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per030015_1986_00048.pdf - Coleção Digital de Jornais e

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JORNAL DO BRASIL©JORNAL DO BRASIL S A 1986

TempoNo Rio e em Niterói,nublado com perío-dos de melhoria, epossíveis instabili-dades nas regiõesserranas. Tempera-tura estável. Visibi-lidade boa a mode-rada. Máxima de on-tem, 31,7, em Bangu;mín: 19,8, no Altoda Boa Vista. Fotodo satélite e tempono mundo, página 12.

LotoDois apostadores(Sáo Paulo e Itabu-na-BA) acertaram asdezenas 03,12,17,18e 92 do concurso 322da Loto e cada umreceberá Cz$ 4 mi-lhões 518 mil 477,51.(Página 12)

Rio de Janeiro — Segunda-feira, 26 de maio de 1986 Ano XCVI — N° 48 Preço: Cz$ 4,00

Esportiva

iabd riObituárioChester Bowles, 85.Executivo e políti-co ligado aos demo-cratas. Em Essex.(Página 12)

MariaMaria, Rainha daPaz, foi homenagea-da no último domin-go do mês que lhe édedicado com pro-cissão e missa ceie-brada pelo CardealD. Eugênio Sales.(Página 4)

Rio limpoFEEMA liberou aelevatória de SantaCecília, em Barra doPiraí, afastando aameaça de falta deenergia e de águaque pairava sobre oRio. (Página 5)

AviaçãoChegam no final dejulho os dois pri-meiros Boeing 767da Varig, que já es-tão prontos para aentrega. (Aviação,página 14)

InformáticaNo Rio, a mais novaempresa de desen-volvimento de soft-ware (programas decomputador), se ins-pira em Dom Quixo-te de La Mancha aocriar sua marca e ho-menageia Voltaireem seu primeiroproduto. (Página 13)

Bicho legaiBanqueiros do jogodo bicho e políticosse reuniram em Ca-pão da Canoa, no lito-ral gaúcho, para pe-dir a legalização dojogo. Aniz AbraãoDavid, Paulo Andra-de, filho de Castor, eo deputado MárcioBraga, do PMDB, par-ticiparam do encon-tro, promovido peloprefeito Egon Birle,do PDS. (Página 7)

MenoresEncontro Nacionalde Meninos e Meni-nas de Rua reúne emBrasília 428 meno-res carentes de todoo país- (Página 7)

TelefoneEmpresários, autori-dades do governo eprofissionais liberaisestáo usando o Teles-trada, sistema de co-municação criadopara os caminhonei-ros, como telefonemóvel. (Página 6)

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Guadalajara/Móxlco — Foto de Almir Veiga%A^A„...., ,. ¦ A^'_____^ *¦ \ -,,, ji^ ^ y, If *!i:|:::*^f *| t

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Nelson propõeque PMDB façaconvenção logo

O senador Nelson Carneiro, presi-dente do PMDB do Rio, vai anunciar,amanhã, em reunião da Executiva, que écandidato à sucessão do governadorLeonel Brizola e propor que a conven-ção do partido seja antecipada para o dia21 de junho. O senador está convencidode que será escolhido candidato porcontar com o apoio da bancada federaldo PMDB, da quase totalidade dos pre-feitos do interior e da maioria dos dire-tórios zonais. A reação dos adeptos deMoreira Franco à proposta de antecipa-ção da convenção foi imediata. O prefei-to de Petropolis, Paulo Rattes, disse quese trata de um golpe do senador e queNelson já não conta mais com o apoio de95% dos prefeitos eleitos pelo PMDB noEstado do Rio. Paulo Rattes vai pro-curar o prefeito Saturnino Braga paradiscutir a formação de uma coligaçãoPMDB-PDT em torno de Moreira Fran-co. Um assessor do Planalto disse que opresidente Sarney gostaria da chapa Mo-reira Franco-José Colagrossi. (Página 3)Casagrande empenhou-se muito, marcou um gol e foi um dos destaques contra o Universidad

Zico enfrenta Espanha se nada sentir no treinoApesar da incerteza do médico

Neilor Lasmar, Telê está otimistacom relação à presença de Zico nojogo contra a Espanha — que eleconsidera decisivo para a afirmaçãoda Seleção, O jogador participará dotreino de quinta-feira com o Deporti-vO de Guadalajara e o técnico garanteque se ele nada sentir está escaladopara a partida de estréia na Copa.

Com dois gols de Careca e umde Casagrande, a Seleção derrotoupor 3 a 1 o Universidad. Houveapenas duas substituições: Josimarentrou em lugar de Edson e Müllerno de Casagrande. O time volta ajogar amanhã. A Itália, mesmo comuma fraca exibição — só melhorouao trocar cinco jogadores —, goleoua Seleção da Guatemala por 4 a 0. AEspanha derrotou o Los Angeles dePuebla por 3 a 1.

O Vasco manteve a liderança daTaça Rio de Janeiro ao vencer oMesquita por 1 a 0. O Fluminenseganhou da Portuguesa por 2 a 0. OBotafogo derrotou o Bangu por 1 a0; o Flamengo bateu o Goitacás por1 a 0; o América venceu o Olariapor 2 a 0 e o Campo Grande impôs-se ao Americano por 1 a 0.

Nigel Mansell, da Inglaterra,ganhou o Grande Prêmio da Bélgicade Fórmula-1, más Aírton Senna, aoconquistar o segundo lugar, assumiua liderança do Campeonato Mundialde Pilotos. Ele tem 25 pontos contra23 do francês Alain Prost, 18 deMansell e 15 de Nelson Piquet,que abandonou a prova de ontemdevido a problemas em seu carro.

ESPORTESAmérica Centralainda divergesobre Contadora

Cinco presidentes centro-americanos aoencerrarem a reunião de cúpula em Esquipulas,Guatemala, prometeram apoiar a Ata de Conta-dora mas não superaram as principais divergên-cias que impediram até aporá a assinatura doacordo. A Nicarágua insiste em nâo reduzirtropas nem suspender a importação de armasenquanto os EUA continuarem ajudando oscontras.

Na Colômbia, os primeiros resultados daeleição presidencial confirmavam a esperadavitória do liberal Virgilio Barco Vargas, de 65anos. Barco mantinha uma vantagem de 22,2%dos votos apurados sobre o candidato do Parti-do Conservador, governista, Álvaro Gomez,

3ue já reconheceu a derrota. A eleição se

esenrolou em clima de carnaval, com inciden-tes menores e isolados no interior. (Págs. 8 e 9)

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Washington — Foto da AFPIlil Mm.AAA:-''-.yr:rr- !rAA'iãA ' ' : ,:-'....¦.

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Impasse sobreinformáticapreocupa IBM

Reagan, mulher e filha cantam, de mãos dadas, na Casa Branca

Corrente contraa fome une trêsmilhões nos EUA

Uma corrente humana contra a fome, aolongo de 7 mil quilômetros, formada por maisde 3 milhões de americanos de mãos dadas,cruzou os Estados Unidos, de Nova Iorque aLong Beach, na Califórnia. A campanha visa àarrecadação de 50 milhões de dólares, embenefício dos pobres e desabrigados no paísmais rico do mundo. Em Washington, Ronalde Nancy Reagan também participaram.

— É um momento mágico — afirmouYoko Ono, ao lado de Liza Minnelli, noParque Battery, em Nova Iorque, onde acorrente começou, pela mão de Amy Sher-wood, seis anos, pobre e desabrigada. Osorganizadores do evento foram os mesmos quepromoveram, ano passado, o movimento USAfor África. Cada participante da corrente cola-borou, com, no mínimo, 10 dólares. (Página 9)

O presidente da IBM Brasil, RobeliLibero, reconhece que os Estados Unidosameaçam com sanções comerciais porque nãopodem exportar quase nada em produtos deinformática para o Brasil. Representante noBrasil da maior indústria de computadores domundo, Libero — nascido em Minas Gerais— garante que a solução do impasse em tornoda Lei de Informática está no encontro deáreas comuns de atuação.

Ele acha que essa busca pode levarmeses e acrescenta que mesmo a IBM —prestes a completar 70 anos de atividadesno Brasil — sofre limitações por parte dogoverno brasileiro: cresce apenas 10% aoano, quando seu potencial indica a possibili-dade de um crescimento de 30%. (Página 13)

Foto de Marcelo Carnaval

Secretário de Saúde, Cláudio Amaral, acompanliou as provas

Pecuarista dizque bispo armae explora índio

O bispo de Roraima, dom Aldo Mongia-no, foi acusado pela Associação dos Criado-res de Nelore do Brasil de orientar os padresde sua diocese para "entregar armas aosíndios e instigá-los contra civilizados" e deobrigar os "índios a extrair ouro e outrosminérios, no regime de escravidão branca,uma vez que não paga salários".

A denúncia foi feita ao ministroda Justiça, Paulo Brossard, e assinadapelo presidente da entidade, José Ma-rio Junqueira de Azevedo, que reclama:"Lamentavelmente, a CNBB, que se dizdefensora dos direitos humanos e con-tra a violência no meio rural, em vez decondenar a atitude de um dos seus membros,-vem dando cobertura ao mesmo". (Página 7)

Extorsão leva àprisão tenente, %detetive e PM S

O detetive Kenkichi Nakamura, 51, daDelegacia de Entorpecentes, o primeiro-tenente Marco Antônio Torres de Araújo,32, e o soldado Irapuan Coutinho da Silva,35, ambos lotados no Nucoe, do Batalhão deChoque da PM, foram presos em flagranteem Angra dos Reis sob acusação de extorqui-rem, mediante ameaça de seqüestro, o co-merciante Manoel Cirilo de Souza. t .

Os três policiais foram surpreendidos naporta da agência do Unibanco quando rece-biam do comerciante a quantia de Cz$ 8 milem troca da liberdade deste último, que ha-via comprado uma motocicleta CB-400 rou-bada no Rio. O tenente e o soldado esta-vam em um Escort vermelho, também rou-bado, onde se encontrava ainda a pessoa quevendera a moto ao comerciante. (Página 12)

Segurança totalmarca concursopara os médicos

Anulado cinco meses atrás por quebra desigilo, denunciada pelo JORNAL DO BRASIL,o concurso de médicos para a rede públicaestadual e municipal foi realizado novamenteontem sob rigorosas medidas de segurança. Destavez, foi reduzido de 80 para 20 o número depessoas que manipularam as provas, elaboradasnum andar da Fundação Escola de Serviço Públi-co interditado a estranhos. Dez mil médicosconcorreram a duas mil vagas.

— Todas as cautelas foram tomadas.Disco voador todo mundo pode ver, masaté agora nossos radares não detectaramqualquer irregularidade — comentou o presi-dente da Fundação, Eckel de Souza, que iso-lou 54 pessoas na Imprensa Oficial por trêsdias para a impressão das provas. (Página 5)

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2 ü Io caderno ? segunda-feira, 26/5/86 Política JORNAL DO BRASIL

Contra oCongelamento

Ricardo Noblat

ESTÁ na hora de descongelar o país.

Segurados os preços, manietada a infla-..ção, ultrapassado o risco da crise política eciecenômica que ameaçava a estabilidade do'; -governo, parece madura a ocasião para que'

se retome o debate das mazelas nacionais. OÍOTesidente da República não pode se queixar"dasugestão. Governante algum, no passado,"Cavalgou inimagináveis índices de populari-

dade que alcançaram piques de mais de 90%de aceitação plena. Pacote algum, por mais

ifbem embrulhado que tenha sido, obteve a-T.jgraça, conferida ao que serviu à mágica do: criizado, de obter a quase unanimidade da^•pação. Nada demais, portanto, em se voltar"'á^enxergar a realidade.;,_,,; -. O cruzado que perdoe e dê licença, mas1elenão bastará para que a administração do^presidente José Sarney passe à história como^templo notável de atuação para remarcar,

'•?pára melhor, o quadro de injustiça socialherdado dos últimos 21 anos de autoritaris-

jí,mo-— e mesmo dos anos anteriores a eles.~>Quebre o sUêncio prudente o cientista Hélio

.ojàguaribe e ofereça ao debate público a. -dolorosa fotografia do país registrada pela'Sensibilidade dos pesquisadores do Instituto0dç Estudos Políticos e Sociais. Ela mostrará,

VpQr exemplo, que o mesmo Brasil que dispõevTde Ú111 PIB de 310 milhões de dólares conta'""com 38 milhões de pessoas em estado de.miséria.

7-y. No país de um dos mais modernos^parques industriais do mundo, os 50% da'.população mais pobre têm acesso, apenas, ayi$% da renda, enquanto 33% da renda estão

concentrados nas mãos de 5% da populaçãomais rica. Os que têm o privilégio de integrar

($& minguada fatia de 1% dos mais ricos são'-•dorios do mesmo percentual de renda com-' ^partilhado pelos 50% mais pobres: exata-

mente 13%. A Coréia do Sul e a ColômbiaSjèxibem índices de mortalidade infantil me-';-nós cruéis que o nosso, que é de 65 crianças

por mil nascidas vivas. Pelo menos um terçodgs famílias brasileiras vive em estado de

p subnutrição, em condições inferiores às da! Turquia e Egito.

O estudo orientado por Jaguaribe cha-; ma atenção para o abismo que existe entre a; moderna sociedade industrial e os enormes| contingentes procedentes da área rural.: Cresce a população agrícola a taxas superio-i res a 2,5% ao ano, enquanto o crescimentoí da taxa de emprego rural, nos últimos 10\ anos, foi igual a zero. O resultado foi a! migração de 15 milhões de pessoas para os

mais desenvolvidos centros urbanos, onde• uma indústria de capital intensivo não foi eWrnaò será capaz de absorvê-las. O drama ér mais agudo quando examinado dentro das

fronteiras da região mais carente do país, oNordeste de Sarney e de meia dúzia de seusministros.

Ali, a concentração de renda ainda émais perversa, segundo um estudo da Sude-ne, "Aspectos do Quadro Social do Nordes-te", de 1985, citado, recentemente, peloeconomista Luiz Otávio de Melo Cavalcan-te, ex-secretário da Fazenda do governo de

_.£ernambuco. Os 50% dos nordestinos maisf>5&bres detêm, apenas, 11% da renda. Ficam*3p8:50% mais ricos com 89% dela. Mais deí-5^% da população economicamente ativa da¦^térião percebem até um salário mínimo porÍ*fiies. A região, que ocupa pouco mais de umirtçfço da extensão do país, abriga a metade;Í^g&seus 22 milhões de analfabetos. Há mais,T;fijüito mais.£?!»: Reconhece o estudo da Sudene que mais

;60% dos nordestinos menores de cinco^ ios sofrem de desnutrição crônica, enquan-

j^S&3P°uco menos de 80% da população como5^|un todo não recebem dieta adequada em^ferinos de calorias. Concentra o NordestejjJçérca de 27% do déficit habitacional do país.ÍV0S-pesquisadores de Jaguaribe descobriramil-tjué cerca de 16% das habitações no Brasilí^nãò estão ligadas à rede de abastecimento dePz&gaa. Os pesquisadores da Sudene conferi-"

m que esse índice, no Nordeste, é de 43%.jitase 60% das habitações brasileiras não

listão vinculadas à rede de esgoto sanitário."íò: Nordeste, são 80% das habitações,i?: Antes do anúncio do cruzado, o país

jj&Iflaligurou 1986 embalado pela promessa:*Sgcrtfernarnental, veiculada generosamente:*2jfi;ía televisão, de leite e de remédios a serem^distribuídos de graça à população mais mise-j&j&yel. Teve o presidente da República og&jtâlado de mandar arquivar uma promessa^irresponsável, que daria espaço à frustraçãoefetiva. Não havia, e não há, produçãoRacional de leite capaz de alimentar tantas

djjtípcas. O leite do governo está sendo ofereci-: §£<&>; em conta-gotas e o fornecimento de¦tt-rcmédios ficou para mais adiante. O conge^lamento dos preços e o descongelamento

¦ííStevitável ocupam a agenda da adminis-

; jgg£ Faltam gestos convincentes e efetivos; £ipb animem a esperança de que o governo: gpòt presidente Sarney não se mstalou, ape-jgpàs, para promover mudanças formais ou;*vpara adotar providências, unicamente, em: sjjsgítima defesa do seu mandato. Não basta; S^que o presidente aterrise aos pés da imagem' í^iao padre Cícero e reafirme, de modo e.nfáti-: t^cb, que a reforma agrária se fará para que: i*êla, de fato, se faça. Jaguaribe e seus seme-sg lhantes estão dispensados de pesquisar a¦: g distância que separa o discurso nacional dasíí; elites contra a miséria e a prática, cotidiana,£<ío poder.

Ainda resta tempo para que Sarneyprove que a candidatura a presidente dodeputado Paulo Maluf não foi a principalrazão que o moveu para dissentir do regime

; ao qual serviu e que ajudaria, depois, a; revogar.- Ricardo Noblat e editor regional do JORNAL DO BRASIL em

Brasília

Arinos afirma que Comissão daConstituinte reflete sociedade

• Belo Horizonte — Foto de Waldemar Sabino

JÍ|:ilÍl;ÍllB

Franklin Martins

A Comissão de Estudos Constitucio-nais, ao aprovar posições consideradasliberais e progressistas sobre assuntoscomo a definição da função social dapropriedade da terra, a ampliação dosdireitos sociais, a nacionalização do sub-solo e caracterização mais rigorosa daempresa nacional, está, segundo seu pre-sidente, jurista Afonso Arinos, "apenasse curvando ao crescimento da participa-ção política na sociedade".

Arinos vê um ingrediente novo naatividade política no Brasil: o surgimentodc uma infinidade de organizações debase que, embora desarticuladas, movi-mentam a sociedade e levantam propôs-tas para o debate. Ao mesmo tempo, eleassinala o naufrágio das atuais represen-tações partidárias.

"Os partidos não con-

seguiram definir suas identidades", afir-ma, porque estão perdidos na disputa decargos. "Não estio pensando em criar,imaginar, conceber nada de novo".

DescompassoSegundo o presidente da Comissão

de Estudos Constitucionais, um dos tra-ços marcantes da transição política brasi-leira é o descompasso entre a intensifica-cão da participação popular e o fracassodos partidos. Esse fato, para ele, é preo-cupante, já que

"os partidos são instru-

mentos inseparáveis da formação dopoder".

Arinos que, como político, acumulougrande experiência em campanhas eleito-rais — tanto nos sertões de Minas, naregião do Paracatu, por onde se elegeutrês vezes deputado federal pela UDNcomo no Rio de Janeiro, que o enviou aoSenado, depois de vê-lo e escutá-lo, aolado de Carlos Lacerda, no Caminhão do

Povo em 1958 — teme que apenas umaminoria de constituintes seja eleita combase na discussão dos importantes temasconstitucionais. Ele acha que, no pleito,vão prevalecer a tradição eleitoral dointerior, o peso dos caciques, a força dasnomeações. "E esse é um grande proble-ma", completa, não escondendo suapreocupação.

Arinos está satisfeito com o trabalhofeito dutante oito meses pela comissãoque preside, embora lamente não tertempo para terminar o seu mais recentelivro, Rosa de Ouro, um ensaio sobre aformação da cultura mineira no séculoXVIII.

Ele se confessa ansioso por conheceros resultados finais do trabalho da comis-são. "Não sei se poderemos oferecer umanteprojeto de Constituição que seja dig-no dos nosso inimigos", ironiza. Òs ad-versários da comissão, aliás, paulatina-mente, estão mudando. No início de suasatividades, ela foi muito bombardeadapor alguns setores da esquerda e peloMinistério da Justiça, que a considera-vam elitista, biônica e destinada a condi-cionar a futura Constituinte. Agora, sãoos setores conservadores que a acusam deestar no caminho errado.

— A esperança conservadora de queo autoprojeto constitucional fosse umprocesso de contenção às mudanças re-clamadas pelo país estava baseada umarealidade falsa — comenta, insistindo quenão percebeu, dentro da comissão, aformação de correntes político-ideológicas declaradas. "Estamos sendoinfluenciados pelo movimento da socie-dade."

Ele tampouco aceita a crítica de eli-tismo feita à comissão por áreas da es-querda e pelo ex-ministro Fernando Lyrano ano passado.

"Qual o país do mundo

em que o povo escreveu diretamente aConstituição?", pergunta, respondendoem seguida: "Até na União Soviética, osprimeiros documentos foram escritos poralguns intelectuais, como Lênin, Trotskie Lunatcharski". O Ministério da Justiçaqueria que a comissão se limitasse aestudar temas e não apresentasse umanteprojeto. "Eu fui sempre favorável àelaboração do anteprojeto, porque nuncahouve na história missão constitucionalque se reduzisse a fazer estudos", diz.

Segundo Arinos, a comissão traba-lhou no sentido de alargar a concepçãodos direitos humanos, que não ficarãolimitados apenas aos direitos individuaise às diferentes formas de liberdade docidadão. No próprio preâmbulo do ante-projeto de Constituição constará a decla-ração de que os direitos da população àsaúde, à educação, à habitação, entreoutros, são deveres do Estado.

Ele cita outros progressos: a procla-mação da função social da terra, a defini-ção precisa das características da empresanacional, a nacionalização do subsolo, oestabelecimento de limites para o paga-mento de juros da dívida externa. Sobre arelação entre os poderes, Arinos, que em1949 deu parecer contrário à emendaparlamentarista apresentado por Raul Pi-la — é claro: "Na comissão, vai passar asupressão do regime presidencialista.Agora, como isso ficará na Constituinteeu não sei".

Arinos explica que o processo deelaboração dentro da comissão não temsido simples. São muitas as sugestõesrecebidas e, devido ao caráter desarticu-lado da participação da sociedade, hámuitas idas e vindas, discussões e vota-ções antes da tomada de decisões. "Aconstrução é barroca, carregada de por-menores; não é clássica", disse.

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Garcia: Desunido, o PMDB corre risco

Garcia vai prosseguir :com entendimentos masexige união do partido

Belo Horizonte — O governador Hélio Garcia vai conti-nuar se reunindo com os candidatos a candidato do PMDB aogoverno de Minas em busca de um entendimento qué"!ftfepermita apontar um nome para ser homologado na convençãodo partido para disputar a sucessão em novembro. "Esperb'qiieo partido entenda que temos que ganhar essas eleições",afirmou. ...

Ele frisou que o PMDB deve se unir, deixando transpare-cer que considera a disputa na convenção um risco muito grandepara o partido.

"Faço acordos com o povo e entendimentos Sflitios políticos. Espero que o partido entenda que temos queganhar agora para continuar nossa obra", disse o governador.

O PMDB mineiro tem quatro postulantes à sucessão deGarcia — deputados Carlos Cotta, Ronan Tito e LeopoldoBessone e ex-prefeito de Contagem Newton Cardoso.-Um"'quinto, senador Itamar Franco, desligou-se para candidatar-seao Palácio da Liberdade pelo PL em coligação com as oposiçõesem Minas: PFL, PDS e pequenos partidos.

Na semana passada, Cotta, Tito e Bessone concordaramdurante encontro em Brasília em deixar que o governadoraponte o candidato. Cardoso, presente à reunião, também.teriaconcordado, mas desmentiu.

Um encontro entre o governador e os quatro postulantesna noite de hoje foi anunciado por Ronan Tito no fim desemana. Garcia, no entanto, disse que a reunião no Palácio dasMangabeiras, sua residência oficial, não será hoje. Quanto aodesmentido do ex-prefeito de Contagem afirmou apenas: "Istoé problema deles, não meu".

Após repetir várias vezes estar convencido de sua populari-dade entre os mineiros, o governador disse que esta semana'receberá o resultado de novas pesquisas sobre seu prestígio,demonstrando confiar que, com isso, poderá fortalecer acandidatura do PMDB à sucessão estadual. Ao retornar deviagem a Patos de Minas, Garcia anunciou que

"suará a camisa"para fazer o candidato pemedebista seu sucessor.

Entretanto, ao contrário do que aconteceu no ano passadoquando da eleição para a Prefeitura de Belo Horizonte, eleafirmou que não subirá em palanques junto com o candidato."Tenho muitas obras para inaugurar. Vou continuar adminis-trando. Se nos encontrarmos, será coincidência", ressalvou.

Todos os grupos doPMDB de Brasília têmassento no diretório

Brasília — Com a totalidade dos votos dos 18 delegados, oPMDB-DF elegeu o Diretório Regional do partido na conven-ção que tornou legal a representação pemedebista na CapitalFederal. Foi apresentada chapa única, com maiores representa-ções para o Grupo JK, com 19, para a Ala Progressista,representada pelo candidato a deputado Maerli Ferreira, com13 vagas, e para o grupo do deputado federal Múcio Athayde,que tem seis vagas.

Estão representados ainda, no Diretório Regional, osvários grupos que compõem o PMDB-DF, como o BlocoPopular, o Grupo dos Empresários, o Grupo pró-Brasflia e oMR-8. O governador José Aparecido apoiou nomes dentro dodiretório, como o do próprio presidente, Milton Selligman —reafirmado no posto por acordo já aprovado pelo DiretórioNacional do partido — mas não indicou ninguém para as vagasnem participou dos entendimentos que acabaram resultando nachapa única e incluíram Múcio Athayde como um dos vogais daExecutiva do Diretório.

— Tenho a impressão que o governador não quer secomprometer com o PMDB-DF, pois vai apoiar candidatos deoutros partidos nas próximas eleições —, disse o candidato adeputado Fernando Tolentino, que lidera o Bloco Populardentro do partido.

Múcio Athayde, inimigo do governador do Distrito Fede-rai até há pouco tempo, sempre teve seu nome vetado paracompor a representação do PMDB no Distrito Federal. Atéque, por imposição da direção nacional do partido, o própriogovernador e o então secretário-geral do PMDB, deputadoRoberto Cardoso Alves fizeram um acordo, selado por Múcio,pelo qual ele se comprometia a parar com as críticas a JoséAparecido e indicaria um nome para a Comissão Provisória.

Tolentino, como representantes de outros grupos mais àesquerda do partido, esperam que o abrir de portas na direçãodo PMDB-DF a Múcio signifique a permanência dos gruposconservadores apenas até novembro: "A verdade das urnas vaiditar uma nova composição no Diretório", disse Tolentino.

O PMDB terá direito a 24 vagas para deputado federal e aseis para senador. Já está praticamente certo um acordo paraque o PMDB se coligue com o PS. o PC e PC do B. epossivelmente com outros partidos. Das 24 vagas para a Câmarados Deputados, o PMDB pretende ocupar 20, deixando asquatro restantes para os candidatos dos partidos com os quaisvai realizar coligações. A chapa oficial do PMDB será escolhidacm outra convenção, a ser realizada provavelmente no dia-4-S dejunho. mm

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JORNAL DO BRASIL Política segunda-feira, 26/5/86 o Io caderno o. 3;

Haddad é eleito parapresidir o PSB e nãoaceita disputar no Rio

Brasflia — 0 senador Jamil Haddad foi eleito presidentedo Partido Socialista Brasileiro na convenção nacional realizadaontem e não aceitou o lançamento de sua candidatura àsucessão do governador Leonel Brizola, feito pelo secretário-geral do PSB do Rio, Jack London.

Jamil Haddad, que foi eleito suplente de Saturnino Bragaem 1982, alegou que não pode aceitar a candidatura porque nãotem suplente e precisa se dedicar à estruturação do PSB. NoRio, o partido deverá se integrar na coligação PT-PartidoVerde, cujo candidato é Fernando Gabeira.

O PSB só deverá apresentar candidatos próprios aogoverno em três estados: Amazonas, deputado federal ArthurVirgílio Neto; Alagoas, deputado estadual Ronaldo Lessa; eRondônia. A recomendação da direção nacional foi de que oPSB evite coligações com o PDS e o PFL e procure concentrarseus esforços para eleger constituintes progressistas.

No caso do Rio, de acordo com relato dos delegados doestado, como o advogado Raimundo Teixeira, a tendência dopartido é integrar a coligação em torno de Gabeira. Teixeirachegou a afirmar que essa é a posição do próprio Haddad e deMarcelo Cerqueirã, o que ambos não confirmaram, nemnegaram.

GoiásA primeira convenção nacional do PSB transcorreu em um

clima de muita tranqüilidade, salvo na questão de uma possívelcoligação do partido com o PDC em Goiás, para apoiar acandidatura do senador Mauro Borges ao governo. Esta propôs-ta foi levada à convenção pelo delegado do estado, mas obteverepúdio de vários setores, principalmente ante a acusação, feitapela Juventude do PSB de Goiás, de que a candidatura deBorges é "uma articulação da direita" que conta com o apoio daUnião Democrática Ruralista (UDR), organização envolvidaem casos de assassinatos de camponeses.* Outra situação ainda bastante confusa é a de Minas Gerais.O deputado Luís Guedes, que deixou o PMDB por nãoconcordar com o governador Hélio Garcia e em princípioadmitia apoio à candidatura do senador Itamar Franco pelo PL,já admite que o PSB ali poderá se coligar com o PMDB, desdeque o candidato do partido venha a ser o líder do partido naCâmara, Pimenta da Veiga. O PSB mineiro não aceitarácoligar-se com Itamar caso ele concretize a aliança com o PDS,o que já se considera praticamente inevitável.

Jurista diz que Sudeneferiu Constituição aobeneficiar parlamentar

Recife — O jurista pernambucano Pinto Ferreira, membroda comissão de elaboração do anteprojeto da Constituinte, disseque.a Constituição brasileira é "muito clara" em seu Artigo 34,inciso II, alínea A, quando proíbe a deputados e senadores apropriedade ou direção de empresas que gozem de favores degovernos, prevendo para os infratores a perda do mandato.Segundo sua interpretação é irregular a concessão de incentivosfiscais administrados pela Sudene a estes parlamentares.

Pinto Ferreira considera que os recursos do Fundo deInvestimentos do Nordeste — Finor —, ao contrário do quejustificou a Assessoria Jurídica da Sudene, são "favores", umavez que "pela força política de que dispõem e pela falta deacesso a estes recursos pela grande maioria das empresas

. regionais, os deputados e senadores acabam sendo privilegia-*dos, o que não se pode admitir". Ele condenou "a falta deobediência ao texto da lei"

Nelson antecipa convençãoe declara-se candidato do PMDB

O senador Nelson Carneiro, presidente do PMDB do Rio,convocou para terça-feira uma reunião da Comissão ExecutivaRegional. Vai anunciar oficialmente que é candidato à sucessãodo governador Leonel Brizola e marcará a convenção dopartido para o dia 21 de junho, em plena Copa do Mundo.

Nelson Carneiro está convencido de que ganha a conven-ção mesmo se o ex-prefeito de Niterói, Wellington MoreiraFranco, resolver disputar, porque conta com o apoio dabancada federal do PMDB, da quase totalidade dos prefeitos dointerior e da maioria dos diretórios zonais. O grupo ligado aosenador está convidando, por telefone, todos os candidatos acandidatos a deputado federal e deputado estadual para faze-rem uma grande festa, terça-feira, na sede do partido.

DivisãoO prefeito de Petropolis, Paulo Rattes, reagiu à propostado senador de antecipava convenção:

E um golpe, cujo único objetivo é impedir a renovaçãodos quadros partidários.

Paulo Rattes disse que o senador não pode mais ostentar acondição de candidato preferencial do PMDB, que MoreiraFranco sempre fez questão de reconhecer:

Ele tinha precedência porque sua idade lhe davaequilíbrio e tranqüilidade para conduzir o processo. Na medidaem que procura dar um golpe, demonstra que perdeu oequilíbrio e, conseqüentemente, não tem mais a precedência.

Os partidários de Moreira Franco começaram a se mobili-zar durante o fim de semana para reagir à iniciativa de NelsonCarneiro, que pretende consolidar sua própria candidatura.Paulo Rattes fazia as contas para saber se Nelson tem condiçõesde fazer aprovar sua proposta na reunião da Executiva.

Não conseguiu chegar a uma conclusão: os votos deadeptos de Moreira e de adeptos de Nelson dividem-se meio ameio. Mas não poupou esforços em seu contra-ataque político,atingindo também o jornalista Artur da Távola, que declarouser constrangedora a hipótese de formar numa chapa com

Richa mostra prestígioe ganha indicação mesmoem excursão pela China

Curitiba — O PMDB do Paraná indicou, em sua pré-convenção, o ex-governador José Richa e o senador AfonsoCamargo, ex-ministro dos Transportes, como candidatos aoSenado nas próximas eleições. O engenheiro Ari Queiroz, ex-presidente da Companhia de Energia Elétrica do Paraná(Copei), venceu o deputado federal Mauricio Fruet, por umadiferença de apenas nove votos, e se,rá o candidato a vice-governador na chapa encabeçada por Álvaro Dias.

A chapa montada pela pré-convençáo, onde votaram 830delegacias do partido em todo o estado, vai repetir nas próximaseleições o esquema que garantiu a vitória do ex-governador JoséRicha em 1982: naquele ano, o PMDB se vinculou ao PP,liderado pelo ex-governador Jaime Canet Júnior, e a grandesempresários do Paraná,e derrotou o ex-governador Ney Braga.

O grupo pepista do PMDB, do qual faz parte o atualgovernador Joáo Elísio Ferraz de Campos, defendeu ao longodos últimos meses que o esquema fosse mantido para aspróximas eleições, indicando o nome de Ari Queiroz para vicede Álvaro Dias. Mas a chamada ala autêntica do PMDB nãoaceitou e indicou o ex-prefeito de Curitiba, deputado federalMauricio Fruet, como candidato. Nem mesmo a intervenção deJosé Richa conseguiu um acordo entre os dois grupos. Na pré-convenção, Mauricio Fruet venceu Ari Queiroz por boa mar-gem em Curitiba — 145 votos contra 56 — mas perdeu nointerior.

Moreira Franco, porque Moreira foi o candidato do PDS agovernador em 1982:

A candidatura de Nelson Carneiro, que agrada a Arturda Távola, está sendo articulada com o beneplácito do Paláciodo Planalto, onde reinam hoje os antigos mestres do PDS e daArena. A esses Artur da Távola admite servir, mas não queraliar-se a Moreira Franco. Entretanto, quando era do PDS,Moreira Franco foi do grupo Pró-Diretas, enquanto os atuaismandatários do Planalto opunham-se às eleições diretas.

Rattes garantiu — sem citar nomes — que 95% dosprefeitos eleitos pelo PMDB no Estado do Rio não apoiam maisa escolha de Nelson Carneiro como candidato ao governo. Elenão esconde que a hipótese de uma coligação PMDB-PDT oencanta:

O governador Leonel Brizola deveria levar em conta aspesquisas que dão Moreira Franco como preferido da populaçãoe dar a ele a liderança de uma chapa de coligação para disputar asucessão estadual, reservando a Darcy Ribeiro uma das candi-daturas ao Senado.

Paulo Rattes visitará nos próximos dias o prefeito Saturai-no Braga para discutir esse assunto. Segundo Rattes, Saturninoé simpático à idéia.

Ganhar tempoSegundo o deputado estadual Gilberto Rodrigues, a estra-

tégia de Moreira é ganhar tempo, evitar que o partido cheguelogo a uma definição.

Essa seria também a preocupação atual do Palácio doPlanalto. Um importante assessor do presidente José Sarneyafirmou que o desejo de Sarney é ver formada a chapa MoreiraFranco-José Colagrossi.

Colagrossi, que saiu do PDT para se filiar ao PMDB, teriadeixado no partido de Brizola um grupo de deputados estaduaisdescontentes. Entre outros, Paulo Quental, o próprio líder naAssembléia, Flores da Cunha, e Alexandre Farah. Os cálculosdo Planalto levam em conta essa situação.

Ulysses decide amanhãsob pressão da famíliaquando volta a Brasília

São Paulo—O presidente da Câmara e do PMDB, UlyssesGuimaráes, decide amanhã quando retorna a Brasília. Sedepender do deputado, ele volta logo, mas sua família ainda nãoestá convencida de que Ulysses superou o processo de estafa(que o levou a se licenciar dos dois cargos) e prefere queprolongue seu descanso em São Paulo.

De todos os exames de um check-up rigoroso, Ulysses sónão se submeteu a dois: ressonância nuclear magnética earteriograíia cerebral, pois a tomografia computadorizada nãoindicou anomalias sérias no sistema circulatório, o que dispensaos dois exames, considerados agressivos ao organismo humano,pois exigem a aplicação de contrastes de radioisótopos.

A ressonância nuclear magnética é considerada pelosmédicos a última palavra em termos de diagnóstico através damedicina nuclear. Mais avançado que a tomografia, o examepermite que todos os órgãos sejam vistoriados através dc umcomplexo sistema de vídeo e computadores com a ajuda daaplicação de um contraste.

A arteriografia cerebral permite o rigoroso exame dofuncionamento do fluxo sangüíneo nas artérias cerebrais, tam-bem com a utilização de contraste. É capaz dc identificarqualquer inflamação nas artérias, com mais precisão do que atomografia computadorizada.

Gusmão não acredita qSeíMaluf consiga adeptosentre delegados do PTB i

São Paulo — O ex-ministro Roberto Gusmão, principal!'articulador da candidatura de Antônio Ermírio de Moraes,' 1qualifica a investida do candidato do PDS, deputado Paulo Maluf,' \sobre os convencionais do PTB visando a evitar que homologuem.'o nome de Ermírio de "terrorismo malufista". * X ', i

— Conheço bem o PTB e não há motivo para preocu^ão-i •.Vamos chegar à convenção, que será tranqüila e vai apoiar- a >,candidatura do Antônio Ermírio — afirmou Gusmão, em campa-;'.nha pelo Litoral Norte paulista. ,«,-.•„ !,

Em uma feira livre no Centro de São Paulo, Maluf disseca;.não vem fazendo esforço "pessoal" sobre os diretórios daPÍrp^j-mas lembrou que a maioria dos petebistas provém do PDS: '.'Ésíes 5irão nos apoiar", garantiu. ".;

f'J ! rColigações '.' «k \i

Antônio Ermírio tem até agora o apoio do PTB e do Partido) fSocial Cristão (PSC), liderado em São Paulo pelo depjitadq?federal Herbert Levy, que recentemente abandonou o PFL.;?Acredita que poderá contar com o prefeito Jânio Quadros e^esta ísemana, pretende retomar contatos com a direção do Partido''Liberal (PL). ; ''

\{Este, no início apoiou Antônio Ermírio, mas, dizendo-se',"esquecido" pelo empresário, procurou o PFL para formar á«Aliança Liberal em São Paulo e lançar candidatos próprios.-Ná'/semana passada, Antônio Ermírio voltou a investir sobre o PFL; \>abrindo a possibilidade de este partido concorrer, com seu apoiou)a uma legenda para o Senado. ',,,.• \t

Maluf levou o PDS a coligar-se com o Partido.-do; {Povo Brasileiro (PPB) — que tem um deputado federal na' lCâmara, Luís Ferreira Martins, ex-secretário de Educação;)do governo Maluf—com o PDC (três deputados federais,;}três senadores e um deputado estadual) e com o PND,; *Partido Nacionalista Democrático. XS, \iEm conversas com auxiliares, Maluf diz qué tétn; \também o apoio do PFL, ao qual ofereceu a vice, legferiàa; \para o Senado e um terço das secretarias estaduais è'àd;.PDT. •- \i

Em Porto Alegre, o Diretório e a executiva Nacional; !¦do PFL estão fazendo um estudo jurídico para promover o1 !¦"saneamento" do partido em São Paulo e evitar o apoio-ao.'candidato do PDS, Paulo Maluf, disse o líder do PFLuo: fSenado, Carlos Alberto Chiarelli. Segundo ele, ao»íjúe; ;j

. insistirem no apoio a Maluf, poderá ser aplicado o código: [de ética que prevê até a expulsão do partido. .,- \ \.— Quem eles (PFL) vão apoiar é problema de São!;.

Paulo, mas já sabem quem não podem apoiar. Çjijêm!;-quiser apoiar o Maluf que vá para o PDS, advertiu! ;•Chiarelli'. ,",": I;'

O senador gaúcho afirmou também que o PFL lião''.'vai deixar sem resposta os ataques e as críticas, Bojl.governador Leonel Brizola ao governo federal. .'^'. ;¦.

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4 .? Io caderno ? segunda-feira, 26/5/86 Cidade JORNAL DO BRASIL

Microprodutor garanteo leite da Zona Oeste

Foto de Aguinaldo Ramos

-ÍNém todas as donas-de-casa do Riode Janeiro têm de madrugar nas filas doleite: no Recreio dos Bandeirantes e naslocalidades de Vargem Grande e VargemPequena, na Zona Oeste, ainda é possí-vel receber leite em casa com algumasvantagens adicionais. Além de chegar àporta do freguês numa bucólica charrete,o leite tem teor de gosdura mais elevadoe custa Cz$ 4,50 o litro, preço intermedia-rio entre os tipos C e B.

Quem preferir pagar menos ainda(CzS 4,00), pode ir buscá-lo a pé ou debicicleta, diretamente no curral de umada muitas vacarias da região, onde seconcentram pequenos produtores quedispensam a intermediação das coopera-tivas. A qualidade do produto é atestadapelos próprios consumidores: todos ga-rantem que, "além de bom, o leite temtanta gordura que dá para fazer manteigaem casa".

Peculiaridades

Margem Grande e Vargem Pequenafazem parte da região geoeconômica deJacarepaguá e integram a bacia leiteirado município, que compreende tambémCantrjO'Grande, Santa Cruz, Barra deGuíratiba e Mendanha. Ao todo são 4mil j$7JL'hectares, onde de 8 mil cabeçasproduzem 16 mií litros diários. A quasetotalidade dessa produção, de acordoconvfècnicos da Secretaria Municipal deAgricultura, é encaminhada às coopera-tivaKx

•pirn Vargem Grande e Vargem Pe-quenà,no entanto, o sistema de produ-ção«:comercialização tem algumas pecu-üaridades. Embora não haja dados esta-tísticos oficiais sobre essa microrregião,prejjòfijinam produtores de porte reduzi-do qüe, na maioria dos casos, não sãoproprietários ou sequer arrendatários dasterras. Muitos são caseiros ou vigias depropriedades e empregam o tempo dispo-nível na pecuária leiteira. Para a comer-çializaçáo, utilizam charrete puxada porcavalo, distribuindo o produto direta-mente aos vizinhos ou empregando meni-tos como intermediários.

Nelson de Oliveira desceu a serra deerèsópolis e há mais de 20 anos vive em

Vargem Pequena. Todas as manhãs, natjoléia da charrete, percorre sua trilha defregueses e entrega os 25 litros diários quequas 25 cabeças de gado mestiço produ-ijerri. A baixa produtividade, em médiaHmÜtrò por cabeça, é explicada "peloinverno que está chegando e pelo preçoda ração".

j — No verão, consegue-se tirar maisleite. Se usar ração, aí a gente chega até

ÍD litros. Mas, do jeito que está o preço

a saca de 40 quilos, o gado tem de secontentar com o capim — explica Nelson,enquanto atende a uma freguesa.

BèFmiro do Carmo Reis, o Belinho,também não é proprietário nem arrenda-tário do terreno onde suas 18 cabeçasmeia-cruza são confinadas. Ele é caseiroe tem,.o usufruto da propriedade ondeinstalou o curral, na Estrada do RioMortó,'que liga Vargem Grande ao Pon-tal dç Sernambetiba. Procedente de Mi-nasÇérais, Belmiro vive na região há 23anos e consegue até quatro litros de leitepor cabeça. A maioria de seus fregueses éde vizinhos que vão buscar o leite direta-

I,

mente no curral, ao preço de CzS 4,00 olitro. O produtor afirma que desistiu defornecer a cooperativas porque "elascustam muito a pagar e o caminhão sópassa dia sim, dia não".

De soldado a pecuaristaA trajetória de Orlando Pereira de

Sousa até Vargem Grande foi bem maior.Nascido em Portugal, lutou ao lado dasforças colonialistas na Guiné e em Ango-Ia, retornou à pátria e, após a Revoluçãodos Cravos, a conselho de antigo coman-dante, decidiu procurar novos ares. Co-mo tinha um irmão no Brasil, a escolhanão foi difícil. A primeira tentativa detrabalho foi o comércio, mas acabou porse dedicar à criação de porcos e, final-mente, à pecuária leiteira.

Atualmente com 100 cabeças de ga-do, Orlando obtém de 200 a 300 litros deleite por dia. Seu gado, como o dosdemais produtores da região, vive emregime de semiconfinamento e a comple-mentação do campim é feita com melaço.Ele também diz que, se fosse possívelutilizar ração, sua produção atingiria cer-ca de 500 litros/dia.

Vocação agropecuária— A vocação dessa região, que vai

do Camorim até o Largo do Piabas, éagropecuária — garante o presidente daAssociação dos Moradores de VargemPequena, Delfim Aguiar, que vive nolocal há mais de 15 anos. Ele lamenta, noentanto, o descaso da Seria para com anecessidade de dragagem dos rios Morto,Cortado, Cancela e Portela.

De acordo com ele os rios foramdragados pela última vez há 26 anos.Com as chuvas, as águas que descem domaciço da Pedra Branca alagam toda aárea e matam muitos animais. Em janeirode 85 — contou — a descida das águascoincidiu com a subida da maré e oresultado foi uma catástrofe.

Delfim Aguiar também garante aqualidade do leite produzido e lembraque há condições para o desenvolvimentoda produção doméstica de queijo. NaEstrada do Rio Morto, onde a SociedadeEducacional Professor Nuno Lisboa ins-talou seu campus, há instalações comcaracterísticas industriais para fabricaçãode queijo. Apesar de atualmente estaremdesativadas, as instalações são mantidasem bom estado de conservação.

O encarregado do setor agropecuáriodo campus, José Rosalvo Dantas, revelaque a experiência foi abandonada quandoo rebanho começou a se reduzir. De 100cabeças o campus ficou reduzido a apenas39, entre vacas e bezerros. As vacas, 10ao todo, produzem 17 litros diários de,leite, suficientes para o abastecimento daescola e para atender um ou outro vi-zinho.

De acordo com o diretor HermínioZenóbio da Costa, a criação não temfinalidades comerciais e visa, principal-mente, ao curso de biologia que deveráser instalado no próximo semestre. Coma mesma finalidade, a escola dispõe deum viveiro de camarões (com 12 millarvas) e outro de tilápias, além de cria-ções de aves raras, como faisões e jacus.

Foto de Carlos Mesquita

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À frente da procissão, dom Eugênio Sales subiu os 365 degraus que levam à igreja

.,.„.,.! D Eugênio celebraAcademia Brasileira de & ,.._Ciências quer prédio daESDI para se dinamizar

Nélábn de Oliveira vende o leite com sua charrete

Responsável pela realização de simpósios, coordenação deprojetos de pesquisa e a publicação de livros, monografias etradicionais revistas científicas do país — Anais da AcademiaBrasileira de Ciências e Revista Brasileira de Biologia —, aAcademia Brasileira de Ciências vem enfrentando dificuldadespara o desenvolvimento de seus programas. Além da falta derecursos, pois é uma sociedade particular, sem fins lucrativos, elanão dispõe de espaço físico compatível com suas finalidades.

Por isso, queixam-se seus membros, é que a ABC vemtravando há anos uma luta por um espaço melhor, principalmentea posse de um terreno que lhe foi doado pelo Governo Federal em1984, na Rua do Passeio, onde funciona a ESDI (Escola Superiorde Desenho Industrial). A direção da escola recusa-se a deixar olocal e até mesmo a estudar uma proposta da Academia quepoderia solucionar o impasse.

PropostaA Academia vê a ESDI como uma unidade importante,

uma escola de tradição, e não deseja prejudicá-la. Queremosocupar o nosso terreno, onde pretendemos fazer um prédio paraalojar a ABC c obter uma renda para que ela possa atender às suasfinalidades. Além disso, queremos construir uma sala culturaladicionada de um espaço para exposições e até um restaurantepara atender as pessoas que trabalham c estudam na região. Odesejo da Academia viria complementar o Corredor Cultural.Para isso, fizemos uma proposta à direção da escola, que até agoranão a aceitou — explica o professor Lindolpho de Carvalho Dias,secretário executivo da comissão da nova sede da ABC.

A proposta da Academia tem quatro itens: 1) obter a cessãodo prédio 68 da Rua Luís de Camões, antigo anexo da Escola deEngenharia, através de uma operação triangular: a UFRJ, queocupa um prédio da Prefeitura perto da Hípica, cederia o imóvelda Luís de Camões para Município que, por sua vez, concorda emdá-lo à ESDI; 2) fazer um estudo arquitetônico desse prédio parareceber a escola; 3) procurar obter recursos para fazer asadaptações necessárias; c 4) só iniciar as obras de sua nova sede,no terreno da Rua do Passeio, depois que a ESDI estejadividamente instalada no novo imóvel.

TradiçãoCriada em 1916, de acordo com os padrões de países

desenvolvidos, a Academia Brasileira de Ciências é a mais antigasociedade científica funcionando no país. Além de idealizar oConselho Nacional de Pesquisas, foi a precursora da campanhapara criação do Ministério da Ciência e Tecnologia. É umainstituição de promoção da ciência, sem vínculo com o Governo, cpara desenvolver seus programas tem conseguido, sem rcgularida-de, financiamentos da Finep (Financiadora de Estudos e Prõ-jetos).

Como a Academia não tem fins lucrativos, continuapraticamente como há 30, 40 anos, embora a ciência tenhaevoluído bastante nesse tempo. E além da dificuldade financeira,í Academia tem enfrentado o problema de espaço físico, quelimita suas atividades — diz o professor José Pelúcio Ferreira, ex-presidente da Finep e ex-vice-presidente do CNPq.

O ex-presidente da ABC Aristides Pacheco Leão, quepreside a comissão da nova sede, lembra que cm 1923 foi doado àAcademia o terreno e respectivo pavilhão que havia hospedadoem 1922 a representação da Tcheco-Eslováquia na Exposição doCentenário, mas, cinco anos depois, o terreno foi retirado doABC por ali passar a atual Avenida Churchill. Hoje ela ocupa oterceiro andar do prédio 29 da Rua Anfilófio de Carvalho, noCentro.

missa por Mariacom apelo à paz

Maria, Rainha da Paz foi homenageada, no últimodomingo do mês que lhe é dedicado, com uma procissãoe missa celebrada pelo cardeal Eugênio Sales no Pátio doSantuário de Nossa Senhora da Penha, onde 16 meninasvestidas de anjo coroaram a Virgem Maria. O cardeal,dois bispos-auxiliares, sacerdotes e muitos fiéis termina-ram suas homenagens subindo os 365 degraus paracolocar Nossa Senhora da Penha de França no altar desua igreja.

Em sua homília, dom Eugênio falou da fidelidadeque se deve ter aos ensinamentos da Igreja de JesusCristo, porque só assim se poderá

"conservar a paz e atranqüilidade no coração", comportamento a ser manti-do em todos os momentos da vida. Lembrou que 1986 foiescolhido o Ano Mundial da Paz, porém a paz

"só seráfecunda se for fundamentada nos ensinamentos deCristo". Com a Virgem Maria, segundo ele, é precisoaprender a rezar para manter a paz em nossos lares e"em nosso interior".

A peregrinaçãoHá seis anos, a Arquidiocese do Rio de Janeiro

encerra as solenidades dedicadas a Virgem Maria (pro-movidas em todas as paróquias da cidade), no mês demaio, com uma solene peregrinação ao Santuário deNossa Senhora da Penha, o maior santuário mariano daCidade, devido ao grande número de fiéis. Este ano, ascomemorações tiveram como tema Maria, Rainha daPaz, frase formada com lâmpadas acesas que até o finaldo mês enfeitarão a fachada da igreja da Penha.

A procissão saiu da paróquia Bom Jesus, terminouno Pátio do Santuário de Nossa Senhora da Penha edurou 35 minutos. A imagem da santa, num andorcarregado por quatro integrantes da irmandade da Pe-nha, foi acompanhada pelo cardeal Eugênio Sales, pelosbispos-auxiliares, dom Romeu Brighenti e dom AronsoFelipe Gregori, por participantes dos movimentos deapostolado leigo, além de associações religiosas com seusestandartes e bandeiras e muitos fiéis, alguns aproveitan-do a ocasião para pagar promessas, levando velas acesasou andando descalços.

No sermão, dom Eugênio salientou que a VirgemMaria é a "ajuda, socorro e proteção" para que sealcance dois objetivos: a fidelidade ao ensinamento daIgreja e a paz. Antes de encerrar a missa, fez arenovação da consagração da diocese do Rio de Janeiroao Coração de Maria.

A imagem de Nossa Senhora da Penha de França,padroeira da zona leopoldinense do Rio, foi coroada porVerônica Ferreira dos Santos, aluna do Colégio daIrmandade de Nossa Senhora da Penha, acompanhadade 15 meninas vestidas de anjo. Os presentes saudaram aVirgem Maria com fogos, muitas palmas e gritos de"Viva Nossa Senhora da Penha".

Paramentado com as vestes que usou durante amissa, o cardeal Eugênio Sales terminou a peregrinaçãosubindo 365 degraus para levar a imagem de NossaSenhora da Penha ao altar da igreja que lhe é dedicada.

Bosque é opçãode lazer naBarra da Tijuca

Desconhecido ainda pela maioriados cariocas, o Bosque da Barra, noentroncamento da Via 11 com Avenidadas Américas, próximo ao BarraShop-ping, é uma das opções de lazer nosfinais de semana. Com seus 612>mil 670metros quadrados e inaugurado em1981, o bosque é dotado de teatro dearena, playground, churrasqueiras,campo de futebol e salão de aniversá-rio, que pode ser utilizado por qual-quer pessoa.

Idealizado pelo arquiteto LúcioCosta, com caminhos pavimentadosem saibro, é ideal para a prática decooper e ciclismo. As crianças ficambem à vontade enquanto seis guardas,diariamente das 8 às 18 horas, mantêma ordem. O acesso é difícil e só podeser feito através de ônibus-jardineira,cujo ponto final é na porta do parque— ou em automóveis, que podem ficarno estacionamento do parque, tambémpavimentado em saibro.

Boa idéiaPara usufruir de uma churrasqueira

construída em pedras, é necessáriochegar bem cedo ao parque, segundorevelaram três militares que pela pri-meira vez foram ao bosque com afamília. Eles não quiseram se identifi-car, temendo gozações dos amigos,mas pareciam estar felizes desfrutandoa beleza e a tranqüilidade do Bosqueda Barra. Eles acham que o Rio estáprecisando de lugares assim. —

Os freqüentadores não estão muitoacostumados com a presença de repor-teres e se esquivam de uma entrevista,alegando que é a primeira vez queestão indo ao bosque.

A maioria leva comida, água erefrigerante porque não há bares°nemrestaurantes próximos. Quem chegadesprevenido tem que enfrentar osvendedores ambulantes que não res-peitam os preços congelados do Gover-no e vendem por Cz$ 10 cerveja erefrigerante em lata e o copo dágua aczs 3. mSão Conrado rlimitará vôos 4de asas deltas h

A Associação dos Moradores, eAmigos de São Conrado (Amasco) vaidiscutir em assembléia os perigos queas asas deltas trazem aos freqüentado-res das praias de São Conrado e Pepi-no. A associação, segundo Ricardo deAlbuquerque Maya — falando em no-me do presidente —, não é contra aprática do esporte, mas "tem

que de-fender os interesses dos banhistas", quesão em número bem maior".

Ricardo Maya qualificou de "radi-cal" a declaração do tesoureirp jdaAssociação Brasileira de Vôo Livre,Gli Deschatre, ao JORNAL DOBRASIL, de que os pilotos conáide-ram área de pouso toda a extensão dapraia de São Conrado e parte da fíarrada Tijuca, próximo a Joatinga, e. queos freqüentadores da praia precisamficar atentos, principalmente nas proxi-midades da área de pouso.— É irracional ver asas pousandona praia cheia de crianças e pilotosberrando para todos saírem da frenteporque eles vão pousar. Até hojenãoocorreu nenhuma fatalidade, más secontinuar dessa forma vai acontecer; —disse Ricardo Maya.

Ele concorda com o piloto EuclidesHerzog, que denunciou erros e desor-ganização nos saltos da Pedra Bonita,na matéria de domingo do JORNALDO BRASIL, de que a associação devôo livre deveria impedir que pilotosinexperientes saltem de lá, porque es-tes, mesmo com uma área delimitada,se verão obrigados a pousar na praia.

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CLASSIFICADOSJORNAL DO BRASIL

JORNAL DO BRASIL Cidade segunda-feira, 26/5/86 ? Io caderno ? ,5

Feema afirma que óleo Dez mil disputam 2 mil vagas de médicopnão atingirá o Guandu

A FEEMA liberou a elevatória deSanta Cecília, em Barra do Piraí, acabatvdo corri' á ameaça de falta de energia eágua para o Rio, porque considerou queas poucas manchas de óleo combustívelexistentes na área não constituiriamameaça de contaminação, já que se desfa-zem nas-quedas das usinas de tratamentoda região, Os técnicos asseguram que, seelas atingirem a estação do Rio Guandu,as bomlws terão capacidade de filtrá-las,

A Companhia Siderúrgica Nacional,responsável pelo vazamento de 3 mil 400litros dò óleo, já foi avisada da necessida-de de construção de barreiras para capta*ção dosVóleos finos que normalmentevazamde' suas tubulações, segundo aindaa FEEMA, Mas o assessor de meioambiente da companhia, Gil Portugal,esclareceu que, "diariamente, estamosmelhbrando o funcionamento e a manu-tenção";'

MultaGil Portugal e Carlito Vieira, chefe

do Serviço de Poluição Ambiental daFEEMA, garantiram que só decidiramabrir..nflyamente a elevatória de SantaCecília^ para a normalização do fome-cimento, de água e energia — porque asmanchas.de óleo combustível ainda visí-veis eram poucas "e apenas aquelas quese agarraram aos bolsões e a galhos" damargem.

—'•Essas manchas têm pouca quanti-dadeWmaterial e se diluem nas quedas,d'ágiwdo rio, Não haveria perigo decantàlííinação. Em relação, entretanto,aos vazamentos constantes de outros ti-pos dé.óleo, a FEEMA já pediu à CSNalgumas providências, entre e|as a colo-

cação das barreiras — esclareceu CarlitoVieira.

A FEEMA manterá a multa de 100Uferj para a CSN pelo vazamento daúltima quarta-feira, e ontem a elevatóriade Santa Cecília já funcionava com suasquatro bombas,, captando os 160 centíme-tros cúbicos por segundo das águas do rioParaíba, normalizando totalmente oabastecimento do Rio,

O assessor de meio ambiente daCompanhia Siderúrgica Nacional, GilPortugal, garantiu que foram mesmo 3mil 400 litros de óleo que vazaram e não200 toneladas, como disseram alguns téc-nieos da FEEMA.

— Nós fizemos um cálculo quandodescobrimos o vazamento. Colocamosum tambor de 18 litros embaixo da válvu-Ia e, com um cronômetro, marcamos otempo em que ficou cheio. Deu 18 litrosem seis minutos, Como houve vazamen-to, durante 16 horas, conseguimos sabero número aproximado.

Portugal disse ainda que a CSN não éa única a poluir o rio Paraíba através deseus efluentes: "Nenhuma dessas cidadespor onde o rio passa, vindo de São Paulo,tem tratamento de esgoto. Por Isso, oParaíba é mesmo poluído. Inclusive, te-mos oito estações de tratamento queretiram o óleo depois de queimado, antesde a água voltar para o rio. Mas, comotemos centenas de válvulas e tubulações,sempre podem voltar pequenos resíduospara a água", explicou.

Atualmente, a siderúrgica recolhe 42centímetros cúbicos de água por segundodo Paraíba, 12 dos quais retornam ao rio,sendo o restante utilizado para resfria-mento.

Foto de Marcelo Carnaval

Òs meninos da Saúde fazem do lixo seu meio de vida

Lixo se acumula sob oViaduto da Perimetral

Uma.área de aproximadamente 300metros quadrados tomada de lixo nopasseio sob o Viaduto da Avenida Peri-metral^um dos mais fiéis retratos doabandono da Zona Portuária, junto aoarmazêro'6 do Cais do Porto, no bairro daSaúde. O lixo está acumulado naquelelocal desde quinta-feira, de acordo comJorge Luís da Conceição, que trabalhanum depósito de compra de papéis quedali são recolhidos por papeleiros.

Desacordo com Jorge Luís, que che-gou numa Kombi, expulsando as criançasque vasculhavam o lixo, a Comlurb proi-biu a seleção de papéis naquela área, masacabou deixando de recolher o que so-brou tio1 trabalho dos papeleiros. Resta-ram portanto, na Avenida Rodrigues Al-ves, efffpleno centro da cidade, perto daRodoviária Novo Rio, os montes de sacosde lixo esparramado pelo passeio, revê-lando. produtos de escritórios como copj.nhos <Je,cafés e canetas com a inscriçãoTelei>r,.

•Vergonha da saúde— Isso aqui é uma vergonha, não

tem mais jeito, não ¦— reclamava D.Nancy Nascimento, moradora há 11 anosda Rua Pedro Ernesto, na Saúde, queaguardava um ônibus na Avenida Rodri-gues Alves, perto do lixo acumulado nacalçada central. Ela lembrou que há mais

de dois meses costuma observar a parti-lha do lixo entre os catadores de papel e,depois, o abandono e a sujeira em quefica o local, além do mau cheiro.

Restos de comida em embalagens dequentinha, carbonos para cópia, fitas decomputador com etiquetas do BNH, ma-terial de escritório com a inscrição daEmbratel, além de garrafas e copos piás-ticos, compõem o cenário de imundíciesob o Viaduto da Avenida Perimetral,

Ali se encontram, vez por outra,meninos como Emerson, Anjo, Carlos,Henrique, Rafael e Leandro «— comidades em torno de 11 anos, a maioria —,a procura de papel e ferro para vender. Amaior parte deles não tem pai e estãotodos instalados com suas mães no Alber-gue João XXIII, da Fundação Leão XIII,na Praça da Harmonia, na Saúde,

— Nós sabemos que o lixo dá doen-ça, mas estamos atrás de alguma coisaaqui para vendermos — justificou Emer-son, de óculos espelhados e que pareciaser o líder do grupo. Quando avistaram aKombi RJ, VT-9727, dirigira por JorgeLuís da Conceição, os meninos abando-naram o local. Jorge Luís disse que "essesgarotos sujam tudo" e, por isso, a Com-lurb proíbe há uma semana que se catepapéis no local, O depósito paga CzS 30

Eelo quilo do: misturado, Cz$ 50 pelo

ranquinho e Çz$ 1 por formulários.

Cinco meses após ter sido anula-do por quebra de sigilo — através dedenúncias ao JORNAL DO BRA-SIL'- o concurso de médicos para arede estadual e municipal de saúdefoi realizado ontem, em clima detranqüilidade. Grande parte dos cer-ca de 10 mil candidatos consideroufáceis as provas para o preenchimen-to de 2 mil 3 vagas, As únicasreclamações foram dos recém-formados, que alegam disputar emdesigualdade com médeos mais ex-perientes, na hora do exame de ti-tulos.

Organizado novamente pelaFESP, o concurso fora anulado 11dias após sua realização, como pro-pôs o então Secretário de Saúde doEstado, Eduardo Costa. Desta vez, aFESP — através de seu novo presi-dente, Eckel de Souza — tomoumedidas mais efetivas contra frau-des: a interdição total de um andarna FESP, exclusivo para o manuseiodas questões; a redução de 8 para 20do número de pessoas que manipula-ram as provas; e o internamento demais 54 pessoas na Imprensa Oficial,durante 72 horas, desde o início daimpressão das provas, na quinta-feira passada.

''Concurso limpo"— Todas as cautelas foram to»

madas. Discovoador todo mundopode ver, mas até agora nossos rada-res não detectaram qualquer irregu-laridade — comentou, em tom irôni-co, o presidente da Fundação Escolade Serviço Público, Eckel de Souza,no cargo desde março deste ano,substituindo Newton Moreira e Sil-va, que concluiu seu mandato. Aoorganizar o concurso que foi anula-do, Newton descartava totalmente apossibilidade de fraude, como o fixe-ram ontem Eckel de Souza e oSecretário de Saúde- do Estado,Cláudio Amaral.

Além do chamado abrigo atômi*co — O internamento de quem teveacesso à impressão final das provas—, a FESP redobrou o cuidado,reduzindo o tempo de entrega dasprovas ao interior do Estado, que

Explosões em pedreirapõem bairro em perigo

No início, os prejuízos eram as vidra-ças estilhaçadas. Agora, são rachadurasnas estruturas dos prédios, fissuras nascaixas d'água e um índice elevado dedoenças alérgicas provocadas pelo exçes-so de poeira, Todos esses transtornos,segundos moradores do bairro do Jabour,em Senador Camará, são causados pelasexplosões diárias na pedreira da firmaEMASA (Engenharia de Mineração),que atinge a comunidade num raio de umquilômetro. O último acidente levou mo-redores à polícia.

O último incidente grave provocado. pelas explosões ocorreu há cerca de um

mês. quando uma pedra de 1 quilo e 600gramas destruiu o telhado e o encana-mento do condomínio Betelgeuse, naAvenida Santa Cruz 7.556. Os moradoresacusam a direção da EMASA pela utili-zação de uma carga excessiva de explosi-vos e já pediram a fiscalização da Feema.Segundo eles. a empresa nâo faz a brita-gem molhada para evitar as nunves depoeira e náo tem galerias de escoamentopara o cascalho.

Rachaduras— Essa pedreira é anterior à urbani-

zação do bairro do Jabour. No início, ostranstornos eram menores, mas de algunsanos para cá as explosões foram aumen-

tando de intensidade e já causaram váriasrachaduras nos prédios. Em alguns edifí-cios foi necessário reforçar com concretoas estruturas das caixas d'água, que apre-sentavam fissuras causadas pela vibração— disse o presidente da associação demoradores, Nilton Garcia dos Santos.

Nos blocos do condomínio Betelgeu-se as rachaduras são visíveis em todas asparedes. O morador do apartamento 101,bloco 1, Jorge Soares da Silva, disse queem menos de um ano foi preciso mudartodos os lustes da casa, quebrados pelasexplosões. Para Osni Fernandes Nasci-mento, morador do bloco 3, apartamento104, o prejuízo foi maior: há um mês, apedra que danificou o telhado do condo-mínio, também estilhaçou sua vidraça ecausou um vazamento de água em seuimóvel.

A síndica do condomínio, Elzita Fcr-nandes de Araújo, registrou o caso na 34aDP. que instaurou inquérito e periciou olocal. Os moradores aguardam o resulta-do do laudo e a visita da Feema paraencaminharem um pedido de desativaçãoda pedreira. Segundo Nilton Garcia dosSantos, a direção da EMASA não recebea comunidade e recusou todos os convitespara reuniões com a associação de mora-dores, a menos que a Feema seja amediadora.

foram levadas diretamente aos locaisdo concurso -™ informou Eckel deSouza, ressaltando a disposição "doGoverno de fazer um concurso ho-nesto e limpo". O Secretário deAdministração do Estado, Luiz per'nando Ribeiro Mattos, lembrou quenão houve prejuízo aos candidatosem concorrer novamente, o que foiconfirmado por médicos como PauloMonerat, 27 anos:

— O ideal é que não tivessemocorrido fraudes, mas já que houve,não teve problema nenhum a gentefazer de novo — afirmou o pediatra,que fez prova na Universidade Ga-ma Filho, em Piedade, onde se regis-trou um índice de 20% de faltas,assim como no total dos 13 mil 500candidatos inscritos,

"Baixo nível"Com provas em 25 especialida-

des e de conhecimentos gerais —cada uma com banca de dois a qua»tro professores —, o concurso dispõede 1 mil 100 vagas para o município,400 para o Estado e 500 para efetiva-ção de celetistas. Primeiro concursopara médicos, no Estado e Municí-pio, realizado nos últimos 20 anos, aprova de ontem completa O ciclo deexames para admissão de profíssio-nais de saúde — lembrou o Secreta-rio de Saúde do Estado, CláudioAmaral, que esteve vistoriando asprovas na UERJ, onde participaramcerca de seis mil candidatos.

Acompanhado do Secretário deSaúde do Município, José Assad,Cláudio Amaral informou que o re-sultado deve ser apresentado em 30dias e cerca de duas semanas depoisos profissionais estarão trabalhandoem 13 hospitais do Estado e 16 doMunicípio, sem contar os postos desaúde. Através do concurso — aocusto de Cz$ 800 mil para a FESP —Cláudio Amaral observou que o Go-verno pode "admitir pessoas maisqualificadas"-

Para muitos candidatos, entre-tanto, a prova foi bastante fácil — nomesmo nível do primeiro concurso— e poderá "nivelar

por baixo osaprovados", como disse Andréa

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imm^kmmmmn Wmm- :4m^ÊÊ(ÍSÊÊmmO Secretário José Assad também fiscalizou as provas ~

Torrentse da Rocha, 25 anos, quedisputa uma vaga para Clínica Medi-ca. Outro candidato foi mais longe:

— Foi uma prova socotrista, pa-ra dar chance ao pessoal que preten-de se efetivar — afirmou o cardiolo-gista Hugo de Castro Sabino, 26,reclamando também, como outrosrecém-formados, das barreiras noexame de títulos, quando "leva van-tagem gente que já até prestes seaposentar e ainda não foi efetivadapelo Estado".

ESCOLAS DE SAMBASAÚDAM O POVO,

PEDEM PASSAGEM EDEFENDEM SEUS DIREITOS.

