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12ª estação – Monte Sinai – final da 6ª subida e introdução à 7ª subida (Mensagem 59) Esse é o texto que estudaremos na reunião da igreja do dia 29 de dezembro. Que o Senhor prossiga falando aos nosso corações. As 42 Jornadas no Deserto Textos: Ex 25:1 a Ex 30:11 e Ex 32:11-13 Vamos continuar estudando sobre a décima segunda estação da peregrinação do povo de Israel no deserto. Estamos no final da sexta subida de Moisés ao Monte Sinai. Sabemos que agora, no final desta sexta subida, Moisés sobe muito contente, muito feliz, porque Deus lhe dera as tábuas da lei; Deus lhe dera a visão da Sua casa, uma visão pormenorizada, em detalhes, em riquezas espirituais. Moisés desce para poder compartilhar tudo isso com o povo e, ao descer, ele vê o povo adorando o bezerro de ouro. Arão deixara o povo desenfreado. Quando Deus vê a maneira como aquele povo se comportava diante dEle, a tristeza de Deus toca profundamente o coração de Moisés. Moisés desce, quebra as tábuas e acontece aquele problema e Deus tem que aplicar o Seu juízo. Então Moisés perguntou àquele povo por que eles estavam adorando a ídolos, estavam adorando a um bezerro de ouro, ao estilo dos egípcios, como se Deus jamais tivesse falado com eles, como se Deus jamais tivesse operado no meio deles com tanto poder, misericórdia e graça. Em seguida, o que Moisés faz? Moisés pergunta: “Quem está pelo Senhor? Quem é por Jeová?” E somente a tribo de Levi esteve ao lado de Moisés. Somente a tribo de Levi se posicionou de acordo com Deus, de maneira que ele disse: “Venham, ponham-se ao meu lado e ponham a espada exercendo o juízo de Deus.” E foi desde esse momento que os levitas foram consagrados para servir. Ü O propósito de Deus era ter uma nação de sacerdotes:

12ª Estação – Monte Sinai – Final Da 6ª Subida e Introdução à 7ª Subida (Mensagem 59)

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12 estao Monte Sinai final da 6 subida e introduo 7 subida (Mensagem 59)

Esse o texto que estudaremos na reunio da igreja do dia 29 de dezembro. Que o Senhor prossiga falando aos nosso coraes.

As 42 Jornadas no Deserto

Textos: Ex 25:1 a Ex 30:11 e Ex 32:11-13

Vamos continuar estudando sobre a dcima segunda estao da peregrinao do povo de Israel no deserto. Estamos no final da sexta subida de Moiss ao Monte Sinai.Sabemos que agora, no final desta sexta subida, Moiss sobe muito contente, muito feliz, porque Deus lhe dera as tbuas da lei; Deus lhe dera a viso da Sua casa, uma viso pormenorizada, em detalhes, em riquezas espirituais. Moiss desce para poder compartilhar tudo isso com o povo e, ao descer, ele v o povo adorando o bezerro de ouro.Aro deixara o povo desenfreado. Quando Deus v a maneira como aquele povo se comportava diante dEle, a tristeza de Deus toca profundamente o corao de Moiss. Moiss desce, quebra as tbuas e acontece aquele problema e Deus tem que aplicar o Seu juzo.Ento Moiss perguntou quele povo por que eles estavam adorando a dolos, estavam adorando a um bezerro de ouro, ao estilo dos egpcios, como se Deus jamais tivesse falado com eles, como se Deus jamais tivesse operado no meio deles com tanto poder, misericrdia e graa. Em seguida, o que Moiss faz? Moiss pergunta: Quem est pelo Senhor? Quem por Jeov? E somente a tribo de Levi esteve ao lado de Moiss. Somente a tribo de Levi se posicionou de acordo com Deus, de maneira que ele disse: Venham, ponham-se ao meu lado e ponham a espada exercendo o juzo de Deus. E foi desde esse momento que os levitas foram consagrados para servir.

