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Hospital UNIMED Página 1
1ª EDIÇÃO
TERESINA/2017
Hospital UNIMED Página 2
GUIA DE MEDICAMENTOS
QUIMIOTERÁPICOS
INJETÁVEIS
TERESINA - 2017
Hospital UNIMED Página 3
ELABORADORA
LANA RÉGIA MATIAS SOARES
FARMACÊUTICA DO CENTRO DE ONCOLOGIA UNIMED
REVISOR
CLÁUDIO HENRIQUE LIMA ROCHA
COORDENADOR DO CENTRO DE ONCOLOGIA UNIMED
Hospital UNIMED Página 4
ÍNDICE PÁG.
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................. 05
ÁCIDO FOLÍNICO ................................................................................................................................................ 06
ÁCIDO ZOLEDRÔNICO ..................................................................................................................................... 08
ASPARAGINASE .................................................................................................................................................. 10
BEVACIZUMABE ................................................................................................................................................. 12
BLEOMICINA ....................................................................................................................................................... 14
BORTEZOMIBE ................................................................................................................................................... 16
CARBOPLATINA ................................................................................................................................................. 18
CETUXIMABE ...................................................................................................................................................... 20
CICLOFOSFAMIDA ............................................................................................................................................. 22
CISPLATINA ......................................................................................................................................................... 24
CITARABINA ........................................................................................................................................................ 26
DACARBAZINA ................................................................................................................................................... 29
DACTINOMICINA ............................................................................................................................................... 31
DAUNORRUBICINA ........................................................................................................................................... 33
DOCETAXEL ......................................................................................................................................................... 35
DOXORRUBICINA ............................................................................................................................................... 37
EPIRRUBICINA .................................................................................................................................................. 40
ETOPOSIDEO ...................................................................................................................................................... 41
FLUDARABINA .................................................................................................................................................... 44
FLUORURACILA .................................................................................................................................................. 46
FULVESTRANTO ................................................................................................................................................. 48
GENCITABINA ..................................................................................................................................................... 50
GOSSERRELINA .................................................................................................................................................. 52
HERCEPTIN ......................................................................................................................................................... 54
IDARRUBICINA ................................................................................................................................................... 56
IFOSFAMIDA ........................................................................................................................................................ 58
IPILIMUMABE ..................................................................................................................................................... 60
IRINOTECANO .................................................................................................................................................... 63
METOTREXATO .................................................................................................................................................. 66
MITOMICINA ....................................................................................................................................................... 69
MITOXANTRONA ............................................................................................................................................... 71
OXALIPLATINA ................................................................................................................................................... 73
PACLITAXEL ......................................................................................................................................................... 75
PEMETREXEDE .................................................................................................................................................. 78
PERJETA ................................................................................................................................................................. 80
RITUXIMABE ....................................................................................................................................................... 82
TOPOTECANO ..................................................................................................................................................... 84
VIMBLASTINA ..................................................................................................................................................... 86
VINCRISTINA ....................................................................................................................................................... 88
VINORELBINA ..................................................................................................................................................... 90
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APRESENTAÇÃO
É com muita satisfação que apresento a classe médica e a classe assistencial o
Guia de Quimioterápicos Injetáveis.
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ÁCIDO FOLÍNICO
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
- Nome comercial: FAULDLEUCO ®
- Princípio ativo: ÁCIDO FOLÍNICO
APRESENTAÇÕES
- Frasco-ampola de 50 mg e 300 mg.
- Comprimidos dosagem 15 mg.
INDICAÇÕES
- Para diminuir a toxicidade e neutralizar o efeito de altas doses de antagonistas do acido
fólico, tais como o metotrexato e em combinação fluoruracila, para potencializar os efeitos
citotóxicos.
- Pode também ser utilizado em terapia combinada (5-FU) a fim de aumentar sua eficácia no
tratamento paliativo de portadores de carcinoma colorretal avançado.
CONTRAINDICAÇÕES
- No tratamento da anemia perniciosa ou outras anemias megaloblásticas onde a vitamina
B12 esteja deficitária.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Via parenteral por injeção IM, injeção IV ou por infusão IV. 3 min. (bolus) ou infusão de 2h.
Não deve ser administrado por via intratecal.
- Diluição: SF 0,9 % ou SG 5% 250 mL.
- Infusão: 30 min. Não devendo ultrapassar 160 mg de folinato de cálcio por minuto
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Frasco intacto: Sob refrigeração (2 a 8°C).
- Após diluição: Sob refrigeração (2 a 8°C) até 24 h.
INCOMPATIBILIDADES /INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- Incompatível com bicarbonado de sódio, 5- FU foscarnet e droperidol.
- Fenobarbital, fenitoína e primidona: Interferência com efeito antiepiléptico dessas drogas,
aumentando a frequência das convulsões em crianças susceptíveis.
- Capacetabina é pro-fármaco, a qual é convertida ao fármaco ativo 5-FU. Pacientes com
diarreia devem ser cuidadosamente monitorados.
- Reduz eficácia sulfametoxazol-trimetropim
Hospital UNIMED Página 7
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
- O folinato de cálcio (leucovorin) é o sal cálcico do ácido folínico, a forma ativa do ácido
fólico. O ácido fólinico participa como cofator em muitas reações metabólicas, incluindo a
síntese de purina e pirimidina e a conversão de aminoácidos. Potente antídoto dos efeitos
tóxicos dos antagonistas do ácido fólico, como o metotrexato.
- O uso de ácido folínico no tratamento quimioterápico do câncer colo retal, se baseia no fato
de que o fármaco estabiliza a ligação da 5-dUMP com a timidilatosintase, aumentando
consequentemente seus efeitos, tanto terapêuticos como tóxicos.
Propriedades Farmacocinéticas
- Absorção: Bem absorvido por via oral.
- Distribuição: O ácido tetraidrofólico e seus derivados são distribuídos por todos os tecidos
corporais, se concentram no fígado e líquido cefalorraquidiano.
- Metabolização: É rapidamente metabolizado pela mucosa intestinal e fígado.
- Eliminação: Principalmente pela urina (80-90%).
- Meia-vida: 4 a 8 h.
REAÇÕES ADVERSAS
- São raras, embora tenham sido relatada febre após administração parenteral.
Potencializarão a toxicidade da terapia combinada com 5-FU. As manifestações comuns são
estomatites, diarreia e leucopenia.
OBSERVAÇÕES
- Ação vesicante: NÃO
- Potencial Emético: Baixo
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
www.anvisa.gov.br/filabula/
Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos:
- Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu,
4ª edição, 2012.
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ÁCIDO ZOLEDRÔNICO
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
- Nome comercial: ZOMETA® - ZOLIBBS®
- Princípio ativo: ÁCIDO ZOLEDRÔNICO
APRESENTAÇÕES
- Frasco-ampola de contendo 4 mg/ 5 mL.
INDICAÇÕES
- Prevenção de eventos relacionados ao esqueleto (fraturas patológicas, compressão
espinhal, radiação/cirurgia nos ossos ou hipercalcemia induzida por tumor).
- Também é indicado na prevenção da perda óssea decorrente do tratamento antineoplásicos
a base de hormônio em pacientes com câncer de próstata e mama.
CONTRAINDICAÇÕES
- Reação alérgica ao medicamento ou qualquer outro componente da formulação,
mielossupressão, Insuficiência renal / Gestação e Lactação.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- IV, infusão 15 min.
- Diluição: Em 100 mL de solução livre de cálcio (SF 0,9% ou SG 5%)
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Armazenamento: Temperatura ambiente (15°C - 30°C)
- Após diluição: Sob refrigeração (2° a 8°C) até 24 h.
INCOMPATIBILIDADES /INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- Não pode usar soluções contendo cálcio, pois são incompatíveis quimicamente.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
- É um bisfosfonato que atuam especificamente no osso. É um dos mais potentes inibidores
da reabsorção óssea osteoclástica conhecida até o momento. A ação seletiva dos
bisfosfonatos no osso é baseada na sua elevada afinidade por osso mineralizado, o ácido
zoledrônico inibe a reabsorção óssea sem afetar adversamente a formação, mineralização
ou propriedades mecânicas do osso. Além de ser um inibidor muito potente da reabsorção
óssea, o ácido zoledrônico também tem várias propriedades antitumorais que poderiam
contribuir para a sua eficácia global no tratamento da doença óssea metastática.
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Propriedades Farmacocinéticas
- Absorção: Após início da infusão de ácido zoledrônico, as concentrações plasmáticas de
fármaco aumentaram rapidamente, atingindo o máximo no final do período de infusão,
seguidas por uma rápida diminuição para < 10% do valor máximo após 4 horas e < 1% do
valor máximo após 24 horas, com um período subsequente prolongado de concentrações
muito baixas, não excedendo 0,1% do valor máximo previamente à segunda infusão do
fármaco no 28° dia.
- Distribuição: O ácido zoledrônico demonstra baixa afinidade para os componentes
celulares do sangue, não ocorre acumulo de fármaco no plasma após administração de
doses múltiplas a cada 28 dias.
- Metabolização: O ácido zoledrônico não é metabolizado e é excretado inalterado por via
renal.
- Meia-vida: É eliminado em três fases: desaparecimento bifásico rápido da circulação
sistêmica, com meia-vida t1/2 alfa de 0,24 horas e t1/2 beta de 1,87 horas, seguido de uma
longa fase de eliminação, com meia-vida de eliminação terminal t1/2 gama de 146 horas.
- Excreção: Durante as primeiras 24 horas, 39 ± 16% da dose administrada é recuperada na
urina, enquanto a restante se encontra ligada principalmente ao tecido ósseo. Do tecido
ósseo é liberado novamente para a circulação sistêmica, muito lentamente, e eliminado por
via renal. O clearance (depuração) corpóreo total é de 5,04 ± 2,5 L/h, independentemente
da dose. REAÇÕES ADVERSAS
- Sindrome tipo gripe (dor ossea, febre, fadiga, calafrios), mialgia, artralgia, hipofosfatemia,
hipocalcemia, aumento dos niveis de creatinina e ureia, insuficiencia renal, cefaleia,
conjuntivite, nauseas, vomitos, anorexia, anemia OBSERVAÇÕES
- Ação vesicante: NÃO. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
www.anvisa.gov.br/filabula/
Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos:
- Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu,
4ª edição, 2012.
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ASPARAGINASE
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
- Nome comercial: ELSPAR® - Princípio ativo: ASPARAGINASE
APRESENTAÇÕES
- Frasco-ampola de 10 mlcontendo 10.000 UI, na formade pó liofilizado Injetável.
INDICAÇÕES
- Tratamento de pacientes com leucemia linfocítica aguda (LLA) na fase de indução de
remissão, associada a outros agentes antineoplásicos.
CONTRA-INDICAÇÕES
- Pacientes com pancreatite ou histórico de pancreatite, tiveram reações anafiláticas graves
prévias ao medicamento / Trombose prévia com uso de Asparaginase.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Deve ser administrado por via intramuscular ou via intravenosa.
- IM: Diluir em 2mL de SF 0,9%.
- EV: Reconstituição deve ser feita com 5mL de agua destilada (AD) ou SF 0,9%,aa solução
dever ser diluída em 50 a 100 mL de SF 0,9% ou SG 5% . O tempo de infusão não deve ser
inferior a 30 min.
- Teste intradérmico: Diluir o conteúdo do frasco com 5mL de AD ou SF 0,9%. Retirar 0,1
mL desta solução e completar com diluente (AD ou SF 0,9%). Utilizar 0,1 mL(2 UI) desta
solução para o teste.
- Não agitar excessivamente para evitar a formação de espuma.
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Deve ser armazenado em temperatura entre 2ºC e 8ºC. A solução reconstituída, mas ainda
não usada deve ser mantida entre 2ºC e 8ºC e descartada após 8 horas, ou antes, se houver
turvação.
INCOMPATIBILIDADES /INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- Com metotrexato: Pode diminuir o efeito do metotrexato sobre células malignas.
Recomenda-se intervalo de 24 h para administração desse fármaco;
- Com ciclofosfamida: Aumenta o metabolismo da ciclofosfamida;
- Com vincristina: Aumenta o efeito neurotóxico. A vincristina deve ser administrada 12h a
24h antes da aspareginase;
- Com prednisona: Aumenta o efeito hiperglicêmico;
- Comcitarabina: Efeito diminuído da citarabina quando aspareginase é administrada antes
ou simultaneamente com a citarabina, o efeito da citarabina aumentado quando
aspareginase é administrada após citarabina.
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CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
- Enzima macromolecular derivada da Escherichia coli. A aspareginase hidroliza o
aminoácido asparagina, essencial para o processo de divisão das células leucêmicas. As
células normais são poupadas, pois, em geral tem capacidade de produzir sua própria
asparagina. Fase ciclocelular especifica (fase G-1).
Propriedades Farmacocinéticas
- Absorção: Não e biodisponível por via oral.
- Distribuição: Após a administração tende a permanecer no compartimento vascular.
- Metabolismo: Sistêmico, independe da função renal e hepática.
- Meia-vida: 8 a 30 h (IV) 39 a 49 h (IM).
- Excreção: Urina.
REAÇÕES ADVERSAS
- Hematológicas: Neutropenia, trombocitopenia, anemia, deficiência de proteína C, redução
da antitrombina III, redução do fibrinogênio e fatores V e VIII.
- Gastrintestinais: Náusea, vômito, obstrução intestinal, mucosite, aumento de
transaminases.
- Cutânea: Alopecia, prurido, urticária, febre, cefaléia, mal-estar, fadiga, hematúria, elevação
da creatinina.
OBSERVAÇÕES
- Ação vesicante: NÃO
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
www.anvisa.gov.br/filabula/
Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos:
- Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, 4ª
edição, 2012.
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BEVACIZUMABE
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
- Nome comercial: AVASTIN®
- Princípio ativo: BEVACIZUMABE
APRESENTAÇÕES
- Solução injetável concentrada para infusão intravenosa.
- Caixa com 1 frasco-ampola de dose única de 100 mg (4 mL) ou 400 mg (16 mL).
INDICAÇÕES
- Câncer colorretal metastático (CCRm): Em combinação com quimioterapia à base de
fluoropirimidina.
- Câncer de pulmão de não pequenas células localmente avançado, metastático ou
recorrente: Em combinação com quimioterapia à base de platina.
- Câncer de mama metastático ou localmente recorrente (CMM): Em combinação com
paclitaxel.
- Câncer de células renais metastático e/ou avançado (mRCC): Em combinação com
alfainterferona 2ª.
- Câncer epitelial de ovário, tuba uterina e peritoneal primário: Em combinação com
carboplatina e paclitaxel.
CONTRAINDICAÇÕES
- Avastin® é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida a qualquer
componente do produto, a produtos de células de ovário de hamster chinês ou a outros
anticorpos recombinantes humanos ou humanizados.
- Categoria de risco na gravidez: C.
- Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou
do cirurgiãodentista.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Infusões de Avastin® não devem ser administradas ou misturadas com soluções de
dextrose ou glicose.
- Não administrar em injeção intravenosa direta ou em bolus.
- A dose inicial de Avastin® deve ser administrada em 90 minutos, em infusão intravenosa.
Se a primeira infusão for bem tolerada, a segunda infusão pode ser administrada durante
60 minutos. Se a infusão em 60 minutos for bem tolerada, todas as infusões subsequentes
podem ser administradas em 30 minutos.
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Antes de aberto, Avastin® deve ser mantido em refrigerador, em temperatura de 2 a 8 ºC,
protegido da luz até o momento da utilização.
- Como o produto não contém conservante, todo o restante não usado do frasco-ampola de
Avastin® deve ser descartado. NÃO CONGELAR. NÃO AGITAR.
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CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
- Avastin® é um anticorpo monoclonal humanizado recombinante, produzido por
tecnologia de DNA recombinante, que se liga e neutraliza seletivamente a atividade
biológica do fator de crescimento do endotélio vascular humano (VEGF).
- A neutralização da atividade biológica do VEGF reduz a vascularização detumores inibindo,
assim, o crescimento tumoral.
Propriedades farmacocinéticas
- De modo geral, com base nos estudos clínicos, a distribuição de bevacizumabe foi
caracterizada por baixa depuração, volume limitado do compartimento central (Vc) e meia-
vida de eliminação prolongada. Isso permite que os níveis séricos terapêuticos desejados de
bevacizumabe sejam mantidos com uma variação do esquema de administração (tal como
uma administração a cada duas ou três semanas).
- Metabolismo: O metabolismo e a eliminação de bevacizumabe são similares ao da IgG
endógena, ou seja, dão-se principalmente por meio do catabolismo proteolítico em todo o
corpo, inclusive nas células endoteliais, e não dependem fundamentalmente da eliminação
por meio dos rins e do fígado. A ligação da IgGao receptor FcRn a protege do metabolismo
celular e resulta na meia-vida terminal longa (18 dias para um típico paciente feminino e de
20 dias para um típico paciente masculino).
REAÇÕES ADVERSAS
- Perfurações gastrintestinais; hemorragia, incluindo hemorragia pulmonar/hemoptise,
mais comum em pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células;
tromboembolismo arterial; anorexia; distúrbios oculares: lacrimejamento aumentado;
hipertensão; dispneia; proteinúria; febre; astenia; dor; inflamação mucosa.
OBSERVAÇÕES
- Ação vesicante: NÃO
- Potencial e Emético: Muito Baixo < 10%
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
www.anvisa.gov.br/filabula/
Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos:
- Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012.
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BLEOMICINA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
- Nome comercial: BONAR
- Princípio ativo: SULFATO DE BLEOMICINA
APRESENTAÇÕES
- Pó Liófilo injetável. Embalagem com 1 frasco-ampola de pó liófilo e 1 ampola com 5 ml de
diluente.
INDICAÇÕES
- Tem sido utilizado como agente único ou em combinação com outros agentes
quimioterápicos, no tratamento das seguintes neoplasias:
- Carcinoma espinocelular: De cabeça e pescoço (incluindo boca, língua, amígdalas,
nasofaringe, orofaringe, seios nasais e paranasais, palato, lábio, mucosa bucal, gengiva,
epiglote, pele e laringe), pênis, cérvice uterina e vulva.
- Linfomas: doença de Hodgkin, linfoma não-Hodgkin.
- Carcinoma de testículo: células embrionárias, coriocarcinoma e teratocarcinoma.
- Derrame pleural maligno
CONTRAINDICAÇÕES
- Bonar é contraindicado em pacientes que demonstraram hipersensibilidade ou reação
idiossincrática ao medicamento / Gestação / Pneumopatia Grave.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Bonar pode ser administrado por vias intramuscular, intravenosa, subcutânea ou
intrapleural.
- Intramuscular ou subcutânea: Dissolver o conteúdo de um frasco-ampola de Bonar 15
unidades em 1 a 5 ml de água estéril para injeção, solução fisiológica ou água
bacteriostática para injeção. Se a injeção intra-muscular for dolorosa, pode ser ministrada
em solução de 1% de lidocaína.
- Intravenosa: Dissolver o conteúdo de 1 frasco-ampola de 15 unidades em 5 ml de solução
fisiológica e administrar lentamente em um período de 15 minutos.