1. A explosão de alegria e cores, a magnífica exibição de músicae fantasias, de ritmo, harmonia e beleza artística, folclórica e cul-tural, são o resultado do árduo e custoso trabalho a que as Esco-Ias de Samba se devotam, o ano Inteiro, para o grande Desfile quese constitui no evento máximo de nosso Carnaval, transformando-o na maior (esta do mundo.2. Evidentemente, a esse trabalho corresponde o exclusivo direito,assegurado unicamente às próprias Escolas de Samba, e assim pro-tegldo pela Constituição Federal, pelo Código Civil, pela Lei de pro-teção aos Direitos Autorais e legislação afim, de dispor, usar, fruire explorar comercialmente o seu patrimônio artístico e cultural, seunome e sua Imagem, e as obras artísticas, em geral, que elas pró-prias vêm criando.3. Aliás, esse acervo patrimonial, de tamanha grandeza e signifi-cado, constitui o ativo por excelência com que contam as Escolasde Samba para a sua subsistência e contínuo desenvolvimento, tudoem beneficio do próprio Carnaval.4. Infelizmente, porém, em algumas ocasiões, certas pessoas e /ouempresas se têm apropriado do trabalho e do direito das Escolasde Samba, para explorá-los ilicitamente, auferindo ganhos indevl-dos às custas de nossas filiadas.5. E para coibir es6a prática que esta Liga, expressando a vontadede suas filiadas e no legítimo interesse das mesmas, vem a públi-co para:(a) pedir a especial atenção e alertar a todos que possam ter inte-

resse na utilização, com fins comerciais, por qualquer meio ouforma, do nome, imagem e dos direitos autorais e conexos emgeral (ai também compreendidos os enredos, sambas-enre-dos, fantasias, desenhos artísticos, alas e alegorias, compo-sições musicais de autores-membros das diversas agremia-ções etc), pertencentes às Escolas de Samba, que de-verão obter desta Liga a devida e indispensável autori-zação prévia, sob pena de se sujeitarem às medidas le-gals de ordem cível e criminal cabíveis, a exemplo do quejá está sendo promovido contra terceiros que pratica-ram atos ilícitos contra as nossas filiadas; e

(b) solicitar a cooperação dos diversos setores para quese abstenham de exercer qualquer atividade de produ-çáo, veiculação ou comercialização que representetransgressão aos direitos em causa.

6. Esta Liga e suas filiadas estão certas de poder contar com o apoioe a compreensão para a posição que vêm de adotar, a qual trans-cende a razões meramente particulares e interessam em verdadea todos os que apreciam o Carnaval e sobretudo àqueles que delese utilizam com fins de lazer, de cultura e turismo, e bem assim da-queles que, valldamente, desejem utilizar desse acervo das Esco-Ias de Samba com fins promocionais e comerciais.

LIGA INDEPENDENTEDAS ESCOLAS DE SAMBA DO

RIO DE JANEIROG.R.E.S. Acadêmicos do SalgueiroG.R.E.S. Çeija-Flor cie NilópolisG.R.E.S. Caprichosos de PilaresG.R.E.S. Estação Primeira de MangueiraG.R.E.S. Estácio de SáG.R.E.S. Imperatriz LeopoldinenseG.R.Ç.S. Império SerranoG.R.E.S.E. Império da TijucaG.R,E.S. Mocidade Independente de Padre MiguelG.R.E.S. PortelaG.R.E.S. União da Ilha do Governador

S.E.R.E.S. Unidos do CabuçuG.R.ES. Unidos da Ponte

G.R.E.S. Unidos da TijucaG.R.E.S. Unidos de Vila IsabelW,

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qqíi¦-.'. lavl'Com 80 questões — incluindo 3Qici

de conhecimentos gerais — a prqvavsteve duração de quatro horas, más'-nhouve quem não levasse mais; Ide'0duas horas para fazê-la. Foi o ças^ò13-da pediatra Ilcimar Soares dos Çaçi^s'tos, de 29 anos, que considerou boaio Ia prova, apesar de estar preocupada;^ ícom a filha recém-nascida, Ingrid;^'que foi amamentada pela médlçaf™ jantes e depois do exame. "Ela

{Ín->s.'r ]grid) mama muito e eu não pude. 3deixá-la em casa", disse Ilcimar-: -

'•' 3TÍ:

Delegado vê séSíihá lenocínio n^,^I. da FantasiaÍSS

O delegado Cláudio Gonçalves; dá:""T16a DP, na Barra, começou a tornar' 'depoimentos no inquérito que apura ^"rj!há prática de lenocínio na Ilha da Fant^^jsia. Ontem o advogado Luís Eduardo^Salles Nobre ratificou as acusações,,én^niíquanto o proprietário da ilha, Francjsço^,,Andrade de Carvalho, diz que se tratajâé, 3;,um clube privado que oferece lazer èentretenimento para os sócios,"nada ten-'-^do a ver com meretrício". „^

Após ouvir os dois depoimentos; q.^delegado comentou que julga "meiô.es;. í>^quisita" a notícia-crime impetrada peí^iadvogado, porque ele diz que foi pra^^curado por pessoas, vizinhas da Uhã;df *Fantasia, sem identificá-las, que pedirafirprovidências contra o empreendimento.. :Cláudio Gonçalves admitiu que o adyo;,^gado possa estar "querendo aparecei;;.

A denúncia apresentada pelo a(Jyô^Sgado, na 24a Vara Criminal, está fopjMilmentada na matéria publicada, no dj|s§|bde fevereiro, na Revista Domingo;;3fi>Jl|JORNAL DO BRASIL. >Í$ÊM

— Todo o Rio de Janeiro sabe qUl^C|p|Ilha da Fantasia é um prostíbulo, que-á

** ¦razão principal de sua existência éo ¦comércio do sexo, Se isso acabar, nin-guém vai querer ir |á. A reportagemretrata com exatidão tudo isso. Então,atendendo a meus clientes entrei com/çr^notícia-crime, que julguei ser a primeiraprovidencia — disse o advogado, acres-—,ccntaodo que o delegado deveria se preu- jcupar em apurar os fatos e não íjn ]descobrir quem são seus clientes. Exgjj- <cou que entrou com a notícia-crimevjp |que poderia ter sido feito por qualquer {pessoa. !

Ao tomar o depoimento de Francisco tAndrade de Carvalho, o delegado preo- Jcupou-se basicamente com a exata locali- }zação da Ilha da Fantasia e quais os jserviços que o clube oferecia a seus 1 mil700 sócios, entre pessoas físicas e jurídi- jcas. Francisco explicou que qualquer pes- j6oa pode ser sócia do clube, desde que <tenha sua ficha aprovada pela direção e jpague uma quantia (não disse quanto) jcomo anuidade:

Caso se torne sócio, a pessoafísica pode levar sempre um acompa-nhante, enquanto a jurídica tem direito alevar seis pessoas, O clube oferece pisei-ria, massagens, sauna, atendimento medi-co, sala de jogos e quartos de relax-

Francisco disse ainda que todo sóciotem direito a um quarto de relax, ondepode entrar com quem quiser. "Mas daíque se pratique sexo ali há uma distânciamuito grande". Explicou também quecobra Cz$ 150 mil dos não-sócios quevisitam a ilha: .~^

Quem pagar essa taxa tem o direi*to de usufruir o clube por um dia corrioqualquer sócio. Trata-se de uma táticacomercial para conquistar novos sócios ffrdisse Francisco.

O delegado Cláudio Gonçalves pre.-tende ouvir na próxima semana sócios do !clube e "todas as pessoas citadas na imatéria", como as funcionárias Miriam^ !N.ira, e clientes conin o ministro.' do j Ipetróleo da Arábia Saudita, Almed Za]sí j |Yamani. e o executivo suíço Christiarlj 'Trcpp. ' Í

-6 d Io caderno ? segunda-feira, 26/5/86 Nacional JORNAL DO BRASIL

feáfòrme JB

'i :¦.

12

ehil r>ibíifií

EM 1963 o então governador

da Guanabara Carlos Lacerdadisparou sua metralhadora girató-

í ria contra o presidente João Gou-ííárt, acusando-o de montar um

-,(Çerco econômico contra o Rio deo'Janeiro.

bu'. Lacerda acusava o governo fe-deral de discriminar o Estado nalíjóra do rateio das verbas daUnião.

Pesava também contra as auto-c ridades monetárias de então a,!,queixa de que queriam asfixiar o..(Banco do Estado da Guanabara,uique se transformou no Banerj.ügsl eiixm. Na época, o deputado federal'Leonel Brizola, do PTB, não mo-veu uma palha para furar o blo-

i queio comandado pelo cunhadopresidente — mesmo devendo seumandato ao eleitorado carioca,qüe o sufragou em 1962 com 269

í mil votos.|g 0

Passados 23 anos a história se| repete.

Hoje é o governador Brizola| quem esperneia contra o Governoíífederal.

•Endereço erradoíí<: Irritados com as pressões america-nas sobre o Brasil, diplomatas no Ita-marati acham que os Estados Unidosdeveriam se preocupar mais com o

•México, "cuja situação está à beira daexplosão e pode afetar seriamente inte-rcsses americanos, ao contrário doBrasil".

Malufada geralt—j Os ex-deputados Adhemar de Bar-

^ros e Eusébio Rocha — da direção do¦PDT em São Paulo — estiveram recen-temente com o governador Leonel Bri-zola, no Rio.

i. Vieram comunicarque o sonho dou-•rado das bases do partido em São Paulo"é' aderir à candidatura Paulo Maluf aogoverno do Estado.

Disparadajnor Os preços dos imóveis continuami disparando, principalmente depois doi."Plano Cruzado.

Ontem foi lançada a segunda fase do_ empreendimento Santa Mônica Sul Re-

sidência, na Barra da Tijuca.Cada casa custa agora CzS 2 milhões

320 mil.Em dezembro custava menos de CrS

1 bilhão.

Doce vidaA lei federal que antecipa para as

segundas-feiras os feriados nacionaisnão pegou em Belo Horizonte.

O prefeito Sérgio Ferrara, "paraconciliar os pontos de vista divergentessobre a data certa de comemoração doCorpus Christi, decretou feriado hojena cidade e ponto facultativo na próxi-

rma quinta-feira, dia 29.p»*; O mineiro terá, assim, dois dias para|*çòmemorar o mesmo evento — isto semplãíár na tentação de enforcar a sexta-¦tfêura.A*

|»ü$ todo vaporfA'l De janeiro a abril os trens brasilei-^|õs transportaram 13,3% mais carga doyqíie no mesmo período do ano passado.

fGrente%A,{ O roqueiro inglês Richie vai se natu-Ivjâjizar brasileiro para votar no cândida-%? Jô.dos verdes ao governo do Rio, jorna-jf-tjsta Fernando Gabeira.p< _ Richie descobriu o Brasil pelas mãosItifesua mulher, a brasileira Leda Zucca-

P^Téli.

Os dois se conheceram em Londres,em 1972.

Fora dos quartéisA questão fundiária é tão grave que

tem até comunista pedindo a interven-ção das Forças Armadas.

O deputado Fernando Santana(PCB-BA), que é presidente da Comis-são de Terras da Câmara Federal, de-fende a intervenção das Forças Arma-das e da Polícia Federal para assegurara Reforma Agrária."Do

ponto de vista constitucional,as Forças Armadas são responsáveispela defesa de interesses básicos danação", justifica ele.

Evaporou-seDesembarca esta semana no Brasil o

ministro das Minas e Energia da Bolí-via-, Carlos Moralez, trazendo uma novaproposta de venda do gás boliviano.

Moralez chega dez anos atrasado.No início da década passada o Brasil

queria comprar gás boliviano. O nego-cio não prosperou, em grande parte,porque a esquerda da Bolívia considera-va a operação lesiva aos interesses na-cionais.

Hoje quem não quer mais comprar éo Brasil, que começa a descobrir gásnatural em vários pontos.Perfil

O preso gaúcho tem idade entre 18 e35 anos, cor branca, foi trabalhador daconstrução civil, tem primário completoe'antes de se fixar nos cinturões demiséria de Porto Alegre trabalhou nomeio rural.

Este perfil foi traçado pela equipede pesquisa e planejamento da Superin-tendência de Serviços Penitenciários doRio Grande do Sul.

Pé atrásAs falcatruas do empresário de cola-

rinho branco Tony Gebauer deixaramos brasileiros que têm conta no exterior— mesmos os que declaram esses depó-sitos no Imposto de Renda — de cabe-los arrepiados.

Casa novaO ministro Renato Archer pretende

alojar em um único e amplo local várioscentros de pesquisas que funcionam, emcondições precárias, no Rio de Janeiro.

São eles: o Centro Brasileiro dePesquisas Físicas, o Instituto Nacionalde Tecnologia e o Laboratório Nacionalde Computação Científica.

O Centro de Pesquisas Físicas, naUrca, não pode, por exemplo, acionarde uma vez só todos os seus equipamen-tos, sob pena de provocar interferêncianos aparelhos de televisão da vizi-nhança.

Vagas para pobresSegundo o jornal Washington Post,

a herdeira de negócios petroleiros eimobiliários Beryl Buck morreu semfilhos, aos 79 anos, em ,1975, e seutestamento registrou o desejo de que osjuros da sua fortuna fossem gastos emassistência aos pobres de sua cidade,San Rafael, na Califórnia.

Só que San Rafael tem mais piscinasdo que pobres e a fundação encarregadade administrar o dinheiro recorreu aostribunais a fim de conseguir autorizaçãopara ajudar os carentes da área metro-politana de San Francisco, onde elesexistem."Egocentrista"

O candidato a candidato do PDS agovernador de Pernambuco, o pequenoempresário Joel Câmara, está reagindoà pressão para desistir, ajudando opartido a se compor com o PMDB emtorno da candidatura Miguel Arraes.

O sr Arraes nem é direitista nemesquerdista — afirma Joel. — Paramim ele é "egocentrista" e não rezopela sua cartilha.

MestreDo governador Gonzaga Mota so-

bre seu futuro político depois de deixaro governo do Ceará em março:

Eu não preciso de emprego. Souprofessor.

O governador de Pernam-buco, Gustavo Krause, en-controu-se na última quarta-feira no Galeão com o depu-tado Miguel Arraes, virtualcandidato ao governo peloPMDB. Os dois trocaram ju-ras de que a campanha elei-toral será civilizada.

A LBA do Rio quer insta-lar um Centro Social paraatender a população carenteda Baixada Fluminense numedifício de luxo, em Duque deCaxias.¦ O deputado chaguistaCláudio Moacyr ainda insistenuma legenda do PDT para oSenado.

Comentário da revistaNewsweek sobre o jogadorFalcão: "Com 32 anos, ele é ojogador ideal para ligar defe-sa e ataque. Jogador refina-do, Falcão atinge seu pontoalto quando o juiz impede oadversário de sair para umjogo demasiadamente físico".

A Sub-reitona de Desen-volvimento e Extensão daUFRJ promove na próximaquarta-feira, no 1FCS — Lar-

Lance-Livrego de São Francisco, 1 —duas mesas-redondas sobre otema Qem tem medo de re-forma agrária?. A partir daslOh.

Depois de brigarem pormais de 15 anos, as bolsas doRio e de São Paulo estão nu-ma fase de lua-de-mel. Seuspresidentes, Ênio Rodrigues eEduardo Levy, viajam juntosno próximo dia 6 para osEstados Unidos. Vão conhe-cer mecanismos das bolsasamericanas.

Depois de 10 anos afastadados palcos, Yoná Magalhãesvolta na peça O Falcão pere-grino, de Vicente Pereira,que estréia dia 13 de junho,no Teatro da Galeria.

Eleições no Sindicato dosQuímicos e Engenheiros Qui-micos do Rio de Janeiro,amanhã. Concorre a chapaúnica: Avante.

Há um clima de certaapreensão nas empresasamericanas que operam noBrasil em virtude do acirra-mento das divergências entreos governos dos dois países.

Executivos e governo usam TelestradaS~'¦ car, Panln — Fntn rio Wilson Santos

particularmente em relação àquestão da informática.

A Secretaria de Esportes eLazer está inscrevendo gru-pos interessados no concursode quadrilhas e da Sinhazi-nha 86, na Avenida Presiden-te Vargas, 914.

Abre os olhos, Telê.Por ter atuado em 150 jul-

gamentos no júri, o advogadoJair Leite Pereira terá seuretrato inaugurado no Plena-rio dia 28 próximo.

Irmã Dulce" dos Pobrescompleta hoje 72 anos. Seuaniversário será comemora-do quarta-feira com a inau-guração do novo pavilhão ge-riátrico Júlia Magalhães,anexo ao Hospital Santo An-tônio, em Salvador.

Os pesquisadores brasilei-ros continuam enfrentandodificuldades de acesso aos ar-quivos do Itamaraty. Só obrasilianista americano Stan-ley Hilton é que conseguiufurar o bloqueio.

Cadê os royalties do petró-leo do Rio?

Sâò Paulo — Foto de Wilson Santos

Carlos Pereira de SouzaSão Paulo — Enquanto a Telebrás não implantar o velho

plano da telefonia móvel no Brasil, como existe nos EstadosUnidos e Europa, os motoristas brasileiros podem contar com osistema Telestrada, usado pelos caminhoneiros. Nesse sistema —nada mais do que uma rede de rádio — foi acoplado um telefone,cujo uso se está generalizando por autoridades do governo,empresários e até profissionais liberais.

Implantado oficialmente em janeiro deste ano, o Telestrada— reconhecido e autorizado pelo Ministério das Comunicações —já funciona em quase todo o país, instalado em 586 veículos,principalmente caminhões. O sistema permite a comunicação, viaEmbratel, com o escritório ou a residência e, mesmo nos contatoscomerciais, em casos de urgência ou de problemas no congestiona-mento. Em média, o aparelho custa CzS 15 mil, incluindoinstalação.

As repetidoras ou estações-base ficam principalmente naavenida Paulista, um dos pontos mais altos da cidade. De lá, elastransmitem o sinal para o rádio, normalmente colocado nobagageiro do carro. A Telepeach, única fabricante desse sistemaadaptado, já instalou 80 aparelhos no Rio de Janeiro e em SãoPaulo. A estação básica, com um telefone, custa CzS 80 mil, maspode ser subdividida em mais de um aparelho.

O maior problema, segundo o engenheiro Antônio José deMiranda, da Telepatch, é a falta de canais de rádio-freqüência.Assim é praticamente impossível conseguir uma licença nosgrandes centros. Ao mesmo tempo, usuários famosos, como ogovernador de São Paulo, André Franco Montoro, secretáriosestaduais, presidentes de estatais e empresários, reclamam deinterferência no sistema e perda de contato. A associação Brasilei-ra dos caminhoneiros (Abicam) também faz criticas ao Telestrada,que considera caro e imperfeito.

1 O chefe do Setor de Telecomunicações do Dentei (Departa-mento Nacional de Telecomunicações), engenheiro Fábio JoséCapo Bianco, explicou que o sistema Telestrada funciona vincula-do ao Centro de Operações da Embratel: "O assinante aciona atelefonista da Embratel, se identifica e pede a ligação desejada".O aparelho Telestrada permite a conversa através do sistema derádio, instalado geralmente no painel dianteiro dos veículos.

Segundo Fábio Capo Bianco, a Embratel não tinha estruturamontada para o funcionamento do sistema Telebrás, mas esseproblema foi contornado com a criação do Renec (Rede Nacionalde Estações Costeiras). Cada central ligada ao sistema possibilitauma ligação telefônica via rádio, num raio de 70 a 80 quilômetros.Centrais repetidoras permitem que a comunicação seja feita adistâncias maiores.

Além da compra do equipamento e de sua instalação, ousuário precisa pagar uma taxa junto à Embratel, o Fistel (Fundode fiscalização de telecomunicações), no valor de CzS 656. Oassinante do sistema paga uma taxa fixa mensal de CzS 28,24 porcada utilização. São cobrados CzS 14,64, que dão direito a umacomunicação de três minutos. Cada minuto adicional representamais de CzS 4,88.

Como senador, em Brasflia, Franco Montoro não dispensavao telefone no carro. Agora, no governo do estado, ele pode saber,em meio ao trânsito, de uma rebelião na Casa de Detenção ou naFebem, e tomar logo suas providências.

Secretários de estado também resolvem muitos problemasenquanto vão de um lado para outro da cidade. A CompanhiaEnergética de São Paulo (CESP) dispõe do sistema, mas como aslicenças estão limitadas, divide a linha com uma empresa privada.

Alguns empresários têm o aparelho, como Pedro Ebcrhardt,presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Autopeças(Sindipeças) e Horacio Cherkassky, da Associação Brasileira dePapel e Celulose.

Ancelmo Gois

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•í\L_ ***- "*-- *í^,'./,,-*iMesmo em viagem, o obstetra Rogério Moraes atende às clientes

—Um médico fácil de encontrar—As gestantes paulistas, clientes do medi-

co ginecologista e obstetra Rogério PinheiroArraes, de 30 anos, ficam tranqüilas poissabem que não terão contratempos paralocalizá-lo para o parto. Mesmo que estejapreso num enorme congestionamento de SãoPaulo, ele pode entrar em contato imediata-mente, através do sistema Telestrada queinstalou em seu automóvel Santana.

O dr. Rogério, que investiu CzS 17 mil800 no Telestrada, explicou que fica tranqüi-lo até mesmo quando vai ao sítio — onde nãotem telefone — ou viaja para algum lugarretirado, pois suas clientes podem chamá-lopelo

"BIP" que sempre leva na cintura."Imediatamente telefono para elas e, pelo

Telestrada, vou dando a orientação até omomento do parto."

O equipamento do dr. Rogério é sofisti-cado e, como não coube no painel do Santa-na, devido ao seu peso, foi instalado noporta-malas. Na frente do veículo, existe umtelefone através do qual ele se comunica comas pessoas. O sistema tem um controleremoto, que lhe custou CzS 4 mil 500 extras.

O médico Rogério Pinheiro tem cônsul-tório no centro da capital paulista e sedesloca muito pela cidade, pois trabalha comoutras clínicas particulares. Quanto ao inws-timento feito, acha que o retorno não tempreço:

"é uma questão de opção por umconforto maior; acho que o aparelho deve •ser utilizado por quem realmente precisa.Caso contrário, torna-se um luxo desnecessá-rio", aconselha.

Quanto à funcionalidade do sistema, odr. Rogério diz não ter queixas:

"Estousatisfeito. Ligo para a Embratel, pelo nume-ro 154, e se ocorrer de ter pessoas na linha, ádemora costuma ser de poucos minutos. Sefor algum caso urgente, é só dizer isso ej}*,'atendente da Embratel faz a ligação imedia-tamente. Já falei daqui de São Paulo comPernambuco e com Presidente Prudente,sem qualquer problema de som." Para [ns-,.lhorar ainda mais a recepção, o dr. Rogério-instalou uma antena no teto de seu autotnó-vel. No seu caso, qualquer medida de segu-rança nunca é demais.

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JORNAL DO BRASIL Nacional segunda-feira, 26/5/86 d Io caderno ? 7

Pecuarista acusa bispo de armarSõn Paul»— A Accnrinrãn Hnc fViarlnr« Ai. MolnrP rir, Rrpcil -I- Brasília — FotO de WilSCiIWIl/1/fflSáo Paulo—A Associação dos Criadores de Nelore do Brasil

denunciou, cm telex ao ministro da Justiça,.Paulo Brossard, que o•bispofde Roraima, d Algo Mongiano, orienta os padres a ele'subordinados a "entregar armas aos índios e instigá-los contracivilizados para derrubar cercas, incendiar casas, envenenar gado

.e ameaçar de morte pequenos e médios agricultores". Diz que os.padres obrigam "índios a extrair ouro e minérios, no regime de'escravidão branca", e contrabandeiam ouro e outros minériospara a Guiana e carne para a Venezuela.

Os criadores de gado nelore elogiam Brossard por suas^"medidas pani coibir a violência no meio rural, principalmente naregiãaamazónica" e sugerem que estenda essa ação ao Território

íàc Roraima. O telex, assinado por José Mário Junqueira deíAzevedo, diz que inquérito policial instaurado pela Secretaria deSegurança de Roraima, a pedido de Epitácio Andrade Lucena,'constatou as ações ilegais do bispo e dos padres. Afirma que os

Jndios -não recebem salários para garimpar e vivem "na maisfextréma miséria".| ••«^Lamentavelmente a CNBB (Conferência Nacional dos¦Bispos do Brasil), que se diz defensora dos direitos humanos efcòntnca violência no meio rural, em vez de condenar a atitude dejüiíi'do$ seus membros, vem dando cobertura ao mesmo, inclusive;contratando advogado que requer habeas corpus a fim de trancar o'• inquérito, embora negado pelo juiz de direito", conclui o telex dos.pecuaristas.

¦¦• Corpus ChristiOs conflitos de terra, que vêm causando mortes de campone-

ses e padres, como Josimo Tavares, foi o principal tema da homília¦do cardeal arcebispo de São Paulo, d Evaristo Arns, na missa de.'Corpus Christi celebrada ontem na Praça da República, Centrodesta capital; para 7 mil fiéis.

.-"Oremos para que o povo coloque nessa luta seu próprio^sangue, para uni-lo ao sangue de Jesus. Talvez com isso se faça;justiça>na terra. A Igreja se coloca mais uma vez ao lado do povo e:de suas esperanças. E uma dessas esperanças é a terra para quemçnela trabalha. Continuamos ao lado da reforma agrária", disse d:Arns'na homília. "O Brasil tem a terra mais fecunda do mundo",;argumentou, "e o povo continua passando fome. Para resolver< isso, poucos têm que ceder muito pouco para muitos que precisam;de terra."

A missa começou às 14h30min e às 16h o povo saiu em.procissão uté a Praça da Sé, distante dois quilômetros, ondeI recebeu a bênção eucarística. As Comunidades Eclesiais de BaseSpartrérparam de leituras durante a missa, e um grupo da região de; Santo Amaro informou que desde 1984 ocorreram 950 conflitos! por causa da terra e 354 trabalhadores rurais foram assassinados; no país.

Morte na Bahia"Esta morte nos atinge e lamentamos as impunidades que'.incentivam novas investidas criminosas", diz um trecho da nota

lemilida ontem pela diocese de Barra (BA), onde na noite de; quarta-feira um desconhecido matou com um tiro à queima-roupa; Josael Lima, candidato do PMDB a prefeito em 82 e funcionário'da Fundação Desenvolvimento Integrado do São Francisco,j entidade criada pela diocese para atuar junto a trabalhadoresrurais é pescadores.

..O consenso, no município ribeirinho do São Francisco, e de¦_que a morte de Josacl foi encomendada por proprietários de terra,'pois^no início do mês ele indicou ao Incra (Instituto Nacional de^Colonização e Reforma Agrária) latifúndios improdutivos deÊlbotirarna. outro município da região. O crime mobilizou ajpopulação e amanhã a Federação dos Trabalhadores na Agricultu-ira chvBahia, diretórios do PMDB e parlamentares promovem uma.romaria ao túmulo de Josael, seguindo-se concentração e passeata• até a catedral, onde será celebrada missa de sétimo dia.; "A reforma agrária só será conseguida com a organização e a; lutjnft todos", diz a nota da diocese, que apoia as manifestações; programadas. Ontem, a 300 metros do local onde Josael foi] assassinado, foi encontrada a bolsa da vítima, que o assassinoI pegou depois do crime. Estava aberta, jogada no mato, num'

quintal, com documentos e talão de cheques à volta. O delegado' especial Jairo Mendes, designado pelo secretário de Segurança doí Estado para apurar o homicídio, pedirá hoje a exumação do1 cadáver de Josael para realização de necropsia, pois ele foi, sepultado sem esta providência e ainda com a bala no corpo.

Wilson PedrosaeadrosEw

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escravizarBicheiros e políticos sefreúnem e pedem jogo legal

Porto Alegre — Sem a presença dapolícia mas com a dos mais importantesBanqueiros do jogo do bicho do país,como Aniz Abraão David e Paulo Andra-de, filho do Castor de Andrade, dosbicheiros gaúchos, de prefeitos e dodeputado Márcio Braga (PMDB/RJ), en-contro realizado este fim de semana napraia de Capão da Canoa reivindicou queo jogo do bicho esteja legalizado no paísaté o final do ano.

Quem acredita nisto e vai apresentai;um projeto, síntese dos 15 em tramitaçãoatualmente na Câmara, é o deputadoMárcio Braga, relator dos projetos pro-pondo a exclusão do jogo do bicho dascontravenções penais. Ficou decidido noencontro que a regulamentação do jogodo bicho deve ser feita através dos Esta-dos, que ficariam com 20% dos impostos

Capáp

arrecadados, e dos municípios, com 80%Pelo substitutivo, aos atuais banqueiro:ficaria assegurada a concessão da expio:ração do jogo. Os funcionários arrecadadores passariam a ser regidos pela ÇL,Tpara aqueles que não têm horário neiponto fixo seria concedido o dircitcrde &registrarem como autônomos. iTJ

Márcio Braga acredita que até o finajdo ano o jogo do bicho estará legalizadono país, "pagando impostos, tanto oiganhadores como os banqueiros, acaban!do assim com a corrupção". O prefeito dlCapão da Canoa, Egon Birle (PDS);''qu«promoveu o encontro, diz que os munici*pios serão os mais beneficiados pela reguelamentação do jogo do bicho, mas acrcdi^ta que "maiores benefícios virão com ílegalização de outras formas de jogo;com os cassinos"

da Canoa, RS — Foto de Luiz Guerreira

O Exército emprestou barracas para abrigar as várias delegações

Meninos e meninas das ruasfazem seu primeiro encontro

Encontro Nacional de Meninos e Meninas deRua reúne de hoje a quarta-feira 370 meninos e 58meninas de todo o Brasil de 9 a 16 anos, paradiscutir a triste vida de quase 5 milhões de menorescarentes do país.

Os meninos e meninas estão abrigados noParque da Cidade, onde será o encontro. Osmeninos estão dormindo em 31 barracas que oExército emprestou. As meninas estão nas salas deaula da Promoção Educativa do Menor, da Funda-ção Educacional do Distrito Federal, longe dasbarracas.

Carinho, comida, escolaAs crianças chegaram de ônibus ou de avião da

FAB e foram divididas por regiões de origem:Norte — 99, Nordeste — 60, Sudeste — 118, Sul —60, Centro-Oeste — 57. Depois receberam, cadauma, uma pasta com caderno, lápis e folhetos com aDeclaração dos Direitos da Criança, da ONU, eletras de música. O encontro é coordenado pelacomissão nacional do Movimento de Meninos eMeninas de Rua c tem o apoio do governo doDistrito Federal, da Presidência da República e daUnicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).

Apesar do cansaço da viagem, o domingo foium dia de muita brincadeira no Parque da Cidade.As crianças do Pará, Amapá, e Amazonas aprovei-taram a manhã para conhecer o Palácio do Planaltoe o Congresso Nacional: "Gostei mais do Palácio,muito bacana, quero morar aqui", disse EdilsonCarvalho, 15 anos, que veio de Manaus.

Todos de short, uns de chinelos, muitos des-calços, esses meninos e meninas abandonados doBrasil adoram dar entrevista, cercam repórteres,

mostram que são mesmo carentes de tudo. "Vimaqui para dar minha opinião: nós, crianças da rua,precisamos de carinho, de respeito, de casa, comidae escola", disse Ricardo Menezes, 13 anos, biscatei-ro em Marabá (PA).

Sonho e revoltaOs meninos insistem em não ser chamados de

pivetes. Vera Carvalho, 15 anos, que já trabalhouna rua dois anos, vendendo sacos em Belém,explica: "Este encontro é importante porque oBrasil vai ficar sabendo quem a gente é. As pessoaspensam que nós, principalmente os meninos, somosladrões, porque precisamos trabalhar na rua parasobreviver. Quando crescer, quero ser assistentesocial para ajudar as crianças que estão aqui."

Frank de Oliveira, 16 anos, que vive na rua emManaus, confessa que tem que tirar dos outros parapoder comer: "Fui preso várias vezes, mas sempreos guardas tiram de mim o que tirei dos outros eainda me batem. Não adianta eu ir para a escola.Vim para cá para ver se muda a minha vida",contou, cabisbaixo, atirando longe pedrinhas quecatava no chão e mostrando uma grande revolta.

Muitos dessas crianças estão em Brasília por-que já tiveram a sorte de encontrar alguém comopadre Bruno Seich, que há 15 anos ajuda osmeninos da rua em Belém. Outro padre salesiano,Ramiro, espanhol há 11 anos no Brasil, faz umtrabalho diferente em Recife:"No encontro vamosmostrar como podemos ajudar os meninos e meni-nas pobres sem tirá-los da rua, que os acolheu, esem trancá-los. Como faz a Funabem. "PadreRamiro ensina os meninos de rua a trabalhar eorganizar cooperativas para "dar a volta por cima".

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Bicheiros Graepin (E), Paulo Andrade e Aniz David1

Garimpeiro invade CarajMe constrói pista de pousq^ \

Belém — A Serra dos Carajás, nomunicípio de Marabá é o mais novoobjetivo dos invasores de terra do Sul doPará. O deputado Paulo Fonteles(PMDB) já denunciara na Assembléia aatuação de grileiros naquela área, patro-cinados pelo também deputado FaustoMendes, que há pouco trocou o PDS peloPMDB, e agora foi a vez do 5o Distritodo Departamento Nacional de ProduçãoMineral (DNPM) revelar invasões degarimpeiros.

O responsável pelo Projeto Ouro doDNPM, Ambrózio Ichara, diz que odepartamento recebeu um telex da em-presa Rio Doce Geologia e Mineração(Docegeo) subsidiária da Companhia Va-le do Rio Doce (OVRD), no último dia

21, confirmando a construção de umapista de pouso clandestina na Serra dfc>Pium, dentro do Projeto Ferro Oranc^Carajás, para servir de apoio às átivid^-des de lavra de cassiterita. , -,; 1

Ichara não soube informar quantcjshomens estão irregularmente na área,mas acredita que os garimpeiros,'.na»ver-dade, estão procurando ouro e, cofnoaárea é de difícil aceso, dependem deavião. Calcula-se que estes invasores daSerra do Pium venham do garimpo c|eSerra Pelada, cuja população foi redGzicfade 80 mil para 3 mil homens em conse-qüência da falta de rebaixamento^ dástaludes, o que tornou extremameirtepeijjj-goso o trabalho dos garimpeiros. ;

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Prepare a sua fazenda, a sua estância, o seu sítio: com o apoiodo Banco do Brasil muita coisa vai passar pela sua porteira.

A cada ano, cresce a criação de animais, resultado do maiorcruzamento que acontece diariamente no País: o cruzamento doscréditos do Banco do Brasil com a vontade de criar do produtor rural.Este apoio é uma das forças que toca os rebanhos pra frente¦e faz campeões.

Em qualquer área da criação brasileira, o Banco do Brasil estálá, de mangas arregaçadas. É ele que destina os recursos para a pro-duçõo dos animais que alimentarão os brasileiros. É ele que financiasafras e entressafras. Sem nunca deixar o criador sozinho.

O Banco do Brasil sabe que competir com a produtividade dosrebanhos de países de avançada tecnologia é páreo duro.

Mas aposta no produtor rural e em sua capacidade de criar.Para provar que também nessa área a sua atuação é a mais

ampla possível, o Banco do Brasil estimula qualquer projeto destinadoa aumentar a produção de alimentos. Da rã ao camarão em cativeiro,da abelha ao coelho, toda idéia merece crédito. Deixe os animaisanimarem a sua criatividade.

Produtores, granjeiros e criadores. Esta é raça de gente campeãem produtividade.

Aprimoramento de rebanhos, auto-suficiência em alimentos,'maior e melhor produção de matérias-primas. Prêmios que o Bancodo Brasil quer para o Brasil. ^.Você viu a vitória dos ^^ BANCO DO BRASILcampeões do Banco do Brasil? ^^ Q pa[s contQ com esta força

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8 0 Io caderno ? segunda-feira, 26/5/86 Internacional JORNAL DO BRASIL

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encontro reuniu os presidentes Árias (E), da Cosia Rica, Duarte, de El Salvador,Cerezo, da Guatemala, Azcona, de Honduras, e Ortega, da Nicarágua

Líderes apoiam Contadorana Europa mas mantêm divergências

Miktdii — A instalarão Hft vx

Reagan podeestocar arma

Moscou — A instalação denovas armas químicas bináriasamericanas na Europa dependeunicamente das ordens do pre-sidente Reagan, afirma a revis-ta alemã ocidental Der Spiegelem sua edição de hoje. A revis-ta salienta que o Exército dosEstados Unidos já tem planosdetalhados para o transporte einstalação dessas armas em so-lo europeu.

O semanário acrescenta queo secretário da Defesa america-no, Caspar Weinberger, confir-mou numa reunião secreta daOTAN em Bruxelas, na sema-na passada, que tem a intençãode informar seus aliados euro-peus ainda este ano, sob quecondições e em que locais pre-tendem instalar as armas qui-micas em caso de crise.

Em caso de crise internacio-nal, segundo um diplomataamericano citado pela revista,sem identificá-lo, o governoamericano não enviará tropassuplementares à Europa se osaliados rejeitarem a instalaçãodas armas químicas.

De acordo com Der Spiegel,os europeus não têm direito deveto e os americanos só secomprometeram a pedir per-missão a seus aliados para otransporte das armas químicasà Europa e a pedir conselhosaos chefes de Governo aliadosem caso de guerra.

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Esquipulas, Guatemala — Os presidentesda Nicarágua, Honduras, Ei Salvador; Guate-mala e Costa Rica, que se reuniram no fim desemana nesta cidade guatemalteca de 30 milhabitantes, concordaram com a criação de umParlamento centro-americano e afirmaramque estão dispostos a assinar a Ata de Paz eCooperação de Contadora. Mas os cinco presi-dentes não conseguiram superar suas diver-gências sobre a redução de tropas e controlede armas na região, justamente a questão queimpediu até agora a assinatura da Ata de Paz.

O Documento de Esquipulas foi assinadona Basílica da cidade, uma espécie de santuá-rio católico visitado anualmente por milharesde peregrinos. A tensão causada pelas diver-gências aumentou depois que o presidente daCosta Rica, Oscar Árias, não aceitou a reda-ção original do documento que mencionava"os cinco presidentes centro-americanos, elei-tos pela vontade majoritária de seus respecti-vos povos". Árias alegou que a votação queelegeu o presidente nicaragüense, Daniel Or-tega, em 1984, não permitiu a livre participa-ção da oposição.

O impasse quanto à questão do controlede armas e tropas continuou porque a Nicará-gua afirma que não poderá reduzir seu Exerci-to de 60 mil homens — o maior da região —enquanto o governo americano continuar fi-nanciando a guerrilha anti-sandinista. O presi-dente Daniel Ortega também insistiu numadistinção entre armas ofensivas e defensivas.Segundo a agência UPI, o presidente guate-malteco Vinicio Cerezo que apoiou a posiçãonicaragüense, que é rechaçada pelai CostaRica, Honduras e El Salvador.

Ortega também propôs que a discussão daquestão militar continue após a assinatura daAta de Paz de Contadora, o que foi rejeitadopelo presidente de El Salvador, Napoléon

Thatcher defendepalestinos emvisita a Israel

Jerusalém — A primeira-ministra da In-glaterra, Margaret Thatcher, na primeira.visitade um chefe de Estado inglês a Israel, afirmouque seu governo impulsionará o processo depaz do Oriente Médio "em contato com aEuropa e os Estados Unidos". Ela prometeutambém iniciar conversações sobre pdz noOriente Médio com o rei Hussein, da Jprdâ-nia, que irá a Londres dentro dc três semanas.Thatcher afirmou, em jantar oferecido'peloPrimeiro-Ministro Shimon Peres, que Israelprecisa

"reconhecer os direitos legítimos dospalestinos".

Autoridades inglesas informaram queThatcher não levou nenhum plano específicode paz, mas destacaram que ela está preocupa-da com o estancamento do processo. A primei-ra-ministra também deseja pedir ao governode Israel que estimule maior participação depalestinos moderados na administração dosterritórios árabes ocupados da Cisjordânia eFaixa de Gaza e a melhore as condiçõeseconômicas naquelas áreas.

Hoje, Thatcher se reunirá em Jerusalémcom personalidades palestinas da Cisjordâniae Gaza. São dirigentes moderados e acredita-se que pedirão à primeira-ministra que promo-va a reconciliação do rei Hussein com opresidente da Organização para a Libertaçãoda Palestina (OLP), Yasser Arafat. Entre osrepresentantes palestinos estarão Hanna Si-niora e Faes Abu Rahme, dejignados pelocomitê executivo da OLP para as frustradasconversações de uma delegação jordaniano-palestina com os Estados Unidos, antes denegociações com Israel.

Thatcher visitou ontem o Memorial YadVashem, onde prestou homenagem aos 6 mi-lhões de judeus mortos pelos nazistas. Elacolocou uma coroa de flores no centro domonumento e, emocionada, enxugou uma lá-grima. Em seguida, foi ao Museu do Holo-causto, onde viu fotografias e documentosdescrevendo as atrocidades feitas pelos nazis-tas nos campos de concentração.

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Duarte, que disse que isso "trairia a vontadedo povo americano". Até agora os EstadosUnidos não deram garantias de que suspende-rão a ajuda aos contra-revolucionários nicará-güenses se a Ata de Paz for assinada eafirmaram que só respeitarão o acordo se elelevar à "democratização" da Nicarágua, com asaída dos assessores cubanos e redução doExército sandinista. Os países do Grupo deContadora (México, Panamá, Venezuela eColômbia) estabeleceram 6 de junho comoprazo final para a assinatura da Ata.

O Documento de Esquipulas, assinadopelos cinco presidentes, reafirma a disposiçãode resolver os conflitos regionais "por meiospacíficos, respeitando a autodeterminação dospovos e a integridade territorial". O documen-to rejeita toda interferência externa na Améri-ca Central, "incluindo a agressão econômica".

Os presidentes também concordaram emrealizar reuniões periódicas de seus ministrosdo Exterior e em instalar no futuro "telefonesvermelhos" que permitam o contato imediatoentre eles. O Parlamento Centro-Americanodeverá ser eleito pelo voto "livre e direto, comparticipação pluralista e democrática". O estu-do do projeto do Parlamento foi entregue auma comissão formada pelos cinco vice-presidentes dos países da região. . .

Outros pontos do Documento se referem àreativação do comércio regional e à aproxima- :¦ção com a Comunidade Econômica Européia r.(CEE), solicitada a aumentar sua assistência .técnica e transferência de tecnologia para os 'países da América Central. O Papa João Paulo úII mandou uma mensagem aos cinco presiden-.,:tes, desejando que eles realizem a vontade dopovo da região "de viver em paz e segurança", r;A reunião deste fim de semana foi o primeiro .;encontro de cúpula centro-americano desde a urevolução nicaragüense, em 1979. ¦ xi

Corazón promete^Constituição emfesta do governo

Manila — Entre aplausos de milhares de *pessoas que celebravam a revolução do poder ;popular que levou Corazón Aquino ao gover- <

( no há exatamente três meses, a presidenta dasFilipinas designou uma comissão que elabora-:rá a nova Constituição do país.

Ao discursar no quartel militar de onde o"ministro da Defesa, Juan Ponce Enrile, e oigeneral Fidel Ramos lideraram a rebeliãomilitar e civil que derrubou a ditadura deFerdinand Marcos, a presidenta informou que >>deixou na comissão de 50 integrantes cincolugares vagos para os novos partidos de oposi- .'•ção, "num espírito de reconciliação". J»

Entre os 45 escolhidos — "baseados em 'sua integridade, probidade, independência, "nacionalismo e patriotismo" — Cory Aquinodesignou o sacerdote jesuíta Joaquim Bernas(um de seus assessores mais próximos), umjuiz da Corte Suprema, uma freira, um antro-pólogo, um jornalista, um advogado de defesa 'dos direitos humanos e um diretor de cinema. '

A presidenta aboliu a antiga Constituiçãoum mês depois de chegar ao poder. Ela usoupara isso uma proclamação, que lhe dá pode-.res para governar por decretos. Cory também idissolveu o Parlamento, onde os legisladorespartidários de Marcos tinham maioria. A chefede Estado apoia publicamente uma forma de Igoverno presidencial ao estilo americano, comduas casas para o Poder Legislativo.

A comissão de 50 membros deverá com-pletar seu trabalho em três meses, após o que anova Constituição será submetida à ratificação 'do povo filipino. Cory prometeu eleições lo-cais e legislativas antes de marco de 1987,possivelmente em novembro.

Vinte guerrilheiros do Novo Exército doPovo, braço armado do Partido ComunistaFilipino, e três soldados do Exército morreramna sexta-feira durante combates na provínciade Cagayan, cerca de 500 quilômetros aoNorte de Manila.

<s>JOGO ABERTOHOJE AS 12:00 HORAS

Apresentação:MAURÍCIO CIBULARES

RIO E1360 KHz NESTOR ROCHAUM PASSO À FRENTE NA COMUNICAÇÃO

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JORNAL DO BRASIL Internacional segunda-feira, 26/5/86 o Io caderno d 9

Corrente contra a fome une milhões nos EUA °Perador de'Chemobyi -qNova Iorque — Milhões de voluntários americanos deram-

se as mãos para formar uma corrente humana de quase 7 milquilômetros de extensão que cruzou o país mais rico do mundo,numa campanha destinada a levantar 50 milhões de dólares para

'¦os pobres e desabrigados dos Estados Unidos. A corrente icomeçou no cais de Nova Iorque, pelas mãos de uma meninapobre de seis anos, atravessou 16 estados e o distrito deColúmbia, até acabar nas docas de Long Beach, Califórnia.

É um momento mágico e é apenas o começo. É umacontecimento marcante e eu acredito que a nova geração podemudar muitas coisas — declarou Yoko Ono, viúva de JohnLennon, que participou da corrente no Parque Battery, emNova Iorque.

—"Não sei se as pessoas têm idéia dos obstáculos quetivemos de superar (para realizar a promoção). Essa não é uma |atração de Hollywood. É uma tentativa genuína para ajudar ospobres — disse o chefe dos organizadores do evento, Ken!Kragen. !

Durante 15 minutos, mais de 3 milhões de pessoas —{incluindo o presidente Rohald Reagan, sua mulher, Nancynjogadores de beisebol, pára-quedistas e presidiários — uniram;suas maõs numa linha em ziguezague, mas com algumas falhas,-principalmente ao cruzar áreas desérticas do Sudoeste america^no. Em Long Beach, a corrente terminou com um casal dr'desabrigados e seus cinco filhos.

Os organizadores da gigantesca demonstração — os mes-mos que criaram o movimento roqueiro USA for África, queconseguiu arrecadar 40 milhões de dólares para os povoafamintos africanos, ano passado — informaram que seriamnecessárias perto de 5 milhões 400 mil pessoas para montar umâcorrente ininterrupta. Disseram também que precisarão de maisalguns dias para determinar o total exato de pessoas que ontem,se deram as mãos nos Estados Unidos. Nas áreas remotas édesabitadas, os organizadores usaram fitas vermelhas, cartazesde papelão e cordas de cowboy para preencher os espaçosvazios.

A promoção, segundo declararam seus organizadores, foium sucesso:

Mãos Através da América (nome da promoção) é umaexpressão do espírito e da consciência americanos. Recebemosconfirmações de adesões de todos os pontos de ligação no país eisso é absolutamente fantástico — disse Ken Kragan, ao sedirigir a mais de 150 mil pessoas reunidas no Parque Battery, eraNova Iorque, ponto inicial da corrente.

Kragan calculou em 4 milhões o número de participantes,cada um deles com o compromisso de doar pelo menos 10dójares. A promoção exigiu 12 milhões de dólares para se tornarrealidade, mas 700 empresas também colaboraram. Foi umacontecimento festivo — realizado no meio do prolongadoferiado de três dias do MemoriaJ Day (dedicado aos americanosmortos em todas as guerras) —, especialmente nas pequenascidades. Muitas famílias organizaram piqueniques e várioscasais aproveitaram para se casar quando estavam na corrente.

Vacina contra AIDSO cientista francês Jean-Claude Cherman, que descobriu

em 1983 o vírus da AIDS, disse em Valência, Espanha, que avacina contra esta doença poderá estar pronta em cinco anos edeverá ter valor universal. Segundo o chefe do departamento deoncologia viral do Instituto Pasteur, em Paris, as diferentesvariáveis do vírus determinam que ele só possa ser atacado emsua parte constante, ainda desconhecida, mas que precisa serdescoberta para que a vacina tenha valor universal.

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Tutu e a violênciaO bispo anglicano sul-africano Desmond Tutu disse em

Londres que a aplicação de sanções e o isolamento diplomáticoe militar do regime racista de seu país são "uma últimaoportunidade antes da catástrofe final", mas lamentou que

"aCasa Branca, Margaret Thatcher e o chanceler Helmut Kohlvenham dando mostras de querer proteger o regime sul-africanodas conseqüências de suas ações". Dizendo-se "não um pacifis-ta, mas um amante da paz", Tutu reconheceu que para umcristão o uso da violência é legítimo, para acabar com situaçõesinjustas, acrescentando que

"há momentos em que a violência éa única opção". Chegou a 16 o número de mortos este fim desemana, na África do Sul, em conseqüência de confrontos entrepoliciais e negros, ou entre estes.

Illinois, Estados Unidos — Foto da AFP

¦'77x77x1 Nova Iorque — Foto da AFP

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Adolf Hitler e Benito Mussolini conversam na estaçãoferroviária de Munique durante a visita do Duce aoFührèr.Afoto integrava um álbum pessoal do ditadoralemão, encontrado em seu apartamento por WilbertMassman, e que está em exposição no Seven Acres

Antiques Museum, em Illinois

A dama e os rebeldesA mulher do presidente equatoriano, Maria Eugenia

Febres Cordero, conversou ontem com o juiz Luis Echeverria ecom guerrilheiros do grupo Montoneros Pátria Livre que omantêm como refém numa casa a 25 quilômetros de Quito. Elaprometeu aos seqüestradores um tratamento imparcial se eles serenderem e libertarem o juiz Echeverria, que pôde recebertambém o presidente da União Nacional de Jornalistas, Asdrú-baj de Ia Torre, nomeado mediador entre o governo e osrebeldes. Os guerrilheiros, cercados há dois dias pela polícia,insistem em deixar o país. Venezuela, México e Cuba já teriamlhes oferecido asilo.

Apuração, enfim 'O presidente titular da Junta Central Eleitoral (JÇE)

dominicana, Caonabo Fernandez Naranjo, reassumiu seu cargoe anunciou o reinicio da contagem dos votos da eleiçãopresidencial do último 16. A apuração foi interrompida há umasemana — quando só faltavam 4% das mesas eleitorais e ocandidato da oposição democrata-cristã, Joaquin Balaguer,vencia por 40 mil votos — depois que Naranjo foi acusado defraude pelo candidato governista, Jacobo Majluta. O juizsubstituto não foi aceito pela oposição, o que criou o impassesolucionado agora com a volta de Caonabo Naranjo. - '•

Bonner em ParisYeléna Bonner, 64 anos, mulher do físico soviético Andrei

Sakharov, confinado em Gorki, chegou a Paris procedentedeBoston, onde estava há seis meses, tendo se submetido acirurgia cardíaca. Vai entrevistar-se com o presidente FrançpisMitterrand e o primeiro-ministro Jacques Chirac, antes deseguir — provavelmente com escalas em Londres e Roma — devolta à União Soviética no dia 2 de junho.

Menos "marines"O ministro do Exterior espanhol, Francisco Ordonez,

chegou aos Estados Unidos para negociar a redução dos 12 milsoldados americanos estacionados em quatro bases na Espanha.A redução fez parte da proposta de integração do país àOrganização do Tratado do Atlântico Norte, já aprovada emplebiscito.

''Foi um momento mágico", disse Yoko (E), com o filho Sean, ao lado de Liza MinnelliEm Maryland, nadadores e pessoas em barcos fizeram a

corrente no rio Susquehanna. Perto de Dallas (Texas), umgrupo de 50 deficientes físicos usaram canoas e barcos a velapara cruzar o lago Ray Hubbard. Reagan e Nancy, com roupasinformais, foram para fora da Casa Branca e deram as mãos aosfilhos de funcionários governamentais. O presidente relutou emprincípio em participar — alegando que se tratava de umamanifestação de protesto e não de solidariedade —, mas acabouconcordando, depois de uma reunião com sua família.

Assessores de Reagan desmentiram que a mudança deopinião do presidente tenha sido conseqüência das críticasenérgicas provocadas por sua declaração de que as únicaspessoas famintas nos Estados Unidos eram as que

"não sabiamonde ir para conseguir ajuda". Estudos de vários centrosuniversitários e instituições já comprovaram, no entanto, quedesde que Reagan chegou à presidência, em 1981, aumentou onúmero de americanos vivendo na pobreza.

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Em Nova Iorque, a corrente humana começou com a mãodireita da menina Any Sherwood. Terminou no caisde LongBeach, onde está atracado o transatlântico Queen Mary. Asúltimas pessoas da fila eram o ator inglês Dudley Moore, ocantor Kenny Loggins e a família desabrigada de Bill e. MaryJones, com seus cinco filhos. Os organizadores se emocionaramaté as lágrimas, ao comentar o sucesso da promoção. Um deles,Miriam Alexander, desabafou:

— Conseguimos. Acreditamos que poderíamos fazer efizemos.

• Em Londres, mais de 80 mil pessoas participaram ontem àtarde da Corrida Contra o Tempo para a África, organizadapara conseguir ajuda financeira à campanha contra a fome nasáreas mais pobres do continente africano. A corrida foi realiza-da simultaneamente em mais de 270 cidades do mundo. Calcula-se que dela tenham participado cerca de 30 milhões de pessoas.

Bogotá — Foto da AFP

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Diante do Palácio da Justiça incendiado há 6 meses, os colombianos votam em barracas

Colômbia faz festa eleitorale vitória de Barco já é certa

Bogotá — Os primeiros resultados da eleição presidencialcolombiana, divulgados à noite, confirmavam a esperada vitóriado liberal Virgílio Barco Vargas, de 65 anos. A votação para aescolha do sucessor do presidente Belisário Betancur transcor-reu em todo o país em clima de carnaval, com alguns incidentesmenores e isolados no interior.

Apurados 370 mil dos quase 8 milhões de votos, BarcoVargas mantinha uma vantagem de quase 30%, com 60,76% davotação, contra 32,49% do candidato do Partido Conservador,governista, Álvaro Gomez. O comunista Jaime Pardo Leal —representante da União Patriótica, formado pela guerrilha dasForças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), depoisda trégua firmada com o governo em 1984 — vinha em terceirolugar, com 5,27%. Segundo comentaristas locais, esses resulta-dos já permitiam garantir a vitória de Barco Vargas.

Como tradicionalmente a abstenção gira em torno de 50%do eleitorado, não surpreendeu que apenas pouco mais demetade dos quase 13 milhões 500 mil eleitores habilitadoscomparecesse às urnas. Concorriam ainda, como candidatosmenores, a vidente Regina Betancourt de Liska, cuja campanhateve como símbolo uma vassoura, "para varrer a imoralidade ea corrupção", e o advogado Juan David Perez, do PartidoHumanista.

O presidente Belisário Betancur anunciou, pela manhã,que à meia-noite, conhecido o vencedor, iria à sede de suacandidatura entregar-lhe um detalhado relatório sobre a situa-ção econômica do país. Betancur, que entrega o cargo a 7 deagosto, disse que os dados desse relatório seriam tornadospúblicos,

"para que todos os colombianos saibam o que estamos

entregando".

-O impasse da "democracia sem povo"-Pepe Tarjado

Enviado especial

Bogotá — Gabriel Garcia Marquez afirma, em CemAnos de Solidão, que a única diferença entre seus compatrio-tas liberais e conservadores é que os primeiros vão à missa às8h, e os outros às llh. Neste domingo eleitoral, parece queos conservadores levantaram mais cedo, para jogar seusúltimos trunfos nas urnas que, segundo todas as indicações,beneficiariam o candidato liberal à presidência da Repú-blica.

Pouco depois das seis e meia da manhã, o presidenteBelisário Betancur dirigiu-se ao país através da RádioCaracol para garantir que" a situação em todo o país é detranqüilidade". Acrescentou que "a forma como temosconduzido o processo eleitoral e uma pedagogia para omundo inteiro", e exortou todos os colombianos a votar"com responsabilidade, ainda que seja para protestar, poistodo voto é protesto, e ao mesmo tempo mensagem".

Segundo Betancur, as medidas restritivas impostas àr.adio e à TV apenas refletem o desejo governamental deobjetividade: o perigo, segundo ele, não estaria em que osjornalistas desvirtuassem as informações, mas em que osouvintes ou telespectadores as interpretassem mal. Betancuranunciou também sua decisão de visitar o presidente eleitoainda na noite de ontem, para entregar-lhe o relatório sobrea situação econômica do país.

Pouco depois, pela televisão, o ministro do InteriorJaime Castro, possível candidato liberal dentro de quatroanos, referindo-se ao problema da guerrilha, manifestavaseu otimismo relativo, ao reconhecer que os colombianos"perderam a paz há muitos anos, e sua recuperação não seráconseguida num só ato, mas será fruto de um processo", quepara ele pelo menos foi iniciado, conseguindo-se evitar que opaís chegasse a um "ponto sem retorno".

Foi então a vez de o cardeal conservador AlfonsoLopez Trujillo aparecer na tela para informar sobre aposição da Igreja católica nas eleições. Segundo o cardeal, o

voto é um direito que não deve ser desperdiçado. Elechamou a atenção para o fato de que se tratava de "elegerum presidente, e não de participar de um plebiscito religio-so", referindo-se a certas posições assumidas pelos cândida-tos, como o liberal Virgílio Barco, que pretende modificar aconcordata com o Vaticano, e o ultraconservador ÁlvaroGomez, que surpreendentemente defendeu o matrimôniocivil e o divórcio.

Foi o procurador-geral da República, Carlos JimenezGomez, quem colocou o dedo na ferida, expondo cruamentea verdadeira situação do país. Segundo ele, é necessáriopromover

"uma grande cruzada para derrotar a abstenção,

que é o desafio da Colômbia de hoje". Acrescentou que ademocracia está "sozinha" no país, sendo necessário arran-jar-lhe companhia, para que subsista. Para Jimenez Gomez,existe um vazio institucional porque

"a Colômbia é ademocracia sem povo".

Pouco antes das 8h, o tradicional toque de clarimressoou na Praça Bolívar, entre a sede do Parlamento e oque restou do Palácio de Justiça após o assalto das tropascontra guerrilheiros no ano passado. Enquanto os sinos dacatedral vizinha repicavam, o prefeito de Bogotá, Rafael deZubiria, declarou oficialmente iniciada a votação na capitale em todo o país..

O presidente Betancur foi o primeiro colombiano avotar, seguido dos ministros do Interior, Jaime Castro, e deRelações Exteriores, Augusto Ramirez Ocampo. No mesmolocal votaria mais tarde o candidato conservador, enquantoo liberal Barco o faria no bairro de Las Ferias.

Betancur regozijou-se por ser este dia "o grandeencontro com a democracia", esta mesma democracia que,segundo o procurador da República, esta vazia de povo, ecom a ferida mortal do insólito holocausto do Palácio daJustiça, há apenas seis meses. Hoje, frente ao desenvolvi-mentismo ultraconservador de Álvaro Gomez, o país prefe-re o liberal Virgílio Barco, e com ele se encaminha para oque o ex-presidente (também liberal) Alberto Lleras Camar-go chama de "a opção tecnocrata".

provocou o desastre aotrocar vareta de lugar

Moscou e Londres—Um erro humano foi o responsável pelodesastre de 26 de abril na usina nuclear de Chernobyl, informouontem o jornal londrino The Observer com base em informaçõesde especialistas soviéticos e internacionais não identificados. Umasúbita corrente de energia no reator número 4 só pode terocorrido, segundo os investigadores, quando um operador alteroua posição das varetas de controle. A queda de uma grua móvel de200 toneladas sobre o núcleo do reator ampliou a área do incêndioque já lavrava no seu interior.

Os especialistas acham que o operador estava fazendoexperiências, oficiais ou por conta própria, para ver o queaconteceria se as varetas fossem ajustadas, o que vem em apoio auma enigmática declaração soviética, na semana passada, de queno momento do acidente se realizavam "tarefas experimentais depesquisa". O operador deve ter retirado algumas varetas e comisso alterado o delicado equilíbrio da reação no núcleo do reator.Alarmado com o aumento da temperatura, ele procurou reverteras varetas às posições anteriores, mas a situação já se tornaracrítica e irreversível.

O jornal sindical Trud disse ontem que milhares de toneladasde areia, argila, chumbo, dolomita, bório e outros materiaisabsorventes de radiação, que vinham sendo lançados de helicópte-ro, "isolaram de forma confiável" o núcleo do reator número 47enquanto, continuam os trabalhos para construir um caixão deconcreto de contenção a fim de impedir que o núcleo afunde nòterreno. KS

Em entrevista à televisão americana, de que participou o.ejc-isecretário da Energia americano James Schlesinger, o vicèNpresidente da Academia de Ciências da União Soviética, Veygeny?-Velikhov, disse que a principal preocupação agora é evitai, ãBJenvenenamento de mananciais de água. tS\

O Trud disse ainda que borracha sintética líquida está sendoborrifada sobre o solo e prédios próximos ao reator número 4 parjft^combater a poeira radiativa. Lançada de helicópteros, a borracha^líquida endurece em contato com o ar, formando uma película fina' ique absorve as partículas de poeira e pode depois ser removida! •>.

Puig diz que 10 anosde ditadura afastaram :yargentinos dos livros

Agrigento, Itália — O escritor argentino Manuel Puig, autorde O Beijo da Mulher-Aranha, que, transformado em filme, acabade ser premiado com o Efebo de Ouro no festival cinematográficodesta cidade, disse em entrevista coletiva que os 10 anos.de d,ditadura em seu país conseguiram "aniquilar o interesse pela 7a *';

literatura". r— Antes, na Argentina, havia um grupo grande de leitores

que não precisava ser estimulado a comprar livros, porque tinhaufjum interesse permanente que os levava a fazer buscas por contagprópria. Esse tipo de leitor já não existe mais, porque por ondè',7 jlÁtila passa tudo fica arrasado — declarou Puig. Kí x*'

Autor de obras conhecidas, como Boquinhas Pintadas, Puig,disse que O Beijo da Mulher-Aranha — publicado na Espanha em 71976, no "pior momento da ditadura na Argentina, onde foi^proibido" — ao ser transformado em filme deixou-o um poucoinquieto, porque o primeiro roteiro que lhe apresentaram era urna"verdadeira catástrofe". No entanto, o filme se tomou ura sucessopopular e deu ao ator americano Willian Hurt, que interpreta ohomossexual Molina, o prêmio de melhor ator do festival-dç^.Cannes, em 1985, e o Oscar de 1986. Sincero, Puig confessa que ò/filme não lhe agrada. y'

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MINUTABANERJ BANCO DO ESTADO

DO RIO DE JANEIRO S.A.Companhia Aberta

C.G.C. n° 33.147.315/0001-15

AVISO AOS ACIONISTASDIVIDENDOS

Comunicamos aos Senhores Acionistas que estará sendo -pago, a partir de 4a feira, dia 28. à razão de CzS 0,08 por lotede 1.000 ações, o dividendo n° 74, relativo ao 2o semestre i.de 1985.

AÇÕES NOMINATIVASOs acionistas detentores de ações nominativas terão os~.seus dividendos creditados nas respectivas contas-corren1-

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tes. Os acionistas não correntistas serão atendidos no,-Departamento de Acionistas.

AÇÕES AO PORTADOR i ',

Estão à disposição formulários próprios, a serem preenchi;)dos pelos titulares das ações. Os títulos múltiplos serão ;apresentados relacionados em ordem numérica crescente.'''Tais títulos serão devolvidos no ato, juntamente com a 3a;via do formulário contendo a indicação do dia marcado para -o recebimento.

LOCAIS DE ATENDIMENTOOs acionistas serão atendidos no horário de 10:00 às 16:30.horas, nos seguintes locais: :'.Rio de Janeiro — Av. Nilo Peçanha, 11 '— Sobreloja 0 •(Edifício Jockey Clube)São Paulo — Rua São Bento n° 515Brasília — Av. W.3. Quadra 506 Bloco "C" loja 33Belo Horizonte — Rua Goitacazes n° 85Porto Alegre — Rua Uruguai n° 139 loja 3Salvador — Rua Miguel Calmon n° 459Recife — Rua Imperador D. Pedro II n° 473 '-;

RETENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA NA FONTE :Em decorrência da legislação em vigor, efetuaremos a¦"'retenção à alíquota de 23% (vinte e três por cento) sobre o'valor dos dividendos pagos a todos os acionistas, pessoasfísicas e jurídicas. As Companhias Abertas e as pessoas'.'jurídicas imunes ou isentas do Imposto de Renda deverrí ¦apresentar, até o dia 07 de junho de 1986, documentaçãoque comprove aquela qualidade. Os dividendos de ações ao'portador não recebidos até o dia 24.09.86 ficarão sujeitosao desconto de Imposto de Renda, como rendimento debeneficiário não identificado.

Rio de Janeiro. 25 de maio de 1986

CARLOS AUGUSTO RODRIGUES DE CARVALHODiretor Presidente

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CAIXAECONÔMICAFEDERAL

EDITAL DE LICITAÇÃOA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL — Filial Rio de Janeiro, procederá no dia2.6.86. na Avenida Rio Branco. 174. 3o andar, a LICITAÇÃO DE PEDRASPRECIOSAS E SEMIPRECIOSAS, NÃO LAPIDADAS:

Procedência:Tipo:Peso-Valor do Lole:Valor da Caução:

Procedência:Tipo:Peso:Valor do Lole:Valor da Cauçáo:

Procedência:Tipo:Peso:Valor do Lote:Valor da CauçãoRecolhimento da caução até 28.05 86Entrega das propostas até uma 1011 horaAbertura das propostas dia 2 6 86. às 15Os lotes estarão em exposição, para as fde onde serão recebidas as propostas.

¦mLOTE N° 890ExportadorÁgua-mannha0.493 KgUSS 24 750.00CZS 15.491.25LOTE N° 891ExportadorEsmeraldas15.3 KgUSS 3 366.00CZS 2 106.81LOTE N° 892ExportadorEsmeraldas6,882 KgUSS 2 195.36CZS 1 374.09

antes da abertura.horas;rmas interessadas, no local acima.

O FORTE DA CAIXA E VOCÊ

JORNAL DO BRASIL Internacional 2o Clichê a segunda-feira, 26/5/86 d Io caderno ? 9 8T»

Corrente contra a fome une milhões nos EUANova Iorque — Milhões de voluntários americanos deram-

se as mãos para formar uma corrente humana de quase 7 milquilômetros de extensão que cruzou o país mais rico do mundo,numa campanha destinada a levantar 50 milhões de dólares paraos pobres e desabrigados dos Estados Unidos. A correntecomeçou no cais de Nova Iorque, pelas mãos de uma meninapobre de seis anos, atravessou 16 estados e o distrito deColumbia, até acabar nas docas de Long Beach, Califórnia.

— É um momento mágico e é apenas o começo. É umacontecimento marcante e eu acredito que a nova geração podemudar muitas coisas — declarou Yoko Ono, viúva de JohnLennon, que participou da corrente no Parque Battery, emNova Iorque.

-— Não sei se as pessoas têm idéia dos obstáculos quetivemos de superar (para realizar a promoção). Essa náo é umaatração de Hollywood. É uma tentativa genuína para ajudar ospobres — disse o chefe dos organizadores do evento, KenKragen.

Durante 15 minutos, mais de 3 milhões de pessoas —incluindo o presidente Ronald Reagan, sua mulher, Nancy,jogadores de beisebol, pára-quedistas e presidiários — uniramsuas maõs numa linha em ziguezague, mas com algumas falhas,principalmente ao cruzar áreas desérticas do Sudoeste america-no. Em Long Beach, a corrente terminou com um casal dedesabrigados e seus cinco filhos.

Os organizadores da gigantesca demonstração — os mes-mos que criaram o movimento roqueiro USA for África, queconseguiu arrecadar 40 milhões de dólares para os povosfamintos africanos, ano passado — informaram que seriamnecessárias perto de 5 milhões 400 mil pessoas para montar umacorrente ininterrupta. Disseram também que precisarão de maisalguns dias para determinar o total exato de pessoas que ontemse deram as mãos nos Estados Unidos. Nas áreas remotas edesabitadas, os organizadores usaram fitas vermelhas, cartazesde papelão e cordas de cowboy para preencher os espaçosvazios.

A promoção, segundo declararam seus organizadores, foinm sucesso:

— Mãos Através da América (nome da promoção) é umaexpressão do espírito e da consciência americanos. Recebemosconfirmações de adesões de todos os pontos de ligação no país eisso é absolutamente fantástico — disse Ken Kragan, ao sedirigir a mais de 150 mil pessoas reunidas no Parque Battery, emNova Iorque, ponto inicial da corrente.

Kragan calculou em 4 milhões o número de participantes,cada um deles com o compromisso de doar pelo menos 10

1 dólares. A promoção exigiu 12 milhões de dólares para se tornarrealidade, mas 700 empresas também colaboraram. Foi umacontecimento festivo — realizado no meio do prolongadoferiado de três dias do Memorial Day (dedicado aos americanosmortos em todas as guerras) —, especialmente nas pequenascidades; Muitas famílias organizaram piqueniques e várioscasais aproveitaram para se casar quando estavam na corrente.

Nova Iorque — Foto da AFP

Protesto chilenoA polícia chilena dispersou com bombas de gás lacrimogê-

neo 2 mil pessoas que acompanhavam em Santiago o enterro deum estudante morto com um tiro na cabeça durante um protestocontra o regime militar, semana passada. A multidão pretendiamarchar do centro da capital ao cemitério, mas a polícia sópermitiu que a família do estudante acompanhasse o funeral.

Vacina contra AIDSO cientista francês Jean-Claude Cherman, que descobriu

em 1983 ó vírus da AIDS, disse em Valência, Espanha, que avacina contra esta doença poderá estar pronta em cinco anos edeverá ter valor-universal. Segundo o chefe do departamento deoncologja viral do Instituto Pasteur, em Paris, as diferentesvariáveis do vírus determinam que ele só possa ser atacado emsua parte constante, ainda desconhecida, mas que precisa serdescoberta para que a vacina tenha valor universal.