O propsito de Deus era ter uma nao de sacerdotes:

O propsito de Deus era ter uma nao de sacerdotes, uma nao que ministrasse a Ele, e naquele episdio da adorao ao bezerro de ouro vemos que o povo no quis tal posio diante de Deus. O povo no quis viver uma vida de profundo relacionamento, de intimidade, com Deus. E quem se posicionou para estar diante de Deus? A tribo de Levi.O desejo de Deus era ter toda uma nao de sacerdotes exercendo o sacerdcio diante dEle, mas, por causa da culpa daquele povo, Deus separou a tribo de Levi. O desejo de Deus com todos, mas se todos no querem, Ele faz com aqueles que querem: somente a tribo de Levi.

Moiss sobe para interceder pelo povo:

Ento Moiss sobe pela stima vez. Ele sobe para interceder. Ex 32:11-13 diz assim:

11 Porm Moiss suplicou ao SENHOR, seu Deus, e disse: Por que se acende, SENHOR, a tua ira contra o teu povo, que tiraste da terra do Egito com grande fortaleza e poderosa mo?12 Por que ho de dizer os egpcios: Com maus intentos os tirou, para mat-los nos montes e para consumi-los da face da terra? Torna-te do furor da tua ira e arrepende-te deste mal contra o teu povo.13 Lembra-te de Abrao, de Isaque e de Israel, teus servos, aos quais por ti mesmo tens jurado e lhes disseste: Multiplicarei a vossa descendncia como as estrelas do cu, e toda esta terra de que tenho falado, d-la-ei vossa descendncia, para que a possuam por herana eternamente.

Moiss ora as prprias palavras de Deus

Aqui vemos que Moiss toca o corao de Deus com essa intercesso. Amados irmos, ns podemos pensar que Moiss est mudando a vontade de Deus, ns podemos achar que nessa orao Moiss est convencendo Deus de algo que Deus iria fazer. Na verdade, esse no o propsito de Moiss. Deus indomvel, Deus no se deixa domar nem dominar e nem se convencer pelo homem de alguma coisa que queira fazer.Na verdade, o contedo, a essncia dessas palavras, so palavras espirituais, so palavras de um homem cujo corao est completamente compungido pelo corao de Deus. como se o corao de Deus e o de Moiss batessem numa intensa sintonia. O que Moiss est fazendo aqui orando as prprias palavras de Deus. Aqui ns temos o carter da justia de Deus em face ao pecado do povo. E Moiss ora de acordo com a prpria Palavra de Deus, de acordo com o propsito de Deus. Ele no podia fazer uma outra orao, ele tinha que fazer esta orao em conformidade com o propsito de Deus. E foi isso que ele fez.Por que Deus atendeu a Moiss? Foi porque Moiss tocou o foco da orao. No foi porque Moiss entrou com um pensamento sublime ou mais elevado do que o propsito de Deus; Moiss orou dentro do propsito de Deus, dentro daquilo que DEUS houvera falado a Moiss. Moiss diz Torna-te do furor da tua ira. Deus precisava ouvir isso? No. Era Moiss que precisava falar isso para que demonstrasse diante de Deus a palavra de Deus dentro dele. Moiss diz para Deus Arrepende-te deste mal contra o teu povo. O arrependimento de Deus diferente do nosso prprio arrependimento. Uma coisa que temos que entender que a expresso arrependimento, concernente ao carter de Deus, uma expresso teofnica, porque o arrependimento de Deus no como o arrependimento do homem.Vamos ler dois textos. O primeiro est em Nm 23:19:

Deus no homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, no o far? Ou, tendo falado, no o cumprir?

O segundo texto est em I Sm 15:29:

Tambm a Glria de Israel no mente, nem se arrepende, porquanto no homem, para que se arrependa.

