou aandar de ônibus e até mesmo a pé. A conclusão é demotoristas de táxi, proprietários de carros, empregados emempresas e mesmo os que pagam diária. Eles passaramquase todo o dia de ontem — primeiro dia útil após oaumento dos combustíveis — estacionados, à procura dosfregueses.

Avenida Rio Branco, Rua Primeiro de Março, PraçaTiradentes, Largo de São Francisco, Avenida MarechalFloriano, Praça Mauá, Avenida Passos, Rua da Carioca.Todas estiveram, durante todo o dia de ontem, com táxisestacionados nos dois lados das calçadas. Os motoristasnão se atreveram a rodar à cata do passageiro porque iriamconsumir álcool ou gasolina, sem retorno do capital.

SOLUÇÕES

À noite, na Avenida RioBranco, o número de táxis es-(acionados superou o normal.Os motoristas passaram a abor-dar o passageiro nas calçadas:tratavam o preço fora do taxi-metro, "como a única maneirade pagar prestações, diárias,combustível e ainda sobrar ummínimo qualquer para levar pa-ra casa". E disseram ao JOR-NAL DO BRASIL que a única

CNDU aprova

plano para ,

Grande RioNa reunião do Conselho

Consultivo da Região Metro-politana do Rio de Janeiro queserá realizada hoje, o Secretá-rio de Estado para o Desenvol-vimento da Região Metropoli-tana, Aluísio Gama, comunica-rá a aprovação do Plano deDesenvolvimento Metropolita-no do Rio de Janeiro pelo Con-selho Nacional de Desenvolvi-mento Urbano.

Segundo Aluísio Gama, aaprovação do plano permitiráque todas as Secretarias seto-riais do Estado possam pleitearverbas do Governo federal pa-ra execução de seus projetos.De acordo com o Secretário, oorçamento do plano para opróximo ano prevê cerca deCrS 117 milhões para o proble-ma do lixo, CrS 517 milhõespara bacias hidrográficas (in-cluindo saneamento e drena-gem) e CrS 96 milhões paraproteção de mananciais, alémde CrS 4 bilhões para pavimen-tação de ruas de diversos muni-cipios du Baixada Fluminense.

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...O juiz Haroldo Pinto recebeu ameaças por telefone

Juiz recebe ameaças por

acusar "Serpente

NegraSão Paulo — Duas ameaças por teie-

fone foram dirigidas ontem contra o juizcorregedor dos presídios, Haroldo Pintoda Luz Sobrinho—que denunciou a açãoda organização Serpente Negra nas pri-sões paulistas. Primeiro o juiz recebeuaviso de que uma "bomba será jogada naCorregedoria". Na segunda ameaça, umamulher que se identificou como "esposade um serpente negra" garantiu que "ascoisas vão ficar mais pretas", se continua-rem as "revistas rigorosas" dos parentesdos detentos na Penitenciária do Estado.

Hoje, o Conselho Superior de Magis-tratura — órgão máximo da Justiça pau-lista, integrado pelo presidente do Tribu-nal de Justiça, pelo primeiro vice-presidente e pelo corregedor geral daJustiça — se reunirá para analisar adenúncia do juiz. O Secretário de Justiça,José Carlos Dias, encaminou um ofícioreservado ao presidente do Tribunal, masse recusou a divulgar o que diz o do-cumento. Alegou que "a questão envolvesegurança e disciplina dos presídios".

O juiz corregedor Haroldo Pinto daLuz Sobrinho assegurou que os detentosda Penitenciária do Estado são "manipu-lados politicamente". Apresentou comoprova ofício do diretor de produção dopresídio José René Pires de Campos, áComissão de Solidariedade dos Detentos,no qual afirma que, com "o advento doregime militar instituído em nosso paíscoin o golpe de 64, a violência aumentou

e a corrupção passou a ser elemento dedestaque na sociedade".

— Eu não admito ideologização, se-ja de direita, esquerda, centro ou dequalquer outro tipo nos presídios, umavez que o preso deve ter liberdade deescolher o regime político de sua prcfe-rência — afirmou o juiz Haroldo PintoSobrinho.

O Secretário de Justiça, José CarlosDias, afirmou: "Jamais tomei conheci-mento de qualquer trabalho de ideologi-zação dos presos". Assegurou que qual-quer problema relativo à quebra de disci-plina dentro dos presídios " que venhaoficiada pelo juiz à Corregedoria dosEstabelecimentos Penitenciários (Coesp)será observada com o devido critério.Mas, até o momento, não recebemosofício do juiz corregedor apontando qual-quer fato que esteja dentro da sua esferade atuação".

O procurador Paulo Salvador Fronti-ni defendeu a "política de humanização"nos presídios adotada pelo Secretário deJustiça. Disse que os promotores queacompanharam o juiz corregedor nas visi-tas às penitenciárias "nunca se referiramà existência de uma organização estrutu-rada" como consta de denúncia do juizcorregedor. No início da noite, ele desig-nou o promotor José Silvino Perantonipara acompanhar a sindicância abertapela Secretaria de Justiça para apurar adenúncia do juiz corregedor.

Perseguição tumultua Fórum

solução é a redução do preçoda gasolina — ou do álcool —para os táxis.

Há 20 anos na profissão,Calisto dos Santos, do carroTM-1591, já deve duas diáriasde CrS 8 mil. Ele acha que, emvez dos 100% de aumento, opreço do táxi devia continuar omesmo, só que a cobrança,mesmo de dia, deveria ser feitacom base na bandeira-2. Dojeito que está, logo passaremosfome", disse.

Juiz não

reconhece

erro médicoPor não ter convencido o

Juiz Agostinho Fernandes daSilva de que foi vítima de impe-rícia médica, Sueli MalatoFranca não conseguiu a indeni-zação que exige do INAMPS,por ter ficado com os seios"irremediavelmente mutila-dos" após uma cirurgia. Sueli,que perdeu os mamilos, as au-réolas e tem sinais visíveis dosenxertos, tem 15 dias para ape-lar ao Tribunal Federal de Re-cursos.

O juiz da 6a Vara Federalreconheceu que os danos sofri-dos por Sueli são "profunda-mente lamentáveis", mas afir-ma que não ficou provado quehouve uma troca de mamilos.Na ação, Sueli declarou que atroca de posição dos mamilos.no reimplante, foi rejeitada porseu organismo.

O Juiz Agostinho Fernandesda Silva afirmou, também, em-hora tenha descrito os danosque sofreu em minúcias, nãodisse em que consistiu a imperí-cia da médica.

São Paulo — Tiros e correria agita-ram ontem a Corregedoria dós Presídios,no Fórum desta Capital. Policiais perse-guiram um preso albergado que se recu-sou a passar por uma revista: ele acabouferido na coluna. A confusão aconteceuno andar onde trabalha o juiz corregedorHaroldo da Luz Sobrinho, o mesmo quedenunciou a Serpente Negra.

Pouco depois das 13h, Drausio deOliveira — que cumpriu pena porassaltoa mão armada e estava em prisão alber-gue há seis meses — estava na fila paraapresentação periódica na Corregedoriados Presídios e da Polícia Judiciária, a fimde conseguir o visto em sua carteira dealbergado. Seu benefício de albergue ha-via sido revogado, em razão de outracondenação por assalto, mas Drausio nãosabia.

Policiais da Delegacia de Vadiagem,que há um mês trabalham no Fórumfazendo revistas a detentos que vão deporou albergados, desconfiaram da intran-qüilidade de Drausio e foram revistá-lo.Ele reagiu e enfrentou um detetive.

Um tiro foi dado para cima, noprimeiro andar do Fórum, onde funcionaa Corregedoria. Houve correria e grita-ria. Drausio não se entregou. Desceu asescadas e na porta o soldado-PM RubensVaz da Silva também disparou para o ar,mas não interceptou o detento.

Na escada que dá acesso à porta desaída, o sargento Nélson Guimarães tam-bém disparou para o ar. Como Drausioabriu o casaco, levando a mão à cintura,o sargento atirou no detento, ferindo-ona coluna.

Vazamento de óleofoi mesmo crime

São Paulo — Peritos da Polícia Fede-ral chegaram à mesma conclusão de seuscolegas da Polícia Civil sobre a causa dovazamento do Terminal Almirante Bar-roso, em São Sebastião, há 20 anos: aválvula foi aberta indevidamente. A reve-lação foi feita ontem pelo delegado sec-cional de São Sebastião, Luís Orsatti,após reunião com o superintendente daPolícia Federal, delegado Romeu Tuma.Já ficou caracterizado que houve umcrime, resta saber agora se foi intencionalou não — explicou Orsatti.

Mestres mineirossuspendem greve

Belo Horizonte — Cerca de 1 mil dos4 mil 500 professores da rede municipalde ensino desta Capital decidiram, emassembléia na noite de ontem, suspendera greve que haviam deflagrado há 21 dias.Os professores anunciaram que não have-rá reposição de aulas em julho, nem emfins de semana ou feriados, mas no perío-do de recuperação, no final do ano. Nodia 11 de agosto, eles farão nova assem-bléia, para decidir os rumos do movimen-to para o segundo semestre e poderãoparalisar novamente suas atividades.

Ida de Firmenich

pode ser adiadaBrasília — O advogado José Paulo

Pertence, defensor do líder montoneroargentino Eduardo Firmenich, pretendeapresentar embargos declaratórios aoacórdão do Supremo Tribunal Federal doúltimo dia 20 que decidiu extraditar Fir-menich. Por isso, ontem, solicitou aopresidente do STF, Ministro CordeiroGuerra, que não autorizasse a saída domontonero para o seu país, antes que sejapublicado o acórdão e do julgamentodesses recursos.

Passarinho querfortalecer Ceme

Brasília — "Com ou sem legislação,o caminho é contemplar a pesquisa e odesenvolvimento da tecnologia para pro-mover a substituição de importações atra-vés da Central de Medicamentos (Ce-me)". Foi o que disse ontem, ao final deum debate com 12 Secretários estaduaisde Saúde, sobre política de medicamen-tos, o Ministro da Previdência, JarbasPassarinho. Os Secretários de Saúde en-tregaram a Passarinho um documento emque propõem a independência do País nocampo de medicamentos.

Gaúcho luta parapreservar baleias

Porto Alegre — A Associação Gaú-cha de Proteção ao Ambiente Natural(AGAPAN) iniciou campanha nacionalpara evitar que o governo brasileiro regis-tre uma objeção à decisão da ComissãoInternacional da Caça à Baleia, que redu-ziu a cota anual do país a 342 baleias(50% do que caçou no ano passado). Se oBrasil recusar a decisão, poderá haverrepresália dos países conservacionistas,que deixarão de importar qualquer tipode pescado brasileiro. O alerta foi dadoontem pelo vice-presidente daAGAPAN, José Truda Palasso Jr.

Brasília abre aFeira de Vinhos

Brasília — Será aberta hoje no Cen-tro de Convenções de Brasília a 2a Feirade Vinhos no Centro-Oeste, promovidapelo Departamento de Turismo do Dis-trito Federal e reunindo, em quase 50estandes, representantes de várias re-giões produtoras de vinho no Brasil.

O objetivo da mostra — que ficaráaberta até o próximo dia 29 — é promo-ver e estimular a produção de vinhos,queijos e frios, promovendo sua vendapor atacado ou a varejo, junto aos visi-tantes.

Paulo Catalclo éempossado no STMBrasília — A menos de uma semana

do recesso do Judiciário, o Superior Tri-bunal Militar empossou ontem o MinistroPaulo César Cataldo na vaga do Ministrotogado Jacy Guimarães, que se aposen-tou em dezembro. A cerimônia foi presi-dida pelo Ministro Gualter Godinho,contando com a presença do Chefe doGabinete Militar, Rubem Ludwig, e doMinistro da Aeronáutica, Délio Jardimde Matos.

BANCO DO BRASIL S.A.

Carteira de Comércio ExteriorComunicado n° 87, de 25-6-84

A CARTEIRA DE COMÉRCIO EXTERIOR(CACEX) do Banco do Brasil S.A. torna públicoque está liberado, para a exportação, o volumede 40.000 (quarenta mil) toneladas de algodãoem pluma (NBM/TAB 55.01.00.00), destinando-se a parcela de 28.000 (vinte e oito mil)toneladas para a comercialização pelas coope-rativas de produtores e a parcela de 12.000(doze mil) toneladas para a comercializaçãoatravés das empresas maquinistas-beneficiadoras de algodão.2. A parcela a ser comercializada pelas coopera-tivas de produtores será distribuída com baseem dados a serem fornecidos pela Organizaçãodas Cooperativas Brasileiras.3. A distribuição da segunda parcela referidaserá feita, entre as empresas maquinistas-beneficiadoras, proporcionalmente aos respec-tivos volumes dos embarques efetivos de algo-dão, realizados para o exterior, no ano de 1983,segundo dados estatísticos da CACEX.

Rio de Janeiro, RJ, 25 de junho de 1984Carlos Viacava, Diretor (P

EDITAL DE NOTIFICAÇÃOA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, Filial Rio de Janeiro, notifica osmutuários abaixo relacionados no prazo máximo de 20 (vinte) dias, pararegularização das prestações de seus contratos habitacionais sob penade execução." 16 652 CARLOS ALBERTO IGREJA17 125 VICENTE MOTA SORRENTINO17 365 CARLOS ALBERTO RANGEL CARVALHO17.391 VICENTE DE PAULA MARTINS17.543 JORGE DE SOUZA17.584 JORGE LUIZ CHAVES

17.950 MÁRCIO GONÇALVES REIS17 996 AFRANIO DUTRA DA ROSA18 007 JORGE MANUEL DA ROCHA MALTEZINHO18.106 MARIA ANGÉLICA DE SOUM MORAES18.173 ROBERTO DF. MELO PARREIRA18.184 MARIA FERREIRA NASCIMENTO18.192 HERSZ DAWID KORENCHENDLER18.227 MANOEL DA AGONIA FERNANDES BRAGA18.258 JOÃO DE ALMEIDA18.262 JOÃO LUIZ MANGIA BORGES18.400 JORGE DE SOUZA GOMES18.527 EURICLESIO NASCIMENTO DE PAULA18 627 PAULO CÉSAR CRESPO DE ALMEIDA18 795 RENALDO CARVALHO ARAÚJO

IOCAL PARA PAGAMENTO AGENCIA ALT E BARROSO - AV RIOBRANCO 174 sobreloja — NÚCLEO DE HABITAÇÃO E HIPOTECA <P

Explosão em depósito cia

Imbel mata um operário

e fere pelo menos seteSão Paulo — Um operário morreu e pelo menos outras sete

pessoas ficaram feridas em conseqüência de uma explosãoocorrida na tarde de ontem no depósito de nitroglicerina daImbel — Indústria de Material Bélico do Brasil, maior fabrican-te de explosivos da América do Sul — em Piquete, a 218 km daCapital.

O morto é o operário Sâvio Benedito Chaves Júnior.Segundo nota oficial da empresa, que é controlada peloExército, os técnicos estão apurando as causas do acidente, noqual houve "alguns feridos". A Polícia Militar de Piqiieteconfirmou que sete pessoas foram atendidas no próprio hospitalda fábrica, sendo liberadas algumas horas depois.

Segundo a Superintendência da fábrica, o acidente ficourestrito ao depósito de nitroglicerina. A produção de dinamitefoi imediatamente suspensa e só hoje a empresa poderádeterminar a data do seu reinicio.

O chefe do setor administrativo-financeiro da IMBEL,José Américo de Carvalho Alcântara, informou que a empresaelaborará um laudo técnico (que deve demorar cerca de 30 diaspara ser concluído) contendo as possíveis causas do acidente.Explicou que o prejuízo é incalculável:

— Apenas esta unidade de glicerina nitrada (nitrogliceri-na) ficou parada, interrompendo a produção de dinamites, querepresentam de 40% a 50% do total produzido pela fábrica. Sóteremos uma avaliação do prejuízo depois de um levantamentocompleto — disse ele.

Rapaz perde olho e 126

pessoas de 2 cidades da

Bahia se ferem com fogosSalvador — Um jovem de 16 anos perdeu um olho e outras

126 pessoas, entre adultos e crianças, foram atendidas comqueimaduras de Io, 2o e 3o graus nos hospitais regionais deSenhor do Bonfim e de Cruz das Almas, vítimas da guerra deespadas, durante os festejos de São João nas duas cidades, doSertão e do Recôncavo baianos, que só terminaram na manhãde ontem.

Além do rapaz que perdeu o olho direito ao ser atingidopor uma espada (espécie de rojão fabricado com pólvora elimalha de aço) e foi transferido do Hospital Nossa Senhora deBonsucesso, em Cruz das Almas, para Salvador sem seridentificado, um dos casos mais graves é o de Martini CarlosBatista, de 21 anos, internado em estado de coma no Hospitalde Bonfim com tórax e braço queimados. Em Cruz das Almas,86 pessoas ficaram feridas.

Na mãoUm morteiro explodiu ontem na Astor Propaganda. Rua

24 de Maio, Centro da Capital paulista, dilacerando a mãodireita do escriturário Vagner Batista Gallan, 19 anos. que foiinternado no Hospital das Clínicas. Até a noite, a Ia Delegacianão havia feito o registro do caso.

Uma mulher não identificada contou que a bomba foiatirada de outro prédio para dentro da loja, no terceiro andar.Outras pessoas do prédio, porém, disseram que o escrituradoacendeu o pavio e esperou um pouco, pois pretendia lançar abomba e fazê-la explodir no ar. Hoje pela manhã o delegado doIo Distrito deverá iniciar investigação para o esclarecimento docaso.

Belo Horizonte — O Município de Santo Antônio doMonte, no Oeste de Minas, que tem como principal atividadeeconômica a produção de fogos de artifício, vive o pior mês dejunho dos últimos 22 anos: cerca de três mil dos seus 20 milhabitantes estão desempregados, por causa da queda na comer-cialização de fogos, revelou ontem o Prefeito Joáo Hilariano deCastro (PMDB), sócio da Imbrasfogos, uma das fábricas.

Enchentes no Sul isolam

Mostarda e o número de

flagelados sobe a 12 milPorto Alegre — Apesar do número de flagelados no Estado

ter-se estabilizado em cerca de 12 mil, o Município de Mostar-das, na Região Sul, está isolado das cidades vizinhas e o acessosó é possível por helicópteros. Na Região Metropolitana, asituação mais crítica ainda ocorre em São Leopoldo, onde há 2mil 392 flagelados.

O tempo melhorou ontem na região da Grande PortoAlegre, inclusive com um sol tímido até o início da tarde etemperatura amena de 26 graus. Mas a chuva voltou a ameaçaros gaúchos da Região Sul, principalmente em Santa Vitória doPalmar e Rio Grande, com grandes possibilidades de muitachuva hoje no resto do Estado, devido às quentes temperaturas.

DoaçõesOs rios Guaíba, com lm48cm acima do nível normal, Jacuí

com 7m04cm, e Taquari, com 3m22cm, continuavam subindoontem, enquanto que o Caí e o Sinos se estabilizaram. Mas coma ameaça de novas chuvas, a situação dos rios pode agravar-seainda mais. A campanha de solidariedade promovida pelaCoordenadoria de Defesa Civil e RBS Comunicações computouontem uma soma de CrS 52 milhões em doações, na contaaberta no Banco do Estado destinada aos flagelados, além deagasalhos, alimentos e materiais de construção com 8 mil telhase 7 mil 5(X) tijolos.

O Município de Mostardas, na Região Sul, está isolado dascidades vizinhas. A única forma de se chegar a cidade é porhelicóptero. Em Gravataí, na Região Metropolitana, a RuaFlorida, no Centro da Cidade, foi inundada e em seu lugarsurgiu uma grande cratera, que levou consigo também os postesda Companhia de Energia Elétrica. São Leopoldo é uma dascidades da Grande Porto Alegre onde a situação é pior, coin 2mil 392 flagelados, e com centenas de casas com água cobrindo ametade das paredes.

IBDF proíbe desmatamento

superior a 20% em cada:

propriedade na Amazônia

Brasília — Com o objetivo de evitar a desertificaçáo daAmazônia, iniciada em 1970 com a utilização inadequada desuas florestas, o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Flores-tal (IBDF) proibirá esta semana, através de portaria normativa,desmatamento superior a 20% de cada propriedade. Atualmen-te é permitido desmatamento de 50% da propriedade.

Segundo um assessor do IUDF, que participou da rgdaçãoda portaria, esse limite de 51)% de desmatamento nã<? vemsendo respeitado, principalmente, em função dos projetos decolonização iniciados com a construção das rodovias Transama-zónica e Perimetral Norte. De acordo com a portaria, 80% decada propriedade serão considerados reserva florestal—'

A portaria determina que o desmatamento de .florestasnativas nas regiões Leste, Sul e Centro-Sul poderá, aóTõversoda região Norte, utilizar 80% da área e 20% de reserva florestal.Nas demais regiões, o limite poderá ser de 50% para. fins deagricultura, desde que comprovada a capacidade do- uso daterra. ¦>

O documento, a ser aprovado até o final da semana,disciplina, ainda, a reposição florestal.

ANUNCIE PELO TELEFONE

CLASSIFICADOS JB 284-3737

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JORNAL do brasil CIDADE /NACIONAL terça-feira, 26/6/84 D Io caderno D 9

Reajinste de 65% dá a servidores

O soldo dos militaresBrasília — A partir de Io de julho, servidores, civis e

militares terão reajuste de 65% em seus salários, referentes asegunda parcela do aumento que llies é conferido anualmente, oque dará um acumulado de 171,25%. Desta vez, os servidorescivis de nível médio foram brindados com uma novidade: emseus novos proventos foram desprezadas as dezenas de cruzeirose ò salário de referência foi arredondado para menos, exceçãofeita ao NM-I.

O porta voz do DASP. Luís Adolfo Pinheiro, disse queesta prática introduzida nas tabelas não provocará reclamaçõesnjj? serv idores civis "porque eles tiveram mais CrS 2 mil em seussalários', em cima dos quais recaiu o percentual de 65%". Aconcessão de CrS 2 mil aos servidores civis de nível médio (NM)foi a fórmula encontrada pelo Governo para evitar que elesficassem corri salário inferior ao mínimo, o que não é permitidopor lei.

Créditos adicionaisAté 31 de dezembro, de acordo com o decreto-lei assinado

ontem, ficará suspensa a concessão de novas excepcionalidades.devendo ainda os órgãos e entidades adotar medidas parareduzir despesas, "ajustando a sua execução orçamentária aefetiva disponibilidade dos créditos autorizados".

Para isso — determina o decreto — toda a programação detrabalho desses órgãos deverá ser reexaminado "de forma aevitar quaisquer solicitações de crédito adicionais, bem como,rever os já encaminhados à Secretaria de Planejamento."

Foram os Ministros Delfim Neto. da Seplan. e José CarlosFreire, do DASP. que explicaram a adoção de tais medidas, emexposição de motivos, aludindo a "insuficiência de recursosdestinados a fazer face ás despesas com o reajuste do funciona-lismo público federal".

Os NM-I foram os únicos que. além dos CrS 2 mil e doreajuste de 65%, tiveram seus salários arredondados para mais,passando de CrS 99 mil 808 para CrS 100 mil. As outras 34referências de nível médio tiveram seus salários arredondados

, püra menos.O mais alto

Os decretos-leis assinados ontem atingiram igualmente osmembros da Magistratura Federal, Distrito Federal, territórios

,e do Tribunal de Contas da União, ficando o mais alto salário —de Ministro do STF — fixado em CrS I milhão 450 mil 516.

it.' Os salários família foram elevados para CrS 4 mil 800 e oíndice de 65% foi o mesmo aplicado às pensões (no caso doscivis) e ás gratificações pela representação de gabinete eindenização de representação, em se tratando de militares.

Civis, por referência,

em Cr$ Nível médio1) ÍIKI.OÕO2) 1(14.71103) 109.8004) I 15.00(15) lüd.MKI<i| 126.5007) 131.51X1fi| 137.20091 143.21X1

10) 148.80011) 154.50012) 160.30013) 166.60014) I73.00015) 179.1X1010) 18fi.50()17) 192.71X118) 200.000

1')) 207.7(11120) 216.70021) 227.4IMI22) 238.60023) 250.40024) 262.90025) 275.91X126) 289.50027) 3113.9(1028) 318.90029) 334.60030) 351.20031) 368.50032) 396.4(X)33) 432.00034) 470.00035) 512.800

Nível Sup1) 279.460.002| 300.606,003) 315.610,(X)4) 331.343,00' 5) 347.978.(X)6) 365.265,1X17) 383.575,(X)8) 4U2.718.0f)(>) 418.260.1X1

10) 439.144,0011) 455.965,0012) 478.887,0013) 497.095.00

erior14) 521.957.0015) 545.032,0016) 569.056,0017) 594.075.0018) 623.734.(X)19) 654.931,(K)2(1) 687.746.IX)21) 722.066,(X)22) 758.242.1X123) 796.063.0024) 834.197,0025 ) 877.692,00

1. Oficiais GeneraisAlmirante, marechal e ma-reclial-do-arAlmirante-de-esquadra,general-de-Exército e te-nente-brigadeiroVice-almirante, general-de-divisão e Major-brigadeiroContra-Almirante, gene-ral-de-brigada e brigadeiro

2. Oficiais-SuperioresCapitão-de-mar-e-guerra ecoronelCapitão-de-fragata e te-nente-coronelCapitão-de-corveta emajor

3. CapitãesCapitão-tenente e capitão

4. Oficiais SubalternosPrimeiro-tenenteSegundo-tenente

5. Praças especiaisGuarda-marinha e aspi-rante-a-oficialAspirante e cadete (últimoano)

Aspirante, cadete (demaisanos), alunos do Centro deFormação de Oficiais daAeronáutica e aluno deÓrgão de Formação deOficiais da ReservaAluno da Escola de For-mação de SargentosAluno do Colégio Naval e

1.259.070

1.049.220

970.530

902.340

815.250

744.960

682.020

587.580

472.170424.950

409.200

104.940

62.970

47.220

de Escola Preparatória deCadetes (último ano) eGrumete 39.870Aluno do Colégio Naval ede Escola Preparatória deCadetes (demais anos) 31.500Aprendiz de marinheiro 15.750

6. Praças graduadosSuboficial e subtenente 409.200Primei ro-sa rge n to 367.230Segundo-sargento

' 314.790

Terceiro-sargento 284.340Taifeiro-mor 220.350Cabo (engajado) 188.880Cabo (não engajado) 53.520

7. Demais praçasTaifeiro-de-P classe 204.600Taifeiro-de-2a classe 196.230Marinheiro, soldado-fuzileiro-naval e soldado-de-Ia classe (especializa-do), cursados e engaja-dos), soldados clarim oucorneteiro-de-P classe esoldado paraquedista (en-gajatio) 136.410Marinheiro, soldado-fuzileiro-naval e soldadode-Ia classe (não especiali-™do) U0.190Soldado-clarim ou corne-teiro-de-2a classe 94.440Soldado do exército e sol-dado-de-2a classe (engaja-do) e soldado-clarim oucomete iro-de-3a classe 71.370Marinheiro-recruta, recru-ta, soldado, soldado-recruta e soldado-2a classe(não engajado) 30.450

171,25% em um ano

Professores mantêm grevee acham irresponsável

comportamento do GovernoBrasília — "O reajuste de 65% dado ao funcionalismo não

atende as nossas reivindicações.1 A greve continua forte como se

¦Magistratura Federai-1. Supremo Tribunal Federal

Ministro do Supremo Tri-bunul Federal

2. Justiça FederalMinistro do Tribunal Fe-deral RecursosJuiz Federal

.3 Justiça MilitarMinistro do Superior Tribo-nal Militar 1Auditor Corregedor IAuditor MilitarAuditor Substituto

4. Justiça do Trabalho

Ministro do Tribunal Su-perior do TrabalhoJuiz de Tribunal Regional

1.450.516

1.318.6611.108.874

1.318.6611.108.8741.108.874

957.666

.318.661

do TrabalhoJuiz-Presidente de Juntade Conciliação e Julga-mentoJuiz do Trabalho Substi-tu to

Justiça do Distrito Federale Territórios

DesembargadorJuiz de DireitoJuiz SubstitutoJuiz Temporário

6. Tribunal de Contas daUnião

Ministro do Tribunal deContas da UniãoAuditor do Tribunal deContas da União

1.142.476

1.108.874

957.666

1.142.4761.108.874

957.666659.320

1.318.661

1.142.476

Federação

acha triste

e vai agirBrasília - "Os 65% de*

reajuste foram uma medidatriste para a classe que, de1973 para cá. já está com osseus salários defasados em1.000%". Foi o comentárioleito ontem pelo presidenteila Federação dos ServidoresCivis da União. José Manoelde Mello, ao ser informadodo Deereto-Lei do Prcsidcn-te João Figueiredo fixando opercentual de aumento dosservidores civis.

— Este aumento de 1984significou metade da inflaçãodos últimos 12 meses — disseJosé Manoel. Acrescentouque, apesar do decreto, aFederação está preparandoum documento, que pretendeentregar ao Presidente daRepública, reivindicandocomplementação salarial pa-ra o servidor, através de aiio-nos ou gratificações até ofinal do ano.DECEPCIONADOS

O presidente da Federaçãodisse que a maioria dos servi-dores civis consultados espe-rava 70% de aumento e porisso eles se manifestaram de-cepcionados com o reajustedfe 65%. O agente de portariado gabinete de um Ministroem Brasília, José Roque, há22 anos no serviço público,tem sete filhos, ganha CrS127 mil (bruto) e diz que,apesar do aumento, "as coi-sas vão ficar pior do que jáestavam, pois o leite aumen-tou em apenas um més100%. ou seja. 35% a maisdo que o reajuste".

Mesmo nos níveis mais al-tos a insatisfação é grande.Mõniea Freire, advogada há25 anos- em um Ministério,disse que vai passar a ganharcerca de CrS 700 mil líquidoscom a gratificação de DAS,mas a prestação do seu apar-lamento comprado pelo Sis-tema Financeiro de Habita-ção custará, a partir de julho,CrS 680 mil. "Tenho ondemorar, mas não vou podercomer", disse.

A funcionária Lena Bian-chi, com o privilégio de terapartamento funcional, vaiganhar, com o aumento, CrS226 mil para se sustentar, e àsua lilha. "Se você quer sa-ber. há muito tempo não te-nho o menor estímulo pelotrabalho e é por isso que nãocondeno minhas colegas quevendem doces e roupas nolocal de trabalho", acresceu-tou Lena Bianchi.

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Grande. Relevante. DestacadoO papel da indústria do papel e da

celulose tem sido assim durante osúltimos anos

O Suplemento Papel e Celulose dolornal do Brasil faz questão de expor eanalisar esse desenvolvimento.

O desempenho. A força. O progressode uma indústria que ampliou seuespaço no mercado nacional e. aomesmo tempo, conquistou e definiuposição no fornecimento internacional.

Criando processos que dão margema urna gama diversificada de produtos, aindústria do papel e da celulose nosdias de hoie atinge níveis deinvestimentos que permitem aimplantação de novas empresas e umacomercialização mais intensa.

Como conseqüência, temos a geraçãode novos empregos e maiorespecialização da mão-de-obra.

Sem dúvida, uma performance defazer inveia. Um incentivo a atenção quevem sendo dada pelas própriasindústrias ao setor de rellorestamento,num sinal de consciência e vontade decrescer ainda mais.

Participe. Mostre sua contribuição eseu potencial. Tudo que você tem adizer deve ser dito agora, noSuplemento Papel e Celulose.

Se você passar em branco, vai fazerum papelão. Aquele, que não é da suaespecialidade.

SUPLEMENTO PAPEL E CELULOSEJORNAL DO BRASIL

Brasília — "O reajuste de 65% dado ao funcionalismo nãoatende as nossas reivindicações.' A greve continua forte como setivesse começado ontem e seu término só depende do Governo,que tem tido uma atitude de irresponsabilidade na condução doassunto: depois de 42 dias de paralização ainda não nos feznenhuma proposta concreta".

A declaração é da presidente da Associação Nacional dosDocentes de Ensino Superior. Maria José Feres Ribeiro, aocomentar o reajuste dado pelo Governo ao funcionalismopúblico. Maria José anunciou o Dia Nacional em Defesa daUniversidade (28'0fi), quando as universidades fundacionais,particulares e estaduais realizarão manifestações de apoio àgreve dos professores autárquicos.

ResidentesUnia comissão de médicos residentes conseguiu hoje a

promessa de ajuda do Ministro Jarbas Passarinho, da Previdén-cia, para que sua contraproposta a proposta do Governo sejaestudada imediatamente pelos secretários gerais dos Ministériosda Previdência, Educação e Saúde. Passarinho recusou-se a sero interlocutor dos residentes, já que o assunto é da alçada doMEC, como ele mesmo disse.

Mas sem compromisso, façam com que eu fiqueconhecendo a proposta de vocês — disse o Ministro. Elereiterou que não haverá punições aos residentes em greve noâmbito da Previdência. Os residentes fizeram uma manifesta-ção, ontem, na frente do Palácio do Planalto. Queriam seavistar com o Ministro Leitão de Abreu, mas não conseguiram.

Já os funcionários da Previdência em greve — RS. SC,MG. PR e SP — montaram ontem seu comando de greve emBrasília e anunciaram o início, para hoje, em Florianópolis, dagreve de fome que os funcionários da Previdência realizarão nafrente da catedral, a partir das 15h.

Delegado do MEC emMinas aponta terror

Belo Horizonte — "Existe uma insensibilidade dos ministé-rios da área econômica quanto à crise da Universidade brasilei-ra. devido a razões que apenas estes setores entendem comoeconômicas'. Foi assim que o delegado regional do MEC,Lavrton Borges de Miranda Vieira, explicou ontem, a represen-tantes de funcionários e professores da UFMG e do CentroFederal de Ensino Tecnológico de Minas—Cefet e do Comandode Greve dos Médicos residentes, o que impede o acordo para otérmino da greve.

Ele reconheceu que "há um regime de terror" na fixaçãodos orçamentos das Universidades Federais, pois "os rciloresnunca sabem qual será a verba disponível para administrar".Esta situação, "que ocorre porque os reais administradores dasuniversidades estão distantes do centro de decisões", seriaevitada, segundo Lavrton Vieira, "se os reitores pudessemadministrar seus gastos. Falta gerenciamento próprio às univer-sidades e isto compromete sua produtividade", concluiu.

Falta diálogoLavrton Borges recebeu, das mãos dos representantes dos

mais de 200 grevistas que chegaram a Delegacia Regional doMEC em passeata, uma carta, para ser entregue à MinistraEsthcr de Figueiredo Ferraz. No documento, os cerca de 8 milprofessores e funcionários da UFMG, parados há 43 dias, osservidores do C etet e os médicos residentes insistem na reivindi-cação de reposição de 64,8% do salário, retroativo a janeiro,instituição da semestralidade. reajuste de 100% do ÍNPC apartir de julho e maior participação da educação no orçamentoda União. Eles criticaram "a laita de interesse para o diálogodemonstrada pelo MEC".

Mesmo que o índice de aumento para o Funcionalismofederal seja de 100% do 1NPC. não adiantará voltar a trabalharnuma Universidade cujos laboratórios não podem mais funcio-nar por falta de recursos — disse o presidente da Associação dosProfessores Universitários de Belo Horizonte, Luiz Pompeu deCampos.

Hm assembléia, ontem, nesta cidade, os médicos residen-tes. cm greve há mais de um mês. repudiaram a oferta feita peloGoverno na última sexta-feira, de piso salarial de três saláriosmínimos e abono de 20% relativo a horas extras. Os residentesquerem piso salarial de seis salários mínimos.

Secretário diz que Estado

deverá acompanhar União

mas admite parcelamentoO reajuste salarial dos 334 mil servidores do Estado,

estipulado inicialmente em 40% para vigorar a partir de julho,deverá acompanhar o índice de aumento dos funcionários civis emilitares da União. 65%, segundo informação do Secretário deAdministração, Leoncio Vasconcelos. Ele já entrou em enten-dimentos com o Secretário de Fazenda do Estado, César Maia.

Ainda não foi decidido se este reajuste, 25% superior ao jáautorizado, será concedido de uma só vez ou em parcelas. Adecisão será tomada quinta-feira pelo Governador LeonelBrizola. com base no relatório preparado pelos SecretáriosEstaduais de Fazenda, de Governo, de Planejamento, e deJustiça — disse ontem o Secretário de Planejamento FernandoLopes. O relatório do grupo coordenador de revisão de cargos evencimentos, presidido pelo Subsecretário de Administração,Luís Fernando Ribeiro, sugere um aumento mínimo de 68%para todas as categorias.

O Governo do Estado está fazendo um tour-de-forcc parareajustar ao máximo o funcionalismo do Estado: se o reajustenão chegar aos 65%, atingirá o percentual mais próximo —afirmou o Secretário de Administração, Leôncio Vasconcelos.Para reajustar os 334 mil servidores em 25%. além do índiceautorizado, será criada uma folha suplementar.

O grupo coordenador de revisão de cargos e vencimentosentregou ao Secretário de Administração um estudo queestabelece novo plano de vencimentos e prevê um aumentomínimo de 68% para todas as categorias. O índice, apontado norelatório, tem por base a diferença do INPC entre janeiro(quando os servidores receberam de 40% a 55% de aumento) ejulho — afirmou o Subsecretário, Luís Fernando Ribeiro.

A concessão de um reajuste semelhante (ou próximo) aodo luncionalismo público visa teduzir a defasagem salarial quehá em relação aos empregados com contratos regidos pela CLT."Os reajustes do servidor do Estado sempre ficaram abaixo dopercentual de aumento do salário mínimo", justificou o Sub-secretário de Administração. Com isso. a menor referência(seis) passou a ser inferior ao salário mínimo.

— Os servidores do Estado estão agrupados em referên-cias que vão da seis a 57. as primeiras (de seis a 31) agrupam opessoal da categoria elementar — serventes, cope iras, garçons,contínuos — totalizando 60 mil pessoas. A maioria recebe umsalário mínimo (CrS '>7 mil 17b) e com 40% de reajuste passariaa perceber CrS 136 mil 046. Se o aumento for de 65%. elesreceberão, a partir de julho, um salário de CrS 160 mil 340,40.

O nível médio, que inclui datilógrafos, operadores de raiosX e outros cargos equivalentes, está enquadrado nas referênciasde 16 a 36, recebendo um salário aproximado de CrS 120 mil.Com o reajuste de 65%, passariam a CrS 198 mil, CrS 30 mil amais do que receberiam com o aumento de 40%. Os funcioná-rios de nível superior — referências de 37 a 57 — têmvencimentos que variam entre CrS 150 mil e CrS 3% mil,aproximadamente. Caso o reajuste de julho seja similar ao daárea federal, eles terão seus salários aumentados em CrS 250 mile CrS 654 mil, respectivamente.

PROBLEMAS DA FALA E INIBIÇAOConsulte o CENTRO DE PESQUISA DA FALA DO PROF SlMONWAJNTRAUbS K-7 Exercícios de. 1) DICÇÃO, 2) IMPOSTAÇÁO, 3)ORATÓRIA, 1" e 2" série, valor Cr$ 30.000,00 cada conjunto. Matriz: RJ —Rua Santa Clara. 75 Gr. 402 T 256 1644 e 236-5223. FILIAIS: Brasília 226-5751, B. Horizonte 221 3321. SP GO o SALVADOR18 Anos de Experiência — Mélodo Próprio

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IO p Io caderno D terça-feira, 26/6/84

JORNAL DO BRASIL ,MÍCHELFundado em 1891

M. F. DO NASCIMENTO BRITO, Diretor PresidenteBERNARD DA COSTA CAMPOS, Diretor WALTER FONTOURA, DiretorJ. A. DO NASCIMENTO BRITO, Vice-Presidente Executivo MAURO GUIMARÃES, Vice-Presidente

J. B. LEMOS, Editor

Martírio de São Sebastião

PARA quem conheceu o Rio de Janeiro em suasdiversas fases recentes, e assiste ao que se passa

atualmente na cidade, a pergunta que se coloca comfreqüência cada vez maior é: quanto tempo seránecessário para que a cidade se recupere do massacrea que está sendo submetida sob o cetro do brizolismo?

Dizia Tolstoi que todas as felicidades se pare-cem; mas que cada infortúnio tem o seu caráterparticular. Isto se aplica perfeitamente ao Rio. Havia,por exemplo, o Rio convulsionado pela construção dometrô. Tudo parecia andar errado; e a sujeira atingiaos mais altos níveis. Sabia-se, entretanto, que asujeira tinha uma causa; e que essa causa tinha umperíodo determinado de duração.

O que acontece agora é mais perverso. A sujeiraaumentou; mas não há justificativa para isso. OGoverno estadual, naturalmente, tem uma explicaçãona ponta da língua: a cidade estaria como está porculpa da pobreza, que por sua vez decorre dasdeterminações do FMI.

Supondo que as causas sejam estas, verifica-seque o Governo Brizola mais uma vez faz mau juízo dopovo, como é vezo do autoritarismo populista. Hápobres sujos e pobres limpos. Há pobres que, quantomais pobres, mais questão costumam fazer de mantera sua dignidade.

O contrário disso é a postura do Governoestadual e da Prefeitura que vive à sua sombra. Nãohá dinheiro? Pois então — parecem dizer os nossosatuais donatários — coloquemos todas as mazelas àmostra; emporcalhemos os muros, as praças, osmonumentos, os gramados.

É uma opção — que os psicanalistas poderiaminterpretar. Mas a cidade tem todo o direito derebelar-se contra ela. Pois é uma opção de pseudo-intelectuais e pseudogovernantes que pensam conse-

guir, com a sujeira e o desleixo, a solidariedade dopovo.

Essa opção alastra-se como praga. O pacíficopovo brasileiro tem o costume de olhar para os seusgovernantes à procura de pontos de referência. Se osgovernantes não se importam com a cidade, se achamque deixar armar barracas em gramados públicos écontribuir para a solução do "problema social", opovo também desanima da sua própria cidade.

O resultado é o que se vê. Jamais se depredoutanto, jamais se externou tanto desamor por umcomplexo urbano que despertou, em outros tempos, aadmiração de todo o mundo.

O Governo de agora, que não tem raízes cario-cas, parece obstinado em conseguir que o cariocadeixe de gostar da sua cidade. Parece pregar a lição deque não importa a cidade; importa mostrar ódio ao"sistema", ao FMI e a outras assombrações.

Ora, a postura frente a essas entidades nada tema ver com os direitos da cidade e dos seus habitantes.O saque ao Rio de Janeiro já atinge os bueiros e asgrades de proteção aos pedestres. Está o carioca,agora, em risco permanente de quebrar o pé ou aperna em valas que se abrem de todos os lados — eque nas grandes chuvas se tornarão invisíveis. Não hápolícia para coibir esses vândalos—como não há paratratar dos baloeiros ou dos pichadores.

Se não há, não é só por falta de dinheiro: éporque as autoridades não acham que esses assuntossejam importantes. Importante é ter espaço parapichar slogans, estender faixas, colar cartazes. Impor-tante é a política — mas a política pequena, deinteresses pessoais. Pois a verdadeira política começapelo bairro, pelos seus habitantes, pelas ruas eesquinas de uma cidade.

Minoria ImaturaA necessidade de um novo partido político não é

nova, nem se restringe ao PDS. O artificialismoque marcou a quebra do sistema bipartidário, nocomeço do atual Governo, inibiu o aparecimento detendências políticas em consonância com a diversida-de social brasileira. A primeira crise se registrou noPMDB, de onde havia saído o grupo liberal parafundar o PP. A legislação de circunstância obrigou oPP a refluir para o PMDB.

O PDS resistiu à eleição dos Governadores masdesagregou-se à medida que a sucessão presidencialpassou a cobrar-lhe uma definição de- preferência.Nesse processo volta a ser cogitada a criação de umpartido para os desacomodados do PDS. Mesmo que-a tendência desajustada se arrisque a assumir o risco,-a opinião'pública não entenderá a iniciativa pelas

^questões de princípio alegadas. É impossível descar-tar a suspeita de que se trata de um projeto para umasituação transitória em função da sucessão presiden-ciai.

É preciso distinguir, no entanto, a necessidadede novos partidos (em lugar dos atuais) na inadequa-da oportunidade em que a matéria volta à cogitação.A criação de novos ou a reorganização dos atuaispartidos teve seu momento antes que a sucessãocomeçasse a selecionar os nomes que vão definindo apreferência no PDS. Outra oportunidade se apresen-tará depois que se concluir a sucessão presidencial.Fora daí, tudo será casuísmo inconseqüente.

Pode-se desde já pensar em novos partidos, masem função das eleições futuras, porque, de outraforma, o que se criar agora ficará marcado peloarraigado espírito de casuísmo que se plantou no país:não resistirá à simples mudança das condições geraisque patrocinam a disputa interna do PDS a caminhoda Convenção.

O Brasil precisará cada vez mais de partidosautênticos, mas também de políticos autênticos, parase reaproximar de padrões democráticos. Se todaminoria quiser rebelar-se contra a vontade da maioriae emancipar-se partidariamente, a política brasileiraacabará. Para se fazer uma democracia onde nãohavia, é preciso que as minorias aprendam a acatar avontade das maiorias e a trabalhar internamente parase transformarem em maioria. Democracia é tambémcontinuidade dentro dos partidos.

O atual Governo colhe os prejuízos de umareforma partidária inautêntica, porque não tem con-.dições de cogitar de um assunto que já perdeu amelhor oportunidade. O reexame da questão partidá-ria se fará no futuro, até mesmo a despeito doGoverno a ser eleito em janeiro, se as condiçõesatuais não forem pautadas apenas pelas circunstânciase pela transitoriedade dos interesses políticos. O fatoé que a matéria é para ser resolvida à luz dosinteresses da democracia, que não se confundem comos interesses casuísticos dos candidatos.

Evitar o Piorfato de encontrar-se na etapa final de seumandato não exime o atual Governo da respon-"sabilidade de encaminhar um novo equacionamento

para a política habitacional do país. Ali nada vai bem,apesar dos esforços da atual administração do BNH.O Governo é que vai mal em tudo que depende de suadecisão. Adia-se o problema, esperando-se não sesabe bem o quê. Deseja-se por acaso deixar que atinjao ponto a partir do qual se torne insolúvei?

Desde 1964, construíram-se, com recursos doBNH, cerca de 4,2 milhões de habitações. O númeroé deveras representativo, se tivermos presente que ototal de domicílios urbanos em 1982 era estimado em20,2 milhões. Contudo, em face dos níveis alcançadospela inflação, os mutuários sentem-se como se tives-sem sido atraídos para uma autêntica armadilha.Cresce a inadimplência (50% não se encontram emdia e 15% registram atraso superior a 3 meses) e asmedidas do BNH para tornar o quadro menos perver-so ameaça-o de séria sangria em suas reservas. Osistema fora concebido na suposição de que nãohaveria subsídios.

Tendo perdido a capacidade de atrair novoscompradores, a construção civil foi levada à virtualdesativação. Assim, se a política de casa própria tinha

em vista fazer novos proprietários e, por esse meio,dinamizar a indústria da construção, cabe proclamarque não conseguiu qualquer dos dois objetivos.

Em busca da rentabilidade prometida aos depo-sitantes, os recursos carreados pelo sistema acabamemigrando para outras aplicações. Nesse contexto, asempresas financeiras independentes chegam sucessi-vãmente à insolvência e presumivelmente só os con-glomerados financeiros preservarão tais carteiras.

Deste modo, a crise do sistema financeiro dahabitação é deveras universal, sendo dever do Gover-no reconhecê-lo francamente. Por que o Brasil temque ser diferente dos grandes países capitalistas, ondeo típico é a residência em moradias alugadas? Por queinsistir na casa própria, quando o projeto visivelmen-te não dá certo? Por que não modificar radicalmenteo programa e tornar atrativos investimentos emimóveis para aluguel? Enfim, o atual Governo está naobrigação de convocar todos os interessados — con-glomerados financeiros, mutuários, construtores,poupadores e técnicos — a fim de tentar o equaciona-mento de uma nova política habitacional. Antes quetodo o sistema chegue a um beco sem saída, compro-metendo irremediavelmente os interesses de grandescontingentes da população brasileira.

TOPICOS

Freud ExplicaO voto distrital jazia na nossa col-

cha constitucional de retalhos à esperade uma oportunidade próxima paraentrar em vigor. A emenda Figueiredonão se lembrou da obrigação de aciona-Ia para fazer mais depressa deste paísuma democracia. Nem ela, nem o rela-tor da reforma de bolso. Aconteceu oinevitável: quando a comissão mistafazia o seu trabalho, o relator se dis-traiu e o voto distrital se evaporou. Aprevalecer o ânimo dessa fração doCongresso, era uma vez a última tenta-tiva de se adotar no Brasil um sistemaeleitoral que faça cair os custos domandato ao nível do bolso de qualquer«éadâo.

Todos os eleitos se queixam dasdespesas que o voto proporcional lhesimpõem. E uma dívida que excede oprazo do mandato. No entanto, nin-gúem desiste nem do mandato , nem do

sistema proporcional pelo que vigora namaioria dos países democráticos. Co-chilou o relator? Estavam todos atentís-simos. Todos se fizeram de distraídos.E se não foi consciente, Freud poderáexplicar melhor o que aconteceu.

EnormidadeA nova direção do Metrô carioca

fez saber que não pagará as dívidas daempresa contraídas com a União. Emconseqüência, o Ministro dos Transpor-tes viu-se na contingência de sustaroutros projetos que negociava com oRio de Janeiro.

O que ocorre com o Governo flumi-nense é o total despreparo para pautar-se segundo as regras do Estado deDireito. O titular raciocina como se nagestão da coisa pública nada se conti-vesse de técnico e tudo se reduzisse àpolítica, aliás à má política, entendidacomo ação entre amigos. Com tal

exemplo, os escalões subalternos sen-tem-se liberados para a prática de enor-midades como a dos responsáveis peloMetrô. Afinal, mesmo nos pampas res-peitam-se contratos e normas. De ondeprovêm tais hábitos selvagens trans-plantados para a cidade?

Ovos e OvosVisitando a Irlanda, a Sra. Marga-

ret Thatcher e sua comitiva receberamuma chuva de ovos, reflexo de insatisfa-ções políticas. Podiam ter sido tomates.Um eleitorado não demonstra a suataxa de democracia jogando ovos —embora se possa dizer que, nas ditadu-ras, não havendo ovo algum, a taxa dedemocracia é zero. Mas não deixa deser civilizado aceitar com uma certanaturalidade acidentes desse tipo. Qualseria a resposta a uma chuva de ovosdirigida contra algum dos mais recentesPresidentes brasileiros?

CARTAS

MerendaTendo em vista o exposto pela Sra.

Hortência Viana, em carta publicada naedição do dia 20 último, esta Secretariasente-se no dever do seguinte esclareci-mento: não faltaram recursos à merendano Colégio Estadual Prefeito Luiz Gui-marães, em Queimados — Nova Iguaçu.Entretanto, em razão do falecimento dadiretora — Professora Ana Maria Pero-belli —, verificou-se, entre as datas 13/04a 23/04, um interregno na titulação desubstituto autorizado para movimentaçãode meios e a conseqüente aquisição degênero da merenda, cuja normalizaçãofoi prontamente restabelecida. A dificul-dade, no curto período em que aconte-ceu, foi do conhecimento antecipado dacomunidade escolar e dos pais de alunoscom cuja solidariedade a escola contouem ocasião difícil e ao mesmo tempodolorosa. Yára Vargas, Secretária de Es-tado de Educação — Rio de Janeiro.

Anistia-prorrogaçãoDia 29/6/84 termina o prazo para os

contribuintes da Previdência Social re-quererem o parcelamento de seus débi-tos, em conformidade com a lei.

Também no mês de junho é devido opagamento da contribuição com base nosalário-mínimo vigente em maio, ou seja,de Cr$ 97 mil 176. Disto decorre que nospostos do IAPAS (principalmente na Av.Nossa Senhora de Copacabana n° 1049)grande é o afluxo de contribuintes, autô-nomos, segurados facultativos e domésti-cos que lá comparecem portando seuscarnês de pagamento para neles seremlançados os valores atuais.

Muitos contribuintes certamente nãoserão atendidos em tempo hábil, ou seja,até 29 de junho de 1984, dado o acúmulodo serviço.

Concluindo, desejo dirigir um apeloao Ministro da Previdência Social, nosentido de ser prorrogado por mais 15dias o prazo para os contribuintes reque- "rerem o pagamento de seus débitos, oque ensejará a muitos regularizar suasituação. Paulo Roque Frantz — Rio deJaneiro.

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mesmo que fôssemos dispensados de to-do e qualquer juros, levaríamos 12 anospara pagá-la. Também para exemplificar,cito o fato de que somente a dívida,supostamente irrisória, de US$ 15 bi-lhões, que o honrado mas ingênuo Pres.Médici atribui à sua gestão, atinge hojenada menos que US$ 56 bilhões, compu-tados os juros e taxas incidentes sobreaquele valor, nos 10 anos subseqüentes.

Não estou contestando o direito de oscredores insistirem em recebê-la, nascondições que lhes são mais favoráveis:estão defendendo os seus interesses. Éevidente que a culpa desta dívida nãopode ser atribuída senão à irresponsabili-dade de Governos ineptos e à crescenteestatização do país. Mas evidente que nàohá como pagá-la. É uma situação de fato,cujo não reconhecimento é catastrófico.

Qualquer empresa que atravessa umasituação de crescente insolvência procuraa solução negociando uma concordata,antes que a falência lhe bata às portas.Igualmente temos que partir para umamoratória já enquanto ainda temos con-dições de sobrevivência. Isto não seriauma atitude unívoca, pois tanto a Ingla-terra como os EUA já nos deveramconsideravelmente em decorrência dedespesas da II Grande Guerra. Pagaram-nos da forma que melhor lhes conveio,com o que tinham disponível e pelospreços que arbitraram. Como eles bemdizem: negócios são negócios, amigos àparte. Raquel que o diga. Eng. PedroPaulo Rocha — Rio de Janeiro.

Engenho de Dentro, segundo informaçãode um funcionário.

O que eu não vi e gostaria muito deter visto: a antigâ automotriz que ficouconhecida mais pela sua marca, Litorina,que fazia o percurso Rio—São Paulo; aslocomotivas a vapor, as famosas Mallet,que faziam o trecho da Serra do Mar; osistema de cremalheira das serras dePetrópolis e Teresópolis, com carros,locomotivas e vagões; o sistema de freiocentral usado na serra de Nova Friburgo,também, com vagões, locomotivas e car-ros; os primeiros trens elétricos suburba-nos que começaram a circular em 1937;material de tração e rodante da extintaRio D'Ouro; uma velha automotriz demadeira, que operou na linha de Gover-nador Portela — se não estou enganado— que mais tarde fez o subúrbio da RioD'Ouro, onde não deu certo; o famosotrem de luxo, o Cruzeiro do Sul; estradomóvel destinado a mudar de direção aslocomotivas, mais conhecido por virador^material rodante e de tração da extintaEstrada de Ferro Maricá; locomotivas,carros e vagões utilizados nas linhas desubúrbio e do interior da antiga Leopol-dina; guindastes a vapor etc. Enfim, faltamuito e muito mesmo, neste Centro déPreservação da História Ferroviária doRio de Janeiro.

O que me causou estranheza foi aproibição de máquinas fotográficas den-tro do galpão. Só é permitido fotografardo lado de fora, onde estão as peças demenor valor.

Ao sair é que percebi o porquê daproibição: a Rede Ferroviária Federalvende postais coloridos, justamente daspeças que estão dentro do galpão, isto é',as mais valiosas, como, por exemplo,"á*Baronesa.

Uma sugestão A Rede Ferroviária Fe-deral S.A.: ao invés de proibir fotografiasdentro do galpão, passasse a cobrar urr#taxa, digamos, de Cr$ 1 mil. Assitçu.quem quisesse poderia tirar fotografia^de seus familiares juntos às relíquiasferroviárias. Fica aí a sugestão. DálgíoFigueira Rodrigues — Rio de Janeiro.

Escola segura

Combati vidadeLendo a carta da Dra. Esther Kreimer

publicada nesse jornal em 13/6/84, sob otítulo Solicitude, narrando o assalto deque fora vítima em Muri — Nova Fribur-go, e, tendo eu também passado pelomesmo dissabor em tempos passados,apresso-me em associar-me às palavraselogiosas dirigidas pela missivista ao de-tetive Sr. Itamar, lotado na 100» D.P. deN. Friburgo.

Trata-se efetivamente de um profis-sional diligente e cônscio de suas respon-sabilidades, e, por isso mesmo, combati-vo, no que diz respeito aos inimigos dasociedade, a' par de atencioso e educadono trato com o público.Necessário se faz enfatizar a existên-cia, ainda, dos bons policiais, para quesirvam de exemplo aos demais, e saber-mos nós que, felizmente, nem tudo estáperdido! Carlos Ernesto Stern — Rio deJaneiro.

Dívida & moratória

Tendo sido sabedora por esse veículode comunicação de que o prédio daEscola Municipal 10-11-26 CarvalhoMourão foi considerado pela ComissãoParlamentar de Inquérito da Câmara Mu-nicipal em condições precárias de segu-rança para o alunado, solicito que façamuma visita às instalações da mesma parafins de comprovação da inverdade publi-cada.

Trata-se de uma pré-escola de trêspisos, com 12 salas de aula, um Núcleo dePsicomotricidade, um núcleo para alunosmongolóides, sendo a Unidade Escolarmuito bem equipada, limpa, em boascondições físicas e adaptada à clientela,graças à atuante participação da comuni-dade.

Aproveitamos para explicitar que aEscola Municipal Carvalho Mourão ficasituada à Praça Dom Justino, 177, naCidade Alta, em Cordovil, desejandoque fosse reformulada a imagem da Esco-Ia Carvalho Mourão junto à Câmara deVereadores e à imprensa. Dilza SantosMagiol, diretora da Escola CarvalhoMourão — Rio de Janeiro.

Há uma anedota, dos meus anos dejuventude, que é oportuno lembrar: Ja-cob rolava insone na cama, quando suamulher o interpelou das razões de tantainquietação. Jacob respondeu que tinhauma dívida que estava vencendo e nãohavia como pagá-la. Raquel, incontinen-ti, apesar da hora tardia, determinou quefosse imediatamente à casa do credor. Aolá chegarem acordaram Ibraim, a quemRaquel disse: viemos aqui lhe avisar quenão podemos pagar a nossa dívida. Aseguir pegou Jacob pelo braço e acrescen-tou: agora vamos voltar para casa quequem não dorme mais é o Ibraim.

Temos uma dívida externa de US$100 bilhões, que nos perturba, pois nãohá como pagá-la. A euforia das nossasautoridades por obter um superávit deUS$ 9 bilhões não se justifica pois não dásequer para pagar os juros, que atingemmais de US$ 12 bilhões. Em conseqüên-cia, esta dívida irá crescer indefinidamen-te, sendo de se prever que dobrará nospróximos cinco a 10 anos, enquanto anação caminha a passos largos para umacatástrofe, sob o sacrifício de tentar pagá-la.

A Alemanha, na década de 30, sob opeso de uma crescente dívida externaimposta pelos vencedores da guerra de1918, acabou enveredando-se por cami-nhos tortuosos, numa crise que propicioua ascensão de Hitler. Só para ilustrar,observo que mantendo o atual arrocho,

Humberto de Campos

O artigo de Josué Montello sob otítulo A volta de Humberto de Campos éum comentário brilhante a respeito dêHumberto de Campos. Apenas um enga-no: foi em 1912 e não 1916 que elechegou ao Rio para amassar o pão com obico da pena conforme declarou em umade suas crônicas. Naquele ano começou .a.trabalhar na redação do imparcial, deMacedo Soares, onde conheceu AlbertoTorres e José Veríssimo, destacados no-mes da intelectualidade brasileira.

Na página que dedicou à escritoraJúlia Lopes de Almeida, também estáassinalado o ano de 1912, quando trouxesua musa cabocla da selva amazônica,para mostrá-la, ingênua e nua, aos olhosda gente civilizada do Rio de Janeiro.

Trago na lembrança a visita que Josuéfez ao escritor Antonio Barbosa de Oli-veira, no bairro Anil, em São Luís, paracomunicar a decisão de viajar. Tal comòHumberto de Campos, veio amassar opão com o bico da pena e que assim sejaainda por muitos anos. José Aido deMourão Rangei — Rio de Janeiro.

As cartas serão selecionadas para publi-cação no todo ou em parte entre as quetiverem assinatura, nome completo e legí-vel e endereço que permita confirmaçãoprévia. ,

Correçoes

Relíquias ferroviáriasNo dia 6/6/84 visitei o Centro de

Preservação da História Ferroviária doRio de Janeiro, no Engenho de Dentro.O acervo é pobre, porém interessante.Posso dizer que gostei, principalmente deuma miniferrovia, totalmente automati-zada. Verdadeira obra artesanal. Os arte-sãos foram aos mínimos detalhes, colo-cando os logotipos do Ministério dosTransportes e da Rede Ferroviária nostrenzinhos. Esta miniatura como as de-mais — há muitas — foram feitas naspróprias oficinas da Rede Ferroviária, no

O JORNAL DO BRASIL errou aodizer que o soldo dos Almirantes-de-Esquadra, Generais-de-Exército e Tenen-tes-Brigadeiros passariam para Cr$ 4 mi.lhões 620 mil, a partir de julho, com oreajuste de 65% concedido aos servidores.O JB confundiu a fórmula de cálculo doreajuste, fazendo incidir o percentual de65% sobre os vencimentos dos militaresdaquelas patentes (Cr$ 2 milhões 800 mil)em vigor desde janeiro deste ano. Afórmula correta de cálculo é a incidênciado percentual de reajustes sobre o valordo soldo (Cr$ 635 mil 877). i

O JORNAL DO BRASIL errou, naedição de ontem, ao dar na primeirapágina o título Volta Redonda acendehoje fornos parados 120 horas. Durante aparalisação da Companhia SiderúrgicaNacional, os fornos, na realidade, nãochegaram a ser apagados.

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JORNAL DO BRASIL OPINIÃO terça-feira, 26/6/84 ? Io ce.derno ? lí

Mais Minas no campo de Maluf

Coisas da politica

Apesar do excesso

de confiança e dapostura trjunfaíista daequipe que vem traba-lhando, com inegávelcompetência, em prol dacandidatura Paulo Ma-luf, parlamentares deexpressão no Congres-so, entre eles alguns ma-lufistas, passaram a admitir que está ficando cada vezmais minado o campo em que avançava, soberana, acandidatura do ex-Governador de São Paulo.

Quando os aurelianistas, com as bênçãos doSenador José Sarney e com o apoio aparente dosandreazzistas, quiseram impor, há duas semanas, aconsulta prévia às bases do PDS, o Deputado PauloMaluf denunciou o "penúltimo casuísmo" que teria dederrubar, esclarecendo que o último seria, logo depois,a tentativa de seus opositores de regulamentar oColégio Eleitoral, de modo a prejudicá-lo. O cresci-mento. se não em número, pelo menos em grau,disposição e representatividade, da chamada frenteliberal e o encaminhamento de um acordo entre amaioria do PDS e as oposições para a votação daEmenda Figueiredo obrigaram os malufistas a umamanobra defensiva. Passaram a admitir a aprovação daprévia, na reunião do diretório nacional, marcada parao próximo dia 5, jogando na impossibilidade prática desua realização. De outro lado, se o parecer do relatorda Emenda Figueiredo deixa regulamentado o ColégioEleitoral, eliminando ainda o fantasma da "candidatu-ra avulsa", ficou fora do alcance dos malufistas ummandato maior, ou a possibilidade da reeleição depoisde um mandato de quatro anos.

A verdade é que, há 15 dias, os malufistasempedernidos afirmavam que a idéia da prévia morre-ria na executiva do partido, e apostavam no impasse emtorno da Emenda Figueiredo. Admitiam ter de enfren-tar Tancredo Neves no Colégio Eleitoral, emborapreferissem que o candidato das oposições fosse opresidente do PMDB, Ulysses Guimarães. Num ounoutro caso, a candidatura única das oposições erabem-vinda (e ainda é), por dar maior representativida-de ao pleito indireto.

Na próxima sexta-feira, em Montes Claros, nareunião da Sudene, estarão presentes seis governadoresdo PDS (três dos quais andreazzistas) que assinaram odocumento em defesa das prévias. Lá estará o Gover-

¦ nador Tancredo Neves, ainda não formalmente lança-do candidato à Presidência pelas oposições, mas quecertamente será objeto de uma manifestação política,na linha do antimalufismo.

Mas a grande manifestação da frente liberal está

prevista para o dia da reunião do diretório nacional. Éo lançamento de uma "proclamação à Nação" que,mesmo sem levar em conta a realização ou não de umaprévia em que pouca gente acredita, vai reafirmar que aconvenção é "suspeita de vícios insanáveis".

Os malufistas procuram diminuir a importância dodocumento a favor das prévias e do rompimento dafrente com o PDS oficial. Alegam que, dos 61 eleitoresdo futuro Presidente, signatários do documento, mui-tos acabarão por preferir o "caminho seguro do filhopródigo", quando tiverem de escolher entre votar nocandidato do PDS — Maluf que seja—ou "submergir"numa frente ampla oposicionista, cujo futuro a Deuspertence. E não deixam de lembrar, como o DeputadoÉdison Lobão (PDS-MA), que

"assim como Tancredoatrai votos do nosso lado, nós também temos apoio depemedebistas, apoio que será revelado na hora certa"(os maiufistas apregoam ter entre 30 e 45 oposicionistascompromissados com o seu candidato).

Signatários expressivos do manifesto "liberal",como o Deputado Thales Ramalho (PDS-PE), assegu-ram, no entanto, que os que assinaram o documentonão têm "caminho de volta", e que o movimento seprepara para passar ao largo da convenção, certo deque o consenso antimalufista acabará sendo solenizado,em torno de Tancredo Neves, ou até em torno de umoutro nome. Outros signatários citam o Senador MarcoMaciel para mostrar que a frente liberal é para valer. OSenador pernambucano era, até então, considerado umlíder político indeciso, muito mais afeito à concórdia doque à discórdia. No entanto, assumiu uma liderança tãocontestadora na dissidência pedessista que não hárecomposição possível, pelo menos na situação em quese encontra hoje posta a candidatura Maluf.

O revide malufista é tão imediato quanto media-tos são considerados os objetivos de Aureliano Chavese Marco Maciel, políticos ainda moços, que estariamplantando agora para colher depois. Raciocinam osmalufistas, com o pragmatismo que os caracteriza, que,se o nome de Tancredo Neves tem aceitação geral,como "pessoa física", é um nome problemático para oregime, se considerado como "pessoa

jurídica" . Noseu entender, a maioria dos componentes da frenteliberal vai acabar entendendo que, na frente ampla dasoposições, teriam de procurar um lugar modesto."Num

governo em que o Ministro da Justiça seria umUlysses Guimarães e o do Trabalho provavelmente oLula — argumentam deputados malufistas — ondeficariam Aureliano Chaves, Marco Maciel e seus segui-dores?"

LUIZ ORLANDO CARNEIRODiretor do JORNAL DO BRASIL em Brasília

A Europa surpreende 1984

EM meio ao ano orwelliano, as eleições para o

Parlamento Europeu subvertem as velhas previ-sões quanto à conformada entrega da matriz do Oci-dente a uma ideologia ditatorial e sem retorno.

A renovação da Assembléia de Estrasburgo servede prévia para a tendência do processo político maiscapaz de modelar o futuro da democracia. A ameaça dototalitarismo aí está desnudada e frontal. Mas, àdireita. É o que revelam os 11% dos sufrágios outorga-dos a Jean Marie Le Pen pelo eleitorado francês,oferecendo uma opção mais que ultraconservadora aque não estava habituada a Europa, desde a emergên-cia Nacional-Socialista.

O chefe do movimento, aliás, não se perde pelasmeias palavras ao se manifestar sobre o horror dodesfecho do Terceiro Reich: "Afinal, há tantos genocí-dios no nosso tempo...". O avanço deste radicalismo naFrança contrastava com a comoção cívica da Itália naesteira do enterro de Enrico Berlinguer, e do votosubseqüente que levou o Partido Comunista Italiano ase constituir como primeira força política do país peloresultado de 17 de junho.

Foi unânime a análise crítica européia em debitaro sucesso à resposta emocional e post-mortem àpregação do aristocrata sardo, exaurido literalmente nadefesa do eurocomunismo. Está-se aí no oposto daspredições orwellianas do meio século. E vai-se guardaro último flash do nobre italiano, amparado na descidado palanque, despedindo-nos de uma das faces maisdominadas pela crispação do espírito do nosso tempo.Ou da voz, seca e justíssima, a proclamar que "é omesmo o combate de Dantzig ou de Turim". Ou arepetir o quanto "os modelos do leste Europeu perde-ram toda a força propulsiva". Ou a exprimir o seuceticismo "de

que venha a brotar daí o novo para osocialismo do nosso tempo".

A mensagem de Berlinguer, muito mais do queuifia estratégia de revitalização do Partido, é vista hojecomo um empenho, a largo prazo, de real procura deuma alternativa de esquerda democrática, para cons-trução de uma "idéia de Europa". Os pontos de partidajá estavam claros no famoso Congresso do P.C.I., darutura com o alinhamento do monólito partidáriointernacional, em março de 81. E é nesse caminho queparece se situar a "Europa

prospectiva" que as eleiçõesdo domingo 17 desenharam sobre os rumos de suaspolíticas nacionais imediatas. Mais que o valor de"prévias" sobre o destino dos governos de Paris,Londres ou Bonn, o que surge aí é uma convergênciasobre os valores em que este eleitorado, à margem das

determinações partidárias, vê o ideal político ocidentala cruzar o milênio.

Aí se manifestaram, claro, as expressões de desa-fogo à usura de todo situacionismo: são os clássicosvotos pendulares, tão anti-Thatcher quanto anti-Mitterrand. Praticamente se igualaram os coeficientesde aumento de preferência eleitoral do Labour, quantodo descenso do Socialismo instalado nos CamposElíseos. O que conta, sobretudo, é a clara superação dovoto ideológico. E é ela que convalida profundamenteum novo centro político europeu, a buscar as soluçõespara a sua problemática de largo prazo, por fora dasidiossincrasias ditadas pelas fronteiras políticas nacio-nais mais fundas do nosso tempo.

Nunca foi tão baixa a votação do Partido Comu-nista Francês, refratária contumaz à "idéia européia".Nunca a extrema direita dessolidarizou-se tão brutal-mente do centro anti-socialista, representado pelaplataforma de Simone Veil, beneficiária mais expressi-va do pleito, em termos absolutos.

Ficaram isoladas, na nova pregação dos "ultras"franceses, a defesa da pena de morte, a tolerância coma "tortura módica" para os crimes políticos e comuns,e, sobretudo, a volta do racismo como determinanteeleitoral. Le Pen se transformou no defensor do cordãosanitário político contra todo tipo de imigração.

Já se disse que o centro se consolida de vez quandoa extrema direita veste, estridente, todas as suas cores.E é o que o 17 de junho pode demonstrar a partir dosvalores políticos e das prioridades de ação governamen-tal que identificaram. Os socialistas e as forças em quereagrupou o antigo giscardismo se somam quanto ànecessidade de manutenção de um poder de comprados franceses, frente à alternativa de uma maior cargatributária, mesmo à troca de melhores serviços sociais.Não discrepam quanto à urgência da política de comba-te ao desemprego. E também rejeitam, sem diferençassensíveis, o aumento das responsabilidades de umEstado-empresário. Sobretudo, as chapas Jospin (so-cialista) e Veil (aliando as forças de Giscard e Chirac)colocam como primeiro valor para a plataforma doParlamento Europeu a defesa de em estatuto deliberdades públicas. Mostram por aí mesmo o quantoquerem um Estado a serviço da diferenciação, base dademocracia pluralista do nosso tempo. E conhecem osatalhos tentadores da utopia igualitária que remete,sem meia volta, à hegemonia do "Big Brother".

CÂNDIDO MENDESPresidente do Conselho Internacional de Ciências Sociais da UNESCO

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Mestre Andrade Muricy

Afigura pequena, de passo leve, fala suave, nãonos deixava sentir, ao primeiro contacto, a

energia que lhe animava o corpo franzino. Entretan-to. no momento de expender suas opiniões e convic-ções, essa mesma figura repentinamente deixava vira lume a vivacidade polêmica de seu temperamento.

Assim era o meu velho amigo Andrade Muricy,companheiro das primeiras horas de Conselho Fede-ral de Cultura, e que saiu da vida há poucos diascomo se se retirasse deste mundo pisando cie leve,sem ruído, suavemente.

De início, esta palavra — suave — era a quemelhor se ajustava à sua figura física e ao seuconvívio. Talvez por isso mesmo, e apenas porimpulso e derivação natural, chamou de O SuaveConvívio o seu primeiro livro, publicado em plenaefervescência da rebelião modernista de 1922.

Assim, à reação dos poetas e prosadores devanguarda, que recolhiam o protesto europeu dosanos 20, Andrade Muricy contrapunha outro modode ser. apresentando-se nas letras como críticopolido e ameno, para nos falar sobre livros e autoresde seu agrado, no tom impressionista da críticafrancesa de Jules Lemaitre e de Anatole France.

Convém acentuar que, paralelamente à rebe-lião modernista, outra se processou, no Brasil, semalaridos ou matinadas, contrapondo-se à arte literá-ria que vinha do parnasianismo e do naturalismo doSéculo XIX e ainda permanecia em vigor no primei-ro quartel do Século XX.

Essa reação vinha do simbolismo — não admiti-do à Academia Brasileira, na hora de sua fundação.Correspondia a uma nova forma e a um novocabedal de idéias — quer no plano estético, quer noplano das idéias sociais e políticas — de queemergiriam algumas posições novas no plano dacultura nacional, tão significativas quanto as quesairiam do modernismo, na fase em que passou dacontestação para a construção. Basta citar a posiçãoassumida por um grupo de jovens em face da Igreja,sob a liderança de Jackson de Figueiredo.

Mais adiante, os dois movimentos de renovaçãocultural terminariam por encontrar-se, e é então queAndrade Muricy vai lançar outro livro de capitalimportância, A nova literatura brasileira, publicadoem 1936, pela Livraria do Globo, em Porto Alegre.

Este novo livro de Andrade Muricy tem capitalimportância, do ponto de vista da história literáriabrasileira: é nele que se fundem, quase harmoniza-das, as diversas tendências rebeldes dos anos 20, detal modo que a insurreição de Jackson de Figueiredoe a de Graça Aranha, freqüentemente opostas eindissociáveis, fazem parte do mesmo todo, noprocesso de renovação das letras nacionais.

A despeito de ser uma antologia, acompanhadade comentários críticos, e precedida de um pequenoestudo abrangendo aspectos fundamentais das duasinsurreições, o livro de Andrade Muricy tinha sobre-tudo o mérito da compreensão histórica, sabendodiscernir superiormente a unidade essencial na di-versidade ostensiva.

O Agripino Grieco de Caçadores de Símbolos,na hora em que surgem Pereira da Silva, Tasso daSilveira, Ronald de Carvalho, Luís Carlos, TeoFilho, comparte com Andrade Muricy a críticaconstrutiva da insurreição que estes nomes represen-

tavam — depois de ter sido o crítico panfletário deFetiches e Fantoches. A este livro, publicado em1922, não se tem dado a devida importância, noprocesso de denúncia e superação da geração que oModernismo, nesse mesmo ano, iria veementemeivte contestar. Devemos considerá-lo como documen-to de capital importância.