Tutu e a violênciaO bispo anglicano sul-africano Desmond Tutu disse em

Londres que a aplicação de sanções e o isolamento diplomáticoe militar do regjme racista de seu país são "uma últimaoportunidade antes da catástrofe final", mas lamentou que

"a

Casa Branca, Margaret Thatcher e o chanceler Helmut Kohlvenham dando mostras de querer proteger o regime sul-africanodas conseqüências de suas ações". Dizendo-se "não um pacifis-ta, mas um amante da paz", Tutu reconheceu que para umcristão o uso da violência é legítimo, para acabar com situaçõesinjustas, acrescentando que

"há momentos em que a violência éa única opção". Chegou a 16 o número de mortos este fim desemana, na África do Sul, em conseqüência de confrontos entrepoliciais é negros, ou entre estes.

Illinois, Estados Unidos — Foto da AFP'" ._ __tm^^m>Ê&$&lÊÊ9ÊtimÊ mwfmWV'.

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Foi um momento mágico", disse Yoko (É),com o filho Sean, ao lado de Liza Minnelli

Em Maryland, nadadores e pessoas em barcos fizeram acorrente no rio Susquehanna. Perto de Dallas (Texas), umgrupo de 50 deficientes físicos usaram canoas e barcos a velapara cruzar o lago Ray Hubbard. Reagan e Nancy, com roupasinformais, foram para fora da Casa Branca e deram as mãos aosfilhos de funcionários governamentais. O presidente relutou emprincípio em participar — alegando que se tratava de umamanifestação de protesto e não de solidariedade —, mas acabouconcordando, depois de uma reunião com sua família.

Assessores de Reagan desmentiram que a mudança deopinião do presidente tenha sido conseqüência das críticasenérgicas provocadas por sua declaração de que as únicaspessoas famintas nos Estados Unidos eram as que

"não sabiamonde ir para conseguir ajuda". Estudos de vários centrosuniversitários e instituições já comprovaram, no entanto, quedesde que Reagan chegou à presidência, em 1981, aumentou onúmero de americanos vivendo na pobreza.

Em Nova Iorque, a corrente humana começou com a mãodireita da menina Any Sherwood. Terminou no cais de LongBeach, onde está atracado o transatlântico Queen Mary. Asúltimas pessoas da fila eram o ator inglês Dudley Moore, ocantor Kenny Loggins e a família desabrigada de Bill e MaryJones, com seus cinco filhos. Os organizadores se emocionaramaté as lágrimas, ao comentar o sucesso da promoção. Um deles,Miriam Alexander, desabafou:

— Conseguimos. Acreditamos que poderíamos fazer efizemos.

• Em Londres, mais de 80 mil pessoas participaram ontem àtarde da Corrida Contra o Tempo para a África, organizadapara conseguir ajuda financeira à campanha contra a fome nasáreas mais pobres do continente africano. A corrida foi realiza-da simultaneamente em mais de 270 cidades do mundo. Calcula-se que dela tenham participado cerca de 30 milhões de pessoas.

Bogotá — Foto da AFP

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Adolf Hitler e Beniío Mussolini conversam na estaçãoferroviária de Munique durante a visita do Duce aoFührer. A foto integrava um álbum pessoal do ditadoralemão, encontrado em seu apartamento por WilbertMassman, e que está em exposição no Seven Acres

Antiques Museum, em Illinois

Fim de seqüestroUm grupo de guerrilheiros do grupo Montoneros Pátria

livre libertou à noite o juiz Enrique Echeverria—representan-te do governo equatoriano no Tribunal de Garantias Constitu-cionais — e se entregou à polícia. Echeverria, seqüestrado naúltima quarta-feira, era mantido como refém numa casa a 15quilômetros de Quito, cercada durante dois dias pela polícia. Osrebeldes, que inicialmente pediram a renúncia do presidenteLeón Febres Cordero, queriam deixar o país.Apuração, enfim

O presidente titular da Junta Central Eleitoral (JCE)dominicana, Caonabo Fernandez Naranjo, reassumiu seu cargoe anunciou o reinicio da contagem dos votos da eleiçãopresidencial do último 16. A apuração foi interrompida há umasemana — quando só faltavam 4% das mesas eleitorais e ocandidato da oposição democrata-cristã, Joaquin Balaguer,vencia por 40 mil votos — depois que Naranjo foi acusado defraude pelo candidato governista, Jacobo Majluta. O juizsubstituto não foi aceito pela oposição, o que criou o impassesolucionado agora com a volta de Caonabo Naranjo.

Bonner em ParisYelena Bonner, 64 anos, mulher do físico soviético Andrei

Sakharov, confinado em Gorki, chegou a Paris procedente deBoston, onde estava há seis meses, tendo se submetido acirurgia cardíaca. Vai entrevistar-se com o presidente FrançoisMittenand e o primeiro-ministro Jacques Chirac, antes deseguir — provavelmente com escalas em Londres e Roma — devolta à União Soviética no dia 2 de junho.

Menos "marines"O ministro do Exterior espanhol, Francisco Ordonez,

chegou aos Estados Unidos para negociar a redução dos 12 milsoldados americanos estacionados em quatro bases na Espanha.A redução fez parte da proposta de integração do país àOrganização do Tratado do Atlântico Norte, já aprovada emplebiscito.

Bogotá — Os primeiros resultados da eleição presidencialcolombiana, divulgados à noite, confirmavam a esperada vitóriado liberal Virgílio Barco Vargas, de 65 anos. A votação para aescolha do sucessor do presidente Belisario Betancur transcor-reu em todo o país em clima de carnaval, com alguns incidentesmenores e isolados no interior.

Apurados 5 milhões 813 mil dos quase 8 milhões de votos,Barco Vargas mantinha uma vantagem de 22%, com 57,8% davotação, contra 35,6% do candidato do Partido Conservador,

governista, Álvaro Gomez. O comunista Jaime Pardo Leal —

representante da União Patriótica, formado pela guerrilha dasForças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), depoisda trégua firmada com o governo em 1984 — vinha em terceirolugar, com 4%. Pela TV, Álvaro Gomes reconheceu a derrota.

Diante do Palácio da justiça incendiado há 6 meses, os colombianos votam em barracas

Colômbia faz festa eleitorale vitória de Barco já é certa

O impasse da "democracia sem povo"-Pepe Fajardo

Enviado espedal

Bogotá — Gabriel Garcia Marquez afirma, em CemAnos de Solidão, que a única diferença entre seus compatrio-tas liberais e conservadores é que os primeiros vão à missa às8h, e os outros às llh. Neste domingo eleitoral, parece queos conservadores levantaram mais cedo, para jogar seusúltimos trunfos nas urnas que, segundo todas as indicações,beneficiariam o candidato liberal à presidência da Repú-blica.

Pouco depois das seis e meia da manhã, o presidenteBelisario Betancur dirigiu-se ao país através da RádioCaracol para garantir que" a situação em todo o país é detranqüilidade". Acrescentou que

"a forma como temosconduzido o processo eleitoral e uma pedagogia para omundo inteiro", e exortou todos os colombianos a votar"com responsabilidade, ainda que seja para protestar, poistodo voto é protesto, e ao mesmo tempo mensagem".

Segundo Betancur, as medidas restritivas impostas àr.adio e à TV apenas refletem o desejo governamental deobjetividade: o perigo, segundo ele, não estaria em que osjornalistas desvirtuassem as informações, mas em que osouvintes ou telespectadores as interpretassem mal. Betancuranunciou também sua decisão de visitar o presidente eleitoainda na noite de ontem, para entregar-lhe o relatório sobrea situação econômica do país.

Pouco depois, pela televisão, o ministro do InteriorJaime Castro, possível candidato liberal dentro de quatroanos, referindo-se ao problema da guerrilha, manifestavaseu otimismo relativo, ao reconhecer que os colombianos"perderam a paz há muitos anos, e sua recuperação não seráconseguida num só ato, mas será fruto de um processo", quepara ele pelo menos foi iniciado, conseguindo-se evitar que opaís chegasse a um "ponto sem retorno".

Foi então a vez de o cardeal conservador AlfonsoLopez Trujillo aparecer na tela para informar sobre aposição da Igreja católica nas eleições. Segundo o cardeal, o

voto é um direito que não deve ser desperdiçado. Elechamou a atenção para o fato de que se tratava de "eleger

um presidente, e não de participar de um plebiscito religio-so", referindo-se a certas posições assumidas pelos cândida-tos, como o liberal Virgílio Barco, que pretende modificar aconcordata com o Vaticano, e o ultraconservador ÁlvaroGomez, que surpreendentemente defendeu o matrimôniocivil e o divórcio.

Foi o procurador-geral da República, Carlos JimenezGomez, quem colocou o dedo na ferida, expondo cruamentea verdadeira situação do país. Segundo ele, é necessáriopromover

"uma grande cruzada para derrotar a abstenção,que é o desafio da Colômbia de hoje". Acrescentou que ademocracia está "sozinha" no país, sendo necessário arran-jar-lhe companhia, para que subsista. Para Jimenez Gomez,existe um vazio institucional porque

"a Colômbia é ademocracia sem povo".

Pouco antes das 8h, o tradicional toque de clarimressoou na Praça Bolívar, entre a sede do Parlamento e oque restou do Palácio de Justiça após o assalto das tropascontra guerrilheiros no ano passado. Enquanto os sinos dacatedral vizinha repicavam, o prefeito de Bogotá, Rafael deZubiria, declarou oficialmente iniciada a votação na capitale em todo o país.

O presidente Betancur foi o primeiro colombiano avotar, seguido dos ministros do Interior, Jaime Castro, e deRelações Exteriores, Augusto Ramirez Ocampo. No mesmolocal votaria mais tarde o candidato conservador, enquantoo liberal Barco o faria no bairro de Las Ferias.

Betancur regozijou-se por ser este dia "o grandeencontro com a democracia", esta mesma democracia que,segundo o procurador da República, está vazia de povo, ecom a ferida mortal do insólito holocausto do Palácio daJustiça, há apenas seis meses. Hoje, frente ao desenvolvi-mentismo ultraconservador de Álvaro Gomez, o país prefe-re o liberal Virgílio Barco, e com ele se encaminha para oque o ex-presidente (também liberal) Alberto Lleras Camar-go chama de "a opção tecnocrata".

Operador de Chernobylprovocou o desastre aotrocar vareta de lugar

Moscou e Londres — Um erro humano foi o responsável pelodesastre de 26 de abril na usina nuclear de Chernobyl, informouontem o jornal londrino The Observer com base em informaçõesde especialistas soviéticos e internacionais não identificados. Umasúbita corrente de energia no reator número 4 só pode terocorrido, segundo os investigadores, quando um operador alteroua posição das varetas de controle. A queda de uma grua móvel de200 toneladas sobre o núcleo do reator ampliou a área do incêndioque já lavrava no seu interior.

Os especialistas acham que o operador estava fazendo•experiências, oficiais ou por conta própria, para ver o queaconteceria se as varetas fossem ajustadas, o que vem em apoio auma enigmática declaração soviética, na semana passada, de queno momento do acidente se realizavam "tarefas experimentais depesquisa". O operador deve ter retirado algumas varetas e comisso alterado o delicado equilíbrio da reação no núcleo do reator.Alarmado com o aumento da temperatura, ele procurou reverteras varetas às posições anteriores, mas a situação já se tornaracrítica e irreversível.

O jornal sindical Trud disse ontem que milhares de toneladasde areia, argila, chumbo, dolomita, bório e outros materiaisabsorventes de radiação, que vinham sendo lançados de helicópte.- _ro, "isolaram de forma confiável" o núcleo do reator número 4,enquanto continuam os trabalhos para construir um caixãa^é.concreto de contenção a fim de impedir que o núcleo afunde ^|terreno. ""-5

Em entrevista à televisão americana, de que participou o.ei*jsecretário da Energia americano James Schlesinger, o vicçípresidente da Academia de Ciências da União Soviética, Veygeq^jp;;Velilchov, disse que a principal preocupação agora é evitaC^C^;envenenamento de mananciais de água. Í-5ÜB!

O Trud disse ainda que borracha sintética líquida está senjfe§piborrifada sobre o solo e prédios próximos ao reator número 4 palá-v;;!combater a poeira radiativa. Lançada de helicópteros, a borr9<3jf|||jlíquida endurece em contato com o ar, formando uma películafàjji"'.«[que absorve as partículas de poeira e pode depois ser removKj&;^pj

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Agrigento, Itália — O escritor argentino Manuel Puig, autor jde O Beijo da Mulher-Aranha, que, transformado em filme, acaba |de ser premiado com o Efebo de Ouro no festival cinematográfico idesta cidade, disse em entrevista coletiva que os 10 anos de_^.jditadura em seu país conseguiram "aniquilar o interesse pela^jliteratura".' ,r |

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Autor de obras conhecidas, como Boquinhas Pintadas, Puig., Jdisse que O Betfo da Mulher-Aranha — publicado na Espanha emK j1976, no "pior momento da ditadura na Argentina, ondífoi^jproibido" — ao ser transformado em filme deixou-o um pouco

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inquieto, porque o primeiro roteiro que lhe apresentaram era Uma : {"verdadeira catástrofe". No entanto, o filme se tornou um sucesSjo .;'.- jpopular e deu ao ator americano Willian Hurt, que interpreta o X\homossexual Molina, o prêmio de melhor ator do festival deV -1Cannes, em 1985, e o Oscar de 1986. Sincero, Puig confessa que tf\ Ifilme não lhe agrada. •>**¦*'_. -^ *¦'

Como tradicionalmente a abstenção gira em torno de 50%do eleitorado, não surpreendeu que apenas pouco mais demetade dos quase 13 milhões 500 mil eleitores habilitadoscomparecesse às urnas. Concorriam ainda, como candidatosmenores, a vidente Regina Betancourt de Liska, cuja campanhateve como símbolo uma vassoura, "para varrer a imoralidade ea corrupção", e o advogado Juan David Perez, do PartidoHumanista.

O presidente Belisario Betancur anunciou, pela manhã,que à meia-noite, conhecido o vencedor, iria à sede de suacandidatura entregar-lhe um detalhado relatório sobre a situa-ção econômica do país. Betancur, que entrega o cargo a 7 deagosto, disse que os dados desse relatório seriam tornadospúblicos,

"para que todos os colombianos saibam o que estamos

entregando".

MINUTABANCO DO ESTADODO RIO DE JANEIRO S.A.

Companhia AbertaC.G.C. n° 33.147.315/0001-15

AVISO AOS ACIONISTASDIVIDENDOS

Comunicamos aos Senhores Acionistas que estará sendo J

pago. a partir de 4a feira, dia 28, à razão de CzS 0,08 por lotede 1.000 ações, o dividendo n° 74. relativo ao 2o semestre -de 1985.

AÇÕES NOMINATIVASOs acionistas detentores de ações nominativas terão os::seus dividendos creditados nas respectivas contas-corren-tes. Os acionistas nâo correntistas serão atendidos no IDepartamento de Acionistas. : ¦.!:

AÇÕES AO PORTADOREstão à disposição formulários próprios, a serem preenchi-,dos pelos titulares das ações. Os títulos múltiplos serãoapresentados relacionados em ordem numérica crescente..Tais titulos serão devolvidos no ato. juntamente com a 3Vvia do formulário contendo a indicação do dia marcado parao recebimento. •,-,

LOCAIS DE ATENDIMENTO COs acionistas serão atendidos no horário de 10:00 às 16:30horas, nos seguintes locais:Rio de Janeiro — Av. Nilo Peçanha, 11 — Sobreloja D(Edifício Jockey Clube) t,São Paulo — Rua São Bento n° 515Brasília — Av. W.3, Quadra 506 Bloco "C" loja 33Belo Horizonte — Rua Goitacazes n° 85Porto Alegre — Rua Uruguai n° 139 loja 3Salvador — Rua Miguel Calmon n° 459Recife — Rua Imperador D. Pedro II n° 473 %

RETENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA NA FONTEEm decorrência da legislação em vigor, efetuaremos aretenção à alíquota de 23% (vinte e três por cento) sobre o'valor dos dividendos pagos a todos os acionistas, pessoas,,físicas e jurídicas. As Companhias Abertas e as pessoas;..,jurídicas imunes ou isentas do Imposto de Renda devem '

apresentar, até o dia 07 de junho de 1986, documentação'.que comprove aquela qualidade. Os dividendos de ações ao;'portador não recebidos até o dia 24.09.86 ficarão sujeitos 'ao desconto de Imposto de Renda, como rendimento debeneficiário não identificado. ';«í

Rio de Janeiro. 25 de maio de 1986 .'.*í

CARLOS AUGUSTO RODRIGUES DE CARVALHO ' S

Diretor Presidente .**"

CAIXA¦ ECONÔMICA ¦

¦¦¦¦ fcoebu \-_-WÊÊaaammmmmaaaaammi

EDITAL DE LICITAÇÃOA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL — Filial Rio de Janeiro, procederá no dia '

2 6 86 na Avenida Rio Branco. 174. 3o andar, a LICITAÇÃO DE PEDRAS.*;-PRECIOSAS E SEMIPRECIOSAS. NÂO LAPIDADAS:

Procedôncia:Tipo:Poso:Valor do Lote:Valor da Caução:

Procedôncia:Tipo:Peso:Valor do Loto:Valor da Caução:

LOTE N° 890ExportadorÁgua-mannha0.493 KgUSS 24.750.00CZS 15,491,25LOTE N° 891ExportadorEsmeraldas15.3 KgUSS 3 366.00CZS 2.106,81LOTE N° 892ExportadorEsmeraidas6.882 KgUSS 2 195.36CZS 1 374.09

Procedência:Tipo:Poso:Valor do Lote:Valor da Caução:Recolhimento da caução até 28 05 86Entrega das propostas ató uma (011 hora antes da abertura.Abertura das propostas dia 2686. às 15 horas.Os lotes estarão em exposição, para as firmas interessadas, no local acima.de onde serão recebidas as propostas.

O FORTE DA CAIX& É VOCÊÍ

10. ? Io caderno ? segunda-feira, 26/5/86

íTORNAL DO BRASILFundado em 18**1

M.F DO NASCIMENTO UR1TO " Diretor Vresidtnle

'. BLRNARD DA COSTA CAMPOS - Diretor

i A. DO NASCIMENTO BRITO — Diretor Executivo

MAURO GUIMARÃES - Diretor

FERNANDO PEDREIRA - Rcdulor Chefe•MARCOS SÁ CORRÊA Editor

mH.AVIO PINHEIRO - Editor Assistente•JOSÉ SILVEIRA Secretário Executivo

Ique

i Dengue IdeológicoPESDE

o tempo em que era apenas a localizaçãode uma bancada nos parlamentos, a esquerda

passou por sucessivas transformações de comporta-niento e de idéias. Seus ideólogos jamais poderiam$uporque o significado de esquerda pudesse vir a seraplicado, no final do século vinte, a uma tendênciabrasileira, mais ativa na sociedade do que representa-tiva na política.I O Brasil exibe (melhor, ela se exibe) umaSingular esquerda, despojada de votos e, no entanto,(radical no seu combate ao capitalismo. Tanto assimque criou e pratica uma teoria política exclusiva paraexterminar o sistema capitalista de produção atravésdo consumo conspícuo. A esquerda brasileira social-mente conhecida é sedenta de bebidas importadas efaminta de poder, desde que servido com caviar. Nãoperde festa e, quando não há, providencia. Qualquerfigurinha da galeria continental que pise o chãobrasileiro, e de preferência vestindo farda, é motivofiara recepções regadas dos melhores vinhos e providadas iguarias seletas. Nelas se fala, em tese, contra osfegimes militares que não sejam de esquerda. Sãojegabofes ideológicos que não chegam ao conheci-taento popular e, se não dão, também não tiramVotosr

Essa esquerda que faz parte do PIB se deu umultimato: ou acaba com o capitalismo, ou o capitalis-mo acaba com ela. De indigestão, bem entendido. Émais provável que ela não resista, porque há outra

esquerda, em nível primário de existência, que ignora(não finge, ignora mesmo) o processo democrático deevolução política que até os partidos comunistasprocuram fingir de aceitar. A ignorância é mais amplae profunda, porque ignora os conceitos socialistasmais modernos. Quando ouvem falar, por exemplo,em socialdemocracia, levam a mão instintivamente aocoldre supondo que seja um truque da direita. Usambarbas os esquerdistas primários, para suprir a carên-cia de idéias na cabeça. Estão convencidos de que ocruzado, mais do que moeda saudável, é um artifíciodo capitalismo para desmoralizar a missão de salvar oBrasil do perigo de cair na democracia e dar certo.Para eles será o fim, e ao pressentir a profundamudança social, sem qualquer proposta política ra-zoável para as eleições, saem dos trilhos. Só pensamem greves.

O esquerdismo, que Lênin diagnosticou comodoença infantil, é o dengue do radicalismo transmitidopelos pernilongos de uma literatura prolifera, produ-zida pelos consumidores conspícuos e consumidapelos primatas. Entre uns e outros, a diferença é onível social, e a distância se mede pelo berço. Os bem-nascidos escrevem, os demais soletram e levam ao péda letra. Ainda bem que o novo regime tirou ascondições que permitia a todos eles esconder averdadeira identidade, sem precisarem de se subme-ter à crítica e a eleições periódicas, que erradicarãoessa epidemia de dengue ideológico.

Mau ExemploM^r -América Central tem sido uma fonte de dor dexíVcabeça para os governos norte-americanos. Háquem diga que o México pode vir a resultar numaçnxaqueca bem maior. A corrupção, no México,devora o que sobrou da credibilidade de um regimequVestá no poder há décadas. O presidente de Ia14adrid, decorridos dois terços do seu mandato de seisMoi* fez um esforço para promover um pouco mais(ferseriedade na vida pública (e privada) do México.Mas os resultados são inconclusivos."v 'Òs indícios de corrupção estão por toda parte.Alimentos subsidiados são vendidos em supermerca-dos do outro lado da fronteira com os EUA. Suborna-séppr qualquer motivo. A polícia prende e solta pordj&héiro. O tráfico de drogas prospera sob os olhoscaridosamente vendados das autoridades. A alfânde-ga mexicana é um sorvedouro. A Justiça não funcionamuito melhor — e pelos mesmos motivos.& X:0 suborno permitiu os prédios irregulares que,na.último terremoto, caíram como castelos de cartas.O chefe de polícia do ex-Presidente Lopez Portillo foitrazido de volta dos EUA para explicar onde esconde-rí300 milhões de dólares em fundos da polícia. O ex-diretor da Pemex foi preso por ter abiscoitado 34milhões de dólares na compra de um grande navio.

Estes são dois casos em que o Governo agiu; mas nãohá muitos outros. O Presidente de Ia Madrid continuacom sua ficha moral em bom estado; mas, sendo umtecnocrata que se elegeu com pouca base partidária,precisa do Partido do Governo — o PRI — para levaradiante a campanha de austeridade.

Afirmam visitantes e mexicanos que a corrupçãodiminuiu um pouco. Mas ela está entranhada nasdobras de um regime que não se renova — regime devirtual partido único. Maiores resultados depende-riam de uma profunda mudança política. Como elanão está à vista, a questão mexicana continua a seruma sombria e preocupante incógnita. É um caso aser bem meditado num país como o nosso, onde sechegou a elogiar, em outras épocas, o "modelomexicano"; onde ainda não há bases sólidas pára adiversidade política; e onde o cidadão continua aolhar obsessivamente para o Estado à espera desoluções para os seus problemas. Um "socialismo àbrasileira", sobretudo se desprovido de oposição,tenderia a levar rapidamente na direção da "síndromemexicana". Há, pelo menos, uma diferença sensívelentre o Brasil e o México: a imprensa mexicana viveem lamentável dependência do Governo. Será o quefaz a diferença?

O Preço da Confiança~\ -lógica da entrevista do ministro Dilson Funaro3P\ ao JORNAL DO BRASIL parte de uma pre-«aisea simples: ou a sociedade brasileira se convence3dê que a inflação é um inimigo comum, que está entrejcambaleante e morto, ou pouco poderemos fazer porJnós mesmos.í O ministro da Fazenda repele a idéia de que ojCruzado esteja sofrendo fissuras, determinadas peloíressurgimento de altas localizadas de preços, sobretu-'do em São Paulo, e não acredita que as taxas de juros|devam sinalizar uma alta cujo subproduto será, inevi-itaveímente, a transferência de renda de um lado parai outro da economia.» : -Tem razão o ministro Funaro quando exige da\ sociedade um comportamento distinto dos dias emjquê-.se embriagava com a ciranda financeira e asJ ilusões de ganhos fáceis. É preciso que os capitais sej orientem a longo prazo e para investimentos produti-Ivosy.-O grande compromisso dos brasileiros hoje é'com a auto-ajuda, a busca de um comportamento e} uma atitude psicológica diferente da que imperava -

] quando o custo de vida disparava para mais de 300%| aoáno e fortunas eram feitas da noite para o dia com\ especulações estéreis.

Para se firmar e oia,.» que o Cruzado consiga\ ambiente de confiança se restabeleça plenamente, éi preciso, contudo, que o Governo também realize uma,

rigorosa sintonia fina, em contato permanente com osempresários e as lideranças mais ativas. É precisotrabalhar em sintonia com o mercado, e não contraele, pois a economia não se ajusta somente com boasintenções. Taxas de juros muito baixas podem, porexemplo, provocar estocagem especulativa. E a ina-ção em setores críticos pode provocar pressões inde-sejáveis sobre a taxa de câmbio.

A confiança dos brasileiros na estabilidade danossa moeda tem um preço, e esse preço é o dacondução da política econômica e financeira dentrode princípios que não nos levem ao aumento daintervenção do Estado, nem à pressão crescente dosetor público sobre o setor privado. Pouco precisamosfazer para socializar mais ainda a economia brasileira,onde as empresas públicas e o setor estatal têm umalarga presença em matérias-primas, energia, serviçose tantos outros segmentos relevantes. É preciso quetodos os setores estatais respondam à convocação doministro Funaro para um ajuste de contas, sem oqual, de fato, as fissuras no Cruzado estarão sendoprovocadas de dentro para fora e logo se tornarãovisíveis e irremediáveis.

As forças latentes da especulação, e aqueles quese beneficiaram da ciranda financeira ou dos lucrosfáceis no ambiente altamente inflacionário, somenteserão contidas se os remédios forem aplicados tam-bém nas empresas públicas.

{T>!ROGRAMADA com antecedência e anunciada\¦¦".¦•muito antes, para que ninguém possa desconhe-l- cê-ta, a operação de fechamento da via Dutra ao| tráfego, nas duas direções entre o Rio e São Paulo,t está;.prevista para amanhã: às 9 horas todos os! veículos serão retirados num determinado ponto. Por

quàtíto tempo? Segundo os seus organizadores, o; suficiente para chamar a atenção do maior número

j possível.j .0 pretexto para a interdição da estrada é exter-jnar'o sentimento de inconformismo da Baixada(Fluminense contra o descaso governamental pela\ saúde da população. Portanto, o recado é endereçado' aos governantes — supostamente federais e estaduaisí — mas os grandes prejudicados serão os cidadãos. Asj autoridades não serão alcançadas senão pela indigna-t ção das vítimas. Razoável a reivindicação de melhor e] mais constante atendimento médico, mas absoluta-l mente inaceitável a forma operacional do protesto.} Que culpa tem a sociedade pela insuficiência dos] serviços médicos oficiais na Baixada? Nenhuma: éj igualmente vítima do atendimento do INAMPS e do; descaso (federal e estadual) em questões de saúdeí pública.

O movimento é coordenado por organizaçõesj comunitárias locais e obedece à orientação política* que tira proveito das condições de abandono oficial! da região. Brigadas populares de fiscalização (é isto

Bloqueio do Direito

1ÜZ

Cartas

mesmo) têm na mira hospitais, postos de saúde,clínicas particulares e consultórios médicos na Baixa-da. Já destituíram dirigentes de órgãos públicos equerem agora obter repercussão nacional. Portanto,política.

Seria assimilável o protesto se o meio utilizadonão visasse a quem não tem culpa pelo problema,nem pela falta de solução. Trata-se de minoria, comdireito de manifestação, mas de forma alguma lesan-do o direito da maioria. Minorias devem ter seusdireitos protegidos, mas não é pela violência contra amaioria que se exerce a democracia. Pelo contrário: amaioria prevalece, não apenas do ponto de vistaeleitoral, e minoria alguma pode desrespeitá-la semincorrer na inversão de um princípio sagrado.

O direito de qualquer minoria acaba onde come-ça o direito da maioria. A sociedade não pode servítima de um protesto que tem como alvo o poderpúblico. É doentio valer-se do pretexto de reivindicarassistência de saúde para a Baixada mediante obloqueio de uma via federal. Como é omissão grave aestranha condescendência das autoridades públicasem permitir, depois de vários ensaios que já caracteri-zaram o abuso, que o atentado seja anunciado econsumado com total impunidade. Pior, sob a prote-ção oficial da própria polícia, que existe para garantirmuito mais o direito da maioria.

Fora de garantiaGostaria de tornar público meu agra-

dccimento pela cortesia e consideraçãoque recebi da General Motors do Brasil— Dept" de Atendimento ao Cliente (srs.Erasmo e Bento), que por duas vezesautorizaram por telefone consertos naMarajó de minha propriedade, dois me-ses após o término da garantia de fábrica.

Apesar de ambos os defeitos apresen-tados pelo veículo serem anormais parasua baixa quilometragem, recebi dos cita-dos senhores o bom atendimento de queme julgava merecedor, o que fez com quetudo se resolvesse rapidamente, da me-lhor forma possível. Sylvio F. Bertoli —Rio de Janeiro.

Biblioteca NacionalNós, pesquisadores e usuários da se-

ção de microfilmagem da Biblioteca Na-cional, gostaríamos de denunciar à popu-lação as más condições de conservação eo funcionamento precário deste setor. Osfuncionários alegam a falta de verbaspara a manutenção das máquinas. En-quanto isto não acontece, os profissionaisficam impossibilitados de concluir seustrabalhos e aos mais pacientes resta-lhespermanecerem horas a fio esperando va-gar um lugar. Estes atrasos constantesemperram em todos os níveis o bomdesenvolvimento de nossos trabalhos.(...). Rosângela Logatto, Eliane BelémLoretto, Rosely Oliveira e Silva — Rio deJaneiro.

Entulho e asfaltoHá tempos, o entulho resultante de

reparos no asfalto foi depositado na cal-cada do prédio n° 222 (Clínica Dr. Fabia-no de Cristo) a poucos passos do primeiroponto de ônibus da Rua Cerqueira Dal-tro, em Cascadura. Ali permaneceramindefinidamente terra e pedaços de asfal-to, que se consolidaram numa crostaespessa e irregular, que vem ocasionandoacidentes com pedestres e usuários deônibus, principalmente à noite.

Recentemente, uma anciã sofreu vio-lenta queda, recebendo escoriações natesta, cotovelos e joelhos, tendo sidosocorrida na clínica existente no local.Urge que as autoridades adotem urgentesprovidências para sanar os riscos a queestão expostos os que transitam naquelacalçada, sobretudo cegos e deficientesfísicos, antes que ocorram fatos maisgraves. Ubaldino Pinto da Costa—Rio deJaneiro.

Calça esgarçadaPaguei Cz$ 388 por uma calça Jimp's

na loja Zunga cm Vila Isabel, c, após aprimeira lavagem, desbotou totalmente eficou esgarçada. Mostrei a calça à gerenteda loja e ela prometeu enviá-la paraanálise. De volta à loja, a gerente memostrou o conserto feito, acrescentandoque eu tinha dado azar quanto às man-chás. Indagada sobre que seria feito nocaso, a gerente respondeu que a Zunganão podia ficar no prejuízo, eu sim.Acrescentou que para o dono da loja seperdesse um cliente ganharia outros 10pela frente. Maria Fátima de OliveiraAbreu — Rio de Janeiro.

Carne pagoEscrevo era nome da Sra. Maria Be-

nedita Lucas, para saber se de fato proce-de o recolhimento de CzS 24,85 (pago aoBanerj) para pagamento de uma 2* via doCarne do IPTU-1986, que "nem chegou aser remetido" à referida senhora? Penso,que se houve falha não foi de D. Maria csim da Prefeitura Municipal do Rio deJaneiro, deixando de enviá-lo pelo cor-rcio, como faz com todos os contribuin-tes. Regina C.S.C. Braga — Rio de Ja-neiro.

Deboche e corrupçãoNo dia 2/5/86 meu irmão Fernando

Leiroz, marceneiro, morador em BentoRibeiro, saiu para trabalhar na RuaGoiás, em Quintino Bocaiúva, e nãovoltou como era de seu hábito de nuncapassar noite fora de casa. Informado porsua mulher, na manhã de 3/5/86, fuiimediatamente à empresa empregadora elá me informaram que Fernando traba-lhara normalmente até às 17h do dia 2/5.Minha cunhada e eu fomos ao HospitalCarlos Chagas e também ao SalgadoFilho, ao Souza Aguiar, ao Rocha Faria,às delegacias policiais e aos necrotériosdo Rio de Janeiro, de São João de Meriti,de Duque de Caxias, de Nilópolis e deNova Iguaçu, sem qualquer notícia posi-tiva.

No dia 4/5, às 19h, por sugestão deuma amiga escrivã de polícia cm Copaca-bana. minha irmã e minha cunhada foramàs 30a Delegacia Policial registrar o desa-parecimento. O escrivão não estava etiveram que voltar mais tarde, 20h30min.

O escrivão Souza, rebelde, irônico edebochado, alegou que meu irmão deve-ria ter ido para um motel com umagatinha. Informado de que se tratava deum pai de família exemplar, o escrivãodisse para minha irmã que ela não ficassepreocupada, pois ele já estava gostandodela. Depois de muitas dificuldades con-cordou em fazer o registro.

Só com a interferência de meu irmãomais velho, um policial militar reforma-do, dia 5/4 conseguimos descobrir quemeu irmão fora atendido no mesmo dia2/5 no Hospital Carlos Chagas, com onome de Fernando Leoi e transferidopara o Hospital Getúlio Vargas, já entãocomo Fernando Levi, onde havia morri-do no dia 3/5 e o corpo removido para oInstituto Médico Legal 24 horas depois.

No IML soubemos que o corpo deFernando Leiroz já estava autopsiado eliberado, dia 6/5 de voltar ao IML paratratar do funeral, apareceu um funciona-rio de nome Gilberto, que deveria forne-cer o documento para tratar do enterro.Logo notei que só seria atendido depoisdos papa-defuntos. Apesar de ser o pri-meiro da fila, só fui atendido após seispapa-defuntos. Fui informado então queo corpo do meu irmão não estava libera-do, mesmo tendo sabido que estava libe-rado mas a papeleta que comprovava istoestava com o funcionário Gilberto. Este,às 10h30min, negou a liberação e sumiusó retornando às 12h. Então depois demuito suplicar, fui atendido.

O meu erro fora fazer o funeral pelaSanta Casa de Misericórdia porque seusfuncionários nada podem fazer contra amáfia dos papa-defuntos que impera noshospitais e no IML, com vultosas propi-nas. Após tudo isto, tive que ir a Casca-dura, apanhar no cartório o atestado deóbito e voltar para reconhecer o corpo.Somente às 18h o sepultamento se reali-zou e mesmo assim graças à boa vontadedos funcionários da Santa Casa de Miseri-córdia, aos quais expresso a minha grati-dão. E para encerrar pergunto: até quan-do o povo ficará a mercê de funcionáriosanalfabetos, displicentes, desumanos, in-sensíveis, irônicos, debochados e corrup-tos? Até quando? Antônio Leiroz Filho—Rio de Janeiro.

Mel pelo correioNo dia 5/4/86 enviei CzS 100 para

Curitiba, pelo vale postal n° 163719 —série 9-D/C9, no correio de Pirassunun-ga. Seria para uma compra de mel. Comoessa pessoa não pode enviar o mel (por-que o correio não sabe como enviar omel!!!), ela remeteu-me o mesmo dinhei-ro no mesmo n° de vale postal enviadopor mim. Fui até o correio de Pirassunun-ga para retirar. Informaram-me que teriade esperar 60 dias (!!!) para tê-lo devolta. Mas que eu poderia recebê-lo cmquatro dias se pagasse uma taxa (achoque paguei mais ou menos CzS 3, poisnão houve recibo) do BO (Boletim deOcorrência). Resumindo: até 12/5/86 nãoo recebi. Avisei aos funcionários de queiria enviar carta aos jornais. AlexandreMarcus Tostes Simen — Cx. São Paulo.

Inquilino multadoValho-me do JB para fazer uma de-

núncia contra a cobrança indevida dehonorários advocatícios feita pela Admi-mstradora Imóvel, Av. Pres. Vargas,417, 11° andar, onde pago meu aluguelpontualmente todo mes até o dia 5.Excepcionalmente cm abril, quando fuiquitar o aluguel de março, dia 28, alémda multa de 10% sobre o valor do recibo,prevista em contrato, me cobraram mais10% sobre o total para o "jurídico daempresa". Entendo que essa verba hono-rária é injusta tendo cm vista que ne-nhum advogado fez qualquer contatocomigo ou com minha mulher acerca doassunto. Marcos de Souza Reichel — Riode Janeiro.

Aluguel de quartosChamo a atenção das autoridades —

Sunab e Polícia Federal para os altospreços cobrados por quartos. Na ruaGeneral Canabarro, 390 — sendo umacasa coletiva, velha, está alugando umbarraco do lado de fora, de cimento, sem

ventilação, úmido, que mal dá um caixãode defunto, sendo cobrado o aluguel deCzS 500, mais as taxas, imposto, e condo-mínio, nada mais que exploração da en-carregada que aluga o barraco, que nempara um depósito de garrafas vazias ser-ve. Estão alugando quartos, com umacama (estrado) e cobrado por CzS 1 mil200 a pessoa que trabalhe fora, semdireito algum. Fim à exploração e comer-cio dos aluguéis de quartos. Vamos aju-dar o presidente Sarney. Judith Rocha —Rio de Janeiro. «¦

AgradecimentoQuero agradecer a dedicação e cari-

nho que meu pai recebeu de toda aequipe médica e de enfermagem da Clíni-ca Bambina. Meu especial agradecimentoaos srs. Álvaro Solon Guerra, DenisFerra, Everardo Amorim e Luis Antôniode Campos. Agradeço também aos srs.Ribeiro Neto (cirurgião torácico), Saio-mão Rabischoffsky, Arnaldo Rabischof-fsky e Arnaldo Rubinstein. Lamento quea atenção, o carinho e a competência detodos não foram suficientes para salvar omeu querido pai. (...). Dora Zyngler —Rio de Janeiro.

Cancelamento estranhoFiz a inscrição para o Plano de Expan-

são de número 25206490 em 25/ 09/ 84 eapós exaustivos contatos com a Telerjpara saber da instalação do telefone,recebo uma carta n° 178/ PRCSL de 24/ 6/85 de que meu contrato tinha sido confir-mado c cancelado, porém, não recebicomunicação alguma. Indignado, voltoao banco, já desacreditado e insisto com-nova inscrição n° 28375831 em 14/ 11/ 85.e até agora continua o silêncio total daTelerj. O que está acontecendo? Especu-lação? Omissão? Enquanto isso sabemosque determinadas pessoas e grupos fazem300 ou mais inscrições em um só nome etodos são confirmados direitinho. CelsoWellington de Souza — Rio de Janeiro.

Reserva inútilDia 17/3 adquirimos dois bilhetes de

ida e volta para Goiânia, com pagamentoà vista, na SupTon Viagens e TurismoLtda, à Rua Ronald de Carvalho 127, evimos a funcionária que nos atendeuconfirmar os lugares para os dois vôos epreencher os bilhetes (ida dia 22 e voltadia 30, vôos 376 e 377). Ao chegar aoaeroporto, fomos informados de que nos-sos nomes não constavam da lista de-embarque. O fato do nosso bilhete estarpreenchido e com obs. não era garantia,nos disse o funcionário, acrescentandoque a Vasp não se responsabiliza porreservas feitas em companhia de turismo.Mas a Vasp entrega seus bilhetes às.companhias; não é ilógico este procedi-.,mento? „

Diante disto, tão logo chegamos aGoiânia, marcamos a volta na agência daVasp, tendo a funcionária confirmado osbilhetes já marcados no Rio e nos dandoo n° de reserva e seu nome. Ainda assim i.ao chegarmos ao aeroporto outra vez,não encontramos nossos números de vôo,não adiantando o n" do código de reser-.va, nome do funcionário; o responsávelpelo atendimento ainda foi grosseiro.

Como tínhamos compromissos inadiá-veis no Rio, e só havia lugares dentro detrês dias, arcamos com a despesa de umcarro até Brasília, enfrentando uma es-trada congestionada, pagamos uma taxapara transferir a passagem para a Trans-brasil, esperamos três horas e meia noaeroporto e só chegamos ao Rio pelamadrugada. Vilma V. Pinto — Rio deJaneiro.

FumantesCumprimento o dr Sérgio A. Teixeira

do Rio, por carta de 15/4/86, com o títuloMédico e fumo. É revoltante a falta derespeito dos fumantes! Não se incomo-dam com a fumaça maléfica, incomodan-do aos que estão ao redor, quer seja emônibus, restaurante e outros ambientesaté fechados. (...) Como diz o dr Sérgio,,"os fumantes invadem o direito do próxi-mo e agridem a saúde de todos"... A lei,que proíbe fumar em certos lugares, pelo.visto, foi esquecida! Maria Amélia Ribei-ro — Rio de Janeiro.

Queixa escritaEm janeiro último comprei na Edito-

ra Abril, por assinatura, a publicaçãointitulada Pacote do Maurício de Souza,em três parcelas as quais paguei religiosa-mente no vencimento. Ocorre que atéagora nada recebi. Telefonar para o setorde atendimento de assinante é impossí-vel. pois o lal telefone nunca atende. Pormilagre, e após dezenas de tentativas,consegui falar, c qual não foi minhasurpresa quando fui informado de queteria ainda que escrever uma carta nar-rando minha triste história. Jorge José deSá Fernandes — Rio de Janeiro.

JORNAL DO BRASIL Opinião segunda-feira, 26/5/86 a Io caderno o &

A crise da modernidadee o Plano Cruzado

r-«»©^

João GeraldoPiquet Carneiro

Aquém aproveitaria o eventual fra-

casso do Plano Cruzado? Certa-mente que não àqueles que apenas dis-cordam da sua fundamentação concei-tual, como os economistas conservado-res, que preferem os rigores do moneta-rismo à heterodoxia do estruturalismo.Tampouco aproveitaria aos que divergemde aspectos específicos da reforma mone-tária, como os empresários que porventu-ra estejam amargando os efeitos do con-gelamento de preços e do fim da correçãomonetária. Ora, o confronto entre esco-las econômicas trava-se no plano doutri-nário, entre pessoas sofisticadas e cons-cientes de que, em economia, não háverdades definitivas. Os empresários, porseu turno, sabem — melhor do queninguém — que não há organização eco-nômica que resista indefinidamente aoregime de hiperinflação. Aos trabalhado-res, finalmente, não interessa a inviabili-zação da reforma, uma vez que, de ma-neira geral, são os principais beneficiáriosda estabilidade da moeda.

Na realidade, os verdadeiros oposito-res do Plano Cruzado são os que oencaram como um instrumento de redu-ção irreversível dp poder político. Nessacategoria inclui-se um amplo contingentede interesses tradicionalmente formadosem torno do eixo burocrático-clientelista.A máquina burocrática do Estado, comoé notório, sempre esteve a serviço dessesinteresses e não há sinais de arrefecimen-to do ânimo apropriatório de cargos epinheiros do setor público. Ao contrário,a Nova República, desde o alvorecer,encontra-se submetida ao fogo cerradodo clientelismo. As eleições municipaisdo ano passado elevaram os pleitos clien-telistas a patamares inéditos e as eleiçõesde novembro próximo poderão generali-zar ainda mais a demanda de empregos,favores e sinecuras.

O presidente José Sarney ressente-sedo assédio clienteüsta, oriundo das trêsesferas de governo, que se traduz na

perda crescente de eficiência da máquinaadministrativa e no aumento incontrola-do das despesas de custeio. A equipeeconômica, às voltas com o crônico pro-blema do déficit público, tenta com umadas mãos estancar a sangria provocadapela maré montante do empreguismo e,com a outra, esgrimir a intolerância dasgrandes organizações empresariais do Es-tado, as quais nâo querem abrir mão dosseus planos de Investimento e se valem,para tanto, do monumental poder buro-crático que acumulam e manobram.

Ocorre que o Plano Cruzado estásaindo do período de alumbramento cole-tivo e começa! a ingressar na zona deturbulência dos ajustes imprescindíveis edo inevitável declínio da mobilização po-pular. Na medida em que se expandem asfronteiras de influência da reforma mone-tária e se multiplicam os problemas ope-racionais, a sua viabilidade passa a de-pender cada vez menos da competência ededicação de seus autores iniciais e cadavez mais do desempenho global da má-quina administrativa do Estado. Esta,como se sabe, é inoperante e carunchosa.

Nesse quadro, afigura-se inevitável oconflito entre a modernidade, de umlado, representada pelo pequeno e aguer-rido grupo de jovens economistas (nãomais do que 20, no núcleo) lideradospelos ministros Dilson Funaro e JoãoSayad, e os interesses burocrático-clientelistas, db outro. Essa confrontaçãoassume relevância política singular, quecnsombrece até mesmo a tradicionaldisputa entre partidos políticos às véspe-ras de eleições. Uma derrota do PlanoCruzado seria, o fim das aspirações mo-dernizantes do país. A vitória, ao contra-rio, seria um marco definitivo de mudan-ça qualitativa da ordem política, econô-mica e administrativa.

O ministro João Sayad costuma des-crever, com inteira razão, a reformamonetária antes como uma reformacultural que econômica. É óbvio quemudanças culturais não se alcançam emum só governo e, menos ainda, pela açãoisolada de uma pequena elite intelectual.Os adversários da mudança são, de lon-

ge, mais numerosos e experientes. Dirão,certamente, que favorecem a reformamonetária e tentarão dela se aproveitarem causa própria. Mas tratarão de com-batê-la à sorrelfa e criticá-la nas suasimperfeições. A luta é, pois, francamentedesigual.

Para restabelecer o equilíbrio de for-ças, faz-se necessário denunciar publica-mente a conexão burocrático-clientelista.Qualquer transigência, neste instante,poderia evitar algumas escaramuças poli-ticas, mas seria percebida como fraquezae arrefeceria, mais uma vez, o ímpeto dasmudanças. Além disso, urge fazer alian-ças que dêem maior densidade ao exerci-to de modernizadores.

O grupo modernizante do Governojá conta com o sólido apoio da sociedade,refletido, de forma eloqüente, nos índicesde popularidade do presidente José Sar-ney — o grande avalista das mudanças.Resta a esse grupo conquistar a solidarie-dade dos setores da administração públi-ca que não se encontram atingidos pelosinteresses burocrático-clientelistas; aocontrário, são vítimas do processo deusurpação da máquina administrativa.

A administração pública possui umnúcleo de competência, recrutado, aolongo dos anos, pelo regime de mérito esubmetido a constante aperfeiçoamento,inclusive em cursos de extensão universi-tária no Brasil e no exterior. Os funciona-rios que fazem parte desse núcleo são osverdadeiros práticos-do-porto, pessoasque conhecem o metabolismo da máqui-na administrativa e seus inúmeros garga-los burocráticos. Acham-se, porém, des-motivados pelos baixos salários da admi-nistração direta e ofendidos pelo empre-guismo que atinge até as funções técni-cas. Mais do que simples aliados morais,esses funcionários competentes, uma vezatraídos pelo grupo modernizante, pode-rão funcionar como o braço operativo dogrupo que, apesar de todos os méritos,ainda não tem suficiente experiência ge-rencial e familiaridade com a máquinaadministrativa do Governo.

João Geraldo Piquet Carneiro é advogado

O pós-choqueJayme Magrassi de Sá

O programa lançado pelos Decretos-Leis 2283 e 2284, de fevereiro/ março

últimos, visou a eliminar a memória dainflação e a propagação inflacionária, doisfenômenos que consubstanciavam o deno-minado movimento inercial, admitido peloprograma como, senão o único, pelo menos

de ação quase absoluta no empurrar paracima preços e salários. O êxito, nesse inten-to, foi inequívoco, pois a decisão oficialobteve compacta e deliberada adesão do,;povo. O presidente Sarney teve seu gestocompreendido e aplaudido.

Essa tarefa, levada a cabo com empe-nho e desassombro, enfrenta agora as natu-rais questões da fase que sucede ao choquede que se revestiu o programa, bem comodas que se inseriram no contexto das medi-das adotadas. As conseqüências do não-prévio realinhamento dos preços, por exem-pio, é uma dessas questões, de influênciaprogressivamente maior ao passar do tem-po. A recomposição do quadro financeiro,uma outra, especialmente no que se refere àrede bancária, cujo ajustamento não podedescartar os perigos de providências bruscase sincopadas. O controle do colossal déficitpúblico, a disciplina dos imensos gastosoficiais e a baixa eficiência da máquinaburocrática, uma terceira. A forma e adosagem da remonetização da economia,iun quarto problema. E assim por diante.

Ao que se observa, as autoridades estãobuscando a ordenação nessas matérias, co-mo em outras que surgem, também natural-mente, quando a economia de mercado ésubstituída pelo congelamento de preços esalários ou administração oficial dos fluxosde renda. Não há prenúncios de volta àliberdade de preços no país antes de findar oprazo estabelecido pelos decretos-leis quelançaram o hoje denominado Plano Cruza-do, de sorte que a atuação das autoridadespassa a ser a realidade efetiva do dia-a-dia,acompanhada muito de perto no que con-cerne às Questões subjacentes e à evoluçãodo programa e seus mecanismos, como é ocaso, por exemplo, dessa intrincada charadaem que se transformaram os índices,curiosamente. Tão curiosamente que até jáinseriu um novo vocábulo no idioma econo-mês — "dessazonalização" (?).

Não são de subestimar as dificuldadescom que se depara o Governo para alcançara ordenação que objetiva. Assim, quando seaumentam os subsídios ou se reduz a inci-dência tributária sobre determinados seto-tes, se amplia o déficit público e se pertur-bam os regimes empresariais, tornando dife-rentes as condições a que devem obedecer eviciando os comportamentos respectivos.Quando a remonetização se dissocia doslimites impostos pelo equilíbrio no mercadofinanceiro, duas pressões tendem a se agra-•var — a exercida pelo excesso de moeda•primária sobre os meios de pagamento e adesenvolvida pela dívida mobiliária (ao seexercitar esse expediente), que tanta penali-zação acarretou neste país. Quando as pers-pectivas desfavorecem a formação da pou-pança financeira, aumentam os deslocamen-tos nos fluxos de moeda, a substituição deativos e o consumo de certos tipos de bensfinais. Quando as tarifas não socorrem acapitalização dos setores de infra-estrutura,acrescem-se as pressões sobre a distribuiçãode recursos orçamentários e a disputa pordotações suplementares, exista ou não adevida cobertura dentro do fluxo regular deaportes ao Tesouro. São problemas, aliás,que se agravam eiSLfunção do tempo; etanto mais quanto náo se logra alcançar oestado de inflação-zero ou quase-zero. É de•desejar, portanto, tenham as autoridadesrápido sucesso em seus internos, aproveitan-

do o favorecimento de uma fase excepcionalno setor externo da economia, com juros emqueda, petróleo a preços rebaixados, dólarem declínio, auxiliando cambialmente nos-sas exportações, bom desempenho econô-mico nos países grandes importadores denossos produtos etc.

De todos os problemas que denomina-

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r~~J mK&3mTÊ£AAwUJkmnlaitijú2m 'tm i,

¦¦Efcflíríamos aqui de subjacentes, um se destacapor sua importância e seus efeitos — o daformação de capital fixo. A taxa de investi-mento praticamente reduziu-se à metade,de algum tempo a esta parte. De sua recupe-ração depende o crescimento do Produto,uma vez utilizada a margem de capacidadede produção não ocupada. E dessa evoluçãodepende não só o comportamento regulardos preços, como a capacidade de reinvestirao longo do tempo. A recuperação do nívelde investimento, todavia, não é funçãodesta'ou daquela medida oficial que venha aser tomada, mas sim das expectativas quan-to à situação global do país, incluída aí aárea trabalhista. Há indicações de melhorasno movimento de inversões, mas ainda nãona forma e dimensões compatíveis com oque requer um desenvolvimento significati-vo e auto-sustentado.

Duas outras questões estão presentesno elenco das que assoberbam as esferasoficiais — a administração do endividamen-to no estrangeiro e o manuseio interno demecanismos ligados e esse débito.

Ainda náo foi possível chegar a compo-siçóes com os credores no exterior quesuavizem a drenagem de recursos impostapelo oneroso serviço da dívida. Se nos vimoslivres do constrangimento ocorrido logoapós a prática insolvência do México, aindanão reduzimos a asfixiante pressão que oendividamento exerce sobre nossa formaçãode poupança. Condicionamento esse de re-flexos atrozes, sem dúvida. Com intensida-de semelhante, mas com forma e incidênciadistintas, atua a monetização interna dosrecursos ingressados através de dispositivocambial que incentivava a captação de em-préstimos no exterior. A "desintemação"no Banco Central de moeda vinculada acompromissos externos passou a perturbar aconjuntura financeira. E tal a pressão exer-cida mais recentemente que as autoridadesacabam de bloquear o uso desse mecanismoem prazos curtos, com reflexos nas progra-mações ou fluxos de caixa das empresascapazes de projetarem-se sobre as práticasem uso para a remonetização da economia(ainda em curso, ao que parece).

Reconhecida e incontestável a grandeintervenção direta e indireta do Estado,cuja gestação não é de hoje, nem de ontem.Como decorrência do programa lançado

pelos Decretos-Leis 2 883 e 2 884, a inter-venção (já agora com carga adicional) pas-sou a ser ainda mais exigente em matéria detécnica e proficiência na administração ofi-ciai dos preços e salários. Na medida em quevier a processar-se o descongelamento, ele-vado índice de eficiência será requerido daequipe de Governo e da máquina pública.Numa quadra de livre formação de preços,os insucessos são automaticamente atribuí-dos à incapacidade dos agentes econômicose às imperfeições do mercado, algo que nãofaz praça quando o Estado fixa as cotações.Daí a consideração que todos devem dispen-sar às autoridades superiores ante a comple-xidade e o peso da tarefa que têm e terão abraços. Fazem jus à compreensão é ao apoiode todos.

Enfrenta ainda a equipe de Governoconseqüências da dificílima — e cada vezmais difícil — situação financeira em que seencontram praticamente todas as unidadesda Federação, como são os pedidos deverba, amplos e crescentes, e o resultadoúltimo de operações entre os Estados e osrespectivos bancos oficiais, operações queacabam por pressionar os meios de paga-mento via redesconto bancário. Táo acen-tuado ameaça ficar este procedimento, quemedida restritiva vem de ser tomada peloConselho Monetário Nacional, coibindo outentando coibir a expansão de tais opera-ções.

A compreensão da sociedade quanto àinclemência da fase que sucede à aplicaçãode um choque heterodoxo — muito efetivono estancar rapidamente a inflação, mas deforte rigidez processual — é fundamental edecisiva. Fundamental também manter-seascendente o nível de atividades, sem alme-jar, contudo, altas taxas de crescimento doPIB. Enquanto for desse tipo o desempenhoda economia, a dura transição para umregime regular de atividades será adminis-travei. Devem, pois, ser evitados os estadosrecessivos, sempre perniciosos, mas nestetranse agressivos ao programa e neutraliza-dores do argumento básico academicamenteusado e politicamente considerado paraadoção da terapia heterodoxa — erradica-ção da inflação sem o preço socialmenteamargo da recessão.

Jayme Magrassi de Sá é economista

APOTEGMAS DO VIL METAL

O SANGUE PE MEUSANCESTRAIS, A ALI-

MENTAÇÃO DE MEUS

PAIS, O ATO DO MEU

NASCER, ESTE SOL QUE

ME AQUECE -AH, EU .

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O lucro quee vice- Èiiífflt

Luiz Roberto do Nascimento e Silva>

DOIS assuntos distintos, mas de alguma forma conexos, mere-

cem nossa reflexão. O primeiro deles é a decisão do governofederal de tributar os "lucros extraordinários" da Petrobrás. Osegundo refere-se à decisão do prefeito Saturnino Braga de reduzir ovalor da UNIF que reajusta o IPTU a partir de Io de julho.

Vejamos o caso da Petrobrás. O argumento central é que aPetrobrás estaria auferindo lucros extraordinários com a baixa dopreço do petróleo no mercado internacional. A expressão é impreci-sa, pois não é sensato pretender que sejam extraordinários os lucrosauferidos com a compra de petróleo a preços mais baixos por umaempresa que possui um monopólio de sua exploração. Ora, oresultado dessa compra e venda integra o lucro da sua exploração,sendo da essência de suas atividades.

Admitindo como verdadeira tal premissa, apenas para argu-mentação, perguntamo-nos, sem resposta, por que o Governo nãoabaixa o preço da gasolina no mercado interno, tendo em vista a suaqueda no mundo inteiro? Para esse axioma, há obviamente umcorolário: não podemos incentivar o consumo da gasolina. Constata-mos que, como contribuintes, subsidiamos o preço da gasolina naVelha República, quando o preço do petróleo apresentava altassucessivas. Curiosamente, continuamos a subsidiá-lo agora, na NovaRepública, quando ele despencou no mercado internacional.

A tributação dos lucros extraordinários da Petrobrás foi umadas muitas razões que levaram o ético e competente Hélio Beltrão ase retirar da direção da empresa. O Sr Ozires Silva, que acaba deassumir o cargo, com bastante propriedade já afirmou que é ilegal atributação dos lucros da empresa, da forma como está proposta.

Com efeito, através do imposto de renda não é possível seapossar antecipadamente dos lucros da Petrobrás. O imposto derenda deve obedecer ao princípio da anualidade, ou seja, qualquermodificação só poderá produzir seus efeitos no exercício subseqüen-te, no caso em 1987. Resta a alternativa de tributar a empresamajorando o IOF na importação do petróleo do exterior. Através deresolução do Conselho Monetário Nacional, a alíquota poderia sermajorada. Dentro da mesma linha, o Governo poderia tambémaumentar o imposto de importação incidente sobre o produto.

dá prejuízo¦versaFelizmente, nem sempre os fins justificam os meios. Essas

estratégias, se adotadas, terão péssimas reações sobre o mercado.-Adecisão poderá inclusive ser discutida judicialmente pelos acionistas,que poderão pleitear o direito de retirada previsto na Lei dasSociedades Anônimas. ' 'jJMJJ,

Um fato, porém, já é inegável. Cora a divulgação de-stíátrperversas intenções, as autoridades governamentais já conseguiiath-que o preço da ação apresentasse uma queda de cerca de 30%. ..Qu.seja, algo próximo do imposto que pretende implantar. .

'"''"

Ficará difícil lançar novos papéis de empresas estatais*^"mercado acionário e com eles captar recursos. Após lançar cÒrôêxito as ações da própria Petrobrás no final do ano passado,^Governo dificultou as coisas para ele mesmo. Uma alternativa sgjjãgarantir que, da mesma forma que quando a empresa dá lucro eleaumenta o imposto, quando dá prejuízo ele bancaria o prejuízo,ressarcindo o investidor. Seria uma propaganda irresistível:.: T'í;/l,

O outro assunto é o IPTU do Município do Rio de Jánejrdj,Após marchas e contramarchas, o prefeito Saturnino Braga cederrfipressões de toda a comunidade e reduziu o aumento da UNIEqüereajusta o IPTU para apenas 6,64% contra os 32,9% — projetado^inicialmente. O prejuízo financeiro decorrente da reduçao~<&¦arrecadação será convertido em dividendo político. ; • ;,¦£.

A democracia possui curiosas contradições. Toda a comumdarde, que esbravejou com vigor e competência no momento dó'aumento, agora é silenciosa e parcimoniosa na hora da redução. Opróprio autor deste artigo, nesse mesmo jornal, expressou publicamente o seu desagrado quanto aos critérios adotados no cálcuio-dffimposto. Mas é com alegria que aplaudimos quando um governantetem a sensibilidade de rever suas próprias posições. Como salientavaKeynes, "a dificuldade não está nas idéias novas, mas em escapjírdas antigas'% ••.•>ro

Dizíamos no início do artigo que os temas, apesar de distiiífog^eram conexos. Na verdade, trata-se de duas formas distintas de serelacionar cora o lucro e cora o prejuízo dentro do mesmo país. Oministro Dilson Funaro, nos jornais, desmente a tributação, mas anovela continua...

Luiz Roberto do Nascimento e Silva é advQgaàp

A criatura se voltacontra o criador »:áfi3l

Rogério Coelho Neto

Coisas da política

EM política, é comum a criatura se voltar contra o

criador. Assim, a decisão do vice-governador doEspírito Santo, José Moraes, efetivado na chefia doexecutivo do Estado noúltimo dia 14, de iniciarprocesso de contestaçãoao seu antecessor, Ger-son Camata, não devecausar a menor estra-nheza.

Moraes, ao assumiro governo capixaba, en-controu a sucessão esta-dual dentro do PMDB,seu partido, praticamente encaminhada. Ele próprio, acerta altura do processo — na dúvida se Camata sedesincompatibilizaria ou não como candidato a senadorou a deputado constituinte —, procurou também, mes-mo sem grande apoio dos quadros partidários, se fazerpostulante ao Palácio Anchieta. Sabia, no entanto, queas bases pemedebistas, sem pressões e seguindo umatendência das ruas, já tinham um candidato: o deputadofederal Max Mauro.

Pois bem. Com o poder nas mãos, Moraes resolveuconvocar deputados e prefeitos, em pequenos grupos,para-anunciar que vai tentar rever a sucessão no interiordo partido. Isso quer dizer que o governador-tampão vaitentar inverter, nâo se sabe baseado em que, a tendênciamajoritária das bases pemedebistas em favor da cândida-tura Max Mauro. Tendência que já pode ser consideradaaté como apoio irreversível, desde que, numa pré-convenção realizada no último dia 18, os delegados dacapital e interior aprovaram o nome de Max por mais de200 votos.

Com a nomeação de Carlos Guilherme Lima para ocargo de secretário de Interior e Transportes — o maiscobiçado do Estado —, Moraes quis mostrar ao PMDB aque veio. O escolhido é nada mais nada menos do que oex-presidente do Banestes, o banco oficial do EspíritoSanto, que Camata demitiu no curso de um rumorosoescândalo. Não se discute aqui a autoridade do governa-dor-tampão, que deve exercer, naturalmente, o poder denomear cora liberdade seus principais auxiliares. O nomedos escolhidos é que parece ser o problema, porque, pelaamostra dada, Moraes demonstra com bastante clarezaque poderá partir para um programa continuado deretaliações políticas contra o seu antecessor.

Mesmo com a força da pressão do poder, não seráfácil ao vice-governador, efetivado como chefe do execu-tivo capixaba, mudar a face da sucessão estadual dentrodo PMDB. O seu intento não deve ser este, por sinal. Oque Moraes pretende e poderá conseguir é a divisão dopartido que parecia caminhar, sem maiores obstáculos,para uma chapa de unidade, encabeçada por MaxMauro, com Sérgio Ceotto como candidato a vice-governador, e João Calmon (ou Gerson Camata) eCamilo Cota ocupando as vagas para o Senado. Moraes

já investiu contra Sérgio Ceotto, mas encontrou resistçn-..;-.,cias. Seu próximo vôo, ainda assim, deverá ser bem mais"-alto. '-..'

O governador-tampão do Espírito Santo não conse-''gue disfarçar as suas preferências pelo candidato do PFL,Elcio Álvares, de quem é amigo. Ao mesmo tempo, elenão faz questão de esconder a sua aversão pelo nome cie'''-:'Max Mauro, a quem julga esquerdista demais para o seur «•:•gosto. As manobras de Moraes não deverão se ehcámi£,'7jinhar, no entanto, de sopetão, para a colocação dó"¦.'.Palácio Anchieta a serviço da candidatura de Élciô""(governador do estado ao tempo do general Emílio'-'"Mediei). O primeiro gesto será feito no sentido da- omudança do candidato pemedebista. Moraes forçará ifíLvtroca do nome de Max pelo do senador, José Inácio." dDerrotado, se voltará para o apoio a Élcio, com a"'"*explicação de que o seu partido não percebeu que ele sõ >Squeria o melhor para o Estado. .,- o

No panorama político do Espírito Santo, naquilo'"que diz respeito ao PMDB, o ex-governador GersonCamata parece esperar, realmente, por fortes tempesta-;.,^,des. Tanto que, ao sentir que o seu substituto está perto , -de instaurar a cizânia nas hostes partidárias, começou a""'elaborar um projeto pessoal, mas que poderá atender, decerta forma, aos interesses pemedebistas: por ele, deverádisputar cadeira na Assembléia Constituinte pelo Nortecapixaba, reservando o Sul do Estado para a sua mulher,Rita, que tentaria a conquista de uma outra vaga. É claro'".*que o casal Gerson-Rita Camata teria condições de *garantir ao PMDB, pelo número de legendas que, úlevantaria, a ocupação de dois terços das vagas de _»deputado constituinte que estão em jogo no próximo dia1' -'15 de novembro. Como o voto é desvinculado e cândida-..&tos dos demais partidos, sobretudo os que concorrerão a.".'cadeiras na Assembléia Legislativa, poderiam apanhar. 7uma carona no grande comboio que Camata e súa.-*mulher puxariam, fica a dúvida se os dois — vencendo as'''.hostilidades e os instrumentos de pressão do governador»-»-José Moraes — evitariam uma sangria de votos pemede-bistas e a conseqüente engorda da candidatura adversa-. .,mria de Elcio Alvares. Por enquanto, Camata tenta rasimular que não há crise. Longe de Vitória, em viagemde férias pelo Japão. ' «ííú

Alternativas mineiras , "'*O governador Hélio Garcia continua em dúvida,jg

sobre se é melhor lançar um candidato que tenhacondições de disputar o eleitorado de esquerda dos""*grandes centros urbanos de Minas com o senador Itamar ¦"'Franco ou optar por um nome identificado, acima dej-,maiores pendores ideológicos, com a sua obra adminis-

'-,'trativa.

De afirmativo, na sucessão mineira, existe apenasuma frase de Hélio Garcia, dita a amigos que foram Lesperá-lo, quinta-feira à noite, no aeroporto Santos- «>Dumont. quando veio ao Rio receber o prêmio Tendèn- ...cia, na TV Manchete:

— Dentro de 15 dias, eu terei não um candidato, ••mas o futuro governador de Minas.

12 p Io caderno a segunda-feira, 26/5/86 JORNAL DO BRASILFoto ds Antônio Batalha

ObituárioRio de Janeiro

Manoel Agapio de Aquino, 90,de insuficiência cardíaca, emçasa'em Copacabana. Paulista,veErpâra o Rio em 1933. FoidiíMor.do Banco Comércio eIndústria de Minas Gerais. Ca-sado com Altamira Paiva deAquipo., tinha cinco filhos, 18iiétóg-e-26 bisnetos.Ainerino Bezerra Uma, 46. deinsuficiência cardíaca, no Hos-piyt,rS}ilyestre. Sergipano, ge-rentç.dè transportes da Empre-sa tftj^turismo Soletur. Casadoconi "Lisette Bezerra Lima, ti-nlfajurri filho: Júnior. Moravano'Riachuelo.Eufiío Costa Cortes. 82, deinfecÇão pulmonar, em casa naGloria,; Fluminense, delegadodemoliria aposentado. Na dé-cada'i!de' 50, foi vereador porNota'Iguaçu e chefe do Detranná^úêle município. Casadoconrjsdith Britto Cortes, tinhadoiéiilbos —• Ney e Ana Maria—i^seis netos.DfyalCardoso Cernigoi, 67. dehemorragia, no Hospital PedroErjpijsto.. Carioca, viúva de Bo-n\Cernigoi. Tinha três filhos— JBpris. Ronaldo e Ney — eseis^riçtos. Morava em SáoFiâncisço Xavier.JoS? Fernandes de Azevedo. 87,dé^lrífárto, no Hospital Pró-Cardíaco. Potiguar, funciona-rio^rMíblico estadual aposenta-dch' Trabalhou na Cedae. Viú-vcTüè, Luzia Ramos de Azeve-do;'tinha dois filhos — Wilsonde-^Szevedo, médico do Hospi-talia Aeronáutica, e Washing-ton, advogado — e cinco netos.Morava em Copacabana.Cecília de Medeiros ArrudaTeixeira, 79, de acidente vascu-lar cerebral, na Casa MaternalSão Cristóvão. Viúva, moravaem Botafogo.Raul Calixto de Oliveira, 78, deembolia pulmonar, na Casa deSaúde São José. Carioca, in-du$trjal. Casado com AméliaGwjcalves de Oliveira, tinhadojjijBlhos. Morava em Copa-caimná.AU&ndre Portes Alves da Cos-ta,' 28, de parada cardíaca, noPròlfto-Socorro da Tijuca. Ca-rioca', solteiro. Morava em VilaIsãBél.Joíé Corrêa e Castro. 56, deacidente vascular cerebral. Ca-rioca; "pintor. Era solteiro, ti-nh5'ümfilho. Morava em Bota-fogo.

