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DESEMPENHO DO ENFERMEIRO NO CONTROLE DE INFECÇÃO

HOSPITALAR EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA

Cleytony Constâncio da Silva

Orientador: Dr Douglas Ferrari

RECIFE

2017

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RESUMO

Uma das principais causas de morbidade e mortalidade hospitalar são as Infecções Hospitalares - IH os quais se constituem como complicações relacionadas à assistência à saúde, gerando prejuízos aos usuários do serviço de saúde, à comunidade e ao Estado. As Unidades de Terapia Intensiva (UTI) apresentam-se como o departamento hospitalar de maior vunerabilidade à disseminação de Infecções Hospitaleres devido aos estados críticos de saúde dos pacientes assistidos. Nessa perspectiva, faz-se necessário que sejam desenvolvidos procedimentos eficazes para o controle destas infecções. Sendo assim este artigo tem por objetivo abordar os procedimentos exercidos pelo profissional de enfermagem para o controle de infecções nosocomiais em UTIs. Trata-se de um estudo de revisão de literatura com base nos artigos encontrados nas bases de dados PUBMed e SCOPUS, publicados no período de janeiro de 2000 a setembro de 2017 por meio dos seguintes descritores: nurses AND intensive care unit AND cross infection OR hospital infection e seus correspondentes na língua portuguesa e espanhola no DeCS. Os artigos foram selecionados desde que este fosse empírico e ter tido como objetivo estudar a atuação do profissional enfermeiro no controle de infecção hospitalar principalmente em UTIs. Como resultado foi possível relacionar três aspectos: “Infecção hospitalar e controle”, “Infecção hospitalar em Unidades de Terapia Intensiva” e “Desempenho do enfermeiro no controle de infecção hospitalar em Unidades de Terapia Intensiva”. As informações acessadas pelo estudo nos possibilitaram compreender que o controle das IH principalmente em UTIs envolve um esforço prático e capacitado do profissional de enfermagem no que diz respeito a procedimentos que possam minimizar a incidência dessas infecções em pacientes criticamente enfermos.

Palavras chave: Enfermeiro; Infecção hospitalar;Unidades de Terapia Intensiva.

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ABSTRACT

One of the main causes of hospital morbidity and mortality are Hospital Infections - HI, which constitute health care related complications, causing harm to health service users, the community and the State. The Intensive Care Unit (ICU) is the hospital department with the greatest vulnerability to the dissemination of Hospital Infections due to the critical health conditions of the patients assisted. From this perspective, it is necessary to develop effective procedures for the control of these infections. Therefore, this article aims to address the procedures performed by the nursing professional for the control of nosocomial infections in ICUs. This is a literature review study based on the articles found in the PUBMed and SCOPUS databases, published between January 2000 and September 2017, using the following descriptors: nurses AND intensive care unit AND cross infection OR hospital infection and its correspondents in Portuguese and Spanish in DeCS. The articles were selected as long as it was empirical and had as objective to study the performance of the nurse professional in the control of hospital infection mainly in ICUs. As a result, it was possible to relate three aspects: "Hospital infection and control", "Hospital infection in Intensive Care Units" and "Nurses' performance in the control of hospital infection in Intensive Care Units". The information accessed by the study allowed us to understand that the control of IH mainly in ICUs involves a practical and skilled effort of the nursing professional regarding procedures that can minimize the incidence of these infections in critically ill patients.

Key words: Nurse; Hospital infection; Intensive Care Units.

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1. INTRODUÇÃO

Ao longo dos tempos, assistência à saúde vem evoluindo com os avanços científicos e

tecnológicos, o que tem refletido em melhoria das ações voltadas à saúde para a população.

No entanto, apesar do crescente desenvolvimento científico e tecnológico nas ações de saúde,

podemos observar que problemas antigos ainda não foram solucionados como é o caso das

infecções hospitalares (OLIVEIRA; MARUYAMA, 2008).

