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1 Simone Bacellar Leal Ferreira – [email protected] UNIRIO 2. Precursores da Administração Simone Bacellar Leal Ferreira – [email protected] UNIRIO 1. Origens da Administração 2. Influência dos Filósofos 3. As Corporações de Ofício 4. Influência da Revolução Industrial 5. Influência dos Economistas Liberais 6. Diminuição da Força do Liberalismo Econômico 7. Influência dos Pioneiros e Empreendedores 8. Influência da Igreja Católica 9. Influência da Organização Militar Conteúdo

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    Simone Bacellar Leal Ferreira [email protected] UNIRIO

    2. Precursores da Administrao

    Simone Bacellar Leal Ferreira [email protected] UNIRIO

    1. Origens da Administrao

    2. Influncia dos Filsofos

    3. As Corporaes de Ofcio

    4. Influncia da Revoluo Industrial

    5. Influncia dos Economistas Liberais

    6. Diminuio da Fora do Liberalismo Econmico

    7. Influncia dos Pioneiros e Empreendedores

    8. Influncia da Igreja Catlica

    9. Influncia da Organizao Militar

    Contedo

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    Simone Bacellar Leal Ferreira [email protected] UNIRIO

    Livro Texto:

    Administrao - Teoria, Processo e Prtica

    Chiavenato, Idalberto - Editora Campus

    Introduo teoria Geral da Administrao

    Chiavenato, Idalberto - Editora Campus

    Teoria da Administrao - Curso Compacto

    Barris Neto, Joo Pinheiro de - Editora QualityMark

    Site para Consulta

    Servio Brasileiro de apoio s Micro e Pequenas Empresas- Sebrae

    www.sebrae.com.br

    Bibliografia Recomenda

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    1. Origens da Administrao

    Desde o incio dos tempos o homemprocurou se associar a outros para uniresforos e atingir objetivos. Dessa uniosurgiram as primeiras organizaes.

    Mas no at o sculo XVIII a sociedade era formada por poucasorganizaes e pequenas.

    Foi com a Revoluo Industrial, que teve incio na Inglaterra, nosculo XVIII, que as grandes empresas comearam a surgir.

    A histria da administrao relativamente recente, e surgiu com oaparecimento dessas grandes empresas.

    Somente no XX ela apresentou um notvel desenvolvimento

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    2. Influncia dos Filsofos

    Scrates

    470 a.C.-399 a.C.

    Filsofo grego, em seu discurso com Nicomamaquides expe s eu ponto de vista sobre a

    Administrao com uma habilidade pessoal separada do conhecimento tcnico e da experincia

    Plato

    429 a. C.347 a. C.

    filsofo grego, discpulo de Scrates, analisou os problemas de natureza poltica e social relacionados

    ao desenvolvimento social e cultural do povo grego. Em sua obr a, A Repblica, expe a for ma

    democrtica de governo e da administrao dos negcios pblicos

    Aristteles

    384 a. C. 322 a. C.

    discpulo de Plato impulsionou a Filosofia, Cosmologia, Nosologia, Metafsica, Lgica e Cincias

    Naturais. No seu livro, P oltica, e studou a organizao do Es tado e distinguiu trs formas de

    administrao pblica: Monarquia ou governo de um s (que pode redundar em tirania); Aristocracia

    ou governo de uma elite (que pode descambar em oligarquia); Democracia ou governo do povo (que

    pode descambar em anarquia).

    Nicolau

    Maquiavel

    1469 15 2 7

    historiador e filsofo poltico italiano. Seu livro mais famoso, O Prncipe (escrito em 1513 e

    publicado em 1532) refere-se a forma de como um governante deve se comportar. Certos princpios

    simplificados que sofreram popularizao esto associados a Maquiavel (observa-se o a djetivo

    maquiavlico ): Se tiver que fazer o mal, o pr ncipe deve faz-lo de uma s vez.

