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Soluções 1ª aula prática Carolina Pinto

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Solues

1 aula prtica

SOLUES(em todas as solues manter fora do alcance das crianas)

Solues Simples e extractivas

Soluo 1 Soluo alcolica de iodo FP 100mL

1) Pesar 1g de Iodo, num vidro de relgio com uma esptula no metlica e de material inerte (material que no reage efetivamente com a reao qumica) no esquecer que deve conter no mnimo 0.9% (m/v) e, no mximo 1.1%(m/v), ou seja, devemos pesar entre 0.9 e 1.1 g;2) Pesar 2g de iodeto de potssio, num vidro de relgio com uma esptula no metlica e de material inerte;3) Transferir o iodo (1g) e o iodeto de potssio (2g) para um almofariz de vidro e colocar um bocado de lcool para misturar com o pilo. 4) Completar o volume (aproximadamente 100 mL) e agitar bem;5) Transferir 20 mL da amostra e diluir com 50 mL de gua;6) Juntar 1 mL de cido actico diludo R;7) Titular com tiossulfato de sdio 0.1 M, usando o indicador amido. 50mL de solvente e 5g de tiossulfato;8) Fazer os clculos, dosear o iodo ativo:

1mL tiossulfato de sdio ----- 12,6 mg de iodoY ml (o que temos) ------ X (a calcular)

Valores aceites pela FP: Ver se X est aceitvel ou no.

9)Controlo de qualidade (verificar os caracteres organolticos cheiro, cor e aspecto; e tambm fazer o doseamento)10) Transferir para um frasco e rotular.

Notas:

primeiro adicionamos o iodo e s depois o iodeto de potssio. Isto porque ambos reagem para formar tri-iodeto de potssio. O iodeto de potssio funciona assim para aumentar a estabilidade da reao.

s em terceiro lugar que ponho o lcool. Se o adicionasse aps a adio do iodo, iria formar-se cido iodrtico. Este atuava sobre o lcool, formando-se o iodeto de etilo. Aumentando a acidez gradualmente e a soluo tornar-se-ia custica e redutora.

esta soluo designada pela FP V por tintura de iodo fraca, tratando-se de um alcoolito (uma soluo alcolica simples). Deste modo, esta designao no a correta porque no se trata de uma tintura.

o iodo o PA o iodeto de potssio destina-se a estabilizar a preparao. Impede a formao de cido iodrtico que reage com o lcool, originando iodeto de etilo. esta soluo preparada custa de triiodeto de potssio, resultante da reao de iodo com o iodeto de potssio. I2+KI KI3

ao farmacolgica: um anti-sptico de uso externo (este factor deve ser indicado no rtulo a vermelho).

No se pode confundir esta soluo com a soluo alcolica de iodo descrita na verso IV da FP. Esta tambm chamada de tintura de iodo, mas considerada irritante local pelo seu elevado teor de iodo e alta graduao de lcool com que preparada. J a FP V e outras prescrevem solues aquosas ou contendo menores concentraes de iodo e lcool. de notar que as protenas absorvem melhor o iodo na presena de gua, o que fundamenta a preferncia pelas solues aquosas. O Betadine um exemplo de uma soluo aquosa de iodo bastante vulgar, contento iodo complexado com polivinilpirrolida.

forma farmacutica: soluo.

matrias primas: iodo (1g), iodeto de potssio (2g), lcool a 70% (q.b. para 100ml)

equipamentos e materiais: vidro de relgio, almofariz de vidro, provetas de 50ml, matraz, balana analtica e balo volumtrico.

a validade de 14 dias. (nota que todas as solues aquosas tm uma validade de 14 dias, este prazo pode ser alargado com algumas tcnicas)

frmula galnica: iodo (1g); iodeto de potssio (2g), lcool a 70% qb para 100 ml.

Conservao: manter em recipientes fechados, manter afastado de qualquer fonte de ignio. Manter fora do alcance das crianas.

aplicar sobre a pele ou ferida limpa 2 a 3 vezes ao dia.

cheiro: caracterstico a iodo; cor: castanho; aspecto: lmpido (como em todas as solues)

Acondicionamento: em frasco de vidro, incolor e bem rolhado, devidamente rotulado.

Soluo 2 Xarope de hidrato de cloral (20%)

1 fazer o xarope comum:

Num gobel, colocar 35 g de gua destilada e 65 g de sacarose (a sacarose dissolve-se na gua, temos de homogeneizar esta soluo)

NOTA TARAR AO COLOCAR O GOBL, COLOCAR 1 A GUA AT AOS 65G, VOLTAR A TARAR E COLOCAR OS 35 GRAMAS DE SACAROSE. Temos de fazer assim porque se ultrapassarmos volume de gua podemos retir-lo sem retirar tambm a sacarose, j que esta ainda no se encontra em soluo.