Maria Ignez Neto Rezende, 47,de insuficiência cardíaca, noHospital de Oncologia. Goia-na, funcionária pública. Soltei-ra, morava na Tijuca.Manoel Pinheiro de Mello, 68,de acidente vascular cerebral,no Hospital Naval MarcüioDias. Acreano, militar da re-serva. Casado com MadalenaCarvalho Pinheiro, tinha umfilho. Morava na Penha,Odette Amaral de Oliveira, 61,de câncer, no Serviço Nacionaldo Câncer. Carioca, atendentede enfermagem. Viúva de Rei-naldo da Costa Oliveira, tinhaum filho. Morava em São Cris-tóvão.Eduarda de Jesus Deveza, 73,de insuficiência respiratória, noHospital da Bencficiência Es-panhola. Portuguesa, viúva deChristóvão Francisco Deveza.Tinha três filhos e morava noCatete.Isaltina Louzada Beadle, 83, deinsuficiência cardíaca, no Hos-pitai Espanhol. Carioca, viúvade William Beadle. Tinha umfilho e morava na Tijuca.Marlene Ribeiro Cerdeira, 35,de parada cardíaca, na Casa deSaúde Santa Rita. Carioca, ca-sada com José de Almeida Cer-deira. Tinha cinco filhos e mo-rava em Jacaré.Irene Martins de Oliveira, 83,de embolia pulmonar, em casano Maracanã. Carioca, viúvade Mário de Campos Mello.Tinha três filhos.Joana de Sousa Marques, 53,de câncer, no Hospital doInamps. Carioca, cozinheira.Viúva de Alfredo Marques, ti-nha um filho. Morava em Du-que de Caxias.Nelson Spínola Teixeira, 82, deinsuficiência cardíaca, no Hos-pitai da Beneficência Portugue-sa. Baiano, engenheiro civilaposentado. Foi professor deeconomia da Faculdade AmaroCavalcante e diretor do Serviçode Estatística no Rio. NaBahia, foi secretário estadualde Agricultura durante o go-verno Góes Calmon. Viúvo deOlga Duarte Guimarães Tei-xeira, tinha uma filha: AnaMaria. Morava no Flamengo.Será sepultado às 11 h, no Ce-mitério do Campo Santo, emSalvador.

EstadosHeitor Pinto de Almeida Cas-ta»;- W.-no Hospital Português,enr-'Salvador, para onde foileváaVjá sem esperanças apóspafcar mal quando orientava,sábffldo,'os últimos detalhes pa-ra «inauguração de uma crecheda,-.Associação de Casais comCrinje^-no bairro da Graça.Joínaljsta, durante anos secre-tapou-a redação do Diário deNotícias e doEstado da Bahia,jopiajsdos Associados, e poste-riormêiite trabalhou no jornaldsjfiuia. Chefiou a assessoriaBTBq Exterior

de Relações Públicas e Impren-sa do INPS na Bahia; o gabine-te da Secretaria de Comunica-ção Social do Governo do Esta-do e atualmente exercia as fun-ções de assessor de Imprensada Secretaria doTrabalho, daFederação do Comércio e daAlitália. Era diretor do SkolClube da Bahia. Casado comAurora Ayala de Almeida Cas-tro, tinha dois filhos: o enge-nheiro Francisco Heitor e aarquiteta Regjna Coely CastroPereira.

ume

Cfiésfor' Bowles, 85, de compli-caçotpnosistema nervoso, re-suÜrârrtes de uma luta de 22•nè^contra o Mal de Parkin-•OÉ^Oiplomata e conselheirodeo^uafro presidentes demo-craTUSVfoi governador de Con-necticut e embaixador na In-dia.jlepois de uma brilhantecafreTra como executivo deagtncjas de publicidade emNqva'-york. Formado pelaUijiveísidade de Yale em 1924,dejde então tornou-se um con-vicjto defensor de idéias libe-rais. Já nessa ocasião gozava daconfiança do Partido Democra-ta; a cujas administrações ser-viú por mais de 30 anos. Porta-vofc do Presidente Franklin

tvelt, acabou sendo no-l em 1942 para chefiar oSno de Administração de^notabilizando-se como

dpsjnelhores executivos dopaAiJDépois da Segunda Guer-ra£4efitribuiu decisivamentepaSS*programa de reconstru-çáo da Europa e, em 1948, foieloitôgovernador de Connecti-cui. O Presidente Harry o no-meou em 1951 para a Embaixa-da! na índia e Nepal. Nessaocasião, familiarizou-se com osproblemas asiáticos e, anosmais tarde, viria a criticar aspe-ratnente a intervenção dosE$A na região. Na condiçãode segundo homem na políticaexferna norte-americana (o pri-infiro era o Secretário de Esta-do Dean Rusk), Bowles seopôs à operação da Baía dosPrjrcos, para invasão de Cubaem 4961. Discordando dos pia-nos do Presidente John Kenne-djl de quem era conselheiro,atfandonou o Governo. Masvoltou à diplomacia, servindopejla segunda vez (à Adminis-tração Lyndon Johnson), como

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Comerciante extorquido emAngra denuncia policiais

 grande bola é o destaque na decoração da esquina da Hadock Lobo com Campos Sales

Haddock Lobose enfeitapela Seleção

Se depender da fé de 30moradores da rua Haddock Lo-bo fanáticos por futebol, a Se-leção Brasileira ganha a Copado Mundo: eles gastaram ummês de trabalho e Cz$ 12 milpara confeccionar metros e me-tros de bandeirinhas de plásti-cos com as cores do Brasil, umabola gigante com 1,20 m dediâmetro e uma imensa bandei-ra verde e amarela com 18 m decomprimento e 12 m de altura,que está enfeitando o trecho darua, em frente à rua CamposSalles, na Tijuca,

Ronaldo Ribeiro, 29 anos,que passou toda a madrugadade ontem armando a decoraçãojunto com seus companheirosde equipe, acredita que, nocaso de o Brasil ser eliminado,seu trabalho nâo vai ser emvão: "O time é ruim, mas nóstemos fé e vamos manter oclima de festa até o fim domundial", garante ele. No finalda tarde, o grupo ainda traba-lhava na rua que é atualmenteuma das poucas manifestaçõesde "otimismo" brasileiro pelaCopa do México. Hoje, a tur-ma da Haddock vai inauguraroficialmente a decoração darua com um churrasco e quei-ma de fogos, e o hasteamentoda imensa bandeira entre umprédio e outro.

Quem está mais confiante na"corrente pra frente" da ruaHaddock Lobo é D, Maria Ali-ce Bento, uma costureira queapesar de não torcer por timenenhum e ser "pouco ligada cmcoisas de futebol", se integrouà equipe da rua c confeccionoutodas as bandeiras, trabalhan-do sem parar durante duas se-manas: "Não foi por pressão defilhos que entrei nessa não, épaixão que bate só nos jogos daCopa", explica D. Mana Alice.Os moradores prometeram co-memorar cada jogo do Brasilno trecho enfeitado da rua quejá foi batizado de "área daapoteose".

O detetive Kenkichi Nakamura, 51, lotadona Delegacia de Entorpecentes, o primeiro-tenente Marcos Antônio Torres de Araújo,32, e o soldado Irapuam Coutinho da Silva, 35,ambos servindo no Nucoe do Batalhão deChoque da PM, foram presos em flagrante nomunicípio de Angra dos Reis, durante umaoperação recomendada pelo juiz da Comarca,Nicolau Cassiano Neto. Os três são acusadosde extorsão mediante ameaça de seqüestro,formação de quadrilha, porte de maconha earmas.

O detetive Nakamura foi preso sexta-feirapassada na porta do Unibanco, em Angra,quando recebia a importância de CzS 8 milretirados da agência pelo comerciante ManoelCirilo de Souza, vítima da extorsão por havercomprado uma motocicleta CB-400 roubadano Rio. O tenente c o PM estavam em umEscort vermelho, também roubado, e quetransportava o homem que vendera a moto aocomerciante.

Por ordens do delegado José Borges Mou-ra, titular da 83a DP — Angra dos Reis. odetetive Nakamura foi recolhido incomunicá-vel na Polinter, e os doismilitares estão presosno Batalhão de Choque, Na Delegacia deAngra está recolhido o ex-guarda de segurançabancária Francisco Carlos Barbosa, 27 anos,também cúmplice dos policiais. A polícia con-tinua em diligências para prender mais umintegrante da quadrilha, conhecido pelo pri-metro nome de Josué, vulgo Edu, residente noRio.

Conforme apurou o JORNAL DO BRA-SIL há cerca de vinte dias, o comercianteManuel Cirilo de Souza, 41, dono de doisestabelecimentos em Angra dos Reis, foraprocurado pelo ex-guarda de segurança Fran-cisco Carlos Barbosa, que lhe ofereceu umamoto CB-400. O comerciante não aceitou aprincípio o negócio, pois o vendedor Franciscodissera que a moto estava em nome de umhomem conhecido apenas por Ricardo. Acer-tou-se então que ele ficaria com a moto desdeque estivesse com toda a documentação emordem,

Na sexta-feira à tarde, o comerciante vol-tou a ser procurado por Francisco, que lhemostrou documentos em nome de Ricardo(cujo nome completo não consta dos depoi-mentos), e o negócio foi feito assim: o comer-ciante Manoel pagou CzS 9 mil e deu em trocaa sua moto Honda CG 125, com a documenta-çáo legal. Francisco foi embora com a moto deManoel e este ficou com a CB-400.

Horas depois, o comerciante recebeu a

embaixador na índia em 1963.Deixou a vida pública em 1969,já com a saúde afetada peloMal de Parkinson. Em seusúltimos anos de vida, este nota-vel conferencista foi atormen-tado por problemas nervosos, equase não falava. A esta altura,como lembrou o economista ehistoriador John Kenneth Gal-braith, os EUA já tinham per-dido a voz de um de seus maisinfluentes políticos liberais.Restaram, porém, as suas li-ções de democracia nos 11 li-vros que escreveu, relatandosua experiência como governa-dor, diplomata e conselheirodo Governo. Bowles morreuem sua casa em Essex, Connec-ticut. O Governo estadual, aosaber de seu falecimento, de-cretou luto oficial por 30 dias.Bowles deixou viúva, 5 filhos,13 netos e 5 bisnetos.Eduardo González Gallarza,88, no Hospital Militar de Ma-dri, onde esteve internado háuma semana vítima de gravedoença. General, era um dospioneiros da aviação interna-cional. Realizou o primeirovóo entre Madri e Manila, nasFilipinas, em 1926, a bordo deum Brcguet XIX. Três anosdepois, ele e Ramon Franco,irmão do general Franco, cru-zaram pela primeira vez oAtlântico Sul, entre Cabo deVaras e as Filipinas. Preten-diam dar uma volta ao mundo,mas sofreram um acidente epermaneceram, com o seu hi-dro-avião Dornier no mar, atéque foram resgatados por umporta-aviões britânico 11 diasmais tarde. González Gallarzafoi Ministro do Ar da Espanhano Governo Franco entre 1944e 1955 e ocupou importantespostos militares.

visita do detetive Nakamura e dos PMs MarcoAntônio e Irapuan. Os policiais levaram Fran-cisco algemado e ameaçaram o comerciante deprisão por comprar uma moto roubada. Ma-noel argumentou que tinha a documentação efoi informado de que os papéis eram falsifi-cados.

Por volta das 17b, Manoel Cirilo de Souzafoi ao banco para sacar os CzS 8 mil e láencontrou o seu amigo advogado Paulo CésarCavalcante, que, após o expediente bancário,presta serviço jurídico ao banco, Manoel con-tou-lhe o que estava acontecendo e disse parao advogado que na porta do banco estava umdetetive do Rio esperando pelo dinheiro daextorsão.

Ciente de tudo, o advogado telefonou parao gabinete do juiz Nicolau Cassiano Neto,colocando-o a par de tudo. Imediatamente, omagistrado acionou o delegado José BorgesMoura, pedindo a prisão do detetive e dosPMs que estavam no Escort estacionado nasaída da cidade. A ação policial, com o auxíliode 20 homens da 4a Cia. sediada em Angra, foirápida; Nakamura recebia os CzS 8 mil quandofoi apanhado em flagrante, enquanto o outrogrupo prendia o tenente e o soldado e Francis-co, já sem as algemas no Escort. No carrohavia placas frias, três revólveres calibre 38,uma pistola 45 com bala na agulha, 50 balas 38e uma granada, além de 150 gramas de ma-conha.

Na delegacia, o ex-guarda Francisco deusua versão para o caso. Disse que seu amigoJosué,- o Edu, pediu-lhe para arranjar umcomprador para a moto CB-400 roubada.Através de motoqueiros, ele soube que ocomerciante Monoel estava interessado numamoto possante em troca de sua 125. Noprimeiro contato, o negócio não foi feito porfalta de documentação. Edu pediu ao PMIrapuan para falsificar a documentação e,desse modo, o comerciante caiu no golpe.

Francisco declarou ainda ao delegado JoséBorges Moura que se surpreendeu ao ser presoem Angra. Mais tarde, confessou que faziaparte da quadrilha dos policiais. Sua missãoera vender motos e carros roubados, cujoscompradores, em seguida, eram extorquidospelos três policiais. Acrescentou também queEdu é puxador de carros c trabalha sob asordens do tenente e do PM Irapuan.

O detetive Nakamura disse que "estavacm Angra dos Reis na sexta-feira para desarti-cular uma quadrilha de traficantes de cocaínaque naquele dia iria desembarcar uma grandepartida".

COMANDANTE

MURILL0 J. A. BIENHACHEWSKI(MISSA DE 30° DIA)

tSua

família agradece as manifestações depesar recebidas e convida parentes eamigos para a Missa de 30° Dia de seufalecimento, a realizar-se no dia 27 de

maio (amanha), às 10 horas, na Igreja St3 Cruzdos Militares, à Rua 1o de Março esquina comRua do Ouvidor.

MANOEL GALVES PINTODA COSTA(MISSA DE 7» DIA)

tSeus

familiares agradecem as manifes-tações de pesar e convidam os amigospara a Missa de 7o dia, a realizar-se nodia 27/05/86, às 09:30h, na Igreja Nossa

Senhora do Monte do Carmo — Rua 1o deMarço s/n° — Centro.

NAIR MAGARINOSDE SOUZA LEÃO

30.07.04 — 18.05.86Somos gratos a Deus pelo maravilhoso tempo deconvivência com a amada Tiazinha e Vovó NAIR.Hoje ela já desfruta da gloriosa presença deJesus, que disse: "Eu sou a ressurreição e a vida.Quem crê em mim, ainda que morra, viverá." (Jo11:25)

Edson, Titã e Filhos,Sérgio, Marlene e Filhas.

MANOEL GALVES PINTODA COSTA(MISSA DE 7° DIA)

tA

DATAMEC S/A Sistemas e Processa-mento de Dados participa a realizaçãoda Missa de 7o Dia, no dia 27/05/86, às09:30 h, na Igreja Nossa Senhora do

Monte do Carmo — Rua 1o de Março s/n° —Centro

HELTON BRAULIO GOMESNOGUEIRA(FALECIMENTO)

tMADEVENDAS

— Comércio e Represen-tações de Madeiras Ltda. comunica ofalecimento de seu Diretor e convida parao sepultamento hoje. dia 26, 10 horas,

saindo o féretro da Capela Real Grandeza n° 2para o Cemitério São João Batista.

JOSÉ DE ARIMATHEALUSTOSA FILHO

(30° DIA)

tA

FAMÍLIA convida parentes e amigospara a MISSA DE 30° DIA a serrealizada DIA 27 DE MAIO, TERÇA-FEIRA, ÀS 9:30 HORAS, na Igreja de

S. Sebastião, à rua Haddock Lobo, 266.

Brasília — Um apostador da capital paulista e outrode Itabuna (BA) acertaram as dezenas 03, 12, 17, 18 e 92do concurso 322 da Loto, sorteadas em Parnamirim (PE),e cada um receberá Cz$4 milhões 518 mil 477,51. A quadrapagará a cada um dos 524 ganhadores CzS 17 mil 246,10.0terno saiu para 27 mil 857 pessoas e cada uma receberáCz$432,54. Os prêmios serão pagos em qualquer filial daCaixa Econômica Federal a partir de lOh de amanhã.Quem acertou o terno pode receber na própria loja ondefez a aposta.

TempoSattMe — GÓES — INPE — Cachoeira Paulista — 25/05.'86 — IS hera»

Avisos Religiosose Fúnebres

Recebemos seu anuncio na AvBrasil. 500 De 2* a 6» até 23 00n.aos sábados até 18 OOh e dorr.maoato as 22 00h Tel 254-1422Rsi350 e 356 Ou no horário comer-ciai nas tojos de

CLASSIFICADOS

EMBAIXADORJAYME DE BARROS GOMES

(MISSA DE T DIA)

O MINISTRO DE ESTADO DAS RELAÇÕES EXTERIORESconvida para a Missa de 7o Dia por alnna do EMBAIXADORJAYME DE BARROS GOMES, a ser celebrada amanhã,

lerça-feira. dia 27 de maio, às 11 horas, na Igreja Abacial doCosteiro de São Bento.

EMBAIXADOR

JAYME DE BARROS GOMES(MISSA DE 7o DIA)

tSUA

FAMÍLIA sensibilizada agradece asmanifestações de pesar e convida para aMISSA DE 7o DIA, que será realizadaAMANHÃ, DIA 27 DE MAIO (3a-FEIRA)

ÀS 11:30 horas, na IGREJA DO MOSTEIRODE SÃO BENTO, na Rua D. GERARDO, CEN-TRO.

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A frente fria, que estava no Sul do país, aindaprovoca nebulosidade e chuvas em algumas áreas. Essesistema frontal deverá, a partir de hoje, deslocar-se paraSudeste e causar aumento de nebulosidade e instabilidadenesta região. , . ,

! No restante do país, predomina bom tempo, poremem 'algumas áreas poderá haver chuvas isoladas.

No Rio e em Niterói

Nublado com períodos de me-lhoria e possíveis instabilidadesnas regiões serranas. Tempera-tura estável. Visibilidade mo-derada. Máxima de ontem,31.7, em Bangu; min: 19,8, noAlto da Boa Vista.

Precipitação das chuvas em mm

Ultimas 24 horas:Acumulada no mês:Normal mensal:Acumulada no ano:Normal anual:

0.029.072.9

J82.51075.8

O Sol

O Mar

Rio U3b34min/r;lin

Angra

CaboFrio

Nascerá àsOcasoàs

Prcamar

l6U42min/l,2m0lh52min/l,lml4M,i min/UmU2hílmúVl.lm16bü3 min/l. 2ro

Nos Estados

Baüumur

Hh(i2rauVU.Jn,i!h49miu/U.6m10h24min/0.2m23hl3min/U.5m(Wh47min/U.|m22h31min/0.3m

O Salvamar inlormi que o mulemi I 22 gliui. Vemos deBanhoi lltxndov

está calmo, comleste paia Sul.

A Lua

DDCheia MlnRlUUU»AlíWW ' -mim nNova Cresctott07/06 • 15'06

RR:AMAP:PA;MA:PI:CE:RN:PB:PE:AL:SE:BA:KS:MU:DF:SP:PR:SC:KS:AC:RO:CiO:MT:MS:

Condições

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No MundoAmsterdãAssunçãoAtenasBerlimBonnBogotiBruxeluBuenos AlmCaracasGenebraGuatemalaLa HabanaLa PaiLisboaI-nndrMMadriMeiicoMiamiMoscouNova IorquePanamáParisQuiloRio de JaneiroRomaSantiagoTóquioVienaWashlnilon

nublado |7nublado 26claro 29claro 19cloro 16claro 20claro 21claro 16claro 29nublado 21dato 25nubludo 2kclaro 16claro 28claro 19claro VIclaro 27nublado 28dato 24claro 24claro 32claro 23nublado íhnublado 29duro 30nublado |7claro 25

1 nublado 23claro 26 |

I

EUGÊNIO ERNY FURSTENAUMISSA DE T DIA

t

A Associação Brasileira para Prevenção deAcidentes —ABPA, através de sua direto-ria e funcionários, cumpre o dolorosodever de comunicar o falecimento de seu

querido ex-presidente, diretor e amigo, ocorridono dia 19, e convida associados e amigos para amissa' que será celebrada em intenção de suaalma, dia 27 de maio, 3a-fejra, às 9:30 horas, naIgreja:N. S, Boa Morte, Rua do Rosário esquinacom Rio Branco, Centro.

rROSA DE MACEDO CÂMARA SENNA

(ROSITA)

Heloísa Frederico, filhos e neta convidampara a Missa de sua querida Bisinha, amanhã,27 de maio, às 17:30 horas, na Igreja de SãoJosé da Lagoa.

J

ROSITA CÂMARA SENNAMISSA DE 79 DIA

Milton Câmara Senna, Myrian SennaBittencourt, Nilza Senna Frederico, nora,genros, netos, bisnetos e tetraneta parti-cipam o falecimento de sua querida Rosita econvidam para a Missa, amanhã", 27 de maio,às 17:30 horas, na Igreja de São Joséda Lagoa, à Av. Borges de Medeiros, 2735.

ffiBRNAL DO BRASIL Economia segunda-feira, 26/5/86 ? Io caderno a n:t-

Circuito Integrado

aUANDO visitou a Co-

bra, na sexta-feira pas-sada, o ministro da Ciência eTecnologia, Renato Archer,não poupou promessas deque a estatal dos compu-tadores — que foi a primeiraempresa a tornar realidade oprojeto brasileiro de domi-nar a tecnologia de informa-tica — receberá um trata-mento especial, sobretudono que diz respeito aos sala-rios de seu corpo técnico,desfalcado nos últimos anosdevido aos salários muitasvezes superiores, pagos pelainiciativa privada.

Renato Archer se mos-trou encantado com a indús-tria e deu a entender queesta "impressão boa" indica-va se a atual diretoria seriarenovada ou não. O secreta-rio-geral do Ministério daCiência e Tecnologia, Lucia-no Coutinho, informou, porsua vez, que dentro de 10dias deverá ser definido onovo Conselho Administra-tivo da Cobra, com dois re-presentantes do BNDES,dois da Caixa Econômica Fe-deral, dois do Banco do Bra-sil, um do seu Ministério eainda um empresário da ini-ciativa privada, fora da áreada informática, que terá co-mo tarefa dar uma dinâmicade mercado à.estatal e contarcom uma visão de desenvol-vimento tecnológico.

EííMlJllíMír

TradiçãoDepois de muito procurar, a

Associação Brasileira da Indús-tria de Computadores e Periféri-cos (Abicomp) acabou por en-contrar um nome para substituirRicardo Saur (agora presidentedo Serpro), na diretoria executi-va da entidade, cargo que envol-ve intensas articulações políti-cas. Subsecretário de Serviçosda Secretaria Especial de Infor-mática (SEI), Artur Pereira Nu-nes vai se licenciar do serviçopúblico para servir à Abicomp,e já em meados de junho terá setransferido de Brasília para oRio de Janeiro.

Administrador de empresasformado pela Fundação GetúlioVargas do Rio, Artur PereiraNunes, 39 anqs, casado, quatrofilhos, nascido em Juiz de Fora(MG), mas criado no Rio, tra-balha há 13 anos na área deinformática e, ao lado de Ricar-do Saur, foi um dos fundadoresda Capre, órgão-mãe da SEI, daqual também foi subsecretáriode Planejamento. Ao escolhe-lo, a Abicomp optou pela expe-'riência política balizada pelatradição em defesa da Lei deInformática.

O presidenteCâmara de ComércioAmericana, RonaldoVeirano, está conven-cido de que os Esta-dos Unidos não têmnada a ganhar comretaliações contra oBrasil por conta daLei de informática e areserva de mercado.Ele sabe — e disse aorepresentante do Uni-ted States Trade Re-presentative(USTR), ClaytonYeutter — que osEUA não vão resol-ver seu problema nabalança de pagamen-tos, aplicando san-ções comerciais aoBrasil. Os números,

Basta compararda\

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na opinião de Veira-no, provam isso. Se oBrasil exportou, em1985, para os EUA,US$ 8 bilhões, e im-portou, de lá, no mes-mo período US$ 3 bi-lhões, com um saldo

a seu favor de USS 5bilhões, o Japão obte-ve um saldo em 1985de US$ 50 bilhões emrelação aos EUA. Opresidente RonaldReagan está olhandona direção errada.

ExpansãoA Conjur Informática, em-

presa que há nove meses atua noRio como software-house e co-nhecida pelo desenvolvimento deum banco de dados com informa-ções jurídicas, está expandindosuas atividades e acaba de com-prar o supermíni MX-850, fabri-cado pela Elebra, com tenologiada Digital, para operar no merca-do como birô de serviços. AConjur Informática é controladapela Racimec (50%) e a ConjurConsultores (50%).

ManutençãoPara os usuários paulistanosdos micros da Prológica, a Fil-

cref» Eletrônica Atacadista Ltda.está oferecendo um serviço deatendimento imediato, reparai.-do, em 30 minutos, qualquerdefeito nas máquinas. O esque-ma da assistência técnica é o detrocar peças, qualquer que sejao problema apresentado e a em-presa cobra um preço fixo, deacordo com o modelo do micro,independente do defeito. As-sim, quem tive- um defeito emum CP-200 vai pagar Cz$167,50, e, se' o problema é emum CP-500, modelo 023, o pre-ço será Cz$ 604.

Sistema 8000A Digirede vai apresentar

no dia 27, às 17h30min, no Ho-tel Rio Palace, seu último lança-mento ao mercado carioca. Tra-ta-se do sistema 8000, um super-microcomputador multiusuário,baseado no microprocessador68010 da Motorola, que funcio-na com o sistema operacionalDigix, o Unix-like desenvolvidono Brasil pela empresa.

O sistema da Digirede podeconcentrar até 24 terminais devídeo e tem capacidade de me-mória principal de até dois me-gabytes, além de poder armaze-nar até 300 megabytes em discoWiinchester. Ainda no sistema,o usuário vai encontrar umaunidade de disquete de 5 1/4polegadas e fita streamer (cartu-cho) de 25 megabytes. O sistema8000 da Digirede opera nas lin-guagens Cobol, Fortran e C econta com o software Unify paraestruturação de bancos de da-dos. Os preços das configura-ções para o usuário final vãovariar de CzS 300 mil a CzS 1milhão.

¦«- IBM O

AbraçoO presidente da IBM Brasil,

Robeli Libero, esperou por umahora e 20 minutos, paciente-mente, em pé, numa longa fila,para dar um efusivo abraço nonovo presidente da Petrobrás,coronel Ozires Silva, na soleni-dade de sua posse, na últimaquinta-feira. Com a mesma pa-ciência, logo atrás, estava o pre-sidente da Cobra, FernandoAzevedo que, da mesma formaque Libero, sabe dimensionarcom exatidão a força da estatal-usuária, na compra dc máquinase serviços.

Alta rotatividadeAs mudanças na SCI —

Sistemas, Computação e In-formática—prometem agi-tar o mercado de software.O gerente regional Rio daempresa, Moysés Liber-baum, que ocupava o cargohá cerca de um ano, depoisde ter vivido 25 anos naIBM Brasil, de onde saiupelo SOP (Special Oportu-níty Program), deixa a cenapor motivos pessoais. Paraseu lugar, foi contratadoÂngelo Desidério Netto,administrador de empresasaue já foi gerente de vendasda Contraí Data, depois deter passado pela ITT/ Stan-dará Eletric, e que traba-lhou na organização da In-tercorp no Brasil.

No ano passao, a Inter-corp disputou diretamentecom a SCI a representaçãono Brasil da ManagementScience of America MS A).Na Feira de Informáticapromovida pela Sucesu, emsetembro ultimo, a Inter-corp chegou mesmo a com-prar espaço publicitário noParque Anhembi, em SãoPaulo, para colocar umafaixa com os dizeres: "AMSA vem aí". Veio. Maspelas mãos da SCI.

Cristina Chacel

£202)

ONovo software se inspira *±em Cervantes e Voltaire ***

Libero defende comércio bilateral livre

IBM afirma que os EUAnão conseguem vender

Don Quisoft é a mais nova software-house carioca. Seu nome, inspirado nopersonagem de Miguel de Cervantes, foiescolhido a dedo por três ex-funcionáriosda Cobra, que se associaram para formar amicroempresa e buscaram uma marca querefletisse com bom humor a aventura decriar e vender programas de computadoresbrasileiros, no Brasil. Em julho, eles lan-çam o primeiro produto: um editor detexto que permite escrever em 42 línguas,sem que seja necessário selecionar previa-mente em qual delas.

O editor de texto que a Don Quisoftdesenvolveu para rodar em qualquer má-quina da linha IBM-PC recebeu um nomeque, em sua dubiedade, revela mais deter-minação do que bom humor: Pangloss, emuma alusão ao filósofo do otimismo Dr.Pangloss, personagem de Voltaire no livroCândido — o Otimismo; e que é também ajunção das raízes gregas pan (todo, oabrangente) e gloss (língua), formando aidéia de "todas as línguas".

A Don Quisoft, que funciona em duassalas na Rua Djalma Úlrich, em Copacaba-na, onde trabalham o mestre em informáti-ca Eugênio Vilar, o tecnólogo de processa-mento de dados Roberto Loli e o enge-nheiro Luiz Barbabela, todos técnicos quefizeram escola na área de desenvolvimentode software da Cobra, é um bom exemplodo que seja atividade de software noBrasil.

O Pangloss vem sendo desenvolvido hádois anos, mas nem por isso a Don Quisoftexistia. Só agora, de acordo com EugênioVilar, a empresa recebeu sua inscriçãomunicipal para funcionar. Mas, se a buro-cracia e as regras econômicas ainda dificul-

¦ aistam a formação de microempresas,,~ost*,técnicos estão provando que criar software..!é fabricar idéias, que, além de estaíeipT;iJvoltadas para uma necessidade de merfiífo.do, devem ter conteúdo filosófico. •>£•%<

Ao contrário das empresas dedicadásMív6.fabricação de computadores (hardware)*'4*as software-houses dispensam parque1 IrP -*.dustrial e maquinaria pesada. Funcioh^ffíí"com gente altamente especializada para 6í,fl|exercício intelectual. "Não somos própria™mente gente de marketing", diz V.i.afr^"não fizemos pesquisa de mercado {háj^imaginamos que, em um ano, tererh(3s,si,posto no mercado cerca de 1 mil editòré^Pangloss, em uma estimativa pessimista,]^

Eugênio Vilar acredita que o Panglosgr>pode competir facilmente com editoras,»semelhantes fabricados nos EUA, queihít».;.je são largamente utilizados no Brasil^como o word star, o volkswriter, ou õtXi]íônWrite. Nestes dois anos de desenvolvimen*-».to, os três especialistas investiram cerdá^dè*USS 15 mil e o preço final do PangIoSs/no~mercado vai girar entre Cz$ 3 mil e Cz!Wmil. monm

Com um olho no Brasil é o outro-põ"^mundo, a Don Quisoft está acreditando^

3ue o Pangloss vai encontrar boa recep/íiv.-^

ade entre os 30 mil micros da Iinha"P<í5aqui instaladose os 7 milhões espalhadcf

Plano Cruzado estimulaquase nada ao Brasü a automação industrial

O nrp.sirlfintft Ha IRM Rrasil O nrasiriente da TRM Brasil. «*O presidente da IBM Brasil,Robeh Libero, afirma que "naverdade, não se pode exportar équase nada dos Estados Unidospara o Brasil em produtos deinformática". De acordo com opresidente da IBM no Brasil,"os Estados Unidos só querempoder exportar livremente parao Brasil e que o Brasil exportelivremente para os EUA". Elenegou que o interesse norte-americano, ao ameaçar aplicarcontra o Brasil sanções comer-ciais, seja ferir a Lei de Infor-mática que instituiu para as in-dústrias nacionais a reserva demercado para a fabricação ecomercialização de micros, mi-nis e superminicomputadores.

Para Robeli Libero o que osEUA querem é trabalhar "pon-tos comuns" com o Brasil e, nasua opinião, esse trabalho vailevar ainda muitos meses. Se-gundo ele, dois pontos fortespodem evitar que os EUA reta-liem comercialmente o Brasil: aelaboração de um plano de tra-balho comum, acompanhado dafirme intenção de cumpri-lo; e,em período mais curto, o acordopara operação dos dois paísesem áreas comuns no Brasil, deforma que os EUA possam par-ticipar do mercado de equipa-mentos para a automação indus-trial e de software.

O presidente da IBM Brasil,na tarde da última sexta-feira,ouvia, atento, da platéia do au-ditório do prédio da AcademiaBrasileira de Letras, os elogios àindústria nacional de informátr-ca e o apoio à lei da reserva demercado, no ato público promo-vido pela Abicomp (AssociaçãoBrasileira da Indústria deComputadores e Periféricos)."Como brasileiro, me sinto emum vale" disse ele, negandoconstrangimento diante daquelasituação.

Guardando com cuidado aspalavras e números de desempe-nho da indústria nacional ditospelo ministro da Ciência e Tec-nologia, Renato Archer, RobeliLibero explicou que sabe distin-guir com clareza "o que são osobjetivos do país e o que éoratória". O presidente da IBMBrasil reiterou que, neste caso,tamém sabe quais os objetivosdos EUA. Ele defendeu quenão venham a ser criadas novasbarreiras adicionais para atua-ção no mercado de informáticabrasileiro e se queixou de que"até as empresas que já estão háquase 70 anos no Brasil, como aIBM, têm suas operações limita-das". Segundo ele, a IBM Brasilpoderia crescer 30% ao ano e sócresce 10%.

MEC aplica em Plano deInformática Educacional

Porto Alegre — O plano de estabiliza-ção econômica trouxe consigo não só aeliminação dos altos índices de inflaçãoque desestruturavam qualquer planeja-mento empresarial, como também um inte-resse maior das empresas gaúchas (e brasi-leiras) pela automação industrial, visandoa otimização de seus custos, com maiorprodutividade. Esse interesse estimulou osfabricantes gaúchos que, em menos de trêsanos, formaram um parque de automaçãoindustrial que já é o segundo do país.Não só as empresas de grande porte,como a Siderúrgica Riograndense, a Rio-cell, a Zivi/Hércules, que investiram naautomação há mais tempo, mas também asmédias empresas de couro e calçados,ferramentas e têxteis estão preocupadascom a utilização de controles numéricos,braços mecânicos, equipamentos de testesautomáticos e placas digitais, para melho-rar sua produção é reduzir custos. No RioGrande do Sul, são 12 as empresas produ-toras de sistemas de automação industrial,e pelo menos a mesma quantidade deempresas gaúchas já utiliza esses processosem seus parques.

A importância do setor de automaçãoindustrial dentro da informática no RioGrande do Sul se mede não só pelo nume-ro de empress — que num setor ainda emimplantação e não totalmente solidificadoé considerado significativo — mas tambémpelos projetos de capitalização aprovados

Ecla Secretaria Especial de Informática.

>as sete empresas que tiveram seus proje-tos de capitalização aprovados pela SEI háduas semanas, três são ligadas à automa-ção: a Chronos, a Metrixer e a Digicon.

As 12 empresas de automação do esta-

pelo exterior. Como é um editor que. ptyçfê^*ser escrito em tcheco ou croata, húngara.^ou francês, turco, inglês, ou português,}^com a mesma facilidade, Vilar, Loji e_^Barbabela apostam que ele será utilizado,*por empresas multinacionais, embaixadas,^,emissoras de rádio e TV, agências interna-jt»cionais de notícias e departamentos iàâràlínguas de universidades. -'-..DOS

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do criaram o Centro Regional de Aufornáit'?ção Industrial e Telemática (Createn) pâr'á'6'estimular o desenvolvimento de novas teç^nologias no setor e formar pessoal espécjáírflizado, já que a oferta de mão-de-tor)r^;ainda está muito abaixo da necessidadéiGÍcF;' "ri- *"

O Ministério da Educação eCultura investirá Cz$ 30 mi-lhões, em recursos orçamenta-rios, para viabilizar a implanta-ção dos Centros de InformáticaEducacional (CIE) até o finaldo próximo ano. O programa,dirigido prioritariamente aosalunos do primeiro e segundograus, envolverá 100 mil usuá-rios, e, segundo o secretário deinformática do ministério, AriCanguçu Mesquita, será execu-tado em convênio com as secre-tarias estaduais e municipais deEducação.

— O que se pretende —,explica o secretário do MEC —,é dar ganhos de produtividadeaos alunos das escolas públicaspara que eles não fiquem defa-sãdos em relação aos seus cole-gas das instituições privadas. —Ari Canguçu observou tambémque os equipamentos da primei-ra fase do projeto (um mil mi-crocomputadores) serão defini-dos depois da realização de umconcurso promovido pelo minis-tério para escolher o soft (pro-grama) dos Centros de Informa-tica Educacional.

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mercado, principalmente agora que o.'.no Cruzado está levando muitas emprè5j$'Ha investirem na automação. A Universidadde Federal do Rio Grande dò Sul, pof^exemplo, forma por ano 90 alunos na área^de engenharia elétrica e ciência da compu*,htação, e apenas três em pós-graduação, enMccomputação. Y2£>j

O Createn, segundo o professor decomputação e ex-presidente da Sucesu,Newton Braga Rosa, foi criado para EacJasJ*nalizar os investimentos de infra-estn.ti.ra>-!.de laboratórios e pesquisa e desenvótvi-.h->mento, mas é diferente do Centro Tecnoíósv»)gico de Informática (CTI), da Unicamp_«*>.,•do Cert, da Universidade Federal de SaDía.j.i>Catarina, porque é o primeiro formadorapenas por fabricantes ao setor, can-sei-set"próprios recursos e interesses. O CreatèW^ainda está em fase de formação, elijOíSiresultados só poderão ser avaliados depois**de algum tempo de implantação. '«'.'MOfi

Uma das empresas que mtegrátf^»Createn, ligada à automação, é a Mü^—1?Sistemas de Informação, que vai redâzii^seu prazo de atendimento de 30 dias paraentrega imediata, e vai investir 25% de,.sçur^faturamento de 2 milhões de dólares íiat.aumento de sua capacidade produtiva, ,SgíÇ-lmente em controles programáveis a 4JhKL«pretende vender 500 unidades, segundo-;*,informou seu diretor de marketing, Paiilo*.-»Bier, lembrando que no ano passado foram ^vendidas apenas 100 CPUs. A>wí

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14 a Io caderno ? segunda-feira, 26/5/86 Economia JORNAL DO BRASIL HÍÍT

Química e Petroquímica

Pólo petroquímico gaúchoamplia parque industrial

O parque do Pólo Petroquímicogaúcho, que hoje conta com umacentral de matérias-primas (a Co-pesul) e cinco indústrias de segun-ela geração, deverá ser ampliadoem breve com outras três unidades:uma planta de metil-etil-acetona(MEK), já aprovada pelo CDI e

3ue será implantada pela Oxiteno,

e São Paulo, uma de ácido acrílicoe acrilatos e outra de cloro-soda,que ainda dependem de aprovação,mas que já têm várias empresasinteressadas.

A planta de MEK, já decidida,terá capacidade para produzir 20mil toneladas dentro de, no máxi-mo, dois anos, a partir da matéria-prima (butano) fornecida pela Co-pésul. O MEK é um solvente usadopela Petrobrás para extração delubrificantes e para indústrias de

tintas. Este insumo ainda não éproduzido no Brasil, e a Oxitenopretende investir Cz$ 20 milhões nasua fabricação.

A unidade de acrílicos e acrila-tos ainda depende de aprovação doCDI, que recomenda sua instala-ção em Porto Alegre ao invés deSão Paulo ou Salvador. As princi-pais concorrentes para a implanta-.ção da nova indústria são a L.Keiroz e a Basf. A Metacril, de SãoPaulo, já fabrica esses produtos àbase de acrilonitrila, que é a maiscara, enquanto a Copesul fornece-rá propeno para os acrílicos. Aempresa é a única que dispõe depropeno em abundância, e segundoo gerente de desenvolvimento daCopesul, Maurício Hershovic, aprevisão de produção de unidade

Copesul informatizanova unidade de MTBE

Um avançado siste-ma digital de controledistribuído, que substi-tui o controle analógi-co, será implantadopela Copesul em suanova unidade de metil-tércio-butil-éter(MTBE), que seráinaugurada dentro dedois meses. O sistemafoi adquirido da Ele-bra Telecon, de SãoPaulo, e permitirá,além da maior rapideznas alterações de pro-gramas, isolar determi-nado setor da indústriasem interromper ostrabalhos das outrasunidades, que poderãocontinuar operandonormalmente.

O investimento fixono segmento de

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MTBE foi estimadoem USS 10 milhões, jáincluído o custo do sis-tema digital que possuidois monitores, duasimpressoras e uma vi-deocopiadora no valorde USS 1,3 milhão. Se-gundo informações dochefe da área de em-preendimentos da Co-pesul, Roger Kirst, to-da a produção doMTBE (fabricada apartir de isobuteno

adicionado ao meta-nol, que é importado)será comercializada noexterior para substituirna Europa e EstadosUnidos o chumbo te-tra-etílico, que é consi-derado tóxico e proibi-do pela legislação devários países. O chum-bo era adicionado à ga-solina para permitirmaior potência aosmotores.

Union Carbide não vende sua divisão de plásticosAs negociações entabuladas pela

Union Carbide do Brasil com o objeti-vo de vender sua divisão de plásticos àPoliteno Indústria e Comércio não che-garam a qualquer resultado prático.Com a venda de sua divisão Eveready,em todo o mundo, para a RalstonPurina Company, a multinacional, se-

gundo categorizada fonte da empresa,passou a considerar sua área química doponto de vista estratégico, e reviu suadecisão de negociar a unidade de plásti-cos. Assim, com a negociação desfeita,a Union Carbide continuará operandosua fábrica de polietileno, em Cubatão.

de ácido acrílico é de 25 mil tonela-das/ano.

A principal interessada na ins-talação de uma planta de cloro-soda, matéria-prima básica para obranqueamento da celulose, é aRiocell. A carta-consulta da em-presa está no CDI há quase seismeses, concorrendo com a Carbo-cloro, do grupo Unipar, de SãoPaulo. O diretor-superintendenteda Riocell, Aldo Sam, observa queo interesse na nova unidade é estra-tégico e objetiva abastecer sua in-dústria em Guaíba (RS).

A única fornecedora de soda-cloro da Riocell é a própria Carbo-cloro, que está tentando romper oacordo de fornecimento da mate-ria-prima ao preço de USS 240 atonelada.

Medicamentosperigosos

O grupo alemão Hoechst, que noano passado vendeu 2,8 bilhões demarcos só na América Latina, acaba dereceber um duro golpe. O CongressoNacional de Grupos de Ajuda ao De-senvolvimento, que reúne 250 associa-ções alemãs de solidariedade ao Tercei-ro Mundo, acusou aquele conglomera-do de "desenvolver uma perigosa politi-ca farmacêutica nos países em desen-volvimento".

Dos 165 medicamentos produzidospela empresa e comercializados no Ter-ceiro Mundo, 50% contêm ingredientesperigosos ou ineficazes e somente umterço desses fármacos são realmenteimprescindíveis, segundo o porta-vozda associação, Ruediger Kettler. A en-tidade alemã revela ainda que a maiorparte desses medicamentos não são co-mercializados na Alemanha.

Com base nessas informações, umaequipe internacional de especialistas,dirigida pelo farmacólogo britânico An-drew Herxheimer, da Universidade deLondres, elaborou um documento inti-tulado "Hoechst — A venda de produ-tos farmacêuticos no Terceiro Mundo".

Ao ser notificada da existência dodocumento, a matriz da empresa naAlemanha anunciou que investigará to-das as acusações divulgadas. A Hoechstgarantiu ainda que todos os produtosfarmacêuticos considerados não reco-mendáveis ao consumo na Alemanhaestão com suas exportações proibidas.

Aumento nas vendas de químicosA julgar pelos resultados prelimina-

res levantados nos dois primeiros mesesdeste ano pelo departamento de estatís-ticas da Abiquim, as indústrias quími-cas terão em 1986 um bom desempenhonas vendas. Em janeiro e fevereiro,uma mostra da comercialização no mer-cado interno de 54 produtos registrouum aumento de 9,3% em relação aomesmo período do ano passado. Entreesses produtos não estão incluídos osfertilizantes.

Nos dois primeiros meses, as ven-das geralmente são mais fracas nessaárea, o que deve deixar as empresasotimistas em relação ao resto do ano.Essa tendência de melhoria do mercadointerno já vem se verificando desde oano passado, quando as indústrias qui-micas venderam quase 10% a mais doque no ano anterior. O percentual decrescimento das vendas de 1985, in-cluindo os fertilizantes, foi de 7%.

Boehringer eleva vendasO consórcio farmacêutico alemão

Boehringer Ingelhein conseguiu elevarsuas vendas em 10%, ano passado,envolvendo valores da ordem de 4,5bilhões de marcos, ou aproximadamen-te US$ 2 bilhões. Este resultado colo-cou a Boehringer em décimo lugar noranking dos maiores consórcios farma-cêuticos mundiais.

Negócios difíceisAs negociações entre Brasil e Ar-

gentina, durante a V Reunião da Indús-tria Químico-Farmacêutica, realizadasemana passada no Rio, foram as maisdifíceis. O Brasil tem um comérciosuperavitário com aquele país. Aconte-ce que, por determinação do presidenteAlfonsín, os argentinos foram incenti-vados a trabalhar pela diminuição dodéficit. Ao final de cinco dias de nego-

Para conseguir esse resultado, oconsórcio alemão dirigiu seus esforçosde vendas para os mercados internacio-nais, inclusive o brasileiro, onde —

segundo seu presidente, Hubertus Lie-brecht.— conseguiu elevar seus nego-cios em 17% no ano passado.

ciações, chegou-se a algum acordo. Osargentinos foram aconselhados a fabri-car clorofenicol e rifamicina, produtosque o Brasil importa e que sozinhospoderão diminuir e até reverter os nú-meros da balança. Anualmente USS500 milhões em produtos farmacêuticossão importados pelo Brasil, que só coma compra, da rifamicina gastou anopassado USS 8 milhões.

Dow na ChinaUma espuma especial utilizada na

fabricação de colchões de dormir eaproveitada na fabricação de produtosquímicos é o principal produto que aDow Química brasileira está colocandono mercado chinês. A informação é donovo presidente da multinacional, Ri-chard Fieler, explicando que, apesar deter conquistado novos mercados, asexportações da empresa ano passadosofreram uma queda de volume e pre-ços. Chegaram a USS 72 milhões 600mil, ano passado, quando em 1984 essasvendas haviam atingido USS 80 mi-Ihões.

Congresso no RioEntre 29 de julho e Io de agosto

será realizado, no Hotel Glória, no Riode Janeiro, o VII Congresso Brasileirode Engenharia Química. O encontro,que pretende abordar o desenvolvimen-to da química fina no país, é promovidopela Associação Brasileira de Engenha-ria Química (ABEQ) com o apoio devárias entidades do setor: ConselhoFederal de Química, Associação Brasi-leira de Química, Sociedade Brasileirade Química e Sindicato dos Químicosdo Rio de Janeiro.

Ronaldo Lapa e Sucursais

Pronunciamentos na Câmaracriticam monopólio da Varig

1.

Brasília — Dos 10 discursos feitoseste ano na Câmara dos Deputados sobrea aviação comercial, cinco criticavam omonopólio da Varig em vôos internacio-nais e defendiam a entrada das duasoutras empresas aéreas privadas no mer-cado: a Vasp e a Transbrasil. Além destespronunciamentos, as duas empresas sãodefendidas ainda em projeto do deputadoLuiz Henrique (PMDB-SC), que propõeo fim do monopólio e de um requerimen-to do deputado Marcão Tadano (PL-MT)solicitando um levantamento sobre aquantidade de dólares arrecadados pelaVarig."O

plano de estabilização do governobeneficiou a Varig", afirma o ex-ministroda Desburocratização, deputado PauloLustosa (PFL.-CE),

"porque ela recebeem dólares e as duas outras empresas ,além de tudo, tiveram os preços daspassagens congelados em cruzados". Naopinião do deputado, está na hora dogoverno

"reexaminar seriamente estaquestão, porque até agora não há umaexplicação plausível para a Varig operarcom exclusividade em linhas internacio-nais"."Antigüidade agora é posto?", per-gunta o ex-ministro, que levantou todasestas questões em um pronunciamento deimproviso feito no início deste mês. Elepreocupa-se em se defender da acusaçãode que estaria fazendo lobby das empre-sas Vasp e Transbrasil, afirmando que,como cidadão comum, não pode enten-der esta situação.

Outra questão levantada pelos parla-mentares é o fato de a Varig deter 71%

dos vôos da ponte aérea Rio—São Paulo,"utilizando equipamentos obsoletos — osvelhos Electras — que de outra forma jáestariam há muito desativados", criticaMárcio Braga (PMDB-RJ).

Ele lembrou, em plenário, que aconcessão da exclusividade à Varig paraexploração de linhas internacionais foium favoritismo do ex-presidente EmílioMediei, em 1973, que deu à empresa omonopólio do mercado por 15 anos. "Afalta da livre concorrência vem benefi-ciando o conglomerado Varig-Cruzeiro,organizados praticamente numa únicaempresa", diz Márcio Braga, "e

prejudi-cando os interesses do país, permitindo aexpansão das linhas exploradas por em-presas estrangeiras".

"Dumping"O deputado Alcides Franciscato

(PFL-SP) vai mais longe em sua análisesobre o problema. Ele credita haver umaverdadeira ameaça de dumping por parteda Varig, quando se permite à empresa aimportação de 10 Boeing 767/ER paralinhas domésticas. E lembra ainda "ahegemonia do transporte doméstico e aoperação quase exclusiva em Congonhase Santos Dumont", permitidas à Varig.

Aproveitando-se do gancho de que aVasp poderia fazer uma escala em Rorai-ma no vôo charter para Aruba, o depu-tado Júlio Martins (PMDB-RR) foi aplenário no início do mês para criticar omonopólio da Varig utilizando pratica-mente os mesmos argumentos de seuscolegas. "É uma situação profundamenteinjusta que se estabeleceu para as outras

companhias aéreas nacionais quando llicsfoi vedado o acesso àquilo que, na verda-de, é o filé do negócio que lhes é próprio:]a exploração das linhas aéreas internacio-'nais".

Neste momento, depois de já ter sidoaparteado pelos deputados Brabo de Car-valho e Alcides Lima que o apoiaram, odeputado Sebastião Nery (PMDB-RJ) —um dos maiores críticos deste monopólioda Varig — aproveitou para condenar ovínculo do Departamento de Aeronáuti-ca Civil (DAC) com o Ministério daAeronáutica. "O

que há é um casamentoespúrio da Varig com o DAC e isto.precisa ser denunciado." Nery efetivousua denúncia: "É só olhar a lista dediretores da Varig nos últimos 20 anos:quase todos são ex-brigadeiros da Aero-náutica, que foram diretores do DAC".

O ProjetoAação mais concreta contra o mono-

pólio da Varig em linhas internacionais éo projeto do deputado Luiz Henriqueque está tramitando atualmente na Co-missão de Transportes. A proposta é quenenhuma empresa privada desfrute dèsituação de exclusividade na exploraçãode qualquer linha aérea. Para terminarcom isto, ele sugere que sejam feitasconcorrências entre as empresas e qüesuas participações no mercado sejamequivalentes à "proporção dos limitespercentuais individuais com que partici-pam do mercado doméstico". O depu-tado esclarece que o seu projeto não visaa retirar as atuais linhas internacionais daVarig mas à divisão do mercado futuro.,

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Os novos Boeing encomendados pela Varig já estão prontos mas só chegam em julho

Boeing 767 prontos para entregaOs dois primeiros Boeing 767 da

Varig já estão prontos para serem entre-gues. Sua chegada, no entanto, está pre-vista para fins de julho.

Os aparelhos em questão ainda nãosão os de modelo definitivo. Os doisaviões iniciais sâo 767-200 arrendados ?Boeing (eles pertencem à companhia no-rueguesa Braathens) até a entrega dos767 ER dc longo alcance, em maio de1987.

MOTORTECA MOTORTEC Indústria Aeronáu-

tica vai ter sua composição acionáriaalterada com a inclusão do grupo lidera-do por Rolim Adolfo Amaro.

A MOTORTEC dedica-se à revisãode turbinas aeronáuticas, fabrica compo-nentes de aviões brasileiros e tem um

A coluna de aviação da semanapassada apresentou uma mistura de textosde dois assuntos diferentes devido a umproblema na composição. A Northropofereceu ao Brasil a possibilidade de pro-duzir aqui 80 F-5E, ao preço unitário de8,5 milhões de dólares. Do lote oferecido,30 unidades deveriam se destinar às neces-sidades da FAB enquanto os 50 restantesseriam exportados. A oferta não foi acei-ta. A Força Aérea Brasileira tem recebidopropostas de F-5E novos e usados pararecompletar seus esquadrões de intercep-tação. *** A empresa aérea brasileira maispontual em abril foi a Rio-Sul, seguida deoutras 3 regionais. Em quinto lugar, colo-cou-se a VARIG, que foi a mais pontualentre as empresas de âmbito nacional. ARio-Sul eslá interessada em arrendar, peloperíodo de um ano mais um Fokker F-27.O engenheiro Alberto Fajerman, diretorda empresa, já examinou aviões deste tipona Indonésia mas não gostou nem doestado das aeronaves nem do preço pedi-do.*** A Lufthansa tem a frota mais novaentre todas as companhias de aviação

laboratório para instrumentos elctrô-nicos.

Rolim adquiriu parte das ações per-tencentes a Cláudio Ricardo Hoelck, quecontinua a deter o controle da empresa.A MOTORTEC, além de suas atividadesfins, detém mais de 75% do capital daVOTEC. Esta última como se sabe, estávendendo seu setor de linhas regionaispara o mesmo grupo que agora deveráparticipar da MOTORTEC.

As passagens de avião nas linhaseuropéias sempre estiveram entre as maisaltas do mundo. Para distâncias iguaispagava-se 2 a 3 vezes mais do que noBrasil. Mas as coisas agora começam amudar.

A desregulamentação americana estátranspirando para o continente europeu,embora de forma benigna: A Inglaterra,através de acordos bilaterais com outrospaíses, iniciou uma política mais liberal

' '| AERO NEWSM8européias, mas continua preocupando-seem renová-la. Agora estão sendo enco-mendados mais 6 Boeing 747-400 no valorde 800 milhões de dólares, com opçãopara outros 9 aparelhos. Esta terceirageração de Jumbos da empresa alemãdeverá substituir os atuais 747-200. Osnovos aviões terão, além do piso superioralongado, turbinas mais vançadas e eco-nômicas, asas com "winglets" e cabina decomando equipada com tubos catódicos,operada por apenas dois tripulantes técni-cos. Na projeção de frota da Lufthansapara o ano 2 000 existem 244 aviões, entreos quais 20 Embraer Brasília.*** ATransBrasil eslá fazendo um novo pedidode linhas e horários, para colocar emoperação 2 Boeing 737-300. Os novosbirreatores deverão entrar em rotas queligam o Rio e São Paulo ao Nordeste, emsubstituição a horários atualmente opera-dos por

"wide-bodies" 767. Nos EstadosUnidos, a Texas Air, que acaba de adqui-rir a Eastern Airlines, comprou também aempresa regional Rocky Mountain Air-

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quanto à concessão de linhas e fixação de • (

PreÇ°s' -IbitoíAgora a empresa de turismo NouveI:

les Frontières entrou com um processo tfg,, LCorte Européia da Justiça de Luxembur-V ^.go invocando o Tratado de Roma paçt^L,obter vantagens tarifárias. A resposta fòi -favorável, mas a aplicação dos resultados ''•'é ainda problemática, pois depende da ?Ç"lijustiça de cada país envolvido. Embor'ai;lijl-'esta posição demonstre poucos resultados"';"r-práticos, as companhias de aviação euro- «mi;péias reagiram à ameaça e começaram a"1'1"baixar os preços das passagens. ' Wa-

A Air France, por exemplo, reduziu' ,n^'os preços de algumas passagens em atér!,; ~34%. Entre Paris e Londres as tarifas"''''"''caíram de 123 para apenas 82 dólares.'(!J0Este tiível é ainda muito superior ao"'-0preço da Rio São Paulo, que tem à -sfirmesma distância, mas facilita o turismo' oufno Velho Continente e beneficia os usuá- '•'"rios. •¦'¦ '¦',

¦ y^fKKttV-.^í— :-.,.„.,..,;... ,v,...,w.v,.. ,,. ..<. v..:-í''-íXà XXXi -l %XXyy'XXXX:XXXXy X -¦¦¦ways, por 3 milhões de dólares. A frota da.X'Rocky Mountain é formada por 5 Dash 7''e 3 Twin Otter. As vendas da Airbus''Industrie nos quatro primeiros meses de.' i"1986 já alcançaram a 59 aviões. O avi&fióSçde maior comercialização no período foío•'•'•¦ l' íbirreator A-320, com 44 unidades.***- AWVempresa chinesa CAAC continua a com1-"'^prar aviões ocidentais, sempre mantendo"'1^uma diversificação de fornecedores. Ms';11"mais recentes aquisições incluem 10 'Vi-1'1' abde-bodies", sendo 8 de origem americana^ l!(Boeing) e dois europeus (Airbus Indus-\fíW-trie). O investimento total de cerca de 840-vmmilhões de dólares ficou assim discrimina- wdo: 4 Boeing 747, 4 Boeing 767 e 2 Airbus . w!A-310-300.*** A USAF deverá decidir até ">'--1" de julho próximo qual o novo modelo:í"'->de interceptador leve que ela deverá ad-1-' ?-iquirir. Os concorrentes são uma versão: ?3simplificada do F-16 e do F-20, amambós^p)t\com preços na faixa de 18 milhões deK'r-:-dólares. A escolha poderá selar o destino''"'do Northrop F-20, que até agora não foi',

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comprado por nenhum país. *.<<icm

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JORNAL DO BRASIL

JORNAL DO BRASIL Economia segunda-feira, 26/5/86 d Io caderno ? 15

Tony Gebauer é sócio de fazenda de café na Bahia tS_

Utinga, Bahia — Uma boapropriedade. Não passa destadefinição .a Fazenda AmizadeS/ A, localizada neste municí-pio da Chapada Diamantina,distante 400 Km de Salvador eem altitude de 1 mil 100 metrosdo nível do mar, da qual o ex-vice presidente do MorganGuaranty Trust, Antônio (To-ny) Gebauer é sócio minoritá-rio, com uma participação de30% em associação com os em-presários Jorge Eduardo Noro-nha, brasileiro e Richard Oc-connel, norte-americano.

Hoje com 500 mil covas decafé espalhadas por450 hecta-res dos 800 que a compõem —além da área plantada existemtambém 350 hectares que sedividem em reserva florestal,área para expansão e pequenaárea de terras imprestáveis — aFazenda Amizade S/ A foi im-plantada por Gebauer, Noro-nha e Occonnel, que compra-ram a terra virgem e improduti-va há sete anos. No ano passa-do, a fazenda Amizada já apre-sentou uma produção de 40 milsacas de café arábico dos tiposcatuaí e mundo novo, de boaqualidade, por sinal toda co-mercializada no Rio de Janei-ro. A Fazenda emprega perma-nentemente cerca de 50 pes-soas e na época de colheita, 300a 400 empregados.SIMPLICIDADE

Apesar de se incluir entre ascinco ou seis melhores proprie-dades. do Alto do Bonito, umaárea privilegiada do Municípiode Utinga devido a sua altitudee a sua temperatura que quaseao meio dia do último sábadoera de 12 graus, a FazendaAmizade está longe do luxo eda ostentação, pois ali o que háde melhor em termos de con-forto,;por exemplo, são as qua-tro casas do núcleo de adminis-tração, todas rústicas, de tijoli-nho aparente, quarto, sala, co-zinha e banheiro, mas com re-de de energia elétrica que per-mite a captação dos canais detelevisão da Bahia.

É uma dessas casas, a dogerente Nelson Manzur, que oex-vice-presidente do MorganGuaranty Trust, Antônio Ge-bauer, freqüenta nas duas ou

i três viagens que faz anualmen-te a Utinga, onde por sinal erainteiramente desconhecido atéque seu nome foi incluído nonoticiário da imprensa como oresponsável pelo desfalque deseis milhões de dólares em apli-cações financeiras que realizoupara clientes brasileiros.

Depoimentos de pelo menosduas.pessoas influentes emUtinga, mas que preferemmanter seus nomes em sigilo —uma alegando ser político eoutra: temendo prejuízos nasrelações comerciais que man-tém com a Fazenda Amizade— apontam que a surpresa foigeral na comunidade quando sesoube que Tony Gebauer erasócio de Jorge Eduardo Noro-nha. Comentava-se até entãoque Noronha tinha apenas umsócio americano ou canadense,quando na realidade, paramontar a Fazenda Amizade,ele se juntou a Gebauer e tam-bém a Richard Occonnel, ami-gos há mais de 15 anos.

Nas poucas vezes que visita-va a Fazenda Amizade, TonyGebauer não mantinha qual-quer tipo de relacionamentocom a sociedade do Municípiode Utinga e muito menos comgente do pequeno povoado de'Bonito, cerca de 2 km distanteda Fazenda. Ele sempre chega-va de avião, que pousava nocampo da vizinha Fazenda Ro-mesa.e sua permanência por lánão demorava mais que umdia, todo ocupado em reuniõescom o gerente Nelson, com otécnico agrícola Picinato e comas outras pessoas mais influen-tes da administração, para seinformar do andamento doprojotp e detalhes do desenvol-vimento da plantação dos 500mil pés de café. Assim, pratica-mente nunca foi visto na re-gião.REGIÃO RICA

O Município de Utinga, aliáscomo quase toda a região daChapada Diamantina, sofreuuma grande transfiguração coma implantação do pólo cafeeiro.Até 1977, por exemplo, Utinganão contava sequer com luzelétrica e hoje, por conseqüên-cia direta do café, possui nadamenos que três bancos, linhasde ônibus para as várias regiõesda Bahia, estradas asfaltadas,rede telefônica e uma popula-ção de 20 mil habitantes nominicípio de sete mil na sede,que ostenta a condição de apre-sentar dois carros do ano emcada grupo de três veículos.São nada menos que 200 fazen-das de café.

Para instalar a FazendaAmizade — hoje com suas 500mil covas de café da melhorqualidade e uma assistênciatécnica de fazer inveja aos ou-tros produtores da região —Gebauer, Noronha e Occonnelcompraram os 800 hectares deterras pelo valor equivalente aCzS 1 mil 500 ou no máximoCzS 2 mil, conforme avaliaçãodo presidente da Cooperativados Cafeicultores da Bahia(Cafebahia), Cezar Pitanga.

Foto de Walter Motta

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Gebauer é sócio de uma fazenda modesta, mas existem ali 500 mil covas de café

Sócio defende o ex-banqueiro-

WÈlmx

Sempre avesso a responder perguntas sobre afazenda, principalmente em relação a investimentos,capital e rendimentos da última safra, que resultou naprodução de quatro mil sacas de café de boa qualidade,— Richard Occonnel mostrou-se irritado com o noticia-rio a respeito do ex-vice-presidente do MorganGuaranty Trust, Antônio (Tony) Gebauer, seu "amigo

de 20 anos", acusado do desfalque de seis milhões dedólares em aplicações financeiras para clientes brasi-leiros.

Ele afirmou que tem ficado mais irritado com asnotícias de que Tony Gebauer está foragido. SegundoOcconnel, "Gebauer está em sua casa em Nova Iorque,junto com sua família.

— Ele está em sua casa em Nova Iorque. Aindaontem (sexta-feira), eu falei com ele pelo telefone. Naminha opinião ele devia falar, devia contar tudo, masseu advogado não deixa ele falar. Eu mesmo disse aGebauer que ele deve falar — afirmou Occonnel nosábado, logo após desembarcar na Fazenda Amizade S/A, da qual disse ser sócio majoritário, com JorgeEduardo Noronha."O Gebauer sempre foi um sócio minoritário

muito correto. Tive poucos contatos com ele e fiqueisurpreso com o noticiário a seu respeito", afirmouJorge Eduardo Noronha, que passava o fim de semanaem Petrópolis, no Rio. "O Gebauer nunca foi muitoativo no negócio da Fazenda", acrescenta Noronha,informando que Tony Gebauer veio poucas vezes àFazenda. E possui pouco mais de 10% no negócio.Jorge Noronha estava de férias na Europa quandosoube do envolvimento de seu sócio no caso dodesfalque do Morgan. "Lamento

que isso tenha aconte-cido, e espero que Gebauer vá se defender", comentouNoronha.

Jorge Eduardo Noronha foi diretor do BancoEconômico durante dez anos e daí surgiu sua ligaçãocom a Bahia. Esta é a primeira vez que a FazendaAmizade colhe*uma safra de café apreciável. "Vai ser aprimeira vez que vamos fazer uma colheita realmentesubstancial", afirma Noronha. Ele observa que asdificuldades não são poucas.

"É uma região muitodifícil, com uma terra quimicamente pobre e muitoseca", diz ele. Mas, apesar disso, Noronha não preten-de desfazer-se da propriedade, de onde espera tirar umbom faturamento.

(Ex-Companhia Docas de Santos)CGC 33.433.665/0001-48

MUDANÇA DE ENDEREÇOComunicamos o novo endereço, a partir de 27 de maio, naAvenida Almirante Barroso, 52 — 10.° e 8." (parte) andares,Rio de Janeiro, RJ — CEP 20031, das seguintes empresas:

Docas S.A. Phidias Agropecuária S.A.

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Boavista Trading .Comércio Exterior S.A.

Telefone:

(021)220-6855

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(021)220-7801(021)220-7678

NO_U«OtS_to NEGOCIADAS

N<U BOL-AS Dí MUCWtS

A ADMINISTRAÇÃO

DWCA\2. a sábado no Caderno ^^^

Governo define a partirde amanhã qual será oorçamento das estatais

São Paulo — O governo começa amanhã a definir oorçamento das estatais, a partir dos números que durante toda asemana passada foram enviados pelas empresas à SecretariaEspecial de Controle das Estatais. Os técnicos da Secretariaaproveitarão o final de semana prolongado para realizar um amploestudo dos recursos, conforme informou ontem, em São Paulo, otitular da SEST Antoninho Marmo Trevisan.

Somente a partir de amanhã é que o governo terá uma idéiase será ou não necessário reconer a financiamentos para arealização dos investimentos das estatais, previstos para este ano.Tevisan espera conseguir um certo equilíbrio no orçamento desteano, mas ressalta que somente após uma profunda análise detodos os números é que a SEST definirá se serão necessáriosalongamentos de programas ou cortes de investimentos.

Torcendo para que as necessidades não ultrapassem osrecursos, Tevisan disse que a intenção é de só recorrer afinanciamentos, quando se perceber necessário o investimento"para a manutenção das taxas de crescimento econômico, defini-das pelo governo do «presidente Sarney, de 7% a 8% do PIB, esteano".

Trevisan disse que o governo, preocupado com os problemasde ajustes de preços ainda existentes entre as estatais e asempresas privadas, definiu que o diretor da área bancária doBanco Central, Pérsio Árida, ficará encarregado de administrar osacertos.

Por fim, Trevisan elogiou a auditoria que o Tribunal deContas da União vem fazendo nas despesas das estatais. "É defundamental importância essa forma de auditoria que o TCU vemfazendo, dentro de um controle que, se espera, seja efetivamentefeito sobre as despesas do setor estatal", sentenciou.

O Setor Financeirodo Brasil vai saber

Dia 30de maio,

neste jornal.]Fiqueatento.