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- O medicamento deve ser conservado sob refrigeração (entre 2 e 8ºC), protegido da luz,
após sua reconstituição, em água para injetáveis, é estável por 24 horas em temperatura
ambiente (15 a 30ºC). O produto não deve ser diluído com solução de dextrose (soro
glicosado).
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CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
- Bonar é uma mistura de antibióticos glicopeptídicos citotóxicos isolados de uma cepa do
Streptomyces verticillus. Liga-se ao DNA da célula, impedido a sua síntese e pode também
impedir a síntese do RNA e proteínas. É ciclo celular especifica (fase G2 e M).
Propriedades farmacocinéticas
- A bleomicina tem rápida distribuição pelo organismo e apresenta concentrações maiores
na pele, pulmão, rim, peritônio e linfonodos. Não atravessa a barreira hematoencefálica e
praticamente não apresenta ligação à albumina (1%).
- A principal via de excreção da bleomicina é o rim, com 60 a 70% de uma droga
administrada recuperada na urina como bleomicina ativa.
- Relata-se uma relação entre a função renal diminuída e o aumento da toxicidade associada à
bleomicina.
- A meia-vida é de aproximadamente 3h.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- O uso concomitante de anestésicos gerais aumenta a toxicidade pulmonar;
- Cisplatina diminui a excreção renal da bleomicina;
- Vincristina detém as células em mitose, tornando-as mais susceptíveis à bleomicina: é uma
associação benéfica;
- O uso concomitante de digoxina reduz a AUC da digoxina e subseqüentedescompensação
cardíaca em alguns pacientes.
- Reduz níveis séricos de fenitoina
REAÇÕES ADVERSAS
- Pulmonares: A toxicidade pulmonar é potencialmente o efeito colateral mais sério de
Bonar. O primeiro sintoma associado com a toxicidade pulmonar é a dispnéia e os
primeiros sinais são os estertores finos, maior risco em doses de pacientes submetidos e
Radioterapia.
- Pele e membrana mucosas: eritema, erupções, estrias, vesiculação, hiperpigmentação,
flacidez da pele, hiperqueratose, alterações das unhas, alopecia, prurido e estomatite.
- Febre, calafrios, vômitos, anorexia e perda de peso são comuns e podem persistir por um
longo tempo após o término do tratamento com o produto.
OBSERVAÇÕES - Ação vesicante: NÃO - Potencial Emético: Muito baixo < que 10% REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
www.anvisa.gov.br/filabula/
Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos:
- Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª edição, 2012.
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BORTEZOMIBE
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:
- Nome comercial: VELCADE®
- Princípio ativo: BORTEZOMIBE
Apresentação:
- Frasco ampola de 3,5 MG
- INDICAÇÕES:
- É usado no tratamento do mieloma múltiplo, linfoma de células da zona do manto recidivado
ou refratário.
CONTRAINDICAÇÕES:
- Bortezomibe está contraindicado em pacientes com hipersensibilidade ao boro e/ou
manitol.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO:
- Via endovenosa;
- Diluição: Diluir cada fraco de 3,5MG em 3.5 ml de SF 0,9%;
- Infusão: 3 a 5 segundos, seguido por lavagem com soro fisiológico.
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO:
- Antes da reconstituição: armazenamento em temperatura ambiente entre 15°C e 30°C e
deve proteger de luz.
- Após a reconstituição: pode ser administrado em até 8 horas se armazenado em
temperatura inferior a 25°C, podendo permanecer em uma seringa por até 3 horas, nesta
mesma temperatura.
INCOMPATIBILIDADE:
- Com chá verde ou extratos de chá verde: pode diminuir o efeito terapêutico do
bortezomibe, portanto dever ser evitado;
- Com erva-de-São-João: pode diminuir os níveis de bortezomibe.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS:
Propriedades farmacodinâmicas:
- O Boterzamibe inibe de modo reversível, a atividade similar à da quimioterapia no proteas-
soma 265, complexo enzimático que degrada proteínas ubitiquidas, e regula a homeostase
proteica no interior da celular. A inibição da proteólise desejada pode afetar a ativação de
cascatas de sinalização dentro da célula. Essa interrupção dos mecanismos normais de
homeostasia pode levar à morte celular.
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Propriedades farmacocinéticas:
- Absorção: E administrado somente por via endovenosa;
- Distribuição: O volume médio de distribuição varia de 1659 a 3294 litros, após a primeira
dose ou após a administração de repetidas doses de 1mg/m² em pacientes com mieloma
múltiplo. A ligação a proteínas plasmáticas foi em média de 83% na faixa de concentração
de 100 a 1000mg/ml.
- Metabolismo: primariamente por oxidação, principalmente pelas vias isoenzimas
CYP2C19 e 3A4, e com extensão menor pela via CYP1A12 do citocromo P450, forma
metabolitos (inativos), a partir da remoção de um átomo de boro seguido por hidroxilação.
- Meia Vida: após dose única, apresenta meia vida de eliminação nove a 15 horas; doses
múltiplas, para 1mg/m²: 40 a 193 horas; 1,3 MG/m²: 76 - 108 horas.
- Excreção: as vias de eliminação não foram caracterizadas em seres humanos.
REAÇÕES ADVERSAS:
- Cardiovasculares: edema, hipotensão arterial, síncope.
- Sistema nervoso central: febre, distúrbio psiquiátrico, cefaleia, tontura, insônia,
ansiedade.
- Dermatológica: rash cutâneo, prurido.
- Gastrointestinais: diarréia, náuseas, constipação, anorexia, vômito, dor abdominal,
dispepsia, paladar alterado.
- Hematologia: Plaquetopenia, Anemia, Neutropenia.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
www.anvisa.gov.br/filabula/
Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos:
- Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012.
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CARBOPLATINA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
- Nome comercial: FAULDCARBO®
- Princípio ativo: CARBOPLATINA
APRESENTAÇÕES
- Frasco-ampola com 50, 150 e 450 mg (solução injetável), Solução límpida, incolor e
levemente amarelada, isenta de partículas visíveis.
INDICAÇÕES
- Carcinoma avançado de ovário de origem epitelial, carcinoma de pulmão, câncer de cabeça
e pescoço, esôfago, bexiga, mama, testículos, endométrio, cérvix e leucemia recidiva.
CONTRAINDICAÇÕES
- Reação alérgica ao medicamento ou qualquer outro componente da formulação,
mielossupressão, Insuficiência renal grave.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Diluição: SF 0,9% ou SG 5% 250/500 mL. Concentração mínima: 0,5 mg/mL.
Concentração máxima: 2 mg/mL.
Infusão endovenosa intermitente 15 - 120 minutos. Infusão continua, até24 horas.
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Após aberto: Estável por 7 dias quando armazenado em temperatura ambiente (<25 oC) e
protegido da luz.
- Após diluição: Estável por 24 horas quando conservada sob refrigeração (2°C e 8°C) e
protegida da luz.
INCOMPATIBILIDADES/INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- Incompatível com: Fluoruracila, mesna e soluções de bicarbonato de sódio.
- Com cisplatina: Aumenta a nefrotoxicidade;
- Com aminoglicosídeo e anfoterecina B: Aumenta a ototoxicidade e a nefrotoxicidade;
- A carboplatina deve ser administrada após o paclitaxel. Essa sequência evita a excreção
retardada do paclitaxel com diminuição da toxicidade.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
- Fármaco pertence á segunda geração dos análogos de platina. Atua de forma similar aos
agentes alquilantes. Produz predominantes ligações cruzadas intercadeis no DNA, alterando
sua estrutura e inibindo sua síntese. Assim como a cisplatina, no entanto, apresenta menor
toxicidade renal, neurológica e gastrointestinal. Agente ciclo celular não especifico.
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Propriedades Farmacocinéticas
- Distribuição: Tem boa penetração em efusões malignas de pleura e abdome.
Aproximadamente 30% da droga ligam-se às proteínas plasmáticas.
- Meia- vida: fase inicial 90 min. E fase final 6 h.
- Metabolismo: Hepático
- Excreção: 70 % depurada pelos rins nas primeiras 24 h. cerca de 32% da droga são
excretados inalterados. Recomenda-se redução da dosagem em pacientes com clearance de
creatinina menor do que 60 mL/min.
REAÇÕES ADVERSAS
- Hipomagnesemia, hipopotassemia, hiponatremia, hipersensibilidade, mielotoxidade,
anemia, náusea, vômito, alteração das provas de função hepática, hipocalcemia.
OBSERVAÇÕES
- Ação vesicante: NÃO
- Fotossensível: SIM
- Potencial Emético: Moderado (30% a 60%)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
www.anvisa.gov.br/filabula/
Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos:
- Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012.
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CETUXIMABE
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
- Nome comercial: ERBITUX®
- Princípio ativo: CETUXIMABE
APRESENTAÇÕES
- Solução injetável para infusão endovenosa 5 mg/mL-Frasco com 20 mL.
INDICAÇÕES
- Câncer colorretal metastático com expressão de EGFR, sem mutação do gene K-Ras: Em
combinação com quimioterapia, ou como agente único em pacientes que tenham falhado à
terapia baseada em oxaliplatina e irinotecano, e que sejam intolerantes ao irinotecano.
- Carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço: Em combinação com radioterapia
para doença localmente avançada em pacientes que, de acordo com critério médico, não
podem ser tratados com a associação de quimioterapia mais radioterapia em combinação
com quimioterapia baseada em platina para doença recidivada e/ou metastática.
CONTRAINDICAÇÕES
- ERBITUX® é contraindicado para pacientes com conhecida hipersensibilidade grave ao
cetuximabe.
- Antes do início do tratamento em combinação, deve se considerar as contraindicações do
uso concomitante de agentes quimioterápicos ou radioterápicos.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- É administrado por via endovenosa através de bomba de infusão, sistema de gotejamento
por gravidade diluído com SF (0,9%).
- Calcule o volume necessário de Erbitux® e remova essa quantidade de volume de SF (0,9%)
da bolsa, utilizando uma seringa estéril com uma agulha adequada. Transfira o Erbitux®
para a bolsa de infusão previamente preparada.
- É compatível com: Bolsas de PE (polietileno), EVA (etil vinil acetato), ou PVC (cloreto de
polivinil); Equipo de infusão de PE, EVA, PVC, TP (poliolefine termoplástico) ou PUR
(poliuretano); Seringas perfusoras de PP (polipropileno).
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- O produto deve ser armazenado em geladeira (temperatura entre 2°C e 8°C). Não deve ser
congelado.
- A estabilidade física e química de Erbitux®em uso foi demonstrada por um período de 48
horas a 25°C.
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CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS Propriedades farmacodinâmicas
- Cetuximabe é um anticorpo monoclonal quimérico IgG1 especificamente direcionado ao
receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR). O cetuximabe inibe a proliferação e
induz a apoptose de células tumorais humanas que expressam EGFR. Ocetuximabe também
inibe a produção de fator angiogênico por células tumorais, bloqueia a migração celular
endotelial e provoca uma redução da revascularização tumoral e da metástase. Propriedades farmacocinéticas
- A meia-vida de eliminação foi longa, com valores na faixa de 70 a 100 h na dose alvo.
- Metabolismo/Eliminação: Todas as vias envolvem a biodegradação do anticorpo a
moléculas menores, tais como peptídeos pequenos ou aminoácidos. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- Em combinação à radioterapia local nas áreas da cabeça e do pescoço, efeitos indesejáveis
adicionais foram os típicos da radioterapia.
- Em combinação com quimioterapia baseada em platina, as frequências de leucopenia ou
neutropenia graves podem estar aumentadas.
- Em combinação com as fluoropirimidinas, a frequência de isquemia cardíaca – incluindo
infarto agudo do miocárdio e insuficiência cardíaca congestiva –, bem como a frequência de
síndrome mão-pé (eritrodisestesiapalmo-plantar) demonstrou-se aumentada, quando
comparada às fluoropirimidinas isoladas.
- Em associação com capecitabina e oxaliplatina (XELOX), a frequência da diarreia grave
pode estar aumentada. REAÇÕES ADVERSAS
- Cefaléia
- Afecções oculares: Conjuntivite.
- Distúrbios gastrintestinais: Diarreia, náusea, vômitos.
- Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: Reações cutâneas.
- Distúrbios do metabolismo e da nutrição: Hipomagnesemia, desidratação, em particular
secundária à diarreia ou à mucosite; hipocalcemia; anorexia, que pode levar à perda de
peso.
- Distúrbios gerais e condições do local de administração: Reações leves a moderadas no local de administração; mucosite.
OBSERVAÇÕES - Ação vesicante: NÃO - Potencial Emético: Baixo (10% a 30%) REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
www.anvisa.gov.br/filabula/ Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos:
- Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª edição, 2012.
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CICLOFOSFAMIDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
- Nome comercial: GENUXAL ®
- Princípio ativo: CICLOFOSFAMIDA
APRESENTAÇÕES
- Pó liofilizado de cor branca, 200 mg e 1000 mg.
INDICAÇÕES
- Linfomas malignos; mieloma múltiplo; tumor de Wilms; leucemias; adenocarcinoma de
ovário; retinoblastoma; câncer de mama, pulmão, ovário, testículo, endométrio e bexiga;
sarcomas.
CONTRAINDICAÇÕES
- Em casos de hipersensibilidade à droga e em pacientes com severa depressão funcional da
medula óssea.
- Durante a gravidez e lactação.
- Também não deve ser utilizado em casos de varicela e Herpes zoster.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Administração EV em push ou infusão, IM e intraperitoneal.
- Reconstituição dos frascos com AD na seguinte proporção:
- 200 mg = 10 mL
- 1000 mg = 50 mL
- Imediatamente após a adição do solvente estéril, o frasco-ampola deverá ser
vigorosamente agitado por 30 a 60 segundos. A solução resultante deverá apresentar se
absolutamente límpida. A solução deve ser administrada imediatamente após o preparo.
- Soluções diluídas em SF ou SG.
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Frascos intactos: Em temperatura inferior a 25 ºC. Proteger da luz e umidade.
- Frascos reconstituídos com AD: temperatura ambiente (25 ºC) ou sob refrigeração (4ºC)
até 24 h.
- Em soluções diluídas: Temperatura ambiente (25 ºC) ou sob refrigeração (4ºC) até 24 h.
INCOMPATIBILIDADES /INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- Incompatibilidade com diluentes contendo álcool benzílico.
- Barbituratos: A velocidade do metabolismo e a atividade leucopênica da ciclofosfamida são
comprovadamente aumentadas pela administração crônica de altas doses de fenobarbital.
- Alopurinol: Ocorre aumento da incidência de depressão da medula óssea.
- Agentes antidiabéticos: Na administração conjunta de agentes antidiabéticos
eciclofosfamida ocorre potencialização do efeito hipoglicêmico.
- Suxametônio: Pode ocorrer prolongamento da apnéia.
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- Anticoagulantes: Pode intensificar a atividade da ciclofosfamida.
- Lovastatina: Pode aumentar o risco de rabdomiólise e insuficiência renal agudaem
pacientes que sofreram transplante cardíaco.
- Digoxina: Diminui os níveis plasmáticos da ciclofosfamida.
- Doxorrubicina: Intensifica a cardiodoxidade.
- Citarabina: Em doses elevadas acarreta aumento em cardiomiopatia com
mortesubseqüente.
- Cloranfenicol: Pode diminuir a biotransformação hepática a metabólitos ativos.
- Imunossupressores: Podem aumentar o risco de infecção e o desenvolvimento de
neoplasia.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
- Agente alquilante derivado da mostarda nitrogenada a ciclofosfamida quando convertida à
sua forma ativa pelas enzimas microssomais do fígado que forma ligações cruzadas com
DNA, resultando em inibição da síntese e função do DNA. É agente ciclo celular não
especifico. Ativa em todas as fases do ciclo celular e tem propriedades imunossupressoras
Propriedades Farmacocinéticas
- Absorção: É bem absorvida por via oral, biodisponibilidade maior do que 75 %.
- Distribuição: Por todos os tecidos, aproximadamente 60% dos metabolitos ligam-se às
proteínas plasmáticas.
- Meia-vida: 4 h.
- Metabolismo: Hepático.
- Metabólitos ativos: acroleina, 4- aldofosfamida, 4-hidroxiciclofosfamida.
- Excreção: urina
REAÇÕES ADVERSAS
- Mielossupressão
- Náuseas, vômitos, estomatite, diarreia, desconforto ou dor abdominal.
- Cistite: Sua incidência diminui significativamente pela coadministração de mesna.
OBSERVAÇÕES:
- Ação vesicante: NÃO
- Potencial Emético: Dose maior de 1500mg/M² (Muito alto) - Potencial Emético: Dose menor que 750mg/M² (Moderado)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
www.anvisa.gov.br/filabula/ Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos:
- Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012.
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CISPLATINA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:
- Nome comercial: FALDCISPLA®
- Princípio ativo: CISPLATINA
APRESENTAÇÃO:
- Frasco ampola de 10mg, 50mg e 100mg
INDICAÇÕES:
- É usado em tratamento de tumores de testículo, ovário e bexiga, tumores de pulmão, cabeça
e pescoço, esôfago, estomago, próstata, mama, pele, cérvix, linfomas, melanomas,
osteossarcoma, mieloma, mesotelioma, tumor cerebral, tumores de adrenal, tumores
trofloblásticos.
CONTRA INDICAÇÕES:
- Hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula;
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Via endovenosa, intraperitoneal, intracavitária;
- Diluição: 100 ml a 500 ml de SF 0,9%. Não diluir em SG 5%;
- Infusão: infundir a cisplatina em velocidade não superior a 1mg/min.
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO:
- Frascos intactos: Temperatura ambiente (25°C), protegido da luz e não pode ser
refrigerado;
Após diluição: Temperatura ambiente (25°C): até 24 horas protegido da luz.
INCOMPATIBILIDADE/INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
- Incompatibilidade com cefepime, piperacilina, mesna, tiossukfato de sódio, tiothepa, soro
glicosado 5%, nitrato de gálio, bicarbonato de sódio, paclitaxel, amifostina, e fluorouracila.
Não deve, portanto, ser preparada e administrada através de equipamentos que contenham
alumínio (agulha, equipo, seringas etc.).
- Com bleomicina, citarabina, metotrexate, etoposideo, ifosfamida, probenecida e cimetidina:
reduz a depuração renal de cada uma dessas drogas.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS:
Propriedades farmacodinâmicas:
- Cisplatina é um complexo de metal pesado que contenha um átomo de platina. Após a
hidrólise na célula, o metabólito produz ligação cruzadas intrafilamento no DNA,
interferindo com sua síntese e sua função, e também inibindo a transcrição. Possui
propriedades semelhantes aos agentes alquilantes. Agente ciclo celular não específico.
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Propriedades farmacocinéticas:
- Absorção: A absorção sistêmica é rápida e completa.
- Distribuição: Rapidamente distribuída a todos os tecidos, permanecendo menos de 10%
no plasma uma hora após a infusão. Não há penetração apreciável no sistema nervoso
central, porém, tem boa penetração em efusões pleunais malignas e ascite. Normalmente
mais de 90% ligam-se às proteínas plasmáticas, mas isto pode ser aumentado durante
infusão lenta.
- Metabolismo: sofre metabolismo não enzimático, devido à ligação covalente às proteínas
plasmáticas.