Fica feito o xarope.

Pesar o hidrato de cloral 20g, num, gobel.Adicionar 20 ml de gua destilada com uma pipeta volumtrica.Transferir o preparado para um balo volumtrico de 100 ml, usando o funil.Adicionar o xarope comum, previamente preparado, no balo e perfazer os 100 ml.Homogeneizar a soluo. (no colocar nem varetas nem esptulas, agitar apenas) Filtrar a vcuo a soluo.

Controlo de qualidade (cheiro, cor, aspecto e sabor) e preencher na ficha de preparao. Transferir para um frasco e rotular.

Notas:

Xarope de hidrato de cloral: Constitui um hipntico, anticonvulsivo e antipasmdico outrora muito usado.

Este xarope facilmente decomposto pela adio de substncias alcalinas (p.e. bicarbonatos). Isto deve-se hidrlise do princpio ativo, que origina clorofrmio e formiatos.

O xarope decompe-se tambm sem interveno de substncias estranhas. Esta decomposio lenta, acelera-se por ao da luz. (por isso que se conserva ao abrigo da luz).

Forma farmacutica: soluo Validade: 1 ano. Matrias primas: hidrato de cloral (20g), gua destilada (20ml), xarope comum (q.b. para 100 ml). Equipamentos e outros materiais essenciais: balo aferido, bomba de vcuo, balana analtica, pipeta volumtrica

Cor: ...; cheiro: ...; aspecto: lmpido; sabor: ...

Acondicionamento em frasco de vidro

Agitar antes de usar. Conservar em local fresco, seco e ao abrigo da luz. Manter fora do alcance das crianas.

Preparaes intermdias: xarope comum, matrias primas sacarose (65g) e gua destilada (35g)

Toma: uso oral, agitar antes de usar. Expresses: tem sacarose e uso interno. Soluo 3 Tintura de beladona FP

1) Pesar 10g de beladona em p.2) Humedecer a beladona com 5 g de lcool 70%. Pesar 5g do lcool depois de tarar a balana com o copo contendo a beladona. Depois, com uma vareta, mexer bem at que toda a beladona pesada esteja de tonalidade mais escura (humedecida) se necessrio colocar mais lcool com o esguicho.3) Macerar. Tapar o copo com o parafilme e deixar em repouso o tempo indicado - em vaso tapado por 2 horas e no deslocador (lixiviador) por 24h (uma semana porque s voltamos a mexer na aula seguinte)4) Depois das 2 horas preparar o deslocador, colocando nos suportes metlicos. Proceder como explica no protocolo. Tapar no final com parafilme, superior e inferiormente.5) Deixar em repouso durante a semana at aula seguinte.6) Na aula seguinte: j o p estar embebido, pronto para comear o escoamento pelo tubo de sada. Abre-se a torneira e deixa-se escoar o lquido para um funil com filtro de pregas, recolhendo para um frasco escuro.

O aluno deve calcular o dbito, gotas por minuto, sabendo que 20 gotas de beladona pesam 0.351g. Gotas/minuto ------ x g20 gotas ------ 0,351 g

7) A deslocao considera-se terminada quando o lquido sair incolor e sem o cheiro da droga.

Notas: Atua como sedativo e antipasmdico, provoca secura na boca e diminui outras secrees.

A lixiviao ou percolao um processo oficializado pela FP para obteno de tinturas. Este processo lembra a cromatografia em coluna. Para optimizar o rendimento de extrao, o lixiviador cilndrico e relaciona o dimetro da coluna com o seu comprimento.

Aps a preparao, a tintura deve apresentar um teor de 0,3% de alcaloides. Este doseamento no feito na aula. Os principais alcaloides so: hiosciamina e atropina. A beladona tem a ao farmacolgica da atropina, um sedativo hipntico.

Conservar temperatura ambiente. Manter fora do alcance das crianas. Conservar em frasco de vidro escuro.

Equipamentos e outros materiais essncias: vaso tapado, lixiviador, crivo n 710. Forma farmacutica: tintura Matrias primas: beladona (10g) em p e lcool 70% (q.b para 100g)

Cor: ...; cheiro: ...; aspecto: lmpido.