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.16 ? Io caderno ? segunda-feira, 26/5/86 Economia JORNAL DO BRASIL

Rentabilidade dos Fundos

Fundos de AçõesCOTA

EM 21/5Cl»

RENTDE 15 a21/5 (%)

NO MÊS ACUM.NOANO<%)

AHa-UnibancoAmérica do Sul AçóesArtH-EquilIboo (1)Aymoré AçéesBamerindus AçóesBCA BanerjBanespa AçóesBanestado AçóesBanorteaçóesBanrisul FAB (1)Banrisul A. CAB (I)BBI BradescoBCN AçóesBE80BMG AçóesBoavista AçóesBoavista CSABoston Sodril (t)Bozano Açóes (1)Bozano Carteira (1)Bradesco AçóesChase Rax Par (1)Cidade de Sáo PauloCity,Cond. Banorte (1)Credibanco AçóesCredibanco FBICrefisul (Ex-157)Crefisul Blue ChipCrefisul Maxi AçóesCrefisul MúltiplaCresdnco UnibancoDolap.-lnvestdel (1)Denasa AçóesDenasa Miner.eMetal.DIQ AçóesEconômicoEliteFAN NacionalFidepRdesaFinasa AçóesFininvest AçóesFMAIB(I)GarantiaGeral do ComércioIndustrialIhter-AttãnbcoInvespian CllIochpeAçóes (1)ttauaçóesItaú Capital MarketLojlcred Açóes (1)Mercantil AçóesMerpantl do BrasilMeridional AçóesMontrealtx* (DMontrealbank A. (1)MoradaMultiplicMultiplic 751Noroeste CNANoroeste FNAOméga AçóesPaulo Willemsens (1)Pillainvest Açóes (1)Pillainvest Cond. (1)PorònvestPrimeRealFtooSaíra AçóesSeguridade (1)UnibancoCitibankkivesplanCEITorremolinosMulti-BancoEstrutura (t)Bonança (5)

12,3876 (8,09)5,3766 (11,00)

44,9670 (2,68)1,8563 (10,62)5,8771 .. (10,52)0,1294 (6,30)3,3837 (8,85)0,6195 (9,66)1,2963 (4,56)9,6299 (4,54)

19,7467 (4,99)6,8760 (7,44)3,3040 (9,78)1,7086 (9,96)2,2979 (10,68)3,2172 (7,46)

13,8757 (9,44)0,0272 (4,98)

19,3098 (7,79)4,1163 (7,28)12,3140 (5,49)55,6987 (6,52)0,0069 (7,83)

512,8890 (7,55)0,9733 (4.82)6,5256 (4,71)1.6096 (6,78)4,4919 (7,47)0,2147 (7,63)0,5064 (9,20)4,7574 (9,94)6,4292 (7,77)

16,7390 (7,66)7,6076 (4,17)

51,2065 (6,19)0,0014 (9J2)0,8660 (5,36)0,0464 (3,79)7,0733 (10,45)0,0559 (8,99)

117,8192 (8,64)10,1560 (7,01)0,9365 (6,42)2,5288 (6,52)

31,0772 (7,37)11,0348 (5,42)36.2450 (6,44)

2,538,4151 (9,29)5,4606 (5,61)3,5698 (3,50)9,7787 (10,09)

15,8081 (4,05)0,1473 (6,09)0,5050 (14,41)2.0700 (7,92)3,1297 (4,70)4,6420 (4,80)

141,1390 (3,71)5,2262 (5,53)

1.648,3160 (2,91)3.077,8170 (5,32)

1,3780 (6,51)49,4020 (13,11)2,3559 (11,38)0.3208 (6,19)

15,8210 (5,33)0.7290 (3,40)

5.512,1000 (15,06)0,5467 (7,89)7.2400 (6,59)6,7632 (9,52)2,4646 (3,65)1,7730 (1.45)4,7032 (8,98)0,4240 (7,63)1,7994 -2,3090 (7,51)0,9308 -

309,2400 (3,76)1.001,4200 (6,00)

(16,70)(17.08)(6,65)

(14,29)(14,47)

(9,45)(15,74)(12,82)(13,54)(9,29)

(10,84)(8,78)

(17,38)(17,48)(18,81)(10,35)(13,99)(9Í0)

(14,18)(10,85)(10,77)(10,96)(15,50)(13,01)(9,43)

(10,50)(10,72)(13,35)(13,47)(17,36)

(15,1)(15,57)(17,17)

(9,50)(9,26)

(13,42)(18,46)

(6,55)(18,63)(6,31)

(12,34)(11,60)(6.37)

(13,97)(2,98)

(10.78)(10,62)(16,88)

(9,33)10,01)

(15,88)(12,02)(15,91)(19,97)(15,44)

(9,38)(8,17)(9.47)(4,89)(6,95)(6.24)

(14,83)(0.67)

(13,14)(12,20)(10,51)

(3,83)(19,75)(16,26)(18,19)(15,51)(10.22)

(9.17)(14,95)(9,59)(«1)

(4,64)(13,63)

124,57119,81189,07150,76142,88156,67129,16133,88183,15(2)210,62198,34215.10114,69147,42104,59148,90124,57168,78141,50156,40169,75165,71128,13140,28134,97174,65152,56106,5997,54

103,6398,75

130,98151,98141,02145,56

106,79235,90139,34185,72121,97152,48

179,20175,41132,14151,62132,48(3)

68,62155,57138,23147,5298,6888,26

132.59166,90193,18163,94106,56127,43148,82152,41136.13

48,61(4)185,56140,49137,49129,76

• 149,02127,01180,17153,54213,96128,06

147,99100,04

(1) A última informação dóponível é de 20.05.1986. (2) Foi atado ao púbico em 19.02.1966.(3) Foi aberto ao público em 27.01.1986. (4) Foi aberto ao público em 10.03.1986. (5) Foiaberto ao público em 01.04.1986.

FlITldf

os ae renda fixa

Petrobrás pode aplicar lucro extra em títuloQuedas nos índicesdas Bolsas assustamcotistas dos fundos

Os investidores, assustados com a queda nas cotações dasações negociadas nas duas principais Bolsas de Valores do país(Rio e São Paulo), iniciaram um movimento vendedor, quecontribuiu ainda mais para a baixa, resgatando suas cotas, commedo de prejuízos. Com isso, os fundos registraram uma queda nopatrimônio líquido de Cz$ 2 bilhões, aproximadamente, nosúltimos 10 dias. O patrimônio global está em Cz$ 58 bilhões 861milhões. Na quinta-feira, contudo, as Bolsas começaram a sinali-zar um processo de recuperação e na sexta-feira subiram muito(11% no Rio e 9% em São Paulo), o que contribuirá paraamenizar as quedas já verificadas.

Nos primeiros 21 dias de maio, os fundos contabilizaramdesvalorizações, em média, superiores a 10% (no Mercantil deAções as cotas caíram 19,97%, liderando as baixas do mês). O queestá com melhor desempenho, apesar de também ter caído, é ofundo administrado pelo Banco Garantia, com -2,98%.

Já os Fundos de Renda Fixa têm registrado um movimentoinverso com ingresso líquido de recursos nos últimos dias. Aelevação que houve nas taxas de juros dos títulos de renda fixa(certificados de depósitos bancários e letras de câmbio) atraíramnovamente investidores para os fundos. O desempenho maisexpressivo é do fundo Fininvest, com valorização de 3,42% em 21dias.

COMO GANHARDINHEIROmm mm mi mmmm,*mm—mm,H I D-,

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O governo já tem em mãos proposta alter-nativa para transferir parte dos lucros da Petro-brás para outras empresas públicas. A sugestãoinicial, de elevação da alíquota do imposto sobrea importação do petróleo ou, como afirmaramassessores do ministro da Fazenda, "sobretaxaras empresas estatais superavitárias", não foibem recebida pelos dirigentes e acionistas daPetrobrás.

A proposta alternativa, apresentada portécnicos do próprio Ministério da Fazenda e daSecretaria de Planejamento (Seplan), é de queas estatais com folga de caixa subscrevam papéisemitidos por outras empresas públicas, comnecessidade de financiamento para seus planosde expansão. Os títulos em questão poderiamser debêntures com cláusula de repactuaçãoperiódica ou até um novo papel, que propiciariaao investidor taxas de rentabilidade idênticas àspraticadas pelo mercado.

A proposta terá que ser ainda discutidapelos ministros da Fazenda, Planejamento, eMinas e Energia e pelo presidente da Petrobrás.Foi concebida com a finalidade de se instituir umsistema de realocação de recursos que torne asestatais auto-suficientes. A fonte do governoque deu esta informação adiantou que o governonão quer perder a dimensão de que o objetivode qualquer empresa, dentro de um sistemacapitalista, é dar lucro, única forma de avaliarsua eficiência.

Além disso, acrescentou que o governopretende colocar em prática o discurso de que asfunções do Estado empresário não devem sermisturadas com as funções sociais, políticas oueconômicas. Por isso, descarta a idéia de ogoverno adotar o regime de caixa única paraadministrar as estatais. O desenho do projetoestá mais próximo da criação de uma "holding"

para as estatais.

Clical vai abrir seu capitalA Olical Industrial, uma das maiores expor-

tadoras de castanha de caju do país — no anopassado, a receita com vendas externas atingiu25 milhões de dólares — prepara-se para abrir ocapital e obter no mercado Cz$ 33 milhões. Aoperação de colocação das ações da empresa —ao preço de Cz$ 1,00 o lote de 1 mil ações—estásendo coordenada pelo Banco Nacional.

Com os recursos, a empresa pretende suprirnecessidade de capital de giro, uma vez que ociclo produtivo da castanha dura de 3 a 4 meses,daí a necessidade de formar estoques paratrabalhar o ano inteiro. Em 1985, a Olicalprocessou 6 mil 800 toneladas de castanha innatura e para este exercício, a previsão é deduplicação da produção.

Foto de Mozart Trindade

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América do Sul" 1,5415 0,18 0,53 38,41Aibi-Pitrimónio 29,2890 0,21 0,67 38,78-Aymoré 3,5362 0,16 0,51 36,01Bamerindus 1,6139 0,18 0,46 37,01Bancorbrás 0,1024 0,18 0,55 35,63Banespa 0,5978 0.32 0,66 38,92Banestado 0,0692 0,25 0,62 39,25Banorlinvest 0,2767 0.20 0,64 3823BCN Pro Renda 1.2186 0,16 0,49 36,15BMG 2,6911 0,10 0,30 36,43BoáÜstaCRS 0,1505 0,18 0,53 37,50Bonança 462,7800 0,24 0,64 36,93Boston Sodril (1) 1.6670 0,09 0,40 3820Bozano Condomínio 0,5893 0,16 0,49 37,81Bradesco 782060 021 0,61 37,91Brasil Canadá 406.7671 0,19 0,56 36,73BRJ- 33,9474 0,14 26,38Chase Flexinvest 0,8318 0,13 0,36 37,09Cidade de Sáo Paulo 0,0106 0,15 0,46 3639CIN Nacional 0,4450 0,14 0,42 38,47Citinvest 1,0959 022 0,57 36,19Cta,eRda.F«aFmirrveet 1,0311 020 3,42 42,80Credibanco 0.2420 0.15 0,48 3729Crefisul Maxi R. Fixa 0,1078 0,27 0,71 39,81CSC/7 75,0835 0,19 0,62 3653 .Daiapieveíidel 2,6818 020 0,45 37,61Denasa 1,3021 0,63 2,09 41,37DK5 0,0027 —RBaireto 0,1768 021 0,64 37,10'Fiai '.5892 0,15 0,47 36,04

Fidésa 315,5109 0,17 0,52 35,67Financeiro 17,0561 0,13 0,33 37,08Finasa 0,3306 020 0,61 37,13Fininvest 9,2650 0,14 0,55 37,70FW Unibanco 0,9822 0,17 0,51 37,03FixBãneri 0,3080 0,06 0,42 3929Geralfic 2.4306 0,12 0,37 36,12Iochpe (1) 0,7287 0,12 0,41 37,70•Itaú Money Market 0,9648 0,20 0,59 36,99Uoyds 20,5758 0,19 0,53 3629•Lojlcred (1) 0,0117 0,14 0,40 34,66Maolianod) 38,0568 0,18 0,50 35.50Marta 3,1095 0,39 1,21 3836Matone 0,836 0,25 0,42 3633'Meridional 0,1209 0,18 0,52 33,40Montrealbank¦Condom(l) «,6870 020 050 37,82Morada 3,2185 0,08 0,36 35,95MW Money 0,1250 0,60 38,73Multiplic 15,7160 021 0,48 37,27JioroesteFNI 105,2790 0,19 0,57 38,42NovoNorte 0,1403 0,16 030 35,54OrBèoa 35,7920 0,25 0,74 35,89.Open 39,6597 0,17 0,37 39,25Patente 13,6560 0,12 0,37 38,91Paulo Willemsens (1) 3,2756 0,11 0,32 34,57

W& Renda Fixa 1,4233 0,33 0,82 39,91Prime Prafix 284,6811 0,19 0,50 37,77Renda Real 8,8673 0,15 0,46 37,26Safra Renda Fixa 0,2029 0,18 0,48 36,99.'Segmento 2,5402 0,33 0,99 40,14Souza Barros 0,0376 1,02 1,11 36,90Sudameris 10,7517 0,13 0,35 37,82EMC 0,9232 0,20 0,57 —Estrutura (1) 190.0600 0,07 0,14 43.39¦HoMnvest 0,1434 0,41 32,53

A„í„ ¦Fonte: Anbid (1) A última informação disponível é do dia 205/86.

~fiULTIPLICInformações: Tel. 263-6364 - Centro: Av. Rio Branco, 85.Tel. 296-1133 - Leblon: fí. Gal. Urquiza. 71-B, Tel. 294-2047.

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Os leilões vêm atraindo um público maior: curiosos e compradores vão procurar bons negócios

Obra de arte pode render mais do que açãoSensibilidade

é fundamentalO mercado de arte não é só para a classe alta. É possível

encontrar boas telas de pintores desconhecidos, a partir deCz$ 4 mil, como lembra o proprietário da Galeria Bahiart,Zito Saback. Afinal — lembra ele —, artista de alta cotaçãocomo Volpi, Guignard, Pancetti e Di Cavalcanti também jáforam baratos. Por isso, é preciso sensibilidade para escolheruma boa obra, porque o comprador terá, aí, um patrimôniopermanente, em constante valorização.

Entre os artistas com cotação em alta no mercado estãoScliar, Bianco, Mabe, Volpi, Da Costa e Cícero Dias. Mas asopções de uma boa escolha são inúmeras, mesmo consideran-do que o Brasil ainda tem poucos artistas. Os especialistas domercado recomendam cautela aos novatos e, entre as reco-mendações a quem quer se iniciar como investidor em arte,estão:

buscar a orientação de um profissional do ramo, quer sejaele marchand, amigo entendido em arte ou galeria de con-fiança;

escolher a linha de pintura em que quer investir;verificar também a qualidade da obra, não só o nome do

artista, edesconfiar de pechinchas, que podem esconder obras falsifi-

cadas. Verificar cuidadosamente a procedência da tela queestá sendo comprada.

Zito Saback e Fernando Andrade (este último da GaleriaContorno) reconhecem que o Brasil começa, agora, a através-sar os mesmos problemas dos países onde o mercado de arte jáestá consolidado: o crescimento da atividade traz, consigo, umaumento dos riscos de falsificação. Saback, em sua galeria,optou por fornecer ao comprador de telas de artistas vivos umcertificado assinado pelo próprio autor. No caso de pintoresmortos, ele aconselha o investidor a procurar um peritoidôneo, quando existirem dúvidas quanto à autenticidade daobra.

Isabel Christina Pacheco

Um grande fazendeiro de cacau, há umadécada, trocou sete quadros de Pancetti por umapassagem de ônibus Salvador—Rio; esses qua-dros, hoje, seriam suficientes para comprar umafrota de, provavelmente, sete ônibus. Há poucomais dc dez anos, um conhecido colecionadortirou numa rifa um quadro de Guignard, artistaque era, então, completamente desconhecido;essa tela vale, hoje, a bagatela de CzS 600 mil.

Essas são apenas duas dc uma serie dchistórias pitorescas que envolvem o mercado dearte no Brasil. Relativamente recente no país,esse mercado tem crescido gradativãmente,mesmo durante o período mais violento darecessão. Para este ano, os especialistas estãoprevendo ótimos negócios, sendo que essa ten-dência sc acentuou ainda mais depois da refor-ma econômica.

A maioria dos marchands estima que ovolume de vendas, a partir de março, cresceu de300% (obras de artistas vivos) a 600% (artistasmortos), em comparação com igual período de1985. A grande vedete, até agora, tem sidoIberê Camargo, cujas obras tiveram uma valori-zação de até 1000% mas, em média, os preçosde comercialização das telas se elevaram em100%, de março para cá.

Gente novaO proprietário da Galeria Bahiart, Zito

Saback, vem constatando a volta de grandescompradores ao mercado de arte, nas últimassemanas. Além disso, muita gente nova estátambém começando a comprar. Paulo CésarPinto da Fonseca, da Galeria Borghese, concor-da com a observação, comentando:

— Nosso mercado está refletindo a ascen-ção social da classe média alta. Em uma dcminhas lojas, um cidadão comprou toda umaparede, de uma só vez, em um total de 20

. quadros. Outros, mais modestos, compram umaobra de CzS 5 mil, parcelada em cinco vezes, ese sentem realizados. Estes fatalmente voltammais tarde, para comprar mais quadros. Essemercado é uma cachaça, quem entra não saimais.

O dono da B 75, Fernando Andrade, achatambem que a opção pelo investimento em

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obras de arte compensa mais do que, porexemplo, a compra de ações. "A arte dá status etem liquidez imediata. O comprador pode usu-fruir dela, sem precisar guardar um monte depapel em um cofre". Mas ele não acredita emboom no mercado, tendo em vista que o movi-mento dc vendas nas galerias continua normal.O que vem ocorrendo — disse — é um maiorassédio de curiosos e de compradores aos lei-lões.

Com ou sem boom, os marchands já de-monstram que estão animados com esse cresci-mento de vendas e com a estabilidade da moeda.Tanto que, para facilitar a vida dos clientes,todas as galerias estão oferecendo planos maisfacilitados dc pagamento, que vão de quatro aseis meses, dependendo do valor da compra.Todos os leilões têm sido autênticos sucessos e amédia de vendas, que antes ficava em torno de70%, se elevou para 90%. O leitão da Investiar-te, de tapetes orientais, teve público de 300pessoas e, dos 85 lotes vendidos, o mais elevadochegou a CzS 130 mil.

O dono da galeria Borghese lembra que,num esforço de adaptação ao pacote econômico,os artistas médios decidiram, em reunião, con-gelar os preços de suas obras por pelo menostrês meses. Mas há casos excepcionais em que ocongelamento não funciona: é quando aparecemno mercado quadros de artistas de alta cotaçãoc, principalmente, daqueles de obra fechada (jáfalecidos).

Para Fernando Andrade, a valorização quevem ocorrendo se deve principalmente à escas-sez de boas mercadorias — e essa é umareclamação de todos. As melhores telas —comentam eles — saem de parede para parede,não chegam às lojas. Um exemplo ocorreu háaproximadamente três meses, quando uma telade Portinari foi vendida pela bagatela de CzS 1milhão 800 mil. O proprietário da GaleriaBahiart que, no início do ano, comprou uma telade Volpi por algo em torno de 30 mil dólares,tem hoje ofertas que chegam a 35 mil dólares.

Os indícios dc crescimento estão também nonúmero de galerias: dados estimados pelos mar-chands mostram que, há oito anos, o Rio deJaneiro não tinha mais que 15 galerias de arte e,agora, supera a casa das 60. A média é deabertura de duas a três novas galerias por ano.

Tabela deatualização

Esta tabela serve para cal-cular os valores dos alu-guéis e salários. Veja comose faz:Aluguel—Multiplicar o va-lor atual (fevereiro) pelofator correspondente aomês do último reajuste ouao mês da assinatura docontrato, se este foi feitoapós fevereiro de 1985. Oresultado deve ser multipli-cado por 0,5266 (contratoanual) ou por 0,7307 (se-mestral). Converter o re-sultado para cruzados, divi-dindo o valor por 1.000.Este cálculo vale para osaluguéis de março emdiante.Salários — Multiplicar ovalor recebido mês a mês, apartir de setembro de 1985,pelo fator correspondente acada mês. Somar os nume-ros e dividi-los por seis. Oresultado deve ser multipli-cado por 1,08 e convertidoem cruzados, dividindo-sepor 1.000.1985 Março 3,14921985 Abril 2,89451985 Maio 2,71121985 Junho 2,51711985 Julho 2,30361985 Agosto 2,05491985 Setembro 1,83511985 Outubro 1,67431985 Novembro.... 1,50681985 Dezembro.... 1,32921986 Janeiro 1,14361986 Fevereiro 1,0000

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Todos os carnes de pres-tação e as dívidas em cru-zeiros devem ser converti-dos em cruzados. Para fa-zer a conversão, procure natabela o dia em que a contatem que ser paga. Divida ovalor da conta (em cruzei-ros) pelo número que vocêencontra na tabela. O re-sultado da divisão é o valora ser pago.

Maio/86DIA Cr$/Cz$24 1.445,0925 1.451,5926 1.458,1327 1.464,69'28 1.471,2829 1.477,9030 1.484,5531 1.491,23'

Junho/861.497,941.504,681.511,451.518,251.525,091.513,951.538,841.545,771.552,72

10 1.559,7111 1.566,7312 1.573,7813 1.580,8614 1.587,9815 1.595,1216 1.602,3017 1.609,5118 1.616,7519 1.624,0320 1.631,3421 1.638,6822 1.646,0523 1.653,4624 1.660,9025 1.668,3726 1.675,88

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1986Jan 8.00 9.5Fev 7.65 9.0Mar 6.75 8.5Abr 6.75 8.5(taxas do último dia útil do mês)

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Produçio Induelrlal IBQE (virtiçío — %)

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JORNAL DO BRASILESPORTES

Rio de Janeiro — Segunda-feira, 26 de maio de 1986

TelêGuadalajara — Telê Santana ainda não perdeu a

esperança de contar com Zico no jogo de estréia,domingo que vem, com a Espanha. Depois do treino deontem, ele disse que vai esperar até sábado paraanunciar a escalação, justamente no dia em que seráfeito um exame definitivo em Zico — caso o jogadorparticipe também do coletivo da próxima quinta-feira,com o Deportivo Guadalajara, no Estádio OlímpicoTecnológico.::'-¦".— Esse jogo será fundamental para a Seleção. Seganharmos, ganharemos também moral. E não possoabrir! mão de um jogador com o talento de Zico. Suaescalação dependerá da evolução física que apresentarnos treinos da semana.'"-•10 médico Neilor Lasmar, porém, não está otimistaquanto à escalação de Zico. Disse que o jogador estámuito longe de uma boa forma física e, por isso, nãocorrerá qualquer risco:

— Zico só vai ser liberado para o jogo com aEspanha se me provar nos treinos que está cem porcento. Com a situação que se apresenta agora, considerodifícil a sua liberação.

.-*¦ ;Se Zico for liberado, Telê vai escolher entre Elzo eAlemão quem vai sair do time. Júnior e Sócrates serãomantidos no meio de campo, com Falcão permanecendona reserva, a menos que, durante a semana, prove aotreinador que recuperou a forma física e técnica.

H* Não quero me adiantar sobre a escalação. Aindadependo de alguns jogadores, como Zico, e posso julgarser necessário fazer experiências, embora de início estejavoltado para a equipe que jogou, e muito bem, com oUniversidad de Guadalajara.

.Telê elogiou principalmente a boa marcação feitapor sua equipe, ressaltando porém que alguns jogadoresse descuidaram no fim, por estarem cansados:

sfcL Mas o cansaço não justifica isso. O time nãopòde"se entregar, precisa lutar até o fim, mesmo queesteja com uma boa vantagem no marcador.

. -A semana que antecede a estréia contra a Espanhaserá (.utilizada por Telê para acertar alguns aspectostáticos do time. Por isso, já programou dois coletivos —sendo um deles o jogo-treino com o Deportivo deGuadalajara, na quinta-feira. O primeiro coletivo serána terça-feira. Mas sobre isso ele não quer falar. Preferiuanalisar o rendimento dos jogadores que lançou agora naequipe:

— Júlio César entrou muito bem na zaga. E umjogador de bons recursos técnicos, mas que não brincaem serviço. Dá chutão para a frente quando sente quepodd perder a jogada. Branco começou um poucoperdido na hora de atacar. Depois melhorou muito,sempre buscando a linha de fundo. Teve até uma ótimaoportunidade que desperdiçou na frente do goleiroadversário. Júnior é um jogador que ninguém podediscutir. No momento, está rendendo muito mais nomeiò-campo do que na lateral. Sócrates está entrandoem forma e tem se esforçado por merecer um lugar notime?:-'

Um técnico satisfeitogrita para incentivar•Telê não poupou a garganta. Gritou como nunca

dura'nte os 90 minutos de jogo-treino de ontem. Mascomeçou aplaudindo discretamente a boa jogada deCareca no primeiro gol:• >j— Isso, tem de arriscar. Chuta mesmo — elogiou.

jLogo em seguida, porém, perdeu a paciência com omesmo Careca:

i— Não adianta ficar só cercando, olhando delonge. Vai em cima, Careca, tenta tomar a bola.

I Sentia-se que a movimentação da Seleção agradavaa Tejlê: Ele insistia em pedir que Branco abrisse bem naponta'esquerda. Não foi ouvido e gritou:

;— Parece que você é movido a grito. Vamos, abrelogo: que Júnior vai lançar a bola lá da direita.

iDepois, olhou para o lado e fez um comentário comseu auxiliar Emilson Pessanha:'

]'— É só para incentivar. Esse rapaz vem treinandoberri demais.

. í E foi assim durante todo o primeiro tempo. Telêestaca satisfeito mas não perdia qualquer oportunidadepára reclamar:

¦\-A Volta Sócrates. Já vai botar as mãos nas cadei-ras. Você já está bem grandinho para isso.

¦ Em seguida, foi a vez de Elzo:" u—- Que passe é esse rapaz? Vê se acerta o pé.rNo segundo tempo não foi muito diferente. Telê,

embora calmo, não perdia de vista qualquer jogada.Júnibrfoi o primeiro a levar uma bronca:

i—' Grita, Júnior. Não fica calado que o time acabaperdendo a motivação. Estamos ganhando bem, não éhora de parar.• O preparador Gilberto Tim, ao lado de Telê,abaixou a cabeça e rezou durante alguns segundos. Pediaproteção para que nenhum jogador se machucasse na-queles 30 minutos que restavam. Telê pensava de outraforn)a, como no grito que deu com Alemão:

. ii' Anda, divide a jogada, entra com raça. Isso aquinão é brincadeira.

í Só ficou preocupado mesmo num lance em que ogoleiro Carlos sentiu uma contusão. Chegou a se levan-tar é mandou Leão aquecer:

-"• — Essa não, outra contusão agora, não — co-men tou.• - Não passou de um susto. Minutos depois, Carlosestava recuperado e o jogo continuou. Telê voltou asentar, o mesmo de antes:""'"í— Vamos marcar, gente. Vamos marcar.-'•'"A Guadalajara — Foto de Ari Gomes

já pensa em ter Zico na estréiam JL Guadalajara — Fotos de Almir Veiga^^ ...i____ ¦— """¦* Al •

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e jogadat.perfeitasi oe Júnior no meio j

Telê mostrou erros e falhas na marcação

O jogo-treino de ontem e as atua-ções estão na página 2

VOZ, FALA, INIBIÇÃOCorreção dos Problemas da Fala (método próprio) Inibi-ção (aula de oratória em grupo com VT) Prof. SimonWajntraub 18 anos de experiência. Matriz — RJ Salão deConvenções do Hotel Astória Tel: 257-8080 das 9 às 22horas, filiais — BH, SP, Brasília, GO, Salvador.

Aplausos mexicanosemocionam o ídolo

Mesmo quando não entra em campo para jogar, Zico nãoperde a condição de ídolo. Bastou que ele pisasse no gramadodo Estádio Olímpico Tecnológico, ontem, com o treino já paracomeçar, e os torcedores mexicanos nâo se contiveram. Aplau-diram-no demoradamente, gritando seu nome em coro. Zicoergueu os braços e ficou por longo tempo acenando para ostorcedores, que cada vez se empolgavam mais.

Que maravilha isso aqui, hem? Nós precisávamos desseapoio para ganhar confiança. Olha, quem não acredita na nossaSeleção vai acabar se arrependendo. Com essa gente toda donosso lado, não podemos decepcionar — disse Zico.

O estádio estava realmente lotado. Zico olhou em volta,riu muito quando os mexicanos começaram a fazer ola ola naarquibancada (um movimento de corpo que parece uma grandeonda) e depois analisou sua situação:

Ainda tenho esperanças de jogar contra a Espanha.Sinto que meu joelho está bem e a melhor prova disso é que elenão inchou após o coletivo de que participei sexta-feira. Se nãoestou em campo agora é porque a comissão técnica concluiu queainda não é o momento de me lançar, pois estou fora de forma.Não tenho ainda condição física para suportar uma partidadura. Pode ser que com os treinos, durante a semana, eumelhore e agüente pelo menos 45 minutos.

No segundo teijipo, sentado no banco de reservas, Zicovoltou a ouvir seu nome gritado em coro. Eram os mexicanosexigindo a sua presença em campo. Levantou-se, ergueu denovo os braços e comentou, emocionado:

Não posso mesmo ficar fora de uma Copa como esta.Pode ser que não enfrente a Espanha, mas que vou entrar notime, isso vou.

Os dribles oram acompanhadas com atenção por Zico, que fará novo teste qumta-Jeira

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João Saldanha

Fora o inspetor

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FALTA pouco para o grande dia da inaugji-

ração da XIII Copa. Dizem que no dia 31tudo estar á pronto. Realmente falta pouco. Aúnica coisa que tão cedo não vai se arrumar é otrânsito da Cidade do México, o mais infernal domundo. Acho que vão ter de fazer o segundo(andar). Uma bicicleta enguiçada é tudo conges-tionado. Mais um ou dois anos e está completa-mente saturado. Estão estudando a solução.Bom êxito, meus amigos, desejo-lhes muito bomêxito.

Mas, enquanto não começa a Copa, valemalgumas especulações. A Copa ser jogada emcampos com medidas uniformes. Isto acontecedesde 1954, pois antes era jogada em campos dequalquer dimensão, desde que estivessem den-tro das medidas máxima ou mínima das leis dojogo. Da lei número 1 mais precisamente.

Mas a Copa de 54 teria de ser jogada naSuíça e os compôs de lá são circundados porcasas ou ruas e avenidas irremovíveis. Tambémos campos da Inglaterra, alguns deles até locali-zados em terrenos que não são vistos de rua. Asmedidas médias destes campos são mais oumenos de 105 metros e fração, quase 106, porsessenta e sete e fração, quase 68. Coisas dosingleses que nos obrigam a usar as frações porcausa de suas "jardas". Dizem que já adotaramo sistema métrico francês, universal, mas pareceque em futebol isto ainda não funciona. Omesmo que seus carros no trânsito. Todos vêmcontramão, e, como dizia o meu companheiroSérgio Porto, lá quem dirige é o outro. Então,assim procederam em relação às dimensões doscampos oficiais da Copa: em jardas e pronto. OHavelange ainda não percebeu isto e poderiamudar para 106 por 68, mas deixa pra lá. O casoagora é acomodar dentro do campo os vinte edois jogadores.

O futebol moderno trouxe um problemaque está a desafiar dirigentes e técnicos: avelocidade do jogo diminuiu o tempo parapensar, e as medidas de quase todos os camposdo mundo são as adotadas pela FIFA paradisputa das copas. Então cabe uma pergunta ouuma dúvida: como proceder, uma vez quesabemos que cada dia aumenta mais a velocida-de do jogo, o tempo para pensar diminui e o

jogo fica muito embolado nos campos aperta-dos? Ora, modificar os campos não é maispossível. Eles estão, situados naqueles terrenosjá ocupados e apertados entre edifícios, casas eruas. Impossível pensar nisto. Mas, se o campoestá ficando pequeno, algo poderia ser feito.Todos sabem que o futebol é disputado por 11contra 11. Muito bem, mas poucos sabem porquê? Não poderia ser 12 x 12 ou 13 x 13 como orúgbi? Isto de 11 contra 11 teria sido arbitrário?Afinal, quem decidiu isto?

A resposta mais convincente e lógica é aque conta que isto aconteceu porque as "cias-ses" da Escola de Cambridge, sem dúvida aprecursora do futebol organizado, eram com-postas de 10 alunos. O futebol nos seus primor-dios era um esporte eminentemente de inverno.E os nobres ou ricos alunos de Cambridgejogavam para se aquecer e faziam desafios entreas diferentes classes. Então poderia o leitordizer: "Mas assim são 10 contra 10, não, cara-pálida?" Calma, meu amigo, respondo eu. Cal-ma, não te apresses que ainda não terminei.Acontece, que cada classe tinha um bedel, talvezmelhor dito, um inspetor. Sim, é isto, uminspetor. Então, os nobres ou ricaços de Cam-bridge, ao ver o pobre homem se encolhendo defrio, democraticamente o convidavam para jo-gar. Assim, 11 x 11, não está claro?

Bem, agora que as canchas estão ficandopequenas para a boa prática do jogo, jogadoresuns sobre os outros, não lhes pareceria queestamos na hora de pensar alguma coisa? O jogopode ficar muito feio ou insípido devido aocongestionamento que mais parece o trânsito daCidade do México. Então, uma sugestão: porque não sacamos o "inspetor"? Afinal de con-tas, ele não passa de uma espécie de intruso. Aí,poderíamos ficar com 10 contra 10. Como origi-nalmente, sem nenhum problema de ter de tocarnos campos, nas ruas e nos estádios. Por outrolado, os treinadores teriam de tomar novasmedidas táticas. A não ser os excessivamenteconservadores e defensivos que continuariamcom sua tática preferida, que é a de um atrás as eapenas um na frente. Simples, não? Tiremos oinspetor.

Edinho agora tambémé o capitão do time

Na Espanha, Edinho terminou a Copa revoltado por nãoter tido uma chance entre os titulares. Nos treinamentos emSevilha e Barcelona, estava sobrando na turma, fazendo gols emtodos os coletivos, mas acabou a Copa na reserva. Quatro anosdepois, além de titular absoluto e um dos mais destacadosjogadores da Seleção Brasileira, conquistou ontem a condiçãode capitão da equipe.

Esta é a primeira vez que sou capitão da SeleçãoBrasileira. Telê falou no vestiário, antes de o jogo-treino seriniciado, que eu serei o capitão. E sem dúvida isto me honramuito.

Edinho acha que a Seleção melhorou muito, porque todosse convenceram de que o time tem que atuar de formacautelosa, como fez ontem contra o Universidad de Guadala-

Hoje (ontem) estivemos muito bem. Só tomamos umgol porque o juiz marcou um pênalti ridículo. Jogamos fecha-dos, não nos desconcentramos um só instante e o resultado foibom. É assim que teremos de nos apresentar diante dos nossosadversários. ,

Edinho faz questão de esclarecer que a cautela nao querdizer que a equipe tenha de jogar defensivamente.

Na Europa, todo mundo joga assim. Não existe espaçoe quando se vai à frente se tenta surpreender o adversário comvelocidade. É um esquema que temos de usar. Nao podemosnos abrir. Já tomamos muitas lições c só conquistaremos algumacoisa se nos mantivcrmos assim: fechados, com todo mundo seajudando.

Júnior fica no meioe volta a rir à toa

O sorriso de Júnior já é uma marca registrada. Há bempouco tempo, ele andava um tanto emburrado, mas ontem,após o treino, mesmo extenuado pelo esforço no forte calor (35graus ao meio-dia, quando o treino começou), sua fisionomiaera de felicidade.

Se estou feliz? Claro. Olha o sorriso novamente devolta.

E Júnior tinha razão para estar sorrindo a toa.Felizmente vou disputar a Copa na posição que eu

queria e que achava bem mais útil para o Brasil. Era como eudizia a todo mundo. Jogo onde o Telê quiser, mas gostaria deatuar no meio, onde há dois anos venho jogando pelo Torino.

O ambiente de otimismo que volta a tomar conta daSeleção Brasileira, com os torcedores fazendo uma grandefesta, também contribuiu, na opinião de Júnior, para a Seleçãocrescer e se motivar.

Um ambiente de festa é importante. A gente, natural-mente, não se vai deixar envolver por excessos. Mas é muitomelhor trabalhar sentindo que existe confiança por parte dopúblico e que as coisas começam a caminhar bem.

Júnior não ficou nem um pouco preocupado quando lhedisseram que, no Brasil, o torcedor ainda está descrente do timee que por isso todas as vendas de produtos relacionados com aCopa estão muito fracas — inclusive a do seu novo disco.

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CONSÓRCIO UNIÃO

Buenos Aires, 111 - 221 -5757 • Copa: N. S? de Copacabana, 945 -235-1337 • Tijuca: Barão de Mesquita, 238 • 228-6980 • Nova Iguaçu:Otávio Tarquino, 173 - 767-4890 • Niterói: Luiz L. F. Pinheiro, 572/1102(antisa Barão do Amazonas) - 717-8066/717-9012.

Equipe JB no MéxicoCoordenação: Vicente SennaTextos: Araújo Netto, Armando Calvano, Anto-

nio Maria Filho, Eloir Maciel, João Saldanha,Joaquim Ferreira dos Santos, Jorge Perri, Oldemá-rio Touguinhó, Paulo César Vasconcellos, RobertoPrado, Rosental Calmon Alves, Sandro Moreyra,Sérgio Rodrigues e Viilas-Boas Corrêas.

Fotos: Alberto Ferreira, Almir Veiga, Ari Go-mes e Delfim Vieira.

Comunicações: Arlindo Schroeder.

L_2 O ESPORTES 0 segunda-feira, 26/5/86 Esportes JORNAL DO BRASIL

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ESPANHA BRASIL08.01 - 2x0 Bulgária - 0104 - 4x0 Peru - C15.01 - 0x0 Áustria - 08.04 - 3x0 Alemanha Or. - C22.01 - 2x0 U. Soviética - 17.04 - 3x0 Finlândia — C.19.02 - 3x0 Bélgica - 30.04 — 4x2 Iugoslávia — C26.03 - 3x0 Polônia - 07.05 — 1x1 Chile — CColações: Col. 1 (30%) X-(30%) 2-(40%)

rri BULGÁRIA X ITÁLIA121 MÉXICOBULGÁRIA n-ÁUA09.04 - 3x0 Dinamarca - 2905 — 1x2 Noruega - C23.04 — 0x2 Bélgica — 17.11 — 0x1 Polônia — F30.04 - 3x0 Coréia do Norte — 05.02 — 1x2 Alemanha Oc. — C08.05 — 0x2 Kalserslantem — 26.03 — 2x1 Austna — C12.05 - 5x2 Sruttgart - 1205 — 2x1 China — CCotações: Col. 1 (20%) X-(30%) 2-(50%)

m CANADÁ X FRANÇALEÓN

CANADA02.02 — 1x3 Uruguai — N05.02 — 0x0 Estados Unidos — C16.02 — 1x0 Irapuato — F27.04 — 0x3 México — F12.05 — 2x0 Pais de Gales — C

FRANÇA11.09 — 0x2 Alemanha Or — F30.10 — 6x0 Luxemburgo — C16.11 — 2x0 Iugoslávia — C26.02 — 0x0 Iri. do Norte — C26.03 — 2x0 Argentina — C

Cotações: Col. 1(10%) X-(10%) 2-(80%)

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E ARGENTINA X CORÉIA DO SULMÉXICO \

ARGENTINA29.03 — 2x1 Napoli — F02.04 — 1x0 Grasshoper — F30.04 — 0x1 Noruega — F04.05 — 7x2 Israel — F15.05 — 0x0 Atlético — F

CORÉIA DO SUL27.02 — 3x2 Andriech — F18.03 — 4x1 Mônaco — F04.05 — 0x2 Universidad — N12.05 — 8x0 Colorado — F18.05 — 2x0 Peru — N

Cotações: Col. 1(80%) X-(10%) 2-(10%)

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mOT.BI.201

m UNIÃO SOVIÉTICA X HUNGRIAIRAPUATO

URSS19.02 — Oxl México — F23.02 — 2x0 Irapuato — F26.03 — 0x1 Inglaterra — C23.04 — 1x2 Romênia — C07.05 — 0x0 Finlândia — CCotações: Col.l (30%) X-(30%) 2-(40%)

HUNGRIA16.10 — 3x0 Pais de Gales — F09.12 — 1x0 Coréia do Sul — N11.12 — 3x1 Argélia — N01.02 — 2x0 Comb. Asiático — F16.03 — 3x0 Brasil — C

EBÉLGICA16.10 — 1x0 Holanda — C20.11 — 1x2 Holanda — F19.02 — 0x3 Espanha — F23.04 — 2x0 Bulgária — C19.05 — Iugoslávia — CCotações: Col.l (30%) X-(30%) 2-(40%)

BÉLGICA X MÉXICOMÉXICO

MÉXICO13.04 — 1x0 Uruguai — N20.04 — 2x1 Universidad — C27.04 — 3x0 Canadá — C04.05 — 2x0 Hamburgo — N17.05 — 0x3 Inglaterra — N

"li!*,.;L (ObO!>yp3'0:

H ARGÉLIA X IRLANDA DO NORTEGUADALAJARA

ARGÉUA14.03 — 2 x 3 Camarões — C16.04 — 1x1 Fluminense — C23.04 — 0 x 0 Porto — C28.04 — 2 x 0 Bereven — C06.05 — 0 x 2 Suíça — FCotações: Col.l (30%) X-(30%) 2-(40%)

IRLANDA DO NORTE16.10 — 1 x 0 Romênia — F13.11 — 0 x 0 Inglaterras — F26.02 — 0 x 0 França — F26.03 — 1 x 1 Dinamarca — C23.04 — 2 x 1 Marrocos — C

ITol PORTUGAL X INGLATERRAIO! MONTERREY

PORTUGAL INGLATERRA12.10 — 3x2 Malta — 29.01 — 4 x 0 Egilo — F16.10 — 1 x 0 Alemanha Oc. — 26.02 — 2x1 Israel — F22.01 - 1 x 1 Finlândia — 2603 — 1x0 URSS - F05.02 — 2 x 0 Luxemburgo — 23.04 — 2x1 Escócia — C19.02 — 1 x 3 Alemanha Or. — 1705 — 3x0 México — Noteções: Col.l (30%) X-(30%) 2-(40%)

m URUGUAI X ALEMANHA OCIDENTALQUERÉTARO

URUGUAI15.04 — 2x1 Universidad — F21.04 — 0x0 Pais de Gales — F23.04 — 1x1 Irlanda do Sul — F09.05 — 1x0 Milionários — F12.05 — 2x1 Atlético — F

ALEMANHA OCIDENTAL06.02 — 2x1 Itália — F12.03 — 2x0 Brasil — C09.04 — 1x0 Suíça — F11.05 — 1x1 Iugoslávia —F14.05 — 3x1 Holanda — C

Cotações: Col. 1 (30%) X-Í409&) 2-(30%)

El JOGO 10 ESCÓCIA X DINAMARCANEZAHUALCOYOTI

ESCÓCIA04.12 — 0x0 Austrália — F28.01 — 1x0 Israel — F26.03 — 3x0 Romênia — C23.04 — 1x2 Inglaterra — F29.04 — 0x0 Holanda — CCotações: Col. 1 (30%) X-(40%) 2-(30%)

DINAMARCA08.03 — 1x1 México — N26.03 — 1x1 Iri. Norte — F09.04 — 0x3 Bulgária — F13.05 — 0x1 Noruega — F18.05 — 1x0 Polônia — C

G3 FRANÇA X UNIÃO SOVIÉTICALEÓN

FRANÇA11.09 — 0 x 2 Alemanha Oc — F30.10 — 6x0 Luxemburgo — C16.11 —2x0 Iugoslávia — C26.02 — 0 x 0 Iri. do Norte — C26.03 — 2 x 0 Argentina — C

UNIÃO SOVIÉTICA19.02 — 0 x 1 México — F23.02 — 2x0 Irapuato — F26.03 — 0x1 Inglaterra — C23.04 — 1 x 2 Romênia — C07.05 — 0 x 0 Finlândia — C

Cotações: Col. 1(50%) X-(30%) 2-(20%)

mn3i BRASIL X ARGÉLIAGUADALAJARA

BRASIL01.04 — 4 x 0 Peru — C08.04 — 3 x 0 Alemanha Oe. —17.04 — 3 x 0 Finlândia — C30.04 — 4 x 2 Iugoslávia — C07.05 — 1x1 Chile — C

ARGÉUA14.03 — 2 x 3 Camarões — C16.04 — 1 x 1 Fluminense — C23.04 — 0 x 0 Porto — C28.04 — 2 x 0 Bereven — C06.05 — 0 x 2 Suíça — F

Cotações: Col.l(70%) X-(20%) 2-(10%)

Teste 806

¦ETTI ITÁLIA X ARGENTINAIMI PUEBLArrAUA ARGENTINA17.11 — 0 x 1 Polônia — 02.04 — 1x0 Grasshoper — F05.02 — 1 x 2 Alemanha Oc. — 30.04 — 0x1— Noruega — F26.03 — 2 x 1 Áustria — 04.05— 7 x 2 Israel— F12.05 — 2 x 1 China — 15.05 — 0x0 Atlético — F31.05 — Bulgária — 02.06 — Coréia do Sul — NCotações: Col. 1 (30%) X-(40%) 2-(30%)

11 Flamengo/RJ Goytacaz/RJ 0

; Mesquita/RJ Vasco/RJ í ¦

. Portuguesa/RJ Fluminense/RJ 2 ¦

Bangu/RJ Botafogo/RJ 1 ¦

] Olaria/RJ Amfica/RJ 2 ¦

, 6 Pinheiros/PR Atlético/PR 2

;~7 Colorado/PR jj Coritiba/PR í

Remo/PA Izabelense/PA Õ

Rio Branco/ES s Desportiva/ES 2 B

10 Sport/PE Sta. Cruz/PE 0

11 Goiânia/GO Vila Nova/GO Õ

12 Sta. CruWRS i5 Grèmio/RS |

. 13 Inter/RS Inter SM/RS Õ

Prêmio Cz$ 11281,59

milhões 389 mil

GRUPO D Guadalajara — Fotos de Almir Veiga

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Branco, com a confiança de quem vai ser titular na Copa do Mundo, dominou seu setor e ainda apoiou o ataque com determinação

Careca finalmente sai de campo aplaudidoCarlos — Excelente. Fez duas defesas de altonível, a melhor delas numa cobrança de faltafeita por Davalos. Foi pegar a bola no ângulo,recebendo com justiça inúmeros aplausos.Edson — Enquanto teve fôlego foi um dosjogadores mais importantes da Seleção, comconstantes arrancadas no setor direito. Boaatuação.Josimar — Entrou no lugar de Edson e jogou25 minutos de um futebol objetivo. Preocupa-do em mostrar serviço, acabou, porém, dei-xando um pouco desguarnecida a defesa. Ti-nha muita ânsia de atacar.Júlio César — Ganhou a posição com justiça.Mostrou ontem que não brinca em serviço.Deu chutões para a frente, fez faltas e, emalguns lances, apresentou muita técnica.Edinho — O novo capitão da Seleção Brasilei-ra mostrou uma grande virtude: voz de coman-do. Não cansou de orientar seus companheiros

de defesa, indicando o momento certo paraque eles saíssem na cobertura. Muita classe edisposição.Branco — Não foi tão bom quanto nos doistreinos anteriores, mas mostrou sobretudoeficiência na marcação. Por seu setor o Uni-versidad não criou qualquer jogada perigosa.Elzo— Razoável. Conseguia tomar a bola dosadversários, mas falhava na distribuição dejogadas. Errou passes em demasia, a ponto deirritar Telê.Alemão — Não foi o mesmo de outros treinos.Apareceu mais pela vontade de acertar do quepor um bom futebol. Como Elzo, errou passese terminou o jogo-treino esgotado, quase semforças para falar.Júnior — Seu talento é indispensável ao meio-campo da Seleção Brasileira. Tem uma facili-dade impressionante de armar as jogadas,virando a bola de um lado para outro docampo com lançamentos primorosos.

Sócrates — Outro que se destacou pela inteli-gência, pelos toques precisos e rápidos. Teveoutra virtude ontem: apresentou-se semprepara marcar os adversários.Casagrande — Mal colocado no início, melho-rou muito a partir dos 30 minutos do primeirotempo, quando começou a cair pelas extremas,buscando os espaços vazios. Marcou um belogol e deu passe para o segundo de Careca.Muller — Entrou no lugar de Casagrande epouco mostrou de útil. Perdeu-se entre oszagueiros adversários. Lançado duas vezes porSócrates, dominou mal a bola e permitiu ocorte.Careca — Outro que esteve muito bem naSeleção. Não só pelos dois gols que marcou,mas principalmente pela boa colocação noataque, sempre em condições de receber ospasses. Foi seu melhor treino das últimassemanas.

Bom treino. Só faltou mais velocidadeGuadalajara — Faltou apenas um pouco

mais de velocidade à Seleção Brasileira paraque o treino de ontem — vitória de 3 a 1 sobreo Universidad de Guadalajara — pudesse serconsiderado de ótimo nível. Com várias modi-ficações — Júlio César no lugar de Oscar, nazaga, e Júnior e Sócrates no meio-de-campo —o time ganhou mais força defensiva e conse-guiu envolver seu adversário..

A goleada só não surgiu porque algunsjogadores, como Elzo e Alemão, falharam noslançamentos, na maioria das vezes demoran-do-se a fazer os passes. Telê chegou a se irritarcom Alemão, ainda no primeiro tempo, quan-do ele preferiu um passe lateral a lançarCareca, deslocado pela ponta direita e semmarcação.

O primeiro gol — um belo chute de Carecada entrada da área — despertou o grandepúblico presente ao Estádio Olímpico. A Sele-ção passou a ser incentivada em todos os seusmovimentos, mesmo nos mais simples ou até

quando um brasileiro era driblado por ummexicano.

Júnior e Sócrates no meio-de-campo, jo-gando bem próximos um do outro para tentaras tabelas rápidas, foram os destaques do jogo-treino mostrando excelente movimentação.Sócrates, por exemplo, cansou de cair nasextremas para tentar os cruzamentos, além deter se esforçado para exercer uma boa marca-ção. Júnior foi mais eficiente com a bola nospés, com seus passes preciosos.

O Universidad, num pênalti discutível deEdson em Guzman, empatou ainda no primei-ro tempo, aos 25 minutos, com uma cobrançaforte e bem colocada de Davalos. Aos 45minutos, porém, a jogada mais bonita do jogo-treino: cruzamento da direita, Casagrandesubiu mais do que o zagueiro e colocou a bolana cabeça de Careca, que concluiu com per-feição.

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mbémSócrates ta treinou bem, com movimentação constante

Telê manteve o time para o segundotempo. E logo aos dois minutos Sócrates fugiupela ponta-direita, passou por um adversário ecruzou para a cabeçada certeira de Casagran-de. Brasil 3 a 1, um resultado mais do quemerecido e que teve o reconhecimento datorcida mexicana com muitos aplausos à jo-gada.

A partir dos 20 minutos, porém, o timecomeçou a cair de produção, mais por cansaçodos jogadores. Edson, por exemplo, não con-seguia mais apoiar o ataque e acabou substituí-do por Josimar. Logo depois Muller entrou nolugar de Casagrande. E o time ficou tocandobola no meio, deixando o tempo passar. Al-guns jogadores estavam esgotados. Sócrates eJúnior mal se movimentavam no meio-campo.Alemão chegou a colocar as mãos nas cadeirase recebeu uma advertência de Telê. Mesmoassim, o Universidad nada conseguiu na áreabrasileira.

Falcão, gestode "gentleman"Em 48 horas, a vida de Falcão na Seleção

Brasileira mudou completamente. De titularabsoluto, perdeu a posição para Elzo, decisãoque Telê Santana tomou no sábado, apósconcluir que o apoiador não atravessa boa fasefísica e técnica. Falcão, porém, não perdeu aesportiva: portou-se como um reserva tranqüi-lo. Sentou-se no chão, assistiu ao treino comatenção, discutiu algumas jogadas com oscompanheiros e, por fim, deu-se ao luxo deelogiar a atuação dos companheiros que for-maram o novo meio-campo. Um gentleman:Acho que a seleção esteve muito bemneste jogo com o Universidad. Bem compactana defesa, um meio-campo firme e atento namaii-uiju ....••¦ Careca e Casagrande cria-ram opção de boas jogadas na frente. Gosteimuito, mesmo.

Muitos queremMuller titular

Muller jogou ontem apenas 15 minutosentre os titulares. A sua não escalação nojogo-treino contra o Universidad de Guadala-jara pode significar que disputará a Copaapenas como uma opção de jogo para Telê.Ele tem consciência disso e até parece confor-mado. Muita gente, porém, não está. Atémesmo jornalistas soviéticos, coreanos e mexi-canos não entendem por que Muller nãocomeçará a Copa no time de cima.

O chileno Caszely, que assiste sempre aostreinos do Brasil, esta espantado de TelêSantana não colocar Muller na ponta-direita.Na primeira oportunidade que teve de assistira Muller jogar, virou-se para um jornalistabrasileiro e perguntou:Quem é esse?

E o Muller.Por que não é titular?Por que o Telê nâo quer — respondeu

o repórter.Caszely então, balançou a cabeça, sem

entender nada. O próprio Muller se acha emcondições de ser o lilular: "Se entrar, mostra-rei todo o meu futebol".

Oscar barrado nãoesconde decepçãoAntes do treino, Oscar comentou:

Telê quer ainda fazer umas observa-ções. Devo entrar no intervalo.

Depois do jogo com o Guadalajara o atéentão titular e capitão do time parecia semesperanças de começar a Copa atuando.naequipe principal.

Andando apressadamente e sem quererfalar, Oscar não conseguia esconder a suadecepção.

Não pergunte a mim. Pergunte a Telêse perdi realmente a posição.

Sorrindo, mas um tanto sem graça, com-pletou:

Se não sou mais titular, tudo bem. Ãmudança não me revolta em nada.

Curiosa é a mudança de comportamentodas pessoas que cercam, no caso, o mundo dofutebol. Enquanto Oscar deixava o campoquase sem ser notado, o até então arredioJúlio César não conseguia nem andar.- Aimprensa toda ia atrás dele e dezenas -detorcedores lutavam por um autógrafo. E elenão parava de dar entrevistas e de sorrir. —Realmente, tive duas chances e acho que mesaí bem. Mas ainda falta uma semana para oinício da copa.

Lugar Bonito— O Valle Primavera,onde está hospedada a delegação brasilei-ra, é um dos locais mais bonitos de

, Guadalajara. Muito verde, água à vonta-de e pássaros cantando o dia inteiro. Bompara os jogadores, que à sombra dasárvores conseguem fugir um pouco dointenso calor — em torno dos 35 grausaos meio-dia, horário da partida contra aEspanha.Vale Tudo— Os mexicanos que ven-dem bebidas e sanduíches nos estádiosnão gostam de respeitar tabela. Ontem,no jogo-treino da Seleção, muitos paga-ram até 1500 pesos (três dólares) por umagarrafinha de cerveja.Pagar para ver— Os mexicanostiveram de pagar para ver a SeleçãoBrasileira treinar ontem contra o Univer-sidade de Guadalajara. Cada ingressocustou 1000 pesos (dois dólares). Nin-guém reclamou.Saudação brasileira — Ao entra-rem campo ontem, os brasileiros fizeramuma saudação toda especial para o torce-dor mexicano. Divididos em dois grupos,cada um se virou para um lado, com osbraços erguidos. Em retribuição forammuito aplaudidos.Polícia demais — Se na concentraçãoe nos treinos a proteção à Seleção Brasi-leira já é rigorosa, ontem então foi de-mais. Todo o estádio foi cercado porpoliciais munidos de cassetetes e atéc„'.'.idis. Outros, colocados estratégica-mente, portavam metralhadoras automá-ticas.SÓ musculação — Zico não pegouem bola ontem. Seu dia de treinos,

"de-

pois do jogo no Estádio Olímnico, limi-tou-se a uma série de exfcícicújs de mus-culação, à tarde, sob orientação do pré-pardor Moraci Santana.Sucesso musical — Um dos con jun-tos brasileiros que estão sendo aguarda-dos com mais ansiedade pela juventudemexicana são os Paralamas do Sucesso. Opessoal aqui não conhece exatamente oconjunto, mas já está informado de quese trata de um dos que mais discosvenderam nos últimos anos. Quem che-gará aqui também com muita força éNana Caymi, que é mais conhecida, commúsicas de sucesso no México.Olhos grandes — As mulheres deGuadalajara são conhecidas por tapatias.Trata-se de um nome de origem asteca,que significa olhos grandes. E as tapatiastêm realmente olhos muito grandes e sãoinvejadas pelas mulheres de todas asoutras regiões do país.

JORNAL DO BRASIL Esportes segunda-feira, 26/5/86 0 ESPORTES 0 3

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Grupo D

Espanhóis proíbem entradade brasileiros no treino

Guadalajara — Foto de Almir Veiga

— Tlaxcala — O pueblo de Santa Cruz deTlaxcala tem apenas 3 mil habitantes e no

•estadinho local cabe o mesmo tanto. E eleestava lotado ontem de torcedores que acorre-ram das cidades vizinhas, na vitória da Seleçãotlã Espanha sobre o Los Angeles, de Puebla.Apenas três pessoas não tiveram acesso ao local:eram jornalistas brasileiros.

— De onde é? Brasil? Não passa — diziamos policiais em cada entrada do estádio. Explica-vam que estavam apenas obedecendo às ordensda delegação espanhola, determinadas pelo téc-nico Miguel Munoz. E os repórteres não entra-vam mesmo. Em dado momento, num descuidode uma das portarias, os jornalistas entraram eficaram quietos nas arquibancadas. Mas para

\ quê? Bastaram dois minutos para que fossem. retirados aos empurrões e safanões por violentos. policiais armados de cassetetes. Eles ignoravam. as credenciais e arrastaram os três, usando aforça.

Os jornalistas, como ladrões, foram literal-; mente colocados para fora, sob as vaias da' torcida mexicana, que não apreciava a medida

; tomada por sua subserviente e ignorante polícia.. Dentro do campo, além da torcida, jornalistasmexicanos e espanhóis não foram incomodados.

. À saída do estádio, os torcedores se solidariza-ram com os brasileiros, dizendo-lhes que denada adiantaria a atitude deselegante, desrespei-tosa e infeliz do técnico da Espanha: pelofutebol que seus jogadores mostraram, até mes-mo o desorganizado Brasil não teria problemaspara vencer'o jogo do próximo domingo.

Ao lado do bom gramado, um animadorfantasiado de espanhol usava um megafone para', comandar a torcida. E pedia que gritasse vivasao campeão. Seu grito de "Espanha", contudo,

.: era abafado pelos torcedores, que gritavam a

plenos pulmões: "Brasil, Brasil". Na saída,

alguns jornalistas espanhóis tentavam justificara estranha determinação de Miguel Munoz sob oargumento de que. o Brasil também proibia aentrada dos jornalistas da Espanha, embora nãodissessem quando feonde. Um deles lembravaaté o falecido Cláudio Coutinho, que numanoite de 78, na Argentina, não deixou quejornalistas estrangeiros presenciassem uma en-trevista sua. À lembrança de que ontem não eraentrevista, mas jpgo, e de portões abertos,balançou afirmativamente a cabeça e acabouconcordando que realmente Dom Miguel Mu-noz exacerbara e passara das medidas.

A polícia náo'conseguia explicar como en-travam torcedores por todos os lados e osbrasileiros não podiam ficar nem nas arquiban-cadas, sob sua vigilância. Uma verdadeira briga-da de choque era organizada, sem palavras, mascom cassetetes. j

Na concentração de La Trinidad, que fica aolado, não há comp barrar a imprensa, porque éum clube público! e estava cheio. Mas MiguelMunoz entrou pelp porta dos fundos (exclusivada delegação espanhola), alterando o hábito quevinha mantendo desde que aqui chegou, desempre entrar pela frente. Não quis conversanem dar explicações. Em frente à portariaprincipal, vários jornalistas mexicanos pediamdesculpas aos colegas brasileiros, em nome dotorcedor do México, e passavam dados dotreinamento. Garantiam que, se o Brasil jádetém a nítida preferência da torcida mexicanaem Guadalajara, passará a deter ainda mais. Noafã de impedir a entrada de perigosos

"espiões",o treinador — policialesco — esqueceu de umdetalhe importante: os melhores lances dostreinamentos das seleções são passados à exaus-tão pela televisão do México.

Só Butragueiio mostra arte

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Sem a presença dos brasileiros, a Sele-. ção da Espanha deve ter conseguido des-• pistar bastante o seu jogo dos jornalistasmexicanos e espanhóis e da torcida queencheu o pequeno estádio de Santa Cruzde Tlaxcala, povoado ao lado do municípiode Tlaxcala, na vitória de 3 a 1 sobre os LosAngeles de Puebla. Apenas no primeirotempo o time jogou de forma razoável.

- Pelo que contaram os jornalistas mexi-canos que puderam assistir, a Seleção Es-panhola, mesmo dando-se descontos à alti-tude e ao clima, continua devendo e nãomelhorou em nada em relação aos jogosque realizou em Guadalajara. É um time

.com um bom jogo de contra-ataques epéssimo nas finalizações, que só mostra umhomem com jeito de craque: Emílio Butra-

gueno, com seu jogo cheio de malícia emovimentação.

Logo aos 6 minutos Caldere fez 1 a 0para a Espanha. Salinas marcou mais doisgols, aos 19 aos 31 minutos. No segundotempo, com muitas mudanças no timemexicano, o jogo caiu. Butragueiio perdeuum pênalti aos 3 minutos. O Los Angelesdiminuiu, de pênalti, aos 30 minutos, atra-vés de Rangel.

O violento zagueiro Goicoechea, con-tundido no joelho esquerdo, não jogou.Mas o médico Jorge Guillen garantiu queele não será problema para enfrentar oBrasil. A Espanha jogou com Zubizarreta,Tomas, Maceda, Camacho e Júlio Alberto;Michel, Francisco, Gordillo e Caldere;Salinas e Butragueiio.

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A torcida brasileira já tem o apoio decidido dos mexicanos

As cores doBrasil vestemGuadalajara

Guadalajara — Não será por falta detorcida que o Brasil deixará de fazer uma boacampanha neste Mundial. A presença maciçade orasileiros ontem no Estádio OlímpicoTecnológico, com suas batucadas e fanfarras(estas por conta do pessoal do Circo Voador)levou o torcedor mexicano quase à loucuraSe até agora os mexicanos pareciam tímidosem relação aos brasileiros a partir de ontemcomeçaram a se liberar e a dar total apoio àSeleção.

O Estádio Olímpico estava todo coloridode verde e amarelo. Em toda parte viam-segrupos imensos com o mesmo tipo de camisa etodos eles chegavam batucando. Um conjuntode mariachis, que foi para lá tocar músicastípicas mexicanas, acabou tocando sambasantigos e a famosa Aquarela do Brasil.

A festa nas arquibancadas deixou todosos jogadores emocionados. Ontem, com qcalor da torcida, o time se apresentou como sedisputasse um jogo. A equipe se sentiu naobrigação de retribuir o carinho com umaapresentação pelo menos de raça.

A grande atração aqui em Guadalajara ea participação ativa do pessoal do CircoVoador. Por onde quer que passem, com suascamisetas coloridas e suas caras pintadas (hormens, mulheres e muitas crianças), os compo-nentes do grupo contagiam pela alegria. On-tem, só quando o grupo chegou ao estádiocom seus 50 integrantes se iniciou realmente afesta. Havia homens e mulhes vestidos depalhaços, bailarinos e bailarinas. Houve festao tempo todo.

O grupo do Circo Voador está hospeda-do no Hotel Pousada de Guadalajara. É o seuquarte-general. Se ontem eram cerca de 50,hoje chegam do Brasil mais 160. Durante apermanência da Seleção Brasileira nesta cidade, o Circo Voador fará apresentações diáriasno Auditório Benedito Juarez. Na televisãomexicana, se apresentará por 20 minutos,diariamente.

A alegria do Circo Voador foi importante para o time se apresentar bem no jogotreino contra a equipe da Universidade deGuadalajara. Durante quase toda a partida,levados pela empolgação, os mexicanos semanifestaram com a sua já famosa ola (onda),um movimento bem sincronizado em que aspessoas vão se levantando simultaneamentecom os braços erguidos, dando a impressão deque uma grande onda se movimenta por todoo anel das arquibancadas. E se isso aconteceuontem muitas vezes, é sinal de que o povomexicano ficou satisfeito com o que viu noEstádio Olímpico

Grupo EMorelia.— Foto AP

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c Os alemães, com Rummenigge à esquerda, num momento de lazer-fijüt

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Confusa e lenta, Alemanhadecepciona em jogo-treino

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Morelia — Confusa, lenta e sem opções deataque, a Seleção alemã tornou muito maisdivertida do que se esperava a festa dos habitan-tes da cidade em seu primeiro amistoso noMéxico, contra o Morelia, ontem ao meio-dia.Terminou vencendo por 2 a 1, mas não serianenhum milagre se o modesto time da casativesse empatado ou mesmo vencido, pois umavez foi prejudicado por um impedimento inexis-tente marcado pelo bandeirinha e, em seguida, olibero Augernthaler salvou em cima da linha umchute de Mario Diaz, o melhor jogador doMorelia.

Sem Rummenigge e Littbarski—o primeirofoi poupado e o segundo só entrou no segundotempo — a Alemanha não tinha como furar obloqueio que o Morelia, cauteloso, mantevedurante todo o primeiro tempo. Briegel fez oprimeiro gol, aos 6 minutos, na tradicional

- jogada em que explora sua altura e completa umcruzamento da direita — um gol semelhante aoque marcou contra o Brasil, em março. Emborajogasse como lateral-esquerdo, o ex-decatletaterminou sendo o atacante mais perigoso dotime. O centro-avante Voller, uma das esperan-ças alemãs, poupou-se visivelmente e na únicavez que esteve frente ao goleiro do Morelia"chutou

fraco e direto em seus braços.

O Morelia empatou o jogo no final daprimeira etapa. Mario Diaz, ídolo local, lançoudentro da área o ponta Mario Juarez, quedriblou Schumacher e fez o gol.

Quando voltou ao campo, após o intervalo,a equipe do Morelia parecia já saber que aquelesalemães não eram tão ameaçadores assim.

O segundo gol foi marcado por Allofs,substituto de Rummenigge, com um chute fortede fora da área. No meio do segundo tempo, osalemães já queriam saber quem era aqueleMario Diaz de lançamentos precisos, sua idade ese já jogou na Seleção Mexicana. Ele tem 24anos e nunca foi convocado.

Para sorte de Beckenbauer, não havia ne-nhuma entrevista marcada para ontem depois dojogo, pois teria muito a explicar aos jornalistasalemães, desde o excesso de erros da equipe.Quem fez a festa foram os morelianos — que,por falta de dinheiro nos cofres do clube,trabalharam em regime de mutirão durante doismeses para deixar o campo em condições dereceber a Seleção Alemã. O gramado estavaperfeito, mas os alemães deixaram muito adesejar.

A Seleção Alemã jogou com Schumacher(Stein); Briegel, Brehme, Forster e Eder; Mat-thaus (Rahn), Berthold (Thon), Augenthaler(Rolff) e Magath; Voller (Littbarski) e Allofs.

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Técnico uruguaio ri à toaO técnico do Uruguai, Ornar Borras, veio a

Morelia para saber como está seu primeiroadversário no Mundial e, no fim da partida,estava muito sorridente. Disse que a Alemanhamerece respeito — "por sua história" — masnão mais do que merece o próprio Uruguai.

- — Não se pode julgar a Alemanha por estejogo-treino — afirmou. — Não deu sequer paraconhecer sua formação-base, pois Beckenbauerutilizou quase todos os jogadores. Mas pude

perceber que eles atuaram muito setorizados,sem trocas de posição, o que dificilmente acon-tecerá na Copa do Mundo.

Bonas disse que a ausência de Rummeniggenão foi muito sentida, pois Allofs, em suaopinião, é um jogador igualmente perigoso.Destacou, entre os alemães, Briegel, Matthaus- "pela sabedoria" — e Voller, que é sempreperigoso e só tem o defeito de ser muitonervoso, não gostar que ninguém encoste nele.

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El, WILUAMS.CADE 0 MAHSELL?O Nigel Mansell saiu da pista e foi direto ao podium

de SPA- Francorchamps, na Bélgica.Afinal, depois de vencer mais um GP de Fórmula 1, ele tem todo

o direito de comemorar em grande estilo.A Williams e a ICI, que participaram da emoção de mais este desafio,

sabem que quem dá duro merece a taça. Salute!

ICI Brasil S.A.PÉS NA TERRA, OLHOS NO FUTURO

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4 O ESPORTES 0 segunda-feira, 26/5/86 Esportes JORNAL DO BRASIL M

GRUPO A

Itália dá goleada mas não agradMpyí™ — O rfsnltnfln He d a fl dn niyttrnn r, i^rX^nhr, Aa .,i„r„ir,c Pctlunmm Puebla_

táMéxico — O resultado de 4 a 0 da

vitória da Itália contra a bisonha Sele-ção da Guatemala é mentiroso. Nãocorresponde ao futebol que os cam-peões do mundo mostraram, ontem, noEstádio do Atlanta, na primeira e únicapartida amistosa antes da estréia nacopa do mundo, sábado, no EstádioAzteca.

A Itália só mostrou alguma coisa nosegundo tempo, depois que Enzo Bear-zot modificou completamente a forma-ção inicial do time, fazendo cinco subs-títüições que deram gás e imaginação auma equipe que, nos primeiros 45 minu-tos, deu a impressão de cansada e semlucidez.

Se a intenção de Bearzot era testar eavaliar a capacidade do time que come-çou o jogo (e que por todos é considera-do aquele que deve enfrentar a Bulgá-ria), hoje o selecionador da Azzurradeve ser um dos homens mais preocupa-dos do México. Sua provável equipetitular revelou falhas, lentidão e falta deimaginação e poder ofensivo realmentepreocupantes.

Com dificuldades e muita ajuda doárbitro mexicano Rodolfo Fregoso, oscampeões do mundo terminaram o pri-meiro tempo com uma vitória parcial de1 a 0, graças a um gol de cabeça deAltobelli, em posição de impedimentoclamoroso. Gol que envergonhou atémesmo os dois mil italianos que pude-ram ter acesso ao estádio para estimularseus campeões, levando-os inclusive aobservar o mais rigoroso silêncio quan-do o árbitro não atendeu aos protestosdos guatemaltecos, validando uma joga-da irregular.

As falhas maiores da equipe italianase observaram no seu meio campo,formado no primeiro tempo por BrunoConti, Di Genaro, Ancelotti e Bagni.Tanto Conti, o jogador que parecia emmelhor forma, como Di Genaro e An-celotti pouco ou nada fizeram na orga-

nização e criação de ataques. Estiveramainda muito imprecisos nos passes elentos demais na marcação.

Outra decepção foi a atuação dePaolo Rossi. Além de evitar todas asdivididas, Rossi pareceu dispersivo efora de ritmo. Não apareceu nem mes-mo nas jogadas dentro da pequena áreade gol, que ultimamente ele pareceevitar.

Física e tecnicamente muito inferiorao seu laureado adversário, a Seleçãoda Guatemala, mesmo assim, no pri-meiro tempo, conseguiu envolver e anu-lar o meio-campo e os dois atacantesmais avançados da Itália (Altobelli eRossi). No segundo tempo, com a en-trada de Vialli no lugar de Conti,] deGalderisi no de Rossi, de Nápoli substi-tuindo Angelloti e, mais tarde, Tardellino lugar de Di Genaro, a Seleção Itália-no cresceu e apareceu bem. 1

Para quem sabe que nos jogos ofi-ciais do Mundial as substituições pode-rão ser no máximo duas, as alteraçõesfeitas por Berzot no treino de ontempassam a ter uma importância muitorelativa tanto quanto os resultados pro-vocados por elas: com a ampliação doplacar, para 4 a 0 (gols de Altobelli, aos18, Galberisi, aos 25, e novamenteAltobelli, aos 38 e 41).

