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5ªedição - ShaKin' Pop (MQ).pdf

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ShaKin’ Pop2013

Belo Horizonte / MG

5ª edição

1º trimestre de 2013Fechamento:

24 de março de 2013

[email protected]: @ShaKinPop

facebook.com/ShaKinPoptumblr.com/shakinpop

Todas as imagens utilizadasnesta revista têm seus direitos

reservados aos seus respectivosproprietários e são utilizadas

apenas para divulgação, informação e resenha, exceto quandoespecificado o contrário

Capa:Divulgação / JYP Entertainment

Distribuição online e gratuita

Oba, primeira ShaKin’ Pop do ano!

Para todos que pediram: voilà, aqui está nossa quinta edição Dessa vez, trazemos um número bem maior de páginas do que o de costume. São vinte páginas a mais do que a primeira edição. Por que tantas? Bom, o principal motivo é que, dessa vez, contamos a história de não apenas um, mas de três artistas. O escolhido para ilustrar a biografia dessa edição foi o One Day, nome para designar o 2PM e o 2AM. E para contar a história dos dois, não poderíamos esquecer do Jay Park. O resultado é muito mais ShaKin’ Pop para vocês, aprovam?Além da história dos ídolos mais fortes do k-pop - se é que vocês me entendem -, temos também a história do 1TYM, um dos primeiros grupos da YG Entertainment; uma breve explicação sobre a importância dos programas musicais na divulga-ção dos artistas de k-pop; uma reflexão sobre a relevância artística dos k-idols; apresentação do super drama Reply 1997 e muito mais. Ah, e para aqueles que gostaram do quiz que sorteia CDs de k-pop, nessa edição temos um teste sobre o B.A.P, valendo um disco sorteado pela Asian Mix Store. E como sempre: muito obrigado por acompanharem a revista. Continuem mandan-do opiniões e as sugestões. Digam o que acham das sessões, queremos saber se estão acompanhando!

Abraços da editora! <3

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Recado da editora

O que vocês acham da revista e do k-pop

O que rolou no k-pop nos últimos meses

Letra e tradução de “I’m Sorry”, do CNBLUE

Review do segundo disco do SHINee

Fotos e frases que deram o que falar

A moda dos ídolos nos aeroportos

Eleja seu dueto preferido

A trajetória do 2PM e do 2AM

Teste seus conhecimentos sobre B.A.P

Relembre (ou conheça) o 1TYM

A importância dos programas musicais no k-pop

A divertida e bem bolada história de Reply 1997

Ídolos que buscam espaço para mostrar sua arte

O ano novo lunar e aula de coreano

Saiba mais sobre a SISTAR

Como cada signo se comporta na escola

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@haengbok_byeol: só eu tenho uma pasta no pc só pras revistas da @ShaKinPop??@LulyHellmann: eu tbm tenho hahaha

@BruxinhahRuiva: Adorei

+ um capitulo da “fantásti-

ca fabrica do K-Pop” e do

“The Scandal”.

@blockb_jjang: Es-

perando o dia que a

@ShaKinPop vai estar

a venda nas bancas

*o*@DontCallMeBRUNO: A 4º EDIÇÃO

DA REVISTA @ShaKinPop É COM

CERTEZA A MELHOR DE TODAS,

PARABÉNS

Déborah Fernandes: *---* simplesmente ameii......a

história dos meus meninos.....obrigada pelo trabalho de

vocês....*---*

@it407: Eu vi no dia que lançaram e eu

achei maravilhosa! Toda a história do SJ

e essa entrevista do RaNia! Cês tão de parabéns, de vdd!

@HoroscopoKPop: eu simples-

mente amei a 4 edição entrevis-

ta com RaNia falando do Brasil

e ainda matéria sobre o SuJu, a

Shakin Pop não podia estar me-

lhor. Vocês vão ter que trabalhar

muito para superar essa edição

hahahaha <3

@theburton: parabéns pela 4ª

edição! Principalmente a matéria

da fábrica kpop (fãns loucos) e

claro, a entrevista com Rania!

*

* Pergunta feita no Facebook no dia 1 de fevereiro de 2013.

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5

*

* Pergunta

feita no

Faceb

oo

k no d

ia 5

de ja

neiro d

e 20

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.

JuLee Park: Sabem esses programas de dança e canto? Tipo o ‘Brazilian Got Talent’ que vai estrear na Record? Então, acho que pessoas (brasileiros,coreanos e descendentes) deve-riam ir nesse tipo de programa e divulgar a dança e o canto kpop... iria quebrar várias barreiras e o preconceito sobre música asiáti-ca... e acho que o número de fãs aumentaria :)

Laura Maucuello: Acho que divulgação das mídias brasileiras e manifestação dos próprios K-idols como MBLAQ fez.

Xiah Kim JaeHana: Eu acho que o que falta é a união de todos os k-poppers sejam eles novatos ou veteranos, eu quero poder rever a união que existia a alguns anos atrás, onde to-dos os fãs daquela época se esforçaram para que o k-pop fosse conhecido no Brasil.

Elaine Almeida: é necessário mais divulgação e acabar com o preconceito contra asiáticos em geral. Digo preconceito através de pia-dinhas sem graça mesmo,porque maioria da população faz piadinha.Até colunas do site da Globo fazem comentários meio preconcei-tuosos sobre Kpop, comparando Kpop com pop americano. Até o Psy foi chamado de “maluco” no Fantástico! Kpop deveria se tornar popular por ser bom, não apenas porque Glo-bo, MTV e outras emissoras estão comentando sobre Kpop. E os fãs deveriam ser mais unidos e ao invés de espantar fãs novos e chamá-los de “poser”. As empresas de entretenimento deveriam investir nesse mercado novo. Porque fãs têm muitos, mas cadê patrocínio, cadê divulgação?

Lívia Helena Rodrigues: Acho que falta divul-gação feita pelas empresas de entretenimento da Coreia, porque não adianta querer vir fazer show aqui e querer faturar sem atiçar o interes-se popular. O número de pessoas que gos-tam de kpop aqui no Brasil ainda é reduzido demais para qualquer investimento ambicioso

com turnês. Não falo de simplesmente botar a MTV pra passar clipes (porque já houve uma época em que passava e não adiantou muito porque a emissora está em crise, à beira da falência), acho que seria mais proveitoso se as empresas trouxessem seus artistas pra parti-ciparem de um ou outro programa de tv, trilha sonora de novela, colocar algumas musicas à disposição nas rádios, fazer parcerias com pro-dutores ou artistas daqui, participar de eventos alternativos... Porque é assim que os artistas daqui conquistam publico.

Thales Souza: Creio que as pessoas estão querendo forçar uma coisa que, querendo ou não, é muito diferente do que estamos acostu-mados a ver aqui no Brasil. Tive a oportunidade de ir ao Music Bank no Chile e lá pude perce-ber que as coisas são realmente diferentes. Os dramas são exibidos em TV aberta (dublados, claro). Creio que através desses detalhes, da cultura coreana em si ser introduzida no país através de diferentes mídias é muito importante. As pessoas que gostam de novela, vão dar uma chance e assistir os dramas, se gostarem, às vezes podem pesquisar sobre os atores e tudo mais e, ultimamente, muitos cantores e cantoras estão atuando. Isso já significa um pulo para elas começarem a gostar do K-Pop. Assim, penso que o K-pop sozinho é difícil de ser popular no Brasil, até porque ele faz parte do que é chamado de Hallyu, não?

Quer contar sua história com o k-pop,

divulgar seus desenhos, covers,

mandar sugestões, críticas e elogios?

Entre em contato com a ShaKin’ Pop:

[email protected]

@ShaKinPop

facebook.com/ShaKinPop

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Reuniões históricas

As tão esperadas reuni-ões dos grupos de ídolos da primeira geração do k-pop pode estar prestes a acontecer. Ex-integrantes do H.O.T e do SechKies, dois dos mais populares da década de 90, deram pistas de que os dois grupos podem se reunir em breve.

O ex-líder do H.O.T, Moon HeeJun, disse com todas as letras que todos os integrantes são a favor da reunião. Segundo o astro, a única pendência que está adiando esse é encontro são as burocracias contratuais, já que os cinco artistas pertencem a gravadoras diferentes. Ao que tudo indica, o primeiro quinteto da SM Entertainment pode se reunir com sua formação completa.

Já a situação do SechKies é um pouco mais complicada. Kang SungHoon afirmou que quer organizar a reunião de seu exi-tinto grupo, mas que precisa antes resolver alguns incidentes em que se envolveu no ano passado. Apesar da reunião ser possível, é pouco provável que os seis ex-integrantes topem voltar aos palcos.

O H.O.T e o SechKies eram os grupos mais populares entre os jovens em meados dos anos 90, sendo considerados rivais. A dis-puta entre os fãs serviu até de plano de fundo para a novela Reply 1997, que re-trata a época (Saiba mais na página 48!). Desde o fim das bandas, os integrantes de cada grupo apareciam ocasionalmente juntos, mas não houve mais nenhum disco. Será que esse ano ainda veremos duas das mais históricas reuniões da história da música pop coreana? Oremos...

Por Lily Park

Em busca da liberdade

O grupo Block B já provou diver-

sas vezes ao público que não é

do tipo que se prende a padrões

e muito menos que “engole sapos” quando discorda de alguma

coisa. Dessa vez, os sete rapazes decidiram se unir, não para

fazer novas canções, mas para ir contra a sua gravadora. Desde

o início de janeiro, o grupo está em uma batalha judicial contra

a Stardom Entertainment. O septeto alega que não recebia

seu pagamento desde abril de 2012, diferente do que estava

proposto no contrato assinado pelos jovens. Os rapazes tam-

bém acusam o diretor executivo da empresa de sumir do mapa

com uma quantia considerável, que teria sido cobrada

dos pais dos cantores. A Stardom, sem pestanejar, negou

as acusações, mas o septeto se manteve firme e reafirmou

cada palavra dita no processo. No dia 22 de fevereiro,

aconteceu a primeira audiência do caso e espera-se que o

resultado saia em breve. Mas como o Block B e a gravadora

permaneceram irredutíveis em suas posições, só fica a certeza

de que essa história ainda vai dar muito pano para manga.

Formandos

Com a chegada de um novo ano, vem também a hora de muitos alunos encerrarem sua pas-sagem pelo mundo dos estudantes colegiais. E com os jovens k-idols não é diferente. No dia 7 de fevereiro vários artistas vestiram a beca e compareceram a cerimônia de formatura do co-légio. Na lista de formandos, estão nomes como AhReum (T-ara), SeJun (SPEED), JR (JJ Project), IlHo-on (BTOB), DaHee (GLAM), Krystal (f(x)) e SeHun (EXO-K). SoHyun (4minute) e JongUp (B.A.P) contaram com a presença dos integrantes de seus grupos, que foram prestigiar a formatura dos amigos.

E quem também deixou as glamourosas roupas de idol para vestir a beca foram os garotos do INFINITE. SungGyu, Hoya, DongWoo, SungYeol e L se formaram na faculdade DaeKyung e agora são bacharel em música. Hoya e DongWoo, no entanto, não puderam comparecer a formatura por causa dos compromissos com o INFINITE H.

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2K13 Feel Korea em São Paulo

No dia 24 de fevereiro, centenas de fãs brasileiros de k-pop tiveram a honra de presenciar mais uma apresentação de seus ídolos no Brasil. Dessa vez, quem deu o ar da graça em solos brasileiros foi a dupla Baechigi, os comediantes Ongals e os cantores Ailee e HyunJoong. Os sul-coreanos chegaram no aeroporto de Guarulhos para sua primeira apresentação na capital paulista. Todos os ídolos coreanos que já desembarcaram no Brasil provocam uma grande movimentação no aeroporto e com esse grupo de artistas não foi diferente. A cantora Ailee foi a atração principal do desembarque e, logo de cara, já conquistou os fãs com sua simpatía e atenção ao público. Já o ídolo HyunJoong, eterno líder do SS501, chegou ao país com um mal estar que o impediu que ele dedicasse muita aten-ção ao público.

O show aconteceu no Clube Esperia e começou com a abertura do grupo co-ver TMF, que dançou hits do k-pop e foi acompanhado por um animado público,

que não fez questão de esconder que também sabia cada passo das core-ografias. Os primeiros coreanos a subir ao palco foram os comediantes Ongals, que com divertidas brincadeiras, arracaram boas risadas da plateia.

Os rappers do Baechigi se apresentaram logo em seguida e provaram que sabem como animar o público. Com as canções “Turn A Deaf Ear”, “Two Mari” e “Shower Of Tears”, a dupla certamente conquistou novos fãs em meio a um público que não era tão familiarizado com seus trabalhos. A cantora Ailee uniu forças com os artistas na apresentação da última música e pelo palco ficou para apresentar suas canções.

A musa abriu sua performance com o cover de “Crazy In Love”, hit da norte-americana Beyoncé. A estrela, que também é dos Estados Unidos, deu um verdadeiro show de talento e sensualidade, em que conquistou os brasileiros com seu vozeirão e sua bela aparência. A jovem também se apresentou com seus sucessos “I Will Show You” e “Heaven”, além de uma versão de “Umbrella”, sucesso da popstar Rihanna.

A atração principal da noite foi HyunJoong, que encerrou o evento cantando alguns dos seus hits lançados em carreira solo na Coreia. O repertório escolhido foi “Do You Like That”, “Lucky Guy”, “Kiss Kiss”, “Please” e “Break Down”. Apesar do estado de saúde do cantor não ter permi-tido que ele mostrasse ao público seu carisma único, o líder do SS501 cantou, dançou e deixou a plateia ensandecida. Os rebolados do músico fizeram com que algumas fãs deixassem o local desacordadas e carregadas por seguranças.

Ranking do FanCafe*

1. TVXQ (647.231 fãs)2. Big Bang (312.284 fãs)3. B2ST (274.968 fãs)4. SNSD (266.944 fãs)5. SS501 (211.210 fãs)6. Super Junior (183.560 fãs)7. Shinhwa (176.745 fãs)8. INFINITE (175.198 fãs)9. 2PM (151.865 fãs)10. B1A4 (146.582 fãs)11. Buzz (116.772 fãs)12. SHINee (109.427 fãs)13. Block B (97.997 fãs)14. Wonder Girls (89.009 fãs)15. FTISLAND (88.424 fãs)16. B.A.P (87.034 fãs)17. Teen Top (85.716 fãs)18. MBLAQ (85.716 fãs)19. 2NE1 (83.001 fãs)20. H.O.T (66.535 fãs)

* O FanCafe é uma espécie de blog coreano, dedicado para determina-do grupo. O ranking é baseado na quantidade de fãs cadastrados em cada FanCafe (dados do dia 01 de março de 2013).

Fotos: Lily Park

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Setlist do Super Show 5 em Seul:

1. “Mr.Simple”2. “Bonamana”3. “Super Girl (Remix)”5. “It ’s You”6. “Sexy, Free & Single (Remix)”7. “Boom Boom”8. “Club No. 1”9. EunHyuk, DongHae, SiWon e Henry - “So Cold”10. KangIn - “About 30” “Hometown’s Spring”11. YeSung - “Gray Paper”12. Performance de dança: ShinDong, EunHyuk e DongHae - “Harlem Shake”13. Performance especial: SiWon - “Saturday Night”RyeoWook - “Loving You”KangIn - “Bloom”SungMin - “Ice Cream”RyeoWook, SiWon, KangIn e SungMin - “Alone”14. “Breakdown”15. “A-oh!”16. “Go”17. “Shake It Up!”18. “Rockstar”19. “중 (-ing)”20. “Daydream”21. “Bittersweet” + “Someday”22. “Memories”23. “Dreaming Hero”24. “Sunny”25. “Wonder Boy”26. “Marry U”

- Bis -

27. “Sorry Sorry”28. “Show Me Your Love”29. “Sapphire Blue”30. “So I”

2013 vai entrar para a história para os fãs de k-pop do Brasil. Pela primei-ra vez, o solo brasileiro vai receber o show de um dos maiores nomes da música sul-coreana: o Super Junior.

O grupo virá ao Brasil com a turnê “Super Show 5”, para única apresenta-ção na cidade de São Paulo. O show acontecerá no Credicard Hall, no dia 21 de abril.

Essa é a quinta excursão da carreira do grupo. Os primeiros shows da turnê aconteceram em Seul, nos dias 23 e 24 de março. Em mais de duas horas de apresentações, o Super Junior brindou o público com os maiores hits de sua carreira.

O show na capital paulista será a segunda parada da turnê mundial da banda. Depois do Brasil, o SuJu seguirá para Buenos Aires, Santiago, Lima e Tóquio, onde os shows já estão marcados. O grupo também promete viajar pela China e pela Europa com sua excursão.

A produtora Time For Fun liberou a pré-venda exclusiva clientes dos cartões Citi, Credicard e Diners entre os dias 22 e 25 de março, que teve seus ingressos esgotados logo em seguida. Desde o dia 26 de março, está aberta a venda para o público em geral.