    O bem, deve faz-lo, aos poucos. O prncipe ter uma s palavra. No entanto, dever mud-la

    sempre que for necessrio. O prncipe deve preferir ser temido do que amado.

    Francis Bacon

    1561 16 2 6

    Filsofo e estadista ingls, fundador da Lgica Moderna baseada no mtodo experimental. Mostra a

    prtica de se a separar experimentalmente o que essencial do que acidental.

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    2. Influncia dos Filsofos Continuao

    Descartes

    1596 16 5 0

    Filsofo, matemtico e fsico francs, fundador da Filosofia Moderna. Criou as coordenadas

    cartesianas e impulsiomou Matemtica e G eometria da. Em seu livro O Discurso do Mtodo,

    descreve os preceitos do seu mtodo filosfico, denominado mtodo cartesiano. Princpios da

    Administrao, como diviso de trabalho, da ordem e do controle, esto nos princpios cartesianos.

    Thomas Hobbes

    1588 16 7 9

    Filsofo e terico poltico ingls, defende o governo absoluto em funo de sua viso pessimista da

    humanidade. Acredita que os homens, na ausncia de governo, tendem a viver sempre em conflito

    para obter sua subsi stncia. Para ele, o homem primitivo era anti-social, atirando-se uns contra o s

    outros por poder, riquezas e propriedades o homem o lobo do prprio homem. No livro Leviat,

    assinala que o povo renuncia a seus direitos naturais em favor de um governo que impe ordem,

    organizao da vida social e garantia da paz.

    Jean Jacques

    Rousseau

    1712 17 7 8

    Assegurava que o homem por natureza bom e afvel e a vida em sociedade o deturpa. Desenvolveu

    a teoria do contrato social: acordo entre os membros de uma sociedade pelo qual reconhecem a

    autoridade igual sobre todos de um regime poltico, governante ou de um conjunto de regras.

    Karl Marx

    1818 18 8 3

    &

    Friedrich Engels

    1820 18 9 5

    Propuseram uma Teoria da origem econmica do Estado: a dominao econmica do homem pelo

    homem a geradora do poder poltico do Estado. No Manifesto Comunista, afirmam que a histria da

    humanidade sempre foi a da luta de classes. Marx afirma que os fenmenos histricos so o produto

    das relaes econmicas entre os homens O marxismo foi a primeira ideologia a firmar o estudo das

    leis objetivas do desenvolvimento econmico da sociedade, em oposio a ideais metafsicos..

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    3. As Corporaes de Ofcio Continuao

    At o sculo XVII, as pessoas no tinham um "emprego fixo e asatividades de produo de bens eram desempenhadas por artesos.

    A classe dos artesos eraformada por praticamentetodas as profisses liberaisexistentes na poca: pintores,escultores, marceneiros,vidraceiros, sapateiros etc.

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    As corporaes surgiram na Europa, na Idade Mdia, a partir dosculo XII. Seu apogeu se deu no sculo XV, quando houve umgrande desenvolvimento das atividades produtivas (mecanizao,fbricas, construo de pontes, estradas e canais, intensificao dotrfico marinho, etc).

    Havia muitos centros urbanos(Veneza, Milo, Florena...) comfeiras e mercados, onde os artesesvendiam os artigos fabricados emfamlia. Surge assim a necessidadede associao e esses arteses sejuntam com pequenos comerciantesem oficinas de arte e ofcio.

    3. As Corporaes de Ofcio Continuao

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    Essas associaes apareceram primeiro como confrarias religiosas(fraternidades, caridades), sendo formadas por pessoas de ummesmo ofcio, sob a proteo de um santo de comum escolha.

    Os confrades procuravam criarcondies e recursos paraenfrentar as adversidades davida profissional e material eestender esses benefcios comunidade.

    3. As Corporaes de Ofcio Continuao

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    As confrarias religiosas evoluram para uma forma gremial epassaram a defender os interesses profissionais de seus membros.

    Foram surgindo corporaes de carter profissional. Algumas comobjetivos polticos (comunas ou conjuraes), outras visandointeresses profissionais (guildas ou corporaes de arte e ofcios).

