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2º PROCESSO SELETIVO 2019 DO 1º SEMESTRE DE 2020 – CENTRO UNIVERSITÁRIO GOVERNADOR OZANAM COELHO – UNIFAGOC
CURSO: MEDICINA (BACHARELADO) TIPO 04 – AZUL Ƶ
PROVA DE REDAÇÃO
Texto I Fique alerta: cigarro eletrônico pode causar doença pulmonar grave e fatal
Os cigarros eletrônicos, também conhecidos como e-cigarro, vape ou juul, estão na moda no mundo inteiro. Pessoas que querem parar de fumar, ou que nunca fumaram – como os nossos jovens adolescentes contemporâneos – encontraram nos e-cigarros uma fonte de prazer e por isso seu uso tem aumentado progressivamente. Parece que está havendo um certo glamour em acender; ou melhor, em “ligar” um vape ou um juul.
Muito cuidado, porém! O CDC (Center for Disease Control) e o FDA (Food and Drug Administration) dos Estados Unidos, instituições cuja credibilidade dispensam apresentações, fizeram um alerta grave: os cigarros eletrônicos podem ser responsáveis por uma doença pulmonar que pode levar à insuficiência respiratória e eventualmente óbito. Até o dia 30 de agosto foram notificados 354 casos em 29 estados americanos.
(Por Ana Escobar. Médica pediatra e professora na Faculdade de Medicina da USP. Disponível em: https://g1.globo.com/bemestar/blog/ana- escobar/post/2019/09/09/fique-alerta-cigarro-eletronico-pode-produz-doenca-pulmonar-grave-e-fatal.gh.)
Texto II
O tratamento de tabagismo no Brasil é desenvolvido com base nas diretrizes do PNCT que está sob a coordenação e gerenciamento da Divisão de Controle do Tabagismo e Outros Fatores de Risco (DITAB), do INCA.
As ações educativas, legislativas e econômicas desenvolvidas no Brasil vêm gerando uma diminuição da aceitação social do tabagismo, fazendo com que um número cada vez maior de pessoas queira parar de fumar, evidenciando a importância de priorizar o tratamento do fumante como uma estratégia fundamental no controle do tabagismo.
Equivocadamente muitas pessoas acreditam que o tabagista é um “viciado”, “sem força de vontade”, “que não deixa de fumar porque não quer”. Não é isso. Na verdade quem fuma sofre de dependência química, ou seja, é alguém que ao tentar deixar de fumar, se defronta com grandes desconfortos físicos e psicológicos que trazem sofrimento, e que pode impor a necessidade de várias tentativas até que finalmente consiga abandonar o tabaco. Entender o que acontece com o tabagista e suas tentativas de parar de fumar é fundamental para que se possa ter a real dimensão do problema.
(Disponível em: https://www.inca.gov.br/programa-nacional-de-controle-do-tabagismo/tratamento. Adaptado.)
Texto III
(Disponível em: http://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/45616-brasil-e-o-2-pais-a-alcancar-as-medidas-de-combate-do-tabaco-da-oms.)
Considerando os textos apresentados, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema:
“Fatores contrários e benéficos no combate ao tabagismo, uma batalha a ser vencida por todos”.
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2º PROCESSO SELETIVO 2019 DO 1º SEMESTRE DE 2020 – CENTRO UNIVERSITÁRIO GOVERNADOR OZANAM COELHO – UNIFAGOC
CURSO: MEDICINA (BACHARELADO) TIPO 04 – AZUL Ƶ
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CURSO: MEDICINA (BACHARELADO) TIPO 04 – AZUL Ƶ
LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA
Promessas falsas de cura do câncer geram milhões de visualizações e lucro no YouTube
“Oi, estou com um parente com metástase óssea, você pode me receitar esse remédio?”, pede Reginaldo, comentando em um vídeo no YouTube.
Sua irmã, de 44 anos, foi diagnosticada com câncer de mama há três anos e está em seu terceiro tratamento de quimioterapia depois que o câncer se espalhou. Reginaldo dos Santos, um vendedor de Vitória da Conquista, na Bahia, procura a solução em um vídeo intitulado “remédio caseiro contra o câncer, tumores e outros”. E o remédio receitado é o melão-de-são-caetano, planta de origem asiática.
O autor do vídeo, um homem do interior do Estado do Espírito Santo, é dono do canal “Elizeu Artes e Criação”. Em um vídeo, publicado em 2016, ele olha para câmera e diz que a planta “combate tumores e câncer”. “De 80% a 90% das células de câncer são desfeitas com melão-de-são-caetano”, afirma.