Não exagerarei em reconhecer aqui, para sinte-tizar a significação excepcional da obra de AndradeMuricy, no panorama geral da cultura brasileira,que não poderemos recompor esse panorama, nosseus subsídios básicos, sem recorrer à contribuiçãodo mestre paranaense.

Ao longo da vida, Andrade Muricy recolheupacientemente, diligentemente, as achegas funda-'mentais para o seu Panorama do movimento simbo-lista brasileiro, obra que publicaria em 1952, peloInstituto Nacional do Livro, em três volumes, comrevisão crítica e organização bibliográfica de Aurélio.Buarque de Holanda.

Parecendo um movimento episódico, no qual sedestacavam as duas figuras cimeiras de Cruz e Souzae Alphonsus de Guimarães, o simbolismo assumiu,com surpresa, para os historiadores de nossacultura, as proporções nacionais de um dos maisimportantes núcleos de elaboração literária do país.

Essa surpresa decorreu sobretudo da circuns-tância de que ainda não tínhamos — como ainda nãotemos — o levantamento completo dos movimentosculturais das diversas regiões brasileiras. Perguntoaqui se não seria o caso de a Secretaria de Culturado Ministério da Educação, superiormente dirigidapor Marcos Vinícius Vilaça, chamar a si esse levan-tamento, com a contribuição de cada Estado, demodo que daíresultasse o acervo de informaçõescapaz de ampliar significativamente a história doromantismo, do naturalismo, do realismo, do mo-dernismo. com vistas à história completa da culturaliterária do Brasil.

Andrade Muricy deu-nos a prova de que hámuita coisa esquecida, como se cada província,sobretudo nas regiões mais distantes, continuasse aser o cemitério de aldeia onde dormem, ignorados,os poetas e prosadores que lá viveram, sem direito aum nome e a um julgamento nacional.

Muricy não se limitou a ser o crítico e ohistoriador literário, numa longa e contínua militán-cia. Foi também o admirável crítico da músicabrasileira —compreensivo, combativo, competente— com uma vasta obra dispersa em jornais e revistase a que têm de recorrer os historiadores do futuropara recompor os caminhos de nossos mais impor-tantes compositores.

Um dia, no Conselho Federal de Cultura,perguntei-lhe por que não reunia essa outra parte desua militância crítica.

E Muricy, já passados os oitenta anos:— Cadê tempo?O tempo virá aos que vieram depois. E o que se

faz preciso, com a maior urgência, é recolher oarquivo desse mestre e companheiro, em cujosguardados há matérias para o trabalho e o gosto deuma geração.

JOSUÉ MONTELLO

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18 ? 1° caderno ? terça-feira, 26/6/84 INTERNACIONAL

EUA acreditam ser iminente

ofensiva iraniana no Iraque

JORNAL DO BRASIL

Teólogos

criticam

Vaticano

o

Washington e Bagdá — O Secretáriocia Defesa dos Estados Unidos, CasparWeinberger, disse ontem que o Irã está naiminência de iniciar sua aguardada ofensivaterrestre contra o Iraque e advertiu queesta pode tomar-se uma das mais terríveisbatalhas de infantaria desde o fim daPrimeira Guerra Mundial.

Depois de lembrar que há aproximada-mente 5(K) mil homens de cada lado dafronteira à espera da hora do confronto,Weinberger declarou:

— Não vejo nenhum sinal de que aguerra esteja perto de acabar. E receio quea ofensiva que se aproxima vá incluir

grande quantidade de crianças, como asusadas entre os guardas revolucionários doIrã.

RespostaO Governo do Iraque advertiu quesuas forças, que atingiram domingo com

um míssil Exocet (fato confirmado porfontes independentes) o superpetroleirogrego Alexandre, o Grande, destruirão oterminal iraniano de óleo na ilha de Khargse Teerã iniciar sua anunciada ofensiva.

O Iraque acusou ainda o Irã de violar,pela quarta vez, o acordo ajustado no dia12 para que ambos os lados se abstivessemde atacar objetivos civis. Segundo Bagdá, o

Exército iraniano realizou pesado bombar-deio a bairros residenciais da cidade deBasora, a segunda do Iraque.

O Emir do Kuwait, Xeque Jabar AlAhmed, fez ontem um apelo ao Irã paraque cesse a guerra com o Iraque, emmensagem divulgada durante as comemo-rações religiosas do Ramadan, em trans-missão pelo rádio e a televisão para todo opaís.— Erguemos uma prece a Alá paraque ele guie as decisões do Irã e para queos governantes de Teerã levem em conside-ração as iniciativas de paz apresentadas porvários poderes, governos e entidades inter-nacionais — disse Jabar Al Ahmed.

Navios são alvo fácil no GolfoBahrain — Nos últimos quatro meses,

a crer nos comunicados divulgados pelo Irãe pelo Iraque, cerca de 40 navios, princi-palmente petroleiros, foram atingidos porataques aéreos realizados no golfo Pérsico.

Os casos mais graves, entre os real-mente confirmados por fontes independen-tes, são relacionados abaixo, com dadosrelativos à sua tonelagem, carga máximaou tamanho dos navios.

27 de março: Filikon L, grego, 85 miltdw, carregando 72 mil toneladas de óleodo Kuwait; navio de suprimentos sul-coreano atingido e afundado no mesmodia;

18 de abril: Rover Star, panamenho, 25mil 500 toneladas, cargueiro atingido pelaaviação iraquiana;

25 de abril: Safina Al-Arab, saudita,357 mil tdw, petroleiro, atingido pelosiraquianos depois de carregar 340 mil tone-ladas de óleo iraniano na ilha de Kharg;

7 de maio: AI-Ahood, saudita, 118 mil

tdw, petroleiro atingido pelos iraquianosdepois de carregar 140 mil toneladas deóleo na ilha de Kharg;

13 de maio: Tabriz, iraniano, 69 miltdw, petroleiro atingido pelos iraquianosquando a caminho da ilha de Kharg;

13 de maio: Umm Casbah, kuwaitiano,80 mil tdw, petroleiro atingido provável-mente pelos iranianos quando a caminhoda Grã-Bretanha para o Kuwait carregan-do óleo combustível;

13 de maio: Esperanza, bandeira pana-menha, 62 mil tdw, petroleiro atingidopelos iraquianos quando se dirigia para ailha de Kharg;

14 de maio: Bahrah, kuwaitiano, 30 miltdw, atingido provavelmente pelos irania-nos quando a caminho do Kuwait;

16 de maio: Yanbu Pride, saudita, 215mil tdw, petroleiro atingido provavelmentepelos iranianos depois de carregar no Ku-wait 128 mil toneladas de óleo;

19 de maio: Fidelity, bandeira paname-nha, 17 mil tdw, cargueiro atingido pelosiranianos quando levava aço da Espanhapara o porto iraniano de Bandar Kho-meiny;

24 de maio: Chemical Venture, bandei-ra liberiana, 30 mil tdw, petroleiro atingidopor bombardeio atribuído áos iranianosdepois de carregar no Kuwait;... ma'°; Savoy Dean, bandeiraliberiana, 19 mil toneladas, graneleiro atin-gido pelos iraquianos;

3 de junho: Buyuk Hun, turco, 153 miltdw, petroleiro atingido pelos iraquianosquando se dirigia para a ilha de Kharg;

10 de junho: Kazimah, juwaitiano, 295mil tdw, atingido por bombardeio atribuí-do aos iranianos quando se aproximava doKuwait;24 de junho: Alexandre, o Grande,

grego, 330 mil tdw, petroleiro atingido pormíssil iraquiano depois de carregar óleo nailha de Kharg.

Novo comandante assume posto

no Líbano e enfrenta OposiçãoRolrilto \T/-» nnmnl./. .'.lil • -M»Beirute — No primeiro passo para areunificação e reforma do Exército do

Líbano, tomou posse ontem no Alto Co-mando Militar o General Michel Aoun,que atuará junto com um Conselho Militarde seis membros, representando as confis-sões religiosas do país. A primeira missãode Aoun (cristão maronita de 49 anos) seráfazer cumprir o plano de segurança deBeirute, ao qual se opõe a poderosa milíciados cristãos direitistas.

O desafio que aguarda o novo coman-dante foi ressaltado pela continuação doscombates entre as forças cristãs e muçul-manas nos subúrbios ao Sul de Beirute enas montanhas próximas, embora a polícianão tenha registrado nenhuma baixa. Arádio dos cristãos informou que os milicia-nos drusos bombardearam a cidade deSouq Al-Gharb, nas montanhas e que nos

últimos meses vinha sendo defendida porunidades do Exército sob a chefia deAoun.

Diretrizes

Na cerimônia de transmissão do cargo,em substituição ao General Ibrahim Tan-nus, no Ministério da Defesa, Aoun pro-meteu seguir as diretrizes do PresidenteAmin Gemayel (cristão maronita). Afir-mou aos oficiais que eles devem ser "solda-dos de uma nação, para não perder aidentidade".

Segundo o acordo obtido no sábadopelo Governo de união nacional do Primei-ro-Ministro Rashid Karame (muçulmanosunita), Aoun, embora sem os extensospoderes de seu antecessor, presidirá oConselho Militar e tentará reunificar asunidades do Exército, fracionado em gru-

pos confessionais desde que, em setembrodo ano passado, as milícias político-religiosas rivais entraram em choque emBeirute.O plano de segurança prevê que osintegrantes cristãos da 6* Brigada se reuni-rão a seus camaradas muçulmanos emBeirute Ocidental (setor muçulmano), en-

quanto os soldados muçulmanos retorna-rão a suas unidades, primordialmente cris-tás, que no momento estão lutando emBeirute Oriental junto às milícias cristãs dedireita.Depois de reunificado, o Exército assu-mirá o controle da Capital e confiscará dos

grupos rivais seus armamentos pesados. OExército deverá também abolir a linhaverde que separa os dois setores de Beirutee reabrir o aeroporto internacional e oporto, fechados desde que a guerra deBeirute se intensificou, em fevereiro.

Xiitas libertam diplomata líbioBeirute 7~ Milicianos xiitas do grupoAmai invadiram ontem o local em queoutros xiitas extremistas mantinham presoo diplomata líbio seqüestrado em Beiruteno sábado, Mohammed Moughraby, e olibertaram. O líder xiita e Ministro daJustiça, Nabi Berri, ordenou pessoalmenteaos milicianos da Amai que libertassem odiplomata, informou um porta-voz da policia libanesa.

O grupo da Amai descobriu o lugar(nos subúrbios ao sul de Beirute) em queMoughraby estava preso e libertou o diplo-mata depois de trocar tiros com seus se-qüestradores.— Alguns combatentes dos dois ladosficaram feridos, mas o diplomata líbio nadasofreu. Ele foi escoltado para fora deBeirute e levado para a Síria — acrescen-tou o porta-voz da polícia.

Operário na China que

produz mais ganha mais

Pequim — A partir do segundo semes-tre, as indústrias estatais da China tambémpagarão prêmios por produtividade a seusoperários, seguindo o sistema já adotadonas cooperativas rurais. A medida estavaprevista nas reformas anunciadas no mêspassado pelo Primeiro-Ministro ZhaoZiyang, que aproximam do estilo capitalis-ta o sistema de administração das empresaschinesas.

Xu Hongkun, vice-presidente da Side-rúrgica Shoudu, afirmou que já passou otempo em que a remuneração deveria serigual para todos os trabalhadores, indepen-dente do que produzissem — sistema quevigorava sob Mao Tsé-tung. A reformacomeçou na área rural no final da décadapassada, com o Governo do pragmáticoDeng Xiaoping.

Depois das vacilações dos primeirosmomentos, grande parte das cooperativas

começou a apresentar lucros e seus mem-bros têm agora uma boa poupança, já quetêm sua própria gleba de terra demarcada erecebem de acordo com sua produção.Quando o sistema começou a ser apli-cado nas indústrias, houve erros de inter-

pretaçáo por parte dos gerentes e a maioriadistribuía os lucros como complementosalarial de todos os trabalhadores, inde-pendentemente da produção que tinhamapresentado. A saída encontrada foi buscarnovos gerentes, com formação mais atuali-zada, capazes de fazer cumprir as novasnormas.

Neste período experimental, duas em-presas estatais se destacaram: a TecelagemSichuan pagou dividendos a 98% de seus 5mil 330 operários, e a Siderúrgica Shoudupraticamente dobrou a remuneração detodos os seus funcionários.

O grupo militante xiita Brigadas Mussaal Sadr, em telefonemas aos jornais deBeirute, assumira a responsabilidade peloseqüestro. O grupo tem como patrono oimã (líder religioso) Mussa Al Sadr, guiaespiritual dos xiitas libaneses que desapare-ceu há cinco anos, ao visitar a Líbia. OGoverno líbio é acusado de responsávelpelo seu desaparecimento.

Justiça obriga

TV de Israel a

divulgar pleito

Tel Aviv - A Corte Suprema de Israelordenou aos jornalistas de rádio e televisãoem greve por melhores salários que inter-rompam a paralisação a fim de divulgarpropaganda dos Partidos políticos para a.eleição geral do dia 23 de julho. A propa-ganda deveria ter começado na noite dedomingo, mas a greve não permitiu.Os organizadores das campanhas parti-"árias receberam com alívio a decisão daJustiça, alegando que a falta de propagan-da poderia influenciar o resultado daeleição.

As pesquisas de opinião vêm demons-trando que um grande número de israelen-ses aproximadamente 34% — ainda nãoescolheram seus candidatos. A última pes-quisa, divulgada pelo jornal Yediot Ahro-not, revelou que o Partido Trabalhista(Oposição) conquistaria 54 cadeiras naKnesset (Parlamento), contra 39 para oLikud (de um total de 120 cadeiras).

Washington — Um grupo deinfluentes teólogos católicos,entre eles os dissidentes HansKüng (alemão) e Edward Schi-lebeeckx (holandês), publicouuma declaração na revista Con-cilium, editada na AlemanhaOcidental mas de circulação in-ternacional, criticando a cam-panha crescente do Vaticanocontra ós seguidores da Teolo-gia da Libertação e dos movi-mentos de justiça social nosEstados Unidos.

A declaração, de duas pági-nas, foi aprovada na reunião deNijmegen, Holanda, e contémtambém um "forte e vigorosoprotesto" contra os ataques afeministas e liberais da Igreja."Pessoas dentro da Igreja sãodifamadas, suspeitas de infide-lidade e acusadas de substituiro Evangelho por ideologias sobinfluência do marxismo", afir-mam os teólogos.POBRES E OPRIMIDOS

Diz ainda a declaração, arespeito dos porta-vozes doVaticano: "Resistindo a todasas mudanças sociais e reafir-mando que a religião nada tema ver com política, eles lutamcontra os movimentos de liber-tação e escolhem alternativasque constituem uma ofensa aospobres e oprimidos."

Tensões dentro da Igreja,principalmente entre a hierar-quia e os teólogos, surgiramquando João Paulo II assumiuo Papado no final de 1978 eagiu no sentido de estabelecersua própria política, vista comouma mistura de conservadoris-mo teológico e compaixão so-ciai, dentro da Igreja.

Em particular, sua indicaçãodo Cardeal Josef Ratzinger co-mo diretor da Sagrada Congre-gação Para a Doutrina da Fé,principal guardião do Vaticanono que se relaciona à ortodo-xtà, tem alimentado as diver-gências. Nos últimos mesesRatzinger criticou publicamen-te a Teologia da Libertação,em particular a idéia de queCristo inspira uma liberação dapobreza e da opressão políticae de que os católicos devemtrabalhar pela emancipação po-lítica ao mesmo tempo em quetrabalham pela libertação dopecado.FORÇA DE LIGAÇÃO

A Teologia da Libertaçãosurgiu na América Latina, masse expandiu a círculos católicosromanos e até protestantes emoutras partes do mundo. Atual-mente é muito influente nosEstados Unidos, particular-mente entre os envolvidos nosmovimentos de justiça social —entre mulheres pobres em ge-ral. A Teologia da Libertação'tem sido uma força de ligaçãoentre igrejas locais e movimen-tos às vezes revolucionárioscontra regimes opressivos.

O cardeal Josef Ratzingertem sido especialmente críticoao uso da análise marxista poralguns teólogos e padres comoparte de sua teologia. Os teólo-gos do grupo Concilium, repe-lindo as declarações de Ratzin-ger, declaram que estão "soli-dários com esses novos movi-mentos, com as igrejas locaisligadas a eles e com todos osteólogos da libertação, tanto osda igreja católica como os deoutras igrejas cristãs".

Nova manifestação na

França acaba em lutaParis — A polícia parisiense prendeu on-tem de madrugada 54 manifestantes direitistas

que se separaram da manifestação que reuniumais de 1 milhão de parisienses domingo naPraça da Bastilha e voltaram a fazer novamanifestação, desta vez no Quartier Latin, dooutro lado do Sena, bloqueando o trânsitocom barricadas em chamas e quebrando vidra-ças e cabinas telefônicas.

Os manifestantes jogaram garrafas e pe-dras na polícia, que reagiu disparando bombasde gás lacrimogêneo. A polícia informou que12 de seus homens ficaram feridos. Não houveinformação a respeito de feridos entre osmanifestantes.

Ensino privadoA passeata de domingo se realizou emordem e tinha como objetivo protestar contraa decisão do Governo de aumentar o controlesobre a rede de ensino privado. Um único e

pequeno incidente se realizara com o choqueentre polícia e uma centena de estudantes quetrataram de bloquear a avenida dos ChampsElysées: houve 20 prisões. O líder da FrenteNacional, de extrema-direita, Jean-Marie lePen, eleito no domingo anterior para o Parla-mento Europeu, tentou, sem sucesso, organi-zar uma manifestação em separado, incitandouma marcha sobre o Palácio do Governo.O cantor Yves Montand, que ultimamentevem sustentando uma amarga polêmica ideo-lógica com o Partido Comunista Francês, disse

numa entrevista a revista alemã ocidental Derapiegel (O espelho) que o Ocidente deveriasuspender todo comércio com a União Soviéti-ca e acusou os capitalistas ocidentais de sereminconseqüentes.Montand, que continua a se considerar umhomem de esquerda, apesar de sua polêmicacom o Partido Comunista, disse que não seimporta de ser chamado de falcão. Afirmou

que numa eleição presidencial disputada peloprefeito de Paris, Jacques Chirac, de centro-direita, e o secretário-geral do PCF, GeoreesMarchais, votaria em Chirac:— Sob a Presidência de Chirac, o PartidoComunista Francês poderia continuar expres-sando livremente sua opinião. Ao contrário, seMarchais chegasse ao poder, Chirac acabaria.

Le Pen, folcloreNa sua entrevista, Montand minimizou aimportância do êxito da extrema-direita fran-cesa na eleição da semana anterior para oParlamento Europeu (a Frente Nacional, deJean-Marie le Pen, subiu de 1,3% na eleiçãoanterior, em 1979, para 10,5%, enquanto oPCF baixou de 20,6% para 11,2%).

. Le Pen não passa de folclore, mas istonao quer dizer que não se deva estar atento.As pessoas que vivem em condições difíceistratam de lançar a culpa nos trabalhadoresestrangeiros, e sempre há gente que se apro-veita desta situação.

DC se reabilita com

eleições na SardenhaRoma — Os resultados das eleições para o

governo regional da Ilha da Sardenha e para88 conselhos comunais de toda a Itália atenua-ram ontem a derrota sofrida, há uma semana,pela democracia cristã, quando se votou emtodo país para o Parlamento Europeu. NaSardenha, a afirmação da democracia cristã,que há uma semana foi superada pelo PartidoComunista, foi festejada por seus dirigentescomo uma autêntica revanche.

— Registrou-se, de fato, um inversão detendência, que nos recolocou como primeiropartido da ilha — comentou o presidente dademocracia cristã, Flaminio Piccoli. Para ele eoutros dirigentes do velho partido de governo,o fato de a DC ter perdido mais de cincopontos percentuais no confronto com os resul-tados das análogas e precedentes regionais de1979 foi insignificante. Isto porque o maisimportante seria o confronto do voto de ontemcom o da semana passada, que tinha projetadoo Partido Comunista como primeiro partido daSardenha e de todo o país.

Grande vitoriosoO mesmo comentário e a mesma satisfaçãoforam manifestados pelos outros quatro parti-das que integram a coalizão de governo:socialista, republicano, liberal e social-democrata, que ontem voltaram á se sentirreabilitados pelos votos de um milhão e nove-centos eleitores da Sardenha e de outras

pequenas cidades italianas (que no todo cor-respondem a menos de 2% do eleitoradonacional). Mesmo tendo perdido votos e forçade representação nos conselhos regionais daSardenha e de outras cidades, todos elespreferiram destacar e comemorar a melhoria

registrada ontem em relação às eleições deuma semana atrás.O que ninguém contesta é que o grandevitorioso da eleição de ontem, na Sardenha,foi o Partido Sardo de Ação, um velho e

pequeno grupo regional, que se bate pelaconstituição da república dos sardos, distinta eautônoma da República Italiana, que ontempassou a ser — também no plano regional — aterceira força política da ilha, superando oPartido Socialista. Ontem, o Partido Sardo deAção obteve 13%, dos votos, melhorando emmais de dez pontos percentuais sua votaçãonas regionais de 1979 (3,3%); de quatro pon-tos a votação que alcançou nas eleições políti-cas de 1983 (9,%) e de um ponto o resultadodas eleições de uma semana para o ParlamentoEuropeu (12,7%).

Nas eleições regionais e comunais de do-mingo, o effetto berünguer, provocado pelamorte do secretário do PCI, não beneficiou oscomunistas. Na Sardenha, o PCI melhorou suaposição no Conselho Regional, ampliando suavotação (dos 26,2% que tiveram em 1979passaram aos 28,6%, mas perdeu em relaçãoàs eleições para o Parlamento Europeu dasemana passada, quando obtiveram 32,3% dosvotos sardos, e bem menos em relação àseleições nacionais de 1983, em que alcançaram28,8%. Por isso, a única e discreta euforiaexpressa ontem à noite pelos comentários dedirigentes do PCI baseou-se, exclusivamente,no fato de que, no novo pequeno parlamentosardo, eles terão três ou quatro conselheiros amais, enquanto a democracia cristã perderá dequatro a cinco, o Partido Socialista um, erepublicanos e liberais, juntos, menos dois.

ARAÚJO NE7TO

Sucessor de Berlinguer sai hoje

DAVID ANDERSONUPI

| IjlMMJJ II .11 J| njllMjjJraffgSBtCOHOMICA HHil'ffl II I I I I I 1 Companhia Siderúrgica Vainá30CIEDAOÇ DE CAPITAL A6UTTO 'CGC 30 141371/000( 1]

AVISOTOMADA DE PREÇOS N° 09/84

¦ A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL — Filial do Riode Janeiro, realizará licitação no d,a 09 de julho de1984, às 11.00 (onze) horas, para fornecimentode móveis de madeira e estofados para a CAIXAECONOMICA FEDERAL - Filial do Rio de Ja-neiro.Os interessados poderão obter o EDITAL e ou-tros esclarecimentos na Comissão Permanentede Licitações — CPL/RJ, no horário de 10 00 às16,00 horas no 24° andar do Edif icio-Sede na AvRio Branco n° 174 - Centro - Rio de Janeiro.OS EDITAIS poderão ser retirados até o dia 02 dejulho de 1984.Patrimônio Líquido Contábil ©xigido15 000.000,00 (quinze milhões)

Cr$(P

O FORTE DA CAIXA É VOCÊ

AVISO AOS ACIONISTASAcham-se a disposição dos Senhores Acionistas, nos lo-cais abaixo indicados, as bonificações aprovadas pelaA.G.0./E. de 27 de abril de 1984.

LOCAIS E HORÁRIOS DE ATENDIMENTOBairro Porto

Cidade

MATRIZ: Av. Gabriel Passos, 102 -Velho - Divinópolis - MG.

FILIAIS: Rua Jonas Barcelos Corrêa, 1340Industrial - Contagem - MG.Av. Rio Branco, 37 - Gr. 1203 - Rio HeJaneiro - RJ.

HORÁRIO: De 09:00 hs.às 17:00 hs.

OBSERVAÇÃO: Os Senhores Acionistas deverão com-parecer nos endereços acima, apresentando as cautelas em seu poder para oexercício do direito à bonificação.

Divinópolis, 31 de maio de 1984A DIRETORIA

às 11:00 hs e das 14:00 hs

Superdose matouJoão Paulo I

Roma — O Papa João PauloI morreu de colapso cardíaco,provocado por uma dose exces-siva de calmante. Esta versãofoi publicada ontem pela im-prensa italiana e atribuída aoteólogo Guivanni Gennari, quedisse tê-la ouvido "de uma fon-te segura .

Esta tese já tinha sido des-mentida pelo médico particularde João Paulo I, Professor Cio-vanni Rama, que, na ocasiãoda morte do Pontífice — emsetembro de 1978 —, afirmouque seu paciente era prudentee quase sempre tomava dosesinferiores às prescritas.A versão agora ressuscitadapelo Professor Gennari é umatentativa de esvaziar o livro doescritor inglês David Yallopque, em seu livro Em Nome deDeus, afirma que João Paulo Ifoi envenenado porque preten-dia "fazer uma limpeza" noVaticano.

Gennari admite que haviadivergências enlre o Papa eseus assessores e relata assimsuas últimas horas: no fim danoite do dia 29, João Paulo 1reuniu-se cpm seu Secretáriode Estado, o cardeal francêsJean Villot, e comunicou-lheque iria substituí-lo pelo Car-deal Giovanni Benelli. Villot seopôs a essa e outras mudançaspropostas e o Papa foi dormir.No dia seguinte, foi encontradomorto em sua cama.

Segando Gennari, João Pau-Io náo conseguiu conciliar osono e telefonou a seu médico,que estava em Veneza. Depois,tomou o calmante e errou nadose, o que lhe provocou ocolapso.

Roma — O Partido Comunista Italianoelege hoje o secretário-geral que substituiráEnrico Berünguer, que morreu dia II, emPádua. Uma prévia realizada entre os 239eleitores indica uma preferência para Alessan-dro Natta, velho amigo e colaborador dofalecido dirigente.

A morte repentina de Berünguer deixou oPCI sem um nome indicado previamente paraa sucessão, o que ocorre pela primeira vez emsua história. Por esta razão, analistas da políti-ca italiana acreditam que Natta, com 66 anos,seja uma solução de emergência, para dirigir opartido por dois ou três anos. Então, seriasubstituído por líderes mais jovens e sãocitados como prováveis candidatos o chefe doSetor de Informação, Achille ücchetto, de 48

Missão de Bonn

na RDA já tem

50 refugiadosBerlim Oriental e Bonn — A Alemanha

Ocidental proibiu ontem aos alemães orientaiso acesso à sua sede diplomática em BerlimOriental, onde cerca de 50 pessoas já busca-ram refúgio na esperança de conseguir emigrarpara o lado ocidental.

Hans Otto Braeutigan. chefe da missão,disse a jornalistas ocidentais, que casualmentevisitavam o prédio, que "não estamos mais emcondições de dar refúgio a visitantes". Esclare-ecu, porém, que a decisão fora tomada inde-pendentemente e não fazia parte de um acordode Bonn com a Alemanha Oriental sobre aemigração para o outro lado.

Busca de vistosBraeutigan disse que os visitantes náo

podiam mais entrar na sede diplomática eestavam sendo recebidos num veStíbulo de unsdois metros de comprimento, onde os jomalis-tas ocidentais avistaram ontem cerca de 12jovens procurando vistos de saída,

Funcionários da missão confirmaram aosjornalistas que aproximadamente 511 pessoas,incluindo crianças, se achavam no primeiroandar da sede diplomática e se recusavam asair.

Proposta aos grevistasGeorg Leber. principal mediador da greveiniciada há sete semanas pelo sindicato IGMetall. que delende semana de trabalho de 35horas, disse ontem que hoje seria divulgada

uma proposta que provavelmente poria fim aopior conflito industrial na história da Alemã-nha. A disputa deixou 45(» mil trabalhadoresociosos e virtualmente paralisou ,i produção deautomóveis

anos, ou ex-prefeito de Bolonha, Renato Zan-gheri, de 59.

O jornal Paese Será, com ligações com oPCI, informou que Natta contou com o apoiode 70% dos membros do Comitê Central e doComitê de Controle, que participam do pleitodesta tarde. A frente do partido, ele não seafastaria das linhas estabelecidas por Berlin-guer, com destaque para uma posição deindependência em relação a Moscou e adesãoa normas democráticas ocidentais.

Nascido em Imperia, na Rivicra Italiana.Natta é considerado um especialista em ideo-logia e assuntos internos do partido. Desde oPCI

')aSSaC'0 c"r'®e a fissão de Controle do

Polícia prende

50 grevistas em

mina da EscóciaLondres — A polícia britânica prendeu 5(1mineiros em choques em frente à maior minade carvão da Escócia. Mais de 41K) policiaisformaram uma barreira humana em BilstonGlen, perto de Edimburgo, permitindo quetrabalhadores atravessassem as linhas de pi-quete e furassem a greve, que entrou ontem na16a semana. Um policial ficou ferido-A Rainha Elizabeth está tão apreensiva

com a violência na greve dos mineiros que, emvez de se manter — como de costume — ámargem dos acontecimentos políticos, decidiuintervir e expressar pessoalmente sua preocu-pação com a situação. Dois trens conseguiramatravessar piquetes de ferroviários — queestão apoiando os mineiros desde a semanapassada — e levaram minério de ferro a umausina siderúrgica no Sul de Gales.

O Sindicato Nacional dos Mineiros disseque o apelo que o presidente do ConselhoNacional do Carvão, Ian MacGregor, teriafeito aos mineiros para que voltassem aotrabalho passou despercebido. Segundo o sin-dicato, o número de mineiros em greve ontemera maior do que em qualquer momento desdeque a paralisação começou, em março. Cercade dois terços dos 180 mil mineiros estãoparados em protesto contra o plano governa-mental de fechar 20 minas deficitárias.

Até agora, os choques mais violentosaconteceram semana passada, em frente a umafábrica de carvão de coque em Orçreave,quando 10 mil grevistas tentaram deter otransporte para uma importante siderúrgicacm Scunthorpe, a 40 quilômetros de distância.Mais de KM) mineiros foram presos e muitosficaram feridos. Segundo o jornal Daily Tel*-graph, a Rainha Elizabeth transmitiu às auto-ndades do Governo sua preocupação com aameaça à unidade da Grã-Bretanha.

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JORNAL DO BRASIL INTERNACIONAL terça-feira, 26/6/84 a 1° caderno a 13

"Times" afirma que Estados Unidos e Nicarágua

já tentam acordo

explosão em arsenal

soviético matou 300

Saint Paul, Minnesota, EUA/UPI

Nova Iorque — 0 jornal The New York Times informou,que de 200 a 300 pessoas morreram em conseqüência daviolenta explosão que destruiu um terço do arsenal de mísseisantiaéreos e alguns Cruise na base naval de Severomorsk, sededa frota norte da União Soviética.

O Secretário da Defesa americano, Caspar Weinberger,confirmou o acidente, que atribuiu a negligência, mas não deudetalhes:

— Causou muitos estragos, foi de grande intensidade ecertamente destruiu grande quantidade de material e muitasinstalações.

The New York Times informou que a maior parte dosmortos são bombeiros e técnicos que tentaram deter as expio-sões em cadeia e apagar os incêndios. Afirmou ainda que aAgência Central de Informações (CIA) soube do acidente pormeio de viajantes e completou informações com o auxílio desatélites espiões. Institutos especializados suecos e norueguesescaptaram as explosões de Severomorsk , segundo o Times.

Fontes do Pentágono e do Governo, citadas pelo jornal,disseram que a frota Norte, a mais importante, não sofreu com aperda do material, imediatamente reposto. A frota possui umporta-aviões, 148 navios de superfície, 195 submarinos e 425aviões de combate.

Lord Carrington toma

posse na OTAN e acha

aliança em "boa

formaBruxelas — O ex-Ministro do Exterior britânico Lorde

Carrington, 65 anos, tomou posse ontem como o sexto Secretá-rio-Geral da Organização do Tratato do Atlântico Norte(OTAN) em substituição ao holandês Joseph Luns, 72, que seaposentou após 13 anos no cargo. Em discurso, ele afirmou quea aliança está em "muito boa forma", mas admitiu que há váriosproblemas entre Estados Unidos e Europa, sobre gastos emdefesa na OTAN.

Disse que uma de suas principais tarefas será explicarmutuamente a posição de cada lado do Atlântico e tentarsuperar as dificuldades, bem exemplificadas na emenda derrota-da semana passada no Congresso dos Estados Unidos, quepretendia retirar 90 mil soldados da Europa se os paíseseuropeus não aumentassem suas dotações para a OTAN.

Novo capítuloCarrington afirmou que dará grande prioridade à promoção

do reinicio das negociações sobre desarme entre Leste e Oeste,reconheceu que as relações estão em condições precárias, ecitou a invasão do Afeganistão por forças russas e a crise daPolônia como deflagradores dessa situação.

O Lorde inglês chegou ontem no Rolls-Royce verde olivaoficial à sede da OTAN em Bruxelas, onde trabalham 1 mil 600funcionários dos 14 países membros. Fontes da aliança disseramque os primeiros desafios de Carrington serão melhorar asrelações Leste-Oeste, acertar as diferenças sobre gastos emdefesa dentro da própria aliança, o comércio internacional dearmas e a transferência de alta tecnologia.

Sobre a reaproximação com o bloco comunista, Carringtonafirmou que espera poder abrir um novo capítulo no relaciona-mento entre os dois pactos após a eleição presidencial america-na de novembro. Algumas fontes da OTAN temem que a UniãoSoviética tenha iniciado um período maior de isolamento que sóterminará quando Ronald Reagan deixar a Casa Branca, emjaneiro ou daqui a cinco anos.

URSS diz que EUA se

preparam para guerra

nuclear neste séculoMoscou — O Governo Ronald Reagan acredita que uma

guerra nuclear limitada é inevitável este século e que venceráquem der o primeiro golpe, afirmou ontem o jornal do PartidoComunista soviético, Pravda (Verdade). Disse que os desmenti-dos do Secretário da Defesa, Caspar Weinberger, pretendem"iludir a opinião pública alarmada com os preparativos deguerra do Governo que apregoa um suposto pacifismo pormotivos eleitorais".

O Pravda diz que o Ministro da Marinha americano, JohnLeman, reafirmou em recente reunião de chefes militares emNewport, Estado de Rhode Island, que a tática do primeirogolpe nuclear continua sendo básica para a nova estratégiamilitar americana. Primeiro ataque (first strike), no jargãonuclear, é uma investida com armas atômicas que deixe oinimigo indefeso.

NegociaçãoA doutrina nuclear das Superpotências baseia-se na teoria

da dissuasão mútua: os dois países reconhecem que não têmcondições de dar o primeiro golpe e deixar o outro indefeso.Uma guerra não acontece, segundo este princípio, porque oatacante receberia uma resposta tão devastadora que tambémseria destruído.

O Pravda afirma que os Estados Unidos adotaram agora aestratégia da guerra nuclear prolongada que pode ser vencida,firmado no documento secreto número 32 pelo PresidenteReagan.

. Em Washington, reuniu-se ontem pela segunda vez acomissão mista do Congresso que vai tentar adequar as duasversões do orçamento militar para 1985 que passaram naCâmara e no Senado.

A principal diferença é sobre o novo míssil intercontinentalMX: o Senado autorizou a construção de 21 unidades semressalvas, mas a Câmara só autorizou 15. Mesmo assim, reteve averba até abril, quando se fará nova votação que levará emconta a situação das negociações Leste-Oeste na ocasião. Aversão do Senado é de 291 milhões de dólares, a da Câmara de284 bilhões de dólares.

Tass acusa Shultz de

criar lista negra do"imperialismo"

americanoMoscou e Washington — A agência de notícias soviética

Tass acusou o Secretário de Estado dos EUA, George Shultz,de difamar a Líbia, Síria, Coréia do Norte e a Organização paraLibertação da Palestina, ao colocar esses países e a OLP "notopo da lista negra do imperialismo americano". Em matériaproveniente de Washington, a Tass afirmou que o GovernoReagan institucionalizou o terrorismo.

Shultz disse, em conferência sobre terrorismo em Wa-shington, domingo à noite, que os países ocidentais devempensar em adotar ações preventivas contra grupos terroristas,antes que eles ataquem. Segundo a Tass, isso mostra que osEUA planejam atacar os países cuja política Washingtonconsidera inaceitável ou "subversiva". A Embaixadora dosEUA nas Nações Unidas, Jeane Kirkpatrick, acusou formal-mente a URSS de instigar e apoiar o terror internacional.

Banditismo"A Casa Branca precisa da conferência (sobre terrorismo)

para tentar envolver seus aliados mais próximos em sua políticade banditismo global e criar uma aliança internacional epolicialesca, sob a liderança dos EUA, com o objetivo decombater movimentos de libertação nacional", disse a Tass.

Em seu discurso no domingo, Shultz citou a Líbia, Síria eCoréia do Norte como países responsáveis pela propagação doterrorismo e acusou Moscou de apoiar "terroristas, incluindo aOLP", como parte de uma estratégia de desestabilizaçãomundial. Segundo a Tass, a acusação de Shultz a Moscou revelaa ira de Washington com o apoio soviético a movimentos doTerceiro Mundo, por ter permitido que esses movimentosresistissem à pressão americana.

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realizam

Junto a Mondale, Kennedy (D) lutará contra o Presidente Reagan

Kennedy anuncia apoio

à candidatura Mondale

North Oaks, Minnesota, EUA — A rivalida-de política entre Edward Kennedy e o aspirantedemocrata à Presidência, Walter Mondale, foiaparentemente posta de lado com o compromis-so público assumido ontem pelo Senador deapoiar o ex-Vice-Presidente na eleição de no-vembro.

Ao apoiar Mondale, Kennedy destacou que"é o momento de terminar o debate entre nóspara começarmos a debater com Ronald Rea-gan". O Senador afirmou que sente "verdadeirorespeito pelos outros aspirantes à candidatura denosso Partido" e acrescentou:

— Gary Hart é meu amigo e colega noSenado; fez uma campanha criativa e válida.Jesse Jackson abriu um novo horizonte deesperança para milhões de compatriotas.

RivalidadeA rivalidade entre os dois políticos, de

tendência liberal, remonta ao tempo das candi-daturas dos outros Kennedy, John e Robert. Osdois também se enfrentaram em árduas batalhasquando Edward Kennedy concorreu para aindicação democrata em 1980 contra o ex-

Computador falha

e NASA adia vôo

da nave DiscoveryCentro Espacial Kennedy, Flórida — O

lançamento da nave espacial recuperável Disco-very foi adiado ontem auando faltavam noveminutos para a ignição dos motores, devido aproblemas num computador de reserva. Os seisastronautas, incluindo a segunda americana a irao espaço, Judy Resnik, ficaram três horas emseus assentos antes de deixar a nave desaponta-dos com o adiamento.

O diretor de operações, Thomas Utsman,explicou que o quinto computador da nave,encarregado de supervisionar as operações dosoutros quatro, "não concordou" com os demaissobre os procedimentos que precediam o lança-mento. O problema aconteceu meia hora antesda hora marcada para a partida, 8h43min, e ostécnicos da NASA ainda tentaram consertar atempo, mas não foi possível.

ChallengerUtsman disse que os especialistas desistiram

do conserto quando receberam a informação deque o defeito era de hardware, peças do compu-tador, e não de software, a programação.

A empresa que construiu a Discovery,Rockwell International, incluiu um quintocomputador, também da IBM, com uma progra-mação preparada pela Rockwell para controlaros demais.

Se for confirmado o problema de hardware,o computador defeituoso será substituído poroutro da segunda nave tecuperável, a Challen-ger. O defeito foi parecido com o que cancelou olançamento do teste inaugural da primeira naverecuperável a Columbia, em abril de 1981.Naquela ocasião, a contagem parou quandofaltavam 31 segundos para a ignição.

Sete diasO lançamento poderá ser feito nos próximos

nove dias, período em que as condições atmosfé-ricas vão favorecer. Até a noite de ontem aNASA trabalhava para tentar o lançamentohoje de manhã, se não surgirem novos contra-tempos.

A missão será comandada por Henry Harts-field, 50 anos, o único que já foi ao espaço. Opiloto é Michael Coats, 38 anos, e os demais sãoSteven Hawley, 32, engenheiro de vôo; RichardMullane, 38; Charles Walker, 35 anos, técnicoda empresa McDonel Douglas que vai operarum protótipo de fábrica de remédios espacial; eJudy Resnik, 35 anos.

Andrews volta achocar ingleses

Londres — O Príncipe Andrews voltou aescandalizar os britânicos ao revelar que sesubmeteu publicamente e com muito gosto agolpes nas nádegas aplicados por uma belagarçonete, sumariamente vestida, num cabaréde Londres. Em companhia de 32 amigos daMarinha Real, o Príncipe foi na sexta-feira aocabaré School Dinners, onde as garçonetes sevestem de colegiais e o gerente de diretor deescola.

No bar, costuma-se aplicar reguadas nasnádegas dos fregueses que se excedem com asmoças da casa. Na sexta-feira, teria sido a vez doPríncipe Andrews e o "diretor da escola" disseaté que o Príncipe propusera abaixar as calçaspara receber "o castigo". O "diretor" nãoaceitou a sugestão. Mas o Palácio de Buckin-gham desmentiu ontem toda a notícia, classifi-cando-a de "pura invenção".

Presidente Jimmy Carter, de quem Mondale foiVice-Presidente.

Edward Kennedy acusou repetidamenteMondale de o ter chamado de "não patriota"quando se opôs ao embargo da venda de cereaisà União Soviética, por ocasião da invasão doAfeganistão (dezembro de 1979). Kennedy res-pondeu que nem ele nem qualquer membro desua família precisava das "aulas de patriotismode alguém como Sr Mondale".

Mesmo antes da ruptura, em 1980, emboraambos tivessem sido colegas e partilhassem deobjetivos comuns no Congresso, nunca foramamigos pessoais ou próximos. Segundo a UPI,sempre houve uma rivalidade natural entreKennedy e Mondale porque são líderes ¦muitoambiciosos que pertencem à mesma correnteliberal do Partido Democrata.

O ex-Presidente Richard Nixon previu, porsua vez, que o Presidente Ronald Reagan seráreeleito em novembro, mas reconheceu que se achapa democrata reunir os nomes de Mondalepara Presidente e de Hart para Vice-Presidentea disputa será mais difícil.

Juiz argentino

prende Viola em

unidade militarBuenos Aires — O ex-Presidente militar

argentino, General Roberto Viola, foi presoontem na unidade militar de Campo de Mayodepois de ser interrogado 90 minutos sobre odesaparecimento do técnico industrial AlfredoGiorgi, em 1977, no Instituto Nacional de Tec-nologia Industrial. Na época do desaparecimen-to, Viola era Comandante do Exército.

O ex-Presidente, que governou de março adezembro de 1981, foi indiciado pelo Juiz LuisCórdoba, que encontrou em meio à documenta-ção fornecida pelo Ministério da Defesa umaordem assinada por Viola de "detenção e/oueliminação de elementos marxistas". Com adetenção do General Roberto Viola, estão pre-sos três dos quatro ex-Presidentes do últimociclo militar; ele, Leopoldo Galtieri e ReynaldoBignone.

InglesesDois parlamentares ingleses chegaram on-

tem a Buenos Aires para uma visita de seis diasdestinada a iniciar a normalização das relaçõesentre a Argentina e a Grã-Bretanha, rompidas apartir da Guerra das Falklands, em 1982. Osdeputados Cyril Townsend, conservador, eGeorges Foulkes, trabalhista, são membros doConselho do Atlântico Sul, com sede em Lon-dres.

Os parlamentares são os primeiros altosfuncionários britânicos a visitar a Capital argen-tina desde 2 de abril de 1982, quando o arquipé-lago foi ocupado. O Conselho do Atlântico Sul éum organismo não-governamental que reúnepolíticos, parlamentares e cientistas defensoresde uma posição "mais flexível" do que a adotadapela Primeira-Ministra Margaret Thatcher emrelação às Malvinas.

Novos peronistasdividem partido

Buenos Aires — Dirigentes peronistas dissi-dentes da província de Buenos Aires, a de maiornúmero de eleitores na Argentina, confirmaramontem a criação de um Novo Movimento Pero-nista, o que pode provocar uma cisão no PartidoJusticialista. O ex-dirigente Manuel Torresacusou o líder do partido na Capital. HerminioIglesias, de ter recebido o apoio de três generaisdurante a ditadura militar.

O congresso justicialista em Buenos Airesque confirmou a liderança de Iglesias e

rejeitou a possibilidade de realizar eleição diretapara renovar as autoridades do distrito eleitoral

expulsou Miguel Torres e Enrique Cano sob aacusação de serem "traidores do peronismo eprovocadores a serviço do Governo do Presiden-te Raúl Alfonsín".

PrepotênciaManuel Torres disse que o novo movimento

peronista será criado para "acabar com a prepo-tência e a malandragem".

— A gente de Iglesias se apoderou doaparato do partido por meio da prepotência,ajudada na época da ditadura pelos GeneraisFernando Verplaetsen, Juan Trimarco e CarlosCerda — afirmou Torres.

O General Verplaetsen acusou a chefaturade polícia da província de Buenos Aires duranteo Governo do General Reynaldo Bignone. Tri-marco foi Comandante do I Exército e Cerdaocupou a Secretaria de Assuntos Interiores doMinistério do Interior. Segundo Manuel Torres,a liderança de Herminio Iglesias se uniu aosmilitares para"ganhar força necessária para seimpor nas disputas internas do Partido".

44barulhaço"

Montevidéu — Como anteci-pação da paralisação cívicaprogramada para amanhã noUruguai, as fábricas, barcos,trens e carros tocaram suas si-renês e buzinas ontem à noite,num grande barulhaço que sesomou ao ruído das panelas(cacerolazo), em protesto con-tra o Governo. A paralisaçãode amanhã foi convocada paraassinalar o 11° aniversário dasubida dos militares ao Poder.

Os partidos, sindicatos e or-ganizações estudantis, tinhamexortado à tarde a população a"aumentar o volume de rádios,televisões e amplificadores pa-ra fazer o máximo de barulho".Após o barulhaço, estava pre-vista uma caravana de carrospelo Centro de Montevidéu. Oprotesto foi convocado pormeio de panfletos que aparece-ram na rua de manhã e qualifi-cavam o cacerolazo de "prévia"para a manifestação deamanhã.CENSURA À IMPRENSA

A paralisação cívica, convo-cada em defesa da "democra-cia, liberdade, eleições sem ex-clusões e anistia e trabalho pa-ra todos", será uma jornadasilenciosa, já que os gruposorganizadores instaram os uru-guaios a permanecer em suascasas e ressaltaram que os pro-testos deverão ocorrer de for-ma "absolutamente pacífica".

Em reunião em Montevidéu,o comitê executivo da Socieda-de Interamericana de Imprensa(SIP) discutiu a limitada liber-dade de imprensa no Uruguai epediu ao regime militar quesuspenda as restrições. A SIPregistrou 29 casos de meios decomunicação fechados tempo-rária ou definitivamente pelasautoridades uruguaias.

O jornalista Julián Murguia,militante do Partido Nacional(Blanco) e detido sábado porum artigo publicado 110 sema-nário La Democracia — quedenunciava maus-tratos a mu-lheres presas em Punta Rieles— foi acusado por um juizmilitar, após interrogatório, de"atentar contra o moral dasForças Armadas". Os diretoresdo semanário, também detidosno sábado, foram liberados lo-go após Murguia se declararúnico responsável pelo artigo.

Partido 110

Chile sofre

atentadoSantiago do Chile — Bomba

colocada à entrada da sede doPartido Democracia Radical,pró-governista, foi descobertaao meio-dia de ontem, masespecialistas em segurança con-seguiram detoná-la sem queproduzisse danos materiais devulto no prédio, localizado nocentro de Santiago, informou apolícia.

Outra bomba explodiu do-mingo à noite num edifício mu-nicipal da zona Sul da Capital,também sem causar vítimas,mas a violência da explosãodestruiu uma parede do imóvele quebrou as vidraças de váriascasas nas vizinhanças. Comono caso anterior, a polícia nãodescobriu o autor do atentado.CONTRA PINOCHET

Em entrevista publicada on-tem pelo jornal Pravda, o lídercomunista chileno Luís Corva-lan, que vive exilado há algunsanos em Moscou, afirmou queé possível derrubar o regime doGeneral Pinochet.

— A tarefa é difícil, maspossível — declarou Corvalan,que chegou a essa conclusãoapós a realização da primeiraconferência nacional do PCchileno desde 1973, realizadarecentemente no Chile de for-ma clandestina.

Segundo Corvalan, "é inútiltentar excluir o Partido Comu-nista da vida sócio-política doChile", porque, "como a Cor-dilheira dos Andes, o PC é umarealidade chilena".

Pentágono

desvia fundo

em Honduras

Washington — O Pentágonoutilizou ilegalmente fundosdestinados às manobras milita-res Grande Pinheiro II, realiza-das no início do ano em Hon-duras, para construir bases emterritório hondurenho. A afir-mação está em um informe doGAO (o Escritório Federal deContas dos Estados Unidos),preparado a pedido do depu-tado democrata Bill Alexan-der, de Arkansas.

O informe confirmou denún-cias feitas recentemente pelojornal The New York Times deque o Governo de Ronald Rea-gan está gastando na AméricaCentral mais do que a verbaaprovada pelo Congresso, des-viando fundos do Ministério daDefesa.

Manzanillo, México — O enviado especial dos Estada#Unidos para a América Central, Harry Shlaudeman, e o Vice-Chanceler nicaragüense, Victor Tinoco, iniciaram ontem tiobalneário de Manzanillo, México, dois dias de conversaçõesdestinadas a contornar a pior crise entre Manágua e Washingtondesde o triunfo da revolução sandinista, em 1979, afirmaramfontes diplomáticas às agências internacionais e jornais mexi-canos.

A notícia não foi confirmada pelo Governo mexicano, queatuaria como mediador no diálogo, nem pelas Embaixadasnicaragüenses e americana na Cidade do México, mas há clarosindícios de que o encontro se realizou. O balneário foi cercadode medidas de segurança e está sendo patrulhado por doisbarcos militares americanos. O Embaixador americano emManágua, Harry Bergould, foi domingo para Manzanillo.

Clube SantiagoUm porta-voz da Embaixada dos Estados Unidos na Cidade

do México disse apenas: "Preferimos que a reunião seja privadae confidencial... por isso não podemos confirmar nem desmentira notícia." Manzanillo, a 831 quilômetros da Capital mexicana,é uma praia do Pacífico muito freqüentada por turistas america-nos. As conversações se estariam realizando no exclusivo ClubeSantiago.

Segundo o jornal Excelsior, Harry Shlaudeman chegou aoaeroporto de Manzanillo às 15 horas de domingo, em um aviãoespecial, enquanto Victor Tinoco chegou às 20hl5min, em umavião do Governo mexicano. O representante mexicano seria oVice-Chanceler Ricardo Valero, que representa o México noGrupo de Contadora.

A agência oficial Notimex informou que grupos de especia-listas em explosivos e segurança inspecionaram a região antes dachegada dos representantes dos três países. O jornal doGoverno mexicano El Nacional destaca que o Governo america-no insistiu no caráter "privado e confidencial" das conversa-ções.

A reunião de Shlaudeman e Hugo Tinoco teria sidoacertada em um encontro do Secretário de Estado americanoGeorge Shultz e o coordenador da Junta de Governo nicara-güense Daniel Ortega, no dia 1° de junho. Esse encontro, porsua vez, teria sido sugerido ao Presidente dos Estados UnidosRonald Reagan pelo Presidente mexicano Miguel de Ia Madrid,que visitou Washington em maio.

O México integra o Grupo de Contadora, que defendeuma solução negociada para o conflito centro-americano. Vene-zuela, Panamá e Colômbia são os outros países-membros dogrUP°- w .Kirkpatrick

Em Washington, a Embaixadora americana na ONU, JeaneKirkpatrick, chamou os líderes sandinistas nicaragüenses de"stanilistas" e acusou-os de usar métodos violentos para mudara sociedade. Em uma conferência sobre terrorismo que se relizana Capital americana, Kirkpatrick e o Secretário de EstadoGeorge Shultz chamaram os rebeldes anti-sandinistas de "com-batentes da liberdade".

Daniel Ortega, o coordenador da Junta nicaragüense,chegou ontem à Hungria, na quinta etapa de sua viagem aoLeste Europeu. Ortega se reuniu com o líder húngaro, JanosKadar. Os dois condenaram os "círculos imperialistas" pelainterferência na política interna nicaragüense. No início daviagem. Ortega —que já foi à União Soviética. Polônia, RDA eBúlgaria — disse que iria comprar armas para modernizar oExército sandinista.

Em Lisboa, o Comandante sandinista Bayardo Arce anun-ciou que Portugal será um dos países convidados para atuarcomo observador na próxima eleição presidencial e legislativanicaragüense, dia 4 de novembro. Arce almoçou ontem com oPrimeiro-Ministro português Mário Soares.

Jackson conversa com

bispo e o Presidente

Duarte em El SalvadorSan Salvador — O aspirante presidencial democrata Jesse

Jackson chegou ontem de manhã a El Salvador, onde passaráseis horas, procedente da Capital panamenha, na segunda etapade sua "ofensiva moral em defesa da paz na América Central".Jackson seguiu em helicóptero do aeroporto internacional até oaeroporto militar de llopango, onde teve de aguardar algumtempo pela chegada do automóvel colocado à sua disposição,que sofrerá um acidente. Os jornalistas não tiveram acesso aoaeroporto internacional.

Em Washington, porta-voz do Departamento de Estadoesclareceu que Jackson não é portador de qualquer mensagemdo Governo Reagan e que suas gestões não significam terocorrido um progresso inesperado na busca de uma soluçãonegociada para a crise na América Central. John Hughesadiantou que o Departamento acompanha sua viagem principal-mente através de informações da imprensa.

Em meio a estritas medidas de segurança, Jackson seguiu doaeroporto diretamente para a sede do Arcebispado, ondeconversou durante 45 minutos com o bispo auxiliar de SanSalvador, Gregorio Rosa Chávez. Após o encontro, MonsenhorChávez disse aos repórteres que ele e Jackson tinham discutidoos problemas de El Salvador de uma "perspectiva cristã" esalientou que eram "bem-vindos" todos os esforços para seencontrar uma solução política ao conflito que já dura cincoanos.

De sua parte. Jackson destacou que "esta sangrante guerracivil deve terminar" e disse que era vital "terminar com o cicloda dor. Devemos dar uma oportunidade à paz".

Antes de partir, à tarde, para Havana, onde ficará dois dias.Jackson se avistou com o Presidente José Napoléon Duarte. NoPanamá, o líder negro americano conversou longamente comrepresentantes da Oposição salvadorenha sobre a possibilidadede um cessar-fogo e um dos porta-vozes dos guerrilheiros.Hector Oqueliz, reiterou a "disposição" dos rebeldes emmanter conversações com o Presidente Duarte em San Salva-dor. Em Havana, Jackson conversará quatro horas com FidelCastro.

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES I

DEPARTAMENTO NACIONAL

DE fsmms DE RODAGEM

CONCORRÊNCIA - EDITAL N?90/84AVISO

O DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADASDE RODAGEM, Autarquia do Ministério dos Trans-portes, torna público para conhecimento de quantospossam se interessar que fará realizar CONCORRÊN-CIA, em data de 30 (trinta) do mês de julho de 1984,às 10:00 horas, 11a cidade do Rio de Janeiro/RJ, paraexecução de Obras de Conservação Rodoviária, emestradas sob a jurisdição da Residência R-16/4 (JOA-ÇABA), no Estado de Santa Catarina, nas rodoviasBR-153/SC, trecho. Div. PR/SC - Div. SC/RS - sub-trecho: Div. PR/SC - Div. SC/RS. BR-282/SC, trecho:Florianópolis - São Miguel do Oeste — subtrecho:1? Entr. BR470 - Vargeão(km 474,9). BR470/SC,trecho: Navegantes - Div. SC/RS - subtrecho: 2®Entr. BR-282 — Div. SC/RS, 110 valor aproximadode CrS 292.900.000,00 (duzentos e noventa e doismilhões e novecentos mil cruzeiros) a preços iniciais.

O Edital referente aos serviços sob o 11"90/84,poderá ser obtido pelas firmas interessadas, na Seçãode Expedição do DNER, 11a Rua General Bruce, 62-São Cristovão - Rio de Janeiro/RJ.

Rio de Janeiro (RJ), 18 de junho de 1984ENG° SALVAN BORBOREMA DA SILVA

CHEFE DO GRUPO EXECUTIVO DECONCORRÊNCIAS

Ref. Proc. 11^20100-008869/84-1

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JORNAL DO BRASIL INTERNACIONAL 2° Clichê ? terça-feira, 26/6/84 ? Io caderno ? 13

'Times" afirma

que Estados Unidos e Nicarágua já

tentam acordo

explosão em arsenal

soviético matou 300

Saint Paul, Minnesota, EUA/UPI

??

Nova Iorque — O jornal The New York Times informou,que de 200 a 300 pessoas morreram em conseqüência daviolenta explosão que destruiu um terço do arsenal de mísseisantiaéreos e alguns Cruise na base naval de Severomorsk, sededa frota norte da União Soviética.

O Secretário da Defesa americano, Caspar Weinberger,confirmou o acidente, que atribuiu a negligência, mas não deudetalhes:

— Causou muitos estragos, foi de grande intensidade ecertamente destruiu grande quantidade de material e muitasinstalações.

The New York Times informou que a maior parte dosmortos são bombeiros e técnicos que tentaram deter as expio-sões em cadeia e apagar os incêndios. Afirmou ainda que aAgência Central de Informações (CIA) soube do acidente pormeio de viajantes e completou informações com o auxílio desatélites espiões. Institutos especializados suecos e norueguesescaptaram as explosões de Severomorsk , segundo o Times.

Fontes do Pentágono e do Governo, citadas pelo jornal,disseram que a frota Norte, a mais importante, não sofreu com aperda do material, imediatamente reposto. A frota possui umporta-aviões, 148 navios de superfície, 195 submarinos e 425aviões de combate.

Lord Carrington toma

posse na OTAN e acha

aliança em 6'boa

formaBruxelas — O ex-Ministro do Exterior britânico Lorde

Carrington. 65 anos, tomou posse ontem como o sexto Secretá-rio-Geral da Organização do Tratato do Atlântico Norte(OTAN) em substituição ao holandês Joseph Luns, 72, que seaposentou após 13 anos no cargo. Em discurso, ele afirmou quea aliança está em "muito boa forma", mas admitiu que há váriosproblemas entre Estados Unidos e Europa, sobre gastos emdefesa na OTAN.

Disse que uma de suas principais tarefas será explicarmutuamente a posição de cada lado do Atlântico e tentarsuperar as dificuldades, bem exemplificadas na emenda derrota-da semana passada no Congresso dos Estados Unidos, quepretendia retirar 90 mil soldados da Europa se os paíseseuropeus não aumentassem suas dotações para a OTAN.

Novo capítuloCarrington afirmou que dará grande prioridade â promoção

do reinicio das negociações sobre desarme entre Leste e Oeste,reconheceu que as relações estão em condições precárias, ecitou a invasão do Afeganistão por forças russas e a crise daPolônia como deflagradores dessa situação.

O Lorde inglês chegou ontem no Rolls-Royce verde olivaoficial à sede da OTAN em Bruxelas, onde trabalham 1 mil 60(1funcionários dos 14 países membros. Fontes da aliança disseramque os primeiros desafios de Carrington serão melhorar asrelações Leste-Oeste, acertar as diferenças sobre gastos emdefesa dentro da própria aliança, o comércio internacional dearmas e a transferência de alta tecnologia.

Sobre a reaproximação com o bloco comunista. Carringtonafirmou que espera poder abrir um novo capítulo no relaciona-mento entre os dois pactos após a eleição presidencial america-na de novembro. Algumas fontes da OTAN temem que a UniãoSoviética tenha iniciado um período maior de isolamento que só "terminará quando Ronald Reagan deixar a Casa Branca, emjaneiro ou daqui a cinco anos. , .

URSS diz que EUA se

preparam para guerra

nuclear neste séculoMoscou — O Governo Ronald Reagan acredita que uma

guerra nuclear limitada é inevitável este século e que venceráquem der o primeiro golpe, afirmou ontem o jornal do PartidoComunista soviético, Pravda (Verdade). Disse que os desmenti-dos do Secretário da Defesa, Caspar Weinberger, pretendem"iludir a opinião pública alarmada com os preparativos deguerra do Governo que apregoa um suposto pacifismo pormotivos eleitorais".

O Pravda diz que o Ministro da Marinha americano, JohnLeman, reafirmou em recente reunião de chefes militares emNewport, Estado de Rhode lsland, que a tática do primeirogolpe nuclear continua sendo básica para a nova estratégiamilitar americana. Primeiro ataque (first strike), no jargãonuclear, é uma investida com armas atômicas que deixe oinimigo indefeso.

NegociaçãoA doutrina nuclear das Superpotências baseia-se na teoria

da dissuasão mútua: os dois países reconhecem que não têmcondições de dar o primeiro golpe e deixar o outro indefeso.Uma guerra não acontece, segundo este princípio, porque oatacante receberia uma resposta tão devastadora que tambémseria destruído.

O Pravda afirma que os Estados Unidos adotaram agora aestratégia da guerra nuclear prolongada que pode ser vencida,firmado no documento secreto número 32 pelo PresidenteReagan.

• Em Washington, reuniu-se ontem pela segunda vez acomissão mista do Congresso que vai tentar adequar as duasversões do orçamento militar para 1985 que passaram naCâmara e no Senado.

A principal diferença é sobre o novo míssil intercontinentalMX: o Senado autorizou a construção de 21 unidades semressalvas, mas a Câmara só autorizou 15. Mesmo assim, reteve averba até abril, quando se fará nova votação que levará emconta a situação das negociações Leste-Oeste na ocasião. Aversão do Senado é de 291 milhões de dólares, a da Câmara de284 bilhões de dólares.

Tass acusa Shultz de

criar lista negra do

imperialismo" americanoMoscou e Washington — A agência de notícias soviética

Tass acusou o Secretário de Estado dos EUA. George Shultz,de difamar a Líbia. Síria, Coréia do Norte e a Organização paraLibertação da Palestina, ao colocar esses países e a OLP "notopo da lista negra do imperialismo americano". Em matériaproveniente de Washington, a Tass afirmou que o GovernoReagan institucionalizou o terrorismo.

Shultz disse, em conferência sobre terrorismo em Wa-shington, domingo á noite, que os países ocidentais devempensar em adotar ações preventivas contra grupos terroristas,antes que eles ataquem. Segundo a Tass, isso mostra que osEUA planejam atacar os países cuja política Washingtonconsidera inaceitável ou "subversiva". A Embaixadora dosEUA nas Nações Unidas, Jeane Kirkpatrick, acusou formal-mente a URSS de instigar e apoiar o terror internacional.

Banditismo"A Casa Branca precisa da conferência (sobre terrorismo)

para tentar envolver seus aliados mais próximos em sua políticade banditismo global e criar uma aliança internacional epolicialesca, sob a liderança dos EUA, com o objetivo decombater movimentos de libertação nacional' . disse a Tass.

Em seu discurso no domingo, Shultz citou a Líbia, Síria eCoréia do Norte como países responsáveis pela propagação doterrorismo e acusou Moscou de apoiar "terroristas, incluindo aOLP", como parte de uma estratégia de desestabilizaçãomundial. Segundo a Tass, a acusação de Shultz a Moscou revelaa ira de Washington com o apoio soviético a movimentos doTerceiro Mundo, por ter permitido que esses movimentosresistissem à pressão americana.

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Junto a Mondale, Kenneãy (D) lutará contra o Presidente Reagan

Kennedy anuncia apoio

à candidatura MondaleNorth Oaks, Minnesota, EUA — A rivalida-

de política entre Edward Kennedy e o aspirantedemocrata à Presidência, Walter Mondale. foiaparentemente posta de lado com o compromis-so público assumido ontem pelo Senador deapoiar o ex-Vice-Presidente na eleição de no-vembro.

Ao apoiar Mondale, Kennedy destacou que"é o momento de terminar o debate entre nóspara começarmos a debater com Ronald Rea-gan". O Senador afirmou que sente "verdadeirorespeito pelos outros aspirantes à candidatura denosso Partido" e acrescentou:

— Gary Hart é meu amigo e colega noSenado; fez uma campanha criativa e válida.Jesse Jackson abriu um novo horizonte deesperança para milhões de compatriotas.

A rivalidade entre os dois políticos, detendência liberal, remonta ao tempo das candi-daturas dos outros Kennedy, John e Robert. Osdois também se enfrentaram em árduas batalhasquando Edward Kennedy concorreu para aindicação democrata em 1980 contra o ex-Presidente Jimmy Carter, de quem Mondale foiVice-Presidente.

Computador falha

e NASA adia vôo

da nave DiscoveryCentro Espacial Kennedy, Flórida — O

lançamento da nave espacial recuperável Disco-very foi adiado ontem quando faltavam noveminutos para a ignição dos motores, devido aproblemas num computador de reserva. Os seisastronautas, incluindo a segunda americana a irao espaço, Judy Resnik, ficaram três horas emseus assentos antes de deixar a nave desaponta-dos com o adiamento.

O diretor de operações, Thomas Utsman,explicou que o quinto computador da nave,encarregado de supervisionar as operações dosoutros quatro, "não concordou" com os demaissobre os procedimentos que precediam o lança-mento. O problema aconteceu meia hora antesda hora marcada para a partida, 8h43min, e ostécnicos da NASA ainda tentaram consertar atempo, mas não foi possível.

ChallengerUtsman disse que os especialistas desistiram

do conserto quando receberam a informação deque o defeito era de hardware, peças do compu-tador, e náo de software, a programação.

A empresa que construiu a Discovery,Rockwell International, incluiu um quintocomputador, também da IBM, com uma progra-mação preparada pela Rockwell para controlaros demais.

Se for confirmado o problema de hardware,o computador defeituoso será substituído poroutro da segunda nave recuperável, a Challen-ger. O defeito foi parecido com o que cancelou olançamento do teste inaugural da primeira naverecuperável a Columbia, em abril de 1981.Naquela ocasião, a contagem parou quandofaltavam 31 segundos para a ignição.

Sete diasO lançamento poderá ser feito nos próximos

nove dias, período em que as condições atmosfé-ricas vão favorecer. Até a noite de ontem aNASA trabalhava para tentar o lançamentohoje de manhã, se não surgirem novos contra-tempos.

A missão será comandada por Henry Harts-field, 50 anos, o único que já foi ao espaço. Opiloto é Michael Coats, 38 anos, e os demais sãoSteven Hawley, 32, engenheiro de vôo; RichardMullane, 38; Charles Walker. 35 anos, técnicoda empresa McDonel Douglas que vai operarum protótipo de fábrica de remédios espacial; eJudy Resnik, 35 anos.

Andrews volta achocar ingleses

Londres — O Príncipe Andrews voltou aescandalizar os britânicos ao revelar que sesubmeteu publicamente e com muito gosto agolpes nas nádegas aplicados por uma belagarçonete, sumariamente vestida, num cabaréde Londres. Em companhia de 32 amigos daMarinha Real, o Príncipe foi na sexta-feira aocabaré School Dinners, onde as garçonetes sevestem de colegiais e o gerente de diretor deescola.

No bar. costuma-se aplicar reguadas nasnádegas dos fregueses que se excedem com asmoças da casa. Na sexta-feira, teria sido a vez doPríncipe Andrews e o "diretor da escola" disseaté que o Príncipe propusera abaixar as calçaspara receber "o castigo". O "diretor" náoaceitou a sugestão. Mas o Palácio de Buckin-gham desmentiu ontem toda a notícia, classifi-cando-a de "pura invenção".

Edward Kennedy acusou repetidamenteMondale de o ter chamado de "não patriota"quando se opôs ao embargo da venda de cereaisâ União Soviética, por ocasião da invasão doAfeganistão (dezembro de 1979). Kennedy res-pondeu que nem ele nem qualquer membro desua família precisava das "aulas de patriotismode alguém como Sr Mondale".

Mesmo antes da ruptura, em 1980. emboraambos tivessem sido colegas e partilhassem deobjetivos comuns no Congresso, nunca foramamigos pessoais ou próximos.

Hoje, Walter Mondale deverá encontrar-secom Gary Hart em Nova Iorque. O encontro foiacertado pelo Senador Edward Kennedy e podepôr fim a acirrada disputa entre os dois princi-pais candidatos à indicação democrata, com oapoio de Hart a Mondale.

O ex-Presidente Richard Nixon previu, porsua vez, que o Presidente Ronald Reagan seráreeleito em novembro, mas reconheceu que se achapa democrata reunir os nomes de Mondalepara Presidente e de Hart para Vice-Presidentea disputa será mais difícil.

Juiz argentino

prende Viola em

unidade militarBuenos Aires — O ex-Presidente militar

argentino, General Roberto Viola, foi presoontem na unidade militar de Campo de Mayodepois de ser interrogado 90 minutos sobre odesaparecimento do técnico industrial AlfredoGiorgi, em 1977, no Instituto Nacional de Tec-nologia Industrial. Na época do desaparecimen-to, Viola era Comandante do Exército.

O ex-Presidente, que governou de março adezembro de 1981, foi indiciado pelo Juiz LuisCórdoba. que encontrou em meio à documenta-çâo fornecida pelo Ministério da Defesa umaordem assinada por Viola de "detenção e/oueliminação de elementos marxistas". Com adetenção do General Roberto Viola, estão pre-sos três dos quatro ex-Presidentes do últimociclo militar; ele, Leopoldo Galtieri e ReynaldoBignone.

InglesesDois parlamentares ingleses chegaram on-

tem a Buenos Aires para uma visita de seis diasdestinada a iniciar a normalização das relaçõesentre a Argentina e a Grã-Bretanha, rompidas apartir da Guerra das Falklands, em 1982. Osdeputados Cyril Townsend, conservador, eGeorges Fouíkes, trabalhista, são membros doConselho do Atlântico Sul, com sede em Lon-dres.

Os parlamentares são os primeiros altosfuncionários britânicos a visitar a Capital argen-tina desde 2 de abril de 1982, quando o arquipé-lago foi ocupado. O Conselho do Atlântico Sul éum organismo não-governamental que reúnepolíticos, parlamentares e cientistas defensoresde uma posição "mais flexível" do que a adotadapela Primeira-Ministra Margaret Thatcher emrelação às Malvinas.

Novos peronistasdividem partido

Buenos Aires — Dirigentes peronistas dissi-dentes da província de Buenos Aires, a de maiornúmero de eleitores na Argentina, confirmaramontem a criação de um Novo Movimento Pero-nista, o que pode provocar uma cisão no PartidoJusticialista. O ex-dirigente Manuel Torresacusou o líder do partido na Capital. Herminiolglesias, de ter recebido o apoio de três generais >durante a ditadura militar.

O congresso justicialista em Buenos Airesque confirmou a liderança de lglesias e

rejeitou a possibilidade de realizar eleição diretapara renovar as autoridades do distrito eleitoral

expulsou Miguel Torres e Enrique Cano sob aacusação de serem "traidores do peronismo eprovocadores a serviço do Governo do Presiden-te Raúl Alfonsín".

PrepotênciaManuel Torres disse que o novo movimento

peronista será criado para "acabar com a prepo-tência e a malandragem".

— A gente de lglesias se apoderou doaparato do partido por meio da prepotência,ajudada na época da ditadura pelos GeneraisFernando Verplaetsen. Juan Trimarco e CarlosCerda — afirmou Torres.

O General Verplaetsen acusou a chefaturade polícia da província de Buenos Aires duranteo Governo do General Reynaldo Bignone. Tri-marco foi Comandante do I Exército e Cerdaocupou a Secretaria de Assuntos Interiores doMinistério do Interior. Segundo Manuel Torres,a liderança de Herminio lglesias se uniu aosmilitares para"ganhar força necessária para seimpor nas disputas internas do Partido".

Uruguaios

realizam

barulhaço"Montevidéu — Como anteci-

pação da paralisação cívicaprogramada para amanhã noUruguai, as fábricas, barcos,trens e carros tocaram suas si-renes e buzinas ontem à noite,num grande barulhaço que se.somou ao ruído das panelas(cacerolazo), em protesto con-tra o Governo. A paralisaçãode amanhã foi convocada paraassinalar o 11° aniversário dasubida dos militares ao Poder.

Os partidos, sindicatos e or-ganizações estudantis, tinhamexortado à tarde a população a"aumentar o volume de rádios,televisões e amplificadores pa-ra fazer o máximo de barulho".Após o barulhaço, estava pre-vista uma caravana de carrospelo Centro de Montevidéu. Oprotesto foi convocado pormeio de panfletos que aparece-ram na rua de manhã e qualifi-cavam o cacerolazo de "prévia"para a manifestação deamanhã.

A paralisação cívica, convo-cada em defesa da "democra-cia, liberdade, eleições sem ex-clusões e anistia e trabalho pa-ra todos", será uma jornadasilenciosa, já que os gruposorganizadores instaram os uru-guaios a permanecer em suascasas e ressaltaram que os pro-testos deverão ocorrer de for-ma "absolutamente pacífica".

Ontem à noite, o Governomilitar do General GregorioAlvarez emitiu um decreto tor-nando ilegal a paralisação cívi-ca de amanhã e ameaçandocom a perda de um dia desalário os trabalhadores quefaltarem ao serviço. Por suavez, a Prefeitura de Montevi-déu enviou um ofício às empre-sas de ônibus da cidade orde-nando que façam todo o possí-vel para que o transporte cole-tivo funcione normalmenteamanhã.

Oficiais se

rebelam em

CochabambaLa Paz — Os oficiais da

Escola de Comando do Exérci-to de Cochabamba se insubor-dinaram ontem contra a saídade seu comandante, GeneralGuillermo Velez Salmon, quehá poucos dias pediu a demis-são do Comandante do Exérci-to, General Simon Sejas Tor-doya. Segundo a agência EFE,aderiram à rebelião 110 ofi-ciais, a maioria tenentes-coronéis e capitães.

O Ministério de Informaçõesreferiu-se à revolta como um"minúsculo grupo de oficiais"que, numa "clara manobra di-reitista e antidemocrática",pretendia "sabotar uma peçabásica da muralha institucionalque sustenta o processo demo-crático boliviano". A Escola deGuerra Naval de Cochabambatambém apoiou a rebelião, maso Ministério das Informaçõesgarantiu que a maioria dos co-mandos militares do país conti-nuavam apoiando o GovernoSiles Zuazo.

Partido no

Chile sofre

atentadoSantiago do Chile — Bomba

colocada à entrada da sede doPartido Democracia Radical,pró-governista, foi descobertaao meio-dia de ontem, masespecialistas em segurança con-seguiram detoná-la sem queproduzisse danos materiais devulto no prédio, localizado nocentro de Santiago, informou apolicia.

Outra bomba explodiu do-mingo à noite num edifício mu-nicipal da zona Sul da Capital,também sem causar vítimas,mas a violência da explosãodestruiu uma parede do imóvele quebrou as vidraças de váriascasas nas vizinhanças. Comono caso anterior, a polícia náodescobriu o autor do atentado.

Pentágono

desvia fundo

em HondurasWashington — O Pentágono

utilizou ilegalmente fundosdestinados às manobras milita-res Grande Pinheiro 11. realiza-das no início do ano em Hon-duras, para construir bases emterritório hondurenho. A afir-mação está em um informe doGAO (o Escritório Federal deContas dos Estados Unidos),preparado a pedido do depu-tado democrata Bill Alexan-der. de Arkansas.