Confira todas as informações sobre o show do Super Junior em São Paulo:

Quando: 21 de abril (domingo), às 19h30Onde: Credicard Hall (Av. das Nações Unidas, 17.955 – Santo Amaro)Classificação etária: entre 8 anos a 13 anos será permitida a entrada acompanhados dos pais ou responsáveis legais. Poderão entrar desa-companhados aqueles que tiverem de 14 anos em diante.Ingressos: Camarote I - R$400 (inteira) e $200 (meia-entrada)Camarote II - R$350 (inteira) e R$175 (meia-entrada)Pista Premium - R$350 (inteira) e R$175 (meia-entrada)Pista - R$200 (inteira) e R$100 (meia-entrada)Plateia Superior I - R$160 (inteira) e R$80 (meia-entrada)Plateia Superior II - R$140 (inteira) e R$70 (meia-entrada)Plateia Superior III - R$120 (inteira) e R$60 (meia-entrada)Visão Parcial (Plateia Superior) - R$90 (inteira) e R$45 (meia-entrada)Onde comprar:- Na bilheteria oficial do Credicard Hall, diariamente, das 12h às 20h. (sem taxa de conveniência).- Nos pontos de venda da Tickets for Fun. Visite o site www.ticketsforfun.com.br para saber qual é o mais próximo de você.- Pelo telefone: 4003-5588- Pela internet: www.ticketsforfun.com.brComo comprar: dinheiro; cartões de crédito American Express, Visa, MasterCard, Diners e Cartões de Débito Visa Electron e Rede Shop.

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Lee SeungGi - “Forest”Eru - “Don’t Hurt”

Boyfriend - “I Yah”Wax - “Now & Forever”

JooYoung - “From Me To You”Nell – “Holding onto Gravity”

HyeSung - “Winter Poetry”100% - “Guy Like Me”ZE:A - “Beautiful Lady”Kim JangHoon - “Adieu”

Hello Venus - “What Are You Doing Today?”Jung Yeob - “Part 1: Me”

Sunny Hill - “Antique Romance”Joosuc - “5 Point 5”

Sonya - “Real Breakup”Hi.ni - “Legend of Tears”Ha DongKyun - “Mark”

Kim DoHoon - “Dokkun Project Pt. 2”December - “Memories”

Junsu - “Thank U For”AFRODINO - “Chameleon”

JeA

Airplane

Youai

BPPOP

Havy T

2YOON

Ego Bomb

Never Mind

INFINITE H

d.ear

PASCOL

Eric Nam

Takers

Playa

Purplay

Kyung (Block B)

DASONI

Iconize

MAIN

Rainy

Ladies Code

P.O (Block B)

CNBLUEKARA

CODE-V2AMNell

D-UnitBoyfriendDaesung

ZE:ASuper Junior K.R.Y

2PMOrange Caramel

J-MinMYNAME

BoAU-kiss

Team-HCross Gene

IUJunielTVXQ

SHINeeMBLAQ

FTISLANDT-ara

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So Nyeo Shi Dae - “I Goy A Boy”GLAM - “I Like That”

Soul Star - “300 Won Coffee”Kim SoJung - “Beautiful Love”

HeeJun - “BEGINS”Super Junior M - “Break Down”

SPEED - “Superior Speed”Kim Sori - “Dual Life”

RHINO Acoustic - “You and I”Baechigi - “Vol. 4 Part. 2”

CNBLUE - “Re:Blue”Huh Gak - “Little Giant”

ALi - “Eraser”Baek JiYoung - “I Hate It”

Prepix - “When I Get Paid”VIXX - “3rd Single”

Phantom - “Phantom Theory”So JiSub - “6 PM… Ground”

MR.MR - “Highway”Fwaney - “Monroe’s Heel”Tiny-G - “MINIMANIMO”

Skull&Haha - “Donam-dong Melody”MYNAME - “Just That Little Thing”

Andy - “You & Me”ShinJae - “Love”

SISTAR19 - “Gone Not Around Any Longer”Seo InGuk - “I Can’t Live Because of You”

4MEN - “The True Story”DMTN - “Safety Zone”Nine Muses - “Dolls”

Team H - “Lounge H – The First Impression”Leesang - “Tears”

Clazziquai - “Blessed”Kan JongWook - “Fool”

Paul Baek - “Remember You”10cm - “2.0”

Jevice - “Cause Of U”Jay Park - “Appetize”B.A.P - “One Shot”

7942 - “Missing Love”NU’EST - “Hello”

SHINee - “Chapter 1. Dream Girl – The Misconceptions of You”

Two X - “Ring Ma Bell”Rainbow - “Rainbow Syndrome”

Toxic – “Pheromone”Teen Top - “No. 1”JaeJoong - “Mine”

Girl’s Day – “White Day”Kim Tae Woo – “T-LOVE”SPEED - “Blow SPEED”

Tritops - “Too Foolish To You…”MIIII - “Woman’s Heart”

AA - “Rollin’ Rollin’”Jun Hyung (B2ST), Feeldog (BIGSTAR) & LE (EXID) – “You Got Some Nerve”

WooHyun (INFINITE) & Lucia - “Re;code Episode II”Gummy - “Fate(s)”

Verbal Jint - “If It Ain’t Love”Lee Hi - “First Love Part.1”

D-Unit - “Affirmative Chap.1”JaeJoong - “Y”

2AM - “One Spring Day”RaNia - “Just Go”U-kiss - “Collage”

JungIn - “That Woman”Davichi – “Mystic Ballad Part.1 e Part. 2”

Heo YoungSaeng - “Life”Girls’ Day - “Expectation”G.NA – “Beautiful Kisses”

GLAM – “In Front of The Mirror”EvoL - Second Evolution

INFINITE - “New Challenge”

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Composição: Jung YongHwa / Han SungHo

(It ’s over I’m sorry)(Do it do it do it now Do it do it do it now)뭐라고 난 네 말 모르겠어 나 싫다는 네 말을 모르겠어Mweorago nan ne mal moreugesseo na shilhdaneun ne maleul moreugesseo완전히 미쳤어 정신차려 미쳤어 R U crazy? (R U crazy?)Wanjeonhi michyeosseo jeongshincaryeo michyeosseo R U crazy? (R U crazy?) 간다고 슬픈 척 연기 말고 떠난다고 핑계도 그만 말해Gandago seulpeun cheokyeongi malgo ddeonandago pinggyeodo geuman malhae완전히 미쳤어 정신차려 미쳤어 R U crazy? (I really want you to get away)Wanjeonhi michyeosseo jeongshincharyeo michyeosseo R U crazy? (I really want you to get away) 네 마지막 말은 그 차가운 말은 I’m sorry (I’m sorry) I’m sorry (I’m sorry)Ne majimak maleun geu chagaun maleun I’m sorry(I’m sorry) I’m sorry (I’m sorry)

사랑한다더니 나밖에 없다더니 Oh 그렇고 그런 거짓말이야Saranghandadeoni na bakke eobsdadeoni Oh geureo-hgo geureon geojitmaliya네 이별의 말은 그 당당한 말은 I’m sorry (I’m sorry) You tell me sorry (You tell me sorry)Ne ibyeoleui maleun geu dangdanghan maleun I’m sorry (I’m sorry) You tell me sorry (You tell me sorry)모두가 변해도 너만은 아니란 말 Oh 누구나 말하는 그런 뻔한 말일뿐이야Moduga byeonhaedo neomaneun aniran mal Oh nugu-na malhaneun geureon bbeonhan malilbbuniya뻔뻔한 너의 한 마디 웃기는 너의 한 마디 (I’m sorry I’m sorry)Bbeonbbeonha neoeui han madiutgineun neoeui han madi (I’m sorry I’m sorry)짜증난 너의 한 마디 화가 난 너의 한 마디 Oh oh back to me I’m so crazyJjajungnan neoeui han madi hoega nan neoeui han madi Oh oh back to me I’m so crazy * 나라고 너에게 전부다 준 나였는데 갑자기 떠난다고Narago neoege jeonbuda jun nayeottneunde gabjagi ddeonandago완전히 미쳤어 정신차려 미쳤어 R U crazy? (R U crazy?)Wanjeonji michyeosseo jeongshincharyeo michyeosseo R U crazy? (R U crazy?)

Re:Blue

Lançamento:

14.01.2013

Gravadora:

FNC Music /

Mnet Media

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Garago maeum da ddeonan saram bonaendago deo isang jabji anha완전히 미쳤어 정신차려 미쳤어 R U crazy? (I really want you to get away)Wanjeonhi michyeosseo jeongshincharyeo michyeosseo R U crazy? (I really want you to get away) * Refrão 네 말에 내가 또 무너져 네 말에 하늘도 무너져Ne male naega ddo muneojyeo ne male haneuldo muneojyeo악몽 같은 네 말 듣기 싫어 제발 Oh no noAkmong gateun ne mal deudgo shilheo jebal Oh no no 내 귓가에 울린 내 가슴에 박힌 I’m sorry (I’m sorry) I’m sorry (I’m sorry)Nae gwitgae ullin nae gaseume bakhin I’m sorry (I’m sorry) I’m sorry (I’m sorry)사랑하지 말걸 마음 주지나 말걸 Oh 이렇게 나만 아프잖아Saranghaji malgeol maeum jujina malgeol Oh ireohge naman apeujanha내 두 눈을 적신 내 심장에 박힌 I’m sorry (I’m sorry) You tell me sorry (You tell me sorry)Nae du nuneul jeokshin nae shimjange bakhin I’m sorry (I’m sorry) You tell me sorry (you tell me sorry)다시는 안 할래 죽어도 난 안 할래 Oh 너에게 쉬웠던 그런 흔한 사랑 따위Dashineun an hallae jukeodo nan an hallae Oh neoege swiweottdeon geureon heunhan sarang ddawi

잔인한 너의 한 마디 냉정한 너의 한 마디 (I ’m sorry I ’m sorry)Janinhan neoeui han madi naengjeonghan neoeui han madi (I’m sorry I’m sorry)상처 난 너의 한 마디 쓰디 쓴 너의 한 마디 Oh oh back to me I’m so crazySangcheo nan neoeui han madi sseudi sseud neoeui han madi Oh oh back to me I’m so crazy

Tradução: Me desculpa

(Acabou, me desculpa)(Faça isso, faça isso, faça isso agora)O que você disse? Eu não te entendo, eu não entendo quando você diz que não gosta de mimVocê é completamente louca, sai dessa, você está louca? (você está louca?)

Para de fingir que está triste enquanto vai embora, pare de dar desculpas enquanto vai emboraVocê é completamente louca, sai dessa, você está louca? (você está louca?)

Suas últimas palavras, aquelas frias palavras, foram me desculpa (me desculpa), me desculpa (me desculpa)Você disse que me amava, você disse que eu era o único para você Oh, mas era tudo mentiraSuas palavras de despedida, você foi tão enfática, foram me desculpa (me desculpa), você me pediu des-culpas (me desculpa)Você disse que você nunca mudariaOh mas essas são as típicas palavras que qualquer um pode dizer

Suas palavras duras, suas palavras ridículas (me descu-pa, me desculpa)Suas palavras me irritam, suas palavras me dão raiva Oh Oh Volte para mim, estou ficando louco *

Fui eu, fui eu que te deu tudo, mas você me deixouVocê é completamente louca, sai dessa, você está louca? (você está louca?)Apenas vá, seu coração já me deixou completamente, eu vou deixar você ir, eu não vou te prender maisVocê é completamente louca, sai dessa, você está louca? (eu realmente quero que você vá)

* Refrão

Eu desabo só de lembrar de suas palavras de novo, os céus caem sobre mim quando penso no que você disseSuas palavras são como um pesadelo, eu não quero ouvir, por favor, Oh não não

Palavras que tocam meus ouvidos, palavras que per-furam meu coração, me desculpe (me desculpe), me desculpe (me desculpe)Eu não deveria ter te amado, não deveria ter te dado meu coração, oh agora sou o único que está sofrendoPalavras que enchem meus olhos de lágrimas, palavras que perfuram meu coração, me desculpe (me desculpe), me desculpe (me desculpe)Eu não vou fazer isso de novo, mesmo que eu morra por dentro eu não farei isso de novoOh esse amor banal era tão simples para você

Suas palavras crueis, suas palavras frias (me desculpa, me desculpa)Suas palavras assustadoras, suas palavras amargas Oh Oh volte para mim, eu estou ficando louco

가라고 마음 다 떠난 사람 보낸다고 더 이상 잡지 않아

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Depois de quase três anos sem um álbum inédito na Coreia, o SHINee lançou, em meados de fevereiro, seu terceiro disco de estúdio. Sob o título de “Chapter 1. Dream Girl – The Misconceptions of You”, o quinteto gravou o mais fluído e, até então, deleitável registro de seu catálogo. Os fãs de canções como “Lucifer” podem não se sentir muito confortáveis com as canções, mas esse disco nada mais é do que o ‘SHINee sendo o SHINee’.

Para o álbum, a SM Entertainment recrutou seu usual time de compositores e produtores coreanos e estran-geiros. O resultado dessa vez, felizmente, foi um disco mais voltado para o gênero musical que caracteriza o SHINee. Quando o grupo foi formado, em 2008, suas canções flertavam com o R&B contemporâneo e, com o tempo, o som dos garotos foi mesclando com um pop bem dançante, porém na mesma linha retrô. De repente, com faixas como “Ring Ding Dong” e “Lucifer”, a banda se rendeu aos ritmos mais eletrônicos e frequentes das paradas de sucesso coreanas. Agora, com esse novo trabalho, o SHINee retomou a personalidade sonora

(vertente já sinalizada no último single do grupo, “Sherlo-ck”) que caracteriza a música do quinteto.

“Chapter 1. Dream Girl – The Misconceptions of You” é, pode se assim dizer, o disco mais ‘conceitual’ do SHI-Nee até então. As canções, de forma geral, seguem a mesma linha swingbeat, característica do final dos anos 80 e início dos anos 90, temperado com influências do funk e um “quê de Motown”. Muitos criticaram a falta de variedade sonora do disco, mas essa continuidade ofe-rece mais naturalidade ao trabalho e faz com que suas canções dimanem com mais espontaneidade e soem mais aprazíveis ao reaver as raízes musicais do grupo.

A sequência das músicas também se reflete em suas sin-gelas letras, que possuem uma mesma temática. Apenas uma letra do disco se diferencia das demais. A faixa “Spoiler” foi escrita pelo vocalista JongHyun e é uma es-pécie de canção introdutória do CD. A música começa com o famoso ritmo da música “Sherlock”, mas logo se transforma em uma canção bem diferente. Brincando com os nomes das faixas do fonograma, “Spoiler” dá

Por Lily Park

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uma prévia de como serão as músicas que estão por vir.

As letras de todas as canções seguintes seguem a mes-ma proposta de descrever ou de falar sobre a garota amada. Tudo faz parte do conceito do nome do disco (“Capítulo 1 - Garota dos Sonhos - Os Equívocos Sobre Você”, em tradução livre). Para dar continuidade ao trabalho, a SM Entertainment anunciou a já tradicional versão ‘repaginada’ do disco de seus artistas. Em abril, o SHINee relançará seu terceiro registro sob o nome “Chapter 2 - The Misconceptions of Me” (“Capítulo 2 - Os Equívocos Sobre Mim”), com a promessa de uma abordagem diferente.

Depois da introdução, a primeira canção do álbum é “Dream Girl”, faixa-título que também é o carro-chefe do CD. Na música, as partes de cada integrante são bem distribuídas, sem saturação de algum nome específico. A melodia é bem jovial, um pop retrô no melhor estilo SHI-Nee de ser. Os cinco integrantes apresentam vozes mais soltas, mostrando o amadurecimento vocal do grupo. O som é regrado com sintetizadores (tendência acerta-da do disco), que vão crescendo gradativamente no gancho até o refrão e que se moldam suavemente na ponte, cantada pela dobradinha TaeMin e JongHyun.

Normalmente, os singles promocionais no k-pop ou são grandiosos demais, repletos de efeitos eletrônicos, ou são baladas bem singelas. “Dream Girl”, no entanto, é uma faixa leve, alegre e despretensiosa. Na medida certa, ela desempenha a função de levar ao público o ‘bom e velho’ SHINee, sem a vaidade de se tornar a melhor música do ano ou de ser o grande hit da carreira do quinteto.

O traço ‘funky pop’ do disco segue com “Hitchhiking”. A melodia da canção é demasiada semelhante com a do hit antecessor da banda, “Sherlock”, mas sem que isso faça desse ritmo algo maçante. É uma das empol-gantes do disco, mas essa semelhança com o refrão da

última música de trabalho do grupo descarta qualquer hipótese de “Hitchhiking” se tornar um single. Ainda assim, o falsete e os tons diferentes explorados pelos inte-grantes fazem dela uma das canções mais interessantes

do novo álbum. O destaque vai para TaeMin, que arrisca um vocal mais ‘arranhado’, que se adapta bem ao ritmo da música.

“Punch Drunk Love” vem logo em seguida e se diferencia das outras canções por apostar mais na combinação de guitarra e bateria do que nos sintetizadores. A

Chapter 1. Dream Girl – The

Misconceptions of You

Lançamento: 19 de fevereiro de 2013Gênero: k-pop, pop, R&B, funk, swingbeatGravadora: SM Entertainment

1. “Spoiler”2. “Dream Girl”3. “히치하이킹 (Hitchhiking)”4. “Punch Drunk Love”5. “Girls, Girls, Girls”6. “방백 (Aside)”7. “아름다워 (Beautiful)”8. “다이너마이트 (Dynamite)”9. “Runaway”

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melodia, no entanto, não foge da linha new jack swing do trabalho e dá continuidade a fluidez do disco. Uma das peculiaridades dessa canção é mostrar bem uma evoluída harmonia vocal dos integrantes. Após um ligeiro e diferenciado rap, “Punch Drunk Love” se encerra com uma afinada a capella pra lá de apropriada para a temática anos 90 das músicas.