O vídeo, que contém anúncios, tem 142 mil visualizações e se mistura a outros de seu canal: “Sal e vinagre tira ou não queimados de panela?”, “Como fazer letras 3D”, “Como tirar manchas do rosto e limpar a pele com menos de R$ 5”. A promessa de curar câncer com melão-de-são-caetano, uma afirmação sem comprovação científica, está entre vídeos de “receitas, artes, experimentos e dicas domésticas”.
O vídeo é apenas um entre vários em português carregados de desinformação sobre saúde disponíveis na plataforma.
Uma investigação exclusiva da BBC Brasil e do BBC Monitoring, braço da BBC que noticia e analisa informações do mundo todo, encontrou vídeos monetizados com desinformação e curas falsas para o câncer em 10 idiomas, incluindo português. Um vídeo “monetizado” significa que é acompanhado por anúncios que podem gerar dinheiro, tanto para os criadores quanto para o YouTube.
Em nota, o YouTube disse que “a desinformação é um desafio difícil” e que a empresa toma “diversas medidas para endereçar isso”.
Procurando no YouTube por “tratamento para o câncer” e “cura para o câncer” em português, inglês, russo, ucraniano, árabe, persa, hindi, alemão, francês e italiano, a BBC encontrou mais de 80 vídeos com desinformação sobre saúde. Dez dos vídeos encontrados tinham mais de um milhão de visualizações. Um vídeo brasileiro cujo título diz que aranto, uma planta de origem africana, cura câncer, tem mais de 3 milhões de visualizações. Não é uma afirmação verdadeira — não há estudos científicos que a comprovem. Mas milhares de brasileiros procuram por respostas no YouTube. “É muito assustador quando você ou alguém que você ama recebe um diagnóstico de câncer”, diz o cardiologista Haider Warraich. “Isso nos faz tomar decisões mais com a emoção do que com a razão.”
Isso pode ser perigoso porque, como Warraich escreveu no jornal americano New York Times, a “desinformação
médica pode provocar um número de corpos ainda maior” que outros tipos de desinformação.
A ciência, diz Warraich, “é incerta por natureza”, enquanto alguns vídeos no YouTube oferecem respostas absolutas, algo que é muito mais atrativo para quem está fazendo justamente isso — procurando soluções.
(Disponível em: https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/viva- voce/noticia/2019/09/13/promessas-falsas-de-cura-do-cancer-geram-
milhoes-de-visualizacoes-e-lucro-no-youtube.ghtml.)
Questão 01 A reescrita do trecho “O vídeo é apenas um entre vários em português carregados de desinformação sobre saúde disponíveis na plataforma.” (5º§) manteve a correção gramatical e semântica, sem indícios de contradição, apenas em: (A) Na plataforma, haviam vários vídeos em português
carregados de desinformação sobre saúde disponíveis. (B) Havia apenas um vídeo em português carregado de
desinformação sobre saúde disponível na plataforma, entre vários outros.
(C) Um entre vários vídeos em português carregados de desinformação sobre saúde disponíveis na plataforma é o vídeo em questão.
(D) Na plataforma, o vídeo será visto como apenas mais um entre a variedade de vídeos em português carregados de desinformação sobre saúde disponível.
Questão 02 Em “O vídeo, que contém anúncios, tem 142 mil visualizações e se mistura a outros de seu canal:” (4º§), caso o trecho destacado fosse substituído por “imagens do canal” teríamos: (A) A facultatividade do emprego da preposição “a”. (B) A substituição da preposição “a” pelo uso do artigo “as”. (C) A manutenção da exigência do emprego da preposição
“a”. (D) A regência verbal alterada não admitindo o emprego da
preposição “a”.
Questão 03 O enunciador optou, como estratégia de linguagem, iniciar o texto com uma citação indagativa. Tendo em vista o contexto em que está inserida esta citação, pode-se afirmar que a aplicação de tal recurso tem como intencionalidade discursiva: (A) Inserir no texto uma indagação retórica com o fim de
promover reflexão acerca do assunto que será apresentado. (B) Demonstrar pontualmente a partir de uma exemplificação
concreta, que parte da realidade, como fatos relacionados ao assunto em questão vêm ocorrendo.
(C) Atribuir veracidade aos fatos narrados evidenciando-os por meio de um exemplo hipotético que ilustra o desenvolvimento do assunto abordado.
(D) Informar o leitor, de forma sintetizada, acerca do tema que será desenvolvido no texto de modo a antecipar