- Meia vida: 30 minutos
- Excreção: É renal
REAÇÕES ADVERSAS:
- Hematológicas: Leucopenia, anemia, trombocitopenia, mielodepressão grave se
acompanhada de radioterapia ou após altas dosagens (após alta dosagem: nadir duas a três
semanas, recuperação medular quatro a cinco semanas).
- Gastrointestinais: Náuseas e vômitos graves (inicio uma a quatro horas após a
administração e pode se prolongar por até 72 horas), especialmente após alta dosagem,
anorexia, estomatite, diarréia, alteração de paladar (sabor metálico).
OBSERVAÇÕES:
- Ação vesicante: NÃO
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
www.anvisa.gov.br/filabula/ Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos:
- Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012.
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CITARABINA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
- Nome comercial: ARACYTIN®
- Princípio ativo: CITARABINA
APRESENTAÇÃO
- Aracytin® pó liofilizado 100 mg em embalagem contendo 1 frasco-ampola + 1 ampola com
5 mL de solução diluente (20 mg/mL).
- Aracytin® CS solução injetável (20 mg/mL) em embalagem contendo 5 frascos-ampola de
5 mL (100 mg) ou 1 frasco-ampola de 25 mL (500 mg).
- Aracytin® CS solução injetável (100 mg/mL) em embalagem contendo 1 frasco-ampola de
10 mL (1 g).
INDICAÇÕES
- Aracytin® (citarabina) 100 mg tem sua indicação principal na indução e manutenção da
remissão de leucemias agudas em adultos e crianças.
- Aracytin® sozinho ou em combinação com outros fármacos (metotrexato, succinato
sódico de hidrocortisona) pode ser utilizado por via intratecal para profilaxia e tratamento
da leucemia com infiltração meníngea.
CONTRAINDICAÇÕES
- Aracytin® é contraindicado a pacientes hipersensíveis à citarabina ou a qualquer
componente do produto.
- Aracytin® é um medicamento classificado na categoria D de risco de gravidez. Portanto,
este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. A
paciente deve informar imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Aracytin® pode ser administrado por infusão ou injeção intravenosa, por via subcutânea
ou intratecal.A administração subcutânea é satisfatória para manutenção das remissões;
- Se empregado por via intratecal, Aracytin® 100 mg não deve ser diluído com o diluente que
acompanha a embalagem e nem com outros contendo conservantes. A reconstituição com
cloreto de sódio a 0,9% sem conservantes é muito empregada, devendo a solução ser
utilizada imediatamente, com descarte imediato do excedente.
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Aracytin® pó liofilizado deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C),
protegido da luz e pode ser utilizado por 60 meses a partir da data de fabricação.
- Aracytin® CS deve ser conservado em temperatura ambiente (abaixo de 25°C), protegido
da luz e podeser utilizado por 18 meses a partir da data de fabricação.
- As soluções reconstituídas com o diluente do produto tem pH de aproximadamente 5 e
podem ser armazenadas a temperatura ambiente durante 48 horas. Descartar qualquer
solução túrbida.
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- A injeção de Aracytin®, bem como as soluções para infusão preparadas a partir dela, não
contém agentes antimicrobianos. Portanto, recomenda-se que as reconstituições devem
ocorrer imediatamente antes de serem utilizadas, e a infusão deve ser iniciada assim que
possível após o preparo da solução.
- Estudos de estabilidade demonstraram que a citarabina, na concentração de 0,5 mg/mL, é
estável por 7 dias em temperatura ambiente quando misturada com soluções de água para
injetáveis, glicose 5% ou cloreto de sódio 0,9%, em frascos de vidro para infusão ou bolsas
plásticas para infusão.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
- A citarabina, um nucleosídeo análogo da pirimidina, é um agente antineoplásico que inibe a
síntese do ácido desoxirribonucleico. Agente ciclo celular específico,com atividade na fase S.
Também apresenta propriedades antivirais e imunossupressoras.
Propriedades Farmacocinéticas
- A citarabina é metabolizadarapidamente, principalmente no fígado e rins.
- Após administração intravenosa em humanos, apenas 5,8% da dose administrada é
excretada inalterada na urina após 12-24 horas;
- 90% da dose é excretada na forma de produto desaminado.
- Após uma alta dose única intravenosa, os níveis sanguíneos caem para níveis imensuráveis
em 15 minutos na maioria dos pacientes.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- Digoxina: Foram observados decréscimos reversíveis nas concentrações plasmáticas no
estado de equilíbrio de digoxina e na excreção renal.
- Gentamicina: Um estudo mostrou um antagonismo relacionado à citarabina.
- Fluorocitosina: Inibição da eficácia da terapia com fluorocitosina pela citarabina.
COMPATIBILIDADES E INCOMPATIBILIDADES:
- Aracytin® é compatível com a maioria das soluções fisiológicas, incluindo solução de
cloreto de sódio 0,9% e solução de glicose 5%. A citarabina é estável por 8 horas nas
seguintes combinações com concentraçõ esespecíficas, em glicose 5%: citarabina 0,8
mg/mL e cefalotina sódica 1,0 mg/mL; citarabina 0,4 mg/mL e fosfatosódico de
prednisolona 0,2 mg/mL; citarabina 16 mcg/mL e sulfato de vincristina 4 mcg/mL.
- A citarabina também é fisicamente compatível com metotrexato.
- A citarabina é fisicamente incompatível com heparina, insulina, 5-fluoruracila, penicilinas
como oxacilina e penicilina-G, nafcilina sódica e succinato sódico de metilprednisolona.
- Aracytin® não deve ser misturado com outros medicamentos, exceto os compatíveis
mencionados anteriormente. A compatibilidade deve ser assegurada antes de misturar
Aracytin® com qualquer outrasubstância.
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REAÇÕES ADVERSAS
- O principal efeito tóxico da citarabina é supressão da medula óssea, com leucopenia,
trombocitopenia e anemia. A toxicidade menos grave inclui náuseas, vômitos, diarreia e dor
abdominal, ulceração oral e disfunção hepática.
- As reações adversas mais frequentemente reportadas após a administração intratecal
foram: náusea, vômito e febre.
- Infecções e Infestações: Infecções virais, bacterianas, fúngicas, parasitárias ou
saprofíticas, em qualquer local do corpo, Essas infecções podem ser leves, mas também
graves e até fatais.
- Síndrome da Citarabina: Esta se caracteriza por febre, mialgia, dor óssea, ocasionalmente
dor torácica, rash maculopapular, conjuntivite e mal-estar. Geralmente ocorre 6-12 horas
após a administração do medicamento. Os corticosteroides mostraram ser benéficos no
tratamento ou prevenção dessa síndrome. Se os sintomas forem considerados tratáveis, o
uso de corticosteroides deve ser considerado, assim como a continuação da terapia com
Aracytin®.
- Ocular: Conjuntivite.
- Urinária: Retenção.
- Cardiovascular: Dor torácica.
OBSERVAÇÕES
- Ação vesicante: NÃO REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
www.anvisa.gov.br/filabula/ Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos:
- Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012.
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DACARBAZINA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
- Nome comercial: DACARB®
- Principio ativo: DACARBAZINA
APRESENTAÇÃO
- Frasco ampola de 100mg: 100mg de dacarbazina, 100mg de ácido cítrico e 100mg de
manitol;
- Frasco ampola de 200mg: 200mg de dacarbazina, 200mg de ácido cítrico e 100mg de
manitol;
- Frasco ampola de 600mg: 600mg de dacarbazina.
INDICAÇÕES
- É usado no tratamento de melanoma maligno metastático, linfoma de Hodgkin, sarcomas
de tecidos moles, neuroblastoma, sarcomas ósseos, carcinoma de células renais.
CONTRAINDICAÇÕES
- Hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO - Via endovenosa e Via intra-arterial; - Reconstituição: 100mg ---- em 9,9ml de água destilada
200mg ---- em 19,7 ml de água destilada - Diluição: SF 0,9% e SG 5% - Infusão: 30 a 90 minutos ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Frascos intactos: Refrigeração (2°C a 8°C)
- Após refrigeração: Temperatura ambiente (25°C): até 8 horas
APÓS DILUIÇÃO:
- Temperatura ambiente (25°C): até 8 horas;
- Refrigeração (2°C a 8°C) até 24 horas.
INCOMPATIBILIDADE/INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- Incompatibilidade com hidrocordisona, alopurinol, cefepima, piperacilina, heparina
sódica, L-cisteína, bicarbonato de sódio.
PRINCIPAIS INTERAÇÕES
- Com interleucina 2;
- Com alopurinal;
- Com azatioprina e mercaptopurina;
- Com radioterapia
- Com fitoterápicos
- Com inibidores de CYP1A2, CYP2E1 e CYP1A2.
Hospital UNIMED Página 30
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
- Dacarbazina é um agente alquilante não clássico, inicialmente desenvolvido como um
antimetabolico de purina, porém, sua atividade antitumoral não é mediada via inibição da
biossíntese de purinas. A ativação metabólica é requerida para a atividade antitumoral.
Adicionalmente, liga-se aos grupos sulfidril das proteínas. Dacarbazina inibe a síntese de
DNA e RNA. Ciclo celular não especifica.
Propriedades farmacocinéticas
- Absorção: Absorção oral errática e incompleta. Após a administração EV de 4,5MG/ml,
verificam-se imediatamente concentração sérica máxima de aproximadamente de
8mcg/ml.
- Distribuição: É rapidamente distribuída. Menos de 5% ligam-se às proteínas séricas e
menos de 15% do fármaco atravessam a barreira hematoencefálica.
- Meia vida: Meia vida bifásica inicial de 20 minutos e terminal de 5 horas.
- Metabolismo: Ocorre no fígado.
- Excreção: Urina.
REAÇÕES ADVERSAS
- Hematológicas: mielossupressão: Leucopenia, trombocitopenia e anemia (nadir: 21 a
25 dias após aplicação).
- Gastrointestinais: Náuseas e vômitos (em 90% dos pacientes) graves, porém, a
intensidade e a gravidade diminuem ao longo do tratamento (inicio em uma a três horas
após aplicação e prolonga-se por até 12 horas), anorexia, diarréia, estomatite, alterações
no paladar (gosto metálico).
- Neurológicas: Parestesia facial, confusão, letargia, convulsões, polineuropatia, cefaléia,
visão turva.
OBSERVAÇÕES:
- Ação vesicante: SIM
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA www.anvisa.gov.br/filabula/
Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos: - Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012.
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DACTINOMICINA
INDICAÇÃO DO MEDICAMENTO
- Nome comercial: COSMEGEN®
- Princípio ativo: DACTINOMICINA
APRESENTAÇÃO
- Frasco ampola de 0.5MG.
INDICAÇÃO
- É usado no tratamento de tumor de Wilm’s, rabdomiossarcoma, carcinoma de testículo e
útero, sarcoma de Ewing, cariocarcinoma , sarcoma de Kaposi, melanoma maligno,
leucemia não linfocítica aguda, osteossarcoma, câncer de ovário.
CONTRAINDICAÇÃO
- Não recomendado em crianças menores do que seis meses devido à freqüência aumentada
de evento adversos.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Via endovenosa;
- Reconstituição: SF 0,9% e água destilada;
- Diluição: SF 0,9% e SG 5%
- Infusão: 10 a 15 minutos.
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Frascos intactos: Temperatura ambiente (25°C), protegido de luz.
- Após reconstituição: Refrigeração (2°C a 8°C), protegido de luz até 24 horas;
INCOMPATIBILIDADE/INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- Incompatibilidade com: Filgastrina, diluentes com preservativo e filtros de infusão.
- Com enflurano e halotano: Aumento da hepatotoxicidade.
- Com radioterapia: Maior risco de reação cutânea à radioterapia.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas:
- A Dactinomicina é um antibiótico antitumoral derivado da cultura Streptomyces parvullus
que se intercala entre os pares de bases guaninas citidina do DNA desorganizando sua
hélice, resultando na inibição da replicação do DNA e da síntese de DNA. Ciclo celular fase
não específica.
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PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS
- Absorção: Pobre absorção oral;
- Distribuição: Distribuem-se os tecidos com os maiores níveis encontrados na medula
óssea e leucócitos. Não atravessa a barreira hematoencefálica.
- Metabolismo: Ocorre no fígado;
- Meia vida: Meia vida de eliminação é de 36 horas;
- Excreção: Depurada do plasma (85%), pela bile (50%) e urina (10%).
REAÇÕES ADVERSAS:
- Hematológicas: Mielodepressão, leucopenia, e trombocitopenia (inicio: sete a 10 dias,
nadir: 14 a 21 dias, recuperação, medular: 21 a 25 dias), neutropenia (dose-limitante),
anemia tardia, agranulocitose, pancitopenia, anemia aplástica.
- Gastrointestinais: Náuseas e vômito (moderados a graves, início duas a cinco horas após
a administração e podem persistir por até 24 horas), anorexia, diarréia (30% dos
pacientes), estomatite, gastrite, esofarite, glossite, ulceração gastrintestinal, mucosite
mais grave quando combinadas com altas doses de radioterapia.
OBSERVAÇÕES:
- Ação vesicante: SIM
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
www.anvisa.gov.br/filabula/ Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos: - Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012.
Hospital UNIMED Página 33
DAUNORRUBICINA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
- Nome comercial: DAUNOBLASTINA®
- Principio ativo: DAUNORRUBICINA
APRESENTAÇÃO
- Frasco ampola de 20mg a 100mg.
INDICAÇÃO
- É usado no tratamento de leucemia aguda, linfomas, neuroblastomas, rabdomiossarcoma,
sarcoma de Ewing, tumor de Wilm’s.
CONTRAINDICAÇÕES
- Usar com cautela em pacientes que realizam radioterapia.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Via endovenosa;
- Reconstituição: Possui diluente próprio (solução fisiológica 10 ml)
- Infusão: 30 a 45 minutos.
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Frascos intactos: Temperatura ambiente (25°C), protegido de luz;
- Após diluição: Temperatura ambiente (25°C): até 24 horas e protegido de luz;
- Refrigeração (2°C a 8°C): Até 48 horas, protegido de luz.
INCOMPATIBILIDADE/INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- Incompatibilidade com: Cefepime, fludarabina, piperacilina, heparina, fluoruracila,
dexametreonam, fosfato de sódio.
- Com dexrazoxano: Bloqueia efeitos cardiotóxicos;
- Com anfotericina e verapamil: Aumenta os efeitos da daunorrubicina;
- Com radioterapia: Aumento de toxicidade.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
- A Daunorrubicina é derivada de culturas de Streptomyces peucetius. Intercala- se e liga-se
ao DNA, bloqueando a síntese de DNA, RNA e proteínas. Inibe a topoisomerase II,
formando um complexo DNA- topoisomerase II, levando à eventual quebra do DNA.
Agente ciclo celular não especifico, embora exerça efeitos citotóxicos máximos na fase S.
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Propriedades farmacocinéticas:
- Distribuição: Distribui-se e liga-se aos tecidos com os maiores níveis encontrados no
coração, fígado, pulmões, rins e baço. Atravessa pouco a barreira hematoencefálica.
Atravessa a barreira placentária. Liga-se extensivamente a proteína plasmática (60% a
70%).
- Metabolismo: Ocorre no fígado
- Meia vida:
Meia vida de distribuição: 2 minutos;
Meia vida de eliminação: 14 a 20 horas;
Meia vida terminal: 18,5 horas;
Meia vida plasmática: 24 a 48 horas.
- Excreção: É excretada pelo sistema hepatobiliar nas fezes (4%) e urina (25%).
REAÇÕES ADVERSAS
- Hematológicas: Mielodepressão, leucopenia, trombocitopenia, e anemia (nadir: dez a 14
dias, recuperação medular: 21 a 28 dias), pancitopenia.
- Gastrointestinais: Náuseas e vômitos (de moderados a graves, início de uma a duas horas
após a aplicação com duração de até 24 horas, ocorrem em 50% dos pacientes),
estomatite (três a sete dias após), esofagite, gastrite, anorexia, diarréia e dor abdominal.
OBSERVAÇÕES:
- Ação vesicante: SIM
- Potencial Emético: Moderado (30 a 60%)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA www.anvisa.gov.br/filabula/
Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos:
- Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012.
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DOCETAXEL
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
- Nome comercial: DOCELIBBS®; TAXOTERE®
- Princípio ativo: DOCETAXEL
APRESENTAÇÕES
- Frasco-ampola com 20 e 80 mg
INDICAÇÕES
- Câncer de mama avançado ou metastático, câncer de pulmão de células não pequenas,
câncer de ovário, cabeça e pescoço, próstata pâncreas e sarcomas de tecidos moles.
CONTRAINDICAÇÕES
- Reação alérgica ao medicamento ou qualquer outro componente da formulação,
Mielossupressão e Insuficiência hepática severa.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Retirar o produto da geladeira 5 minutos antes do preparo. Apos reconstituição (misturar a
solução por meio de inversões repetidas por 45 segundos) deixar a solução “descansando”
em temperatura ambiente durante 5 minutos, após a solução deve estar clara e homogênea.
Formação de espuma e normal.
- Em 250 mL SF 0,9% ou SG 5%. Concentração máxima: 0,74 mg/mL e infundir em 60
minutos.
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Após aberto/após reconstituição é estável por 8 horas quando conservado sob refrigeração
(2ºC e 8ºC) ou em temperatura ambiente (15ºC e 30ºC);
- Após diluição é estável por 4 horas em temperatura ambiente (15°C - 30°C) e luminosidade
normal;
Se refrigerado pode turvar - Colocar em temperatura ambiente. Quando agitação ou feita
reconstituição com a agulha na posição vertical pode formar espuma - deixar em repouso
por algumas horas. Para maior rapidez na solubilização rolar o frasco na posição vertical
entre as mãos.
INCOMPATIBILIDADES /INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- Anfotericina B, doxorrubicina lipossomal, metilprednisolona, ciclosporina, cetoconazol e
eritromicina ocasionam alterações do metabolismo de docetaxel.
- Os derivados de taxanos devem ser infundidos antes dos derivados de platina (carboplatina,
cisplatina) para limitar a Mielossupressão e aumentar a eficácia.
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CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
- É um taxano. Agente semissintéticoantimicrotúbulos, portanto promove a agregação das
tubulinas na formação e na estabilização dos microtúbulos, inibindo sua despolimerização
tornando-os não funcionantes, o que ocasiona bloqueio da divisão celular na fase da
metáfase. É um agente radiossensibilizante. Agente ciclo celular especifico da fase de
mitose (fase M).
Propriedades Farmacocinéticas
- Distribuição: 94 a 97% do fármaco ligam-se às proteínas plasmáticas.
- Meia-vida: 11hs
- Metabolismo: Hepático
- Excreção: Principalmente pelas fezes (75% da dose em 7 dias ). Menos de 10 % são
eliminados como composto original, a maior parte é eliminada como metabólitos.
REAÇÕES ADVERSAS
- Mielodepressão, mucosite, alopecia, náuseas/vômitos, diarreia, arritmia/taquicardia,
flebite, hiperpigmentação do leito ungueal, reações de hipersensibilidade, retenção hídrica,
fadiga/neuropatia motora e sensorial.
OBSERVAÇÕES
- Ação vesicante: Não, é irritante.
- Fotossensível: Não.
- Extravasamento: Compressa quente e tratamento com hialuronidase.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
www.anvisa.gov.br/filabula/ Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos:
- Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012.