Notas de documento encontrado na net:

Macerao: Neste processo o solvente extractor esttico; um processo vulgarmente utilizado para preparar tinturas de drogas no hericas, devendo-se macerar 200 g de droga em 1000 g de lcool durante dez dias. Existem vrios tipos de macerao, conforme a temperatura a que realizada: Macerao (temperatura ambiente); digesto (40- 45); cozimento (ou infuso - ebulio); decoco ( ebulio).Lixiviao, Percolao ou Deslocao: neste processo o solvente dinmico, ou seja, constantemente renovado; um processo mais eficaz pois no h perigo de saturao.A tintura de Beladona tem caractersticas anti-pasmdicas (contendo como alcalide predominante a atropina) e sedativas. Como processo extractivo utiliza-se a lixiviao, pois o p grosso, formado por partculas que formam espaos entre elas, permitindo a passagem do solvente sem empapar. Convm salientar que deve haver um grau de tenuidade do p adequado no sendo nem muito, nem pouco, tnue.

A lixiviao compreende quatro fases: 1. Humedecimento: tem a finalidade de entumescer as partculas, pois se a droga s entrasse em contacto com o solvente no deslocador era nesse momento que inchava impedindo a passagem do solvente. O humedecimento feito com lcool a 70o, adicionando-se sempre uma quantidade de lcool igual a metade do peso da droga usada, pesando-se o lcool num Gobel. Coloca-se a droga numa cpsula de porcelana e adiciona-se o lcool mexendo com uma vareta de vidro.2. Macerao - (2 horas) cobre-se a cpsula com parafilm e deixa-se em repouso. No final, se necessrio, passa-se por tamiz 80.3. Acondicionamento no deslocador - inicialmente tara-se o recipiente de recolha da tintura. Depois, inicia-se o carregamento com a torneira aberta e no final adiciona-se o solvente em pequenas quantidades, com a ajuda de uma vareta, deixando escorrer pelas paredes at que caia na primeira gota , aps a qual se fecha a torneira do lixiviador . Deixa-se macerar durante 24 horas - as clulas rebentam e libertam os princpios activos que so arrastados pelo solvente.Carregamento do lixiviador1 - colocar o algodo no fundo do lixiviador (humedecendo-o se necessrio);2 - colocar dois a trs cm de areia previamente lavada e des- arificada (vem embalada sea sand) utilizando o funil de ps e calcando com o calcador at aspecto compacto;3 - colocar uma rodela de papel de filtro de dimetro apropriado (mais ou menos do tamanho da boca de um copo pequeno); 4 - introduzir o macerado em pequenas pores, utilizando o funil de ps, acondicionando-o com o calcador de modo a ficar uniformemente distribudo e com aspecto compacto;5 - colocar outra rodela de papel que filtro;6 - colocar trs a quatro cm de areia , utilizando ou funil do ps e calcando at aspect compacto;7 - adicionar o solvente em pequenas quantidades, com a ajuda de uma vareta, deixando escorrer pelas paredes, com a torneira do lixiviador aberta at que caia a primeira gota;8 - fechar a torneira e adicionar uma altura de solvente com cerca de 2-3 cm;9 deixar macerar por 24 horas;10 - aps as 24h00 , acertar o ritmo de queda : em cada perodo de 24 horas devemos recolher 1,5 vezes o peso da substncia ou lixiviado.

4. Lixiviao propriamente dita: abre-se a torneira , aps acertar o ritmo de queda, permitindo a passagem do solvente pela droga .A farmacopeia considera a lixiviao terminada quando se constata a ausncia de cor no solvente nos casos em que o princpio activo apresenta colorao; pode tambm proceder-se recolha de uma amostra e identificar o princpio activo ou mesmo verificar a presena de resduo por evaporao; outro critrio terminar quando se obtm uma quantidade de tintura dez vezes superior da droga de que partimos.

Soluo 4 Infuso do sene 100g

1) Pesar sene 10g 2) Lavar com lcool 96 graus (Porque temos de eliminar as substncias que provocam clicas, estas saem com o lcool impedindo que a substncia ativa saia. Esta s sai com gua quente.)3) Deixar secar ao ar.4) Pesar a gua num gobel , aproximadamente 150 g. Aquecer a gua at deixar ferver numa placa de aquecimento (vai perder o volume, queremos 100g) 5) Depois do seno seco, tarar um copo, introduzir os folculos.6) Adicionar 100g de gua fervente.7) Tapar e aguardar que o infuso arrefea completamente 8) Decantar (ver as imagens)9) Filtrar (utilizar filtro de pregas porque mais rpido, h renovao e aumenta-se a eficcia)10) Controlo de qualidade segundo a farmacopeia cheiro, cor, aspecto e sabor. 11) Preencher ficha.12) Colocar num frasco e rotular.