“Girls Girls Girls” dá sequência à proposta do disco, mas com uma melodia bem doce, que a faz lembrar uma canção infantil. A faixa mais delicada do CD começa com o maknae TaeMin, que descreve como não en-tende as garotas, e é displicentemente aconselhado por seus colegas mais velhos ao longo da música. Esse fator divertido sugere que a canção mereça um vídeo a altura. Na ponte da canção, ela mostra que não deixa de seguir o ritmo retrô do disco, com o rap de Key e MinHo no maior estilo swingbeat, combinado a voz de JongHyun ao fundo.

A canção seguinte é a que mais se afasta da linha musical do disco e a que mais se aproxima de uma balada romântica. “Aside” lembra as canções populares de dramas coreanos em sua melodia. Com as vozes bem afinadas e sem grandes inovações, apesar da diferença de sonoridade, os integrantes não quebram a leveza do disco.

Eis que surge “Beautiful”, com uma batida inicial eletrô-nica, que não decepciona em sua vivacidade, sendo a mais promissora faixa do disco. Com um empolgante refrão e com versos que são facilmente memorizáveis até por aqueles que não dominam a língua coreana, os ga-rotos apresentam uma delicada e alegre canção, que cativa por sua simplicidade. “Beautiful” traz o ritmo pop retrô de volta ao disco e reúne uma bela combinação de vocais bem ajustados dos integrantes.

“Dynamite” segue como a mais ousada música da nova empreitada do SHINee. Com uma melodia bem sinteti-zada, os garotos arriscam tons mais fortes e diferentes. Acompanhados de uma melodia que destaca mais o baixo do que outros instrumentos, o grupo mostra que pode - e deve - ousar mais em seus vocais sem se prender a uma única variação de vozes. “Dynamite” fica como prova que habilidades não faltam nos integrantes do SHINee para que eles invistam em diferentes tons e saibam aproveitar melhor seus dotes de vocalistas. O destaque vai para o brilhante vocal de Onew, que possui extensão de voz de sobra para se adequar aos mais distintos estilos.

O disco encerra com a menos intensa faixa, “Runaway”. Sem fugir da proposta geral, a música traz um instrumen-tal menos trabalhado, mas não peca em mostrar a já característica alegria ‘pop bubblegum’ do SHINee.

“Chapter 1. Dream Girl – The Misconceptions of You” pode não ser o que muitos fãs esperavam para o terceiro trabalho de estúdio do SHINee. Mas antes de tudo, é preciso oferecer os louvores a SM Entertainment, que optou por seguir com a proposta sonora original do quinteto ao invés de lançar um trabalho que cairia mais facilmente no gosto popular.

Além dessa manutenção de identidade sonora, é preciso destacar alguns pontos que marcam esse novo trabalho. O primeiro deles é a evolução dos vocais e o melhor aproveitamento das vozes do grupo. JongHyun, que possui uma das maiores extensões vocais do k-pop, antes se limitava basicamente aos mesmos tons e aos mesmos agudos. Nas canções desse novo trabalho, o grupo começou a se dar conta de como deve aprovei-tar melhor os vocais do artista, que consegue se desta-car em diferentes ritmos.

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O também disco ficou marcado pela presença cons-tante das vozes de JongHyun e TaeMin, que juntas se harmonizam em diversas combinações vocais do álbum. O caçula do grupo por si só é o grande destaque do CD, ao se mostrar capaz de aproveitar bem sua voz e provar que sabe ser um grande vocalista. A maior participação da doce e quase feminina voz de TaeMin no disco é um dos grandes diferenciais e atrativos do álbum.

O rap não ganhou tanto destaque nas novas canções do SHINee. Em consequência, Key e MinHo ganharam mais versos cantados. MinHo, em especial, mostrou uma grande evolução como cantor e deixa a prova de que pode se destacar mais nos vocais em trabalhos futuros. Key, por sua vez, nunca mostrou dificuldades como vo-calista e se adaptou bem aos ritmos do disco, especial-mente em “Dynamite”.

Com a mais bem preparada voz do SHINee, Onew se destacou principalmente nos tons mais vociferados das canções. O líder deixou um ‘gostinho de quero mais’ para que seus excelentes timbre e tessitura sejam cada vez melhor aproveitados nos trabalhos do SHINee.

O álbum é, por último mas não menos importante, até então o que mais contou com a participação e liber-dade dos jovens cantores em sua produção. Isso por si só já transforma “Chapter 1. Dream Girl – The Miscon-ceptions of You” no disco mais natural e no que mais dá sequência a carreira musical do SHINee. Em apenas nove músicas, sem tantos ritmos eletrônicos e com mais destaque aos instrumentos e aos vocais da banda, o SHINee provou que menos é mais. Resta aguardar para saber o que o quinteto e seu time de produtores prepa-raram para a segunda versão do disco.

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Por Lily Park

JoKwon e JinWoon, do 2AM, viajaram pela Europa e registraram vários cenários do velho continente. Na

Suiça, o líder posou ao lado de uma estátua do icônico Freddie Mercury, eterna voz do Queen. Enquanto isso,

na terra da rainha, o maknae fez pose à la Beatles na Abbey Road e exibiu sua nova guitarra em frente ao

Teatro Dominion.

CL, da 2NE1, dedicou um pouco de seu tempo para visitar o orfanato HOLT Children’s Services. Lá, a líder se encantou com o pequeno DoJoon. Fofo demais, né?

A cantora G.NA postou uma foto em que aparece ao

lado de sua mãe. Agora já sabemos de quem a musa

puxou tanta elegância!

C.A.P encarnou a SISTAR19 para

posar ao lado da dupla. “Lalala-

lalala~ SISTAR, com seus cabelos

compridos. Eu também tenho

longos cabelos”, escreveu.

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RyeoWook, do Super Junior, angariou uma tremenda coleção de CDs de k-pop, como DJ da rádio Kiss The Radio. É de

dar inveja a qualquer k-popper né?

G-Dragon, do Big Bang, publicou

uma imagem ao lado de Jay Park. Já pensou se sai uma parceria

daí?

Garotas da 4minute cheias de aegyo na foto publicada pela vocalista JiYoon!

SunYe, da Wonder Girls, se casou e a Lua de Mel rendeu uma linda sessão de fotos,

nas Maldivas.

Danny, do 1TYM, divulgou uma foto de seu filhinho. Que coisa mais fofa! (Veja mais sobre o 1TYM na

página 42!)

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Incentivados por YongGuk, os garotos

do B.A.P estão sempre engajados em campanhasde caridade. Foto dolíder e do maknae Zelo para a Unicef.

“Dara lavando a louça”, escreveu TaeYang, do Big Bang, no Twitter,

com a foto da integrante da 2NE1 na cozinha!

Muita festa com os integrantes do Super Junior e do SHINee no aniversário do

rapper MinHo. Os garotos se divertiram publicando imagens no Twitter. Até MinHo, que não tem conta no microblog, usou o

perfil de seu amigo KyuHyun para compartilhar as fotos.

“Eu estive em um relacionamento em que, involunta-

riamente, eu acabei nutrindo sentimentos por outra

pessoa. Eu não trai minha namorada, eu terminei com

ela. Mas qualquer um pode ser seduzido por outra

pessoa. Eu não acho que dúvidas pessoais sejam

consideradas como traição”, ChangMin, do TVXQ.

“Eu gosto de mulheres fortes, saudáveis,

que possam me proteger”, YoSeob,

B2ST.

“Não vamos negar que vemos o B.A.P

como rivais. Eles estão indo muito bem.

Eu fico com um pouco de inveja de

ver o quão longe eles já chegaram...

Vendo o B.A.P, eu penso que temos

que nos esforçar tanto quanto eles”,

BaekHo, do NU’EST.

“Se você observar o k-pop, é algo que está ficando popular em todo

o mundo, mas é conhecido por seus artistas magros e por suas cantoras

bonitas. Então, eu estou orgulhoso de ter chegado onde cheguei sem esse corpo magrinho. Se eu posso, todo

mundo pode”, PSY.

“Eu comi comida estragada de propósito para ficar com dor de barriga quando eu

queria descansar mas estava com a agenda muito cheia”, MinWoo, do Shinhwa, sobre

quando queria uma folga da agência durantes os primór-dios de seu grupo.

“Há um mundo injusto por trás disso, mas muitas pessoas não se dão

conta disso. Há um mundo em que coisas ridículas são aceitas”,

JaeJoong, do JYJ, sobre a disputa judicial contra a SM Entertainment.

“Os ídolos de hoje saem em encontros às escondidas nos bastidores, no final dos corredores ou nos banheiros. Não é fácil para eles se encontrarem do lado de fora, então para eles é mais fácil namorar no meio das gravações.”,

JaeDuk, ex-SechKies.

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A simples passagem de k-idols por aeroportos se transformou em um grande desfile de moda. Confira os mais variados looks que os artistas desfilam nos trajetos de suas viagens.

O termo “airport fashion” foi criado para designar o visual que os k-idols adotam para embarcar nos aero-portos do mundo inteiro.

Na Coreia, os artistas não sofrem com uma perse-guição frenética dos paparazzi no dia a dia, como acontece com as estrelas norte-americanas. Normal-mente, as fotos cotidianas desses ídolos são registra-das por fãs sasaengs e muitas vezes acabam restritas a essas fãs perseguidoras.

O assédio da mídia coreana, então, costuma se limitar aos aeroportos, nos momentos em que os ídolos vão viajar ou estão chegando de viagem.

Entre a espera ansiosa e os olhares curiosos, fãs, anti-fãs e jornalistas se misturam nesses locais com a mesma in-tenção: conseguir uma foto mostrando o visual do artista que está passando por ali, seja para elogiar ou para criticar. Marcas de roupas, sapatos e acessórios... nada passa despercebido.

Por Melody Kim

Combinação de ‘couple’

Kai e Kris, do EXO, usaram o mesmo agasalho com capuz da marca coreana KRAVITZ, que custa cerca de R$204. Kai estava no aeroporto de Gimpo e Kris, em Incheon.

As roupas ficam super bem nos rapazes, não é? O grupo está acostumado a usar as roupas da grife.

Criatividade e estilo

HyoMin se destaca das outras integrantes da T-ara por mostrar-se perita na arte de se vestir bem. Diversas vezes, a garota foi elogiada por conseguir manter o equilíbrio quando o assunto é moda. Detalhe para o estilo e prati-cidade da maxi bolsa do designer Tory Burch.

Visual brazuca Xiah Junsu desembarcou no aeroporto de Guaru-lhos usando camiseta amarela, bermuda e chi-nelos. O ídolo chegou preparado para o clima quente brasileiro.

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O mais legal da moda de aeroporto dos ídolos é a possibilidade de você conhecer mais sobre o verdadeiro estilo dos artistas. Os estilos de roupas que os k-idols usam nos palcos não são necessariamente os mesmos do dia a dia. Veja abaixo algumas referências e preferências de alguns ídolos quando o assunto é moda.

Garotos do rock

JaeJoong, do JYJ, e JinWoon, do 2AM, não negam as suas raízes do rock quando possuem liberdade de escolher suas próprias roupas.

JaeJoong normalmente aparece sempre de preto e de óculos escuros. Repare na foto acima que as suas unhas também estão pintadas de preto. JinWoon segue uma linha estilo roqueiro britânico e não larga do seu violão.

De olho na estampa

HyoRin, do grupo SISTAR, chamou muita atenção com seu casaco rosa com es-tampa de zebrinha. A garota estava indo para a Malásia quando foi fotografada. A jaqueta de capuz custa cerca de R$268 e pertence a grife coreana Dolly & Molly.

Fidelidade ao estilo

Dentre os diversos grupos de k-pop, a 2NE1 é a girl-band que melhor consegue manter fora dos palcos o estilo que adota em suas performances. As garotas são conhecidas por usar acessórios e figurinos extravagan-tes, e no cotidiano suas roupas não decepcionam na ousadia. Observe na foto ao lado a fidelidade do estilo 2NE1 fora dos palcos.

Deixando o brilho dos palcosA musa BoA prefere usar roupas mais discretas e confortáveis na hora de viajar, diferente do gla-mour das roupas usadas em suas apresentações.

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Travessuras

SungYeol, do INFINITE, perdeu uma aposta com seus colegas e teve que desfilar pelo aeroporto de roupão e chinelo!

E quem também teve que adotar um look peculiar no aeroporto após perder uma aposta foi EunHyuk, do Super Junior. O rapper marcou um encontro com os fãs para desfilar vestido de Marilyn Monroe.

Skatista

TaeYang, do Big Bang, foi visto andando de skate no aeroporto de Gimpo. O rapaz recebeu atenção por seu estilo, com roupas que valorizaram o corpo tatuado do cantor, evidenciando seus braços fortes e malhados.

Sem medo de ousar

O ator Jang GeunSuk e HongKi, do FTISLAND, são referências da moda masculina na Coreia. Os rapazes adoram ousar e fazem combina-ções um tanto peculiares, que chamam muita atenção. Repare no visual ímpar de GeunSuk e no chapéu vermelho de HongKi.

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Cumplicidade até na moda

Key, do SHINee, é um exemplo de charme e estilo. O rapaz investe em estampas diferentes e elementos dos anos 80. Os óculos geek e outros acessórios refletem muito de sua perso-nalidade. Key também não deixa os amigos na mão. Que ele e WooHyun são BBFs, toda Coreia já sabe. Mas você sabia que o vocalista do INFINITE sempre tira uma foto da roupa que vai usar na hora de viajar e manda para o Key aprovar?Quem não gostaria de ter como amigo um dos maiores fashionistas da Coreia?

Garotas de estilo

Tiffany, da So Nyeo Shi Dae, contou no programa Strong Heart, da SBS, suas experiências com a moda nos aeroportos. A cantora confessou que não prestava muita atenção nas roupas que estava vestindo na hora de viajar, mas ela começou a se arrumar mais desde que seu grupo passou a ser constantemente fotografado usando chinelos, sem maquiagens e sem os habituais cabelos feitos. O diver-tido foi quando elas se enfeitaram dos pés as cabeças, mas ninguém apareceu para fotografa-las.

Hoje, as garotas da SNSD são as preferidas dos fotógrafos e cha-mam muita atenção por onde passam.

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Se liga no acessório Os acessórios também não passam despercebidos pelas lentes dos fãs e dos jornalis-tas. Veja alguns desses itens favoritos dos k-idols.

Jun.K, do 2PM, combinou um gorro com cachecol, dois acessórios que ele usa com muita frequência. O vocalista não passou despercebido mesmo cobrindo o seu rosto.

Outro acessório que chama atenção são as máscaras de proteção de boca e nariz. Muito comuns na Ásia, elas servem para proteção contra poeira, vírus e mais. Além de se proteger, os ídolos usam máscaras estampadas para combinar com o look.

Jia, da miss A, arrasa na combinação de fones de ouvidos, boné e óculos escuros.

O líder SeungHo, do MBLAQ, é visto com frequência usando boné de lado, enquanto G.O usa um boné estilo jogador de beisebol de forma convencional.

YongGuk, do B.A.P, combinou cachecol, com o capuz da blusa e um boné, mostrando muito estilo e harmonia de cores.

Os óculos Geek foram tendência da moda no ano passado, mas eles continuam em alta em 2013. O acessório faz parte do estilo de CNU, do B1A4, em cima e também fora dos palcos.

EunJi, da A Pink, exibe muito charme e estilo bem moleca ao usar um boné no aeroporto de Incheon.

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Qual seu dueto preferido do k-pop?

De vez em quando, os ídolos do k-pop decidem nos presentear com parcerias, de artistas, do mesmo grupo ou não, e promovem grandes encontros, ao dividi-rem os vocais em canções e provaremque possuem harmonia no palco. Esco-lha qual desses duetos é o seu favorito!

A enquete está disponível no endereço shakinpop.com e ficará aberta até o lançamento da próxima edição, quando divulgaremos o ranking dos mais votados!

* O ranking foi montado de acordo com o resultado de uma enquete, que ficou aberta no site da revista, entre os dias 7 de dezembro de 2012 e

3 de março de 2013.

Por Belle Liouncort

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Garotos de sangue quente

2008 é considerado por muitos o “ano dourado” do k-pop. A safra daquele ano foi das mais fartas. “Haru Haru”, do Big Bang; “Mirotic”, do TVXQ; Nobody, da Wonder Girls e “Rainism”, do Rain, foram alguns dos hits lançados naquele ano e que são hoje considerados ‘clássicos do k-pop’. 2008 também ficou marcado pelo debut de grandes artistas como SHINee, U-kiss e IU.

Naquela época, a JYP Entertainment colhia os lucros do sucesso da Wonder Girls. E quando um grupo de uma gravadora vai de vento em popa, o que a empresa faz? Ora, usa seus esforços para montar um novo conjun-to e conquistar novos fãs.

E foi isso que Park JinYoung fez. Naquele ano, além da Wonder Girls, a gravadora de JYP não possuía nenhum outro artista que figurasse na grande mídia. Com o fim do G.O.D, em 2005, e com a saída do popstar Rain, em 2007, esse era o momento certo para a empresa investir em novas imagens masculinas.