A esse resultado de goleada é evi-dente que a Itália chegou principalmen-te pela melhor condição física e pelamaior classe do seu grupo de jogadores.A modesta e jovem Guatemala nãopodia contar com um banco do mesmonível — e além disso já havia esgotadotoda a sua reserva de gás.

O que foi visto ontem a partir domeio-dia, o Estádio Atlante, antecipauma semana movimentada e nervosa naconcentração italiana de Puebla. O maisprovável é que nos próximos dias otécnico Enzo Bearzot seja forçado arever todos os planos que já fizera paraa escalaçãó da equipe titular.

Foto de Ari Gomes

Conti sente o corte deCerezo, o amigo de Roma

A preocupação maior de Bruno Con-ti, ontem, era com o corte de ToninhoCerezo. A amizade que o liga ao mineironão é apenas formal e aparente. Nos trêsanos em que jogaram juntos, no Roma,Conti e Cerezo sempre tiveram um rela-cionamento perfeito e cordialíssimo, den-tro e fora do campo.

Afinidade que se deve não só aoestilo do jogo de Bruno Conti, ou ao seutipo físico — ambos muito brasileiros.Como caráter e humor, pode-se dizer queele também tem muito de brasileiro,principalmente de carioca.

Desde que embarcou para o México,Bruno Conti anunciava seu propósito deencontrar-se com Falcão e Cerezo, possi-velmente fora do campo, num inteiro diade folga. Ontem, depois de saber queTonhinho Cerezo não foi incluído na listadefinitiva dos 22, o campeão italianosentiu ainda mais essa necessidade, deprocurar, conversar, dar uma força aoseu amigo mineiro.

A sinceridade do campeão italianoparecia indiscutível, principalmente paraquem conhece cousas e origens da amiza-de de Bruno Conti com Cerezo e Falcão.De todos os jogadores italianos, ele foitalvez o único que sempre admitiu publi-camente ter se beneficiado e aprendido

muito com a presença dos dois brasileirosque jogaram pelo Roma. Não só doponto-de-vista técnico, mas principal-mente do profissional.

Foi com Falcão e Cerezo que BrunoConti descobriu a oportunidade e a con-veniência de confiar a um bom advogadoe procurador a defesa e gestão de seuscontratos e negócios. O atual advogadode Conti é o mesmo de Cerezo: DarioCanovi, um romano risonho e pacienteque, pela primeira vez, conseguiu paraBruno Conti não um contrato que opresidente do Roma (o difícil e inescru-puloso Dino Viola) queria, mas o queservia melhor ao jogador. Sucesso queBruno Conti deve muito aos conselhos eorientações que lhe foram dados exata-mente por seus dois amigos e ex-companheiros brasileiros: o catarinenseFalcão e o mineiro Toninho, de quemBruno Conti foi hóspede em duas viagensde férias que fez ao Brasil.

— É realmente uma pena. Se Toni-nho Cerezo tivesse condições físicas parajogar, tenho certeza de que seria uma dasgrandes estrelas deste Mundial. Tinhatodas as condições e maturidade paraviver esse grande momento — disse aindaBruno.

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Paolo Rossi decepcionou no treino em que só o placar foi bom pard a Itália

Cidade do México — AFP

Carlos Salvador Bilardo, a confiança aumenta com a volta de Passarella

I Passarella está de voltaMéxico — A boa notícia para os

argentinos ontem foi a recuperação deDaniel Passarela, que voltará a treinarcom os seus companheiros a partir dehoje. Os argentinos fizeram um treinosecreto ontem no gramado do ClubeAmerica contra um time da segundadivisão. O técnica Carlos Bilardo pro-curou colocar em prática algumas va-riações táticas que sua equipe usarádurante o Mundial, sempre usando aextraordinária visão de jogo de Mara-dona.

Alberto Ruggeri, que deixou ocampo machucado logo aos primeiros,momentos do treino da última quinta-feira contra o Atalante, também me-lhorou bastante e ontem já começou a

fazer pequenos passeios em torno dogramado do Clube America.

Maradona também vai atuar comocronista esportivo nesta copa do mun-do, escrevendo artigos para o diárioTiempo Argentino. Segundo o contra-to que assinou com este jornal, Mara-dona não só terá que analisar o time daArgentina como também outras sele-ções.

O técnico Carlos Bilardo' deixouclaro nas rápidas palavras de ontempela manhã com os jornalistas que vaicomeçar a definir a sua seleção, tendoainda algumas dúvidas no meio-campoque devem desaparecer nas próximas48 horas.

A situação de Passarela ficou claraquando Bilardo declarou que conta

com ele para a partida inaugural com aCoréia do Sul no dia 2.

— Passarela é um jogador impres-cindível no meu esquema de jogo. Asua contusão está desaparecendo enem penso em ter que colocar outroem campo na sua vaga.

Os argentinos tiveram folga à tardelogo após o treino e voltam a treinarhoje pela manhã no mesmo local.Amanhã, Bilardo comanda mais umcoletivo quando pela primeira vez de-verá escalar o time que começará jo-gando contra a Coréia. Há curiosidadepara se saber qual o meio-campo titu-lar, já que Borghi e Bochini não pare-cem nada satisfeitos com a condição dereservas.

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Favoritismo — Aumenta, gradativa-mente, o interesse do povo de Monterreypelo Campeonato Mundial. Aos poucos, osregtomontanos vão se identificando com asseleções do grupo F e alguns começam aensaiar alguma discussão sobre o assunto. Ofavorito, disparado, na opinião da maioria, éo time da Inglaterra. Em segundo lugar vema Polônia.

Frases CUrtaS — O astro da SeleçãoPolonesa, Boniek, tem procurado ao máxi.mo se esquivar da imprensa. Quando mioconsegue, ele responde às perguntas comfrases curtas, não dando margem ao diálogo.Seu argumento é o de que não se deve falarmuito antes de uma competição tão impor-tante.

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Aglia perigosa — Todas as seleçõessediadas em Monterrey trouxeram ou estáotendo que comprar água mineral. A existen-te na cidade é muito pesada e não é tratada,o que pode causar sérios problemas intesti-nais a quem consumi-la.

Preços altOS — Os lojistas da cidade deSaltillo, onde estão concentradas as Seleçõesde Portugal e Inglaterra, aumentaram, naúltima semana, todos os preços dos seusprodutos. Eles acham que nada é caro,quando se tem dólar na mão. Entretanto, sedependerem dos repórteres que estão co-brindo o grupo F, eles venderão muitopouco, porque há outros centros com preçosbem mais baixos.

Sem destaque — O canal de televi- •são de Monterrey tem dado mais destaque aoCampeonato de Beisebol do que aos treinosdas seleções classificadas para a Copa doMundo. Por dia, só há uma programaçãosobre o Mundial, onde são destacadas, rapi-damente, todas as sedes da Copa.

Tocador de alaúde — Ao contra-rio dos seus companheiros, Aziz BouderbarIa, 25 anos, meio-campo da Seleção deMarrocos, não está nem um pouco nervosocom a proximidade da estréia na Copa. Elepassa os momentos de folga tocando alaúde.Segundo ele, isso o ajuda a libertar-se daspressões do futebol. Aziz foi chamado pelaprimeira vez para a Seleção de Marrocos, em1978, quando o futebol do seu país resolveufazer uma renovação de valores e formou umtime jovem, com uma média de idade de 20anos. Desde então, vem fazendo parte detodas as listas de convocação, já tendo joga-do 70 partidas internacionais.

Operação simpatia — Pela tercei-ra vez em duas semanas, os jogadores daSeleção de Marrocos saíram da sua concen-tração para fazer compras no centro dacidade de Monterrey. O técnico José Fariaacha que isto serve para desçontraí-los e paraque se quebre a rotina de treinamentos queos marroquinos vêm realizando desde quechegaram ao México. O passeio dos marro-quinos também tem outro objetivo: o deconseguir à simpatia do povo. Quanto aotime, com a recuperação de MohamedTimoumi, que estava contundido, não temproblema para a partida de estréia, dia 2,com a Polônia.

Homenagem — Uma rua de Pueblapassou desde ontem a chamar-se RepúblicaArgentina. 'É um agradecimento que o povoda cidade faz aos argentinos, que em novem-bro do ano passado mandaram sua Seleçãojogar ali uma partida beneficente, com rendadestinada a ajudar as vítimas de um terremo-to. Esse jogo reinaugurou o estádio Chuau-temoc, onde a Argentina atuará na primeirafase da Copa.

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GRUPO F

Portugueses se rebelampor causa de prêmio

Monterrey — A Seleção Portuguesa senegou a realizar qualquer tipo de jogo-treinodaqui para frente até que a Federação Portu-guesa de Futebol decida o prêmio que serápago aos jogadores na Copa do Mundo.Hoje, chegará ã cidade de Saltillo um repre-sentante da federação para que, numa con-versa com os jogadores, tudo seja resolvido.O elenco, entretanto, não se negou a treinar.

A partida que estava marcada para hojecom o El Tigres foi cancelada. Ela deveráacontecer quarta-feira, caso a FederaçãoPortuguesa entre em acordo com os jogado-res. Enquanto isto, o time só treinará coleti-vãmente nas instalações do Motel La Torre.

Carlos Manuel voltaA estrela da Seleção Portuguesa, Carlos

Manuel, deverá estar de volta aos treinamen-tos com bola, aumentando, assim, suas possi-bilidades de participar da estréia de Portugalna Copa do Mundo, dia 3, com a Inglaterra,no Estádio Tecnlógico, em Monterrey. Eleestá clinicamente curado da distensão nacoxa e agora só tem que recuperar a condi-ção física.

O médico da Seleção Portuguesa, Au-gusto Camacho, não garante que CarlosManuel vai participar do primeiro jogo, ma!disse estar otimista quanto à total recuperação:— Carlos está tendo uma excelente re-

cuperação e os exames me levam a crer queele náo vai voltar a sentir a contusão na coxa.Entretanto, só quando ele começar a traba-lhar còm bola é que poderemos ter certezada sua melhora. Vamos torcer para que tudocorra bem e que ele possa estar presente napartida de estréia, contra a Inglaterra, ou napior das hipóteses, no segundo jogo, contra aPolônia.

A possibilidade de poder contar comCarlos Manuel no jogo com a Inglaterradeixou o técnico José Torres mais animado.Torres considera que os ingleses são o adver-sário mais difícil e seria excelente poderescalar todos os titulares nesta partida:

— Carlos Manuel é, sem dúvida, o nos-so melhor jogador. Ele dá personalidade aomeio-campo da nossa seleção e é capaz dedesequilibrar o jogo a nosso favor. A sortede Portugal no grupo F dependerá destaprimeira partida com a Inglaterra. Se conse-guirmos pelo menos um empate, acho quenossa classificação para as oitavas-de-finaisestará garantida. E, com Carlos Manuel, estatarefa ficará mais fácil.

O mais otimista de todos, é o própriojagador. Carlos Manuel tem certeza de quenão voltará a sentir a contusão, e que.durante esta semana que resta para a estréiade Portugal, vai recuperar, pelo menos,70%das suas condições físicas.

Gordo simpático faz a comidaPara fugir dos temperos picantes da

cozinha mexicana, os portugueses não fize-ram por menos. Trouxeram 300 quilos debacalhau, dezenas de latas do puro azeite deoliva e um variado número de alimentostípicos de Portugal. B. para completar, tam-bém foi incluído na delegação Evaristo Alva-ro, um gordo simpático, capaz de. comtoques mágicos, transformar a hora do almo-ço no momento mais agradável para osjogadores. Evaristo é o cozinheiro da Sele-çáo de Portugal, o homem encarregado denutrir, sem engordar, os integrantes da equi-pelusa:

Uma boa cozinha náo pode faltar.Ela é parte fundamental, para o bom rendi-mento dos jogadores. É como se fosse ocombustível para o motor.

Evaristo fala sério. Para ele. um jogadormal-alimentado corre o risco de ter sériosproblemas:

É verdade. Um jogador deve cuidarao máximo da sua alimentação. Um organis-mo debilitado, ou sobrecarregado com comi-das impróprias, prejudica todo o rendimentodo corpo e enfraguece o atleta.

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Os jogadores de Portugal estão ambientados e treinando com disposição

Inglaterra tem um contundidoA Inglaterra chegou ontem ao Mé

xico com um sério problema para apartida de estréia, dia 3, com Portugal.

ponta-de-lança Gary Lineker fratu-rou o punho no jogo de sábado, com oCanadá, que os ingleses venceram por

a 0. Retirado de campo, ele teve seubraço imediatamente gessado.

O técnico Boby Rohson está preo-cupado com a possivei ausência deLineker no primeiro jogo. pois confia-va na sua habilidade para vencer osportugueses. O consolo de Robson é aexcelente lase pela qual atravessa ocentroavante Hateley. que fez três golsnos dois últimos jogos.

A chegada da Inglaterra foi cerca-da de um forte esquema de segurançae. no aeroporto, havia um grande nú-mero de torcedores britânicos, quesaudaram sua seleção aos gritos de"England". Alguns deles, vestidos comcamisas do time e com faixas azul,vermelha e branca, parecendo umatorcida organizada, tentaram se aproxi-mar dos jogadores, mas foram impedi-dos pela segurança.

Os ingleses ficarão hospedados noHolel Camino Real, na cidade de Sal-tillo. em frente ao Motel La Torre,onde estão os jogadores de Portugal,

seu primeiro adversário na Copa doMundo. A delegação inglesa alugou 65por cento das instalações do hotel e fezvárias exigências para o bem-estar dosseus jogadores, como sala de jogos,com bilhar, pingue-pongue, mesas dexadrez, de baralho e damas. Uma bi-blioteca com uma variada coleção delivros também estará à disposição dadelegação. O técnico Boby Robsonquer que seus atletas tenham todo odivertimento possível dentro do motelpara que não sintam necessidade desair á noite.

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Polônia fogedo jogo queera distante

Devido à distância de quase 300','quilômetros até Torreon, o técnico daSeleção da Polônia, Antoni Pieclinic- .1zek, cancelou o amistoso que seu time , |faria ontem contra o Santos, preferindo \ltreinar, em tempo integral, em BahiaEscondida, nas instalações da Cemex. .Ele disse que seria muito arriscado'[.deslocar sua equipe para tão longe, pois !isto desgastaria muito os jogadores:

Temos que pensar em tudo du-rante esses dias que faltam para nossaestréia na Copa do Mundo. Estamosainda em fase de adaptação e nãopodemos nos arriscar. Preferimos trei-nar coletivamente do que fazer uma,viagem tão longa para realizar um jogo.\

Desde que chegaram ao México, os ;poloneses ainda não saíram da concen-tração, nem mesmo para conhecer oCentro de Monterrey. O técnico Antoni"também não tem planos para permitirque os jogadores passeiem pela cidade,'antes da estréia, dia 2, com o Marrocos,no Estádio Universitário:

Não viemos ao México para fa-zer turismo. Estamos aaui para treinarcom seriedade, a fim de conquistar a.Copa do Mundo. Os passeios ficam;para depois — disse Antoni. .,;•

Ele continua empolgado com a rapi-da aclimatação da Seleção Polonesa."Ontem, para mostrar aos repórteresque ele não estava exagerando, apontoupara a piscina, onde estavam, no mo-mento. vários jogadores participandode uma partida de water-pólo e disse:

Eles estão com muito fôlego. Eolha que acabaram de treinar. Se esti-vessem mal fisicamente, não teriam for-ças para agüentar uma partida de water-pólo depois de um dia de exercícios.

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JORNAL DO BRASIL Esportes segunda-feira, 26/5/86 0 ESPORTES 0 5

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JVem mesmo Platini,.o grande astro francês, conseguiu escapar da mediocridade

Copa instala a guerra friaentre alinhados ideológicos

Irapuato — Faltam nove dias para oinício (Li Copa e a guerra fria entre: duasseleções já começou. De um lado, ospreocupados soviéticos depositando to-das as suas esperanças na carismáticafigura do técnico Valerie Lubanowski.Do outro, os húngaros, aparentementeconfiantes, e sonhando em repetir o ines-quecível desempenho de 54 — quandoficaram em segundo lugar. As duas equi-pes iniciaram seus treinamentos pro-curando despistar nas táticas e se elogian-do mutuamente. ¦,,

Tanto os soviéticos como os húngarosnão têm dúvidas de que o primeiro lugardo grupo C ficará com a França. Elesconsideram o time treinado por HenriMichel e comandado por Michel Platiiücomo um dos melhores do Mundial: À 'segunda vaga terá que ser disputada pelaoutras duas seleções—o Canadá, o outrointegrante do gmpo, sequer é comentado— e para consegui-la os dois técnicos vãocultivar cada vez mais a guerra de nervos.

Na União Soviética, Valerie Luba-nowski, cumprindo uma promessa qüefizera antes de a delegação deixar Mos-cou, informou aos organizadores da sede,em Irapuato que não pretende permitir a ientrada da imprensa nos treinamentos. IUma entrevista, em horário a ser marca-

Irapuato — I

A piscina é o refúgio prefe-rido do soviético Chivzaàedo por ele, será o suficiente para osjornalistas.

Mezzey, que também não gosta dapresença da imprensa nos treinamentos,ainda nâo se pronunciou oficialmentesobre o assunto. Mas não deverá alterar oseu comportamento, mesmo com os ape-

los do assessor de imprensa, Ferenc Kira-ly, que acha importante o contato com aimprensa.

A verdade é que ambos temem apresença de espiões em seus treinos.Mezzey acha que os soviéticos podemmandar alguém para observar as jogadasde Detari e as arrancadas de Ezstraly,enquanto Lubanowsaki teme que alguémda Comissão Técnica húngara memorizeas tabelinhas que pretende ensaiar entreBlochin e Protasov.

Quanto mais se aproximar a estréiano Mundial—os dois times se enfrentamna primeira rodada, dia 2 de junho — otácito conflito aumentará. Mezzey, logono desembarque da Hungria, cometeuum erro tático imperdoável: divulgou aescalação da sua equipe.

Lubanowski manterá a formação daUnião Soviética em segredo até o dia daestréia. Esta pequena vantagem do técni-co soviético sobre Mezzey deixa os hún-garos ainda mais apreensivos.

Eles desconfiam que Valerie Luba-nowski usará o Dínamo de Kiev — equi-pe que treina na União Soviética—comobase da Seleção. Mas não descartam ahipótese de Lubanowsky, bem de acordocom o seu temperamento, manter o mes-mo time que era escalado por Malofeev.

Hungria sofre o verão mexicanoA adaptação à altitude foi rápida e

surpreendente. Agora, os húngaros estão 'enfrentando um sério e incontornávelproblema: o calor. Após os quatro trei-nos que já dirigiu, Gyorgy Mezzey con-cluiu que o time não terá condições deapresentar o mesmo futebol que exibiunas eliminatórias da Copa do Mundo.Mezzey prevê que este Mundial será derazoável nível técnico, porque todas asequipes sentirão os efeitos do calor.

Todos os jogos da Hungria nestaprimeira fase da Copa do Mundo estãomarcados para as 12 horas. Neste hora-rio, tanto em Irapuato como em Leon, atemperatura fica em torno de 34 graus. AHungria tem treinado neste horário e osjogadores rendem o que sabem apenasdurante 30 minutos.

— A recepção e o tratamento que osmexicanos têm nos dado — observouMezzey — são excelentes. As condiçõespara treinamentos são ótimas, mas jogarfutebol ao meio-dia, com esta tempcratu-

ra, e impossível. Ninguém consegue ren-der tudo o que sabe.

Nesta época do ano, a Hungria estáse aproximando do verão. A temperaturanão ultrapassa os 30 graus, mesmo assimem dias excepcionais. Num dos treinosdesta semana, o atacante Dajka, ao divi-dir uma bola, caiu e ficou imóvel nogramado. Todos pensaram que era umacontusão grave, mas Dàjka pouco depoisse levantou e pediu um copo de água.Estava morrendo de calor—neste dia, oshúngaros treinaram com camisas de man-ga comprida — e logo depois saiu dotreino.

— Talvez, os únicos beneficiados se-jam os times sul-americanos — comentouDetari, que tem sido o alvo preferido dasbrincadeiras dos jogadores porque estávermelho como um camarão de tantotomar sol nos treinos.

Detari acha que esta é, uma dasgrandes vantagens dos sul-americanos no1 Mundial. Ele lembrou que os mexicanos,

por exemplo, estão acostumados a jogarneste horário. Já Antal Nagy, compa-nheiro de Detari no meio-campo da Sele-ção e capitão do time, não está muitopreocupado com o calor:

— É um problema que existe paratodas as seleções. Não seremos os únicosprejudicados. Em nosso grupo estão tam-bém a União Soviética, onde as tempera-turas não são tão elevadas, a França, quetem um inverno rigoroso, e o Canadá.Não devemos pensar no calor. Temosque entrar em campo e vencer as nossaspartidas. É com isso que devemos nospreocupar.

Nagy é um dos jogadores mais asse-diados após os treinos. Os jornalistasmexicanos sempre o procuram para saberdetalhes da sua transferência para o Nan-tes, da França, — não é muito comum umjogador ser negociado no futebol húnga-ro — e as mulheres o elegeram como ojogador mais bonito da Seleção.

Daseiev conquista a criançadaQuatro dias em Irapuato foram sufi-

cientes para fazer de Rinat Daseiev umídolo entre as crianças. A cada defesa querealiza nos treinamentos ele é aplaudidocom entusiasmo. Entre todos os jogado-res da Seleção Soviética, Daseiev é omais falante e sempre disposto a conver-sar com os fãs e jornalistas. Aos 29 anos,Daseiev se considera num dos melhoresmomentos da sua carreira e veio para osegundo Mundial disposto a justificar afama de melhor goleiro da Europa, quedivide com o alemão Schumacher.

A carreira deste goleiro de l,87m e76 quilos é bem curiosa. Na verdade,Daseiev nunca pensou em jogar futebol.Sua paixão era a natação, esporte quecomeçou a praticar com três anos. Até os12, ele não passou de um modesto nada-dor, que conquistou um número razoávelde medalhas.

Mas o destino resolveu alterar a vidade Daseiev. Certa vez, ele treinava parauma competição em sua cidade — Satra-kan, a 70 quilômetros do mar Cáspio —,quando caiu na beira da piscina e fratu-rou uma das mãos. Os médicos recomen-daram que fizesse exercícios diários comuma pequena bola e um deles sugeriu quepassasse a jogar como goleiro, porqueajudaria na recuperação.

Me pareceu uma posição muitonatural — recorda ele.

Desde então Daseiev abandonou de-finitivamente a natação e elegeu o futebolcomo seu primeiro esporte. Sua ascensãofoi rápida e, em pouco tempo, Daseievera titular do Satrakan. Logo depis setransferiu para o Spartak, de Moscou.Nesta equipe, ele começou a chamar aatenção da Europa. Imediatamente, otécnico Constantin Beskow o convocoupara a Seleção Nacional, em 79, e eleassumiu logo a posição de titular.

No Mundial da Espanha, ele foi oúnico jogador soviético que os torcedoresconseguiram guardar o nome. Brilhou emtodas partidas, principalmente contra oBrasil.

O Mundial da Espanha serviupara que eu mostrasse ao mundo que souum grande goleiro — afirma sem nenhu-ma hesitação.

Ouando a delegação soviética desem-barcou no México, Daseiev e Blochinforam os jogadores mais assediados pelaimprensa e torcedores. Daseiev, maisuma vez, ouviu uma velha pergunta que oacompanha desde o início da carreira:

Seu estilo tem alguma influênciade Leev Yashin?

Só vi Yashin atuar em filmes..

Quanto mais falam de Yashin, melhoracho que ele foi. Somos muito bonsamigos e ele me trata como se fosse umpai. Sempre que nos encontramos, fala-mos muito de futebol e da vida. Antes desairmos de Moscou ele me deu muitosconselhos.

Entre os jogadores soviéticos, Da-seiev talvez seja o único que demonstraabertamente confiança na equipe. Eleevita previsões sobre os resultados doGrupo C, mas sempre faz um comentárioenigmático:

Cuidado com a União Soviética.Ela não está morta — adverte.

Nos treinos, a sua dedicação é im-pressionante. Fica horas em campo, mes-mo quando os outros jogadores saem decampo, estudando a melhor maneira dese colocar dentro da área para interceptarum cruzamento ou defender um chute delonga distância. E durante os coletivosque o técnico Valerie Lubanowski tantogosta de dirigir, não pára de orientar oszagueiros. Quando sai de campo, nãoadmite que nenhuma outra pessoa carre-gue o saco de bolas.

O goleiro tem que transmitir cal-ma aos zagueiros. Se eles percebem queos goleiros estão nervosos, se confundeme podem prejudicar a equipe.

França perdetranqüilidadecom o empate

Tlaxcala — Ficou evidente que faltaainda muita coisa para que a França sejarealmente uma das favoritas deste Mun-dial. A Seleção Francesa demonstrouestar ainda com seu esquema tático dejogo bastante confuso. Seus jogadoresforam imaturos diante das dificuldadesencontradas para superar a defesa daSeleção de Menores do México e chega-ram em alguns momentos a apelar para aviolência, fazendo faltas feias e perdendototalmente a tranqüilidade.

A França não soube envolver o ad-versario e quis resolver o problema deforma errada. Sua equipe, em determina-dos momentos, praticamente andou den-tro de campo, sem conseguir realizarnenhuma jogada brilhante. Michel Platinificou irritadíssimo com seus companhei-ros e chamou a atenção de Fernandez,que acabou expulso por agressão. Platinidisse a ele que, se estivesse valendo, aFrança teria sido prejudicada por suafalta de tranqüilidade.

O técnico francês, Henri Michel, che-gou a pedir à Federação Mexicana paratrocar o adversário, achando que a Sele-ção de Menores do México era um timefraco. Em campo, o que se viu foi umtime valente e lutador, que acabou revê-lando várias deficiências do sistema táticofrancês e o baixo rendimento da equipeda França quando joga sob o calor mexi-,cano, que em Tlaxcala anda em torno de30 graus, quase insuportável para osfranceses.

A marcação individual incomodoubastante os jogadores franceses e o prin-cipal deles, a estrela Michel Platini, nãoconseguiu sequer realizar uma jogada delançamento ou de penetração, cooperan-do para que o esquema ofensivo daFrança fosse totalmente nulo. A veloci-dade dos mexicanos foi incômoda para osfranceses e o técnico não teve saída senãoadmitir que foi difícil para sua equipemostrar seu verdadeiro futebol.

Foi o calor. Ele impediu — disseHenri Michel — que nossa equipe pudes-se acompanhar a velocidade deles. Mascomo teste, foi importantíssimo para aFrança, que pôde perceber que durante acompetição a situação será pior ainda.Ficou evidente também que a Françaainda não está pronta para a Copa do ,Mundo. Mas estamos aqui é para issomesmo e valeu como teste para adap-tação.

Fernandez deu joelhada no adversa-rio, Gcnghini deu soco e Giresse apeloupara as faltas. Michel Platini preferiu sairde campo no intervalo, irritado com oque estava acontecendo aos companhei-ros. Várias vezes pediu calma aos jogado-res franceses, reconhecendo depois quehouve dificuldade de jogar.A marcação individual prejudicounossa forma de jogar. Foi uma boa parti-da como teste. Mas tudo deu errado.Cada vez mais fica difícil jogar. Se bemque o time mexicano aproveitou para seempenharem ao máximo, como se a par-tida estivesse valendo alguma coisa.

A França joga com quatro homensno meio-campo, todos ofensivos e capa-zes de criar jogadas surpreendentes, quedão charme e classe ao seu futebol; Masfalta tranqüilidade ao grupo para vencerpequenos obstáculos, a ponto de todo oesquema ir por água abaixo e a equipe sedesorientar em campo, dando oportuni-dade a que o adversário cresça no jogo.

Taticamente, a França até que che-gou a revelar duas boas surpresas nessesquase 20 dias aqui em Tlaxcala. Umadelas é o constante aparecimento dograndalhão Bossis no meio-campo e noapoio ao ataque, sempre vindo de tráspara chutar ou cabecear. A outra é aparticipação do pequeno Jean Mark Fer-rari no meio-campo, substituindo even-tualmente o esperto Tigana.

Até agora, segundo o técnico Michel,a única dificuldade encontrada pela Fran-ça é a falta de adaptação ao calor e àaltitude, que deixa o time nem fôlegopara voltar. Mas ficou evidenteaue quan-do o meio-campo está marcado, a criati-vidade do time desaparece, revelando afalta de contato entre os três setores daequipe, o que acabou provocando atédesespero no amistoso contra a SeleçãoMexicana de Menores.

São quatro homens atrás (Amoros,Bossis, Battiston e Ayache), quatro nomeio-campo (Giresse, Fernandez, Platinie Tigana) e dois na frente (Papein eRochcteau ou Stopyra), com todos semovendo por todos os setores do campo.Atacantes puros e simples só mesmo osdois homens da frente, que têm obriga-ção de marcar a saída da bola. Ficafaltando apenas encontrar fôlego, paraconseguir fazer o esquema tático de Hen-ri Michel funcionar.

Henri Michel aponta os países sul-americanos como favoritos no México,pelo fato de estarem acostumados aocalor. Para ele, não há dúvidas de que ogrande adversário dos europeus será mes-mo o calor, aliado ao efeito da altitude.

— Os sul-americanos estão acostu-mados a jogar assim, com esse sol forte.Isso é um fator negativo para os euro-peus. Nós estamos aqui para tentar umaadaptação, mas é difícil porque chegauma hora em que o time sente.

A França deixa a cidade de Tlaxcalaquinta-feira pela manhã, indo para Leon,onde irá disputar a fase eliminatória daCopa pelo Grupo C, contra Canadá,Hungria e União Soviética. Mas o timetitular francês só será conhecido dia Io dejunho, quando os franceses jogam com oscanadenses.

Henri Michel garante que a equipeque entrar em campo quarta-feira, quan-do a França fará seu último amistoso,contra os Pumas do Universidad, será abase do time titular, com uma ou duasmodificações. =,

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Pfaff, Gerets e Ceuíemans, os belgas em treinamento' dtr«1

Problema ameno —otécnico Omar Borras, do Uru-guai, tem um invejável problemapara resolver: esta com dois ti-mes fortes (titulares e reservas) etalvez seja obrigado a fazer algu-mas modificações na sua equipe-base, tal a disposição de algunsreservas que vêm merecendo acondição de titular, como DarioPereira, Ruben Paz e VenancioRamos. Este, aliás, foi o autor dogol da vitória dos reservas notreino de ontem.

Trauma soviético—Ossoviéticos não pararam de treinarum instante sequer no fim-de-semana. Os treinamentos foramintensificados e também as pales-trás de Valerie Lubanowski. Nes-sas conversas, ele procura animara equipe que, aos poucos, parecese recuperar do trauma provoca-do pelas quatro últimas derrotas.

Mistério — A presença dejornalistas, principalmente foto-grafos, durante os treinos, conti-nua incomodando Gyorgy Mez-zey, o técnico da Hungria. De-pois de uma entrevista coletiva,ele afirmou que às vezes se sentetolhido em seu trabalho.— Muitas vezes quero dizer umapalavra mais dura ou dar umaexplicação mais detalhada paraum jogador e não posso, porqueexiste uma câmara a acompanhartodos os lances. Há jogadas queprecisam ser ensaiadas detalhadae secretamente. Com a presençada imprensa nem sempre é pos-sível.Nezzey, apontado ano passadocomo o melhor técnico da Euro-pa, é um amante dos treinos e delongas explicações aos jogadores.Além disso, gosta de cultivar omistério.

De Chapéu —Quase toda adelegação francesa adotou o cha-péu para se proteger do sol evários jogadores, antes do iníciodo treino, passam óleo bronzea-dor no rosto e nos braços. Elesrealmente não suportam o calor eacabam sentindo os efeitos nega-tivos que ele causa. SegundoHenri Michel, não há soluçãopara isso:— Estamos tentando fazer o quetem que ser feito: o trabalho deadaptação. Mas assim que se ini-ciar o ritmo normal de jogo, aFrança já estará em condições deenfrentar os adversários do Gru-po C, que afinal irão ter maisproblemas do que a gente, por-que não fizeram esse trabalho ouvão chegar muito em cima dahora.

Crise—O centro de imprensade Irapuato ainda não começou afuncionar e já está em crise. JoséLuís Chavez, subchefe de im-prensa, pediu demissão por nãoconcordar com a demora na ins-talação das máquinas de telex eno começo dos trabalhos. JoséLuís também não se conformoucom o fato de não receber umacredencial oficial para as partidasem Irapuato.

Espanha teme Zico—Para o técnico da Seleção Espa-nhola, Miguel Munoz, a ausênciade Cerezo e Dirceu na relação de22 jogadores brasileiros para aCopa do Mundo não altera emnada para a Seleção da Espanha,mas a presença de Zico, a seuver, é um trunfo para o Brasil:— Para nós é igual, pois nos

ftrepáramos para enfrentar a Se-eção Brasileira. Se esses dois

jogadores não foram relaciona-dos é porque há outros em me-Ihores condições. O Brasil sem-pre se pautou por mostrar joga-dores de talento e a cada Copasurge pelo menos uma revelação.São vários jogadores num mesmonível. Apenas Zico está num ní-vel superior.

Cantores — As crianças quepedem dinheiro pelas ruas deirapuato encontraram uma novaforma de consegui-lo. Quandoum carro pára em um sinal ou umônibus em um ponto, elas come-çam a cantar músicas de sucesso.Terminada a interpretação, pe-dem uma pequena colaboração.

Belgas sóagorase definem

Toluca — A Seleção da Bélgica, diri-gida por Guy Thys, só agora começa adefinir-se taticamente para a estréia dapróxima quarta-feira, diante do México.E que só no último dia 7 o treinador pôdecontar com a metade de seus 22 homens,devido à partida-desempate que o Ander-lecht e o Brujas tiveram de fazer paradecidir o título nacional.

Sete dos convocados pertencem aoAnderlecht, quatro outros ao Brujas.Thys diz que perdeu muito tempo comessa partida extra.

— Além disso, é sempre difícil come-çar a Copa contra a equipe anfitriã. Osmexicanos terão a seu favor uma torcida

3ue, pelo que vi aqui, é apaixonada,

essas de levar seus jogadores à vitória.

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Milutinovic atrás de Bearzot

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Cidade do México—A Seleção Mexi-cana trabalha febrilmente nesses dias queantecedem a abertura da Copa do Mun-do. Seu técnico, o iugoslavo Bora Miluti-novic, garante que falta muito pouco paraque seu grupo atinja o apogeu físico,técnico e tático. E compara seu plano detrabalho ao de uma viagem do homem àLua.

Temos que calcular tudo certinho,o dia, a hora e se possível o minuto emque devemos pousar. Levantar vôo, jálevantamos. Há exatamente quinze me-ses, quando começamos a preparar essesrapazes. No dia 3, o do jogo com aBélgica, estaremos chegando à nossa sMLua. ' vib

Milutinovic está muito confiante. ^Ele, os jogadores e todos os mexicanos,que pela primeira vez em sua história %armaram uma Seleção em condições de r *:aparecer bem numa competição interna- ~*cional (excluindo, é claro, os torneioslatino-americanos que cansaram de -^vencer). \s,

Os mexicanos sabem que sua res- »"'''ponsabilidade é muita. Este é o primeiro

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país do mundo a organizar duas Copas do fljMundo. Na primeira, em 1970, os mexi- ycanos não foram tão bem quanto espera- -rjr'.vam. É justo que queiram melhor sortedesta vez.

Uma torcida organizada — de 3 milmexicanos uniformizados — vai acompa-nhar a Seleção onde quer que ela ionne.

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6 O ESPORTES 0 segunda-feira, 26/5/86 Esportes/Turfe JORNAL DO BRASILFoto de José Camilo da Silva

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d$^Kmina com facilidade a Paris Queen e Gianpietro, por dentro, em bela direção do Goncinha

Hoje na Gávea Técnica de Goncinha brilhana bela vitória de Adoçada1° PÁREO— h UhOOmin —1.300 metros—AREIA—Cavalos nacionais de 5 anos e mais, ganhadores

ali Crt 13.500.00 em 1° lugar no Pais

1-M Último Macho2—2 Braa lesta3—3 Tenente

!. 4 Even Upt—5 Quero Flete

, 6 King Robert

58 1 J.Ricardo 20/10 4°-12- On The Top +1.6 GL 94s25856575757

MJtndrade3 J Aurélio6 F.liiras

R.Macedo

28/0418/0515/0515/05

2 M.N-scimentoAp.317/05-

4° 7- Nimbo 1.3 NP 81s2.- 6Yellow Light 1.4 AL 89s35°- 6- Grilo Raro 1.1 NP 69s6°- 6- Grito Raro 1.1 NP 69s1°- 6 Tubim 1.3 NU 84s3

2° PÍREO—is 14h30m —1.300 metros—AREIA—Animais nacionais de 6 anos e mais, ganhadores atéCri 8.000,00 em 1" lugar no Pais.

,111.1- ¦¦ ' ——- ¦— ¦'¦ i

1.-1 Gubbiano 57 3 J.Ricardo 28/10 2°-7 Framer 1.3 NL 82sl• 2 Phedayin 58 5 J.Aurélio 15/05 3°-6 Champion One +1.3 NP 83s3

2—3 Nobille 56 6 CJLMaia 03/85 5°-6 Iron Bond (SP) 1.6 Gln98s8' 4 Fascinadora 55 8 Fiemos 19/05 5°-6 Alale -ai- 1.1 NL 70s

3—5 fice Good 55 2 G.F.Silva Ap.l 05/05 2°-4 Umguaya 1.3 Nl 82s36 Eipicss Pacific 58 7 R.Carmo 15/05 5°-6 Champion One 1.3 NP 83s3

4—7 Tangueiru 55 4 MAidrade 12/05 2°-7. Bleu Monster 1.1 NU 71s8 Sotil 54 1 R.Macedo 17/05 5°—6 King Robert 1.3 NU 84s3

3" PÁREO- ¦ As 15h00min —1.100 metros — AREIA—Animais nacionais de 5 anos e mais, ganhadoresaté CrJ 4.500,00 em 1° lugar no Pais

1—1 Bom Bom2—2 AJaimbrera

3 Amaria3—4 Lady Curuaté

5 Ki Samba4—6 Jan Jan

7 Nutcracker

58565656555858

0. RicardoJ. AurélioG. F. Silva Ap.lF. Pereira F°

1J. QueirozR. MacedoJ.Ricardo

19/0506/8523/0115/0511/0501/0519/05

2°- 7 Black Dollar3o Elilla3°- 3 Corsabad2o- 7 Cutilada5"- 8 Boulevard6°-ll Grito Raro

1.1 NL 70s31.3 NL 83s1.3 NL B2s41.1 NP 70s21.3 AP 82s1.1 AL 69s2

61- 7 Black Dollar +1.1 NL 70s3

'4° PÁREO—Ás 15h30min —1.300 metros — AREIA—Animais nacionais de 5 anos e mais, ganhadoresaté Cri 1.200,00 em Io lugar no Pais

1 — 1 Und So Witter 56 3 «Freire— 2 Gatiâo"

3 Tegal— 4. Ever Victoiy— 5 forini

6 Verbete

58 2 J.Pinto56 4 J.L.Manns56 1 R. Carmo58 5 R.Macedo58 6 MANunes

26/04 2°- 4 Bolgani 1.3 GM 80s19/05 2°- 4 Dudu's Frlend 1.3 NL 83s17/04 4°- 7 Belle Camila 1.1 NP 70s17/04 .- 7 Belle Camila-d 1.1 NP 70s12/1210M2 Sotaura 1.3 NL 81s417/02 6o- 6 Ferret 1.1 NP 69sl

5a PÁREO-Isl6h00m- -1.100 metros—AREIA—Animais nacionais de 5 anos e mais, ganhadores atéCrS 9.000,00 em 1° lugar no Pais

l—1 Ornitorrinco2 Ctuulita

2—3 Vmcitanzo' '4 Emoi

3-6 Mer6 BabyesUn

4—7 Jóia da índia" lt» Flete

57565557585555

J. Aurélio8 M. A. Nunes

0. RicardoR. Freire1. PintoJ. Queira.R. Macedo

19/05 2°- 7 Trousseau '

U/05 8° -8 Boulevard01/05 3°-ll Grito Raro'31/03 3°- 8 OrakuiinoU/05 6°- 8 Boulevard05/04 4° - 7 Bramania19/05 5°- 7 Trousseau

1.1 Nl 69s21.3 AP 82s1.1 AL 69s21.1 NP 68s313 AP 82s1.3 AL 81s21.1 NL 69s2

54 1 L. S. Santos Ap.3 19/05 3»- 4 D. Frlend 1.3 Nl 83s

6° PÁREO — Às 16h30min — 2.000 metros—AREIA—Cavalos nacionais de 3 anos e mais. ganhadoresaté &J 15.000,00 em 1° lugar no Pais.

l—l- Ulan Battor2—2,Oon Dirceu3r_-3/rimer. 4 Crisanthemo4—o The «tod

.6 Assombro

595859575855

J.RicardoJ.QueirwLMalta«.GonçalvesJJlurélioARamos

07/0426/0405/0526/0410/0530/03

1»- 6 Shat-EI-Aiab3°-10 C Marble4«- 7 Zatel ¦

4°-10 CMaitle •

2°- 5 Pinus Tree5°- 7 Don Dirceu

1.6 NL 101s42.0 NM 129s21.6 Nl lOls2.0 NM 129s21.6 AP lOOs1.6 NL lOls

'PÁREO—Ás 17h00min—AREIA—Animais nacionais de 6 anos e mais, ganhadores até CrJ 16.000,00. - -'. em 1° lugar no Pais.

1—ltefer¦"• Bleu Monster

2—2-Ballrto:.3-oinb»

3—4Queri5 Nice Mary

4—í Travessão7 Champion One

,,,8 Pongo

58 81.Pessanha56 51.Brasiliense

1 J.Pinto56 7 J-Aurélio56 2 ARamos

6 E.S.Gomes Ap.24 A.Campos

58 9 O.F.Grsça58 3 CAMartins

55

5556

06/0112/0521/0401/0513/0312/0505»15/0512/05

3»-5l°-7l»-44°-85°-53"-73°-410.6T- 7

H.WinnerTangutirotaplaoeOvettoquistaFramerAdventoUruguayaKamal *

Advento

1.1 NP 68s1.1 NU 71s1.1 AL 69s31.2 Nl 76s1.3 Nl Bis1.3 NU 81s31.3 NL 82s31.3 NP 83s31.3 NU 81s3

8° PÁREO—Ás 17h30min —1.100 metros—AREIA—Potros nacionaisde3 anos, sem vitória no Rioe emSáo Paulo.

1-1 Nice GoldOearAfim

2—4 Pamak

; 5 So Golden'6 Burkan

3^-7 Comissirio Alegre.... Big Sunrise4—9 Gaviio Dourado. 10 Mallarmé

11 Ever Globo

1. C Castillo1J. L Marins

M. Monteiro11 R. Macedo

U. Meireles4 M. Ferreira

R. FreireJ. Queiroí

10 J. AurélioC. A MaiaM. Andrade

15/0515/0523/0306/0304/0517/0301/05

08/0519/0410/05

9 HamilcarHamilcar

10 DividendoDilk sonHamilton -f-

Emoção FortePopeye

ESTREANTE4°- 7 Nalito5*- 7 Quintieme6f- 7 G. Invincible'

1.1 NP 69S31.1 NP 69s31.0 GM 58s31.1 NP 68s41.4 GL 84s41.3 Nl 79s41.1 Nl 70sl

1.3 NP 80sl1.0 GU 58s21.3 AP 84sl

Indicações Mauro de FariaV pireo — Último Macho • Braz* Leste • Even Up — Último Macho éganhador clássico e retorna em companhia bastante desfalcada. Deve dar omaior vareio do ano. Braza Leste largou com atraso em sua recenteapresentação e não mais se recuperou. É o melhor nome para a dupla.Even Up, se disputar, vai figurar com destaque.2° pino — Gubbiano • Tangueiro • Nict Good — Outro que reaparecedeséntunnado é Gubbiano. Não tão flagrante como Último Macho masdeVe vencer com facilidade semelhante. Tangueiro vai gostar do aumentoda distância. Nice Good forçou turma e foi um bom segundo lugar. Develutai pela dupla.y páreo — Bom Bom • Akumbrera • Ki-Samba — Bom Bom mostroumuita velocidade em sua recente atuação e perdeu por pequena diferença.Vamos ver agora. Alcumbrera retorna com bom preparo podendo ameaçara vitória do nosso preferido. Ki-Samba caiu de turma podendo sur-preender.4a .páreo — Und So Wettter • Galvio • Forini — Und So Weitter vaipegar uma companhia muito camarada desta vez. Deve ganhar. Galvão foiapostado e correu bem. É o maior rival da nossa indicada. Forini voltapreparado para uma grande atuação. Pode vencer sem surpresa.5* páreo — Ornitorrinco • Babycstan • Emoi — Ornitorrinco tem mos-trado regularidade chegando sempre perto dos primeiros. É a força sem serbarbada. Babyestan reaparece em turma acessível e bem preparada. Éforte rival. Emoi está em excelente fase e, se disputar, vai figurar comdestaque.tf* páreo — Don Dirceu • Ulan Battor • Assombro — Don Dirceuapanhou boa oportunidade para vencer mais uma na Gávea. Ulan Battor ésempre um adversário perigoso principalmente na areia. Assombro perdeupara ótima marca em sua última apresentação na grama. Se confirmar estaatuação pode surpreender os favoritos.7* páreo — Keefer • Nice Mary • Ballito — Keefer retorna em turmamuito fraca devendo ganhar sem problemas. Nice Mary tem corrido bem eaparece como a maior adversária. Ballito venceu disparado em sua últimaapresentação mostrando muitos progressos. É perigoso.8° páreo — Nice GoW • Gavião Dourado • Mallarmé — Nice Gold vemde ótimas atuações podendo vencer agora. Gavião Dourado caiu bastantede turma podendo derrotar o provável favorito. Mallarmé está emprogressos e volta à areia onde pode render mais.

AcumuladaIo — Último Macho7o — Keefer8o — Nice Gold

Melhor placê2o — Gubbiano

BarbadaIo — Último Macho

Melhor duplaIo—12

Pule boa3o — Alcumbrera

Na prova principal de ontem na Gávea,o Grande Prêmio João Borges Filho, ficouclaro para todo turfista carioca porque ofreio Gonçalino Feijó de Almeida ganhatantos clássicos. Pilotando Adoçada, conse-guiu derrotar a ótima Paris Queen, e paraisso foi muito ajudado pelo afobado Francis-co Pereira Filho que aceitou uma luta suicidaproporcionada pelo nâo menos afobado Joel-son Pessanha que montou Gianpietro.

Na largada, como era possível preverantes da prova, vários animais buscaram aponta, principalmente Aracatu e Gactano,respectivos companheiros de Adoçada eGianpietro. Tudo para não deixar a velozParis Queen galopar sozinha na frente. Po-rém, Pereira Filho conseguiu amansar a filhade Vacilante II na terceira colocação en-quanto Aracatu ponteava seguido de Gaeta-no que já esmorecia. Isso na metade da retaoposta. Todos iam bem — nesta ordem,Aracatu, Gaetano, Paris Queen, Gianpietro,Adoçada e os demais — quando, de repente,Pereira e Pessanha pareceram ter visto odisco de chegada na altura dos 1 mil metrosfinais. Saíram obrigando os animais a umabriga alucinada pela ponta. O resultado nãopoderia ser outro: Goncinha, que a tudoassistiu na quarta colocação, trouxe Adoçadapara uma partida curta na reta e dominou osadversários com facilidade. Foi o primeiroêxito clássico do jovem treinador Adail Oli-veira e mais um troféu para Goncinha, combela direção, embora um tanto desvalorizadapelas performances bisonhas dos jóqueis deseus principais rivais Gianpietro e ParisQueen. Estes foram os resultados dos oitopáreos disputados em pistas de areia e gramamacias:Io páreo — lmil 100 metros — areia — IoRecount J Pinto 2° Barika J. Ricardo 3oVelocitá G. F. Almeida vencedor (3) 6,70dupla (13) 3,30 placê (3) 1,10 (1) 1,00 tempo

1 min 07sl/5 exata (3-1) 10,90 — Não correu— Best Lark.2° páreo — 1 mil SOO metros — grama — IoBenedini J. Ricardo 2o Quill J. Aurélio 3oQuadrige C. Lavor vencedor (5) 2,30 dupla(14) 2,10 place (5) 1,10 (1) 1,00 tempo 1 min30s exata (5-1) 5,403° páreo — 2 mil metros —areia — l°BufãoJ. Aurélio 2o Bat Masterson J. Ricardo 3oJoseph J. F. Reis vencedor (4) 2,60 dupla(13) 3,70 place (4) 1,50 (1) 1,60 tempo 2 minlOs exata (4-1) 7,70 — Triexata (4-1-3) —CzS 21,004° páreio — 1 mil 400 metros — areia — 1°Nova Mania J. Ricardo 2o Rage of Angels F.Pereira Filho 3o Navicela C. Lavor vencedor(3) 1,90 dupla (13) 1,70 place (3) 1,00 (1)1,00 tempo l,min 26s4/5 exata (3-1) 2,905° páreo — 1 mil 400 metros — areia — IoDon Ojigo J. Aurélio 2? Rélincho M. Andra-de 3o Royal Garden G. F. Almeida vencedor(4) 3,00 dupla (23) 2,60 place (4) 2,60 (8)3,30 tempo 1 min 28s exata (4-8) 36,30 —Não correu — Anexim6° páreo — 2 mil 400 metros — grama — IoAdoçada G. F. Almeida 2o Paris Queen F.Pereira Filho 3o Gianpietro J. Pessanhavencedor (4) 2,50 dupla (14) 1,80 place (4)1,00 (1) 1,00 tempo 2 min 27s2/5 exata (4-1)7,107° páreo — 1 mil 300 metros — grama — IoJono J. Ricardo 2o Obellsk L. S. Santos 3oRound Sin M. Andrade vencedor (1) 1,00dupla (12) 3,70 place (1) 1,00 (3) 1,00 tempo1 min 18s exata (1-3) 5,50—Triexata (1-3-5)- CzS 44,008° páreo — 1 mil 100 metros — areia — IoCarmem Fierro J. Ricardo 2o Ruperta diRavena E.S. Gomes 3o Fleetly M. Ferreiravencedor (1) 1,50 dupla (14) 3,90 place (1)1,10 (6) 1,50 tempo 1 min 09s exata (1-6)13,40 — Não correu — Epipola.

Jabble ganha em São Paulo1* páreo — 1 mil metros — Io Clorious BoyA. Batista 2o Do Better A. Artin ven—5,40dupla — 6,00 pia—2,90 e 2,30 2» páreo — 1mil 400 metros — 1° Belle Sunrise L.C. Silva2o Sun Daddy W.R. Silva ven —1,00 dupla

2,10 pia —1,00 e 1,00 3o páreo— 1 mil600 metros — 1° So Happy J.M. Silva 2° FastEasy J. Volmir ven—1,30 dupla—25,70 pia—1,20 cSjfflf páreo— 1 mil 200 metros—Io Lilia F. Lopes 2o Fair Jet J.M. Silva vert—2,30 dupla—8,80 pia -1,60 e 2,40 5o páreo

2 mil metros — Io S. Fast J.M. Süva 2oGoataçaba M. André ven — 2,70 dupla —4,00 pia —1,40 e 1,40 fl» páreo — Io Junior

Me Siga A. Barroso 2? At The Best S.Dorneles ven — 1,90 dupla — 1,50 pia —1,60 e 4,50 8" páreo — 1 mil 200 metros — IoGelsyan A. Bolino 2° Judenga J. Gonçalvesven — 1,50 dupla —15,60 pia — 1,50 e 7,809" páreo — 1 mU 200 metros — Io Fair BandH. Freitas 2? Queharbala J. Siqueira ven —1,30 dupla — 8,80 pia — 1,10 e 2,70 10"páreo — 1 mil 200 metros — Io Oigale Z.Paton 2o Ecletista F. Lopes ven—2,30 dupla—4,50 pia—1,60 e92,1011° páreo 1 mil SOOmetros — Io Sebas O. Camargo 2o UpkaepV. Mafra ven —15,70 dupla—99,70 pia—6,10 e 4,70.

Volta Fechada

COM uma bela e impecável

direção de G.F. Almeida, umpercurso em or como diriam os*franceses, aproveitando, inclusive,e magnificamente, os erros de seusprincipais rivais (teoricamente),Adoçada (Waldmeister em Exar-que, por Exbury), criação e pro-priedade do Haras Santa Ana doRio Grande, venceu, com todafirmeza e autoridade, a milha emeia do simplesmente clássicoJoão Borges Filho (Grupo III),ontem na pista de grama macia deHipódromo da Gávea.

A irmã da craque Vada, assim,alcançou seu primeiro triunfo no-bre após uma série de colocaçõesem pattera races (foi, entre outros,terceira no Prix Vermeille carioca,grande clássico Marciano deAguiar Moreira, Grupo I, paraCisplatine e Paris Queen) e umtriunfo em listedrace, a milha daTaça York. Como boa Waldemeis-ter, mostrou apreciável evoluçãoem seu padrão de carreira nestesmeses em que ficou parada (diga-se de passagem que foi muito bemapresentada por Adail Oliveira),agradecendo o natural amadureci-mento, mesmo levando em consi-deração as infelizes direções rece-bidas por seus rivais, sobretudopela natural favorita do páreo,Paris Queen (Vacilante II em JolieReine, por Bennard II), criação epropriedade de Haras Santa Mariade Araras, em cujo dorso F. Perei-ra Filho esteve particularmente bi-sonho.

De qualquer modo, a ação queAdoçada trouxe na reta (do outrolado, naturalmente, à la corde,galopava com desenvoltura), nãopode e nem deve ser subestimada.Mas a sanfona a que foi obrigadaParis Queen (a tática de staff deSanta Ana de Rio Grande man-

dando Aracatu, um Crying ToRun em Royal Nordic, por AlMabst, para a ponta, cremos terdado certo principalmente pela in-felicidade da direção que ParisQueen recebeu, sobretudo a partirda grande curva), igualmente nãodeve ser també deixada de lado.Particularmente, achamos, porém,que a filha de Vacilante II nãoestava tão bonita e bem quanto dasoutras vezes e que, de qualquermodo, correu abaixo de sua capa-cidade. Mas isso não invalida oque seu jóquei fez a partir domomento em que, igualmente semexplicação e alucinadamente,Gianpietro (Falkland em Aniela,por Vasco de Gama), criação epropriedade dos Haras São José eExpedictus, na altura dos mil 200metros foi obrigado por seu piloto,em decisiva partida (apesar detrain e da presença de Aracatu naponta, visivelmente, em papel defaixa), a assumir as rédeas do espe-táculo mais do que prematuramen-te pelo perfil dos inscritos e dodesenvolvimento da carreira. Daiem diante, a sanfona tocou feio e,pior de que isso, muito desafinada.

Conseqüentemente, a reta foipura conseqüência de tudo o queaconteceu após Gianpietro desne-cessariamente tomar a ponta e Pa-ris Queen ir, depois desistir e vol-tar a ir em seu encalço, semprecom mais ação mas com seu pilotosem saber exatamente o que fazer.G.F. Almeida, ao contrário, sabiamuito bem o que ele próprio esta-va fazendo e o que os jóqueis deParis Queen e Gianpietro estavamfazendo a seu favor. E aproveitouadmiravelmente. Palmas para ele,silêncio (pelo menos), para os ou-tros.

Escoriai

Diamantino ganha tranqüiloa II Maratona de São Paulo

São Paulo—Sem a concorrência de Louri-vai Antônio Sampaio, que era o favorito, opaulista Diamantino Silveira dos Santos, 24anos, do São Paulo FC, venceu até comtranqüilidade a II Maratona de São Paulo,ontem de manhã, com o bom tempo de 2 horas22 minutos, 44 segundos e 52 centésimos.Lourival, ganhador da prova no ano passadocom a marca de 2h30minl5s, estava treinandono interior, chegou atrasado ao local da larga-da e ficou sem número de inscrição.

Entre as mulheres, a vencedora foi acarioca Janete Mayal, 23 anos, representandoo Banerj. Ela cumpriu os 42 quilômetros 195metros no tempo de 2h55min38s52/100. Bompúblico, superior ao do ano passado, assistiu àprova, organizada pela Viva Promoções espor-tivas e com o patrocínio do iogurte Pauli.Seiko, Unibanco e Votorantim. Sob uma tem-peratura de 24 graus, o público concentrou-seespecialmente no Parque do Ibirapuera, localda saída e da chegada.

Para vencer a maratona, Diamantino cor-reu com passadas firmes que o mantiveram naponta do começo ao fim, embora perseguido apouca distância por Osvaldo de Jesus Ferreira,Luis Amarilia Ibarra (MS), Celson Ciriaco(Bangu) e Moacir Marconi, o "Coquinho",

que abandonou no quilômetro 30, com doresno braço.

No setor feminino, a liderança inicial erada paulista Angélica de Almeida, do SãoPaulo, ganhadora do ano passado, seguida porJanete, Jacqueline Bedos (França) e Maria deLurdes Nascimento (Alagoas). No meio daprova, porém, a professora carioca acelerou,ultrapassou Angélica e assumiu a liderança atécruzar a fita de chegada. No funil de chegada

houve muita emoção, com a torcida uniformi-zada do Unibanco e milhares de torcedores'incentivando e aplaudindo os corredores.

Diamantino explicou que não correu paravencer, mas para cumprir o tempo que conse-guiu: "Estou-me

preparando para tentar ir àOlimpíada de Seul, em 88. A vitória nãoestava nos planos, foi uma conseqüência das,,circunstâncias." Diamantino considerou que aprova foi difícil, mesmo com as mudanças quereduziram o número de subidas.

ClassificaçãoMasculino — 1) Diamantino Silveira dos

Santos, São Paulo Futebol Clube, SP, tempode 2 horas 22 minutos 44 segundos 52 centési-mos; 2) Osmiro de Souza Silva, Goiânia,Goiás, 2h26min48s00; 3) Osvaldo de JesusFerreira, Equipe Power, SP, 2h28minl4sl9; 4)Leôncio Machado Rodrigues, Equipe Minai-ba, Campos do Jordão, SP, 2h29min32s90; 5)Luiz Amarilia Idarra, Prefeitura de Maracaju,Mato Grosso do Sul, 2h29min50s63; 6) JoséCésar de Souza, SP, 2h30min46s54; 7) Celsoda Silva Ciriaco, Bangu, RJ, 2h31min 01s68;8) Sérgio Santos da Silva, RJ, 2h31min08s66;9) Ires de Oliveira e Silva, SP, 2h31min23s30;10) Luís Carlos Lima, SP, 2h33min54s00; 11)Advaldo Cardoso Neves, SP. 2h34min22s00.

Feminino: 1) Janete Mayal, EquipeBanerj, RJ, tempo de 2h55min38s52; 2) Angé-lica de Almeida, São Paulo Futebol Clube, SP,2h58minl7; 3) Maria de Lourdes do Nasci-mento, Equipe Salgema Indústria Química,Alagoas, 2h58min54s00; 4) Jacqueline Bedos,França, 3h03min44s00; 5) Lúcia Carcez DoriaAmaral, Equipe Arki, RJ, 3hl6min36sll.

São Paulo/Foto de José Carlos Brasil

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Diamantino, que não esperava vencer, corta a fita de chegada _j

Areia derrotou o Embalo e ;reina no futebol de praia

O Areia Company conquistou o Campeo-nato de Futebol de Praia do Rio de Janeiro aoderrotar, por 1 a 0, o Embalo, sábado à tardeem Copacabana. O jogo foi de bom níveltécnico e decidido numa jogada de bola para-da, pois as duas equipes passaram a maiorparte do tempo jogando com muita cautela.

Taticamente os times começaram o jogoda mesma maneira, com quatro jogadores nomeio de campo. Ninguém queria se arriscar,talvez pensando em decidir a partida na pror-rogação. Na primeira etapa nenhuma oportu-nidade surgiu, facilitando a tarefa dos goleiros.

No segundo tempo a tônica parecia amesma, até que aos 20 minutos surgiu a jogadaque deu o título ao Areia Company. Uma faltana entrada da área do Embalo, cometida emVirgílio, foi cobrada com categoria por Nei-mar, que apenas colocou a bola no cantooposto ao do goleiro Willis, sem chance dedefesa.

A partir daí o Embalo passou a procurarmais o jogo ofensivo mas seu ataque esbarrou

na defesa bem postada do Areia Company. Otécnico Cori ainda fez duas substituições, massem nenhum resultado prático. Ao AreiaCompany restou tocar a bola com consciênciaaté o final para conseguir o título, bastantefestejado pela torcida e dirigentes.

O Campeonato de Futebol de Praia foiorganizado pela Federação de Esportes dePraia do RJ com promoção da Viva Promo-ções Esportivas que premiou os vencedorescom o Troféu Viva Promoções è medalhas aosjogadores e dirigentes.

O título conquistado pelo Areia Companyé o sexto da carreira do técnico Walter Medei-ros, 49 anos, 30 dedicados ao futebol de praia.

Walter Medeiros já foi técnico do AreiaCompany no período de 77 até o início de 85,quando devido a problemas de patrocínio foipara o Copaleme. De volta depois da primeirafase do campeonato, ele esperava conseguirmais um título em sua carreira:

— É um prêmio a um trabalho que procu-ro fazer com muita seriedade. Agora é esperarpela festa — disse, cercado pelos amigos.

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Collin Woods continua aliderar o golfe em Angra

O jovem Collin Woods, 16 anos, man-teve a liderança do I Campeonato Abertode Golfe do Hotel do Frade, em Angra dosReis, ao completar a segunda volta com 71tacadas, e praticamente assegurou a vitóriana competição, pois aumentou sua vanta-gem para Chris Shepherd, o segundo colo-cado. Com 141 gross. (70-71) Woods teráque jogar muito mal hoje para ser supera-do por Shepherd, que totaliza 147 gross(74-73).

Em terceiro lugar estão Paulo Williem-

sen e James Whittaker, com 153 gross.Collin Woods tem também o melhor de-sempenho do campeonato, pois nos doisdias de disputa ficou abaixo do par docampo. O jovem golfista lidera também acategoria 0 a 9 de handicap, com 135 net,contra 137 do mesmo Chris Shepherd. Na'10 a 15. o líder é Ramiro Barcelos, com 147net: na 16 a 24, Carlos Jardim Borges, com141 net; e na 25 a 32. Expedito Ambrósio,com 71 par point.

JORNAL DO BRASIL Esportes segunda-feira, 26/5/86 0 ESPORTES 0 7~

Mansell ganha corrida que parecia de Piquei*.«£

Spa-Francorchamps, BélgicaEm uma corrida que parecia nasmãos de Nelson Piquet e chegou aser liderada também por AyrtonSenna, a vitória do Grande Prêmioda Bélgica acabou sendo do inglêsNigel Mansell, com .Williams-Honda. Ele obteve assim sua tercei-ra vitória em 79 provas na Fórmula-1. Ano passado, o piloto inglês ven-cera os grandes prêmios da Inglater-ra e África do Sul.

Senna provou mais uma vez quetambém sabe correr para marcarpontos, quando não tem condiçõesde chegar à vitória, e com o segundolugar assumiu a liderança do cam-peonato mundial de pilotos, com 25pontos, dois à frente de Alain Prost,sexto colocado na Bélgica.

Acidente na largadaNelson Piquet assumiu a lideran-

ça da prova, valendo-se da pole-position, enquanto Ayrton Senna fa-zia uma largada fantásntica, forçan-do por fora e chegando na primeiracurva do circuito de Spa em segundolugar. Gerhard Berger, ultrapassadopor Senna, acabou fechando muito acurva e espremeu Alain Prost contrao guard rail. Os dois pilotos tiveramde ir para o boxe e viram terminadassuas chances de vitória.

Pouco depois, porém, NigelMansell ultrapassou Senna, enquan-to Piquet, com pista limpa à suafrente quebrava o recorde do circui-to já em sua quarta volta. Mas Sennarecuperou o segundo lugar logo navolta seguinte, quando o afoito pilo-to inglês rodou na chicane, caindopara a quarta posição, atrás tambémde Stefan Johansson.

Na 15a volta, aconteceu a surpre-,sa. Piquet, que liderava a prova,absoluto, parou no boxe e foi logodeixando sua Williams. Uma quebrade motor acabava com uma vitóriaque parecia certa. Senna, então, as-sumiu a liderança, mas, no pit stop, aLotus foi mais lenta do que a Wil-liams, e o piloto bbrasileiro voltou aficar atrás de Nigel Mansell, posiçãoque manteve até o final, quando seucombustível também chegava ao fim.

Um show de pilotagem foi dadoPor Alain Prost, atual campeãomundial, que após o acidente dalargada, voltou à pista em últimolugar e terminou a prova em sexto,acumulando mais um ponto na cias-sificação geral. A Ferrari tambémdeu prova de recuperação, incluindoseus dois carros entre os seis primei-ros colocados.

Spa-Francorchamps — Bélgica/ReuterJ^

Classificação do GP da Bélgica1—Nigel Mansell (Inglaterra)—Williams 1h27min57s9252—Ayrton Senna (Brasil)—Lotus 19s8273—Stefan Johansson (Suécia)—Ferrari 26s5924—MicheleAIboreto (Itália)—Ferrari 29s6345—Jacques Laffite (França)—Ugler 1min10s6906—Alain Prost (França)—McLaren) 2mln17s7727—TeoFabi (Itália)—Benetton uma volta8—Ricardo Patrese (Itália)—Brabham uma volta9—MarcSurer (Suíça)—Arrows duas voltas

10—Gertiard Berger (Áustria)—Benetton duas voltas11—Alan Jones (Austrália)—Lola três voltas12—Philippe Stretíf (França)—Tyrrel três voltas

i Mundial de Pilotos l

- Ayrton Senna (Brasil) - 25- Alain Prost ( França) - 23

3- Nigel Mansell (Inglaterra) -184 - Nelson Piquet (Brasil) -155- Keke Rosberg (Finlândia) -116 - Jacques Laffite (França) - 77-Stefan Johansson (Suécia)-7

- Gerhard Berger (Áustria) - 6- René Arnoux (França) - 5

10 - Michele Alboreto (Itália) - 311 - Martin Brundle (Inglaterra) - 213 - Ricardo Patrese (Itália) -1

Mundial de Construtores!

— McLaren — 34 pontos— Williams — 33 pontos— Lotus — 25 pontos— ' igier — 12 pontos— I errari — 10 pontos— benetton — 8 pontos— Tyrrel — 2 pontos— Brabham — 1 ponto

Spa-Francorchamps, Bélgica/AFP

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Ayrton Senna assume o segundo lugar na largada

Senna não esperava tantoMesmo satisfeito com o segundo

lugar, posição que não esperava ob-ter, pois no warm up (treino deaquecimento) da manhã fora o 10°colocado, Ayrton Senna não estavaotimista sobre a manutenção da lide-rança na próxima prova, o GrandePrêmio do Canadá, dia 15 de junho,em um circuito veloz como o de Spae mais favorável a outras equipescom motores mais potentes do que oRenault de sua Lotus.

— Vai ser difícil manter a lide-rança em Montreal. Este segundolugar ocorreu mais em função dosabandonos de Piquet e Keke, alémdo azar de Prost. Acho que as McLa-rem fariam dobradinha aqui de novo— disse Senna.

O piloto brasileiro explicou quecom a troca de pneus sua Lotus

parecia nova, o que lhe permitiuperseguir Nigel Mansell. Mas a par-tir da 35a volta, o motor Renaultcomeçou a ter um ronco diferente,obrigando-o a manter a posição.— Até poderia ter arriscado umpouco mais. Mas como Keke e Pi-quet tinham parado, e Prost lutavapelo sexto lugar, preferi garantir asegunda colocação.

Ontem à noite mesmo, Senna foipara a Inglaterra, onde nas próximasSuarta

e quinta-feiras treina emirands Hatch, junto com outras

equipes da Fórmula-1. Na semanaseguinte, viaja para a Alemanha,onde volta a treinar, na pista deHockenheim, e só depois segue paraa América do Norte, para os grandes

Crêmios do Canadá e dos Estados

Inidos.

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O inglês Nigel Mansell obteve na Bélgica sua terceira vitória na Fórmula-1, sempre com a Williams

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Prova deF-Indyfoi adiada S

Indianápolis — Pela primeira vez,em 71 anos, as 500 Milhas de Indiana- \polis foram adiadas. Uma chuva insjs-tente impediu a largada, prevista para..ontem às 12h. Às 15h34min, Tom ~Binford, o diretor da prova, anunciou ,sua transferência para hoje, no mesmo :horário.

Os organizadores da mais famosa;,prova da Fórmula-Indy ainda espera-' 'ram mais de três horas pelo fim da-,chuva, mas acabaram decidindo peloseu adiamento, pois o circuito oval èmuito perigoso com pista moinada.

O pole-position da prova é o ameri-"cano Rick Mears, que tenta sua tercei-ra vitória nas 500 Milhas de Indianápo-lis. Emerson Fittipaldi, o brasileiro...mais bem colocado, larga na quarta-fila, e está otimista quanto a um bomresultado. Raul Boesel sai na nona fila;e Roberto Pupo Moreno, na 11a eúltima fila. Vai largar com carro reser-va, pois o principal ficou danificadopelo acidente no treino de quinta-feira;

Fórmula-2 ~~~O argentino Guillermo Kissling,

com um Berta/Renault, ganhou a quar-ta etapa do Campeonato Sul-Americano de Fórmula-2, realizadaontem no autódromo de Rafaela, naArgentina. A prova não foi boa para ospilotos brasileiros. César Pegoraro, em.,sétimo lugar, foi o que se classificou¦-melhor.