A carga global de infecção associada à assistência à saúde e o papel da prevenção

dessas infecções estão elevando a atenção das organizações de saúde. A Organização Mundial

da Saúde (OMS) reconhece que as infecções hospitalares estão entre as principais causas de

morte e morbidade de pacientes hospitalizados. As estimativas das taxas de infecção

hospitalar nos países desenvolvidos estão entre 5% e 10% das internações hospitalares,

enquanto que nos países em desenvolvimento o risco é de 2 a 20 vezes maior (MCKINLEY,

2013; PITTET, 2005).

A Infecção Hospitalar (IH) pode ser compreendida como o processo infeccioso

adquirido no ambiente hospitalar relacionado à assistência à saúde. Conforme a Portaria do

Ministério da Saúde n° 2616 de 12/05/1998, a IH é definida como: “aquela adquirida após

admissão do paciente e que se manifesta durante a internação ou após a alta, quando puder ser

relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares” (PAINA et al., 2015).

O controle de infecção e as estratégias de prevenção são simples e requerem poucos

recursos. Atualmente há esforços em andamento com o objetivo de reduzir a IH em todo o

mundo, o que inclui o primeiro Desafio Global para a Segurança do Paciente da OMS para o

Paciente, que visa cuidados limpos e atendimento mais seguro (MCKINLEY, 2013).

A IH trata-se um problema comum para pacientes em unidades de terapia intensiva

(UTI) e está associada a uma morbidade, mortalidade e custos consideráveis. A infecção e a

sepse relacionada são a principal causa de morte não cardíaca em UTI, com taxas de

mortalidade que atingem 60% e contabilizam aproximadamente 40% das despesas totais da

UTI (VICENT et al., 2009).

Tanto no setor público quanto no privado, observamos trabalhadores da área da saúde

diante de difíceis situações para o exercício adequado de suas profissões. Há diversos fatores

determinantes políticos, sociais e econômicos, que levam às duplas e, às vezes, até triplas

jornadas de trabalho, o que faz com que os profissionais não estabeleçam vínculos maiores

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com a instituição e mesmo com o cliente, desmotivem-se, favorecendo, dessa forma, uma

desumanização da assistência prestada (ALVES; ÉVORA, 2002).

Conforme estabelecido pela legislação vigente, cabe ao enfermeiro as medidas

preventivas de IH, pois consiste em um integrante obrigatório do Serviço de Controle de

Infecção Hospitalar (SCIH). Faz parte da função do enfermeiro educar, capacitar e fiscalizar

os profissionais que fazem parte do serviço de saúde, principalmente os responsáveis pelos

procedimentos de limpeza e desinfecção, com o objetivo de interromper a cadeia de

transmissão de microrganismos patógenos, diminuindo o risco de IH e melhorando a

qualidade da assistência (PAINA, 2015).

Disponibilizar um serviço de saúde de alta qualidade em Unidades de terapia intensiva

são imprescindíveis e está estritamente relacionado ao número adequado de profissionais de

enfermagem bem capacitados à prevenção e controle de IH (DITTMANN et al., 2017).

Sendo assim, os programas de controle de infecção hospitalar desenvolvidos pelos

profissionais de saúde, principalmente enfermeiros são essenciais para o serviço de saúde.

Existem muitas barreiras ao desenvolvimento de programas de controle de infecção em

ambientes com recursos limitados, no entanto, a capacitação dos profissionais, e a efetivação

de métodos preventivos tem sido uma estratégia eficiente para o controle de infecção

hospitalar.

2. METODOLOGIA

O levantamento bibliográfico foi realizado nas bases de dados PUBMed e SCOPUS

por meio dos seguintes descritores: nurses AND intensive care unit AND cross infection OR

hospital infection e seus correspondentes na língua portuguesa e espanhola no DeCS. Foram

definidos os seguintes critérios de inclusão: o artigo ser empírico e publicado em inglês,

português ou espanhol; e o artigo ter sido publicado no período de janeiro de 2000 a setembro

de 2017 e ter tido como objetivo estudar a atuação do profissional enfermeiro no controle de

infecção hospitalar.