O informe confirmou denún-cias feitas recentemente pelojornal The New York Times deque o Governo de Ronald Rea-gan está gastando na AméricaCentral mais do que a verbaaprovada pelo Congresso, des-viando fundos do Ministério daDefesa.

Manzanillo, México — O enviado especial dos EstadosUnidos para a América Central, Harry Shlaudeman, e o Vice-Chanceler nicaragüense, Victor Tinoco, iniciaram ontem nobalneário de Manzanillo, México, dois dias de conversaçõesdestinadas a contornar a pior crise entre Manágua e Washingtondesde o triunfo da revolução sandinista, em 1979, afirmaramfontes diplomáticas às agências internacionais e jornais mexi-canos.

A notícia não foi confirmada a princípio pelo Governomexicano, que atua como medidor do diálogo, nem pelasEmbaixadas nicaragüense e mexicana na Cidade do México. Sóà noite a Chancelaria mexicana anunciou oficialmente o encon-tro, comunicando ainda que o Chanceler Bernardo Sepúlvedapartiu a Manzanillo para dar as "boas-vindas" aos representan-tes dos dois países.

Rígida segurançaO balneário mexicano foi cercado de fortes medidas de

segurança para garantir o encontro, contando inclusive com apresença de dois barcos militares americanos estacionados noporto. Segundo a agência UPI, os agentes mexicanos ocupavam33 alojamentos do Clube Santiago, onde se hospedam as duasdelegações.

Ao que parece, as reuniões foram feitas na residência doGovernador do Estado, no elegante bairro de Clube Santiago, a20 quilômetros de Manzanillo, e delas também está participan-do o Embaixador americano no México, Harry Bergould. Umporta-voz da Embaixada americana em Manágua disse à UPIque o diálogo poderia terminar ontem mesmo, caso as duasdelegações constatassem não terem feito nenhum avanço namelhoria das relações entre os dois países.

Um porta-voz da Embaixada dos Estados Unidos na Cidadedo México disse apenas: "Preferimos que a reunião seja privadae confidencial... por isso não podemos confirmar nem desmentira notícia." Manzanillo, a 831 quilômetros da Capital mexicana,é uma praia do Pacífico muito freqüentada por turistas america-nos.

Segundo o jornal Excelsior, Harry Shlaudeman chegou aoaeroporto de Manzanillo às 15 horas de domingo, em um aviãoespecial, enquanto Victor Tinoco chegou às 20hl5min, em umavião do Governo mexicano. O representante mexicano seria oVice-Chanceler Ricardo Valero, que representa o México noGrupo de Contadora.

A agência oficial Notimex informou que grupos de especia-listas em explosivos e segurança inspecionaram a região antes dachegada dos representantes dos três países. O jornal doGoverno mexicano El Nacional destaca que o Governo america-no insistiu no caráter "privado e confidencial" das conversa-ções.

A reunião de Shlaudeman e Hugo Tinoco teria sidoacertada em um encontro do Secretário de Estado americanoGeorge Shultz e o coordenador da Junta de Governo nicara-güense Daniel Ortega, no dia Io de junho. Esse encontro, porsua vez. teria sido sugerido ao Presidente dos Estados UnidosRonald Reagan pelo Presidente mexicano Miguel de Ia Madrid.que visitou Washington em maio.

O México integra o Grupo de Contadora, que defendeuma solução negociada para o conflito centro-americano. Vene-zuela, Panamá e Colômbia são os outros países-membros dogrupo.

KirkpatrickEm Washington, a Embaixadora americana na ONU. Jeane

Kirkpatrick, chamou os líderes sandinistas nicaragüenses de"stanilistas" e acusou-os de usar métodos violentos para mudara sociedade. Em uma conferência sobre terrorismo que se relizana Capital americana, Kirkpatrick e o Secretário de EstadoGeorge Shultz chamaram os rebeldes anti-sandinistas de "com-batentes da liberdade".

Jackson conversa com

bispo e o Presidente

Duarte em El SalvadorSan Salvador — O aspirante presidencial democrata Jesse

Jackson chegou ontem de manhã a El Salvador, onde passaráseis horas, procedente da Capital panamenha, na segunda etapade sua "ofensiva moral em defesa da paz na América Central".Jackson seguiu em helicóptero do aeroporto internacional até oaeroporto militar de Ilopango, onde teve de aguardar algumtempo pela chegada do automóvel colocado à sua disposição,que sofrerá um acidente. Os jornalistas não tiveram acesso aoaeroporto internacional.

Em Washington, porta-voz do Departamento de Estadoesclareceu que Jackson não é portador de qualquer mensagemdo Governo Reagan e que suas gestões náo significam terocorrido um progresso inesperado na busca de uma soluçãonegociada para a crise na América Central. John Hughesadiantou que o Departamento acompanha sua viagem principal-mente através de informações da imprensa.

Em meio a estritas medidas de segurança, Jackson seguiu doaeroporto diretamente para a sede do Arcehispado. ondeconversou durante 45 minutos com o bispo auxiliar de SanSalvador, Gregorio Rosa Cliávez. Após o encontro. MonsenhorChávez disse aos repórteres que ele e Jackson tinham discutidoos problemas de El Salvador de uma "perspectiva cristã" esalientou que eram "bem-vindos" todos os esforços para seencontrar uma solução política ao conflito que já dura cincoanos.

De sua parte. Jackson destacou que "esta sangrante guerracivil deve terminar" e disse que era vital "terminar com o cicloda dor. Devemos dar uma oportunidade à paz".

Antes de partir, a tarde, para Havana, onde ficará dois dias.Jackson se avistou com o Presidente José Napoléon Duarte. NoPanamá, o líder negro americano conversou longamente comrepresentantes da Oposição salvadorenha sobre a possibilidadede um cessar-fogo e um dos porta-vozes dos guerrilheiros.Hcctor Oqueliz, reiterou a "disposição" dos rebeldes emmanter conversações com o Presidente Duarte em San Salva-dor. Em Havana. Jackson conversará quatro horas com FidelCastro.

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MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES

DEPARTAMENTO NACIONAL

BE ESTRADAS DE RODAGEM

CONCORRÊNCIA - EDITAL N?90/84AVISO

O DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADASDE RODAGEM, Autarquia do Ministério dos Trans-portes, torna público para conhecimento dc quantospossam se interessar que fará realizar CONCORRÊN-CIA, em data de 30 (trinta) do mês de julho de 1984,às 10: 00 horas, na cidade do Rio de Janeiro/RJ. paraexecução de Obras de Conservação Rodoviária, emestradas sob a jurisdição da Residência R-16/4 (JOA-ÇABA), no Estado de Santa Catarina, nas rodoviasBR-153/SC, trecho: Div. PR/SC- Div. SC/RS - sub-trecho: Div. PR/SC Div. SC/RS. BR-282/SC, trecho:Florianópolis - São Miguel do Oeste — subtrccho:1^ Entr. BR-470 - Vargeão (km 474,9). BR470/SC.trecho: Navegantes - Div. SC/RS - subtrecho: 2°Entr. BR-282 - Div. SC/RS, no valor aproximadode CrS 292.900.000,00 (duzentos e noventa e doismilhões e novecentos mil cruzeiros) a preços iniciais.

O Edital referente aos serviços sob o n° 90/84,poderá ser obtido pelas firmas interessadas, na Seçãode Expedição do DNER. na Rua General Bruce, 62-São Cristovão - Rio de Janeiro/RJ.

Rio de Janeiro (RJ), 18 de junho de 1984ENG" SALVAN BORBOREMA DA SILVA

CHEFE DO GRUPO EXECUTIVO DECONCORRÊNCIAS

Ref. Proc. n^ 20100-008869/84-1

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E1El

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34 ? 1° caderno ? terça-feira, 36/6/84

Falecimentos

Rio de JaneiroRaul Pinheiro da Silva. 36,

de insuficiência cardíaca, nofíospital de Ipanema. Carioca,

vogado, casado com GlóriaMartins da Silva, tinha um fi-l{io: Felipe, morava em Copa-cabana.

; Teresa Gomes de Macedo,43, de anemia, no Hospital deBonsucesso. Mineira, casadacom Carlos Viana de Macedo,tinha uma filha: Luciana, mo-rãva em Ramos.' Maria de Lourdes Botelho deSouza, 48, de insuficiência res-plratória, na casa de Saúde SãoJosé. Mineira, casada comAdalberto Bezerra de Souza,tinha dois filhos: Anete e Jor-gç. morava em Botafogo.

, Waldir Monteiro de Carva-lho. 51, de enfisema pulmonar,no Hospital da Santa Casa.Mineiro, comerciante, casadocom Olga Pereira de Carvalho,tinha três filhos: Rosa, Paulo eReinaldo, dois netos, moravano Centro.

José Carlos Lourenço de Ma-tos, 55, de câncer, na Benefi-céncia Portuguesa. Carioca, in-dustrial, casado com Alice Reisde Matos, tinha um filho: Hélioe dois netos, morava em Laran-jeiras.

Ana Maria Albuquerque deOliveira, 62, de embolia pul-monar, no Hospital CardosoFontes. Mineira, casada comBenedito Carvalho de Oliveira,tinha três filhos: Fernando,Helcio e Ari, dois netos, mora-va em Jacarepaguá.° Luiza Silveira de Melo, 74,de ataque cardíaco, em casa noEngenho de Dentro. Mineira,viúva de Antonio Barbosa deMelo. tinha duas filhas: Elma eMarisa, três netos.

EstadosSueli Vieira Tronchul. 24, de

parada cardiorrespiratória. emSao Paulo. Casada com WaldirTronchul, tinha o filho: Fer-nando e demais parentes.

Osmar Silva. 29, de hiper-tensão, em São Paulo. Filho deAbilio Silva e Thereza Apare-cida Silva, tinha o pai e a filhaEdilaine.

Matias Olavo Barbosa, 31,de septicemia, em São Paulo..Casado com Ivonete Maria dosSantos Barbosa, tinha a filha:Viviane.

José Santana de Souza, 33,de. hemorragia, em São Paulo..Solteiro, filho de Clarindo An-tonio de Souza e Cecília Santa-na de Jesus.

José Carlos Souza Matos, 34,de hemorragia em São Paulo.Casado com Faraildes Leal.Santos, tinha parentes.

ExteriorMichel Foucault, 57, em Pa-

ris (Caderno B).Guennadi Larin, 27, de aci-

dente circulatório, em Moscou.Campeão mundial de tiro, es-pecialista da arma carabina li-geira, em sua última apresenta-çãb em fevereiro deste ano emLvov, Ukrania, mereceu desta-qüe ao anotar 1 mil 174 em suaarma predileta, três posições,eiTi torneio que disputou comoutros concorrentes.~Dill Jones, 60. de câncer,num hospital de Nova Iorque.Pianista de jazz, atuou comgrandes figuras desse gêneromusical, entre os quais LouisAfmstrong, Stephane Grapellie > Roy Eldridge. Galés, fezapresentações em Londres logodepois da II Guerra Mundial eacompanhou Armstrong em1957. Visitou os Estados Uni-do°s pela primeira vez em 197Üe Se estabeleceu em Nova lor-qi(e em 1961. Integrou o quar-teto JPJ com Budd Johnson,Bí)l Pemberton e Oliver Jack-son. O trompetista JimmyMçPartland e sua mulher, apianista Marian, foram seusamigos durante 35 anos e oincentivaram a permanecer nosEstados Unidos.

Na Regiáo dos

Delfim VieiraJORNAL DO BRASIL

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H Jfil

Polieia guarda o cofre arrombado

Ladrões levam

Cr$ 46 milhões

de posto do BB

Três homens fizeram ontem o maior assalto a banco doano, no Rio. Levaram Cr$ 46 milhões 603 mil da subagênciado Banco do Brasil, no prédio do Ministério do Trabalho, noCentro, a menos de 100 metros da 3' DP (Santa Luzia).Afirmando que pertenciam à Falange Vermelha, os ladrões —um deles uniformizado de motorista de ônibus — dominaramseis funcionários e um guarda de segurança, presos em doisbanheiros."Tem algum vigilante aí?" O supervisor da agência,Eudes Souto Amorim, não teve tempo de responder àpergunta, feita pelo telefone por um homem. No mesmomomento, um dos ladrões apareceu, ameaçando o supervisorcom um revólver e mandando-o abrir o cofre onde havia CrS38 milhões. O restante do dinheiro estava em dois baús,abertos pelos próprios assaltantes.

Porta fechadaO assalto ocorreu às 18h, uma hora após ter sidoencerrado o expediente no Ministério do Trabalho, que estavacom os portões fechados, o que levou a polícia a acreditar queos ladrões já estavam no prédio. Dois dos três guardas desegurança da empresa Transforte, responsáveis pela vigilância

do banco, já tinham ido embora e o outro, Hilton Pereira daSilva, foi rendido quando se retirava.

Além dos CrS 46 milhões 603 mil, os assaltantes levaramtrês revólveres (guardados no cofre) dos seguranças, e umapulseira de ouro do supervisor Eudes Amorim. O auxiliar desupervisão, Paulo César Veiga, também ficou sem sua bolsacapanga que continha cerca de CrS 20 mil. Na pressa, osladrões dispensaram dois outros baús do banco, com mais CrS9 milhões 547 mil.

Antes de fugirem pelo portão dos fundos do Ministério,na Rua da Imprensa, os ladrões trancaram todos os funcioná-rios nos dois banheiros da agência. Ninguém soube informarse fugiram a pé ou de carro e os porteiros do prédio afirmaramà polícia que após as 18h apenas funcionários do Ministérioforam vistos deixando o local.

Ao cabo Carvalho, do 5o BPM, que chegou ao banco às18h37min, os funcionários da agência descreveram os assaltan-tes como sendo dois homens brancos, um dos quais aparentan-do ter cerca de 50 anos e que usava um terno cinza desbotado,e um preto com uniforme de motorista de ônibus.

O policial acredita, pelo telefonema recebido pelo super-visor da agência, que um quarto homem esteja envolvido noassalto. Eudes Souto Amorim, após contar o dinheiro que osladrões deixaram de levar, não quis fazer declarações. Eleregistrou a queixa na 3a DP.. Haspa

Na Rua Sete de Setembro, 61, três homens assaltaram,às 16 horas, a Caderneta de Poupança Haspa, levando mais deCrS 5 milhões, produto da arrecadação de mutuários da casaprópria. Renderam cerca de oito funcionários. A políciadesconfia que houve vazamento de informação porque acaderneta está sob intervenção e poucas pessoas sabiam que asagências estão recebendo pagamentos. Os ladrões fugiram apé.

AVISOS RELIGIOSOS

ALBERTO MELLO

DUARTET DIA

JL A Família, sensibilizada, agradece as ma-T nifestações de pesar recebidas e convida

I para a Missa de 7o Dia a realizar-se às 11horas do dia 28 do corrente, na Igreja de

São José (Castelo)

ALBERTO MELLO

DUARTE

J, A Diretoria e Funcionários da CommercialT Union do Brasil Seguradora S.A., conster-

I nados com o passamento do seu colabo-rador e colega, convidam para a Missa de

7o Dia a realizar-se às 11 horas do dia 28 docorrente, na Igreja de São José (Castelo).

CANDIDA MOREIRA(CANDOCA)

MISSA DE 7° DIA

tA

família e os amigos da querida CANDO-CA cumprem o doloroso dever de comuni-car o seu falecimento e convidam para amissa de 7o dia que farão realizar amanhã,

4a-feira, dia 27, às 10 hs. na Igreja N.S. doRosário à rua Gal. Ribeiro da Costa n° 164,Leme (p

Psicóloga envolvida TEMPO

no caso do jóquei

vai ser indiciadaA psicóloga Nina Rosa Car-

neiro de Almeida, mulher doex-soldado da Polícia MilitarFrancisco Neto, não se apre-sentou, ontem, ao Departa-mento de Investigações Espe-ciais para ser reinquirida nocaso da extorsão e seqüestro doperuano Elard Salinas Azpur,do ex-jóquei Francisco Iri-goyen, de Djalma Rosendo ede Gaston Guido Irigoyen.

Quando ela se apresentarpara o novo depoimento, deve-rá ser informada pelo delegadoRonaldo Martins de que vai serindiciada por extorsão e parti-cipação nos seqüestras. Tam-bém o ex-PM, apesar de termarcado três vezes a sua apre-sentação, até ontem não apare-ceu e será indiciado nos crimes.RELATO

O delegado Ronaldo Mar-tins disse que não tem maisdúvidas de que os detetivesJoão Silva Bistene, o Peninha,Mário Castanho, José RobertoCunha Raposo, o Gaúcho, eJorge Franklin da Costa Faria,além do ex-soldado Neto e damulher dele, a psicóloga NinaRosa, estão envolvidos na ten-tativa de extorsão ao peruanoElard Salinas e no seqüestrodele e das três outras pessoas.

Cocaína em

pasta chega

a RioB rançoRio Branco — Uma equipe

de agentes da Polícia Federaltransportou ontem de Cruzeirodo Sul para esta Capital os 363quilos de pasta de cocaína(equivalentes a 40 quilos decocaína pura) apreendidos umaparte na quinta-feira, no aero-porto daquela cidade, e o res-tante no sábado, em Vila Thau-maturgo, no interior do Estadodo Acre.

Foram presos o brasileiroJaldo Alves Nogueira Reis,sargento da Aeronáutica lota-,do em Porto Velho, e o colom-biano Viçtor Ludena Gutiér-rez. Os dois levavam a cocaínanum avião monomotor Cesna eforam surpreendidos no aero-porto de Cruzeiro do Sui, naquinta-feira. Conseguiram es-capar mas foram localizadospela Polícia, no sábado, emVila Thaumaturgo, a 700 kmde Rio Branco.

Ontem, ao ouvir o depoi-mento de Rosângela Ribeiro,nora de Djalma Rosendo, odelegado se convenceu aindamais do envolvimento dos poli-ciais "que armaram uma ciladapara tomar dinheiro do perua-no e, como não conseguiram,seqüestraram as vítimas paraque elas não os denuncias-sem". Além de investigar aextorsão e os seqüestras, a po-lícia procura, ainda, os corposdos quatro homens em necroté-rios do Estado e em locais dedesova de corpos de vítimas doEsquadrão da Morte.

Rosângela, ao depor, contouque ouviu a psicóloga dizer,antes do seqüestro dos quatro,que Elard Salinas estava envol-vido com o tráfico de cocaína eque ele tinha 3 quilos do tóxicoem casa. Talvez por isso —disse o delegado — Peninha e ogrupo invadiram a casa dele,para exigir 300 mil dólares "eparte da droga para não pren-dê-los". Mas como o peruanonão tinha dinheiro (e ele nãoseria traficante, diz o policial)os policiais ficaram com medode serem denunciados e, então,planejaram o seqüestro e mor-te deles.

DPF apreende

fotolito de

dólar falsoSão Paulo — A Polícia Fede-

ral apreendeu ontem 20 folhasde fotolitos de cédulas de 100dólares, com a numeração emsérie, que seriam impressas poruma quadrilha presa há oitodias, acusada de falsficar cercade 1 milhão de dólares. Aapreensão foi feita na casa deCleusa Quintino dos Santos, nacidade de Caraguatatuba.

Cleusa declarou não saber setratar de material para falsifica-ção: pensava apenas que eramdocumentos que o engenheiroMário Ikemoto — acusado dechefiar a quadrilha — lhe derapara guardar. Foi na chácarade Ikemoto, na cidade de Uba-tuba (vizinha a Caraguatatu-ba), que a Polícia Federal loca-lizou uma impressora off-set edezenas de fotolitos de cédulasde 100 dólares prontos paraserem usados. Ali apreendeucentenas de dólares falsos.

Continental admite que

fez "Thriller99

pirata e

promete entregar matrizSão Paulo — A direção da

gravadora Continental — queadmitiu ter prensado cerca de 2mil LPs Thriller, do cantor Mi-chael Jackson, a pedido da em-presa Revolution — prometeuentregar hoje à Polícia Federala matriz que usou para fazer osdiscos piratas e uma nota fiscalemitida à Revolution por servi-ços prestados.

Com essas provas o dono daRevolution — uma loja auevende lembranças e discos dosBeatles — Marco Antônio Ma-lagolli, poderá responder a in-quérito por crime de falsifica-ção, afirmou o delegado SidneyAlves de Oliveira, chefe daDelegacia Fazendária do DPF.Mas o dono da Revolution ne-ga ter encomendado discos à

gravadora. Segundo MarcoMalagoli, o nome de sua em-presa teria sido usado indevida-mente para a prensagem clan-destina.

A Polícia Federal recebeuuma denúncia dos advogadosda gravadora CBS, distribuído-ra dos discos do cantor MichaelJackson em todo o mundo, deque 300 mil cópias falsas esta-vam sendo vendidas em lojaspor um preço CrS 2 mil inferiorao seu. Segundo os advogados,os discos foram prensados nagravadora Continental a pedi-do da empresa Revolution. De-zenas de LPs Thrillers, falsifi-cados, foram apreendidos emvárias lojas de São Paulo pelosagentes da Delegacia Fazen-dária.

/civre-se antecipadamente das despesas de funeral. Resolvatodos os problemas acarretados por uma morte na famíliaaderindo ao SINAF. Sem limite de idade, sem exame módico,sem carência. Tel.: 240-7226.

SISTEMA NACIONAL DEi^INAF ASSISTÊNCIA A FAMÍLIA

DIDiMO PEIXOTO DE

VASCONCELLOS(6 MESES DE FALECIMENTO)

tErcilia

Pereira de Vasconcellos, Solange Perei-ra de Vasconcellos e Josué Simões Loureiroconvidam seus amigos para a Missa quemandam celebrar por alma de seu esposo, paie amigo DÍDIMO, amanhã, dia 27, às 11,00 horas, na

Igreja de Nossa Senhora Mãe dos Homens, à Rua daAlfândega, 54 — Centro.

MÉDICO

DR. HENRIQUE FURTADO PORTUGAL(7o DIA)

tSua

Família agradece as manifestações re-cebidas pelo seu falecimento ocorrido emBelo Horizonte, onde residia e convida seusParentes e Amigos para a Missa de T Dia,

em Niterói, que será celebrada amanhã, quarta-feira, 27 de junho, às 10 h., na Basílica de N. S.Auxiliadora (Salesianos), r. Santa Rosa, 207.

7° DIALAUDELINA MATTOS DE CAMPOS

(DIDA)

tSeus

filhos Cecy, Sofia, Aracy, Miracy. Jacy etambém seu genro, netos, bisnetos, tataranetosagradecem o carinho recebido e convidam para aMissa a ser realizada, hoje, dia 26, terça-feira, às 18horas, na Igreja São Paulo Apóstolo á Rua Barão deIpanema, Copacabana.

^

|

"¦ sy.-No Rio Grande do Sul está uma frente fria estacionaria, que tende a recuar como frentequente, acompanhada de chuvas e algumas trovoadas. Continua prevalecendo a alta pressãosubtropical na região Centro-Sul e Leste do país, mantendo tempo estável. Um centro de baixapressão em altitude está associado a nevadas na Argentina.

No RioTempo claro a parcialmente nublado, nevoeiros na madni-gada e pela manhá. Temperatura estável. Ventos: Norte,fracos a moderados. Visibilidade moderada a boa. Máxima:31.8, em Realengo; mínima: 15.0, no AJto da Boa Vista.Aa Chuvas— Precipitação em mm nas últimas 24 horas: 0.0;acumulada este mês: 0.3; normal mensal: 43.2; acumuladaeste ano: 239.1; normal anual: 1075.8.O Sol — Nascerá às 06h33rain e o Ocaso será às 17hi7min.O Mar no Rio de janeiro — Preamar.- 00h57min/l.lm e13h37min/l .2m. Baixa-mar: 07h59min/0.3m e20h47miiy0.4m. Era Angra dos Reis — Preamar:00hl7min/l. 1 ra e 12h44rain/l .2m. Baixa-mar:06h59min/0.3m e 19h42min/0.3m. Em Cabo Frio — Prea-mar: 00h4éminyi.0m e 13h03min/1.2m. Baixa-mar:06b41min/0.4m e 19h29min/0.4m.O Salvamar informa que o mar está calmo, com águas a 20graus, correndo de Leste para Sul.

A Lua

MinguuiU CreacenteAt* 28/6 *29/6 5n Cheia12n

Nos EstadosEspírito Santo: Claro a pte. nub. Temp.: estável. Máx.,28.5; min., 24.4; Minas Gerais: Pte. nub. Oeste nub.Temp.: estável. Máx., 26.8; min., 12.4; Sáo Paulo: Pte. nub.a claro; nvos. isol. pela manhá no Este. Temp.: estável.Máx., 25.4; min., 13.3; Paraná: Pte. nub. d nvos. isol. pelamanhã no Este. Temp.: estável. Máx., 23.2; min., 10.9;Santa Catarina: Ene. a nub. d chvs. isol. no Sul; nub. a pte.nub. d nvos. pela manhá nas demais regs. Temp.: estável.Máx., 24.5; min., 16.1; Rio Gde. do Sul: Ene. a nub. dchuvas esparsas. Temp.: estável. Máx., 27.4; min., 19.6;

Amazonas: Ene. a nub. d pnes. esp. nub. a pte. nub noSudeste. Temp.: eslâvjl. Máx., 28.4; min., 22.1; Acre: Nub.a pte. nub. d pnes. esp. Temp.: estável; Roraima: Ene. anub. d pnes. esp. Temp..- estável. Máx., 23.1; min., 22.9;Pará: Ene. a nub. d pnes. esp. nub. a pte. nub. d pnes. noNordeste; nub. a pte. nub. no Sul. Temp.: estável. Máx.,31.8; min., 21; Amapá: Nub. d pnes. esp. Temp.: estável.Máx., 30.6; Min., 22.4; Maranhão: PÍe. nub. a claro.Temp.: estável. Máx., 31.4; min., 19; Piauí/ Ceará: Pte.nub. .1 claro. Temp.: estável. Máx., 30; min., 20.7, Rio Gde.do Norte/Paraíba/Pernambuco: Pte. nub. a claro; nub. a pte.nub. d pnes. de chuvas no Este. Temp.: estável. Máx., 28.6;min., 21.6; Alagoas/Sergipe: Nub. a pte. nub. d pnes. dechuvas. Temp.: estável. Máx., 27.4; min., 20.4; Bahia: Pte.nub. a claro; pte. nub. d pnes. de chuvas isol. no Este.Temp.: estável. Máx., 27.8; min., 22.4; Mato Grosso: Pte.nub. a claro. Temp.: estável. Máx., 33.7; m/n., 16.9; MatoGrano do Sul: Claro a pte. nub. Temp.: estável. Máx.. 30.9;min., 17.1; Goiás: Pte. nub. a claro; claro a pte. nub. dnévnn seca no Sul. Temp.: estável; Distrito Federal: Claro apte. nub. d névoa seca. Temp.: estável. Máx., 25.2; min.,14.1; Rondônia: Pte. nub. a claro. Temp.: estável.No MundoAtenas: 31, claro; Barbados: 30, claro; Beirute: 28, claro;Beljírado: 25, nublado; Berlim: 16, nublado; Bogotá: 18,claro; Bruxelas: 18, nublado; Buenos Aires: 10, chuva;Cairo: 36, claro; Caracas: 29, chuva; Chicago: 26, claro;Copenhague: 14, nublado; Dublin: 17, nublado; FrancfUrt:16, chuva; Genebra: 21, nublado; Havana: 30, nublado;Helsínqul: 18, nublado; Yakarta: 31, claro; Jerusalém: 17,claro; JolianDesburgo: 13, claro; Lima: claro; Lisboa: 29,claro; Londres: 24, nublado; Los Angeka: 30, nublado;Madri: 32, claro; Méxko: 23, nublado; Mlaml: 34, chuva;Montevidéu: 11, chuva; Montreal: 22, chuva; Moscou: 23,nublado; Nassau: 31, nublado; Nova Déli: 40, nublado; NovaIorque: 24, claro: Nleúsia: 30. claro; Oslo: 13. nublado;Paris: 20, nublado; Pequim: 32, claro; Roma: 26, nublado;San Francisco: 20, claro; San Juan: 33, nublado; Santiago:14, chuva; Estocolmo: 15, nublado; Sidney: 20, claro; TelAvlv: 31, claro; Tóquio: 22, chuva; Viena: 18, nublado;Varsóvla: 16, nublado

Juiz decreta prisão

preventiva para

sócio de "Livinho"

Niterói — Até sexta-feira da próxima semana, o Juiz JoséCarlos Nogueira dos Santos deverá julgar cinco réus presospor participarem da quadrilha de Lívio Bruni Filho. Ontem, ojuiz informou à Ia Câmara Criminal do Tribunal de Justiçaoue decretou a prisão preventiva de Marcos Galvão — sóciode Livinho, que pretendia exportar cocaína em latas desardinhas Beira Alta para os Estados Unidos — porque "aprópria fuga do acusado, que não se apresentou à Justiça, bemcomo seu depoimento na Delegacia de Entorpecentes, justifi-caram a medida".

Até quinta-feira, depois que a Promotora Marilza MatosMendes se pronunciar sobre um pedido de exame de depen-dência toxicológica de José Gonçalo da Cruz Alencar; umpedido de devolução de um Mercedes-Benz não quitado porLivinho, e um pedido de relaxamento da prisão preventiva deJosé Dias de Moraes, o Juiz Nogueira dos Santos marcará ojulgamento, que pelos prazos legais deverá acontecer até oitodias depois.

Preocupado com os prazos exíguos ditados pela Lei deEntorpecentes, o Juiz da Ia Vara Criminal deverá desmem-brar o processo em três: um para julgar cinco réus presos e ostrês revéis; outro para julgar os três réus soltos (Afonso BaiãoGalvão, sócio da indústria Beira Alta e pai de Marcos Galvão;e os motoristas Daniel Leite de Oliveira e Manuel Apolináriode Gouveia e Freitas); e o terceiro para julgar José Gonçaloda Cruz Alencar, que requereu exame de dependência toxico-lógica, cujas realização e resultado deverão demorar.

Na semana passada, George Tavares, advogado deMarcos Galvão, requereu ao Tribunal de Justiça a anulação daordem de prisão preventiva de seu cliente, alegando que ojuiz, em seu despacho, "não informou qual a necessidade daprisão, e nem por que motivo ele a decretava". Além deMarcos Galvão, têm prisão preventiva decretada, mas comi-nuam foragidos, Livío Bruni Filho e o servente da Secretariade Polícia Civil, José Dias de Moraes.

Ontem, ao justificar à Ia Câmara Criminal por quemandara prender Marcos Galvão Fonseca, o juiz juntou ;i suainformação cópia do depoimento da Ia Vara Criminal deCarlos José Coutinho, o Tuca, tido como gerente-administrativo de Livinho. Ele afirmou "que Marcos pediadinheiro a seu pai, Afonso, para entregar a Lívio (...). queMarcos recebia cocaína de Lívio, a usava e também adistribuía, além de elaborar planos com Lívio para, na fábricaBeira Alta, articular um movimento para derrubar AntônioNasser Neto (superintendente da indústria).

Armazém da

Varig é

assaltadoSeis homens armados assai-

taram o armazém de cargas daVarig, no Aeroporto Interna-cional do Rio. Roubaram 19volumes, muitos dos quais emtrânsito, contendo jóias, biju-terias e 15 revólveres Tauruscalibres 22,32 e 38. Os ladrões,que usaram um Monza e umPassat, dominaram 13 funcio-nários e vigilantes e fugiramsem ser perseguidos.

— Foi uma ação coordena-da e tudo indica que os assai-tantes estudaram a área. Foium assalto com muitos requin-tes — comentou João Luís Sou-za, superintendente-geral decargas da Varig. Ele estimou oroubo em CrS 25 milhões, in-cluindo um indicador de cursopara avião, no valor de CrS 7milhões.

Dois dos seis homens usa-ram meias de mulher para en-cobrir o rosto. Chegaram às3hI5min. Dominaram inicial-mente o segurança da Varig,que estava desarmado.

Invadiram o armazém e do-minaram cinco funcionários daVárig e sete empregados daServiço Auxiliar de Transpor-tes Aéreos (Sata).

Antes de fugir, os assaltan-(es trancaram numa das salasdo armazém todos os funcioná-rios, que só minutos mais tardeconseguiram arrombar a portae dar o alarma. Patrulhas cer-caram parte da Ilha do Gover-nador e terrenos da Ilha doFundão, mas não acharam osassaltantes.

CATERINÂ OSELLA GAVALLI (RINA)MISSA DE 30° DIA

t

Comovida com as manifestações de pesar por ocasião do faleci-mento de sua pranteada RINA, sua família agradece e convidaparentes e amigos para a Missa que fará celebrar amanhã 27, às10h, na Igreja Abacial do Mosteiro de S. Bento (Capela do

Santíssimo) pelo repouso eterno de sua boníssima Alma.

CORYWÍHA DE MELLO CALDAS(MÃEZINHA)

tSua

família agradece as manifestações de solidariedade econvida os parentes e amigos para a Missa de Mês arealizar-se no próximo dia 27 (4a feira), às 11 horas, na

Igreja Santa Cruz dos Militares (Rua 1o de Março).

Araruama, no

caminho de v

Cabo Frio, voçe

encontra.

'• r''' % V-' '"4

Uma indústriade móveis

; e cerâmicasaltamente

sofisticadas,

, cercada deUm comércio

com atmosfera

¦pv colonial.

Vale a pena daruntpulo na GIGI.

am.

BI

14 ? Io caderno ? terça-feira, 26/6/84 ? 20 clichê JORNAL DO BRASILDelfim Vieira

Falecimentos

Rio de JaneiroRaul Pinheiro da Silva, 36,

de insuficiência cardíaca, noHospital de Ipanema. Carioca,advogado, casado com GlóriaMartins da Silva, tinha um fi-ího: Felipe, morava em Copa-cabana.

Teresa Gomes de Macedo,43, de anemia, no Hospital deBonsucesso. Mineira, casadacom Carlos Viana de Macedo,tinha uma filha: Luciana, mo-rava em Ramos.

Maria de Lourdes Botelho deSouza, 48, de insuficiência res-piratória. na casa de Saúde SãoJosé Mineira, casada comAdalberto Bezerra de Souza,tinha dois filhos: Anete e Jor-ge, morava em Botafogo.

Waldir Monteiro de Carva-lho, 51, de enfisema pulmonar,no Hospital da Santa Casa.Mineiro, comerciante, casadocom Olga Pereira de Carvalho,tinha três filhos: Rosa, Paulo eReinaldo, dois netos, moravano Centro.

José Carlos Lourenço de Ma-tos, 55, de câncer, na Benefi-cência Portuguesa. Carioca, in-dustrial, casado com Alice Reisde Matos, tinha um filho: Hélioe dois netos, morava em Laran-jeiras.

Ana Maria Albuquerque deOliveira, 62, de embolia pul-monar, no Hospital CardosoFontes. Mineira, casada comBenedito Carvalho de Oliveira,tinha três filhos: Fernando,Helcio e Ari, dois netos, mora-va em Jacarepaguá.

Luiza Silveira de Melo, 74,de ataque cardíaco, em casa noEngenho de Dentro. Mineira,viúva de Antonio Barbosa deMelo, tinha duas filhas: Elma eMarisa, três netos.

EstadosSueli Vieira Tronchul, 24, de

parada cardiorrespiratória. emSão Paulo. Casada com WaldirTronchul, tinha o filho: Fer-nando e demais parentes.

Osmar Silva, 29, de hiper-'tensão, em São Paulo. Filho deAbilio Silva e Thereza Apare-cida Silva, tinha o pai e a filhaEdilaine.

Matias Olavo Barbosa, 31,de septicemia, em São Paulo..Casado com Ivonete Maria dosSantos Barbosa, tinha a filha:Viviane.

José Santana de Souza, 33,de hemorragia, em São Paulo. .Solteiro, filho de Clarindo An-tonio de Souza e Cecília Santa-na de Jesus.

José Carlos Souza Matos. 34,de hemorragia em São Paulo.Casado com Faraildes LealSantos, tinha parentes.

ExteriorMichel Foucault, 57, em Pa-

ris (Caderno B).Guennadi Larin, 27, de aci-

dente circulatório, em Moscou.Campeão mundial de tiro, es-pecialista da arma carabina li-geira, em sua última apresenta-ção em fevereiro deste ano emLvov, Ukrania. mereceu desta-que ao anotar 1 mil 174 em suaarma predileta, três posições,em torneio que disputou comoutros concorrentes.

Dill Jones, 60, de câncer,num hospital de Nova Iorque.Pianista de jazz. atuou comgrandes figuras desse gêneromusical, entre os quais LouisArmstrong, Stephane Grapellie Roy Eldridge. Galés, fezapresentações em Londres logodepois da II Guerra Mundial eacompanhou Armstrong em1957. Visitou os Estados Uni-dos pela primeira vez em 1970e se estabeleceu em Nova lor-.que em 1961. Integrou o quar-teto JP.I com Budd Johnson,Bill Pemberton e Oliver Jack-son. O trompetista JimmyMcPartland e sua mulher, apianista Marian, foram seusamigos durante 35 anos e oincentivaram a permanecer nosEstados Unidos.

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olícia guarda o cofre arrombado

Ladrões levam

Cr$ 46 milhões

de posto

do BBTrês homens fizeram ontem o maior assalto a banco do

ano, no Rio. Levaram Cr$ 46 milhões 603 mil da subagênciado Banco do Brasil, no prédio do Ministério do Trabalho, noCentro, a menos de 100 metros da 3a DP (Santa Luzia).Afirmando que pertenciam à Falange Vermelha, os ladrões —um deles uniformizado de motorista de ônibus — dominaramseis funcionários e um guarda de segurança, presos em doisbanheiros."Tem algum vigilante aí?" O supervisor da agência,Eudes Souto Amorim, não teve tempo de responder àpergunta, feita pelo telefone por um homem. No mesmomomento, um dos ladrões apareceu, ameaçando o supervisorcom um revólver e mandando-o abrir o cofre onde havia Cr$38 milhões. O restante do dinheiro estava em dois baús,abertos pelos próprios assaltantes.

Porta fechadaO assalto ocorreu às 18h, uma hora após ter sido

encerrado o expediente no Ministério do Trabalho, que estavacom os portões fechados, o que levou a polícia a acreditar queos ladrões já estavam no prédio. Dois dos três guardas desegurança da empresa Transforte, responsáveis pela vigilânciado banco, já tinham ido embora e o outro, Hilton Pereira daSilva, foi rendido quando se retirava.

Além dos Cr$ 46 milhões 603 mil. os assaltantes levaramtrês revólveres (guardados no cofre) dos seguranças, e umapulseira de ouro do supervisor Eudes Amorim. O auxiliar desupervisão, Paulo César Veiga, também ficou sem sua bolsacapanga que continha cerca de Cr$ 20 mil. Na pressa, osladrões dispensaram dois outros baús do banco, com mais Cr$9 milhões 547 mil.

Antes de fugirem pelo portão dos fundos do Ministério,na Rua da Imprensa, os ladrões trancaram todos os funcioná-rios nos dois banheiros da agência. Ninguém soube informarse fugiram a pé ou de carro e os porteiros do prédio afirmaramà polícia que após as 18h apenas funcionários do Ministérioforam vistos deixando o local.

Ao cabo Carvalho, do 5° BPM, que chegou ao banco às18h37min, os funcionários da agência descreveram os assaltan-tes como sendo dois homens brancos, um dos quais aparentan-do ter cerca de 50 anos e que usava um terno cinza desbotado,e um preto com uniforme de motorista de ônibus.

O policial acredita, pelo telefonema recebido pelo super-visor da agência, que um quarto homem esteja envolvido noassalto. Eudes Souto Amorim, após contar o dinheiro que osladrões deixaram de levar, não quis fazer declarações. Eleregistrou a queixa na 3a DP.

HaspaNa Rua Sete de Setembro, 61, três homens assaltaram,

às 16 horas, a Caderneta de Poupança Haspa, levando mais deCrS 5 milhões, produto da arrecadação de mutuários da casaprópria. Renderam cerca de oito funcionários. A políciadesconfia que houve vazamento de informação porque acaderneta está sob intervenção e poucas pessoas sabiam que asagências estão recebendo pagamentos. Os ladrões fugiram apé.

AVISOS RELIGIOSOS

ALBERTO MELLO

DUARTE7o DIA

tA

Família, sensibilizada, agradece as ma-nifestações de pesar recebidas e convidapara a Missa de 7o Dia a realizar-se às 11horas do dia 28 do corrente, na Igreja de

São José (Castelo)

ALBERTO MELLO

DUARTE

JL A Diretoria e Funcionários da CommercialT Union do Brasil Seguradora S.A., conster-

I nados com o passamento do seu colabo-rador e colega, convidam para a Missa de

7o Dia a realizar-se às 11 horas do dia 28 docorrente, na Igreja de São José (Castelo).

CANDIDA MOREIRA(CANDOCA)

MISSA DE 7° DIA

tA

família e os amigos da querida CANDO-CA cumprem o doloroso dever de comuni-car o seu falecimento e convidam para amissa de 7o dia que farão realizar amanhã,

4a-feira, dia 27, às 10 hs. na Igreja N.S. doRosário àLeme

rua Gal. Ribeiro da Costa n° 164,(P

CASSIANO R. DE ARAÚJO

FILHO

t

Margarida Araújo, sua filha e genro, Lenitae Avelino Cabral, netos e bisnetos, comu-nicam o falecimento de seu querido espo-so, pai, avô e bisavô. O féretro sairá hoje,

dia 26, da capela do cemitério da Ordem 3a daPenitência — Caju — às 16 horas.

Psicóloga envolvida

no caso do jóquei

vai ser indiciada

TEMPO

A psicóloga Nina Rosa Car-neiro de Almeida, mulher doex-soldado da Polícia MilitarFrancisco Neto, não se apre-sentou, ontem, ao -Departa-mento de Investigações Espe-ciais para ser reinquirida nocaso da extorsão e seqüestro doperuano Elard Salinas Azpur,do ex-jóquei Francisco Iri-goyen, de Djalma Rosendo ede Gaston Guido Irigoyen.

Quando ela se apresentarpara o novo depoimento, deve-rá ser informada pelo delegadoRonaldo Martins de que vai serindiciada por extorsão e parti-cipação nos seqüestras. Tam-bém o ex-PM, apesar de termarcado três vezes a sua apre-sentação, até ontem pão apare-ceu e será indiciado crimes.RELATO

O delegado Ronaldo Mar-tins disse que não tem maisdúvidas de que os detetivesJoão Silva Bistene, o Peninha,Mário Castanho, José RobertoCunha Raposo, o Gaúcho, eJorge Franklin da Costa Faria,além do ex-soldado Neto e damulher dele, a psicóloga NinaRosa, estão envolvidos na ten-tativa de extorsão ao peruanoElard Salinas e no seqüestrodele e das três outras pessoas.

Cocaína em

pasta chega

a Rio BrancoRio Branco — Uma equipe

de agentes da Polícia Federaltransportou ontem de Cruzeirodo Sul para esta Capital os 363auilos de pasta de cocaína(equivalentes a 40 quilos decocaína pura) apreendidos umaparte na quinta-feira, no aero-porto daquela cidade, e o res-tante no sábado, em Vila Thau-maturgo, no interior do Estadodo Acre.

Foram presos o brasileiroJaldo Alves Nogueira Reis,sargento da Aeronáutica lota-,do em Porto Velho, e o colom-biano Victor Ludena Gutiér-rez. Os dois levavam a cocaínanum avião monomotor Cesna eforam surpreendidos no aero-porto de Cruzeiro do Sul, naquinta-feira. Conseguiram es-capar mas foram localizadospela Polícia, no sábado, emVila Thaumaturgo, a 700 kmde Rio Branco.

Ontem, ao ouvir o depoi-mento de Rosângela Ribeiro,nora de Djalma Rosendo, odelegado se convenceu aindamais do envolvimento dos poli-ciais "que armaram uma ciladapara tomar dinheiro do perua-no e, como náo conseguiram,seqüestraram as vítimas paraque elas não os denuncias-sem". Além de investigar aextorsão e os seqüestras, a po-lícia procura, ainda, os corposdos quatro homens em necroté-rios do Estado e em locais dedesova de corpos de vítimas doEsquadrão da Morte.

Rosângela, ao depor, contouque ouviu a psicóloga dizer,antes do seqüestro dos quatro,que Elard Salinas estava envol-vido com o tráfico de cocaína eque ele tinha 3 quilos do tóxicoem casa. Talvez por isso —disse o delegado — Peninha e ogrupo invadiram a casa dele,para exigir 300 mil dólares "eparte da droga para não pren-dê-los". Mas como o peruanonão tinha dinheiro (e ele náoseria traficante, diz o policial)os policiais ficaram com medode serem denunciados e, então,planejaram o seqüestro e mor-te deies.

DPF apreende

fotolito de

dólar falsoSão Paulo — A Polícia Fede-

ral apreendeu ontem 20 folhasde fotolitos de cédulas de 100dólares, com a numeração emsérie, que seriam impressas poruma quadrilha presa há oitodias, acusada de falsficar cercade 1 milhão de dólares. Aapreensão foi feita na casa deCleusa Quintino dos Santos, nacidade de Caraguatatuba.

Cleusa declarou não saber setratar de material para falsifica-ção: pensava apenas que eramdocumentos que o engenheiroMário Ikemoto — acusado dechefiar a quadrilha — lhe derapara guardar. Foi na chácarade Ikemoto, na cidade de Uba-tuba (vizinha a Caraguatatu-ba), que a Polícia Federal loca-lizou uma impressora off-set edezenas de fotolitos de cédulasde 100 dólares prontos paraserem usados. Ali apreendeucentenas de dólares falsos.

Continental admite que

fez "Thriller"

pirata e

promete entregar matrizSão Paulo — A direção da

gravadora Continental — queadmitiu ter prensado cerca de 2mil LPs Thriller, do cantor Mi-chael Jackson, a pedido da em-presa Revolution — prometeuentregar hoje à Polícia Federala matriz que usou para fazer osdiscos piratas e uma nota fiscalfcmitida à Revolution por servi-ços prestados.

Com essas provas o dono daRevolution — uma loja quevende lembranças e discos dosBeatles — Marco Antônio Ma-lagolli, poderá responder a in-quérito por crime de falsifica-ção, afirmou o delegado SidneyAlves de Oliveira, chefe daDelegacia Fazendária do DPF.Mas o dono da Revolution ne-ga ter encomendado discos à

gravadora. Segundo MarcoMalagoli, o nome de sua em-presa teria sido usado indevida-mente para a prensagem clan-destina.

A Polícia Federal recebeuuma denúncia dos advogadosda gravadora CBS, distribuído-ra dos discos do cantor MichaelJackson em todo o mundo, deque 300 mil cópias falsas esta-vam sendo vendidas em lojaspor um preço CrS 2 mil inferiorao seu. Segundo os advogados,os discos foram prensados nagravadora Continental a pedi-do da empresa Revolution. De-zenas de LPs Thrillers, falsifi-cados, foram apreendidos emvárias lojas de São Paulo pelosagentes da Delegacia Fazen-dária.

fLivre-se antecipadamente das despesas de funeral. Resolvatodos os problemas acarretados por uma morte na famíliaaderindo ao SINAF. Sem limite de idade, sam exama módico,sem carência. Tel.: 240-7226.

SISTEMA NACIONAL DEASSISTÊNCIA A FAMÍLIA

DIDIMO PEIXOTO DE

VASCONCELLOS(6 MESES DE FALECIMENTO)

tErcilia

Pereira de Vasconcellos, Solange Perei-ra de Vasconcellos e Josué Simões Loureiroconvidam seus amigos para a Missa quemandam celebrar por alma de seu esposo, pai

e amigo DÍDIMO, amanhã, dia 27, às 11,00 horas, naIgreja de Nossa Senhora Mãe dos Homens, à Rua daAlfândega, 54 — Centro.

MÉDICO

DR. HENRIQUE FURTADO PORTUGAL(7° DIA)

tSua

Família agradece as manifestações re-cebidas pelo seu falecimento ocorrido emBelo Horizonte, onde residia e convida seusParentes e Amigos para a Missa de T Dia,

em Niterói, que será celebrada amanhã, quarta-feira, 27 de junho, às 10 h., na Basílica de N. S.Auxiliadora (Salesianos), r. Santa Rosa, 207.

7° DIA

LAUDELINA MATTOS DE CAMPOS(DIDA)

tSeus

filhos Cecy, Sofia, Aracy, Miracy, Jacy etambém seu genro, netos, bisnetos, tataranetosagradecem o carinho recebido e convidam para aMissa a ser realizada, hoje, dia 26. terça-feira, às 18horas, na Igreja São Paulo Apóstolo à Rua Baráo de

Ipanema, Copacabana.

Satélite GOES — INPE (Cachoeira Paulista — 18h (26/6/84)

Wfr No Rio Grande do Sul está uma frente fria estacionária, que tende a recuar como frentequente, acompanhada de chuvas e algumas trovoadas. Continua prevalecendo a alta pressãosubtropical na região Centro-Sul e Leste do país, mantendo tempo estável. Um centro de baixapressão em altitude está associado a nevadas na Argentina.

No RioTempo claro a parcialmente nublado, nevoeiros na madru-gada e pela manhã. Temperatura estável. Ventos: Norte,fracos a moderados. Visibilidade moderada a boa..Máxima:31.8, em Realengo; mínima: 15.0, no Alto da Boa Vista.As Chuvas — Precipitação em mm nas últimas 24 horas: 0.0;acumulada este mês: 0.3; normal measal: 43.2; acumuladaeste ano: 239.1; normal anual: 1075.8.O Sol — Nascerá às 06h33min e o Ocaso será às 17hl7min.O Mar no Rio de Janeiro — Preamar: 001i57min/l.lm e13h37min/l .2m. Baixa-mar: 07h59min/0.3m e20h47min/0.4m. Em Angra dos Reis — Preamar:00hl7min/l.lm e 12h44min/l .2m. Baixa-mar:06h59min/0.3m e 19h42min/0.3m. Em Cabo Frio — Prea-mar: 00h46min/1.0m e 13h03min/1.2m. Baixa-mar:06h41min/0.4ra e 19h29min/0.4m.O Salvamar informa que o mar está calmo, com águas a 20graus, correndo de Leite para Sul.

A Lua

DIQOMinguante Nora Crescente CheiaAlé 2»6 SH 12/7

Nos EstadosEspírito Santo: Claro a pte. nub. Tcmp.: estável. Máx.,28.5; min., 24.4; Minas Gerais: Pte. nub. Oeste nub.Tcmp.: estável. Máx., 26.8; min., 12.4; São Paulo: Pte. nub.a claro; nvos. isol. pela manhíí no Este. Tcmp.: estável.Máx., 25.4; min., 13.3; Paraná: Pte. nub. d nvos. isol. pelamanhà no Este. Temp.: estável. Máx., 23.2; min., 10.9;Santa Catarina: Ene. a nub. d chvs. isol. no Sul; nub. a pte.nub. d nvos. pela manhà nas demais rcgs. Temp.: estável.Máx., 24.5; min., 16.1; Rio (ide. do Sul: Ene. a nub. dchuvas esparsas. Temp.: estável. Máx., 27.4; min., 19.6;

Amazonas: Ene. a nub. d pnes. esp. nub. a pte. nub. noSudeste. Temp.: estável. Máx., 28.4; min., 22.1; Acre: Nub.a pte. nub. d pnes. esp. Temp.: estável; Roraima: Ene. anub. d pnes. esp. Temp.: estável. Máx., 23.1; min., 22.9;Pará: Ene. a nub. d pnes. esp. nub. a pte. nub. d pnes. noNordeste; nub. a pte. nub. no Sul. Temp.: estável. Máx.,31.8; min., 21; Amapá: Nub. d pnes. esp. Temp.: estável.Máx., 30.6; Min., 22.4; Maranhão: Pte. nub. a claro.Temp.: estável. Máx., 31.4; min., 19; Piauí/ Ceará: Pte.nub. a claro. Temp.: estável. Máx., 30; min., 20.7; RioGde.do Norte/Paraíba/Pernambuco: Pte. nub. a claro; nub. a pte.nub. c/pncs. de chuvas no Este. Temp.: estável. Máx., 28.6;min., 21.6; Alagoas/Sergipe: Nub. a pte. nub. d pnes. dechuvas. Temp.: estável. Máx., 27.4; min., 20.4; Bahia: Pte.nub. a claro; pte. nub. d pnes. de chuvas isol. no Este.Temp.: estável. Máx., 27.8; min., 22.4-, Mato Grosso: Pte.nub. a claro. Temp.: estável. Máx., 33.7; min., 16.9; MatoGrosso do Sul. Claro a pte. nub. Temp.: estável. Máx., 30.9;min., 17.1; Goiás: Pte. nub. a claro; claro a pte. nub. dnévoa seca no Sul. Temp.: estável; Distrito Federal: Claro apte. nub. d névoa seca. Temp.: estável. Máx., 25.2; min.,14.1; Rondônia: Pte. nub. a claro. Temp.: estável.

No MundoAtenas: 31, claro; Barbados: 30, claro; Beirute: 28, claro;Belgrado: 25, nublado; Berlim: 16, nublado; Bogotá: 18,claro; Bruxelas: 18, nublado; Buenos Aires: 10, chuva;Cairo: 36, claro; Caracas: 29, chuva; Chicago: 26, claro;Copenhague: 14, nublado; Dublin: 17, nublado; Francfurt:16, chuva; Genebra: 21, nublado; Havana: 30, nublado;Helsinqui: 18, nublado; Yakarta: 31, claro; Jerusalém: 17,claro; Johannesburgo: 13, claro; Lima: claro; Lisboa: 29,claro; Londres: 24, nublado; Los Angeles: 30, nublado;Madri: 32, claro; México: 23, nublado; Mlaini: 34, chuva;Montevidéu: 11, chuva; Montreal: 22, chuva; Moscou: 23,nublado; Nassau: 31, nublado; Nova Déll: 40, nublado; NovaIorque: 24, claro; Nicósia: 30, claro; Oslo: 13, nublado;Paris: 20, nublado; Pequim: 32, claro; Roma: 26, nublado;San Francisco: 20, claro; San Juan: 33, nublado; Santiago:14, chuva; Estocolmo: 15, nublado; Sidney: 20, claro; TelAvlv: 31, claro; Tóquio: 22, chuva; Viena: 18, nublado;Varsóvia: 16, nublado

Juiz decreta prisão

preventiva para

sócio de "Livinho"

"üNiterói1— Até sexta-feira da próxima semana, o Juiz José

Carlos Nogueira dos Santos deverá julgar cinco réus presospor participarem da quadrilha de Lívio Bruni Filho. Ontem, ojuiz informou à Ia Câmara Criminal do Tribunal de Justiça

3ue decretou a prisão preventiva de Marcos Galvão — sócio

e Livinho, que pretendia exportar cocaína em latas desardinhas Beira Alta para os Estados Unidos — porque "aprópria fuga do acusado, que não se apresentou à Justiça, bemcomo seu depoimento na Delegacia de Entorpecentes, justifi-caram a medida".

Até quinta-feira, depois que a Promotora Marilza MatosMendes se pronunciar sobre um pedido de exame de depen-dência toxicológica de José Gonçalo da Cruz Alencar; umpedido de devolução de um Mercedes-Benz não quitado porLivinho, e um pedido de relaxamento da prisão preventiva deJosé Dias de Moraes, o Juiz Nogueira dos Santos marcará ojulgamento, que pelos prazos legais deverá acontecer até oitodias depois.

Preocupado com os prazos exíguos ditados pela Lei deEntorpecentes, o Juiz da Ia Vara Criminal deverá desmem-brar o processo em três: um para julgar cinco réus presos e ostrês revéis; outro para julgar os três réus soltos (Afonso BaiãoGalvão, sócio da indústria Beira Alta e pai de Marcos Galvão;e os motoristas Daniel Leite de Oliveira e Manuel Apolináriode Gouveia e Freitas); e o terceiro para julgar José Gonçaloda Cruz Alencar, que requereu exame de dependência toxico-lógica, cujas realização e resultado deverão demorar.

Na semana passada, George Tavares, advogado deMarcos Galvão, requereu ao Tribunal de Justiça a anulação daordem de prisão preventiva de seu cliente, alegando que ojuiz, em seu despacho, "náo informou qual a necessidade daprisão, e nem por que motivo ele a decretava". Além deMarcos Galvão, têm prisão preventiva decretada, mas conti-nuam foragidos, Livío Bruni Filho e o servente da Secretariade Polícia Civil, José Dias de Moraes.

Ontem, ao justificar à Ia Câmara Criminal por quemandara prender Marcos Galvão Fonseca, o juiz juntou à suainformação cópia do depoimento da Ia Vara Criminal deCarlos José Coutinho, o Tuca, tido como gerente-administrativo de Livinho. Ele afirmou "que Marcos pediadinheiro a seu pai, Afonso, para entregar a Lívio (...), queMarcos recebia cocaína de Lívio, a usava e também adistribuía, além de elaborar planos com Lívio para, 11a fábricaBeira Alta, articular um movimento para derrubar AntônioNasser Neto (superintendente da indústria).

Armazém da

Varig é

assaltadoSeis homens armados assai-

taram o armazém de cargas daVarig, no Aeroporto Interna-cional do Rio. Roubaram 19volumes, muitos dos quais emtrânsito, contendo jóias, biju-terias e 15 revólveres Tauruscalibres 22,32 e 38. Os ladrões,que usaram um Monza e umPassat, dominaram 13 funcio-nários e vigilantes e fugiramsem ser perseguidos.

— Foi uma ação coordena-da e tudo indica que os assai-tantes estudaram a área. Foium assalto com muitos requin-tes — comentou João Luís Sou-za, superintendente-geral decargas da Varig. Ele estimou oroubo em CrS 25 milhões, in-cluindo um indicador de cursopara avião, no valor de CrS 7milhões.

Dois dos seis homens usa-ram meias de mulher para en-cobrir o rosto. Chegaram às3hl5min. Dominaram inicial-mente o segurança da Varig,que estava desarmado.

Invadiram o armazém e do-minaram cinco funcionários daVárig e sete empregados daServiço Auxiliar de Transpor-tes Aéreos (Sata).

Antes de fugir, os assaltan-tes trancaram numa das salasdo armazém todos os funcioná-rios, que só minutos mais tardeconseguiram arrombar a portae dar o alarma. Patrulhas cer-caram parte da Ilha do Gover-nador e terrenos da Ilha doFundão, mas náo acharam osassaltantes.

CATERINA OSELLA CAVALLI (RIM)MISSA DE 30° DIA

t

Comovida com as manifestações de pesar por ocasião do faleci-mento de sua pranteada RI NA, sua família agradece e convidaparentes e amigos para a Missa que fará celebrar amanhã 27, às10h, na Igreja Abacial do Mosteiro de S. Bento (Capela do

Santíssimo) pelo repouso eterno de sua boníssima Alma.

CORYNTHA DE MELLO CALDAS(MÃEZINHA)

tSua

família agradece as manifestações de solidariedade econvida os parentes e amigos para a Missa de Mês arealizar-se no próximo dia 27 (4a feira), às 11 horas, na

Igreja Santa Cruz dos Militares (Rua 1o de Março).

14 n Io caderno ? terça-feira, 26/6/84 d 3o Clichê JORNAJL DO BRASIL

Falecimentos Ladrões roubam

imagens de igreja

em C. de Abreu

Rio dc JaneiroRaul Pinheiro da Silva, 36,

de insuficiência cardíaca, noHospital de Ipanema. Carioca,advogado, casado com GlóriaMartins da Silva, tinha um fi-lho: Felipe, morava em Copa-cabana.

Teresa Gomes de Macedo,43, de anemia, no Hospital deBonsucesso. Mineira, casadacom Carlos Viana de Macedo,tinha uma filha: Luciana, mo-rava em Ramos.

Maria de Lourdes Botelho deSouza, 48, de insuficiência res-piratória, na casa de Saúde SãoJosé. Mineira, casada comAdalberto Bezerra de Souza,tinha dois filhos: Anete e Jor-ge, morava em Botafogo.

Waldir Monteiro de Carva-lho. 51, de enfisema pulmonar,no Hospital da Santa Casa.Mineiro, comerciante, casadocom Olga Pereira de Carvalho,tinha três filhos: Rosa, Paulo eReinaldo, dois netos, moravano Centro.

José Carlos Lourenço de Ma-tos, 55, de câncer, na Benefi-cência Portuguesa. Carioca, in-dustrial, casado com Alice Reisde Matos, tinha um filho: Hélioe dois netos, morava em Laran-jeiras.

Ana Maria Albuquerque deOliveira, 62, de embolia pul-monar, no Hospital CardosoFontes. Mineira, casada comBenedito Carvalho de Oliveira,tinha três filhos: Fernando,Helcio e Ari, dois netos, mora-1va em Jacarepaguá.

Luiza Silveira de Melo, 74,de ataque cardíaco, em casa noEngenho de Dentro. Mineira,viúva de Antonio Barbosa deMelo, tinha duas filhas: Elma eMarisa, três netos.

EstadosSueli Vieira Tronchul, 24, dc

parada cardiorrespiratória, emSão Paulo. Casada com WaldirTronchul. tinha o filho: Fer-nando e demais parentes.

Osmar Silva, 29, de hiper--tensão, em São Paulo. Filho deAbilio Silva e Thereza Apare-cida Silva, tinha o pai e a filhaEdilaine.

Matias Olavo Barbosa. 31,de septicemia, em São Paulo..Casado com Ivonete Maria dosSantos Barbosa, tinha a filha:Viviane.

José Santana de Souza, 33,de hemorragia, em São Paulo..Solteiro, filho de Clarindo An-tonio de Souza e Cecília Santa-na dc Jesus.

José Carlos Souza Matos. 34,de hemorragia em São Paulo.Casado com Faraildes LealSantos, tinha parentes.

ExteriorMiehel Foucault, 57, em Pa-

ris (Caderno B).Guennadi Larin, 27. de aci-

dente circulatório, em Moscou.Campeão mundial de tiro. es-pecialista da arma carabina li-geira. em sua última apresenta-ção em fevereiro deste ano emLvov. Ukrania. mereceu desta-que ao anotar 1 mil 174 em suaarma predileta, três posições,em torneio que disputou comoutros concorrentes.

Dill Jones, 611. de câncer,num hospital de Nova Iorque.Pianista de jazz. atuou comgrandes figuras desse gêneromusical, entre os quais LouisArmstrong. Stephane Grapellie Roy Éldridge. Galés, fezapresentações em Londres logodepois da II Guerra Mundial eacompanhou Armstrong em1957. Visitou os Estados Uni-dos pela primeira vez em 197(1e se estabeleceu em Nova Ior-,que em 1961. Integrou o quar-teto JPJ com Budd Johnson,Bill Pemberton e Oliver Jack-son. O trompetista JimmyMcPartland e sua mulher, apianista Marian. foram seusamigos durante 35 anos e oincentivaram a permanecer nosEstados Unidos.

ALBERTO MELLO

DUARTE7o DIA

tA

Família, sensibilizada, agradece as ma-nifestações de pesar recebidas e convidapara a Missa de 7o Dia a realizar-se às 11horas do dia 28 do corrente, na Igreja de

São José (Castelo)

ALBERTO MELLO

DUARTE

JL A Diretoria e Funcionários da CommercialT Union do Brasil Seguradora S.A., conster-

I nados com o passamento do seu colabo-rador e colega, convidam para a Missa de

7° Dia a realizar-se às 11 horas do dia 28 docorrente, na Igreja de São José (Castelo).

Uma industriade móveis

e cerâmicasaltamente

sofisticadas,cercada de

um comérciocom atmosfera

colonial.

Valera pena dar

um pulo na GIGI.

CANDIDA MOREIRA(CANDOCA)

MISSA DE 7o DIAi A família e os amigos da querida CANDO-T CA cumprem o doloroso dever de comuni-

I car o seu falecimento e convidam para amissa de 1° dia que farão realizar amanhã,

48-feira, dia 27, às 10 hs. na Igreja N.S. doRosário à rua Gal. Ribeiro da Costa n° 164,Leme (P

CASSIANO R. DE ARAÚJO

FILHO

t

Margarida Araújo, sua filha e genro, Lenitae Avelino Cabral, netos e bisnetos, comu-nicam o falecimento de seu querido espo-so, pai, avô e bisavô. O féretro sairá hoje,

dia 26, da capela do cemitério da Ordem 3a daPenitência — Caju — às 16 horas.

Psicóloga envolvida

no caso do jóquei

vai ser indiciada

TEMPO

Ladrões, até a madrugada de hoje não identificados,furtaram a imagem de São João Batista, talhada em ouro e demais de 200 anos de idade, da Igreja Matriz de Barra de SãoJoão. Policiais da 128* Delegacia Policial de Casimiro deAbreu estão apurando o crime ocorrido na madrugada dedomingo passado, mas têm poucas pistas, admitindo apenasque, para o furto, os ladrões devem ter utilizado uma Kombiou um caminhão.

Além da imagem de São João, de grande tamanho,foram levados pelos criminosos a de São Pedro Apóstolo, emouro e também de tamanho grande, a imagem de MeninoJesus, a coroa de Nossa Senhora das Dores (esta comtrabalhos em ouro) e até a chave do relicário do Santíssimo.

De acordo com os policiais de Casimiro de Abreu, éprovável que os ladrões tenham participado de uma procissãono sábado em Barra de São João, quando aproveitaram paraentrar e se esconder na igreja, saindo pela madrugada.

Ladrões levam

Cr$ 46 milhões

de posto

do BB

Três homens fizeram ontem o maior assalto a banco doano, no Rio. Levaram Cr$ 46 milhões 603 mil da subagênciado Banco do Brasil, no prédio do Ministério do Trabalho, noCentro, a menos de 100 metros da 3a DP (Santa Luzia).Afirmando que pertenciam à Falange Vermelha, os ladrões —um deles uniformizado de motorista de ônibus — dominaramseis funcionários e um guarda de segurança, presos em doisbanheiros."Tem algum vigilante aí?" O supervisor da agência,Eudes Souto Amorim, não teve tempo de responder àpergunta, feita pelo telefone por um homem. No mesmomomento, um dos ladrões apareceu, ameaçando o supervisorcom um revólver e mandando-o abrir o cofre onde havia CrS38 milhões. O restante do dinheiro estava em dois baús,abertos pelos próprios assaltantes.

Porta fechadaO assalto ocorreu às 18h, uma hora após ter sido

encerrado o expediente no Ministério do Trabalho, que estavacom os portões fechados, o que levou a polícia a acreditar queos ladrões já estavam no prédio. Dois dos três guardas desegurança da empresa Transforte,-responsáveis pela vigilânciado banco, já tinham ido embora e o outro, Hilton Pereira daSilva, foi rendido quando se retirava.

Além dos CrS 46 milhões 603 mil. os assaltantes levaramtrês revólveres (guardados no cofre) dos seguranças, e umapulseira de ouro do supervisor Eudes Amorim. O auxiliar desupervisão, Paulo César Veiga, também ficou sem sua bolsacapanga que continha cerca de CrS 20 mil. Na pressa, osladrões dispensaram dois outros baús do banco, com mais CrS9 milhões 547 mil.

Antes de fugirem pelo portão dos fundos do Ministério,na Rua da Imprensa, os ladrões trancaram todos os funcioná-rios nos dois banheiros da agência. Ninguém soube informarse fugiram a pé ou de carro e os porteiros do prédio afirmaramà polícia que após as 18h apenas funcionários do Ministérioforam vistos deixando o local.

Ao cabo Carvalho, do 5o BPM, que chegou ao banco às18h37min, os funcionários da agência descreveram os assaltan-tes como sendo dois homens brancos, um dos quais aparentan-do ter cerca de 50 anos e que usava um terno cinza desbotado,e um preto com uniforme de motorista de ônibus.

O policial acredita, pelo telefonema recebido pelo super-visor da agência, que um quarto homem esteja envolvido noassalto. Eudes Souto Amorim, após contar o dinheiro que osladrões deixaram de levar, não quis fazer declarações.

HaspaNa Rua Sete de Setembro, 61, três homens assaltaram,

às 16 horas, a Caderneta de Poupança Haspa. levando mais deCrS 5 milhões, produto da arrecadação de mutuários da casaprópria. Renderam cerca de oito funcionários. A policiadesconfia que houve vazamento de informação porque acaderneta está sob intervenção e poucas pessoas sabiam que asagências estão recebendo pagamentos.

AVISOS RELIGIOSOS

A psicóloga Nina Rosa Car-neiro de Almeida, mulher doex-soldado da Polícia MilitarFrancisco Neto, não se apre-sentou, ontem, ao Departa-mento de Investigações Espe-ciais para ser reinquirida nocaso da extorsão e seqüestro doperuano Elard Salinas Azpur,do ex-jóquei Francisco Iri-goyen, de Djalma Rosendo ede Gaston Guido Irigoyen.

Quando ela se apresentarpara o novo depoimento, deve-rá ser informada pelo delegadoRonaldo Martins de que vai serindiciada por extorsão e parti-cipaçáo nos seqüestras. Tam-bém o ex-PM, apesar de termarcado três vezes a sua apre-sentação, até ontem não apare-ceu e será indiciado nos crimes.RELATO

O delegado Ronaldo Mar-tins disse que não tem maisdúvidas de que os detetivesJoão Silva Bistene, o Peninha,Mário Castanho, José RobertoCunha Raposo, o Gaúcho, eJorge Franklin da Costa Faria,além do ex-soldado Neto e damulher dele, a psicóloga NinaRosa, estão envolvidos na ten-tativa de extorsão ao peruanoElard Salinas e no seqüestrodele e das três outras pessoas.

Cocaína em

pasta chega

a Rio BrancoRio Branco — Uma equipe

de agentes da Polícia Federaltransportou ontem de Cruzeirodo Sul para esta Capital os 363quilos de pasta de cocaína(equivalentes a 40 quilos decocaína pura) apreendidos umaparte na quinta-feira, no aero-porto daquela cidade, e o res-tante no sábado, em Vila Thau-maturgo, no interior do Estadodo Acre.

Foram presos o brasileiroJaldo Alves Nogueira Reis,sargento da Aeronáutica lota-do em Porto Velho, e o colom-biano Victor Ludena Gutiér-rez. Os dois levavam a cocaínanum avião monomotor Cesna eforam surpreendidos no aero-porto de Cruzeiro do Sul, naquinta-feira. Conseguiram es-capar mas foram localizadospela Polícia, no sábado, emVila Thaumaturgo, a 700 kmde Rio Branco.

Ontem, ao ouvir, o depoi-mento de Rosângela Ribeiro,nora de Djalma Rosendo, odelegado se convenceu aindamais do envolvimento dos poli-ciais "que armaram uma ciladapara tomar dinheiro do perua-no e, como não conseguiram»seqüestraram as vítimas paraque elas não os denuncias-sem". Além de investigar aextorsão e os seqüestras, a po-lícia procura, ainda, os corposdos quatro homens em necroté-rios do Estado e em locais dedesova de corpos de vítimas doEsquadrão da Morte.

Rosângela, ao depor, contouque ouviu a psicóloga dizer,antes do seqüestro dos quatro,que Elard Salinas estava envol-vido com o tráfico de cocaína eque ele tinha 3 quilos do tóxicoem casa. Talvez por isso —'disse o delegado — Peninha e ogrupo invadiram a casa dele,para exigir 300 mil dólares "e

parte da droga para não pren-dê-los". Mas como o peruanonão tinha dinheiro (e ele nãoseria traficante, diz o policial)os policiais ficaram com medode serem denunciados e, então,planejaram o seqüestro e mor-te deies.

DPF apreende

fotolito de

dólar falsoSào Paulo — A Polícia Fede-

ral apreendeu ontem 20 folhasde fotolitos de cédulas de 100dólares, com a numeração emsérie, que seriam impressas poruma quadrilha presa há oitodias, acusada de falsficar cercade I milhão de dólares. Aapreensão foi feita na casa deCleusa Quintino dos Santos, nacidade de Caraguatatuba.

Cleusa declarou não saber setratar de material para falsifica-ção: pensava apenas que eramdocumentos que o engenheiroMário Ikemoto — acusado dechefiar a quadrilha — lhe derapara guardar. Foi na chácarade Ikemoto, na cidade de Uba-tuba (vizinha a Caraguatatu-ba), que a Polícia Federal loca-lizou uma impressora off-set edezenas de fotolitos de cédulasde 100 dólares prontos paraserem usados. Ali apreendeucentenas de dólares falsos.

Continental admite que

fez "Thriller"

pirata e

Satélite GOES — INPE (Cachoeira Paulista — 18h (26/6/84) i

No Rio Grande do Sul está uma frente fria estacionaria, que tende a recuar como frentequente, acompanhada de chuvas e algumas trovoadas. Continua prevalecendo a alta pressãosubtropical na região Centro-Sul e Leste do país, mantendo tempo estável. Um centro de baixapressão em altitude está associado a nevadas na Argentina.

No RioTempo claro a parcialmente nublado, nevoeiros na madru-gada e pela manhã. Temperatura estável. Ventos: Norte,fracos a moderados. Visibilidade moderada a boa. Máxima:31.8, em Realengo; mínima: 15.0, no Alto da Boa Vista.A* Chuvas — Precipitação em mm nas últimas 24 horas: 0.0;acumulada este mês: 0.3; normal mensaJ: 43.2; acumuladaeste ano: 239.1; normal anual: 1075.8.O Sol — Nascerá às 06h33min e o Ocaso será às 17hl7min.O Mar no Rio de Janeiro — Preamar: 00h57min/l. lm e13h37min/l .2m. Baixa-mar: 07h59inin/0.3m e20h47min/0.4m. Em Angra do* Reis — Preamar:00hl7min/l. 1 m e 12h44min/l .2m. Baixa-mar:06h59min/0.3m e 19h42min/0.3m. Em Cabo Frio — Prea-mar: 00h46min/1.0m e 13h03min/l .2m. Baixa-mar:06h41 min/0.4m e 19h29min/0.4m.O SaJvamar informa que o mar está calmo, com águas a 20graus, correndo de Leste para Sul.