    3. As Corporaes de Ofcio Continuao

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    As corporaes de ofcio delimitavam a atuao da corporao.Por exemplo, definiam que uma alfaiataria no podia consertarroupas, e uma oficina de conserto no podia fazer peas novas.

    Surgiram corporaes intermunicipais, ashansas, com objetivo de defender osinteresses de mercadores de um grupo decidades. A mais importante foi a LigaHansetica ou Hansa Teutnica, formadaem 1358, com sede na cidade de Lbeck,atualmente na Alemanha.

    3. As Corporaes de Ofcio Continuao

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    Os que queriam entrar na corporaoprecisavam ser aceitos por um mestrecomo aprendizes, sem direito a salrio.

    Os mestres eram os donos da oficina,ferramentas e davam a matria-prima.Os aprendizes eram membros da famliaou jovens talentosos da regio.

    3. As Corporaes de Ofcio Continuao

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    Os aprendizes ficavam na oficinano mximo at quinze anos,aprendendo as tcnicas daprofisso e ajudando o mestre emseus trabalhos. Quando sabiam osuficiente, eram registrados e sento podiam exercer o ofcio deforma autnoma.

    Tudo era regulamento: jornada de trabalho, o descanso, o nmerode aprendizes, os procedimento de fabricao, os critrios dosexames, as penalidades para infratores, a venda.

    3. As Corporaes de Ofcio Continuao

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    Com o tempo os mestres sedistanciaram dos aprendizes;pararam de por a mo no trabalho,comearam a exigir provas difceise comearam a aceitar aprendiz sobpagamentos, o que fez oscompanheiros virarem assalariadosou proletrios; alm disso o titulo demestre passou a ser privilgio defamlias importantes.

    3. As Corporaes de Ofcio Continuao

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    Essa situao continuou at o sculoXVII, quando o crescimento docomrcio europeu aumentou a produoe surgiram as primeiras manufaturas, nasquais um proprietrio empregavaartesos em troca de salrio. Nessapoca a produo passou a serorganizada sob a diviso do trabalho.

    A peste, as guerras, a industrializao, o privilgio dado aoscomerciantes tambm contriburam para o enfraquecimento dascorporaes.

    3. As Corporaes de Ofcio Continuao

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    4. Influncia da Revoluo Industrial Continuao

    A Revoluo Industrial teve incio na Inglaterraem meados do sculo XVIII, com a inveno damquina a vapor por James Watt (1736-1819) eatingiu seu auge a partir do sculo XIX.

    A mquina a vapor deu origem auma nova forma de trabalho queprovocou mudanas de ordemeconmica, poltica e social.

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    No sculo XIX, a Revoluo Industrial chegou aos pases daEuropa Ocidental (Frana, Alemanha, Blgica, Itlia, Holanda), aosEstados Unidos, ao Canad e ao Japo.

    Continuao

    Surgiram sociedades muitoindustrializadas e avanadastecnologicamente, o que deua Europa uma hegemonia(at 1914)

    4. Influncia da Revoluo Industrial

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    A Revoluo Industrial consolidoua sociedade burguesa capitalista,baseada na igualdade entre oshomens, na livre-iniciativa e naempresa privada.

    Continuao

    As pessoas podiam comprar, vender e fazer negcios. Oequilbrio do sistema estava na concorrncia entre as empresas,responsvel pelo avano da tecnologia.

    4. Influncia da Revoluo Industrial

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    Continuao

    A Revoluo Industrial criou umanova sociedade, a sociedadecapitalista, onde as pessoas eramdividas em duas classes: oscapitalistas, donos dos meios deproduo e os trabalhadores,pessoas livres que trabalhavampor um salrio.

    4. Influncia da Revoluo Industrial

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    Continuao

    Enquanto burguesia prosperava,as pessoas que perderam seusantigos direitos de uso da terra eque tiveram que se tornarassalariados, empobreciam.