Por meio das palavras-chave foram identificados 1.051 artigos nas bases de dados

especificadas anteriormente, e de acordo com os critérios de inclusão, foram selecionados

para análise 38 artigos. Na análise dos artigos foram tratados os seguintes itens: abordagens

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teórico-conceituais que fundamentaram o estudo do controle de infecção hospitalar; atuação

do enfermeiro na gestão de infecção hospitalar, procedimentos e instrumentos adotados para o

controle da infecção. Para análise e síntese seguimos os seguintes passos: leitura exploratória

dos resumos para reconhecer do que se tratava o texto; em seguida foi realizada a uma leitura

seletiva, elegendo o material em busca de informações que pudessem estar relacionados aos

objetivos e a temática proposta.

Após a leitura geral dos textos, procedemos à seleção segundo os objetivos propostos,

ou seja, que nos proporcionassem o entendimento da relação entre o profissional enfermeiro e

o controle de infecções hospitalares. Por fim, seguimos para uma leitura analítica que nos

possibilitasse a construção de categorias seguida de leitura interpretativa, ou seja, procuramos

dar significado aos dados encontrados.

3. INFECÇÃO HOSPITALAR E CONTROLE

O aparecimento das infecções hospitalares é tão antigo quanto o surgimento dos

hospitais. Aproximadamente no ano 330 a.C. no Império Romano, foi observado a existência

do primeiro hospital urbano, onde não havia nenhuma forma de sistematização assistencial

para evitar contágios entre as pessoas ali assistidas, favorecendo a disseminação de doenças,

especialmente as de caráter infeccioso. O hospital era mais do que um local de cura e cuidado,

era também uma fonte de doença e local de morte (OLIVEIRA; MARUYAMA, 2008).

As infecções hospitalares tiveram início na assistência em saúde com a criação de

instituições designadas ao tratamento dos indivíduos, assim como pela implementação de

processos terapêuticos e diagnósticos progressivamente mais invasores (GIAROLA et al.,

2012).

O diagnóstico de IH é realizado quando na mesma topografa em que foi diagnosticada

infecção comunitária, for isolado um germe diferente, seguido do agravamento das condições

clínicas do paciente; ou se desconhecer o período de incubação do micro-organismo, não

houver evidência clínica e/ou dado laboratorial de infecção no momento da internação e se

manifestar a partir de 72h após a admissão; associadas a procedimentos diagnósticos e/ou

terapêuticos, realizados 72h antes da internação (PADRÃO et al., 2010).

Na infecção hospitalar, o hospedeiro é o elo de maior relevância da cadeia

epidemiológica, pois agrupa os principais microrganismos que na maioria dos casos

desencadeiam processos infecciosos. Grande parte das infecções hospitalares manifesta-se em

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pacientes gravemente enfermos, em consequência da hospitalização e da realização de

procedimentos invasivos ou imunossupressores a que o doente, correta ou incorretamente, foi

submetido (PEREIRA et al. 2005).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece o fenômeno das Infecções

Relacionadas à Assistência à Saúde como um problema de saúde pública e preconiza que as

autoridades em âmbito nacional e regional desenvolvam ações com vistas à redução do risco

de aquisição. Os objetivos devem ser estabelecidos em âmbito nacional ou regional em

consonância com demais objetivos de saúde nestas esferas (WHO, 2004).

Segundo Cardo et al. (2010), ações no sentido de eliminar as IH devem ser adotadas.

Tenha-se como conceito de eliminação: “a máxima redução de doença infecciosa causada

por um agente específico em uma área geográfica definida como resultados de esforços

deliberados; ações continuadas para a prevenção do reestabelecimento da doença são

necessários” (CARDO et al., 2010).

No Brasil o maior avanço relativo ao controle de infecção hospitalar ocorreu a partir

da década de 80, quando o Ministério da Saúde publicou a Portaria nº 232, no Diário Oficial

da União de 6 de abril de 1987, com a criação do Programa Nacional de Controle de Infecção

Hospitalar (PNCIH) (VERONESI & FOCACCIA, 2002).

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) por sua vez propõe que para a

eliminação de Infecções Relacionadas a Assistência à Saúde (IRAS) irá depender de quatro

bases estratégicas de ações, tais como, promoção da adesão a práticas baseadas em evidência,

educando, implementando e realizando investimentos; aumento a sustentabilidade por meio

de alinhamento de incentivos financeiros e reinvestimento em estratégias que demonstrarem

sucesso; desenvolvimento conhecimento que responde a ameaças emergentes por meio de

pesquisas básicas, epidemiológicas e translacionais; e coleta dados para direcionar esforços de

prevenção e mensurar os progressos (ANVISA, 2013).