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DOXORRUBICINA IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO - Nome comercial: ADRIBLASTINA®RD; FAULDOXO.® - Princípio ativo: DOXORRUBICINA. APRESENTAÇÕES
- Adriblastina® RD: Pó liofilizado injetável de 10 mg ou 50 mg em embalagem contendo 1 frasco-ampola.
- Fauldoxo®: Solução injetável com 10 mg de cloridrato de doxorrubicina em cada frasco-ampola (5 mL) ou 50 mg de cloridrato de doxorrubicina em cada frasco-ampola (25 mL). Embalagens contendo 1 frasco-ampola.
INDICAÇÕES - É indicada no tratamento das neoplasias: carcinoma da mama, pulmão, bexiga, tireóide,
carcinoma ovariano; sarcomas ósseos e dos tecidos moles; linfomas de Hodgkin e não-Hodgkin; neuroblastoma; tumor de Wilms; leucemia linfoblástica aguda e leucemia mieloblástica aguda.
CONTRA-INDICAÇÕES - Adriblastina®RD: É contra-indicada a pacientes com hipersensibilidade à doxorrubicina,
outras antraciclinas, antracenedionas ou a qualquer componente da fórmula. - As contra-indicações para uso intravenoso são: mielossupressão persistente; insuficiência
hepática grave; insuficiência miocárdica grave; infarto do miocárdio recente; arritmias graves.
- As contra-indicações para uso intravesical são: infecções do trato urinário; inflamação da bexiga; hematúria.
- Adriblastina® RD: É um medicamento classificado na categoria D de risco de gravidez. Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. A paciente deve informar imediatamente de suspeita de gravidez.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO - Adriblastina®RD: É normalmente administrada por via intravenosa. É recomendado que
seja feita através do tubo de um equipo de infusão de cloreto de sódio a 0,9% ou solução de glicose 5%; a concentração recomendada é de 2 mg/mL.Por, não menos que 3 minutos e não mais que 10 minutos, para minimizar o risco de trombose ou extravasamento perivenoso.
- A administração intravesical mostrou-se benéfica no tratamento de câncer superficial de bexiga, bem como na profilaxia de recidiva de tumor após ressecção transuretral. No caso
de terapia intravesical, Adriblastina® RD deve ser dissolvida em água para injetáveis à temperatura ambiente; a concentração recomendada é de 1 mg/mL.
- A doxorrubicina não é ativa por via oral e não deve ser administrada por via intramuscular ou intratecal.
- A injeção direta (em “bolus”) não é recomendada devido ao risco de extravasamento. - Se ocorrerem sinais ou sintomas de extravasamento, a injeção ou infusão deve ser
imediatamente interrompida e a pele deve ser lavada copiosamente com água morna e
sabão. Se houver suspeita de extravasamento, a aplicação intermitente de gelo no local por 15 minutos, 4 vezes ao dia pode ser útil. O uso de luvas e vestuário próprio para proteção é recomendado durante a preparação e administração do fármaco.
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ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO - Adriblastina®RD: Deve ser conservada em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C),
protegida da luz e pode ser utilizada por 48 meses a partir da data de fabricação. - De acordo com as Boas Pratica de Fabricação (BPF), é recomendado que a solução
reconstituída seja armazenada entre 2 e 8°C, protegida da luz e seja utilizada em 24 horas após a reconstituição.
- Fauldoxo®: Este medicamento deve ser armazenado sob refrigeração (entre 2°C e 8°C),
protegido da luz. INCOMPATIBILIDADES - A doxorrubicina não deve ser misturada com fluorouracil (por exemplo, na mesma bolsa de
infusão IV ou no sitio Y de uma linha de infusão IV), pois poderia ocorrer a formação de precipitado. Se a terapia concomitante com doxorrubicina e fluorouracil for necessária, recomenda-se que a linha IV seja lavada entre a administração dessas drogas.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS Propriedades Farmacodinâmicas - O cloridrato de doxorrubicina de rápida dissolução é um antibiótico antiblástico, citotóxico,
da classe das antraciclinas, isolado de culturas de Streptomycespeucetiusvar. caesius. - As propriedades citotóxicas da doxorrubicina sobre as células malignas e os efeitos tóxicos
em vários órgãos parecem estar relacionados:
- A intercalação nas bases nucleotídicas, deste modo inibia replicação nucleotídica. - Atividade da doxorrubicina de se ligar à membrana celular lipídica pode afetar uma
variedade de funções celulares. - A reação de redução enzimática da doxorrubicina dá origem aradicais livres que implica na
cardiotoxicidade. - A apoptose induzida por doxorrubicina pode ser um componente integral do mecanismo de
ação celular relacionado ao efeito terapêutico, à toxicidade ou a ambos.
Propriedades Farmacocinéticas - Distribuição: A meia-vida de distribuição inicial de aproximadamente 5 minutos sugere
uma rápida distribuição tecidual de doxorrubicina, enquanto que a eliminação tecidual lenta se reflete em uma meia-vida terminal de 20 a 48 horas. A ligação às proteínas plasmáticas é de cerca de 74 a 76%.
- Metabolismo: Principal metabólito é o doxorrubicinol (DOX-OL).
- Excreção: Predomínio de excreção biliar. Aproximadamente 40% da dose aparecem na bile
em 5 dias, enquanto que somente 5 a 12% do fármaco e seus metabólitos aparecem na urina durante o mesmo período de tempo. Após 7 dias, < 3% da dose foi recuperada na urina como DOX-OL.
- A Adriblastina®RD é excretada no leite materno. - Oclearance sistêmico da doxorrubicina é reduzido em pacientes obesos - por ex. > 130% do
peso corpóreo ideal.
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INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS - Verapamil; resultando em aumento da concentração e efeito clínico da doxorrubicina. - Fenobarbital, fenitoína, Erva de São João: podem diminuir a concentração de doxorrubicina. - Relatos na literatura sugerem que a adição de ciclosporina à doxorrubicina resulta em mais
profunda e prolongada toxicidade hematológica do que a observada com doxorrubicina sozinha.
- O paclitaxel; pode causar aumento das concentrações plasmáticas da doxorrubicina e
metabólitos quando administrado antes da doxorrubicina. - Certos estudos indicam que este efeito é menor quando a doxorrubicina é administrada
antes do paclitaxel. REAÇÕES ADVERSAS - Infecções e infestações: Infecção, sepse/septicemia. - Hematológico e linfático: Leucopenia, neutropenia, anemia, trombocitopenia. - Imunológico: Anafilaxia.
- Metabolismo e nutricional: Anorexia, desidratação, hiperuricemia. - Ocular: Conjuntivite/ceratite, lacrimejamento. - Cardíaco: Taquicardia sinusal, taquiarritmias, bloqueios atrioventricular e de ramo,
insuficiência cardíaca congestiva. - Vascular: Hemorragia, “ondas de calor”, flebite, tromboflebite, tromboembolismo, choque. - Gastrintestinal: Náusea/vômito, mucosite/estomatite, hiperpigmentação da mucosa oral,
esofagite, dor abdominal, erosões gástricas, sangramento do trato gastrintestinal, diarreia,
colite. - Pele e tecido subcutâneo: Alopecia, coceira, hiperpigmentação da pele e da unha,
fotossensibilidade, urticária, eritema acral, eritrodisestesiapalmoplantar. - Renal e urinário: coloração avermelhada da urina por 1 a 2 dias após a administração do
fármaco. - Reprodutivo e mamas: amenorreia, oligospermia, azoospermia. - Geral: mal-estar generalizado/astenia, febre, calafrios. - As crianças apresentam risco aumentado de desenvolverem cardiotoxicidade tardia. É
recomendado acompanhamento com avaliação periódica das funções cardíacas para monitoração dessa possibilidade.
OBSERVAÇÕES - Ação vesicante: SIM REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
www.anvisa.gov.br/filabula/ Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos: - Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012.
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EPIRRUBICINA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
- Nome comercial: FARMORUBICINACS; FARMORUBICINARD
- Princípio ativo: EPIRRUBICINA
APRESENTAÇÕES
- FarmorubicinaCS: Solução injetável estéril 2 mg/mL em embalagem contendo 1 frasco
ampola: 5 mL (10 mg), 25 mL (50 mg) ou 100 mL (200 mg).
- FarmorubicinaRD: Na forma de pó liofilizado de 10 e 50mg.
INDICAÇÕES
- Carcinoma da mama, linfomas malignos, sarcomas de partes moles, carcinoma gástrico,
carcinoma hepático, câncer do pâncreas, carcinoma do reto-sigmoide, carcinoma da região
cérvico facial, carcinoma pulmonar, carcinoma ovariano e leucemias. Intravesical é
indicada no tratamento dos carcinomas superficiais da bexiga (de células transicionais,
carcinoma in situ) e na profilaxia dasrecidivas após ressecção transuretral.
CONTRA-INDICAÇÕES
- Pacientes que apresentam hipersensibilidade à epirrubicina ou a qualquer outro
componente da fórmula, outras antraciclinas ou antracenedionas.
- Farmorubicina também é contra-indicada nas seguintes situações: Uso intravenoso:
mielossupressão persistente, insuficiência hepática grave, miocardiopatia, , infarto do
miocárdio recente, arritmias severas, tratamentos prévios com doses cumulativas máximas
de epirrubicina e/ou outras antraciclinas e antracenedionas. Uso intravesical: infecções no
trato urinário, inflamação da bexiga, hematúria.
- Classificado na categoria D de risco de gravidez.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- FarmorubicinaRD: Reconstituir em água destilada ou SF 0,9 % na concentração de 2
mg/mL. Para infusão o fármaco pode ser diluído em SF 0,9 % ou SG 5%.
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- FarmorubicinaCS: deve ser conservada sob refrigeração (entre 2 e 8ºC).
- FarmorubicinaRD: dever ser armazenada em temperatura ambiente (15 a 30ºC),
protegido da luz.
- A Farmorubicina após a diluição é estável a temperatura ambiente ao abrigo de luz por 24
h e sob refrigeração (2 e 8ºC) até 4 8h.
INCOMPATIBILIDADES /INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- Incompatível com: Heparina, fluoruracil, ifosfamida com mesna.
- Com trastuzumabe: Aumento da toxicidade cardíaca.
- Com placlitaxel: Aumento da toxicidade (hematológica e cardíaca).
- Com radioterapia: Aumento da toxicidade.
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CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
- A epirrubicina é um agente citotóxico antraciclínico. Intercala- se e liga-se ao DNA
bloqueando a síntese do DNA e RNA e da atividade mitótica. Inibe a topoisomerase II,
formando um complexo DNA-topoisomerase que pode ser clivado. Também está envolvida
nas reações de oxidação/redução com a produção de radicais livres altamente reativos e
altamente tóxicos.
Propriedades Farmacocinéticas
- Absorção: A epirrubicina não é absorvida pelo trato gastrintestinal.
- Distribuição: Após a administração IV, a epirrubicina é rápida e amplamente distribuída
nos compartimentos extravasculares, conforme indicado pela meia-vida de distribuição
muito rápida. Não atravessa a barreira hematoencefálica em quantidades detectáveis. A taxa
deligação da epirrubicina às proteínas plasmáticas, predominantemente à albumina, é de
cerca de 77%. A epirrubicina também parece se concentrar nas hemácias.
- Metabolismo: Rapidamente metabolizada pelo fígado além de ser metabolizada por outros
órgãos ecélulas, incluindo as hemácias.
- Excreção: Principalmente pela bile.
- Meia-vida: 30 a 40 h.
REAÇÕES ADVERSAS
- Hematológicas: Mielossupressão, leucopenia, trombocitopenia, anemia.
- Gastrintestinais: Náusea, vômito, diarreia, mucosite.
- Cardiolotoxicidade: Arritmias agudas. É menos cardiotóxica do que a doxorrubicina.
- Heoatotoxicidade, urticária, alopécia intensa, urina avermelhada (até 24h após a
administração)
OBSERVAÇÕES:
- Ação vesicante: SIM
- Potencial Emético: Alto (60 a 90%)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA www.anvisa.gov.br/filabula/
Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos:
- Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012.
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ETOPOSIDEO
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
- Nome comercial: VEPESID®
- Principio ativo: ETOPOSIDEO.
APRESENTAÇÕES:
- Injetável: Frasco ampola de 100mg/5 ml
- oral: Frasco de cor âmbar com cápsulas gelatinosas na dosagem de 50mg e 100mg.
INDICAÇÕES:
- É usado no tratamento de tumores de testículos, pulmão, linfoma de Hodgkin, leucemia
mielóide aguda, sarcoma de Kaposi, tumores de Ewing, neuroblastoma, tumores cerebrais,
neuroplasias trofoblásma, e de células germinativas, mieloma, melanoma, câncer de mama,
córtex adrenal, bexiga, estômago, ovário e próstata.
CONTRAINDICAÇÃO:
- Hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO:
- Via endovenosa; Via oral (a administração VO deve ser feita com estômago vazio);
- Diluição: SG 5% e SF 0,9%
- Infusão
ESTABILIDADE/ADMINISTRAÇÃO
- Frascos intactos:
- Temperatura ambiente (25°C)
- Após diluição:
- Temperatura ambiente (25°C)
- Cápsulas: refrigeração (2°C a 8°C): até 24 horas ou opcionalmente sob temperatura entre
10°C a 28°C.
INCOMPATIBILIDADE/ INTERAÇÃO MEDICAMENTOSAS
Propriedades farmacodinâmicas:
- Vepesid é derivado semissintético da podofilotoxina que inibe a topoisomerase II através
da estabilização do complexo topoisomerase II- DNA induzindo à ruptura da alça dupla do
DNA ao contrario da podofilotoxina, o etoposideo não interfere no conjuntotubular. O
etoposideo interrompe o ciclo celular na metáfase. Agente ciclo celular específico (fase S
terminal e G- 2 inicial).
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Propriedades farmacocinéticas:
- Absorção: A biodisponibilidade do fármaco, quando administrado VO é em torno de 50%;
- Distribuição: Distribui-se nos tecidos com os maiores níveis encontrados no fígado, baço,
rins e cérebro. Atravessa a barreira hematoencefálica e barreira placentária. Cerca de
95% do fármaco ligam-se às proteínas plasmáticas.
- Meia vida: Meia vida terminal é de 3 a 12 horas.
- Metabolismo: Ocorrem no fígado e metabólitos hidroxiácidos e cislactoma.
- Excreção: Urina e fezes.
REAÇÕES ADVERSAS
- Hematológicas: Mielossupressão, leucopenia, trombocitopenia, e anemia (nadir: sete a
16 dias, recuperação medular: 20 dias, leucopenia em aproximadamente 75% dos
pacientes)
- Gastrointestinais: Náuseas e vômitos (31% a 43%, mais frequentes em administração
oral, dose-de-pendente) anorexia (10% a 13%, mais freqüentes em administração oral),
estomatite 91% a 6%, dose-pendente), diarréia (1% a 13%), esofagite, dor abdominal,
parotidite, disfagia, constipação, alteração do paladar (gosto metálico).
OBSERVAÇÕES:
- Ação vesicante: SIM
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA www.anvisa.gov.br/filabula/
Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos: - Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012.
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FLUDARABINA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
- Nome comercial: FLUDARA®
- Princípio ativo: FLUDARABINA
Apresentações:
- Frasco ampola de 50mg
- Caixa com um blíster de 10mg com 15 comprimidos.
INDICAÇÕES
- É usado no tratamento de leucemia linfocítica crônica das células B recidivadas ou
refratária dos agentes alquilantes, linfomas não hdgkin baixo grau, linfoma de Hodgkin,
linfoma cutâneo de células T, leucemia de células cabeludas, leucemia pró-linfocítica,
linfoma macroblobulinê-mico.
CONTRAINDICAÇÃO
- É contraindicado a qualquer componente da fórmula.
- Anemia hemolítica descompensada.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Via oral/ via endovenosa;
- Infusão de 30 minutos;
- Reconstituição: 2 ml de água destilada
DILUIÇÃO
- Para aplicação em push: 10 ml de SF 0.9%
- Para aplicação sob infusão EV: em 100 ml de SF 0,9%
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Frascos intactos: temperatura ambiente (15°C a 30°C)
APÓS RECONSTITUIÇÃO
- Temperatura ambiente: 24 horas
- Refrigeração (2°C a 8°C): até 24 horas
INCOMPATIBILIDADE/ INTERAÇÃO MEDICAMENTOSAS
- Incompatibilidade com aciclovir, anfotericina, clorpromazina, daunorrubicina, ganciclovir,
hidroxizina, miconazole, proclorazine.
- Principais interações: com pentostatina, dipiridamol e outros inibidores da captação de
adenosina.
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CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
- A Fludarabina é um nucleotídeo fluorado análogo do 5-monofosfatode arabinofuranosi-
ladenosina (ara- A) que é relativamente resistente à decomposição por adenosina
desaminase. Pertence ao grupo dos antimetabolicos da purina. Inibe a ribonucleotideo
redutase, o DNA- polimerase alfa e o DNA-primase, ocasionando o bloqueio na síntese do
DNA. Provoca, também, inibição parcial da RNA- polimerase II e consequentemente reduz
da síntese protéica.
Propriedades farmacocinéticas:
- Absorção: o fármaco é bem absorvido quando administrado por via oral;
- Distribuição: após aplicação é redistribuição por todo organismo, concentrando-se mais
no fígado, nos rins e no baço.
- Metabolismo: no fígado;
- Meia vida: inicial: 5 minutos
- Intermediário: 1 a 2 horas
- Terminal: 1 a 30 horas
- Excreção: ocorre nos rins
REAÇÕES ADVERSAS
- Hematológicas: mielossupressão dose-limitante, dose-relacionada,
- Cumulativa: leucopenia (50% a 55%) e anemia (60%),
- Nadir: 13 a 16 dias, anemia hemolítica,
- Gastrintestinais: náuseas e vômitos (30%), mucosite, hemorragia gastritestinal,
obstipação, cólicas abdominais.
- Pulmonares: dispnéia, tosse, infiltrado pulmonar intersticial, pneumonia, febre, hipóxia.
OBSERVAÇÃO
- Ação vesicante: NÃO
- Potencial Emético: Muito baixo < 10%.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA www.anvisa.gov.br/filabula/
Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos: - Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012
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FLUORURACILA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
- Nome comercial: FAULDFLUOR®
- Princípio ativo: FLUORURACILA
APRESENTAÇÕES
- Frascos-ampolas com 500 mg/10 ml e 2,5 g/50 ml.
- Tópicos (EFURIX®): Creme a 5% (50 mg/g) – Embalagem com 1 bisnaga de 15 g.
INDICAÇÕES
- Tumores de cólon, reto, mama, estômago, pâncreas, fígado, útero (especialmente cérvix),
ovário e bexiga, cabeça, próstata, pelve, células renais e pulmão. O creme é indicado para
tratamento de carcinoma superficial de células basais e outras dermatoses neoplásicas ou
pré–neoplásicas.
CONTRAINDICAÇÕES
- Hipersensibilidade ao medicamento, gravidez e lactantes.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Endovenoso (EV), intra-arterial (IA), intrapleural, intraperitoneal, intracavitário, tópico.
- Para administração sob infusão o produto deve ser diluído em SF 0,9% ou SG de 50 a 1000
mL.