    Para os defensores do liberalismo, nada poderia ser feito poressa gente, e qualquer lei que diminusse a explorao dotrabalho era uma interferncia do Estado nas relaes entre oshomens, considerados livres e iguais.

    4. Influncia da Revoluo Industrial

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    Continuao

    A Revoluo Industrial pode ser dividida em duas pocas:

    1 Revoluo Industrial ou do Carvo e do Ferro: 1780 a 18602 Revoluo Industrial ou do Ao e da Eletricidade: 1860 a 1914

    4. Influncia da Revoluo Industrial

    Simone Bacellar Leal Ferreira [email protected] UNIRIO

    1 Fase: Mecanizao da Indstria e da Agricultura: (final do sculo XVIII)

    Continuao

    1 Revoluo Industrial ou do Carvo e do Ferro: 1780 a 1860

    As novas mquinas substituramo trabalho do homem e a foramotriz muscular do homem, doanimal ou da roda de gua.

    Foram inventadas: maquina de fiar (ingls Hargreaves, 1767); tearhidrulico (por Arkwright, 1769); tear mecnico (por CartWright,1785) e o escaroador de algodo (por Whitney, 1792).

    4. Influncia da Revoluo Industrial

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    1 Revoluo Industrial ou do Carvo e do Ferro: 1780 a 1860

    2 Fase: A aplicao da fora motriz indstria.A fora elstica do vapor descoberta por Denis Papin no sculoXVII ficou sem aplicao at 1776, quando Watt inventou amquina a vapor.

    Continuao

    Com isso as oficinas setransformam em fbricas, e ocorreuma mudana nos transportes, nascomunicaes e na agricultura.

    4. Influncia da Revoluo Industrial

    Simone Bacellar Leal Ferreira [email protected] UNIRIO

    3 Fase: O desenvolvimento do sistema fabril.Os artesos e as corporaes de ofcio desapareceram esurgiram os operrios, as fbricas e as usinas baseadas na divisodo trabalho.

    Continuao

    1 Revoluo Industrial ou do Carvo e do Ferro: 1780 a 1860

    Apareceram novas indstrias nolugar atividade rural.Houve uma urbanizao comoconseqncia migrao das pessoasdas reas agrcolas para perto dasfbricas.

    4. Influncia da Revoluo Industrial

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    1 Revoluo Industrial ou do carvo e do Ferro: 1780 a 1860

    4 Fase: Aceleramento dos transportes e das comunicaes.Surgiu a navegao a vapor com Robert Fulton (1807) e depois asrodas propulsoras foram substitudas por hlices.A locomotiva a vapor foi aperfeioada por Stephenson, surgindo aprimeira estrada de ferro na Inglaterra (1825) e logo depois nosEstados Unidos (1829) e no Japo (1832).

    Morse inventa o Telgrafo eltrico (1835).Surge o selo postal na Inglaterra (1840).Graham Bell inventa o telefone (1876).

    Continuao4. Influncia da Revoluo Industrial

    Simone Bacellar Leal Ferreira [email protected] UNIRIO

    2 Revoluo Industrial ou do Ao e da Eletricidade: 1860 a 1914

    Continuao

    Foi provocada por trs fatos:1. Aparecimento do processo de fabricao do ao (1856)2. Aperfeioamento do dnamo (1873)3. Inveno do motor de combusto interna (1873) por Daimler.

    4. Influncia da Revoluo Industrial

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    2 Revoluo Industrial ou do Ao e da Eletricidade: 1860 a 1914

    Continuao

    Substituio do ferro pelo ao como material industrial bsico.

    Substituio do vapor pela eletricidade e derivados do petrleocomo energia.

    Desenvolvimento da maquinaria automtica e da especializaodo trabalhador.

    Crescente domnio da indstria pela cincia.