No ano de 1987 o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) publicou

normas de precauções universais isolamento de substâncias corpóreas, deliberando ações

básicas a serem tomadas com todos os pacientes, independentemente de seu diagnóstico, e em

1996, realizou-se uma vasta revisão destas medidas hoje denominadas de precauções baseadas

na transmissão e precauções padrão (NICHIATA et al., 2004).

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A equipe profissional de saúde deve estar atenta aos indicativos de uma infecção,

como por exemplo: a hipertermia; o calor; o rubor; a dor; a mudança na coloração de

secreções; e a má resposta ao tratamento. A observação permanente da equipe diante dessas

reações pode promover um tratamento inicial adequado, evitando a proliferação de gérmens

no organismo do enfermo e no ambiente intra-hospitalar (SARTURI; SILVA, 2002).

Neste sentido, o controle de infecção hospitalar passa a ser uma das medidas adotadas

para avaliação da qualidade da assistência em instituições Hospitalares. Os resultados de

atividades desempenhadas pela equipe de controle de infecção hospitalar passam a embasar

estratégias para melhoria na qualidade do serviço com medidas eficazes para prevenção de

infecções hospitalares, sendo assim, esta atividade na instituição de saúde tem como objetivo

avaliar a estrutura em que o serviço é prestado, como está sendo realizado e os resultados

dessa assistência, evidenciado pelo aumento ou diminuição das infecções relacionadas à saúde

(ALVES et al., 2017; DUTRA et al., 2015).

Não existe uma solução única, quer seja para o problema como um todo, ou para as

infecções individuais, no entanto uma compreensão geral do problema e algumas das medidas

preventivas comprovadas são importantes (DELLINGER, 2016).

Processos de limpeza e desinfecção de ambientes hospitalares são empregados para

intervir no controle de microrganismos. Outro aspecto relevante é a contínua intervenção na

dinâmica de utilização de medidas educativas permanentes entre membros da equipe de

saúde. É importante idealizar ações informativas sobre intervenções na prevenção, redução ou

tratamento de infecções (RATTI; SOUSA, 2009).

Em geral, podemos verificar a influência de vários setores de ordem política,

econômica, jurídica ou técnica, no entanto, embora não possuam a capacidade de desenvolver

controles técnicos e científicos, constituem relações de forças capazes de impulsionar a

execução do exercício institucional efetivo de controle de infecção hospitalar.

4. INFECÇÃO HOSPITALAR EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA

As unidades de terapia intensiva fornecem dois serviços principais aos pacientes em

estado críticos de saúde: suporte de vida para falências orgânicas graves e a monitorização

intensiva que permita a identificação precoce e o tratamento apropriado das intercorrências

clinicas graves. Constituem níveis de atendimento à saúde de alta complexidade, atuando de

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forma decisiva quando há instabilidade de órgãos e sistemas funcionais com risco de morte

(MOURA et al., 2007).

As doenças infecciosas são as mais prevalentes entre as doenças em Unidades de

Terapia Intensivas (UTI), apresentando-se um fator importante em um resultado desfavorável

de pacientes em condições críticas de saúde. Quadros infecciosos nestas unidades, estão

associados a tempos de internação prolongado, índices maiores de morbidade e mortalidade,

além do alto custo envolvido (LISBOA, et al., 2007).

Infecções hospitalares (IH) nas UTIs estão diretamente relacionadas a problemas de

saúde pública, por retratarem risco à vida e resguardo do paciente. Pacientes internados em

UTI’s, são doentes que precisam de procedimentos invasivos, estão propícios a vários tipos de

infecções (NOGUEIRA et al., 2015).

As taxas de IH em UTI variam entre 18 e 54%, sendo cerca de cinco a dez vezes maior

do que em outras unidades de internação de um hospital. É responsável por 5 a 35% de todas

as IH’s e por, aproximadamente, 90% de todos os surtos ocorrem nessas unidades. As altas

taxas de mortalidade nas UTI’s, comumente variando entre 9 e 38%, podem alcançar 60%

devido à ocorrência de IH (OLIVEIRA; KOVNER; SILVA, 2010).