A Lua

(bell' 29/6 in 12/7MinguanteAté 28/6

Nos EstadosEspírito Santo: Claro a pte. nub. Tcmp.: estável. Má*.,2H.5: min., 24.4; Mln«s Grnils: lie. nub. Oeste nub.Tcmp.: estável. Máx., 26.8; min., 12.4; São Paulo: Pte. nub.a claro; nvos. isol. pela manhã no liste. Tcmp.: estável.Má*.. 25.4; min., 13.3; Paraná: Pie. nub. d nvos. isol. pelamanhã no Este. Temp.: estável. Máx.. 23.2; min.. 10.9;Santa Catarina: Ene. a nub. d chvs. isol. no Sul; nub. a pte.nub. d nvos. pela manhã nas demais reg;,. Tcmp.: estável.Máx.. 24.5; min., 16.1; Rio Gde. do Sul: Ene. a nub. dchuvas esparsas. Tcmp.: estável. Max., 27.4; min., 19.6;

Amazonas: Ene. a nub. d pnes. esp. nub. a pte. nub. noSudeste. Tcmp.: estável. Máx., 28.4; rnín., 22.1; Acre: Nub.a pte. nub. d pnes. esp. Temp.: estável; Roraima: Ene. anub. d pnes. esp. Temp.: estável. Máx., 23.1; min., 22.9;Pará: Ene. a nub. d pnes. esp. nub. a pte. nub. d pnes. no.Nordeste; nub. a pte. nub. no Sul. Tcmp.: estável. Máx.,'31.8; min., 21; Amapá: Nub. d pnes. esp. Temp.: estável.Máx., 30.6; Min., 22.4; Maranhão: Pte. nub. a claro.Temp.: estável. Máx., 31.4; min., 19; Piauí/ Ceará: Pte.nub. a claro. Tcmp.: estável. Máx., 30; min.. 20.7; Rio (ide.do Norte/Paraíba/Pernambuco: Pte. nub. a claro; nub. a pte.nub. d pnes. de chuvas no Este. Tcmp.: estável. Máx.. 28.6;min., 21.6; Alagoas/Sergipe: Nub. a pte. nub. d pnes. dechuvas. Temp.: estável. Máx., 27.4; min., 20.4; Bahia: Pte.nub. a claro; pte. nub. d pnes. de chuvas isol. no Este.Temp.: estável. Máx., 27.8; min., 22.4; Mato Grosso: Pte.nub. a claro. Temp.: estável. Máx., 33.7; min., 16.9; MatoGrosso do Sul: Claro a pte. nub. Temp.: estável. Máx., 30.9;min.. 17.1; Goiás: Pte. nub. a claro; claro a pte. nub. dnévoa seca no Sul. Tcmp.: estável; Distrito Federal: Claro apte. nub. d névoa seca. Tcmp.: estável. Máx.. 25.2; min.,14.1; Rondônia: Pte. nub. a claro. Temp.: estável.

No MundoAtenas: 31, claro; Barbados: 30. claro; Iklrute: 28. claro;Belgrado: 25, nublado; Berlim: 16. nublado; Bogotá: 18.claro; Bruxelas: 18, nublado; Buenos Aires: 10. chuva;Cairo: 36. claro; Caracar>: 29. chuva; Chicago: 26. claro;Copenhague: 14, nublado; Dublin: 17. nublado; Francfurt:16, chuva; Genebra: 21, nublado; Havana: 30, nublado;Helsínqui: 18, nublado; Yakarta: 31, claro; Jerusalém: 17,claro; Johanncsburgo: 13, claro; Lima: claro; Lisboa: 29,claro; Londres: 24, nublado; I-os Angeles: 30. nublado;Madri: 32. claro; México: 23. nublado; Miaral: 34. chuva;Montevidéu: 11. chuva; Montreal: 22. chuva; Moscou: 23,nublado; Nassau: 31, nublado; Nova Déli: 40, nublado; NovaIorque: 24, claro; Nlcótia: 30, claro; Oslo: 13. nublado;Paris: 20, nublado; Pequim: 32, claro; Roma: 26, nublado;San Francisco: 20, claro: San Juan. 33. nublado; Santiago:14. chuva; Estocolmo: 15. nublado; Sidney: 20, claro; TelAviv: 31, claro; Tóquio: 22. chuva; Viena: 18. nublado;Varsóvla: 16. nublado

Juiz decreta prisão rmazém da

promete entregar matriz preventiva paraSão Paulo — A direção da

gravadora Continental — queadmitiu ter prensado cerca de 2mil LPs Thriller, do cantor Mi-chael Jackson, a pedido da em-presa Revolution — prometeuentregar hoje à Polícia Federala matriz que usou para fazer osdiscos piratas e uma nota fiscalemitida à Revolution por servi-ços prestados.

Com essas provas o dono daRevolution — uma loja quevende lembranças e discos dosBeatles — Marco Antônio Ma-lagolli, poderá responder a in-quérito por crime de falsifica-ção, afirmou o delegado SidneyAlves de Oliveira, chefe daDelegacia Fazendária do DPF.Mas o dono da Revolution ne-ga ter encomendado discos à

gravadora. Segundo MarcoMalagoli, o nome de sua em-presa teria sido usado indevida-mente para a prensagem clan-destina.

A Polícia Federal recebeuuma denúncia dos advogadosda gravadora CBS, distribuído-ra dos discos do cantor MichaelJackson em todo o mundo, deque 300 mil cópias falsas esta-vam sendo vendidas em lojaspor um preço CrS 2 mil inferiorao seu. Segundo os advogados,os discos foram prensados nagravadora Continental a pedi-do da empresa Revolution. De-zenas de LPs Thrillers, falsifi-cados, foram apreendidos emvárias lojas de São Paulo pelosagentes da Delegacia Fazen-dária.

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SISTEMA NACIONAL DEASSISTÊNCIA A FAMÍLIA

DIDIMO PEIXOTO DE

VASCONCELLOS(6 MESES DE FALECIMENTO)

tErcilia

Pereira de Vasconcellos, Solange Perei-ra de Vasconcellos e Josué Simões Loureiroconvidam seus amigos para a Missa quemandam celebrar por alma de seu esposo, pai

e amigo DÍDIMO, amanhã, dia 27, às 11,00 horas, naIgreja de Nossa Senhora Mãe dos Homens, à Rua daAlfândega, 54 — Centro.

MÉDICO

DR. HENRIQUE FURTADO PORTUGAL(7° DIA)

tSua

Família agradece as manifestações re-cebidas pelo seu falecimento ocorrido emBelo Horizonte, onde residia e convida seusParentes e Amigos para a Missa de 7o Dia,

em Niterói, que será celebrada amanhã, quarta-feira, 27 de junho, às 10 h., na Basílica de N. S.Auxiliadora (Salesianos), r. Santa Rosa, 207.

sócio de "Livinho"

Niterói — Até sexta-feira da próxima semana, o Juiz JoséCarlos Nogueira dos Santos deverá julgar cinco réus presospor participarem da quadrilha de Lívio Bruni Filho. Ontem, ojuiz informou à Ia Câmara Criminal do Tribunal de Justiça

3ue decretou a prisão preventiva de Marcos Galvão — sócio

e Livinho, que pretendia exportar cocaína em latas desardinhas Beira Alta para os Estados Unidos — porque "aprópria fuga do acusado, que não se apresentou à Justiça, bemcomo seu depoimento na Delegacia de Entorpecentes, justifi-caram a medida".

Até quinta-feira, depois que a Promotora Marilza MatosMendes se pronunciar sobre um pedido de exame de depen-déncia toxicológica de José Gonçalo da Cruz Alencar; umpedido de devolução de um Mercedes-Benz não quitado porLivinho, e um pedido de relaxamento da prisão preventiva deJosé Dias de Moraes, o Juiz Nogueira dos Santos marcará ojulgamento, que pelos prazos legais deverá acontecer até oitodias depois.

Preocupado com os prazos exíguos ditados pela Lei deEntorpecentes, o Juiz da Ia Vara Criminal deverá desmem-brar o processo em três: um para julgar cinco réus presos e ostrês revéis; outro para julgar os três réus soltos (Afonso BaiãoGalvão, sócio da indústria Beira Alta e pai de Marcos Galvão;e os motoristas Daniel Leite de Oliveira e Manuel Apolináriode Gouveia e Freitas); e o terceiro para julgar José Gonçaloda Cruz Alencar, que requereu exame de dependência toxico-lógica, cujas realização e resultado deverão demorar.

Na semana passada, George Tavares, advogado deMarcos Galvão, requereu ao Tribunal de Justiça a anulação daordem de prisão preventiva de seu cliente, alegando que ojuiz, em seu despacho, "não informou qual a necessidade daprisão, e nem por que motivo ele a decretava". Além deMarcos Galvão, têm prisão preventiva decretada, mas comi-nuam foragidos, Livío Bruni Filho e o servente da Secretariade Polícia Civil, José Dias de Moraes.

Ontem, ao justificar à Ia Câmara Criminal por que' mandara prender Marcos Galvão Fonseca, o juiz juntou à suainformação cópia do depoimento da Ia Vara Criminal deCarlos José Coutinho, o Tuca, tido como gerente-administrativo de Livinho. Ele afirmou "que Marcos pediadinheiro a seu pai, Afonso, para entregar a Lívio (...), queMarcos recebia cocaína de Lívio, a usava e também adistribuía, além de elaborar planos com Lívio para, na fábricaBeira Alta, articular um movimento para derrubar AntônioNasser Neto (superintendente da indústria).

Varig é

assaltadoSeis homens armados assai-

taram o armazém de cargas daVarig. no Aeroporto Interna-cional do Rio. Roubaram 19volumes, muitos dos quais emtrânsito, contendo jóias, biju-terias e 15 revólveres Tauruscalibres 22, 32 e 38. Os ladrões,que usaram um Monza e umPassat, dominaram 13 funcio-nários e vigilantes e fugiramsem ser perseguidos.

— Foi uma ação coordena-da c tudo indica que os assai-tantes estudaram a área. Foium assalto com muitos requin-tes — comentou João Luís Sou-za. superintendente-geral decargas da Varig. Ele estimou oroubo em CrS 25 milhões, in-cluindo um indicador de cursopara avião, no valor de CrS 7milhões.

Dois dos seis homens usa-ram meias de mulher para en-cobrir o rosto. Chegaram às3hl5min. Dominaram inicial-mente o segurança da Varig,que estava desarmado.

Invadiram o armazém e do-minaram cinco funcionários daVárig e sete empregados daServiço Auxiliar de Transpor-tes Aéreos (Sata).

Antes de fugir, os assaltan-tes trancaram numa das saiasdo armazém todos os funcioná-rios, que só minutos mais tardeconseguiram arrombar a portae dar o alarma. Patrulhas cer-caram parte da Ilha do Gover-nador e terrenos da Ilha doFundão, mas não acharam osassaltantes.

CATERINA OSELLA CAVALLI (RINA)MISSA DE 30° DIA

t

Comovida com as manifestações de pesar por ocasião do faleci-mento de sua pranteada RINA, sua família agradece e convidaparentes e amigos para a Missa que fará celebrar amanhã 27, às10h, na Igreja Abacial do Mosteiro de S. Bento (Capela do

Santíssimo) pelo repouso eterno de sua boníssima Alma.

7' DIA

LAUDELINA MATTOS DE CAMPOS(DIDA)

tSeus

filhos Cecy, Sofia, Aracy, Miracy, Jacy etambém seu genro, netos, bisnetos, tataranetosagradecem o carinho recebido e convidam para aMissa a ser realizada, hoje. dia 26, terça-feira, às 18horas, na Igreja São Paulo Apóstolo à Rua Barão de

Ipanema. Copacabana.

CORYNTHA DE MELLO CALDAS(MÃEZINHA)

tSua

família agradece as manifestações de solidariedade econvida os parentes e amigos para a Missa de Mês arealizar-se no próximo dia 27 (4a feira), às 11 horas, na

Igreja Santa Cruz dos Militares (Rua 1o de Março).

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JORNAL DO BRASIL & 1FTNAMÇAS terça-feira, 36/6/84 ? Io caderno ? 15

juros sobem nos EUA e analistas prevêem

nova alta

INFORME ECONOMICO

A questão central é

o déficit americano

A reunião de chanceleres e ministros dafazenda dos países latino-americanos terminousexta-feira em Cartagena e ontem as taxas dejuros já estavam em alta no mercado financeirode Nova Iorque. A alta da prime rate é umaevidente demonstração de que o problema dosjuros não será resolvido no plano da retórica,com reuniões políticas de países endividadosou declarações de Chefes de Estado da Améri-ca Latina.

A alta dos juros está diretamente ligada àquestão do déficit orçamentário norte-americano. Em pleno ano eleitoral, dificilmen-te o Governo Reagan colocará de lado osproblemas internos do Estados Unidos para seconcentrar nas dificuldades que os países deve-dores estão enfrentando. Por isso mesmo, seriamais prático e mais eficiente que os paísçsreunidos em Cartagena, ao invés de promove-rem novos encontros de ministros, procuras-sem organizar, por exemplo, um lobby juntoao próprio Congresso norte-americano paratentar pressionar o Executivo a reduzir odéficit, aliviando, dessa forma, a pressão sobreas taxas de juros.

Por causa do ano eleitoral, o GovernoReagan não aceita aumentar os impostos paracobrir o seu déficit, preferindo colocar títulosno mercado financeiro norte-americano. En-quanto esse déficit não diminuir, a pressãosobre os juros continuará, independentementeda vontade dos banqueiros.

A questão central, portanto, é hoje odéficit norte-americano, que precisa ser com-batido com uma ação prática, e não apenasretórica.

¦Paliativo

Os lojistas do Rio se reúnem amanhã dispostos aencontrar uma fórmula capaz de contornar a demora dadecisão do Governador Leonel Brizola sobre o projeto,aprovado pela Assembléia, de horário livre para o comer-cio. Segundo o presidente do Clube de Diretores Lojistas.Silvio Cunha, serão examinadas algumas propostas dossindicatos de empregados do comércio.

Estamos tentando encontrar uma solução provisó-ria, através de convênios coletivos ou acordos, para que ocomércio possa funcionar aos sábados depois das I2h3()min

explicou.A ampliação do horário comercial aos sábados é

encarada como "um paliativo" para os problemas do setor,que assiste á queda dos negócios desde o ano passado.Permitiria aumentar, a médio prazo, o volume de vendas,especialmente nos bairros c shopping centers.

¦Ganhando terreno

O presidente do Sindicato dos Bancos do Rio,Theóphilo Azeredo Santos, comentou que, nos últimosbalancetes, o banco que apresenta talvez o melhor desem-penho no país é o Citibank. O Citibank, que se instalou noBrasil em 1915, é o maior credor do Brasil, com emprésti-mos da ordem de USS 4,5 bilhões e, de acordo com obanqueiro, vem melhorando muito a sua posição emdepósitos, apesar de sua reduzida rede de agências. Em 31de dezembro de 1981 aparecia como o 25" banco emvolume de depósitos e Theóphilo Azeredo Santos calculaque aparecerá no semestre "como quarto ou quinto".O Citibank ainda aumentou muito os seus lucros

disse.Cerca de 10% dos lucros totais do Citibank são

conseguidos no Brasil, mesmo sem poder operar em todasas áreas.

¦Segredo de São João del-Rei

O índice de Preços ao Consumidor na cidade de SãoJoão del-Rei, segundo levantamento da Faculdade deCiências Econômicas, Administrativas e Contábeis, au-mentou em maio apenas 7,58% — resultado bem inferiorao IPC do Rio, que atingiu 9,23% no mês. São João dei-Rei, terra natal do Governador Tancredo Neves, bem quepoderia revelar o segredo.

¦Telegramas

O presidente da ADEMI, Luiz Chor, enviou ontemtelegramas ao Ministro do Interior, Mário Andreazza, e aopresidente do BNH, Nélson da Matta, comunicando que omercado imobiliário espera uma retomada do crescimentocom a liberação do limite de isenção do Imposto de Rendapara as cadernetas de poupança. Acredita que a medidapermitirá o acúmulo de recursos necessários para o finan-ciamento da construção.

Aproveitou a ocasião e enviou telegrama ainda para oSuperintendente da Receita Federal, Francisco Dornelles,comentando que o pagamento do carnè-leão apenas sobre

¦Pensando no assunto

O Governo federal está estudando a possibilidade deacabar com o controle de preços sobre alguns setoresindustriais. O Secretário Especial de Abastecimento ePreços (SEAP). José Milton Dallari. comentou que amedida pode ser adotada, por exemplo, com relação aoscarros de luxo. tipo Monza e Del Rey. mas nunca gênerosde primeira necessidade, devido ao seu caráter socialSegundo ele. não existe decisão tomada, mas faz parte dapolítica do Governo exercer menor controle sobre omercado.

Nova Iorque — Pela quarta vez consecuti-va em quatro meses, a taxa preferencial dejuros (prime rate) subiu nos Estados Unidos.Ontem pela manhã, o Citibank, em NovaIorque, e o First Chicago, em Illinois, aumen-taram i prime 4e 12.5% para 13%, sendpseguidos ao longo do dia por todos os grandesbancos americanos. O novo aumento deixa ataxa de juros sobre a qual é calculada a dividados países do Terceiro Mundo no nível maisalto desde outubro de 1982.

A alta dos juros — sempre que a primesobe. também a Libor (taxa no euromercado).é corrigida e ontem foi a 12.6% 7— já eraesperada há várias semanas pelos economistase se tornou praticamente certa, na semanapassada, quando o Governo dos EUA divul-gou os últimos indicadores econômicos. Elesmostraram que a economia americana conti-nua aquecida e com isso encarece o preço dodinheiro. Com a alta da prime, a dívidabrasileira cresce 350 milhões de dólares. (Nosúltimos quatro meses, o aumento na taxa dejuros foi de 2%. o que acrescenta I bilhão 401)milhões de dólares à conta brasileira de jurosjunto aos seus credores).

Economistas como Raymond Stone. ana-lista de mercado da Merryl Lynch, previu queainda haverá vários aumentos das taxas dejuros antes do final do ano. Ele chegou aafirmar que acredita que antes do verão (nosEUA) as taxas subirão novamente. Para ospaíses endividados do Terceiro Mundo meioponto percentual de aumento na prime signifi-ca uma drenagem de 1 bilhão 750 milhões dedólares de suas economias para as economiasdesenvolvidas.

Complicador para ArgentinaA mais nova alta de juros se dá num

momento em que o Ministro da Economia daArgentina. Bernardo Grinspun. está em NovaIorque para tentar, junto ao comitê de assesso-ramento dos bancos, encontrar uma forma depagar 350 milhões de dólares, em juros atrasa-dos, até o dia 30. (Na semana passada, osargentinos pagaram 100 milhões, como um

. sinal de boa vontade e estão conversando comos bancos para conseguir 125 milhões adicio-nais. mesmo sem alcançarem um acordo com oFMI. o que é tido como pouco provável.)

Ontem, Bernardo Grinspun e seus asses-sores deixaram a sede do Citibank asI7h30min e caminharam até o Consulado

argentino. Nada quiseram declarar até o en-cerramento das negociações com os banquei-ros. que previram para hoje. Grinspun estavavisivelmente irritado c. assediado pelos jorna-listas (todos brasileiros), disse que não dariaentrevistas na rua. Um assessor, porém, adian-tou que o aumento da prime significa umacréscimo de 200 milhões ao serviço da dívidaargentina.

A questão é que os bancos não têm muitaescolha senão elevar as taxas de juros devido ácrescente pressão que sofrem por dois lados.De um, está o déficit federal americano cadavez maior (só em maio foi de 33 bilhões 932milhões de dólares). De outro, a economiaaquecida provocou, somente este ano. 11111volume de empréstimos para negócios de 38bilhões de dólares, com um aumento de 20%em relação ao ano passado. Com essa competi-ção. o preço do dinheiro tende a subir: oaumento da prime, além de afetar as dívidasdos países em desenvolvimento, atinge tam-bém os preços de hipotecas e o crédito diretoao consumidor no mercado americano.

A Bolsa de Nova Iorque reagiu sem gran-des sustos às novas taxas de juros e o índiceDow Jones fechou com alta de dois pontos etrês oitavos. O dólar também aumentou frenteà libra e o marco alemão.

Os bancos mais uma vez disseram quegostariam de ver as taxas caíram e o presidentedo Manufacturers Hanover, John Mc Gillicud-dy, disse à rede de TV Financial News Net-work que a dívida latino-americana "está emprocesso de ser resolvida". O Manufacturers éo banco com mais empréstimos à Argentina,com 1 bilhão 200 milhões de dólares, e jádeclarou que registrará como prejuízo os jurosatrasados, mesmo que a Argentina pague, a 30de junho, os atrasados.

O presidente do banco (que poderá teruma perda de até 30 milhões de dólares 110trimestre) registrou os "progressos feitos peloMéxico e Argentina nos últimos dois anos,dizendo que a situação da dívida latino-americana" está hoje melhor que há doisanos". Ele disse acreditar que a Argentina faráum acordo com o FMI. acrescentando que, atéagora, os argentinos têm manifestado a dispo-siçáo de pagar seus compromissos e não repu-diar a dívida.

FRITZ UTZERI

País paga mais US$ 400 milhões

Brasília — O secretário de planejamentoda Seplan, José Augusto Arantes Savazine,revelou ontem que o aumento de 0,5% naprime rate (a taxa de juros preferencial norte-americana) somente trará reflexos para o Bra-sil no decorrer de 1985, quando então seránecessário desembolsar 400 milhões de dólaresadicionais na conta de juros.

Arantes Savazine disse que a elevação daprime é conseqüência dos problemas internosda economia norte-americana. Descartouqualquer possível retaliação dos banqueirosinternacionais aos princípios da Carta de Car-tagena, na Colômbia, onde 11 países latino-americanos pediram melhores condições parao pagamento de suas respectivas dívidas ex-ternas.

O aumento ocorrido na prime ontem,concluiu, só vai começar a repercutir nascontas externas brasileiras daqui a seis mesese, em um ano, a partir desta data, elevará em400 milhões de dólares o valor dos juros aserem pagos pelo Brasil aos bancos internacio-nais, já que 80% da dívida externa do paísestão amarrados a taxas flutuantes.

Desde janeiro passado até dezembro pró-ximo, o impacto eletivo dos aumentos da taxade juros preferencial dos Estados Unidos naeconomia brasileira será de 300 milhões dedólares. Essa informação foi divulgada, on-tem. por um alto funcionário do Banco Cen-trai. ao comentar o último reajuste na taxa dejuros.

Segundo a mesma fonte, o Brasil, esteano. deverá aumentar em 15(1 milhões dedólares a receita de juros relativos aos depósi-tos no exterior. De acordo com a última cartade intenção assinada com o FMI, o Brasiireceberia, em 1984. 653 milhões de dólares emdecorrência da aplicação de reservas cambiaisnos bancos estrangeiros. Mas a entrada derecursos novos, em conseqüência de maiorvolume de exportações, possibilitou uma va-riação favorável ao Brasil, devido ao aumentodas reservas.

Na opinião da mesma fonte, a taxa médiados juros pagos pelo Brasil, este ano. está emtorno de 10,71%. o que. na prática, se aproxi-ma do percentual usado pelo Banco Centralnas projeções feitas no inicio de 1984. que foide 10.5%.

Diplomatas reagem com indignação

Brasília — Nos meios diplomáticos brasi-leiros a reação à alta dos juros norte-americanos foi de indignação. Um novo au-mento dos juros já estava previsto antes dareunião de Cartagena, mas foi adiado, confor-me a fonte, para náo provocar reações emocio-nais durante a reunião, que terminou na sexta-feira passada. No entanto, fazê-lo menos de 48horas após o encontro foi considerado umaprovocação.

O Chanceler Saraiva Guerreiro conversouontem, no final da tarde, sobre o assunto como Presidente Figueiredo e, pelo telefone, comseus colegas da Fazenda, Emane Galvéas, edo Planejamento, Delfim Neto. Mas, de acor-do com o seu porta-voz, Ministro BernardoPericás, só hoje o Governo decidirá se faráuma declaração oficial. Ontem, foram feitoscontatos com alguns dos 11 países que partici-param da reunião dos devedores, utilizando osistema de consultas instituído em Cartagena eque tem a Argentina como coordenador.

Brasil e EUA

fazem acordo

de carga aéreaRepresentantes dos governos brasileiro e

americano assinaram, no último dia 14. ummemorando de intenções que entrará em vi-gor. no próximo dia 27 de julho, regulando otransporte de carga aérea internacional nosentido Norte/Sul. tendo como objetivo umadistribuição mais equitativa do faturamentocorrespondente entre as empresas brasileiras eamericanas que operam no setor.

O memorando estará em vigência entre osdias 27 de junho e 27 de novembro deste ano ese espera que. neste período, o mercado reajafavoravelmente às empresas americanas decarga aérea. Um balanço preparado pela Co-missão de Estudos Relativos à NavegaçãoAérea Internacional constatou que. no anopassado, de um total de 42 mil toneladas decarga aérea transportada no sentido Norte,Sul.a Varig absorveu, nos seus vôos. 26 miltoneladas, as empresas americanas 13 miltoneladas e as demais empresas de outrasbandeiras 3 mil toneladas.

O objetivo das negociações abertas entreos dois governos, a pedido dos Estados L'ni-dos. foi a distribuição do mercado de cargaaérea de' forma mais equitativa.

De acordo com o assistente do BrigadeiroWaldír Fonseca, presidente da Comissão, oCoronel Carlos de SanrAnna César, os enten-dimentos foram iniciados em abril e já chega-ram a um primeiro acordo, cujos resultadosserão avaliados no final do ano.

O Coronel Carlos de SanrAnna disse quea preferência observada, no ano passado, pelaVarig não se deve a medidas protecionistascomo teria suaerido o lado americano.

Demais endividadosWashington — Para os devedores latino-

americanos, o aumento de 0,5% da prime ratesignificará um encargo adicional de 1 bilhão750 milhões de dólares, informou ontem oBanco Mundial, calculando a partir de umadívida global desses países de 350 bilhões dedólares.

— Esse aumento é um desastre para aAmérica Latina. Afeta a todos enormemente eé algo sobre o que não temos controle — disse,em Lima, o negociador da dívida externaperuana, Rodrigo Cepeda.

A Venezuela descreveu a alta de meioponto percentual da prime como "extrema-mente preocupante". Segundo o Ministro daFazenda, Manuel Azpurua, "para países emfase de renegociação de seus débitos, estadecisão torna mais importante do que nuncaestabelecer mecanismos alternativos para fixarlimites sobre os níveis de juro".

Dólar passa a

Cr$ 1 mil 699"Brasília — A partir de hoje, o dólar

norte-americano tem novo preço: Cr$ 1mil 699 para a venda e CrS 1 mil 691para a compra.

Este foi o 35° reajuste deste ano,com uma variação de 1,562% sobre aúltima taxa de compra em vigor, queera de CrS 1 mil 665. Segundo o BancoCentral, neste mês, o reajuste acumu-lado da moeda norte-americana é de7.433% com uma correção cambial de72,727% desde janeiro. A variaçãoanual é de 220.114% .

Thatcher diverge

sobre orçamento

de países da CEEFuntainebleau. França — A Primeira-

Ministra britânica Margaret Thatcher abriuontem a conferência da Comunidade Econó-mica Européia, nesta cidade francesa, comuma afirmação de que não renunciará ao quejulga ter direito a receber da CEE. nem estádisposta a um acordo a qualquer preço —pondo por terra a esperança dos líderes euro-peus de superar suas divergências sobre ofinanciamento de mui instituição comunitária.

Desavenças sobre quanto a Grã-Bretanhatem direito a receber por sua alta participaçãono orçamento da Comunidade de 1(1 paísesbloquearam avanços nas duas reuniões ante-riores e impediram um acordo sobre o aumen-to dos recursos da CEE. deixando-a pratica-mente paralisada.

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Sobem os juros no exteriorTaxas médias mensais em %

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Alemães admitem debate políticoBonn — Pelo menos os bancos alemães já

estão admitindo discutir em termos políticos adívida latino-americana. Eles achíim que chegoua hora de realizar reformas profundas no sistemamonetário internacional, querem mais participa-ção do Poder Público na solução da crise doendividamento e dizem também que o FMIprecisa abrandar as condições impostas nosprogramas de ajustamento aos países devedores.

Isto foi dito ontem por um dos diretores doDeutsch-Suedamerikanische Bank (uma filial doDresdner Bank), Juergen Westphalen, a umgrupo de jornalistas latino-americanos reunidospelo Governo alemão em Bonn. Falando sobre"a dívida latino-americana da perspectiva dosbancos alemães", Juergen Westphalen comen-tou também os resultados do encontro de Carta-gena: Não trouxe novidades para nós e nemsurpresas. Na verdade, já existe o cartel doscredores e o cartel dos devedores, mas isto náo éo mais importante. O fato é de que reconhece-mos que a questão do endividamento tem de serdiscutida politicamente, talvez dentro da pro-posta do Presidente Miterrand de aumentar ocomitê interino do FMI ou de convocar umagrande conferência monetária internacional coma participação de países como Brasil, México,índia ou Argentina".

Nova estratégiaDizendo que "o problema da dívida é mais

político do que econômico", Juergen Westpha-len fez algumas sugestões" em caráter estrita-mente pessoal, pois na economia alemá ou entreos bancos não há ainda qualquer receita parasair dessa crise":

Financiar o desenvolvimento de paísesendividados através de créditos suaves concedi-dos por agências internacionais ou instituiçõesgovernamentais, em base multilateral ou bila-teral.

Modificar a estratégia de desenvolvi-mento desses países, substituindo importaçõessupérfluas (como armas ou gêneros alimentí-cios) e evitando conceder créditos financeirosusados apenas para "tapar buracos" no balançode pagamentos."Tudo isto eu sei que é apenas para ofuturo", disse Westphalen. "Para o futuro tam-bém seria o caso de alterar a estrutura da dívidalatino-americana, que no momento é em 91%privada e em 9% pública. Isto tornaria imediata-mente mais fácil também o serviço da dívida.

pois os créditos concedidos numa base privadaforam obtidos em condições duras de mercado,e banco nenhum vai renunciar agora a seusdireitos", afirmou

Brasil não tão ruimNo caso brasileiro, Juergen Westphalen

acha que seu banco e seus colegas das praçasfinanceiras de Frankfurt e Dusseldorf estãoagora mais confiantes. Ele acha que manipularapenas os números relativos ã dívida náo fome-ce um quadro real do problema.— Se considerarmos o montante da dívidabrasileira em relação ao seu Produto InternoBruto, veremos que o Brasil não se encontra emprimeiro lugar entre os devedores, e sim em 13°;ou seja, numa posição bem menos complicada emais saudável. O mesmo ocorre com México eArgentina. Ruim estão de fato países comoCosta Rica e Nicarágua, que têm dívidas exter-nas superiores em Í00% ao próprio PIB. Nocaso do Brasil, estamos na base dos 46% —afirmou.

Westphalen não perdeu a chance de repetirvelhas exigências da economia alemã: seriamelhor para o Brasil, México, Argentina eoutros abrir seus mercados para a participaçãodo capital de risco estrangeiro, oferecendo me-lhores condições e legislação propícia. Ele acre-dita, por outro lado, que o limite da capacidadede contenção de importações dos países endivi-dados já foi atingido.

WILLIAM WAACK

FIESP acha quelimite é 15%

¦São Paulo — "Na minha opinião, oBrasil já tomou a decisão de pagar apenas oque tem condições e negociar o restante porum prazo mais longo. Se a prime-rate chegara 15% no final do ano, o país não terácondições de honrar seus compromissos",afirmou, ontem, o presidente da Federaçãodas Indústrias do Estado — FIESP — LuísEulálio de Bueno Vidigal Filho.

O empresário, que também é vice-presidente da Confederação Nacional daIndústria (CNI), não acredita que a elevaçãoda prime-rate tenha sido uma represália dosbanqueiros norte-americanos à reunião deCartagena, lembrando que "esta é uma deci-são tomada de acordo com o comportamentodo mercado".

APELO PUBLICO

DOS FUNCIONÁRIOS das empresas delfinAO ILUSTRE MINISTRO MARIO ANDREAZZA

AOS ILUSTRES MEMBROS DO CONGRESSO NACIONALO Congresso Nacional vem de aprovar um projeto de autoria dodeputado Leo Simões, que permitirá o aproveitamento dos funciona-rios das empresas DELFIN na CAIXA ECONÔMICA FEDERAL,empresa estatal, que se apoderou, sem pagar, da clientela, dossistemas e programas de computadores criados e desenvolvidos pornós, dos cadastros e outros sistemas administrativos da CADERNE-TA DE POUPANÇA DELFIN, que representavam um estágio maisavançado do que nossos concorrentes.Conforme promessa do ilustre Ministro Andreazza, divulgada ao vivopelo Jornal Nacional e repetida em diversas outras oportunidades,NENHUM DOS FUNCIONÁRIOS EM EXERCÍCIO NA DATA DAINTERVENÇÃO, 21 DE JANEIRO DE 1983, SERIA DEMITIDO, OUPERDERIA SEU EMPREGO, SUA TRANQÜILIDADE. AQUELECOMPROMISSO ABRIGAVA TODOS OS FUNCIONÁRIOS, DETODAS AS EMPRESAS DO GRUPO DELFIN, NA DATA EM QUESOFRERAM INTERVENÇÃO.Entretanto, interesses ocultos e escusos pretendem que só seaproveitem os funcionários que estão em função hoje, quando ésabido que mais de 1.600 companheiros foram miseravelmentedemitidos por interventores e liquidantes do BNH, sem qualqueroutra causa que não seja o ato de extrema maldade, em frontaldesobediência à palavra e desafio à autoridade do ilustre MinistroAndreazza.Apelamos ao ilustre Ministro Andreazza, aos ilustres membros doCongresso Nacional, para que todos os funcionários que compu-nham os quadros das empresas atingidas na data da intervençãosejam aproveitados por essa lei, que nada mais faz do que nosdevolver o que nos foi tirado injustamente.

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16 o Io caderno ? terça-feira, 28/6/84 NEGÓCIOS & FINANÇAS JORNAL DO BRASIL

Inflação de junho

eleve passar

de 9%

A inflação, este mês, ao contrário do que estavasendo esperado no mercado financeiro, não deve ficarabaixo dos 8,9%. De acordo com os últimos levanta-mentos de preços feitos pela Fundação Getúlio Vargas,a taxa deverá ficar em 9% ou 9,1%, havendo atémesmo uma hipótese de que seja superior a este nível,atingindo, por exemplo, 9,2%.

Só existe uma hipótese de inflação abaixo dos 9%:a de que os dados pesquisados ontem, último dia decoleta de preços da Fundação Getúlio Vargas, queainda não entraram no computador, apresentem quedamuito acentuada, o que é pouco provável.

Na terceira semana de pesquisa, a tendência erade alta. Tanto os produtos industriais como os produtosagrícolas estavam registrando elevações significativasde preços. Os produtos industriais, aliás, começam aexercer maiór influência sobre o índice, este mês e nomês passado, já que nos meses anteriores apresenta-vam elevações bem mais reduzidas do que a dosprodutos agrícolas e agora estão com variações depreços elevadas, também.

Quanto aos produtos agrícolas, muitos deles nasduas primeiras semanas de pesquisa estavam compreços em queda ou estáveis, mas, na terceira, alguns,com ponderação elevada, tiveram altas bem acentua-das.

Auxiliarão também à fixação do índice em pata-

mares mais altos do que os de abril e maio — quando ainflação ficou em 8,9% — o aumento do preço docimento, em 5(3%, até agora, e a elevação dos preçosdos derivados de petróleo, cujo reajuste foi feito peloGoverno no dia 20 deste mês.

Derivados do petróleo e o mês de julhoNa realidade, caso o índice de inflação este mês

ultrapasse os 9% ficando entre 9,1% e 9,2%, não sepoderá atribuir o nível mais alto do que o dos mesesanteriores ao reajuste dos derivados do petróleo,realizado pelo Governo para entrarem vigor no dia 20.A Fundação Getúlio Vargas só incluirá no índice destemês seis dias de elevação dos preços dos derivados depetróleo (gasolina, álcool, diesel. gás. entre outrosprodutos). Como o reajuste foi de 31%, a alta a serregistrada em junho será, portanto, de apenas 69r. namédia. Os demais 25% serão incorporados ao índice domês de julho, na forma do carry-over (altas acontecidasem um mês que são repassadas para o mês seguinte,quando seus efeitos são verificados principalmentenesse mês seguinte).

índice será divulgado em breveComo ontem era o último dia de coleta de preços

da Fundação Getúlio Vargas, seja no caso do índice dePreços por Atacados (IPA), do índice de Custo de

Vida OCV) e do índice do Custo de Construção (ICC),a taxa de inflação só será divulgada amanhã ou depoisde amanhã porque todas as informações colhidasontem ainda entrarão no computador e o resultadofinal só estará pronto dentro de dois dias.

No caso do IPA, os dados que ainda estavamsendo levantados eram referentes a produtos indus-triais, nas principais capitais do País, e a produtosagrícolas (informações fornecidas pelo Sistema de In-formação do Ministério da Agricultura — Sima).Quanto ao ICV, donas-de-casa ainda estavam na rua,ontem à tarde, visitando super-mercados e açougues epreenchendo seus relatórios, que podem ser entregueshoje na FGV até as 15 horas.

O impacto sobre a inflação de junho, provocadopelo último aumento dos combustíveis, será de apenas0,2% de acordo com os levantamentos realizados emBrasília pela Secretaria Especial de Abastecimento ePreços (Seap).

Para julho, porém, a Seap e a FGV trabalhamcom uma hipótese mais pessimista para a inflação.9.5%, justamente devido ao impacto dos aumentospara os derivados do petróleo e do trigo. Se houverqualquer problema de abastecimento do lado dosprodutos de primeira necessidade, admitem os técnicosdo Ministério do Planejamento, o índice poderá ,;es-tourar" a casa dos dois dígitos, ultrapassando os 10%.

O que vai pelo mercado

Gota d'água — a notícia da nova alta da prime-rate colocoupor água a baixo as expectativas de alguns participantes domercado quanto à recuperação dos preços das ações. Nofechamento do pregão sexta-feira, o mercado apresentou indí-cios de uma reação que acabou não se consolidando. Ainda pelamanhã, diante da notícia da alta de 0,5 da taxa de jurospreferencial norte-americana, o mercado tornou-se francamentevendedor. Os investidores temem que o fato dificulte o cumpri-mento das metas fixadas pelo FMI para o Io semestre. Outrofator que contribuiu para a queda das cotações foi o aumento dosderivados do petróleo, o que deixou os analistas pessimistasquanto ao comportamento da inflação no mês que vem. Omercado, que há três semanas vem apresentando problemas deliquidez devido ao grande volume de lançamentos, deverá"andar de lado" por mais uns dois meses — observou umanalista.

CVM — penalizou com advertência. Fabrizio Bolsati acusa-do de exercer indevidamente a função de agente autônomo deinvestimento ao intermediar operação de uma empresa que nãoestava autorizada para emitir ações.

Institucionais — os associados da Abrapp recebem hojepara uma reunião-almoço, na sede da Adecif, os presidentes daBolsa do Rio (Enio Rodrigues) e de São Paulo (Eduardo daRocha Azevedo) para falar sobre "O papel das Bolsas deValores e das entidades privadas na capitalização das empresasprivadas nacionais".

Informe Banco Boavista:

Um homem prevenido vale por dois. Com Previdência Privada do Banco Boavista, vale por três.

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BOLSA DE VALORES DO RIO DE JANEIRO

IBV cai na médiae no fechamento

O mercado de ações operou, ontem, em baixa. OIBV caiu 0,8% na média, com 171,39 pontos e nofechamento apresentou baixa de 0,9%, com 176,15pontos. Foram negociados 1 bilhão 604 milhões detítulos em operações que movimentaram Cr$ 10 bilhões1 milhão.

Entre as altas, as mais acentuadas foram: AçosAnhangüera OP (9,33%); Café Brasília PP (6,38%);Fertisul PA (6%); Banco da Amazônia ON (5%) eTelerj ON (5%). As maiores baixas foram: Barbará OP(8,33%); Mannesmann OP (7,14%); Petróleo IpirangaPPcc (7,03%); Santa Olímpia PP (6,78%) e AparecidaOP (4,51%).

QuantCotaçoes (CrS) % */ ir,d d»

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Bradescop*BrodescolnvosBrodesco Inv psBrahmaopBrahmappGafe Brasília ppCamargo Corrêa pp

6,80 6,80 6,80 6,809,00 9,00 9,00 9,007,80 7,80 7,80 7,80131 10,50 10,50 10,60 10,501.292 9,20 9,00 9,20 9,003,00 3,00 3,00 3,00

1.72021

1.100Cafoguases Leop. pa 5.175CBV-Inds. Mecânicos pp 20

350 145,00 145,00 145,00 145,00 1

Coto<;6«» (Cr$) % SI (nd deQuant M*ddo lucral

Tltulo* (mil) Abert F»ch M6x Min MidDiaantNo anoAcesila ap 5.449 0,86 0,85 0,86 0,05 0,85 -4,50 29,11Acesita pp 114.053 0,77 0,74 0,77 0,73 0,75 -1,32 51,37Apnorteos 16 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 — 100,33ApjsVillares pp 8 434 2,50 2,45 2,51 2,40 2,46 -1,60 88,17Anhagueraop 63 000 1,64 1,57 1,64 1,57 1,64 9,33 184,27Aporecidaop 1.365 7,80 7,80 7,80 7,40 7,62 -4,51 312,30Aporocida pb 6 878 2,50 2,50 2,50 2,40 2,49 -0,80 5.2,98B Amazonia on 504 4,80 5,10 5,10 4,80 5,04 5,00 114,55B. Brosil on 744 68,00 70,00 71,00 60,00 69,90 4.38 155,75B. Brasil pp 8.663 75,50 75,00 76,00 74,50 75,09 -0,96 145,69BNocionolon 1,95 1,95 1,95 1,95 1,95 EST 133,56B.Nocional pn 1.602 1,95 1,95 1,95 1,95 1,95 EST 133,56BamerindusSeguros ps 27 23,00 23,00 23,00 23,00 23,00 EST 131,58Banebpp * 2.000 1,35 1,35 1,35 1,35 1,35 — 67,50Banerjon 200 1.10 1.10 1,10 1,10 1,10 EST 78.57Bonerjpp 280 1,45 1.40 1,45 1,35 1,40 -3,45 63,93Banespopp 140 19,20 20,00 20,00 19,20 19,54 1,77 190,82Barbara op 100 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 — 284,97Barreto AroujoNov pb 9.450 3,30 3,15 3,30 3,10 3,20 1,59 93,29BelgoMineiraop 826 62,00 62,50 62,51 62,00 62,38 -0,99 285,10

CemlgppCemigppCeipppOca ppCopenepoCorrêa Ribeiro ppDocas Santo» opElumappFerbasa ppFertisul paFertisul pbFinorciFiset Ref lorest CiGranoleopsGrazziotinppLonificio Sehbe ppLightosLojas Americanas osLuxmo pp

2.29111.0011081.000

1,305,500,550,472,704,70

1,305,500,550,452,704,70

1,355,500,550,492,704,70

1,305,500,550,452,704,7058.500 25,60 25,60 25,60 25,60

840 2,40 2,30 2,40 2,30523 39,00 40,00 40,00 39,00

Mannesmannop 37.024 2,45Mannesmann pp 6.496 1,85

6.975 2,95 2,95 3,00900 3,70 3,60 3,701 600 3,15 3,15 3,204.472 3,20 3,00 3?202.040 2,20 2,20 2,201.553 1,50 1,50 1,501.000 4,00 4,00 4,004.300 1,30 1,25 1,3519.500 1,25 1,20 1,29539 4,60 4,50 4,6032 26,99 26,50 26,99 26,50

200 2,59 2,55 2,59 2,552.35 2,45 2,301,00 1.85 1,70Mendes Jr. paMesblaopMesbla ppMontreal ppOlvebra ppPara no pane ma ppPérsico psPetrobrasonPetrobras pnPetrobras ppPetroleo Ipiranga ppPeftenali Prt. ppRiograndenseosRiograndensepsSamitriop

1001209583.86831019.4062.000845334 9403.1202.40012513.700250

22,0028,1012,5016,504,3013,700,8017,5012,5035,009,954,102,503,7054,99

22.0028,1012,5016.014,3013,200,8017,7025,0032,509,904,002,503,0054,99

22,0029,9012,5016,504,3013,800,8017,7025,0035,009,954.102,503,8054.99

6,809,007,8010.599,053,0045,001.31—10,550.46 -2,704,7025.60 -2,34 -39,972,943,683,183,072,201.504,001,291,254.5126,952,572,341,80

22,00 22,0028,00 28,1212,50 12.5016,00 16,034.30 4,3013,20 13,37080 0.0017,50 17,68

25,00 25,0032,50 33,169,50 9.654,00 4,022,50 2,503,70 3,71

54.99 54,99

2,903,603,153,002,201,504.001,251,204.49

0,74 119,51121,294,00 112,07131,060,44 126,756,38 420,57ÍT0,77 60,5912,24Est —-4,17 —100,00167,86-0,78 211,571,68 70,00

0,00 —-0,34 107,690,2/ 144,886,00 185,96-2,85 176.44EST 330,46241,94163,2767,893,31 170,57220,00144,020,39 214,17-7,14 257,14-4,26 281,25

EST 122,22196,92-3,85 139.98-3,55 578,70236,26.-2,55 215,65EST 160,001,83 125,21Est 95,49

3,18 105,047,03 160,83* — 231,03181,16200,541,07 173,31

Cotaqoei (Cr$) % %I ind deOuanl Med do Luirat

r.tulot (mil) Abert Foch Ma* Min ModDiaantNo uno

Santo Olimpio op 7.000 0,42 0,40 0.42 0,40 0,41 — 120,13SantaOlimpiopp 140 751 0,60 0,55 0,60 0,54 0,55 -6,78 289,47Sergenop 1.600 2,10 2,25 2,30 2.00 2,19 0,46 81,72SouzaCru/op 299115.00116.00116.00115,00115,47 0,41305.56Suzanopa 2.000 62,50 61,00 62,50 61,00 61,75 — 352,45Telerjon 12 2,10 2,10 2,10 2,10 2,10 5,00 127,27Telerjpn 812 6,00 6,05 6 05 6,00 6,02 2,91 80,16Unibancoas 18 1,11 1,11 1,11 1,11 1,11 — 94,87Unibancoos 22 1,10 1,10 1,10 1.10 1,10 — 114,58Unipafon 1 000 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 — 256,41Unipar po 251 3,60 3,80 3.80 3,60 3,68 -3,16 250,34Uniparpb 16.835 4.30 4,15 4,40 4,00 4,17 1,21 260,63VoleRioDoceop 3.840 32,00 31,00 34,00 31.00 33.35 4,25 231,12VoleRioDocepp 42 106 39.40 37,00 39,40 37,00 38.19 -2,45 145,60White Martins op 46.974 2,25 2,10 2,30 2,10 2,22 -2,20 139,62Zaninipp 4.000 1,90 1,90 1,90 1,90 1,90 — 74,51

Mercado futuro

Tftulo* Venc. Olt. M6d. Quont. (mil)B. Brasil pp rag 88,13 88.13 2.000Mannesmann op fag 2,88 2,88 1.000Vale Rio Doce pp rag 46,00 44,44 26.000

Opgoes de compra

BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO

Sáo Paulo — A Bolsa de Valores de São Pauloiniciou a semana com uma queda no índice de 2,1%,fechando com 3 mil 910 pontos. O volume geralnegociado caiu em 8,2% em relação à sexta-feira,terminando com Cr$ 19 bilhões 324 milhões. O índiceBovespa médio foi de 3 mil 952 pontos.

As ações mais negociadas à vista foram: Petro-brás, Cr$ 2 bilhões 392 milhões; Paranapanema, Cr$ 2bilhões 61 milhões; e Flexidisk, Cr$ 1 bilhão 204milhões. As maiores altas: Paulista de Força e Luz,52,7%; Polar, 18,4%; e Caemi, 16.6%. As maioresbaixas: Engesa, 22,3%; Shaip bn 20,0%; e Manasa,17,1%, No mercado de opções foram realizados 172negócios, envolvendo 329 milhões de títulos.

Abor. Min. Méd. Ma*. Fech Ost. Quant(mil)

T.tulok Ab«r. Min. Med Ma*. Foch. Osc. Quant.(mil)Acesita op 0,88 0,80 0.85 0,08 0.80 -6,9 18.011Acesita pp 0,77 0,73 0,75 0,78 0.75 +1,3137.671/Vps Vill pp 2,50 2,50 2,52 2,55 2,50 -1,9 20.778Adubos CRA pp 6,50 6,50 6,95 7,00 7,00 +7,6 2.815'.Agroceres pp 21,00 21,00 21.00 21,00 21,00 -2,3 180Alpargatas on 46,00 45,00 45,05 46,00 45.00 -5,2 1858Alpargatas pn 22,05 22,00 22,00 22,05 22.00 -0,9 4.469Amazonia on 4,80 4,80 5,01 5,05 5,05 +5,2 36America Sul on 1,80 1,80 1,00 1,00 1,80 -0,5 21America Sul on 1,80 1,80 1,80 1,80 1,80 — 35Anhonguera op 1,60 1,60 1,62 1,65 1,60 +3,2 10.240Antorc Piaui pno 5,50 5,50 5,50 5,50 5,50 40Antarctic MG pn 14,00 12,00 13,41 14,00 12,00 — 101Aporecidaop 7,50 7,50 7,54 7,60 7,60 +1,3 120Aparecida ppb 2,70 2,70 2,70 2,70 2,70 +3,8 80Artex op 28,00 28,00 28,00 20,00 28,00 — 2Auxiliar on 3,90 3.90 3,90 3,90 3,90 8Auxiliar pn 0,62 0,61 0,62 0,65 0,65 —• 14.717Bomerind BR on 21,00 21,00 24,92 25,00 25,00 — 306Band C F Inv pp 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 69Bandeir Inv on 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62 28Bandeirontes pp 1,20 1,15 1,16 1,20 1,16 -0,8 3.050Banespa on 1,50 1,50 1,50 1,50 1,50 4Banespa pn 1,56 1,56 1,56 1,56 1,56 6Banespa pp 21,49 20,50 21,03 21,49 20,50 -4,6 5.177Banorte on 85,00 85,00 86,00 90,00 90.00 +5,8 50Bordello pp 27,50 27,50 27,50 27,50 27,50 — 2U0Barretto ppb 3,40 3,14 3,37 3,40 3,20 -3,0 38.010Belgo Mineir op 62,00 62,00 62,00 62,00 62.00 — 701BESC ppb 1,25 1,25 1,25 1.25 1,25 — 332Biobras op 2,60 2,60 2,60 2,60 2,60 — 20Biobros ppa 1,75 1,65 1,69 1,75 1,70 -2,8 6 830Borella pn 2,50 2,20 2,33 2,51 2,30 -8,0 28.110Brodesco on 7,20 7,20 7,20 7,20 7,20 - 1.393Brodesco pn 6,80 6,80 6,94 7,00 6,80 — 21.141Brodesco Fin on 16,00 16,00 16,00 16,00 16,00 — 3Brodesco Fin pn 16,21 16,21 16,21 16,22 16,22 +0,0 20Brodosco Inv on 9,00 9.00 9,00 9,00 9,00 15Brodesco Inv pn 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 —574Brahma pp 9,20 9.00 9.13 9,20 9.00 -2,1 982Brosil on 67,00 67,00 67.62 60,00 68.00 +1,4 50Brasil pp 75,00 75,00 77,98 00,00 75,01 +0,0 1.617Brosmotor pp 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 - 2.430Coemi op 40,00 39,50 40,80 41,00 41,00 +7,8 5.064Coemi pp 35,00 35,00 35,00 35,00 35,00 +16,6 840Cof Brasilia pp 2,95 2,70 2.86 2,95 2,80 -6,6 14.111Caf Brasilia pp 2.50 2,50 2,51 2,55 2,50 +2,0 10.477Ca.ua pno 0,35 0,35 0,35 0,35 0,35 -2,7 1.000Camocari pp 34,00 34,00 34,00 34,00 34,00 — 442Cosa Mosson pp 1.30 1,25 1,30 1,30 1,30 +4,0 1090CBV Ind Mec pp 5.00 5,60 5,68 5,80 5,60 -3,4 1.650Cemig pp 0,56 0,56 0,56 0,56 0,56 —1,7 7.0JOComiq pp 0,48 0,48 0,48 0,48 0.48 +4,3 821Cesp pp 2.85 2.85 2,85 2.85 2,85 - 9.451Oval pn 4,00 3.95 4 00 4,10 3,95 -1,2 53.106Chapeco pp 12,50 12,1)0 12,49 13,50 12,50 — 2.550Cbapeto pp 11,49 11,40 11,45 11,49 11,40 — 2 251Cio Hering pp 2,05 2,00 2,02 2,05 2,00 -2,4 51.432Cica pp 4,70 4,70 4,70 4,70 4,70 -4.0 1.000

C.m Caue pp 7,00 7.00 7,00 7,00 7.00 -6.6 470Cima op 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 — 300Cobrasma pp 3.75 3,75 3,79 3.83 3,80 +2,7 2.670Concretex pp 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 -9,0 100Confab pp 10,50 10,50 10,50 10,50 10,50 -8,6 14Const Beter op 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 6Const Beter pp 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 +5,8 15.000Consul ppb 40,00 40,00 40,00 40,00 40,00 — 972Copos pn 13,00 12,80 12,99 13,00 13,00 — 3.237Copene pno 22,01 22,01 22,01 22,01 22,01 +4.8 19Copene ppa 25,00 23,90 24,85 25,01 24,00 -4,0 17.158Copene ppo 24,00 24,00 24,00 24.00 24,00 -5.8 109Cor R.beiro pp 2,35 2,10 2.25 2,35 2,20 -6,3 12.130Cor Ribeiro pp 2,21 2,20 2,24 2,27 2,20 -8,3 5.564Corbetta pn 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 — 1.450Cosiguo pn 2.30 2,20 2,21 2,35 2,35 + 2,1 11.470Cref.sul Inv ppo 70,00 70.00 70,00 70 00 70,00 2Cruzeiro Sul po 2,27 2.25 2,26 2,27 2,25 — 7.360D F Vosconc pp 40,00 40.00 40,00 40,00 40,00 — 429DiU Ipirango pp 10,00 10,00 10.00 10,00 10,00 — 100

Docas Santo» opDohler pnDuratex ppEtonomico onEconomico pnElekeiroz pnEluma ppEluma ppErrbaubo Des pnEmili Romorii opEngesa ppEngesa ppEricsson opEstrela ppFNV ppFarol pnFerbasa ppFerro Bros ppFerro ligas ppFertibras ppFlexidisk ppForja Taurus ppForjo Taurus ppFrancês Bras onFigobrós pnFund Tupy opFund Tupy ppGranoleo pnGrozziotin ppHercules ppHindi opHowa ppImcosul ppInd Villares opInd Villares ppInvesplan pnlochpe ppItoubonco onItaubanco pnItousa onItousa pnKolil Sehbe ppKlabin opLocta pplonif Sehbe ppLark Maqs pplight onlojas Americ onlojas Renner ppbLuxma ppMadef pnaMadeirit pnaModeirit pnbMagnesita opMognesita ppoManah pnManasa onMonasa pnMonnesmann opMannesmann ppMarcopolo ppMec Pesada ppMendes Jr ppoMerc Invest ppMesbla ppMet Barbara opMet Gerdau pnMetisa ppMicheletto ppMontreal ppMuller ppNacional onNacional pnNord Brasil onNord Brasil ppNoroeste onNoroeste pnNoroeste ppOlvebra pnOlvebra ppOrion ppParanapanema ppPaul F Luz onPaul F Luz opPerdigão pnPerdigão Agr pnPérsico pnPetrobrós onPetrobrás pnPetrobrós ppPettenoti ppPirelli opPirelli ppPolar onPolipropilen pnaReal onReal pnRea1 ppReal Cia Inv onReal Cia Inv pnReal Cons pnb

38 00 37.00 37,33 38,00 37,00 -15,9 4010,50 1 0,50 1 6,58 1 7,00 1 7,00 — 5.l.'8

5,0514,006,504,002,902,801,606,12

5.0014,006.013,902,802,801,506,1230000 2900038000 3690014.0010,4040,507,203,804,009,802,505,8012,5010,2023,009,506,506,004,201,402,4026,009,501,351,000,974,406,555,004,5023,1017,001,7040.002,601,201,904.7025,001,102,401,500,500,5010,006,5035,800,701,052,502,000,851,6022,0025,0012,3012,004,302,408.0016,501,301,951,9535.0036.0010,0019.0018,003,504,309,5013,800,554,706,005,700,8517,6129,5234,304,152,102,0045,0045.0016,5015,5016.5023,5022,0032,00

13,9910,4040,007,103,654,009,502,505,8012,5010,2023,009,506.505,903,901,402,4026,009,501,301,000,954,406,505,004,4023,1017,001,6039,002,601,201,904,7025,001,102,25I,500,500,4610,006,1035,000,70,0872,302,000,851,6020,2025,0012,30II,904,302,408,0016,501,301,951,9534,0036,0010,0019,0018,003,504,109,5013,200,544,706,005,700,8317,5029,5233,004,102.101,9045,0041,0016,0015,5016,0023,5022,0032,00

5,0514,006,083,952,932,801.596,1297,1280,4014,0010.4040,217,123,704,009,702.505,0012,5010,2023,009.516,505,993,921,402,4026,009,501.321.000,974,446,535.014,4323,1017,001,6339,942.601,231,904,7025,001.102,31I,500,500,5010,656,3635.430,700.942,362.000.901.6121,1625,0012,30II,964,302,528,0017,451.331,951.9534.4136,0010,0019,0018,003,504,239,5013,550,544,706,305.700,8517,6129,5333,584.122.131,9945.0043.4416,4315,5016,4623,5022,1632,00

5.0514,016,504,003,002,801,606.12300003900014,0010,4040,507,203,804,009,902,505,9012,5010,2023,0010,006,506,004,201,402,4026,009,501,351,001,004,456,555.064,5023,1017,001,7040,002,601,291,90

5.0514.016,013.902.912,801,506,1229500 -3690014,0010,4040,007,163,654,009,502,505,8012,5010,2023,0010,006.505,904,101,402,4026,009,501,301,000,954,406,505.064,40 '23,1017,001,6040,002,601,201,90

6.068+ 0.0 13-7.5 11535-4.0 1.000+ 0,3 20.5505001 12549331.2892.2604331.291930

22,32.8+ 0,7-2,4-0,5-3,9 20.390750-1,0 5.928-7,4 1,000-207.710+ 4,1 1.033-2,8 121+ 4,5 1.000510

14010718131339.5002.300

-1.5

MERCADORIASEXTERIORCotações futuras nas bolsas de Mercadarias de Chicago, Nova Iorque e lonem*Ontem:

ContrarolMés Fechamento Osciloçào AbertosAÇÚCAR (NI)

5,16 -0.26 14.3905,41 -0,41 4 5235,65 -0.23 47.9716,10 -O 30 6026,80 -0,20 15 0467,12 -0,21 4.702

112 mil libras/contrato; cents de US$/librapeso

ALGODÃO (NI)

JulSetOutJanMarMai

JulAgoOutDezMarMai

75,8374,2073,4272,7574,4075,40

-1,86+ 0,70-0.39+ 0.20-0,05

1.61543 94413 9832.962250

50 mil libras/contrato; cents de US$/librapeso

CACAU (NI)

ÍNDICE (25/06/84)

Pre^ OTD Pr* mio VolumeSer/ vet oxer (mil) Olt. M£d. (Cr$ mil)

Acesita pp chd ago 1,00 10.500. 0,07 0,07 8.662B. Brasil pp chf ago 00,00 1.400. 5,40 5,82 8.160B. Brosil pp chy ago 20,00 7 300 1.90 2,09 15.325Montreal pp che ago 23,00 1 000. 1,00 1,00 1.000Petrobrds pp che ago 40,00 100. 3,00 3,00 300Unipar pbee chm ago 7,00 2.000. 0,22 0,23 470Vole R.Doce pp chi ago 55,00499.300. 1,75 1,96 980 224White Mar. op che ago 2,60 16.300. 0,25 0,26 4.255

Abe» Min. Med. Mo*. Fech. 0%c. Quont.

-7,1-9,0 5.000-2,0 20.050-2,2 3 4871.700+ 0,9 65-2,2 14.53522360-5,8 2.20050050010.150-5,0 500

+ 4,0+ 4,0

4,70 4,70 -1,6 14225,00 25,00 - 5001,10 1,10 +10,0 8.0002,40 2,30 -6,1 15.3201,50 1,50 — 1.4930,50 0,50 - 119680,50 0,46 -11,5188.87411,00 11,00 + 4,7 9606,50 6,10 -12,8 73935,80 35,00 -2,7 4650,70 0,70 - 7011,05 0,87 -17,1 18 9702,50 2,35 -6.0 2.0402,00 2,00 — 2500,90 0,90 -4- 8.1001,65 1,60 -5,8 2.16422,00 21,50 +2,3 20.34625,00 25,00 — 2012,30 12,30 — 26 31012,00 11,90 -0,8 5674,30 4,30 — 10162.60 2,60 +4,0 7 6008,00 8,00 — 70017,50 16,50 - 7.7481,35 1,30 - 4.4751,95 1.95 — 501,95 1.95 - 10

35,00 34,00 -15,0 2936.00 36,00 — 210,00 10,00 — 1.19,00 19,00 — 5418,00 18,00 +0,0 3923,50 3,50 -2,7 204,30 4,10 -5,7 44 5409,50 9.50 — 90013,80 13,22 -4,2152,1210,55 0,55 +52,740 1004./0 4,70 — 1.0006,50 6.50 +12,0 5005.70 5,70 — 1.1500,87 0,83 -7,7 5 90517,61 17,51 -0,5 1.53929,53 29,53 +0,0 634.35 33,00 -2,9 71.2444,20 4,10 +1,2 5.100

2,15 2,15 +2,3 3 5502,00 2,00 — 197945,00 45,00 +10,4 3345,00 41,00 -4,6 16416,50 16,00 -3,0 28815,50 15,50 +3,3 18616.50 16,00 +6,6 2 17823,50 23,50 - 2422,20 22,20 +0,9 54532.00 32,00 - 1.

(mil)

Real Cons pnd 32.00 32,00 32,00 32,00 32,00 2Real Cons pne 32,00 32.00 32,00 32,00 32,00 9Real Cons pnf 33,00 33,00 33,00 33.00 33,00 -2,9 138Real Cons on 35.00 35,00 35,00 35,00 35,00 46Real de Inv on 18,00 18,00 18,00 18,00 18.00 227Real de Inv pn 10,60 18,00 18,44 18,60 18,50 —0,5 1.428Real Port pno 24,00 24,00 24.00 24,00 24,00 21Real Port pnb 24,00 24,00 24.42 25,00 24,00 191Real Port on 25,00 25.00 25,00 25,00 25,00 22Refnpor pp 2,90 2,90 2,95 3,00 3,00 5 500Sodio Avicol on 4,00 4.00 4,00 4,00 4.00 v 30Sodia Concor pn 7,50 6,99 7,13 7,80 7,80 -2,5 4.443Sadia Oeste pne 2.00 2,00 2,03 2,05 2,05 +5,1 2.604Santoconston pp 0,55 0,50 0,54 0,55 0,51 *13,5 '.430Schlosser pp 1,85 1.75 1,82 1,85 1,80 4.239Scopus pn 3,10 3,00 3,07 3,103,10 850Searo Indl on 2.70 2,65 2,65 2,70 2,65 +1,9 1.716Sharp op 3,20 3,20 3,20 3,20 3,20 -20,0 22Sharp pp 3,70 3,70 3,80 3,80 3,80 +2,7 12.073Sharp pp 3,50 3,50 3,55 3,95 3.50 +6,0 11.937Sid Aconorte pno 6,50 6,50 6,50 6,50 6,50 2.210Sid Guairo pn 1,50 1,30 1,33 1,50 1,30 -13,3 6.946Sid Riogrand pn 3,65 3,65 3,65 3,70 3,70 +1,3 100Sifco pp 65,00 64,00 64,72 65,00 64,00 +3,2 1.800Souzo Cruz op 11600 11500 15,71 11600 11500 -0,8 28Sto Olimpio op 0,40 0,39 0,39 0,40 0,39 -2,5 19.880Sta Olimpio pp 0,58 0,54 0,56 0,59 0,55 -8,3159 400Sudomoris on 1,15 1,12 1,14 1,15 1,12 -2,6 8.803Sudomeris pn 1,00 1.00 1,00 1,00 1,00 233Sul Brasilei on 1,50 1,35 1,50 1,50 1,35 -10,0 10.050Sul Brasilei on 1,50 1,35 1,49 1,50 1,35 -10,0 26.701Sul Brasilei pn 0,55 0,55 0.55 0,55 0,55 -16,6 232Sul Brasilei pn 0,55 0,55 0,55 0,55 0,55 +5.7 1.115Supergasbras on 18,00 18,00 18,00 18,00 18,00 -1,0 6Su/ono ppa 60,00 58,00 59,00 60,00 58,00 -4,9 3.305Teconor pnb 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 11Tetanor on 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 10Telopar pn 10,20 10.20 10,20 10,20 10,20 7Telerjon 1,50 1,50 1,50 1,50 1,50 -0,6 IBTeler. pn 6,00 6,00 6,12 6,15 6,15 + 4,0 5Telesp oe 11,00 11,00 11,00 11,01 11,00 256Telesp on 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 +4.7 159Telesp pe 18,00 18,o0 10,00 18,00 18,00 106Telesp pn 18,00 18,00 18,00 18,00 18.00 +2,8 98Transbrasil on 0,46 0.46 0,46 0,46 0,46 596Transbrasil pp 0,70 0,75 0,68 0,70 0,65 -7,1 13.000Tronsparond pn 4,00 3,90 3,97 4,00 3,90 +2,6 600Trol pn 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 860Trol pn 0,90 0,85 0,88 0,90 0,85 6.400Unibanco pn 1,16 1,16 1,20 1,26 1,20 +3,4 23.522Unibonco pno 1,15 1,05 1,10 1,15 1,10 1.765Unibanco pnb 1,15 1,15 1,15 1.20 1,20 + 4,3 1.701Unibonco pnb 1,15 1,05 1,08 1,15 1,10 140Unibanco on 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1.735Unibanco on 1,11 1,05 1,05 1,11 1,10 6.204Unipar on 4,50 4,50 4,60 4,80 4,80 33Unipar ppb 4,20 4.05 4,15 4,20 4,05 +1,2 14.049Vole R Doce op 32.00 31,00 31,91 32,00 31,00 -11,4 2.050Vole R Doce pp 39,00 38,00 38,97 39.00 38,00 -2,5 15.445Varig pp 3,60 3,50 3,60 3,60 3,50 -2,7 9.596Vidr Smorlno op 14,50 14,50 14,50 14,50 14,50 -0,6 3.500Wh.t Martins op 2,15 2,15 2,20 2,25 2,20 +4.2 937Zanini pp 1.80 1,00 1,80 1.81 1,80 -2,7 1.100Zivi pp 2.54 2.40 2,51 2.54 2.40 -2,0 538

Opgoes de Compra

C6digo SAfi» Quanf. (mil) Aberi. Mid. Olt.OAC30 ACE PP C02 AGO 1.00 3.000 0.08 0,06 0,05OACI7 ACE PP C02 AGO 0,70 41.000 0,22 0,18 0,16OPT4 PET PP C30 AGO 32,00 500 7,90 7.90 7,90OPT 10 PET PP C30 AGO 40.00 145.000 5,10 4,64 4,25OPT 14 PET PP C30 OUT 40,00 33 000 10.00 10.48 10,500PM9 PMA PP C49 AGO 12,00 98.200 4.44 4,04 3,90OPM14 PMA PP C49 OUT 15,00 8 400 5,30 4,83 4,50

Concordatárias/São Paulo

TítulosBrinq Mimo ppCobrasfer opCobrasfer pplap onlop pnRandon opRondon ppSecurit ppSolornco ppSolorrico ppTe* G Colfçt ppVigorelli opVigoreiií pp

EipC20C04C04

Min1,491,200.652,702,5522,0025,002,6017,502.600.951.001.01

Méd1.501,220.672.702,6622,0025,002.6017,502.601,001,051.02

Máx1,501.25O! 702,702,7022.0025,002.6017.502.601,06i:i51.03

QuantF«ch1.491.200.652,702.6022,0025.002,6017,502.601,001,05' . '1,02

INPC — Março: 9,65%; 6 meses: 70,1% (reajusta os salários emmaio); 12 meses: 179,43%; abril: 10,39%; 6 meses: 66,2% (reajus-• ta os salários de junho); 12 meses: 186,33%; maio: 8,61%; 6 meses:68,4% (reajusta os salários de julho); 12 meses: 194,41%.

Aluguel residencial (semeslral): Maio: 56,08%; junho: 52,96%;julho: 54,72%; (anual): maio: 143,5%; junho: 149,06%; julho:155,52%. O aluguel comercial é reajustado pela correção monc-tária.

Salário Mínimo — CrS 97.176.Inflação (IGP) — Março: 10,0% (9.777,0); no ano: 35,5%; 12

meses: 229,7%; abril: 8,9% (10.651,1); no ano: 47,7%; 12 meses:228,9%; maio: 8,9% (11.594,7); no ano: 60,7%; 12 meses: 235,5%.

IPC (índice de Preços ao Consumidor) — Março: 9,7%(7.791,7); no ano: 33,2%; 12 meses: 191,5%; abril: 8,5% (8.454,1);no ano: 44,5%; 12 meses: 192,1%; maio: 9,2% (9.236,0); no ano:57,9%; 12 meses: 198,6%.

ICC (índice do Custo de Construção) — Março: 9,4% (7.412,2);no ano: 41,0%; 12 meses: (177,0%); abril: 4,4% (7.737,5); no ano:47,1%; 12 meses: 177,7%; maio: 8,0% (8.356,0); no ano: 58,9%;12 meses: 179,9%.

Caderneta dc Poupança (Rendimento mensal) — Março:12,861%; abril: 10,550%; maio: 9,444%; junho: 9,444%.

Correção Monetária — Abril: 10,0%; no ano: 45,94%; 12 meses:185,21%; maio: 8,9%; no ano: 58,'93%; 12 meses: 184,95%; junho;8.9%; no ano: 73,078%; 12 meses: 187,321%.

ORTN — Março: CrS 9.304,61; abril: CrS 10.235,07; maio: CrS11.145,99; junho: CrS 12.137,98.

UPC - Io jul/30 set/83: CrS 4.554,05; Io out/31 dez/83:5.897,49%; Io jan/31 março/84: CrS 7.545,98; no trimestre:27,95%; 12 meses: 139,23%; 1° abr/3t) jun/84: CrS 10.235,07; notrimestre: 35,64%; no ano: 73,55%; 12 meses: 185,21%.

Correção cambial — Março: 10,06%; no ano: 33,76%; 12meses:219,73%; abril: 8,839%': no ano: 47,63%; 12 meses: 218,39%;maio: 8.878%; no ano: 60,772%; 12 meses: 220,496%; junho:(acumulado) 7,396%; no ano: 72,663%; 12 meses: 220,029%.Dólar — Compra: CrS 1.691; venda: CrS 1.699 (a partir de25/06/84).

Dólar paralelo — Compra: CrS 1.730; venda: CrS 1.745Ouro — Bolsa de Mercadorias de São Paulo (fechamento): CrS

20.200 (preço por grama, para lingotes de 250 gramas); NovaIorque: 368,5 dólares por onça troy (31,103 g).

Overnight — Rendimento do dia: 0,5%; rendimento acumuladona semana: 0,5%; rendimento acumulado no mês: 8,138%. MédiasSDP: No dia: 15%; semana anterior: 8,59%; mês anterior: 9,34%.

Prime rate — 13%; Libor: 12.6%MVR (Maior Valor de Referência) — CrS 48.751,90

o UFERJ (Unidade Fiscal do Estado do Rio dc Janeiro) — CrS23.'XX)

GOLDMINE> . .

eotiro[GoldmineJ Lingotes a partir de 50 gr. !

Ool<lmln«MtUUÍ'r»clo«o» B.A Av. RioBranco, 177/19°and- Tel. (021) 224-19701

MERCADO ABERTO

Bancos elevam ORTN

no 44go

around" do BCOs bancos ofereceram, ontem, cotações mais altas que as do

mercado no go around (leilão informal) que o BC realizou. Estaestratégia foi usada porque os bancos desejavam comprar títulosmas não das instituições financeiras, porque as cotações subiriammuito quando os operadores do mercado aberto percebessem queestavam querendo estes papéis. O BC ofereceu ORTNs comvencimentos em junho e agosto de 85 (20 milhões de títulos paracada vencimento). As cotações aceitas pelo BC foram: para ostítulos que vencem cm junho — entre 91,4% c 91,46% do valornominal (CrS 12 mil 137,98); e entre 89,48% e 89,59% do valornominal para os papéis que vencem em agosto. Foi vendido oequivalente a CrS 443,1 bilhões. As cotações aceitas pelo BCrepresentam uma rentabilidade de 18% ao ano, mais correçãomonetária. No mercado a termo (negócios feitos ontem paraliquidação hoje), as ORTNs com vencimento em junho foramcotadas a 89,86% e 89,88% do valor nominal para compra e venda,e as com vencimento em agosto a 88,07% e 88,09% do valornominal. Ambas com cotações abaixo da mínima do go around. Ataxa de financiamento por um dia foi tabelada em 15% ao més.Segundo a Andima, o volume de negócios com ORTNs somou CrS15,3 trilhões.

CAMBIO

MoodatDólarDólar australianoLibraCoroa dinamorquesaCoroa norueguesaCoroa $uecaDólar canadenseEscudoFlorimFranco belgaFranco IrancésFranco suiçoIene japonêstiro italionaMarcoPesetaXeiimPeso chilenoPeso argentinoSol peruanoPeso uruguaioBolívar venezuelano

CR$ CrS D6lom Diviio»Compra Vanda pof dlviiai por d6lar«1665,0 1673.0 —

1 1419,6 1-133,8 0,0552 1,16842239 2263,1 1,3520 0.7396161,87 163,39 0.0973 10,2740209,63 211,62 0,1261 7,9320202 58 204.47 0,1220 8,2001265,4 1277,5 0,7624 1,3116II 499 11,642 0,0069 144.00525,85 530,91 0,3166 3,159029,076 29.384 0,0175 57,05192,99 194,86 0,1161 8,6160710 42 717,32 0,4278 2.33756 9627 7.0333 0,0042 238.10

0 96215 0.97177 0.00058 1.725.00591 35 597 20 0.3565 2.805010,490 1 0.610 0,006329 158,0084,133 85,179 —0.0110 91.210,0203 49,3370,000306 3 262,90

0,0188 53,130,0690 14,450

(Mil)8001.5501965.39011.90650100100. 15235 840186 81060930646

O anúncio de que os bancos tinham elevado sua taxa de jurospreferencial (prime rate) para 13% contrabalançou com o otimis-mo que havia dado o anúncio oficial de que diminuiu o déficitorçamentário. A Bolsa de Valores dc Nova Iorque voltou a terqueda, tendo o índice Dow Jones baixado 1,99 ponto, tendofechado com 1.129,08 pontos. Foram negociados 72 milhões detítulos aproximadamente.Ouro — A alta da prime rate fortaleceu muito o dólar em relaçãoàs principais moedas européias, provocando a queda do ouro emNova Iorque, e conseqüentemente no Brasil. Espera-se uma quedamaior no ouro, porque a prime rate pode chegar a 13,5% no hnalde julho.