    Expanso da industrializao desde a Europa at o ExtremoOriente

    4. Influncia da Revoluo Industrial

    Simone Bacellar Leal Ferreira [email protected] UNIRIO

    2 Revoluo Industrial ou do Ao e da Eletricidade: 1860 a 1914

    Continuao4. Influncia da Revoluo Industrial

    Transformaes nos transportes e nas comunicaes. Vias frreasso ampliadas.

    A partir de 1880, Daimler eBenz constroem automveisna Alemanha, Dunlopaperfeioa o pneumtico em1888 e Henry Ford inicia aproduo do seu modelo Tem 1908. Em 1906, SantosDumont faz a primeiraexperincia com o avio.

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    2 Revoluo Industrial ou do Ao e da Eletricidade: 1860 a 1914

    Continuao4. Influncia da Revoluo Industrial

    1. Dominao da indstria pelas inversesbancrias e instituies financeiras e de crdito,como na formao da United States SteelCorporation, em 1901, pela J.P. Morgan & Co.

    2. Formao de imensas acumulaes de capital, provenientes de trustes e fusesde empresas.

    3. Separao entre a propriedade particular e a direo das empresas.4. Aparecimento das holding companies.

    Desenvolvimento de novas formas de organizao capitalista. Asfirmas de scios solidrios deram lugar ao chamado capitalismofinanceiro, que tem quatro caractersticas principais:

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    Continuao

    A nova tecnologia dos processos deproduo, de construo e mquinasjuntamente com a crescente legislaode proteo ao trabalhador, fez comque a administrao e a gerncia dasempresas industriais se tornassem umapreocupao dos proprietrios.

    Conseqncias da Revoluo Industrial

    4. Influncia da Revoluo Industrial

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    A organizao e a empresa moderna nasceram com a RevoluoIndustrial graas a vrios fatores, como:

    Continuao

    Conseqncias da Revoluo Industrial

    A ruptura das estruturas corporativas da idadeMdia

    O avano tecnolgico e a aplicao dosprogressos cientficos produo, a descobertade novas formas de energia e a enormeampliao de mercados.

    A substituio do tipo artesanal por um tipoindustrial de produo.

    4. Influncia da Revoluo Industrial

    Simone Bacellar Leal Ferreira [email protected] UNIRIO

    No final do sculo XVIII e incio do sculo XIX, o pensamentoeconmico ingls acompanhou as mudanas da sociedade;economistas clssicos comearam a influenciar as origens dopensamento administrativo.

    Mas o administrador profissionals surge com o desenvolvimentoda indstria e cm a separao depropriedade e administrao.

    5. Influncia dos Economistas Liberais

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    No sculo XVI os economistas passaram a considerar como fontede riqueza: a capacidade de produzir.

    Surgiram obras sobre riqueza, divisode trabalho, ao do Estado, salrios,mercado que, a partir da experinciada economia inglesa, embasaram ateoria do liberalismo econmico.

    O liberalismo econmico defendia fim da interveno do Estado naproduo e distribuio das riquezas, o fim de medidasprotecionistas e dos monoplios, a livre concorrncia entre asempresas e a abertura dos portos entre os pases.

    Continuao5. Influncia dos Economistas Liberais

    Simone Bacellar Leal Ferreira [email protected] UNIRIO

    Continuao

    Foi defendido por escritores como Adam Smith, Thomas Malthus,David Ricardo, James Mill, Nassau Senior entre outros queformaram a "Escola Clssica Inglesa".

    5. Influncia dos Economistas Liberais

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    Simone Bacellar Leal Ferreira [email protected] UNIRIO

    Continuao

    Adam Smith (1723-1790) Continuao

    Nasceu na Esccia e estudou em Glasgow e Oxford. Em 1751 foinomeado professor de lgica na Universidade de Glasgow e, em1752, assumiu a ctedra de filosofia moral.