Em estudo realizado em 22 hospitais, foram analisados 56 UTI’s, com 236 casos de IH

relatados, onde um total de 115 pacientes (48,7%) apresentou um ou mais episódios de

infecção nosocomiais. Os sítios mais frequentes foram de pneumonia no trato respiratório

inferior (28%), infecção de corrente sanguínea (23,3%) e infecção urinária (15,7%)

(MARTINS, 2006).

Nas UTI’s, os fatores propícios para o desenvolvimento de uma IH como: o tempo de

permanência prolongado, o uso de ventilação mecânica e procedimentos invasivos, a

susceptibilidade dos pacientes, idade, uso de imunossupressores, doenças de base e condições

nutricionais, têm contribuído para a prevalência de infecções neste serviço, necessitando de

uma vigilância permanente por parte da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH)

do hospital (MOURA et al., 2007).

Estas unidades apresentam os maiores índices de infecção hospitalar, incluindo a

ocorrência de microorganismos multirresistentes a drogas. Esta multiresistência microbiana

tem se tornado uma problemática, em âmbito mundial, que traz ameaça a sociedade,

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particularmente a indústria farmacêutica, que não possui uma resposta terapêutica

(ZOUTMAN; FORD; SOPHA, 2014).

Vários fatores podem influenciar a relação entre os cuidados de saúde e as taxas de

infecção, incluindo disponibilidade e política de antibióticos nacionais, práticas de controle de

infecção, disponibilidade e uso de vacinas e estratégias de saúde pública e programas

educacionais para prevenir a infecção (VICENT et al., 2009).

Em 2009 a ANVISA lançou um documento dirigido para situações de pacientes em

UTI e determinando a meta nacional de redução da Infecção Primária da Corrente Sanguínea

(IPCS) associada ao cateter venosa central (CVC) (Anvisa, 2009). Para atingir este objetivo,

um sistema de vigilância foi iniciado, visando identificar a magnitude destas infecções,

conhecer o seu perfil epidemiológico e oferecer resposta às ocorrências infecciosas

(ANVISA, 2013).

A prevenção é extremamente importante e exige um conhecimento aprofundado das

taxas de infecções, tipo e natureza da infecção, ambiente de aquisição (comunitária,

hospitalar, UTI) e padrão dos organismos causadores (LISBOA, et al., 2007).

O princípio da prevenção de infecções hospitalares em Unidades de Terapia Intensiva

está baseado, principalmente, no ato direto sobre as situações problema e no contexto de

nocividade. Essa atuação deve ser em todos os níveis da hierarquia da casualidade e não

somente sobre a exposição direta aos fatores de risco (ZOUTMAN; FORD; SOPHA, 2014).

A implementação de um controle de infecção ativo traz ao paciente uma maior

segurança. Uma equipe de controle de infecção é necessária para atuar nas instituições de

saúde, prevenindo a transmissão de microorganismos, especialmente os multidroga resistentes

(SALOMÃO et al., 2008). Entre as ações necessárias para este controle, a coleta de culturas

nos pacientes após admissão para detectar colonização por microrganismos resistentes é de

extrema importância, considerando que pacientes que apresentarem este perfil devem ser

mantidos em observação para prevenir a transmissão do agente patogênico (RATTI; SOUSA,

2009).

Faz-se necessário então, o desenvolvimento de medidas de controle de infecções

nessas unidades de terapia intensiva, através de atividades que possam contribuir para o

gerenciamento do cuidado à saúde, permitindo a visão geral das tendências das infecções,

além da promoção de informações para a criação e revisão de novos protocolos.

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5. DESEMPENHO DO ENFERMEIRO NO CONTROLE DE INFECÇÃO

HOSPITALAR EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA

O controle de infecção hospitalar é um dos parâmetros empregados para avaliação da

qualidade da assistência em instituições hospitalares. As funções desenvolvidas pela equipe

de controle de infecção hospitalar procuram estratégias que proporcionem melhorias na

qualidade dos serviços prestados (ALVES et al., 2017).