Ento vemos que quando a Bblia fala desta questo do arrependimento de Deus aqui, quando Moiss diz para o Senhor arrepende-te deste mal contra o teu povo, Moiss no est querendo fazer Deus mudar de idia. Moiss no est tentando convencer Deus de algo que Deus vai fazer. Moiss est aqui concordando com a vontade de Deus sobre aquilo que Deus quer fazer. O corao de Deus e o de Moiss so um. A nossa orao no muda a Deus, a nossa orao muda a ns mesmos. Ns que somos mudados quando oramos. Quem quebrou as tbuas da lei foi Moiss, quem estava irado era Moiss. Ns sabemos que a ira de Moiss, em face a tudo aquilo, refletia o prprio corao de Deus, a prpria comunho que Moiss tinha com Deus. No entanto, ele no estava convencendo, ordenando, que Deus no fizesse ou que fizesse algo; o que Moiss est orando aqui concordando com Deus sobre aquilo que Deus vai fazer.Moiss diz para Deus Lembra-te de Abrao, de Isaque e de Israel, teus servos, aos quais por ti mesmo tens jurado e lhes disseste: Multiplicarei a vossa descendncia (...). Essas so as palavras de Deus. Moiss ora a Deus conforme a prpria Palavra de Deus. Tem um texto que est em Isaas 43:26, quando Deus diz assim:

Desperta-me a memria; entremos juntos em juzo; apresenta as tuas razes, para que possas justificar-te.

Essa a verdade, essa a questo.

O povo estava completamente envolvido por um estado de idolatria:

Amados irmos e irms, h uma questo que ns temos que ver aqui. Vejam que aquele povo estava completamente envolvido por um estado de idolatria. Imaginem Ex 20:3-4 Deus havia dito para aquele povo:

3 No ters outros deuses diante de mim. 4 No fars para ti imagem de escultura, nem semelhana alguma do que h em cima nos cus, nem embaixo na terra, nem nas guas debaixo da terra.

Irmos, sem nem ao menos considerar o texto, quando vamos para a Palavra de Deus, vemos algo muito srio! Como este povo estava virando as costas para Deus! Imaginem a seriedade, a gravidade de tudo isso! Imaginem que este povo experimentou a libertao de Deus. Como Deus os tirou do Egito, como Deus os sustentou, como Deus os guardou do calor do deserto, colocando sobre eles uma nuvem que os cobria durante o dia e que os aquecia durante a noite. Vejam que a idolatria irracional.Nesse contexto ainda muito mais podemos ver isso. Tudo o que Deus operara no meio deles, como eles puderam sequer cometer tal pecado, considerando tudo o que Deus fizera por eles. Todas as manifestaes sobrenaturais de Deus comida caindo do cu, guas amargas transformadas em guas potveis e doces, roupas que resistiram ao tempo, sandlias que no se desgastavam nos ps, guas que saiam da Rocha, a lista imensa. Imaginem quantas coisas. Considerar a hiptese de adorar outros deuses diante de manifestaes to claras de autoridade, poder, graa e misericrdia como essas, seria simplesmente demonstrar uma completa incapacidade de reconhecer o que o amor, o que a graa, o que a misericrdia, quem Deus. Eles no viram Deus em nada daquilo que Deus fizera; eles no puderam ganhar de Deus. Ganharam as coisas de Deus, mas no puderam ganhar Deus. Por isso que a idolatria algo extremamente irracional. A idolatria continua se revelando como um cncer na vida do homem.Ns precisamos compreende o que um dolo. A primeira figura que surge em nossas mentes de uma imagem (de barro, de metal, de pedra), diante da qual as pessoas se dobram para poder pedir alguma coisa. Mas o que est por detrs desta prtica o que constitui o problema.

A idolatria se define basicamente por trs caractersticas essenciais: utilitarismo, egocentrismo e manipulao.