    Publicou Teoria dos Sentimentos Morais em1759. Em 1776 publicou sua principal obra,Ensaio sobre a riqueza das naes. Acreditavaque a riqueza das naes era conseqnciatrabalho dos indivduos. Preconizou o estudodos tempos e movimentos que, mais tarde,Taylor e Gilbreth considerariam como sendo abase da Administrao Cientfica

    5. Influncia dos Economistas Liberais

    Simone Bacellar Leal Ferreira [email protected] UNIRIO

    Para Adam Smith a funo do Estado selimitava questes de segurana, sade eeducao. Para ele, o estado no deveriaintervir na economia

    Smith defendeu a livre concorrncia e acompetio; era o laissez-faire. Eledefendeu tambm o fim das restries simportaes e dos gastos governamentaisimprodutivos.

    Continuao

    Adam Smith Continuao

    5. Influncia dos Economistas Liberais

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    Simone Bacellar Leal Ferreira [email protected] UNIRIO

    Continuao

    Thomas Malthus (1766-1834)

    Em 1798 elaborou uma teoria exposta em Um Ensaio Sobre oPrincpio da Populao. Segundo ele, a produo de alimentoscresce em progresso aritmtica e a populao em progressogeomtrica, o que gera fome e misria; mas esse problema seriacorrigido pela natureza, atravs de guerras e epidemias. Ele achavaque o governo no intervir nem dar assistncia populao e queesta, deveria reduzir os ndices de natalidade.

    Em relao ao salrio, ele achava que se deveria pagars o suficiente para a subsistncia do trabalhador, oque evitaria o crescimento demogrfico.

    5. Influncia dos Economistas Liberais

    Simone Bacellar Leal Ferreira [email protected] UNIRIO

    Continuao

    David Ricardo (1772-1823)

    5. Influncia dos Economistas Liberais

    Nasceu em Londres, filho de judeus espanhis,mas aos 21 anos se converteu ao cristianismo.Trabalhou com a bolsa de valores e sofreuinfluncia da leitura de Adam Smith.

    Foi um dos primeiros a achar necessrio um rigor cientfico nosestudos econmicos e analisou os aspectos mais significativos dosistema capitalista de produo. Em 1817, em Princpios deeconomia poltica e tributao exps suas idias econmicas edesenvolveu a teoria da renda fundiria.

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    Simone Bacellar Leal Ferreira [email protected] UNIRIO

    Continuao

    David Ricardo (1772-1823) Continuao

    5. Influncia dos Economistas Liberais

    David Ricardo desenvolveu a teoria dosalrio natural, isto , um salrio mnimopara a subsistncia do trabalhador e de suafamlia. Era a "lei frrea dos salrios".

    Essa lei deu aos proprietrios e industriais razes para no terempena sobre a explorao dos trabalhadores. Essa teoria os fez acreditarque "a compaixo pelo trabalhador era descabida e prejudicial.

    Ricardo deu aos ricos uma maneira de se conformarem com ainfelicidade dos pobres.

    Simone Bacellar Leal Ferreira [email protected] UNIRIO

    A partir da segunda metade do sculoXIX, o liberalismo econmicocomeou a enfraquecer enquanto ocapitalismo comeou a se fortalecercom o despertar de DuPont,Rockefeller, Morgan, Krupp etc.

    O novo capitalismo se caracteriza pela produo em largaescala de grandes concentraes de maquinaria e mo-de-obra,criando alguns problemas de organizao de trabalho, deconcorrncia econmica, de padro de vida etc.

    6. Diminuio da Fora do Liberalismo Econmico

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    Simone Bacellar Leal Ferreira [email protected] UNIRIO

    6. Diminuio da Fora do Liberalismo Econmico Continuao

    Em 1843, Karl Marx, economista,filsofo e socialista alemo, semudou para Paris, onde, em 1844conheceu Friedrich Engels.

    Mas em 1845 foi expulso da Frana e foi para Bruxelas ondeparticipou de organizaes clandestinas de operrios e exilados.

    Em 24 de fevereiro de 1848, ocasio da Revoluo na Frana,Marx e Engels publicaram um folheto, O Manifesto Comunista,primeiro esboo da teoria revolucionria que, depois ficariaconhecida como Teoria Marxista.