Com o resultado de ontem, Guil-"-,lermo Kissling passou a ocupar a se:gunda colocação no campeonato, com15 pontos, atrás do também argentinoGuillermo Maldonado, que com o se-gundo lugar em Rafaela, soma 25 pon-tos. O brasileiro Leonel Friedrich caiupara a terceira posição, ao lado doargentino Gustavo Sommi, com 12pontos, pois nem chegou a largar naprova de ontem. A próxima etapa doSul-Americano de F-2 será dia 6

"de"

julho, em Puerto Iguazu, na Argea-";-tina. • ::.&

Sala em 2oEm sua estréia no Campeonato^

Saab Challenge Mobil Turbo, dispu-gtado apenas por carros de turismo Saab^900 Turbo, o brasileiro Maurizio Sala-.-ficou em segundo lugar na segunda %etapa da competição, realizada ontem*em Snetterton, na Inglaterra. O vence-»dor foi John LleweUyn, que vencera'?também a primeira etapa, no mês,^passado. °5

Sala largou na segunda posição do ;grid, e só não teve condições de lutar -^pela vitória porque enfrentou proble-,ímas no turbo compressor do motor de'''seu carro. Hoje, o piloto brasileiro ;¦volta a correr, desta vez na oitava^.;etapa do Campeonato Inglês de Fórr..^mula-3, que lidera com 42 pontos. ..^

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'0!!2£™>-Quando o Ayrton vencia as corridos noAuforama, \o dava para imaginar que

esse garoto ia longe. Foi tfio longef|ue virou estrela. E lugar de estrela

è lá em cima. No pódíum.

m mrm§§mmi iiftimi

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Vasco vence mas só joga bem 15 minutos^-^ Foto de Carlos Mesquita

Bastou ao Vasco jogar com extrema aplicação tática e disposição

"v-- <• física nos primeiros 15 minutos deLt:'jogo para conseguir a vitória (1 a 0)s*Jsobte o Mesquita. Depois, inexplica-' velmente, o time cedeu campo ao

adversário, equilibrou as ações nomeio-campo e, apesar de Roberto eRomário se movimentarem constan-

¦ temente na área, coube à defesa doi Mesquita ganhar o duelo contra os:

artilheiros do campeonato.Depois de marcar o gol — bonita

jogada iniciada numa antecipação dePaulo César, que fez o centro alto naárea para Roberto escorar de cabeçaaté Romário, que só teve o trabalhode desviar do goleiro Sanderson, aos6 minutos de jogo — o Vasco mar-cou pressão em seu próprio campo edistribuía o jogo inteligentemente,com Geovani se destacando pelospasses, lançamentos e jogadas detoque fino, que levavam a torcida ao

>Hlelírio.Mas o time se acomodou, sobre-

('/.r.tudo a partir do momento em queo Milton Mendes foi expulso por terafeito falta violenta em Mauricinho,

j,tfáps 25 minutos, e o Mesquita passouo..a incomodar. O ponteiro Gilson teveX'. duas boas oportunidades de marcarÜ neste período. No segundo tempo, oT jogo ficou mais violento ainda —

^Geovani também foi expulso e o juiz^auxiliar, Cícero Reis, foi agredido'•<pelo diretor de futebol do Mesquita,-'-Paulo Boi — e coube ao goleirof\?d.\úo Sérgio garantir o resultado ao..fazer difícil defesa num chute de

V. Manicera, no último minuto.

Com a vitória, o Vasco passou aliderar a Taça Rio. E é nessa condi-ção que o time embarca para Juiz deFora na quarta-feira, para enfrentara Portuguesa de Desportos à noiteno quadrangular promovido pelostimes locais, Tupi e Esporte. Nasexta-feira os vencedores dos doisjogos se enfrentam para decidir otítulo da competição. Pelos dois jo-gos o Vasco recebe Cz$ 240 mil.

A diretoria do Vasco resolveurecorrer ao Supremo Tribunal deJustiça Desportiva (STJD), mesmosem saber a decisão do TJD sobre osincidentes ocorridos em São Januá-rio durante o jogo entre Vasco eAmericano, sob a alegação de quenão foi levada em consideração aprincipal peça do processo: a súmulado juiz da partida.

Mesquita 0x1 VascoLocal: Estádio Nielsen Louzada.Renda: Cz$ 264 mil 360.Público: 14 mil 016 pagantes.Juiz: Aluísio Felisberto.Cartões amarelos: Lútio, Fernando,Marco Antônio, Eliseu e MauricinhoCartões vermelhos: Milton Mendes eGeovani.Mesquita: Sanderson, Milton Mendes,Marco Antônio, Lútio e Paulo Roberto;Manicera, Delacir (Flavio Renato) e Eli-seu; Omã, Fernando Moura e Gilson.Técnico: Renê Simões.Vasco: Paulo Sérgio, Paulo Roberto,Donato, Fernando e Paulo César (San-tos); Mazinho, Geovani e Joseniiton;Mauricinho, Roberto e Romário.Técnico: Antônio Lopes.Gol: No primeiro tempo, Romário (6min).

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Severamente marcado por Manicera durante o jogo inteiro, Roberto ontem não encontrou espaço para poder jogar

MiFluminense supera desfalques e violênciaIIii¦

íii)

- u/fi-ioc' Diante da má condição física•'de alguns dos seus jogadores —

^vítimas da virose respiratória>~ transmissível — e da violência dos^zagueiros adversários, o Fluminen-",i',;§e

.precisou de muita gana para-'::/derrotar a Portuguesa por 2 a 0,•rontem à tarde, na Ilha do Gover-l',1'nador. Foi uma vitória dramática,m que só se definiu nos minutos fi-a üais, quando Washington marcou'Jfp

Segundo gol. Antes disso, nem os

{torcedores mais otimistas aposta-vam na vitória. Viça, Eduardo e

[Renato, que estiveram doentes, se---arrastavam em campo, Renê, não

terminou nem o primeiro tempo eo juiz Elso Pessoa permitia que a

—defesa da Portuguesa cometessefaltas tão violentas, que levaram omédico Arnaldo Santiago a desa-bafar depois do jogo:

— Em vinte anos de medicina»~,esportiva nunca vi um árbitro per-j^mitir tantas faltas assim. É preciso

que alguém tome uma providên-H cia. Foi pura sorte alguns jogado-%* res não saírem daqui de perna5Í quebrada.

No primeiro tempo o Fiumi-11 nense foi lento e sem criatividade¦j| no meio-campo. O desfalque de-k* última hora de Edson Souza, que$3 apareceu com febre de 38 graus naM concentração, além de Delei e As-'£*

sis, contundidos, tirou por comple-g| to a agressividade no setor. Com>«• isso, apenas uma oportunidade foi'fr. criada, num chute de Washingtonjgj que Jorge Lourenço colocou a cór-£" ner. A contusão de Renê quase noX final preocupou ainda mais Nelsi-

nho, que assistiu ao jogo numacabine de rádio. Mas a entrada deGalo, acabou por dar muito maisvelocidade à equipe.

No intervalo Nelsinho mandouum recado desesperado para osjogadores no vestiário lembrando,através do seu auxiliar-técnico,que o jogo era decisivo:

— Se ainda querem pensar emtetracampeonato, não percam ne-nhum ponto aqui.

Os jogadores atenderam e commuita determinação o Fluminenseenfrentou a retranca e as faltasviolentas da Portuguesa e conse-guiu dois gols. Galo aproveitouuma rebatida do goleiro e marcou.No final, em um contra-ataque,Washington recebeu lançamentode Paulinho e definiu o jogo. Novestiário, os dirigentes desmenti-ram uma possível venda de Rome-rito depois da Copa do Mundo.

Portuguesa 0x2 FluminenseLocal: Ilha do Governador.Renda: Cz$ 60 mil 980.Público: 3 mil 158 pagantes.Juiz: Elso Pessoa.Cartões amarelos: Jorge e Elenilson.Portuguesa: Jorge Lourenço, Baiano,Elenilson, Cláudio e Marco Aurélio; Rus-so, Batista e Toninho (Ferreti); Jorge,Paulinho Carioca e Emâni.Técnico: Sérgio Cosme.Fluminense: Ricardo Cruz, Renato, Vi-ca, Ricardo e Eduardo; Jandir, Rogério eReno (Galo); Wilsinho (Paulinho), Wa-shington e Tato.Técnico: Nelsinho.Qols: No segundo tempo, Galo (25min)e Washington (43 min).

Foto de Dilmar Cavalher

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Tato dá início ao contra-ataque em velocidade, mas Batista apela para a falta

Fia joga mal, mas o bastante para ganharO Flamengo jogou muito

é mal, mas o gol logo aos cinco

^minutos, marcado por Vinicius,j. {: foi o suficiente para derrotar o'Goitacás, ontem à tarde, em

¦X Caio Martins. Alternando bons e^ maus momentos, o time do Goi-& tacás chegou a ameaçar a vitóriaX: do Flamengo, que só jogou bem;,!; nos começos de cada tempo.X A torcida compareceu certaí*i de que assistiria a outra goleadaX como a da semana passada, por 5;*: a 0, contra a Portuguesa. Mas or| Flamengo, apesar de criar chan-: ces de gol, não mostrou bom1 futebol.

Além do gol de Vinicius aos 5fi minutos, aproveitando o reboteH da defesa do Goitacás após co-X. branca de falta em bola alta naJ; área, o Flamengo criou e desper-| diçou duas boas chances com

fl Julio César, aos 12, e Ailton, aosfl 17. Dava a impressão de que

S| viria nova goleada. Mas, depois| da contusão de Adalberto aos 25

v£ minutos — o jogador acabou?S-saindo no intervalo —, o Goita-''^cás subiu de produção e o ponta-

direita Mário Jorge perdeu boaoportunidade de gol no momen-to em que o lateral do Eamengoera atendido fora de campo.

I , O meio-campo com Andra-i de, Adflio e Julio César não

produzia o esperado. No segun-

vdo tempo a situação foi seme-

lhante à do primeiro: o Flamen-go começou bem, com chancesde gol através de Adflio, aos 13,e Vinicius, aos 20. Depois oGoitacás voltou a crescer emcampo e ameaçar a vitória doadversário. Aumentou o volumede jogo, mas não conseguiu che-gar ao gol de Zé Carlos.

Carlinhos ainda perdeu gran-de oportunidade aos 33 minutoschutando para fora, de dentro dapequena área, uma bola que so-brou após cobrança de córner.Chiquinho entrou faltando seteminutos para o fim do jogo epouco mostrou. A partida termi-nou com as jogadas sendo recua-das até as mãos do goleiro ZéCarlos.

Flamengo 1X0 GoitacásLocal: Estádio Caio MartinsRenda: CzS 109 mil 10Público: 5 mil 588Juiz: Josó Cados MouraFlamengo: Zé Carlos, Jorginho, Guto,Zé Carlos e Adalberto (Jaime Boni);Andrade, Adflio e Ailton; Cadinhos, Vini-cius (Chiquinho) e Julio CésarTécnico: Sebastião LazaroniGoitacás: Jorge Luis, Valtair, Gilberto,Cléber e Paulo Renato; Aroldo, Gilmar(Clovis); Mário Jorge (Bel), Paulinho eCosme

Técnico: DenilsonGol: No primeiro tempo, Vinicius (5 min).

Foto de André Durão

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Botafogo fazfesta navitória modestaMais uma vez os torcedores do Botafogo

foram ao Maracanã e saíram festejando avitória de 1 a 0 sobre o Bangu, mesmo o timesomando seis pontos perdidos na tabela. Avitória foi justa, o time de Marechal Hermesjogou melhor. Mas o jogo esteve longe de serum bom espetáculo. Para quem está a menosde uma semana da abertura da Copa doMundo, Itália x Bulgária, a partida disputadaontem no Maracanã foi quase melancólica.

Os dois times começaram com vontade,tocando bem a bola e correndo muito. OBangu, com um meio-campo mais criativo —Mário fazendo bons lançamentos —, dava aimpressão de estar melhor mas as finalizaçõessaíam sempre erradas. O Botafogo, retranca-do, explorava, e bem, os contra-ataques comHelinho e Antônio Carlos, que fez ótimoprimeiro tempo e cansou no segundo, sendosubstituído por Isaac. A estrela do jogo, oponta Marinho, pouco fez, talvez ainda abati-do pela experiência sofrida na Seleção Brasi-leira.

Foi um jogo de muitas faltas apesar deapenas o goleiro do Botafogo, Luís Carlos,ter sido advertido com um cartão amarelo, jáno final da partida, por retardar o andamentodo jogo. O Bangu piorou no segundo tempoquando o técnico provisório Paulo Lumumbatirou Israel e Arturzinho e colocou Evandro eFernando, matando o ponto forte do time, omeio-campo.

Com um meio-campo não tão criativo e oponta Helinho crescendo bastante de produ-ção na etapa final, o Bangu não pôde evitar aderrota. Num contra-ataque, como vinhafazendo desde o início, o Botafogo marcouseu gol através de Helinho, que penetrousozinho e chutou por baixo, na saída deGilmar. O zagueiro Oliveira, único jogadordo Bangu na jogada, foi traído pelo quiqueda bola. O Bangu continua no páreo e oBotafogo, mesmo em posição delicada, pro-mete, com a aplicação mostrada ontem, atra-palhar os próximos adversários que aindatenham pretensões ao título de campeão.

Bangu 0X1 BotafogoLocal: MaracanãRenda: Cz$ 171.690,00Público: 6.612 pagantesJuiz: Roberto CostaCai tão Amarelo: Luís Carlos (Botafogo)Botafogo: Luis Carlos, Rogério, Marinho,Leiz, e Vágner; Oswaldo, Ademir e Edson;Helinho, Silvinho e Antônio Carlos (Isaac).Técnico: CarboneBangu: Gilmar, Velto, Márcio Rossine,Oliveira e Luís Cláudio; Israel (Evandro),Arthurzinho (Fernando) e Mário; Marinho,Ricardo e Ado.Técnico: Paulo LumumbaGol: Helinho, 12 min do 2° tempo.

CLASSIFICAÇÃOPG M E DEP GCTPG

1 — Vasco 10 6 5 0 1 13 4 28— Fluminense 5— Flamengo 5— América 5

Botafogo. 66 — Bangu 4

. —Goitacás 58 — CampoGrande.... 6

Mesquita 510 — Olaria 611 — Portuguesa 612 — Americano 3

4 1 0 8 1 243 1 1 10 3 232 2 1 6 5 14

31

1 222

6 213 163 14

1 1

10 161212

11 77

A dura marcação de Valtair impediu que Julio César fizesse boas jogadas

Resultados de ontemMesquita 0x1 Vasco

Portuguesa 0x2 FluminenseOlaria 0x2 AméricaBangu 0x1 Botafogo

Flamengo 1x0 GoitacásAmericano 0x1 CampoGrande

Próximos jogosMesquita x Flamengo

Portuguesa x BanguOlaria x Goitacás

Botafogo x Campo GrandeFluminense x América

Náo estão computados os jogos Vasco eAmericano e Ruminense e Americano, poisambos estão sob judice^ lwmmmMmtammiÊmÊa^MMmn^MmmaB

JORNAL DO BRASILRio de Janeiro — Segunda-feira, 26 de maio de 1986

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Conexão internacional coloca Biggs nas telasm

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Susana Schild

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Lech Majewski, aúltima página de uma re-vista semanal feminina,pontualmente consumi-

da pela mãe, era a janela para ummundo desconhecido, em Katowi-ce, na Polônia. Entediado pela sisu-dez da imprensa oficial, o menino sedeliciava com os mexericos que in-formavam, por exemplo, que Brigit-te Bardot fizera de Saint-Tropezsua pátria. Ou que um tal de Ro-nald Biggs, participante do assaltodo século, vivia no Brasil. Na mentedo precoce estudioso de mitologiagrega, o fugitivo inglês adquiriauma dimensão heróica: desafiara operigo, vencera obstáculos, cruzaraoceanos e aportara em terra es-tranha.

A segunda vez que Lech Majews-ki ouvia falar do Brasil tinha pers-pectiva diversa: seu pai, comercian-te de ferro, viria passar cinco anosno Rio, com a familia. Às vésperasdo embarque, recusou filiar-se aoPartido Comunista, como era "soli-citado". A viagem foi cancelada. Naimaginação, porém, Lech "já em-barcara". E desde então — tinha 14anos — não perdeu um filme brasi-leiro exibido na Polônia.

A possibilidade de concretizaraquela viagem demorou 19 anos.Ao chegar, há duas semanas, Lechjá ostentava um currículo de esti-mular muito garoto sonhador quelesse revista de mexericos em seupais. Dedicado ao cinema e teatro,fez alguns curtas, como o premiadoGrand Hotel, e dois longas — TheAnnunciation (1978) e The Knight(O Cavaleiro) em 1980. Além deescritor e poeta, marcou a drama-turgia polonesa ao transpor para oVístula a sua concepção da Odis-séia, de Homero, com público eatores a bordo de um barco. EmLondres, em 1981, para o lançamen-to de The Knight, soube da repres-são ao Solidariedade e da instala-ção de umà corte marcial. Decidiunâo voltar e empreender a sua pró-pria odisséia. No Tâmisa, repetiu aobra de Homero, e foi aos EstadosUnidos tentar a sorte. Conseguiucomover o todo-poderoso MichaelHausman (Silkwood, Um Lugar noCoração, Embalos de Sábado à noi-te) a assinar a produção de seu

? A emocionante trajetória deRonald Biggs finalmente che-

gará às telas, fruto de uma co-nexão internacional tão com-plexa quanto as escalas de suafuga até o Brasil. Americanos ebrasileiros estarão envolvidosnesta produção assinada porum polonês auto-exilado.

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nxümamO ladrão inglês Ronald Biggs é o persomgem^âewóduçaó dirigida por um polonês qué, ironicamente, comèçãaserj

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limada no carnaval

primeiro filme na América — Flightof the Spruce Goose, que estréia nosegundo semestre. Hausman já sedera bem acreditando em um outroexilado da Europa Oriental, quan-do arriscou alguns dólares em Ta-king Off (Procura Insaciável) doquase desconhecido Milos Forman.Hair e Amadeus — duas produçõesde seu catálogo — foram mera con-seqüência.

Também valendo-se de um jor-nal, Juliusz Kossakowsky, um polo-nès radicado no Brasil desde crian-ça, e estudando cinema em NovaIorque, descobria a trajetória deMajewski. Ligado a cinema publici-tário, e com uma participação nofilme Tormenta, convidou Lech afilmar no Brasil um determinado

projeto. Lech aceitou. Desde que ofilme fosse sobre Biggs.

Em um apart-hotel do Leblon,Lech e Julius contam o prólogo dofilme que começará a ser rodado nopróximo Carnaval, e que terá, pro-vavelmente, Albert Finney como océlebre vilão. De pele muito branca,bem-humorado, Lech exibe logoseu vocabulário brasileiro — tudobem, legal, por favor e veste umasuspeita camiseta da Paramount.Hsj. duas semanas no Rio, (ficarámais duas) não se decepcionou nemcom a cidade ("é a mais bonita domundo", garante) nem com o heróide adolescência, Ronald Biggs —"uma pessoa maravilhosa, viva,feliz".

Generosos em detalhes curricu-lares, o diretor e o produtor fechama guarda quanto a números. Adian-tam que o filme será uma co-produção Brasil-EUA, Kossakows-ky de um lado, Michael Hausmande outro. No time de frente, atoresamericanos, enquanto técnicos eroteiristas serão divididos entre osdois países. Lech já tem o roteirobem estruturado em sua cabeça —tudo começará nos dias de hoje,com dados emocionantes intercala-dos em flash-back. Pensa em umthriller, como Operação França,mas com toques políticos:— Biggs não é apenas um escro-que internacional feito pela mídia.Não sei quem tomou uma atitudemais política — ele ou eu. E ne-

nhum dos dois pode voltar a seupaís.

Sem a angústia dos exilados,Lech parece bem feliz. Passará ofim de semana com Biggs, em ai-gum esconderijo, coletando maisinformações.

Estar no Rio é maravilhoso, eacho incrível que eu deveria tervivido aqui a minha adolescência.Ninguém pode parar o destino.

Na Polônia, soube de um conter-râneo bem sucedido aqui e confes-sa, talvez inspirado pelo exemplode Ziembinsky, que não pode olharpara a Lagoa Rodrigo de Freitassem segundas intenções:

Seria um excelente cenáriopara a Odisséia.

^ Pi'™ Il~mm

_Bk "»üj__\m~§ _«, ÊÊm O diretor

Majevski

Uma historiarocambolescaLECH

Majevski pretende co-meçar seu filme sobre Ronald

Biggs pelo presente — ou seja, océlebre vilão regenerado e adapta-do ao balneário carioca, onde é paide um garoto-prodigio, estrela deuma gravadora, e sócio do reduto'dark, O Crespúsculo de Cubatão;A história, porém, começou há 23anos — mais exatamente a 8- de-agosto de 1963 quando quinze ho-mens dominaram 72 funcionáriosdos Correios da Inglaterra, e ali-viaram o trem postal da linhaGlasgow—Londres em 2,6 milhõesde libras esterlinas. O assalto já foitema de filme na Inglaterra, mas,desta vez, chegará às telas apenasa trajetória de Ronald Biggs, quecomemorava no dia do assalto 33anos. Uma semana depois, a Sco-tland Yard começava a mostrarserviço, prendendo integrantes dogrupo. Biggs caiu a 4 de setembro,em sua própria casa. Condenado a30 anos de cadeia, passaria boaparte de sua vida no presídio deWandsworth.

O segundo grande lance da his-tória é sua fuga — dois anos depois— quando escalou os muros daprisão e fugiu em um caminhão.Primeiro foi para a Bélgica, e de-pois para a França, onde mudourosto graças a uma cirurgia plásti-ca. Sentindo-se perseguido, foi pa-rar na Austrália, com a mulher etrês filhos. Em 70, chegou ao Bra-sil, onde se ligou a uma dançarina,Raimunda, mãe de Mike. Em 1981,mais um lance sensacional —Biggs foi seqüestrado, acabou emBarbados, e depois volta para oRio, onde escreve A Minha Verda-de, que lhe rende gordos direitosautorais. Ano passado comemorouos 20 anos de liberdade com umafesta em sua casa, em Santa Tere-sa. Já foi assaltado duas vezes.

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2 p CADERNO B o segunda-feira, 26/5/86 JORNAL DO BRASIL

ARTES PLÁSTICAS

Teia de renda negraReynaldo Roels Jr.

¦H

**M I pare sentireodore di fem-mina." A frasede Don Gio-

yánni vem à mente guando sepenetra em Pecado, instalação deiíarisa Alvarez montada no ter-

Íiro

andar do Rio Design Cen-r. Em um dos corredores dobirinto, A Piscina, o cheiro é

tyteral, percebido por trás da es-^ència de eucalipto, que embria-ga tanto quanto a luz que iluminaolugar. Os outros corredores sãonegros, e a sugestão de desejo ede pecado é um contrapontoconstante à figura de monge queguia o público. Pelas paredes,personagens de olhar fixo dialo-gam silenciosamente com o es-ftectador: posições sensuais, ex-fcressões lânguidas, bocas verme-Dias e dedos esguios. Imagensenigmáticas mas familiares, pró-iimas e distantes.j. As 80 fotografias que integram

Í'i. instalação foram dispostas de

òrma temática pelos nove corre-

I.

dores, onde Marisa ainda prestahomenagens e faz referências aartista que tiveram influência so-bre seu trabalho. A idéia de sen-sualidade liga todos os elemen-tos: inocência, despojamento, lu-xo decadente e elegância sofisti-cada, estímulos permanentes àsfantasias eróticas do espectador.Por um buraco de fechadura, vê-se uma bolsa e seu conteúdo es-palhados pelo chão de um ba-nheiro sujo de sangue; em outrocorredor, correntes retardam ocaminhar, como se um vento for-te se opusesse ao avanço. E, se aculpa pintar, ainda há a possibili-dade de se redimir com um cada-ver de monge, sentado atrás deum confessório. Ao final, talvez aimagem mais surpreendente detodas: o próprio reflexo no espe-lho através do qual se sai dolabirinto, uma imagem tão fami-liar e misteriosa quanto todas asoutras. A última fantasia.

Projeto sensorial, segundo aautora, ou espaço poético, segun-do a apresentadora do convite,Lygia Pape, Pecado é uma dasmanifestações mais bem-sucedidas a que o Rio tem assisti-

do nos últimos tempos. É a recu-peração de uma tradição iniciadapor Lygia Clark e Hélio Oiticica,em que se procura estimular aolimite os sentidos do espectador,como forma de tornar a arte umaatividade socialmente mais ativae conseqüente. Foi um golpe demestre apresentar as fotografiascomo uma instalação, um espaçointegral e integrado, e não pendu-radas na parede como qualqueroutra mostra tradicional. E o fi-nanciamento da Kodak é mais doque oportuno, visto que as gale-rias no Brasil não costumamcomprometer seus espaços co-merciais com este tipo de apre-sentação — no que perdem umaexcelente oportunidade de con-tribuir positivamente para a artelocal. Mistura de trem fantasmacom túnel do amor, Pecado mere-ce a freqüência que tem tido, umamédia de 500 pessoas por dia,crianças e adultos esperando pa-cientemente sua vez de entrarnaquela teia escura e sofisticada,misteriosa e convidativa. Umaexperiência que pode despertarmuita coisa além da fantasia eró-tica do público.

HORÓSCOPO MAX KLIM

ÁSCOBRAS

N/A E*?r^Att?fRfciL<íWtt&A

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veríssimo GARFIELD

Na Piscina do labirinto, em meio aos vapores de eucalipto eo odor da fêmea

JIM DAVIS

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s>ryC^~^ /aunicao5I\ cKAAruI /^M/õÃíh'

(CHATICE...) \>RA FAZER /TtoS"AEDE&>

|. JÍM PAVfS 52b®PEANTJTS CHARLES M.SCHULZ QTAj. frOHilOUR,

" I IqiEHA- DE NOVO? I I QUELVILAINTEMPS' I W EXCETO A ^A f - 1 s~l 1

OUéDÍÍt°Ondp RIEHDENOUVEAU... QUE TEMPO RUIM'. '

\\Yu*mk CAMINHA>M -, f ESSA PeSBRA»» fia WS» flÜAMPO) £W-!9%Dôuv°w?* nada demovo; | tudo £ ruim... a k^=wr fTT^l^T^ fHju fôTOU TVABAlMWcT/ ^43"*—m^r^~m^^ » &UERR&, A GCIP&,0 ^Lj \j£5jm\ /EA 5C'A ESPOSA, .-L _, ^

Chiclete com banana angeli ?™i|p| il , a^^^/A' l n ^^ fósL^^'^^^^^mmmmm^ piepa^w o«uL™m—

^w^WpVTK /^ÉTEMfliewiY IHO>( rZ&rXSt,!

^r/Wre&M-i- W I l Ml H II1 \\M AQUELE MOTA GASTOU

rn" i/-nT T ~Tfrr \j _"u.-iiVA7iAií'nciN2EiRO/—— Iforr daqui/ > ¦\\/ ü vu& j ¦ I wvIntanpo um vampiraIáLV™^^^ 'I f

* -| ]K-1^_~y ^~y \mr~r u ~rT(j) BuWont&m U ;¦ } movido a enersia^-arL

KÕD FAROFA ^^ TOM K. RYAN AVIS RARA BRUNO UBERATI

jbgfeDOCEILAR HUBERTEAGNER BEUNDA DEAN YOUNG E MIKE GERSHER' EYZyGttffár, Â^a.. I i -X N Á I SNIFl QUE LINDA

"H PU {ERASO'um{\ I MAS A NOSSA HlSTdÍl\OUVm*M O QÜB WÊÜ'0^$^)lKyU

^^^~ -v^v-O - O- HISTÓRIA DE AMOR.' ' (^_FILMZJ_) «'fEJ£í?W^^P^ j MARIDO DJSSÇP^

LAERTE CEBOLINHA MAURÍCIO DE SOUSAA***

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NDOMÍNIOAG0RA?TfòWSR5RMEí

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PROCESSA...a»S-~ f\—Y r>w,cJiTn.,.j

CRUZADAS

I.'

ARIES — 21 de março a 20 de abrilInicio de semana bastante estável. Vocêconta com influências positivas para arotina de trabalho, onde as coisas seassentarão em bases sólidas e seguras eem termos pessoais, quando tudo lheserá mais favorável. Afetividade muitoacentuada. Carência.

TOURO — 21 de abril a 20 dé maioA segunda-feira mostra um quadro bas-tante agitado para o taurino que poderáse ver envolvido em assuntos bastantemovimentados em sua rotina de traba-lho. No final do dia firma-se influênciaque mostra instabilidade afetiva. Procureser mais cuidadoso.

GÊMEOS — 21 de maio a 20 dejunhoQuadro de boa regência para o geminia-no. beneficiário de todo o potencial favo-rável do posicionamento solar que fazaflorar um quadro extremamente benéfi-co a seu favor. Indicações bastante posi-tivas para tudo o que se relacionar a seuprestigio ou conceito.

CÂNCER—21 de junho a 21 de julhoAgindo com cautela no trato com dinhei-ro, você terá uma segunda-feira bastanteestável e equilibrada em relação a tudoque relacionar sua vida a interesses defamília. Comportamento romântico esensível que o fará agir com ternura queserá retribuída.

LEÃO — 22 de julho a 22 de agostoVocê hoje deve buscar atitudes quemarquem um posicionamento cuatelosopara a semana que agora se inicia deforma prática. Assim agindo você supe-rara todos os condicionamentos insta-veis que podem vir a alterar a rotina dospróximos'dias. Bom quadro para o amor.

VIRGEM — 23 de agosto a 22 desetembroComeça agora um período muito vanta-joso para você que terá boa oportunidadepara manter contatos que visem associa-çáo para lucros. Ao mesmo tempo rece-berá forte influência que destaca seusassuntos afetivos, dando-lhe nova visãoem seu trato amoroso.

LIBRA — 23 de setembro a 22 deoutubroMantendo um quadro favorável, a previ-sáo geral para sua segunda-feira registraum período muito positivo, com vanta-gens e realização em assuntos de traba-lho. 0 final do dia poderá ser de certamelancolia, em regência que, no entan-to, logo se alterará para melhor.

ESCORPIÃO — 23 de outubro a 21de novembroA segunda-feira para o escorpiano serámarcada pelo afloramento de seus dotesde sensibilidade e intuição.. Isso coman-dará suas açóes pelas próximas horas,gerando a seu favor um quadro de acer-to. Começa hoje uma fase muito boapara o amor. Romantismo e harmonia.

SAGITÁRIO—22 de novembro a 21de dezembro0 nativo de Sagitário terá um dia bastan-te positivo em seus assuntos financeirosou de trabalho. No entanto, no passardesta segunda feira, algum problemaIntimo dominará seus pensamentos e ofará reagir diante de perspectivas futu-ras. Risco de problemas.

CAPRICÓRNIO - 22 de dezembroa 20 de janeiroA segunda-feira vai marcar o início de umperíodo em que o capricorniano estarápreso a assuntos de família, com indica-ções que o levarão a manter-se perma-nentemente vinculado a isso. No entantosão muito positivas as influências quantoà sua vida afetiva.

AQUÁRIO — 21 de janeiro a 19 defevereiroSão favoráveis as indicações que moi-dam o quadro material da vivência roti-neira do aquariano. Você poderá hojebuscar novas ocupações com forte chan-ce de êxito. Destaque para reações emo-tivas diante de impulsos que concentra-rão suas atenções.

PEIXES — 20 de fevereiro a 20 demarçoBom momento para o pisciano que sebeneficia hoje de um quadro que realçaseus dotes criativos e, em razão disso,lhe dará boa oportunidade em pendên-cias. São excelentes as influências quemarcam seu relacionamento em família.Participação e harmonia.

LOGOGRIFO JERÔNIMOFERREIRA

ProblemaN"2246

P N T L

LT M C

alienado (5)amarelo 151fruto seco das le-guminosas 17)laço pequeno (6)lentilha d'água 15)mortal 15)óculo 161

oculto (71pequena cavidade161

10 perigo 1511t que amda mama

1811? gue lò 15113 que produz fores

brancas 18114 queixa (7)15 relativo a certo lu-

gar (5116 relativo ao leito 16117 temporào (5)18 suntuoso 15)19 unidade de fluxo

luminoso 15)20 vagaroso 151Palavra-chave:14 Istr»

Consiste o LOGOGRIFO em encontrar-sodeterminado vocáculo. cujas consoantes iaostão inscritas no quadro acima Ao lado. ádireita, é dada uma relação de vinte conceitos,devendo ser encontrado um sinônimo oara cadaum. com o número de letras entre parênteses,todos começados pela letra inicial da palavra-chave As letras de todos os sinônimos estãocontidas no termo encoberto, respeitando-se asletras repetidasSoluções do problema n° 2245 Palavra-chave: ADJUDICATORIOParciais: acndio. aiorcado atador. aorta, audito-na. adorado, ãiico. aticar. ando. aloua. ardidoacotiar. adicto. atorai. arado, autor, atirado,átno. atroado. adoidar

CARLOS DA SILVA XADREZ ILUSKA SIMONSEN

H0WZONTAIS _ i _ que tem forma de còndilo (saliênciaarticular de um osso. arredondada de um lado e achatada

Tdcroutrol; 10 — quantidade mais ou menos considerável!, de amieiros dispostos proximamente entre si; 11 —

j t pequeno poema, em versos octossliabos, que os fograis daIdade Média cantavam, com acompanhamento de harpa

j' lol lí cabos empregados na manobra de meter o leme.cuipiTchicoies fazem fixar nos arganôus da porta do leme.'

1 urfürl*>r cada bordo, vindo enfiar em patescas de retorno•dadas nas portmholas a meia bateria. 12 — considero.

entendo. 13 — antiga moeda divisonána do Siâo. equiva-. lente a 1 64 do tical; 14 — mineral tipicamente cotoidal., produto de dessecaçáo do hidrogel de silica. que apresenta;: uma coloração leitosa e azulada, emitindo, quando exposto

ã luz. cores vivas e reflexos matizados. 17 — entre osárabes, aquele que governava uma província. 19 — extre-imidade de um conduto de chaminé que se liga em ânguloreto ao conduto vertical, munida de anteoaros quo evitam oref luxo da fumaça para o interior da chaminé. 20 — gênero

. de plantas liliáceas. cujas folhas contém um suco amargo.

. resina purgativa que se extrai de vânas plantas desse, gèoero. 22 — designação comum a certos ornatos de; pedra polida que se encontram nas umas funerárias de

antigos povos aborfgines; variedade de concha ou moluscoprovido de conchas bivaives muito comuns nas areias dos¦ nos e lagos do Nordeste lol I. 24 — borda de peca de

' madeira, pedra ou outro material, cortado obliquamente.isto e sem aresta ou quina viva. chanfradura feita nasbordas da placa de metal, para evitar que na ocasião da

" tiragem das arestas rompam o pape'. 26 — intervalo detempo correspondente a duas passagens consecutivas de

- um aado ponto da esfera celeste pelo meridiano superior. ou inferior do lugar, 27 — peça de coroia papilionada,, resultante da uniào das duas pétalas inferiores, e cuia| forma iembra a quilha de um navio, crista em forma de

quilha que se observa em certos ossos, como p ex. noesterno das aves. 28 — conforme o Ocuitismos. formas-

pensamentos, processos deduzidos por fórmulas mágicaspara se conseguirem determinados fins: denominaçãodada pelos índios a processos misteriosos para vencerinimigos, 30 — duodécimo més do ano santo hebraico esexto do ano civil, com 29 dias e correspondente afevereiro-março. 31 — parte de uma curva de freqüênciasou de probabilidades situada num dos extremos da distri-buiçáo e em que as densidades de freqüências ou deprobabilidades são muito menores que as existentesnoutras regiões; linha perpendicular de todas as figuras,menos a semipreve; 32 — designação de qualquer divinda-de escandinava; 33 — doença que ataca a lingua das aves.em especial as galináceas. inflamação na mucosa das viasrespiratórias dos potdros; 34 — rocha constituída predomi-nantemente de grãos de areia consolidados por um cimen-to. rocha formada de areias consolidadas

VERTICAIS — 1 — cada uma das duas grandes artériasque. da aorta. levam o sangue à cabeça. 2 — voz cujarepetição freqüento e preferível a todos os sacrifícios, 3 —pequeno traço centrado da medida, para separar partes dotexto, 4 — a região de este Ina Cosmologia tibetana). 5 —cada uma das depressões laterais por baixo do tombo docavalo. 6 — arvoreta da família das oieáceas, originária daregiào mediterrânea, que sáo drupas oleaginosas e servemna alimentação humana em espécie e sob a forma deazeite deles extraído; 7 — mostrava ou demonstravatendência 8 — dispositivo para girar o capacnor de sintoniaem um radioreceptor. 9 — causar eErioiamemo. 15 — fuzilpara *enr lume r^ pederneira 16 — larc ' Ias. 18 — limpario imhoi no sedeiro. 21 — cada uma das sets divisões decada tribo ateniense antiga. 23 — canoa de casca demadeira com as extremidades achatadas ípl). 25 fermenia-ção de vinho em forma de pastilhas. 27 — elementoparticular de um conjunto. 29 — nos candomblés oatabaque macr Léxicos: Mor; Melhoramentos; Aurélioe Cesanovas

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H 11 I \w\ 1 HSOLUÇÕES DO NUMERO ANTERIOR

HORIZONTAIS — maiacate. epulas; uba; temidas, ai. ali. anilho, tinoato. adaii. tear sar. atesto, encio. aas. co. mesa. coboi

VERTICAIS — meíafase; aoeltdar. luminárias; a'«. cada. asana, eucatouro bah sirte. ioess. o< lais. atico. to. caa, po. oi

Correspondência para: Rua das Palmeiras. 57 ap. 4 —Botafogo — CEP 22.270

XADREZ RELÂMPAGOA prova eliminatória do lll Cam-

peonato de Xadrez Relâmpago serárealizada a partir do próximo domin-

go, dia 1o de junho, na sede daAABB-Lagoa, às 14.30 horas. A com-petição é aberta a todos os enxadris-tas, sendo que os não federadosdeverão pagar taxa de incricão novalor de CzS 20.00 (vinte cruzados).

POPULAR 86O Campeonato Popular da FE-

XERJ está marcado para ter inicio no

próximo dia 07 de junho, tendo como

provável sede o Canto do Rio F.Clube, em Niterói. As demais roda-das serão realizadas nos dias 08. 14e 15. perfazendo um total de 8 jogos.

Para este evento ficará instituídaa Taça Joáo Baptista Cúrcio, emhomenagem ao proeminente enxa-drista fluminense, recentemente fa-lecido.

8"CBS-UBPEstão abertas as inscrições para o 8oCampeonato Brasileiro de Soluções,patrocinado pela União Brasileira deProblemtstas. As inscrições podemser feitas mediante contacto com ocoordenador geral do concurso. Gerd

Giebel, no endereço Caixa Postal169-Cep: 89.290. Sâo Bento do Sul.Santa Catarina, até o dia 15 de julho.SELETIVO PERNAMBUCANORealizou-se em março-abril o torneioclassificatório ao Campeonato Brasi-leiro que apontou os 3 representan-tes do estado paea a prova final,estabelecida para setembro em Ga-ranhuns, Pernambuco. Sagrou-se ga-nhador do evento o MN MarcosAsfora. que participou

"hors-

concours", somando 9.5 pontos nas11 rodadas. Os demais postos databela ficaram definidos assim: 2o)Rodolfo Araújo-8 ps; 3o) Alberto Co-lares-7,0 ps; 4o) Marcelo Bowman-7.0 ps; (estes estarão na final doBrasileiro); 5o) Eduardo Asfora-7,0ps; 6o) Fernando Capiberibe7,0 ps;7o) Almir Correa-6.5 ps; 8o) Luiz Tava-res da Silva-3,5 pr.; 9o) Walter Capi-beribe-3,5 ps; 10°) Leonel Nunes-2.5ps; 11o) Eduardo Azevedo-2.5 ps;12°) Antônio Tumajan-2.0 ps.Segue-se uma das partidas destaprova.

M. ASFORA x M.BOWMAN -Slciliana1)P4R -P4BD 2IC3BD -C3BD

31C3BR-P3CR 4)P4D -PXP 51CXP -

B2C 61B3R -P3D 71D2D -C3BR

81P3BR -0-0 9)B4BD - B2D 10)0*0T1BD 1DB3C -C4R 12)P4TR -P4TR131TDIC- P3TD 14IB6T-BXB 15)DXB-TXC 16IPXT -D2B 17)D3R -P4TD181P4TD -D4SD 201P5T -CXPT2DTXC - PXT 221D5C + -C3C 23)DXC-RIT24)D6T+ -RIC 25)TIT(1-0)DIAGRAMA 78J. C. J. Wainwright — 1901

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MATE EM 3 LANCESSolução do diagrama 277 1ICxP7C!(ameaça 21C3D+ +)

JORNAL DO BRASIL segunda-feira, 26/5/86 o CADERNO B Q..3.

Vagas à vistaEm função da iminente decretação da re-

forma administrativa do Itamarati, estarãovagando, por limite de idade dos atuais titu-lares, nada menos do que 16 postos, a maio-ria deles considerada o filé-mignon da car-rière.

A saber: Londres, Roma, Paris, Viena, Pra-ga, Helsinqui, Bonn, Oslo, ONU, Washington,Damasco, Berna, Nova Deli, Libreville e Lo-né, além da Comunidade Econômica Euro-péia, aberta desde que lá se foi buscar paraocupar o Ministério da Cultura o Embaixa-dor Celso Furtado.

Ficarão disponíveis aos interessados tam-bém dois Consulados na Alemanha — BerlimOcidental e Hamburgo.

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DICA• De um influente as-sessor ão PresidenteJosé Sarney, a propó-sito da nomeação pa-ra o cargo de diretorde produção da Petro-bras do Sr EdilsonMelo Tavora, apesarda contra-indicaçãodo representante doSindicato das Empre-sas Estatais:— A melhor maneirade se garantir umanomeação hoje no Go-verno Sarney é ter ossindicatos contra.

SemescalasNão é verdade queo Governador Leonel

Brizola em sua via-gem de volta ao Rio,vindo de mais um re-vigorante weekendno Uruguai, tenha fei-to uma escala no bal-neário gaúcho de Ca-pão da Canoa.

Ele veio num vôodireto.

Aniversáriona serra

Eram 100 os convida-dos de Ana Luiza e RalphCamargo para o movi-mentado almoço que ofe-receram sábado em seusítio Pedra Azul, em Te-resópolis, festejando oaniversário do colecio-nador Gilberto Château-briand.

Estavam lá, abraçan-do o amigo sessentão, ar-tistas plásticos, críticosde arte, marchands, inte-lectuais e soclalites. nu-ma mistura bem repre-sentativa do universopor que circula o aniver-sariante — aliás, um ex-pert imbatível na arte decultivar a amizade dequantos o cercam.

Ajudando a compor oclima perfeito da festa, odécor—os belíssimos jar-dins premiados de BurleMarx e uma das rarascasas assinadas por Ju-lio Senna — sem falarnos muitos brindes aohomenageado, que on-tem voltou a ter seu ani-versário festejado emOuro Preto, desta vez porFany e Carlos Bracher.

"POLE-POSITION"Deu Paulo Maluf na cabeça de novo na mais

recente pesquisa feita em São Paulo relacionada àsucessão do Governo do Estado.

A ele couberam nada menos que 81 multas porpichações indevidas na Grande São Paulo.

Maluf foi seguido de longe por Orestes Quercia,com 55 infrações.

¦ ¦ ¦Buscando na fonte

O Ministro do Planejamento, João Sayad, vai aTóquio em julho tentar trazer mais capital japo-nês para o Brasü.

Foi convidado a presidir um seminário de em-presários do país sobre investimentos japonesesno Brasü.

ZózimoFoto de Rubens Monteiro

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Ddlal Achcar Bocayuva com Maurício e Maria Roberto em noite devernissage

DESPEDIDASA Rainha Elizabeth II recebe em

Buckingham no próximo dia 29 oEmbaixador do Brasil na Inglaterra,Mario Gibson Barbosa, que irá apre-sentar à Sua Majestade as despedi-das oficiais do cargo.

Gibson antecipa-se, assim, ao pró-prio Itamarati. _

Afinal, o decreto de sua remoçãodo posto, embora já decidido, aindanão foi assinado.

ROMBOSem nenhum estardalhaço e mui-

tíssima discrição o Diário Oficial daUnião publicou semana passada,em dois dias consecutivos, a apro-vagão de créditos suplementaresao orçamento de 86 no valor totalde Cz$ 312 bilhões.

Desses Cz$ 312 bilhões, quase Cz$5 bilhões destinam-se ao reforçopara a remuneração de assessoriasde nível superior, os tristementecélebres DAS.

No brunch de ontem doAlô Alô, convidados de Gi-sela e Ricardo Amaral, es-tavam Miriam Rios e Ro-berto Carlos, Bety Paria eDaniel Filho, Perla eOraham Mattison, maisPedro Leitão, recém-chegado da Europa.

Liza Salomon Já instala-da no apartamento vizi-nho ao Copa que comprou .de Régine e Roger Chou-kroun.

É em torno do empresa-rio João Alberto Leite Bar-bosa, que comemora 70anos, o jantar de 300 talhe-res que os amigos estãoorganizando amanhã noCountry Club.

Paloma Picasso será ho-menageada com um jantarna quinta-feira oferecidopor Roberto Carneiro.

- RODA-VIVA -O quarto aniversário da

Traditio Antigüidades se-rá comemorado dia 27 comum cocktail a partir das 18horas no Shopping Cassi-no Atlântico.

O Rio ganha amanhãmais um espaço cultural,o Art Center Itanhangá,que será inaugurado comuma performance quecombinará o escultor Ro-berto Moriconi, criandouma peça em aço, com otrompetista Márcio Mon-tarroyos.

O novo ministro do STF,Célio Borja, ganha um jan-tar de homenagens dia 6de junho no Hotel Glória.

O Brasil e o Mundo noSéculo XXI é o tema dapalestra que o Embaixa-dor Rubens Ricúpero fará

depois de amanhã no Ins-tituto de Altos Estudos,em Sáo Paulo.

Maria da Glória e Rodol-fo Antici fecham o Hippoamanhã para festejar augrand complet o aniversá-rio de sua filha Eleonora.

No Rio, organizandogrupos interessados na ex-ploraçáo de minérios, oempresário norte-americano Robert Panero.

Os 90 anos de nascimen-to do compositor Fructuo-so Vianna serão comemo-rados na quarta-feira comum recital de canto e pianona Escola de Musica, se-guido de cocktail.

O convidado de hoje doprograma Advogado doDiabo, na TV E, é o médicoe professor Nova Mon-teiro.

Bomaluno

Na reunião de ama-nhã da executiva na-cional do PMDB, o Se-nador Nelson Carneirovai propor duas medi-das, cuja aprovaçãoconsidera vital para oêxito de sua candidatu-ra ao Governo do Es-tado.

Vai-se postar radi-calmente contra qual-quer tentativa de pré-vias dentro do partidoe pedir a antecipaçãoda convenção de agos-to para junho.

Pelo visto, Carneiroaprendeu bem a liçãona época em que müi-tou na candidatura deMaluf à presidência daRepública.

Está fazendo agoraas mesmas reivindica-ções que Maluf fez naépoca — e deu no quedeu.

De olhona moda .O Prêmio Multimoda 86,

o mais importante eventode premiação da modabrasileira, já tem data elocal escolhidos: dia 5 denovembro, no Canecáo.

Este ano a festa incorpo-rara novos prêmios — osde modelo fotográfico mas-culino e feminino, de pro-dutores de moda, de modainfantil e de trajes debanho.

Como tema da noite, OsQuatro Elementos da Na-tureza Inspirando a Moda.

Doaçõesdifíceis

A doação de Cz$ 10 müfeita por Walther MoreiraSalles Jr ao programa po-lítico do candidato ao Go-verno do Estado FernandoGabeira ao invés de ajuda-lo, como pretendia, aca-bou prejudicando-o.

É que os outros doado-res, segundo um dirigentedo Partido Verde, ao com-pararem seus cadastroscom os de Moreira SallesJr, acabam não passandodos Cz$ 1 mil.

E ainda acham que es-tão dando muito.

ConvocaçãoO acadêmico José Honório

Rodrigues foi chamado a Bra-süia pelo Itamarati.

Espera-o um convite paraser o novo adido cultural doBrasil em Londres.

Turismo e féSeguiu para o Uruguai no

fim de semana, à frente de umgrande grupo de adeptos doRaineesh Baghwan, a sociali-te íolanda Figueiredo.

Foram todos ao encontro doguru, que anda exilado poraquelas bandas.

:*

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IncoerênciaO Sr Artur da Távola declarou,

aos jornais que não apoia a candi-datura de Wellington MoreiraFranco porque ele era do PDS.

Ao mesmo tempo, prega o apoioao Governo Sarney, cuja altacúpula, a começar pelo próprioPresidente da República, era todado mesmo PDS.* * *

Távola esquece apenas que Mo--reira Franco era da dissidência-do PDS, enquanto os atuais inte--grantes do primeiríssimo escalãodo Governo Sarney eram todos dasituação do partido.

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MordomiaAo Trem da Alegria, que circula

a todo vapor pelos quatro cantosdo Ceará, está sendo acrescentadoum novo vagão.

É o que traz, com o beneplácitoda Assembléia Legislativa local, o.direito a benefícios de pensão vi-talícia a todos os ex-Prefeitos doEstado. !* * *

Até aqui, na Velha e na Nova.República, esse privilégio era ex-clusivo dos ex-Presidentes da Re-pública e dos ex-Governadores.

No vermelhoO turismo europeu, vítima do

pânico que está tomando contados norte-americanos, assustados -com as ameaças de terrorismo,deve fechar o ano com um prejuízo-calculado em torno dos 6 bilhões _de dólares. 5

Esse vermelho deverá ser absor-vido pelas companhias aéreas, ho-téis, agentes de viagem e operado-res, principais vítimas dos cance-lamentos em massa, em cima dafhora, de viagens e excursões.

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4 o CADERNO B o segunda-feira, 26/5/86 JORNAL DO BRASIL

Wilson Cunha

A câmara fixa registra o sol que vainascendo. Sucedem-se outros pia-

nos fixos, descritivos de uma belaresidência onde um homem acorda, pergun-ta|I empregada pela mulher e os filhos,informa que não está muito interessado nocafé da manhã. Era 25 de novembro de 1970e quem não tenha maiores informaçõessobre tal data há de achar que estamosdiante de apenas mais um prosaico desper-tardaquele militar — ele, metódico, retira afarda da gaveta da cômoda — aparente-mente a caminho de sua guarnição. O es-peçtador mais sensível, entretanto, notaráque não é bem assim. Seja nas densasnuvens que quase encobrem o sol, na densaatmosfera da trilha sonora, do ritmo inten-so da montagem, percebe-se a existência deuma crescente tensão interior. Tensão im-pressa a cada imagem de Mishima, tensãoque será uma das marcas deste admirávelfilme de Paul Schrader.

Motivos existem para tamanha tensão:romancista, ensaísta, dramaturgo, ator, Yu-kiaMishima foi uma conturbada personali-daüe que, naquele 25 de novembro, cercadopor alguns membros de sua armada espe-ciâí.!montou um evento de protesto tendocorno ponto máximo sua própria morte.Mishima/Uma Vida em Quatro Capitulos,retjaça, assim, vida e obra desta múltiplapersonagem, flagrada em suas últimas ho-ras. Uma ação terminal, Mishima traz, emflash-backs, a formação do artista e procuramostrá-lo reencenando alguns momentosde sua obra: Templo do Pavilhão Dourado,A Casa de Kyofco, Cavalos em Fuga.

Uma estrutura tão complexa quantodiabólica. Pois enquanto linearmente Paul

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Ken Ogata em Mishima: admirável painel de umaconturbada personalidade

Schrader acompanha Mishima e sua comi-Uva, na ação paralela se esboça o quadropsicológico, o arcabouço filosófico do perso-nagem-título. Schrader faz, então, teatro-filmado, cinema-teatralizado mantendo umclima de profundo interesse — e tensão —nos 121 minutos de narrativa. Durante osquais, se discute um homem para quem

vida e arte poderiam dar-se as mãos nabusca de "mudar a realidade." Jun Shiragi,executor literário da obra de Mishima, re-cordaria (março de 85) em entrevista a JayScott da American Film — recusando-se aaceitar o rótulo de direitista para o autor,embora admitindo sua inclinação paraaquela ala e preferindo acreditar que Mishi-

ma não tinha uma orientação política espe-cificamente consolidada. "Ele realmente",fala Shiragio, "odiava o fato de que tudoestava ficando subordinado ao dinheiro emuito do que Mishima temia pudesse acon-tecer ao Japão acabou acontecendo. Então,ele tentou, romântica e nostalgicamente,ser um samurai. Isto, claro, foi uma fütilida-de porque ele jamais chegara a participarde uma guerra como, por exemplo, GabrieleD'Annunzio, a quem admirava." Não porcoincidência, naturalmente.

Schrader foi impedido pela viúva e oexecutor literário de abordar o homosse-xualismo de Mishima, sua "outra vida" ouaté mesmo fazer algum tipo de personifica-ção dos sobreviventes — a própria viúva eos dois filhos. Tal impossibilidade, na ver-dade, levou Paul e seu irmão LeonardSchrader (o roteirista de O Beijo da MulherAranha) a compor o mosaico que recompõe,através da parte da obra permitida, osfragmentos de Mishima. Driblando impeci-lhos, os Schrader conseguem colocar natela a seqüência, baseada em autobiografiade Mishima, onde ele adolescente se mas-turba diante de uma reprodução do SãoSebastião de Guido Reni:"Naquele dia, noinstante em que olhei aquele retrato, todo omeu ser tremeu com algum tipo de prazerpagão." Uma paixão que o levaria maistarde a se colocar na posição da imagemretratada.

Vários diretores — Elia Kazan, RomanPolanski, Nicolas Roeg, Bob Rafelson —manifestaram interesse em mergulhar nouniverso de Mishima mas esbarraram nosvetos. Através de intricadas negociações, osSchrader chegaram lá. E para a perfeitaintegração entre uma obra táo ocidental(quanto resulta o filme de Paul Schrader)com o momento Mishima, muito terá cola-

borado a vivência de Leonard — ex-professor em Tóquio, casado com uma japo-nesa. Nesta convivência integram-se os ele-mentos: a foto de John Bailey, a música dePhilip Glass, a criação dos cenários de ElkoIshioka, a interpretação de Ken Ogata (nopapel titulo, bem coadjuvado por coesoelenco) resultando em um filme de invejável.unidade.

Ousando, sempre, como sua persona-gem, Mishima escancara os cenários, movi-menta a câmara com notável vigor, deixa anu sua própria estrutura reconstituindo-a acada momento e, a cada momento, condu-zindo a açáo — e sua personagem — aoencontro de seu destino. Dividido em qua-tro partes, como se indica no título, nas trêsiniciais — Beleza, Arte, Ação — se montamos momentos da obra de Mishima; no quar-to se estabelece sua tentativa-síntese: AHarmonia da Pena e da Espada. Defenden-do o primado da palavra, que exercia bran-dindo a pena, sem descurar da espada,Mishima, segundo Schrader, sempre esteveno fio até aquele 25 de novembro.

Ali, depois de seu fracassado evento —quando procurou exortar os soldados aseguir o Imperador ("Acho que nem meouviram," murmura) — realiza seu ató final:o seppuku antes de ser decapitado por umdos seus seguidores. E quando abre suaspróprias entranhas, a câmara vai em zoomao seu rito de dor, há uma sensação de umavida entrando no vazio de um desfiladelro.E quando a câmara se fixa em um solpoente, fecha-se o ciclo de Mishima comnotável precisão. Ao espectador restará oprazer de ter presenciado um dos maisimportantes momentos do cinema moder-no. Aos exegetas da obra de Mishima sem-pre restarão reparos. Mas, afinal, ninguém éperfeito.

CINEMAESTRÉIASf»S.MTHHTMA; UMA VIDA EM QUATRO CAPÍ-IvvTULOS (Mishima: A Life In Four Chap-ter»), de Paul Schrader. Com Ken Ogata, kenjiSawada, Yasosuke Bando e Toahiyukl Naga-shima. Veneza. (Av. Pasteur, 184 — 205-8349):ISh. 17hlOmln, lBhZOmln, 21h30min. Comsom dolby stereo. (10 anos).

i O filme é dividido em quatro partes: Beleza,Arte, Ação e A Harmonia da Pena e da Espada.Cada-uma dessas partes apresenta trechos dosromances e da vida do escritor japonês YukioMlffh.TT"*. que praticou harakiri em 1970, den-tro de todo o ritual samurai. Produçào ameri-canojaponesa.¦ O espectador que espera da tela algo além dediversão tem, aqui, vim dos mais representati-vos-momentos do cinema moderno. Para re-montar a vida do romancista, ensaísta, drama-turgo e ator Yukio Mishima, o diretor PaulSchrader monta um diabólico quebra-cabeçasonde as inúmeras peças — aparentemente dis-peitas — formam o formidável mosaico de umapersonalidade tão conturbada quanto fasoinan-te. Teatro-filmado, cinema-teatralizado, Schra-der; bem apoiado na foto de John Bailey e namúsica de Philip Olass, realiza um filme paraser visto e revisto.

POSIÇÕES COMPROMETEDORAS (Compromi-sing Positions), de Frank Perry. Com SusanSarandon, Raul Julia, Edward Herrmann, Ju-dith' Ivey e Mary Beth Hurt. Metro Boavista(Riiá do Passeio, 82 — 240-1291), Barra-2 (Av.daa Américas. 4.888 — 325-8487), Comodoro(Rua Haddook Lobo, 14S — 264-2025):

:T4hl0min, 16h, 17h50min, 19h40min,2lh30min. Condor Copaoabana (Rua Figueira-do .Magalhães. 288 — 255-2610), Largo doMachado 1 (Largo do Machado, 20 — 205-6842): 14b40min, íehSOmin, 18h20min,20hl0min, 22h. (14 anos).

Uma trama diabólica envolvendo diversasmulheres, todas clientes de um dentista con-quis.tador, que aparece assassinado em seuconsultório. Uma de suas clientes, ao saber danotícia, resolve fazer algumas investigações epassa a ser perseguida pelos assassinos. Pro-dução americana de 1985, baseado no best-selíer de Susan ieaacs.A LENDA (Legend), de Ridley Scott. Com TomCruise, Mia Sara. Tim Curry. David Bennent,Alice Playten e Billy Barty. Palácio 1 (Rua doPasseio. 40 — 240-8541), Copacabana (Av. Co-paoabana, 801 — 255-0953), Leblon-1 (Av.Ataulfo de Paiva. 391 — 239-6048). Barra-1(Av. das Américas, 4.888 — 325-8487), Ópera-1(Praia de Botafogo, 340 — 552-4945), Carioca(Rua Conde de Bonfim, 338 — 228-8178):14hl0m. 18b. 17h50m. 19h40m. 21h30m.Co^m eom dolby stereo. (Livra).

Um conto de fadas mltioo e engraçado, comtoda» as fantasiai! infantis, oontando a eternaluta'entre os poderes da luz e daa trevas emisturando gnomos, fadas, duendes e unicór-nióa. Do mesmo diretor de Blade Runner — OCaçador de Androldee e Allen — O OitavoPa—g-lro, Produção inglesa de. 1984.O PAPA TODO (Brasileiro), de Francisco Cavai-cante. Com Francisco Cavalcante, Ayda Guima-rios, Marthus Mathias e Flávia Sanchez. Vltó-ria (Rua Senador Dantas, 45 — 220-1783): 2*.' sábado e domingo, ás 14h25min, lshSOmin,17hl5mln. 18h40mln, 20h05min, 21h30mln.De 3a a 6a, ás 13h, 14h26min, lshSOmin.17hl5min, 18h40mln, 20h05min, 21h30min.Botafogo (Rua Voluntários da Pátria, 35 — 268-4491): 14h. 16h30min, 19h, 20b25min. (18anos).

" Filme pornô.TODA NUDEZ SERÁ PERDOADA (Brasileiro).

, de.Mário Vaz Filho. Com Andréa Pucoi, Fer-nando Benini, Tatiane Taylor e Walter Oabar-ron. Rn (Rua Álvaro Alvim, 33 — 240-8285):2a, sábado e domingo, às 13h30min,lBhàbmin, 18h, 20hl5min. De 3a a 6a, ás 12h,

Hhlomin. 16h30min. 18h45min. 10h55min(18 anos).

Filme pornô.

CONTINUAÇÕESr»VA HORA DA ESTRELA (Brasileiro), do*S Suzana Amaral. Com Marcélia Cartaxo.José Dumont, Tamara Taxman, Umberto Mag-nani, Denoy de Oliveira, Sônia Guedes e parti-cipação especial de Fernanda Montenegro. Lar-go do Machado 2 (Largo do Machado, 29 — 205-6842): 14h, 18h. 18h, 20h. 22h. Brunl-Ipanema(Rua Visconde de Pirajá, 371— 521-4690). 15h.16h40min, 18h20min. 20h. Até quarta (Livro).

O filme mostra o cotidiano do uma jovemalagoana que tenta sobreviver na cidade gran-de, embora seja muito tímida e despreparadapara enfrentar as dificuldades. Ela tem umnamorado, nordestino como ela, também doslo-cado no ambiente mas sem admitir isso. Aoperseguir um sonho, incentivada por uma oar-tomante, seu destino acaba em tragédia. Basea-do no romance homônimo de Clarice Lispectore premiado em vários festivais: 10 prêmios noFestival de Brasília, além dos prêmios de me-lhor atriz e da OCIC no Festival de Berlim.Produçào de 1985.¦ , Um filme que exige ser visto, sentido, vivi-do, pensado e repensado. A arte de três mulhe-rea — Clarice Lispector, Suzana Amaral e Mar-célia Cartaxo — nos brinda com uma obrabrilhante e arrebatadora. A Hora da Estrela éuma comovente reflexão sobre os enjeitadospela sociedade, vitimados por forças que nemmesmo compreendem. A Macabéa de MarcéliaCartaxo é chaplinianamente inesquecível.UM SONHO DE DOMINGO (Un Diamanohe a LaCampagne), de Bertrand Tavernier. Com LouisDucreaux, Sabine Azema, Michel Aumont, Ge-nevieve Mnich e Monique Claumette. Cinema-1:ISh, 17h. 19h. 21h (Av. Prado Júnior, 281.(Livre).

Baseado no livro Monsieur Ladmiral vaBlentôt Mourlr, de Pierre Bost. Monsieur Lad-mirai ó um pintor da época do Impressionismo,já oom 75 anos. Num escaldante domingo deverão, Monsieur vai buscar seus filhos na esta-çáo de trem mas, acaba chegando atrasado.Monsieur Ladmiral sente-se cansado, e com apresença de Irene, uma jovem e irrequieta, elevai no decorrer do dia, sentindo-se cada vezmais velho. Produção francesa.i*vA HISTÓRIA OFICIAL (La Historia Ofi-*~tr ciai), de Luis Puenzo. Com Norma Alean-dro, Hector Alterio, Analla Castro e ChunchunaVlUafane. Ópera-2 (Praia de Botafogo, 340 —552-4945): 14h, 16h. 18h, 20h, 22h. Tijuoa-Palaoe 1 (Rua Conde de Bonfim, 214 — 228-4810): 15h. 17h. 19h. 21h. (10 anos).

A história reoente da Argentina mostradaatravés de um casal bem-sucedido — ele, umalto executivo e ela, professora de História, comuma filha adotada dia cinco anos. Aoa poucos amulher vai tomando conhecimento da realida-de à sua volta e descobre, horrorizada, que omarido tem ligações oom as forças paramillta-res e a filha é uma das milhares de crianças queforam afastadas dos verdadeiros pais, presos etorturados pela ditadura militar. Produção ar-gentina que ganhou este ano o Oscar de MelhorFilme Estrangeiro.¦ Em uma narrativa comovente, o estreanteLuiz Puenzo atinge triplo objetivo: mergulhana história pessoal de um casal, e a partir dela,na história oficial e na História verdadeira dopassado reoente da Argentina. Destaque para ainterpretação de Norma Aleandro.

A HONRA DO PODEROSO PRIZZI (Prlzzl'aHonor), de John Huston. Com Jaok Nioholaon.Kathleen Turner, Robert Loggia, John Ran-dolph, Anjelica Huston, William Hiokey e LeeRichardaon. Qaumont-Copaoabana (Rua RaulPompéia, 102 — 102 — 247-8900): 15h,17hl0mln. 19h20mln. 21h30mln. Art-Casa-shopping-1 (Av. Alvorada, Via 11, 2.150 —325-0746): 14h. 18h20min, 18h40mln. 21h.Até quarta. (14 anos).

O homem de confiança de uma família demafiosos, do Brooklyn, apaixona-se por umamatadora profissional contratada para exocu-tar alguns serviços para a família. Mais tardeela passa a ser suspeita de traição e compete aele eliminar o problema sumariamente. Produ-çáo americana de 1985. Oscar de Melhor AtrizCoadjuvante (Anjelica Huston).

i\íD SEI QUE VOU TE AMAR (Brasileiro),¦Vae Arnaldo Jabor. Com Fernanda Torres eThales Pan Chacon. Tijuoa (Rua Conde de Bon-fim, 422 — 284-5246), 8áo Luiz 2 (Rua doCatete, 307 — 285-2296), Leblon-2 (Av. Ataulfode Paiva, 391 — 239-5048): 14h, íeh, 18h, 20h,22h. Paláolo-2 (Rua do Passeio, 40 — 240-6541): 13h30min, 15h30mln, 17h30min,19h30min, 21h30min. Madurelra-8 (Rua Dag-mar da Fonseca, 54 — 390-2338): 15h, 17h,19h, 21h. (16 anos).

Uma discussão sobre o amor, a partir dahistória de um casal que se casou muito jovem,teve um filho e se separou:deis- anos depois. Aação se desenrola quando, numa tarde, a mu-lher vai ao envontro do ex-companheiro para

GRUPO SEVERIANO RIBEIRO

MOÜPE mf&FRANCIS FORD COPPOLA E GEORGE LUCAS

APRESENTAM

UM FILME DE PAUL SCHRADER

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No dia 25 de novembro de 1970.Yukio Mishima. o escritor

mais famoso do Japão. ¦chocou o mundo.

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discutirem o amor, a paixão e a separação, semno entanto conseguirem explicar por que é tãofácil começar uma pftjyflr» e tão difícil terminarcom ela. Prêmio de melhor atriz em Cannespara Fernanda Torres¦ Realizando um filme para seu ouvido, tantoquanto visto, Arnaldo Jabor volta a discutirseus temas preferidos: os Impasses e desenlan-ces da relação amorosa. A bela fotografia, amúsica de Ravel, os cenários, tudo valoriza apalavra que sai da boca de Fernanda Torres eThales Pan Chacon.O SOL DA MEIA-NOITE (White Nlghts). deTaylor Hackford. Com Mikhail Baryshnikov,Oregory Hinos, Jerzy Skolimowski, Helen Mir-ren. Oeraldine Page, Isabella RosselUni e JohnOlover. Art Copaoabana (Av. Copacabana, 759— 235-4895), Art Sào Conrado-B (Estrada daOávea, 899 — 322—1258): 14h30mln, 17h.19h30min, 22h. Art Caaashopplng-2 (Av. Alvo-rada. Via 11, 2150 — 326-0746), Art Tijuca(Rua Conde de Bonfim, 406 — 254-9578), ArtMadureira (Shopping Center de Madureira —390-1827): 14h, 18h30min, 19h, 21h30min.Pathé (Praça Floriano, 45 — 220-3135): de 2a a8a as 12h. 14hl5min. 18h30min, 18h45min.21h;sáb. edom. a partir das 14hl5min. Parato-dos (Rua Arquiaa Cordeiro, 350 — 281-3828):14hl5mln, 16h30mln, 18h45min, 21h (10anos).

Oito anos depois de se exilar no Ocidente, obailarino russo Nikolai Rodohenko vive umpesadelo: o avião no qual viaja ó obrigado afazer um pouso de emergência na Sibéria. De-pois de ter sua identidade descoberta, Nikolai ópersuadido por Raymond — um bailarino ame-ricano que mora na União Soviética em protes-to contra o envolvimento americano no Vlet-nam — a voltar ao Bale Kirov, em Leningrado.Nikolai aceita por não ter outra alternativa massabe que na Rússia não terá a liberdade artísti-oa que tem no Ocidente. Produção amerioana.

Vencedor do Oscar de melhor canção (Say YouSay.Me).

|-»v GOLPE DE TIRAS (Les Rlpoux). de Claude'-KZidi. Com Philippe Noiret, Thierry Lher-set. Art-Sáo Conrado 1 (Estrada da Oávea, 899— 322-1258): 14h. 16h. 18h, 20h, 22h. (16anos).

Comédia sobre dois polioiais obrigados atrabalhar juntos, embora adotem métodos detrabalho completamente diferentes. Um delesconvive com os vigaristas cometendo toda asorte de irregularidades e transações. O outrorepresenta o mérito, a integridade e o esorúpu-lo. Entre eles aparece a figura de uma mulherobrigando-os a agir com cumplicidade e com-pleta amoralidade. Produção francesa.¦ Um filme onde tudo dá certo: divertido, bemnarrado, ó uma bela surpresa na carreira de seudiretor Claude Zídi até aqui conhecido por suastolas comédias. Em Golpe de Tiras, Zidi conse-gue manter um excelente nível de humor ePhilippe Noiret, como o policial corrupto, temadmirável interpretação.