Quando realizadas corretamente as estratégias relacionadas ao controle de infecção

hospitalar permitem o acesso às medidas eficazes para prevenção de infecções hospitalares,

visto que, esta atividade na instituição de saúde tem como objetivo avaliar a estrutura em que

o serviço é prestado, como está sendo realizado e os resultados dessa assistência, evidenciado

pelo aumento ou diminuição das infecções relacionadas à saúde (DUTRA et al., 2015).

Profissionais que atuam diretamente na Comissão de Controle de Infecção Hospitalar,

deparam-se com situações conflitantes entre a teoria e a prática, na tentativa solucionar

problemas envolvendo competência, compromisso, responsabilidade, honestidade, e senso

ético, levando em consideração a individualidade, potencialidades, respeito e direitos do ser

humano (ALVES; ÉVORA, 2002).

Na assistência à saúde, dentre eles prevenção, proteção ou tratamento e reabilitação, o

indivíduo deve ser visto como um ser absoluto, que não se divide para receber atendimento

em partes, dessa forma para o controle de uma infecção hospitalar (CIH), é preciso o

envolvimento de toda a equipe. Uma das preocupações está relacionada em como preparar o

profissional de saúde para o CIH, considerando a sua interdisciplinaridade (PEREIRA et al.,

2005)

Um pequeno quantitativo de profissionais e uma carga de trabalho elevada podem se

apresentar como um fator de risco para Infecções Nosocomiais. O excesso de trabalho da

equipe de enfermagem tem mostrado contribuir para surtos recorrentes de destas infecções.

Aspectos de carga de trabalho diária destes profissionais devem ser considerados quanto a sua

influência no desenvolvimento de infecções hospitalares, levando em consideração tanto o

número de pacientes assistidos quanto os cuidados dedicados a cada um (AYCAN et al.,

2005).

Ao contrário do que se pensa em geral, os fatores determinantes para o aumento dos

custos com assistência em saúde são as infecções nosocomiais e os tempos de internação, e

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não os salários dos funcionários. Aycan e colaboradores (2015) em seus estudos mostraram

que o risco de desenvolvimento de IH em UTI está diretamente relacionado com o aumento

da carga de trabalho de enfermagem, das intervenções e do tempo de internação (AYCAN et

al., 2005).

A quantidade insuficiente de profissionais de enfermagem em UTI’s neonatais foram

associadas a um aumento considerável no risco de infecção. A quantidade de profissionais

identificados por criança (1 décimo de enfermeiro por criança) foi associada a uma

probabilidade de infecção de 40% maior (JEANNETTE et al., 2013).

Além da carga de trabalho dos enfermeiros, práticas diárias de higienização desses

profissionais podem influenciar diretamente a incidência de infecções nosocomiais em UTI’s.

Os enfermeiros possuem uma moral, ética e responsabilidade profissional para se envolver no

uso ideal de práticas de higienização em sua a entrega rotineira diária de cuidados

(KINGSTON et al., 2017).

A produção científica dos enfermeiros em relação a infecção hospitalar tem

contribuído predominantemente com as concepções ambientais e procedimental, no que se

refere a assepsia, esterilização e desinfecção (LACERDA, 2002). A transferência de infecções

entre os pacientes pode ser prevenida pelos enfermeiros através de adequada desinfecção da

pele, a utilização de luvas e máscaras, bem como através da aplicação de medidas prudenciais,

isolamento adequado, levando em consideração os princípios padrões de precauções, além da

higienização das mãos e o cuidado para evitar as descargas respiratórias infectadas

(SMELTZER, 2004).

A higiene das mãos é amplamente reconhecida como uma medida efetiva no controle

da disseminação de IH, no entanto, as práticas da higienização das mãos entre profissionais de

saúde permanece baixo. O método preferido de higiene das mãos na maioria das situações

clínicas de rotina é a manipulação manual definido como "aplicação de um esfregaço anti-

séptico para reduzir ou inibir o crescimento de microorganismos sem a necessidade de uma

fonte exógena de água e não requerendo enxaguamento ou secagem com toalhas ou outros

dispositivos" (VICENT et al., 2009).