    Simone Bacellar Leal Ferreira [email protected] UNIRIO

    Depois da derrota de todos osmovimentos revolucionrios na EuropaMarx foi para Londres e se dedicou aestudos econmicos e histricos. Em1867 publicou o primeiro volume da suaobra principal, O Capital.Marx reuniu documentao paracontinuar essa obra, mas no chegou apublic-la. Os volumes II e III forameditados por Engels, em 1885 e em 1894. Outros textos foram publicados por KarlKautsky como volume IV (1904-10).

    6. Diminuio da Fora do Liberalismo Econmico Continuao

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    Simone Bacellar Leal Ferreira [email protected] UNIRIO

    6. Diminuio da Fora do Liberalismo Econmico Continuao

    Marx tentou demonstrar que no capitalismo sempre existiainjustia social, pois para se ficar rico era preciso explorar ostrabalhadores.

    Para ele, o capitalismo umregime econmico selvagem deexplorao, sendo a mais-valiaabsoluta sua principal lei.

    Simone Bacellar Leal Ferreira [email protected] UNIRIO

    6. Diminuio da Fora do Liberalismo Econmico Continuao

    A fora vendida pelo operrio ao patrono vai ser usada durante 6 horas, masdurante mais horas. A mais-valia adiferena entre o preo pelo qual oempresrio compra a fora de trabalho(6 horas) e o preo pelo qual ele vende oresultado (10 horas por exemplo).

    Assim, quanto menor o preo pago ao operrio e quanto maior adurao da jornada de trabalho, tanto maior o lucro .

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    Simone Bacellar Leal Ferreira [email protected] UNIRIO

    No capitalismo moderno, com a reduo da jornada de trabalho,o lucro seria sustentado atravs da mais-valia relativa, queconsiste em aumentar a produtividade do trabalho, atravs daracionalizao e aperfeioamento tecnolgico.

    6. Diminuio da Fora do Liberalismo Econmico Continuao

    Simone Bacellar Leal Ferreira [email protected] UNIRIO

    6. Diminuio da Fora do Liberalismo Econmico Continuao

    Mas o capitalismo continua sendo um sistemaexplorador, pois o operrio empobrece cadavez mais na medida que produz mais riquezas.

    Assim, quanto mais o valor das coisasaumenta, mais o mundo dos homens sedesvaloriza.Ocorre ento a alienao, j que todotrabalho alienado, na medida em quese manifesta como produo de umobjeto que alheio ao sujeito criador.

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    Simone Bacellar Leal Ferreira [email protected] UNIRIO

    6. Diminuio da Fora do Liberalismo Econmico Continuao

    Em 1975 Marx patrocinou a criao do Partido Social-Democrtico Alemo, mas logo depois, foi proibido.

    Marx no viveu o suficiente para ver as vitrias eleitorais dessepartido e de outros grupos socialistas da Europa.

    Simone Bacellar Leal Ferreira [email protected] UNIRIO

    6. Diminuio da Fora do Liberalismo Econmico Continuao

    O socialismo e o sindicalismo fizeram com que o capitalismo doinicio do sculo XX passasse a procurar um aperfeioamento dedos fatores de produo e a sua adequada remunerao.

    Assim, quanto maior a presso das classes proletrias, menosgraves se tornam as injustias e mais rpido se d desenvolvimento.

    Nesse contexto, surgem os primeirosesforos nas empresas capitalistas para aimplantao de mtodos e processos deracionalizao do trabalho.

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    7. Influncia dos Pioneiros e Empreendedores

    Por volta de 1820, nos EstadosUnidos, as estradas de ferro estavamem pleno desenvolvimento e comelas, aes de investimentos e o ramode seguros se tornam populares.

    At 1850 poucas empresas tinham estrutura administrativa. Emgeral, eram negcios de famlia e as empresas eram pequenas.