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Armazenar em temperatura ambiente (25 ºC) ao abrigo da luz.
- Após a diluição com 5 a 42 mg/L: temperatura ambiente (até 37ºC) até sete dias.
- Recomenda-se não refrigerar, pois a degradação é mais rápida.
INCOMPATIBILIDADES /INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- Incompatível com carboplatina, cisplatina, citarabina, diazepam, doxorrubucina, fentanila,
leucovorin, morfina, metotrexato, droperidol, ondansetrona, metoclopramida, filgrastim e
vinorelbina.
- Com cimetidina: Aumento dos efeitos farmacológicos do fluoruracila.
- Com diuréticos a base de tiazida: Aumenta o risco de mielosusupressão.
- Com Leucovorin: Potencializa a atividade antitumoral. Leucorvorin estabiliza a ligação
com a timidilatosintetase.
- Com dipiridamol: Potencializa a citotoxidade do fluoruracila.
- Com fenitoina: A toxicidade e a eficácia da fenitoina podem ser aumentadas.
- Com varfarina: A toxicidade e a eficácia da varfarina podem ser aumentadas.
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CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
- Inibição da enzima timidilatosintetase pelo metabólito monofosfato de flurodeoxiuridina
(FdUMP), interferindo na síntese de timidina, incorporação do trifosfato de
fluorodeoxiuridina (FdUTP) no DNA. Inibe a síntese de RNA e proteínas pela incorporação
do metabólito (FUTP) no lugar do (UTP). Ciclo celular específico (fase S).
Propriedades Farmacocinéticas
- Distribuição: difunde-se bem em todos os tecidos e fluidos extracelulares. Atravessar a
barreira hematoencefálica. Cerca de 10 % ligam-se às proteínas plasmáticas.
- Metabolismo: principalmente pelo fígado.
- Meia- vida: inicial 10 a 20 min.; final 20 h.
- Excreção: pela via respiratória como dióxido de carbono (60 a 80%) e secundariamente
pela urina.
REAÇÕES ADVERSAS
- Hematológicas: Mielossupressão, leucopenia, anemia e trombocitopenia.
- Gastrintestinais: Náusea, vômitos, anorexia, diarreia (principalmente após alta dosagem
sob infusão continua ou associada ao leucovorin alta dose), estomatite, desidratação,
esofagite, íleo paralítico, úlcera gastrintestinal, enterite.
- Cutâneas: Alopecia (rara, mais associada a infusão continuade 5 dias), dermatite, eritema,
fotossensibilidade, hiperpigmentação cutânea(palmas das mãos, face, mais comum em
negros ou pardos)
- Reações alérgicas: rash cutâneo e descamação.
- Neurológicas: Neurotoxicidade, cefaléia, alterações oculares (conjuntivite, visão turva,
fotofobia), letargia, fadiga, desorientação.
OBSERVAÇÕES
- Ação vesicante: NÃO
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA www.anvisa.gov.br/filabula/
Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos:
- Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª edição, 2012.
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FULVESTRANTO
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
- Nome comercial: FASLODEX®
- Princípio ativo: FULVESTRANTO
APRESENTAÇÕES
- Solução injetável (líquido viscoso) via intramuscular. Embalagem com uma seringa
preenchida, contendo 250mg / 5 ml da solução injetável, acompanhada de uma agulha
estéril descartável.
INDICAÇÕES
- Indicado para o tratamento de câncer de mama em mulheres de qualquer idade e que
estejam na pós-menopausa.
CONTRA-INDICAÇÕES
- Alergia ao fulvestranto ou a qualquer um dos componentes do medicamento.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Não é necessário diluição. A solução já vem pronta para uso, em seringa preenchida.
Conectar a agulha somente no momento de administração intramuscular (IM) em região
glútea.
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Deve ser mantido em temperatura entre 2ºC e 8ºC. Proteger da luz e na sua embalagem
original até o momento do uso.
INCOMPATIBILIDADES /INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- Não citadas em literatura até o momento.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
- É um agente esteroidal pertencente à classe de antiestrôgenios. Seu modo de ação envolve a
supressão da proteína dos receptores de estrogênio nos tumores e em outros tecidos alvo.
Dessa forma, bloqueia completamente a ação trófica do estrogênio, sem ter qualquer
atividade agonista receptor- estrogênio.
Propriedades Farmacocinéticas
- Absorção: O fulvestranto não é administrado por via oral.
- Distribuição: rápida e extensa e o volume aparente de distribuição no estado de equilíbrio
foi extenso (de aproximadamente 3 a 5 l/kg), o que sugere que a distribuição do composto
é, em sua maior parte, extravascular. O fulvestranto teve alta ligação a proteínas
plasmáticas (99%) quando em concentrações maiores do que aquelas para uso clínico.
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- Metabolismo: hepático, parece envolver combinações de varias vias análogas de
biotransformação dos esteroides endógenos.
- Excreção: é rapidamente depurado pelas vias hepatobiliares, sendo a taxa global
determinada pelo modo de administração. A excreção foi por via fecal e a eliminação renal
dos metabólitos da droga foi desprezível (menor que 1%).
REAÇÕES ADVERSAS
- Gastrointestinais: náusea, vômitos, diarreia e anorexia.
- Cutâneas: rash, reações no local da injeção.
- Geniturinárias: vasodilatação.
- Respiratórias: faringite, dispneia.
- Ondas de calor, cefaleia (leve), astenia(moderada),dor óssea, dor nas costas.
OBSERVAÇÕES
Ação vesicante: NÃO
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA www.anvisa.gov.br/filabula/
Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos:
- Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012.
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GENCITABINA
Identificação do medicamento:
- Nome comercial: GEMZAR®
- Princípio ativo: GENCITABINA
APRESENTAÇÃO
- Frasco ampola de 200mg e 1000mg
INDICAÇÕES
- É usado no câncer de pulmão de não pequenas células e carcinoma pancreático primário e
avançado e metastático, carcinoma avançado de mama, ovário, próstata e carcinoma de
pulmão e pequenas células, câncer de rins e bexiga, Linfoma de HODGKIN e Não
HODGKIN.
CONTRAINDICAÇÃO
- É contraindicado naqueles pacientes com hipersensibilidade conhecida a droga.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Via EV;
- Infusão: 30 minutos;
- Reconstituição: SF 0,9%
- Diluição: Somente em SF 0,9%
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Frascos intactos
- Temperatura ambiente (25°C)
- Após reconstituição e diluição
- Temperatura ambiente: até 24 horas
- Não congelar
INCOMPATIBILIDADE/ INTERAÇÕES ADVERSAS
- Incompatível com: Aciclovir, anfotericina B, cefoperazone sódico, cefotaxine,
furosemida, ganciclovir, impinem, irintecan, metotrexate, metilprednisolona, mitomicina e
piperacilina.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas:
- Gencitabina inibe a síntese do DNA através da conversão intracelular em di e trifosfato de
nucleotídeo.
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Propriedades farmacocinéticas
- Distribuição: atinge a máxima concentração plasmática 30 minutos após a aplicação
rápida e dez horas após aplicação lenta.
- Meia vida: é conforme o tempo de infusão: ≤ uma hora de infusão 32 a 94 minutos, 3 a 4
horas de infusão quatro a dez horas.
- Metabolismo: são metabolizadas intracelularmente por nucleosídeo quinase em
metabólitos nucleosídeos disfofato (dFdCDP) e trsifofato (dFdCTP) ativos.
- Excreção: ocorre na urina.
REAÇÕES ADVERSAS:
- Hematológicas: Mielodepressão; leucopenia (63%), trombocitopenia (36%), anemia
973%) com nadir de 10 a 14 dias,
- Recuperação medular: Em torno de e21 dias após a administração, neutrófilos abaixo de
500, em 6%.
- Gastrintestinais: Náuseas e vômitos leves (28% a 66%) a moderado (6% a 20%),
diarreia (8%a 31%), obstipação (6% a 30%), mucosite (7% a 11%).
- Cutâneas: Erupção cutânea (10% a 28%), prurido (10%), descamação, vesiculação,
ulceração e alopecia significativa são efeitos raros, alopecia mínima (15%).
OBSERVAÇÕES
- Ação vesicante: NÃO
- Potencial Emético: Baixo de 10% a 30%.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA www.anvisa.gov.br/filabula/
Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos:
- Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012
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GOSSERRELINA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:
- Nome comercial: ZOLADEX® - ZOLADEX LA®
- Principio ativo: GOSSERRELINA
APRESENTAÇÃO
- Gosserrelina é apresentada em forma de depot cilíndrico estéril.
- Dosagem: Zoladex 3,6MG (depot de liberação curta)
Zoladex LA 10,8MG (depot de liberação prolongada).
INDICAÇÃO
- São usados no tratamento de câncer avançado da próstata, câncer metastático, de mama,
ambos passíveis de manipulação hormonal, fibroma uterino e endometriose.
CONTRAINDICAÇÃO
- A formulação deport de liberação prolongada (10,8MG) é contraindicada em mulheres.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Subcutâneo (SC), na parede abdominal superior;
- Zoladex 3,6MG --- a cada 4 semanas;
- Zoladex La 10,8MG --- a cada 12 semanas
ESTABILIDADE/ARMAZENAMENTO
- Refrigeração (2°C a 8°C) ou temperatura ambiente (abaixo de 25°C).
INCOMPATIBILIDADE/INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
- Não esclarecido em literatura ate o momento.
CARACTERÍSTICA FARMACOLÓGICA
Propriedades farmacodinâmicas:
- A Gossorrelina é um análogo sintético do LHRH natural. Sua administração crônica resulta
na inibição de secreção do hormônio luteinizante pela pituitária, o que leva à queda nas
concentrações séricas de testosterona nos homens e estradiol nas mulheres.
Propriedades farmacocinéticas:
- Absorção: A biodisponibilidade da gosserrelina é quase completa.
- Distribuição: A gosserrelina apresenta pouca ligação com proteínas plasmática;
- A meia vida: A meia vida de eliminação sérica é de 2 a 4 horas em pacientes com função
renal normal e de aproximadamente 12 horas em pacientes com função renal
comprometida.
- Metabolismo: hepático;
- Excreção: renal (90%), sendo 20% como fármaco inalterado.
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REAÇÕES ADVERSAS
- Gastrointestinais: Náuseas (5%), vômito, anorexia (5%), diarréia, constipação;
- Cutâneas: Desconforto no local da aplicação (ocasional), rash cutâneo (7%), sudorese
(em 6% dos homens e 45% das mulheres). Em mulheres acne (42%), seborréia (26%) e
hirsutismo (7%).
- Neurológicos: Tonturas (5%), insônia (5 a 11%), depressão (54% em mulheres) letargia
(8%), cefaléia (em 75% das mulheres), artralgias.
OBSERVAÇÕES
- Ação vesicante: NÃO INFORMADO
- Potencial Emético: Baixo de 10% a 30%.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA www.anvisa.gov.br/filabula/
Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos: - Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012
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HERCEPTIN
Identificação do medicamento:
- Nome comercial: HERCEPTIN®
- Princípio ativo: TRASTUZUMABE
APRESENTAÇÃO
- Um frasco multidose contém 440MG de pó liofilizado de Trastuzumabe para solução para
infusão. Também é acompanhado de um frasco com 20ML de solução de reconstituição
(água bacteriostática para injeção).
INDICAÇÃO:
- É indicado para tratamento de pacientes co câncer de mama metastático que apresenta
tumores com superexpressão do HER2.
CONTRAINDICAÇÃO:
- É contraindicado para pacientes com alergia conhecida ao Trastuzumabe ou a qualquer
outro componente da fórmula. Também é contraindicado para pacientes pediátricos.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO:
- Via Endovenosa
- Diluição: Frasco de 20ML de solução de reconstituição (água bacteriostática para
injeção).
ESTABILIDADE/ARMAZENAMENTO:
- Frascos Intacto: Armazenado em temperatura de 2°C a 8°C.
- Após Diluição: Diluído em água bacteriostática a estabilidade é de 28 dias, enquanto a
reconstituição com água de injeção é de 24 h, temperatura ambiente.
INCOMPATIBILIDADE/INTERAÇÃO MEDICAMENTOSAS:
- O Paclitaxel pode acarretar diminuição do clearance do Trastuzumabe, aumentando suas
concentrações séricas. A terapia combinada com antraciclinas ou ciclofosfamida pode
aumentar a incidência e/ou a gravidade de disfunção cardíaca. Anticorpos monoclonais
pode aumentar o risco de reações alérgicas ao Trastuzumabe devido a presença de
anticorpos antiqueméricos humanos. O Trastuzumabe pode aumentar a incidência de
neutropenia e/ou neutropenia febril quando usado em combinação com quimioterapia
mielossupressiva. Uso concomitante de Trastuzumabe e Varfarina aumenta o risco de
sangramento.
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PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS:
- Propriedades Farmacodinâmicas
- É um anticorpo monoclonal humanizado derivado da tecnologia do DNA recombinante
que atinge seletivamente o domínio extracelular da proteína do receptor2 do fator de
crescimento epidérmico humano (HER2).
- Propriedades Farmacocinéticas
- A farmacocinética do Trastuzumabe foi estudada em pacientes com câncer de mama
metastático e co câncer de mama inicial. As infusões intravenosas de Trastuzumabe em
curta duração com 10, 50, 100, 250 e 500MG uma vez por semana em pacientes
demonstraram que a farmacocinética depende ad dose. A mediana da meia-vida
aumentou, e o clearance diminuiu com o nível de dose aumentada. Para estimar a
farmacocinética no estado de equilíbrio em pacientes co câncer de mama metastático,
foram avaliadas as populações de estudos clínicos nos quais foi usada uma dose de ataque
4MG/KG de Trastuzumabe, seguida de uma dose semanal de manutenção de 2MG/KG.
Reações Adversas:
- Dermatológicas: Rash cutâneo
- Gastrointestinais: Náuseas, diarréia, vômito, dor abdominal, anorexia
- Neuromusculares e esqueléticas: fraqueza, dorsalgia e/ou lombalgia
- Respiratórias: tosse, dispnéia, renite, faringite.
- SNC: dor, febre, calafrios, cefaléia, insônia, tontura.
- Miscelânea: reação à infusão (calafrios e febre são as mais comuns), infecção.
OBSERVAÇÕES:
- Ação Vesicante e Irritante: Não consta
- Potencial Emetogênico: Mínimo (Menor que 10%).
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IDARRUBICINA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
- Nome comercial: ZAVEDOS®
- Principio ativo: IDARRUBICINA
APRESENTAÇÕES
- Injetável: Frasco ampola contendo substancia liofilizada de cor vermelha;
- Dosagem: 5mg de cloridrato de idarrubicina + lactose 50mg;
10mg de cloridrato de idarrubicina + lactose 100mg.
INDICAÇÕES
- É usado no tratamento de leucemia mielóide aguda para indução de remissão na terapia de
primeira linha ou em pacientes recidivados ou resistentes, leucemia linfocítica aguda
(LLA) como tratamento de segunda linha em adultos e crianças, fase blástica da leucemia
mieloide crônica (LMC) e CA de mama.
CONTRAINDICAÇÕES
- É contraindicado naqueles pacientes que apresentam hipersensibilidade conhecida a droga.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Via endovenosa;
- Reconstituição: O frasco ampola de 5mg em 5 ml de água destilada e o frasco ampola de
10mg em 10 ml.
- Diluição: SF0, 9% e SG 5%.
- Infusão: Deve ser acima de 5 a 10 minutos.
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Frascos intactos: Temperatura ambiente (25°C)
- Após diluição: Temperatura ambiente (15°C a 30°C): até 24 horas.
- Refrigeração (2°C a 8°C): até 48 horas.
INCOMPATIBILIDADE/INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- Com as seguintes medicações: aciclovir, alopurinol, ampicilina, cefazolina, ceftazidime,
clindamicina, dexametasona, hidrocortizona, etoposide, furosemide, gentamicina, heparina,
hidrocortisona, lorazepam, meperidime, metotrexato, mezlocicilin, pepiracilina,
tazobactam, bicarbonato de sódio, vancomicina, vincristina e soluções alcalinas.
- Radioterapia
- Fármacos potencialmente cardiotóxico.
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PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
- Idarrubicina é um antraciclíco, com atividade antitumoral semelhante à Daunorrubicina,
Intercala-se ao DNA, interage com a topoisomerose II e ocasiona inibição da síntese do
DNA. Tem propriedades lipofílicas superiores aos outros antracíclicos, o que resulta em
índices de captação celular superiores, agente ciclo celular especifico (fase G- 2).
Propriedades farmacocinética
- Absorção: via oral rápida;
- Distribuição: cerca de 94% a 97% dos fármacos ligam-se às proteínas plasmáticas.
Atravessa a barreira hematoencefálica. O pico sérico de concentração acontece em uma a
cinco horas. As concentrações de idarrubicina e idarrubicinol nas células nucleadas do
sangue e nas células de medula óssea são 200 vezes maiores do que as concentrações
plasmáticas.
- Metabolismo: é metabolizada primariamente no fígado, tendo como metabólito ativo o
idarrubicinol.
- Meia vida: uma a 27 horas
- Excreção: quando administrada EV, 16% do fármaco são excretados na urina e cerca de
17% da droga administrada EV são excretadas via hepatobiliar.
REAÇÕES ADVERSAS
- Hematológicas: mielodepressão dose- limitante: leucopenia (nadir de dez dias e
recuperação 15 a 20 dias após a aplicação), trombocitopenia (nadir de dez a 15 dias e
recuperação 25 dias após a aplicação) e anemia.
- Gastrointestinal: náuseas, vômito de leves e moderados, (80% a 90%) que costumam
iniciar 15 a 30minutos após a infusão, porém preveníveis com o tratamento com o
tratamento antiemético, mucosite (50% a 60%) três a dez dias após a aplicação, esofagite,
diarréia (20% a 73%), anorexia (70%), enterocolite.
- Cutâneas: alopecia, erupção, urticária, bolhas nas mãos e pés.
OBSERVAÇÕES
- Ação vesicante: SIM
- Potencial Emético: Moderado de 30% a 60%.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
www.anvisa.gov.br/filabula/ Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos: - Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012
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IFOSFAMIDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
- Nome comercial: HOLOXANE®, IFOSFAMIDA
- Princípio ativo: IFOSFAMIDA
APRESENTAÇÕES
- Holoxane: F rasco-ampola contendo pó liofilizado de cor branca nas dosagens: 0,5g; 1g; 2g.
INDICAÇÕES
- Carcinoma brônquico de células pequenas; carcinoma de ovário; carcinoma de mama;
tumores de testículo (seminoma, teratoma, teratocarcinoma); sarcoma de partes moles;
carcinoma de endométrio; carcinoma de rim hipernefróide; carcinoma de pâncreas;
linfomas malignos (linfossarcoma, reticulossarcoma).
CONTRAINDICAÇÕES
- Não deve ser administrado nos casos de intensa depressão de medula óssea, de insuficiência
renal (alterações da função excretora), de hipotonia vesical, de obstrução das vias urinárias
eferentes e de metástases cerebrais.
- É contra-indicado no primeiro trimestre da gravidez, enquanto que no restante da gestação
só deverá ser usado se o benefício para a mulher justificar o risco potencial para o feto.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Endovenosa, a duração da infusão ocorre em 1 a 2 h, podendo também ser administrada em
infusão continua de 24 h.