Jul 2.255 -3 794Set 2.299 +3 12 429Der 2.251 +3 6 884Mor 2.250 -5 3.609Moi 2.270 -15 649Jul 2.290 -15 12910 m^tricos/controfo; US$/t m^trico

CAFE (Nl)Jul 146,18 -0,97 1.413Set 140,24 -1,19 4.228Dez 139,28 -1,02 1.851Mar 138,40 -1,10 1.494Mai 137,90 -0,85 42'Jul 137,01 -1,25 11237,5 mil libra*/ contrato; cents de US$/Libra peso

COBRE (NI)Jun 58,90 -0,90 0Ago 59,60 - 0,90 0Set 60,25 -0,95 30.032Dot 62,20 -0,95 20.310Jon 62,85 -0,95 24Mar 64,20 -0,95 8.50825 mil librai/ contrato,¦ ainti do USV librapeso

FARELO DE SOJA (Chicago)

Jul 179,90 - 3,90 1 4 366Ago 183,20 -4,00 13.901Set 185,20 -3,60 6.856Out 184,00 -3,00 9.823Dez 187,60 -2,20 12 911Jan 189,80 -2,00 3.166100 t/ contrato; US$/ t

MILHO (Chicago)Jul 353 1/2 +1/4 52.245.Set 327 1/4 -2 1/4 31.485Dez 305 3/4 -3 3/4 55 830Mar 315 1/4 -3 10.164Mai 319 1/2 -2 1/2 1.774Jul 321 -3 1/4 7855 mil bushel/contrato; cents de US$/bushel

OlEO DE SOJA (Chicago)Jul 34,40 +0,25 15.310Ago 33,11 -0,04 13 631Set 3193 -0,40 7.895Out 30.58 -0,42 10 380Dez 29,13 -0,35 10.850Jan 27,07 -0,35 2.39960 mil libras/contrato; cents US$/libra

SOJA (Chicago)JulAgoSetNovJanMar

779 1/2772 1/4752 1/2736 1/4747 1/2761

-7 3/4-1/4-8-8 1/4-10-8 3/4

2.51123.6735.03728.63B5.49?20945 mil bushel/confroto; cents de US$/bushel

TRIGO (Chicago)JulSetDezMarMaiJul

350 3/4356 1/2371 1/2381303369

-2 1/2-2-2 1/2-2 1/4-3 1/2-1 1/2

14.42813.83814.3874.2812991015 mil bushel/contruto; cents de US$/bushel

OURO

T«l«fon« Compra VtndoCr$ CrSGoldmine 224-1970 19800 20.800New Gold 242-0290 20.900 20.900Trade 242-0333 19.900 20.600Jahl 224-8497 ' 19.800 20.800Autram 221-1846 19.800 20 600Ourobrdz 791-4874 19.800 20.600Degusso 224-7757 19 950 21000Auxiliar 19.800 20.800Comind 19.900 20.900Safro 19.900 21.000Ourinveit 19.900 20.900Reservo 224-7757 19.950 21.000

METAISCotoçfte» do* Metais em Londres, ontem:Alumínio6 vista 927,5 928,5tr6s meses 943,0 943,5Chumbo6 vista 370,5 371,5trfes meses 362,0 362,5Cobr*(Calhod«»)6 visto 974,5 976,5trSs meses 992,0 994,0htanho (Standard)6 visto 9.270 9.274trAs meses 9.222 9 225E«tanho(Higbgrod«)6 visto 9 295 9.305trfis meses 9.250 9.260Nlqoeld vista 3.544 3 550tr£s meses 3.622 3.629Prato6 vista 622,5 623,5trfis meses 638,0 638,5Zinco6 visto 617,0 618,0tr£s meses 625,5 626,0Nota: Alumínio, Cobre, Estanho, Níquel •Zinco — em libras por Toneladas.Prata — em pense por troy (31,103grs).

MERCADORIASSÀO PAULOMeses Máx. Min. Fech

CAFÉJulSetDezMaiMaiJul

152.000106 800251 000353 000

152.000184.500250 000352000

152 000196.550251 000353.100413 000486.000JU, 486 000 486 000 Cotação em Cr$/soca de 60 Kg — Mercadoestável

OUROAgoOutDezFevAbrJunAgo

23.30030.50039 00049.40060.20072.10083.700

23.08029.80039.10049 00059.61071.20083,700

2308029 97039,18049 27059 90072.10083.700

BOLSA DE NOVA IORQUE

Preços por uma grama. Unidade de negó-cios: Lingotes de 250 gramas, por contrato.Mercado fraco.

AgoOutDezFevAbrJunAgoCotaçóo

38 500-0061.70067.10075 20091.900129.600

38 50036.00061.00066.50075.20090.700128 500

38.50056 83061 49066.80075.20091.900129 600em CrS/15 kg. Mercado firme.

SOJAjul 25 500 25 500 25 500St-t 30.410 30 400 30 420

— — 37600Jan, Mar. Mai e Jul nõo cotadoCotação em Cr S/60 kg — Mercado froco.

fúnsw GOLOGARANTIA DE INVESTIMENTOOURO A PARTIR DE 5 GR.

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MLE

JORNAL DO BRASIL NEGÓCIOS & FINANÇAS terça-feira, 36/6/84 ? Io caderno ? 17

Mistura de álcool à gasolina aumentará ^eiíe B vai

a Cr$ 700 a

Io de julho

São Paulo — A mistura deálcool à gasolina deverá an-mentar de 20% para 25%. co-mo forma de elevar a octana-gem do combustível e. princi-palmente. assegurar a coloca-ção de excedente de etanol.

O aumento da quantidadede álcool na gasolina poderáocorrer ainda este mês. infor-mou o diretor executivo da So-pral — Sociedade dos Produto-res de Açúcar e Álcool — LuizGonzaga Bertelli. acrescentamdo que a Petrobrás e o 1AA —Instituto do Açúcar e do Ál-cool — já deram parecer favo-nível à medida.EXPORTAÇÕES

A mistura de 25% ajudaráno escoamento do volume ex-cedente de álcool que. ao finaldii atual safra, apenas na regiãoCentro-Sul, atingirá 500 mi-Ihões de litros. Segundo Gon-zaga Bertelli, a adição de eta-nol à gasolina também está fa-cilitando as exportações destecombustível pela Petrobrás."pois a gasolina está com umaoctanagem aumentada".

Ele observou que. para nor-malizar completamente a de-manda, o Governo deveriatambém aumentar a exporta-ção de álcool, criar mecanis-mos para o uso desse carburan-te em tratores e caminhões eelevar o volume dos estoquesestratégicos de um mês paraaté três meses, como ocorre

com os derivados de petróleo.Sob a alegação de carênciade recursos para o financia-mento da produção e paracomprar o combustível, o Go-verno não deverá adquirir todoo álcool produzido este ano.previu o dirigente da Soprai.Nessa safra, as 'destiladas estãoautorizadas a fabricar cerca de9 bilhões de litros de álcool,mas elas tem capacidade deentregar quase 10 bilhões delitros.

—- Muitas usinas não rece-beram autorização do Governoque esperavam e terão que pro-duzir 20% a menos do que nasafra passada. Assim, deveráficar muita cana em pé e. nosegundo semestre, essa situa-ção irá provocar desempregoentre os bóias-frias — acres-centou Gonzaga Bertelli.

O diretor da Soprai afirmouque os recursos do Proálcooltambém não estão sendo libe-rados para o financiamento deusinas e os novos projetos, ho-je. estão sendo tocados cominvestimentos dos empresários.

Durante esta semana, asprincipais entidades do setorsucro-alcooleiro do Brasil, pro-dutores de equipamentos cmontadores de veículos, alémde representanes do Governo,estarão participando de umasérie de encontros e palestrasno Norte da Argentina, paradivulgar a experiência doProálcool.

Os números do álcool(em barris/dia) Produçãoi

£

153.000

fAlCOOlTSXIOO.OOOW^jM

150 .Mil

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90 /jTnAm80 73.06!) ^70

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40' 42.935 4j753 /

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20- Exportagao10 6|°l

68|93

1979 1980 1981 1982 1983 1984*

Governo eleva preço da saca de

arroz e consumidor paga Cr$ 900

Petrobrás atingirá os

500 mil barris sábadoO presidente da Petrobrás,

Shigeaki Ueki, anunciará sex-ta-feira, em entrevista, a con-cretização da meta dos 500 milbarris/diários, inicialmente pre-vista para 85. De acordo com odiretor de produção da empre-sa, Joel Mendes Rennó, se"der tudo certo", a meta dos500 mil barris diários de petró-leo será alcançada realmenteaté o final de junho (isto é, atésábado).

Segundo Rennó, a atual ca-pacidade instalada da Petro-brás permite a produção de 483mil a 484 mil barris diários depetróleo e, nos próximos dias,ela será elevada para mais de500 mil barris diários, com aentrada em operação de novospoços na Bacia de Campos.

Joel Rennó explicou que aPetrobrás divide suas áreasprodutoras em cinco grandesregiões e que a área de Campos

Carga na

rodovia tem

regulamentoBrasília — O Presidente

João Figueiredo assina quinta-feira o decreto que regulamen-ta o transporte rodoviário decarga, em todo o território na-cional, que tem como pontosbásicos a criação da CâmaraBrasileira de TransportadoresRodoviários de Bens e do Ca-dastro Nacional dos Transpor-tes Rodoviários de Bens.

O anúncio foi feito ontempelo Ministro dos Transportes,Cloraldino Severo, informan-do, ainda, que na próxima se-mana divulgará, para discus-são, o anteprojeto do regula-mento do transporte rodoviáriode passageiros.

O Ministro explicou que esseregulamento vai disciplinar aatividade do transporte rodo-viário de carga no país além dedefinir as relações entre as em-presas transportadoras, os car-reteiros, os Estados e municí-pios e os usuários. O regula-mento deixa livre a atividadedo carreteiro, decisão contráriaà idéia da NTC — AssociaçãoNacional dos Transportadoresde Carga que queria a sua vin-culação com empresas trans-portadoras. "Deixamos o car-reteiro sem vinculação para po-der manter o equilíbrio do mer-cado de frete", afirmou o Mi-nistro.

Central saido "vermelho"

A Estrada de Ferro Centraldo Brasil conseguiu um superá-vit operacional de Cr$ 11 bi-lhões no ano passado, o primei-ro desde sua criação em 1976.A receita global foi de Cr$ 111bilhões, excluída a normaliza-ção contábil de CrS 17,9 bi-lhões, paga como compensaçãopelo transporte de minério deferro, e uma despesa de custeiode Cr$ 99,8 bilhões.

Esse superávit foi obtido naexploração da chamada LinhaCentro, 632 quilômetros entreIbirité, Minas Gerais, e IlhaGuaíba, no Rio de Janeiro,onde a carga principal é o mi-nério de ferro da MBR. Comoa Linha Centro não chega a seruma ferrovia de minério, issoajudou no resultado. O objeti-va da Rede é elevar a carga e60 milhões para 100 milhões de«uneladas.

r»o Rio Grande do Sul, aRede Ferroviária Federal apre-sentou um superávit de Cr$ 6bilhões nos cinco primeiros me-ses do ano, com o transporte de? milhõf»<c mil tnnplariac

é a única com condições deampliar sua produção e propi-ciar ao país a concretização dameta esperada. A Bacia deCampos responde, atualmente,por 53% da produção nacionalde petróleo e por pouco maisde 80% da produção no mar.

De acordo com o diretor deprodução, após a obtenção dameta dos 500 mil barris diários,a empresa se empenhará emmanter essa produção, deven-do chegar aos 520 mil barrisdiários de petróleo, no finaldeste ano. Joel Rennó comen-tou também como fato favorá-vel e essencial para a conquistados 500 mil barris diários, oapoio que vem sendo dado peloGoverno federal. Disse, porexemplo, que a Secretaria Es-pecial de Controle das Esta-tais—Sest já autorizou a "atua-lização" dos orçamentos dasempresas estatais.

MONICAA MAIS VERSÁTIL

IMPRESSORA DO MERCADOESTANASTRING EM

CONDIÇÕES EXCEPCIONAIS,JUNTO DE TODA LINHA

ELEBRA.

Brasília — O Governo, através do InstitutoRio-Grandense de Arroz (IRGA), se compro-mete a comprar arroz em casca por Cr$ 13 mil500 a saca. A decisão, tomada ontem, emboranão tenha sido aceita pelos produtores, provoca-rá um aumento para o consumidor da ordem de15%, isto é, o quilo do arroz beneficiado passaráa custar em torno de CrS 900.

Os produtores gaúchos estão querendo quea saca de arroz em casca passe a custar CrS 16mil, que consideram o mínimo necessário paracobrir os custos de produção, armazenamento ecomercialização. O Ministro da Agricultura.Nestor Jost, informou que o Governo nãodispõe de recursos para comprar a esse preço.Por isso, em reunião com o Ministro do Planeja-mento. Delfim Neto, no final da tarde, ficouacertado que o Governo pagará 20% acima dopreço mínimo, que é de CrS 11 mil 200 a saca de60 quilos.

Esse preço não significa que os Emprésti-mos do Governo Federal e as Aquisições doGoverno Federal sigam essa cotação. Para asoperações de EGF e AGF valerão os preçosmínimos para o arroz. O Ministro da Agricultu-ra afirmou que o movimento de bloquear estra-das é ilegal e acrescentou que qualquer produtorou negociante que se sinta impedido de vender o

seu produto pode recorrer à Justiça para garan-tir seus direitos.Nestor Jost está convencido de que o merca-

do atacadista vai reagir aumentando seus preçosde compra, melhorando os negócios para osrizicultores. O Ministro da Agricultura afirmouque o abastecimento do Rio de Janeiro não estácomprometido, porque existem estoques no Pa-raná, em São Paulo e Goiás.

A questão do arroz provocada pelos produ-tores gaúchos, que bloquearam a saída do pro-duto para o resto do país, deixou a esfera técnicac foi para a política, revelou o Secretário Espe-ciai de Abastecimento e Preços, José MiltonDallari. Um assessor de Dallari comentou que,do ponto-de-vista econômico, a pretensão dosprodutores do Rio Grande do Sul de obtermelhores preços para o arroz não encontraamparo na realidade do mercado.

De acordo com avaliações feitas no âmbitoda SEAP, a questão gaúcha pode ser resumidanuma oferta maior em relação à demanda, o queprovocou a redução nos preços do arroz. Dallariacrescentou que o Governo autorizou o InstitutoRio-Grandense do Arroz (IRGA) a comprararroz em casca dos produtores a um preço 15%superior ao mínimo fixado desde a semanapassada.

Transportadores apóiám boicote

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BARRASHOPPING.. 1IJUCA -254-4599 «» 325-2340

Porto Alegre — O boicote dos arrozeirosgaúchos, impedindo a comercialização do arroza preços inferiores a CrS 16 mil 406 o saco de50kg, teve ontem, em seu segundo dia, o apoiode revendedores de máquinas e peças do interiordo Estado, que fecharam suas portas em solida-riedade aos arrozeiros, é do Sindicato dos Trans-portadores de Carga. Em circular enviada on-tem a todos os associados, o Sindicato dosTransportadores recomenda aos camioneirosque não transportem arroz por menos de CrS 16mil, para evitar tumultos rias barreiras dasestradas.

O presidente da Associação dos Oriziculto-res de Uruguaiana — o maior produtor doEstado — Carlos Augusto da Silva, informouque indústrias de beneficiamento paulistas jáestão oferecendo CrS 18 mil pelo arroz gaúcho.Ele acha que o produto deve chegar a CrS 20 milaté a próxima semana, devendo estabilizar-senesse preço. Para o consumidor, o arroz deverá

subir, no máximo, 25%. informaram os ano-zeiros.

Ontem, o Diário Oficial do Estado publicoua nova pauta de preços para o arroz gaúcho paraefeito de cobrança de ICM, incluindo o produtobeneficiado a CrS 40 mil. para o fardo de 60kg.além dos CrS 16 mil 406 para o produto emcasca. Os arrozeiros já se consideram vitoriososem seu movimento, iniciado â zero hora dedomingo. Eles pretendem manter a mobilizaçãonas estradas até que o mercado determinepreços estáveis e que indiquem uma recuperaçãoda defasagem dos últimos cinco meses.

Os 32 municípios produtores mantinhambarreiras ontem nas estradas federais. Segundoo presidente do Sindicato Rural de Itaqui,Dirceu Quartiero, a mobilização dos arrozeirosé tão grande que é provável a continuidade domovimento com objetivos mais amplos, como.por exemplo, a reformulação da política econó-mica.

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A Associação dos Produtores de Lei-te B do Estado do Rio de Janeiro divul-gou ontem a nova tabela do leite B. queentrará em vigor no próximo dia 1" dejulho: CrS 700 para consumidor e CrS 645para o Governo do Estado e Município.Os produtores destacam que não chega-ram à remuneração desejada, uma vezque o repasse dos custos reais de produ-ção inviabilizariam a compra do produtopor parte dos consumidores.

Em Belo Horizonte, o presidente daOrganização das Cooperativas Brasileiras

OCB — José Pereira Campos Filho,disse ontem, que os produtores associa-dos às oito cooperativas do nordestemineiro — que há cinco dias estãoocupando a fábrica da CCPL. em TeófiloOtoni. para receber créditos atrasados háquatro meses, no valor de CrS 10 bilhões

estão analisando dois aspectos paraaceitar a proposta de compra do comple-xo industrial da CCPL, como forma desaldar a dívida: viabilidade econômica e agarantia de náo perder o acesso ao mer-cado do Grande Rio.

Reunião hojeOs representantes das cooperativas

se reuniram, durante toda a tarde, com opresidente da OCB. que está atuandocomo mediador, para analisar a propostada CCPL. A partir das lOh de hoje, noRio, eles se encontram com a direção daCCPL, para decidir se compram a fábricade Teófilo' Otoni e as outras duas daregião, além dos 10 pontos de recepção eresfriamento do Leite. Se o negócio forrealizado, a distribuição de cerca de 180mil litros de leite em pó, por dia para omercado carioca, será restabelecida.

Agricultor poderá

pagar crédito com

mercadoria no RioO Governador Leonel Brizola aprovou a idéia de

pagamento do crédito rural com mercadorias, paraincentivar a produção de alimentos no Estado do Rio— afirmou, ontem, o Secretário de Agricultura. EliasCamilo Jorge. Inicialmente o projeto deve favoreceros produtores de milho e. posteriormente, poderãoser beneficiados os fazendeiros de arroz e hortigran-jeiros. O Banerj é responsável por 50% do créditoaplicado na agricultura fluminense, com empréstimosde CrS 23 bilhões, segundo o Secretário. Quanto aoabastecimento, acha que se houver escassez o jeito éimportar, principalmente leite em pó.

Com o aumento na gasolina, álcool e diesel. vãosubir os fretes e. também, os preços dos alimentos, naopinião do presidente da Bolsa de Gêneros Alimentí-cios do Estado do Rio e diretor das Casas da Banha.Waldemar Veloso. Os supermercados cariocas têmestoques para atender a até 15 dias de consumo de'arroz, e também náo falta leite em pó — acrescentou oempresário. Mas como os produtores de arroz deSanta Catarina estão ameaçando aderir ao movimentode protesto dos gaúchos, ele admite que o produtovenha a escassear.

Segundo o Departamento de Economia Rural, daSecretaria de Agricultura, o Estado do Rio consomecerca de 590 mil toneladas anuais de arroz, e produzapenas 92 mil toneladas, com déficit de 498 miltoneladas, coberto, principalmente, pelo Estado deGoiás. Quanto ao leite, o consumo fluminense diárioé de 1 milhão 759 mil litros, contra produção local de937 mil 718 litros, o que provoca um déficit diário de821 mil 282 litros, coberto, principalmente, por MinasGerais. Da mesma fonte é a informação de que aCCPL tem 19 usinas de leite em Minas, 15 no Estadodo Rio, seis no Espírito Santo e duas na Bahia.

Por enquanto os preços do arroz se mantêm nossupermercados, mas a pequena produção fluminense,face ao consumo, deixa a formação dos custos muitodependente de fatores fora da região — lembra odiretor das Casas da Banha, Waldemar Veloso. Oarroz "agulhinha". um dos mais procurados peloscariocas, está sendo comecializado de CrS 700 a CrS812 o quilo, nos supermercados, esta semana. Ouantoao leite, acrescenta que os estoques são suficientes.Mas — está informado — os fazendeiros desejamnovo reajuste para o produto in natura, da ordem de30%.

voos

INTERNACIONAIS

RIO

PARTIDAS COMPANHIA VOO DESTINO (ESCALAS) HORAAerolineas Argentinas 122 Paris 20h55min

(Madri)Aerolineas Argentinas 221 Buenos Aires 19h20min(Sao Paulo)

Aerolineas Argentinas 332 Nova lorque 22h55min(Miami)Aeroperu 620 Lima 19h15min

Alitalia 576 Buenos Aires 8h50min(Sao Paulo)

Alitalia 577 Roma 21h35min(Milao)Cruzeiro do Sul 930 Buenos Aires I7h(S. Paulo/Porto Alegre)

Cruzeiro do Sul 934 • Montevideu 11 h(S. Paulo/Porto Alegre)

Cruzeiro do Sul 918 Montevideu 8h15minCruzeiro do Sul 880 La Paz 9h15min

(Sla. Cruz D. L. Sierra)Iraqui Airways 522 Lisboa 19h

(Amman'Bagda)KLM 793 Santiago 8h55min(Montevideu)Lan-Chile 140 Santiago 14h35min

Lineas A6reas Paraguaias 403 Assungao 11h30min(Sao Paulo)

Pan Am 202 Nova lorque 22hPan Am 440 Los Angeles 22h30min

(Miami)Pluna 502 Montevideu 14h45min(Sao Paulo)

Pluna 301 Madri 21h30minSouth African Airways 206 Johannesburg 21h30min

(Cape Town)Varig 920 Santiago 8hVarig 916 Buenos Aires 8h30minVarig 902 Assungao 8h45minVarig 798 Maputo 20h

(Luanda)Varig 762 Londres 21h45min

(Lisboa)Varig 740 Paris 21h30min

(Frankfurt)Varig 750 Zurique 22h30min(Madri)Varig 860 Nova lorque 23h

Varig 810 Miami 23h15min

CHEGADASCOMPANHIA V60 PROCEDENCIA (ESCALAS) HORAAerolineas Argentinas 122 Buenos Aires 19h40minAerolineas Argentinas 220 Buenos Aires 18h30min

(Sao Paulo)Aerolineas Argentinas 113 Roma 4h35min

(Frankfurt) (4°-feira)Aerolineas Argentinas 332 Buenos Aires 21h40minAeroperu 623 Lima 16h35minAir France 093 Paris 5h

(4"-feira)Alitalia 576 Roma 7h25min

(Milao)Alitalia 577 Buenos Aires 20h20min

(Sao Paulo)Cruzeiro do Sul 93) Buenos Aires 14h40min

(Porto AlegreS.Paulo)Cruzeiro do Sul 935 Montevideu 20h55min

(Porto Alegre S.Paulo)Cruzeiro do Sul 881 La Paz 21h15min

(Sta. Cruz D. L. Sierra)Cruzeiro do Sul 919 Montevideu 20h40minIb6ria 999 Madri 5h30min

(4a-feira)Iraqui Airways 521 Lisboa 11h30min

(AmmanBagda)KLM 793 Amsterda 7h55minLineas Aereas Paraguaias 402 Assungao 10h30min

(Sao Paulo)Lufthansa 504 Frankfurt 4h45min

(4°-feira)Pan Am 441 Los Angeles 7h35min

(Miami)Pan Am 201 Nova lorque 7h20minPluna 501 Montevideu 14h10min

(Sao Paulo)Pluna 301 Montevideu 20h30minSouth African Airways 206 Buenos Aires 20h30minVarig 861 Nova lorque 6h20minVarig 871 Mexico 6h40min

(Bogota)Varig 811 Miami 6h15minVarig 833 Toquio 7h30min

(Los Angeles/Lima)Varig 921 Santiago 20h20minVarig 903 Assungao 20h35minVarig 875 Panama 6h55minVarig 917 Buenos Aires 20h50minViasa 942 Caracas 4h30min

(4a-feira)

Informações JB — Fonte: Panrotas

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18 ? 1° caderno ? terça-feira, 36/6/84

Lojistas

promovem

MEGÓCIQS & FINANÇAS

seminárioO diretor-executivo da Con-

federação Nacional dos Direto-res Lojistas, Adão de Souza,vai percorrer ao longo do dia asruas do comércio dos bairroscariocas da Tijuca, Grajaú eVila Isabel. Vai entrar nas lojase testar o atendimento fazendocompras simuladas. Os resulta-dos de sua observação serãoapresentados no Seminário so-bre os Problemas do Comérciodesses bairros, que começa ho-je à noite no Clube Municipal,na Rua Haddock Lobo, pro-movido pela própria Confede-ração e pelo JORNAL DOBRASIL.

Existem nos três bairrosmais 4 mil lojas. Mas é a Tijucaque acolhe o comércio maistradicional e estruturado. Se-gundo Adão de Souza, "bas-tante representativo, com forçapara fazer suas reivindica-ções", enquanto o comércio deVila Isabel e Grajaú "está ain-da em fase de fixação".

Na Tijuca, nos contatos fei-tos para convidar os lojistaspara o Seminário, Adão deSouza encontrou até uma rari-dade. Uma empresa de presta-ção de serviços na área de in-formática que, segundo ele, "éuma das melhores que já vi emtodo o país". Trata-se da RealTime, que em seis meses deatividade já tem 300 clientes,todos microempresas da re-giào. Ela faz todo o controle decrediário para essas empresas,mantém em sigilo a relação declientes de cada uma. tendosempre à disposição do lojista aposição atualizada das vendapor crediário.

Emprego cresce0,31% em junho

São Paulo — O nível deemprego industrial voltou aapresentar crescimento na se-gunda semana de junho, regis-trando uma variação de 0,14%,equivalente a readmissão de2 mil 200 pessoas e elevando oacumulado do més para 0,31%,o que representa uma reabsor-ção de 4 mil 900 trabalhadorespela indústria de transforma-ção do EStado. De janeiro atéa segunda semana de junho, onível de emprego industrialcresceu 1,92%, com a indústriareadmitindo 30 mil 100 pes-soas.

Roberto Campos acha

sensato áípirataria99

no

setor de informática"Na pirataria alguns empresários brasileiros de informáticaestão sendo sensatos, mas na retórica são absurdos", disse ontemo Senador Roberto Campos, em depoimento na Comissão deInformática da Associação Comercial. Ele explicou que aprova

que os países em desenvolvimento copiem a tecnologia estraneeira("pois o próprio Japão fez isto" — afirmou) mas o que consideraabsurdo é as indústrias que copiam alegarem que estão desenvol-vendo projetos próprios, "isto é desonesto" — advertiu.

Roberto Campos afirmou que há, no país, aprovados pelaSecretaria de Informática, 13 cópias do microcomputador PC. daIBM, 11 do TRS-80, da Radio Shack, e 13 do Apple, segundolevantamento de J. C. Mello, "um homem — disse — que éaltamente criticado pelos empresários de informática e que.infelizmente, não tem o título de Senador para defendê-lo."Modelo "supertupiniquim"

Para o ex-Ministro do Planejamento do Governo CasteloBranco, acirrado crítico da atual política de informática, aSecretaria Especial de Informática "finalmente assumiu uniaatitude inteligente ao aprovar a importação de tecnologia para aprodução de superminicomputadores no país". "Mas isso —destacou —depois de 19meses de estudos e análises. Durante esteperíodo, as empresas que apresentaram projetos, enviaram técni-cos ao exterior para negociações, investiram em pesquisas eficaram esperando pacientemente pela decisão da SEI. E o órgãoparece nem se incomodar com todo este tempo perdido. Afinal,foram 19 meses de espera".

Roberto Campos classificou o modelo de informática comosupertupiniquim'. Pois se baseia em uma "diarréia de atosnormativos, que violam sete leis e ferem quatro princípiosconstitucionais. Segundo o Senador a SEI usurpa poderes devários órgãos: do Ministério da Fazenda, através da Cacex (pois aSecretaria é que regula a importação de peças e componentes,enquanto que esta é uma atribuição da Cacex); usurpa poderes doMinistério das Comunicações, que tem, legalmente, direito deregular sobre as importações para sua área" com relação aoscomponentes, mas a aprovação de compras no exterior estãosomente sob o arbítrio da SEI"; e do Ministério da Indústria e doComércio, que segundo o decreto-lei 200 deveria ser o responsávelpelo desenvolvimento de tecnologia; e ainda,-flo próprio Conselhode Segurança Nacional, órgão ao qual a Secretaria está vinculada,mas a Secretaria-Geral do Conselho é que fala em nome de todo oConselho ilegitimamente.

Roberto Campos, que tem um projeto de lei em tramitaçãono Senado estabelecendo uma política para o setor, destacou quese lançou nesta área pois acredita que se não houver aberturaeconômica não será possível haver abertura política. Sou contraesta política "deformática", que impede o ingresso de capitaisestrangeiros em um país que precisa deles.

Abicomp contesta aopinião do Senador

JORNAL DO BRASIL

Prazo para pagar

a TRU é

prorrogado até sexta-feira

Brasília — A Receita Federal prorrogouaté sexta-feira, dia 29, o prazo para o paga-mento da terceira e última cota da TaxaRodoviária Única (TRU) dos automóveis deplacas com final de 6 a zero. Na sexta-feirapassada venceu o prazo para os veículos comfinal 6. ontem, final 7, hoje venceria para oscarros com final 8, amanhã, 9 e quinta-feiracom final zero.

Mais 300 mil pessoas recebem hoje, emtodo país, o quarto lote de restituição doImposto de Renda. Os cheques foram posta-dos ontem pela Receita Federal, junto comos 300 mil avisos aos contribuintes. Para oRio de Janeiro, cerca de 50 mil devoluçõesforam liberadas.

Até meados de outubro, todas as terças-feiras a Receita depositará lotes entre 250mil e 300 mil cheques de restituição, sendo50 mil para o Rio. O Secretário da Receita,Francisco Dornelles, informou na últimasemana que poucos contribuintes retiraramseus cheques, a maior parte está esperando avirada do mês para terem suas restituiçõescorrigidas pela ORTN de julho.Se a restituição for retirada agora, serácorrigida em 60,8%, esperando até segunda-feira, a correção monetária deverá ser decerca de 75%. Na próxima terça-feira, osbancos estarão com quase 1 milhão 500 milcheques acumulados. Se o contribuinte pre-ferir não participar da provável corrida, podeguardar seus cheques por até seis meses.

Empresas

Nova Belina terátração nas 4 rodas

CSN e metalúrgicos acham

que acordo é satisfatório

Os

Acresp não temepoupança em ouro

São Paulo — A criação deum novo sistema de captaçãode poupança popular com baseno ouro — idéia que o Gover-no pretende implantar aindaeste ano — não preocupa aAssociação das Empresas deCrédito Imobiliário e Poupan-ça de São Paulo (Acresp), que,no entanto, pretende conhecermelhor os objetivos do plano esaber quais mecanismos deatração de investidores. O pro-jeto agradou o Sistema Nacio-nal de Compensação de Negó-cios a Termo, da Bolsa de Mer-cadorias de São Paulo.

Seminário debatetelec omuiiic ações

São Paulo — O secretário-geral do Ministério das Comu-nicações, Rômulo Villar Furta-do, afirmou, ontem, que "échegado o momento de estudara hipótese de privatização dasatividades de telecomunicaçõesno país.

"Segundo ele, emboranada esteja decidido sobre aquestão no âmbito do Gover-no; "devemos analisar o assun-to, pois a desestatização podeocorrer a médio prazo". Oscomentários de Villar Furtadoforam feitos durante o seminá-rio "As Telecomunicações numAmbiente de Mudança".

BC é contra oDia do Bancário

Brasília — O Banco Centralvai encaminhar uma represen-tação ao Procurador-Geral daRepública, Inocêncio MártiresCoelho, solicitando que argu-mente, junto ao Supremo Tri-bunal Federal, a inconstitucio-nalidade de lei municipal noRio de Janeiro que cria o "Diado Bancário". A informaçãofoi dada ontem pelo chefe doDepartamento Jurídico doBanco Central, Diógenes SettiSobreira, acrescentando que adecisão da Câmara Municipaldo Rio de Janeiro fere os arti-gos 8o e 13° da Constituição.

piratas da informática — as empresas que copiamequipamentos estrangeiros — são combatidos por aqueles quedefendem a reserva de mercado. Eles são os oportunistas queaproveitam a proteção em benefício próprio, disse o presidente daAssociação Brasileira da Indústria de Computadores e Periféricos(Abicomp), Edson Fregni, respondendo ao Senador RobertoCampos, durante uma homenagem que a entidade recebeu ontemda Assembléia Legislativa.

Na solenidade, o ex-presidente da Abicomp e presidente daindústria Microlab, Antonio Didier Vianna, recebeu o título deCidadão Fluminense. Ele considerou como minoria aqueles quecriticam a atual política de informática e destacou que aslideranças dos partidos já deram seu apoio unânime ao modeloadotado para o setor. Por isso — afirmou — "me causa certaestranheza que minorias dentro do Congresso, sem representativi-dade popular, queiram garantir condições para que grupos estran-geiros se apoderem da nossa informática".

Edson Fregni sorriu diante a afirmação de Roberto Camposde que o modelo de informática é "supertupiniquim". "Graças aDeus — "afirmou isto demonstra que andamos com nossospróprios pés, de forma independente." Quanto à cópia deequipamentos estrangeiros o presidente da Abicomp destacouque possivelmente "o Senador está equivocado com o que é cópiae o que é compatibilidade." Fregni explicou que aqui há váriosequipamentos compatíveis, isto é, que são funcionalmente idénti-cos aos estrangeiros mas projetados de outra maneira.

Flupeme completa um ano

e reafirma defesa do

Estatuto da MicroempresaA Associação Fluminense da Pequena e Média Empresa —Flupeme — foi homenageada ontem na Câmara dos Vereadores,

por seu primeiro ano de existência. A questão mais citada nosdiscursos e discutida nos corredores, no entanto, foi a do Estatutoda Microempresa, que se encontra em discussão no CongressoNacional, e que a diretoria da Flupeme apóia com entusiasmoDa cerimônia participaram o ex-Ministro Hélio Beltrão(inspirador do Estatuto) e o Coordenador e Secretário Executivodo Programa Nacional de Desburocratização, Piquet Carneiroque o substituiu e conseguiu fazer com que o Governo federaienviasse o Estatuto ao Congresso. Estava presente também entreos Secretários do Governo do Rio, o Secretário de Fazenda, CésarMaia, um dos mais severos críticos à proposta de isenção de ICM2,U®J? Estatuto faz para as empresas que faturam até 10 milORTNs.

O presidente da Flupeme, Antonio Guarino, em seu discur-so, elogiou o BD-Rio que, "entre os órgãos do Governo estadualfoi o único que cumpriu suas metas em relação às pequenas èmédias empresas". Ele entregou a quatro "amigos das pequenasempresas um diploma de agradecimento conferido pela Flupe-me: a Geraldo Piquet Carneiro ("parceiro do ex-Ministro HélioBeltrão e batalhador incansável pela remessa do Estatuto aoCongresso"); ao deputado federal Célio de Barros ("pela criaçãoda Subcomissão da Pequena Empresa no Congresso"); a JuvenalOsório, presidente do BD-Rio; e a Gilberto Carvalho ("que nadireção executiva do Ceag-Rio fez reviver aquele importanteórgão de apoio gerencial às pequenas empresas").

O diretor-administrativo da Companhia Si-derúrgica Nacional—CSN, Hélio Motta Haydt,disse ontem ao concluir o acordo com o Sindica-to dos Metalúrgicos de Volta Redonda, naDelegacia Regional do Trabalho, que "a empré-sa aprendeu muito com esta greve (cinco dias)especialmente porque tem alguns equipamentosque não podem parar e, apesar do sindicato terautorizado o trabalho de 500 operários, foi vitala participação dos 800 supervisores que ficaramsem sair da siderúrgica todo o tempo da greve.

Já o presidente do Sindicato dos Metalúrgi-cos de Volta Redonda, José Juarez Antunes,disse que "embora a classe não tenha alcançadotodas suas reivindicações de aspecto econômico,a grande vitória da classe trabalhadora de VoltaRedonda foi política porque saímos da letargiade 20 anos levando a categoria a sacudir ospatrões."

— Nós fizemos uma greve sem baderna,sem agitação mas com pressão. Soubemos ahora de começar e parar. Por isso é que apesarda gente só ter conseguido concretamente umaumento de 10,22% sobre o INPC, o que nãonos equipara aos funcionários da Cosipa, valeupelo ganho político — disse Juarez Antunes.

Das 45 reivindicações dos metalúrgicos daCSN, 24 foram atendidas pela empresa. Asprincipais, segundo o presidente do Sindicato,foram as seguintes: anistia para os que participa-

ram da greve, pagamento de um salário extra(girafa) no valor do salário bruto do mês dejunho e mais empréstimos trimestrais de 20% dosalário a serem pagos nos três meses consecu-tivos.

"Tudo está bem, quando termina bem".Esta frase, dita pelo presidente do Sindicato dosMetalúrgicos de Volta Redonda, José JuarezAntunes, em Volta Redonda, encerrou o atoformal de assinatura do acordo coletivo detrabalho, ontem, no escritório da CompanhiaSiderúrgica Nacional. O presidente da empresaBenjamin Mário Baptista, disse que, da suaparte, tudo o que foi dito, antes da assinaturadesse acordo, esquecido está".

Apesar do retorno ao trabalho ter ocorridoà zero hora de ontem, os equipamentos vitais,como o alto forno, só voltarão a operar normal-mente hoje, de manhã, e a primeira "corrida doaço' acontecerá à tarde.Empréstimo

Nova Iorque - A Siderbrás, a CompanhiaSiderúrgica Nacional, a Cosipa e a Usiminasobtiveram ontem, em Nova Iorque, um créditototal de 395 milhões de dólares de um consórciode 30 bancos internacionais, segundo informou aAssociated Press. O dinheiro será utilizado parafazer frente a compromissos financeiros penden-tes e para financiar parte do programa deinvestimentos das siderúrgicas estatais este ano.

São Paulo — A Ford Brasillançará, em agosto, uma ca-mioneta Belina com tração nasquatro rodas, que reforçará asvendas no mercado interno eampliará a pauta de exporta-ções da empresa, ainda esteano, informou, ontem, um diri-gente da indústria. Ainda esteano, será lançado novo jipe daFord, previsto inicialmente pa-ra janeiro de 1985.

A antecipação do lançamen-to do jipe da Ford — queocuparia o lugar do antigo veí-culo retirado da linha de pro-dução em março do ano passa-do — foi decidida com base nascondições do mercado brasilei-ro: o novo jipe, com tecnologiaavançada, terá um preço supe-rior a Cr$ 10 milhões.

ESTRATÉGIA

Com a camioneta Belina, aFord pretende atingir a faixa deconsumidores que se interes-sam pelo jipe, uma vez que ocarro terá tração nas quatro

rodas, a exemplo da pick-upPampa, lançado no ano passa-do e que, segundo a empresa,está tendo uma boa comerciali-zação no mercado interno.

A Ford também está prepa-rando o lançamento de sua no-va linha de caminhões, o quedeverá ocorrer no final de se-tembro ou outubro, no máxi-mo. Os novos caminhões re-presentam investimentos decerca de 150 milhões de dó-lares.

O novo caminhão, além deatender ao mercado interno,também reforçará as exporta-Ções, principalmente para osEstados Unidos. A empresa es-pera ampliar em mais de 100milhões de dólares suas vendasexternas a partir do próximoano, com essa nova linha deveículos. A Ford está utilizan-do as instalações do bairro pau-lista do Ipiranga para produziros novos caminhões, com mo-tores fabricados em sua unida-de industrial de Taubaté, noVale do Paraíba.

Empresários imobiliários

defendem pacto político

O mercado imobiliário e as demais ativida-des econômicas só terão seus problemas supera-dos quando as lideranças do país conseguiremviabilizar um pacto político a nível nacional; docontrário, a situação poderá se tornar mais graveainda. A opinião é do empresário João Fortes,que admite que. embora o objetivo final dessepacto seja a sucessão presidencial, o processonão passa, de imediato, pela indicação denomes.

João Fortes e diversos outros empresáriosfizeram, ontem, palestras no I Congresso Brasi-leiro dos Profissionais do Mercado Imobiliário,no Hotel Nacional Rio. Na ocasião, o presidentedo Sindicato das Empresas de Compra e Vendade Imóveis de São Paulo (Secovi), RomeuChap-Chap, afirmou que o Sistema Financeiroda Habitação (SFH) — que atravessa sua piorcrise — é uma "vítima das políticas econômica esalarial e da inflação galopante do país".

— Por isso — disse — o SFH não precisaser repensado, pois as mudanças necessárias emsua estrutura já foram feitas nos últimos meses,com uma velocidade nunca vista. O que énecessário é que a população recupere seu poderaquisitivo e, aí, o mercado voltará ao normal.

Renegociação da dívidaO diretor do Secovi, Leon Alexander. lem-

brou que o achatamento salarial da populaçãonada mais é do que uma das imposições doFundo Monetário Internacional (FMI) para aliberação de empréstimos. E. por isso, disse queo Governo tem que sensibilizar esse organismopara a necessidade de ser alterada a lei salarial.Sem essas condições mais flexíveis — "afinal, arecuperação do consumo interno é que vaiestimular a produção" — Alexander não vêcondições de o Brasil pagar os juros de suadívida aos credores externos.

A questão do achatamento salarial ocupouboa parte dos debates de ontem, sendo unáni-mes as reclamações contra o Decreto-Lei 2065.

Entre outros. João Fortes reiterou suas críticas arespeito, lembrando que o desequilíbrio do SFHcomeçou em 1981), "com. a decisão infeliz daprefixação da correção monetária" e se agravoucom o crescimento da inflação e a vigência do2065.

Chap-Chap frisou que, em um ano. o Con-gresso Nacional apreciou cinco Decretos parareajuste dos salários e conseguiu aprovar "o piordeles". Por sua vez, Alexander sugeriu que osempresários do setor expliquem aos congressis-tas. na Comissão de Economia, o que é o SFH ea origem da atual crise, "para que não serepitam críticas com total desconhecimento doassunto".

Reunião políticaO programa do I Congresso Brasileiro dosProfissionais do Mercado Imobiliário tinha em

pauta a discussão de questões técnicas, mas odebate político-econômico predominou. Porexemplo, no tema "O imóvel residencial ecomercial — sua evolução e função social" ospróprios empresários reconheceram, em deter-minada hora, que o assunto proposto não haviasido abordado, mas sim a crise do setor.

Uma preocupação dos empresários foi emrelação à inadimplência. Romeu Chap-Chapdisse estar informado de que a Caixa Econômicade São Paulo já está em fase de retomada de 5mil imóveis e outros 5 mil se encontram "sob aalça de mira", por falta de pagamento. O diretorde crédito Imobiliário do Banco Itaú, LuizFelipe Soares Baptista, informou que a inadim-plência em sua empresa que, em julho do anopassado, era de 0,8%, já chegou a 12% (noglobal, esse percentual sobe para 15%).

Soares Baptista, que é presidente da Asso-ciação Regional das Empresas de Crédito Imo-biliário e Poupança do Rio (Arecip), revelouque a crise do setor já chegou aos bancos "e issoserá constatado em breve, nos balancetes relati-vos ao desempenho no primeiro semestre doano".

Boite Gallery lançauma água-de-colônia

"O que as pessoas procuramnum perfume é o poder mágicodo encantamento", afirma aLim & Cia, manufatura de per-fumes e cosméticos. E a empre-sa garante que o Gallery Eaude Toilette tem este poder: operfume será lançado compompa amanhã, com um co-quetel no clube Gallery, emSão Paulo. José Victor, dono

da casa noturna, se associou àLim & Cia para lançar o perfu-me, que custará Cr$ 35 mil e sóserá vendido em boutiqucs eperfumarias sofisticadas. Ini-cialmente, serão produzidosapenas 8 mil frascos da novaágua-de-colônia, que será fa-bricada a partir de matérias-primas importadas da Suíça.

Soeicom faz cimento25% mais

Belo Horizonte — A Soei-Vespasiano

ANUNCIE

PELO

TELEFONE

284-3737

CLASSIFICADOS JB

BC explica até amanhãcaso da Coroa-Brastel

Brasília — Termina amanhã o prazo para que opresidente do Banco Central, Afonso Celso Pastore, semanifeste sobre o parecer de conclusão da comissão deinquérito que apurou a participação de funcionários dainstituição no caso Coroa-Brastel.

Três advogados do Banco Central fizeram uma análi-se crítica do parecer, confirmando a conclusão da comis-sao. Fonte da presidência do Banco Central revelou quePastore deverá acompanhar a conclusão da comissão.O Banco Central também está interessado em que osautos produzidos pela comissão de inquérito fiquem intei-ramente disponíveis para a imprensa, mostrando que ainstituição não tem o que ocultar no caso Coroa-Brastel.

Banerj dá Cr$ 150 milhões

para loteamento da FDZ

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*'Os o?1"Unidos °°

aviso A PRAÇAComunicamos aos nossos Fornecedores que. a partir do dia2 de julho próximo, a Gerência da Divisão de Ifnportaçãoestará sediada no ESTALEIRO, em Jacuacanga — Anqrados Reis. aTelefone (0243) 65-0050Telex 0223220/234—VERB.

A DIRETORIA

O Banerj libera esta semana Cr$ 150 mi-Ihões ao empresário Fuad Diuana Zacharias(FDZ Forte Empreendimentos) para a constru-ção de um loteamento em São Pedro d'Aldeia.A quantia é referente à segunda parcela de umempréstimo total de 720 mil UPCs (Cr$ 7bilhões e 200 milhões). A primeira parcela jáliberada foi de Cr$ 272 milhões.

A informação fez parte do depoimento feitoontem na CPI das Empresas Estatais da Assem-bléia Legislativa pelo diretor da Carteira deCrédito Imobiliário do Banerj, Paulo Júdice. Asparcelas serão liberadas porque não foi encon-trada pela Inspetoria do Banco Nacional daHabitação nenhuma irregularidade que impeçao financiamento, informou Júdice.

Segundo Júdice, não há nada de ilegal nofinanciamento e no desenrolar das obras doloteamento. Esclareceu que o empréstimo totalé de Cr$ 7,2 bilhões divididos em duas fases deCr$ 3,6 bilhões, também divididas em 12 parce-Ias cada uma. Serão 400 casas construídas emduas fases de 200 cada uma. Até agora oempresário recebeu uma parcela de CrS 272milhões.

Paulo Júdice afirmou que o financiamentofoi aprovado por unanimidade pelos cinco mem-bros do Comitê Diretor do Banerj porque forammodificadas, em relação ao projeto inicial, todasas irregularidades que constavam dos pareceres

técnicos apresentados e que eram contrários àliberação do empréstimo.

O diretor disse também que empresário nãoestá inadimplente com o banco apesar de confir-mar a existência de uma dívida de 1 milhão dedólares. Júdice afirmou que a dívida está sendopaga dentro do prazo estipulado e o fato não eramotivo suficiente para que o Banerj negasseoutro pedido de empréstimo.

Júdice esclareceu que o financiamento só foiaprovado pelo Comitê Diretor depois que foramrevistas algumas irregularidades no projeto queelevavam demasiadamente o custo final do pro-jeto. Com a redução do custo, o empréstimo foiliberado e as parcelas serão entregues normal-mente com o andamento das obras, a menos quealgumas condições impostas pelo Banerj.

Júdice disse ainda que a hipoteca do terrenoé a garantia do banco e seu valor cobre devida-mento o financiamento. Também prestaramdepoimentos ontem o ex-vice-presidente, HugoFaria, e o chefe da Divisão de Análise Econômi-ca e Financeira, Fernando Borges, que poucoacrescentaram sobre o caso FDZ. Estavam pre-sentes os deputados Heitor Furtado (PDS),presidente da comissão. Salvador Fernandes eMariano Gonçalves Neto (PDT), RomualdoCarrasco (PTB) e Amadeu Chacar (PMDB),membros da comissão. E ainda Augusto Ariston(PDT), Josias Ávila (PDS) e Alcides da Fonse-ca, dissidente do PDT.

com S/A, de(MG), acaba de colocar nomercado o cimento PortlandCP 400 liz, que em até 40 diasapresenta uma resistência de400 kg por cm2, conforme pa-drão de referência. Por sermais concentrado, esse cimen-to tem um índice de resistência25% acima do fabricado atual-mente no país, o CP 320, e comuma economia de 10% a 15%.

Essas qualidades do CP 400liz foram asseguradas ontem,em entrevista, pelo gerente co-mercial da Soeicom, AntônioMachado França. Disse que aempresa, há dois meses e meio,realizou testes com uma con-creteira de São Paulo, que ob-teve, nesse período, índice mé-dio de economicidade de 10%.Como concentra mais energia,esse cimento custará 4% maiscaro em relação ao CP 320,restando ao cliente uma mar-gem de 7% a 11%, de acordocom o ramo: concretagem, pré-moldados ou argamassa.

Antônio Machado Françadisse que o CP 400 liz, quedeverá manter uma ocupaçãode 30% a 40% das instalaçõesindustriais da fábrica, dentro

resistenteda atual demanda de mercado,é mais aconselhável para apli-cações em concretagem, queexige maior resistência que ou-tros tipos de serviços (muros,calçados etc). Ele acredita, ain-da, que os grandes usuáriosdesse produto, do qual a Soei-com é o primeiro fabricante nasregiões Sudeste e Centro-Oeste, serão as construtorasgrandes e médias, empresas depré-moldados e concreteiras.

O perfil traçado pela Soei-com (Sociedade de Empreendi-mentos Industriais, Comerciaise Mineração), do empresárioportuguês Antonio Champali-maud, em operação desde1976, será atingir uma produ-ção de cerca de 400 mil sacas/mês do CP 400 liz e 1 milhão desacas/mês do CP 320, para umacapacidade instalada de 2 mi-lhões 500 mil sacas/mês. Com omaior forno de produção dechinquer (matéria-prima do ci-mento) da região Sudeste, para1 milhão 350 mil t/ano, que dá1 milhão 500 mil t/ano de ci-mento, a pievisão da empresa éde uma produção, este ano, nomáximo igual à de 1983, quegirou em torno de 741 mil t —ociosidade de 50,6% — segun-do o gerente comercial.

Abrapp—Associação Brasi-leira de Entidades Fechadas dePrevidência Privada realiza ho-je reunião — almoço no restau-rante da ADECIF — Rua doCarmo, 27, 13° andar — às12h30m, tendo como convida-dos os presidentes das Bolsasdo Rio, Enio Rodrigues, e deSão Paulo, Eduardo RochaAzevedo, que falarão sobre opapel conjunto das bolsas devalores e entidades privadas nacapitalização das empresas pri-vadas nacionais.

Ibram — Instituto Brasileirode Mineração empossa hoje, às12h30m, na Associação Co-mercial do Rio, sua diretoriapara o período julho de 84 —junho de 86, presidida por Luísde Oliveira Castro.

Sanbra — Sociedade Algo-doeira do Nordeste BrasileiroS/A. — está lançando o SabãoEspumante, para ser usadotanto no tanque quanto na pia,e que será comercializado emembalagens plásticas transpa-

rentes, com cinco pedaços de20 g, ou ainda em barras avul-sas de 200 g.

Rio Design Center — realizaem seu show-room, do dia Ioao dia 4 de julho, a partir das21 h, o primeiro dos leilões daGaleria Borghese no shopping.As peças que serão leiloadasestarão em exposição no show-room do Rio Design Center dodia 28 ao dia 30 deste mês. Parao leilão, a Borghese contoucom o apoio do Banco Nacio-nal, que financiará todas aspeças vendidas.

Vulcan Material PlásticoS/A. lançoo ontem a coleçãoVulcatex 85, no Rio Sheraton-Hotel.

BMC — Banco Mercantil deCrédito S/A inaugura hoje suasnovas instalações em Salvador— na Av. Santos Dumont comPinto Martins, no Comércio —com uma palestra do ex-Ministro Mário Henrique Si-monsen, às 17h30m, no auditó-rio do Salvador Praia Hotel.

JORNAL DO BRASIL

VOLTA FECHADA

TURFE/ESPORTESArquivo/'10/fi/f)4

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terça-feira, 86/6/84 o 1° caderno a 19

NAS duas ultimas semanas, foram corridos

os derradeiros páreos nobres para os pro-dutos de dois anos da programção oficial doJóquei Clube Brasileiro. Há dois sábados, aspotrancas correram os 1 mil 500 metros dosimplesmente clássico João Adhemar de Al-meida Prado (Grupo III). Anteontem, os po-tros foram os astros dos também 1 mil 500metros do simplesmente clássico Costa Ferraz(ex-Jóquei Clube de São Paulo), Grupo III,como a sua versão feminina, na pista de grama.Por uma questão de método (e de acúmulo deassuntos pendentes), resolvemos adiar nossoscomentários sobre as potrancas para junto comos sobre os potros, tentando assim dar umacerta organicidade e articulação à análise,deixando-a sair dos limites dos páreos própria-mente ditos (que, porém, servem de ponto dereferência e, obviamente, de observações),para alcançar um campo algo maior de umbalanço de como foram, a nível clássico, osnossos dois anos na Gávea, ou melhor, como oinício de campanha da geração nascida em1981.

Em relação aos potros, a facílima vitóriaanteontem de Castel (Mister Sun em PuraPinta, por Commendatore), criação do HarasSimpatia e propriedade do Stud América, nãodeixou margem a qualquer dúvida de que oneto de Solazo foi, de longe, o melhor doisanos deste ano no Hipódromo da Gávea. Suaprópria invencibilidade clássica (correu e ven-ceu as quatro provas nobres reservadas aosmachos), em uma bonita trajetória do quilô-metro aos 1 mil 500 metros, parece-nos umaprova contundente de que Castel esteve bemacima dos demais. Diga-se de passagem queforam quatro vitórias indiscutíveis e mais doque nítidas, em todas exibindo uma capacidadede aceleração e uma seriedade de correr (ape-sar de seu modelo que está longe de chamarsua atenção e de seus péssimos aprumos), anão serem subestimadas. Mesmo que, com aevolução do tempo, com a passagem para ostrês e quatro anos, ele não venha a reeditarestas suas encantadoras performances dos doisanos (onde a precocidade e, depois, a velocida-de, são a principal tônica), sua privilegiadaposição inicial permanecerá inalterada. Castelfoi um dois anos de muito bom padrão. E,assim, ele terá que ser sempre qualificado.

Da mesma forma que ele foi amplamenteo número um da fornada 81 estreada este anono Hipódromo da Gávea, parece-nos justo queXara's Conde (Urt em Espuelita, por Levino),criação do Haras Xara e propriedade do HarasCorumbá de Goiás, deva ser considerado onúmero dois da geração deste início de campa-nha. Pelo menos, dos que enfrentaram oproduto criado por Waldyr Leite Paiva, foi oque apresentou maior padrão de regularidadee consistência. Anteontem, mesmo, ele voltoua mostrar isso.

ESCORIAL

Cape York é grande

nome na 5a prova

da corrida noturna

O quinto páreo da corrida de quinta-feira ànoite, no Hipódromo da Gávea, vai reunir, nadistância de 1 mil 300 metros, os seguintes competi-dores: Cape York (J. Pinto), Cross Countiy (C.Valgas), Fantástico (J. Aurélio), Oxius (C. A.Maia), Aba Tudor (I. Brasiliense), Marron Glace(C. A. Martins), Cap Chap (J. B. Fonseca), UcheNess (L. F. Gomes), Vínculo (J. M. Silva), Opus(G. F. Almeida), Jenyilador (J. F. Reis). A dotaçãodesta prova é de Cr$ 600 mil.

Outra carreira com boas condições técnicas é aterceira, que tem os seguintes inscritos: Vacilada (V.Padilha), Voltage (J. M. Silva), Calais (J. Pinto),Kept Woman (J. Aurélio), Saracena (C. A. Maia),Vivacidade (M. Ferreira), Adotiva (J. B. Fonseca) eDorothy Round (A. Ramos). O jóquei Jorge Pinto,novamente em excelente fase de sua carreira, montatrês animais considerados forças nos páreos em queestão alistados: Cape York na quinta prova, Dawudno sexto páreo e Sem Ruído na sétima carreira. Asinscrições para esta reunião são as seguintes:

Io PAüKJ — À. 19h45m — 1.600 —metros Cr$ 400.000,00 — Kg.

1—1 Kentucky.G.F.Almeido 8 562—2 Koder, A.Ramos 1 56

Gran Ciclone, L. Caldeira 2 583—4 Mayo,L.Silveira 5 55/25 M.Andrade Queguay, 7 534—6 Cobena, J.F.Reis 6 56" Menilmontant, L.F.Gomes....4 52" Deyna,M.Monteiro 3 54

V PAREÔ — A« 20h.00 — 1.200 —metro» Cr$ 300.000,00 (1* DUPLA-EXATA) Kg.

1—1 En*o, H.Cunho F5 11 58BronchoBilly,C.A.Mortin 6 552—3 HoijTer, Elf.Gome» 3 57Yonos6,C.Pensabem 58Kifusco, J.Pinto 8 573—6 Clericatus, C.A.Maia 10 51

Fowa.C.F.Rei* 54GoodSeven, E.Marinho.. 564—9 Brenfono,M.Ferreiro 5310 Paddy'»M. M.Noicimento ...7 5311 Grafton.J. Aurélio 4 55

3° PAREÔ — A. 20M0min. 1.200 —m4tio* Cf* 600 000,00 (INICIO DO CON-CURSO D€ 7 PONTOS)1—1 Vacilada, V. Padilha .8 56Voltage, J.M. Silva 2 562—2 Calai», J. Pinto 7 56Kept Woman, J. Aurélio 5 563—4 Sarrocena.C.A.Maia; 4 56/35 Vivocidade, M. Ferreira 3 56/44—6 Adotivo, J.B. Fonseca 1 567 Dorothy Round, A. Ramo» 6 564» PAREÔ — Ai 21h05min. — 1.200 —metros Cr* 500.000,00 — Kg.1—1 Vermeer, M. Andrade 5 572—2 Nó Cego, C. Valgas 3 57lmorico,J. Pinto 2 573—4 Caldeoro, P.C. Pereuro 6 575 FilhotedeBurro,C.A.Martin»4 574—6 Nipjy, L.F. Gome» 2 577 Visqueiro.J. Freire 1 575° PAREÔ — A. 21 h.35 — 1300 m*™ —CÍ$600 000,00«XJPLA-EXATA) Kfl.1—1 Cape York, J.Pinto 2 562 CrossCountry,C.Valga» .3 562—3 Fantástico,J.Aurélio 10 56Oxius,C.A.Maia. 5 56Aba Tudor, I Brasiliense . .8 56

3—6 MarronGlace,C.A.Martin»... 56CapChap, J.B.Fonseca 9 56Uche Ness, L.F.Gome» 7 56

4 9 Vínculo, J.M.Silva 5610 Opus,G.F.Almeida 5611 Ventilador, J.F.Reis II 566° PAREÔ — Ai 22H.05 — 1.100 m.lro> —Cr$ 500.000,00 Kg.

1—1 Dawud, J. Pinto 1 572 Touro, R.Macedo 6 572—3 BlessedLeader.C.A.Martins.. 4 574 Ninu», C.Xavier 8 573—5 Guapetóo, P.C.Pereira 2 576 Homeini, J.F.Reis 5 574—7 My Puppet, L.Gonçalves 3 57Dahlak.M.Pessanha 7 537® Pór»o — Às 22h.35 — 1.200 — metrosCRJ 500.000,00— Kg

1—1 Sem Ruído, J.Pinto 7 572 Makalu,V.Podilha 2 572—3 Camumbuçu, C.Xavier 3 574 Dahlak, M.Pessanho 5 573—5 0'Connorv E.B.Queiroz .6 576 Fribar, I.Lanes 1 574—7 Jarizon, J.B.Fonseca 4 578 Destro,C.A.Mortin» ...8 578° Páreo — Às 23h.OO — 1.200 — metrosCRS 400.000,00— Kg1 — I Kanimambo,C.A.Moia 4 572 Herondi,J.F.Reis 9 582—3 Todavia No, E.Marinho 3 584 Vencesempre.C.Pensobem... 6 543—5 Omplotino, J.PedroP 7 57á Zen, J.R.Oliveira 2 584—7 Cacique Doble, L.F.Gomes .... 8 548 EIRagusa, J.Vieira 5 57Dolceur,C.A.Martin» 1 589° PAREÔ — Ai 23h.30— 1.200-Cr» 500 000,00 (3° DUPLA-EXATA)1—1 Co»tian, A.Ramo»Sáfora, C.A.MartinsCantaka.C.Pensabem2—4 Cunhá, J.F. Rei»SeaSymphony, J.M.Silva...Domodossola,J.R.Oliveira.

3—7 Momenfosa.J.Pedro F°" Reling,C.A.Maia8 lenaSun,J.Freire...4—9 NostraDama, J AurélioDandárida.M Pessonha.." Kindler, E.Marinho

-metroskg....5 57.4 57...7 572 57/4. 12 57...3 57...6 571 57/4. .8 57. II 579 5710 57

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OÍd Master reaparece no GP Jóquei Clube como grande atração

Old Master corre sábado

para ser tríplice coroado

A principal atração do fim de sema-na no Hipóaromo da Gávea é o GrandePrêmio Jóquei Clube Brasileiro, tercei-ra prova da tríplice coroa carioca, nadistância de 3 mil metros, grupo 1, quetem na presença de Old Master, suamaior estrela. Nesta prova, o defensordo Haras Santa Maria de Araras tentarásua consagração como tríplice-coroado,já que venceu os Grandes Prêmios Esta-

/ do do Rio e Cruzeiro do Sul, o Derby,as duas primeiras etapas do troféu.

No domingo, será disputado oGrande Prêmio Onze de Julho, provado Grupo III, na distância de I mil 600

metros, com uma dotação de Cr$ 2milhões 200 mil à vencedora. A carreiraestá muito equilibrada, o que deveproporcionar um belo espetáculo.

InscriçõesPara o Grande Prêmio Jóquei Clube

Brasileiro, que será realizado na tardede sábado, além de Old Master. estãoalistados Hot, Vetorial, Aroldo, Vitalí-cio. Voador, Oak Tree e Kiosk.

No Grande Prêmio Onze de Julho,as éguas inscritas são as seguintes: Ba-billard, Bucolio, Vichysoisse, ÚltimaEva, Akasaki. Selima do Sul, Oh Deare Piccadilly Circus.

Vitalício tem bom trabalhoVitalício, do Haras Santa Ana do Rio

Grande, inscrito no Grande Prêmio JóqueiClube Brasileiro, trabalhou a volta fechada(2 mil 40 metros) em 2minl8s, sempre muitobem controlado pelo jóquei A. Oliveira.

Vichyssoisse, que é uma das boas pre-senças no Grande Prêmio Onze de Julho,agradou aos observadores pela facilidadecomo abordou os 1 mil 500 metros, na marcade lmin47s, com R. Costa. A pensionista deA. Morales deu um autêntico passeio napista.

Outros trabalhosVoador trabalhou a volta fechada e mos-

trou facilidade ao assinalar 1min20s, sob adireção muito tranqüila do jóquei AdailOliveira. Pela facilidade do seu arremate,sua forma atual é das melhores.

Andelle veio de mais longe e apertou umpouco na seta dos 1 mil 300 metros que foramcobertos em Imin25s, sob a direção dojóquei A. Oliveira.

Anchises, num dos bons trabalhos damanhã de sábado, foi bem na marca delmin24s para os 1 mil 300 metros, com oaprendiz R. Costa.

Acerto, deu um autêntico passeio napista e não mostrou qualquer preocupaçãocom a marca de lmin27s para os 1 mil 300metros, sob a direção serena de Adail Oli-veira.

Em preparativos para reaparecer na se-mana que vem Último Macho fez apenasuma partida de 800 metros e marchou 53s,sem ser apertado em parte alguma do percur-so. Na quinta-feira vai trabalhar distância.

A estreante Vaimarana (ganhadora deuma corrida no Cristal) não foi nunca exigidacom maior rigor pelo A. Oliveira na marcade lmin32s para os 1 mil 400 metros.

El Santarém, sob a direção de J. Auréliotrabalhou os 2 mil 400 metros e assinalou2min44s, com algumas reservas.

CANTER

O Jóquei Clube Brasileiro, na corrida dedepois de amanhã, estará homenagean-

do o voleibol masculino brasileiro, receben-do a nossa seleção e o presidente da Confe-deração Brasileira de Vôlei, Carlos ArthurNuzman. Serão, então, corridos três páreosespeciais para comemorar o acontecimento:Seleção Olímpica Brasileira, Bicampeonatodo Mundialito de Vôlei e ConfederaçãoBrasileira de Vôlei. São certas as presençasde Renan, Bernard, Montanaro, William,Badá e outros que, nos últimos anos, torna-ram-se famosos em todo o Brasil, rivalizan-do-se com muitos dos nossos principais joga-dores de futebol.

¦

AS grandes recepções e almoços quecostumavam acontecer no Hipódromo

da Gávea vão sofrer uma longa interrupção.Este foi um dos mecanismos encontrados edecididos pelo Conselho Técnico para dimi-nuir as despesas não-turfísticas no Hipódro-mo com o intuito de, em futuro próximo,aliados a outros já em andamento (mecaniza-ção de apostas, circuito interno de televisão acores, reforma da Tribuna Social etc...),poder conceder, realmente, aumentos dignosdas dotações entre nós. Já este ano, porexemplo, não haverá a Noite de Longchamp,na segunda-feira do GP Brasil.

¦

O Conselho Técnico do Jóquei Clube Bra-sileiro, em reunião extraordinária, na

tarde anteontem, decidiu, a pedido do dire-tor do Hospital e do Departamento de Vete-rinária, Oayama Teixeira, proibir por umprazo máximo de 30 dias, a entrada de

animais vindos do Rio Grande do Sul, cmvirtude do que aconteceu no Cristal nasemana passada e das enchentes que assola-ram todo aquele Estado, procurando evitarassim a troca de animais e um surto de gripeeqüina. No entanto, os animais que já esta-vam em trânsito e os que já tinham suasentradas na Gávea regularmente pedidas,poderão viajar para o Rio de Janeiro, pois aspermissões não perderam a eficácia.

¦

NESTE último fim de semana, fez um

mês que a nova diretoria do JóqueiClube Brasileiro, com o Dr. Adayr Eiras deAraújo na presidência, assumiu a adminis-tração do Jóquei Clube Brasileiro. No tocan-tc ao turfe, além, por exemplo, de estar emandamento a primeira fase da mecanizaçãode apostas (duplas exata e inexata, com o fimdas atuais duplas chaveadas) e em adiantadafase de estudos a implantação, o mais rapida-mente possível, do circuito interno de televi-são a cores, a Comissão de Corridas, atuan-do com rigor no sentido da moralização denossas corridas, regulamentou a freqüênciada Tribuna dos Profissionais e Proprietários(a regulamentação da Social já está pratica-mente definida) e suspendeu vários profissio-nais que atuaram irregularmente. Deste mo-do, além das suspensões por delitos de raia(que estão diminuindo), alguns jóqueis fica-rão sem montar por longo tempo por falta deempenho (R. Freire, J. Freire, P. Vignolas,R. Marques e E. Marinho) e três treinadorespor diversidade de performances de seusanimais (P. Morgado, D. Neto e A. A.Silva).

Jungo derrota facilmente

Oldham na quarta prova

1° páreo: Io Hispo (C. Xavier), 2o Moreh(C. A. Maia). Vencedor (6) 2,00. Dupla (34)20,50. Placês (6) 1,60 (5) 4,30. Tempo,lmin01sl/5. Treinador, A. Orcioulli. 2o pá-reo: Io Galio (J. Pinto), 2o Juies Court (F.Silva). Vencedor (1) 1,20. Dupla (12) 1,60.Placês (1) 1,10 (4) 3,50. Tempo, lmin20s4/5.Dupla exata (01-04) Cr$ 14,50. Treinador, J.G. Oliveira. 3o páreo: Io Blanco Bara (C. A.Maia), 2o Moquem (J. Ricardo). Vencedor(7) 1,10. Dupla (24) 1,50 (7) 1,00 (3) 1,00.Tempo, lmin02s4/5. Treinador, W. Peder-sen. 4° páreo: Io Jungo (J. Queiroz), 2oOldham (F. Silva). Vencedor (3) 2,10. Dupla(23) 2,90. Placês (3) 1,40 (6) 2,00. Tempo,IminOls. Treinador, J. Diniz. 5° páreo: IoDrohauser (M. Pessanha), 2o Pay Flete (J.Ricardo). Vencedor (13) 5,00. Dupla (14)2,80. Placês (13) 2,30 (1) 2,00. Tempo,lmin21sl/5. Dupla exata (13-01) Cr$ 45,10.

Treinador, D. Netto. Não foi apresentado ocompetidor Garball, retirado pelo serviço deveterinária. 6° páreo: Io Yasmine (C. A.Martins), 2o Loismo (J. Garcia). Vencedor(5) 4,80. Dupla (13) 9,80. Placês (5) 3,60 (2)5,50. Tempo, lmin01s4/5. Treinador, C. H.Coutinho. 7° páreo: Clericatus (E. Barbosa),2o Gay Flier (L. F. Gomes). Vencedor (3)3,00. Dupla (23) 4,20. Placês (3) 2,10 (6)3,50. Tempo, lmin23s2/5. Treinador, O. M.Fernandes. 8o páreo: Io Turvania (L. F.Gomes), 2o Descobridor (C. Xavier). Ven-cedor (1) 4,00. Dupla (11) 3,60. Placês (1)2,00 (2) 2,20. Tempo, IminlOs. Treinador, J.Diniz. 9° páreo: Io Rastelo dos Pampas (C.A. Martins), 2° Zé Caturrita (J. Ricardo).Vencedor (1) 1,70. Dupla (14) 2,50. Placês(1) 1,30 (11) 1,70. Dupla exata combinação(01-11) Cr$ 7,60. Tempo, lmin20s2/5. Trei-nador, S. B. Silva.

A

Corrida Calcigenol vai

reunir 3 mil criançasCerca de 3 mil crianças, de 6 a 14 anos,

estarão a postos no dia 29 de julho na largada daIa Corrida Infantil Calcigenol, no Aterro doFlamengo, que distribuirá troféus e medalhasaos primeiros colocados. As inscrições estãoabertas desde ontem, nas agências de classifica-dos do JORNAL DO BRASIL do Centro,Posto Seis e Tijuca.

Os campeões adultos Eleonora Mendonça eJosé Baltar são alguns dos atletas que maisestimulam esse tipo de competição. Eleonora,que vai aos Estados Unidos de seis em seismeses, já observou como é grande a participa-ção das crianças em provas desse tipo. E Baltarlembra como a prova serve de incentivo aosfuturos atletas. As inscrições vão até o dia 26 dejulho.

Atividade sadiaO professor Tufic Derzi. diretor da Ia Corri-

da Infantil Calcigenol. explica que a prova paracrianças faz parte de uma programação deeventos organizada pela Viva Promoções Espor-tivas. Ela lembra que no espaço de um ano estaserá a sexta corrida infantil organizada pelaViva.

— Este nosso interesse pela criança se justi-fica na medida que proporcionamos a ela umaatividade sadia. Com isso, em vez de apegar-se avícios, tem a oportunidade de participar de umevento que é também uma forma de lazer.

Tufic critica corridas em que crianças eadultos se misturam, assim como a prática doesporte sem uma orientação.

E preciso que a criança pratique nãoapenas um determinado esporte, mas diversos,para optar mais tarde pelo de sua preferência,como foi o caso do recordista mundial João doPulo. que antes do atletismo jogou basquete efutebol.

Eleonora Mendonça é de opinião que estetipo de corridas se justifica porque é atravésdessa iniciativa que se revelam novos valorespara o atletismo.

Ela lembra que um trabalho de base não sefaz com atletas já consagrados:

Tem que começar desde cedo comoparte da educação da criança. Eu mesma partici-pei na minha infância de muitas corridas e issosem dúvida ajudou muito na minha formação.

Eleonora diz que nos Estados Unidos, paraonde viaja a cada seis meses, a participação dascrianças no esporte é muito grande. Ela faz umaressalva apenas no sentido de que não se devaestressar a criança ou colocar sobre ela umacarga de responsabilidade.

José Baltar concorda com ela e acha que ofato de participar com outras crianças e dereceber uma premiação incentiva os futurosatletas a disputarem estas competições.

Mas é fundamental que todo este traba-lho seja feito com uma orientação técnica eassistência médica para não prejudicar a criançae desestimulá-la. No caso desta corrida acho quedeveria haver mais provas deste tipo porque daínascem os novos valores para o esporte.

Luiz Morier

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Sadamu afirma que o caratê é um esporte onde não ncia

Possibilidade de 6istatus"

olímpico anima o caratê

A possibilidade de figurar como espor-te de exibição nos Jogos de Seul, daqui aquatro anos, o que representa o primeiropasso para entrar no cobiçado rol dosesportes olímpicas, anima o caratê brasilei-ro. E seus adeptos, entre eles o professorSadamu Uriu, um dos introdutores deesporte no Brasil, já iniciam um movimen-to visando à maior projeção do caratê.

Respeitado mais no exterior do queinternamente, por causa do título mundialindividual de Luís Watanabe, em 1972, ede dois campeonatos pan-americano, indi-vidual e por equipe, no Canadá, o caratêbrasileiro inclui entre seus planos a realiza-ção de maior intercâmbio com o Japão, amaior potência mundial do esporte, talcomo acontece no judô, que após o estrei-tamento de relações com os japoneses seprojetou ainda mais.

— Outro passo importante para amaior projeção, seria trazermos o Pan-Americano de 1985 para o Rio. Mas é claro

3ue, para isso, será preciso a colaboração

e todos, inclusive a iniciativa privada,patrocinando a competição — explica Sa-damu Uriu, que junto com Yasataka Tana-ka introduziu o caratê no Brasil no final dadécada de 50.

PotencialDesde as primeiras competições ofi-

ciais, em 1967, o caratê brasileiro vemganhando cada vez mais adeptos. Hoje,nos 11 Estados em que tem federação,calcula-se que o número de caratecas fede-rados seja de cerca de 10 mil, 10% deles noRio, onde há 33 academias. O maiornúmero está concentrado em São Paulo,atual campeão brasileiro, que possui emtorno de 100 academias e 3 mil atletasfederados.

Para o professor Uriu, que com suavasta experiencia de clínicas e conferênciasem outros Estados, o carateca brasileirotem um potencial excelente a ser expio-rado.

Semia permanece

uma semana em SP

O Brasil tem material humano paraser tão bom quanto o Japão, mas nossosbons atletas não têm como evoluir, seupotencial não é aproveitado, por falta deintercâmbio. Temos técnica, mas não te-mos apoio, nem financeiro.

Uriu considera da maior importânciaum movimento de conscientização para aprojeção do caratê internamente, porqueacha que se o Brasil tiver oportunidade deir â Olimpíada de Seul. daqui a quatroanos, precisa se preparar desde já:

Apesar da boa técnica, é precisoque nossos atletas sejam preparados desdejá. através de maior intercâmbio. Se aindanão podemos mandar nossos atletas aoscentros mais evoluídos, como o Japão,pelo menos devemos ter oportunidade detrazer mestres japoneses.

Dividindo suas atividades de professor,na academia própria, com a de técnico daSeleção do Rio, Uriu acha que o cresci-mento do caratê será importante não ape-nas no aspecto esportivo, mas para oreconhecimento de seu valor como terapia:

O caratê, ao contrário do que sepensa, não tem nada a ver com violência.Pelo contrário. Disciplina as pessoas, prin-cipalmente as crianças, proporciona bem-estar físico, melhora a postura e permiteexcelente relax.

A alusão â aparente violência é feitapara lembrar que o caratê real é bastantediferente do mostrado pelos filmes, emcinemas e TV. No esporte regulamentadonão se pode causar uano algum ao rosto,agredir pelas costas ou no baixo ventre. Sóna região entre o pescoço e o abdômen épermitido aplicar o golpe. A luta entre doiscaratecas. chamada de kumite, tem apenas2 minutos.

De qualquer modo. Uriu não condenao que o cinema vem mostrando:

Aquilo é uma exibição e assim deveser vista. Inclusive quem gosta do caratêreal não assiste, porque é irreal.

John Moffet bate

marca mundial nos

para publicidade 100 metros peitoSão Paulo — O piloto Ayrton Senna anteci-

pou sua viagem ao Brasil, após o Grande Prêmiode Fórmula-1, em Detroit. Chegou ontem às 6ha São Paulo, onde permanecerá durante setedias. Ele vai realizar campanhas publicitáriaspara seus principais patrocinadores, c na próxi-ma segunda-feira retornará aos Estados Unidos,onde deverá preparar-se para a prova de Dallas,nona etapa do Campeonato Mundial.