    Com o fim da Guerra de Secesso, em 1865, a economia voltou acrescer. Surgiram quatro setores econmicos - ferrovias, finanas,siderurgia e petrleo e junto grande concentrao de capitais erecursos em poucas mos.

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    Naquela poca se formaram asgrandes fortunas como as de JohnPierpont Morgan, a de AndrewCarnegie e a de John DavisonRockefeller etc.

    7. Influncia dos Pioneiros e Empreendedores Continuao

    As tticas usadas pelas empresas para acabar com os seusconcorrentes (dumping, sabotagens, coao, etc..), tornaramalgumas dessas fortunas particularmente odiadas no pas inteiro.

    Era a poca dos Trustes (do ingls "confiar") a situao em quepessoa ou empresa possui ou controla um nmero de produtores ede artigos de modo a poder controlar livremente o preo.

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    Ocorre a integrao vertical nas empresas.Os criadores dos imprios (empirebuilders) passaram a comprar e integrarconcorrentes, fornecedores e distribuidorespara assegurar seus interesses.

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    Surgiram os imprios industriais,e com eles aparecem os gerentesprofissionais.

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    7. Influncia dos Pioneiros e Empreendedores Continuao

    Na dcada de 1880 a Westinghouse e aGeneral Eletric criaram as organizaesprprias de vendas com vendedores treinados,dando inicio ao que hoje o marketing.

    Essas duas empresas adotaram a organizao do tipo funcional, queseria adotada pela maioria das empresas americanas e que consiste de:

    Um departamento de produo para cuidar manufatura de fbricas isoladas

    Um departamento de vendas para administrar um sistema nacional de escritriosdistritais com vendedores.

    Um departamento tcnico para criar e desenhar novos produtos

    Um departamento financeiro

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    7. Influncia dos Pioneiros e Empreendedores Continuao

    Com o tempo, o modelo de estrutura funcional parou de funcionarbem, e surgiram alianas, como, a empresa integrada emultidepartamental.Surgiu a organizao com escritrios centrais e as grandes holdingscomearam a ser administradas por gerentes assalariados. Assimfizeram a Standard Oil e a American Bell telephone.

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    7. Influncia dos Pioneiros e Empreendedores Continuao

    Um empreendedor da indstria frigorfica,Gustavus Swift, criou o oligoplio, situao emque a oferta controlada por um pequenonmero de vendedores e a competio se baseiano no preo, mas na propaganda e na qualidade.

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    7. Influncia dos Pioneiros e Empreendedores Continuao

    Os grandes capites de indstrias, como Rockefeller, Swift etc. nosabiam sistematizar seus negcios, pois eles eram empreendedorese no organizadores. A organizao passou a ser mais difcil doque a prpria criao dessas empresas.

    No final sculo XX, muitas empresasfaliram, pois dirigir empresas no era squesto de habilidades pessoal.

    Era o momento propcio para o surgimentodos organizadores das empresas modernas.

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    8. Influncia da Igreja Catlica

    Ao longo dos sculos, a Igreja Catlicaestruturou sua organizao com umahierarquia de autoridade, um estado-maior(assessoria) e a coordenao funcional. Paraassegurar a integrao.

    A organizao hierrquica simples eeficiente, sendo esta operada sob o comandode uma s cabea.

    A organizao da igreja serviu de exemplopara organizaes.

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    9. Influncia da Organizao Militar

    A organizao militar influenciou o aparecimentodas teorias da administrao. A organizaolinear tem origem na organizao militar dosexrcitos da Antigidade e da Idade Mdia.

    As organizaes militares ofereceram muitas contribuies para aadministrao, como

    O princpio da unidade de comando (cada subordinado s pode ter um chefe). A escala hierrquica. A centralizao do comando e descentralizao da execuo: decorrncia da

    complexidade das operaes (batalhas). A criao de staff para assessorar o comando militar: assessoria planeja e linha

    executa. A direo: a ordem pressupe orientao cada soldado sabe o que fazer. A disciplina; a aceitao de incertezas e busca por sua minimizao.