No entanto, Kingston e colaboradores (2017) mostraram em seus estudos sobre as

atitudes e práticas de higiene das mãos entre os enfermeiros, que havia uma tendência

contínua de práticas inadequadas de higienização (KINGSTON et al., 2017). Chatterjee et al.

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estudou a taxa de conformidade higienização das mãos dos profissionais de enfermagem em

UTI de um hospital de cuidados terciários na Índia, onde durante 3 meses, realizaram-se

sessões de observação direta de 20 min. A conformidade geral do estudo foi de

aproximadamente 11,96%, considerada muito baixa. Fatores como esquecimento, falta de

tempo, falta de conhecimento de diretrizes, foram declarados como barreiras para uma melhor

conformidade (GOULD; DREY; CREEDON, 2011).

A principal causa do desenvolvimento de IH em UTI’s, além da predisposição

condicional do paciente, consiste na violação da higiene das mãos e não observação de pontos

estéreis durante os procedimentos de tratamento por enfermeiros, incluindo falta de tempo

adequado para o desenvolvimento dos procedimentos (HAJI, 2011).

Em estudo sobre o conhecimento, atitude e prática de enfermeiros sobre precauções

para o controle de infecção adquirida no hospital foi observado que a maioria dos enfermeiros

teve um conhecimento insuficiente (43%), uma prática média (42%) e uma atitude moderada

(37%) sobre o controle de IH (SARANI et al., 2016). Ghadamgahi et al. Em seus estudos

também concluiu que a maioria dos enfermeiros não tem um bom conhecimento de HAI

(GHADMGAHI et al., 2011). Existe uma relação positiva e direta entre conhecimento e

prática, o que indica que com conhecimento melhorado, a prática pode ser também melhorada

(KALANTARZADEH et al., 2014).

Outra medida que se mostrou-se eficaz no controle de IH em UTI foi proposto por

Kahn et. al, o qual demostrou o valor potencial de controle utilizando a triagem realizada por

enfermeiros como estratégia de melhoria da qualidade na UTI, através da identificação de

infecções pré-existentes às internações, possibilitando o desenvolvimento de práticas para o

seu controle, evitando a disseminação do patógeno (KAHN et al., 2014).

Neste sentido, os esforços para a melhoria da qualidade de vida na UTI dependem

cada vez mais de inovações destinadas a simplificar e padronizar a prática profissional dos

enfermeiros, incluindo protocolos de cuidados, auxílios à decisão e qualificação. Essas

estratégias podem melhorar resultados, levando estes profissionais a abordar regularmente os

principais elementos dos cuidados críticos, evitando erros de omissão e facilitando o controle

destas infecções.

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6. CONCLUSÃO

O profissional de enfermagem pode desempenhar um papel importante no controle de

infecções hospitalares, principalmente no que diz respeito às Unidades de Terapia Intensiva,

através de conhecimentos atualizados, atitudes aprimoradas e comportamentos profissionais.

No entanto para que haja um comportamento adequado, pelo bom desempenho de

enfermeiros e outros membros da equipe de tratamento, sobre controle e prevenção de

infecção hospitalar, é necessário fornecer as condições e facilitações necessárias para que se

alcance o desempenho adequado, como recursos humanos adequados, equipamentos

adequados, educação permanente e atualizada, etc.

A condição crítica dos pacientes de UTI’s já é um fator predisponente pra o

desenvolvimento de infecções, no entanto existem diversos fatores associados ao ato

profissional do enfermeiro que podem elevar o risco de disseminação de infecções

nosocomiais, tais como, exaustão do profissional pela alta carga de trabalho, higienização da

pele, utilização de equipamentos de proteção, cuidado na realização de procedimentos, entre

outros.

Em conclusão, o controle de infecção hospitalar em Unidades de Terapia Intensiva

requerem o compromisso e recursos adequados, além de linhas claras de comunicação entre

diferentes camadas dentro da estrutura de cuidados de saúde. Um programa de enfermagem

de ligação multidisciplinar envolvendo administrações hospitalares e funcionários de base em

prevenir infecções pode provar valor na prevenção de infecções em instituições de saúde.

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REFERÊNCIAS

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