1) Utilitarismo

Em primeiro lugar, a idolatria uma relao utilitarista. Um dolo um produto das mos do prprio homem construdo a partir das suas paixes, dos seus desejos, das suas necessidades.Uma coisa que ns temos que saber que um dolo no um fim em si mesmo, e sim um meio para se atingir um fim. Um dolo no adorado pelo que em si, mas por aquilo que ele pode dar. O deus do idlatra um objeto de uso, uma espcie de trampolim para a realizao de desejos pessoais. Sendo assim, os dolos nascem onde nascem os nossos desejos. Os maiores postes-dolos no so altares fsicos, mas o nosso prprio corao. Onde houver um desejo a ser realizado, existir a idolatria.A idolatria no um pecado exclusivo daqueles que se prostram diante de imagens. Faz parte de todo aquele que carrega, ainda que seja um apequena fagulha, a ardente natureza corrompida do homem que o leva busca da satisfao pessoal a qualquer custo. Isso caracteriza a idolatria. A relao entre o desejo e o dolo uma relao dinmica: de acordo com o desejo, o dolo sofre mutaes. Quando o desejo dinheiro, o dolo pode ser o trabalho; mas quando o desejo luxo, o dolo o prprio dinheiro; quando o desejo prazer, o sexo torna-se um deus; mas quando o desejo sentir-se amado, o dolo pode ser o prprio cnjuge ou os filhos; quando o desejo a fama, o dolo pode ser o conhecimento ou o talento; quando o desejo poder, controle, cargo, ou qualquer outra coisa, ou at mesmo o plpito, tudo isso pode se tornar um deus. O dolo sempre alimenta o desejo e s apreciado enquanto atende as necessidades.

2) Egocentrismo

Em segundo lugar, ns vemos o egocentrismo. A idolatria egocntrica. Se o que caracteriza a idolatria o uso do deus, quem est no centro da espiritualidade no o dolo, e sim o prprio homem. Enquanto alimenta o seu dolo, o homem est na verdade trabalhando em prol de si mesmo. De fato, todos os dolos so representaes diferenciadas da prpria tendncia de alta exaltao. Se olharmos nos olhos das imagens de esculturas de nossos coraes, veremos fotos ampliadas de ns mesmos. Enquanto alimentamos o que nos proporciona o objeto de desejo, somos ns mesmos que estamos sendo adorados. A grande tentao humana fazer do homem o seu prprio centro, o seu prprio deus. O maior desejo do homem, a maior compulso que existe no corao cado, ser Deus. O cerne da idolatria que ns somos adoradores de ns mesmos.

3) A idolatria manipuladora

Em terceiro lugar, a idolatria manipuladora. uma forma de definir fronteiras para o invisvel. As imagens de escultura so representaes concretas e visveis da realidade tangvel. A princpio pode ser uma tentativa de trazer para a realidade presente aquilo que se sente que est distante. Talvez fosse essa a inteno dos israelitas ao construir aquele bezerro de ouro: colocar uma forma e uma face naquele que os havia libertado do cativeiro. Vejam que quando eles estavam diante daquele bezerro, Aro disse: Eis a, Israel, o teu Deus que os tirou do Egito. Vejam isso. Mas os desdobramentos dessa forma de pensar so extremamente enganosos em si mesmos. Uma vez que o invisvel esteja aprisionado em uma forma, ele pode ser facilmente ignorado. O dolo manipulvel, ele pode ser venerado, como tambm pode ser descartado com a mesma facilidade por quem est no controle (que na verdade o homem).

Amados irmos e irms, como isso srio dentro do contexto do evangelho que ns estamos vivendo. Como ns precisamos ser libertos, ser ajudados. Como ns precisamos ter um corao como tiveram aqueles levitas: de nos posicionar do lado de Deus. Como ns precisamos ter um corao pelo Senhor. Como ns no podemos levantar nenhum altar diante de ns, porque aquilo que levantamos diante de ns procedente daquilo que reside l dentro do nosso prprio corao. Que Deus nos conquiste, que Deus nos liberte, que Deus nos leve pela Sua Palavra a fazer uma profunda reflexo: se somos ou no somos adoradores; se, de fato, ns no somos adoradores de ns mesmos; se, de fato, ns no somos idlatras, corrompidos nos nossos desejos, nos nossos sentimentos. Precisamos de ajuda, precisamos de libertao.

Que Deus, de uma forma grandiosa e poderosa, conquiste sua vida e te abenoe rica e poderosamente; leve voc a fazer uma grande e profunda reflexo sobre essa questo da idolatria e a sua espiritualidade. Que Ele te abenoe pela Sua Palavra.