Segundo a Ayrton Senna Promoções e Em-preendimentos, o piloto, que saiu mancando deseu Toleman, que quebrou a suspensão e perdeua roda, forçando-o a abandonar a prova, nãosofreu nenhuma contusão na perna, Teve ape-nas uma dormência momentânea nos músculos,mas em seguida estava recuperado.

Ainda no domingo, antes mesmo de termi-nar a corrida, que apresentou a vitória dePiquet, ele conseguiu um helicóptero que olevou de Detroit a Nova Iorque, onde embarcoupara o Brasil. Ontem. Ayrton Senna iniciou seuscompromissos com patrocinadores: Ford. Mon-roe e Estrela.

Indianápolis. EUA — O nadador norte-americano John Moffet estabeleceu ontem novorecorde mundial para a prova de 100 metrosnado de peito, com a marca de Imin02sl3,exatamente 15 centésimos de segundo melhordo que o tempo do também norte-americano,Steve Lundquist. que possuía o melhor resulta-do do mundo, desde os Jogos Pan-Americanosde Caracas, com Imin02s28.

O recorde da prova foi batido 15 vezes em12 anos e em 1972, durante os Jogos Olímpicosde Munique, foi superado em três oportunida-des (eliminatórias, semifinais e final) por JohnHencken, dos Estados Unidos, e pelo japonêsNobutaka Tagushi. duas vezes. A marca naépoca era de Imin04s94. No ano seguinte, emBelgrado. Hencken obteve o recorde duas vezesno mesmo dia e o melhor resultado foiImin04s02. Posteriormente, no período entre1974 e 1976, Hencken superou sua própriamarca quatro vezes, ficando com lminl)3sll.

Em 1977, o alemão ocidental Gerald Moer-ken estabeleceu I min02s86 e depois foi a vez donorte-americano Steve Lundquist bater o recor-de quatro vezes até ser superado ontem.

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McEnroe teve alguma dificiuacide para vencer seu primeiro jogo

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Fiu vai completo ou não dá ninguém. aos Jogos. Wimbledon, Inglaterra/AP TjA niú- nicuhiii1 n onAÍA /Iai- rlnUac r-i.. m" '(''IVITHTW^WWI^tlff^rirt^Wnilllfi' IIBilVIYilill MUI H Wll Ull JMIIIHIIIHI JllimillTnMHWl iimiiiimuw ii—h«i%1ihí mu — ¦ ii«iimiiiiiifii»i n mi Após receber o apoio dos clubes na

reunião do Conselho Arbitrai, ontem ànoite, o vice-presidente do Fluminense.Antônio Castro Gil, e o representante naFederação, José Carlos Vilela, decidiramque o clube pode liberar sua equipe deprofissionais para disputar os Jogos Olim-picos pela CBF, sem nenhum prejuízopara o desenvolvimento do Campeonatodo Rio de Janeiro.

O Fluminense só concorda em re-presentar o Brasil nos Jogos se foremconvocados todos os titulares pela CBF.Se a entidade chamar apenas dois ou três jogadores, o clubenão vai cedê-los, porque ficará com o time desfalcado para oCampeonato, pois eles teriam que se apresentar logo aotécnico Jair Picerni e isto prejudicaria a participação do clubeno primeiro turno — a Taça Guanabara.

— No entanto, se for convocada toda a equipe — disseVilela — nós continuaremos disputando o campeonato nor-malmente até o dia 23, data do embarque para Los Angeles.Nesse caso só deixaremos de fazer uma partida, que seriacontra o Friburguense, dia 4 de agosto. Os outros jogos,contra América, Olaria, Goitacás, Bangu e Americano,seriam realizados tranqüilamente dentro do nosso cajendário.Por isso. se a CBF desejar mandar para os Estados Unidosuma equipe rara ser campeã, deve deixar de lado este negóciode armar um time com jogadores de muitos clubes e usarapenas os do Fluminense, o que é praticamente uma garantiade medalha de ouro.

Erar não querComo o futebol da Olimpíada será disputado entre os

dias 28 de julho e 11 de agosto, Vilela acertou na Federaçãoque a partida contra o Americano será antecipada do dia 29de julho para o dia 17, e a partida contra o Friburguense (4 deagosto) adiada para depois dos Jogos, pois pela tabela aprimeira partida do clube será contra o Campo Grande, pelasétima rodada, dia 25 de agosto.

Vilela e Castro Gil já deixaram acertado com o presi-dente Manuel Schwartz que só interessa ao Fluminense ir àOlimpíada com o time completo. Se for para liberar dois outrês jogadores, o clube vai recusar e tem a cobertura doConselho Arbitrai, pois nenhum regulamento o obriga aceder jogadores profissionais para o COB em plena disputado Campeonato Estadual.

No entanto, o General Erar Vasconcelos, diretor defutebol amador da CBF, quer chamar apenas dois jogadoresdo Fluminense para reforçar a nova lista de profissionaispermitida pelo COB. Pelo menos, foi isto que ele afirmouontem na CBF. Erar deseja prestigiar o seu técnico JairPicerni, responsável pela convocação da equipe.

Para os dirigentes do Fluminense, o técnico deve serCarlos Alberto Parreira.

Karatê, automobilismo e nataçãoestão na página 19

CAMPO NEUTRO

TENHO em mãos as estatísticas completas da

última Maratona Bradesco/Jornal do Brasil.Houve um número oficial de 7 mil 231 inscrições,sendo 6 mil 901 de homens e 430 de mulheres.

O último número é muito importante, poissignifica que as mulheres constituíam apenas 5,95%dos participantes da prova. É um número baixíssi-mo, muito inferior às percentagens de maratonascomo as de Londres e Nova Iorque, e mostra que noBrasil não superamos ainda a "barreira feminina"na Maratona. Por desinformação, as mulheres brasi-leiras ainda se julgam incapazes de enfrentar adistância.

Por isto, quero aplaudir a decisão do ComitêOlímpico Brasileiro de enviar Eleonora Mendonça,vencedora da Maratona Bradesco/Jornal do Brasil,às Olimpíadas de Los Angeles. Seria presunção falarem possibilidade de medalhas. Em uma provanormal, nas Olimpíadas, Eleonora não poderá ga-nhar medalhas. Mas é certo que muitos de nossosrepresentantes em Los Angeles estarão apenas aspi-rando a participar das finais de suas provas. E, naMaratona, Eleonora já está na final.

O alcance verdadeiro da decisão do ComitêOlímpico só será constatado nos próximos anos.Posso garantir que a presença de uma brasileira naprimeira vez que se disputa uma maratona femininana história das Olimpíadas vai gerar um noticiárioque atrairá outras mulheres para a prova.

Nos próximos anos teremos uma percentagemmaior de mulheres nas ruas do Riç. E no dia em queuma delas surgir com o potencial de realmentedisputar uma medalha olímpica na distância, o envioda representante brasileira agora em Los Angelesmostrará ter sido um investimento que deu lucro.

Os casos de Francisco Albino no salto triplo edo quatro-sem no remo já estão superados e asexplicações do Comitê Olímpico para o não enviodos mesmos me parecem satisfatórias. O único casoque eu ainda discutiria seria o de José João da Silva,no atletismo, nos 10 mil metros. Creio que o ComitêOlímpico Brasileiro foi um pouco severo na fixaçãodos índices para a prova.

Para ilustrar meu ponto-de-vista, gostaria delembrar que os três norte-americanos que se classifi-caram para os 10 mil metros (Paul Cummings, CraigVirgin e Pat Porter) conseguiram tempos de27:59,08, 28:02,27 e 28:03,86 e que todos eles sãopiores do que o índice fixadç pelo COB para osbrasileiros, que foi de 27:52. É certo que José Joãofoi competir em uma prova que não fazia parte dasindicadas pelo COB, mas seu tempo de 28:08,59(um novo recorde brasileiro) bem que poderia levaro COB a perdoar o escorregão.

De Primeira: Começam hoje, na Corja, asinscrições para a Corrida das Crianças, domingo, apartir das oito horas e em diversas distâncias, noAterro do Flamengo. As faixas etárias são de 3 e 4anos, 5 e 6, 7 e 8, 9 e 10, 11 e 12. As inscrições sãográtis para os filhos de sócios e custam Cr$ 500,00para os demais. A Corja funciona na Rua Viscondede Pirajá 207, sala 203, telefone 247-4979/ A Corjatambém está convocando seus sócios eleitos para oConselho Deliberativo para participarem da reuniãoinaugural do mesmo, quinta-feira em sua sede, às 18horas.

JOSÉ INÁCIO WERNECK

Motta é único do Brasil a

estreai* bem em WimbledonLondres — Mais uma vez. Cássio

Motta foi o único tenista brasileiro avencer na estréia de um importante tor-neio internacional de tênis. Enfrentandoo inglês Jeremy Bates, Cássio Motta nãoteve problemas para passar à segundarodada do Torneio de Wimbledon aovencê-lo por 6/3. 6/3 e 6/1. Agora. Mottaterá um grande desafio para permanecerno mais tradicional torneio de tênis domundo: vencer o australiano John Fitzge-rald, especialista em quadras de grama eque ontem derrotou o americano David

. Pate por 6/3. 6/1 e 6/4.João Soares, que atravessa boa fase,

fez uma difícil partida contra o chilenoRicardo Acuna. mas acabou derrotadopor 7/6, 1/6, 4/6, 6/4 e 6/4. PatríciaMedrado, por sua vez, perdeu para ajovem tenista americana Michelle Torrespor 6/2, 6/7 e 10/8. O gaúcho MarcosHocevar teve sua partida contra o ameri-cano Tim Mayotte suspensa por falta deluz, quando perdia por 7/5 e 7/6.

A rodada de abertura do Torneio deWimbledon não apresentou nenhumasurpresa. Jogando na quadra central, oamericano John McEnroe, atual cam-peão. passou à segunda rodada, ao ven-eer o australiano Paul McNamee, duasvezes campeão de duplas em Wimbledon.por 6/4. 6 4. 6/7 e 6/1, em 2h45min dejogo.

ü tcheco Ivan Lendl, que derrotouMcEnroe recentemente, na final de Ro-land Garros, precisou empenhar-se muitopara vencer o inexpressivo americanoDick Stockton por 4/6, 6/0. b/3, 5/7 e 6/4.Stockson jogou dois magníficos sets. masacabou vencido pela superioridade técni-ca de Lendl.

Outro favorito. Jimmy Connors,campeão em 74 e 82. venceu o tambémamericano Lloyd Bourne por 7/5, 7/5 e6/4. Na segunda rodada, Connors deveráenfrentar o sueco S. Simonson, que on-tem derrotou o israelense Shlomo Glicks-tein por 4/0, 6/2, 3/6, 6/3. 6/4.

RESULTADOS

Masculino — Ia rodadaJohn McEnroe (EUA) 6/4, 6/4, 6/7, 6/1 Paul McNamee (Austraiia)Ivan Lendl (Tchec.) 4/6, 6/0, 6/3, 5/7 e 6/4 Dick Stockton (EUA)Craig Miller (Austrália) WO Jose Luis Clerc (Argentina)Stefan Edberg (Suécio) 6/4, 3/6, 7/6 e 6/2 Brad Drewett (Austrália)Henrik Sundstrom (Suécia) 6/4, 7/6, 7/5 Bernard Boileau (Bélgica)Marty Davis (EUA) 6/3, 7/6, 6/3 Bruce Manson (EUA)Jakob Hlasek (Tchec.) 7/5, 4/6, 6/2, 6/1 Vojtek Fibak (Polônio)Joakim Nystron (Suécia) 5/7, 7/6, 6/4, 7/5 Tim Wilkinson (EUA)jimmy Connors (EUA) 7/5, 7/5, 6/4 Lloyd Bourne (EUA)Tom Gullikson (EUA) 6/3, 6/4, 5/7, 6/2 Hank Pfister (EUA)Cassio Motta (Brasil) 6/3, 6/3, 6/1 Jeremy Bates (Inglaterra)Scott Davis (EUA) 4/6, 6/4, 6/3, 6/2 Anders Jarryd (Suécia)Derek Tarr (Af. do Sul) 6/4, 1/6, 6/2, 6/1 Roger-Vasselin (França)John Fiti-gerald (Australia) 6/3, 6/4, 6/4 David Pote (EUA)Ricardo Acuna (Chile) 7/6, 1/6, 4/6, 6/4, 6/4 João Soares (Brasil)FemininoElizabeth Sayers (Austrália) 6/2, 6/3 Robin White (EUA)Wendy White (EUA) 7/6, 7/6 Mima Jausovec (Iugoslávia)Annabel Croft (Inglaterra) 6/3, 6/0 Petra Delhees (Suíça)Gretchen Rush (EUA) 4/6, 6/4, 6/) Beth Herr (EUA)Marcela Skuherska (Gama) 6/t, 6/2 Larissa Savchenko (URSS)Carlin Bassett (Canadá) 6/1, 3/6, 6/3 Sharon Walsh (EUA)Ann Hobbs (EUA) 6/2, 7/6 Candy Reynolds (EUA)Marie-Christine Calleja (França) 5/7, 6/3, 6/2 Natoli Herrernan (França)Yvonne Vermaak (Af. do Sul) 7/6, 6/1 Paula Smitli (EUA)Melissa Brown (EUA) 7/5, 1/6, 6/4 Renee Uys (Af. do Sul)

COB convoca José João para o atletismoSão Paulo/José Carlos Brasil •*¦

Mesmo sem ter recebido os resulta-dos de José João, na Itália, onde o atletaatingiu o índice dos 5.000 metros e esta-beleceu novo recorde brasileiro para os10.000 metros, o Comitê Olímpico Brasi-leiro convocou ontem o fundista do SãoPaulo para a equipe de atletismo que vaià Olimpíada de Los Angeles.

O presidente do COB, Major SilvioPadilha, confirmou não ter recebido asúmula das competições em que JoséJoão esteve na Itália, mas disse que osresultados divulgados garantem a suainclusão na equipe brasileira. Em Floren-ça, José João marcou 13min28s nos 5.000metros, resultado dentro da melhor faixado COB, que vai de 13min28s49 a13min35s00. Depois, marcou 28min08s59para os 10.000 metros, quebrando seupróprio recorde brasileiro de 28min37s3,estabelecido em 1981, cm Lisboa.

Um barbudinhoA equipe de atletismo para a Olim-

piada, com 20 atletas, será treinada porJosé Carlos Rabaça, do Sesi, que tambémdirigiu a equipe no Pan-Americano, e porAkio Matsuura, ex-técnico da Guaru,que agora está na equipe da Esal —Escola Superior de Agricultura de La-vras. no Sul de Minas.

O Comitê Olímpico Brasileiro tam-bém confirmou os nomes de Dcnir deFreitas, do Fluminense, e Dalteli Guima-rães, do Flamengo, para técnicos da equi-pe de natação, mas o Major Sílvio Padi-lha não soube dizer o nome do técnico deginástica olímpica, lembrando apenasque era um "barbudinho".

Outro convocado foi o ciclista Antó-nio Silvestre, que dependia de uma me-lhor avaliação de seus resultados paraintegrar a equipe, e que garantiu sua vagaao conquistar a medalha de prata naprova de perseguição individual, no Pan-Americano de Ciclismo, encerrado do-mingo, em Medelin, na Colômbia.

Xandó treina bloqueio e

defesa apesar das dores

Oscar (D) tenta evitar a investida de Sílvio para a cesta

Basquete não teme partida

com a Austrália na estréiaItanhaém — A Seleção da

Austrália, primeira adversária doBrasil nos Jogos de Los Angeles, éuma velha conhecida de Mareei.Oscar. Marquinhos c Adilson.Eles ainda se recordam da partidadurante o Campeonato Mundialna Colômbia há pouco mais dc umano. quando foram surpreendidospelos australianos, logo na estréia,perdendo por 75 a 73. Na época, oBrasil era treinado por Edvar Si-mões.

Neste período, o basquetebrasileiro sofreu várias mudanças.Edvar foi substituído por BritoCunha e a Seleção aos poucosperdeu a instabilidade que a carac-terizou em várias competições in-ternacionais nos últimos tempos.Assim que tomou conhecimentoda tabela, o técnico Brito Cunhadecidiu que em Los Angeles, para

onde a delegação viajará comquinze dias de antecedência, oshorários de treinamento serãocoincidentes com os horários daspartidas.O jogo contra a Itália (dia2 de agosto) deverá ser às 9h ou às11 h. Os dois horários são ruins equanto mais cedo pior. porque osjogadores náo estão acostumados— disse Brito Cunha.

Segundo Brito Cunha, Aus-trália e Alemanha (além destasequipes, a Itália, o Egito e aIugoslávia completam a chave) de-verão ser adversárias difíceis. Otécnico, no entanto, reconheceuque as forças do grupo são Iugos-lávia — campeã olímpica — eItália — medalha de prata emMoscou.

Quanto ao fato de estrear-mos contra a Austrália, não acre-

dito em tabu e o Brasil está prepa-rado para conquistar a medalha deouro — disse Brito. Sobre os ou-tros adversário, a Itália está muitobem e a Iugoslávia nós já conhece-mos. Serão adversários bem diti-ceis. O Egito só entrou na Olim-piada, em razão do boicote —afirmou Brito Cunha.

FluminenseEm Taiwam. a equipe do Flu-

minense venceu um Combinadodo Golfo por 83 a 59. em partidaválida pela Copa William Jonesmasculina de basquete. O Flumi-nense. que recebeu o reforço deSartori e dois americanos, teveainda Thompson, Zezé, Manteiga.Bacalhau, Paulo Couto e Fiora-vante. O Combinado do Golfo foiformado por jogadores do Quatar.Barheim, Arábia Saudita e Emi-rados.

As dores continuam, mas a vontadede disputar a Olimpíada supera qualquersacrifício. Com esse pensamento, o corta-dor Xandó voltou ontem aos treinos daSeleção Brasileira de vólci, participandointensamente dos exercícios de bloqueioe defesa. Segundo o médico RobertoKattan. o jogador está com uma fibroseno joelho direito e as dores só devemdiminuir dentro de 30 dias:

— Ele recebeu uma pancada muitoforte no joelho sem, entretanto, causarqualquer contusão. As dores são normaise ele não pode parar de treinar para nãoprejudicar sua condição física — afirmouKattam.

Treino forteO técnico Bebeto de Freitas, aparen-

temente, náo tem mais nenhum problemagrave na Seleção Brasileira. Badá, quetirou o gesso da perna esquerda na últimasexta-feira, já iniciou os exercícios demusculação e deve voltar aos treinosdentro de 15 dias; Montanaro, com um

problema no pulso, so poderá treinar apartir da próxima semana, enquanto queBernard está praticamente curado deuma virose, mas só treina na quinta-feira.

O treino de ontem à tarde, na Escolade Educação Física do Exército, foi umdos mais puxados de toda a preparaçãoda equipe. Bebeto de Freitas exigiu mui-to dos jogadores no bloqueio e na defesa,inclusive de Xandó, que ainda se recu-pera.

Mais uma derrotaTóquio — A Seleção feminina de

vôlei náo resistiu à maior categoria daequipe japonesa da Toyota e sofreu on-tem mais uma derrota em sua excursãoàquele pais; 3 a 0, com parciais de 15/11,15/3 e 15/12. Hoje. as brasileiras realizamo último amistoso no Japão contra aequipe da empresa Unitika e viajamamanhã para a Coréia, onde disputarãouma serie dc amistosos contra as co-reanas.

WATER-PÓLOA Federação Internacional de Nata-

ção (FINA) divulgou ontem os grupos dowater-pólo para os Jogos de Los Angeles.O Brasil foi incluído na chave B, comEspanha, Grécia e EUA. Os outros gru-

pos estão assim: A — Canadá, lugoslá-via. China e Holanda; e C — Japão,Itália, Austrália e Alemanha Ocidental.Em cada grupo classificam-se duas sele-ções.

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Indiferentes aos problemas do clube, os torcedoresfazem tudo para

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feiiz, lembra a final

Botafogo não tem tempo

para entrosar reforços

A vitória sobre uma seleção de Itajubánão deu ao treinador Humberto Redes asegurança necessária para garantir um Bota-fogo entrosado no Campeonato Estadual.Preocupado com o pouco tempo que terápara armar o time até a estréia na TaçaGuanabara, diante do Olaria, domingo, otécnico espera apenas que Baltasar e Rober-tinho, que hoje treinam pela primeira vez noBotafogo, consigam render satisfatória-mente.

Humberto não vai poder sequer entrosaros dois novos contratados porque um amisto-so na quinta-feira, em Ilhéus, contribui paraprejudicar seus planos. Mesmo sabendo queBaltasar e Robertinho não deverão partici-par do amistoso, embora a decisão finaltenha ficado para hoje, Humberto dirigetreinamento técnico-tático em MarechalHermes para tentar dar ao novo time uniesboço do que pretende ver no futuro.

As contratações que a diretoria vemfazendo e prometendo estão chegando aospoucos, o que torna a tarefa do treinadorainda mais difícil, ü próprio Humberto Re-des admite que os reforços em capítulos têm

Os preços cioA partir de agora, os associados dos

clubes levarão uma pequena vantagem nacompra de ingressos dos jogos válidos peloCampeonato Estadual: para eles. a cadeiraserá vendida ao preço de CrS 3 mil, o mesmode uma arquibancada. Ficou também decidi-do na reunião do Conselho Arbitrai que acadeira especial custará CrS 12 mil. o cama-rote CrS 30 mil e a geral CrS 5011.

Estes preços são para os jogos em queFlamengo, Vasco. Botafogo. Fluminense.

impedido a seqüência de treinamentos. Masestá satisfeito porque mesmo aos poucos oBotafogo vem mostrando esforço para dar àComissão Técnica condições de trabalho.

Além do lateral Jaime Boni, do SantoAndré — o Botafogo desistiu de Ari, doBotafogo de Ribeirão Preto, e voltou a seinteressar por Boni — o clube está tentandoOdair, ponta-esquerda do Grêmio. O únicoproblema é que Odair se submeteu há tem-pos a uma operação nos meniscos e precisade uma avaliação rigorosa por parte domédico Lídio Toledo antes de qualquer in-vestimento. Eugênio, do Palmeiras, tambémponta, está sendo sondado. Edson, meia-esquerda de 18 anos, com passe fixado emCrS 50 milhões, é outro cogitado e vemsendo negociado com o Londrina.

O Botafogo embarca amanhã pela ma-nhã para Salvador e deverá treinar à tardeem Ilhéus. O time para o amistoso deve ser omesmo que venceu a Seleção de Itajubá. Avolta ao Rio está prevista para sexta-feira àtarde, com recreação marcada para sábadopela manhã.

CampeonatoAmérica e Bangu se enfrentaram. Nas parti-das destes clubes contra os de menor expres-são. o camarote passará a custar CrS 25 mil.a cadeira especial CrS 10 mil. a cadeira. CrS5 mil. a arquibancada CrS 2 mil 500 e a geralCrS 400. Para as partidas em Campos. No\aFriburgo. Campo Grande. Olaria e VoltaRedonda, haverá apenas dois tipos de mgrcvsos: cadeira, a CrS 6 mil. e arquibancada, aCrS 3 mil.

O Comitê Olímpico Brasileiro anda aborre-cido com algumas críticas que estão sendo

feitas à sua maneira de formar a equipe que vaidefender o Brasil na Olimpíada de Los Ange-les. Em especial irrita-se quando elas se refe-rem ao barco quatro-sem, do Flamengo, veta-do sem uma explicação razoável, após superarpor duas vezes os índices determinados pelopróprio Comitê.

Tão irados ficaram os homens de lá, que onormalmente sereno e ponderado André Ri-cher, batendo o pé, afirmou outro dia que"agora mesmo que o pessoal desse barco nãovai a lugar algum".

O Comitê é poderoso e pode falar grosso.É uma velha praxe entre nós: só viaja quem oComitê deseja. Não devia ser assim, masinfelizmente é. Não devia porque o dinheiroque o Comitê gasta para a seu bel-prazerindicar atletas e convidados é quase todofornecido pelo Governo. Portanto, é dinheiroda nação, dinheiro do povo, ou melhor, detodos nós. Ora, sendo nosso, teu e meu, leitor,ao menos nos dêem o direito de saber como eleestá sendo usado.

Os Jogos Olímpicos foram idealizadospara que atletas de todo o mundo se encontreme mostrem sua destreza nas várias modalidadesesportivas. No Brasil, porém, temos uma con-cepção um pouco mais larga sobre o evento: osJogos servem também para excursões turísticasdos que estão na cúpuia ou são seus apanigua-dos. Toda vez que acontece uma Olimpíada, onúmero de atletas corre parelho com o dosagregados. Não sei se a isso se possa chamar deideal olímpico, mas aqui é assim que se faz.Desta vez, por exemplo, irão 130 atletas e 85dirigentes, o que dá mais de meio dirigentepara cada atleta. Um pouco exagerado, nãovos parece?

Mas não pretendemos mudar velhos hábi-tos. Há um velho ditado que diz mais ou menosassim: "Quem

parte e reparte e não fica com amelhor parte ou é bobo ou não tem arte". Ora,de bobo o Comitê não tem nada. Então porque não ficaria ele com a melhor fatia?

Os quatro remadores não vão nem vaiChicão, que também superou os índices. Aginasta Rosana Favila não pôde lever suatécnica. Nos seus lugares vão cartolas, filhos decartolas, civis e muitos militares. Que todosfaçam bom proveito da viagem a atraente LosAngeles, com alegres esticadas a Nova Iorque,Disneylândia e adjacências. E que na voltafestiva, em nome dos ideais olímpicos, pelosquais certamente estão viajando, tragam mui-tos troféus. Troféu de cartola é vídeo-cassete,sofisticadas aparelhagens de som e outras ma-ravilhas da tecnologia moderna, que fazemsempre a delícia dos bem-aventurados viajan-tes.

E isso. Lamentar é a única coisa aue se

?ode fazer, num país de abusos e impuniaades.

elo menos por enquanto.¦

Histórias: Jogavam River e Parnaíba, peloCampeonato do Piauí, quando o técnico doParnaíba mandou Pitanga entrar no lugar deSeixas. A substituição, que deveria ser pura esimples, parou o jogo durante 16 minutos,tempo gasto por Seixas, que saía, passar achuteira a Pitanga, que entrava.

Explica-se: clube pobre, o Parnaíba dispu-nha exatamente de 11 pares de chuteiras.

SANDRO MOREYRA

Roberto

O Vasco não sabia que o contrato deRoberto está por terminar e quando o jogadordisse que não entrará em campo sem que oproblema esteja solucionado, foi uma loucuraem São Januário. A equipe possivelmenteestréia contra o Campo Grande, domingo,sem o seu principal ídolo.

Roberto tem uma posição definida sobre oassunto. Explica que se jogar sem contratoestará se prejudicando, porque ficará impossi-bilitado de ser negociado para um outro clube,caso não ha ja realmente acordo com o Vasco.O supervisor Paulo Angioni acha o problemacontornável. mas também considera curto oprazo para discutir a negociação. Nesta quinta-feira, haverá o primeiro encontro.

SurpresoNem mesmo Roberto sabia exatamente o

dia do término do seu contrato. Soube quaseque por acaso.

Como achava que estava para acabar,resolvi dar uma olhada no contrato anteriorpara ver algumas cláusulas. Foi então quedescobri que termina no final do mês.

O jogador não parecia preocupado:Até agora ninguém me chamou paraconversar. Talvez por isso estivesse tão des-cansado. Mas não posso jogar sem contrato. Opróprio clube estaria prejudicado.

O problema maior é que o Vasco tambémfoi pego de surpresa e o tempo é curto. Osupervisor Paulo Angioni diz que o presidenteAntônio Soares Calçada já começou a traba-lhar no sentido de arranjar uma fórmula quepossibilite a renovação.

O Vasco não está acomodado — defen-de-se o supervisor. — O presidente só nãoprocurou o jogador porque ainda não temnada definido para oferecer. Mas tudo seráresolvido.

Edu também parece preocupado porquesem Roberto fica sem opção para escalar umcentroavante, já que Marcelo e Cláudio Josétambém estão com os contratos vencidos. Orepresentante do Udinese, Giuliodore Lam-berto, chegará amanhã ao Brasil para acertar asituação de Marcelo: o passe do jogadorpertence ao clube italiano.

O supervisor Paulo Angioni acha que oproblema relacionado a Roberto pode serresolvido até no dia do jogo:

Roberto e Vasco podem chegar a umacordo até no dia do jogo. Para ele entrar emcampo não será preciso que o documentoesteja assinado. Basta haver acordo entre asduas partes — disse o supervisor.

só joga

domingo se renovar contrato

Vidal da Trindade

Indiferentes aos problemas do clube, os torcedores fazem tudo paratocar em Roberto

Vasco não pagaprêmios e luvas

De nada adiantou a romaria feitapelos jogadores do Vasco à sala dosupervisor Paulo Angioni. Como oscofres do clube estão vazios, nin-guém recebeu o pagamento referen-te ao direito de arena dos jogos finaisda Copa Brasil e alguns ainda deixa-ram São Januário sem que pudessemreceber parte das luvas. Por isso,quando Edu apareceu no clube, seassustou com o desânimo de todos esua preocupação era uma só:

Precisamos levantar o astraldo time de qualquer maneira. Dojeito que está, não pode continuar.

Edu ficou tão impressionado aover a fila de jogadores na ante-salade Paulo Angioni que não está maisnem um pouco preocupado em re-forçar sua equipe para o Campeona-to Estadual.

Acho que temos de dar prio-ridade aos problemas dos nossos jo-gadores. Enquanto isso não aconte-cer, não podemos pensar em refor-ços. A verdade é que o Vasco estásem dinheiro no momento.

O técnico esperou para falar como presidente Antonio Soares Calç."-da, que só chegou ao clube por voltadas 13 horas. Os dois conversarampor quase uma hora e no final doencontro Edu parecia mais tran-qüilo.

Vai ser tudo resolvido. Estoucerto disso — disse Edu após areunião.

Mas o problema não é tão sim-pies assim. O Vasco ainda não sabequando vai receber os primeiros 200mil dólares (cerca de Cr$ 340 mi-Ihões) que o Catânia ainda deve pelopasse de Pedrinho. A segunda partedo pagamento só será efetuadaquando o Vasco viajar para Itália, nofinal de julho, onde tem um amistosoprogramado com o próprio Catânia.

A delegação do Vasco viaja hojepela manhã para Manaus, onde,amanhã, enfrentará o Rio Negro. Avolta ainda não está confirmada. Vaidepender do endosso de uma compa-nhia aérea.

BOLA DIVIDIDA

Campeonato Europeu

é sucesso completoParis — O Campeonato Europeu, que terá sua final

amanhã, entre França e Espanha, é desde já um sucesso técnico ede público: 588 mil 377 espectadores compareceram aos 14 jogosrealizados até agora —com o de amanhã este número deve subirpara 640 mil — e foram marcados 39 gols (sem contar, natural-mente, os das disputas por pênaltis).

O número de espectadores eqüivale a uma média de 42 milpor partida — um número bastante significativo quando se lembrade que, no Campeonato Europeu de 1980. a média foi de apenas24 mil. Este número foi superado inclusive pela segunda partidade menor assistência este ano — Portugal x Romênia — quereuniu 25 mil torcedores.

O artilheiro da presente edição da Copa Européia de Naçõesé o francês Miehel Platini. com 8 gols — marca que pode seraumentada na final de amanhã — enquanto, em 80. o artilheirofoi o alemão Allofs com apenas três gols. Enquanto este ano jáforam marcados ao todo 39 gols (faltando o jogo de amanhã), naedição de 80, com os mesmos 14 jogos, o número de golsmarcados foi de 22.

Para a final de amanhã, o técnico francês Miehel Hidalgosabe que todo cuidado é pouco — e se certificou disso ao ver aEspanha ganhar da Dinamarca nos pênaltis. Para ele. "a SeleçãoEspanhola está em pleno progresso e por isso temos quedesconfiar dela".

— E uma Seleção muito diferente daquela que vimos naCopa da Espanha — resumiu Hidalgo.

E bem verdade que essa Seleção Espanhola, amanhã, estarádesfalcada de três de seus principais jogadores: o libero AntonioMaceda, o apoiador Gordillo. suspensos, e o temido zagueiroGoicochea (o que quebrou o tornozelo de Maradona). que estácontundido no joelho. Mas assim mesmo Hidalgo tomará muitasprecauções.

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Apesar de tudo, a diretoria do Amé-rica pretende dificultar a ida de Dênisporque pagou ao Palmeiras pelo emprés-timo de seis meses e teme ficar com ojogador apenas três.

Luisinho afastadoUm acordo firmado pela diretoria e

comissão técnica do América, visandopreservar os interesses do clube e deLuisinho, decidiu o afastamento do ata-cante da equipe. Luisinho tem-se negadoa aceitar propostas de transferência parao futebol paulista — o América já rece-beu ofertas do Santos, Palmeiras e Portu-guesa — e tem o contrato encerrado nodia 31 de julho.

O Luisinho só jogaria três vezes,até o fim do contrato, e sua renovaçãoserá complicada — justificou o vice-presidente de futebol Hélio Gáudio, aoafirmar que pelo aspecto financeiro não écompensador utilizá-lo nestes jogos.

A idéia é negociar o Luisinhopara o futebol carioca, dai a decisão depoupá-lo. Queremos lançar o Moreno decentroavante, além de contarmos com oMarcáo para a reserva da posição —concluiu.

De qualquer forma. Luisinho conti-nuará treinando no Andaraí até que surjaalgum clube carioca disposto a contrata-Io. Sem Luisinho. o técnico AntônioClemente quer apressar a decisão sobre arenovação de contrato de Gilberto, paracomeçar a definir o time para o jogo deestréia.

Jogo-treinoPara ajustar o time. Clemente conse-

guiu acertar a realização de mais umjogo-treino. contra o Rubro, da segundadivisão, para amanhã, às I5h. no Anda-raí. O técnico diz que já montou 70 porcento da equipe. Resta acertar o ataque.

Se tivermos o Lúcio nesta sema-na. mesmo que ele não treine, será csca-lado. porque é experiente e se sairá bem.Como a defesa está inteiramente remode-lada e o meio-campo depende do Gilber-to ass<nar contrato, fico na dependênciade tudo se resolver até quarta-feira(amanhã).

O técnico soube pela diretoria que asituação do guleiro Valdir Peres seráresolvida hoje Se o São Paulo não con-cuidar com a exigência feita por ValdirPeres. de receber uma porcentagem so-bre o valor do empréstimo, então oAmérica partirá para a contratação dogoleiro Mcndo/a. do Argentino .luniors.indicado por I illol.

Fluminense ainda festeja

Sem reservasPara complicar ainda mais a estréia de

Luís Henrique como novo técnico do time, oclube até agora não contratou o centroavanteprometido para a reserva de Washington. E noclube, até o momento, ninguém vem mostran-do condições a nível do titular. Luís Henrique,ontem à tarde, nas Laranjeiras, apenas obser-vava os acontecimentos e se explicava, numtom que parecia de justificativa:Esse jogo em Curitiba, a diretoria meexplicou, é o cumprimento de uma promessafeita aos jogadores. Enfim, já estava definidoque todos iriam ao casamento de Washingtone a partida, nesse caso, se torna até vantajosa.Será lá, fazendo minhas observações, quecomeçarei, na verdade, a preparar o time paraa nossa estréia, domingo.

E por não contar, ontem, com todos ostitulares — Delei, Ricardo, Branco e Assis sóse apresentam hoje — é que o técnico preferiuadiar a conversa que terá com todo o grupo.Vou falar sobre meus métodos, de umacerta maneira, os mesmos de Parreira.' Elembrar as dificuldades que existem para semanter um time no apogeu. Como não pude,até agora, sentir todo o time, preferi nadaconversar.

Atlético volta a

ficar animado e

esquece a criseBelo Horizonte — O Atlético, que melho-

rou sua situação no Campeonato, após arodada do último fim de semana, terá umaequipe bem reforçada domingo, em NovaLima, contra o Vila Nova. O técnico Procópiopoderá escalar o lateral-direito Nelinho e oarmador Everton, que cumpriram suspensão,e provavelmente Reinaldo, que define estasemana a reforma de contrato.

Bastou uma rodada do campeonato parainverter algumas tendências. De time em crise,o Atlético se reabilitou, ao vencer o Valério, eainda foi favorecido pela derrota do Cruzeiro,em Uberlândia. Quem vive a ameaça de crise,agora, é o próprio Cruzeiro, que voltou amostrar o mesmo mau futebol da Copa Brasil.

Alheio às instabilidades dos dois grandes eà eterna irregularidade do América, o Uber-lándia se aproveita e justifica sua condição deuni aos favoritos, obtida após a boa campanhana Copa Biasil. Em quatro rodadas dispu-tadas. venceu três jogos, empatou um e lideraisoladamente, com sete pontos ganhos. Emsegundo está outra equipe do interior, o Tupi,com duas vitórias e dois empates.

Como se estivesse numa festa interminá-vel, o Fluminense até agora náo conseguiuentrar no ritmo do Campeonato. Sua estréia édomingo, contra o América, no Maracanã,mas até mesmo uma boa seqüência de treinos,que o técnico Luís Henrique havia programa-do para começar hoje de manhã, ficará preju-dicada: quinta-feira cedo, o time viaja paraCuritiba, para jogar à noite contra o AtléticoParanaense. No dia seguinte, os jogadoresassistem ao casamento de Washington.

E mais: Washington e Assis, se resolveremnão jogar sem contrato, podem desfalcar otime domingo. O contrato deles termina exata-mente na quinta-feira e como o procuradordos dois, um advogado amigo, mora em Curi-tiba, a renovação só começará a ser discutidalá, neste dia. Washington, aliás, pensa até emreivindicar uma folga para desfrutar melhorsua lua-de-mel.

a Copa Brasil

Depois de ameaçar náo ceder o late-ral Dênis à Seleção de Juniores que vaidisputar o Sul-Americano da categoria,em represála ao pouco caso da CBF emrelação ao pedido do Flamengo, para aliberação de Toninho Cajuru c a conse-quente cessão de Lúcio para o América, adiretoria do clube soube, à noite, quetudo ficou contornado com a decisão daentidade em devolver Cajuru. Assim.Lúcio deve estrear no time na aberturado Campeonato Estadual, domingo, con-tra o Fluminense.

Delfim VieiraAmérica espera

ter Lúcio paraestrear domingo

Romerito, contra o Vasco, no Maracanã

Porto Alegre/Luiz Achutti

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Tita lidera afila no ultimo treino do Flanwngo para enfrentar o Gremio esta noite

Fia só define esquema quando jogo

começarD/ii^n A Innro H ?ófnirn 7'jníiln rnnfírmnii no ininn fia *L-rPorto Alegre — 0 técnico Zagalo confirmou no início da

noile, após o treino recreativo que o Flamengo realizou noBeira-Rio, a escalação de João Paulo na ponta esquerda.Ressalvou, contudo, que esta formação não indica que oFlamengo será um time ofensivo, hoje à noite, contra oGrêmio, pelas semifinais da Taça Libertadores: "A movimen-tação da bola vai determinar se o time será ofensivo oudefensivo", disse ele.

Ao reafimar que o Grêmio é o favorito, "pois não trocoude treinador, não tem jogadores contundidos e joga em casa",Zagalo acentuou que confia neste Flamengo remodelado, queele vem treinando há cerca de 20 dias: "Se o time realizar oque fizemos nos treinamentos, acredito que sairemos com umresultado positivo", disse. Deixou claro que considera oempate um bom resultado: "Esta partida é mais decisiva parao Grêmio do que para nós, que depois jogaremos noMaracanã".

João Paulo e BiguQuando desembarcou com a delegação ontem, ao meio-

dia, Zagalo tinha dúvida quanto à ponta esquerda, entre JoãoPaulo e Elder. Após decidir-se, fez questão de frisar que aopção por João Paulo também não implica um Flamengodefensivo, que irá esperar o Grêmio em seu campo, paraexplorar a velocidade e os dribles do ponta-esquerda. "Queroum time cuja movimentação individual favoreça a movimenta-ção coletiva", disse.

A improvisação de Bigu na lateral direita e a manuten-ção do jovem Adalberto na esquerda, segundo o técnico, nãoexigirá um esquema espacial de cobertura: "Futebol exigecobertura em qualquer circunstância e não só as laterais, comoa todas as posições. A defesa está bem treinada e acho que nãoteremos problemas", disse Zagalo. Explicou que Heitor ficarána reserva de Bigu por estar há muito tempo parado. Sótreinou uma única vez sob sua orientação.

O recreativo do Flamengo no Beira-Rio (estádio doInternacional) foi muito animado e os jogadores, trocando deposição e em apenas meio-campo do gramado, movimenta-ram-se intensamente. Depois do jantar, Zagalo assistiu aoteipe do jogo Grêmio 1 x 0 Vasco, pela Copa Brasil:

Eu já assisti a este teipe, mas nunca é demais vê-lo denovo. Ele retrata bem o que será o Grêmio amanhã (hoje) eaté mesmo o clima do jogo (pressão da torcida) deve ser omesmo", profetizou o técnico. Diante das insistentes lembran-ças de repórteres gaúchos à sua preferência por equipes decaracterísticas defensivas, Zagalo desabafou:

E bom que pensem assim. Enquanto isto, pretendocontinuar ganhando títulos em minha carreira".

GRÊMIO X FLAMENGOLocal; Estádio OlímpicoHorário: 21h30min.Juiz- Sorteio entre Romualdo Arpi Filho, José Roberto Wright eLuís Carlos Félix.Grêmio: João Marcos; Raul, Baidek, De León e Paulo César;China, Luís Carlos e Osvaldo,- Renato, Caio e Tarciso.Técnico.- Carlos Froner.Flamengo: Fillol; Bigu, Mozer, Guto e Adalberto; Andrade,Adílio e Tita; Bebeto, Edmar e João Paulo.Técnico: Zagalo.

Adalberto não teme o

duelo contra RenatoNem o fantástico Fillol, nem o familiar Tita, que já jogou

pelo Grêmio, foram mais procurados pela imprensa gaúchaque o jovem lateral-esquerdo Adalberto, que hoje terá adifícil incumbência de marcar Renato, o ídolo .da .torcida doGrêmio. Demonstrando humildade e segurança nas respostas,Adalberto prometeu fazer uma boa partida"para me firmar naposição de titular".

O grandalhão e por vezes endiabrado Renato não assustaAdalberto, jogador de pouca estatura, mas de físico avanta-jado. O Renato é muito forte e sabe usar bem o corpo nasjogadas. Não vou me aproximar dele para tentar tomar a bola,pois no corpo a corpo ele pode me levar vantagem — disseAdalberto, um dos jogadores mais aplicados no treino recrea-tivo que o Flamengo fez ontem no Beira-Rio.

Adalberto tem definida uma boa estratégia para marcaro ponta: Entendo que devo ficar sempre a um metro dedistância dele, deixar ele dominar a bola e daí sim chegarjunto. Na velocidade não tenho medo, porque acho que possoacompanhá-lo tranqüilamente.

Porto Alegre/Luiz Achutti

Chuvas prejudicam campoEmbora tenha um dos melhores sistemas de

drenagem entre estádios de futebol do País, o gramadodo Olímpico está numa situação "muito crítica", devi-do às chuvas que caem no estado há 20 dias, segundoinformou ontem o responsável pela manutenção, SílvioVargas.

A estimativa de Sílvio Vargas é de que o gramadodo Olímpico deve apresentar 70 por cento de suascondições ideais para o jogo de hoje à noite, desde quenão volte a chover. Ontem, o tempo em Porto Alegreera bom.

Tita lidera a fila no último treino do Flamengo para enfrentar o Grêmio esta noite

Grêmio promete

ir à frente

O técnico do Grêmio, Carlos Froner,negou enfaticamente a fama de retran-queiro: "Sou o pioneiro no estilo deatacar e defender em bloco", afirmou.Froner garantiu que sua equipe semprejoga para vencer, e hoje não será diferen-te: "Este jogo com o Flamengo é funda-mental para o Grêmio nos próximosmeses."

Carlos Froner reconheceu que o Fia-mengo ainda tem muitos craques, masdisse que as preocupações devem ficarcom o técnico Zagalo, "que está tentandotransformar uma equipe, antes cheia degrandes talentos e ídolos, numa equipecompetitiva e aplicada taticamente". Fro-ner ainda não sabe se Zagalo já conse-guiu, com o pouco tempo que teve, imporseu estilo de jogo, baseado em uma

equipe com espírito competitivo, no quala aplicação tática é fator importante.

O técnico do Grêmio tem dúvidasquanto à transformação da maneira deuma equipe jogar com pouco tempo detrabalho: "Não sei se os jogadores doFlamengo, acostumados a atacar, terãotranqüilidade para armar um esquemadefensivo." Froner está tranqüilo. Lem-bra que o Grêmio continua jogando omesmo futebol que apresentou na CopaBrasil:

— São dois campeões do mundo. Oestilo do Grêmio já é conhecido. Joga-mos forte e aplicados taticamente. Va-mos atacar o Flamengo, pois só a vitórianos interessa. Ano passado, empatamoscom o Flamengo no Estádio Olímpico evencemos no Maracanã.

Com um treino recreativo, à tarde,no Estádio Gramadense, o Grêmio en-cerrou os preparativos para enfrentarhoje o Flamengo, com todos os seustitulares; inclusive com o ataque — maioresperança dos torcedores gremistas —que se sagrou campeão da Libertadores edo Mundial lnterclubes do ano passado:Renato, que voltou da Seleção Brasileira:Caio, que se recuperou de uma contusão;e Tarcísio, um dos goleadores do time.

Apesar da certeza da vitória, os joga-dores do Grêmio não se despreocupamcom os atacantes do Flamengo. "É umgrande time, apesar das mudanças", ob-servou o zagueiro Baidek. Ele lembraque dois titulares do Flamengo, Edmar eTita, já atuaram no Grêmio c "são ata-cantes muito perigosos".

Renato decide seu futuro"Renato é inegociável, e ponto fi-

nal." O presidente do Grêmio, AlbertoGalia, respondeu assim à proposta doMilan, que pretende comprar o pontaRenato, pagando até 1 milhão 500 mildólares (Cr$ 8,5 bilhões). O jogadorpretende reunir-se hoje com Galia paraesclarecer a situação: "Quero jogar peloGrêmio na Libertadores, mas não queroficar na dúvida se vou ou não ser vendi-do", disse.

O Milan sondou o Grêmio por telefo-ne e por telex, para contratar o ponta daSeleção Brasileira, mas Galia, demons-trando certa irritação, garantiu: "A ques-tão não é de cifras, de dinheiro. Omomento é totalmente inoportuno, poiso Grêmio se prepara para iniciar suacaminhada ao bi mundial. Posso tranqüi-

lizar os torcedores do Grêmio e do Brasil:Renato não vai ser vendido."

A resposta final do Grêmio terá deser dada até hoje, pois, no fim deste mês,segundo o próprio Galia, termina o prazode inscrição de jogadores estrangeiros naItália: "Essa questão de prazo é umproblema do Milan, não do Grêmio." Adecisão de Galia é vista com naturalidadepor Renato: "É um direito dele meconsiderar inegociável, embora ache quese chega a um ponto em que um clubenão pode bancar o pagamento do atleta.Não há, em nenhuma parte do mundo,jogador inegociável."

Quanto à possibilidade de continuarjogando pelo Grêmio na Libertadores e,depois, ser vendido ao Milan, Renato,que ainda não tem em mãos a proposta

italiana, observa que 'isso dependeria decláusulas do contrato: "O importante,agora, é esclarecer bem esse assunto coma direção do Grêmio, pois não quero ficarna dúvida se vou, ou não, ser vendido."

Mas, para a reunião que ele prometeter hoje com os dirigentes do Grêmio, aresposta já está pronta, como antecipou,ontem, Galia. O Grêmio, em nenhumahipótese, venderá o atleta. O técnicoCarlos Froner acha que a proposta doMilan não iria perturbar Renato no jogode hoje. "Ele tem que continuar seempregando a fundo para mostrar que éimprescindível à Seleção Brasileira. Elesó poderia ir à Seleção, ao Milan ouqualquer outro clube do mundo se conti-nuar produzindo bastante."

JOÃO SALDANHA

A cadeira

preguiçosa

T) OIS, assim é a natureza! Anunciaram queuma multidão de mais de 150 mil pessoas

compareceria ao Morumbi. Até que não seriadifícil. O difícil era colocar as 150 mil noestádio. Que mania de grandeza, puxa vida.No Maracanã, cabem as 150 mil, assim mesmoumas 10 mil não podem ver o jogo. NoMorumbi, cabem umas 130 mil nas mesmascondições do Maraca: 10 mil nem entram. Mascomo era de graça, a previsão poderia estarcerta. Pombas, todos os grandes times de SãoPaulo fazendo a apresentação do início docampeonato. Uma competição de saudosa me-mória. Pênaltis e córneres em profusão e jogode graça? Modesta previsão. Pensei que umpovão enorme teria de ficar na rua. Mas comoo Torneio levaria umas 10 horas ou mais,aconteceria certamente um revezamento depúblico. Gente saindo, gente entrando. Degraça, não é?

Mas, bichos, o torcedor vê antes de tudo oconforto e a qualidade do jogo. Quanto àqualidade, acho até que estava bem. Um ótimodivertimento com preço convidativo.

Acontece um pequeno detalhe: com tele-visão ao vivo, para dentro de São Paulo, nemde graça. O torcedor fica em casa sentadinho ese divertindo do mesmo jeito. Não é a sensaçãototal do jogo ao vivo de quem está no estádio,torcendo e chateando a torcida adversária.Não, isto é impossível. Mas é uma boa noconforto da poltrona ou da cadeira preguiçosa.Quem tem televisão tem cadeira preguiçosa oupelo menos uma beiradinha da cama parasentar, não é? E sim, então compareceu umpúblico de metade da capacidade do estádio.

Mais duas coisas ficam demonstradas,além do fato indiscutível de que a televisãoforma outro público: o público telespectadorem substituição ao público torcedor. Seguinte:uma é que não é somente o preço de ingressosque tira público. Quem vai ao Morumbi, oingresso às vezes nem representa um terço dosgastos do cidadão. Não é o preço baratinhoque faz encher estádio. É o espetáculo e oconforto do estádio e da condução. A outracoisa é que ficou evidenciado que nem jogado-res nem treinadores sabiam nada de jogar comcórner valendo ponto. Deveriam ir ao "Início"da praia, onde os resultados são de 5 a 4, 4 a 3 eaté 6 a 5 em córneres. Os garotos sabidos eexperientes jogam sempre pelos pontas. Bo-tam um recuado e outro adiantado. Lateralsempre é cobrado para a direção do córnercom 2, 3 ou 4 para receber. Não falha.

Hoje tem Grêmio e Flamengo. Não per-cam. É de graça.

Independiente está

quase classificadoBuenos Aires —O Independiente tem tudo para praticamen-te garantir sua vitória do Grupo I da Libertadores. Vai enfrentar,hoje à noite, em seu campo, o Universidad Católica do Chile,incentivado pela presença do Presidente Raul Alfonsin, torcedordo clube. O Independiente está bem no seu grupo: empatou de 0a 0 com o Universidad, em Santiago, e de I a I com o Nacional,em Montevidéu.A grande preocupação dos dois times é o estado do gramadodo Estádio Avellaneda, por causa das chuvas fortes que caem há

dois dias. A presença do Presidente Alfonsin provocou a elabora-ção de um complexo esquema de segurança. Alfonsin ficará numaárea especialmente construída há poucos dias.

As equipes jogarão assim: Independiente — Goyen. Clau-sen, Villaverde, Trossero e Enrique; Giusti, Marangoni e Bochi-ni; Burrochaga, Bufarini e Barberon; Universidad — Cornez,Cid, R. Valenzuela, Lihn e A. Valenzuela; Mardones, Neira eAravena; Olmos, Hurtado e Lepe.

Na hora do jogo,

desloque o

ponteiro para omeio do rádio.

HOJE NA

REDE MANCHETE

14:30Manchete

Shopping ShowSaiba tudo sobre a vida das atrizes da TV

assistindo, hoje, ao debateDE MULHER RARA MULHER

21:15CAPÍTULO 24 A Saga

<to ColoradoRomance épico do Oeste americano. Baseado na obra demaior sucesso de James Michener. Com Robert Conrad,

Richard Chamberlain e Barbara Carrera.

22:15 - PRIMEIRA CLASSE

0 MUNDO DE HENRY ORIENTComédia dramática

Com Peter Sellers, Paula Prentiss e Angela Lansbury

Wi

CANAL 6PARA 0 GRANDE RIO: UHF CANAL 20

REDE MANCHETE - TV DE 1.* CLASSE

A posiçãocorreta doponteiro.

HOJE

GRÊMIO X FLAMENGO

Taça Libertadores da América20:30h — Porto AlegreNarrador: José CabralComentários: João SaldanhaReportagens: Sidnei Amaral

RÁDIO JB 940

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JORNAL DO BRASIL

Rio de Janeiro — Terça-feira, 26 de junho de 1984Arquivo"

MICHEL

FOUCAULT

UM FILÓSOFO DE

OLHO NO DIA-A-DIA

1926

1984

Paris — O filósofo e historiador francês Michel Foucauh, 57anos, morreu ontem em uma unidade de tratamento intensivo doHospital La Salpêtrière, onde fora internado sexta-feira, no setorde doenças nervosas, para uma série de exames, exigidos "pelacrescente deterioração de sua saúde".

Foucault deixa incompleta uma História da Sexualidade,cujo segundo volume, La Souci de sol, lançado este mês,provocou uma corrida às livrarias. Autor de extensa obra sobreMedicina, História e Ciência Política, Foucault foi um críticoimplacável da Psiquiatria e da Psicanálise tradicionais.

GALVO,

grandes orelhas, uma espécie de guni dosfilósofos de vanguarda da atualidade, Michel Foucaultnão tinha ainda 30 anos quando — com sua obra deestréia, Doença Mental e Psicologia, de 1954 —

começou a dividir seus leitores em adeptos fervorosos e adversá-rios contundentes. Uns e outros, no entanto, o admiravam erespeitavam como um pensador prolifero e imaginoso, umrompedor de novas trilhas para a filosofia dos nossos tempos.

Um dos analistas do "complexo edifício filosófico" que eleconstruiu, o ensaísta Bernard-Henry Levy, o definiu, em artigopara a publicação francesa Magazine Littéralre, como o primeiroteórico depois de Sartre a repensar a filosofia do Poder. ParaLevy, a questão essencial do pensamento de Foucault é a dasrelações entre o Poder e o saber: "Como um engendra o outro;

como essa ligação entre os dois se manifesta nos atos de nossavida cotidiana". O escritor norte-americano David J. Rothman,professor de História em Columbia e um de seus críticos maisargutos, testemunhou: "Seus escritos são impregnados de radica-lismo filosófico, de uma grande insatisfação com a cultura e asinstituições dominantes".

Ex-discípulo de Louis Althusser, ex-comunista de Partido(foi militante do PCF), ex-estruturalista, Foucault, nascido a 15de outubro de 1926 em Poitiers, filho de um médico, especializou-se em Psicologia, depois de completar seus estudos de humanida-des. Mas foi sempre um professor de Fdosofia, matéria queensinou nas universidades de Clermont Ferrànd e de Vincennes,antes de conquistar, em 1970, a cátedra de História dos Sistemasde Pensamento, no Colégio de França, a principal instituiçãouniversitária francesa.

Uma de suas obras mais conhecidas e mais polêmicas, Vigiare Punir, é exatamente fruto de um curso de três anos dado noColégio de França. Trata-se de um amplo estudo sobre a extensãoda disciplina na sociedade moderna. O enclausuramento físico daera clássica — sustenta Foucault — foi pouco a pouco substituídopor um enclausuramento muitas vezes subjetivo, que resultou naexclusão de grupos inteiros da sociedade. Cada pessoa estásubmetida a mil formas de punição — na escola, no trabalho, emtoda parte. "A disciplina" — garante Foucault — "é uma técnicade produção de corpos dóceis". Ao analisar nessa obra o institutoda prisão, o filósofo assegura que seu objetivo é separar o fora-de-lei do proletariado, para reduzir, assim, a solidariedade e oprotesto da classe inferior. As ilegalidades da classe dominante

caderno

3;

sobreviveriam através do confinamento das ilegalidades da classedominada — conclui Foucalt.

De certa forma, ele dissecava aí um tema por assim dizerparalelo ao da sua obra anterior de maior repercussão, História daLoucura, na qual narra como se deu, no início da era clássica, o"grande aprisionamento" dos indivíduos à margem da novasociedade. A esse livro, de 1961, seguiu-se O Nascimento daClínica, de 1963: Foucault era um agudo crítico da Medicina,sobretudo da Psiquiatria e da Psicanálise tradicionais. Duranteuma entrevista coletiva no Rio, num intervalo do curso queministrou na PUC, em 1973, afirmou:

— O asilo de loucos passou para o divã do psicanalista,todo-poderoso, enquadrado no Poder social, que exige a normali-

Michel Foucault, críticointransigente das técnicas detratamento psiquiátrico, morreunum hospital parisiense destinado adoentes nervosos

zaçáo. O divã e o próprio consultório são entidades abstratas quetiram o paciente do contexto real onde ele vive. O terapeuta é osão e o doente é o paciente. Nessa relação tradicional, esse fatonunca é questionado. O paciente deve se encontrar com oterapeuta em locais onde ele realmente vive e se relaciona, nem

ue seja num restaurante ou num escritório. O conjunto deve serle pessoa a pessoa e não de médico para doente.

. Depois da revisão da Psicanálise, Foucault empreendeu umarevisão política da sexualidade, tarefa em que estava empenhadohá alguns anos: iniciara a publicação de uma monumental Históriada Sexualidade, cujo primeiro volume já tem uma edição noBrasil, com o título de A Vontade de Saber. Nesse estudo, eleafirma que a sociedade ocidental usa o sexo, como um dos seusinstrumentos de Poder, não por meio de sua repressão, mas, ao'contrário, através de sua expressão, por vezes forçada. Histórica-mente, segundo Foucault, o Poder ocidental recorria, para isso, àconfissão (no caso dos católicos). Modernamente, recorre àPsicanálise.

Michel Foucault, que não gostava de ser chamado defilósofo ou pensador (dizia-se um artesão dos instrumentos daFilosofia), esteve muitas vezes no Brasil, sobretudo nos anos 70.Ministrou cursos em universidades do Rio e da Bahia (nessasocasiões costumava criticar com humor o "hermetismo" doscientistas e intelectuais e tentava ser o mais claro possível) e nãolimitava suas visitas aos grandes centros urbanos c a cidadesturísticas do litoral: numa de suas viagens, fez de carro a travessiaBelém—Brasília.

Documentnçáo/JB

Arquivo

O LEGADO DE SOMBRAS

DE UMA DINASTIA

O

Presidente John Kennedy foi um governante fraco,inseguro e indeciso, exatamente o oposto de suaimagem. Apoiava-se maciçamente no irmão, Robert,e consultava sempre o pai, Joseph. Acreditava que

era sempre melhor fazer alguma coisa do que não fazer nada, eque o ativismo é um fim em si. Assim foi com sua obsessão sobreCuba, com a Baía dos Porcos levando à crise dos mísseis e a umplano maluco após outro para "ir à forra" com Fidel Castro.'

Estas são algumas das conclusões a que chegaram PeterCollier e David Horowitz, autores de Os Kennedy: Um DramaAmericano, livro que está no primeiro lugar na lista de best-sellers(não ficção) de The New York Times Book Review. Para escreveressa obra, os autores, que antes haviam escrito um excelente livrosobre os Rockefeller, tiveram de contornar o "Departamento deControle de Danos" da família Kennedy, que patrocina umaliteratura apologética cortejando autores amigos para que façamversões glorificantes de sua história.

De toda a família, só Eunice Kennedy Shriver e DavidKennedy — que morreu recentemente em Palm Beach —consentiram em falar aos autores. Ambos foram banidos comotraidores, e a família obrigou David a ir a um advogado emBoston saber se podia retirar o que dissera. A recusa de muitaspessoas próximas aos Kennedy a dar depoimentos sobre elesreflete, segundo os autores, o temor que sentem de ser postos noostracismo pela família.

O livro é um retrato de família baseado numa quantidadeenorme de material recém-pesquisado, e que os retratados nãoacham lisongeiro. Trata de quatro gerações, começando com oavô de Joseph Kennedy, pai de John, e chegando até a geração

Há 23 dias atrás

meu marido era

casado com outra.

¦Quando ele olhava o meu corpo,eu notava. Era pura tristeza e decepção,coitadinho. Também, não era para menos, comtoda aquela gordura espalhada pela minhacintura, minha coxa, meu abdômen. Isso há23 dias atrás, porque depois que eu conheci aT.A.T. Técnica de Aceleração Térmica doEsthetic Center, a nossa vida mudou. E como.

Eu emagreci tudinho, quilo por quilo, semprecisar de ginástica, remédios ou massagem.

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deste, como numa dessas sagas táo comuns hoje na literaturapopular e na TV americana.

Por mais importante que seja o tema do imigrante, deve-selembrar que o patriarca Joseph Kennedy não partiu do nada. Oavô dele chegou à América fugindo da fome endêmica na Irlanda,mas o pai já era um rico importador de bebidas que exerceuquatro mandatos no Senado estadual de Massachusetts e mandouo filho para Harvard.

Joseph Kennedy foi, portanto, uma figura de transição entreos miseráveis e o mundo de poder político a que aspirava. Fezfortuna no descontrolado mercado de ações da década de 20 ecompreendeu que, tendo um grande número de filhos, aumenta-ria suas possibilidades de penetrar a estrutura de poder ameri-cana.

O patriarca gastou seu dinheiro satisfazendo seu impulsodinástico, o que significa, encarando a ambiçáo em termos maisamplos do que a sua própria pessoa. Gastou-o exercendoinfluência política, contribuindo para a campanha presidencial deRoosevelt em 1932. Foi recompensado com a presidência de umórgão novinho em folha, a Comissão de Valores Mobiliários.Depois, foi nomeado embaixador na Inglaterra, em 1937. Suassimpatias pelo nazismo, porém, fizeram com que o Governoinglês pedisse o seu afastamento, e com isso encerraram-se seussonhos de fazer carreira na política.

Joseph compreendeu que seria preciso mais de uma geraçãopara se efetuar a transição do poder financeiro para o político. Oque não podia fazer, pessoalmente, deixou para os filhos, aosquais aplicou uma lavagem cerebral constante: a vitória era tudo,o poder era tudo, todos podiam ser comprados. Os quatro filhoshomens aceitaram integralmente essas regras. Não houve nenhumrebelde entre eles que duvidasse do cruel darwinismo social dopai.

Uma das condições dessa arrancada para o poder era a perdado exame de consciência, segundo os autores. O que nãocontribuía para levá-los à frente, era melhor calar. Era melhornão falar, por exemplo, de Rosemary, a filha retardada quesofreu lobotomia pré-frontal (jamais admitida pela família, masconfirmada pelos autores em quatro entrevistas distintas). Eramelhor não examinar muito de perto a contradição da vida deRose, a mãe de John e Bob — uma mulher que se apegavadesesperadamente ao catolicismo, tendo ao mesmo tempo deignorar a conduta escandalosa do marido em relação a mulheres.

Rose foi apresentada ao público como uma espécie de MãeCoragem, mas, como disse John Kennedy, discutindo o impactode seu casamento sobre ela: "Minha mãe é uma nulidade". Nopróprio John, vê-se o pai, filtrado e refinado, um degrau acima naescada evolucionária, naquele ponto em que as guelras setransformam em pulmões. Ainda predador, mas com maisespírito. Desprezando as mulheres, mas menos rudemente. Umade suas amiguinhas lembrou que "ele era compulsivo comoMussolini. Vamos ali naquele muro, Signora, só cinco minuti-nhos, esse tipo de coisa. Não era um homem carinhoso, emotivo.Na verdade, passara tanto tempo doente que era meio não-me-toques".

Essa era outra coisa de que não se falava. Um Kennedy nãoadmitia doença, e John aparentava boa saúde quando sofria

OS KENNEDY

Ao ser eleito em 60 John fez uma foto histórica com todo o clã dos Kennedy

dores. A doença foi a única coisa que não herdou do pai, e eleencontrou nela a fonte de sua força e a vontade de vencer, como:Che Guevara vencendo a asma e conduzindo seus homens em'marchas forçadas.

John foi posto no centro do palco depois que o irmão maisvelho, Joseph Jr., morreu na II Guerra Mundial. Joe Jr.apresentou-se como voluntário para uma missão suicida, pilotan-do um avião carregado de dinamite contra sítios de bombas V-lalemãs. O avião explodiu. Pressionado a entrar na política, Johnfoi eleito para a Câmara dos Deputados em 1946, com 29 anos, epara o Senado em 1952. Isso era o que significava ter a família portrás — e os milhões dos Kennedy. E aí, em 1958, quando foireeleito para o Senado, ocorreu uma curiosa transferência, e asesperanças de seu pai tornaram-se as do país. Dois anos depois,ele conquistou a Presidência com uma margem mínima de 113 milvotos, graças à bem lubrificada máquina dos Kennedy e ao fato deque ele se encaixava no estado de espírito de um povo que queriauma alternativa quente para os mornos anos de Eisenhower.

BEM,

os americanos conseguiram isso, com uma vin-gança. A exposição da'Presidência de Kennedy nolivro é devastadora. É uma pena que Collier eHorowitz não tenham registrado também os chama-

dos créditos dos Mil Dias — o Tratado de Proscrição de TestesNucleares, o esforço para limitação de armas, os Voluntários daPaz (Peace Corps), a Aliança para o Progresso e a cautelosaliderança da luta pelos direitos civis. Em vez disso, destacam-se ostons escuros, e mal se examinam as causas dos fiascos de Kennedyna política externa. Ele era motivo de risos entre os militares e naala liberal de seu partido. Os militares mostravam-se condescen-dentes com ele, que fora apenas tenente na guerra—e desastradoainda por cima — e o Presidente tinha de provar sua capacidade.Por isso, deu-lhes coisas pela metade: uma invasão de Cuba quenão podia ter êxito, e no Vietnam apoio tácito a um golpe contrao Premler Ngo Dinh Diem, que, para seu horror, resultou namorte de Diem e de seu irmão.

O irmão era algo novo na política americana. Bobby não eraum factotum do Presidente, mas uma verdadeira extensão de

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John, como se se tivesse um Presidente duplo. Não se tratava dealguém que falava em nome do Presidente, mas como Presidente.E criou-se uma situação semelhante à de uma tragédia elisabeta-na, uma Duquesa de Malfi revisada — o fiel e puritano Bobbyvendo a Presidência comprometida pela libertinagem de seuirmão. Pois uma das amantes do Presidente era também amantedo chefão da Máfia em Chicago, Sam Giancana, a quem Bobby,como Procurador-Geral, tentava meter na cadeia. E esses mes-mos gangsters estavam sendo usados em complôs para assassinaro Primeiro-Ministro Fidel Castro, a nemesis de John. E J. EdgarHoover fornecia a Bobby memorandos sobre a conduta do irmão.

Em vista disso tudo, é de se questionar o argumento de queJohn Kennedy, se não houvesse morrido, teria feito grandescoisas. Continuar na Casa Branca com esse frenesi, ignorando osprejuízos políticos, e colocar-se em dívida com Hoover demonstraincapacidade de amadurecer, uma espécie de arrogância juvenil.Por trás do "produto" Kennedy não havia só os mexericos decama, mas a medicação maciça, as injeções de procaína e adependência do Dr Max Jacobson, apelidado de "Dr Euforia",que lhe dava injeções de anfetamina. Os jovens Kennedy quedepois se entregaram às drogas tinham um precedente.

Bobby é a exceção na história de ambições exageradas queCollier e Horowitz construíram, com base em umas 300 entrevis-tas, entre elas muitas com a nova geração, mais comunicativa, eem outras descobertas, como a notável coleção de cartas escritaspor John a seu amigo LeMoyne Billings, quando ainda estava nocolégio.

Essa correspondência ajuda a ilustrar o tema central dosautores, que eles chamam de o legado das sombras: "O legadodas sombras afirmava que a ascensão dos Kennedy para o topoenvolvia desprezo por todas as regras e o desrespeito a todos oscostumes, uma indiferença e uma arrogância kennedianas emrelação às leis a que se submetiam todos os demais". Assim foique, quando Ted Kennedy, último dos filhos de Joseph após oassassínio de John e Bobby, caiu com o carro da ponte deChappaquiddick, o acobertamento posterior pareceu mais umexemplo do legado das sombras.

TED MORGANThe New York Times

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2 o CADERNO B o terça-feira, 26/6/84 JORNAL DO BRASIL

TEATRO/ "A DFVTNA SARAH" MUSICA

FUNERAL DO SOL

Mabel Arthou

NÃO

se trata de alquimia,muito menos de mágica,mas apenas de alguém àprocura da verdade em

meio a recordações acumuladas deuma vida que chega ao fim. A atrizfrancesa Sarah Bernhardt acompanhao nascer e o pòr-do-sol sentada noterraço de sua mansão numa ilha doMediterrâneo atendida por seu secre-tário Pitou. Os dias são marcados peloesplendor do brilho solar ("o sol e eusomos da mesma raça. nunca dormi-mos.") e a noite pelo desespero de sesaber no fim da existência ("Será queé assim que a gente se extingue,afundando dia-a-dia?"). Sarah, aos 77anos, escreve o segundo volume desuas memórias ("Eu queria encontrara verdade através dessas memó-rias."), surpreendida no ato final desua vida. mal distinguindo fantasia erealidade, no seu esforço patético dereconstituir o passado como se tosseuma representação teatral, na qual aúltima palavra coubesse a si própria,ela que tentou ser sempre a autoraindependente de sua biografia.

A Divina Sarah, Meraoir no origi-nal do norte-americano John Murrell,pode parecer, em avaliação maisapressada, um daqueles textos tea-trais que falam da mágica da repre-sentação ou da alquimia entre o ator eo personagem. Mas o que Murrell tazé construir um "teatro de brinquedo' .um diálogo difuso entre o presentedecadente e o passado vital. Nessemonólogo interior de Sarah — ajuda-da pelo secretário Pitou, que assumealguns personagens da vida da atriz natentativa de fazê-la recordar os acon-tecimentos de sua história — o sol setransforma no símbolo da vida, emalgo que com sua luz ilumina, aquecee brilha. A constatação de que o solpode desaparecer, vaticinada peloscientistas, assusta Sarah, já que servecomo metáfora da finitude de seutempo de vida e do acaso de umséculo (XIX) em que foi absoluta,inquestionável, iluminada. Não semrazão que Sarah menciona o funeraldo sol, ao referir-se a si mesma.

O que atrai em A Divina Sarahnão é tanto a ambientação teatral quecerca a personagem. As referênciasaos bastidores e à vida do teatro —citação de Fedra, farpas à crítica tea-trai, o jogo de representação queestabelece com o secretário — nãochegam a ser circunstanciais, mas sãoapenas cenário dentro do qual semovimenta uma personalidade artísti-ca que reflete, como poucas, a efer-vescência do século passado. No en-contro entre Sarah e Oscar Wilde —

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Cecil Thiré (o secretário Pitou) e Tonia Carrero (aatriz Bernhardt) recriam a decadência do século

XIX em A Divina Sarah

uma das cenas mais envolventes dapeça — conversa-se sobre o papeldesbravador que cada um desempe-nhou. Enquanto Sarah pergunta seentenderão que "fomos civilizados",Wilde constata que "somos os últimosdos moicanos, os últimos cultores daindividualidade. Escolhemos uma ma-neira de viver e assumimos os riscos.E concluem que: "A morte era aúnicacoisa que não se podia imaginar, tãointensa era a vida."

Como personagem símbolo de umséculo de transformações, Sarah aju-dou com seu comportamento icono-clasta a romper os preconceitos dosque não a queriam atriz (a mãe erauma cortesã de luxo e imaginava paraa filha um casamento que lhe desserespeitabilidade e segurança econômi-ca). Fez da arte de representar aprojeção de uma necessidade de seradmirada, de ganhar o reconhecimen-to que suponha não encontrar junto àmãe.

Sem pretender ser uma biografia,A Divina Sarah capta a personalidadedesta mulher intensa, mostrando oseu declínio físico e mental (o autor asurpreende com lapsos de memória euma perna mecânica). É um texto quea muitos parecerá recorrente, masque na verdade equilibra uma dose depoética simpatia pela personagem,com um humor cheio de comunicabili-dade em relação aos fatos de sua vida.Murrell apresenta Sarah Bernhardtcomo uma mulher forte, vital, que.abre o seu caminho com armas pró-

prias, entre elas as da feminilidade eaté mesmo as da vulgaridade. O textopode até ser um tanto repetitivo, masa situação-base em que se estrutura anarrativa, muito dificilmente permiti-ria que não se arranhasse à monoto-nia. Mas o duelo entre a necessidadede manter-se viva através do passadoe os jogos que Sarah cria para exerci-tar o seu brilho é suficientementeinteligente e instigante para que,eventuais repetições, típicas de ummonólogo, o comprometam.

Num texto evocativo, até certoponto caudaloso, que não se ajustaexatamente aos padrões da atual dra-maturgia norte-americana (sintética edireta) e cuio brilho só pode serconseguido através de atores que de-tenham técnica superior à de corretosprofissionais, o papel do diretor édeterminante no equilíbrio e na sofis-ticaçáo do espetáculo. Não há comoevitar: o texto é confuso como amemória de Sarah e a dificuldade estáem expressá-lo com o mesmo charmeda personagem, sem trair as intençõespoéticas e até brincalhonas do autor.João Bethencourt, responsável pelaversão brasileira de A Divina Sarah,não se definiu muito claramente emrelação a que tom impostar o espeta-culo. Ora excessivamente cômico, orabastante contida sua montagem de-monstra uma necessidade de "abrasi-leirar" o texto. A começar pela tradu-çáo que não tem qualquer pudor emusar gírias bem atuais. Nesse sentido acriação de Cecil Thiré como Pitou é

LIVRO

NOVO ESPAÇO DA

BRASILIENSE

SÃO Paulo — A livraria e

editora Brasiliense empe-nha-se em tirar o terno e

gravata da literatura brasileira evesti-la de acordo com as novastendências do mercado editorialdos anos 80. Dentro desse plano demarketing — que começou, em1979, com a bem-sucedida coleção"Primeiros Passos" — a casa, diri-gida por Caio Graco Prado, inaugu-ra nesta quarta-feira sua segundalivraria, que pretende fugir da tra-dição.

Será um "espaço cultural", des-taca Caio, numa área de 180 metrosquadrados que usa e abusa da cor,vidro e letreiros em néon. Vai fun-cionar na rua Oscar Freire, no qua-drilátero da região dos Jardins, queabriga diversas galerias de arte,restaurantes, bares e danceterias,numa versão mesclada do que foi aIpanema dos bons tempos e o atualBaixo Leblon, no Rio de Janeiro.

Um exemplo do seu "espaçocultural": a coleção "Primeiros Pas-sos" sairá do papel impresso e setransformará, dentro da livraria,em aulas práticas para grupos deaté 20 pessoas. É possível, portan-

. to, ter Marilena Chauí, ao vivo,dissecando O Que É Ideologia (sebest-seller na "Primeiros Passos"),ou o economista Paul Singer intro-duzindo os fundamentos da eco-nomia.

— Isso funcionará como umaUnversidade aberta — explicaCaio.