- Reconstituição dos frascos com AD na seguinte proporção:
- 500 mg = 10 mL
- 1000 mg = 20 mL
- 2000 mg= 40 mL
- Para completa dissolução, introduzir o diluente e aguardar 30 a 60 segundos, agitar com
movimentos vigorosos.
- Soluções diluídas em SF ou SG ou ringer lactato. É importante que a concentração da
solução não seja superior a 4 %.
- Utilizar mesna 20% da dose total EV no tempo 0, 4 horas e 8 horas, para prevenção de
cistite hemorrágica.
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Frasco intacto: temperatura ambiente (25ºC).
- Após reconstituição: 24 h em temperatura ambiente ou sob refrigeração.
- Após diluição: 24h em temperatura ambiente.
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INCOMPATIBILIDADES /INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- O uso concomitante de sulfoniluréias pode potencializar o efeito hipoglicemiante.
- Varfarina: o efeito anticoagulante pode ser aumentado.
- Cimetidina, alupurinol, fenotiazidas, corticosteroides, succnilcolina, fenobarbital, fenitoina:
podem aumentar a toxicidade sistêmica.
- Barbitúricos: pode aumentar a toxicidade metabólica.
- Cisplatina: aumenta a nefrotoxicidade.
- Radioterapia: aumenta toxicidade.
- Mesna: liga-se aos metabólicos (acroleína) tóxicos e inativo-os, exercendo, dessa fora
uroproteção.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
- Agente alquilante do tipo mostarda nitrogenada, análogo à ciclofosfamida, que, após
ativação pelas enzimas microssomais hepáticas, ligando-se às proteínas e ao DNA
causando quebra de suas cadeias. Agente ciclocelular não especifico.
Propriedades Farmacocinéticas
- Distribuição: Distribui-seamplamente pelos tecidos, a ifosfamida atravessa a barreira
hematoencefálica, mas seus metabólicos ativos não.
- Metabolismo: Hepático, metabólicos ativos: 4 - hidroxi-ifosfamida, acroleína.
- Meia-vida: 4 a 7 horas.
- Excreção: principalmente através da urina.
REAÇÕES ADVERSAS
- Náuseas e vômitos: Mais intenso quando o fármaco é administrado rapidamente.
- Alopecia, alterações nas unhas.
- Doses elevadas provoca leucopenia, que é reversível dentro de 5-10 dias.
- Pode ocorrer também eritrocitopenia e trombocitopenia.
- Pode causar cistite, inclusive hemorrágica, Recomenda-se administração conjunta do
uroprotetormesnana proporção de 20% da dose de 15 minutos antes e 4 e 8 horas após a
administração, para diminuição da urotoxicidade do citostático.
OBSERVAÇÕES
- Ação vesicante: Não, porém irritante e provoca queimação na veia infundida,
principalmente quando é administrada rapidamente e/ ou concentrada.
- Potencial Emético: Moderado de 30% a 60%.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA www.anvisa.gov.br/filabula/
Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos:
- Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012
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IPILIMUMABE
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
- Nome comercial: YERVOY®
- Princípio ativo: IPILIMUMABE
APRESENTAÇÕES
- Solução injetável na concentração de 5 mg/mL. É apresentado em frascos para uso único de
10 mL (50 mg) e40 mL (200 mg).
INDICAÇÕES
- Tratamento de melanoma metastático ou inoperável em pacientes adultos que receberam
terapia anterior para Melanoma maligno da pele.
CONTRAINDICAÇÕES
- Hipersensibilidade à substância ativa ou a quaisquer dos excipientes
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Posologia-Adultos: 3 mg/kg administrado por IV durante um período de 90 minutos com o
filtro a cada 3 semanas em um total de 4 doses.
- Não deve ser administrado como injeção intravenosa rápida ou por bolus.
PREPARO
- Deixe o frasco de YERVOY permaneça em temperatura ambiente por aproximadamente 5
minutos.
- Inspecione visualmente YERVOY concentrado quanto a materiais particulados ou
descoloração. YERVOY concentrado é um líquido claro a levemente opalescente, incolor a
amarelo claro que pode conter uma pequena quantidade de materiais particulados claros.
- Retire o volume necessário de YERVOY concentrado (5mg/mL) usando uma seringa estéril
apropriada. Transfira o concentrado para uma bolsa IV (PVC ou não PVC).
- Dilua com o volume exigido, SF ou SG 5% em concentrações de 1 a 4 mg/mL. Utilize um
equipo de infusão e um filtro estéril, não pirogênico, de baixa ligação proteica (tamanho dos
poros de 0,2 μm a 1,2 μm).
- Misture cuidadosamente a infusão por rotação manual.
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Conservar o produto intactosob refrigeração entre 2°C a 8°C.
- Solução para infusão: do ponto de vista microbiológico, uma vez aberto, o produto deve ser
infundido ou diluído e infundido imediatamente. A estabilidade química e física em uso do
concentrado não diluído ou diluído (entre 1 e 4 mg/ml) foi demonstrada em 24 horas entre
2 a 8°C. Se não for usada imediatamente, a solução para infusão (não diluída ou diluída)
pode ser armazenada por até 24 horas em um refrigerador (2°C a 8°C).
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INCOMPATIBILIDADES /INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- O ipilimumabe é um anticorpo monoclonal humano que não é metabolizado pelas enzimas
do citocromo P450 (CYPs) ou outras enzimas metabolizadoras de medicamentos, e não é
esperado que apresente efeito sobre as CYPs ou outras enzimas metabolizadoras de
medicamentos em termos de inibição ou indução.
- Corticosteroides: O uso basal de corticosteroides sistêmicos, antes do início de YERVOY,
deve ser evitado em razão de sua possível interferência com a atividade farmacodinâmica e
eficácia de YERVOY. Entretanto, corticosteroides sistêmicos ou outros imunossupressores
podem ser usados após o inicio do uso de YERVOY para tratar as reações adversas
relacionadas ao sistema imunológico. O uso de corticosteroides sistêmicos após o início do
tratamento com YERVOY não parece comprometer a eficácia de YERVOY.
- Anticoagulantes: Aumenta o risco de hemorragia gastrointestinal.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
- Ipilimumabe é um anticorpo monoclonal anti-CTLA-4 (antígeno 4 associado ao linfócito T
citotóxico) totalmente humano (IgG1k) produzido em células de ovário de hamster chinês
por tecnologia de DNA recombinante. O CTLA-4 é um regulador negativo da ativação
decélulas T. Ipilimumabe é um potencializador de células T que bloqueia especificamente o
sinal inibitório de CTLA-4, resultando na ativação de célula T, proliferação e infiltração de
linfócitos nos tumores, levando à morte celular tumoral. O mecanismo de ação de
ipilimumabe é indireto, aumentando a resposta imunológica mediada por células T.
Propriedades Farmacocinética
- Metabolismo: Não é metabolizado pelas enzimas do citocromo P450 (CYPs).
REAÇÕES ADVERSAS MAIS FREQUENTES
- Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático: anemia, linfopenia
- Distúrbios endócrinos: hipopituitarismo (incluindo hipofisite), hipotireoidismo.
- Distúrbios do metabolismo e de nutrição: apetite reduzido, desidratação, hipocalemia
- Transtornos psiquiátricos:Comum estado confusional
- Distúrbios do sistema nervoso: neuropatia sensorial periférica, tontura, cefaleia, letargia.
- Distúrbios oculares: visão turva, dor no olho.
- Distúrbios vasculares: hipotensão, rubor, fogacho.
- Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais: dispneia, tosse.
- Distúrbios gastrointestinais: diarreia, vômito, náusea, hemorragia gastrointestinal,
colite, constipação, doença de refluxogastroesofágico, dor abdominal.
- Distúrbios hepatobiliares: função hepática anormal, elevações nos teste de função
heptica e nos níveis de bilirrubina.
- Distúrbios cutâneos e do tecido subcutâneo: erupção cutânea, prurido, dermatite,
eritema, vitiligo, urticária, alopécia, sudorese noturna, pele seca.
- Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo: artralgia, mialgia, dor
musculoesquelética, espasmos musculares.
Hospital UNIMED Página 62
- Distúrbios gerais e condições no local de administração: fadiga, reação no local da
injeção, pirexia, calafrios, astenia, edema, dor.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
www.anvisa.gov.br/filabula/ Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos:
- Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012
Hospital UNIMED Página 63
IRINOTECANO
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
- Nome comercial: CAMPTOSAR®
- Princípio ativo: CLORIDRATO DE IRINOTECANO TRI-HIDRATADO
APRESENTAÇÕES
- Camptosar® solução injetável 20 mg/mL em embalagens contendo 1 frasco-ampola de
plástico âmbar com 2 ou 5 mL de solução.
INDICAÇÕES
Camptosar® é indicado como agente único ou combinado no tratamento de
pacientes com:
- Carcinoma metastático do cólon ou reto não tratado previamente;
- Carcinoma metastático do cólon ou reto cuja moléstia tenha recorrido ou progredido após
terapiaanterior com 5-fluoruracila;
- Neoplasia pulmonar de células pequenas e não pequenas;
- Neoplasia de colo de útero; Neoplasia de ovário;
- Neoplasia gástrica recorrente ou inoperável.
Tratamento como agente único de pacientes com:
- Neoplasia de mama inoperável ou recorrente;
- Carcinoma de células escamosas da pele; Linfoma maligno.
CONTRAINDICAÇÕES
- Camptosar®: É contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida ao fármaco
ou a qualquer componente da fórmula.
- Camptosar®: É um medicamento classificado na categoria D de risco de gravidez.
Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica. Informe imediatamente o médico em caso de suspeita de gravidez.
- Paciente em uso de cetaconazol.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Endovenoso (EV), sob infusão em período de 30 a 60 minutos, ou ainda, infusão continua
de 24h.
- Em soro glicosado 5% (preferencialmente) ou soro fisiológico para atingir a concentração
final de 0,12 a 2,8 mg/mL (mais comumente utilizado em 500 mL de solução .
- A solução diluída em soro fisiológico não pode ser refrigerada devido à possibilidade do
aparecimento de precipitado visível.
Hospital UNIMED Página 64
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Frasco intacto: temperatura ambiente (15 a 30 ºC) ao abrigo da luz.
- Após a diluição: A solução é física e quimicamente estável por até 24 horas em
temperatura ambiente (entre 15 e 30°C) e emluz ambiente fluorescente. As soluções
diluídas em soro glicosado a 5%, mantidas sob refrigeração(aproximadamente entre 2 e
8°C) e protegidas de luz, permanecem física e quimicamente estáveis por 48horas.
Devido à possível contaminação microbiana durante a diluição, recomenda-se a utilização
da solução preparada dentro de 24 horas, quando mantida sob refrigeração (entre 2 e 8°C),
ou dentro de 6 horas, caso mantida em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Não se
deve adicionar outros fármacos à solução de infusão.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
- O irinotecano pertence a uma classe das camptotecinas, agentes quimioterápicos
citotóxicos com um mecanismo de ação singular, eles interagem especificamente com a
enzima topoisomerase I inibindo-a.
- O irinotecano é um pró-fármaco e seu metabólito ativo é SN-38 ligam-se ao complexo
DNA-topoisomerase I e impede a religação dessa cadeia simples.
- Ambos, irinotecano e o SN-38, ocorrem sob forma ativa de lactona e sob forma inativa
como ânion hidroxiácido. Entre as duas formas há um equilíbrio pH-dependente, de tal
maneira que um pH ácido promove a formação da lactona, enquanto que um pH mais
básico resulta na forma aniônica do hidroxiácido.
Propriedades Farmacocinéticas
- Absorção e Distribuição: Após a infusão intravenosa do produto em humanos, as
concentrações plasmáticas do irinotecano caem de forma multiexponencial, com uma meia-
vida média de eliminação de cerca de 6 a 10 horas.
- Metabolismo e Excreção: A conversão metabólica do irinotecano em metabólito ativo SN-
38, é mediada pelas enzimas carboxilesterase e ocorre principalmente no fígado Grande
parte do fármaco é excretado através da bile e das fezes. A excreção urinária doirinotecano é
11% a 20%; SN-38 < 1% e SN-38-glicuronídeo, 3%. A excreção urinária e biliar acumulada
de irinotecano e de seus metabólitos (SN-38 e SN-38-glicuronídeo), por um período de 48
horas após aadministração de irinotecano.
INCOMPATIBILIDADES E INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- Medicações laxativas: potencialização da diarreia, evitar uso concomitante.
- Paroxetina e sertralina: aumenta os níveis e efeitos do irinotecano.
- Antifúngicos azólicos, claritromicina, diclofenaco, doxiciclina, eritromicina,
imatinibe, isoniazida, nefazodona, nicardipino, propofol, quinidina e verapramil:
pode aumenta os níveis e efeitos do irinotecano.
- Bevacizumabe: pode aumentar efeitos tóxicos do irinotecano, como diarreia e
neutropenia.
Hospital UNIMED Página 65
- Carbamazepina, fenitoína, fenobarbital e rifampicina: podem diminuir os níveis e
efeitos do irinotecano.
- Erva de são Joao: diminui a eficácia terapêutica do irinotecano.
- 5- Fluoruracila + Leucovorin + irinotecano (Folfiri): A toxicidade é menor quando o
irinotecano é administrado1º, depois Leucovorin 60 minutos antes do5- Fluoruracila.
- Irinotecano + Oxaliplatina (IROX):Os efeitos colinérgicos do irinotecanopode ser
potencializado com pela oxaliplatina, por isso administra 1º o irinotecano e em seguida a
oxaliplatina.
REAÇÕES ADVERSAS
- Gastrointestinal: diarreia tardia, náusea, vômitos, diarreia precoce, dor/cólicas
abdominais,anorexia, estomatite.
- Hematológico: leucopenia, anemia, neutropenia.
- Geral: astenia, febre.
- Metabólico e Nutricional: perda de peso, desidratação.
- Dermatológico:alopecia.
- Cardiovascular: eventos tromboembólicos.
OBSERVAÇÕES
Ação vesicante: NÃO, PORÉM É IRRITANTE.
- Potencial Emético: Alto de 60% a 90%.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA www.anvisa.gov.br/filabula/
Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos:
- Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012
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METOTREXATO
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
- Nome comercial: FAULDMETRO® METREXATO®
- Princípio ativo: METOTREXATO
APRESENTAÇÕES
- Injetável: frasco ampola contendo solução de cor amareladaisenta de material particulado
por inspeção visual.
- 50mg (frasco 2mL): solução límpida, amarela.
- 500mg (frasco 20mL): solução límpida, amarela.
- 1 g (frasco 20mL): solução límpida, amarela alaranjada.
- 5 g (frasco 50mL): solução límpida, amarela alaranjada.
- Comprimido: Metrexato 2,5mg
INDICAÇÕES
- Neoplasias trofoblásticas gestacionais; Leucemias linfocíticas agudas; câncer pulmonar de
células pequenas; câncer de cabeça e pescoço (carcinoma de células escamosas); câncer de
mama; osteossarcoma; tratamento e profilaxia de linfoma ou leucemia meníngea; terapia
paliativa de tumores sólidos inoperáveis; linfomas não Hodgkin e linfoma de Burkitt.
CONTRAINDICAÇÕES
- Este medicamento é contraindicado em pacientes com insuficiência renal grave,
insuficiência hepática, alcoolismo, depressão da medula óssea (presença de anemia grave
e/ou leucopenia grave e/ou trombocitopenia), infecções graves, úlcera péptica ou colite
ulcerativa, gravidez e aleitamento.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- As vias de administração (intravenosa bolusou infusão; intramuscular ou intratecal). A
solução final de infusão deve ser em SF 0,9% ou SG 5%.
- Intratecal: Não deve utilizar diluentes com preservativo. Diluir em SF 0,9%.
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Deve ser mantido em temperatura ambiente abaixo de 25°C, protegido da luz.
- Soluções de metotrexato quando diluídas para atingir concentrações de 1 mg/mL em SF
0,9%, SG 5%, solução de Ringer, solução de glicose 5% em soro fisiológico 0,9%, retêm sua
estabilidade por 24 horas, quando armazenadas em temperatura ambiente (entre 15°C e
30°C).
INCOMPATIBILIDADES /INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- Incompatível: Bleomicina, doxorrubicina, idarrubicina, ranitidina, metoclopramida,
prometazina, dexametasona, gencitabina, ifosfamida, propofol, vancomicina, citarabina,
fluoruracila e prednisolona.
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- AINS: Prolongam o clearance de metotrexato e aumentam sua toxicidade.
- Corticoides: pode diminuir os níveis de metotrexato.
- Citarabina: quando administrado antes da citarabina pode aumentar aeficacia e a
toxicidade da citarabina.
- Ácido fólico: antagonizam o metotrexato diminuindo assim sua toxicidade
- Radioterapia: aumenta a toxicidade.
- Anticoagulantes orais: potencializados pelo metotrexato.
- Digoxina oral: metotrexato diminui seu efeito.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
- O metotrexato é um antimetabólito, agente ciclo celular especifico (fase S) e análogo do
ácidofólico. O fármaco entra nas células através de um sistema de transporte ativo para
folatos reduzidos, e devido à ligação relativamente irreversível, inibe a enzima di-
hidrofolatoredutase, que catalisa o processo de redução do ácido fólico a ácido
tetrahidrofólico, que é indispensável à síntese de timinas e purinas. Através dessa inibição,
o metotrexato interfere na síntese e reparo do DNA e consequentemente na replicação
celular. A afinidade da di-hidrofolatoredutase pelo metotrexato é muito maior do que pelo
ácido fólico ou dihidrofólico, desta maneira, mesmo com a administração simultânea de
grandes quantidades de ácido fólico, os efeitos do metotrexato não serão revertidos. Os
tecidos ativamente proliferativos, tais como, células malignas, medula óssea, células fetais,
das mucosas bucais e intestinais, espermatogônias e células da bexiga urinária são
geralmente mais sensíveis às ações farmacológicas do metotrexato.
Propriedades Farmacocinéticas
- Absorção: rápida e completa após administração intramuscular, alcançando níveis
séricosmáximos dentro de 0,5-2 horas.
- Distribuição: cerca de 50%absorvido liga-se reversivelmente às proteínas plasmáticas, é
amplamente distribuído para os tecidos corpóreos, sendo que as maiores concentrações
são encontradas nos rins, vesícula biliar, baço, fígado e pele. Pequenas e insignificantes
quantidades de metotrexato atravessam a barreira hematoencefálica e atingem o líquido
cefalorraquidiano após administração oral ou parenteral e, podem ser aumentadas quando
administradas doses maiores. Foram detectadas pequenas quantidades na saliva e no leite
materno. O fármaco atravessa a barreira placentária.
- Metabolismo: o fármaco não parece sofrer metabolização significativa em baixas doses.
Após tratamento com doses elevadas, o metotrexato é metabolizado via hepática e via
intracelular. Antes da absorção, o metotrexato pode ser parcialmente metabolizado pela
flora intestinal a ácido 2,4-diamino-N10-metilpteroico, um metabólito farmacologicamente
inativo.
- Meia-vida: Baixas doses 3 a 10 horas, altas doses 8 a 12 h.