E coloque um “M” maiúsculo quando se referir ao então novo projeto de Park JinYoung. Sempre sagaz, JYP sele-

cionou 13 rapazes dentre seus trainees para participar de um reality show de onde seriam selecionados os no-vos integrantes de não apenas um, mais de dois novos grupos masculinos. A atração, transmitida pela M.Net, foi chamada de Hot Blood (Sangue Quente, em tradução livre).

Na época, a seleção de 13 rapazes enfureceu alguns fãs do grupo Super Junior, que pensaram que JYP estives-se treinando rivais em potencial para os garotos da SM Entertainment. Mas logo na introdução do Hot Blood, a mensagem era bem clara de que ali seriam treinados artistas para um grupo com um conceito bem diferente dos músicos da gravadora de Lee SooMan.

Para seu novo projeto, JinYoung queria homens “fortes e rudes”. E, para isso, fez os rapazes ficarem duas noites e três dias em uma afastada casa beira mar, onde passa-ram por treinamentos físicos, vocais e psicológicos. Tudo para que estivessem prontos para a exigente e dura vida de um k-idol.

Por Lily Park

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Desse árduo treinamento, participaram Jang WooYoung, Kim Junsu, Im DaeHun, Jeong JinWoon, Hwang ChanSung, NichKhun Horvejkul, Im SeulOng, Lee SweeChi, Yoon DooJoon, Ok TaecYeon, Lee JunHo e Jo Kwon. Park JaeBum também participou da atração, mas se juntou a trupe um episódio mais tarde que seus colegas.

No final do programa, após uma apresentação para o público, três integrantes seriam eliminados e os demais teriam seus lugares garantidos nos novos grupos da JYP Entertainment. SweeChi, JinWoon e DooJoon foram eliminados pelo público, após uma votação feita pela internet. Aos poucos, as preferências artísticas de cada um dos remanescentes iam definindo de qual dos novos grupos cada integrante faria parte.

WooYoung, Junsu, ChanSung, NichKhun, TaecYeon, JunHo e JaeBum formaram o primeiro time. Com um conceito mais voltado para o hip-hop, o grupo foi intitulado 2PM (duas horas da tarde, em tradução livre), uma referência a hora mais quente do dia, para remeter ao conceito de “garotos quentes”.

SeulOng, Jo Kwon e DaeHun foram escolhidos para o segundo grupo. DaeHun, porém, abandonou o barco e foi para os Estados Unidos, por problemas familiares. JinWoon foi então ‘repescado’ e escalado para a ban-da. Um novo trainee, Lee ChangMin, que havia entrado para a gravadora no mesmo dia em que terminou seus serviços militares obrigatórios, foi prontamente escolhido

para participar do time, devido a sua incrível habilidade vocal. Estava formado o 2AM.

O quarteto seria um grupo voltado para canções mais românticas que de seus colegas. O nome (duas horas da manhã, em tradução livre) representa o calmo mo-mento da madrugada, em que cada um reflete sobre as atitudes e sentimentos do dia anterior.

SweeChi, continuou como trainee da JYP Entertainment. Enquanto isso, DooJoon foi treinado pela CUBE Enter-tainment (subsidiária da JYPE) e estreou um ano depois como líder do B2ST, hoje um dos mais bem sucedidos grupos da Coreia. Alguns meses após o fim das gra-vações do Hot Blood, JaeBum, TaecYeon, NichKhun, WooYoung, Junsu, JunHo e ChanSung estrearam sob o nome de 2PM, em setembro de 2008.

A turma toda do Hot Blood

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Desde o debut, o 2PM trazia consigo um conceito dife-rente de seus “rivais” nas paradas coreanas. Enquanto as outras boybands, em sua maioria, se preocupavam em mostrar uma imagem mais jovem e doce, o grupo mostrava garotos mais maduros e agressivos.

JaeBum, o integrante norte-americano e mais velho, foi escolhido como líder. Apesar de não dominar muito bem a língua coreana, o cantor foi um dos primeiros a conquistar a simpatia do público. Com um humor ácido, Jay (seu nome americano) foi o melhor avaliado no Hot Blood, por se destacar tanto na dança, quanto no canto.

O primeiro single do 2PM foi a divertida “10 Points Out Of 10”, com passos coreografados e temperados com acrobacias. Durante as promoções da faixa, o grupo ia conquistando popularidade em programas de varieda-des, como o Idol Army, da MBCEvery1. Mas o sucesso veio mesmo em abril do ano seguinte, com “Again & Again”.

A hora mais quente do dia Sem deixar de lado as já características acrobacias, foi com a faixa principal do EP “2:00PM Time For Change” que o septeto conquistou seus primeiros prêmios nos programas musicais da Coreia. O desem-penho do segundo single, “I Hate You”, também não decepcionou e garantiu mais prêmios para os rapazes. O sex appeal das performances dos garotos rendeu o apelido de “ídolos selvagens” para o 2PM. Ao mesmo tempo, os garotos estrelavam seu primeiro reality show, o escrachado Wild Bunny.

2PM - 1 = 1:59PM

Quando tudo parecia ir bem para o 2PM, eis que um incidente na internet altera de vez o rumo da banda. No fatídico 4 de setembro de 2009, foram divulgadas na internet comentários postados por JaeBum, em seu MySpace pessoal, dos tempos em que era trainee. Nas mensagens, Jay comentava como não havia se adapta-do a cultura dos coreanos e as expressões usadas pelo jovem foram consideradas ofensivas pelos internautas. Começava ali o mais indagador escândalo da história do k-pop.

Não demorou muito até que o assunto ganhasse re-percussão na mídia e JaeBum fosse duramente criticado pelos sul-coreanos, um povo que possui um forte senti-mento patriota. Apesar do cantor ter feito um pedido oficial de desculpas por meio de sua gravadora, isso não acalmou os comentários na imprensa e na rede. Na internet, muitos pediam que ele deixasse o posto de lí-der do 2PM e houve até petições pedindo seu suicídio. A confusão culminou no anúncio oficial da saída de Jay do 2PM, no dia 8 de setembro.

Com pedidos de desculpas aos outros integrantes e

Saltos e acrobacias não faltavamnas coreografias do 2PM

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aos fãs, JaeBum se despediu de seu grupo e afirmou que voltaria para os Estados Unidos, para se dedicar aos estudos e aprimorar suas habilidades musicais. Park JinYoung disse publicamente que respeitaria a deci-são do músico e que a banda seguiria com os demais integrantes. Nem mesmo o último episódio do Wild Bunny chegou a ser transmitido na TV.

Porém o retorno de Jay para Seattle, sua cidade na-tal, não fez com que o assunto cessasse na Coreia. O “caso JaeBum” se tornou pauta certa na imprensa sul-coreana e a polêmica fez com que os integrantes rema-nescentes dessem uma pausa em suas atividades. Mas esse hiato não durou muito e, no mês seguinte, a gra-vadora anunciou o lançamento do primeiro álbum do grupo. Enquanto a companhia afirmava que suas portas estavam abertas para receber Jay, caso ele desejasse retornar, os outros integrantes do 2PM faziam questão de demonstrar apoio ao ex-líder. Para os fãs, qualquer movimento da gravadora e do grupo se tornou uma possível pista sobre o retorno de JaeBum.

O primeiro álbum foi intitulado “1:59PM”, uma referência a um ‘2PM incompleto’, o que se tornou um prato cheio para os fãs sonharem com o retorno do líder. No en-tanto, apesar de terem sido incluídas as faixas já lan-çadas com Jay no disco, nas gravações inéditas a voz do cantor foi substituída pela de seus colegas. Mesmo assim, o então sexteto anunciou que todos os lucros do disco, que fossem destinados a eles, seriam divididos com JaeBum.

O controverso álbum foi finalmente lançado no dia 10 de novembro e o single “Heartbeat” foi direto para o primeiro lugar nas paradas. Os prêmios para o grupo não tardaram a vir. Na mídia, o assunto não era outro senão o 2PM. O grupo dominou as tradicionais ceri-mônias de fim de ano e faturou inclusive o cobiçado prêmio de Música do Ano, com “Again & Again”. Para homenagear o líder, na performance de premiação, o sexteto deixou vago o espaço de Jay na coreografia e manteve os vocais do ex-colega.

O 2PM encerrou as promoções de seu disco no início do ano seguinte, com a canção “Tired Of Waiting”. Tudo indicava que, no próximo comeback, JaeBum esta-ria de volta ao grupo e os fãs se entusiasmavam com a ideia. E, supostamente, era isso que deveria acontecer. Mas o destino pregou uma peça em todos que espera-vam o retorno do líder.

No dia 25 de fevereiro de 2010, um anúncio no site oficial da JYP Entertainment explicava que o contrato com JaeBum havia sido anulado e que ele não retorna-ria para o 2PM. O comunicado dizia que tudo estava certo para que o líder retornasse, mas que ele havia recentemente confessado à gravadora um “grande erro pessoal” e que isso o impediria de retornar. Segundo o comunicado, os outros seis músicos concordavam com a saída de JaeBum.

A notícia abalou os fãs, que começaram a se ques-tionar qual seria esse erro e a exigir explicações mais convincentes da gravadora e dos outros integrantes. Para tentar acalmar os ânimos do público, no dia 27 de fevereiro, a JYP Entertainment preparou uma coletiva com membros de diferentes fã-sites do 2PM. Apenas fãs, representantes dos artistas e os seis integrantes remanescentes participaram da conferência, que durou cinco horas.

Furiosos, os fãs questionavam a saída do líder, os indícios de que ele voltaria e um leque de acusações contra a gravadora e os músicos. Em resposta, os inte-grantes afirmaram que “Jay havia cometido um erro e que isso o impedia de voltar para o grupo”. Segundo eles, “a decisão de não aceitar JaeBum de volta foi a única possível para protegê-lo”.

Alguns fãs não aceitaram as explicações da gravadora e dos cantores e se revoltaram contra eles. Fãs sasaen-gs (que perseguem os ídolos 24 por dia) começaram a espalhar rumores contra os atuais integrantes do 2PM. Apenas NichKhun se safou das acusações do público.

Jay deixou uma lacuna no 2PM, mas o grupo seguiu em frente

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Protestos foram feitos em frente à JYP Entertainment. CDs e imagens da atual formação do 2PM foram queimados em praça pública.

Até hoje, ninguém soube exatamente o que levou à saída de JaeBum do grupo. Várias questões ainda pare-cem sem respostas para os fãs. Mas com Jay nos Estados Unidos e o 2PM na Coreia, era a hora de cada lado seguir o seu caminho.

Em 2011, o 2PM era figurinha certa em programas de variedade, dramas e na mídia coreana. Garantido o sucesso na Coreia, era hora de alçar voos mais altos. A única trupe sem líder da Coreia seguiu para a carreira no Japão, onde foi bem recebida com o single “Take Off”. Foi em terras nipônicas que o grupo ficou até meados daquele ano.

Em junho, ‘jogando em casa’, o 2PM lançou “Hands Up”, seu segundo disco na Coreia. No fonograma, que foi mais autoral que os primeiros trabalhos, o grupo retomou as origens e lançou uma faixa-título alegre e dançante. A aposta nas pistas de dança não decepcionou e mais uma vez o topo dos rankings musicais coreanos eram do sexteto.

Era a hora perfeita para começar a primeira turnê asi-ática, a “Hands Up Asia Tour”. No final daquele ano, a banda lançou seu primeiro álbum de estúdio no Japão, “Republic Of 2PM”, e não deixou que a empolgação dos japoneses por seus trabalhos esfriassem.

Depois de tantos escândalos, da ausência de um líder no grupo e de tanta revolta entre os fãs, muitos acre-ditaram que o 2PM estava com seus dias contados. Até que em meados de abril, o sexteto anunciou o lançamento de um novo trabalho, intitulado “Don’t Stop Can’t Stop”. O primeiro single, “Without You”, conquistou rapidamente o primeiro lugar nas paradas e provou que a popularidade do grupo estava longe de acabar.

Em seguida, pegando carona na turnê norte-americana da Wonder Girls, a banda fez uma pequena excursão nos Estados Unidos como banda de abertura de suas colegas de gravadora. Meses depois, os rapazes fize-ram seu primeiro grande show na Coreia, onde cantaram seus hits para mais de 12 mil pessoas.

Não satisfeitos, os seis cantores lançaram um novo EP em outubro daquele ano, “Still 2:00PM”, com o single “I’ll Be Back”. Mesmo não sendo o maior sucesso do grupo, o hit levou o 2PM mais uma vez ao topo das paradas e chegou a figurar até mesmo na lista de discos mais vendidos da Billboard.

Volta por cima

Nos palcos de suas turnês o 2PM provou que sabe dominar a plateia

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Para contrastar com a agitação na carreira do 2PM desde seu debut, em 2012, o grupo se limitou as ativi-dades no Japão e em outros países asiáticos. Mesmo afastados da indústria fonográfica coreana, um inciden-te impediu que o nome do sexteto passasse desperce-bido na Coreia naquele ano.

Em julho, NichKhun acidentalmente atropelou um motoci-clista enquanto dirigia em um cruzamento. Testes detec-taram um nível de 0.056% de álcool no cantor, 0.006% a mais do que o permitido pela lei sul-coreana. O assunto repercutiu negativamente para o astro, que se afastou da mídia por alguns meses. Khun só voltou a participar das atividades do 2PM em outubro, quando o caso foi resolvido judicialmente. Felizmente, tudo terminou bem para o motociclista e para o artista.

O único a subir nos palcos coreanos em 2012 foi WooYoung, que lançou seu primeiro trabalho solo, “23, Male, Single”, com o single “Sexy Lady”. O ano se encerrou com a promessa de que o grupo lançaria seu terceiro disco na Coreia. Promessa essa que ainda está para ser cumprida. Enquanto isso, o 2PM investe seus esforços no lançamento de seu segundo disco nipônico, “Legend Of 2PM”, e na turnê asiática “What Time Is It?”.

ferido dos fãs de k-pop e poucos grupos que cantam baladas conseguem cair no gosto desses jovens. E um desses casos bem sucedidos fora da Coreia é o 2AM.

Para dar o pontapé inicial no seu projeto do Hot Blood, Park JinYoung selecionou quatro rapazes com boas ha-bilidades vocais e decidiu lançá-los como um grupo de baladas. O líder Jo Kwon, ChangMin, SeulOng e JinWoon formaram o 2AM. Com a faixa “This Song”, com sua melo-dia romântica e um tanto inusitada para um idol group, o quarteto fez sua estreia nos palcos em julho de 2008.

O quarteto só lançaria novo material quase um ano de-pois, em março de 2009, com a canção “Confession of a Friend”. O grupo, porém, inicialmente não compartilhou do mesmo êxito de seus colegas do 2PM na mídia e nas paradas. Foi só no ano seguinte, em janeiro, que o 2AM conquistou seus primeiros prêmios e maior reconhecimen-to do público, com “I Can’t Let You Go Even If I Die”.

Os integrantes também iam aos poucos ganhando a simpatia do público em programas de variedade, onde não deixavam de mostrar um lado divertido que pouco se assemelha com as canções dramáticas do grupo.

Em março do ano seguinte, a JYP Entertainmnet pre-parou uma nova música de trabalho diferente das habituais melodias do 2AM. A banda lançou então “I Did Wrong”, uma canção romântica, porém um pouco mais dançante. A nova empreitada contou até com uma coreografia, algo inédito em um single do grupo. A investida teve um rápido bom desempenho nas paradas e nas atrações televisivas, como o M!Countdown.

Vozes da madrugada

Baladas normalmente não são as músicas preferidas do público adolescente. Apesar disso, bandas que focam na harmonia vocal de versos românticos e deixam de lado as coreografias são bem populares na Coreia do Sul. Fora do solo coreano, o gênero não é lá o pre-

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As promoções do trabalho, porém, não foram das mais contínuas, em respeito ao naufrágio que matou mais de 40 marinheiros coreanos, em março daquele ano. En-cerradas as atividades com “I Did Wrong”, o 2AM foi a banda de abertura de alguns shows da turnê da Wonder Girls, nos Estados Unidos. De volta a Coreia, em julho, ChangMin lançou o projeto paralelo Homme, com Lee Hyun, do grupo 8eight. O encontro de duas das mais bem preparadas vozes do k-pop resultou na faixa “I Was Able To Eat Well”, que conciliou a harmonia vocal da du-pla com um vídeo que mostrou um lado mais sensual dos cantores. Em outubro, o 2AM se reuniu novamente com o lançamento de seu primeiro álbum de estúdio, “Saint o’Clock”, e encerrou o ano com louvor com a realização de seu primeiro show na Coreia, que levou o título do recém-lançado disco.

Em agosto de 2011, outro integrante decidiu que era a hora de alçar um voo solo. O maknae JinWoon se rendeu a sua paixão pelo rock e lançou o single “You Walking Towards Me”, assinada por ele. A canção contou com a masterização de ninguém menos que Michael Brauer (que já trabalhou com artistas como Rolling Stones, Bob Dylan e John Mayer) e James Brown (U2, Foo Fighters e Arctic

Monkeys). Para desbravar a sedutora estrada do rock n’ roll, o caçula também teve com o apadrinhamento de roqueiros veteranos da Coreia. A estreia solo de JinWo-on nos palcos foi na noite de encerramento da edição de 2010 do festival Jisan Valley Rock. Depois, JinWoon lançou mais dois singles autorais, na mesma linha do rock alternativo.