A Brasiliense, que existe há 43anos, instalou-se originalmente nocentro de São Paulo, na rua Barãode Itapetininga, onde até hoje fun-ciona sua livraria. Lá, desfilaram deterno, gravata e chapéu alguns im-portantes personagens da vidacultural de São Paulo em décadaspassadas. Foi a principal bateria deonde o escritor Monteiro Lobatodescarregou sua carga explosiva epolêmica na época da campanhanacionalista de "O Petróleo E Nos-so", e ofereceu seu espaço paraconferências, debates e até comi-cios.

Caio Graco Prado reconheceque as livrarias no Brasil, hoje,estão "sisudas demais". O público,estático, anda por entre prateleirasonde vendedores nem sempre sa-bem informar sobre os últimos lan-çamentos do mercado editorial.

— Nossa intenção é mudar,com a nova livraria, essa imagem.Teremos sempre lançamentos, hap-penings e acontecimentos culturaisna Brasiliense da Oscar Freire.

extremamente exata, já que o atorincorporou o aspecto patético e cómi-co do secretário. A comunicação queestabelece com a platéia é intensa aomesmo tempo em que transmite adimensão e o alcance do personagem.Uma criação que revela a maturidadede Cecil.

Tonia Carrero possui aquela cha-ma rara entre as atrizes: a star-quality. Sua presença no palco é cata-lisadora, dominante, especialmenteem personagens como Sarah em quepode utilizar ao mesmo tempo o char-me natural da mulher bela com a forçada atriz segura dos muitos segredos darepresentação. Pode-se até discordardos vários rumos que a Sarah deTonia assume ao longo do espetáculo(o humor tende a superar os momen-tos de interiorizaçáo), mas não seconsegue desviar os olhos da atriz quea cada movimento, palavra ou silênciobusca segurar a platéia, fazê-la cativa.Consegue-o plenamente.

O cenário de Naum Alves deSouza é belo em seu despojamento, jáque evitou carregar o estilo art-nouveau, por si demasiadamente pe-sado e de gosto duvidoso. A registrarapenas os galhos de árvores na lateralque não combinam com a "limpeza"do restante da cena. No guarda-roupa, Naum desenvolveu criaçõesimpecáveis. De ótima confecção, bo-nitos e teatrais, seus figurinos se ins-crevem como um dos melhores datemporada. A iluminação contribuipara a criação de climas dramáticosextremamente felizes, em especial naparte final quando retira ótimo efeitodo aparecimento do sol.

À Divina Sarah é a representaçãode uma vida movimentada e marcan-te. O registro, através de uma atriz,do desaparecimento de um século, daprocura de manter o sol brilhandoapesar de a ciência provar a suainexorável extinção. A teatralizaçãode uma experiência de vida através de"joguinhos de faz-de-conta" que ole-rece a uma atriz e a um ator raraoportunidade de mostrar ao público aextensão de suas habilidades profis-sionais. Tónia e Cecil corresponde-ram à tarefa. Basta comparar suasinterpretações com as da montagem,francesa, por exemplo, para constatarque essa reflexão amena e extrema-mente sensível sobre Sarah Bernhardtencontrou no Brasil intérpretes sofis-ticados e com aquele brilho solarsemelhante aos da legendária atrizfrancesa.

MACKSEN LUIZ

DANÇA

A atual lista dos livros maisvendidos no Brasil tem pelo menoscinco títulos da Brasiliense. Alémdo sucesso Feliz Ano Velho, deMarcelo Rubens Paiva, os livrosPra Cima com a Viga, Moçada eSeymour, Uma Introdução, de J. D.Salinger. On thc Road. de JackKerojiac. Mulheres, de Charles Bu-kovvsky, e O Falcão Maltès, deDashiél Hammet, têm registradoalta vendagem.

Sobre críticas que se referem aum "oportunismo editorial". Caioretruca: é melhor lançar escritoresbeatniks com 30 anos de atraso doque não lançá-los.

— Hoje em dia. está-se lendomuito mais. A crise ajuda o livro, eé preciso trazer esse novo públicopara a participação. Penso até emcriar uma "livraria drive-in". Osujeito pára o carro na porta e éservido dos livros que quiser.

Dentro de seus planos, há pro-jetos de vídeo ("Pretendo alugaraqui vídeos ligados ao livro") eorganização de recitais poéticos noamplo quintal da livraria. O editorreconhece: isso vem sendo feito hámuito tempo na Europa e EstadosUnidos; e observa: as livrarias bra-sileiras não podem continuar sendosimples supermercados de livros.

Nesta quarta-feira, na noite dolançamento, Marta Suplicy, Marile-na Chauí e Carmem Silva lançamnovos livros sobre a condição damulher. Do lado de fora da livraria,na calçada pintada de grafite, apianista e cantora Cida Moreiratocará seu repertório de blues. Aosconvidados, vinho branco.

Fernando Pereiram

wm

Divulgaqao

1|J|| V*;:

Sonata de Outono, coreografia de Denis Cray,com o Bale do Teatro Municipal

CAIXA DE

BOAS SURPRESAS

Caio Graco Prado: *imagem sofisticada para

vender mais livros

O espetáculo que o Bale do Tea-tro Municipal apresentou do-mingo pela manhã no Teatro

Villa Lobos foi uma sucessão de surpre-sas as mais agradáveis, não pela mostraem si. pois aquele conjunto já vem nosacostumando a apresentações de altonível, mas porque tudo colaborara atéentão para prognósticos pouco promis-sores. A primeira surpresa foi o compa-recimento de bom público, pois naohouve qualquer publicidade, e o sol e apraia a uma quadra de distância pare-ciam mais convidativos que um teatroescuro. Os problemas que impediram arealização de cenários e vestuáros comoo desejavam os coreógrafos — a falta deverbas e a ocupação da central de produ-ções com a ópera Nabucco - forçaramuma improvisação inteligente que aca-bou por realçar ainda mais a boa dançaque levou a platéia a cálidos aplausos.

Desde já sabe-se que é intenção dadiretoria do Balé continuar com estasapresentações na simpática sala de Co-pacabana. E tudo deverá ser teito parapossibilitar os espetáculos, pois além deserem do melhor gabarito manterão osbailarinos trabalhando, será possível ex-perimentar novos coreógratos a baixocusto, e dar oportunidade para solar ajovens bailarinos, em obras mais ade-quadas para tal do que os grandes bales.L imperioso que a Funarj mantenhaabertas as portas para a continuação dasérie, de importância primordial paranossa dança.

Duas estréias abrilhantaram umamanhã cheia da melhor dança, ambasassinadas por Denis Ciray. Retrospectomostra dois amantes que vivem em qua-dros separados e. revivendo seu proces-so afetivo fantasmagoricamente. seunem no mesmo quadro ao voltar o dia.A música, o adágio do concerto paradois pianos de Poulenc. foi um tundoperfeito para a coreografia simples masevocativa e que encontrou em HelianaPantoja e Paulo Rodrigues intérpretescom a carga emocional exata para nostransmitir todo o lirismo do balé.

Ati-O-Non trata da busca do amor. eé sem favor uma das melhores coreogra-fias de Denis. A movimentação do cor-

Em Nabucco, a grandiosidade cênica serve à fértil imaginação do

jovem Verdi, já capaz de dosar música e teatralidade

PERIPÉCIAS DE

uNABUCCO

*)•)

Osaci-pererê andou fazendo estripulias

na estréia do Nabucco, de Verdi, noTeatro Municipal. A imprensa Oficial

não entregou a tempo os programas, e noscorredores do Teatro, antes da ópera e nosintervalos, havia indagações aflitas sobre a histó-ria que se desenrolava no palco. O baixo Mi-chael Burt, num papel essencial como o deZaccaria, foi derrotado pela gripe, derrapounuma nota e anunciou, no primeiro intervalo,que continuaria até o final se contasse com acompreensão do público.

Com todas essas intempéries, a ópera pôs-sede pé, e não faltaram aplausos ao espetáculo eaos solistas. Continua intacta, antes de maisnada, a grandiosidade cênica dos painéis criadospor Paolo Bregni, que reproduzem a monumen-talidade estática dos impérios da Mesopotâmia.Nabucco derrubou, como estava previsto, asgrandes portas do templo de Jerusalém; e essamistura de música e teatralidade é um segredoque o jovem Verdi de Nabucco já dominava.

A partitura está longe de ter a riqueza dasóperas posteriores do mesmo Verdi. Há umcontraste visível entre uma fértil imaginação e osmeios musicais ao seu controle. Verdi deixara hápouco tempo as funções de mestre de banda nasua aldeia natal; e onde a Aída encontra umavestimenta suntuosa para o cenário egípcio,Nabucco reage à imponência da Babilônia com oespocar dos pratos.

Pouco importa; mesmo um crítico de mávontade seria capaz de perceber o progresso dointeresse musical no interior da própria ópera; eo famoso Coro dos Hebreus revelou ao mundo aexistência de mais um compositor de peso.

O Nabucco do Municipal também cresceuno decorrer da récita; e tende a crescer noâmbito da sua curta temporada. Conta, antes demais nada, com a regência seguríssima de AntonGuadagno. Sob esse aspecto, a versão de agoratem mais consistência musical do que o próprioNabucco de Romano Gandolfi (o de 1982).

De Michael Burt pouco ou nada se podedizer, pois em seguida ao terrível "escorregáo"do primeiro ato. limitou-se a manter a linhamelódica do seu Zaccaria (e até que o conseguiu

com dignidade). Áurea Gomes, mais uma vez.foi a solista de maior destaque. É possível queesse Nabucco esteja um pouco além dos seusrecursos vocais, com as suas tremendas exigén-cias ao papel. Para atender a esse desafio, Áurea"espicha" a voz, dá tudo o que pode, o queeventualmente produz uma sonoridade "grita-da". Mas é uma artista em plena maturidade,que sabe mover-se no palco, e tem a seu favoruma exuberante musicalidade. Sua Abigailleconvenceu.

Em fase muito boa anda também EduardoAlvares (tenor). que fez Ismaele. Sua voz não édas mais amplas, o que também o obriga even-tualmente a grandes esforços para não ser domi-nado pela orquestra. Mas seu amadurecimentomusical é visível, o que explica as boas críticasque ele vem obtendo na Europa.

Mauro Augustini. o Nabucco. é um casoespecial. Esse discípulo dileto do falecido DelMonaco tem certamente presença cênica e re-cursos vocais. Talvez por inexperiência, essasvirtudes vêm à tona com uma certa dificuldade.Mauro demora a "esquentar". Seu Nabucco foifrio, a princípio. Do meio para o tini da ópera,foi perfeitamente satisfatório, e é de esperar quemelhore ainda à medida que se ambiente com ostrópicos.

Joy Davidson fez uma Fenena correta. Seutemperamento exuberante não tinha muito ondeexpandir-se no papel e nos limites desse Verdiainda bastante formal. O coro cantou a sua"picce de resistance" com suficiente convicçãopara arrancar um bis. Orquestra excelente.

A melhor notícia veio ao fim do espetáculo,nos corredores: certamente devido às artes danova Sociedade de Amigos do Municipal, atemporada já pode ampliar os seus horizontes.A este Nabucco seguir-se-á, se os projetosderem certo, uma remontagem da belíssimaSalomé que fechou a temporada de 82 já nosinícios de 1483, ficando para depois (mas aindapara este ano) as montagens de Orfeu e Eurídice(Gluck) e da Traviata. Já dá para começar.

LUIZ PAULO HORTA

po de baile é magistral e o relaciona-mento entre os quatro principais feitocom finura • e acabamento raramentevistos em nossos palcos. A inventividadechega a estontear com tantos lindosachados, e o sentimento de ilação amo-rosa que permeia o balé nos atinge emsua plenitude. A escolha da músicacortejou o perigo, a de John Williamspara o filme E.T., já que a identificaçãocom o personagem e a película são fortesdemais para que se lhe seja sobrepostaoutra idéia. Mas Denis venceu a parada,usando os trtchos menos óbvios, e tra-zendo para o palco só o espírito deelevação das melodias. Silvia Barroso,Mareia Faggioni, Antonio Gaspar, Car-los Meziat e os seis casais do conjuntoforam impecáveis. Um belo trabalho.

O programa incluía Tragédia Dan-çante, feito para Berta Rosanova nosanos 51), e agora reposto para a volta deNora Esteves, quase três anos afastadados palcos por doença. E que volta...Técnica acabada e perfeita e maturaçãoartística impressionante, muito bem se-cundada pelos sete rapazes, e principal-mente totalmente diversa de Berta, oque não só a recomenda como artista,mas mostra o valor da obra em si. Norestante do programa, Cecília Kerscheimbuiria o lindo Solitude com uma femi-nilidade estonteante, Rosane Soneghettie João Wlamir dariam calor ao encanta-dor Encontro, de Gilberto Motta, eSonata de Outono receberia uma inter-pretação de estilo, com destaque paraElisa Baeta e Áurea Storti. Festa, deGilberto Motta, que encerrou o progra-ma, é mesmo uma festa junina, comcasamento e tudo, válido principalmentepara o trabalho didático que a compa-nhia pretende realizar, e dançado comgosto pelos bailarinos, cujo senso depalco, unidade de escola e espirito degrupo já se fazem sentir com vigor,sendo um prazer vc-los dançar comtanta segurança.

O programa será repetido domingopróximo pela manhã e na segunda-feiraà noite, e é desde logo um dos maisrecomendáveis da temporada.

ANTONIO JOSÉ FARO

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JORNAL DO BRASIL terça-feira, 26/6/84 D CADERNO B ? 3

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CARNAVAL

CARIOCA VAI

ABRIR VERÃO

DOS ROMANOS

ROMA

— A primeira semana do Verão Romanodeste ano — um programa de espetáculos, festas emanifestações populares organizados e promovidospela Prefeitura de Roma — será toda dedicada ao

carnaval carioca. De 8 a 15 de julho, na grandiosa Praça SanGiovanni de Laterano e no Foro Itálico, os romanos conhecerão eviverão mais oito noites de música popular brasileira, que farãoparte da programação de Rio de Todos os Carnavais, idealizadapor dois grupos privados (o italiano Consórcio CooperativoSamba e o brasileiro Arte-Brasil, de São Paulo), com o patrocínioe o apoio da Secretaria de Cultura de Roma,

Oito dias que começarão com um grande baile popular naPraça San Giovanni de Laterano, diante da histórica Basílica,animado pela orquestra de Nelsinho do Trombone, que procuraráoferecer uma completa antologia do samba de salão, reevocandotodos os sucessos de Lamartine Babo, Braguinha, HeriveltoMartins, Ataulfo Alves, João de Barro, Ary Barroso, Monsueto eZé Kéti. Baile com ingresso livre e com um sistema de som de 50mil watts, que este ano — asseguram os organizadores — evitaráas falhas que quase comprometeram o sucesso de Bahia de Todosos Sambas, a manifestação mais importante do Verão Romano doano passado.

Para encerrar as negociações e os contratos com 120 artistasbrasileiros, que serão as únicas atrações do ciclo Rio de Todos osCarnavais, o diretor de cinema e produtor Gianni Amico estaráchegando amanhã ao Rio de Janeiro. Além da bateria da escolade samba Padre Miguel (com 30 elementos), que fará o últimoespetáculo, na noite de 15 de julho, Gianni Amico disse aoJORNAL DO BRASIL que tem asseguradas as participações dePaulinho da Viola, dona Ivone Lara, Martinho da Vila, velhaguarda da Portela, conjunto Nosso Samba, Hermeto Pascoal,Djavan e Milton Nascimento.

O objetivo da programçáo de Rio de todos os Carnavais é ode fazer com que os romanos conheçam melhor, através damúsica, principalmente do samba de salão, de rua e de morro, aarte popular e o espírito da cidade que — na opinião de GianniAmico — continua a ser a capital artística e cultural do Brasil.

Cada um dos artistas, como a orquestra e os conjuntos demúsicos, será dono de uma noite e de um concerto, que serealizarão numa imensa praça redonda do Foro Itálico, comcapacidade para 20 mil pessoas. Nesse mesmo local, serãomontadas duas mostras — de artesanato brasileiro e de fotogra-fias do Rio — e, ao fim de cada espetáculo, a orquestra deNelsinho do Trombone animará bailes populares que "nuncaterão hora certa para terminar".

"Este ano" — assegura ainda Amico — "fizemos tudo parater saldos positivos não só no plano cultural ou de críticas, comoaconteceu com Bahia de todos os Sambas no verão de 1983. Nossoobjetivo é alcançar também um lucro financeiro e não repetir oprejuízo de 100 milhões de liras que tivemos ano passado.Inclusive porque o custo (500 mil dólares) de Rio de todos osCarnavais foi dividido mais racionalmente pelos seus promotorese organizadores, muitos dos artistas que vierão a Roma seapresentarão depois em Nice, num outro festival promovido pelaPrefeitura daquela cidade francesa".

Quando se pede uma explicação para a presença de artistascomo Milton Nascimento e Djan, que pouco ou nada têm a vercom os carnavais do Rio, Gianni Amico explica: "quisemosapresentar artistas brasileiros e importantes que continuam inédi-tos na Itália. Por outro lado, com Milton e Djavan pensamos emdemonstrar a importância que o Rio continua a ter na arte e nacultura populares do Brasil. Em que outra cidade brasileiraMilton e Djavan poderiam encontrar-se e afirmar-se melhor doque no Rio? Eles são mais dois casos, como os de Caymmi, JoãoGilberto, Caetano, Gil, Ary Barroso e tantos mais, que fora dorio seriam peixes fora d'água.

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A vez cios

porta-vozesDevem sair no dia 29 os nomes dos diplomatas que

preencherão as duas vagas de Embaixador existentes nacarrière.

Pelo que se ouve nos corredores do Itamarati, aparecematé agortf como os dois nomes mais cotados os MinistrosCarlos Atila e Bernardo Pericás, ou seja, dois porta-vozes.

Se vierem a ganhar a promoção, ascenderão ao posto deEmbaixador aos 46 e 43 anos, respectivamente.

* + +Um terceiro nome também falado, correndo na condição

de out-sider, é o do Ministro Carlos Hildebrandt, de 49anos.

m m m

Arte do Brasil

em Londres

Zózimo

Caberá ao Embaixador doBrasil Mario Gibson Barbozainaugurar hoje no BarbicanArt Gallery, de Londres, aexposição da coleção GilbertoChateaubriand, que volta a'sair do Brasil depois de ter sidomostrada há dois anos na Fun-daçáo Gulbenkian, em Lisboa.

A exposição, que reúne maisde 200 quadros, estará abertaao público londrino até o final

de agosto, o que significa quepoderá ser contemplada não sópelos ingleses mas por muitosdos 15 milhões de turistas queLondres espera receber ao lon-go do verão.

• É a primeira vez que umpainel tão abrangente da artemoderna brasileira — a exposi-ção vai de 1922 até os dias dehoje — é mostrado na Europa.

Alternativa

Não faltou humor ao presi-denciávei Paulo Maluf ao abor-dar domingo à noite na TV oproblema dos feriados, que,segundo ele, custam, cada um,ao país 1 bilhão de dólares.

Disse que não é contra co-memorar feriados desde queeles sejam deslocados para osábado. E concluiu:

— Se alguém não estiverde acordo com o sábado, podecomemorar os feriados no do-mingo.

¦ ¦ ¦

Façam

seu jogot

PÉSSIMOCélia

Condessa Marina CicognaPortela na noite do Castel

Justiça lhe seja feita: Footloose é um dos piores filmes que ocinema já produziu em qualquer época.

É o contrário da Vida Juvenil. Não diverte, não educa e nãoinstrui. Só aborrece.

MinimestreO mercado imobiliário

bem que sabia que algumacoisa andava errada comele mas só agora está desço-brindo que na origem desuas aflições, entre outrascoisas, está o fato de que oseu trimestre se compõeapenas de 45 dias.

É só tomar o trimestre edissecá-lo:

Io mês — é impossívelcomercializar o imóvel por-que os compradores aindanão absorveram o aumentodas UPCs, fixado na viradado trimestre.

2o mês — absorvido fi-nalmente o aumento, omercado anuncia e vende.

3o mês — se não seconseguir vender o imóvelaté o dia 15 não se vendemais porque os agentes fi-nanceiros só viabilizam osprocessos recebidos atéaquela data. A partir do dia15, os contratos começam aser calculados de acordocom as UPCs do trimestreseguinte e volta-se à estacazero.

* * »• Conforme se queria de-monstrar.

Folhinha

madrasta

Os contumazes enforcadores dedias espremidos entre feriados e ofim de semana estão torcendo onariz para o que estabelece a folhi-nha do segundo semestre.

Tanto o feriado de 7 de Setembroquanto os de 12 de outubro e 2 denovembro caem numa sexta-feira.

Só conseguirão recuperar-se doinfortúnio no Natal e Ano Novo —os dias 25 de dezembro e Io dejaneiro caem numa terça-feira, oque lhes vai proporcionar um parde quatro dias de folga seguidos.

Todos

satisfeitos

Dois filmes brasileiros, Quilombo,de Cacá Diegues, e Noites do Sertão,de Carlos Alberto Prates Corrêa,dividiram uma parte dos prêmiosdistribuídos pelo Festival Internacio-nal de Cinema de Cartagena, naColômbia.

O festival, encerrado no fim desemana, premiou Quilombo como amelhor contribuição artística ao ci-nema latino-americano e deu a Noi-tes do Sertão os prêmios de melhorfotografia e melhor atriz, este com-partilhado por Débora Bloch e Cris-tina Aché.

RODA-VIVA

InsensibilidadeSilenciosos enquanto durou a Reunião de Cartagena, os

bancos americanos não demoraram muito a dar umaresposta à formação do chamado clube dos devedores.

Fizeram-no falando grosso.Elevaram ontem a prime rate para 13%.

Pronta açãoSe não fosse a pronta ação de

um grupo de convidados teriasido um fiasco a bonita festajunina promovida no fim desemana no sitio de Teresópolispor Marion e Joaquim AfonsoMacDowell Leite de Castro.

A animação corria soltaquando o conjunto contratadopara tocar de repente silenciou,sucumbindo ao excesso dequentão. O som foi diminuin-do, diminuindo, até extinguir-se por completo.

,• Imediatamente alguns convi-dados se mobilizaram, arreba-taram os instrumentos dasmãos dos músicos inertes e de-ram seqüência à função.

Ao Deputado Pratini de Mo-rais, por exemplo, coube a san-fona, manejada com maestria.E ao acadêmico Arnaldo Nis-kier, certamente por ter sidoanos atrás professor de mate-mática, o triângulo.

Sem qualquer prejuízo parao forró.

Um dos melhores momentos esteano da televisão brasileira foi o spe-ciai sobre o bailarino Fernando Bu-iones mostrado domingo à noite pelaTV Manchete. Do programa pode-sedizer que estava à altura da arte e dotalento de Bujones.

Vera e João Souza Campos estãoconvidando para um cocktail-supperno dia 17 de julho.

Kiki Garavaglia regressa na quin-ta-feira de sua longa temporada eu-ropéia.

Amanhece hoje no Rio, from NovaIorque, Ricardo Amaral.

Lançada no fim de semana comum movimentado cocktail a novagriffe de moda de Eduardo Guinle.

O Embaixador e Sra Alfreddo Vai-ladão seguindo hoje para uma tempo-rada de uma semana no Sul.

José Halfin festejou ontem aniver-sário na intimidade da família.

Inspira cuidados o estado de saúdedo acadêmico Mauro Motta.

O grupo paulista Rumo, que tantosucesso tem feito no Rio, volta a seapresentar sexta, sábado e domingopróximos no Circo Planetário.

O Cônsul dos Estados Unidos, SamLupo, vai comemorar o 4 de Julhooferecendo um vin cThonneur das 12hàs 14h.

A peça Seda Pura e Alfinetadas,de Lcilah Assunção, já tem data elocal de estréia: 4 de julho, no Tea-tro Ginástico.® O engenheiro Antônio Carlos Di-dier Vianna, um dos craques da in-formática, distinguido pela Assem-bléia Legislativa com o título de Cida-dão do Rio de Janeiro.

Gilda e Frânzio Salles voam ama-nhã para à Europa. No roteiro,Amsterdam, onde assistem dia 29 aocasamento dos filhos dos Barões Sic-kinghe e do ex-Presidente e SraGiscard d'Estaing.

O Príncipe Egon de Furstenbergmovimenta Paris amanhã recebendopara uma grande festa de aniver-sário.

A relação de serviços eatrações proporcionados aocentro da cidade pelos ca-melôs incorporou nos últi-mos dias uma nova modali-dade — o jogo.

Era ontem bancado porum cidadão na esquina dasRuas do Carmo e Ouvidoronde em cima de um tabu-leiro o carteado comiasolto.

Pela emoção de disputarcartas com o croupier nãose aceitavam apostas infe-riores a Cr$ 5 mil.

b ¦ 0

SUCESSOA grande sensação de Pe-

quim no momento é a primeiralanchonete de hamburgersaberta há dias na cidade.

Os chineses fazem filas inter-mináveis para comer seu san-duiche à ocidental.

A lanchonete, de proprieda-de do Governo, foi instaladapor uma firma americana asso-ciada a capitais de Hong-Kong.

b ? a

EsclarecimentoO Deputado Mareio Braga

correu ontem a telefonar paraesclarecer sua reintegração aoFlamengo como membro deuma comissão de obras.

Mais do que esclarecer, eletranqüilizou quem temia quepor trás da comissão houvessea intenção de ressuscitar o pro-jeto que pretendia instalar nocampo da Gávea um supermer-cado.® Segundo Braga, a idéia dosupermercado está morta e cn-ferrada. O objetivo da comis-são de obras presidida pelo SrEduardo Mota e por ele inte-grada é apenas ampliar e mo-dernizar a sede da Gávea ecuidar de desenvolver a idéiade estender os serviços do elu-be numa área da Barra daTijuca — o projeto chamadoNinho do Urubu.

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4 ? CADERNO B ? terça-feira, 26/6/84 DIVIRTA-SE JORNAL DO BRASIL

CINEMA ARTES PLASTICAS

Continua em cartaz atéamanhã, somente no

Brunl-Tijuca e Brístol, AsAventuras de Peter Pan,

desenho animado de WaltDisney.

ESTREIASO REL CAMAREIRO (The Drener). de Peter Yates.Com Albert Finney. Tom Courtenay. Edward Foz, ZenaWalker. Eileon Atkins e Michael Gouth Art SãoConrado-1 (Estrada da Gávea. 899 — 322-1258):15hl5min. 17h30min. 19h45min. 22h Bmnl-lpeneme(Rua Visconde de Pirajá, 371 — 521-4690). 15h,17h20min, 19h40min, 22h. (Livre).

O filme conta a história de Sir, um grandilo-quente ator-empresário que dedicou-se de corpo ealma à sua carreira, e que agora se esforça pormanter sua companhia atuando. Essencial para suaexistência 6 O Rei Cernireiro, Normsn, igualmenteapaixonado pelo teatro e dedicado a ele. Produçãoamericana.OS TRAPALHÕES E O MÁGICO DE ORÓZ (Brasilei-rol. de Dedó Santana e Vítor Lustosa. Com RenatoAragão. Dedó Santana. Mussum. Zacarias, José Du-mont. Amaud Rodrigues, Xuxa Meneghel, Maurício doVale. Jofre Soares. Tony Tornado e Dary Reis. Barra-3(Av. das Américas. 4666 — 325-6487), Carioca (RuaConde de Bonfim. 338 — 228-8178): 14h. 15h50min,17h40min, 19h30min 21h20min; Madurei ra-2 (RuaDagmar da Fonseca. 54 — 390-2338): 3a a 6a às15h20min, 17h10min, 19h, 20h50min. sáb o dom. às13h30min. 15h20min. 17h10min, 19h. 20h50min. Pa-lédo-KRua do Passeio, 38 — 240-6541): 13h30min."15h20min. 17h10min. 19h, 20h50min. Imperator (RuaDias da Cruz, 170 — 249-79B2). Olaria (Rua Uranos.1474 — 230-2666). de 2" a 6» às 16h20min. 17h10min,19h. 20h50min; sáb. e dom. às 13h30min, 15h20min,17h10min. 19h. 20h50min. São Luiz-2 (Rua do Catete.307 — 285-2296). Ópora-1 (Praia de Botafogo, 340 —266-2545): 14h, 15h50min. 17h40min. 19h30min,21h20min. Copacabana (Av. Copacabana. 801 — 255-0993). 14h. 15h50min, 17h40min, 19h30min,21h20min. (Livre).Didi é um nordestino prestes a ser expulso detua terra natal devido aos castigos da seca e dafome. Ele, e mais dois amigos, Soró e Tatu, juntamo pouco que lhes resta e partem em busca denovos horizontes. No caminho, encontram umespantalho, um tonei falante e um delegado Leão.Eles têm a difícil missão de conseguir água para osertão.A FREIRA E A TORTURA (Brasileiro), de Ozualdo R.Candeias. Com David Cardoso. Vera Gimenez, SérgioHingst Sônia Garcia. Cláudio Alencar, Edio Smanio eWilson Sampson. Pathé (Praça Floriano. 45 — 220-3135): 12h. 13h40min, 15h20min, 17h, 18M0mm,20h20min, 22h. Art-Madureira (Shopping Center deMadureira — 390-1827): 14h40min. 16h20min. 18h.19h40min, 21h20min. Paratodos (Rua Arquias Cordei-ro, 360 — 281-36281: 16h30min, 18h10min.19h50min, 21h30min. (18 anos)

A história de um delegado torlurador que seapaixona por uma freira.SEXO EM GRUPO (Brasileiro), de Alfredo Sernheim.Com Roberto Miranda. X Adriadne de Lima. Gisa DeliaMare. Paulo Prado. Ligia de Paula. Çocá de_ Lima eSalmo Ribeiro. Vitória (Rua Sünador~Dantas, 45 —220-17831: de 2a a 6a às 12h20min. 14h. 15h40min,17h20min, 19h. 20h40min. Scala (Praia de Botafogo.320): 14h50min. 16h30min, 18h10min. 19h50min,21h30min. Ramos (Rua Leopoldina Rego. 52 — 240-8285): 16h, 17h40min. 16h20min. 21 h. (18 anos).

Filmo pornô.

CONTINUAÇÕES,MEMÓRIAS DO CÁRCERE — (Brasileira), de NelsonPereira dos Santos. Com Carlos Vereza, Glória Pires.Jofre Soares, José Dumont, Nildo Parente. WilsonGrey, Tonico Pereira, Ney Sant'anna e Ricardo Cie-mentino. Participações especiais de André Villon. Pau-Io Porto. Nelson Dantas. Fábio Sabag. Monique Lafonte Sílvio do Abreu. Art Copacabana (Av. Copacabana.759 — 235-4895), Art Sào Conrado 2 (Estrada daGávea. 899 — 322-1258), Art Tijuca (Rua Conde doBonfim. 406 — 254-9578): 14h30min. 17h45min. 21h.(18 anos).

Brasil, deóada de 30. O país vive uma era doviolenta repressão política. A perseguição atingecentenas do pessoas, entre elas Graciliano Ramos,um dos mestres da literatura brasileira. Ele ó presoa, na cadeia, no litoral do Rio de Janeiro, começa aescrever Memórias do Cárcere. Ramos vislumbraum grande livro, mas sou corpo, definha, deixon-do-o cm dúvida se encontrará forças para terminá-Io. Prêmio da Critica Internacional do Fostival deCannes de 1984.FANNY E ALEXANDRE (Fanny e Alexender), deIngmar Borgman. Com Penilla Allwin e Bortil Guve.Studlo Gaumont Copacabana (Rua Raul Pompéia,102 — 247-8900). 14h. 17h30min e 21h (16 anos). De2a a 5* meia entrada em todas as sessões; 6®. sáb edom. meia entrada até às 16h30min. Stúdio Gou-mont Catete (Rua do Catete, 228 — 205-7194).16h30. 20h. Até amanhà.

O filme conta a história dos membros de umafamília, Ekdhel, de uma cidade sueca, no começodo século. Os Ekdhal e sua troupo de atorosmovimentam o teatro da cidade e fazem parto douma sociedade próspera e sem escândalos. Produ-çào sueca. Vencedor de quatro Oscar: Melhor filmeestrangeiro, melhor fotografia, melhor direção dearte e melhor figurino.JANGO (brasileiro), de Silvio Tendlor. Art-Méler (RuaSilva Rabelo. 20 - 249-4644): 15h. 17h, 19h, 21h.(Livre). Até amanhà.Trajetória política do ex-Presidente João Gou-lart, desde a sua eleição, em 1947, para deputadofederal, pelo Rio Grande do Sul, até sua morte, noexílio, em 1976 (documentário).QUILOMBO (Brasileiro), do Cacá Diegues. Com Anto-mo Pompeo. Zezé Motta, Tom Tornado, Vera Fischer,Antonio Pitanga. Maurício do Valle. Daniel Filho, JoãoNogueira, Grande Otelo e Jofre Soares. Barra-2 (Av.das Américas. 4666 — 325-6540), Lebion-1 (Av.Ataulfo de Paiva, 391 — 239-5048), São Luii-1 (Ruado Catete. 307 — 285-2296): 15h. 17h10min.19h20min, 21h30min. América (Rua Condo do Bon-fim. 334 — 264-4246). Madureira-1 (Rua Dagmar daFonseca. 54 — 390-2338): 14h30min. 16h40min,18h50min. 21 h. Palácio-2 (Rua do Passeio, 38 — 240-6541): 14h, 16h10. 18h20min. 21h30min. (10 anos).

Por volta de 1650, um grupo de escravos serebela no engenho Santa Rita, ao sul da Capitaniade Pernambuco. Vitoriosos, os escravos fogempara as montanhas, onde é instalado o Quilombodos Palmares. À frente dos rebeldes está GangaZumba, Príncipe Africano que, chegando às monta-nhas, torna-se em pouco tempo o novo Rei dosPalmares.YENTL (Yentl). de Barbref Streisand. Com BarbraStreisand. Mondy Patinkin, Amy Irvmg e Allan Cordu-ner. Odeon (Praça Mahatma Gandhi, 2 — 220-3835)'.13h30min. 16h, 18h30min, 21 h Roxo (Av Copacaba-na. 945 — 236-6245), Tijuca (Rua Conde de Bonfim.422 — 268-0790): 14h. 16h30min. 19h, 21h30min.Botafogo (Rua Voluntários da Pátria, 35 — 266-4491):16h, 18h30min, 21h. Até amanhã no Botafogo. NoOdeon. Roxy e Tijuca. cópia em dolby stéreo. (10anos).Yentl é uma jovem avançada para sua época.Curiosa sobre tudo que se passa no mundo oInconformada com as convenções sociais. Yentldisfarça-se do rapaz para completar seus estudosna Universidade e dai surgem complicações sériasam sua vida. Oscar de melhor trilha sonora.DANIEL (Daniel), de Sidney Lumet Com TimothyHutton. Mandy Patinkin, Lindsay Crouse. Ed Asner,Ellen Barkin e Julie Bovasso Cinema 1 (Av PradoJUnior, 281)" 14h, 16h30. 19h. 21h30. (14 anos)Baseado na novela de E.L. Doctorow, O Livrode Daniel. A história de duas crianças, Daniel eSusan, que viram seus pais serem levados por•gentes do FBI, para nunca mais voltar. O filmecomeça nos anos 60, com Daniel, já casado, obce-cado por amargas recordações. Ele tenta levantar avida de seus pais, seguindo as pistas de pessoasque os conheceram. Produção americana.SCARFACE (Scarface). de Brian de Palma Com AlPacino. Steven Baii"r, Michelle Pfeiffer. Mary Eliza-beth Mastrantomo, Roberto Loggia o Míriam ColonRicamar (Av Copacabana, 360 — 237-9932) 15h,18h10min, 21h20min (18 anos) Até amanhà

«m 1980, o ambicioso cubano Tony Montana,conhecido como Scarface, por causa de uma enor-fW clr.atriz no rosto, dosembarca em Miami. Vendofü América uma terra do novas oportunidades,Srony faz amizade com Manny Ray e os dois sejuntam a um grupo de cubanos, traficantes dedrogas Em pouco tempo Tony se torna o rei dotrimo organizado na Florida. Produção americana.JUVENTUDE EM FÚRIA (Bad Boys). de RichardRusenlhal Com Sean Penn. Reni Santom. Jim Moody.Esai Morales. £r»c Gurry e Alty Sheed/ Wietro-Boavista (Rua do Passeio. 62 — 240 1341 > Largo do

Mechedo-1 (Lgo. do Mechedo, 29 — 245-7374):14h, 1Bh30mln, 19h, 21h30min. (18 anos).

O filme trata de uma gang de adolescentes,que disputa com outro grupo a posse de uma malade drogas. De um desses grupos faz parte Mike0'Brien, de 16 anos, que acaba proso, num institutocorrecional para menores, depois de matar, poratropelamento, o irmáo caçula da a»na rival. Pro-duçáo americana.STAR 80 (Star 80). de Bob Fosse Com MarielHemingway. Eric Roberts. Cliff Robertson, Carrol Ba-ker, Roger Rees e David Clennon. Barra-1 (Av dasAméricas. 4666 — 325-6487), Veneza (Av Pasteur.184 — 295-8349)- 14h. 16h. 18h, 20h, 22h. Comodo-ro (Rua Haddock Lobo. 145 — 264-2025)' 15h, 17h,19h, 21h. (18 anos)

O filme conta a história verídica da atriz emodelo Dorothy Stratten, assassinada há algunsanos, em Hollywood. O filme relata a trajetória damoça simples desde sua convivência com a famíliae o marido em Voncouver, Canadá, até alcançar olugar de coelhinha do ano de 1980 na revistaPlayboy. Produção americana.INFIELMENTE TUA (Unfaithfully Youri). de HowardZieff. Com Dudley Moore. Nastassja Kinski, ArmandAssante, Albert Brooks e Cassie Yates. Leblor>-2 (AvAtaulfo de Paiva. 391 — 239-5048I: 14h, 16h, 18h.20h, 22h. Cocai (Praia de Botafogo, 316), TijucaPa lace-2 (Rua Conde de Bonfim, 214 — 228-4610)'15h, 17h, 19h. 21h. (16 anos)

Claude Eastman é um maduro e mundialmenterespeitado maestro, que suspeita que sua esposa,Daniella, o trai com o galante violinista Stein. Esteangustiante suspeita vai febrilmente agindo sobrea imaginação do maestro. Comédia americana.GLENDA, SEU CORPO... SUAS TARAS (Body Lo-ve). de Lasse Braum. Com Lolita de Nova, JackGatteau e Glenda Farrell Rex (Rua Alavaro Alvim. 33— 240-8285): de 2a a 6® às 12h30min, 15h40min,18h50min, sáb. e dom. às 14h, 17h10min, 18h50min.Filme complementar Diana, Babi • Holly. Àa quaSatisfazem. (18 anos).

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REAPRESENTAÇÕESO MAESTRO (Drygent), de Andrzej Wajda. Com JohnGielgud, Andrzej Seweryn, Krystina Janda, Jan Cie-cierski e Tadeusz Czechowski. Paissandu (Rua Sena-dor Vergueiro, 35 — 265-4653): hoje às 15h, 17h, 19h,21h (16 anos).

Para comemorar seus cinqüenta anos de vidamusical, o maestro Jan Lesocki, que vive nosEstados Unidos, decide voltar a sua cidade natal,na Polônia, para reger ali, com os músicos daorquestra local, a Quinta Sinfonia, de Beethoven.LAÇOS DE TERNURA (Terma of Endeermentl. deJames L Brooks. Com Shirley MacLaino, Dobra Win-ger e Jack Nicholson. Largo do Machado-2 (Lgo doMachado, 29 — 245-7374): 14h, 16h30min, 19h,21h30min. (16 anos).

O filme trata do complexo, honesto e alegrerelecionamento entre mãe e filha durante trintaanos de vida. Vencedor de cinco Oscar: MelhorAtriz, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Roteiro,Melhor Diretor e Melhor Filme.O IMPÉRIO DOS SENTIDOS (Ai no Corrida), deNagisa Oohima. Com EJko Kai&uda a Tatsuya Fuji.Lido-1 (Praia do Flamenflo, 72): 15h, 17h, 19h, 21 h.(18 anos).

O filme se baseia numa história real ocorridaem 1936, no Japão, e conta a trágica paixão de umajovem prostituta que mata seu emento durante oato do amor. Quase totalmento filmado em interio-res, o filme ganhou o Prômio do Festival deChicago. Produção japonosa.HAlR(Hair). de Milos Forman. Com John Savage.Treat Williams. Beverly D'Angolo. Annie Golden eDorsey Wright RIo-SultAv. Marquè» de S. Vicente,52 — 274-4632): 14h30mn, 16h50min, 19h10mln.21h30min. (18 anoe). At* amanhí.

Versão da peça de Gerome Ragni e JamesRado, cantando as esperanças e chorando as ilu-sòes do juventude dos anos 60. Um jovem convo-cado para a Guerra do Vietnam encontro novoscaminhos na componhia do um grupo do hipies.Produção emoricana.ENSINA-ME A VIVER (Herald and Maude). de HalAshby. Com Ruth Gordon, Burd Cort, Vivian Pickels eCyrril Cusack. Bruni-Copacabona (Rua Barata Ribeiro.502-256-4588): 20h. 22h. Coper-Tijuca (Rua Condede Bonfim, 615 — 571-2349): 19h30min, 21h20minCoper-Botafogo (Rua Voluntários da Pátria. 88): 20h.21h50min. (18 anos). Até amanhã.

Uma octogenária apaixonada pela vida e umrapaz atraído pela morte desonvolvem uma relaçãoafetiva, e o jovem, que passava o tempo imaginan-do suicídios, retoma o gosto pela vida.

OS CAÇADORES DA ARCA PERDIDA (Relder» o»the Lott Arfc). de Steven Spielberg. Com HarrisonFord, Katon Allen, Woll Kahler. Paul Freeman e RonaldLacey. Bristol (Av. Min. Edgard Romero, 460 — 391-4822). Brunl-Tijuca (Rua Conde de Bonfim, 370 —254-8975): 19h, 21h. (14 anos). Até amanhã.

Muito do clima das histórias em quadrinhosnas aventuras do um professor do Antropologiaquo ora está na Amazônia, ora no Nepal ou noEgito, sempre à procura do objetos pora suaspesquisas, como a cobiçada Arca Perdido, consido-rada fonte de poder também para os nazistas.Produção americana.A GUERRA DOS DALMATAS (101 Dalmetlanal deWolfgang Reitherman. Hamilton S Luske e ClydeGoronimi. Produção de Walt Disney. Ópera-2 (Praia deBotafogo. 340 — 266-2545) 14h20min. 16h.17h40min, 19h20min. 21h. (Livre). Falado em portu-guôs.

Desenho animado. Pongo, um dálmata deestimação de um escritor solteirão, resolvo acabarcom a monotonia que reina no apartamento dosdoÍ6, conseguindo para eles um duplo casamento.Apesar de toda a felicidade, aparece um dia umaamiga da dona-de-caso cujo sonho é tor casacos dopeles de dálmadas. Produção americana.

OS EMBALOS DE SÁBADO A NOITE (SaturdayNight Fever), de John Badham Com John Travolta,karen Lynn Gorney, Bart Miller, Joseph Cali e PaulPape. Condor Copacabana (Rua Figueiredo Maga-Ihâes. 286 — 255-2610): 14h30min. 16h50min,19h10min, 21h30min Baronoza (Rua Cândido Bení-cio, 1747 — 390-5745) 14h, 16h20min, 18h40min.21 h. Bruni-Méior (Av Amaro Cavalcante. 105 — 591-2746). 14h30min. 16h40min. 18h50min. 21h. (16anos). Até amanhã.

O filme que projetou Travolta como personall-dade-fenômeno da indústria cinematográfica amo-ricana. Faz o papel do empregado de uma loja detintas que, aos sábados, eletriza com danças vigo-rosas e sensuais os freqüentadores de uma disco-teca. Ganha um concurso, mas procura motivaçãode vida mais importante do que os embalos sema-nais.

EMBALOS A DOIS (Two of a Kind), de John Herz-feld. Com John Travolta. Olivia Newton-John. OliverReed, Beatrice Straight. Scatman Crothers e Castulo

Guerra Jóia (Av Copacabana. 680) 14h10min. 16h,17h50min. 19h40min. 21h30min (Livre)

A história de amor entre um inventor fracassa-do e envolvido com credores, e de uma caixa debanco com pretensões a se tornar uma atriz.Produção americana.QUEM NAO CORRE... VOA (The Cannonbell Run).de Hal Needham. Com Burt Reynolds, Roger Moore.Garrah Fawcet. Don De Luise e Dean Martin. Udo*2(Praia do Flamengo. 72) 14h10min. 16h. 17h50min,19h40min, 21h30min (Livre).

Um grupo de curtidores de automóveis organi-zam uma corrida pelas estradas americanas e, paraburlar a vigilância da policio, os participantes utili-zam-se de vários disfarces, como roupas de padree enfermeiro. Produção americana.ANA. A OBCECADA. Martim e Martim. Com Constan-ce Monney, Annette Havey e John Leslie Filmecomplementar Karatè Heróico. íris (Rua da Carioca,49)' 10h. 14h. 18h. 22h (18 anos) Até domingo

Filme pornô.MATINÊAS AVENTURAS DE PETER PAN — Desenho anima-do de Walt Disney, falado em português. Bristol (AvMin. Edgard Romero, 460). Brunl-Tijuca (Rua Condede Bonfim, 370) 15h, 17h. (Livre). Até amanhã.O CRISTAL ENCANTADO — Filme com Jim HensonCoper-Tijuca (Rua Conde de Bonfim. 615)- 14h.15h50min, 17h40min. Coper-Botafogo (Rua Voluntá-rios da Pátria, 88): 14h30min, 16h20min. I8h10minBruni-Copacabana (Rua Barata Ribeiro. 502)- 14h.16h, 18h. (Livre). Até amanhà.DRIVE-INCOMEÇAR DE NOVO (Volver a Empenr). de JoséLuis Garci. Com Antonio Ferrandis. Encarna Paso, JoséBódalo e Agustin González. Jacarepaguá Auto-Cine 1(Rua Cândido Benicio. 2973 — 392-6186): 20h. 22h(10 anos). Último dia.

O filme conto a história da geração daquelesque foram jovens na Espanha dos anos 30 e queainda estão cheios de vida para poder começar denovo. Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 1982.Produção espanhola.

PARA VIVER UM GRANDE AMOR (Brasileiro), deMiguel Fana Jr. Com Djavan. Patrícia Pillar. NôlsonXavier. Glória Menezes, Paulo Goulart. Zezé Motta.Luthero Luiz, Elba Ramalho e Maria Alves. LagoaDrtve-ln (Av. Borges de Medeiros, 1426— 274-7999):20h30min, 22h30min (16 anos). Até domingo.

Inspirado no musical Pobre Menina Rica, deCarlos Lyra e Vinícius de Moraes. A história sedesenrola no Rio de Janeiro, onde as injustiçassociais estão acabando, numa visôo romântica detransformação social, representada pela história deamor entre Marina e o cantor-poeta Vinícius.

ALUGAM-SE MOÇAS N° 2 (Brasileiro). Com DeraCavalcanti e Rita Cadilac Jacarepaguá Auto-Cine 2(Rua Cândido Benicio, 2973 — 392-6186): 20h, 22h(18 anos). Último dia.

Filme pornô.

EXTRAS

MÚSICA E FANTASIA (Alleflro Non Troppo). deBruno Bozzetto. Regência de Herbert von Karajan.Hoje às 16h, 17h30min e 19h. no Cindido Mendee.Rua Joana Angélica, 63. (10 anos).

Rime italiano misturando desenho animado eInterpretação de atores e utilliendo múalcaa clóssi-cas, à maneira de Fentasia, de Walt Disney. O filmesatiriza o consumlsmo e outros vícios da sociedademoderna.O PRÍNCIPE DO FOGO (brasileiro), de Silvio Da-Rin.Hoje às 22h, nó Cândido Mendes. Rua Joana Angéli-ca, 63. Apôs a sessão haverá debate com a participa-ção de Talvane Marins de Moraes (psiquiatra). PeterFry (antropólogo) e Técio Lins e Silva (advogado).CERTAS NOTICIAS (Certolnee Nouv*lkM). de Jec-ques Davila. Com Micheline Presle. Bernadete Lafonte Roger Manin. Hoje às 18h, no Teatro Ma bon deFranca, Av. Pres. Antônio Carlos. 58. Legendas emportuguês.UM PAlS CHAMADO BRASIL — Audio-visual com 2mil fotografias de Jean Charles Pinheira sobre aspec-tos da vida brasileira. 8ala de MufthriaAo/MuseuHistórico Nacional. Pça. Marechal Âncora. s/n°. De 3*a 6a, sessão om português às 15h; às 16h30min, eminglês: sáb. e dom. às 14h30min. em português: às16h. em inglês. Ingressos a CrS 2 mil (sáb. e dom. esessões em português de 3a a 6a) e CrS 4 mil (sessõesem inglês de 3a o 6a).

VÍDEOVÍDEOS — Exibição de Qullombinho. do RenataAlmeida Magalhães, sobro a produção do filmo Qui-lombo e Desprodução, de Cândido José e AndréMendes de Almeida, sobre a comunidade Xorém,depois da realização do filme Quilombo. Em exibiçõescontínuas do 2a a 6° das 12h às 20h. Mostro paralela àexposição Quilombo Ho)e Ca»« da Cultura — Cor>-junto Universitário Cândido Mendee. Praça XV, 101.Até o dia 6 de julho.DURAN DURAN — Vídeo com os melhores momen-tos do grupo. Exibição em telão. Bale de Video doCindido Mendee. Hua Joana Angélica. 63. De 3® a 6"às 16h, 1Bh, 20h, 22h. Sàb. o dom. a partir das 14hAté domingo.

GRANDE RIO

NITERÓICINEMA 1 — A Freira e e Torture, com VeraGimenez. Às 14h40min, 16h20min, 18h, 19h4Qmin,21h20min. (18 anos). Até domingo.CENTER — Star 80, com Manei Hemingway. As 15h,17h, 19h, 21h. (18 anos). Até domingo.ICARAÍ — Oe Trapalhões e o Mágico de Oróz, comRenato Aragào. Do 3a a dom, às 14h. 15h50min,17h40min. 19h30min, 21h20min; 2' às 14h.15h50min, 17h40min, 19h30min. (Livre). Atédomingo.

CENTRAL — Juventude em Fúria, com Sean PennAs 14h, 16h20mm, 18h40min. 21h. (18 anos). Ultimo

NITERÓI — Glenda, Seu Corpo... Suas Taras, comLolita de Nova. Ás 14h?.0min, 16h, 17h50min,19h20min, 21 h. (18 anos). Último dia.

W1NDSOR (717-6289) — Em Algum Lugar do Passa-do. com Christopher Reeve. Às 14h, 16h, 18h, 20h,22h. (Livre). Até amanhà.TAMOIO — Desobediência Da 2" a 6a às 17h. 19h,21 h. sàb. e dom. às 15h, 17h, 19h, 21h. (18 anos). Atédomingo.

PETRÓPOLISDOM PEDRO — Juventude em Fúria, com SeanPenn. Às 14h, 16h20min. 18h40min, 21 h. (18 anos).Último dia.

PETROPOUS — Os Trapalhões e o Mágico de Oróxcom Renato Aragâo De 2a a 4a e, 6a às 15h20min,17h10min, 19h, 20h50min; 6' às 15h20min. 17h10.19h. e dom às 13h30min, 15h20min, 17h10min, 19h,20h50min. (Livre). Até domingo.

RADIO

JORNALDO BRASILAM 940 KHz

Programação. Noticiário contínuo, com assuntos doRio de Janeiro e do interior, nacionais e internacionais,a partir das 6h30m.Repórter JB. primeiros 6 minutos de cada hora.Comentários de política e economia aos sete minutosdo cada hora. com Ricardo Bueno e Pery Cotta.Bloco Noticioso aos 15 minutos de cada horaNoticiário da CEF aos 30 minutos de cada hora.Bloco Noticioso aos 45 minutos do cada hora.Campo e Mercado às 7h50m.Informações Marítimas e Portuárias às 8h15m. comPinto AmandoMarketing e Publicidade às 9h10m. com MárcioErlichNoturno às 23h. com Luis Carlos SaroldiEntrevista Especial às 13h05mJBI — Jornal do Brasil Informa às 7h30m. 12h30m,18h30m e 0h30mPROGRAMAÇÃO ESPORTIVA7h10min UM A ZFRO — com Paulo Duarte8h30min — NA 70NA DO AGRIÀO — comentário deJOÃO SALDANHA11h05mln - MOMENTO ESPORTIVO JB — comJosé Cabral

12h03minCabral17h05minVieira17h25minnno Vieira21h05min22h35minJornadasdomingos

O EDITORIAL DO CABRAL — com JoséMAHCHA O ESPORTE — com VictorinoJOGO ABERTO — comentário de Victo-EM CAMPO — com Paulo Cézar TêniusFIM DE JOGO — com Luiz Fernando

esportivas — quartas, quintas, sábados e(De acordo com a tabela da Copa Brasil)

FM ESTEREO99,7 MHz

HOJE

20h — Reproduções a ralo lasor: AberturaManfredo. ôe Schumann (Giulini — 13 36); Sonataem Mi bomol, op. 27/1. do Beethoven (Gilols —16.00); Sinfonia Espanhola, de Lalo (Perlman eBarenboim — 33 08). Leituras convencionais: Con-certo em Ré maior, para flauta e cordas, de Tele-mann (Rampal — 15:22); Suíte Tcheca, op. 39. deDvorak IDorati — 22 30); Variações e Fuga sobre umtomo do Hsendal, op. 24 de Brahms (Arrau —29-00); Sinfonia n° 3. de Shostakovich (Haitink —3? 26). Cânones Isolados, de Bach (Marie-Clair eOlivier Alain — 5 25).

WALTERCIO CALDAS — Esculturas e objetos Qravu-ra Brasileira. Av. Atlântica, 4240/129. Inauguração hojeàs 21h. De 2a a 6a das 10h às 21h; sàb. das 10h às 13hAté o dia 12 de julho.MARCUS PENIDO — Gouaches e pinturas Café dasArta/Hotel Môridien. Av. Atlântica, 1020/48 Inaugura-ção hoje às 21h. Diariamente das 10h às 18h. Até o dia 7de julho.J. Q. ESPINOSA — 50 ANOS DE PINTURA — Pintu-ras. Galeria Bonino. Rua Barata Ribeiro. 578. Inaugura-ção hoje às 21h. De 2a a 6a das 10h às 22h. Até o dia 14de julho.COLETIVA — Pinturas de Kim Mattos, Inez Chiarelli eoutros. Galeria da Arte Maria Augusta. Av. Atlântica,4240/113. De 2" a 6a das 10h às 21h; sáb. das lOh às19h. Até o dia 7 de julho.

BRASIL DE DEBRET — Exposição da coleção particu-lar do colecionador Trajano Coltzesco. com gravuras empreto e branco e aquarelas. Inveatlarte, Av. Atlântica.4240/102. De 2a a 6a das 10h às 22h. Até o dia 7 dejulho.QUILOMBOS HOJE — Peças originais em palha, barroe tecido, cenário e figurino e fotografias do filmeQuilombo Projeção o slidaa sobre o filme. Casa daCultura — Conjunto Universitário CAndldo Mendee,Praça XV. 101. De 2a a 6a das 12hàs 20h Atêodia 6 dejulho.1a EXPOSIÇÃO DE BONECAS E BRINQUEDOS ANT1-GOS — Exposição de 150 brinquedos de origemfrancesa e alemã e brinquedos feitos de lata. datados doinicio do século. Arrtiquério Século XX. Rua Viscondede Pirajá, 540. De 2a a 6a das 9h às 18h30min; sáb. das9h às 13h. Até sábado.CARLOS Z1UO — Pinturas. Galeria Paulo Klabln. RuaMarquês do São Vicente, 52/204. De 2a o 6a das 14h às21 h; sáb. das 10h às 13h. Até sexta. E, no Muaau deArte Moderna. Av. Beira-Mar, s/n°. De 3a a dom. das12h às 18h. Até o dia 15 de julho.

MOSTRA DE ARTE DO SISTEMA BNDES — Pinturase desenhos de Bia Garcez, Carlos Holonda, Amorim Jr,Márcio Verde e outros. Prédio do BNDES. Av. Chile,100. Do 2a a 6a das 9 às 18h. Até o dia 20 de julho.O BONDE NA PAISAGEM CARIOCA — Mostra loto-gráfica. Arquivo Gemi da Cidade, Rua Amoroso Lima,15, Cidade Nova. Do 2a a 6a, das 8h às 17h. Até dia 12 dejulho.J. CARLOS 100 ANOS — Exposição de mais de 300desenhos e material impresso. Galeria da Funarta, RuaAraújo Porto Alegre. 80. De 2a a 6a das 10h30min às18h30min. Até o dia 25 de julho. E. na PUC/SolarGrand Jefcn de Montigny. Rua Marquês de S. Vicente,255. De 2a a 6a das 10h30 às 18h30. Até o dia 24 deagosto.PEDRO LÁZARO — Pinturas. O AJepb. Av. EpitácioPessoa, 770. Diariamente a partir das 20h.TERUZ— Pinturas. Galeria de Arte Antônio Bandeira,Rua Visconde de Pirajá. 351/201. De 2a a 6a das 10h às20h.JOÃO GRUÓ E NELSON AUGUSTO — Pinturas.Espaço ABC/Museu de Arte Moderna. Av. Beira-Mar.s/n°. De 3a a dom. das 12h às 18h30. Até o dia 15 dejulho.O HOMEM E O MEIO-AMBIENTE NO BRASIL —Documentos e peças que mostram a evolução dorelacionamento Homem/Natureza. Museu HistóricoNacional, Pça. Marechal Âncora, s/n°. De 3a a 6a das 9hàs 18h; sáb., dom. e feriados das 14h às 18h. Até o dia 7de julho.STAND 320: JOVEM PINTURA BRASILEIRA — Coleti-va do Ciro Cozzolino, Cláudio Fonseca, Hilton Berredo,

Leda Catunda. Leomlson e Sérgio Romagnolo GaleriaThomas Cohn. Rua Barào da Torre. 185 De 2a a 6a das14h às 21h; sàb das 16h às 20h. Até o dia 14 de julhoPATRÍCIA LEITE — Pinturas Galeria Funarte/Macu-naíma. Rua Araújo Porto Alegre. 80. De 2a a 6910h30min às 18h30min. Até o dia 6 de julho.COLETIVA — Obras de Fernando P. Espinosa. LuizAdolpho, Ligia Lagos e Ângelo Cannone. Galaria Rober-to Alves. Av. Princesa Isabel. 186 Sem indicação dehorário. Até o dia 30 de junho.JAIME FERNANDO - Pinturas Sala Cecília Meirelet.Lgo. da Lapa. 47 Diariamente das 9h à3 19h. Até o dia25 de julho.FLORES TROPICAIS — Pinturas do Liza Mendes.Espaço Cultural Guilherme Vianna Cabral. Rua Had-dock Lobo. 227. Diariamente das 10h às 21h. Até o dia1o de julho.BERNA RDII — Pinturas. MC Artes Plásticas. RuaTeixeira do Melo. 31 De 2a a 6a das 10h às 21h; sáb das10h às 18h. Até sábado.

PAISAGEM ÚTIL — Fotografias de Paul Constatinides.Paul Peltier e Casiso Vasconcelos. Aliança Francesa deBotafogo. Rua Muniz Barreto. 730. Quinta às 19,conferência: Panorama da Fotografia Brasileira. Até osexta-feira.JOÃO BAPT1STA DA COSTA 1865-1926 — Seleçào da55 pinturas. Galeria Acervo. Rua das Palmeiras. 19. De3" a 6a das 14h às 21h; sáb. e dom. das 16h às 21 h Atésábado.COLETIVA NÚCLEO MP 2 ARTE - Obras de AbelardoZaluar. Ângelo de Aquino, Arthur Barrio, Eneas Valle.Katie Scherpenberg, Nelson Augusto. Roberto Scorzelli,Tereza Simões, Jimmy B. Pinto e Toshio Mídorikawa.MP 2 Arte, Rua Visconde de Pirajá. 157. De 2a a 6° de13h às 21h; sáb. das 10h às 13h e das 17h às 21h. Até odia 7 de julho.PAULO BATALHA — Óleos e Aquarelas. UERJ, RuaSão Francisco Xavier, 524. De 2a a 6a das 9h às 22h. Atésexta-feira.AUGUSTO MALTA: IMAGENS DO RIO — FotografiasCasa da Rui Barbosa, Rua São Clemente. 134. De 2a a6a das 10h às 17h; sàb. das 13h às 17h. Até sexta-feira.FRANCISCO — Aerografias e pinturas. Galeria CAndi-do Portinari, Av. Roberto Silveira. 245. Icaraí. De 2a a 6adas 14h às 22h. Até sábado.BARAVELLJ — Pinturas. Galeria Casar Aché, RuaVisconde de Pirajá. 282. De 2a a 6a das 10h às 21 h; sáb.das 10h às 14h. Até quinta.MARINHA DO BRASIL NA ANTÁRTIDA — Fotos,trajes de frio, ração glacial, maquotes do navio Barão doTefé e da estação polar, além de um vídeo com umahora de duração explicando o programa antártido. SãoConrado Fashlon Mall 29 piso. Diariamente das 10h às22h. Até o dia 30 de junho.ESCULTURA CANADENSE CONTEMPORÂNEA -Exposição de 12 peças em bronze, alumínio, acrílico omotal esmaltado, de nove artistas canadenses. Galeriado Centro Empresarial Rio, Praia do Botafogo. 228Diariamente das 12h às 21 h. Até o dia 8 do julho.VISÕES URBANAS — Fotografias de Cristiano Masca-ro, Vilma Slomp e Luis Carlos Felizardo. Galaria deFotografia/FUNARTE, Rua Araújo Porto Alegre, 80 De2a a 6a das 10h30 às 18h30. Ató o dia 13 de julho.KARL MARX — 1818-1883 — Réplica da exposiçãopermanente na Karl Marx Maus. Museu localizado emTréves. Alemanha. Museu Histórico do Estado do Riode Janeiro. Rua Presidente Pedreira. 78. Ingá. Niterói.3a. 5a e 6a das 1 ih às 17h; 4a das 11h às 21h; sáb. edom. das 14h às 18h. Até o dia 9 de julho.

8a EXPOSIÇÃO JORNAL SEM TEXTO — Fotografiasnuma promoção da Associação dos Repórteres Fográfí-cos e Cinematográficos do Rio. tendo como tema aCampanha pelas Diretas Saguão da Câmara dosVereadores. Cinelàndia. De 2a a 6a das 14h às 20hFOGO E TRANSPARÊNCIA — Pinturas de MarijaNicolay. Silvio Piza e Verônica S Marinho. Cadernetade Poupança Morada — Agência Ipanema. Rua- Visconde de Pirajá. 234. De 2a a 6a das 9h às 18h. Até odia 6 de iulhoPOUR CELEIDA — Esculturas de Celoida e pinturas deLuiz Áquila. Aktuell. Av Atlântica. 4240/223. De 2a a 6*d3s 12h às 20h, sáb. das 14h às 18h Até sábado,GROVER CHAPMAN — Pinturas Galeria Ollvia Kann.Rua Visconde de Pirajá. 351/105. De 2a a 6a das 10h às21h. sáb. das 10h às 14h. Até o dia 7 de julho.MARIA TOMASELU CIRNE UMA — Pinturas e Qrevu-ras. Galeria Saramonha. Rua Marquês de S. Vicente,52/165. De 2a a 6a. das 11hàs 21h, sáb.. das 10hàs 16hAté amanhà.GRÁFICOS CONTEMPORÂNEOS ALEMÃES — Expo-sição de 106 obras de artistas plásticos alemães, entreeles. Schumacher. Sonderborg e outros. Museu daArte Moderna, Av Beira-Mar. s/n° De 3a a dom das 12às 18h. Até o dia 15 de julho.MARIA LÚCIA MASSOT — Tapeçarias. Looby doHotel Nacional, Av. Niemeyer, 769. Diariamente das10h às 22h. Até o dia 10 de julho.O POPULAR NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO —Reconstituição de uma habitação típica popular atravésde dois painéis: o mar e o canavial. Complementandoesta exposição, também uma mostra que reúne trajes,figuras e instrumentos musicais dos principais folgue-dos e danças populares do Estado. Museu de Artes aTradições Populares, Rua Presidente Pedreira. 78,Ingá, Niterói. De 3a a 6a das 11 h às 17h; sáb. e dom. das14h às 18h.JUUANO SERRA — Fotografias, Monge Rosa. RuaDezenove de Fevereiro, 94. De 4a a dom. a partir das19h. Último dia.ERNANE CORTAT — Pinturas. Galeria de Arte Jean-Jecques, Rua Ramon Franco. 49. De 3o a sáb. das 11 hàs 20h. Até sábado.FOLCLORE DO RIO GRANDE DO NORTE — Museude Folclore, Rua do Catete. 179. Do 3a a 6a. das 11h às18h e sáb. e dom., das 15h às 18h. Até o dia 1o de julho.GETÚUO VARGAS — 1983 — Mostra preparada peloCentro^.de Pesquisa e Documentação da FundaçãoGetúlio Vargas. Museu Histórico do Estado do Rio deJaneiro. Rua Presidente Pedreira. 78. Ingá, Niterói. De3a a 6a das 11 h às 17h; sáo. e dom. das 14h às 18h.SOLANGE OUVEIRA — Gravuras Galeria CaeerAché. Rua Visconde de Pirajá. 282. De 2a a 6a das 10h às21 h; sáb. das 10h às 14h. Até o dia 17 de julho.MOSTRA PETROBflÁS DE ARTISTAS NOVOS _Pinturas de Marcato. Franklin Guanabarino e SérgioRibeiro. Edtffdo-Sede da Petrobrás, Av. Chile. 65. De2a a 6a das 9h às 17h. Até sexta-feira.LUIZA NOBREGA — Desenhos, colagens e objetos.Galeria de Arte do Centro Cultural Cândido Mendee,Rua Joana Angélica, 63. De 2a a 6a das 15h às 22h; sáb.das 16h às 20h. Até o dia 3 de julho.CRISTINA MATHIAS — Desenhos. Galeria Divulga-ção o Pvsquiaa, Rua Maria Angélica. 37. De 2a a 6a das9h às 18h. Até quinta.EXPOSIÇÃO DE ASTRONOMIA — 30 fotografias so-bre recentes descobertas em astronomia o ciênciasafins. Galeria Espaço-Ptanetário do Rio de Janeiro.Av. Pe. Leonel Franca, 240. De 2a a 6a das 8h ás 22h;sáb. o dom. das 16h às 22h. Até o dia 13 do julho.

TEATRO

TEATRO-VIDA — Apresentação do espetáculodebatocom diroçôo de Paulo Sérgio Mag e Márcio Luiz. Hoje,às 17h. no Anfiteatro do Jóquei Clube, Rua ErasmoBraga. 501/10°. Convites na portaria.

A MORENINHA — Texto de Joaquim Manoel doMacedo. Adaptação o direção de Meria Luiza de Mace-do Com Gilda Sarmento. Rogério Fabiano. Karla Sabah,Carla Vilela e outros. Taatro do Smc da Tijuca, RuaBarào de Mesquita, 539 (208-5332). 2a e 3a. às 21h; da4a a 6a, às 18h. Ingressos a Cr$ 4 mil. CrS 2 mil 500,estudantes.A TOCHA NA AMÉRICA — Revista de Gugu Olimecha.Direção do Luiz Mendonça. Música de Maurício Tapajóse Aldir Blanc. Com Olney Cazarré, IK/a Nifto, GuguOlimecha e outros. Taatro Rival, Rua Álvaro Alvim, 33(240-11351. De 3a a 6a. às 21h15min; sôb. às 20h e22h30min; dom, às 18h e 21h15min. Ingressos a CrS 3mil e CrS 2 mil. estudantes; sáb. a CrS 4 mil.EXTREMOS — Texto de William Mastrosimone. Tradu-ção e adaptação de Carlos Eduardo Dolabella. Direçãode Amir Hadded. Com Carlos Eduardo Dolabella. PepitaRodrigues. Elizabeth Hartman e Beth Goulart. Taatro daLagoo. Av. Borgos de Modoiros, 1243. (274-7999). De3a a 6a, às 21 h15min; sáb., às 20h e 22h e dom. às 18h e21 h. Ingressos do 3a a 6a e dom. a CrS 6 mil e CrS 4 mil,estudantes e sáb. a Cr$ 7 mil.A GAROTA DO GANQSTER — Texto do Zeca Capellmie Claudia Dalla Verde. Direção de Paulo Afonso de Limo.Com Thaís do Campos. Isolda Cresta e outros. TeatroVamiccJ, Rua Marquês de S. Vicente, 52. 2a e 3a, às21h30min. Ingressos a CrS 4 mil e CrS 3 mil, estu-dantes.08 MENINOS DA RUA PAULO — Texto de FerencMoinar. Tradução do Paulo Ronai. Adaptação do CláudioBotelho. Direção de Luís de Lima. Com André Barros,Luis Filipe do Lima. Marcos Tsiware e outros. ToatroVanucd. Rua Marquês do S. Viconte, 52. (274-7246).Do 2a a 6a. às 17h. Ingressos a CrS 4 mil e CrS 3 mil,estudante. Até dia 29.A PAIXÃO DE OSCAR W1LDE — Texto de Murilo DiasCésar. Com Cláudio Gonzaga, Angola Valério e D|onaneMachado Taatro da &ota> Aurimar Rocha. Av Ataulfode Paiva, 269. 1239-1498). De 3a a 6a, às 21h30min;sábados às 20h e às 22h, domingos às 19h e às 21h.Ingressos, diariamente, a CrS 4 mil e CrS 2.500,00(estudantes). Censura: 16 anos.QUALQUER DiA DESSES ACONTECE — Texto edireção de Samir Murad Milton. Com o grupo Olhos deZoroastro. Toatro do Planetário, Av. Pe. Leonel Franca,240. 2a e 3a. às 21h.AS BRUXAS ESTÃO SOLTAS — Texto de Isis Baião.Direção de Maria Lúcia Vidal. Com Ivete Miloski, ManaAlice Mansur, Maria Lúcia Vidal, Therezinha Marçal eThais Balloni. Petit Studlo, Rua Barão da Torre. 220(287-0231). De 4a a 6a, às 21h30min; sáb. às 20h e22h30min; dom. às 18h e 20h30min. Ingressos 4a. 5a edom, a Cr$ 4 mil e CrS 3 mil. estudantes 6a e sáb a CrS 5mil. Não será permitida a entrada após o início doespetáculo.LEOCADIA VAI ABRIR A PORTA — Texto o direção deRuyter de Carvalho. Com Ruyter de Carvalho. RobertoSalomão, Ana Bayer e Adilson Gomes. Toatro Alice,Rua Alice, 146 (245-6269). De 4a a dom., às 21h30minIngressos de 4a a 6° e dom. a CrS 3 mil e CrS 2 mil 500,estudantes, sáb. a CrS 4 mil.

A DIVINA SARAH, de John Murrell. Tradução e direçãode João Bethencourt. Com Tonia Carrero e Cecil Thira.Cenários e figurinos e Naum Alvos de Souza. TaatroMaison da Franca. Av. Pres. Antonio Carios. 58 (220-4779). 4® às 2Uh, 5a às 17h e 20h; 6a às 21 h; eàb. às 20he 22h; dom. às 18h e 20h Ingressos de 48. 5a o dom. aCrS 8 mil e CrS 5 mil (estudantes). 6a e sáb. a CrS 8 mil(14 anos).

