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Parto e puerpério
Ginecologia Bovina
Méd. Vet. Dra. Mara RubinLaboratório de Embriologia Animal
Depto de Clinica de Grandes Animais
PartoParto: processo de dar a luz que envolve o preparo para dar a luz, que
envolve a ação de expulsão do feto maturo do ambiente uterino, para o meio ambiente.
Fisiológico: Na vaca se denomina concluído quando o produto sadio está em estação ao lado da mãe.
Inicio da Lactação ou lactogênese: adequado suprimento de nutrientes imediatamente após o parto.
Controle: mecanismo endócrino, intimamente interligados num processo síncrone.Feto determina dia/ mãe a hora (epinefrina)5%: natimortos ou mortalidade neo-natal
Sinais clínicos (72h que antecedem o parto )
Queda da borda caudal dos ligamentos pélvicos
Liberação do tampão cervical
Esguichamento do leite
Queda da temperatura corporal 0,5 a 1•C
Edema úbere
Comportamento
(avaliação anterior de 12h/12h)
Mudanças hormonais ao final da gestação
Corpo lúteo, placenta e adrenal contribuem na Produção de progesterona
• Na vaca, a lise do corpo lúteo no terço final da gestação: continuidade da gestação;
no entanto o Cl parece ser importante para que o parto ocorra fisiologicamente;
• a concentração de progesterona inicia a reduzir nos últimos 20 dias da gestação e reduz
drasticamente 2-3 dias antes;
• Parto: na vaca depende da ativação o eixo hipotámo-hipófise-adrenal fetal (Liggins et al,
1973) similar à ovelha;
• Relaxina: hormônio proteíco secretado no terço final da gestação pelo ovário
relaxamento cervical e controle da atividade miometrial antes e durante o parto
Via do controle endócrino do parto
Pituitária (hipófise)
Ativação/maturação do hipotálamo
Fator liberador de corticotropina
ACTH
CORTISOL
Feto
Cortex Adrenal
Reflexo de Ferguson
Contrações Miométriais
Ocitocina (Hipófise Posterior)
ÚteroCompressão Abdominal
Pressão do Feto na cervix e vagina
Placenta
PGF2
Progesterona
Inibição da liberação
Estrógenos
Parto: MecanismosPossíveis Mecanismos para o Início do Parto em Animais Domésticos
ESPÉCIE MECANISMOS
Suína A PGF2 é a luteolisina que induz a regressão do CL. A elevação de estrógeno refleteaumento no eixo hipófise-adrenal; estrógenos aumentam a liberação de ocitocina e PG.
Ovina e Caprina O cortisol fetal atua na placenta induzindo a enzima 17-hidroxilase a reduzir a P4plasmática, enquanto aumenta os níveis de estrógenos. O aumento da relação E:Paumenta a sensibilidade da PGF2, e ocitocina.
Bovina O parto é iniciado pela luteólise induzida pela PGF2.O cortisol fetal estimula aliberação de PGF2 provavelmente do útero. As demais trocas endócrinas são similaresàquelas de ovinos e caprinos.
Eqüina Ocitocina aumenta progressivamente próximo do parto, então uma liberação maciçaacionada por um estímulo mecânica promove a síntese de PGF2. A ação conjuntadesses dois hormônios resulta na expulsão do feto
Adaptado de Liggins GC, Thorbun GD, Initiation of Parturition. In: Laming GE, ed. Marshall’s Physiology of Reproduction, 4th ed. London: Chapman& Hall, 1994;3:863-1002
Parto
Mudanças físicas associadas ao partoPrimeiro estágio: preparatório
relaxamento dos ligamentos pélvicos e dilação da cérvix
Segundo estágio: expulsão do feto através do canal pélvico
Terceiro estágio: expulsão dos envoltórios fetais e involução uterina
Estágios do parto ...
Estágio doTrabalhode parto Forças Mecânicas Período Eventos
Relacionados
I. Dilatação da Cérvix Contrações uterinas regulares
Início das contrações uterinas até que a cérvix esteja
completamente dilatada e em continuidade com a vagina
Agitação materna, freqüência respiratória e
pulso elevado. Alteração na posição e postura do feto
II.Expulsão do Feto Fortes contrações uterinas e abdominais
Da completa dilatação cervical até a expulsão do
feto
A fêmea detai-se e faz esforços. Rompimento do alantocório com saída de
líquido pela vulva. Rompimento do âmnio e
expulsão do feto.
III. Expulsão das membranas Fetais
Contrações uterinas diminuem em amplitude
Após o nascimento do feto até a expulsão das membranas fetais
Terminam as contrações maternas. Desprendimento das vilosidades coriônicas das vilosidades das criptas
maternas. Inversão da corioalantóide. Contração e expulsão das membranas
fetais.
As contrações miometrias forçam o feto a cavidade abdominal em direção à cavidade pélvica causando as contraçõesabdominais. A pressão do feto contra a cervix e porção anterior da vagina estimula a liberação de ocitocina pela pituitária(hipófiseposterior) que por sua vez estimula as contrações miometriais. Este mecanismo é tipico, de origem neuro-endócrina eé denominado Reflexo de Ferguson.
Duração do parto
Duração média dos 3 estágios de trabalho parto (h)
Espécie I- dilatação da
cérvix
II- Expulsão do(s)
feto(s)
III- expulsão das
membranas fetais
Égua 1-4 0,2-0,5 1
Vaca, búfula 2-6 0,5-1 6-12
Ovelha 2-6 0,5-2,0 0,5-8
Porca 2-12 2,5-3,0 1-4
Resposta ao nascimento
Maturação pulmonar
Produção glicose
Aumento triiodotironina e catecoloaminas
Fechamento ducto arterioso
Fechamento forame oval (poucas horas no potro e final da 1ª semana em cordeiros)
Imunidade
Cordão umbilical do feto bovinos Veia do cordão umbilical ( ... )
Artéria umbilical ( ... )Úraco ( ... )
Circulação do cordão umbilical e do úraco antes do rompimento
1. Fígado2. Veia do cordão umbilical 3. Aorta 4. Artérias umbilicais (2)5. Bexiga6. Úraco7. Pele do cordão umbilical 8. Parede abdominal 9. Anel umbilical
Prognóstico de sobrevivência do bezerro
1. Avaliar: Tônus muscular; excitabilidade reflexa, respiração e coloração das mucosas2. Ao efetuar assistência ao parto, avalie sempre o bezerro logo ao nascer, tome as
medidas necessárias que promovam sua saúde e conforto e imediatamente após,avalie a mãe e medique-a se necessário (veja puerpério)
Critério
0 1 2Reação cabeça ao se jogar água ausente diminuída espontânea, movimentos
ativos
Reflexos orbitário e interdigital ausentes um reflexo positivo ambos reflexos positivos
Respiração ausente arrítmica rítmica
Coloração das mucosas branco-azulada azul Rosa-avermelhada
Avaliação: 8-7 : boa vitalidade6-4: paciente de risco
3-0: sem vitalidade