De volta às atividades em grupo, o 2AM decidiu ex-pandir fronteiras no final de 2011. O sucesso na Coreia normalmente é seguido do início de uma carreira no Japão para cantores de k-pop e com o 2AM não foi diferente. O quarteto regravou o hit “I Can’t Let You Go Even If I Die” com versos japoneses e não decepcionou nas paradas nipônicas.

Para retornar aos palcos de seu país natal, o quarteto preparou um trabalho mais conceitual. O EP “F.Scott Fitzgerald’s Way Of Love” trouxe o single “I Wonder If You Hurt Like Me”, que retomava as raízes melodramáticas da banda. Na época, JinWoon estrelava a segunda versão do drama Dream High, o que ajudou a consolidar a popularidade do grupo. O retorno do público foi posi-tivo para o quarteto em 2012 e, pegando carona no sucesso de seu grupo, Jo Kwon também decidiu prepa-rar sua estreia solo nos palcos.

O divertido líder lançou o disco “I’m Da One”, com um gênero pop que nem de longe lembra as canções românticas do 2AM. O projeto solo casa perfeitamente com o estilo de JoKwon e trouxe nove faixas inéditas voltadas para as pistas de dança. Além de promover a faixa título do CD, o cantor surpreendeu o público ao dançar no palco com um salto de quase 20 cm na coreografia da música “Animal”.

Nem a balada mais dramática consegue esconder a simpatia do 2AM

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Mais tarde, para não perder o pique do sucesso no Ja-pão, os quatro músicos se reuniram novamente e prepa-raram uma série de lançamentos na terra do sol nascen-te, incluindo a primeira turnê pelas cidades japonesas. Foi nessa época que as duas vertentes do Hot Blood se uniram no estúdio pela primeira vez. O single “One Day” foi lançado em abril de 2012 pelo 2AM e o 2PM, para acompanhar o lançamento do documentário “Beyond The One Day”, que mostra bastidores da carreira das duas bandas. Não satisfeitos, os quatro rapazes lidera-dos por JoKwon também excursionaram pela Ásia com a turnê “The Way Of Love”. Nem mesmo uma fratura no pé de SeulOng diminuiu o ritmo dos cantores, que chega-ram a se apresentar com o integrante em uma cadeira de rodas.

2013 começou para o 2AM com o lançamento do pri-meiro álbum de estúdio japonês, com o singelo nome de “VOICE”. Mas o quarteto não deixou a Coreia de lado por muito tempo e lançou em março o seu segundo álbum coreano, “One Spring Day”, com a promeça de relembrar o verdadeiro sentido da música de ser algo para embalar bons momentos e não servir apenas como um mero produto.

Com o anúncio da saída definitiva de Jay do 2PM, em fevereiro de 2010, muitos fãs do grupo se dividiram em pró-Jay/anti-2PM e aqueles que ainda iriam apoiar o 2PM. O então sexteto seguiu com sua carreira na Coreia e, durante um certo tempo, fãs ficaram sem notícias do ex-líder, que permaneceu em Seattle, nos EUA. Enquanto muitos se esforçavam em boicotar a

E o que aconteceu com o Jay?

atual formação da banda da JYP Entertainment, outros se dedicavam a mostrar apoio incondicional ao ex-inte-grante. Fãs chegaram até mesmo a contratar um avião para exibir a mensagem “J, what time is it now?” (“Jay, que horas são agora?”, em tradução livre - em referência ao bordão do 2PM) sobre o céu da cidade natal de Jay.

Dois meses depois, Jay ‘deu um sinal de vida’ ao público, ao publicar um vídeo no YouTube em que aparecia cantando “Nothin’ On You”, hit de B.o.B e Bruno Mars, no banheiro de sua casa, em Seattle. O cover recebeu mais de 2 milhões de visualizações em menos de 24 horas e fez com que a canção em sua versão original ficasse no topo das paradas sul-coreanas, algo não muito comum para músicas norte-americanas, refletindo a intacta popularidade de JaeBum.

A conta no YouTube foi durante muito tempo o meio de contato de Jay com seus fãs. Por lá, ele publicava covers de outras canções e mensagens para o público, chegando até mesmo a pedir para que seus fãs dessem apoio ao 2PM, tentando acalmar os ânimos daqueles que insistiam em boicotar os rapazes.

Em Seattle, Jay continuou na cena artística, ao lado do grupo de dança Art Of Movement, do qual fazia parte mesmo antes de estrear no 2PM. A repercussão do público coreano e internacional em apoio ao cantor chamou a atenção do empresário norte-americano Ned Sherman, que se tornou o representante legal de Jay e deu os primeiros passos para o retorno do jovem ao mundo do entretenimento coreano.

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Uma das estratégias do empresário foi incluir Jay na escalação do filme Hype Nation, que contaria com produção e atores da Coreia e dos Estados Unidos. Para gravar o longa, Jay retornou pela primeira vez a Coreia desde sua saída do 2PM. No dia 18 junho de 2010, nove meses afastado do solo coreano, JaeBum desembarcou em Incheon e foi recepcionado por uma multidão de mais de mil fãs e curiosos.

Na Coreia, Jay assinou com a gravadora Sidus HQ, que desde então se responsabiliza pela carreira do artista na música e no cinema. A estreia de JaeBum como artis-ta solo foi concretizada com o EP “Count On Me”, com versões de “Nothin’ On You”, canção que se tornou um marco do retorno do cantor.

Em seguida, Jay foi escalado mais um filme na Coreia, “Mr. Idol”, e se apresentou no festival Seoul Soul, em outubro. Mas foi no ano seguinte, com o lançamento do EP “Take A Deeper Look”, que o cantor retornou de vez ao mundo do k-pop. Jay debutou como artista solo nos palcos dos programas musicais na Coreia com o single “Abandoned” e foi o primeiro artista a receber um prê-mio em sua apresentação de estreia. Além de coletar prêmios na TV, o fonograma de JaeBum estreou na 3ª posição da parada mundial da Billboard.

Desde então, JaeBum segue com uma sólida carreira como artista solo. Suas músicas pouco se asseme-lham com o habitual som do k-pop e seguem um estilo hip-hop norte-americano. O astro segue tomando as rédeas de sua trajetória, produzindo, escrevendo e co-reografando suas próprias canções. Seu primeiro álbum de estúdio, “New Breed”, foi lançado em fevereiro de 2012 e seu desempenho não ficou aquém dos demais lançamentos do artista nas paradas coreanas e na Billboard. Um mês depois, o norte-americano realizou seu primeiro show na Coreia e seguiu em excursão pela Ásia com suas apresentações.

Jay também dedica seu tempo a escrever e compor para outros artistas, já tendo seus trabalhos gravados por artistas como Brian Joo (ex-Fly To The Sky), U-kiss, Tiny-G e Younha. Apesar de antes ter sido duramente criticado pela mídia coreana, o artista passou a ser bem recebido em programas de variedade, já tendo participado de atrações como o Immortal Song 2, Music & Lyrics e a versão coreana do Saturday Night Live. Para 2013, Jay preparou o lançamento da faixa inédita “Appetizer” e anunciou o lançamento de seu segun-

do álbum de estúdio, ainda sem data de lançamento definida.

A autonomia artística e a preferência por um gênero musical não muito comum na Coreia destacam e carac-terizam Jay como um artista ímpar no k-pop. Mesmo sua saída do 2PM não tendo sido totalmente esclarecida e o cantor não tendo mais sido visto publicamente com os integrantes remanescentes de sua antiga banda, Ja-eBum conseguiu desvincular sua imagem de ex-líder do grupo e seguir sua carreira com suas próprias pernas.

A separação de Jay e do 2PM reflete dezenas de outras histórias de grandes grupos da música mundial. Quase todos eles, em algum momento de suas carreiras, abrem mão de suas desavenças para realizar históricas reuniões nos palcos. Resta a esperança de que, no futuro, os artistas deixem as manchas do passado de lado e possam realizar uma das mais célebres reuniões da história do k-pop.

Debut solo: abril de 2011

Cor oficial: preto e amarelo

Fã-clube: Jaywalkerz

Gravadora: SidusHQ

Fancafe: cafe.daum.net/Jay-Effect

Site oficial: jaypark.com

Debut: julho de 2008

Cor oficial: cinza metálico

Fã-clube: I AM

Gravadora: JYP / Big Hit

Entertainment (Coreia) e

Ariola Japan (Japão)

Fancafe: cafe.daum.net/2AM

Site oficial: 2am.jype.com

Debut: setembro de 2008

Cor oficial: cinza metálico

Fã-clube: Hottest

Gravadora: JYP Entertainment

(Coreia) e Ariola Japan

(Japão)

Fancafe: cafe.daum.net/2PM

Site oficial: 2pm.jype.com

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Jun.K (Nascido Kim Junsu. Em outubro de 2012, o cantor mudou seu nome para Kim MinJun)

Data de nascimento: 15.01.1988

Nichkhun Buck Horvejkul

Data de nascimento: 24.06.1988Lee ChangMin

Data de nascimento: 01.05.1986

Ok TaecYeonData de nascimento: 27.12.1988

Jang WooYoung

Data de nascimento: 30.04.1989

Jo KwonData de nascimento: 28.08.1989

Lee JunHoData de nascimento: 25.01.1990

Hwang ChanSungData de nascimento: 11.02.1990

Im SeulOngData de nascimento: 11.05.1987

Jay Park (Nome coreano: Park JaeBum)Data de nascimento: 25 .04.1987

Jeong JinWoonData de nascimento: 02.05.1991

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Com super talentos e carismas únicos, os garotos do B.A.P conquistaram um sucesso meteórico no mundo do k-pop.

Faça o teste, descubra se você é um BABY de carteirinha, e de que-bra, concorra ao disco “Crash” e a um pôster do sexteto.

Por Melody Kim

Quais inte-grantes do

B.A.P já eram conhecidos do público antes da estreia ofi-cial do grupo?

Qual é o apelido que JongUp usa para se

referir aos seus músculos?

a) Bom-bermanb) Jeep Blackman c) Jeep-Mand) Still PM

Qual era o nome artístico de YongGuk no grupo de hip-hop

Soul Connection?

Em qual estádio aconteceu o primeiro showcase do B.A.P?

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Os asiáticos acreditam que a per-sonalidade de uma pessoa está

vinculada ao seu tipo de sangue. O rapper Zelo é esforçado, gosta de ensaiar durante horas por dia e mesmo assim não fica satisfeito com o resultado. Antes de dormir,

ele lava as roupas do dormitório e compõe. Qual é o tipo sanguíneo

desse dedicado maknae?

Em qual pro-grama musical o grupo B.A.P

fez sua primeira apresentação?

a) Music Bank, da KBSb) Music Core, da MBCc) Inkigayo, da SBSd) M!Countdown, da MNet

Em março de 2012, Goo Hara (KARA) fez um pedido de desculpas, via Twitter ,

ao B.A.P e aos fãs do grupo. O que Hara fez para que precisasse se desculpar?

No clipe de “Going Crazy”, de Song JiEun (SECRET), qual integrante do B.A.P aparece de olhos vendados e com as

mãos presas por cordas, dentro de um porta-malas?

a) YongGukb) DaeHyun c) YoungJaed) HimChan

No mundo do k-pop, alguns artistas são conhecidos

por apelidos, dados pelos fãs ou por seus colegas de grupo. Qual dos garotos do B.A.P compartilha da

mesma alcunha que EunHyuk (Super Junior)?

E qual é o apelido?

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Qual é a cor e o nome do Matoki do integrante YoungJae? Mesmo tendo feito seu debut no ano pas-

sado, o B.A.P já realizou seu primeiro show solo em grande escala, algo incomum para artistas com tão pouco tempo de carreira. O sucesso dos rapazes é tanto que os 8 mil ingressos para a apresentação esgotaram

em apenas 10 minutos. Quando e onde aconteceu esse show?

A Asian Mix Store vai sortear 01 CD “Crash” e 01 pôster do B.A.P para os

leitores da ShaKin’ Pop. Para participar, responda o quiz e envie para

[email protected]

Participarão do sorteio aqueles que responderem o maior número de

perguntas corretas.

Serão aceitas respostas até o dia 27 de abril e o resultado será divulgado no dia 01 de maio, no site da ShaKin’ Pop.

www.asianmixstore.com.br

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Tudo começou em meados dos anos 90. Dois amigos, Teddy Park e Danny Im (TaeBin), possuíam duas carac-terísticas principais em comum: eram filhos de coreanos morando nos Estados Unidos e apaixonados pelo rap e pelo hip-hop. Juntos, Teddy e Danny participaram de uma audição da Brothers Entertainment para se tornarem cantores. A dupla viajou para a Coreia e lá foi apresentada para o dono de uma gravadora que dava seus primeiros passos na música coreana, a YG Entertainment.

Fundada no já distante março de 1998 por Yang HyunSuk, ex-integrante da banda pioneira do k-pop Seo Taiji & Boys, a iniciante empresa até então havia lançado apenas um artista não muito bem sucedido e a dupla Jinusean, que começava a se destacar na mú-sica coreana. A gravadora decide então unir os dois rapazes americanos em um grupo e abre uma seleção para recrutar novos integrantes para a banda.

A gravadora selecionou Oh JinHwan, que impressionou a banca julgadora com suas habilidades. Já Song Ba-ekKyong inicialmente foi reprovado nos testes, mas não desistiu e foi pedir mais uma chance para os responsá-veis pelo grupo. E como ‘quem não chora, não mama’,

o jovem foi aceito como último integrante do novo grupo. Estava formado o 1TYM (estilização para o inglês ‘One Time’).

O recém-formado quarteto realizou algumas apari-ções e apresentações públicas antes de seu debut oficial. A estreia só se concretizou em novembro de 1998, com o lançamento do disco “One Time For Your Mind”. O primeiro e autointitulado single da banda não demorou a despontar para o primeiro lugar nas paradas. O sucesso da empreitada ficou marcado como o primeiro grande passo para a introdução do hip-hop na cultura popular da Coreia do Sul.

Prêmios não faltaram para os jovens logo em seu primeiro disco. E o sucesso do 1TYM não se limitou ao debut. O grupo lançou seu segundo disco, “2nd Round”, dois anos depois e com ele vieram a consoli-dação do sucesso, do reconhecimento e da responsabilidade de ter colocado o nome da YG Entertainment na rota das grandes

Por Lily Park

1TYMDebut: 1998

Não houve separação oficial, mas o grupo está em hiato

desde 2005.Fã-clube: Hip Hop Village

Os fãs utilizam toalhas pretas e bandanas ao invés dos

balões.

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Por Lily Park

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Foi em 2001, com o terceiro trabalho, “Third Time For Yo Mind”, que o líder Teddy começou a ganhar espaço nas produções dos discos do grupo. Além de interpre-tar os raps, o artista também se dedicou a começar a escrevê-los. Esse álbum não foi o mais bem sucedido da banda e teve um curto período promocional, mas ajudou a firmar a maturidade musical do quarteto.

O grupo talvez não imaginasse que, naquela época, seu maior sucesso ainda estaria por vir. Em 2003, com o disco, “Once N 4 All”, o 1TYM lançou “Hot”, um clássico do k-pop que manteve o nome da banda por semanas no topo das paradas.

Conquistado o sucesso, era hora de alçar voos solo. Usando seu nome coreano, TaeBin, Danny lançou seu primeiro disco solo e o single “The Reason I Close My Eyes” não ficou aquém do sucesso dos hits do 1TYM. O clipe dessa vez contava com a participação de uma jovem atriz, que mais tarde seria conhecida pelo papel de Geum JanDi no drama Boys Over Flowers, Goo HyeSun. O disco também trouxe parcerias com os outros integrantes do 1TYM e com o cantor Se7en, a român-tica “B’Cuz I Love You” e a polêmica “TaBu”, que foi banida por seu conteúdo sexual.

Em 2005, o grupo se reuniu para lançar seu derradeiro disco. “One Way” trouxe os singles “How Many Times” e “Do You Know Me”, mas nem chegou perto do sucesso com o qual o quarteto estava acostumado. Naquele ano, a cena do k-pop começava a se transformar com a ascensão de um quinteto, que atendia pelo nome de TVXQ.

Em 2006, o grupo entrou em hiato para que JinHwan cumprisse o serviço militar obrigatório. Ele foi único 1TYM que precisou servir ao exército por dois anos. Teddy e Danny possuem nacionalidade americana e Ba-ekKyoung é filho único de pai falecido, então, segundo a lei coreana, ele não possui obrigações com o exérci-to. O fim do 1TYM nunca foi oficialmente decretado,

gravadoras da Coreia. Entre o lan-çamento de seus primeiros trabalhos,

a banda também participou do primeiro disco da YG Family - grande grupo formado pelos artistas da gravadora e pelo próprio fundador, Yang HyukSuk.

mas não houve nenhum lançamento desde que JinHwan voltou do exército. Em 2007, os quatro integrantes se reuniram nos pal-

cos do show conjunto da YG Family.

Nome real: Park HongJunData de nascimento: 14 de setembro de 1978

O líder do 1TYM é também o integrante mais bem su-cedido. Já no grupo, o artista trilhou seu caminho como produtor e compositor e hoje é peça chave na equipe de produção dos artistas da YG Entertainment. Além trabalhar em praticamente todos os discos do quarte-to 2NE1 e nas faixas solo de TaeYang, do Big Bang, Teddy já produziu discos de artistas como Se7en, Lee Hyori, Lexy, Big Bang e outros.