- Excreção: Principalmente pela urina, por filtração glomerular e transporte ativo.
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REAÇÕES ADVERSAS
- Hematológicas: Mielossupressão, anemia (dose-dependente, nadir 7 a 10 dias,
recuperação medular: aproximadamente duas três semanas após o término da
administração).
- Gastritestinais: Náuseas e vômitos, estomatite e diarreia (dose-dependente).
- Cutâneas: Prurido, urticária, eritema, alopecia, fotossensibilidade, dermatite.
- Neurológicas: Leucoencefalopatia, cefaleia, fadiga, fotofobia, após aplicações intratecal.
- Outras: Hepatotoxidade e nefrotoxicidade (dose-dependente),dor em flanco (associada à
rápida infusão), alteração no ciclo menstrual.
OBSERVAÇÕES
- Ação vesicante: NÃO
- Potencial Emético: Doses < 250mg/M² (Baixo 10% a 30%).
Doses ≥ 250mg/M² (Moderado 30% a 90%).
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA www.anvisa.gov.br/filabula/
Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos: - Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012
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MITOMICINA
INDICAÇÕES DO MEDICAMENTO:
- Nome comercial: MITOCIN®
- Principio ativo: MITOMICINA
APRESENTAÇÃO
- Frasco ampola de 5mg.
INDICAÇÕES
- É usado no tratamento de adenocarcinoma disseminado de esôfago e pâncreas, LMC,
câncer de bexiga, mama, ovário, cérvix, esôfago, vesícula biliar, cabeça e pescoço, pulmão
e reto.
CONTRAINDICAÇÃO
- Hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula.
- Trombocitopenia / Coagulopatia
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Via endovenosa, intravesical, intra- arterial, intrapleural, e intraperitoneal.
- Reconstituição: cada frasco ampola de 5mg em 10 ml de água destilada ou soro fisiológico.
- Diluição: SF 0,9% de 10 a 50 ml
- Infusão: 3 a 5 minutos.
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Frascos intactos:
- Temperatura ambiente (25°C), evitar calor excessivo.
APÓS RECONSTITUIÇÃO
- Temperatura ambiente (25°C): até 7 dias;
- Refrigeração (2°C a 8°C): até 24 horas.
APÓS DILUIÇÃO
- Temperatura ambiente (15°C a 30°C)
- Em SG 5%: até 2 horas;
- Em SF 0,9%: até 12 horas;
- Em Ringer lactato: Até 24 horas.
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CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
- Mitomicina é derivada de cultura de Streptomyces caespitosus. Atua como agente
alquilante, inibindo a síntese do RNA, proteínas e DNA, principalmente. Agente ciclo
celular não específico.
Propriedade farmacocinética
- Distribuição: após distribuição o fármaco é rapidamente distribuído aos tecidos
corporais, não atravessa a membrana hematoencefática;
- Metabolismo: ocorre bioativação pelas enzimas microssomais hepáticas, e em outros
tecidos, como baço e os rins.
- Meia vida: meia vida de eliminação é de 50 minutos;
- Excreção: urina e fezes.
REAÇÕES ADVERSAS
- Hematológicas: Mielodepressão, leucopenia, trombocitopenia, anemia (dose-limitante
tardia e cumulativa nadir: 6 a 8 semanas após administração) raramente irreversível.
- Gastrointestinais: Vômitos (início meia e duas horas após administração, pode persistir
por 3 a 4 horas), náuseas (persiste por 2 a 3 dias) anorexia, estomatite, diarréia.
OBSERVAÇÕES
- Ação vesicante: SIM
- Potencial Emético: Moderado (10% a 30%)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA www.anvisa.gov.br/filabula/
Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos:
- Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012
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MITOXANTRONA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
- Nome comercial: MITOSTATE®
- Princípio ativo: MITOXANTRONA
APRESENTAÇÃO
- Frasco ampola de 20mg/10 ml
INDICAÇÃO
- São usados no tratamento de leucemia mielóide aguda, carcinoma de mama, ovário e
próstata, linfomas, carcinoma hepacelular e leucemias recidivadas.
CONTRAINDICAÇÃO
- Hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Via endovenosa; via intravesical; via intrapleural;
- Diluição: SF 0,9% e SG 5% de 50 ml a 100 ml.
- Infusão: 24 horas
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Frascos intactos: Temperatura ambiente (25°C)
- Antes da diluição: (Frascos abertos) Temperatura ambiente: 7 dias
- Após diluição: Temperatura ambiente (25°C): até 7 dias.
INCOMPATIBILIDADE E PRINCIPAIS INTERAÇÕES
- Incompatibilidade com heparina: Fosfato de hidrocortisona, paclitaxel, doxorrubicina
lipossomal, propofol, piperacilina, aztreonam e cefepime;
- Com citarabina: Efeito sinérgico.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas:
- Intercala-se ao DNA e inibe a atividade da topoisomerase II.
- Bloqueia a síntese de DNA, RNA e proteínas.
- Agente ciclo celular não especifica.
Propriedade farmacocinética
- Absorção: Somente por uso endovenoso;
- Distribuição: Após a aplicação endovenosa, o fármaco é rápida e amplamente distribuído
aos tecidos, incluindo coração, fígado, tireóide, pâncreas, e medula óssea. Não atravessa a
barreira hematoencefálica.
- Metabolismo: Ocorre no fígado;
- Meia vida: Terminal: 23 a 215 horas
- Excreção: ocorre nos rins.
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REAÇÕES ADVERSAS
- Hematológicas: Mielodepressão leucopenia, trombocitopenia, anemia (dose-limitante,
nadir: De 8 a 15 dias, recuperação medular: três semanas após a administração).
- Gastrointestinais: náuseas e vômitos (30% dos pacientes), mucosite, anorexia, diarreia,
dor abdominal, obstrução, hemorragia gastrointestinal.
OBSERVAÇÃO
- Ação vesicante: NÃO
- Potencial Emético: Moderado (30% a 60%)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA www.anvisa.gov.br/filabula/
Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos:
- Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012
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OXALIPLATINA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
- Nome comercial: ELOXATIN®; OXALIBBS®
- Princípio ativo: OXALIPLATINA
APRESENTAÇÕES
- ELOXATIN®: Solução injetável 50mg; 1 frasco-ampola com 10 mL ou Solução injetável 100
mg; 1 frasco-ampola com 20 mL.
- OXALIBBS®: Pó liófilo injetável contendo 50 mg ou 100 mg de oxaliplatina. Embalagem
contendo 1 frasco-ampola.
INDICAÇÕES
- Câncer de cólon e câncer de reto metastático.
CONTRA-INDICAÇÕES
- Que estejam amamentando;
- Com histórico de hipersensibilidade à oxaliplatina e a outros derivados de platina;
- Com mielossupressão (neutrófilos < 2 x 109/L e/ou contagem de plaquetas < 100 x 109/L)
antes do primeiro ciclo de tratamento;
- Neuropatia sensorial periférica com insuficiência funcional antes do primeiro ciclo de
tratamento.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Endovenoso (EV) sob infusão de 2 a 6 h, intra-arterial (IA).
- Oxalibbs; reconstituir o pó liofilizado com agua destilada ou soro gligosado 5%, sendo 50mg
em 10mL e frasco de 100mg em 20 mL.
- Diluição posterior em 500 mL de soro glicosado 5% e administração em período de pelo
menos 2 h.
NUNCA diluir em soro fisiológico.
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Soluções reconstituídas sob refrigeração (2 a 8 0C): 48 h.*
- Após diluição em soro glicosado 5% temperatura ambiente (até 25 0C) ate 24 h.
*Atenção para risco de contaminação biológica
INCOMPATIBILIDADES /INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- Fluoruracila, soluções alcalinas, cloreto de sódio. Recomenda-se administrar oxaliplatina
isoladamente.
- Varfarina: Aumenta a toxicidade da varfariana.
- Digoxina: A oxaliplatina pode diminur os níveis plasmáticos.
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CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
- Pertence ao grupo dos agentes alquilantes e ao grupo das platinas, no qual o átomo central
de platina forma um complexo com um grupo oxalato e um 1,2- diaminociclohexano.
Atuando sobre o DNA que produz ligações cruzadas na mesma fita e na fita complementar,
resultando numa interrupção da síntese do DNA.Interfere também na síntese do RNA e das
proteínas celulares.
Propriedades Farmacocinéticas
- Distribuição: Logo após a infusão de 130mg/m2 em 2 horas, 50 % da platina está fixado
aos eritrócitos e 50% diluído no plasma, sendo 25% se encontra na forma livre e 75%
ligados às proteínas. A ligação às proteínas chega a 95% ate o quinto dia pós- aplicação.
- Metabolismo: Não enzimática, forma derivados ativos e inativos.
- Meia-vida: A ligação irreversível às hemácias e plasma resulta na meia-vida destas
matrizes que estão próximos ao movimento de regeneração natural das hemácias e da
albumina sérica. Não foi observado acúmulo de platina no plasma após 3 semanas e o
estado de equilíbrio foi alcançado durante o ciclo 1 desta matriz.
- Excreção: Cerca de 50% pela urina em 48h, através das fezes é pequena. Na presença de
insuficiência renal,oclearance do fármaco diminui, porém, não ocorre aumento da
toxicidade. A eliminação da platina retida nos eritrócitos e muito lenta. Apesar de pertencer
ao subgrupo das platinas a oxaliplatina não apresenta a nefrotoxicidade da cisplatina nem a
mielotoxicidade da carboplatina.
REAÇÕES ADVERSAS
- Hematológicas: Neutropenia, trombocitopenia, anemia.
- Gastrintestinais: Náusea, vômito, diarreia, mucosite.
- Neurológicas: Neuropatia periférica leve, principalmente em mãos, pés e lábios,
desencadeada e agravada pelo frio.
- Febre, eritema cutâneo e mal-estar durante a infusão.
OBSERVAÇÕES
- Ação vesicante: NÃO, porém irritante.
- Potencial Emético: Alto (60% a 90%)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA www.anvisa.gov.br/filabula/
Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos: - Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012
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PACLITAXEL
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
- Nome comercial: ONTAX®, TAXOL®
- Princípio ativo: PACLITAXEL
APRESENTAÇÕES
- Frasco-ampola contendosolução injetável incolor a ligeiramente amarelada com:
- 30 mg/5 mL.
- 100 mg/16,7mL.
- 150 mg/25 mL.
INDICAÇÕES
- Carcinoma avançado de ovário e de mama, câncer de pulmão, cabeça e pescoço, próstata e
estômago, melanoma, leucemia aguda, sarcoma de Kaposi (tratamento de segunda linha).
CONTRAINDICAÇÕES
- No caso de reação alérgica ao paclitaxel ou a qualquer componente de sua formulação.
- Não deve ser administrado em pacientes com tumores sólidos que apresentem as seguintes
alterações nos exames laboratoriais: contagem de neutrófilos basal < 1.500 células/mm³ ou
pacientes com sarcoma de Kaposi relacionado à AIDS com contagem basal de neutrófilos ou
subsequente < 1.000 células/mm³.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Administração via intravenosa ou intraperitoneal.
- Paclitaxeldeve ser diluído em 500 mL de SF a 0,9%, SG 5%, SG a 5% meio fisiológica, ou em
solução glicosada a 5% em solução de Ringer. Atingindo uma concentração final de 0,3 a 1,2
mg/mL.
- O tempo de infusão pode variar 1:30 min , 3 a 24 horas, dependendo do protocolo.
- Na preparação, as soluções podem mostrar turbidez, atribuída ao veículo da formulação.
- Devem ser utilizados dispositivos de administração que não contenham PVC, sempre
através de equipo com filtro 0,22 micra.
- Agitação excessiva, vibração ou sacudidas podem induzir à precipitação e devem ser
evitadas.
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Armazenados em temperatura ambiente até 25°C e protegidos da luz até o final do prazo de
validade do produto.
- Os frascos ampola quando utilizados como multi-dose mantêm sua estabilidade por até 28
dias (após sua primeira utilização).
- As soluções diluídas são estáveis por até 27 horas em temperatura ambiente (entre 15ºC e
30ºC) e em condições de iluminação ambiente. As soluções diluídas são límpida,
transparente, ligeiramente amarelada, isenta de material particulado por inspeção visual e
não devem ser refrigeradas.
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INCOMPATIBILIDADES /INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- Quando associado à cisplatina, sempre aplicar primeiro o paclitaxel. A administração da
cisplatina imediatamente antes do Paclitaxel aumenta a incidência de neutropenia grave.
- Doxorrubicina: Aumenta os níveis plasmáticos de doxorrubicina.
- Quinidina, ciscloporina A e verapamil: reverte o mecanismo de resistência a múltiplos
fármacos,
- Indutores da CYP3A4: Carbamazepina, fenitoína, etc. os níveis e os efeitos do paclitaxel
podem ser reduzidos.
- Inibidores da CYP3A4: antifúngicos azólicos, imatinibe, isoniazida, inibidores da protease,
propofol, verapamil, os níveis e os efeitos do Paclitaxel podem ser aumentados.
- Inibidores da CYP2C8/9: Anti-inflamatórios não esteroidais, podem aumentar os níveis e
efeitos do paclitaxel.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
- O paclitaxel é obtido mediante processo semissintético de fermentação de células vegetais
da planta alcaloide (Taxusbacatta), agente antimicrotúbulo que promove a formação e
estabilização dos microtúbulos e inibe sua despolarização tornando-os não funcionantes o
que ocasiona bloqueio da divisão celular na metáfase. Atua, provavelmente, com agente
ciclo celular específico (fases G-2 e M).
Propriedades Farmacocinéticas
- Distribuição: Destribui–se amplamente através do compartimento extracelular, não
atravessa a barreira hematoencefálica, porém penetra no líquido ascítico.
- Metabolismo: Rapidamente metabolizado pelo fígado e seu metabólito (6-α
hidroxiplaclitaxel) tem atividade citostática.
- Meia- vida:5 a 56 h.
- Excreção: 70 a 80% via eliminação fecal. A eliminação do paclitaxel é reduzida em um
terço quando é administrada imediatamente após a cisplatina.
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REAÇÕES ADVERSAS
- Hematológicas: Mielossupressão, anemia (dose-dependente, nadir 8 a 11dias, recuperação
medular: 17 a 21 aproximadamente após administração).
- Gastritestinais: Alterações do paladar, náuseas e vômitos, estomatite e diarreia (dose-
dependente).
- Cutâneas: Alopecia, alterações nas unhas,
- Neurológicas: Neuropatia periférica (dose-dependente) formigamento, adormecimento e
dor em mãos e pés.
- Cardiovasculares:bradicardia, taquicardia assintomática.
- Outras: Hepatotoxidade, 78% das reações alérgicas acontecem nos primeiros 20 min. de
infusão.
OBSERVAÇÕES
- Ação vesicante: SIM, é um vesicante fraco.
- Potencial Emético: Muito baixo < 10%.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
www.anvisa.gov.br/filabula/
Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos:
- Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012.
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PEMETREXEDE
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
- Nome comercial: ALIMTA®; ATRED®
- Princípio ativo: PEMETREXEDE
APRESENTAÇÕES
- Pó estéril liofilizado, frasco- ampola de 100 mg e 500 mg.
INDICAÇÕES
- Em combinação com a cisplatina, é indicado para o tratamento de pacientes com
mesotelioma pleural maligno irressecável ou não passível de cirurgia curativa.
- Como agente isolado, é indicado para o tratamento de pacientes com câncer de pulmão de
células não pequenas com histologia de células não escamosas localmente avançado ou
metastático.
CONTRAINDICAÇÕES
- Contraindicado para pacientes que tenham história de reação de hipersensibilidade grave
ao pemetrexede ou a qualquer outro ingrediente usado na formulação.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Endovenoso, a reconstituição deve ser feita com SF 0,9%. Para administrar, a solução deve
ser diluída em 100 mL de SF 0,9% e administrada em período de 10 min.
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Deve ser armazenado em temperatura ambiente de 15 a 30ºC; não é sensível à luz.
- Após preparo, manter a temperatura ambiente (15 a 30ºC) por até 24 horas.
INCOMPATIBILIDADES /INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- Não recomendado o uso concomitante com anti-inflamatórios não esteroidais (AINES).
- O uso concomitante de ibuprofeno com pemetrexede deve-se der cautela em pacientes com
insuficiência renal moderada.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
- É um agente antineoplásicoantifolato que exerce sua ação através do rompimento de
processos metabólicos folato-dependentes, essenciais para a replicação da célula.
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Propriedades Farmacocinéticas
- Distribuição: Volume de distribuição 16,1L. Estudos in vitro indicam que pemetrexede está
aproximadamente 81% ligado às proteínas plasmáticas. A ligação não é afetada pelo grau de
insuficiência renal.
- Metabolismo: Hepático limitado. É eliminado primariamente na urina, com 70% a 90% da
dose recuperada inalterada dentro das primeiras 24 horas após a administração.
Clearancetotal:92 mL/min; meia-vida: 3,5 horas em pacientes com função renal normal .
REAÇÕES ADVERSAS
- Hematológicas: Neutropenia, leucopenia, anemia e trombocitopenia.
- Gastrintestinais: Náusea,vômitos,constipação,anorexia, diarreia, estomatite, desidratação,
esofagite.
- Reações alérgicas: Rash cutânea e descamação. Cansaço e fadiga, perda de peso e apetite,
trombose e dispneia.
OBSERVAÇÕES
- Ação vesicante: NÃO
- Potencial Emético: Moderado (30% a 60%)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
www.anvisa.gov.br/filabula/
Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos:
- Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012.
Hospital UNIMED Página 80
PERJETA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
- Nome Comercial: PERJETA®
- Princípio Ativo: PERTUZUMABE
APRESENTAÇÃO
- 1 frasco- ampola de uso único com 14ml (420 mg/14ml)
INDICAÇÃO
- É indicado, em combinação com o Herceptin (Trastuzumabe) e docetaxel, para pacientes
com câncer de mama HER2 positivo. Metastático ou localmente recorrente não operável,
que não tenha recebido tratamento anterior com medicamentos anti-HER2 ou
quimioterapia para doença metastática.
CONTRAINDICAÇÃO
- É contraindicado a pacientes com alergia conhecida ao Pertuzumabe ou a qualquer outro
excipiente da fórmula.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Via Endovenosa
- Diluição: SF 0,9% 250ml e é proibido em SG 5%.
- Infusão: 60minutos na primeira dose; 30-60 minutos nas doses subsequentes.
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Frasco Intacto: O frasco ampola deve ser conservado em temperatura de 2°C e 8°C e
dentro de sua embalagem original e protegido da luz.
- Após Diluição: A solução deve ser conservada em temperatura de 2°C a 8°C até 24 horas.
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
- Não foi demonstrada interação entre Perjeta e outros medicamentos usados no
tratamento do câncer de mama, como Herceptin (Trastuzumabe) e docetaxel. Não há
estudos com outros tipos de medicamentos. Sempre avise a seu médico se estiver
tomando qualquer medicamento além dos que foram prescritos por ele, mesmo que
sejam á base de ervas (fitoterápicos, homeopáticos ou terapias naturais).
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CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas:
- É um anticorpo monoclonal recombinante humanizado direcionado contra a proteína
HER2 da célula de câncer, fazendo com que ela pare de se multiplicar e se autodestrua.