Decantao:

CARACTERSTICAS: Cheiro fraco caracterstico.Notas: A infuso uma tcnica extractiva que se aplica principalmente a substncias de estrutura branda, constitudas por tecidos comparativamente moles. Estas devem ser contunidas, cortadas ou grosseiramente pulverizveis, conforme a sua natureza. Esta tcnica descrita na FP IV, consinte em submeter a droga previamente a um dos tratamentos acima referidos. Depois infundi-la num vaso de loua tapado, com gua fervente, deixando em contacto durante 1 hora. Deixa-se entao arrefecer e escoa-se a soluo obtida.

Aco farmacolgica: purgativo. um laxante com aces estimulantes. O uso frequente provoca hbito, e diminui a sensibilidade das mucosas intestinais. O uso prolongado pode provocar diarreia aquosa, perda excessiva de gua e electrlitos, nomeadamente potssio. Podem surgir complicaes na musculatura intestinal associada m absoro e dilatao intestinal.

Matrias primas: sene (10g), gua (100g) Materiais essnciais: vaso de loia tapado. Validade: 14 dias (porque tem gua) Forma farmacutica: soluo. Cheiro: caracterstico do sene; cor: acastanhada; aspecto: lmpido; sabor: desagradvel.

SOLUES

Soluo/dissoluo: ao executada/produto resultante. Soluo solvente + soluto (solvido)

Simples h dissoluo total e completa de 1 ou + substncias so homogneasSolues Extractivas h dissoluo parcial de uma droga de composio heterognea, passando para o solvente apenas alguns constituintes desta. A maior parte da droga fica por dissolver marco ou resduo.

Solvente: Desprovido de toxicidade se for para ingesto No irritadio das mucosas Inerte Compatvel c/ frmacos a dissolver Estvel H2O, lcoois, leos etc. A gua, por ser um componente normal dos tecidos, o mais comum. No tem atividade farmacolgica, de fcil aquisio e barata. As solues simples cujo solvente gua, dizem-se HIDRLITOS.

Unidades de concentraes de solues:p/v peso de subs. dissolvida em 100 ml de soluop/p peso de subs. dissolvida em 100 g de soluov/v volume de subs. dissolvida em 100 ml de soluo

Solubilidade dos produtos = n. de partes de solvente necessrio para dissolver 1 parte do soluto a 15 C.

Vantagens das solues: imp Sistemas homogneos dosagens corretas Bom grau de disperso rpida absoro Administrao fcil Versteis

Desvantagem: imp Instabilidade

Solues extractivas (seleo do solvente especfico, mais indicado)

Dissoluo parcial de uma droga de composio heterognea Partes de plantas, farmacologicamente teis; alcalides, resinas, taninos.. Partes desprovidas de interesse farmacolgico; amidos, aucares, gomas...

Factores que influenciam a extrao:

1. Estado e grau de diviso da droga se for muito fino, pode ser prejudicial por dar colmatao.2. Natureza do solvente3. Influncias mtuas dos componentes na solubilidade do conjunto de todos eles no caso da dedaleira, os seus hetersidos so solveis em gua. No entanto, se a planta tiver saponinas, estas solubilizam os hetersidos. 4. Temperatura ( Temperatura da solubilizao perigo de alteraes)5. Tempo de contacto (30min a vrios dias) para maceraes longas no se usa gua! Esta facilmente inquinada, usa-se preferencialmente lcool ou gua cloroformada.6. Dispositivos7. pH (influencia a solubilidade)

Formas de obter Extrao:

Percolao / Lixiviao (extrao progressiva) usado na preparao da tintura de beladona.

Processo dinmico, matria prima pulverizada e disposta em camada homognea espessa num lixiviador e esgotada por uma corrente de solvente lenta, regular e contnua.

Vantagens: O lquido, j enriquecido de princpios, deslocado pelo solvente novo que se vai enriquecendo progressivamente; Maior poder de extrao.

Produto final: Obteno de tinturas e extractos farmacuticos.

Infuso usado na preparao do infuso de sene.

Aplicvel a subst. de estrutura branda constitudas por tecidos moles, as quais devem ser contundidas, cortadas ou grosseiramente pulverizadas, conforme a sua natureza; Tcnica igual anterior, depois infundir num vaso de loua tapado, com gua fervente, deixando em contacto durante 1 hora aps o que se deixa arrefecer e se ca a soluo obtida.

Macerao

Temperatura ambiente; Processo esttico; Extrao raramente total.

DigestoTemperatura 35-45 C

Decoco=cozimento

Permanece todo o tempo temperatura de ebulio do solvente; Para drogas mais robustas.

Nota: Usar como solvente uma mistura hidroalcolica mais vantajoso do que usar gua ou lcool em separado. As solues precisam de ser lmpidas, logo tm de ser sempre filtradas

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