Danny lançou seu único trabalho solo enquanto o 1TYM ainda estava em atividade. Apesar de ser um grande vocalista, o artista não lançou outros discos e se dedicou a outras atividades do entretenimento. No final do ano passado, ele anunciou seu casamento e o nascimento de seu primeiro filho.

Nome real: Im TaeBinData de nascimento: 6 de maio de 1980

Data de nascimento: 6 de julho de 1978

Depois que o 1TYM entrou em hiato para que JinHWan cumprisse o serviço militar, o maknae Baekko, como era conhecido, participou de um projeto alternativo chamado Moo Ga Dang. BaekKyong mais tarde, atuou na novela Goong S e usou suas habilidades de produtor para remixar vários hits do Big Bang e da 2NE1.

Recrutado pessoalmente por Yang HyunSuk e dono de uma voz característica, JinHwan foi o único integrante a ter que cumprir o serviço militar obrigatório para todo homem sul-coreano, fato que marcou o hiato da banda. Desde então, o artista não tem participado ativamente do entretenimento e recentemente abriu um restaurante em sociedade com o colega de banda, BaekKyoung.

Data de nascimento: 12 de abril de 1979

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Para analisar a atual situação da indústria da música sul-coreana, normalmente voltamos um pouco no tempo para contextualizar a presente condição dos artistas do k-pop. Dessa vez, porém, vamos um pouco mais longe para maior compreensão de uma engrenagem decisiva que movimenta essa indústria: os programas musicais.

Há muitos e muitos anos, a invenção da prensa para armazenamento de partituras possibilitou a primeira maneira de se propagar a música. A partir daí, surgi-ram tecnologias de gravação e, através de cilindros e discos, passou-se a ter música em casa, o que antes era privilégio daqueles que de fato dominavam essa arte.

A música passou depois a entrar na casa das pessoas através da rádio. Dessa forma, não era o consumidor que decidia o que ele iria ouvir, mas ele decidia o que lhe era mais agradável através do leque oferecido pela mídia. E foi nas rádios que surgiram os primeiros progra-mas baseados em paradas musicais, em que as can-ções competiam pelo título de “música do momento”.

O formato foi incorporado à televisão e, com o decor-rer dos anos, a música chegava às casas não apenas pelos fonogramas e pela rádio, mas principalmente pela TV. Com o surgimento de programas musicais e com o

nascimento da MTV, no início dos anos 80, o “vídeo matou a estrela da rádio”, como diz o hit do grupo The Buggles. Desde então, foi através da telinha que artistas popularizaram sua imagem e levaram seu som ao mundo.

Um dos primeiros programas de TV baseados nas paradas de sucesso foi o britânico e semanal Top Of The Pops, da BBC, que foi ao ar pela primeira vez em meados dos anos 60. Atrações televisivas em moldes competitivos foram então criados em todo mundo. No Brasil, podemos citar os clássicos festivais da TV Excelsior e da Record, que também remontam da década de 60.

No início dos anos 70, a Rede Globo criou um pro-grama musical com um formato bem parecido com as atuais atrações da televisão coreana: o Globo de Ouro. Semanalmente, artistas apresentavam suas músicas de trabalho e a emissora destacava as canções mais populares da semana. Esses e outros programas vem, desde os primórdios da televisão, consagrando artistas e revelando novos ídolos. E é esse molde de promoção que impulsiona a carreira dos artistas no k-pop.

Como isso funciona na Coreia?

Normalmente, nos quatro cantos do mundo, artistas

Por Lily Park

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Por Lily Park

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começam suas carreiras fazendo shows, para então gravarem discos e, quem sabe um dia, aparecerem na televisão e tocarem nas rádios. Isso, obviamente, sem levar em consideração a recente tendência de ascen-são de ídolos da internet. Porém, na Coreia, a situação é um pouco inversa para artistas do mundo pop. Para se tornar um artista pop (lê-se pop como parte da mídia popular e não apenas do gênero musical pop), o trainee é selecionado e treinado por uma empresa, grava um disco ou um single de estreia e faz sua primei-ra aparição na televisão, para quem sabe um dia, subir em um palco para fazer um show.

Nesse sistema, os programas musicais desempenham um papel decisivo na carreira desses artistas ou grupos. Semanalmente, a Coreia exibe mais de cinco programas musicais de diferentes emissoras, que possuem carac-terísticas bem peculiares, se comparados aos modelos clássicos dessas atrações pelo mundo. O M!Countdown, da M.Net; o Music Bank, da KBS; o Music Core, da MBC e o Inkigayo, da SBS formam os quatro principais progra-mas musicais da Coreia, sendo exibidos entre as quintas e domingos de cada semana. Existem também outras atrações menos populares, mas que usam os mesmos moldes, como o Show! Champion, da MBC Music, e o MTV The Show 2, da SBS.

Funciona mais ou menos assim: os artistas lançam um disco e promovem durante um certo período, se apre-sentando semanalmente em cada um desses programas.Quando o artista faz a primeira apresentação, essa é chamada de ‘debut’. Quando o artista já é veterano e lança uma nova música, dizemos que é o ‘comeback’, ou seja, o retorno desse astro ou grupo de astros. Dessa forma, essas atrações se tornam vitrines para os lança-mentos da música e uma porta para os novos artistas. Não é preciso que alguém busque pelo que há de novidade. Semanalmente a televisão se encarrega de atualizar o público sul-coreano sobre a música pop.

A internet é, sem dúvida, um importante meio de divul-gação do k-pop, principalmente nos países fora da Coreia. Mesmo com os recursos e a popularidade do mundo digital, os coreanos ainda não conseguem firmar um sistema promocional que não inclua essas aparições na televisão. A TV é então a maior divulgadora e bene-ficiária do sucesso da música pop entre os sul-coreanos.

Como já mencionamos, os artistas do k-pop só chegam de fato a fazer um show quando atingem um nível maior de popularidade. Enquanto isso não acontece, ele se

restringe a essas aparições nos programas musicais e em pequenos festivais abertos de música pop, ao lado de outros artistas. Essas atrações musicais são, portanto, o momento para que os artistas mostrem suas apresen-tações e tentem seduzir o público para angariar fãs. Ao apresentar repetidamente a mesma música durante cerca de um mês, o artista mostra aos telespectadores sua evolução e mantêm a popularidade de sua música na televisão e, consequentemente, nas paradas.

Essa forma de divulgação pode ser considerada exclusiva da Coreia, que é o único país que possui um programa musical para cada emissora e faz os artistas se apresentarem tantas vezes com a mesma canção. Esses ciclos promocionais são tão importantes para o k-pop que as gravadoras compram pacotes para ga-rantir aparições de seus artistas. Normalmente, as grava-ções para essas curtas apresentações, que dificilmente duram mais de três minutos, demandam um certo tempo na agenda dos k-idols. Dentre maquiagem, gravações de diversas tomadas, ensaios para que as performan-ces saiam perfeitas, lá se vai boa parte de um dia de compromissos dos ídolos.

Financeiramente, esse tempo poderia ser gasto em ati-vidades mais rentáveis, como gravações de comercais, mas as gravadoras preferem investir esse tempo para garantir que seus artistas apareçam nesses programas, pois assim, eles têm um espaço garantido de visibilida-de e de possível consagração frente ao público. Além disso, os custos de produção de programas semanais são bem menores para as companhias do que seria investido caso cada uma das centenas de grupos que são lançados na Coreia fizesse shows externos para se popularizar entre o público.

Apesar disso, a participação nos programas musicais não garante que um grupo ou cantor seja bem sucedi-do. Além da questão óbvia da música, que deve agradar o público, o artista deve contar com diferentes estratégias de mobilização. Astros iniciantes normalmente investem os primeiros anos de suas carreiras em aparições massi-vas nessas atrações, para que sua imagem

SHINee se emociona ao receber um prêmio

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e canções estejam sempre presentes na mídia. Um dos mais recentes exemplos é o B.A.P, que debutou no ano passado e desde então não teve muito tempo de descanso entre as promoções de uma música e outra. Enquanto isso, artistas já consagrados podem se dar ao luxo de dar pausas de mais de um ano entre os lança-mentos de seus trabalhos e, mesmo assim, garantir bons resultados nas paradas e na televisão.

As polêmicas premiações

Para mensurar esses resultados de popularidade entre o público, a maioria dos programas musicais usa sistemas de premiações semanais para classificar qual foi a can-ção mais popular da semana. Esse desempenho serve, em parte, como uma ‘peneira’ de quais artistas caíram nas graças do público e quais não conseguiram seu lu-gar ao sol. Conquistar um prêmio nos programas musicais significa impulsionar uma exitosa carreira e consolidação do sucesso. Por isso, os artistas se sentem tão pressiona-dos a conseguir um “número 1” nessas atrações.

Apesar da importância dessas classificações dentro do mundo do entretenimento coreano, não conquistá-las não significa que aquela música que esteja sendo divulgada seja um total desastre de vendas. O que acontece na maioria das vezes é que os critérios de premiação desses programas acabam somando dife-rentes fatores e recompensando apenas os artistas mais populares. Muitas vezes, uma música ou um disco conse-gue um bom desempenho nas vendas físicas e digitais, mas isso acaba não sendo o suficiente para a premia-ção. E, por conta dessa falta de reconhecimento na TV, o artista acaba sendo considerado pela mídia e pelo público como um artista que não é bem sucedido.

Um caso clássico é o do U-kiss, que começou sua car-reira em 2008, mas até hoje não conseguiu um pata-mar de popularidade quanto outros grupos que foram lançados no mesmo ano, como o 2PM e o SHINee. Até hoje, a banda não chegou nem perto de conquistar um prêmio nos programas musicais e, por isso, é conside-rada por muitos como um tremendo fracasso do k-pop. Apesar disso, o U-kiss possui um catálogo mais respeitá-vel que de muitos artistas mais bem sucedidos, com três álbuns de estúdio na Coreia e uma carreira estável no Japão. Mesmo sendo classificado como um grupo sem sucesso comercial, os garotos não pecam na qualidade de seus trabalhos e seguem firmes e fortes na estrada.

O U-kiss é um exemplo de que um mau desempenho

nessas atrações não é um fator eliminatório da indústria da música, mas serve para que o público classifique o artista como popular ou não. Ser bem sucedido na televisão faz com que o público veja esses ídolos com outros olhos. Salvo algumas exceções, normalmente são os artistas de grandes conglomerados de entretenimen-to (lê-se os artistas da Big 3) que saem consagrados dessas atrações, devido a sua maior popularidade res-paldada pelo nome de sua gravadora. Mas a situação está mudando e, recentemente, artistas de gravadoras menores ganharam destaque na TV e consolidaram suas carreiras, como o INFINITE e a SISTAR, ameaçando a hegemonia dessas grandes empresas.

Críticas e mais críticas

Apesar desse sistema de programas musicais contribuir para a divulgação dos artistas, essas atrações são alvo de infinitas críticas. As principais delas são em relação aos prêmios e sua relevância. Porém, outros assuntos que envolvem essas atrações são pauta para discussão de fãs e mídias do k-pop.

Uma grande controvérsia gira entorno do mal falado playback. As críticas em cima de um artista que dubla sua música ao invés de cantá-la ao vivo não é uma polêmica exclusiva do k-pop. O fato é que, na grande maioria das vezes, os ídolos coreanos se apresentam nesses programas dublando suas músicas. Seja por falta de estrutura da emissora, pela complexidade da core-ografia ou até pela falta de técnica vocal do ídolo, as gravadoras normalmente preferem que seja usada uma versão de estúdio nas apresentações “ao vivo” para que as performances sejam ‘perfeitas’.

Uma outra opção frequente para essas apresentações é usar um áudio pré-gravado nas performances para que, caso haja algum problema, a voz do artista perma-neça intacta para o telespectador. A falta de estrutura

O Music Core promove performances externas, em diferentes cenários

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dessas emissoras para receber uma legitima apresen-tação ao vivo é a frequente crítica da mídia especia-lizada e até dos artistas. Até mesmo as bandas como CNBLUE e FTISLAND acabam tendo que, muitas vezes, ‘fingir ’ que estão tocando seus instrumentos na TV, o que faz com que muitos duvidem da capacidade artísticas dos músicos. Apenas em seus shows solos a maioria dos artistas pode provar que de fato possuem talento. Mes-mo assim, as gravadoras mais perfeccionistas preferem que seus artistas executem versões de estúdio até em seus shows e dão margem para mais críticas.

Mas quem acompanha esses programas musicais percebe nitidamente que a estrutura para essas apre-sentações é sempre impecável: decorações temáticas, efeitos especiais e muitos jogos de luzes nunca faltam nesses palcos. Por que então as redes de televisão não possuem estrutura para receber apresentações ao vivo? Afinal de contas, não é segredo para ninguém que a indústria da música pop coreana prefere investir na ima-gem do que na exibição dos reais talentos dos artistas. Resta saber se o público é a favor dessas performances ‘perfeitas’ ou se ele prefere curtir seus ídolos como eles de fato são, sem precisar maquiar erros e falhas que são comuns a qualquer artista, por mais talentoso que seja.

Apesar de se tratar da maioria, não são todos os pro-gramas que impõem tantas barreiras para uma perfor-mance mais ‘natural’ dos artistas. A crescente onda de críticas também mudado alguns padrões dessas emis-soras, que contam também com a iniciativa de alguns ídolos. Mesmo com os áudios pré-gravados, muitos artis-tas se empenham em cantar durante as performances e proporcionam um desempenho mais espontâneo para o público. Em suas mais recentes promoções, da faixa “I’m Sorry”, o CNBLUE conseguiu o apoio de sua gravadora para poder de fato tocar em suas apresentações, por exemplo. Como disse certa vez JongHyun, do SHINee, usar esses áudios pré-gravados em apresentações que deveriam ser ao vivo, nada mais é que usar ‘música morta’.

Críticas e controvérsias a parte, é inegável o prestígio desses programas musicais no funcionamento da indús-tria da música coreana. Mesmo com frequentes desa-venças com gravadoras, problemas que rendem críticas sem fim e a necessidade de revisão de alguns conceitos dessas atrações, é impossível não considerar essas apresentações semanais como um dos mais caracterís-ticos e curiosos fatores que fazem do k-pop um sistema único de entretenimento.

M!CountdownCanal: M.NetNo ar desde: 29 de julho de 2004Data e horário de exi-bição: toda quinta-feira, das 18h às 19h30 Apresentadores: atualmente sem apresentador fixo

Music BankCanal: KBSNo ar desde: 16 de junho de 1998Data e horário de exibição: toda sexta-feira, às 18h10Apresentadores: Lee JangWoo e UEE

Show! Music CoreCanal: MBCNo ar desde: 29 de outubro de 2005Data e horário de exibição: todo sábado, às 16hApresentadores: Tiffany, TaeYeon e SeoHyun

InkigayoCanal: SBSNo ar desde: 15 de dezembro de 1991 (hiato entre 17 de outubro de 1993 e 1 de fevereiro de 1998)Data e horário de exibição: todo domingo, às 15h20Apresentadores: IU, KwangHee e Lee HyunWoo

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As disputas entre fãs de bandas de k-pop é uma história antiga. Se hoje temos as rixas entre B.A.P e EXO, algum tempo atrás era MBLAQ versus B2ST, assim como um dia houve confronto entre os seguidores de TVXQ e SS501. Mas primeira batalha musical entre grupos rivais na Coreia teve início em meados dos anos 90, com os garotos do H.O.T e dos SechsKies. Os fãs dos grupos disputavam qual banda tinha maior popularidade, quais músicas eram melhores, quais integrantes eram mais bonitos e por aí vai. E esse é o ambiente em que os personagens de Reply 1997 vivem.

A protagonista ShiWon (EunJi, da Apink) é fã de carteiri-nha do H.O.T. Seu hobby é colecionar artigos do grupo e venerar o integrante Tony. A “heroína” da história vive em Busan dos anos 90, cidade que hoje é a segunda maior da Coreia. Seu círculo de amigos conta com YooJung (Shin SoYul), sua melhor amiga e que também era fã de H.O.T - isso até ela conhecer o SechsKies e mudar de fã-clube. YongJae (Seo InGuk) é o amigo de infância de ShiWon. Inteligente e bonito, o rapaz possui várias admiradoras na escola, mas a única pessoa que lhe interessa é a protagonista.

JongHee (Hoya, do INFINITE) é um garoto atencioso e inteligente, que nutre um amor secreto por YongJae. SunJae (Shin SoYu) é aquele típico amigo tagarela que não deixa uma brincadeira de lado. E para completar o grupo, HakChan (JiWon, ex-SechKies), que chama atenção por ser da capital e todos adoram caçoar do seu sotaque de Seul. Na história, o jovem começa um relacionamento nada fácil com YooJung: os dois vivem terminando o namoro, mas depois de algum tempo já estão juntos de novo.

A década de 90 para os coreanos representa um período muito importante, pois marca o crescimento tecnológico e econômico do país. As transformações

Hoya vive JoonHee, que possui um amor platônico pelo personagem de InGuk

Por Melody Kim

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são ilustradas em vários momentos da novela, por exem-plo, com o uso da fita cassete pela protagonista para gravar seus programas e dramas favoritos ou o walkman, para ouvir as fitas do H.O.T. Eletrônicos como o joguinho Tamagotchi (os famosos ‘bichinhos virtuais’) e o bip, que era usado para os amigos se comunicarem, também aparecem no enredo.