Bomprogramapara um

feriado: ALenda, de

RidleyScott, umconto de

fadas comtodos os

elementosda

fantasiainfantil

A HORA DO ESPANTO (Fright Night), de TomHolland. Com Chris Sarandon, William Raga-dale, Amanda Bearse, Roddy McDowall. Ste-phen Qeoffroya e Jonathan Stark. Bninl-TJJuos(Rua Conde de Bonfim, 370 — 268-2325): 15h,I7h. 19h, 21h. Até quarta. (18 anos.)

Um rapaz de 17 anos leva uma vida normalaté o dia em que desoobre que um vampiro seinstalou na caaa ao lado. Nem sua mãe, nemsua namorada, nem seus amigos querem leva-lo a sério até que ele resolve investigar. Filmede terror bem-humorado. Produção americana.ENTRE DOIS AMORES (Out of África), de Syd-ney Pollack. Com Meryl Streep, Robert Redofr,Klaus Maria Brandauer, Michael Kitchen, Ma-lick Bowens e Joseph Thiaka. Baronesa (RuaCândido Beniolo, 1.747 — 390-5745), Art-Méier(Rua Silva Rabelo, 20 — 249-4544): 15h,17h45min, 20h30min. Com som dolby-stereo.Até quarta. (Livre.)

Baseado nas memórias da escritora dina-marquesa que publicou um livro — Out ofÁfrica — sob o pseudônimo de Isak Dinesen. Ahistória começa quando uma Jovem herdeiracasa-se com um barão sueco e vão morar noQuênia. Ao doscobrir a verdade sobre o maridoela se separa e apaixona-se por um aventureirobranco, mas uma série de tragédias aconteceme ola ó obrigada a voltar para sua terra. Produ-ção americana. Ganhador do Oscar em setecategorias: filme, diretor, fotografia, roteiroadaptado, trilha sonora, direçào de arte e som.OUERRKIR08 DE FOOO (Red Sonja), de Ri-ohard Flelscher. Com Arnold Schwarzenegger,Brigitte Nielsen, JSandahl Bergman, PaulSmith, Ernle Reyes Jr., Ronald Lacey e PatRoaoh. Sáo Lulas-1 (Rua do Catete, 307 — 285-2298), Rozy (Av. Copacabana, 945 — 238-6245), Rio-Sul (Rua Marquês de S. Vicente, 52

374-4532), Barra-3 (Av. das Américas. 4666325-6487), Amérloa (Rua Conde de Bonfim,

334 — 264-4248): 13h40min, 15h20mln.' 17h.

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UMA PROOUCÁO ZOCTROPE STUOOS (TLMUNK INTERNATIONAL LUCASR.M UTIMISHMA: A UFE IN FOUR CHAPTERS-

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Três vidas, dois mundos, üm sonho... a liberdade.

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0 SOL DR MEIfl NOITEÀs vezes, para se ser herói, só é preciso uma boa causa

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18h40min, 20h20mln. 22h. Odeon (PraçaMahatma Oandhi, 2 — 220-3835). Madureira-1(Rua Dagmar da Fonseca, 54 — 390-2338):13hl0min, 14h50min, 16b30min, IBhlOmin,19h60min, 21h30min. Olaria (Rua Uranos,1474—230-2686): 14h20min, 16b, 17h40min,19h20min, 21h. (10 anos)

Numa era selvagem de um mundo indoma-do e povoado por seres fantásticos e poderososvive Red Sonja, uma jovem pacifica de cabeloscor de fogo. Depois de ver sua família serassassinada brutalmente, Red Sonja jura vin-ganoa e ó investida de poderes extraordináriospor uma misteriosa aparição. Mas, em trocadessa dádiva, a jovem se vê obrigada a jurarque nunca se deixará amar por um homem, amenos que ele a vença numa luta. Produçàoamerioana.A PRIMEIRA TRANSA DE JONATHAN (Mis-ohief). de Mel Damski. Com Doug McKeon,Catherine Mary Stewart, Kelly Proston. ChrisNash e Jami Oertz. Bruni-Méier (Av. AmaroCavalcanti, 105 — 591-2746): 14h30min,íehlOmin, 17h50min, 19h30min, 21hlOmln.Lldo-1 (Praia do Flamengo. 72): 15h, 17h. 19h,21h. Até quarta no Bruni-Méler. (18 anos.)

As primeiras experiências sexuais de doisamigos — um deles, tímido e recém-chegado deuma cidadeslnha do interior e o outro maisexperiente — em meados da década de 50,quando o puritanismo oomeça a dar lugar a umprincipio de liberalismo que será a marca dosanos 60. Produção americana de 1985.

TIRA AS CALCINHAS... (La Petlte Etrangre). deBurd Tranbarée. Com Richard Allan, Birgitt,Guy Royer, Cathy Stewart e Nadine Roussial.Soala (Praia de Botafogo, 320 — 268-2545):14h, 15h30min, 17h. 18h30min, 20h,2lhaomin. Tijuoa Palaoe-S (Rua Conde de Bon-fim, 214 — 228-4810), Astor (Av. Min. EdgardRomero, 236-390-2036): 16h, 16h30mln, ISh.lOhSOmin, 21h. Orly (Rua aloíndo Quanabara,21): de 2a a 6a aa lOh, llh30mln. 13h,14h30min, 16h, 17h30min. 19h, 20h30min;sáb. e dom. a partir daa I4h30min. (18 anos).

Filme pornô.

REAPRESENTAÇÕES|-N. QUANTO MAIS QUENTE MELHOR (Some*S Uke it Hot). de Billy Wllder. Com Mary linMonroe, Tony Curtis o Jack Lemmon. Lido-2(Praia do Flamengo. 72): 15h, 17hl5min,19h30min. 21h45min (14 anos).

Produçào americana om preto o branco.Clássico da comédia americana com TonyCurtis e Jack Lemmon disfarçando-se de tra-vesti para integrar uma orquestra feminina oescapar à ira dos gangsters de Chicago, décadade 20.¦ Com grande dose de humor e ironia, BillyWllder trafega pelo mundo dos gangsters. brin-ca com troca de identidades e oferece extraordi-nárioB desempenhos de Jack Lemmon e Mary-Un Monroe. Cercados de uma ótima trilha sono-ra, em um filme quo sobrevive muito bem aopassar dos anos.DERSU UZALA (Dersu Usala), de Akira Kuro-sawa. Com Youli Solomine e Maxlme Moun-zouk. Cineolube Estação Botafogo (Rua Volun-tArios da Pátria, 88 — 286-6149): 16h30min,19h, 21h30mln. Até quarta. (Livre)

Baseado no livro de Vladimir KlaviedvitohArseniev e ganhador do Oscar de Melhor FilmeEstrangeiro de 1976.0 filme, oom fotografia deTakao Satto (o mesmo fotógrafo de Dodeska-den), conta a história de um explorador e umguia em missão de reconheci monto na Rússiano inicio do século, mostrando o confrontoentre a comunhão com a natureza (Dersu, ocaçador) e a civilização (Arseniev, o cartó-grafo).IRMÃ LA DOUCE (Irmã La Douoe), de BillyWllder. Com Jack Lemmon, Shirley MacLaine,Lou Jaoobi, Bruce Yarnell e Hersohell Bernar-di. Paissandu (Rua Senador Vergueiro, 35 —285-4863): 14h, ÍehSOmin, 19h. 21h30min.(10 anos).

Comédia baseada numa peça musical daBroadway, contando a história de amor entreum exemplar gendarme da polícia franoesa euma agitada prostituta que arma uma tramacomplicada para desmoralizá-lo, mas acaba seapaixonando. Produção americana.ANJOS DE CARA SUJA (Angeib Witn UirtyFace), de Michael Curtis. Com James Cagney,Pat 0'Brien, Ann Shortdan. Humphrey Bogarto George Bancroft. Coral (Praia do Botafogo,316): 14h30min. 16h20min. lShlOmln, 20h,21h50min. (10 anos).

Dois jovens saem de um bairro pobre deNova Iorque seguindo carreiras diferentes', umtorna-se padre e o outro gangster. Depois decumprir pena num reformatório, o gangstervolta ao bairro e torna-se líder de um bando dogarotos desocupados, sendo perseguido peloantigo companheiro, hoje padre, que nâo con-corda cora sua influência sobre os jovens. Pro-dução americana de 1938, om preto e branco.

MARCAS DO DESTINO (Maak), de Petor Bog-danovich: Com Cher, Sam Elliott. Eric Stoltz.Estello Qotty o Richard Dysart. Art-Casashopping 3 (Av. Alvorada, Via 11. 2.150 —3250748): 14h30min, 16h40min. 18h50min,21h. (14 anos).

Baseado na história real do um rapaz do 15anos vitima de uma doença quo lhe deixa orosto completamente deformado. Embora sejadiferente dos outros rapazes de sua idade, suamáe procura criá-lo como um jovem normal,freqüentando a escola o rei aci o nando-se com osamigos. Ele se apaixona por uma moça cegamas o romance é ameaçado pelos pais dela queinsistem em contar toda a verdade à filha.Produção americana. Prêmio de melhor atriz(Cher). no Festival de Cannes de 85. Oscar deMelhor Maquilagem.

INDIANA JONES E O TEMPLO DA PERDIÇÃO(Indiana Jones and the Templo of Doom). deSteven Spielberg. Com Harrison Ford. KatoCapshaw, Ke Huyad Quan e Philip Stone. Qau-mont Catete (Rua do Catete, 228 — 205-7194):15h, 17hl0mln, 19h20min. 21h30min. Atéquarta. (14 anos.)

Nova aventura com o herói Indiana Jones,personagem do filme Caçadores da Arca Perdi-da. Dessa vez. Indiana parte para uma perigosamissão: encontrar centenas de crianças desapa-reoidas de um vilarejo nos conrina da índia,raptadas por fanáticos religiosos. Produção

americana. Ganhador do Oscar de melhores Zefeitos especiais. »A VIÚVA ALEGRE (The Merry Wldow), deErnst Lubitsch. Com Maurice Chevalier, Jean- '¦*¦'nette MacDonald. Una Merkol e Edward EveretHorton. Jóla(Av. Copacabana, 680): 15h, 17h, '19h, 21h. (Livro).

Filmo em preto e branco, mostrando uma /das versóeB da opereta de Victor Leon e Leo8tein oom músloa do Franz Lehar. Uma come-dia musical, alegre e picante, contando osamores da jovem viúva MiBsia Palmiori com oPríncipe Danilo, em Paris, no começo do sé- -culo. - .,¦TEEN WOLF—O O AROTO DO FUTURO/ LOBO >ADOLESCENTE (Teen Wolf), de Rod Daniel.Com Mlohael J. Fox, Scott Paulin, Jerry Levine Te Lorie Oriffin. Bristol (Av. Ministro Edgard .'Romero, 460 — 391-4822): 14h30min, .íehlOmin, 17h00mln. 19h30mln, 21hl0min.Até quarta. (Livre.) .

Um adolescente leva uma vida normal ruaescola, com os amigos, namoradas e jogando *basquete no time da escola. Até que um dia,durante uma partida, ele percebe que seu corpocomeça a sofrer modificações, acabando por

''transformar-se em um lobisomem. Virando o 'herói da partida e do time, ele fica em dúvida so \deve ou náo assumir a nova identidade. Produ-çáo inglesa. , .CA1ÍOULA (Caiigula), de Oianoarlo Lui e BobGuccione. Com Malcolm McDowell, Peter <OToole, Teresa Ann-Savoy e Hellen Mirren.Coper-Tijuoa (Rua Condo de Bonfim, 615): 14h. '

I6h30min, I9h, 2lh30min. Ató quarta. A par- itir de quinta no Bristol (18 anos). Filme libera-do em versáo integral, adaptado do original .escrito por Gore Vidal. O filme conta as aventu-ras eróticas de Caiigula e sua ascensão ao '

poder, como Imperador Romano. Produção .americana.MOSTRA CASANOVA 8EM PRECONCEITO —Exibição de Os Amores de Caaanova, de JohnHolmes. Complemento: Quadra a Quadro New-ton Cavaloante, de Paulo Cézar Saraceni. Rica- -mar (Av. Copacabana, 360 — 237-9932): hoje éamanha, às 15h20min, 17h, 18h40_nin,20h20min, 22h.A ESCOLA NO CINEMA: HISTÓRIAS BRASI-LEIRAS — Exibição de Qaljln — Caminhos daLiberdade (brasileiro), de Tizuka Yamaaaki. 'Com Kyoko Tsukamoto, Antônio Fagundes. IJiro Kawarasaki, Gíanfrancesco Guarnieri eJosé Dumont. Complemento: Fas Mal, de Stll.Cineolube Estação Botafogo (Rua Voluntáriosda Pátria, 88 — 286-6149): as sessões, semprepela manha, devem ser marcadas pelas escolas,previamente, pelo telefone. Até dia 8 (14 anos).

Cerca de SOO imigrantes japoneses chegamao Brasil em 1908 para trabalhar na lavouracafeeira. Num ritmo de trabalho semi-eeoravó,eles conseguem solidariedade apenas de outrosImigrantes italianos e nordestinos.

DRTVE-INREI DAVID (King David). de Bruoe Boresford.Com Richard Oere, lan Sears, Arthur Why-brow, Edward Woodward e Alloe Krige. Lagoa ^Drlve-In (Av. Borges de Medeiros, 1.426 — 274-7999): 20h30min, 22h30mln. Até quarto. ,(Livre)

Filme bíblico baseado nos livros de SamuelI e II, Crônicas I e nos Salmos de David. Ahistória de Davi, filho de Jessé, escolhido porDeus, através do profeta Samuel, para sucederSaul como rei dos Israelitas. Produção ameri- 'cana. ^_^^^_^^^_____________

VÍDEO aVÍDEO-BAR — Encontro com Shirley Clarko.cora a exiblçáo dos vídeos Tongues, Visual -Dlary, Savage Love, Performance By Johann* 'Wend, Johanna Wend in the Boz e WendyClarke's Love Tapes. Após a sessão haverádebates. Hoje, às 2lh. no TV Bar Club, RuaTeresa Guimarães, 92.VtDEO-CIÊNCIA — Exibição de O Mundo daCiência. Hoje, as 12h30mln, no Museu de Aa-tronomia, Rua General Bruce, 586 — Sáo Cria-tóváo. Entrada franca.

EXTRASOS CAVALEIROS DA TEMPESTADE (Les Ca-valiers de L'Orange). de Gérard Vorgez. ComMarlene Jobert, Oérard Klein o Vittor io Mezzo-giorno. Hoje, às I9h, na Aliança Francesa doCentro, Av. Presidente Antônio Carlos, 58 • 2oandar.

MOSTRA DO CINEMA MEXICANO — Hoje.- àsI6h o I7h45min: Vámonos com Panoho Villa.Hoje. ás 19h. 20h30mín. 2ih: El PrisioneiroTroco. No Cândido Mendes, Rua Joana Angell-ca. 63.

BALE BOLSHOI — Ivan, O Terrível, com o baleBolshoi. Hoje, às 22h, no Brunl-Ipanema. RuaVisconde do Pirajá. 371.

BALE BOLSHOI — O Poema daa Danças, com obale Bolshoi. Hoje, ãs 15h, 16h40mih.íshzomin. 20h. 21h40min. no Brual-Copacabana, Rua Barata Ribeiro, 502.

NITERÓIARTE-UFF — Monty Python no Show de Holly-wood, com o grupo Monty Python. Hoje, ás21h. (14 anos).

CENTRAL (717-0367) — Posições Compromete-doras, com Susan Sarandon. Às 13h40min,15h30mln. 17h20mln. 19hl0mln. 21h. (14anos). Até domingo.

ICARAÍ (717-0120) — A Lenda, com Tom Crui-se. Às 14hl0m. 18h, 17h50m, 19h40m,21h30m. (Livre). Até domingo.

CINEMA-1 (711-9330) — O Sol da Mela-Notte.com Mikhail Baryshnikov. Às 14h30min, 17h,íohaomin. 22h (10 anos). Até domingo.

NITERÓI (717-9322) — Guerreiros de Fogo,com Arnold Sohwarzenegger. Às I4h20min,16h, 17h40min. 19h20min. 2lh (10 anos). Atédomingo.CENTER (711-6906) — Eu Sei Que Vou ~»Amar, com Fernanda Torres. Às 15h, 17h, 19h,21h (16 anos). Até quarta.

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INFORMÁTICA dos

CLASSIFICADOS JB

I !

JORNAL DO BRASIL segunda-feira, 26/5/86 o CADERNO B o 5 l

Shirley Clarkeaposta no "cinéma-véritéMaurício Stycér

NO

II FestRio ela fez multosucesso desfilando (e po-sando) com um imenso

ctiapéu. Mas, principalmente, Shir-ley Clarke ficou conhecida pelo vi-yep Ornette Made in America, ven-cejdor da mostra paralela Olhar Fe-mifiino. Desde sexta-feira no Rio,Shirley pretende agora usufruir oprêmio recebido no festival: umaviagem pelo Norte e Nordeste dopaís. De quebra, a cineasta passaduas semanas na cidade, onde du-rante dez dias dá um workshop so-bre vídeo e assiste a duas mostras deseus filmes.

Dançarina, Shirley Clarke ini-ciòu-se no cinema fazendo algunscurtas sobre dança no início dosanos 50. Em pouco tempo, tornou-seconhecida nos círculos alternativoscoriio uma intransigente defensoradó«inéma-vérité. Até hoje conservauma certa aversão pelo cinema co-mercial. Aos 61 anos, ri de suaspróprias frases de efeito, como esta:"Eu quero perder peso e dizer aquiloem que eu acredito".

. \interessacH' por vídeo desde oinicio da década de 70, "quando

tudo estava começando", ShirleyClarke considera o workshop (quecomeçou sábado na Casa de CulturaLaura Alvim) "uma maneira de tra-balhar criativamente". Experienteneste tipo de trabalho (ensinou naUCLA), Shirley quer dar aulas parapoucos alunos e não admite que sefale ao mesmo tempo que ela, "se-não não se ouve nada".

Quem não conseguir uma vagano curso poderá assistir aos filmesde Shirley. No TVBC, em Botafogo,serão exibidos seus mais recentestrabalhos em video, entre eles Tonesand Sauvage Love, em parceria comSam Shepard, o cool roteirista deParis, Texas. Já na Casa de CulturaLaura Alvim, poderão ser vistosseus trabalhos em 16mm, mais anti-gos e mais conhecidos, como TheCool World, Portrait of Jason eBridges Go Round.

A cineasta tem planos de regis-trar em video sua visão do Brasil.Em companhia da cineasta RoseLacreta, que esta organizando esteevento no Rio, Shirley viajará peloBrasil com a intenção de filmar. Nãosabe exatamente o quê, mas garanteque a sua disposição é intensa.

VvFILMES DA TV

SHOWBILLYx PAUL — Show do cantor norte-americano acompanhado de Michael Cruse(baixo), Kenneth Murphy (bateria). RichardIannacone (guitarra) e Dennis Fortune (tecla-doaK" e a cantora Vanessa Strothers. Hoje eamanhã, àa 21h30min. no Caneoão, Av. Ven-ceslau Braz. 215 (295-3044). IngTesaos a CzS20O.O0, mesa central; a CzS 150.00, mesa late-ral e,-a CzS 100,00. arquibancada.

8EIS: B' MEIA BR — Show dè João Bosco egrupo. Teatro Carlos Gomes, Pça Tiradentes,8/n°;.-De 8a a 8a, ãs 18h30mln. Ingressos a Cz$25.0O. Até dia 30 de maio.TEMPORADA SERTÃO — Show do cantor ecompositor Gilberto Teixeira acompanhado deconjunto. Teatro Nelson Rodrigues (BNH). Av.Chile.- 830(212-5805). De 2a a 6a, ãs 18h30min.Ingressos a CzS 25,00. Até dia 30.

SEGUNDA AXÉ — Apresentação do grupo Re-melexo. Raimundo Sodré e grupo Safi. Hoje ãs2lb, no Circo Voador, Lapa. Ingreasos a CzS20.00.

TURÍSTICOSGOLDEN RIO — Show musical com a cantoraWatusi e o ator Grande Otelo à frente de umelenco de bailarinos. Direção de Maurício Sber-man, Coreografia Juan Cario Berardi. Orques-tra do maestro Guio de Moraes. Soala-Rio. Av.Afránio de Melo Franco. 898 (839-4448). De 8aa dom. ãs 83h. Couvert a CzS 800,00.

OBA OBA BRASIL — Show com Dora, OlavoSargentelli, Glória Cristal, Iracema com a or-questra do maestro Índio e As Mulatas Que NãoEstão no Mapa. Música ao vivo para dançar apartir'das 20h30min, com serviço de restau-rante. Show. ãs 23h. Oba Oba, Rua Humaitá,110 (286-9848). Couvert a CzS 150,00.

KARAOKÊKARAOKÊ DO VOGUE — Diariamente, a partirdas 22h, karaoké com música ao vivo apresen-tado por Rinaldo. Todas as 4as, Festival de

Karaoké. Couvert e consumação a CzS 40,00(de dom a 5a) e CzS 50,00 (6a e sáb). RuaCupertino Durão, 173 (274-4145).FESTA DO KARIOKÉ — De 2a a sáb. a partirdas 22h, música ao vivo, pista de dança eanimação do ator Mário Jorge. Jlrau Rua Si-queira Campos, 12 (255-5864). Couvert e con-sumação de 2a a 5a a CzS 40,00 e 6a, sáb evéspera de feriado a CrS 50,00.CANJA — De dom a 5a, ãs 20h30min; 8a e sáb,as 20b. karaokô, onde o cliente canta acompa-nhado de play-backs ou dos músicos ArmandoMartinez (órgão). Apresentação dos cantoresErnesto Pires e Mario Jorge. De dom. a 5a a CzS50,00 (consumação); 6a e sáb. a CzS 70,00(consumação). Av. Ataulfo de Paiva, 375 (511*0484).

BAMBINO DORO — Programação: 8a a 4a, ãs21b, Pagode do Karaokô animado por AlceuMaia. 5a a sáb, Manuel da Conceição, AlceuMaia, S_ Moraes e Marcelo Miranda. Sempre, ãs2lhSOmin. Sem oouvert. Rua Real Grandeza,838.

CASAS NOTURNASPEOPLE — Programação: De 2a a sáb., ás20h30min, piano-bar com Athie Bell; 2a às22h30min, João Donato e Sexteto; 3a ãs88h30min, com o Grupo Frienda; de 4a á sáb. ãs22h30min, show de lançamento do disco Che*guei e Vou Dar Trabalho do cantor e composi-tor Moreira da Silva; dom., Terra Molhada., dedom. a 3a à lh da manhã Billy John (violão evoz). De 4a a sáb, à lh da manhã, Bruce HenryQuarteto. Av. Bartolomeu Mitre, 370 (294-0547). Couvert a partir daa 22h30min, de dom.a 3a, a CzS 75,00; 4a e 5a, a CzS 100,00; 6ae sáb.,a CzS 180,00.

CHIKOS BAR — Piano-bar com música ao vivoa partir das 81h. Programação: 2a e 3a, o violo-nista Nonato Luiz; de dom. a 2a às 2 lhSOminWilson Nunes (piano), Tibério (contrabaixo) eFátima Regina (vocal); Aberto diariamente apartir das 18h. com música de fita. Sem cou-

vert, sem consumação mínima. Av. EpitácioPessoa, 1.560 (267-0113 e 287-3514).O VIRO DA IPIRANGA — Programação: 3a, eCristal Liquido; 4a e 5a, às 23h, Éramos UmaDupla: Katia Cunha e Ricardo Duarte: 6a e sáb,às 23h, a cantora Letloia; 8a e sáb.. às 24h, JoséLuiz Staneck (gaita), João Alfredo (guitarra) eoutroB; dom, ãs 22h grupo Solar; 2a àa 22hohorinho com Dirceu Leite e o regional ChoroSó. Couvert de 8a a 5a a CzS 20,00 e 6a e aáb. aCzS 30,00. Consumação dom. a CzS 30,00. RuaIpiranga. 54 (225-4762).SOBRE AS ONDAS —Diariamente, a partirdas20h, o pianista Miguel Nobre e a cantora Con-suelo. Depois o conjunto de Osmar Muito o oscantores Norma e Beto. Couvert: 6a, sáb. e vésp.de feriado, a Cz$ 50,00. Av. Atlântica, 3 432(521-1896).VINÍCIUS — Diariamente, àa 81h. a orqueatrade Celinho do Piston e os oantores Vitor Hugo,Roberto Santos. Leona. Av. Copacabana, 1 144(887-1497). Couvert, de dom. a 5a a CzS 25,00 e6a e aáb. e vesp. de feriado, a Cz$ 40,00.MIRADOR — Programação: 8a, Noite do Spa-ghettl, com os Violinos de Varsóvia; 5a, àa 19h,Noites de Frutos do Mar, oom Sosó e Bahia equarteto; sáb, às I3h, feijoada com conjuntoHelcio Brenha e regional Chora Baixinho edom. ãs 13h Roberto Bion Bossa Jazz. HotelSheraton. Av. Niemeyer, 121 (874-1122).CAFÉ NICE — Músioa para dançar com a bandada casa, de 2a a sáb., a partir das 19h. Couvertde 2a a 5a e sáb a Cz$ 30,00; 6a e véspera deferiado a CzS 40.00. Av. Rio Branco. 877 (240-0499).HARRVS BAR — Diariamente, a partir das20h30min. e sáb. e dom., às 12h, o pianistaJoaé Marinho. Av. Bartolomeu Mitre, 450(259-4043). Sem couvert.ANTONDíO — Música ao vivo de 2a a sáb. apartir das 21h, cora a oantora e pianista LygiaCampos. Av. Epitácio Pessoa, 1 244. Sem cou-vert.O CASARÃO — Programaçáo: 2a e sáb. e dom.às 21h, Trio Art-Som; de 3a a sáb, às 12h e às19h, Roberto Bion Bossa Jazz; Hotel Sheraton,Av. Niemeyer, 121 (274-1122).

Uma pérola do estilo Vera CruzPaulo A. Fortes

SÀO

Paulo, fim dos anos 40. A cidade cresce, seindustrializa. Há uma burguesia florescente eendinheirada. Um empresário ligado às ativida-

tisticas, Franco Zampari, acha que Sào Paulomerece ter sua Broadway e sua Hollywood. Funda oTeatro Brasileiro de Comédia e a Cinematográfica VeraCruz. À custa de dinheiro generosamente emprestadopelo Banco do Estado, constrói enorme estúdio em SãoBernardo do Campo, e convida alguns nomes do cinemainternacional para esta aventura .tropical: Adolfo Celi,Luciano Salce, Tom Payne, Chick Fowley. Ao todo,gente de 27 nacionalidades trabalha no estúdio da VeraCruz.

Principal inimigo: as chanchadas, realizadas pela.modesta Atlàntlda no Rio, com os artistas da RádioNacional, que lotavam os cinemas em todo o pais. Parase contrapor a isto, Zampari queria um "cinema maisfino", seguindo os padrões europeus e americanos. Tudona Vera Cruz vinha de fora: os equipamentos, as pes-soas, as idéias. Assim, Sinhá Moça e Terra É SempreTerra, de Tom Payne, se inspiram no... E O VentoLevou; O Cangaceiro, de Lima Barreto (que, aliás, foipremiado em Cannes, em 1953) levava para a caatinganordestina o clima dos filmes de faroeste. Havia umacópia de Rin-Tin-Tin: o heróico cachorro Duque. Paracomprar o passe de Anselmo Duarte—Ídolo da Atlânti-da — Zampari propôs um salário cinco vezes maior,carro com chofer, apartamento no Hotel Lord. As festaseram caríssimas, os filmes custavam dez vezes mais doque uma chanchada. E não faziam sucesso: a platéianão gostava nada daquelas histórias que se pareciamtanto com filmes estrangeiros: preferiam os próprios.Em cinco anos a Vera Cruz faliu e virou lenda. Nadisputa, Oscarito e Grande Otelo levaram a melhor.Como diria a estrelissima Eliana, heroina de tantaschanchadas: "Entre Bach e Beethoven eu prefiro umsambinha bem brasileiro!" Hoje, na TV Educativa, às16h, uma pérola do estilo Vera Cruz: Uma Pulga naBalança, com John Herbert. Uma curiosidade, que valea pena ser vista.

SIMBAD CONTRA O OLHODO TIGRE

Tv Globo— 14h20min(Simbad and the Eye of theTiger) produção inglesa de1977, dirigida por Sam Wana-maker. Elenco: Patrick Way-ne, Taryn Power, Jane Sey-mour, Margaret Whiting. Co-Iorido (02 min).

Aventuras nas Arábias.Simbad (Wayne) ohega à cida-de de Charok para pedir amao da princesa Farah (Sey-mour), maa descobre que oprinoipe Kassin (DamienThomas) teve sua coroaçãoimpedida pela madrasta, umabruxa que lançou maldiçãosobre a oidade.UMA PULGA NA BALANÇA

Tv Educativa— 16hProdução brasileira de 1053,dirigido por Luciano Salce.Elenco: John Herbert, GildaNery, Paulo Autran, Walde-mar Wey. Freto e branco.

Comédia de costumes, querepresenta um dos principaisfilmes realizados pela Produ-tora Vera Cruz de São Paulo,durante os anos SO.OS HERÓIS NÁO SE EN-

TREGAMTv Record — 2lhSOmin

(Counterpoint) produçãoamericana dirigida por RalphNelson. Elenco: CharltonHeston, Maxmilian Schell,Kathryn Hayes, Leslie Niel-sen. Colorido.

Guerra. Na Bélgica, quase

;lb

ao fim da 2" Guerra. Orques*tra Sinfônica americana M.raptada pelos nazistas. O GeiTJ-neral Alemão (Schell) obriga Jo regente a tocar um concerto'.'para ele, e planeja, após, fw&i-'Llar a todos.

O BANDOLEIROTEMERÁRIO

Tv Bandeirantes — 22h05mm u(The Teadçan) produção his-£|pano-americana de 1966, _í--:'rígida por Lesley Selandiír?r-"-Elenco; Audie Murphy, Brid£.'~rick Crawford, Diana LorysY-T1Luz Marquez. Colorido (9'0'<'''min). >tfIÍB

Western-tortilla. Antigo *.&¦''"rife (Murphy) é difamado pdfíUJdono de cantina (Crawford),. 6'X/se esconde no México. SabôUPque seu irmão foi morto,' 8"Ddescobre que o dono da canti-na é o responsável. Jura vú^-.--gança. ^^UM HOMEM, UMA MULHEjt .

Tv Globo — 23h50min '" *

(Un Homme et Une Femme)'produção francesa de 1966,7! "dirigida por Claude Leloucn.V,'!.Elenco: Anouk Aimée, Jeah ".'Louis Trintignant, PierrçBarrouh. Colorido (103 min')?'x[

Melodrama. Piloto de corri-1^^das (Trointignant) e uma eá--'"critora (Aimée), ambos viú-1"'vos, iniciam romance, sempre";'prejudicado porque ela não ¦»consegue esquecer seu faleci-do esposo. ¦„..,_

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FESTIVAL DE BERLIN — Diariamente (atésábado), das lOh às 23h, sarau com ImkeBarnstedt, Jurgen Henn (piano) e Wolf Bahrke(órgão). IngressoB a Cz$ 250,00, incluindo cer-veja. Salão Oávea do Hotel Sheraton, Av. Nie-meyer, 121 (274-1182).j AZZMANIA — Programação: 2a. Luiz Eça (pia-no) e Mauro Senise (sax); de 3a a sáb., o cator ecompositor Flavlo Venturini. Couvert 2a, a CzS70.OO; 3a e 4a. a CzS 60,00; 5a a sáb., a CzS80,00. De 2a a 4a, às 22h30min; de 5a a sáb., às23h. Av. Rainha Elizabeth, 769 (287-2447).POKER — De 8a a sáb., música instrumentalcora o maestro José Neto e Alfredo Valença(baixo). Às 6M e sábs. o cantor Jairo Aguiar.Couvert a CzS 20,00. Sem consumação. RuaAlmte. Gonçalves, 50 (521-4999).ALÔ ALÔ — Programação: 2a e dom SilvioPrado (voz e violão); de 3a a 5a o cantor e atorEduardo Conde; 6a e sáb grupo Idéia Fixa; de 3aa 6a, às 23h30min e 8a e dom, às 22h. Couvertde 2aasãbaCz$ 100,00edoma CzS80,00. RuaBarão da Torre, 368 (521-1460).

DANÇA

DANCETERIASMTKON08 — Discoteca a partir das 21h commúsica de fita, Consumação de dom. a 5a a CzS50,00 e 6a e sáb. a Cr$ 70.00. Sem oouvert. RuaCupertlno Durão, 17 (294-2898)CIRCÜS — Discoteca com a presença do disk-jóquei Tonny Decarlo. Diariamente a partir das21h. Ingressos de dom a 5a a CzS 40.00, homeme CzS 85,00, mulher; 6a e sáb a CzS 60.00,homem e Cz$ 35,00, mulher, com direito a umdrlnk nacional. Matinês dom, às 16h. a CzS15,00, com direito a um refrigerante. Rua OalUrquiza, 102 (874-7986).PAPILLON — De 2a a sáb, às 22h, discoteca.Ingressos de 2a a 5a, a CzS 40,00; 6a e sáb a CzS70,00. Hotel Intercontinental, Av. PrefeitoMendes de Moraes, 822 (322-2200). De 2a a 4a e6a dama acompanhada não paga.HELP — Música de discoteca a partir daa21h30min. Ingressos a Cz$ 35,00, homem eCzS 30,00, mulher; vesperal às 16h CzS 15,00.Av. Atlântica. 3432 (581-1896).

NOTURNOS — Espetáculo com direção e coreo-grafia de Regina Miranda e Os Atores Bailari-nos. Música de Rodolfo César. Teatro Villa-Lobos, Av. Princesa Isabel, 440 (275-6695).Hoje e amanhã, ãs 21h.

BALLET BOLSHOI — Programação: dia 1° dejunho, às 17h. Spartacus. Dia30, ãs 21 hl5m, OLago dos Cisnes. Amanhã, às 21hl5m, Ray.

monda. Dias 28, 29 e 31, ãs 21hl5m. Ivan, OTerrível. Teatro Municipal, Cinelândia (2Ç.2-6322). Lotação esgotada. ~"£"-.,*COMPANHIA DE DANÇA DE GALLAUDBS"^»COLLEOE — Espetáculo de dança e expressão,corporal com um grupo de surdos da Univera(*"*7dade Para Surdos de Washington. Hoje, às 2Õh,'s-:-no Instituto Benjamin Constant, Av. PasteuiV'360. Ingressos a CzS 15,00. avisa

CURSOSCONVERSAÇÃO COM MÚSICA FRANCESA —A Numen Espaço Cultural organizou um cursopara pessoas que queiram melhorar a fluènciano francês, através de slides e textos de músi-cas de conhecidos compositores franceses. Asaulas serão ministradas pela professora Ma-rion Perpignan, todas as 2as, às 18h30min, naMuniz Barreto, 438 (266-1145). Mensalidadede CzS 180,00.

MÚSICA BARROCA — INTERPRETAÇÃO PIA-NÍSTICA — O instrumentista Homero Maga-lhães, formado pelo Conservatório de Paris epela Academia de Viena, dará a partir de hoje etodas as segundas-feiras, às 16h. aulas onde osalunos pesquisarão as obras de Purcell, Coupe-rin. Rameau e outros. A taxa de inscrição é deCzS 120.00 e CzS 80.00, ouvintes e pode serpaga no Teatro da UFF. Rua Miguel de Frias, 9,Niterói.

TAPETES ORIENTAIS — TIPOS E TÉCNICASDE TECELAGEM — O objetivo é estudar osprocessos de confecção e tingimento, as carac-teristicas específicas e as diversas regiões ondosão tecidos. Aulas a partir do dia 4 e até dia 27de Junho, às 4as e 6as, às 14h. na FundaçãoCasa de Rui Barbosa, Rua S. Clemente. 134(286-1297, ramal 45). Mensalidade de CzS150,00.

j.- crtea-n IDEMOCRATIZAÇÃO DOS MEIOS DE COMUNÍ-*^CAÇÀO DE MASSA — Programaçáo dia SS/èa1'1'18h30min. Entre A Onda e o Rochedo — Estádio1 w

e Comunicação, debate com profissionais "de^^

comunicação; dia 29. as I8h30min, Reforma'*10Agrária no Ar, exposição da OAB e debate cdih Bpolíticos e representantes de associaçõesW-t"moradores; dia 30. às 16h. Projetos e Experiên<"'cias, apresentação de trabalhos nas áreas: _f$oin:ciai e cultural. Museu da Imagem e do Som, Pça'XRui Barbosa, 1 (262-0309). àuiaS

íbftOARTESANATO E CRIATIVIDADE INFANTH/'*,— As aulas começam dia 7 de junho na Galeria^"1Toulouse e serão dadas para crianças de seis-e «'10 anos. pela professora Janete Valansi.'O ,t;objetivo é desenvolver a capacidade criativa1"*através do contato com diversos materiais. In-'*1formações na Av. Epitácio Pessoa, 1264 (52,(1,-^-27a7> i soisTEATRO — Estão abertas as inscrições para as ;aulas que serão dadas pelo diretor teatral Amjx:\«Haddad na sede do Grupo Ta Na Rua. na RuaV'do Resende, 18. das 14h às 20h. ou pelo telefo" .ne 242-8422. ''""•!d»lTÉCNICA VOCAL — Curso prático coordenado*: v

pela professora Aparecida Elmor com inicio qja r'y

27. às 19h. na Rua Vise. de Piraja, 577 èlHup(239-7892). No programa, aulas sobre disfonia,"...má dicção, voz sem melodia e rouquidão.

RADIOJORNAL DO BRASIL

yy AM 940KH-JBI — Jornal do Brasil Informa — de 2a a sáb.ás 7rÍ30min. 12h30min. 18h30mm e 0h30min.Noticiário — de 7" a 6a informativo às meiashoras-, .Repórter JB — de 2a a dom Informativo àshoras certasAlém da Notícia — com Villas-Bóas Corrêa, às7h55min. de 2a a 6aNo Mundo — Com William Waack. de 2a a 6a às8h25min.Panorama Iochpe — Informativo econômico,de 2a a-63 ãs 8h40min.Na Zona do Agrião — Com Joào Saldanha, de2a a 6a às 9h10min.Via Preferencial — Com Celso Franco, de 2a a6a às 9h25minA Margem da Notícia — com Rogério Coelho ¦Neto. de 2a a 6a. as 9h04min e 17h50mm,A Opinião do Touguinho — Com OldemárioTouguinho de 2a a 6a as !2h05min.

Encontro com a Imprensa — Hoje. às 13h Osouvintes podem fazer suas perguntas pelo tel284-5599Bola Dividida — Com Sandra Moreyra. de 2a a6a às 17h05min.Arte Rnal — de 2' a 6a. às 22hArte Rnal Jazz — Dom . às 22h

FM ESTÉREO99,7MHz

HOJE20 — Reproduções • raio Isur: Um Amsrlcsno

•m Paris, de Gershwin (Eduardo Mata — 17:26);Sonata em Do, para violino • piano, K 303, de MozartIPerlman e Barenboim — 10:15); Vida ds Herói, deRichard Strauss (Ozawa — 45:41). Reproduções con-vsndonsis: Prelúdios e Fugas n°s 3,6. 7,15 e 24 — 2ovol. para o cravo bem temperado, de Bach (Ksmpff —23:19); Introdução e Rondo Caprichoso, para violino oorquestra, de Salnt-Sasns (Igor Oistrakh — 8:33); OFestim de Balthazar, ds WaKon ISotti — 36:20);Fantasia em Dó, ds Qlbbor- (Gould — 3:36); SuitePulcinella, ds Strswinskv (Boulsz — 23:11).

HOJE NA

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TV RECORDCanal 9A EMISSORA DO RIO

11:00 HS RECORDnos esportes

De segunda a sexta 11 da manhãa equipe esportiva da Record e asnotícias diárias de todos os setores doesporte.

17:30 HS

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FÊÊ

0 novo cotidiano do jovemcarioca.Tudo sobre o mundo jovemcom entrevistas, esportes no-vos e aqueles musicais espe-ciais.Apresentação: Cesinha (ska-tista)

23:30 HSW1ii

APRESENTAÇÃO:Danuza Leão

Comemoração dos500 programas no arCONVIDADOS:

Gilberto BragaJoana Foon

TEATROQRETA QARBO, QUEM DIRIA, ACABOU NOIRAJÁ — Texto de Fernando Mello. Direção deAttilio Rlcoó. Com Hllton Have, Ary Moreira eSolange Couto. Teatro Berrador, Rua SenadorDantas, 13(820-6033). Hoje, às Slh, espetáculocomemorando 30 anos de carreira do ator Htl-ton Have. De 4a a dom., às 21hl6min. Ingres-sos de 4* a 6a a CzS 40,00 e sáb. e dom, a CzS80,00. Duração: lh30min (16 anos).

O AIJENISTA — Texto do Maohado de Assis.Adaptação de Renato Icarahy e Claudic Bojun-ira. Direçáo de Renato Icarahy. Direçáo musi-cal de José Lourenço. Com o grupo TAPA.Teatro Ipanema, Rua Prudente do Morais, 824(247-9794). 2*e 3», às 81h e de 4a a 8a, às 17h.Ingressos a CzS 50,OO.

HÁ VAOAB PARA MOÇAS DE FINO TRATO —Texto e direçáo de Aloione Araújo. Com AraoyCardoso, Manoela Maohado e Eliane Maia. Tea-tro Vanuool. Rua Marquês de S. Vicente, 52/3°(874-7846). 2a e 3a, às 81h30mln. Ingressos aCzS 80,OO. Até amanhã.AMIZADE DE RUA — Texto do Fausto Fawcette Hamilton Vaz Pereira. Direção de HamiltonVaz Pereira. Com Lona Britto, Cristina Ache,Patrícia Pillar, Luiz Nicolau, Rodolfo Bottlno eoutros. Teatro Cândido Mondes, Rua JoanaAngélica, 83. 2ae 3a, às 21h30mln; 8ae sáb, às24h. Ingressos a CzS 60,00.A Associação Carioca de Empresários Teatraiscoloca à venda em suas agências in grossos apreços de bilheteria, de todas as peças emcartaz no Rio, com entrega a domicílio, semacréscimo no preço. As agências funcionam noRio-8ul (de 2a a sáb., das lOh às 22h). na Pça N.Sa. da Paz (de 3a a dom., das lOh as 22h) e noLgo da Carioca (de 8a a 6a. das lOh às 18h), e otelefone para informações é 542-4477.

INFANTILVIAGEM À MONTANHA ENCANTADA — Tex-to de direção de Limachen Cherem. TeatroImperial, Praia de Botafogo, 684 (296-0898).Sáb. e dom. e 2a, àa 17h30min. Ingressos a CzS15,00. Acompanhante nao paga.POPEYE E OLIVIA PALITO — Com o grupoCarrosel. Teatro da Cidade, Av. Epitácio Possoa, 1864 (247-3292). Sáb. e dom., às 17h. e 2"ãs 15h. Ingressos a Cz$ 20.00.CHAPEUZINHO VERMELHO CONTRA A BOM.BA ATÔMICA — Texto e Direçáo de WalterCosta. Teatro Brigitte Blair, Rua Miguel Le.mos. 51 (821-8965). Sáb. e dom. e 8a às 18h.Ingressos a Cz$ 20,00.R__T ALHOS — Peça infanto-juvenil com texto edireção de Celso Terra. Com o grupo Boca SemPano. Elenco Infantil. Teatro de Bolso AurimarRooba, Av. Ataulfo de Paiva. 880 (239-1498),Sáb. e dom., e 8a, às 16h. Ingressos a CzS 80,00.Até dia 1° de junho.A REVOLTA DOS BICHOS — Musical de Ma-nassós Sessanam. Tijuoa Tênis Clube, Rua Cdede Bonfim, 451. Sáb, às 17h30min, dom, àslOhSOmín e 8a, às 17h. Ingressos a CzS 20,00.

A CASA DE CHOCOLATE — Texto de NazarethRocha. Direçáo de Wagner Lima. Teatro deBolso, Av. Ataulfo de Paiva, 269 (839-1498)sáb., dom. e 8a, àa 17h30min. IngressoB a CzS80,00.CHAPEUZINHO VERMELHO E O LOBO MAU— Com o grupo Carrossel. Hoje, às 16h. noTeatro da Cidade, Av. Epitácio Pessoa, 1 664.Ingressos a CzS 20,00.PINÒaUIO E O GRILO FALANTE — Com ogrupo CarroBsol. Hoje. às 17h, no Teatro daCidade, Av. Epitácio Pessoa, 1 664. Ingressos aCzS 80.00.

MUSICAPETER SCHUBACK — Recital do violoncelistainterpretando peças de Rulfo Herrera, MiklosCsemicski, Bernard Zimmormann e PeterSchu-back. Hoje, às 18h30m, no Conservatório Bra-sllelro, Av. Graça Aranha, 57. Entrada franca.ORQUESTRA SINFÔNICA DA UFF — Concertosob a regência do maestro Carlos EduardoPrates. No programa Carlos Gomes, De Falia eBrahms. Domingo, às loh, na Sala CecíliaMeireles. Lgo da Lapa, 47. Entrada franca.CONCERTOS PARA A PAZ — Recital do LoideMendonça (canto) e André Corrara (piano). Noprograma, peças de Haendel, Arnaldo Rabello,Carlos Gomes e outros. Domingo, àa lGh30m,na Corrente da Pas Universal, Rua SenadorDantas, 117 cob 03. Entrada franoa.CONCERTOS DE BOTAFOGO — Recital do vio-lonlBta Marcelo Kayath interpretando JohnDowland, Turlna, Brower e outros. Hoje, às

18h30m o 13h30m, no Centro EmpresarialRio, Praia de Botafogo, 228. Ingresso medianteconvite, a ser retirado nas agências do BancoFrancês e Brasileiro.ANDRÉ RANGEL — Recital do pianista inter-pretando as Sonatas e Baladas do Chopin. Hoje,às 8 lh. na Sala Cecília Meireles. Lgo da Lapa,47. Entrada franca.

SEGUNDAS LÍRICAS — Recital do Cleo Ale-mao. Helvécio Alvarez o Pedro Mathias e apre-sentação de La Falce, ópera em um ato deCattalanl, com Eunice Rubin o Wilson Aguiar.Hoje, às 18h30min, no Teatro Olauce Rooha,Av. Rio Branco. 179 (2200859). Ingressos aCzS 80.00.huDOLFO CÉSAR — Recital do compositor.Domingo, às 17h, no Museu de Arte Moderna,Aterro. Entrada franca.

Os programas publicados no Ho|e no Rio estào sujeitos a mudanças do última hora, que sào doresponsabilidade dos divulgadores. E aconselhável confirmar os horários por telefone

OSCAR

HOJE 21 30

J

CANAL 9A EMISSORA DO RIO

OS HERÓISNÃO SE ENTREGAM

ELENCO:CHARLTON RESTONMAXIMILIAN SCHELL

KATHRYN HAYS

TELEVISÃOCANAL 2

8:00 Teleourso Io Orau8:16 Teleourso 2° Grau8:29 TVE na Escola — Para professores9:00 TVE na Escola — Do pré-escolar à 4*

série do Io grau10:40 TVE na Esoola —Da 5a série à8a série do

Io grau18:00 Teleourso 1° Grau18:16 Teleourso 8° Grau18:30 TVE na Esoola — Para professores13:00 TVE na Escola — Do pré-escolar à 4a

série do Io grau14:40 TVE na Esoola — Da 5a série à 8" série do

Io grau18:40 TVE na Esoola — Para Professores16:00 Uma Pulga na Balança — Longa-

metragem18:30 Os Médlooa — Distúrbios da Fala18:45 Metrópole da Arte —Galeria de Pinturas19:46 Supersérie — Sonho de uma Noite de

Verão80:00 Eu Sou o Show —Trajetória de um anis-

ta. Hoje: Roberto Ribeiro20:30 Reino Selvagem£1:00 O Advogado do Diabo — Jornalístico

com entrevistas.22:00 Jornal das Dez — Noticiário83:00 1988 — Debates00:00 Eu Sou o Show — Trajetória de um

artista. Hoje: MPB40:30 Boa-Noltc de Jonas Rezende

CANAL 46:30 Teleourso Io Orau — Programa educa-

tivo- Programa educa-8:4B Teleourso 8° Grau •

tivo7:00 Bom-Dia, Brasil — Programa de entro-

vistas7:30 Bom-Dia, Brasil — Reprise8:00 TV Mulher — Programa feminina8:00 Balio Mágico — Programa infantil

18:80 RJ TV — Noticiário looal

18:35 Olobo Esporte — Noticiário esportivo18:65 Momento da Copa13:00 Hoje — Programa Jornalístico13:85 Vale a Pena Vsr de Novo —- Reprise da

novela Paraíso14:80 Sessão da Tarde — Filme: Sinbad Contra

o Olho do Tigre18:85 B—sao Aventura — Vegaa17:16 Teletema—História da semana: A Lune-

ta Mágica17:55 Sinhá Moça — Novela de Benedito Ruy

Barbosa18:50 Cambalacho —Novela de Silvio de Abreu19:45 RJ TV — Noticiário local19:55 Jornal Nacional — Noticiário nacional e

Internacional80:26 Momento da Copa80:30 Salva de Pedra — Novela de Janete Clair21:25 Viva o Gordo — Humorístico,28:15 Anos Dourados — Mlnissérie de Gilberto

Braga83:10 Jornal da Olobo — Noticiário83:40 RJ TV — Noticiário local23:50 Festival de Sucessos — Filme: Um Ho*

mem.., Uma Mulher

CANAL 610:30 Programação Educativa11:00 Sessão Animada11:55 Copa Total — Boletins preliminares12:00 Manchete Esportiva—IoTempo—Rese-

nha esportiva nacional e internacional18:30 Jornal da Manchete — Edição da Tarde

— Noticiário13:00 Mulher de Hoje — Programa feminino14:00 De Mulher para Mulher — Programa

feminino14:35 Clube da Criança — Desenho17:50 Cine-Ação — Historias de Elza18:50 Clò para os Íntimos — Programa femi

nino19:25 Copa Total — Boletins preliminares19:30 Rio em Manchete19:45 Manchete Esportiva2000 Jornal da Manchete—Ia Edição —Noti

ciano nacional e internacional2120 Dona Beija — Novela de Wilson Aguiar

Filho

t ¦fi.T.JT.UíilÃitrnaooacr

88:80 Acredite, se Quiser — Série documenta' •ria ' a

83:80 Copa Total — Boletim informativo .,",'..-,23:25 Momento Econômico «ói.A23:30 Jornal da Manchete — 2a Edição — Res ií'-' ™

mo das principais noticias do dia /--,„,.0:10 Rio em Manchete — Noticiário locaí

CANAL 7j.-u^

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8:45 ProgramaJlmmySwaggart—Prograrriá "^"

religioso7:15 Qualificação Profissional — Programa "

educativo7:30 Show de Desenhos — Programa infantil *8:00 O Despertar da Fé — Religioso8:30 Ela — Programa feminino

10:45 Ele no Ela — Programa feminino11:25 A Maravilhosa Cozinha de Ofélia — Cuí)-'

nária .„11:55 Boa Vontade — Religioso j-V

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18:00 Esporte Total — Noticiário esportivo ^^I13:00 Fórmula Única — Musical íSiclTE14:00 TV Criança — Programa infantil st3 -rf717:55 Fim de Tarde — Seriado: Chips ;i_i"i18:85 Boa-Noite, Rio —Jornalístico »taic.-í19:00 Olhar de Marúsia — Jornalístico 101-*19:05 Jornal do Rio — Noticiário local19:30 Jornal Bandeirantes — Noticiário nacio-

nal e internacional20:00 Jornal da Copa — Boletim informativa80:05 Oito Show — Programa com Blota Jr. ''

22:00 Jornal da Noite — Noticiário "'"88:06 Cinema Dez — Segunda Sem Lei — Fií-7*

me: O Bandoleiro Temerário0:15 Jornal de Amanha — Noticiário0:45 O Gordo e o Magro — Seriado humoríq-w*

tico >*•*¦¦,

CANAL 99:009:169:30

10:0010:8310:30

À Moda da Casa — CulináriaComer Bem — Culinária

Qualificação Profissional — Educativo * [A Hora da Eucaristia — ReligiosoIgreja da Oraça — Religioso p3Posso Crer no Amanhã — Religioso **Vida Selvagem £?Aventura Aos Quatro Ventos — Do-

"

cumentário *411:00 Record nos Esportes — Noticiário espor- *4tivo [4Em tempo — Programa de entrevistas *3Record em Notícias — Noticiário MITartaruga Biruta — Desenho ^Os Dois Caretas — Desenho HRoger Ranget — Desenho £#Beany e Cecil — DesenhoGênio Maluco — DesenhoCachorro Lobo — Filme *¦<•Assim é a Vida «£Vibração — Programa jovem #2Ultraman — Desenho «^Regresso Ultraman — Desenho *J*çJornal da Record — NoticiárioVideoclip — MusicalCristina Bozan — NovelaInforme Econômico — JornalísticoOscar — Filme: Os Heróis Não se En-iv^tregam *%,Encontro Marcado — Programa de entro-Jvistas

11:3018:0013:3013:4514:00

14:3014:4515:0016:3018:0018:3017:0017:3018:0018:3019:0019:3080:3081:8581:30

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8:45 Patati Patatá — Educativo JJ'7:00 Follow me — Aula de Inglês 5§7:30 Tom e Jerry — Desenho8:00 Sessão Desenho — Seleção de desenhos-^

animados v14:30 Angelito — Novela15:30 Soledad — Novela18:30 TV Pow — Desenhos18:30 Carrossel — Desenho Pica-Pau19:05 Jornal da Cidade — Noticiário local19:15 Jornal Noticentro — Noticiário nacional^

c internacional19:45 Show da Lucy — Variedades20:15 Agentes da Felicidade — Senado21:15 A Pantera Cor-de-Rosa21 20 Caldeirão da Sorte21:85 O Homem que Veio do Ceu — Senado^22:25 Cidade Infernal — Seriado23:30 Atras das Grades — Senado0:30 Jori-al 24 Horas — Informativo

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A programação e os horários são da responsabilidade das emissoras.

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(^xftthpe*

A explosãodo rockem BrasíliaBrasília seria a capital do rock? Centro do poder,sem praia, muito tédio, alguns dizem que o rocknão poderia ter estímulo maior. Garotosdesconhecidos saíram de Brasília e hoje sãoestrelas — Parálamas do Sucesso. Legião Urbana,Plebe Rude, Capital Inicial. Proliferam os novosgrupos, de variadas tendências — "rockresmencial", afro-funk, como o já famoso ObinaShock, rock-pauleira, heavy metal —, e a Funarteanuncia para junho uma semana só de rock, comos grupos Detrito Federal, Beta Pictoris, PadrãoSocial, Atentado ao Normal, Rock Fusão, ClínicaGeral, Liberdade Condicional e Grupo DC-10. Comexplicar essa explosão?

Margaret Cunha

BRASÍLIA

— Uma feira deum só produto: é a FeiraSemanal de Música, que pe-lo menos na estreia mostrou

apenas rock—mas todo tipo de rock...no primeiro dia, tocaram cinco bandasque estão começando a aparecer poraqui: Habeas Corpus, Atentado aoNormal, Rock Fusão, Delirium Tremisç Excalibur.

No palco, gente mais jovem do queil Brasilia, uma capital que nasceu de-

pois do rock. Com menos de 20 anos,os roqueiros brasiliense se miram noexemplo daqueles que saíram daqui(quase desconhecidos na cidade) e ho-je são estrelas no Brasil inteiro, como éo caso do Parálamas do Sucesso, daLegião Urbana, da Plebe Rude e daCapital Inicial.

Seria Brasilia a capital do rock? A" Fundação Cultural já contou 200 ban-das na cidade. Bernardo, 23 anos, vo-calista do conjunto Escola de Escân-dalo, acha que das 200 bandas, 50 sãoboas. Na verdade, os grupos que estãoexplodindo agora em Brasilia não sãotantos: Detrito Federal, Arte no Escu-ro, Elite Sofisticada, Escola de Escân-"'•'dalo, Liberdade Condicional, Banda ,

' 69, Finis Africae e Obina Shock são osmais quentes.

Os meninos de Brasilia estão fazen-do rock para todos os gostos—desde o

_ reggae do Habeas Corpus, passandopelo rock instrumental do Excalibur,até o funk africano do Obina Shock.

-Na fábrica de sons, há também umagrande variedade de operários: tem o

¦ -metaleiro rico, filho de diplomata, fl--lho de ministro e filho de alto funcio-

nários e tem até o punk da periferia. Oroqueiro rico importa o que há demelhor e veste o preto e o cinza deLondres. O roqueiro pobre se vira coma simples guitarra Rei e a pior bateria,

. • a Aerosom.Por trás de tanto barulho, existe

- muita história que revela toda uma"geração — como foi a vida da moçada¦ brasiliense durante o governo militar." "Ivan Sérgio, jornalista, 32 anos, lem-

bra que no começo dos anos 70, eletinha uma banda chamada Carência

. Afetiva e fazia uma espécie de rockmarginal: "as músicas não tinham na-

-.. da a ver com nada, a droga era quasetolerada, o proibido era fazer passeata.

. O garotão podia ftimar maconha nogramado, fazia música louca, mas se

• entrasse numa passeata, o pau rolavasolto. Era tempo do Mediei". Ivan

_acha que o rock começou em Brasílianaquele tempo para agredir a repres-são politica: "Fazíamos muito baru-

_lho, altos solos e guitarra, os vizinhos. í ficavam desesperados..."

Hoje o rock de Brasília é um poucodiferente, na opinião do diretor deteatro José Fernandez: "A garotada' quer é cantar a realidade. Vejo meni-"nos

de 16, 17 anos, que não sabemtocar duas notas na guitarra mas for-mam conjunto e fazem música comletra inteligente para criticar o queestá aí". Fernandez acha que Brasíliadá rock porque é o centro do poder e

- para ele rock é uma arma de protesto:"Brasília é o lugar onde tem mais"guerrilheiros", afirma o diretor deteatro.

Cascão, 20 anos, estudante de direi-to e líder do grupo Detrito Federal,

chama a música dele de "rock resis-tencial" e cita como exemplo os versosque acaba de escrever: "O viros doIpiranga não é mais do que um vicio.Salve, salve, pátria terra, bandeirasem cor, idolatrada geração do medo.Nossos lindos bosques têm mais horro-res, salve, salve./Entre outras mil, meucoração servil cospe granadas nos me-ninos do Brazil" (ele faz questão do "z"no Brasil para encerrar a paródia doHinq Nacional).

Mas não é só protesto que' geratanto rock na capital. Os rapazes doExcalibur formaram a banda porquegostam de tocar e acham que a cidadedá tempo para se estudar mais. Eduar-do, 20 anos, estuda música desde ossete. Mauricio, 15 anos, também. Aliás,o trio do Excalibur dá aulas de guitar-ra, bateria e violão para mais de 100alunos. O Excalibur quer agradar atodos. Toca, por exemplo, Mania deVocê, da Rita Lee, de tudo quanto éjeito... Começa com rock tradicional,depois vai para o som baiano de afoxé,passa para o rockn'rolI, samba e aca-ba em heavy metal, o rock pauleira.Mac William, 20 anos, baterista, afirmaque a banda não tem nada para criti-car, não tem nem cantor, é só instru-mental.

Outra explicação para o rock deBrasilia: "Esta cidade é puro tédio.Não temos praia, o que vamos fazer?",simplifica Marcelo Matias, 17 anos,guitarrista do Atentado ao Normal,um grupo que nasceu numa turminhade garotos que gostavam de tocar vio-lão no pátio do edifício. Já RogérioLopes, 18 anos, baterista da Elite So-flsticada, dá outro motivo para se fazerrock na cidade: "Aqui, se o cara não táapostando 'pega' ou desfilando roupano Lago Sul, tem é que vir para cá,para este prédio, ensaiar..."

Realmente, existe em Brasilia umprédio onde as bandas de rock en-saiam todas as noites — é o RádioCenter, com quatro andares e 492 sa-las. Dois conjuntos costumam dividiruma sala mínima, mal iluminada. Comuma janela pequena. De dia, o edifícioé de médicos, dentistas, advogados,imobiliárias, malhadores de ginásticae de massagem. A partir das 20h, liber-dade para os solos e acordes dos ro-queiros... O som — afinado ou náo —passa pela porta trancada da sala mi-núscula e sacode o edifício da AsaNorte de Brasilia até meia-noite. Vizi-nhos são poucos. Por ali só existembares e a TV Globo. As pessoas já seacostumaram com o barulho dos ro-queiros, mas o sindico, Seu Macedo,não se conforma e acusa os meninos decomeçarem o rock sempre antes dahora...

O jornalista Ivan Sérgio acha que obrasiliense gosta de rock para fazerbarulho, para ocupar o imenso espasoda cidade. O pessoal do grupo Escolade Escândalo discorda: "Não tem essade que o tédio de Brasília provocarock", diz o vocalista Bernardo.

O companheiro de Bernardo, Ge-raldo, 23 anos, baixista do grupo, con-ta que no fim dos anos 70, enquantotodo mundo em Brasília ia dançar nadiscoteca, o grupo deles ia para o lugaronde moravam os professores da uni-versidade, a UNB. O lugar era conheci-do como Colina. Lá, os filhos dos pro-fessores e os filhos de diplomatas seencontravam para trocar notícias quevinham de fora — novidade em termos

de música inglesa e música americana."Foi aí que apareceram os punks deBrasília" — recorda Geraldo. "A filoso-fia punk pregava que a pessoa queestava no palco era igual à pessoa queestava na platéia, por isso tomamoscoragem e formamos conjunto".

Militão Ricardo, 22 anos, ex-baterista da Banda 69, confessa queele e os colegas nem sabiam tocar masiam para a universidade fazer música:"A gente aprendia dois acordes, for-mava a banda e ganhava força dosprofessores. No centro de arquitetura,se faz até hoje festa com os conjuntosnovos de rock, é sempre uma sur-presa".

Um dos conjuntos que nasceram nauniversidade foi o Obina Shock, bandajá conhecida no Rio, que vai gravar oprimeiro disco. Lá no campus da UNB,se conheceram: Jean-Pierre Senghor,neto do ex-presidente do Senegal, Leo-pold Senghor, Henrique Hermeto, mi-neiro de Belo Horizonte, o brasilienseMaurício Lagos, o carioca Hélio Fran-co, e Roger Kedi, que veio do Gabão.Mais tarde, os cinco amigos descobri-ram mais três companheiros: os diplo-matas Tida Couto, brasiliense, Wins-ton, do Suriname, e o estudante brasi-liense Sérgio Galvão.

Dessa mistura de sul-americanos eafricanos surgiu o Obina Shock, queem dialeto "miene" quer dizer "dançaquente". A banda começou há doisanos, fazendo shows em embaixadas.Hoje, apresenta-se em teatros e boatesde Brasilia e do Rio (deu concerto paraos cariocas em abril, na boate Metrô-polis).

O som, füsáo de ritmos negros —como eles dizem — desde o jazz, oreggae até o afrofunk — conquistouGilberto Gil. No primeiro disco doObina — que será lançado depois daCopa — Gil participa de três músicas,entre elas, a Afrikaner Brother Band,uma crítica ao regime racista da Áfricado Sul.

Os oito rapazes do Obina já podemse considerar famosos e agradecempor morar em Brasília. "Se fosse noRio, a gente estaria na praia, não ia seconhecer, nem teria banda", brincaJean-Pierre Senghor. O conjunto gos-ta muito da capital mas avisa que empouco tempo viajará para o exterior.Talvez para o Suriname, talvez para aFrança.

baixista do grupo Escola de Escânda-lo, garante que teve a primeira tribo deBrasília: eram 16 rapazes que toca-vam, mas, em volta deles, andavamumas 200 pessoas. Isso no fim dos anos70: "Nós vivíamos isolados do resto dacidade, só pensávamos em rock."

Cascáo, do Detrito Federal, que jáfoi do Ratos de Brasília, seis anos derock, 20 de vida, acha que na cidade hádois tipos de rock: o das tribos, demúsicos que trocam informação, quetrocam experiência e o rock feito peloque ele chama de "bandinhas". Cas-cào sentencia: "Tão fazendo muitorock ai, virou coisa de concurso, náotem nada a ver com o rock de Brasília,o rock protesto, o rock resistência".

O produtor de disco Isnaldo Lacer-da afirma que só agoía o rock deprotesto do Detrito Federal, depois detrês anos e meio de idade, é reconheci-do em Brasilia, desde o subúrbio até oaristocrático Lago Sul. Segundo Isnal-do, o último show que o Detrito deu nacidade, em abril, foi visto numa sónoite por 800 pessoas. E as crianças dosubúrbio já estão cantarolando versosdo grupo como "eu não pago água, eunão pago luz..."

Rock-resistência, rock-pauleira,rock-reggae... pouca força, descaso...as queixas e as paixões dos roqueirosde Brasília vão longe. "A cada diabrota uma banda", anima-se o diretordo Teatro da Praça de Taguatinga,José Fernandez "Tem menino de 12anos que entra na loja para comprarcorda de guitarra, tem menino de 16anos, como do conjunto Ditadores daCorrupção, que ainda não tocam direi-to mas querem falar, por isso com-põem".

O caio de Militão Ricardo, 22 anos,estudante de comunicação da UNB, éum exemplo: ele deixou de ser bateris-ta da Banda 69 (que está para gravar oprimeiro disco agora) para poder can-tar as músicas que faz. "Eu tinha mui-ta coisa para dizer, hoje completo 15letras, são versos deste tipo: De políti-ca, eu náo tenho prática, ninguém temética, só tenho dúvidas. Você acreditaque o mundo ainda pode mudar mascom as regras com que jogamos nuncaninguém vai achar."

O grupo Escola de Escândalo já sedá ao luxo de dizer que não faz músicacritica porque não tem do que se quei-xar. "Todo mundo aqui tem vida boa",

Na fábrica de sons do rockbrasiliense há todo tipo deexperiência: o reggae doHabeas Corpus, oinstrumental do Excalibur e ofunk africano de ObinaShock.Nem todos os roqueiros de Brasília

têm a mesma sorte... O produtor dedisco Isnaldo Lacerda se queixa dasrádios e dos empresários brasilienses.Ele diz que em julho do ano passadobatalhou muito para lançar um discoindependente — o Rumores, com asnovas bandas de rock da cidade. "Nin-guém deu força, fizemos distribuiçãoartesanal, e o disco acabou na lista dos10 melhores do ano, segundo a criticado Jamari França, do JORNAL DOBRASIL. Hoje o disco está esgotado,mas em Brasília ninguém liga...".

A mágoa do produtor Isnaldo édividida por muitos roqueiros daqui:Ricardo Militão, ex-Banda 69, está for-mando um outro grupo, Os Ladrões,mas jura que vai para o Rio de Janeiroano que vem: "Aqui, músico e artistanão tem vez, ninguém patrocina. Osempresários só dão força para quemvem de fora. Se vier o RPM, todomundo apoia, conjunto daqui não temajuda."

Cascão, líder do Detrito Federal,ironiza: "As pessoas até cuspiam nagente, mas, depois que aparecemos noprograma Mixto Quente, da TV Globo,a rapaziada de Brasília passou a gos-tar do Detrito Federal, e agora asrádios tocam nossa música.""As bandas que fazem sucesso noRio e em São Paulo, como LegiãoUrbana, Capital Inicial e Plebe Rude,penaram em Brasília", critica o diretorde teatro José Fernandez.

Se é difícil ter o apoio dos empresa-rios, como dizem, os roqueiros de Bra-sília vivem atrás de platéia. Por isso,procuram tocar em bares e, ao ar livre,se falta platéia, pelo menos eles tem a"tribo", como costumam chamar aturma de amigos e de tietes. Geraldo,

conclui Bernardo, filho de professorque morou na Inglaterra. Não era bemisso que cantava no Teatro Galpão, naúltima segunda-feira, o Habeas Cor-pus. A banda dizia: "Ditadura que é decivil, que é de militar, não posso maisdormir, tenho que trabalhar..."

Na platéia, a crítica era mal recebi-da pelos metaleiros, liderados por Po-drão, ex-integrante do Detrito Fede-rai. Podrão e companhia se conside-ram anarquistas, vestem uma camisanegra com um grande A da anarquia.Na feira de música, eles procuravamfazer na arquibancada mais barulhodo que os instrumentos no palco.

O rock é assim mesmo em todolugar. Contestação, alienação, fuga,protesto, agressão, até poesia. EmBrasilia, os caminhos também são es-tes. Só que o cenário é mais favorável.A cidade é o centro do poder, as pes-soas têm mais tempo e mais espaço e osom pesado de um ensaio não chega aperturbar o vizinho.

Márcio Rodrigues, desenhista e ex-roqueiro, aposta: "Brasília no futurovai ser conhecida como a capital dorock, a cidade do Detrito Federal, daLegião Urbana, da Plebe Rude".

Uma cidade que nasceu no embaloda bossa-nova, dos anos dourados ca-riocas de 50, gera sons e versos quecontagiam as tribos de cidades tradi-cionais, como Rio e São Paulo.

E Brasília promete mais: a Funartevai fazer na cidade uma semana derock — do dia 12 de junho (quinta-feira) até o dia 15 de junho (domingo).Dois grupos se apresentam por noite.Os oito são: Detrito Federal, Beta Pie-toris, Padrão Social, Atentado ao Nor-mal, Rock Fusão, Clinica Geral, Liber-dade Condicional e Grupo DC-10.

GRUPO SEVERIANO RIBEIROhoje rnioOlBVSTEPEOl

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ZfNão existe o Bem sem o Mal.O Amor sem o Ódio.A Inocência sem a Luxúria.Eu sou as Trevas."

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