Além disso, Perjeta age na toxicidade celular através de determinados anticorpos do
organismo. Perjeta é capaz de inibir sozinho a multiplicação de células tumorais humanas,
no entanto, a associação com outros medicamentos, como Herceptin (Trastuzumabe)
aumenta bastante essa propriedade.
Propriedades farmacocinéticas
- A dose inicial recomendada de Perjeta em combinação com Herceptin (Trastuzumabe) e
Docetaxel é de 840mg (2frascos), infundida durante 60 minutos. Depois disso, deve ser
aplicado a cada 3 semanas, em dose de 420mg (1frasco), infundida durante o período
entre 30 e 60minutos. Herceptin (Trastuzumabe), que precisa ser usado junto com
Perjeta, também deve ser aplicado a cada 3 semanas. A dose inicial é de 8MG/KG. Depois,
a cada 3 semanas, e aplicado a dose de 6MG/KG.
REAÇÕES ADVERSAS
- SNC: cefaleia, neutropenia periférica, astenia/fatiga, pirexia e tontura.
- Dermatológica: alopécia, rash, prurido, pele seca.
- Gastrointestinais: náuseas, diarreia, vômito, diminuição do apetite, inflamação de
membrana mucosa, pirexia, constipação, estomatite.
- Hematológicas: neutropenia, anemia, neutropenia febril e leucopenia.
- Imunológicas: reação de hipersensibilidade, afilaxia.
- Neuromusculares e esqueléticas: astralgia e mialgia.
- Respiratória: infecção do trato respiratório superior, nasofaringite, dispneia.
- Oculares: diminuição do lacrimejamento.
- Psiquiátrica: insônia.
OBSERVAÇÕES
- Ação Vesicante e Irritante: Não consta.
- Potencial Ematogênico: Mínimo (menor que 1%)
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RITUXIMABE
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
- Nome comercial: MABTHERA®
- Principio ativo: RITUXIMABE
APRESENTAÇÃO
- Frasco ampola de 100mg em 10 ml (caixa com dois frascos) de 500mg em 50 ml
INDICAÇÕES
- É usado no tratamento de linfomas não Hodgkin de células B, baixo grau ou folicular, CD20
positivo, recidivado ou refratário à quimioterapia linfomas não Hodgkin difuso de grandes
células, intermediário ou alto grau, de célula B, CD20 positivo, tratamento de artrite
reumatoide moderada a grave em combinação com metotrexato, tratamento de linfocítica
crônica, estágio B ou C, em combinação com ciclofosfamida e fludarabine / PTI (Púrpura
Trombocitopênica Imunológica).
CONTRAINDICAÇÃO
- É contraindicado a qualquer componente da fórmula.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Via endovenosa;
- Diluição: SF 0,9% e SG 5%
- Infusão: 90 minutos
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Frascos intactos: Refrigeração (2°C a 8°C)
- Após diluição: Temperatura ambiente (25°C): até 12 horas
Refrigeração (2°C a 8°C): até 24 horas
INCOMPATIBILIDADE / INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA:
- Não foram encontradas referências sobre compatibilidades e incompatibilidades,
portanto, aplicar sempre a droga separadamente com medicamentos anti-hipertensivos e
fitoterápicos hipoglicemiantes.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
- Rituximabe é um anticorpo monoclonal quimérico camundongo/humano que se liga
especificamente ao antígeno transmembrana CD20. Este antígeno está localizado nos
linfócitos pré-B e linfócitos B maduros, mas não em células B progenitras, linfócitos B
ativados (células plasmáticas) ou outros tecidos normais. O antígeno encontra-se em mais
de 95% de todas as células B dos linfomas não Hodgkin e leucemia. O fármaco liga-se ao
antígeno CD-20 dos linfócitos B e inicia a reação imunológica que mediarão à lise da
célula.
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Propriedades Farmacocinéticas
- Após a primeira infusão de 375mg/m², a meia vida sérica média de rituximabe é de 68,1
horas. O fármaco permanece detectável três a seis meses após o termino do tratamento. A
contagem média de célula B periférica diminui significativamente abaixo do normal após
a primeira dose começando sua recuperação após seis meses, retornando ao normal
entre 9 e 12 meses após a conclusão da terapia.
REAÇÕES ADVERSAS
- Gastrointestinais: Diarréia, dispepsia, anorexia;
- Neurológica: Tontura, ansiedade, depressão, parestesia, hiperestesia, agitação, insônia,
nervosismo, sonolência, neurite, distúrbios lacrimais, dor de ouvido, perda do paladar;
- Durante a infusão, reação anafilática, febre, tremores.
OBSERVAÇÃO
- Ação vesicante: NÃO
- Potencial Emético: Baixo (10% a 30%)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
www.anvisa.gov.br/filabula/
Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos:
- Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012.
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TOPOTECANO
IDENTIFICAÇÃO DE MEDICAMENTO
- Nome comercial: HYCAMTIN®
- Princípio ativo: TOPOTECANO
APRESENTAÇÃO
- Frasco-ampola de 4mg
IDENTIFICAÇÃO
- É usado no tratamento de carcinoma metastático de ovário, carcinoma de pulmão tipo
pequenas células, síndrome mielodisplásica, carcinoma colorretal e de esôfago.
CONTRAINDICAÇÃO
- É contraindicado em pacientes com disfunção renal grave. (Cr < 20 ml/min).
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Via endovenosa
- Reconstituição: 4 ml de água destilada
- Diluição: 50 ml a 250 ml de SF 0,9% ou SG 5%
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Fracos intactos: Temperatura ambiente (15°C a 30°C) ao abrigo de luz.
- Após a reconstituição e/ou diluição: Temperatura ambiente (25°C): até 24horas sob
condições de iluminação ambiente.
INCOMPATIBILIDADE/INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- Incompatível com: Dexametasona, fluoruracila, mitomicina e ticarcilina;
- Com derivados de platina: Aumenta a gravidade da mielossupressão;
- Com filgastrina (G- CSF) concuminate ao topotecano;
- Com etoposideo: Ação sinérgica;
- Com fenitoina
- Com docetaxel
- Com inibido de P-glicoproteína
- Com trastuzumabe.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
- Topotecano é derivado semissintético da camptotecina, inibidor da topoisomerose I.
Destrói as células tumorais através da inibição da produção da enzima topisomerose I, que
é essencial para a replicação do DNA. Agente ciclo celular especifica (fase S).
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Propriedades Farmacocinéticas:
- Absorção: apresenta biodisponibilidade de 30% a 40% após a absorção oral
- Distribuição: aproximadamente 35% do topotecano ligam-se às proteínas plasmáticas.
- Metabolismo: O Topotecano sobre hidrólise reversível, dependente do PH, da sua
forma lactoma, que é farmacologicamente ativa a um hidroxiacido relativamente inativo no
plasme. O metabolismo no fígado parece ser no mínimo e é medicado pelo citocromo P450.
- Meia vida: a meia vida de eliminação é de aproximadamente 3 horas.
- Excreção: 20% a 60% da dose são eliminadas pela urina e o clearance renal é um fator
determinante na eliminação do topotecano.
REAÇÕES ADVERSAS
- Hematológicas: Mielodepressão dose-limitante: neutropenia (grau IV, em 40%),
tombocitopenia (grau IV, em 26%), anemia (Hb < 8g/dL, em 40%) com nadir de 12 dias,
recuperação medular de 15 a 21 dias.
- Gastrointestinais: Náuseas e vômitos (se medicamentos antieméticas não forem
utilizadas: em 77% e 58%, respectivamente, em 10% de náusea grau III e IV), diarréia
(25% a 42%, grave em 5%), obstipação (39%), dor abdominal (33%), anorexia (19%),
mucosite leve (24% poderá ser grave em infusão de 120 horas), xerostomia, obstrução
intestinal.
OBSERVAÇÕES
- Ação vesicante: NÃO
- Potencial Emético: Baixo (10% a 30%)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
www.anvisa.gov.br/filabula/
Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos:
- Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012.
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VIMBLASTINA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:
- Nome comercial: VELBAN®
- Princípio ativo: VIMBLASTINA
APRESENTAÇÃO
- Frasco ampola de 10mg com 10 ml
INDICAÇÃO
- É usado no tratamento de Linfoma de Hodgkin, Linfoma não Hodgkin, linfoma cutâneo de
células T avançado, carcinoma de testículo, sarcoma de Kaposi, Histiocitose X,
Cariocarcicoma, câncer de mama, melanoma, neuroblastoma, e câncer de rim, bexiga,
cérvix, cabeça e pescoço, ovário e pulmão.
CONTRAINDICAÇÃO
- Reação alérgica ao medicamento ou qualquer outro componente da formulação.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Via Endovenosa, em push ou sob infusão.
- Diluição: SF 0,9% (preferencialmente) ou SG 5%, em volume de até 100 ml.
- Infusão: No máximo 30min.
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Frascos intactos: Refrigeração (2°C a 8°C) ao abrigo de luz. Atenção à data de expiração.
- Após diluição: (0,02MG/ml de SF): Temperatura de 4°C a 25°C: até 21 dias.
INCOMPATIBILIDADE/INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
- Incompatibilidade com: FUROSEMIDA, Heparina e Cefepima além de bomba de infusão
tipo Infusaid e filtros de infusão de náilon.
- Com Metrotrexato: Aumenta a incorporação de metotrexato pelas células neoplásicas,
potencializando seu efeito terapêutico. Permite redução de dose de metotrexato.
- Com Bleomicina: Aumenta a incidência de Raynaud e tem ação sinérgica se a vimblastina
for aplicada primeira.
- Com inibidores da CYP3A4: Cetaconazol, antifúngicos azólicos, Ciprofloxacino.
Claritomicina, diclofenaco, Doxicidina, Eritromicina, Imatinibe, inibidores da proteose,
Isoniazida, Nefazodona, Nicardipino, Propofol, Quinidina, Telitromicina e verapamil, os
níveis e os efeitos da vimblastina podem ser aumentados.
- Com indutores da CYP3A4: Aminoglutetimida, Carbamazepina, Fenitoína, Fenobarbital,
Nafcilina, Nevirapina e rifamicinas, os níveis e efeitos de Vimblastina podem ser
diminuídos.
- Com mitomicina: potencializa o broncoespasmo e as alterações pulmonares agudos.
- Com radiação: aumenta a toxicidade.
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CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas:
- A Vimblastina é um Alcalóide da pervinca ou Vinca Rosea Linn que inibe a formação dos
microtúbulosno fuso mitótico resultando em uma parada da divisão celular na metáfase.
Inibe a síntese do DNA, RNA e proteínas. Agente ciclo celular especifica (fase M).
Propriedades farmacocinéticas:
- Absorção: Não tem boa absorção oral.
- Distribuição: Após aplicação endovenosa distribui-se rápida e amplamente aos tecidos
corporais. Atravessa a membrana hematoencefálica, mas não atinge níveis terapêuticos no
liquos.
- Metabolismo: É praticamente metabolizada pelo fígado e um dos seus metabólicos tem
atividade citostática.
- Meia vida: tem meia vida terminal entre 20 a 25 horas.
- Excreção: aproximadamente 20% da dose da vimblastina são excretados intactos através do
trato biliar e 33% através dos rins. Em torno de 70% do fármaco, são retidos no organismo
por ter seis dias. Obstrução biliar retarda a eliminação da vimblastina aumentando sua
toxicidade. Recomenda-se redução de dosagem em pacientes com níveis elevados de
bilirrubina sérica.
REAÇÕES ADVERSAS
- Hematológicas: Mielodepressão, Leucemia, traubocitopemia e anemias.
- Gastrointestinais: Náuseas, vômitos, obstipação, neo paralítico, anorexia, diarréia,
mucosite, cólica abdominal, hemorragia gastrointestinal.
- Cutânea: Alopecia, queda de pelos, erupção cutânea, fotossenssibilidade, extravasamento
ocasiona grave lesão tecidual com formação de vesículas e necrose.
- Neurológicas: efeitos dose- relacionados, tem neuroneurotoxicidade menor que a da
Vincristina: neuropatia periférica, neuropatia do SNA, paralisia das cordas vocais,
mialgrias, Síndrome de Raynaud, cefaleia, convulsões, depressão, vertigem, fadiga, fraqueza,
dor intensa em mandíbula, faringe, ossos, região lombar ou membros.
OBSERVAÇÃO
- Ação vesicante: SIM
- Potencial Emético: Muito baixo < 10%.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
www.anvisa.gov.br/filabula/
Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos:
- Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012.
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VINCRISTINA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:
- Nome comercial: ONCOVIN®/ TECNOCRIS®
- Principio ativo: VINCRISTINA
APRESENTAÇÃO
- Frasco ampola com 1 ml de solução incolor na dosagem na dosagem de 1mg.
INDICAÇÃO
- É usado no tratamento de Leucemia agudas, Linfomas de Hodgkin, Rabdomiossarcoma,
Tumor de Wilm’s, Leucemias crônicas, sarcoma de Kapossi, Sarcoma de tecidos moles,
Osteossarcoma, Mieloma, Neoplasias trofoblásticos, melanoma, câncer de Cólon, reto,
cérebro, cérvix, cabeça, pescoço, ovário, pulmão e tireóide.
CONTRAINDICAÇÃO
- Uso intratecal é fatal.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Via endovenosa. Em push ou sob infusão;
- Diluição: SF0, 9% e SG 5%.
- Infusão: Acima de 30minutos, usar acesso venoso central. Não deve ser administrado por
via intramuscular, subcutane ou intratectal.
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Frascos intactos: Refrigeração (2°C a 8°C) ao abrigo de luz.
- Após reconstituição com diluente bacteriostático (1mg/ml).
- Refrigeração (2°C a 8°C): até 14 dias sob o abrigo de luz.
- Após diluição de soluções previamente reconstituída.
INCOMPATIBILIDADE/INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- Incompatibilidade com: furosemida, heparina, cefepima, metotrexato, bleomicina,
inibidores e indutores de CYP3A4, mitomicina, radioterapia, bomba de infusão dipo
infusaid® e filtros de infusão de náilon.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacológicas
- Vincristina é um alcalóide extraído da Vinca Rosea que se liga a proteína dos microtúbulos
celular, promovendo sua ruptura e causando bloqueio da divisão celular durante a metáfase.
Agente ciclo celular (fase S e M).
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Propriedades farmacológicas:
- Distribuição: Após aplicação EV distribui-se rápida e amplamente dos tecidos corporais e
às células sanguíneas, em especial aos glóbulos vermelhos e plaquetas. Atravessa a
membrana hematoencefálica, mas não atinge terapêutico no liquos.
- Metabolismo: É metabolizada pelo fígado e um de seus metabólitos tem atividade
citostática. Recomenda-se redução da dosagem em pacientes com níveis elevados de
bilirrubina sérica.
- Meia vida: Tem meia vida inicial, intermediária e final de 5 minutos, 2,3 horas e 85 horas,
respectivamente.
- Excreção: Vincristina é eliminada principalmente pelo fígado através da bile e fezes e pelos
rins através da urina (10% a 20%).
REAÇÕES ADVERSAS
- Hematológicas: Mielodepressão: leucopenia, trombocitopenia, anemia (leves e incomuns,
nadir: dez a 14 dias).
- Gastrointestinais: náuseas e vômitos (leves e incomuns) obstipação, ílio paralítico,
perfuração e necrose intestinal (raro), anorexia, diarreia, cólica abdominal, mucosite.
OBSERVAÇÕES
- Ação vesicante: NÃO
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
www.anvisa.gov.br/filabula/
Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos:
- Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012.
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VINORELBINA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
- Nome comercial: NAVELBINE®
- Principio ativo: VINORELBINE
APRESENTAÇÃO
- Injetável: Frasco amplo contendo solução em frasco de 1 a 5 ml
- Dosagem: 10mg/ml
- Cápsulas: 20mg e 30mg.
INDICAÇÕES
- É usado no tratamento de câncer de pulmão de não pequenas células, carcinoma de mama
metastático, linfoma de Hodgkin, carcinoma de ovário avançado.
CONTRAINDICAÇÕES
- Uso intratecal é fatal.
ADMINISTRAÇÃO/DILUIÇÃO
- Via endovenosa e via oral
- Diluição: SF 0,9% e SG 5%
- Infusão: 60 a 10min.
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO
- Frascos intactos: Refrigeração (2°C a 8°C): até 24horas;
- Se mantido em temperatura ambiente (25°C): até 72horas.
- Após diluição: Temperatura ambiente (até 30°C): até 24horas;
- Refrigeração (2°C a 8°C): até 24horas.
INCOMPATIBILIDADE/INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- Incompatibilidade com ciclovia; alo urinol, aminofilina, anfotericina B ampicilina,
bicarbonato de sódio, cefazolina, cefoperazona, cefotecan, cefuroxima, ceftriaxona,
fluoruracila, furosemida, ganciclovir, metilprednisolona, mitomicina, piperacilina, tiotepa,
trimetropin-silfametoxazol, cisplatina, inibidores e condutores da CYP3A4, fitoterápicos.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacológicas:
- Vinorelbina pertence ao grupo dos alcalóides da vinca cuja ação principal é interferir com o
rearranjo dos microtúbulos, ocasionando inibição do processo de mitose na metáfase. Inibe
a polimerização da tubulina e age preferencialmente sobre o os microtúbulos mitóticos.
Também interfere com o metabolismo dos aminoácidos. O transporte de cálcio, a respiração
celular e a síntese dos ácidos nucléicos. Similar a Vincristina, porém com toxicidade
neurológicas menor. Agente ciclocelular específico.
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Propriedades Farmacêuticas:
- Absorção: Absorção via oral e endovenosa;
- Distribuição: Após a administração endovenosa, a concentração plasmática fármaco
decai de forma trifásica. O declínio rápido inicial ocorre em função da distribuição de
vinorrelbina ao compartimento periféricos seguido do metabolismo e excreção do fármaco
durante as fases subseqüentes.
- Meia vida: A meia vida terminal prolongada (27,6h a 43,6h) deve-se à retenção do fármaco
no compartimento periférico.
- Metabolismo: Vinorelbina é metabolizada pelo fígado em dois metabólicos: vinorelbina-N-
Óxido (inativo) e deacetilvinorelbina (ativo).
- Excreção: Aproximadamente 18% do fármaco são excretados na urina e 46% nas fezes.
Não ocorre alteração na farmacocinética de vinorelbina quando combinada com a
Cisplatina.
REAÇÕES ADVERSAS
- Hematológicas: Mielodepressão dose-limitante, geralmente reversível e não cumulativa:
neutropelia (grau IV em 36%, hospitalização em 8%, trombocitopenia (grau IV, em 1%)
anemia (Hb <8 g/dL, em 9%) com nadir de sete a dez dias, recuperação medular em sete a
14 dias.
- Gastrointestinais: Náuseas e vômitos a moderados (44% e 20%respectivamente),
diarreia, anorexia, mucosite.
OBSERVAÇÕES
- Ação vesicante: SIM
- Potencial Emético: Moderado (30% a 60%)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
www.anvisa.gov.br/filabula/
Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos:
- Autores: Edva Moreno Aguilar Bonassa; Maria Inês Rodrigues Gato. Editora Atheneu, M4ª
edição, 2012.
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