Aqueles que viveram na cidade de Busan naquela época não imaginavam as transformações que estavam por vir. Hoje a cidade possui um grande avanço tecno-lógico, mas em meados nos anos 90, ela era a típica cidade interiorana. E tudo isso é retratado na trama. Você, caro leitor, que viveu a década em que se passa a novela mesmo no Brasil, certamente vai se identificar com várias situações da história.

Reply 1997 é um k-drama completamente diferente do padrão. A história apresenta os acontecimentos de forma não linear – as cenas do presente são misturadas com as cenas dos personagens no passado, oscilando entre os anos 90 e anos 2000. O obstáculo para que o casal não fique junto não é a diferença de classe social (como nos tradicionais k-dramas, com uma prota-gonista pobre e um galã milionário), mas sim um desen-contro de sentimentos, que é algo muito mais próximo do real. Muitos fãs de k-pop vão se identificar com o enredo, como por exemplo, o fanatismo de ShiWon pelo H.O.T. Como quando o pai da garota a questiona so-bre qual profissão quer seguir, ela naturalmente respon-de que “quer ser a esposa de Tony”.

Outro lado interessante da novela é a relação entre JunHee e YooJae. O fato da história trazer um persona-gem gay representa uma quebra de tabus de dramas destinados aos jovens coreanos. E esse personagem ser interpretado por um astro do k-pop deixa tudo ainda mais legal. A homossexualidade de JoonHee é aborda-da de uma forma doce e delicada, sem estereótipos. O personagem se apaixona pelo amigo de ShiWon logo que o conhece e nutre esse sentimento até a fase adul-ta. Os momentos de interação entre os dois são alguns dos pontos altos da trama.

Outro ápice da novela é saber abordar a puberdade dos personagens. Quem já passou pela adolescência, seja homem ou mulher, com certeza vai se identificar com alguma cena. Como o inocente primeiro beijo do casal protagonista ou até a cena em que ShiWon flagra seus pais em um momento íntimo. Tudo é mostrado de uma forma divertida e um tanto inovadora para os dramas coreanos.

E diversão não falta quando o drama mostra as rixas entre as fãs de H.O.T e SechsKies. A protagonista trava diversas brigas contra os fãs do grupo rival de seus ídolos e defende o quinteto da SM Entertainment com unhas e dentes. ShiWon não hesita em fazer loucuras por seu amado Tony e, consequentemente, é sempre repre-endida por seu pai, que se preocupa com seu futuro e com suas responsabilidades. Na trama, as relações familiares ficam por conta dos momentos emocionantes e ShiWon, com o tempo, se torna mais madura e se da conta do amor de seu pai.

O k-pop está sempre presente em Reply. Além dos dois grupos que servem de plano de fundo, a novela cita ídolos da época como S.E.S e FinK.L e, a medida que o tempo passa, outros nomes como TVXQ e INFINITE são lembrados. O mais curioso é que quem interpreta o HakChan é o ex-líder do SechsKies, que se passa per-feitamente por um colegial na história, mesmo já estando com 34 anos na vida real. Tony, é claro, faz uma partici-pação especial no drama, quando em um momento de loucura, a protagonista invade a casa do ídolo.

Nostalgia é a palavra certa para descrever o drama. Aqueles que acompanharam o auge dos ídolos da pri-meira geração do k-pop com certeza vão se identificar com a paixão de ShiWon e sua turma pelos grupos. E quem não teve a oportunidade de vivenciar essa épo-ca, tem no drama uma boa história para aprender mais sobre o que foram os anos 90 e como surgiu todo esse universo da música pop coreana. Para os fãs de k-pop mais saudosistas e também para os que conhe-cem esse mundo a pouco tempo, Reply 1997 é praticamente um drama obriga-tório.

ShiWon e seu fanatismo pelo H.O.T

응답하라 1997 (Reply 1997)16 episódiosEmissora: tvNGênero: romance, comédiaData de transmissão: 24 de julho a 18 de setembro de 2012.

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Ídolo sf. 1. Estátua ou simples objeto cultuado como deus ou deusa. 2. Objeto em que se julga habitar um espírito, e por isso venerado.

Músico sm. O que compõe peças musicais, toca ou can-ta, ou pertence a banda, orquestra ou filarmônica.

Artista s2g. Quem revela sentimento artístico.

Celebridade sf. Pessoa muito notória; notável.

Qual é a melhor definição acima para seu cantor pre-ferido?

Para quem não está acostumado com o mundo do en-tretenimento coreano ou não leu as outras edições da ShaKin’ Pop, vamos recapitular a diferença entre ídolos e cantores, na visão dos coreanos. Cantores e músicos são termos usados apenas para definir artistas que são reconhecidas por seu talento na música.

O k-idol é uma celebridade idolatrada pelo público jovem, não precisando necessariamente ser um jovem cantor, podendo também ser um ator ou um apresenta-

dor de TV. Bela aparência e carisma são algumas das principais características dessas personalidades. Os k-idols ligados à música podem ter sim um grande talento, mas seus dotes normalmente são ofuscados pelos holofotes do entretenimento.

Tudo isso faz parte de um sistema que se estruturouna Coreia para “criação de artistas”. Compositores, coreógrafos, estilistas, produtores. Todos dedicados a criar músicas e o estilo de um ídolo ou de um grupo de ídolos. Mas além disso, os conglomerados do entretenimento preferem investir excessivamente na imagem do artista. Mas ao entrar para esse sistema, o aspirante a ídolo sabe que, que na maioria dos casos, estará privado de qualquerliberdade artística. Mas será que eles sentem falta de expor sua própria arte para o mundo?

A estandardização de um k-idol já pressupõe que ídolo não seja o criador de sua própria arte, se podemos assim dizer. E não é apenas no k-pop que o cantor de música pop é sempre visto como um intérprete e não como um artista, que compõe e escreve suas próprias letras.

Por Lily Park

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Mas visto que na música coreana, a mídia oferece um espaço praticamente integral aos k-idols, quem quer ser bem sucedido na Coreia e trabalhar como cantor tem um caminho muito mais rentável ao decidir se tornar um ídolo. Porém, muitas vezes, a pessoa entra nesse meio buscando um espaço para mostrar sua arte para o mundo, mas acaba se deparando com uma carreira bem diferente do que ela esperava.

Os primeiros a quebrar barreiras

Os ídolos da primeira geração do k-pop, H.O.T e Se-chsKies, não foram selecionados para seus grupos por meio de audições, como acontece atualmente. A maio-ria dos integrantes dessas bandas foi descoberta pelos donos das iniciantes gravadoras em momentos casuais, quando os empresários decidiram recrutar jovens para formar grupos pop. Mas a medida que os dois grupos foram se tornando uma febre em toda a Coreia, os integrantes foram também ganhando mais espaço para compor e produzir seus trabalhos.

KangTa e HeeJun, por exemplo, escreveram diversos hits do H.O.T. Na época, o quinteto era frequentemente ci-tado como “não apenas um grupo de rostinhos bonitos, mas de compositores, cantores e dançarinos talentosos”. Com o fim do lendário grupo, os integrantes seguiram em carreiras solo que se enquadravam mais com suas preferências musicais. HeeJun, por exemplo, se rendeu ao rock pesado, enquanto WooHyuk não abandonou as batidas dançantes.

Na segunda geração de ídolos, vieram o TVXQ e o SS501. Inegavelmente com cinco talentosos cantores em cada um dos times, os dois quintetos também nunca tiveram grande espaço para mostrar suas composições

ao público ou para manifestar seus reais interesses musi-cais. O TVXQ, por exemplo, pouco contribuiu para seus maiores sucessos na Coreia. Foi no Japão, na produ-ção de canções como “Doushite Kimi Wo Suki Ni Natte Shimattandarou?”, “Bolero” e “Love In The Ice”, que a SM Entertainment permitiu uma contribuição artística maior do então quinteto na montagem das faixas. Coincidên-cia ou não, essas são algumas das músicas que mais conseguem despertar emoções nos fãs do grupo.

HyunJoong, líder do SS501, desde jovem sempre quis ser um rock star e entrou para o mundo do entretenimento com esse intuito. Apenas no ano passado, sete anos após seus debut, o astro conseguiu lançar canções mais voltadas para o estilo. Os três integrantes do JYJ, além das divergências contratuais com a SM Entertain-ment, deixaram a gravadora em busca de mais liberda-de artística. Hoje, seja pela ausência na grande mídia, ou seja por não seguir os modelos massivos do k-pop em suas faixas autorais, muitos não consideram mais os três integrantes do JYJ como k-idols.

Ídolos buscam ser reconhecidos como músicos

“Fico me revirando até estar imerso em meus pensamentos / então volto a pegar a caneta / as letras que vou escrevendo sem qualquer nexo / contém a minha filosofia” “A Boy”, G-Dragon

Síntese que quebra o estereótipo

Com o tempo, o estereótipo de que um k-idol não par-ticipa da composição e da produção de suas próprias músicas ganhou força. Centenas de grupos são lança-dos a cada ano por gravadoras que moldam os artistas para que o público goste deles. O k-pop chegou em um estágio em que a imagem ofusca a música e, em contrapartida, os próprios ídolos cada vez mais buscam ir contra isso e almejam um espaço para fazerem suas próprias músicas.

Vamos relembrar um pouco as aulas de Filosofia. Quem se lembra daquela discussão da dialética, de que uma tese é dada e dela surge uma antítese, que se opõe a tese. E daí surge uma síntese, que resulta do conflito da tese com a antítese. Confuso? Nem tanto. No k-pop aparentemente está acontecendo algo assim: existe um padrão de que as gravadoras devem moldar os artistas, mas os próprios ídolos que fazem parte desse padrão começam a querer ir contra isso. Pensemos em alguns exemplos, só para ilustrar essa teoria.

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G-Dragon, líder do Big Bang, é sempre citado como um dos principais ídolos compositores. E não para menos. Desde que escreveu um dos mais bem sucedidos com-pactos do grupo, “Haru Haru”, e contribuiu para a pro-dução do primeiro disco solo de seu colega TaeYang, GD tem se envolvido cada vez mais na produção musi-cal do Big Bang e de outros artistas. Já há algum tempo ele não é apenas visto como um ídolo, mas como um produtor e compositor de talento. E não apenas isso, o astro é sempre aclamado por seus trabalhos solo, que dialogam com estilos mais conceituais do que suas canções no Big Bang.

JunHyung, rapper do B2ST, é outro que já há algum tempo é reconhecido tão mais por seu talento como músico do que por seu título de ídolo. Além de parti-cipar da produção e da composição dos discos de seu grupo, ele já escreveu para artistas como WooHyuk, ex-H.O.T, e para suas colegas de gravadora, a 4minute. No ano passado, JunHyung ganhou notoriedade como produtor, ao produzir o álbum de estreia de YoSeob, em que deixa bem claro que não quer ser reconhecido apenas como mais uma celebridade.

do B.A.P. Apesar de ter estreado no ano passado no k-pop, o rapper se destacou por contribuir com suas composições para seu grupo. YongGuk, que inicialmente não planejava ser um k-idol, é a prova de que a mu-dança no cenário da música pop coreana está abrin-do portas para a receber novos compositores.

Agora deixando a vertente do hip-hop e partindo para o rock, outro gênero de raízes negras na história da música. Oriundos da cena indie japonesa, o CNBLUE também merece sua parcela de reconhecimento por quebrar estereótipos de ídolos na Coreia. Antes de fazer o debut na Coreia e de se “idolizar”, os guitarris-tas YongHwa e JongHyun eram os responsáveis pelas composições da banda, canções essas que são até hoje citadas entre as preferidas dos fãs do grupo. O quarteto conquistou o público coreano com faixas de outros compositores e ainda possui certo espaço para mostrar seus trabalhos autorais, mas é com suas próprias composições e no palco, com o som mais cru, que eles executam suas melhores performances.

E não são apenas os rapazes que tem se destacado nesse ramo. A líder e fundadora JeA e a rapper Miryo, da Brown Eyed Girls, são uma das poucas represen-tantes do sexo femino no k-pop que produzem e criam seus trabalhos. A cantora IU também já se aventurou em assinar algumas de suas faixas e mostrar ao público suas criações musicais. Uma das girlbands estreantes do ano passado, a EvoL, pôde contribuir com composições e participar da construção de seu trabalho de estreia, sendo a líder Say intitulada como a coreógrafa e com-

JeA e Miryo formam a dupla de compositoras da Brown Eyed Girls

“Mais do que minha aparência / eles continuam esperando a mesma coisa / todos querem que eu seja do jeito deles / mas eu faço o que eu quero, quan-do eu quero” “HuH”, 4minute

Outro rapper que merece ser citado quando o assunto é ídolos que possuem talento para realmente fazer suas próprias músicas é Zico, líder do Block B. Antes de debu-tar no grupo, o jovem fazia parte da cena underground do hip-hop sob o nome de Scribble e já mostrava total destreza na arte da música. Quem já parou para prestar atenção nas mixtape solo que Zico vem lançando, vai descobrir um rapper e compositor surpreendentemente maduro, que sabe abordar temas mais adultos e de cunho mais social, mesmo sendo tão jovem. O Block B em si sempre é visto como a “ovelha negra” do k-pop, por sempre se envolver em escândalos e por declara-ções controversas. Mas a irreverência e sinceridade do grupo provam mais uma vez que o estereótipo do ídolo, que é feito para agradar a todos, está prestes a cair por terra.

Quem também saiu do cenário underground para ofe-recer suas contribuições musicais ao k-pop foi YongGuk,

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positora do grupo. E a lista de artistas que contribuem com faixas e coreografias para seus grupos não se res-tringe a isso e cresce a cada dia. Zinger, YeEun, G.NA, Juniel e BoA são algumas das garotas que também se enveredaram pela arte da composição.

Essa abertura de espaço para que os próprios canto-res sejam também os produtores e criadores do k-pop, sem dúvida, oferece mais versatilidade ao gênero. A recepção de jovens compositores é de certa forma uma inovação na música pop, que é sempre taxada como algo fabricado. A partir daí, o pop deixa de ser apenas um produto e passa a contar também com mais expres-são e sentimento, por parte das vivências de cada um desses ídolos compositores. Está aí a síntese que está modificando a tese de que k-idols são apenas bonecos na mão de gravadoras.

Voos solo

O que motiva um jovem coreano a se tornar um k-idol? Diferentes motivos, certamente. Muitos querem sua oportunidade de brilhar no mundo da música. Outros almejam fama e sucesso. Outros, jamais tiveram interesse em cantar e sempre preferiram a arte da dança. Muitos apenas gostariam de atuar, mas seu carisma o levou aos palcos. Os grupos de k-pop são formados, em sua maioria, por pessoas que possuem diferentes objetivos e preferências artísticas.

Pense por exemplo sobre o 2AM. O quarteto é conhe-cido por reunir algumas das melhores vozes da Coreia e a harmonia vocal do grupo é inegável. Porém, apenas em carreira solo seus integrantes conseguiram mostrar suas verdadeiras ambições musicais. A suave voz de Jo Kwon ganhou outros tons em sua estreia solo, que gra-

vita nas pistas de dança. Enquanto isso, a voz rascante de JinWoon só se destacou entre o público coreano quando ele lançou seus projetos solo, um rock alternati-vo, que contou com composições autorais e apoio de grandes nomes da música.

SungGyu, do INFINITE, brindou o público com um competente projeto solo

“Se não for agora sinto que meus sonhos nunca irão se rea-lizar / para me conhecer como eu realmente sou / eu sinto o vento, como os pássaros / eu canto, canto a plenos pulmões” “If It’s Not Now”, JinWoon

E quem também se rendeu a sua veia roqueira foi SungGyu, líder do INFINITE. O cantor lançou, no ano passado, seu primeiro projeto solo, com canções pra lá de inovadoras para um ídolo do k-pop, em um rock moderno que flerta com o estilo de nomes célebres da música mundial como INXS, Depeche Mode e Morrissey.

E a lista de ídolos que investiram em carreiras solo com sons diferentes de seus grupos não para por aí. As qua-tro talentosas Brown Eyed Girls conseguiram brilhar, cada uma a sua maneira, em suas carreiras solo, por exemplo.

A notícia de que um integrante de um grupo vai fazer um voo solo nem sempre agrada os fãs, que preferem ver a banda completa nos palcos. Porém, é uma oportu-nidade desses ídolos mostrarem a que vieram, como ar-tistas, e não se restringirem ao proposto para seu grupo. É também uma forma de fazer com que a relação com seus companheiros não se desgaste por falta de espa-ço para mostrar suas verdadeiras preferências musicais. Passo a passo, a ideia dos fantoches das gravadoras vai perdendo força.

Sem questionar a autenticidade, a inovação e qualida-de das canções feitas pelos compositores recrutados pelas gravadoras. Mas uma maior participação artística dos cantores se faz necessária para a manutenção e inovação do k-pop, antes que ele por si só se desgaste pela ausência de produção e contribuição dos pró-prios artistas, pois esses cada vez provam que tem muito mais a mostrar e a dizer.