O INOCENTE — Texto de Sérgio Jockyman. Direção doAntônio Ghigoneto. Com Luiz Carlos Arutin, CamiloBevilacqua e Rubens Rollo. Taatro do Planetário. RuaPe. Leonel Franca, 240 (274-0096). Do 4a a 6a, às21h30min; sáb, às 20h e 22h30min; dom, às 18h30mine 21h30min Ingressos a CrS 4 mil.TELARANAS — Texto de Eduardo Pavlovsky. Direçãode Axel Ripoli Hamer. Com Beti Rabetti. ExpeditoBarreiro. José Humberto. Luiz Carlos Nifio e SérgioMaio. Taatro Cândido Mandas. Rua Joana Angélica. 63(227-9882). Do 4a a sáb.. às 21h30min; dom., às 20h.Ingressos de 4° a 6a e dom., a CrS 5 mil e CrS 3 mil.estudantes; sáb. a CrS 5 mil.TEM PRA GENTE — Performance. Concepção e dire-ção de Hamilton Vaz Pereira. Com Lena Brito, PatríciaPillar, Vicente Barcelos e Hamilton Vaz Pereira. TaatroVllla-Loboe. Av. Princesa Isabel. 440. Do 4" a dom., às21 h30min. Ingressos de 4a e 5a a CrS 3 mil; de 6a a dom.a CrS 4 mil. Até dia 1o de julho.BOA-NOfTE, MÂE — Texto de Marsha Norman. tradu-ção de Millôr Fernandes. Dir. de Ademar Guerra. ComAracy Balabanian e Nicette Bruno. Taatro Glória. Ruado Russel, n° 632 (245-5533). De 4a a 6a, às 21h16m;sáb., às 20h15min e 22h15min; dom., às 18h e 21h.Ingressos à CrS 5 mil (platéia inferior) e CrS 4 mil (platéiasuperior).SENHORITA JUUA — Texto de August Strindberg.Tradução de Edith Siqueira e Elias Andreato. Direção deRenato Borghi. Com Edith Siqueira, Elias Andreato eJuçara de Morais. Taatro Dulcina. Rua Alcindo Guana-bara. 17 (220-6997). De 4a a 6a, as 21h; sàb., às 20h e22h; dom., às 18h30min e 21h. Ingrgesos de 4a a 6a edom. a CrS 4 mil e CrS 3 mil. estudantes; sáb. a CrS 5mil e CrS 4 mil, estudantes.A CHORUS UNE — Musical "inspirado na obra literáriado James Kirkwood e Nicholas Dante". Tradução deMillôr Fernandes. Coreografia original do Michaol Bon-nett. Remontagem de Ricardo Bandeira. Direção musi-cal de Murilo Alvarenga. Com Accacio Gonçalves, MariaCláudia Raio, Márcia Albuquerque e Thales Pan Chacono outros. Taatro Tarasa Raqual, Rua Siqueira Campos,143 1235-1113). 4a. às 21 h30m; 5a. às 17h e 21 h30min;6a. 22h; sáb., 20h e 22h30min; dom. 18h30min o21h30m. Ingressos a CrS 7 mil 500. platéia; a CrS 6 mil,balcão nobre; a CrS 5 mil. balcão simples; vesp. 5a a CrS6 mil.ESCOLA DE MULHERES — Texto de Molière. Tradu-ção. adaptação e direção de Domingos de Oliveira. ComJorge Doria, Guilherme Karan. Cassia Foureaux, FlávioAntônio, Ada Chaseliov e outros. Taatro Copacabana.Av. Copacabana. 291 (257-1818). De 4a a 6a. às21h15min; sáb.. às 20h e 22h30min; dom., às 18h e21 h; vesp. 5a. às 17h. Ingressos 4a; 2a sessão de 5a edom. a CrS 6 mil e CrS 4 mil, estudantes, vesp; 5a a CrS4 mil e 6a e sáb a CrS 6 mil.BREJHNEV JANTA SEU ALFAIATE — Comédia deJoão Bethencourt. Direção de José Renato. Com DirceMigliaccio, Felipe Wagner. Rogério Cardoso. CláudioCorrêa e Castro e Arthur Costa Filho. Taatro da Praia,Rua Francisco Sá, 88 (287-7794). Do 4a a 6". às21h15min; sáb. às 20h e 22h30min; dom, às 18h a21h15min; vesp 5a, às 17h. Ingressos 4a, 5a e dom, aCrS 5 mil o CrS 3 mil. estudantes; 6a e sáb. a CrS 6 mil. avesp 5a. a CrS 3 mil.NICOLAU — Texto e direção de Braulio Pedroso. ComCarios Augusto Strazzor. Nina do Pádua. Suzana Faini.ftalo Rossi. Duse Naccarati e Guida Viana. TaatroNelson Rodrigues (ex-BNH), Av Chile. 230 (212-5695).De 4a a 6a. às 21 h; sábado às 20h e 22h. dominqo. às

18h e 21 h. Ingressos de 4B a 6a e domingo. CrS 5 mil eCrS 2 mil 500, estudantes, sábado, preço único a CrS 5mil. Até dia 27 de julho.LÉO E BIA — Musical de Oswaldo Montenegro quatambém assina a direção. Com Oswaldo Montenegro.Isabela Garcia, Mongol. José Alexandre, Madalena Sal-les, Doto Montenegro e grande elenco. Toatro Vanucci.Rua Marquês do São Vicente. 52 (239-8595). De 4a adomingo, às 19h30min. Ingressos de 4a e 5a a CrS 4 mil;de 6a a dom., a CrS 6 mil.BESAME MUCHO — Texto de Mario Prata. Direção deAderbal Júnior. Com Jonas Bloch, Louise Cardoso,Deniso Bandeira, Honri Pagnoncelli, Luiz Octávio e CleliaGuerreiro. Taatro Jo*o Caetano. Pça. Tiradentes (221-0305). De 4a a 6a. às 21h; 3áb, às 20h. e 22h30min edom, às 18h; vesp. 5a. às 18h. Ingressos 4a, 5a e dom. aCrS 2 mil; 6a e sáb. a CrS 2 mil 500 e vesp. de 5a a crS 1mil 500. Até domingo.REUD NO DISTANTE PAÍS DA ALMA — Texto deHenry Denker. Dir. Flávio Rangel. Com Edwin Luisi.Anclê Perez. Adriano Reis, Maria fsabel de Lisandra.Vanda Lacerda. Jorge Chaia. Chico Solano, Déa Peça-nha, Cláudia Duarte e João Camargo. Taatro ClaraNunes, Rua Marquês de São Vicente, 52 — 3o (274-9696). De 4a a 6a. 21 h; sábados, às 20h e 22h30min;domingos, às 18h; 5a, vesperalàs 17h. Ingressos 4a. 5ae dom. a CrS 6 mil e CrS 4 mil, estudantes, 6a e sáb. aCrS 6 mil. vesp. 5a a CrS 4 mil.JOGOS NA HORA DA 8ESTA — Texto de RomaMahiou. Tradução de Eduardo San Martin. Direção deAlice Carvalho. Com Ana Helena Lemos. Carlos Canano.Claudia Thury. Douglas Dwyght e outros. Taatro daCidade. Av. Epitácio Pessoa, 1664 (247-3292). De 5a adom. às 19h. Ingressos a CrS 4 mil e 2 mil 500.estudantes a CrS 2 mil, alunos da Faculdade da Cidade(14 anos).PARENTES ENTRE PARÊNTESES — Comédia deFlávio de Souza dirigida pelo autor. Com Iara Jamra. AnaMaria Souza. Carlos Moreno, Stela Freitas, Pedro Cardo-so, Mira Haar e Carlos Capeletti. Taatro da Arena. RuaSiqueira Campos, 143 (235-5348). Às 5as. às 17h e 21h,6af às 21 h sábados às 20h o 22h, domingos às 18h e21 h. Ingressos a CrS 6 mil CrS 4 mil (estudantes).OS SETE GAT1NHOS — Texto de Nôlson Rodrigues.Direção de Dirceu de Mattos. Com o Círculo do Grito,Beth Felix, Carlinda Guimarães, Messias Santos aoutros Taatro do América, Rua Campos Sales. 118.De 5a a dom., às 21 h. Ingressos a CrS 4 mil o CrS 2 mil500. estudantes (18 anos).APESAR DE TUDO — Texto de Fernando Berto.Direção de Tomil Gonçalves. Com Milton Gonçalves,Regina Vianna, Wanda Stefania, Clemente Vizcaino eValeria Belpy. Taatro Detfin. Rua Humaitá, 275 (266-4396). 5a e 6a. às 21h; sáb.. às 20h e 22h, dom . às18h30min e 21h. Ingressos 5a. 6a e dom a CrS 6 mil eCrS 4 mil, estudantes; sáb a CrS 6 mil.ARTIGO UM SETE UM — Texto de Fernando Palitot.Direção de Haroldo de Oliveira. Com Jussara Calmon,Fernando Palitot e Haroldo de Oliveira. Taatro Imperial,Praia de Botafogo. 524 (295-0896). De 5a a dom. às21h15min. Ingressos a CrS 4 mil e CrS 2 mil 500,estudantes.V1CTOR OU AS CRIANÇAS NO PODER — Texto deRoger Vitrac. Direção de Cláudio Torres Gonzaga. Com ogrupo Marxmellow Internacional Troupe. Aliança Fran-casa da Tijuca, Rua Andrade Neves, 315 (268-5798). De5a a sáb.. às 21h30m; dom., às 20h. Ingressos a CrS 4mil e CrS 2 mil 500. estudantes. 5a preço único do CrS 2mil.

• Os programas publicados no Divirta-se estão sujeitos a freqüentesmudanças de última hora, que são de responsabilidade dos divulgado-res. É aconselhável confirmar os horários por telefone.

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"Vão correndo ver QUILOMBO, é umaobra-prima do cinema brasileiro e mundial. '

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JORNAL DO BRASIL

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JORNAL DO BRASIL DIVIRTA-SE terça-feira, 26/6/84 ? CADERNO B ? 5

TELEVISÃO SHOW

No programa Lira do Povo ^7 (Canal 2) participa?ao de\ Olivia Hime, Ivor Lancellotti J

e Marilia Batista

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OS FILMES DE

HOJE NA TV

O

Barco do Amor (TV Glo-bo, 14h45min) é filme pu-blicitário da carreira de

Elvis Presley. Como na maior par-te de seus trabalhos no cinema,Elvis aparece cantando rocks ebaladas, e estas são as únicas atra-ções de seus filmes. Carambola(TV Record, 21 horas) é um dosprimeiros filmes da dupla TerenceHill e Bud Spencer, que no come-ço assinavam-se Paul Smith e Mi-chael Coby. Baseada no contraste(um, bonito; outro feio), a duplacarrega nos murros e bofetões co-mo sua gag predileta. Humor tru-culento, sem muita criatividade,Noite Violenta (TV Globo,23h52min), policial feito para aTV, mostra um dos aspectos maiscondenáveis da arbitrariedade: ainvasão de residências particularessem mandado judicial. Desempe-nhos corretos, surpreende o traba-lho de Mike Connors, em geralcanastrão e inconvincente.

O BARCO DO AMORTV Globo — 14h45min

(Clambake) — Produção americanade 1967, dirigida por Arthur H. Nadei.Elenco: Elvis Presley, Shelley Fabares.

Will Hutchins, Bill Bixby e James Grego-ry. Colorido (99 minutos).

Jovem filho de milionário do petró-leo (Presley) resolve viver sua própriavida. Vai para a flórida, troca de identi-dade com um instrutor de esqui aquá-tico (Hutchins) e se inscreve numaregata, disputando com outro milioná-rio (Bixby) o amor de Dianne (Fa-bares).

CARAMBOLATV Record — 21 horas

(Carambola) — Produção italiana, dirigi-da por Fernando Baldi. Elenco: PauflSmith. Micheel Coby Colorido.

Enfrentando problemas com con-trabandistas, o Exército sulista pedeajuda a uma dupla incomum, jogadorpossuidor de uma arma calibre 50.semi-automática, que cospe fogo, eseu amigo grandalhão, que gosta decriar confusões.

O MUNDO DE HENRY ORIENTTV Manchete — 22h15min

(The World of Henry Orient) Produçãoamericana de 1964, dirigida por GeorgeRoy Hill. Elenco: Peter Sellers, AngelaLansbury, Paula Prentiss, Phyllis Thaxter,Tippy Walker, Merri Spaeth. Colorido.

Em Nova Iorque, duas adolescen-tes (Walker, Spaeth), filhas de famíliasricas, tecem histórias fantásticas emtorno de um pianista (Sellers).

O DIAMANTE MITERATV Bandeirantes — 23h30min

(The Mitera Target) — Produção ameri.cana de 1972, dirigida por Jack Starrett.Elenco: John Davidson, Anne RandallStewart, Biff Mc Guire, Alan McRae,Susan Sullivan. Colorido.

Uma dupla especializada em des-cobrir pessoas e objetos roubados écontratada para localizar uma jovemmilionária americana (Stewart) e ofamoso diamante que ela usava aodesaparecer. Feito para a TV.

NOITE VIOLENTATV Globo — 23h52min

(High Midnight) — Produção americanade 1979, dirigida por Daniel Haller. Elen-co: Mike Connors, David Birney, Christi-ne Belford, Granville Van Dusen, GeorgeDiCenzo, Victor Campos. Marc Alaimo,Jo hn Durren. Colorido. (96 min).

Inconformado com a morte de pes-soas de sua família durante batida deagentes da Divisão de Narcóticos che-fiada por um brutal policial (Connors),operário ressentido (Birney) procurase vingar dos responsáveis. Feito paraa TV.

ROBERTO MACHADO JR.

MANHA6:30 ( 4) TELECURSO 2o GRAU6:45 I 4) TELECURSO 1° GRAU6:58 ( 4) MOMENTO OÜMPICO7:00 ( 4) BOM-DIA, BRASIL

(11) GINÁSTICA7:15 1 7) QUALIFICAÇÃO PROFIS-

SIONAL7:30 ( 4) BOM-DIA, RIO

( 7) PRIMEIRA EDIÇÃO(11) O VIRA-LATAS

8:00 ( 4) SÍTIO DO PICA-PAU-AMARELO— A Reinação do Esperto Com»Esperto

( 7) TV CRIANÇA(11) CLUBE DO BOZO

8:30 ( 4) BALÃO MÁGICO8:45 ( 2) DICAS9:00 ( 2) GINÁSTICA

( 9) IGREJA DA GRAÇA

9:30 ( 2) QUALIFICAÇÃOPROFISSIONAL

( 9) TELESCOLA9:45 ( 2) PATATI-PATATÃ

10:00 ( 2) JORNAL DO PORQUÊ( 7) ELA( 9) DANIEL BOONE

10:15 ( 2) DANIEL AZULAY10:40 ( 2) AS AVENTURAS DO TIO MA-

NECO11:00 ( 4) TV MULHER

( 9) SE MEU BUG FALASSE11:05 ( 2) PUM-PLIM E A JANELA DA

FANTASIA11:30 ( 2) APRENDA INGLÊS COM MÚ-

SICA( 9) EM TEMPO DE MILLOST

11:55 ( 7) BOA VONTADE

TARDE12:00 ( 2) TELECURSO DO 1o GRAU

( 4) SHOW DOS SHOWS( 6) RUMO À OLIMPÍADA( 7) ESPORTE TOTAL( 9) RECORD EM NOTÍCIAS(11) SESSÃO SORTEIO DO MEIO-

DIA12:05 ( 6) PROGRAMAÇÃO EDUCATIVA12:15 ( 2) TELECURSO 2o GRAU

( 7) AMOR12:30 ( 2) TVE NOTICIAS

( 4) GLOBO ESPORTE( 6) CIRCO ALEGRE(11) O PICA-PAU

12:45 ( 4) RJ TV( 7) TELECLASSIFICADOS

13:00 ( 2) DOCUMENTÁRIOS( 4) HOJE( 7) TV CRIANÇA( 9) À MODA DA CASA(11) CLUBE DO MICKEY

13:15 ( 9) COZINHANDO COM ARTE13:25 (11) PANTERA COR-DE-ROSA13:30 ( 2) NOSSA TERRA NOSSA GENTE

( 4) VALE A PENA VER DE NOVO —Água Viva

( 9) RESENHA ESPORTIVA13:45 ( 9) AXÊ — Com Jair de Ogum

(11) MR. MAGOO14:00 ( 2) PATATI-PATATÃ

( 9) JÁ — Variedades14:10 (11) INSPETOR

14:15 ( 2) DICAS14:25 (11) CLUBE DO BOZO14:30 ( 2) DOCUMENTÁRIOS

( 6) MANCHETE SHOPPING SHOW(11) AMOR CIGANO

14:45 ( 4) SESSÃO DA TARDE — O Barcodo Amor '

15:00 ( 2) OS MAIS BELOS DESENHOS( 9) CANDY CANDY

15:30 ( 2) GINÁSTICA( 9) SUPER-ROBIN HOOD(11) RAZÃO DE VIVER

16:00 ( 2) SÍTIO DO PICA-PAU-AMARELO— A Arca da Emilia

( 9) HERO HIGH(11) ANJO MALDITO

16:30 ( 2) QUALIFICAÇÃO PROFIS-SIONAL

( 6) CLUBE DA CRIANÇA( 9) CHIP-S(11) SHOW DA TARDE

16:45 ( 2) JORNAL DO PORQUÊ

17:00 I17.20 I

17:30 I17:50 I

4)

2)4)

NOITE

18:00 ( 7) FIM DE TARDE( 9) VIBRAÇÃO

18:15 ( 2) BAZAR TEM TUDO(11) CHISPfTA

18:30 ( 2) ATENÇÃO PROFESSOR( 6) FM TV( 9) VÍDEO BREAK

18:45 ( 4) TOANSAS E CARETAS19:00 ( 2) QUALIFICAÇÃO PROFIS-

SIONAL( 6) SUPER AVENTURAS( 7) MOMENTO DO ESPORTE( 9) VlDEO-CLIP(11) MEUS FILHOS MINHA VIDA

19:10 ( 7) BRASIL OLÍMPICO19:15 ( 2) TELECURSO 2o GRAU

^ ( 6) MANCHETE PANORAMA" ( 7) JORNAL DO RIO

19:30 ( 2) TELECURSO 1o GRAU( 7) JORNAL BANDEIRANTES

19:40 ( 6) RUMO Á OLIMPÍADA19:45 ( 2) ESPORTE HOJE

( 4) RJ TV( 6) MANCHETE ESPORTIVA(111 CHISPITA

19:55 ( 4) JORNAL NACIONAL20:00 ( 2) SELVA DO CORAL

( 7) BRASIL URGENTE( 9) O HOMEM DO FUNDO DO MAR

20:10 ( 6) JORNAL DA MANCHETE20:25 ( 4) MOMENTO OLÍMPICO

20:27 ( 4)20:30 ( 2)

(11)20:57 ( 9)21:00 ( 2)

( 9)

21:15 ( 6)( 7)

21:20 ( 4)(11)

22:00 ( .2)22:15 ( 6)

23:00 I

LANA BITTENCOURT E SILVIA MARIA — Show dascantoras acompanhadas de conjunto Sala Sidnoy Mil-ler. Rua Araújo Porto Alegre, 80 De 3a <1 sáb.. às 21h.Ingressos a CrS 2 mil. Até dia 7 de julho.DESPERTA SOM — Apresentação de Zeca do Trombo-ne e o grupo Gota Mágica. De 3a a 6a. às 19h. no TeatroVilla-Lobos. Av. Princesa Isabel. 440. Ingressos a CrS 3mil.TRIBUTO A PAULO PONTES — Show com a participa-çáo de Elizeth Cardoso, João do Vale, leci Brandão.MPB4, Hélio Delmiro, Francis Himes e outros. Hoje. às21h. no Toatro Joáo Caetano. Pça Tiradentes 1221-0305). Ingressos a CrS 4 mil. em beneficio do CentroCultural Paulo Pontes.

PARA OUVIRBARES E RESTAURANTESCIRINO E MANASSES — Show dos cantores o com-positores. De 3a a dom., às 22h, no Bar do Vlotolro, RuaDaut Peres. 92. Barra. Ingressos a CrS 3 mil 500BECO DA PIMENTA — Programação; De 3a a 5a. às22h, o cantor e compositor Braulio Tavares, de 6a e sáb .às 23h. e dom , às 21 h, o cantor e compositor Gereba.Diariamente, às 19h. o pianista Paulinho. Rua RealGrandeza, 176 1246-6650). Couvait a CrS 1 mil 500.somente para o ahow.PONTEIO — Programação: 3a, o compositor Café; 4a ocantor Jailton Mangabeira; 5a. o cantor Rob Teixeira ebanda; 6a. o grupo Metal Leve; sáb.. o show UmaNoita em Buanoa Airas, com o trio Mi Buenos Aires;dom., o cantor Vicente Estevam. Sempre às 22h.Couvart 4a a CrS 1 mil e de 5a a sáb.. a CrS 1 mil 500. Av.Bartolomeu Mitre. 630 (274-4749).NOITE DO CARANGUEJO — Baile-show com a or-questra do D'Angelo e os cantores Vitor Hugo e Caci.Hoje. às 21h. no Cassino Rio, Rua Alcindo Guanabara. 5(262-3311). Ingressos a CrS 5 mil.LET IT BE — Programação: 3", rock com o grupo Beirade Calçada; 4a, Fubá (compositor), Nana e Zé Rocha(cantores); 5a. o grupo Dr Silvana; 6a. às 22h, o cantorUlly; e ès 23h, o grupo Or Silvana; séb., às 22h. o cantor-Ully e às 23h, o grupo Rock Dog; dom., o grupo RockDog. Rua Siqueira Campos, 206. Ingressos de 3a a 5a edom. a CrS 3 mil e 6a e sáb'. a CrS 4 mil.SAMBA DE FATO — Programação 3a. às 20h. Miguelda Viola; 4a. às 20h, e dom., às 13h. chorinho com oregional Naquele Tempo; 5a. às 20h. o conjunto Brancono Samba; 6a e sàb.. às 22h, Noca da Portela e oconjunto De Fato, 4a e dom., sem consumação e semcouvart; 6a e sáb.. ingressos a CrS 1 mil, mulher, e CrS2 mil, homem. Rua Assunção, 490 (246-3086).

CHIKO'S BAR — Piano-bar com música ao vivo a partirdas 21 h. com Edson Frederico, Ricardo Canto, Celeste,Aécio Flávio e Clarisse. 2a e 3a o violonista Nonato Luiz.Aberto diariamente a partir das 18h. com música de fita.Sem couvert. sem consumação mínima. Av. EpitácioPessoa. 1.560 1267-0113 e 287-35141.PEOPUE — Programação: De 2a a 6a. às 19h30min.piano-bar com Athie Bell. 2a. às 22h30min, o pianistaLuiz Eça. Convida Ivan Lins 3a, às 22h30min. o GrupoFtiends. De 4a a sáb, às 22h30min, homenagem aMilton Banana com Luiz Carlos Vinhas Ipiano). Fogueira(baixo). João Palma (percussão). De 4a a 2a. à 0h30min, apianista e cantora Ana Mazzotti. Av. Bartolomeu Mitre,370 (294-05471. Couvart a CrS 5 mil (de dom a 5a); Cr$ 7mil (6a e sáb); CrS 4 mil (bar);CONVERSA RADA — Programação: 3a. Arlindo (violão)4a Vanderley de Búzios (piano); 5a, Sidney (piano e voz)6a o grupo Euterpe; sáb , chorinho com Cassia (piano) ePaulo Cidade (bandolim); dom. Vanderley de Búzios.Rua Gonzaga Bastos. 388 (254-0466). Consumação 6a esáb. a CrS 3 mil Couvert a CrS 2 mil somente para ogrupo Americanto.CARIOCA — Churrascaria com música ao vivo com adupla Hilton e Fátima Hotel Nacional. Av Niemeyer.769 São Contado 1322-1000) De 4a a sàb das 20h às23h. A casa abre diariamente das 12h às 24h.

MÊS DOS NAMORADOS — De 3a a dom. a partir das20h. música ao vivo com o pianista Newton Pereira Filhoe jantar em homenagem aos namorados ao preço únicode CrS 12 mil. incluindo um drlnk. Rostauranta Cau.Hotel Nacional. Av Niemeyer. 769. (322-1000)CASA DA CACHAÇA - Aberta ao publico a partir das18h. 5a e dom , às 20h e 6a e sáb. as 21h Musica ao

SÍTIO DO PICA-PAU-AMARELO— A Volta do AnginhoDANIEL AZULAYCASO VERDADE — Parteira deProfissão

17:25 ( 2) PUM PLIM E A JANELA DAFANTASIASUPERONDAAS AVENTURAS DO TIO MA-NECO

( 4) AMOR COM AMOR SE PAGA

vivo com íi dupla F'0 (vocal o porcussào) e Miltão (vocale violão' Rio-Sheraton Hotel. Av Niemeyer. 121(274-1122. ramal 1233)

PISO UNO — De 4* a dom , as 23h show da cantoraSônia Santos Av Ataulfo de Paiva. 375 (239-5099).Couvert a CrS 3mil

FAROL — Aberto a partir das 18h com o Quarteto dacantora e ritmista Soso da Bahia. De 3a a 6a, das 2lh a1h. sáb das 22h às 2h. Consumação mínima individualde 3a a 5a. CrS 3 mil. 6a e sáb . CrS 4 mil Rio-SheratonHotel. Av Niemeyer, 121 (274-1122. ramal 1233)

O ALEPH — Programação 3a música instrumental como Grupo Expresso, 4a. chorinho com o Galo Preto 5a;country com o grupo Swing, dom., música erudita comO Quarteto. José Maria Braga (flauta). Maria Jesus Haro(violão), Afonso Machado (bandolim), e Marcos Farinatvioláol. De 3a a 5a as 22h , dom, às 21h. Av EpitacioPossoa, 770 1259-13591 Consumação a Cr$ 2 mil 500(de 3a a 5a). Domingo não tem consumação.

ATLANTIS — Diariamente, às 19h. Alcyr Pires Verme-lho a partir das 20h. jantar com Pedro Paulo (guitarra).De 5a a dom., às 12h. o Trio San. Hotel Rio Palace. AvAtlântica. 4240 (521-3232).SAINT MORITZ — Anexo a Casa da Suiça. Abertodiariamente, a partir das 18h. De 2a a sáb, às 21h, opianista Ribamar. As 3as, o acordeonista Gigi. Semcouvert. sem consumação. Rua Cândido Mendes, 157(252-5182).

ZEPPELIN BAR — Programação de 3a a domingo, às22h, show com o cantor-compositor Renato Vargas, 6ae sábado, às 22h, Renato e Reinaldo Vargas. Estrada doVidigal, 471 (274-1549). Couvert a CrS 2 mil. (de 3a à 5ae domingo). 6a e sábado. CrS 2 mil 500.CLUBE 21 — Diariamente às 19h. a pianista NazarethMonroe e o cantor Walter David. Às 22h30min. músicaao vivo com Mário Jorge (cantor). Paulinho Leré (piano)e Juvercil (baixo). 6a e sáb.. a cantora Clarice. Rua MariaAngélica. 21. Sem consumação ou couvert artístico.

O VIRO DA IPIRANGA — Aberto a partir das 18h.Programação: 2a. concerto de choro com o regionalChoro Só o clarinetista Netinho e Dirceu Leite. 3a, às22h30min. o grupo Quarto Crescente. 4a. às 22h. ogrupo Americanto, e 4a às 23h e de 5a a sáb, às22h30min, jazz com Nilson Mata (baixo). Romero Lu-bambo (guitarra) e Wanderlei Pereira (bateria) Ary Pias-sarollo (guitarra) e Cacau (sax); participação de Macaé(sax), dom, às 19h, Jazz das Cinco com Mauro Senise(sax). Barrosinho (trompete) Couvert de dom. a 4a a CrS2 mil 500, 5a a sáb., a CrS 3 mil. Rua Ipiranga. 54 (225-4762).

EQUINOX — Diariamente a partir das 17h, com opianista Soli no Klr das Cinco. Diariamente, às 22h, opianista Sérgio Scollo e o baixista Ricardo Santos. De 2aa sáb.. às 22h. a cantora Áurea Martins. Dom., às21h30min, o pianista Soli, Rua Prudente de Morais, 729(267-2895). Sem couvert. sem consumação.

BARBAS — Programação: 2a. o guitarrista PerinhoSantana; 4a. o cantor e compositor Paulinho Soledade;de 5a a sáb. o compositor Aniceto do Império e oconjunto Eles Que Digam. Sempre, às 22h Ingressos 2ae 4a a CrS 2 mil; 5a a CrS 2 mil 500 e 6a e sáb. a CrS 3 mil.Rua Álvaro Ramos, 408.

LE FLAMBARD — De 2a a sáb. às 20h. o pianistaArmando Martinez Vieira. Av. Epitácio Possoa. 864 (259-1041).

NINO-BOTAFOGO — De 2a a sáb. às 18h30min, opianista Luiz Otávio Praia de Botafogo. 228 (551-8597).

ANTONINO — De 3a a dom . às 16h. os pianistasErasmo e Enon Bueno Às 24h, o pianista FernandoCosta e a cantora Deli Alves. Av Epitácio Pessoa. 1244(267-6791).LÚCIO ALVES — Apresentação do violonista e cantorde 2a a sab , às 23h A casa abre às I9h. com ManoelGusmão e José Prates (piano) Parfcs. Estrada da Gavea.700 1322-2809) Ate dia 9 de |ulho

HOMENAGEM A BOSSA-NOVA Apiesentnçào dacantora Telma e do Horse s Neck Quartel Raimundo

Nicoli (piano). Victor^Jeto (flauta). Milton Botelho (baixo)e Heho Schiavo (battfria) 2a e 3a. às 22h. de 4a a sáb . as23h, rio Horse"s Neck. Hotel Rio Palace. Av Atlântica.4240.

JAZ2MANIA — Programação 2a. às 22h. a cantora LoisBrambill e o grupo Knights of Karma, 3a e 4a o grupoPulsar; de 5a a sáb. o conjunto Azymuth. De 2a a sáb . as18h30min, o pianista Marcos Ariel Couvert 2a a CrS 4mil; 3a e 4a a CrS 4 mil; 5a a sáb. a CrS 6 mil.Consumação 6a e sáb. a CrS 4 mil. Av Rainha Elizabeth.769 (227-2447)

SHOW DE MULATASOBA-OBA — Aberto para jantar a partir das 20h. Showàs 23h, Olè, Olà. com as Mulatas Que Não Estão noMapa apresentadas por Sargentelli. Rua Humaitá. 110(246-2146) Ingressos a CrS 16 mil. com direito a bebidanacional a vontade.

PAHA dançarBOATES

VIVA ESPANHA, OLE — Show do conjunto Lo»Romeiros e do cantor Enrique Espaha. De 3a a 5®, fcfl23h, de 6a e sáb., as 23h30min. Couvert de 3a a 5a. aCrS 6 mil, e 6a e sáb . a CrS 8 mil. Sol e Mar. Av. NestorMoreira. 11 (295-1896 e 295-1997).BIBLOS — Aberta a partir das 19h e música ao vivo às22h. com Eduardo Prates (piano), Toninho (guitarra).Bebeto (baixo) e Tião (bateria) e os cantores LigiaDrummond o Márcio José. 3a. às 24h, Marcos Spilman,Knights of Karmae. Rio Jazz Orchestra. Av. EpitácioPessoa. 1484 (247-9993). Ingressos 3a a CrS 5 mil.Consumação a CrS 12 mil. homem e CrS 6 mil. mulher.

VOGUE — Música ao vivo do 5a a sáb . os conjuntos deLuiz Carlos Vinhas e Eduardo Prates. Rua CupertinoDurão. 173 (274-8196). Couvert a CrS 6 mil.

SOBRE AS ONDAS — Diariamente, a partir das 19h, opianista Beto Quartin e a cantora Rosa. Às 23h. oconjunto de Osmar Milito. Ronnie Mesquita (bateria) •os cantores Consuelo e Chico Pupo. De dom a 4-, oviolonista Nonato Luiz. Av. Atlântica, 3432 (287-6144).Couvert 6a e sáb a CrS 4 mil.

CAFE NICE — Música ao vivo com os Conjuntos deCelinho Piston e Carlos Moura. Cantores Jamelão. AvRio Branco. 277 (2400490) De 2a a sáb. a partir das20h Couvert de 2a a 5a e sáb. a CrS 3 mil 500, 6a. a CrS4 mil.VINÍCIUS — Diariamente, a partir das 20h. música aovivo para dançar com Ed Lincoln e os cantores PedrinhoRodrigues. José Carlos e Orlandivo. Anexo à Churrasca-na Copacabana. Av Copacabana, 1144 (267-1497). Colhvert a CrS 3 mil. de dom. a 5a e CrS 4 mil (6a e sáb.).

CARINHOSO — Aberto dianamonte a partir das 20h.Música para dançar, às 22h. còm a orquestra Carinhosoe os cantores Fernando, Dora e Roberto. Rua Vise. dePirajá. 22 (287-0302) Couvert de dom. a 5a a CrS 4 mil e6a e sáb.. a CrS 5 mil.

DA VINCI — Música para dançar a partir das 21 h. com oconjunto de José Luis Duarte e os cantores Leila eÁurea Martins. Consumações minima somente 6as e sá-bados. CrS 5 mil. Lgo. de S. Cornado, 20 (322-3133 e322-4179).

CHURRASCARIAGAÚCHA — De 2a a sáb. às 20h. música para dançarcom o conjunto Clube do Samba e a cantora LorenaAlves. Rua das Laranjeiras. 114 (245-3185). Sem cou-vert. sem consumação.DISCOTECAC1RCUS — De 3a a dom, a partir das 22h música dediscoteca. Rua Gal Urquiza. 102. (274-7895).

DANÇA

BANDANÇA EM... LOUQUECEU — Espetáculoapresentado pelo grupo Bandança. Direção deTânia, Tom e Nadia Nardini Todas as 2as e 3as, às21h. no Teatro Glaucio Gill. Pça Cardeal Arcover-de. s/n° (237-7003). Ingressos a CrS 3 mil. Últimodia.

MUSICANABUCCO — Ópera em quatro atos de Giuseppe Verdi.Libreto de Temistocle Solera. Com o Coro e Orquestrado Teatro Municipal, sob a regência do maestro AntonGuadagno. Regisseur: Lamberto Puggelli. Solistas:Mauro Augustini (barítono), Áurea Gomes (soprano),Michael Burt (baixo). Eduardo Alvares (tenor) e JoyDavison (meio-soprano). Teatro Municipal, Cinelàndia(262-6322). Hoje e quinta-feira. às21h; domingo às 17h.Ingressos a CrS 20 mil. platéia e balcão nobre; a CrS 10mil. balcão simples; a CrS 5 mil, galeria e a CrS 120 mil.frisa e camarote.BENJAMIN DA CUNHA NETO — Recital do pianistainterpretando peças de Villa-Lobos, Chopin. Liszt eSchumann. Hoje. às 17h30m. no Sal&o LeopoldoMiguez. Rua do Passeio, 98. Entrada franca.MARINA GRANJA BRANDÃO — Recital da pianistainterpretando peças de Glazunov, Chopin. Amaral Vieirae Granados. Ho|e. às 21 h. no Toatro do Ibam, Lgo doIbam. 1.O PIANO DE VILLA-LOBOS — Hoje. às 1 8h30m. recitaldos pianistas Zelia Marques, Vera Pompilio. MarcusWolff e Rosana Diniz Quarta-feira, às 18h30m, recitaldos pianistas Valeria Bertoche. Mareia Toledo. Lia To-más, Mirian Guimarães. Flavio Augusto e EduardoMonteiro Na Sala Francisco Braga. Rua RamalhoOrtigào. MARIA THEREZA SOARES - Recital do pianista Noprograma, peças de Scarlatti. Beethoven, Chopin eoutros. Quarta-feira, às 17h30m, no Salão LeopoldoMiguez Rua do Passeio. 98 Entrada francaORQUESTRA E CORO DE CÂMARA DA PRO-ARTE —Concerto sob a regência de Carlos Alberto Figueiredo.No orograma, peças de Schuetz, Monteverdi. Bach.Corelli è Vivaldi. Solistas Ricardo Tuttman e Inácio deNonno Quarta-foira. às 21 h. na Sala Cocilia Meireles.Lgo da Lapa. 47 Entrada franca

A MÚSICA DAS NAÇÕES — Recital de Caro) MacDavitt (cantora) e Homero Magalhães (piano) No progra-ma. peças de Faur£. Chausson. Duparc, Debussy eoutros. Quarta-feira, às 17h30min na Caso de RuiBarbosa. Rua S.Clemente 134. Ingressos a CrS 1 mil.

ORQUESTRA DE CÂMARA DO CONSERVATÓRIOBRASILEIRO DE MÚSICA — Concerto sob a regênciado maestro Marco Maceri. Solista; Pauxy Gentil NubesFilho (flauta). No programa, peças de Purcell. Mozart.Barber e outros. Quarta-feira, às 17h30min, na Av. Graça 'Aranha, 57/12°. Entrada franca. ;

iCORO COME — Apresentação do coral sob a regência •de Eduardo Lopes. No programa, compositores clássi-cos e populares. Quinta-feira, às 21h. na Aliança deCopacabana, Rua Duvivier, 43. Entrada franca.

. ¦ - — ¦ (CONCERTOS DE BOTAFOGO — Recital da pianistaLinda Bustani. Programa A Música na Passagem doSéculo 19 para o Século 20 — obras de Brahms,Nepomuceno e Prokofiev. Sexta-feira, às 12h30min, noCentro Empresarial de Botafogo. Praia de Botafogo.228 Entrada mediante convite a ser retirado no BancoFrancês Brasileiro.ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA - Concertosob a regência do maestro Henrique Morelenbaum.Solistas: Antônio Guedes Barbosa e Luis Medalha.Programa: Abortura Trégica, de Brahms; ConcertoPare Dois Pianos o Orqucfrtra. de Poulenc, AberturaBrasileira, do E Krieger; Dança Macabra Para Plano aOrquestra, de Liszt e Danças de Galonta, de Kodaly.Quarta-feira, às 21 h, no Toatro Munidpal. Cinelàndia(262-6322) j

ROSANA LANZELOTTE E HAROLD EMERT — Recitalde cravo e oboé. Hojo e amanhã, às 22h. no The Tlnkof.Rua Almte Guilhom. 350. Ingressos a CrS 4 mil 500.

"O Príncipe do Fogo" hoje no Chie Cândido Mendes

PARTIDO ALTODOCUMENTÁRIOMEUS FILHOS, MINHA VIDAINFORME ECONÔMICOcAmera ABERTAESPECIAL DO MÊS — Caram-bolaA SAGA DO COLORADOPROGRAMA J. SILVESTREFUTEBOL — Grêmio x FlamengoSHOW SEM UMITE1984 — EDIÇÃO. NACIONALPRIMEIRA CLASSE — O Mundode Henry Orient

2) URA DO POVO( 9) ENCONTRO MARCADO

23:15 ( 7) JORNAL DA NOITE23:20 ( 4) JORNAL DA GLOBO23:25 I 7) DINHEIRO23:30 ( 7) CASO DE POLÍCIA — O Diaman-

te Mitera(11) NOT1CENTRO

23:40 ( 4) RJ TV23:50 { 4) MOMENTO OÜMPICO23:52 ( 4) CAMPEÕES DE BILHETERIA —

Noite Violenta00:00 ( 2) CONVERSA DE FIM DE NOITE

(11) AS PRISIONEIRAS00:05 ( 9) SAMURAI, O FUGITIVO00:15 ( 6) RUMO À OLIMPÍADA00:20 ( 6) JORNAL DA MANCHETE — 2"

Edição

O CASO

FEBRÔNIO NUM

DOCUMENTÁRIODE 11

MINUTOS•« QAm — Preso pelo assassi-

í nato de um menor econsiderado lpuco durante o proceS-so, Febrônio índio do Brasil torna-seo primeiro preso brasileiro encarcera-do num manicômio judiciário.<| QQ/S — Com visão e audi-JL 27OTfc ção deficientes, 89

anos de idade, 57 de prisão, Febrôniocontinua encarcerado no manicômiojudiciário, à espera de uma próximatransferência para o Instituto de Psi-quiatria da UFRJ.

Este é o tema do documentário OPríncipe do Fogo, de Sílvio Da-Rin,apresentado hoje, em pré-estréia, às22 horas, no Cinema Cândido Men-des, em Ipanema, em sessão seguidade debate com o antropólogo PeterFry, o psiquiatra Talvane Marins deMoraes e o advogado Técio Lins eSilva.

Realizado em maio último, comfotografias e documentos da época,com depoimentos e uma entrevistacom Febrônio no manicômio judiciá-rio, o filme resume em seus 11 minu-tos a história do mais antigo preso dopaís.

Antes de ser acusado do assassi-nato de um menor encontrado emJacarepaguá com o corpo coberto de

Febrônio quando da sua prisão em 1927 com as tatuagens queexibe até hoje, já velho e enfraquecido, como revela o filmerealizado no Manicômio Judiciário

tatuagens Fçbrônio índio do Brasil játinha sido preso 29 vezes. Por vadia-eem, chantagem, roubo, prática ilegalaa medicina e da odontologia. Cincoenormes letras tatuadas no peito, emais a frase "eis o filho da luz"anunciavam, segundo ele, a nova reli-gião do Deus Vivo. Ele era o primeiroprofeta da nova religião, e o livro(que ele escreveu, imprimiu e vendiade mão em mão) Revelações do Prín-dpe do Fogo o seu primeiro testamen-to. Preso como assassino, Febrôniopassa a ser tratado como um louco.Seu livro é queimado pela polícia. Seu

nome se transforma em gíria da cida-de, em sinônimo de monstruosidade.É considerado louco. Recolhido aomanicômio judiciário.

prisãÀs véspei

carnaval de 1935 Febrônio fugiu do

> jucNesses 57 anos de prisão, apenas

um dia de liberdade. As vésp eras do

manicômio, mas logo foi encontradoe de novo preso. Filmado em maioúltimo contou que sempre trabalhoucomo dentista, que é mesmo o filhoda luz, e que está ali de passagem, àespera de amigos ou familiares queirão levá-lo de volta para a casa e oconsultório de dentista em Petrolina.

Conta umas poucas coisas, com voztrêmula e cansada, e a câmera obser-va atenta: passeia devagar pelas rugase pela barba rala e branca de seurosto; passeia devagar pelo coicurvado e magro; pega detalhesdedos de Febrônio; procura a tatua-gem que o tempo ja quase apagou;filma de perto, sempre; Chega bemperto para materializar a perguntaque bate na cabeça do espectadoruando surge a primeira imagem deebrônio no manicômio: quem é de

fato este homem encarcerado ali há57 anos? ,4

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JORNAL DO BRASIL

Poltrona

HOJE -21:00

ESPECIAL DO MÊS

CARAMBOLA

ELENCO: PAUL SMITH,

MICHAEL CODY

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A EMISSORA DO RIO

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«_-»- «*»• Fotos de Evandro Teixeira

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Fotos de Evandro Teixeira

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VERÂO-85

AS JAPONESAS COLEGIAIS

DE MÁRCIA PINHEIRO

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A saia drapeada e amarrada combina com acamisa amassada; na linha Márcia PinheiroCollege (MPC), a jardineira de malha listrada,com camiseta de mescla solta no corpo

Larga, divertida, quase toda em marinho ebranco, ou preto e branco, a moda de verãotraz lembranças da década de 50, com aamplidão do estilo dos anos 80

MÁRCIA

Pinheiro abriu atemporada de lançamentoscariocas mostrando sua cole-ção de verão num meioT

termo entre a simples roupa penduradanas araras (cabides) e o grande desfile desalão. Fez um bom desfile no seu amploshow-room no edifício Fórum de Ipane-ma, ao anoitecer de sexta-feira.

Como já havia previsto em maio, sualinha está ligada às inúmeras viagensfeitas ao Japão, e às muitas adaptaçõespelos estilistas japoneses do tradicionalestilo College americano. É curioso ver asidéias sutis, que não vão dar margem aaproveitamentos de guarda-roupas tradi-

cionais da década de 50, mas vão trazerde volta imagens nostálgicas de épocaspassadas. Como na abertura do vídeo-clipe Thriller de Michael Jackson, quan-do o cantor e sua parceira vestem jaque-tas, sapatos bicolores e meias soquetes,calças jeans justas e saia ampla, longa, acoleção de Márcia tem este ar jovial, ocolorido que exigem as tendências do

próximo verão, através dos filtros delançamentos franceses, e as modelagensousadas dos japoneses, que reduzem amaioria das roupas a grandes retângulos equadrados despontados.

Com tantos dados atuais, a coleção

lança: camisas pólos, imensas, em corcsluminosas; saias brancas ou calças largase curtas, de fustão branco, uma tiramarinho fininha, na barra (olha as mari-nheiras da moda-verão) enormes e amas-sadas camisas de linho cáqui ou brancoou cinza, jaquetas de algodão, combina-do com as meias soquetes (também com aassinatura Márcia Pinheiro) e sapatospesados, de sola grossa e couro forte.Lança ainda o jérsei luminoso, só empanos amarrados e drapeados no corpodas manequins, no dia do lançamento."Depois a gente tem que dar um jeito dearmar melhor, para poder vender aos

lojistas", ria Márcia, sentada no chão doshow-room, durante a entrada dos jérseisaudaciosos, curtos, decotados, quase semcosturas.

Não faltam os jeans, desta vez emtecido mais leve, creponado, em calçaslargas e longas, usadas com camisas demeia-malha amassada. Enquanto os con-juntos de calças e camisões de madraspastel parecem ousados demais comoformas para as brasileiras acima de 18anos, as saias de linho com nós e drapea-dos laterais são fascinantes para todas asidades. Nos acessórios, confirma-se ameia soquete, quase sempre acompanha-

da dc meias longas, brancas e rendadas' '

(será que vai dar para usar no calor?).Em todo caso, é bonito e feminiliza ostênis coloridos, de canos basquete, decano virado. A maquilagem neojaponesausa sombras vermelhas e rimei azul, cria-da pelo maquilador Júnior, do StudioJan. "

Em setembro, as novidades de Már- •cia estarão nas lojas, e também as pauFisí* j~tas ganharão uma boutique exclusiva dômarca, como as cariocas tem a sua, em'Ipanema. vi.

^IESA RODRIGUES

6 ? CADERNO B ? terça-feira, 86/6/84 JORNAL DO BRASIL

O ALERTA EM COMUM DOS MÉDICOSAsma, dificuldades de cicatrização, males diversos: a acupuntura, milenar ciência oriental, promete curá-los. Mas os médicos acupunturistas, reunidos em Bra-sília semana passada, advertiram contra os charlatães. Outra advertência, contra a febre reumática em crianças, é lançada pelo cardiologista Alberto de Oliveira

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FEBRE

REUMÁTICA

mais de 40 anos pesquisando sobre afebre reumática (publicou 148 traba-Ihos), o Dr. Alberto de Oliveira exa-minou, no serviço de Cardiologia do

Instituto de Puericultura e Pediatria da UFRJ (quechefiava) c na sua clínica particular, 20 mil pacien-tes portadores da doença, que atinge especificamen-te o coração e ataca articulações, pele, sistemanervoso central, pleura, pulmões, rins e outrostecidos e órgãos. Pior, ainda: 80% dos casos incidesobre crianças e adolescentes entre seis e 15 anos.

Visando alertar famílias de crianças nesta faixaetária e por ter a Organização Mundial de Saúdeconsiderado 1984 como o ano da criança com febrereumática, o Dr. Alberto de Oliveira (fellow of thcAmerican College of Cardiology entre outros títulos)está preparando um livreto intitulado Febre Reumá-tica — Profilaxia nas Escolas, a ser distribuídogratuitamente em escolas públicas e particulares detodo o Brasil.

Com o livreto, apoio da Fundação Dr. JoãoSeveriano da Fonseca, baseado no seu livro FebreReumática (Editora Guanabara-Koogan, 1983), ocardiologista espera conscientizar pais e professoressobre a febre reumática que, afirma, "é a maiorcausa de cardiopatias em crianças no Brasil."

No entanto, ciente de que uma publicaçãomédica, se se propõe a atingir um público leigo,deve ter linguagem acessível, compôs o texto dolivreto com a ajuda de sua filha, Lúcia NascimentoAraújo, professora.

A febre reumática é provocada por 68 tiposespecíficos do estreptococo beta-hemotílico do gru-po A, razão pela qual "até hoje não se conseguiufabricar uma vacina contra ela", informa o médico.Quando diagnosticada cedo. pode ser combatidacom pcnicilina e cortisona, mas, quando provocalesões das Válvulas mitral e aórtica, só se resolvecom cirurgia, colocando-se uma válvula artificial.Em crianças, pode ocasionar a morte. Por isso. "aprofessora deverá ficar atenta se a criança se cansarcom facilidade, seu coração bater desordenadamen-

te, tiver o peito saliente, não quiser brincar nemfazer esforço".

Os sintomas da febre reumática são, entreoutros: faringite (amígdalas vermelhas, grandes oupequenas, com secreção), adenoidite (inflamaçãodas adenóides, "pequenas amígdalas bem pra den-tro e atrás das fossas nasais"), etimoidite (inflama-ção do etimóide, "um osso dentro das fossas nasais,limitando com os seios da face") e rinite ("inflama-ção nasal").

Provocando febre baixa (no máximo 38°C),que desaparece em poucos dias, além de causar, em100% dos casos, dor de garganta, gera dores nasarticulações, atacando joelhos, tornozelos, punhose ombros. De acordo com o Dr. Alberto, cabe aospais e professores observar, por exemplo, se osgânglios do pescoço da criança estão inchados ("oque significa sempre infecçáo nas amígdalas", ga-rante). E se ela sente dor abdominal, outro sintomada febre reumática. "Sempre examiná-la com cari-nho, pegando no seu pescoço cuidadosamente",recomenda o cardiologista.

Ele também acrescenta que a febre reumáticaocasiona a queda do rendimento escolar, pelainstabilidade muscular e da atenção, durante asaulas: "E quando a doença atinge o cérebro,produzindo a coréia, antigamente conhecida comodoença de São Guido. Com ela, a criança não páradc se mexer e sua personalidade modifica-se naafetividade e nas relações com o mundo exterior, oque causa tanto depressão como irritação"

Erradicada nos países nórdiços, com raroscasos na Europa, houve I milhão 850 mil casos dedoenças cardíacas por febre reumática nos EUA.entre 1977 e 1980. No Brasil, pesquisa feita pelo Dr.Alberto em favelas cariocas, entre 1979 e 1982.apurou que a cardiopatia por febre reumática eratrés vezes maior que na índia.

Com o livreto, o Dr Alberto de Oliveiraespera chamar a atenção para o perigo que repre-senta a febre reumática, que, iniciando nas amígda-Ias, pode também atingir os rins, ou pelo processoreumático ou pelo impetigo ("feridinhas nas pernasc no resto do corpo"). E é transmitida por via oral.numa distância até nove metros, sendo mais fácil-mente disseminada em locais de condições sócio-econômicas baixas.

ACUPUNTURA

BRASÍLIA

— A constatação pura e sim-pies de que a medicina oriental noBrasil está infiltrada de charlatões eprofissionais duvidosos fez com que a

sociedade brasileira de acupuntura promovesse emBrasília um congresso nacional de acupunturistas.para discutir, sobretudo, a necessidade urgente daregulamentação da chamada "prática das agulhas".Com isso, a previdência social pretende implantar ométodo nos postos do INAMPS.

O encontro realizou-se entre os dias 16 a 20 dcjunho, no Centro de Convenções de Brasília. Alémda disposição unânime dos organizadores do Con-gresso de lutar, junto aos Ministérios competentes,para regulamentar a profissão do acupunturista, eda apresentação dé experiências feitas no Brasil,com sucesso, na área de analgesia, anestesia etratamento dos mais diversos males, o congressoteve um excelente saldo perante a opinião pública.

Tendo conhecimento do encontro, muitas víti-mas da asma (cujas crises são mais freqüentes nestaépoca de secura em Brasília) e outros males nãoresolvidos pela alopatia procuraram os congressistase foram prontamente atendidos. No espaço de meiahora, o economista Francisco Porto Coelho sanousua crise asmática, com a introdução de apenas duasagulhas metálicas no peito dos pés. O coreano EuWon Lee, que o atendeu, ainda descobriu, atravésde um exame rápido, feito no paciente, que além daasma ele tinha o fígado congestionado.

Eu Won Lee, 36 anos. dos quais nove noBrasil, é formado em medicina oriental e medicinaocidental, e mantém por conta própria um curso dcacupuntura para médicos alopatas na Vila Mariana.em São Paulo, no qual ensina várias modalidadesdessa ciência, como acupuntura, massagens, e atésoftlaser — aplicação de raio laser de baixa intensi-dade nos pontos, em substituição as agulhas tradi-cionais, para estimular o funcionamento de órgãosdo corpo e cicatrizar feridas.

Durante os cinco dias dc congresso. RafaelPortieri. de 18 anos de idade, recebeu de Won Leeaplicações dc laser no umbigo. Ele tinha se operadode uma vazão de ácido urico da bexiga para ointestino há cerca de um mês. sem que houvesse

cicatrização satisfatória. Na terceira aplicação, o :efeito já era visível.

Durante o encontro, o médico Norberto No-buro Aracaua apresentou numa das sessões o bebê.. igigante da Amazônia, do qual começou a cuidar-?<¦>,quando tinha dois anos e pesava 80 quilos. Graças a,"-,,um tratamento de acupuntura, conseguiu-se contra-" *lar o caso clínico de obesidade infantil, e hoje, aosseis anos, ele pesa 50 quilos.

Segundo o Dr Frederico Spaeth, presidente •das Associações Internacional e Brasileira de Acupumtura, e precursor desse método no Brasil(clinica no Rio de Janeiro há mais de 30 anos), a -Organização Mundial de Saúde já reconheceu acura pela acupuntura de mais de 50 males.

Mas aí é que está. Tem muita gente atuan-ido nesse campo sem competência, pondo em risco aivida de terceiros, e sem que a Associação tenhaiconhecimento — alerta Spaeth.

Daí, segundo ele. a necessidade de regulamen-tar a prática da acupuntura no Brasil, a exemplo de70 países.No Japão e na China, qualquer camponês,tem seu estojinho de agulhas para aplicar nos.' _primeiros socorros, como diarréia e dor de cabeça.*_ •mas nenhum deles se atreve a entrar nos campos daanestesia, cirurgia ou tratamentos mais complica-dos. porque isso é privilégio dus doutores emacupuntura — disse.

O francês Jean Claude Tvmowsky. uma das-maiores autoridades mundiais no assunto (graças aele a acupuntura foi regulamentada nos EstadosUnidos), falou no congresso sobre a prática naFrança e sobre o engano que muitos segmentos dasociedade brasileira têm em pensar que o processode regulamentação da acupuntura sofrerá pressõesdos laboratórios químicos.E verdade que os laboratórios não simpatí-'zam com a acupuntura, mas também não fazemmuita pressão. Na França, existem até aqueles queajudam na pesquisa da medicina oriental. O Brasiltalvez seja um dos países que mais necessitem dámedicina oriental, pois é um país pobre, e aacupuntura é eficaz, barata e não intoxica, como osantibióticos cm estômagos vazios. Não tem sido;fácil, porém, regulamentar a prática da acupunturano Brasil. De 1980 para cá dois projetos de lei nestesentido já tramitaram pela Câmara dos Deputados e*foram arquivados.

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JORNAL DO BRASIL terça-feira, 26/6/84 ? CADERNO B o 7

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FRANK E ERNEST BOB THAVES

ORÇAMENTOS ôRtfTIS OFICINA DOFRANK E DO ERNESX-^-^

ZEZÉECIA

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O SENHOR SEMPREDESÊdOU DIRIGIR

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CEBOLINHA MAURÍCIO DE SOUSA

CARLOS DA SILVA

HORIZONTAIS — 1 — fantasia; gracejo; 9 —relativo ou pertencente a alterações no núcleo deum átomo, ou que utiliza energia liberada por taisalterações; bomba atômica cujo poder explosivose fundeia na desintegração nuclear dos átomosde determinado elemento quimico que a compõe;10 — razão, motivo; 11 - divisão do reino animal evegetal; sépaia; 13 — que não foram editados oupromulgados; obras ainda não impressas; 15 —aquela que tem paixão por uma idéia ou doutrina;17 — não ser digno de, não ter direito a; 18 — localonde se armazena o peixe para ser negociado aosrevendedores' 19 — gancho empregado na procu-ra da âncora ou de eutro oojeto que esteja invisiveldebaixo da água; medida agrária, utilizada emDamão; 21 — região lombar do boi ou da vaca,entre a pá e a extremidade do cachaço; 22 —símbolo do elemento metálico de número atômico21 e peso atômico 44,96, escasso, mas largamen-te distribuído, sempre em combinação, associadoàs terras raras; 23 — forma arcaica da segundapessoa do plural do presente do indicativo doverbo ir; 24 — desinència de substantivos, adjeti-

• vos e pronomes, para lhes dar a designação, darelação sintática, em determinados idiomas; cadauma das formas de um substantivo, pronome ouadjetivo, nas línguas flexivas, que exprimem asvárias relações (como as de sujeito, objeto, possui-dor ou coisa possuída) em que estas palavraspodem estar com outras palavras em uma senten-ça; 25 — pé métrico latino ou grego, composto deduas sílabas, uma breve e uma longa;. 27 —desinència denotativa do grau comparativo dosadjetivos; 28 — ódios; aversões.VERTICAIS — 1 — magistrado incumbido deverificar a execução das leis em Atenas. Esparta eoutros Estados gregos; 2 — compartimentos isola-dos para trabalhos particulares; 3 — acertáramospelo tino; 4 — anteparo de madeira ou arame, nashastes dos arbustos; parte da culatra do canháo; 5— sufixo que denota o grau diminutivo; 6 —barbatana que guarnece a cauda dos peixes, comlobos iguais, com continuação da coluna vertebral(pi ); 7 — muro baixo situado diante da muralhaprincipal, nos fortes antigos; véu próprio pararecobrir os objetos da igreja; 8 — tipo de punhal

usado antigamente na península hispânica; 12 —denominação dada a um oxido do ósmio; qualifica-tivo atribuído aos sais em cuja composição seutiliza esse óxido (pl.); 14 — cimeira bipora; par denúcleos haplóides associados mas náo fundidos,unidos em uma célula por união de hifas positivase negativas, como nos fungos da ferrugem, ecapazes de continuar a divisão conjugada antes dasua última fusão; 16 — reunir em mocambos;esconder; 20 — brocado precioso fabricado naPérsia; 26 — símbolo do elemento metálico denúmero atômico 12 e peso atômico 24,32. Léxi-cos. Mor, Melhoramentos e Casanovas.

flOLUÇOES DO NÚMERO ANTERIORHORIZONTAIS — iluminuras; batatifago; age;arabus; mariposas; ero; nob; tatarema; agomila-das; rem; matapa; amis; tâ; ti; teoros.VERTICAIS — ibametaras; lagaragem; uteroto-mia; ma; itapirim; niro; ufas; rabanada; aguso;sos; basais; am; elate; matão; apto

Correspondência para: Rua das Palmeiras, 57ap. 4 — Botafogo — CEP 22.270.

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ÁRIES — 21 do 3 a 20 do 4Iniciativas tomadas de forma coerenteresultarão em aumento de seu conceitoem termos profissionais. Negócios beminfluenciados. Prove sua generosidadededicando-se mais a ajudar o próximo.Alegria em inesperada visita que motivaráseu ambiente familiar. Saúde sem alte-ração.

TOURO — 21 do 4 a 20 do 5Risco de complicação em problema finan-ceiro que lhe exigirá atitude cautelosa ediplomática. Seu espírito empreendedorserá altamente valorizada. Adoío de cva-rentes na solução de problema de granaeimportância íntima. Dedicação no relacio-namento amoroso. Saúde inalterada.

GÊMEOS — 21 do 5 a 20 do 6Uma atitude enérgica e objetiva deve sertomada visando fortalecer seus negócios.Palavras ditas impensadamente podemrefletir de forma negativa no contato comparentes próximos, quebrando a harmo-nia existente. Um encontro inesperadopode alterar seus sentimentos. Saúdeboa.

CÂNCER — 21 do 6 a 21 do 7Dia disposto profissionalmente em climade disposição e grande iniciativa para ocanceriano. Humor mutável gerando in-compreensão no plano pessoal. Surpre-sas em relação a parentes hoje afastados.Conte com carinhosa manifestação dapessoa amada. Saúde boa. Evite ex-cessos.

LEÃO — 22 do 7 a 22 do 8Profissionalmente, o leonino hoje estaráimerso na rotina diária, sem maiores oumenores manifestações de destaquepessoal. Bom período para a solução dependência judiciais. Evite polêmicas oudiscussões em família. Plano sentimentalharmônico. Saúde neutra.

VIRGEM — 23 do 8 a 22 do 9 —Suas atitudes relacionadas à profissãodevem ser dotadas hoje de audácia. Me-lhora nas condições financeiras. Procuremanter atualizados seus assuntos pes-soais. Vivência familiar tranqüila. Tratosentimental em fase de instabilidade.Saúde regular.

LIBRA — 23 do 9 a 22 do 10Procure impor sua personalidade nas rela-ções de trabalho, superando este mo-mento de neutro posicionamento astral.Procure dar maior apoio a todos aquelesque o cercam visando o gratificante diálo-go familiar. Você pode viver um grandemomento romântico. Saúde inalterada.

ESCORPIÃO — 23 do 10 a 21 do 11Bom período para as atividades criativas ede estudo. Beneficamente dispostos to-dos os contatos que visem sua promoçãosocial. Viva intensamente este dia dedisposição astral altamente benéfica parao amor. Ternura e dedicação. Saúdeneutra.

SAGITÁRIO — 22 do 11 a 21 do 12Boa receptividade para quaisquer novosempreendimentos financeiros. Procureexpandir-se um pouco mais. Conte comtoda a harmonização possível no planofamiliar. Fase positiva para o trato deassuntos sentimentais em momento defascínio diante do sexo oposto. Saúderegular.

CAPRICÓRNIO — 22 do 12 a 20 do 1Fase de neutras indicações em todos osassuntos ligados a negócios e finanças..Otimismo e perseverança em bom mo-mento pessoal. Aproveite o período defavorabilidade para que sejam aprofunda-das as relações familiares. Amor semalteração. Ternura e carinho. Saúdeneutra.

AQUÁRIO — 21 do 1 a 19 do 2Dia disposto favoravelmente para atitu-des que resultem em sucesso e lucroimediato. Setor financeiro em momentode bom equilíbrio. Relacionamento socialfavorecido. Bons aspectos na vida fami-liar. Boa convivência com a pessoa ama-da. Saúde sem alteração

PEIXES - 20 do 2 a 20 do 3Grande êxito em novas decisões ligadasaos negócios e a finanças. Acentuadatendência para atividades de caráter be-nemerente e filantrópico. Vivência do-méstica em periodo de estabilidade afeti-va. Carinho e dedicação. Saúde inalte-rada.

LOGOGRIFO JERÔNIMO FERREIRA

PROBLEMAN° 1 656

R R B

v

N F Tcostas (5)diapasão (6)

3. dividir em lotes (6)hidróxido de litio (6)

|acareubfl (6)|ogo de azar (7)lamaçal (7)lentidão (6)

9. letra de uma ópera (7#10. ligação (5)11 lima de trés quinas (6)12. língua do Lácio (5)13. lóbulo (5)14. polir (5)15. posto à entrada (7)16. relativo à Igreja de Roma (6)17 relativo ao lombo (6)18. tabuleiro de terra (5)19. tornar livre (8)20 trabalho (5)Palavra-chavo14 letras

Consiste o LOGOGRIFO em encontrar-se determinadovocábulo, cujas consoantes estão inscrita* no quadroacima. Ao lado, à direita, é dada uma re»*çào de vintt»conceitos, devendo ser encontrado um sinônimo para cadáum, com o número de letras entre parênteses, todoscomeçados pela letra inicial da palavra-chave As letras detodos os sinônimos estáo contidas no termo encoberto,respeitando-se as letras repetidas.Soluçô«« do problomr n° 1 655 Palavra-chave RAPSO-DOMÀNTICOParciais rodopio; racimo; rotina; ripio, ronda, ricto. rodio,npado; radiosa, romani. ritmo; rocioso. roçado; riscado;ramoso. ricota, racista, nsota. radiano. riton

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2

DRUMMOND

FOTOS, DIVIDAS, BALDES

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minha rua houve ccrta movi-mentação cm torno das fotos daatriz llka Soares numa revista"para homens", de São Paulo.

Os que não as tinham visto queriam vê-las; eos que viram tinham duas opiniões: unsaprovavam integralmente, outros preferiamnão ver a artista exposta numa publicaçãopara homens. Ilka é geralmente querida porsaber reunir beleza e simpatia. Eu me intei-rei do assunto, contemplei as fotos e deu-mevontade de repetir o inesquecível PedroNava.

Ele tinha o costume, em seus livros dememórias, de relacionar fisionomias de nos-sos contemporâneos a figuras clássicas dapintura universal. Mostrava Rembrandts emJuiz de Fora, Tintoretos no Colégio PedroII, um Vèrrocchio no Cosme Velho. A fotomaior de Ilka lembrou-me a Vênus de Lo-renzo di Credi, na Galeria dos Ofícios emFlorença. A postura não é a mesma, poréma castidade das velaturas autoriza a compa-ração, e prova que o nu total não é a maisestética revelação do corpo humano: restamgraças mais sugeridas do que mostradas. A

meu ver, a nossa atriz teve a sutileza deencontrar o ponto certo em que a fotografiaencanta sem fugir à verdade. Aprovada.

Mas junto à banca de jornais também sediscutia Cartagena, que Bolívar chamou de"cidade heróica". Sendo o heroísmo, hoje,mercadoria de consumo escasso, o que ali seinstalou, modestamente, foi uma reunião dechanceleres e Ministros da Fazenda de pai-ses devedores, para cogitar de como pagarou não pagar seus débitos a banqueirosinternacionais. Não pagar é evidentementemais confortável do que pagar, mas existemcredores (ou todos os credores são assim)que têm opinião contrária a essa, e daíresultam pressões e mais pressões aborreci-das, para não falar em conseqüências maisgraves.

Aqui o colunista, sempre que ficou aper-tado em matéria de finanças, não lhe passoupela cabeça reunir outros apertados do seuconhecimento para discutir uma estratégiacomum de livrar-se dos credores. Furoumais alguns orifícios no cinto e quitou-se,menos por heroísmos do que por medo de

ver penhorados os seus tarecos. Mas. tratan-do-se de nações, parece que a escrita deveser outra. Os furos no cinto são substituídospor assembléias de devedores, onde se fa-zem discursos patéticos e se cultiva a ilusãode que uma dívida não é uma dívida, rtiasuma novela de televisão, que pode durar atéo infinito, com total liberdade de mudançade caracteres de personagens. Ah, como émelhor ser país do que ser cidadão! País nãopaga imposto de renda, não presta serviçomilitar, e estando endividado contrai maisdívidas para pagamento de juros vencidos."O importante é honrar os juros", teria ditoo Ministro Galvêas, pelo que leio numacoluna especializada. E acrescenta: "Osbanqueiros sabem disso. Vamos continuarpagando os juros vencidos com os créditosnovos." Eis a fórmula! Para que o exercíciodo blablablá em Cartagena, se tudo ficaresolvido deste jeito mágico e simples?

Enquanto nossos prezados dirigentes sedistraem brincando de dívida externa, res-peitáveis senhores de posses distraem-sepreparando balões colossais para honrar osqueridos santos de junho. Já não são os

garotos que buscam lançar ao céu humildescriações de papel de seda e bucha singela,que cumprem a tradição junina. São cava-lheiros capazes de despender milhões numprojeto intitulado majestosamente de Kingof Kings, ou, mais doméstico, de "Filho doRei", que tem apenas 20 metros de altura,quando aquele chegou a 54. Fazer balão,soltar balão é hoje o esporte (?) maissofisticado, mais caro e nada perigoso, poisse o balão cair e queimar prédios e matas,serão sempre matas e prédios alheios, nuncade nossa propriedade. O baloeiro só não éuma profissão nobre porque exercida porpessoas de outras altas profissões, até, creio,oficial de Marinha. Então ganha a dignidadelateral de esporte.

Urge a criação de uma entidade que sechame Associação ou Conselho Nacional deBaloeiros, para defesa dos interesses daclasse e aprimoramento de suas atividades.Ficam proibidos de ingressar nesse órgão osincendiários propriamente ditos, que tacamfogo direto nas propriedades. Estes sãocasos de polícia. Os outros criam atrações

turísticas. Que tal um campeonato junino debalões de grande porte, como evento patro-cinado pela Embratur?

Restaria falar uma palavra sobre a gaso-lina, que fecha este primeiro semestre de 84dando-se ao luxo de custar 890 cruzeiros olitro — quase que eu ia dizer o vidro, poisessa altura dos acontecimentos bem se podecompará-la a um perfume. Vai chegar o diaem que namorados e namoradas se presen-tearão com pequenos e artísticos frascos degasolina. Para encher o tanque de seuscarros? Não. Para cau de toilette. Os carrosque esperem melhores tempos, nas gara-gens.

FRASE DO DIA

De Millor Fernandes, em Flávia, Cabeça,Tronco e Membros:"Quando eu nasci vendiam escravos.Hoje, ninguém mais compra escravos. E osescravos andam livres por aí sem ter ondecolocar a sua escravidão."

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Marco Antonio Cavalcanti

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Disco e Bola, de 1982, Objetode Aço, de 1978, são algumasdas peças expostas. Numafolha de bloco o artistarelaciona os objetos para seucontrole pessoal da mostra. Eressalta que não se trata deum desenho seu

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determina um pouco a arte. Os dias que se vivemhoje, ele os acha muito confusos.

Mas talvez seja um bom momento para aarte, que sc sente muito a vontade em instantes deindefinição.

Como as artes plásticas têm refletido isto.Waltércio não saberia sentitetizar. O que têm feitoos artistas agora, ele também prefere não genera-lizar.

Há algum tipo de produção interessanteque está vendo este momento de forma crítica —di/., sem citar nomes, para logo em seguida acres-centar: — Mas na realidade o que importa é otrabalho, como atua no real.

No seu caso, cada trabalho faz percurso com-

pletamente diferente de outro. Assim, ele chegouao Recém-nascido (objeto redondo, pintado de azulclarinho, com um furo fora de centro, através doqual se vê a parede em que estiver dependurado,criado em 1 <>76, e em exposição na GB) ou aoEspectro criado com placas de isopor ("isopor cespuma de dinossauro, porque é a espuma dopetróleo e o petróleo se forma em camadas proíuii-das de fósseis") por caminhos diversos.

b certamente nada parecidos com o momentodo gênesis de Algodão (aquele do rolo industrialcom vidro). Que começou a existir num dia em queWaltércio sc indagava se Ficasso teria ido para oparaíso ("sou ateu praticante") ou para o inferno.Chegou à conclusão de que Picasso foi para oparaíso. Mas como chegou ao rolo de algodão,conta.

Deixe a lacuna que é mais bonito.Uma coisa, porem, é segura. Qualquer objeto

pode ser encerado de outra maneira que não ausual.

Um pouco do meu trabalho é isso: fazer apessoa estranhar uma coisa que já sabe o que é. Aidéia d esta, ficar atento ao acaso.

Esta c a disponibilidade que deve ter quem forconhecer o Aquário Completamente Cheio, o Alg-odão Negativo ou o Disco e Bola. na última exposi-ção de Waltércio Caldas, antes de ele embarcarpara os listados Unidos.

CLEUSA MARIA

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WALTÉRCIO CALDAS

OLHAR ESTRANHO «

Marco Antonio Cavalcanti

GRAFISMO NO MAM

(A SOLIDARIEDA DE ALEMA EM 500 PEÇAS

ALGUNS

artistas já são conhecidosaqui, pela participação nas Bienaisde São Paulo — Schumacher, An-tes, Sonderborg. Mas "Gráficos

Contemporâneos Alemães", coletiva de 106artistas, no Museu de Arte Moderna, é princi-palmente a apresentação do que há de maisexuberantemente jovem na arte daquele país.

A exposição, que ficará aberta até 15 dejulho, destaca-se também por seu carátersentimental. As serigrafias, cartazes, pinturas,gravuras e livros de arte que estão no primeiroe terceiro andares do MAM foram doados aoseu acervo pelos artistas, solidários com areconstrução do que se perdeu com o incêndiode 1978.

É um lote de 500 peças recolhidas graçasao empenho de René B. Lúcio, artista plásticobrasileiro, ex-aluno do ateliê de gravura doMAM, que, residindo agora na Alemanha,mobilizou seus contatos locais e conseguiu empouco tempo esse expressivo conjunto artísti-co. Na exposição, onde está apenas um terçodesse lote, ao lado dos trabalhos dos gráficos,foi colocado um quadro de René. lem umfundo com as cores da bandeira alemã e sobre

elas René colocou uma folha de telex, ondeescreveu: "Viva o MAM".

— Essa exposição é muito especial paranós — diz Neusa Garcia, chefe do Departa-mento de Exposições do Museu. "Além denos apresentar artistas novos e talentosos,marca o carinho do povo alemão com a gente.Essas doações enriquecem nosso acervo, aju-dam o MAM a se reerguer mais um pouco".

Segundo o crítico Marc Berkowitz, queorganizou a mostra junto com o gravadorbrasileiro Rossini Perez, artisticamente ela "é

bem-comportada, sem provocações nem téc-nicas revolucionárias, mas consistentementede bom nível — o que hoje não é tão fácil deencontrar". Mas destaca também: "revela agenerosidade dos artistas alemães."

Coube ao Instituto Goethe, do Rio,parte importante nesse pool de solidariedade,que uniu ainda a Lufthansa, a Vasp e oConsulado Brasileiro em Munique. O Institu-to organizou uma exposição em Munique,quando foi oficilizado o ato de doação, em1981, e também providenciou molduras, catá-logos, cartazes, seguro e organização da expo-sição do MAM. Em troca desse esforço, oInstituto Goethe assinará o patrocínio de

"Gráficos Contemporâneos Alemães", quedepois do dia 15 segue para São Paulo e váriascidades brasileiras. Mais tarde a exposição vaià Argentina, Uruguai, Chile, Bolívia, Colôm-bia, Peru, Venezuela e México.

É uma exposição de alto nível profissio-nal, com artistas dominando suas técnicas cominteligência.

— A arte contemporânea alemã é inter-nacional, como não poderia deixar de serneste mundo de comunicações quase imedia-tas", escreveu Marck Berkowitz no catálo-go."Existem certas tendências artísticas e po-Ííticas que talvez se observem mais na Alemã-nha, como por exemplo a preocupação com aecologia".

Essa temática de fato pode ser vista emtrabalho como "A bacia Amazônica. O pei-xe", de Rainer Wittenborn, uma serigrafia de1975, ou ainda "Ação na paisagem", deJuergen Moebius, fotografia sobre tela de1975. Mas há trabalhos puramente concei-tuais, como o "Auto-empacotamento", deHelena Frenzel, offset de 1979, e outrospedindo técnicas emprestadas à colagem, co-mo "Cargas", de Otto Dressler, de 1971, umaserigrafia.

Hanna Frenzel: Auto-Empacotamento, offset (85 x 119)

DUAS

pastilhas de chicletes, tamanhogigante, em mármore de Carrara, re-pousando sobre o piso da galeria; umchumaço de algodão em negativo, nu-

ma foto de parede; três placas de isopor de doismetros de altura e uma face cega, denominadasEspectro; um rolo de algodão industrial, envolto emseu papel azul sob uma placa de vidro. Isso é arte?— já lhe perguntaram muitas vezes. E ale sempreresponde:

Arte é isso.As criações e as palavras são do artista plástico

Waltércio Caldas, que, depois de oito anos ausentedo circuito carioca como esse tipo de exposição,mostra a partir de hoje, até o dia 12, II de seusobjetos, do período 1976-84, na GB (GravuraBrasileira), no Shopping Cassino Atlântico.

A palavra arte, escrita na fachada da Galeria,foram acrescentados dois parênteses.

Uma maneira de explicitar meu trabalho,'que é mais uma arte entre parênteses do que semparênteses — ele diz.

Um desses trabalhos — o disco de ferro,pesando 64 quilos e apoiado numa esfera — um diaantes da inauguração da exposição, encontrava-seem reparos na sala de seu apartamento no Leblon.Ambiente despojado, de poucos móveis e objetos.Numa mesinha de canto, um buquê de Risas,outrora vermelhas, secou, perdeu a cor, mas perma-

nece com intato enfeite. Ao lado, um quadrado detronco petrificado, a única recordação que conse-guiu trazer de uma viagem a Ouro Preto. Não énada chegado ao barroco mineiro.

Tomando vinho do Porto, Waltércio hesitabastante a cada pergunta. Não porque lhe faltem aspalavras, mas porque não está certo se dará respos-tas suficientemente claras e abrangentes. Diz umacoisa, pára no meio, ou volta atrás e diz o contrário.

— A arte é uma coisa que não dá paraexplicar. Náo sei também se a palavra é explicar.Falar sobre a arte náo é arte.

Preocupa-se o artista, de malas quase prontaspara uma temporada em Nova Iorque ("no momen-to, quero dar um tempo de Brasil"), onde já esteveneste primeiro semestre. De janeiro a fevereiro,expôs uma síntese de seu trabalho no Museum OfArt (na Rhode Island School of Design), perto deNova Iorque, e desde o princípio de maio até o finalde julho cinco criações suas serão vistas no Centerfor Inter-American Relations, na própria cidade. Esua primeira experiência com exposições individuaisna América, e ele se diz muito satisfeito.

Sua última exposição de objetos no Rio foi cm1976, no MAM. Nos últimos oito anos, mesmovivendo aqui, esteve mais voltado para São Paulo.E para o público carioca só fez mesmo dois ambien-tes: o ping-ping ("um jogo de ping-pong semretorno, prosseguindo na construção de abismo que

caracteriza meu trabalho") e O é Um, no EspaçoABC da Funarte.

Aos 37 anos, 17 nas artes plásticas, ele achaengraçado ser chamado ainda de "artista jovem". Ejá se conformou em fazer Bodas de Prata "comoartista de vanguarda". Acha até melhor que sejaassim. Para Waltércio, a palavra vanguarda noBrasil contém tudo.

Tudo o que não se sabe direito o que é, évanguarda.

Nada de estranho — relaciona ele — num paísque durante 20 anos identificou os Rolling Stonescomo os sucessores dos Beatles. E que, de um diapara outro, percebeu que Rolling Stones já eramRolling Stones há muito tempo.

Sempre num extremo do sofá, camiseta esapatilhas da moda (as pretinhas chinesas), Waltér-cio acha (é o verbo que mais usa para emitir suasopiniões) que no atual momento brasileiro estáacontecendo de tudo. Mas pouco do que acontecelhe tem interessado. Está acostumado a ver a artecomo idéia, e não como simples extravasamento do"sensível". E ele mesmo pergunta:

Oue tem este trabalho a ver com política?— E responde: — Eu prefiro trabalhar dentro dapolítica da arte.

Não que ele considere o artista um ser isolado,alienado, "porque trabalhar com a arte em si já étrabalhar com a realidade". O real, pensa o artista,

Waltércio Caldas expõe 11 objetos na GB antes de embarcar para Nova Iorque

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