“Não há futuro sem liberdade / é como uma perseguição para nós, mas isso não importa / agora apenas vamos andar por nosso caminho / pelo resto de nossas vidas” “Pierrot”, JYJ

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No dia 1º de janeiro é comemorado o início de um novo ano - isso todo mundo já sabe. Muitos também sa-bem que os coreanos, e outras regiões da Ásia, come-moram a passagem de ano duas vezes: uma no dia 1º de janeiro, igual a gente aqui no Brasil; e o Ano Novo Lunar, chamado por lá de Seollal (설날), que em 2013 será o ano da Serpente.

O Ano Novo Lunar é sempre comemorado na segunda lua nova, após o solstício de inverno que é chamado Dongji (동지), e em 2013 teve início no dia 10 de fevereiro.

O que talvez alguns possam não saber é que esse ano é simbolizado por algo que acontece apenas a cada 60 anos: o ano da Serpente de Água Negra. A simbologia se relaciona com os elementos água e fogo, que juntos regem o ano de 2013. A combinação indica que esse ano seja marcado por um novo começo e pela quebra de antigos dogmas, que foram arrastados durante séculos. Instabilidade e tendência ao inespe-rado, e às vezes até à discórdia, são esperados para esse ano.

O Seollal é um feriado que dura três dias, desde um dia antes até um dia depois do dia da data de transição para o ano novo. Vale comentar que esse é o feriado mais importante da Coreia, ao lado com o festival Chu-seok (aguarde mais informações nas futuras edições da

ShaKin’ Pop!). Durante essa época de celebrações, os coreanos costumam viajar para a sua terra natal.

Normalmente, eles se reúnem na casa de avôs paternos ou do parente mais velho da família, para que possam desejar uns aos outros um ano próspero e saudável. Nas casas, a mesa é farta, com diversos pratos, e a reu-nião em família também é um momento de recordação dos ancestrais e união.

Alguns dias antes do feriado, os coreanos limpam a casa para que assim a mente e o espírito também fiquem ‘limpos’. Além disso, é comum que eles assistam ao nascer do sol. Os coreanos costumam acordar algumas horas antes dos primeiros raios de sol para caminhar até a praia ou em uma montanha. Nessa época, o clima é propício para o cenário se torne algo que certamente vale a pena ser apreciado. Já durante a manhã do segundo dia de feriado, é realizada uma cerimônia em homenagem aos ancestrais, chamada de Jesa (제사).

Como refeição, o principal o prato é o chamado tteok-guk (떡국). É uma sopa tradicional, preparada com caldo de carne e bolo de arroz, mas outros ingredientes podem ser acrescentados, com variações de acordo com a região. A cor branca do arroz representa a pure-za e garantirá um ano próspero, eles acreditam. Alguns ainda comentam que essa refeição faz com que você se esqueça das más recordações do ano que passou.

E se você estiver na Coreia durante o feriado de Ano Novo Lunar, vale a pena se informar sobre a programa-ção de alguns Palácios, como por exemplo, o Gyeong-bokgung ou do Museu do Folclore Nacional da Coreia. Alguns locais oferecem uma programação bastante interessante durante as festividades, como rituais, jogos e apresentações da cultura coreana tradicional. Para aqueles que gostariam de participar das festas, não se

Por Belle Liouncort e Lily Park

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esqueçam de usar o traje tradicional, o Hanbok.

Seja no Seollal ou no dia 1º de janeiro, o Ano Novo é marcado por um novo ciclo de renovação, de reflexão sobre o ano que acabou e sobre os seus planos para o ano que se iniciará. A ShaKin’ Pop espera que você, amigo leitor, nesse ano que já se iniciou, consiga con-cluir suas metas e que ao final dessa nova etapa, tenha ótimas lembranças de um 2013 repleto de alegrias, saú-de, união e claro, muito k-pop! Que 2013 possa trazer consigo várias surpresas para o Brasil.

A Serpente

Associada à fortuna, segurança e longevidade. A vida longa deve-se à capacidade desse réptil para trocar de pele.

No ano da Serpente, espera-se que haja bastante prosperidade, renovação e fertilidade. A fertilização é uma referência à Serpente, devido à quantidade de ovos que ela coloca. Como o feriado do Ano Novo Lunar é bastante ligado à família, a fertilidade é uma ótima conexão com o símbolo.

Os regidos pela Serpente

Pessoas nascidas no ano da Serpente são muito sábias e criativas, mas de poucas palavras. Costumam usar a lógica e raramente agem por instinto. São misteriosos, vaidosos, elegantes e possuem muito bom gosto, apesar de às vezes agirem de forma bastante egoísta.

HyoYeon, TaeYeon, Tiffany, Sunny, Jessica e Yuri (So Nyeo Shi Dae)SunYe e YeEun (Wonder Girls)SungGyu (INFINITE)Onew (SHINee)Jo Kwon (2AM)YongHwa (CNBLUE)PSYLee GunWoo (MYNAME) Jia (miss A)JunYoung, TaeHun e HeeChul (ZE:A) DongHyun (Boyfriend)Riko e Saem (RaNia)SooHyun (U-kiss)Coo. G (April Kiss)Kim BoHyung (SPICA) SungWon (TAKEN)DaeSung (Big Bang)WooYoung (2PM)DooJoon, HyunSeung e JunHyung (B2ST)Raina (After School) e Bekah (ex-After School) Noeul e Seunga (Rainbow)Jihae (Girls’ Day)AileeHyoMin (T-ara)Min Soa (Chocolat) JiYou (Two X) Henry Lau (Super Junior M)HyoSung (SECRET)Yewon (Jewelry) Jenny (F1RST)

1905 * 1917 * 1929 * 1941 * 1953 * 1965 * 1977 * 1989 * 2001 * 2013

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Vamos relembrar as expressões que aprendemos na última aula? Elas são muito usadas e certamente muitos de vocês já estão familiarizados com elas:

안녕하세요 (annyeonghaseyo) é a saudação formal mais comum na língua coreana.

감사합니다 (kamsahapnida) é a maneira formal de dizer ‘obrigado’.

Antes de tudo, é importante ressaltar que o vocabulá-rio coreano possui diferentes palavras para um mesmo significado, que são usadas dependendo da relação entre os falantes. Existem maiores variações, mas no geral, a linguagem informal (반말) é usada com pesso-as com quem você tem certa intimidade e com crianças, enquanto a informal (존대말) é usada com quem você deve manter respeito.

Na Coreia, as relações de hierarquia e o respeito com mais velhos e superiores são de extrema importância, então tome muito cuidado com quais expressões você deve usar com cada pessoa.

Por enquanto, vamos aprender apenas palavras do diálogo formal.

Agora vamos ver duas palavras bem simples, mas muito úteis. Depois dessa edição, você saberá como dizer e usar as expressões ‘sim’ e ‘não’ no vocabulário coreano.

Então vamos às palavras:

네 (ne) quer dizer ‘sim’ 아니요 (aniyo) quer dizer ‘não’

Simples né? Mas agora vai complicar um pouquinho. Em coreano, as expressões ‘네’ e ‘아니요’ não possuem exatamente o mesmo significado de suas corresponden-tes no português.

Funciona mais ou menos assim:

Na Coreia, o ‘sim’ significa concordar com o que alguém disse, enquanto o ‘não’ significa discordar ou negar algo. Na maioria das vezes, as palavras funcionam da mesma forma que o português, mas dependendo da pergunta, a resposta pode ser um pouco diferente do que seria em nossa língua.

Vamos supor que você não goste de rock. Se eu te per-guntar “você não gosta de rock? (록 안 좋아해요?, em tradução livre para o coreano), você responderia que ‘sim’, ou seja, com o ‘네’, pois você está concordan-do com o que eu te perguntei, ou seja, que você não gosta de rock.

Em português, você poderia responder ‘não, eu não gosto’, mas isso não funciona em coreano. Pode pa-recer um pouco estranho, mas isso é algo que gera dúvidas mesmo no português. Muitas pessoas, ao se depararem com esse tipo de resposta por aqui, retruca-riam: ‘sim, você gosta?’ ou ‘sim, você não gosta?’. É mais ou menos por aí.

Para fixar melhor essa ideia, tente dar para essas expres-sões o significado de ‘concordar ’ ou ‘descordar ’.

준형 (JunHyung)

수지 (Suzy)

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네 significa “isso mesmo”, “eu concordo”, “o que você disse está certo”아니요 significa “não é isso”, “não concordo”, “o que você disse está errado”

Logo:록 안 좋아해요? (rock an joahaeyo?) - Você não gos-ta de rock?네. 안 좋아해요 (ne. an joahaeyo) – Sim, eu não gosto.

Ou 록 안 좋아해요? (rock an joahaeyo?) - Você não gos-ta de rock?아니요. 안 좋아해요 (aniyo, an joahaeyo) – Não, eu gosto.

좋아해요 (joahaeyo) é o verbo gostar e 안 (an) indi-ca negação, mas não se preocupe com essas palavras agora. Só tenha em mente quando deve usar o 네 e o아니요.

Uma outra palavra que vale ser citada é o 맞아요 (majayo), que é usado para reafirmar o que foi dito.

Tipo:네, 맞아요 - Sim, isso mesmo.

E atenção! O 네 é uma expressão multifacetada, que não funciona apenas para concordar com o que é dito. Ele pode ter a função de manter aberta a via de comunicação, mostrando que quem está ouvindo está acompanhando a conversa de quem está falando. Algo como “sim, entendo” ou “ahan, prossiga”. Nada mui-to diferente do português.

O 네 também pode servir para mostrar que alguém não entendeu o que o outro disse, então quando alguém diz com tom de interrogação, 네?, ele pode funcionar como um ‘o quê?’, ‘o que você disse?’, ‘desculpe?’ ou para denotar surpresa.

Útil né? Com tanta versatilidade, o 네 é certamente uma das palavras que você mais vai ouvir em um diálogo em coreano. Resta, através do contexto, identificar qual seu uso em cada frase.

Nos vemos na próxima edição, para darmos sequência às nossas dicas sobre a língua coreana. Até lá!

Um exemplo de diálogo na base do “네”:

Sabe, eu li uma revista legal ontem...

Ela se chama ShaKin’ Pop, fala sobre k-pop e é

brasilera!

E tinha até uma edição com o MBLAQ na capa!

Sim! Ela falava sobre a visita de vocês ao Brasil...

Vocês querem voltar para o Brasil, não é?

네. 네...

네? 네...

네!

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# Se tiver uma oportunidade, Bora gostaria de atuar. Ela gosta de aprender coisas novas.

# Segundo HyoRin, Bora está sempre feliz, fala muito alto e alegremente.

# Apesar de ser a mais velha do grupo, segundo DaSom, Bora parece ser a mais nova.

# Ela é muito próxima do seu irmão, que é dois anos mais velho.

# Ela é formada em musicais pela Universidade Myungji.

# Bora diz que a sua pele é naturalmente mais escura, e que não faz bronzeamento artificial.

# Bora se descreve como uma pessoa ambiciosa quando o assunto é dança: ela gosta de se esforçar para dançar bem e se destacar com seus passos.

# É uma pessoa bastante positiva.

# Quando era trainee, ela se candidatou para entrar para a 4minute.

# SoYou nasceu na ilha Jeju e conta que escuta muitas pessoas dizerem “uau, você é sortuda”, mas ela afirma que Seul não é muito diferente de Jeju.

# Durante as promoções da faixa “Push Push”, os pen-teados da SISTAR mostravam madeixas bem ondula-das e muitos achavam que seus cabelos eram assim naturalmente.

# Ela gosta de observar as pessoas, para poder imitar o jeito delas de falar.

# A exemplo da SMTOWN e da YG Family, SoYou gostaria de participar de um projeto similar em sua gravadora.

# Destiny ’s Child e Maroon 5 são suas influências musicais.

# Foi trainee durante um ano.

# Ela tem um irmão que é quatro anos mais velho do que ela. Eles possuem a típica relação de irmãos que se amam, mas discutem muito.

# Ficou muito feliz quando soube que teria de pintar seus cabelos de loiro pela primeira vez. Entretanto, depois de clarear os cabelos seis vezes seguidas, os olhos de DaSom começaram a doer e o seu nariz a coçar, e ela foi chorar perto das outras integrantes.

# É grande fã da cantora BoA e a respeita muito como artista. SoYou contou que DaSom deixa de lado a própria maquiagem sempre que estão em algum programa em que BoA está, apenas para assisti-la.

Bora

HyoRin

# Ela sempre quis se tornar uma cantora, mas como ama os animais ela já pensou em ser uma tratadora de animais, para trabalhar em um zoológico.

# HyoRin não é uma pessoa rancorosa.

# Quando estava gravando o drama Dream High 2, ela sempre era repreendida por olhar para as câmeras. Como cantora você deve focar na câmera, mas como atriz isso é exatamente o que você não deve fazer. A vocalista achou muito difícil perder este hábito.

# As suas influências musicais são: Destiny ’s Child, Trey Songz, Jamie Foxx, Kelly Price e Faith Evans.

# Ela foi trainee durante dois anos.

# Antes de lançar carreira internacional, HyoRin quer firmar o nome da SISTAR na Coreia.

SoYou

DaSom

Com muita sensualidade e talento de sobra, a SISTAR conquista cada vez mais um merecido espaço entre as principais girl bands coreanas. Saiba mais sobre as quatro garotas do grupo!

Por Belle Liouncort

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Por Melody Kim

Para o ano de 2013, a ShaKin’ Pop pre-parou um horóscopo diferente! O Zodiac In’ Pop vai revelar a personalidade e o comportamento dos 12 signos em diversos ambientes sociais, e claro, vamos ilustrar com ídolos do k-pop!

E para começar, vamos mostrar como cada signo se comporta na escola!

Capricórnio: HyoRin (SISTAR)A capricorniana é muito orga-nizada. Sua mesa na escola é sempre arrumadinha e ela nun-ca esquece o material escolar em casa. A garota está sempre envolvida em diversas ativida-des interdisciplinares como te-atro, dança, canto e ainda faz parte de clubes como redação e leitura.

Aquário: Lee Joon (MBLAQ)O garoto de aquário é extre-mamente ansioso. Na escola, ele gosta de sentar nas primei-ras fileiras. Sempre inquieto, o aquariano faz muitas perguntas para os professores. No intervalo, o rapaz relaxa e, se ele tiver um tempinho, gosta de interagir com os amigos.

Peixes: CL (2NE1 )A pisciana é sempre muito elogiada na classe. Nas aulas de artes, ela se destaca por sua criatividade e bom gosto, mas ela também se distrai muito facilmente. Mas não se preocupe! Deve ter algum escorpiano logo ali por perto que poderá ajudá-la com as matérias.

Áries: Hoya (INFINITE)O rapaz de Áries está sempre pensando nos trabalhos que ele deve apresentar na frente da turma. Afinal, ele quer ser o melhor em todos os momentos. Ele adora receber elogios e recompensas, principalmente se esse agrado vir de algum professor ou diretor.

Touro: Sunny (SNSD)A garota de Touro é um exem-plo a ser seguido pela turma. Ela não deixa de fazer o dever de casa, as leituras dos livros e não acumula dúvidas antes de fazer as provas. Apesar de ser uma aluna dedicada, ela se estressa um pouco com o ciúme que sente de suas amigas.

Gêmeos: HyunA (4minute) A garota de Gêmeos chama mui-ta atenção. Ela é boa para falar em público e também é super carismática. Ela possui vários inte-resses, o que torna a geminiana instável. Por ser comunicativa, ela faz amizades com a turma toda, mas isso pode causar ciúmes nas taurinas.

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Câncer: LeeTeuk (Super Junior)O canceriano é muito sentimen-tal e por isso suas aulas favoritas são as música e produção de poesias. Nessas matérias, o garoto de Câncer pode mos-trar todos os seus sentimentos e frustrações. Mas ele sempre está pronto para ajudar os amigos no que for preciso.

Leão: G-Dragon (Big Bang)O leonino é um líder nato: ele não aceita perder as eleições para representante de turma. O garoto de Leão também gosta de ser elogiado e de sentir que faz a diferença na sala de aula. O leonino forma uma boa dupla com o sagitariano para produzir trabalhos, como nas feiras de ciências.

Virgem: GaIn (Brown Eyed Girls)A garota de Virgem tem o pé no chão. Ela se dá bem em todas as matérias, mas as áreas exatas combinam perfeitamente com sua personalidade. Apesar de se dar bem com as geminianas, a garota de Virgem se identifica mais com as taurinas.

Libra: T-ae (RaNia) A libriana se dá bem com todo mundo da sala. No futuro, deve seguir uma carreira como advo-gada ou diplomata. É ela quem faz todas as negociações de grupos de trabalho e distribui os temas. A libriana é um ótimo confidente para quem é de escorpião, que adora contar suas aventuras.

Escorpião: Ren (NU´EST)O escorpiano é ousado e não está nem aí para com que os outros pensam dele. Ele costu-ma ser misterioso, mas compar-tilha seus segredos com quem ele confia. É um bom ouvinte, mas ele é dedicado nos estudos e não gosta de conversas durante a aula.

Sagitário: JunHyung (B2ST)O sagitariano é inteligen-te, criativo, dedicado e se destaca facilmente nas aulas de artes. É um bom parceiro de trabalhos para o leonino. Durante o intervalo, o garoto de Sagitário prefere sentar em um cantinho e produzir sua arte do que bater papo com a galera.

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